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Parnasianismo Brasil

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    Professor Antonio

    PARNASIANISMO

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    O QUE PARNASIANISMO ?

    O Parnasianismo uma Escola da Literatura Brasileira

    essencialmente potico.Contemporneo do Realismo-Naturalismo.Um estilo de poca que se desenvolveu na poesia a partirde 1850, na Frana, chegou ao Brasil a partir de 1880aproximadamente e conviveu com movimentos do sculoXX.O vocbulo Parnaso est relacionado figura mitolgicaque d nome a uma montanha na Grcia, onde, segundo alenda, moravam musas e o deus Apolo e era

    frequentemente visitada pelos poetas em busca de

    PORTUGUSPARNASIANISMO

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    Imagem: Raphael (14831520), O Parnaso / public domain

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    ORIGENS

    Surgiu na Frana em 1876, com a publicao da revista LeParnasse Contemporain (que tambm deu origem ao

    nome da Escola), nela se destacavam poetas como

    Baudelaire e Thophile Gautier.Em Portugal, esta corrente s comeou a ser sentida na

    segunda metade do sc. XIX e nunca chegou a serassumida de verdade.As ideias novas chegaram ao nosso pas tardiamente.

    O Parnasianismo foi colidindo com o Realismo, com oSimbolismo, tendo como aspecto comum a todos eles arenncia ao sentimentalismo e ao egocentrismoromnticos (2).

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    Manifestaes em PortugalEa de Queirs e Antero de Quental chamavam aateno, nesta altura, para o papelintervencionista doescritor, com a funo de interagir na cultura e nopensamento da populao, como uma misso social quelhe atribuda, o que se pode relacionar com o ideal da

    arte pela arte

    Como parnasianos genunos, temos a considerar JooPenha(1838 - 1919) que fez coexistir a observao doreal quotidiano com o rigor rimtico e que, como diretorda revista A Folha.

    Reuniu, em Coimbra, alguns escritores, querparnasianos, quer realistas, que formaram o primeirogrupo de parnasianos, tais como: Gonalves Crespo,Guerra Junqueiro, Antero de Quental, Tefilo Braga,entre outros (3).

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    Imagem: CIA World Factbook / domnio pblico

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    Contextualizando na Europa

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    Consolida-se a Segunda Revoluo Industrial -perodoem que ocorre a formao de conglomeradosempresariais e a aliana entre as indstrias e acincia.H um enorme processo de urbanizao e dosservios pblicos.

    H um deslocamento da produo manual para amecnica que avana, aumentando o nmero deoperrios.Acirram-se as lutas de classes entre patres etrabalhadores, amplia-se a participao dos Sindicatose dos Partidos Polticos nas relaes sociais.

    Parcela da Burguesia busca mais conforto material eincentiva a Cincia a novas descobertas na rea datecnologia,como o telefone, o cinema e a eletricidade. Oencantamento faz nascer a Bele poque, e a ArtNouveau.

    Imagem: Eduarda7 / Creative Commonsution-Share Alike 3.0 Unported

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    Contextualizando no Brasil

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    No Brasil , a segunda metade do sculo XIX marcadapela Abolio da Escravatura, em 1888, e pelaProclamao da Repblica,em 1889.Crescimento econmico pela produo do caf ,intensificao do Poder Poltico na Regio Sudeste e

    clere desenvolvimento da urbanizao.Abertura ao crescimento da Aristocracia ,ao culto aoluxo e ao requinte, tornando os cafeicultores os maioresconsumidores de produtos de arte do perodo,transformando-os em objetos raros e preciosos.Nesse formato, a Poesia Parnasiana e sua proposta

    preciosista se adquam facilmente e do margem reflexo sobre uma Instituio que organize a expressoartstica e, em 1897, cria-se a Academia Brasileira deLetras, fundada pela elite dos escritores da poca.

    Imagem: CIA World Factbook / domnio pblico

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    Entre as principais caractersticas parnasianas

    esto:esteticismo;impassibilidade ;

    poesia descritiva ;retomada dos modelos clssicos ;perfeio formal .

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    Imagens de cima para baixo: Clio, Euterpe et Thalie. Gravura deEustache Le Sueur / public domain e Athene bei den Musen.

    Gravira de Frans Floris / public domain

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    Esttica Literria

    Como o Parnasianismo europeu, obrasileiro tem como proposta a preocupaocom a forma, o recurso mitologia clssica ea incorporao do esprito da arte pela arte

    (4). Profisso de F ( Olavo Bilac)() Invejo o ourives quando escrevo:

    Imito o amorCom ele, em ouro, o alto-relevo

    Faz de uma flor.Imito-o.

