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C IDADE NOVA ESTUDO PRELIMINAR DE UM SHOPPING CENTER COM A REQUALIFICAÇÃO DO ENTONO NA CIDADE NOVA UFF I EAU I TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I 1 SEMESTRE 2010 ALUNA: CAROLINE SAMPAIO DE ALMEIDA ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO LEUSIN

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Trabalho final de graduação parte 1

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C IDADE NOVA

ESTUDO PRELIMINAR DE UM SHOPPING CENTER COM A REQUALIFICAÇÃO DO ENTONO NA CIDADE NOVA

UFF I EAU I TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I 1 SEMESTRE 2010ALUNA: CAROLINE SAMPAIO DE ALMEIDA

ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO LEUSIN

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«Entender é sempre limitado.Mas não entender pode não ter fronteiras»

Clarisse Lispector

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Introdução e Metodologia

Histórico

Impactos socioeconômicos

Crescimento do setor

Localização

Entorno:DiagnósticoLevantamento fotográficoPlano Diretor Rio de JaneiroProposta

Perfil:Pesquisa quantitativaPesquisa qualitativa

Diretrizes de projetoPartidoMódulo estruturalVolumetriaSustentabilidadeCoogeração de energiaAcessibilidadePraça centralEscadas fixas e rolantesMallMobiliário de mallPraça de alimentaçãoCirculaçãoBanheirosEdifício comercialEstacionamentoSaídas de emergênciaParâmetros da edificação

Plantas

Bibliografia

ÍNDICE

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O presente trabalho visa à elaboração de projeto de um Shopping Center localizado no bairro da Cidade Nova, próximo ao centro, no Rio de Janeiro. A área de estudo possui uma forte vocação para instalação e crescimento de estabelecimentos comerciais, visto a necessidade da formação de um sub centro que atenda as demandas do centro atual.

A área escolhida está localizada próxima ao sambódromo, possui diversas edificações abandonadas e requer um cuidado especial antes de instalar um equipamento que servirá como um novo pólo gerador de fluxo. O impacto de um Shopping Center, se não for feita a devida intervenção para requalificação do ambiente o qual ele se insere, poderá inviabilizar o sucesso do empreendimento e gerar ainda mais desvalorização e abandono do espaço.

O projeto possui um programa extenso e complexo cujas relações estão cuidadosamente interligadas. Por este motivo será apresentado apenas um estudo preliminar com as diretrizes de projeto e conceituação do mesmo sem o aprofundamento que seria necessário na elaboração de um projeto executivo.

O projeto inclui também um estudo com diretrizes para a requalificação do entorno e definição de novos parâmetros de construção da área assim como o estudo de vias proposta para melhorar a circulação de veículos e pedestres

A metodologia adotada para elaboração do projeto foi elaborada a partir de um estudo de possibilidades de implantação e busca de um terreno onde houvesse necessidade de crescimento do setor para implantação de um greenfield, projeto de investimento cujos recursos são necessários para a construção da estrutura necessária para a operação.

A escolha do terreno foi feita por conta da proximidade com o centro, ausência de instalações similares no entorno, e possibilidade de novas propostas para legislação vigente em decorrência de um projeto da prefeitura para viabilizar a ampliação do sambódromo.

A partir de um partido arquitetônico, que contempla tanto do edifício quanto do entorno foi elaborado um programa de necessidades para a elaboração do projeto.

A volumetria do edifício foi trabalhada somente após o estudo da modulação estrutural e do entorno a fim de evitar que a inserção do mesmo gerasse um grande impacto visual na área.

O projeto do interior do shopping foi elaborado de acordo com as diretrizes de projeto defendidas que contempla principalmente fatores como acessibilidade, sustentabilidade, conforto, custo e estética.

Estratificação das etapas de elaboração do projeto:

Análise do objeto e demandasBusca de referências bibliográficasEscolha do terrenoColeta de dados Partido ArquitetônicoRevitalização do entornoPré-dimensionamentoEstudo da volumetriaEstudo preliminar

INTRODUÇÃO E METODOLOGIA

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HISTÓRICO

O dinamismo comercial firmado na atualidade encontra suas raízes no século XIX quando foram firmados os princípios da Revolução Industrial, surgindo especialmente em Paris e Londres as primeiras lojas de departamento.

Entre os anos de 1822 e 1832 surgiram as primeiras galerias juntamente com o crescimento das indústrias têxteis com o uso do ferro nas construções. Essas galerias se caracterizavam por venderem mercadorias de luxo em grandes centros comerciais onde poderiam ser guardadas e vendidas a preços acessíveis e em diversas promoções

Segundo Evelin Generoso em seu livro Shopping Center; Espaço de Sociabilidade, espaço de contradições, é na década de 1850 que se inaugura em Paris um novo estilo de comércio varejista, baseado no sistema de preços fixos - o Bom Marché, uma espécie de hipermercado que lança três idéias para o século XIX: vender um grande volume de mercadorias com uma margem pequena de lucro em cada item; os preços das mercadorias seriam fixos e bem marcados; e qualquer pessoa poderia entrar na loja, sem obrigação de comprar.

Relacionados à comunicação através da fotografia inicia-se um processo de feitichização das mercadorias, a substituição do valor-de-uso pelo valor-de-troca, influenciados principalmente pela propaganda.

A mistificação dos objetos associada ao estímulo às compras e propaganda sem dúvida são marcas importantes do capitalismo até a era atual.

Através no novo modelo de produção aplicado após a Revolução Industrial as fábricas passaram a ampliar a sua capacidade produtiva e surgiu então a necessidade deu intensificar uma massa de consumidores que até então não era comum no comércio tradicional das ruas Parisienses.

