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PARQUES FLUVIAIS E LAGUNARES Uma iniciativa pública inovadora para proteção e uso sustentado de nossos rios e lagoas Concepção e Diretrizes para Planejamento, Implantação e Operação Paulo Bidegain Rio de Janeiro, 2007

Parques Fluviais Diretrizes

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PARQUES FLUVIAIS E LAGUNARES

Uma iniciativa pública inovadora para proteção e uso sustentado de nossos rios e lagoas

Concepção e Diretrizes para Planejamento, Implantação e Operação

Paulo Bidegain

Rio de Janeiro, 2007

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UMA NOVA VISÃO Historicamente, o Poder Público do Estado do Rio de Janeiro tem tentado recuperar seus rios e lagoas através do instrumento da outorga e cobrança, da implantação de sistemas de tratamento de esgotos nas bacias, de dragagens, da demarcação das faixas marginais e eventualmente, da revegetação das margens. Todavia, a prática tem demonstrado que, embora imprescindíveis, estas ações tem sido insuficientes pois nenhum rio ou lagoa foi recuperado nos últimos quarenta anos.

Passeio de Barco no Rio São João, Casemiro de Abreu, RJ

Para reverter a situação, a Secretaria de Estado do Ambiente – SEA tem construído uma nova visão para orientar a gestão dos rios, no qual reconhece que: os rios, canais e brejos são ecossistemas públicos; as margens dos rios, canais e brejos são parte integrante e indissociáveis dos ecossistemas

aquáticos interiores a implantação de parques ou praças ao longo das margens é a única forma de proteger rios e

lagoas e evitar a invasão e degradação; é imprescindível dominar e aplicar a nova tecnologia de restauração de rios (“river restoration”); Para materializar a nova visão, o Governo do Estado apresenta para a sociedade um novo conceito de área protegida: os Parques Fluviais e Lagunares. Parques Fluviais tem a finalidade de recuperar a integridade ecológica das margens e do canal do rio e criar oportunidades para recreação e aprendizado da população local e dos visitantes. Parques Fluviais colocam a população de frente para o rio, ao invés de costas. Parques Fluviais funcionam como corredores florestais ao longo de rios. Reflorestamentos das margens sem definir e assegurar um uso público futuro das mesmas coloca em risco o investimento. Em outras palavras, as mudas e as árvores jovens ficam sujeitas a serem retiradas durante invasões, mortas pelo fogo ou servirem de alimento para animais domésticos como bois e cabras. Parques Fluviais viabilizam o reflorestamento à longo prazo, pois possuem funcionários para fiscalização e manejo florestal em seu quadro de pessoal. Em muitos Parques Fluviais, serão necessárias obras de engenharia ecológica para recuperar o canal, as barrancas e as margens, ao qual chamamos de “renaturalização fluvial”. Esta nova tecnologia junta os conhecimentos da hidrologia, da geologia, da biologia e da engenharia florestal. Com isso, pretendemos reduzir a quantidade de sedimentos que o rio lança nas baias, mares e lagoas, melhorar a qualidade da água , recuperar habitats aquáticos e baixar os custos de tratamento. A SEA pretende recuperar habitats aquáticos para favorecer a fauna e flora dos rios e lagoas e incentivar o uso múltiplo destes ecossistemas, em especial para a visitação, aprendizagem, interpretação, recreação e pesca.

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Nossos rios e lagoas e suas margens oferecem oportunidades impares de recreação e turismo que jamais foram organizadas e fomentadas, tais como banho, mergulhos, contemplação da paisagem, caminhadas, fotografias da paisagem e da natureza, pic-nics e churrasco familiares, esportes de vela, passeios de barco, canoa e caiaque, raftings, pesca e práticas religiosas. O foco dos Parques são as crianças e suas famílias, além dos jovens e adultos esportistas.

CONCEPÇÃO GERAL Definição Parque Fluvial ou Lagunar é uma categoria de Unidade de Conservação inovadora que será incluída e tipificada no Sistema Estadual de Unidades de Conservação e oficializada em ato legal. Parques Fluviais e Lagunares apresentam as seguintes características: Tem limite preciso definido em ato legal estadual ou municipal; Tem como objetivo básico a proteção das margens de rios e lagoas de modo a possibilitar o uso

múltiplo sustentado dos ecossistemas aquáticos interiores; Tem por funções (i) melhorar a qualidade da água; (ii) reduzir a concentração de sólidos em

suspensão e o aporte de sedimentos na foz (iii), restaurar os habitats fluviais, favorecendo a biodiversidade aquática e ribeirinha (iv); criar corredores florestais ao longo dos rios (v) recuperar a paisagem fluvial e incrementar o uso múltiplo dos rios, em especial para a visitação, aprendizagem, interpretação, educação, pesquisa, recreação, inspiração, relaxamento e atividades espirituais ambientalmente compatíveis, assim como incrementar o turismo.

