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Parque de Cultura, Memória e Lazer Itá - SC «O que devemos ao futuro não é um reinício, pois podemos apenas partir do que já aconteceu. Devemos ao futuro o passado, o longo conhecimento que dá força ao tempo que virá" (Wendell Berry)

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Parque de Cultura, Memória e Lazer Itá - SC

«O que devemos ao futuro não é um reinício, pois podemos apenas

partir do que já aconteceu. Devemos ao futuro o passado, o longo

conhecimento que dá força ao tempo que virá"

(Wendell Berry)

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ARQUITETURA E URBANISMO - 9ª FASETCC 1

DATA:17/07/2014

TCC 1 - BANCA FINAL

Parque de Cultura, Memória e Lazer Itá - SC

Localização:

ACADÊMICA : ELIS REGINA STADTLOBER

ORIENTADOR : FÁBIO LÚCIO ZAMPIERI

PRANCHA:01

O Potencial Hidroelétrico do Rio Uruguai

Itá é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Localiza-se a uma latitude de -27,17'16' 'sul e longitude de 52º19'23''. Está a uma altitude de 385 metros. Possui população média ( IBGE,2004) 6 829 habitantes e área de 166,17km²

Principais vias de acesso: SC -155, SC-283, RS-420.

A cidade de Itá foi fundada em 1919, em 7 de Janeiro de 1924 foi elevada á categoria de Distrito, e

em 13 de dezembro de 1956 adquiriu sua emancipação político-administrativa tornando-se município.

Situada no vale do Rio Uruguai, um dos principais rios da região Sul do país, o que desde sempre

identificou a cidade como um pólo de grande potencial hidroelétrico.

Desta forma, a cidade de Itá-SC atraiu o interesse de grandes empresas transnacionais que

decidiram investir no potencial desta região.

Segundo Kolln e da Silva(2010), a construção do empreendimento era, inicialmente, de

responsabilidade da Eletrosul, sendo que a partir de 1995, se firmou uma parceria com a iniciativa

privada, quando a Gerasul (parte da Eletrosul detentora do parque gerador da Empresa) e a Companhia

Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia de Cimento Itaimbé e a Odebrecht Química S.A. formaram o

Consórcio Itá e passaram a gerenciar o empreendimento.

Com a privatização da Gerasul, ocorreu também, a venda da parte da Odebrech para a Tractebel,

empresa de energia belga, e a nova razão social passou a ser Tractebel Energia S/A, controladora do

consórcio.

Está situado na região do

Alto Uruguai Catarinense divisa de

SC e RS. Distante 507 km da

c a p i t a l d e s e u e s t a d o ,

Florianópolis.

Tem como munic íp ios

vizinhos mais importantes as

cidades de: Concórdia-SC, Seara-

SC, Chapecó-SC, Xanxerê-SC,

Xaxim-SC, Aratiba-RS e Erechim-

RS.

Mapa de localização da cidadeFonte: mapamcerativo.dasc.com.br

Mapa de localização da cidadeFonte: googlemaps.com

Foto Usina HidrelétricaFonte: Site prefeitura municipal de Itá

Foto Rio UruguaiFonte: Site prefeitura municipal de Itá

Mapa de abrangência da UsinaFonte: Artigo Kolln e da Silva

Brasil

SC

Itá

Aratiba

Introdução: A presente pesquisa analisou brevemente dados sobre as origens e a evolução do município

de Itá , bem como os aspectos referentes as transformações geradas pela construção da Usina

Hidroelétrica (UHE), buscando compreender as necessidades e potencialidades locais para a

implantação de um Espaço de Cultural, Memória e Lazer.

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TCC 1 - BANCA FINAL

O Alagamento das Terras e a Relocação:Antiga Cidade:

Nova Cidade:

PRANCHA:02

A pequena cidade, que manteve as mesmas características culturais e sócio-econômicas

desde a sua fundação, baseando-se na policultura de subsistência e criação de animais. Seus

habitantes mantinham vínculos muito fortes por se tratar de uma comunidade com cultura própria e

hábitos peculiares.