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    Victor Hugo j conotavaa posio de burilador

    que o poeta devia buscare com ela se identificar:

    "Le pote est cizeleur, tecizeieur est pote."

    Imagem: Tevaprapas /domnio pblico

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    Oposio esttica romntica :

    Ressuscitou-se o sonetoe substituiu-se o decasslaboromntico (dez silabas poticas) pelo alexandrinoclssico(doze slabas poticas).A versificao torna-se perfeita: rima rica e rara, perodos

    longos, inverso de termos e sintaxe clssica. Tudoopondo-se aos versos livres e brancos cultivados pelosromnticos.

    Quero que a estrofe cristalinaDobrada ao jeito

    Do ourives, saia da oficinaSem um defeito.

    Assim procedo. Minha penaSegue essa norma,

    Por te servir, Deusa serenaSerena forma.

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    Imagem: Dewet / Creative Commons Atribuio-Partilhanos Termos da Mesma Licena 2.0 Genrica.

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    Impassibilidade a negao do sentimentalismoexagerado presente no Romantismo. Osparnasianos negavam qualquer expresso desubjetividade em favor da objetividade temtica (5).

    A Cavalgada A lua banha a solitria estrada...Silncio ...Mas alm,confuso e brando,O som longnquo vem se aproximandoDo galopar de estranha cavalgada.

    (Raimundo Correia)

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    Imagem: Dport339 / Creative Commons Atribuio-Partilha nosTermos da Mesma Licena 3.0 Unported.

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    ImpessoalidadeSeus autores buscam compor poesias

    descritivas em que a apresentao dosfatos histricos e dos fenmenos

    naturais imparcial.

    Embora existam algunsaspectos comuns, h uma grande

    diferena: o Parnasianismo no sepreocupava com a temtica do

    cotidiano, com a descrio doscostumes da poca e com o

    cientificismo, caractersticas marcantesdo Realismo (6).

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    Imagem: Yaohua2000 / GNU Free Documentation License.

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    Poesia descritiva A poesia parnasiana marcadamente descritiva, frequentementeaparecem descries pormenorizadas de objetos ecenas da natureza, resgatando um certo Bucolismo (

    revisitar o Arcadismo) (7).Vaso chins (Alberto de Oliveira)Estranho mimo ,aquele vaso Vi-o

    Casualmente ,uma vez, de um perfumadoContador sobre mrmore luzidio,

    Entre um leque e o comeo de um bordado.

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    Imagem: Vase.Anonymous

    (China) / public domain

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    Resgatedos valoresclssicos :

    O Parnasianismo, assim comofez o Classicismo, tambm sevoltou para a Antiguidadegreco-romana, tida comomodelo de perfeio e beleza

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    " Plena nudez

    (Raimundo Correa)

    Eu amo os gregos tipos de escultura:Pags nuas no mrmore entalhadas;no essas produes que a estufa escuradas modas cria, tortas e enfezadasQuero em pleno esplendor, vio e frescuraos corpos nus; as linhas onduladaslivres: da carne exuberante e puratodas as salincias destacadas...No quero, a Vnus opulenta e belade luxuriantes formas, entrev-lada transparente tnica atravs:Quero v-la, sem pejo, sem receios,os braos nus, o dorso nu, os seiosnus... toda nua, da cabea aos ps

    Imagem:Pandora,HarryBates/Creative

    CommonsAttribution-Sh

    areAlike3.0

    Unported

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    Arte pela arte : Esteticismo - A poesia parnasiana

    estava preocupada com o belo, com a parte esttica, da apalavra esteticismo (8).

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    A um poeta (Olavo Bilac)Longe do estril turbilho da rua,Beneditino,escreve No aconchegoDo claustro, na pacincia e no sossego,Trabalha, e teima, e lima, e sofre, esuaMas que na forma see disfarce oempregoDo esforo; e a trama viva se construaDe tal modo, que a imagem fique nua.

    No se mostre na fbrica o suplcioDo mestre. E, natural, o efeito agrade,Sem lembrar os andaimes do edifcio:Porque a Beleza, gmea da Verdade,Arte pura, inimiga do artifcio, a fora e a graa na simplicidade.