Provê serviços ambientais como amenização do clima, água limpa, regulação de vazões de rios e redução de cheias, fixação de carbono, produção de recursos pesqueiros, manutenção de recursos genéticos, proteção de espécies e ecossistemas e assegura o processo evolucionário;

Proíbe a exploração de areia, a retirada de seixos ornamentais e de plantas nativas das margens;

Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do Parque Fluvial ou Lagunar com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada.

A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento;

Parques fluviais e lagunares não impedem a captação de água nem prejudicam a pesca, pois os canais dos rios e o espelho de água das lagoas são incluídos no Parque como zona de amortecimento. Usos que modificam os rios, tais como barragens, são proibidos.

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Superfície Parques Fluviais estendem-se na forma de faixa de largura variável ao longo das margens de um rio, reunindo praias fluviais, bancos de areia, florestas, restingas, brejos, lagoas marginais, base de morros, construções históricas, sítios arqueológicos, área de lazer e outros recursos. Alguns Parques Fluviais podem ser implantados das nascentes até a foz de um rio. Quando muito pequenos podem ser designados como praça fluvial. Parques Lagunares entendem-se na forma de faixa de largura variável ao longo da margem de uma lagoa ou laguna, comportando praias lagunares ou lacustres, florestas, restingas, brejos, base de morros, construções históricas, sítios arqueológicos, áreas de lazer e outros recursos. Planejamento e Implantação Os Parques Fluviais e Lagunares são planejados e implantados pelo Governo do Estado sempre com apoio de Prefeituras, da sociedade e da iniciativa privada, em especial com empresas de energia e saneamento ou de consumidores de recursos hídricos. A primeira etapa do planejamento é o Projeto Básico Conceitual, envolvendo estudos, mapeamento e arranjo geral onde é definido o zoneamento e a infra-estrutura administrativa e de recreação, assim como estimativas de custos e plantas de engenharia das construções. O Projeto Básico incluiu ainda a concepção das atividades de renaturalização e do reflorestamento das margens.

Produtos do Projeto Básico Conceitual: Restituição aerofotogramétrica das margens de rio ou lagoa; Relatório de Reconhecimento Ecológico do Rio, com análise e caracterização geomorfológica

fluvial, hidrológica e biológica das margens e do canal, além dos usos e ocupação das margens, desde as nascentes até a foz;

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Inventário dos Solos e da Ocupação das Margens (inclui Cadastro de Proprietários Ribeirinhos); Indicação de local para produção de mudas e proposição das espécies a serem utilizadas; Relatório Especificações, Atividades, Mapas das Áreas Prioritárias e Cronograma Físico-

Financeiro do Reflorestamento das Margens e Recuperação de Brejos; Relatório Diretrizes para Implantação do Parque, com texto, mapa de arranjo geral preliminar e

termo de referência para o Plano de Manejo; Relatório Diretrizes para Renaturalização dos Rios; Operação Parques Fluviais e Lagunares possuem administrador nomeado, pessoal, infra-estrutura, veículos, equipamentos e orçamento próprio. São administrados com base em Plano de Manejo, leis e regulamentos gerais, bem como por manuais de procedimentos. A operação dos Parques Fluviais e Lagunares será realizada diretamente pelos Municípios, através de consórcios ou outra modalidade de parceria. O INEA administrará Parques Fluviais e Lagunares somente em casos excepcionais, sempre em parceria com municípios. Atividades, Atrações e Infra-Estrutura Quanto as atividades, os Parques podem oferecer banho, mergulho, contemplação de vista panorâmica, caminhadas e passeios de bicicletas, fotografias da paisagem e da natureza, observação de animais silvestres, visitas a prédios e sitios históricos, interpretação da natureza, estudos do meio, participação em atividades conservacionistas, pic-nic e churrasco familiares, passeio de bicicleta/ciclismo, canoa e caiaque, bóia-cross, rafting, recreação infantil, filmes, gastronomia, leitura, celebração, pesca, passeio no manguezal, experiência da roça e práticas religiosas.

A infra-estrutura pode contemplar estacionamento, centro de visitantes, sede administrativa, cerca, sanitários coletivos, edificações e ruínas históricas, trapiches e mirantes, tirolesas, abrigos com mesas de piquenique, áreas de uso diário, trilhas interpretativas sinalizadas, praça de exercícios, lagoas e brejos, postos de guarda, caçambas e cestas de lixo, sistema de circulação e sistema de sinalização Não haverá qualquer zoológico ou outras estruturas cuja manutenção gere despesas significativas. A tônica é a simplicidade.