No ano de 1988, esta comunidade se sentiu apreensiva com a notícia da idealização do projeto

de construção da Usina Hidrelétrica nas águas do rio Uruguai, pela empresa Consórcio Itá-Tractebel

Energia que organizou a reestruturação e relocação da sede do município inteiro para novas terras.

Seus habitantes viram surgir dúvidas a respeito de suas vidas no ambiente novo, pois a comunidade

passou por um processo de reconstrução de sua personalidade como município. Características

culturais tem que ser resgatadas e ao mesmo tempo fortificadas. Economicamente surgem novas

fontes. Socialmente uma nova concepção de vida.

A predominância na vida rural e de produção totalmente baseada nas pequenas propriedades,

deu lugar a algo novo, a exploração do rio que viraria lago. Esta nova visão para o município, traz o

aporte de uma nova espinha dorsal, o turismo, que alavanca a antiga e mantida agricultura familiar,

bem como traz consigo novas possibilidades para a economia local.

Ou seja, esta nova ordem econômica, social e cultural teve que ser desenvolvida a partir deste

novo caminho traçado para o município.

Foto Cidade VelhaFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Igreja Matriz São PedroFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto moradores velha ItáFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Cidade Velha demolidaFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Cidade velha demolidaFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Cidade Velha demolidaFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Cidade nova em fase de construçãoFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Marco inicial da nova cidadeFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto rua de ipêsFonte: Prefeitura Municipal de Itá

O projeto da nova Itá trouxe grandes avanços em relação à cidade antiga. Além da descoberta do

grande potencial turístico da nova cidade, a população passou a usufruir de uma melhor qualidade de

vida, uma vez que a arrecadação do município aumentou muito com a construção da Usina. O projeto

urbano aliou modernidade e praticidade, oferecendo uma maior infraestrutura aos que ali se encontram.

Contudo o maior desgaste está relacionado com a questão da perda do vínculo e de hábitos

cultivados na antiga cidade. A partir disso, a necessidade que surge é a de resgate da identidade antiga, já

que esta é a base do novo, para que se possa moldar o perfil daquele povo ou comunidade mantendo

suas origens.

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Após a construção da Usina Hidrelétrica de Itá e a então relocação dos moradores da cidade que

seria inundada pelas águas da barragem, quais as medidas tomadas para que os moradores

mantivessem seus vínculos sociais e culturais?

Com a contrução da UHE houve a necessidade de criação de uma nova cidade. Os moradores

relocados perderam com essa organização as relações de vizinhança que existiam na antiga cidade.

Situação que modificou as atividades e relações cotidianas, e alterou hábitos de socialização

mantidos na antiga cidade.

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ORIENTADOR : FÁBIO LÚCIO ZAMPIERI

PRANCHA:03

Referencial Teórico:As Usinas hidrelétricas, caracterizadas pela maior geração de energia do mundo, têm sido

criticadas pelos efeitos negativos causados ao meio ambiente ,e principalmente, sociedade e

território onde são inseridas. Nós últimos anos, surgiram estudos sobre a agressão gerada por estes

investimentos e de que forma atuam os agentes (Empresa construtora da Usina, Prefeituras e

Atingidos) envolvidos neste processo.

Uma das maiores problemáticas envolvidas no método de construção de Usinas Hidrelétricas

é a penosa necessidade de relocação de muitas famílias que são obrigadas a deixar suas terras em

função destes investimentos. A incerteza em relação a nova moradia aliada ao abandono da casa,

comunidade e território proporcionam insegurança, angústia e perdas culturais relativas às relações

sociais havidas no antigo território. Para Kolln e da Silva (2010) os “grupos sociais” são geradores de

raízes e identidade, e esses passam a não ser mais compreendidos sem o seu território, que é o

ambiente que sustenta sua história e cultura. Souza (2001) concorda que: “Territórios são no fundo

relações sociais projetadas no espaço”.

Fiorentin (2012) concorda com as afirmações acima e complementa ao considerar, além da

relação social do território, a sua dimensão econômica e política, citando Haesgaert : “ O território

carrega sempre, de forma indissociável uma dimensão simbólica ou cultural em sentido estrito, e uma

dimensão material, da natureza predominantemente econômico-político”. (HAESGAERT,2004:

p.112). Assim, fica evidente que as famílias precisam de um apoio cultural e de manutenção dos seus

hábitos. Além de auxílios indenizatórios para suas casas e propriedades.