No entanto foi nos Estados Unidos que o Shopping Center se solidificou após o período Pós-Guerra quando o país vivia um crescimento econômico e metropolização. Em 1956, quando o “conceito” de SC acabava de nascer, os Estados Unidos já contavam com mais de mil estabelecimentos regionais prontos, e mais dois mil em construção (Padilha, 2006).

No Brasil, a implantação do Shopping Center ocorreu nos anos 1960 e seguiu o padrão norte-americano. O primeiro Shopping Center inaugurado no país foi o Iguatemi em São Paulo e desde então o setor não parou de crescer. A partir dos anos de 1980 que o Brasil testemunhou um irreversível processo de expansão dos Shopping Centers, provocado em grande parte pelo crescimento industrial urbano e, paralelamente, pelo crescimento do setor de serviços.

Apesar do crescimento socioeconômico, o Brasil permaneceu como um país contraditório, de pobreza de muitos e riqueza de poucos. Os Shopping Centers foram criados para essa minoria da população. Segundo Pintaudi (1992), eles apareceram no momento do desenvolvimento de monopólios da economia brasileira, representando uma tendência de atividades comerciais varejistas, que antes não concentravam poder econômico.

A quantidade de Shopping Centers construídos no pais é cada vez maior e eles vêm atender os diversos setores do mercado atendendo às mais diversas camadas sociais. O Brasil possui uma considerável população com poder de compra, especialmente na região Sudeste, estando a concentração populacional, crescimento urbano e industrial, intimamente ligados com a expansão e desenvolvimento do setor de SC nas cidades.

Pintaudi (1992, p. 22) esclarece que a presença de Shopping Centers em diferentes regiões do país não se dá somente pela distribuição e crescimento da população. Além disso, a concentração de Shopping Centers nos estados do RJ e SP, se deve ao fato de que esses Estados não somente têm grande montingente populacional, como também concentrar certo poder aquisitivo. Essa diferenciação espacial entre regiões, bairros ou municípios é incrementada também pela distribuição espacial dos Shopping Centers uma vez que estes geram fluxosde pessoas, serviços e bens.

Sobre a diferenciação espacial na localização de Shopping Centers em determinadas regiões do país em detrimento de outras, Figueredo (1997, p. 11) aponta que: “apesar de ser um espaço propício para o desenvolvimento da indústria de Shopping Centers este não o será igualmente como um todo, e sim espaços especiais dentro dele”.

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IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS

Uma pesquisa sobre 'O Impacto Socioeconômico do Shopping Center', realizada pelo IPDM, Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado, comprovou que a implantação de um shopping pode trazer benefícios na economia nacional.

Durante a pesquisa foram comparadas cidades do mesmo porte que tiveram ou não a inauguração de um empreendimento e os benefícios registrados nos tributos, como arrecadação de IPTU, que registrou aumento de 31% e crescimento de postos de empregos de 24%.

O estudo revela também que a valorização econômica em conseqüência da instalação do novo empreendimento provoca uma reativação de estabelecimentos de comércio e serviços no entorno, que passa a aproveitar o novo fluxo gerado, porém com custos de ocupação bem menores do que os instalados no interior do shopping.

A área estudada apesar da forte vocação comercial é carente de serviços e o novo empreendimento possuindo apenas alguns poucos restaurantes e uma grande quantidade de edificações subutilizadas principalmente por oficinas mecânicas.

A instalação do empreendimento na área estudada irá, não somente valorizar a região através dos investimentos gerados com os recursos da urbanização consorciada e da valorização imobiliária, mas também pela nova opção e variedade de lazer e serviços instalados na região.

Shopping Center como espaço de convívio

O novo modelo de shopping Center como espaços híbridos oferece diversas opções de serviço e lazer além dos espaços comerciais de consumo. A intenção é fazer com que o cliente passe cada vez mais tempo no shopping.

A ida ao Shopping Center não está mais associada à necessidade de adquirir algum produto ou serviço. Conforme afirmado pela pesquisa qualitativa realizada pela empresa Ginger, as pessoas vão ao shopping para “ver e ser visto”, sendo este um representante de status e inserção social para a maioria das pessoas que o freqüentam.

Para Évelin Generoso os Shopping Centers produziram-se no cenário urbano brasileiro como símbolos onipresentes de poder. Erigem-se como representação de um novo templo social, voltados para a criação de um universo de fantasia dirigido para o consumo. Neles pode se encontrar de tudo: agências bancárias, academias de ginástica, espaços de estética, cursos, entre outros.

A inserção dos serviços nos Shopping Centers foi, sem dúvida, uma pequena mudança que causou grande impacto, pois esses centros comerciais passaram a configurar verdadeiros centros urbanos, o que, evidentemente, coloca em questão a noção do público e do privado.

Segundo Bienestien em Acumulação de capital e espaço urbano: o exemplo do shopping center. Rio de Janeiro: PPGG/UFRJ. Dissertação de Mestrado em Geografia, 1993, “O Shopping Center materializa uma das últimas formas postas pela sociedade do capital agregando comércio e o consumo ao lazer e recreação, constituindo-se num importante referencial arquitetônico no espaço urbano”.