Reflorestamento e Renaturalização Somente árvores e plantas nativas farão parte do reflorestamento e do paisagismo. A renaturalização envolve obras e outros serviços como restauração de curvas eliminando-se trechos retificados, estabilização dinâmica de barrancas com artefatos de bioengenharia, reflorestamento ciliar, regeneração de brejos nas margens e paisagismo, dentro outros.

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ANEXO I ATIVIDADES POTENCIAIS NO PARQUE – O QUE VER E FAZER

ATIVIDADES

As seguintes atividades poderão ser oferecidas por um Parque Fluvial, de acordo com as características ambientais, culturais e sócio econômicas da faixa ao longo do rio.

Banho de rio: principal atividade. Mergulho contemplativo: em poços no alto curso. Contemplação de vista panorâmica: trapiches ao lado do rio Caminhadas e passeios de bicicletas: Ao longo dos caminhos e ciclovia nas margens do rio Fotografias da Paisagem e da Natureza: O sistema de trilhas favorece aqueles que pretendem praticar este hobby; Observação de Animais Silvestres: Implantar e recuperar brejos nas margens do rio que atrairão aves. Reintroduzir capivaras e outros mamíferos e répteis aquáticos. Cercar brejos Visitas a Prédios e Sitios Históricos: Caso exista nas margens. Interpretação da Natureza: Através das exposições de um único Centro de Visitantes, das trilhas interpretativas e dos passeios guiados, o visitante pode se informar sobre o Rio ou contar com guias credenciados pelo Parque para esta atividade. Estudos do meio: Visitas com fins educacionais, realizadas em geral por público escolar, sob a orientação dos funcionários do Parque, utilizando os recursos do Centro de Visitantes e as trilhas com placas, dentre outros; Participação em atividades conservacionistas: participar em atividades como produção de mudas, reflorestamento, coletas de água para análise, etc; Pic-Nic e Churrasco Familiares: O Parque deve oferecer área(s) específica(s) para estas atividades. Trata-se de uma instalação fundamental para atrair visitantes. Passeio de Bicicleta/Ciclismo: Oferecer rede de ciclovias pavimentadas para os visitantes que tragam suas próprias bicicletas, em especial no baixo curso. Canoa e caiaque: O rio proporciona estirões fluviais para a prática do esporte.

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Bóia-cross: descida de rios com auxílio de bóias especiais. Rafting Recreação Infantil: Oferecer brinquedos infantis (parquinho) e outras atividades; Filmes: Passar filmes sobre o rio no Centro de Visitantes. Produzir filmes específicos sobre o Rio; Gastronomia: Restaurantes com comida típica do vale. Contemplação: Bancos e pequenos mirantes devem ser colocados em locais com visão do rio Leitura: Oferecer áreas reservadas e sombreadas para leitura de livros, inclusive com postes para redes; Celebração: Datas comemorativas devem ser sempre celebradas, em especial o dia do parque, 7 de setembro, dia da bandeira e o dia do meio ambiente. Pesca: pesca amadora regulada Passeio no Manguezal: De barco ou sob passarelas. Experiência da Roça: as crianças passam um dia na roça plantando, colhendo ou cuidando de animais (sítios e fazendas ribeirinhas) Praticas religiosas: locais para pratica de religiões afrobrasileiras

INFRA-ESTRUTURA IMPORTANTE: A concentração de edificações em uma determinada área do Parque facilita e reduz o custo de implantação e manutenção, assim como dos serviço de segurança (mais concentradas, menos vigilância noturna).

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A área central do Parque pode conter as seguintes facilidades:

Estacionamentos: O estacionamento principal situa-se em frente a sede administrativa e ao Centro de Visitantes. Centro de Visitantes: É a edificação mais importante do Parque. Deve contar a história do Rio/Lagoa e sua ecologia, assim como a história, incluindo detalhes do abastecimento de água quando existente. Preferencialmente deve ficar junto a margem, sendo o segundo andar com vista panorâmica para o rio.

Sede Administrativa: A sede administrativa do Parque serve para abrigar a equipe de funcionários, materiais e equipamentos. Cerca: A área central pode ser cercada com alambrado (moirão de concreto e tela). Sanitários coletivos: Dimensionado para atender a demanda. Outdoor de empresas colaboradoras: Recomendado. Viveiro: Não é recomendável