Desta forma, observa-se uma problemática em diferentes âmbitos, devido ao surgimento de

novas Usinas Hidrelétricas, envolvendo principalmente a questão social. Neste sentido, baseado-se

também nos estudos de Orlando Albani de Carvalho (2006) percebeu-se que não é a construção

propriamente dita de uma Usina que afeta os moradores, mas principalmente, as migrações

compulsórias para outros lugares, segundo Carvalho (2006) :

“Migrar compulsoriamente significa em uma expressão, ter que abandonar a “geografia

íntima” do lugar no qual se viveu toda a vida. Bem como, inscrever-se num duplo

processo: o de sair de um lugar e o de chegar em outro. Significa então, contra a vontade,

lançar-se as imprevisibilidades sociais e econômicas de , para usar expressões ouvidas

em depoimentos “ reiniciar a vida e começar tudo de novo em outro lugar”( CARVALHO,

2006: p.35).

Ainda, segundo o mesmo autor, os principais problemas socioeconômicos referentes as

migrações compulsórias corresponde a perda de “Patrimônios estéticos-paisagísticos e culturais, e as

transformações econômicas locais e regionais”. Havendo, desta forma, a necessidade de compensação

financeira, de espaços de lazer e subsistência, papel este que coube em parte ao MAB (Movimentos dos

Atingidos por Barragem) movimento social, que além de contribuir nos processos de indenização, se

mobilizam em função dos danos socioculturais.

O Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) é um movimento que surge a partir de outros

movimentos sociais como o Movimento Popular Urbano (MPU) e é um movimento social que aparece

como uma forma de contestação e resistência ao processo de construção de barragens, ou ainda, como

uma ação de manifesta defesa de seus integrantes e do lugar onde vivem.

Por fim , percebe-se que após migração compulsória dos moradores do território onde foi

implantado a Usina Hidrelétrica, tendo em vista que “ ...Relações sociais, culturais e de vizinhança- enfim,

a sociabilidade – foram (e são) desfeitas pela expulsão do lugar e pela desterritorialização dos indivíduos”

existe também uma necessidade de reviver culturalmente e socialmente toda uma cidade , unindo sua

história as características e necessidades do novo território: :

“ A transferência de um “lugar” para um “local”, produz, para o indivíduo, um leque de

incertezas e indefinições com relação ao futuro. A chegada a um outro local representa

sempre, a chegada a um lugar estranho, um lugar que não se conhece, onde as relações

sociais e econômicas estão, em boa parte, por serem feitas, (re)construídas”.

(CARVALHO, 2006: p.137)

Logo, a reconstrução e manutenção da história, hábitos e estrutura de um povo que foi

desarraigado de seu território, leva tempo. Em um novo espaço é preciso reviver costumes, reprogramar

a vida econômica e social, permitindo principalmente o surgimento de uma nova e a manutenção de uma

antiga cultura.

Formulação do Problema

Hipótese

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PRANCHA:04

A conclusão da UHE no ano de 2001 provocou grandes alterações na organização sócio-espacial

e na economia local. O início propriamente dito da construção da UHE Itá, ocorreu na década de 80, com

a indenização das terras a serem atingidas pelo reservatório da represa e a edificação de uma nova sede

projetada para o município. Com a formação de um lago que atingiu parte de 11 municípios, dentre estes

alguns do Estado do Rio Grande do Sul e outros de Santa Catarina ( sendo o reservatório localizado entre

Aratiba- RS e Itá -SC).

No caso de Itá, percebe-se que a construção do novo centro urbano e o alagamento das terras

para a formação do reservatório da hidroelétrica criaram uma nova dinâmica social e espacial, alterando

profundamente a realidade local e a vida de seus habitantes, assim como seus hábitos e principalmente o

contato entre os moradores e a socialização entre os mesmos. As alterações provocadas na paisagem e

na sociedade, passados os primeiros anos de readaptação dos moradores, além de estudos referenciais

e à campo oferecem condições para o desenvolvimento de diretrizes sobre a realidade da vida em

comunidade hoje e a necessidade de manutenção da cultura.