Para Padilha (2006, p. 80) o Shopping Center é “mais do que um centro de compras, é um centro de lazer e entretenimento”.“Os Shopping Centers também são únicos no mundo imobiliário porque normalmente evoluem e mudam – se adaptando a vários desafios e oportunidades mais rapidamente que a maioria dos outros formatos imobiliários. De fato, os Shopping Centers são inerentemente projetados para facilitar as mudanças por meio da reforma das lojas ou outros componentes dentro deles” Shopping Center e Gestão – International Council of Shopping Centers

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LOCALIZAÇÃO

A respeito da localização destaca-se principalmente a proximidade com as principais vias de acesso aos diversos bairros do Rio de Janeiro como as vias de acesso a Av. Presidente Vargas que faz a ligação Centro/Leopoldina, Trinta e um de março responsável pelo acesso Zona portuária e o túnel Santa Bárbara, Rua Frei Caneca com a ligação entre Túnel Rebouças e a Lapa, Rua Estácio de Sá com a ligação entre a Zona Sul e Tijuca, e o acesso à baixada através do elevado Paulo de Frontain, Linha Vermelha e aeroporto Tom Jobim. Desta forma o terreno escolhido está localizado próximo às vias de acesso dos principais bairros da cidade e de meios de transporte como a estação de metrô e trem, além dos pontos de ônibus e vias expressas.

Para elaboração do trabalho destacamos a área localizada enter as ruas entre a Bendedito Hipólito e Av. Salvador de Sá e entre a Rua Marquês de Sapucaí e Carmo Neto, que acaba na Heitor Carrilho dando acesso à Rua Frei Caneca, uma das principais vias após do Túnel Rebouças fazendo a ligação Zona Sul- Centro.

ÁREA DE ESTUDOZONA SULLAGOA TÚNEL

REBOUÇAS

ZONA NORTE LAGOA TÚNEL

REBOUÇAS

NITERÓI/ ZONA NORTE AV. BRASIL

ZONA NORTE AEROPORTO TOM JOBIM,

LINHA VERMELHA

CENTRALCENTRAL DO BRASIL

ZONA PORTUÁRIAPRAÇA MAUÁ

CENTROLAPAZONA NORTE

TIJUCA

ZONA NORTETIJUCA PRAÇA DA

BANDEIRA

LINHA 2 BAIXADA

CENTRO ZONA SUL

CENTRO ZONA SUL

CENTRO

LINHA 1ZONA NORTE

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Pretende-se também com o projeto incluir pavimentação específica com blocos intertravados, além de um trafic calming na área da faixa de pedestre, a fim de diminuir a velocidade dos veículos na rua frente ao shopping para proteger os pedestres e pessoas com dificuldade de locomoção que estiverem atravessando, pois o trafic calming dispensa a necessidade de rampas para deficientes.

As esquinas deverão possuir proteção para que o pedestre não atravesse fora da área segura pela faixa e quando for muito estreita a calçada fará o desnível a fim de garantir acessibilidade dos portadores de necessidades especiais. O piso das calçadas deverá ser paginado com piso tátil e largura mínima de 1,20m. No centro das quadras as passagens são largas, o que facilita a circulação por estas.

O projeto de requalificação do entorno visa garantir acessibilidade, facilitar a circulação dos fluxos, melhorarem o trânsito e garantir a melhoria da qualidade de vida dos moradores da área através de melhor rede de infra-estrutura, qualificando e valorizando a área escolhida.

Proposta:

Para viabilizar a construção do shopping no terreno proposto é necessário criar uma relação de simbiose do mesmo com a área e a comunidade local. Um não pode existir sem que o outro se beneficie e vice-versa. A geração de novos empregos, atração de público, aumento da segurança, além de itens que devem estar presentes no projeto como oficinas de qualificação, instalação de equipamentos urbanos para geração de renda, urbanização consorciada, instalação de equipamentos de lazer, são apenas alguns dos fatores que podem melhorar a qualidade de vida dos moradores locais.

Em troca o shopping não poderá sobreviver sem o apoio da comunidade. Por se localizar longe de bairros tradicionais o shopping deverá atender principalmente os moradores do bairro, além de trabalhadores ou freqüentadores da área atraídos por alguns dos equipamentos que a mesma oferece.

A proximidade com a estação de metro Praça XI é um dos fatores de maior atração de público, visto que a maior parte daqueles que vão ao Centro do Rio prefere este tipo de transporte ao carro. Por este motivo também se faz necessária uma ligação do shopping direto com a estação de forma contínua proporcione maior visibilidade ao mesmo. Ao longo desta praça deverão ser instalados diversos quiosques, a partir de um investimento do shopping, conforme foi realizado pelo Norte Shopping, que deverão ser administrados exclusivamente por moradores a fim de gerar renda e garantir maior movimentação ao longo do trecho.

ENTORNO - PROPOSTA

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ENTORNO - PROPOSTA

VISTA SUPERIOR VISTA SAMBÓDROMOFACHADA NORDESTE

VISTA SAMBÓDROMOFACHADA LESTE

VISTA GERAL SUPERIOR FACHADA SUDOESTE

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ENTORNO - PROPOSTA

Atualmente em frente à Estaão de Metrô Praça XI existe uma rua que é interrompida pelos respiradores do metrô e se torna um simples estacionamento de carros.

A proposta visa o fechamento desta rua para aumento das dimensões da quadra e assim viabilizar a construção de 7 prédios residenciais e uma praça contínua liga o shopping à Estação de Metrô Praça XI e possui no seu caminho diversos quiosques, área de recreação para crianças espaço para bicicletas além de favorecer o fluxo de pedestres, tornar o ambiente urbano mais agradável e principalmente dotar a área de espaços de lazer público externo.