OUTROS Edificações e Ruínas Históricas: O Parque deve assumir a manutenção quando não implicar em despesas consideráveis. Trapiches e Mirantes: Devem ter bancos, lixeiras e serem sinalizados, com placa contendo mapa que explique a paisagem que se vê. Tirolesa Abrigos com mesas de pic-nic: Devem ser implantados nas áreas de uso diário. Áreas de Uso Diário: Áreas gramada e arborizadas contendo bancos para pic-nic e churrasqueiras individuais, com abrigos simples de diversos tamanhos, lava-pratos, banheiros públicos e duchas, manilha para depósito de carvão usado, parque infantil (escorregas, balanços comuns e de pneus, trepa-trepas, barras–fixas, gangorras, tambor giratório, rema-rema, etc.) quadras de vôlei, mesas para jogos de dama, restaurante/lanchonete, postes para pendurar redes, área para leitura de livros. Estas espaços devem ser operados pela administração do parque, direta ou indiretamente sob concessão a empresa local. Trilhas Interpretativas Sinalizadas: Praça de Exercícios: Lagoas e Brejos: Reconstruir lagoas e brejos conectados ao rio. Postos de Guarda: A quantidade de Guaritas ou Postos de Guarda deve ser definida pelo Programa de Segurança do Plano de Manejo por especialistas em segurança. Todos devem ter comunicação por rádio com a sede. Caçambas e Cestas de lixo: Em vários lugares do Parque, construidas de modo a evitar que animais tenham acesso.

Sistema de Circulação Ciclovias: Devem ser construidas com base em especificação técnica e somente no baixo curso

Sistema de Sinalização Formado por painéis e placas informativas externas. Devem ser bilingues (português e inglês) e padronizados.

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ANEXO II FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE RECUPERAÇÃO OU RENATURALIZAÇÃO DE RIOS

Entende-se por Renaturalização, a realização de obras e outras atividades que tem como meta recuperar a integridade ecológica de um rio e de sua zona marginal. O processo de renaturalização não é uma obra de engenharia com início, meio e fim estabelecidos em cronograma. Em linhas gerais, é um processo de ajuda para que o rio se autorecupere. Ele parte do principio do rio vivo (“living river”), ou seja, um rio é um ecossistema autoajustável que esta sempre recriando sua forma. Desta modo, após cada intervenção, no qual se projeta uma tendência, espera-se um tempo para observar o seu comportamento e parte-se ou não para nova intervenção. Trata-se de um gerenciamento adaptativo, como chamam os engenheiros e cientistas que estão recuperando o rio Colúmbia. É uma tecnologia em franco desenvolvimento na Europa, América do Norte e Austrália, fruto da mudança de visão da sociedade sobre os rios e do reconhecimento da engenharia dos erros cometidos no passado na tentativa de “dominar” os rios através de barragens e obras de retificação. Na Europa, em particular na Alemanha, Inglaterra e na Escadinávia, assim como nos EUA e no Canadá, governos e sociedade civil tem realizado atividades simples e complexas para remodelar rios danificados, alcançando resultados estimulantes, inclusive em áreas urbanas. A eliminação do lançamento de esgoto bruto no rio não representará água limpa e rio saudável, pois uma grande quantidade de barro permanecerá na água. A cor da água é reflexo da erosão das próprias barrancas do rio, causada pela retificação e pela eliminação das matas ribeirinhas, aliado a perda de solos da bacia e a mineração de areia. Outra questão fundamental: qual é a vazão mínima que a represa de Juturnaíba terá que liberar no inverno e no verão para permitir que o rio provoque uma pequena inundação das lagoas e brejos marginais, fato fundamental para assegurar a reprodução dos peixes? Mesmo em rios dados como mortos, como os que atravessam cidades com curso canalizado e com margens concretadas é possível fazer melhorias. E os exemplos são muitos, abrangendo desde diminutos córregos que atravessam fazendas até rios grandes como o Mississipi, onde o exército americano esta refazendo os meandros, passando pelo mais recente que é o rio Colorado, também situado nos EUA. No rio Colorado, criou-se o “gerenciamento adaptativo” da usina hidrelétrica de Glen Canyon, concluída em 1963. O gerenciamento adaptativo tem por finalidade minimizar os impactos causados no rio à jusante pela barragem, entre eles uma colossal perda de areia, encolhimento das praias, invasão de plantas e peixes não-nativos, extinção de espécies nativas e a erosão de sítios arqueológicos. O “gerenciamento adaptativo", afirmam os engenheiros e cientistas que executam o projeto, está baseado em dois princípios essenciais: primeiro, sistemas complexos são inerentemente imprevisíveis, é impossível saber as conseqüências das várias intervenções humanas. Segundo, a única forma de equacionar problemas complexos é por meio de um processo de colaboração, no qual todos que têm um interesse concordam em tentar novas medidas. Quando as experiências fracassam, como pode acontecer, os participantes têm de estar prontos para tentar uma outra coisa, com base nos interesses comuns. Espera-se evitar ou inverter o dano feito ao rio e às formas de vida manipulando os fluxos da represa, entre outras ações.