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    Perfeio formal A maior preocupao dos poetasparnasianos era a forma, o contedo ficava num segundoplano. O importante era a palavra, a aparncia e asonoridade.Tamanha era a preocupao formal que osparnasianos ficaram conhecidos como poetas de

    dicionrio (9). Quero que a estrofe cristalina,Dobrado ao jeitoDo ourives, saia da oficina,Sem um defeito ... (Olavo Bilac)

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    Ao contrrio da liberdade romntica, em que apareciam os

    versos livres e brancos, ou seja, no rimados, osparnasianos valorizaram a utilizao das rimas,buscando principalmente as rimas ricas e raras.As rimas ricas ocorrem quando as palavras rimadas pertencem aclasses gramaticais diferentes:

    Sonha ... Porm de sbito a violentoAbalo acorda. Em torno as folhas bolem ... o vento E o ninho lhe arrebata o vento. (Alberto de Oliveira)As rimas raras ou perfeitas ocorrem quando as palavras rimadasapresentam terminaes incomuns:

    Que ouo ao longe o orculo de Elusis.Se um dia eu fosse teu e fosses minha,O nosso amor conceberia um mundoE de teu ventre nasceriam deuses. ( Raul de Leni)

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    Alberto de Oliveira: (1857-1937) publicou seuprimeiro livro de poesia, "Canes Romnticas", em 1878.

    Olavo Bilac: (1865-1918):o Prncipe dos PoetasBrasileiros" une contedo emotivo e linguagem clssica.

    Raimundo Correia : (1859-1911): sua poesiaparnasiana caracteriza-se por extremo rigor mtrico e plasticidade.

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    Autores e Obras

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    Alberto de Oliveira

    consideradomestre da arte de comporretratos, quadros e cenas. Suaobra revela aferrado apego aoscnones formais e temticos doparnasianismo, incontido desejode expanso ntima do "eu" e levetendncia ironia(10).

    Vaso GregoEsta de ureos relevos, trabalhadaDe divas mos, brilhante copa, um dia,J de aos deuses servir como cansada,Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

    Era o poeta de Teos que a suspendiaEnto, e, ora repleta ora esvazada,A taa amiga aos dedos seus tinia,Toda de roxas ptalas colmada.Depois Mais o lavor da taa admira,Toca-a, e do ouvido aproximando-a, bordasFinas hs de lhe ouvir, canora e doce.Ignota voz, qual se da antiga liraFosse a encantada msica das cordas,Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

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    Raimundo CorreiaMagistrado, professor, diplomata e poeta, nasceu em 13 de maio de 1859, a

    bordo do navio brasileiro So Lus, ancorado na baa de Mogncia, MA, e faleceuem Paris, Frana, em 13 de setembro de 1911.

    Obras de poesia: Primeiros sonhos (1879); Sinfonias (1883); Versos everses (1887); Aleluias (1891); Poesias (1898, 1906, 1910, 1916); Poesias

    completas, 2 vols., org. de Mcio Leo (1948); Poesia completa e prosa, org. deValdir Ribeiro do Val (1961).

    Alia o contedo filosfico de seus poemas a forte poder de sugesto das palavrase um acentuado apuro verbal. Sua poesia marcada pelo pessimismo,chegando at a ser sombria (11). AnoitecerEsbraceia o Ocidente na agoniaO sol...Aves em bandos destacados,Por cus de oiro e de prpura raiados,Fogem...Fecha-se a ppebra do dia...

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    As Pombas... (Raimundo Correia)Vai-se a primeira pomba despertada ...Vai-se outra mais ... mais outra ... enfim dezenasDe pombas vo-se dos pombais, apenasRaia sangunea e fresca a madrugada ...E tarde, quando a rgida nortadaSopra, aos pombais de novo elas, serenas,Ruflando as asas, sacudindo as penas,Voltam todas em bando e em revoada...

    Tambm dos coraes onde abotoam,Os sonhos, um por um, cleres voam,Como voam as pombas dos pombais;

    No azul da adolescncia as asas soltam,Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,E eles aos coraes no voltam mais...

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    Imagem: Peace dove-grey. Steve Crossin / domnio pblico.

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    Olavo Bilac

    Nasceu no Rio de Janeiro,em1865;morreu nessa mesmacidade, em 1918. Frequentou

    os cursos de Medicina eDireito, mas no os concluiu.Tornou-se jornalista e ocupouvrios cargos pblicos ,assumindo o papel de Poeta

    Cvico na campanha em favordo servio militar obrigatrio ena autoria da letra do Hino Bandeira Brasileira.

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    Uma caracterstica de sua obra adualidade no tratamento do amor,oscilando entre platonismo esensualidade. Ele tambm tratou detemas histricos e patriticos, o quelhe valeu o ttulo de Patrono do

    Exrcito Brasileiro. Boa parte da sua

    obra potica obediente aoscnones parnasianos : poesiadescritiva,objetiva, de temticahistrica e forma apurada.O tema amoroso tambm presente

    em suas produes, oscilando entreo amor platnico e a exaltao aoamor fsico. Linguagem eloquente,busca atrair e reter a ateno doleitor a cada linha.

    Imagem:Olavo

    Bilac.

    Maksim/

    publicdomain

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    Tu, me sagrada Vs tambm, formosasIluses sonhos meus eis po elaComo um bando de sombras vaporosas.E, meu amor eu te buscava, quandoVi que no alto surgias, calma e bela,O olhar celeste para o meu baixando...