PERSPECTIVA DA PRAÇAVISTA DA ESTAÇÃO DE METRÔ PRAÇA XI

PERSPECTIVA DA PRAÇAVISTA DO INTERIOR DA PRAÇAI

PERSPECTIVA GERALVISÃO AÉREA

PLANTA BAIXASEM ESCALA

EIXO RUA BARROSO

EIXO RUA BENEDITO HIPÓLITO

EIXO RUA SÇO MARTINHO

EIX

O R

UA

CA

RM

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PLANO DIRETOR RIO DE JANEIRO

Para que se torne possível a concretização da expansão do número de arquibancadas do sambódromo será necessária fazer a liberação do terreno da antiga fábrica da Brahma, ficando parte para a expansão e parte para novos fins. Sua vocação comercial deverá estar compatível com uma nova legislação proposta que integre os terrenos e de recursos necessários para a valorização da área

Os prédios foram dispostos de forma solta a fim de garantir a ventilação no interior das quadras e com gabarito escalonado de 40 para 30m a fim de minimizar o impacto visual que poderia ser formado com a presença deste elemento vertical junto ao gabarito baixo das casas ali instaladas, que em sua maioria são de 9m com presença de algumas edificações de até 4 andares. Vale ressaltar que o projeto partiu da premissa presente no Plano Diretor da cidade do Rio de Janeiro conforme consta abaixo:

SEÇÃO II DA ÁREA DE PLANEJAMENTO I

Art. 62 - As diretrizes de uso e ocupação para a Área de Planejamento 1 são as seguintes:

I - incentivo ao uso residencial permanente e transitório;

II - revitalização e renovação da Cidade Nova, mediante:

a) recuperação da estrutura de equipamentos e serviços urbanos, através da realização de obras de melhoria do calçamento, da rede de drenagem de águas pluviais e da iluminação pública;

b) preservação do casario, através de estímulos aos moradores para recuperação de suas casas e restauração dos passeios;

c) restauração do Conjunto Proletário da Avenida Salvador de Sá, sob orientação e com financiamento proporcionados pelo Poder Público, que para isso elaborará projeto específico;

d) ocupação dos terrenos ociosos na vizinhança do Centro Administrativo São Sebastião da Cidade do Rio de Janeiro, com implantação de parâmetros urbanísticos a serem definidos em lei;

e) valorização do entorno da Avenida dos Desfiles, com relocalização de construções existentes em passeios de logradouros públicos;

f) prestação regular de serviços públicos, especialmente os de coleta de lixo e limpeza pública;

g) retomada de áreas do patrimônio público apropriadas por particulares e sua destinação a fins econômicos e sociais;

h) urbanização consorciada das áreas danificadas ou prejudicadas pelas obras de construção do metropolitano;

i) vedação da afixação de engenhos publicitários ao ar livre;

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FLUXOGRAMA:

LOJAS ÂNCORAS

LOJAS SATÉLITES

ELEVADORESBANHEIROSPRAÇA DE

ALIMENTAÇÃO

ESCADASROLANTES

ESCADA DE EMERGÊNCIA

PRAÇA EVENTOS

ACESSO AO SAMBÓDROMO

ESTACIONAMENTO

DEPÓSITOS

MANUTENÇÃO

ELEVADORES DE CARGA

DOCASSEPARAÇÃO

DE LIXO

VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS

RESTAURANTE FUNCIONÁRIOS

ADMINISTRAÇÃO

CFTV

VAGAS COMUNS

VAGAS ESPECIAIS

CISTERNASUBSTAÇÕES/

BOMBAS

OFICINA E TREINAMENTO

AMBULATÓRIO

SAC

CANCELASACESSO

ESTACIONAMENTO

ACESSO AO SHOPPING

ACESSO AO ED. COMERCIAL

SALAS COMERCIAIS

ACESSOS/ CIRCULAÇÕES

ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS

ESTACIONAMENTO

APOIO SERVIÇOS

DIRETRIZES DE PROJETO

Para elaboração do projeto foi elaborado um programa de necessidades a partir de um fluxograma criado com os seguintes grupos:

Estabelecimentos comerciais

Áreas locáveis como lojas satélites, lojas âncoras, lojas de alimentação, e área para eventos

Estacionamento

Áreas de estacionamento e de apoio para funcionamento do mesmo, áreas para vagas, vagas especiais (deficientes físicos, idosos, gestantes entre outros), cancelas e acessos

Serviços

Áreas que atendem o público e oferecem serviços como banheiros e fraldário, ambulatório e serviço de atendimento ao cliente com guarda volumes e outros

Acessos/ circulações

Áreas de acesso e circulações de forma geral

Apoio

Áreas administrativas necessárias para o funcionamento do shopping como CFTV, circuito fechado de televisão que fará o monitoramento de segurança do shopping, depósitos, manutenção, elevadores de garga, casa de bombas, oficinas, docas, central de lixo, sala de manutenção entre outros

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DIRETRIZES DE PROJETO

Primeiramente foi realizado um levantamento das reais necessidades e possibilidades do terreno e da área escolhida. A partir da premissa de construir um shopping Center com foco em atender ao público da área, com o crescimento visível do número de edificações planejadas para atender a demanda comercial. Foi proposto o projeto de um shopping regional com mix equilibrado de produtos e serviços diversos e uma boa operação de alimentação atrairá o público que mora nas proximidades e além de atender uma nova demanda cada vez maior.

Módulo estrutural:

Foi mantido o módulo de 8,00m x 8,00m para a estrutura. Essa dimensão irá facilitar o encaixe das lojas e das vagas no estacionamento nos pavimentos de subsolo.

Volumetria:

A volumetria, respeitando os módulos da estrutura, visa manter o ritmo existente na área com blocos que se movimentam para frente e para trás quebrando a monotonia da fachada de frente, que por estar voltada para o lado oeste não pode ter abertura de vãos etc. Com intenção de dar um aspecto de integração os jardins desta fachada foram dispostos de forma a darem a impressão que estão entrando e saindo pela edificação. As áreas de varandas criadas pelo movimento da volumetria também será aproveitado com jardins pendentes.

O prédio com as salas comerciais foi localizado na área norte do terreno a fim de garantir a visibilidade do edifício desde a Rua Presidente Vargas e seu acesso estarem mais próximo ao mesmo.