Com o surgimento do lago da Usina Hidroelétrica, o turismo tornou-se uma atividade de grande

valor além de ser uma alternativa para o fortalecimento e desenvolvimento econômico do município.

Desta forma, muitos eventos acontecem na cidade com dois objetivos: gerar atividades para os

moradores e em paralelo para os visitantes.

No decorrer do trabalho, acredita-se que a solução para reviver a história, a cultura e

principalmente unir os moradores e receber os turistas seja a construção de um Parque de Cultural,

Memória e Lazer. Este faria parte de um Sistema de Espaços Verdes que integra os habitantes e mantém

valorizados , paisagem e meio ambiente. Logo, seria um parque receptor e promotor de cultura viva

durante todos os dias, recebendo turistas e moradores.

Justificativa da proposta:

Grupo Focado: Com o intuito de complementar os estudos referenciais bibliográficos foi realizado um

estudo à campo, chamado grupo focado. Segundo José Luis Duarte Ribeiro o estudo de grupo

focado corresponde a uma conversa com aproximadamente oito pessoas que debatem sobre um

tema e expõe suas opiniões e angústias a respeito do mesmo. Esta conversa é organizada por uma

pessoa que introduz os assuntos, sem induzir a respostas, provocando então os participantes a

falarem a respeito do que pensam. Este estudo tem características qualitativas e não quantitativas,

sendo rico em informações, porém não tendo como foco o número de entrevistados.

O estudo de grupo focado foi realizado na nova cidade de Itá, na sala da secretaria de

turismo e contou com a participação de moradores da antiga Itá que passaram pelo processo de

relocação da cidade.

No início da conversa o mediador fez perguntas aos participantes, foram essas : 1. Vocês poderiam

me falar sobre o processo e a história da relocação ? 2. Vocês sentem falta de algo da antiga

cidade?

A entrevista começou com um dos moradores falando a respeito do dia em que a antiga

cidade recebe a notícia da construção da UHE e então dos dias subsequentes a este. O morador

afirma que a cidade encontrou em choque e ficou um verdadeiro tumulto, as pessoas se sentiram

angustiadas e inseguras com a notícia. Porém, alguns membros da comunidade resolveram se

aproximar da negociação entre prefeitura e empresa e percebendo então que a decisão tomada

para a cidade não voltaria atrás formularam uma comissão de relocação. Segundo o entrevistado,

Jaime Bonatto, a comissão foi importantíssima para os moradores, ela fez o papel de acalmar os

envolvidos e entender o processo para depois orientar as pessoas.»Muitos moradores vinham

desesperados pedindo o que aconteceria com as suas terras e com tudo que haviam construído

até então».

Outros moradores relatam mais um momento marcante, anos depois, que foi um período

em que parte da população já estava na cidade nova e parte na cidade antiga, este processo levou

anos e a população ficou separada por este período. Os primeiros moradores a serem relocados

eram os que moravam no centro da cidade e a proposta era de que na nova cidade, os mesmo

ocupassem a centralidade e em formato radial fossem relocados os demais, o que segundo os

entrevistados fez com que muitos vizinhos não morassem mais próximos e os laços de vizinhança

fossem dificultados, Jaime Bonatto afirma : « Nós tinhamos o grupo struca i soldi que éramos eu e

meus vizinhos, sempre nos encontravamos e hoje até tentamos, mas nem sempre todos podem e

não é como antes». Todos afirmam sentir falta deste contato com os antigos vizinhos.

Por outro lado, de modo geral todos adotaram a nova cidade com muito carinho, e

consideraram o trabalho realizados pelos profissionais peculiar, os projetistas envolvidos

Segundo o Prefeito da época, Egilio Paludo, os moradores tiveram que se adaptar a todas as mudanças e

isso também levou tempo, uma nova sede, uma nova economia e uma nova configuração da sociedade.

Segundo Ortenila Stumpf o povo teve de ser muito guerreiro, contudo principalmente em relação a

economia e qualidade de vida as coisas melhoraram muito. Hoje os moradores vivem em contato com

turistas e recepcionam estes calorosamente contando suas histórias.