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Em 1998 e 2002, o Projeto Planágua SEMADS/GTZ de cooperação Brasil-Alemanha, publicou dois manuais sobre renaturalização de rios, com base na experiência alemã. O segundo manual pode ser obtido em meio digital na website da SERLA (http://www.serla.rj.gov.br/). Na Alemanha, a renaturalização fluvial compreende a restauração de rios e córregos com a finalidade de possibilitar a volta da fauna e da flora aquática e ribeirinha, e ainda a preservação das áreas de inundação, de modo a impedir quaisquer usos que impeçam esta função. Trata-se na verdade de resgatar os usos múltiplos do rio, indo de encontro aos objetivos da lei estadual dos recursos hídricos. Abandona-se a velha concepção de que rios são canais drenantes e de transporte de lixo, esgoto e águas de enchente. Em outras palavras, a finalidade é possibilitar a volta de usos nobres como a recreação, o lazer, esporte, contemplação e o abastecimento público, aliado à valorização paisagística e o retorno da biodiversidade aquática. Os princípios que norteiam a renaturalização dos rios são os seguintes: Rios e córregos são mais que simples transportadores de água; Rios e córregos devem ser protegidos contra lixo e esgotos com vistas à saúde pública; Rios e córregos necessitam de seu espaço natural de escoamento, suficiente para evitar os

danos provocados pelas enchentes; Rios e córregos são áreas de recreação, esporte, lazer e contemplação; Rios e córregos têm influência determinante nas paisagens, onde se torna importante a

preocupação com o bem estar e o equilíbrio emocional do homem; Rios e córregos têm papel decisivo no processo histórico de desenvolvimento dos núcleos

urbanos e de comunidades rurais; Rios e córregos são ecossistemas complexos; Rios e córregos apresentam múltiplos usos, mas precisam de quantidade e qualidades mínimas

para sua sobrevivência; Rios e córregos necessitam da assistência e do envolvimento da população na sua

preservação; Rios e córregos não são somente áreas de exploração econômica para o homem; Rios e córregos são essenciais à vida;

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A renaturalização envolve obras e outros serviços como restauração de curvas eliminando-se trechos retificados, estabilização dinãmica de barrancas com artefatos de bioengenharia, reflorestamento ciliar, regeneração de brejos nas margens e paisagismo, dentro outros, que são implementadas a o partir de um projeto em cuja elaboração e execução devem participar engenheiros hidrólogos, florestais e agrônomos, arquitetos paisagistas, geólogos, geógrafos especialistas em geomorfologia fluvial e biólogos. O manual SEMADS/GTZ ressalta os seguintes medidas: Permitir que o rio desenvolva um curso mais natural e volte a formar meandros. Depois de um

certo tempo, os processos erosivos fluviais se estabilizariam e assim, facilitariam o ressurgimento da biota, e conseqüentemente a revitalização do rio. Em comparação à situação anterior (rio retificado), necessita-se de mais áreas marginais;

A mata ciliar melhora as condições ecológicas, hidrológicas e morfológicas. Por isso, nesses trechos de rios deve-se proteger ou plantar mata de espécies nativas. Em geral, utiliza-se uma faixa com largura mínima de 30 metros, nas áreas rurais, para atendimento ao disposto no Código Florestal;

Suspender as retiradas de areia para deter o aprofundamento do leito do rio. Esse rebaixamento é responsável pela escavação das infra-estruturas de pontes e outras obras, tornando-as instáveis;

Não se deve postergar a renaturalização de rios contaminados por esgoto. Ao contrário, pode-se começar a recuperá-los através do reflorestamento das margens e de algumas obras emergenciais e mesmo de medidas preventivas tomadas pelas Prefeituras para evitar que a ocupação das margens se acentue. Uma campanha para evitar que a população jogue lixo nos rios é fundamental. Em suma, recuperar rios e lagoas exige muito mais que a aplicação dos instrumentos contidos nas leis nacional e estadual de recursos hídricos. A renaturalização de rios tem como metas: recuperar os meandros dos canais; estabilizar as margens através de reflorestamento e de obras de contensão física das barrancas; restaurar habitas que são criadouros de filhotes de peixes e de aves, através da revitalização de

lagoas e brejos marginais; O uso de gabiões e de estruturas de concreto deve ser evitado ao máximo. A prioridade deve recair no uso de materiais locais, como capim colonião para produção de cilindros, pedras, folhas de palmeiras, capim sapê, etc. Há empresas brasileiras que tem desenvolvido técnicas de bioengenharia e produtos biodegradáveis de elevada qualidade tal como strawmulch, adesivos orgânicos, geotêxteis, telas biodegradáveis e bermalongas, entre outras, todos biodegradáveis. Não se deve postergar a renaturalização de rios contaminados por esgoto. Ao contrário, pode-se começar a recuperá-los através do reflorestamento das margens e de algumas obras emergenciais e mesmo adotar medidas preventivas a serem tomadas pelas Prefeituras para evitar que a ocupação das margens se acentue. Uma campanha para evitar que a população jogue lixo nos rios é

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fundamental. Em suma, recuperar rios e lagoas exige muito mais que a aplicação dos instrumentos contidos nas leis nacional e estadual de recursos hídricos. A renaturalização de rios pode envolver as seguintes atividades:

Projeto Básico

Elaboração de projetos basicos detalhando as atividades a serem empreendidas, com base em levantamento e mapeamento de campo das condições ambientais do rio a ser restaurado e de cadastro de proprietários ribeirinhos

Demarcar os terrenos publicos marginais e os limites da área de preservação permanente

Após a conclusão do trabalho deve-se registrar os terrenos em Cartórios de Registro de Imóveis.