    Via Lctea(Olavo Bilac)

    Talvez sonhasse, quando a vi. Mas viaQue, aos raios do luar iluminada,Entre as estrelas trmulas subiaUma infinita e cintilante escada.E eu olhava-a de baixo, olhava-a... Em cadaDegrau, que o ouro mais lmpido vestia,Mudo e sereno, um anjo a harpa dourada,Ressoante de splicas, feria...

    PORTUGUSPARNASIANISMO

    Imagem: A cartoony vector man looking through a telescope.Alex Shunkov /Creative Commons Atribuio 3.0 Unported

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    Com o que ficar atento? Aps 1878, havia no Brasil vrias

    correntes que combatiam os excessos ultrarromnticos. OParnasianismo somou-se a elas, buscando sentido para aexistncia humana atravs da perfeio esttica.

    Por que o assunto importante? Fortemente combatido peloModernismo, devido ao excessivo apego formal, o Parnasianismogravitou durante longo tempo em torno aos centros do poder e foi a"poesia oficial" do sculo 19. Da sua importncia no apenas para ovestibular, mas para a formao cultural do estudante.

    Como pode cair no vestibular? Os exames costumam fazer questessobre o extremo valor atribudo pelos Parnasianos forma. Odescritivismo e o recurso mitologia clssica tambm socaractersticas parnasianas importantes para as provas (12).

    Como j caiu no vestibular?

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    (UFRS-RS) Com relao aoParnasianismo, so feitas asseguintes afirmaes:

    I - Pode ser considerado ummovimento antirromntico pelo

    fato de retomar muitos aspectosdo racionalismo clssico.II - Apresenta caractersticas quecontrastam com o esteticismo e oculto da forma.

    III - Definiu-se, no Brasil, com olivro "Poesias", de Olavo Bilac,publicado em 1888.

    Quais esto corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

    .

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    (CEFET-PAR)

    E sobre mim, silenciosa e triste,A Via-Lctea se desenrolaComo um jarro de lgrimas ardentes. (Olavo Bilac)Sobre o fragmento potico, no correto afirmar:a) A Via-Lctea sofre um processo de personificao.b) A cena descrita de modo objetivo, sem interferncia dasubjetividade do eu-potico.c) A opo pelos sintagmas desenrola e jarro de lgrimas

    ardentesvisa a presentificar o movimento dos astros.d) H predomnio da linguagem figurada e descritiva.e) A viso de mundo melanclica do emissor da mensagem seprojeta sobre o objeto poetizado.

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    (MACKENZIE) No caracteriza a esttica parnasiana:

    a) A oposio aos romnticos e distanciamento daspreocupaes sociais dos realistas.b) A objetividade, advinda do esprito cientificista, e o cultoda forma.c) A obsesso pelo adorno e conteno lrica.d) A perfeio formal na rima, no ritmo, no metro e voltaaos motivos clssicos.

    e) A exaltao do eu e fuga da realidade presente.

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    (PUC-MG)Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,Casualmente, uma vez, de um perfumadoContador sobre o mrmor luzidio,Entre um leque e o comeo de um bordado. O trecho do poema emdestaque parnasiano. Ele revela um poeta:a)distanciado da realidade. b)engajado. c)crtico. d)irnico. e)informal.(PUC-RS)Tu, artista, com zelo, Esmerilha e investiga! Nssia, o melhormodelo Vivo, oferece, da beleza antiga. Para esculpi-la, em vo, rduos, nomeio. De esbraseada arena, Batem-se, quebram-se em fatal torneio, Pincel,lpis, buril, cinzel e pena. [...]O trecho evidencia tendncias ___________ , na medida em que______________ o rigor formal e utiliza-se de imagens _____________.a)Romnticas/ neutraliza/ abstratas b)simbolistas/ valoriza/ concretasc)parnasianas/ exalta/ mitolgicas d)simbolistas/ busca/ cotidianase)parnasianas/ evita/ prosaicas

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    UPE-2011 Lngua Portuguesa

    ltima flor do Lcio, inculta e bela,s, a um tempo, esplendor e sepultura:Ouro nativo, que na ganga impuraA bruta mina entre os cascalhos vela...

    Amo-te assim, desconhecida e obscura,Tuba de alto clangor, lira singela,Que tens o trom e o silvo da procelaE o arrolo da saudade e da ternura!

    Amo o teu vio agreste e o teu aromaDe virgens selvas e de oceano largo!Amo-te, rude e doloroso idioma,

    Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"E em que Cames chorou, no exlio amargo,O gnio sem ventura e o amor sem brilho! BILAC, Olavo.Antologia Potica. So Paulo,1990