A frente das salas foi feita de forma escalonada e não perpendicular ao alinhamento do terreno a fim de evitar salas voltadas para a fachada oeste. As salas voltadas para a fachada norte terão proteção de brises dispostos para diminuir a incidência de sol de forma que não interferisse na iluminação natural e ventilação.

QUAI BRANLY MUSEUM - PARISFONTE: www.vivercidades.org

QUAI BRANLY MUSEUM - PARISFONTE: www.vivercidades.org

PERSPECTIVA GERALVOLUMETRIA

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Sustentabilidade

O projeto deverá conter diretrizes básicas de sustentabilidade a fim de diminuir os impactos que são produzidos pela edificação no meio ambiente. A utilização correta da direção solar e recursos para diminuição da incidência de sol diretamente e correntes de vento diminuem o uso do “ar condicionado” e geração de energia. U sistema de reutilização de águas pluviais e águas servidas, tratamento paisagístico com “teto-verde” e jardins, sistema de coogeração de energia em horários de ponta, sistemas de reciclagem e tratamento de resíduos sólidos.

Materiais: Os materiais utilizados no projeto e durante a obra deverão ser ecologicamente corretos, duráveis e de fácil manutenção a fim de evitar que se deteriorem ao longo do tempo evitando obras futuras. O uso do steel frame para fechamento do edifício proporciona isolamento acústico e térmico além de garantir uma obra com canteiro mais limpo, menos peso e mais rápido.

Água: Deverá ser previsto todo ciclo incluindo captação de água da chuva precipitada sobre cobertura do shopping que poderá ser reutilizada para limpeza, irrigação e tratamento para refrigeração das torres de arrefecimento de ar-condicionado; reutilização das águas servidas para descarga de ar condicionado; e estação de tratamento de esgoto com aproveitamento sistemas de “wetlands” sobre os jardins no terraço do edifício e tratamento de “águas cinza” antes do despejo no sistema público

Energia: Deverá ser previsto fontes renováveis de energia a fim de garantir o consumo, incluindo métodos de coogeração em horário de ponta e geração local de energia limpa e renovável através de elementos fotovoltaicos.Deverá ainda ser previsto sistema de iluminação natural e aproveitamento da paisagem natural de forma a não interferir na climatização de ambientes e evitar possíveis problemas decorrentes a excessiva radiação solar direta, tanto nos níveis de conforto como de consumo de energia.

Condicionamento artificial Deverá ser previsto um espaço para a instalação de um sistema de água gelada a ser fornecida para as lojas e corredores do mall, com sistema integrado de coogeração de energia, que gera energia necessária para suprir parte das necessidades do shopping através de gás natural, fabricação de gelo em período noturno e reutilização de água, tratada “in-loco”, para resfriamento das torres de arrefecimento, evitando assim a utilização de ar condicionado tipo “split” que geram alto consumo de energia elétrica

Para evitar o sobrepeso e quantidade elevada de instalações e tubulações deverão ser construídas duas centrais de água gelada para abastecimento do sistema de ar condicionado. Uma CAG deverá se localizar no piso intermediário entre o shopping e o prédio comercial e contará com máquinas a gás e coogeração enquanto a segunda será para abastecer as salas comerciais e contará com máquinas mais compactas e leves a fim de não sobrecarregar a estrutura do edifício.

Os fan-coils de distribuição de ar condicionado para o mall deverão estar localizados sobre o terraço e possuir captação de ar para renovação.

Resíduos Sólidos: Por ser um grande gerador de resíduos sólidos, o empreendimento é responsável pelo seu tratamento e descarte. Por este motivo é fundamental que seja realizado o processo de coleta seletiva para reciclagem no shopping a fim de diminuir o volume de resíduos que serão enviados para o lixão.

As lixeiras do mall deverão ter separação de lixo orgânico e reciclável, coleta seletiva nas lojas. Nas docas a central de lixo deverá ter uma área para a sua separação e armazenamento. Deverá também ser prevista área para separação de lixo especial “não reciclável” e infectante oriundo das instalações ambulatoriais.

A central de lixo deve possuir espaço suficiente para instalação de uma máquina compactadora e o caminhão que fará o transporte da mesma, incluindo a área de manobra e operação.

DIRETRIZES DE PROJETO

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Coogeração de energia

O sistema de coogeração de energia consiste na produção simultânea e de forma seqüenciada, de duas ou mais formas de energia a partir de um único combustível.

Vantagens do sistema de Coogeração de Energia:

Menor custo de energia (elétrica e térmica);Maior confiabilidade de fornecimento de energia;Melhor qualidade da energia produzida;Evitar custos de transmissão e de distribuição de eletricidade;Maior eficiência energética;Menor emissão de poluentes (vantagens ambientais; Criar novas oportunidades de trabalho e de negócios.

O sistema de coogeração consiste principalmente na utilização do gás natural para geração de energia e seu aproveitamento para produção de água gelada.

O gás natural fornecido pela CEG passa primeiramente por um compressor de gás a fim de aumentar a pressão do mesmo para que ele possa ser transformado em energia no Grupo Turbo Gerador. Os gases formados a partir desta última etapa da combustão que seriam despejados externamente são reaproveitados nas caldeiras de recuperação onde são queimados e transformados em vapor para sua posterior utilização para alimentação dos chillers por absorção que geram a água gelada para abastecimento dos fancoils de refrigeração do shopping.

Este sistema, mesmo considerando o custo do gás, gera uma grande economia de energia elétrica, principalmente nos horários de ponta onde a tarifa de serviços é ainda mais cara.

O sistema de coogeração pode ser ainda combinado com outro gerador para funcionamento em caso de falta de eletricidade abastecendo parte do shopping num sistema em ilha no qual estão ligados os circuitos essenciais como iluminação de emergência e bombeamento de pressurização de sistemas de combate a incêndio entre outros.