Afastar as cercas Fundamental para evitar que o gado consuma as mudas ou destrua as barrancas através do pisoteio

Reativar meandros que foram abandonados por obras de retificação e trechos de planicies de inundação

Permitir que o rio desenvolva um curso mais natural e volte a formar meandros. Depois de um certo tempo, os processos erosivos fluviais se estabilizariam e assim, facilitam o ressurgimento da biota, e conseqüentemente a revitalização do rio. Em comparação à situação anterior (rio retificado), necessita-se de mais áreas marginais;

Estabilizar Barrancas em erosão (intervenções físicas para quebrar a energia do rio e ajudar que ele mesmo estabilize suas barrancas)

O uso de gabiões e de estruturas de concreto devem ser evitados. A prioridade deve recair no uso de entrançamentos, estacas, cilindros de faxinas, troncos, pedras, sacos de aniagem enchidos com terra e sementes e artefatos construidos com materiais locais, como capim colonião para produção de cilindros, pedras, folhas de palmeiras, capim sapê, bambu, etc. Há empresas brasileiras que tem desenvolvido artefatos de bioengenharia de elevada qualidade tal como strawmulch, adesivos orgânicos, geotêxteis, telas biodegradáveis e bermalongas, entre outras, todos biodegradáveis.

Suspender as retiradas de areia

Para deter o aprofundamento do leito do rio e diminuir o impacto sobre a fauna e a qualidade da água. Transformação de buracos abertos por areeiros em lagoas marginais (importantes para incrementar a biomassa de peixes);

Sedimentos Contaminados Identificar os trechos com sedimentos contaminados e prever as ações de retirada.

Remoção de Plantas Invasoras Reflorestamento das Margens

Reflorestamento da mata ribeirinha exclusivamente com espécies nativas. Precisa-se saber onde plantar, como plantar (disposição espacial das mudas), que espécies plantar e estabelecer metas factíveis. Exemplo: reflorestar anualmente uma faixa de X km de comprimento e y metros de largura por ano.

Restauração de lagoas marginais e brejos

Reconstrução de lagoas e brejos marginais, que são ecossistemas fundamentais para a qualidade da água do rio e para os peixes. Transformação de buracos abertos pelos areeiros em lagoas marginais.

Combate a Espécies Invasoras Diminuição das populações de peixes e outros organismos Melhoria de Rios Urbanos Fundamental treinar engenheiros das Prefeituras Implantação de Parques Fluviais

Implantação de áreas de lazer ao longo das margens dos rios, semelhante ao Parque montado em Curitiba ao logo do rio Iguaçu com trilhas, ciclovias, áreas para piquenique, pesca, canoagem, etc

Proteção dos Manguezais da Foz

Transformação do Mangue da foz em Reserva Extrativista

Retirada de Lixões Retirada de lixões nas margens Restauração da Biodiversidade

Repovoamentos, escadas de peixes, melhoria do habitat, etc

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ANEXO IV LITERATURA TÉCNICA BÁSICA