Por fim, quando falam em novos investimentos para a cidade, os entrevistados lembram de

imediato da Cultura, dos eventos envolvendo a história da cidade e do projeto de um Centro Cultura que

já está sendo pensado hoje.

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A ideia:O Conceito:

Essência

Sociedade

Economia

Moradia

Meio Ambiente

Política

Cultura

Amizade/Contato

ACADÊMICA : ELIS REGINA STADTLOBER

ORIENTADOR : FÁBIO LÚCIO ZAMPIERI

PRANCHA:05

Foto Torres da Antiga Igreja MatrizFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Carro Alegórico CarnavalFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Parque ThermalFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Festival de InvernoFonte: Prefeitura Municipal de Itá

Foto Relíquias Casa da MemóriaFonte: Foto do autor

Foto Apresentação de dançaFonte: Foto do autor

Fonte:Site da prefeitura municipal e secretaria de turismo.

Como ponte entre o novo e o antigo, se faz necessária a construção de um espaço que possa

acompanhar o ritmo dos acontecimentos evolutivos de uma comunidade, ao mesmo que não deixe de

se ligar à base de tudo, o passado, a identidade. No caso de Itá aliar o turismo, o desenvolvimento social

e econômico com a cultura, o passado, a história de seu povo. Sendo assim um sistema de parque ao

longo de toda a cidade que propicie o contato entre os moradores e a apropriação de grande parte da

cidade , e dentro deste um parque de cultura, memória e lazer que revive e produz cultura. Farão parte

do parque espaços de:

-Administração e DML;

-Empaço com oficinas ( que darão assistência aos eventos da cidade)

- Praça aberta com anfiteatro e auditório para recepcionar eventos para moradores e turistas;

- Rua de pedestre com comércio e serviço;

- Café mirante com visualização para o lago da UHE;

-Áreas de exposição e amostra da cultura e história;

- sala multiuso ( para reuniões, possíveis palestra menores);

-Playground para crianças;

- Áreas de vegetação e lazer compondo com estes equipamentos;

-Estacionamento;

-Sanitários;

Dá necessidade de construir uma cidade sem perder o passado, o conceito criado foi o da

ESSÊNCIA, considerou-se que ela precisa ser mantida em seu sentido holístico, tratando desde a

política até a sociedade. Cultura, sociedade, contato entre as pessoas, lar, economia, Moradia, meio

ambiente e política precisam caminhar juntos na construção de uma cidade que passou por uma

história de mudança espacial e precisa cultivar seu passado para conquistar o futuro.

Foto: Prainha artificial, lago UHE

Foto: Festa do Dourado, confraternizaçãodos moradores

Foto: Coral Stella di Pietra

Foto: Avenida arborizada da cidade

Foto: Câmara de Vereadores

Foto: Dia do desafio - Praça

Foto: Casa da Cultura

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ACADÊMICA : ELIS REGINA STADTLOBER

ORIENTADOR : FÁBIO LÚCIO ZAMPIERI

PRANCHA:06

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Mapa de condicionantes

Legenda

Vegetação

Topografia acidentada

Lago da Usina

O mapa de condicionantes mostra um dos pr inc ipa is e lementos influentes no trabalho que é o lago da Usina Hidrelétrica possibilitando a apreensão da localização deste em re lação as fu turas propostas projetuais. Além disso o mapa contém as áreas verdes já existentes e as áreas com maior declive, estas representam um limite entre a via p a r a l e l a a c i d a d e e a l g u n s equipamentos junto a ela com o centro da cidade.

Escala 1:25 000

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ACADÊMICA : ELIS REGINA STADTLOBER

ORIENTADOR : FÁBIO LÚCIO ZAMPIERI

PRANCHA:07

Mapa de vias e acessos

Território - RS

Território - SC SC-155

Escala 1:20 000

RS-420

SC-283

Legenda

Estradas de acesso a cidade

Acesso ao centro

O mapa de acesso e via paralela mostra as vias que chegam até a cidade e os principais locais de acesso ao centro desta. Os acessos acontecem pelos dois extremos e por dois principais pontos que ligam a via paralela a cidade. Esses pontos permitem um acesso mais facilitado em alguns pontos turísticos e espaços, não sendo necessário ir até um extremo para acessar o restante, contudo são acessos que privilegiam o carro.

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