100% combustível usado 100% combustível usado

50 - 60%energiaútil calor

água quente baixa

temperatura

10 - 20% energia perdida

60 - 70% energia perdida

Calor de processo vapor

30 - 40%energiaelétrica

30 - 40%energiaelétrica

SEM COOGERAÇÃO COM COOGERAÇÃO

COMPRESSOR DE GÁS

GRUPO TURBO-

GERADOR

CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO

GÁSNATURAL

GASES DA COMBUSTÃO

GERAÇÃO DE 1 MEGA

WATT DE ENERGIA ELÉTRICA

VAPOR

VAPOR

VAPOR

GASES DA COMBUSTÃO

SISTEMA DE COOGERAÇÃO - NORTE SHOPPING

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - COOGERAÇÃO DE ENERGIA

DIRETRIZES DE PROJETO

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Praça central:

Uma praça central localizada no meio do terreno garante a preservação da antiga chaminé da fábrica como um marco visual da história que a antiga edificação deixou na área, como também uma passagem com acesso aos fundos do sambódromo, que pode ser necessária devido à grande demanda gerada nas semanas próximas ao carnaval e na data do evento.

A praça central abriga também uma praça de alimentação descoberta, constituída por um deck circular e mesas sob ombrelons envolvidos por um jardim horizontal e um jardim vertical. Este segundo também terá a função de diminuir o impacto visual gerado pelos fundos da arquibancada construída. A área excedente poderá abrigar evento com a montagem de um palco removível caso se faça necessário.

O segundo pavimento possui uma varanda nos fundos das lojas, que poderão ser utilizadas pelas mesmas com mesas e cadeiras e uma vista para a praça central deixando o espaço mais agradável e humanizado.

Escadas fixas e rolantes

Os corredores do mall foram dispostos de forma linear sendo necessária a instalação de dois vazados com escadas rolantes em cada extremidade para que o cliente não seja obrigado a percorrer grandes percursos de retorno ao ponto de partida. Onde estão localizadas as escadas rolantes foi inserido um vazado com forma oval com uma clarabóia no pavimento superior com a mesma forma para aumentar a incidência de iluminação natural e com isto diminuir os gastos de energia, além do efeito estético que o aumento do vão proporciona.

Na frente da entrada principal o mesmo vazado foi disposto, com formato mais cumprido e estreito, com escadas fixas localizadas que além da intenção estética também servem como escape estratégico numa situação de emergência por estar localizado próximo à saída principal do shopping.

A entrada principal do dá acesso à praça central para que a mesma esteja também integrada à praça criada no entorno que liga o metrô ao shopping.

DIRETRIZES DE PROJETO

JARDIM VERTICALQUAI BRANLY MUSEUM - PARISFONTE: www.vivercidades.org

CIDADE JARDIM - SÃO PAULOACERVO PESSOAL - 2008

PERSPECTIVA PRAÇA CENTRAL

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DIRETRIZES DE PROJETO

· Acessibilidade

O edifício deverá estar totalmente adequado às normas de acessibilidade, de acordo com a NBR9050, devendo contemplar elevadores e plataformas para acesso de cadeirantes, piso cromo-diferenciado e tátil para deficientes visuais, cabines especiais para banheiros, sanitários, fraldários e outras instalações públicas, corredores amplos, vagas de estacionamento exclusivo para idosos e portadores de necessidades especiais.

· Vagas exclusivas para idosos e portadores de necessidades especiais

Piso cromo-diferenciado e tátilCabines e bancadas especiais em sanitários e fraldários

Elevadores integrados e de fácil acesso e escadas rolantes com aviso sonoro

As escadas rolantes deverão aviso sonoro e os elevadores deverão ser integrados ao mall a fim de garantir maior integração do público.

Sinalização Tátil: Totens com informação em braile nos corredores do shopping indicando os diversos equipamentos como acessos, elevadores, localização das lojas, praça de alimentação, entre outros.

Áreas para descanso: Recomenda-se prever uma área de descanso, fora da faixa de circulação, a cada 50 m, para piso com até 3% de inclinação. Sempre que possível prever bancos com encosto nessas áreas.

Praça de Alimentação acessível: Os restaurantes, refeitórios e bares devem possuir pelo menos 5% do total de mesas, com no mínimo uma, acessíveis a P.C.R. As mesas devem ser distribuídas de forma a estar integradas às demais e em locais onde sejam oferecidos todas as comodidades e serviços disponíveis no estabelecimento.

Bebedouros e Telefones especiais: bebedouro acessível deve possuir altura livre inferior de no mínimo 0,73 m do piso. Deve ser garantido um M.R. (ver 4.2.2) para a aproximação frontal ao bebedouro, podendo avançar sob o bebedouro até no máximo 0,50. Em edificações, deve haver pelo menos um telefone acessível para P.C.R. por pavimento. Quando houver instalação de conjuntos de telefones, o telefone acessível para P.C.R. deve estar localizado junto a eles. Deverá ser previsto amplificador de sinal e telefone com texto

FONTE IMAGENS: NBR9050

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Mall

De acordo com o código de obras a largura mínima para galerias é de 3,00m, tendo acréscimo de 10% a cada 5m após os 15m mais distantes da saída de escape mais distante. Sendo assim o projeto contempla corredores bem largos, com 8,00m pois esta largura deixa o ambiente mais amplo, sendo possível instalar mobiliário com lounges ao longo do mesmo, sem interferir na largura necessária em caso de pânico. Esta largura também não pode ser grande demais a fim de evitar que o ambiente se torne frio, para que o cliente possa estar mais próximo das vitrines e transitar de um lado para o outro do corredor sem grandes dificuldades.