Allan, J.D. 1995. Stream ecology: structure and function of running waters. Chapman and Hall Allan, J.D. and A.S. Flecker. 1993. Biodiversity conservation in running waters. BioScience 43: 32-43. American Society of Civil Engineers Task Committee on River Width Adjustment. 1998. Processes and mechanisms. Journal of Hydraulic Engineering 124: 881-902. Cairns, J., Jr. 1995. Rehabilitating Damaged Ecosystems. Ann Arbor, Lewis Pbl. DeAngelis, D.L. et al. 1998. Landscape Modeling for Everglades Ecosystem Restoration Ecosystems 1, 64-75 Dobson, A.P., A.D. Bradshaw and A.J.M. Baker. 1997. Hopes for the future: Restoration ecology and conservation biology. Science 277: 515-522. Gore, J.A., F.L. Bryant and D.J. Crawford. 1995. River and stream restoration. In: Rehabilitating Damaged Ecosystems. J. Cairns, Jr (ed). Ann Arbor, Lewis Publishing:245-275. Gore, J.A. and F.D. Shields, Jr. 1995. Can large rivers be restored? BioScience 45: 142-152. Harding JS, Benfield EF, Bolstad PV, Helfman GS, Jones EBD. 1998. Stream biodiversity: The ghost of land use past. Proceedings of the National Academy of Sciences, 95(25): 14843-14847. Hart, D.D. and N.L. Poff. 2002. A special section on dam removal and river restoration BioScience 52: 653-655. Hobbs, R.J. and J.A. Harris. 2001. Restoration ecology: Repairing the Earth's ecosystems in the new millennium. Restoration Ecology 9: 239-246. Karr, J.R. and E.W. Chu. 1999. Restoring life in running waters: better biological monitoring. Washington, DC, Island Press. Kondolf, G.M. 1995. Five elements for effective evaluation of stream restoration. Restoration Ecology 3(2): 133-136. Leopold LB, Wolman WG, Miller JP. 1964. Fluvial Processes in Geomorphology. New York: W. H. Freeman. Palmer, M.A., R. Ambrose, and N.L. Poff. 1997. Ecological theory and community restoration ecology. Journal of Restoration Ecology 5:291-300. Poff NL, Allan JD, Bain MB, Karr JR, Prestegaard KL, Richter BD, Sparks RE, Stromberg JC. 1997. The natural flow regime: A paradigm for river conservation and restoration. BioScience 47: 769-784. Poff, N.l, and J. V. Ward. 1990. Physical habitat template of lotic systems: recovery in the context of historical patterns of spatiotemporal heterogeneity. Environmental Management 14: 629-645.

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Riley, A.L. 1998. Restoring Streams in Cities: A guide for planners, policy makers, and citizens. Washington, D.C., Island Press. Rosgen, D.L. 1996. Applied River Morphology. Wildland Hydrology, Pagosa Springs, Colorado. Roth NE, Allan JD, Erickson D. 1996. Landscape influences on stream biotic integrity assessed at multiple spatial scales. Landscape Ecology 3: 141-156. Sala, O.E., F.S. Chapin, III, J.J. Armesto and E. Berlow. 2000. Global biodiversity scenarios for the year 2100. Science 287: 1170-1174. Smith, C., T. Youdan and C. Redmond. 1995. Practical aspects of restoration of channel diversity in physically degraded streams. In: The Ecological Basis for River Management. D.M. Harper and A.J.D. Ferguson (eds). Chichester, John Wiley & Sons: 269-273. Stanford, J.A., J.V. Ward, W.J. Liss, C.A. Frissell, R.N. Williams, J.A. Lichatowich and C.C. Coutant. 1996. A general protocol for restoration of regulated rivers. Regulated Rivers: Research & Management 12: 391-413. Swarts, F.A. eds 2000. The Pantanal of Brazil, Bolivia and Paraguay: Selected Discourses on the World's Largest Remaining Wetland System, Hudson MacArthur Publishers van Diggelen, R., A.P. Grootjans and J.A. Harris. 2001. Ecological restoration: state of the art or state of the science? Restoration Ecology 9: 115-118. Young, T.P., J.M. Chase and R.T. Huddleston. 2001. Community succession and assembly: comparing contrasting and combining paradigms in the context of ecological restoration. Ecological Restoration 19: 5-18.

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ANEXO V

WEBSITES ÚTEIS EPA http://www.epa.gov/owow/wetlands/restore/ River Restoration http://www.riverrestoration.org/ Riverbend http://www.riverrestoration.com/ Troutheadwaters http://www.troutheadwaters.com/assessments.htm Woodlot http://www.woodlotalt.com/services/restoration.htm The River Restoration Centre http://www.therrc.co.uk/ The Kissimmee River Restoration Project http://www.sfwmd.gov/org/erd/krr/ Cuidando dos Rios http://usinfo.state.gov/journals/itgic/0605/ijgp/allan.htm San Diego River Park Conceptual Plan http://www.sandiegoriver.org/ConceptualPlan.html Trent River Park (UK) http://www.sparc-project.org/trent-river-park.html http://www.ontrent.org.uk/ New River Park, 70 mil acres de terra ao longo do rio New (Novo), EUA http://www.nps.gov/neri/ French River Provincial Park http://www.ontarioparks.com/english/fren.html Rushing River Provincial Park http://www.ontarioparks.com/english/rush.html Cowichan River Provincial Park http://www.env.gov.bc.ca/bcparks/explore/parkpgs/cowichan.html Guadaloupe Fluvial Park http://www.turismomaestrazgo.com/centres/fluvial_ing/guadalope.htm Parque Fluvial de Pamplona http://www.parquefluvialdepamplona.es/parquefluvial/es/index.asp http://www.pamplona.es/parquefluvial/es/rio_arga/index.asp http://www.progettowater.org/cms/?q=en/node/71 http://www.europe-cities.com/en/786/spain/barcelona/place/24722_parc_fluvial_del_besos_bessos_river_park/

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Parco Fluvialle dell Alcântara – Pamplona http://www.siciliaparchi.com/_specialeAquafest.asp Parco fluviale del Po tratto torinese 0- Torino http://www.parcopotorinese.it/index.html Como pesquisar na internet River Park, River State Park, River Provincial Park Waterfront Park Waterfront Design Parque Fluvial (Portugal e Espanha) Parco Fluvialle (Itália)

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ANEXO VI ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA PROJETO

AÇÕES SEQÜENCIAIS RECOMENDADAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS

CELEBRAÇÃO DE TERMO DE COOPERAÇÃO A SEA celebra Protocolo de Intenções com Prefeituras da bacia e um Pacto para a Gestão Compartilhada do Parque SELEÇÃO DO GERENTE DE PROJETO Contratação de profissional especializado para atuar na função de Gerente de Projeto, trabalhando sob a supervisão do INEA. O gerente trabalhará tanto na sede quanto em campo. O Profissional a ser recrutado atenderá aos seguintes requisitos: Experiência em gerenciamento de Projetos e em reflorestamento com espécies nativas

fluminenses, recuperação de áreas degradadas; Noções gerais de gestão de bacias, ecologia, hidrologia, limnologia e sedimentologia de rios;

ecologia e recuperação de brejos (wetlands) e manejo de solos de várzea; Conhecimentos em legislação aplicada as Unidades de Conservação, em especial aos Parques; Experiência em planejamento de unidades de conservação, paisagismo e estruturas de

recreação; Capacidade de forjar parcerias com órgão públicos, privados e ONG´s; Habilidade em trabalhar sob pressão e com prazos apertados; Formação em Engenharia Agronômica, Florestal ou Biologia; Carteira de Habilitação para dirigir veículos; Conhecimentos de normas administrativas e fluência em Inglês será uma vantagem; MONTAGEM DA UNIDADE DE GERÊNCIA DO PROJETO Providencir a aquisição de computador, periféricos e de suprimentos de informática, além de mobiliário de escritório para a Unidade de Gerenciamento de Projeto. AQUISIÇÃO DE VIATURA E BARCO Providenciar a aquisição de um veículo e barco com motor de 25 hp adequado para navegação em rio ou lagoa, incluindo reboque. SUPRIMENTO DE COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES E MANUTENÇÃO DOS VEÍCULOS A empresa proporciona quota anual de combustível bem como uma provisão orçamentária para manutenção dos veículos e barcos. IMPLANTAÇÃO DE BASE FÍSICA NA BACIA É necessário dispor de uma base física próxima ao rio, com a função de servir como escritório de campo, promover a gestão ambiental do rio e assegurar a manutenção das instalações e obras. A edificação deverá contar com: hall-recepção, sala do Gerente do Projeto, sala para assessoria (espaço para 3 pessoas), sala do sistema de informações ambientais da Bacia do Rio, sala de reunião, sala de Arquivo Técnico, sala para pessoal de limpeza e manutenção com vestiário,

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banheiros, cozinha, refeitório, laboratório rústico, depósito e almoxarifado, garagem para veículos, garagem para barco. Não haverá alojamento para pesquisadores. A manutenção incluirá manutenção predial (civil, elétrica e hidráulica), segurança patrimonial. AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS A maioria das aquisições será realizada somente após a cestas grandes de lixo para a área externa; materiais de áudio e vídeo; materiais de expediente e impressos (papel, canetas, pastas, grampo, borrachas,

grampeadores, perfuradores, impressos etc); materiais de higiene e limpeza (como detergentes, vassouras, rodos, pás para lixo, papel

higiênico, sacos de lixo, etc); utensílios, peças e acessórios (chaves, cadeados, porta papel, brocas, buchas com parafusos,

mangueiras, abraçadeiras, lonas); insumos agropecuários; materiais de combate a incêndio florestal; ferramentas e implementos manuais (chave inglesa, alicate, chave de fenda, cavadeiras,

carrinhos de mão, enxadas, foices, peneiras, tesouras de poda, podão

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ANEXO VII PROGRAMA DE PARQUES FLUVIAIS

Diretrizes: 1) Baixar Decreto criando a categoria Parque Fluvial e instituindo o Programa de Parques Fluviais 2) Equipe mínima para projeto de Parque fluvial: 1 Engenheiro de Recursos Hídricos (Sênior); 1 Especialista em Renaturalização Fluvial (Sênior); 1 Eng. Florestal especializado em mata ribeirinha (Médio); 1 Biólogo especializado em ecologia de rios (Médio); 1 Geógrafo especializado em Geomorfologia fluvial (Médio) ; 1 Arquiteta paisagista especializada em sistemas de recreação (Médio);