O pé direito alto também é essencial para garantir uma sensação de bem estar para os usuários do prédio. Atualmente não se constroem mais galerias nos fundos das lojas pela dificuldade de manutenção e economia de espaço, sendo necessário, portanto um pé direito mais alto no Shell das lojas com 7,00m no total, estando as entregas e facílities passando pela frente das lojas na parte superior ao teto do mall. Na área do mall é preservado um pé direito total de 4,00m, tendo um detalhe em sanca para embutir as saídas do ar condicionado e sistema de som, que tendem a ficar com aspecto sujo ao passar dos ano e visitas técnicas para liberação de algum registro. O rebaixamento de gesso no teto do mall também poderá ser útil para embutir iluminação indireta dando um ar mais confortável e elegante ao ambiente.

BARRA SHOPPING SUL - PORTO ALEGREACERVO PESSOAL - 2010

CORTE PISO DE MALL SEM ESCALA

DIRETRIZES DE PROJETO

PISO MALL

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ÁREA TÉCNICA

ÁREA TÉCNICA

VISITA

VISITA

PISO MALL

PISO LOJA

PISO LOJA

PERSPECTIVA MALLSEGUNDO PAVIMENTO

PERSPECTIVA MALL ESCADAS PRIMEIRO PAVIMENTO

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Mobiliário de mall:

Ÿ O mobiliário de mall deve ser elaborado sempre de acordo com o padrão do fornecedor evitando peças exclusivas a fim de diminuir o custo e facilitar a reposição quando necessária.

Ÿ O layout do mobiliário de mall irá variar de acordo com a largura do mall e a localização.

Ÿ Instalar lounges próximos as lojas de vestuário feminino e infantil são úteis, pois garantem conforto aos acompanhantes enquanto esperam suas esposas no momento das compras. Em outros pontos de mall é ideal instalar bancos sem encosto que diminuem o tempo de permanência no local e facilita a manutenção.

Ÿ A instalação de dois bancos curvos com uma abertura para cada lado garante movimento ao mall.

Ÿ Será instalado paisagismo entre os bancos incluindo uma lixeira para evitar que os clientes acumulem seu lixo nos vasos das plantas e facilitar a limpeza.

Ÿ Os vasos devem ser leves, preferencialmente de fibra ou madeira para facilitar o seu remanejamento durante a limpeza no período noturno. Vasos muito pesados tendem a acumular sujeira nos cantos e danificar o piso do mall

Ÿ Devem ser escolhidas espécies próprias para pouca incidência de luz e fazer um cronograma de reposição das espécies, fazendo a troca para recuperação no viveiro de plantas. O enchimento dos vasos deve ser realizado com material leve como casca de pinos ou barba de velho

Ÿ Mobiliário em madeira garante a possibilidade de manutenção em uma oficina localizada no shopping além de trazer conforto, pois aquece o ambiente e terem características mais tradicionais e ecológicas no caso de utilização de madeira de reflorestamento ou madeira reciclada.

Ÿ As lixeiras devem ter sempre separação de lixo orgânico e reciclável, além de bocas não muito largas para evitar o despejo de lixo inadequado para que não fiquem cheias rapidamente, diminuindo o número de trocas dos sacos

Ÿ A variação de alturas dos vasos e lixeira quebra a monotonia e facilita identificação para reposição das espécies

Ÿ É importante que o mobiliário possua rodapé em aço inoxidável a fim de proteger o mesmo durante a limpeza do piso entre outros

PERSPECTIVA - MOBILIÁRIO DE MALL

MOBILIÁRIO DE MALL - PAULO BARUKI

PERSPECTIVAMOBILIÁRIO DE MALL

CIDADE JARDIM - SÃO PAULOACERVO PESSOAL - 2008

MORUMBI - SÃO PAULOACERVO PESSOAL - 2008

MOBILIÁRIO DE MALL - PAULO BARUKI

DIRETRIZES DE PROJETO

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Praça de alimentação:

A praça de alimentação atualmente possui um novo conceito de conforto e aconchego que garante ao cliente satisfação e prazer naquele momento. Há algum tempo as praças eram hostis a fim de garantir um curto tempo de permanência no local dos clientes. Atualmente a intenção é fazer com que o cliente possa passar cada vez mais tempo no shopping.

Cadeiras com encostos e bancos

Diferentes formatos de mesa garantem diferenciação de espaços e quebram a monotonia

Balcões para refeições individuais são práticos e não ocupam muito espaço

lha para separação de lixo e bandejas – Muitas operações de restaurantes estão localizadas na praça. É necessária uma ilha que faça o recolhimento das bandejas, separação do lixo dos pratos para posterior devolução das lojas

Paisagismo e jardineiras com divisórias entre os assentos

Mesas com tampo com vidro serigrafado para evitar que seja arranhado e mais fácil limpeza e higienização

Dispenser álcool gel acessível

As lojas de alimentação devem ter dutos de exaustão próprios e sistema fixo de CO2 além do sistema de deteção, sprinkler para proteger de incêndios

Devem possuir um sistema de medição de gás e registros de fácil acesso a fim da brigada do shopping poder vistoriar constantemente para evitar acidentes no período noturno por conta do esquecimento de algum funcionário de loja

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO BARRA SHOPPING SULPAULO BARUKI

MOBILIÁRIO PRAÇA DE ALIMENTAÇÃOPAULO BARUKI

PERSPECTIVA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

MOBILIÁRIO PRAÇA DE ALIMENTAÇÃOPAULO BARUKI

MOBILIÁRIO PRAÇA DE ALIMENTAÇÃOPAULO BARUKI

DIRETRIZES DE PROJETO

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DIRETRIZES DE PROJETO

Circulação:

Ÿ Corredor de acesso ao banheiro e elevadores com fotos antigas do centro do Rio com vidro para trazer vida e identidade aos corredores

Materiais laváveis

Rodapé em forma de corrimão para proteger as paredes

Telefones públicos com divisórias e prateleiras abaixo para apoiar bolsas documentos etc

Circulação larga e bem iluminada

Bebedouro deverá ter um com altura padrão e um baixo infantil

Circulação técnica

Os corredores técnicos, que dão acesso às docas devem receber revestimento especial que garanta proteção devido o alto fluxo e impactos

Rodameio e rodapé emborrachado

Piso vinílico

Portas de acesso às docas com barra emborrachada de proteção

Proteção nas cantoneiras em portas e batentes para evitar danos com impacto por conta de carrinhos e cargas

Tapetes e Capachos

Os tapetes localizados próximos às portas de acesso ao shopping são importantes pois evitam que a sujeira que vem do lado de fora entre no shopping garantindo limpeza por mais tempo

Para evitar acidentes os tapetes devem ser embutidos e sem bordas ressaltadas. Deve possuir um sistema de drenagem abaixo dele para evitar o acúmulo de água em dias de chuva.

Acabamentos de juntas de dilatação

As juntas de dilatação deverão ser protegidas de forma a evitar acidentes com tropeços principalmente nas áreas de mall

O melhor modelo é o de embutir no piso

Sobrepor nas paredes para evitar quinas que gerem acúmulo de sujeiras

SHOPPING ABC - SÃO PAULOACERVO PESSOAL - 2009

PLAZA SHOPPING - NITERÓIACERVO PESSOAL - 2010

CORREDOR TÉCNICOPAULO BARUKI SHOPPING DEL REY

BELO HORIZONTE - MGPAULO BARUKI

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ŸBanheiros

Ÿ Os banheiros foram dispostos em apenas um local por piso, próximos entre si e amplos. O banheiro no primeiro pavimento foi localizado próximo da praça de alimentação e nos demais pavimentos foi localizado próximo ao corredor de acesso ao elevador. Todos os andares possuem banheiro para família projetado especialmente para o uso com crianças junto com seus pais ou mães.Ÿ

Ÿ O Lay out do banheiro deve ser dividido em 4 partes:

Área de Maquiagem (banheiros femininos); Área das Pias;

Área dos MictóriosÁrea dos Boxes

O lay out do banheiro deve ser projetado de forma que a PORTA fique sempre aberta sem perder a privacidade. Dessa forma ao sair do banheiro o cliente não precisa por a mão na maçaneta para abrir a porta. Isso também favorece a ventilação/ exaustão do banheiro e reduz os riscos de furtos de peças dos banheiros. :

1ª ÁREA: MAQUIAGEM/ ESPERA:

Utilizada somente nos banheiros femininos, esta área deve ficar logo na entrada

2ª ÁREA: PIAS

O cliente deve ter a conveniência de lavar as mãos, secar e jogar o papel no lixo, tudo sem sair da frente da pia

O cliente deve ter a conveniência de lavar as mãos, secar e jogar o papel no lixo, tudo sem sair da frente da pia

Se o consumidor quiser apenas lavar as mãos, não necessita entrar nem passar pela área de mictórios ou dos boxes

As torneiras devem ser automáticas ter redutores de pressão

Pia de sobrepor ou embutir para evitar áreas molhadas

Possuir espelhos individuais sobre as bancadas e um espelho de corpo inteiro para facilitar a manutenção

3ª ÁREA: MICTÓRIOS

Na passagem dos lavatórios para os mictórios deveria ter uma parede divisória, para que os clientes que estão lavando as mãos, não precisem visualizar o local dos mictórios e divisória entre as louças

Sensor de presença

4ª ÁREA: BOX

Divisórias não vão até o chão e os vasos são suspensos para facilitar a higienização e controle de acesso

SHOPPING ABC - SÃO PAULOACERVO PESSOAL - 2010

SHOPPING ABC - SÃO PAULOACERVO PESSOAL - 2010

SHOPPING ABC - SÃO PAULOACERVO PESSOAL - 2010

DIRETRIZES DE PROJETO

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Escadas e saídas de emergência

As rotas de fuga foram prevista segundo determinação da NBR 9077

Sendo o cálculo realizado da seguinte forma:

Área total de circulação: 5.954,10

Total de pessoas segundo tabela 5 da NBR 3 pessoas/ m2

Total de população: 5.954,10/3 = 1984,7

4.4.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas,descargas, e outros, é dada pela seguinte fórmula:N = P/C

Onde:N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiroP = população, conforme coeficiente da Tabela 5 do Anexo e critérios das seções 4.3 e 4.4.1.1C = capacidade da unidade de passagem

N= 1985/100N= 19,85

4.4.2 Larguras mínimas a serem adotadasAs larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes:a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para as ocupações em geral

Largura de saída:

19,85 x 0,55 = 10,91mLargura saída principal projetada: 16mSaída secundária de emergência pelo sambódromo

Conforme a tabela 6 da NBR em questão a distância máxima percorrida deverá ser de 55m. As saídas são:

Saída principal do shoppingAcesso à praça próximo ao elevador de cargaAcesso à praça de alimentação pelo mallSaída da portaria das salas comerciais

Para o cálculo da distância deve se considerar a distância máxima entre as saídas mais próximas e tirar o eixo. Para cada lado do eixo considera-se que a rota de fuga irá planejar este escape

Segundo tabela 7 o número de escadas para edificações com mais de 750m2 e com mais de 12m de altura com classificação de varejo de grande fluxo deverá ser de no mínimo 3 escadas a prova de fumaça.

O projeto em questão contempla 3 escadas a prova de fumaça mais duas escadas curvas que atendem à norma como uma opção de escape não enclausurado.

DIRETRIZES DE PROJETO