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1. INTRODUÇÃO

PARTE ESCRITA DA POLUIÇÃO DO SOLO

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1. INTRODUÇÃO

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2. CONCEITOS SOBRE O SOLO

O solo é a camada mais fina da crosta terrestre e fica na sua superfície externa. Grande parte dessa camada é rica em substâncias nutritivas, onde se desenvolvem os vegetais. O solo, também chamado de terra, é fundamental para a vida de todos os seres vivos do nosso planeta.Ele é o resultado da ação conjunta de agentes externos: chuva, vento, umidade, etc., enriquecidos com matéria orgânica (restos de animais e plantas).

É um meio complexo e heterogêneo produto de alteração do remanejamento e da organização do material original (rocha, sedimento ou outro solo), sob a ação da vida, da atmosfera e das trocas de energia que aí se manifestam, e constituído por quantidades variáveis de minerais, matéria orgânica, água da zona não saturada e saturada, ar e organismos vivos, incluindo plantas, bactérias, fungos, protozoários, invertebrados e outros animais.O solo se forma como resultado da fragmentação e alteração química das rochas, e do subsequente estabelecimento de microrganismos que colonizam os minerais, liberando os nutrientes que necessitam para crescer e possibilitando o crescimento também de pequenos vegetais.Quando morrem, os restos de todos esses organismos vão sendo decompostos e passam a formar o húmus. Ao longo do tempo, por ação da água que se infiltra no terreno, ocorre o transporte de muitos dos sais minerais. Pouco a pouco, começa a se formar o solo, organizado em camadas, cada uma com aspecto e composição diferentes.A fração sólida do solo produtivo típico está formada por aproximadamente 5% de matéria orgânica e 95% de matéria inorgânica. Os solos típicos apresentam distintas camadas que variam em profundidade chamadas de horizontes.A camada superficial é chamada de horizonte A, é a camada de máxima atividade biológica no solo e contém a maior parte da matéria orgânica. O horizonte B é a camada de subsolo que recebe o material percolado do horizonte A. O horizonte C é composto de rochas soltas a partir das quais o solo é originado.

2.1 FUNÇÕES DO SOLO

É habitual atribuir seis funções aos solos, três de natureza ecológica, duas de natureza técnico-industrial e uma de natureza sociocultural, (Blum, 1998; Hillel) e (Sampaio, 1999):

Ecológica: essenciais para o meio ambiente e para a sociedade.Socioeconômica: de importância especifica para as sociedades humanas.

2.1.1. FUNÇÕES DE NATUREZA ECOLÓGICA:

1 - Meio de Suporte para a produção de biomassa- Está na base da vida humana e animal uma vez que é ela que assegura o aprovisionamento em alimentos, bioenergia e produção de fibras.Assim, o solo é um substrato físico para o sistema radicular das plantas e, simultaneamente, é um substrato nutritivo que assegura a utilização de água e outras substâncias necessárias ao crescimento vegetal.

2 - Regulador ambiental- Funciona como filtro, acumulador, amortecedor e transformador de diversos compostos que circulam entre a atmosfera, a hidrosfera e os organismos vivos, fazendo parte integrante do ciclo hidrológico e de outros ciclos biogeoquímicos.

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Funciona com um complexo reator bio-físico-químico onde ocorrem fenómenos de filtração mecânica, adsorção e precipitação à superfície de constituintes inorgânicos e orgânicos do solo e transformações bioquímicas, nomeadamente a mineralização (decomposição) de resíduos da atividade biológica até à libertação dos elementos minerais constituintes e à sua reintegração nos ciclos biogeoquímicos.

3 - Reserva de biodiversidade- Por exemplo: o banco de sementes do solo, mas também o meio de crescimento e habitat de uma miríade de organismos, macro e microscópicos, muitos de espécies ainda desconhecidas, que têm no solo o seu habitat, e que são enorme manancial genético. Uma vez que já desapareceram algumas espécies e outras se encontram em extinção, torna-se necessário preservar o património genético das espécies ainda existentes.

2.1.2. FUNÇÕES DE NATUREZA SOCIOECONÔMICA

Os solos também são necessários para construção de habitações, desenvolvimento industrial, circulação e transportes, equipamentos de tempos livres e desportos, recepção de resíduos, etc. Nesta função o solo é, geralmente, decapado ou impermeabilizado (betonado).

4 - Suportes de infraestruturas- Principalmente vias de comunicação, mas também edifícios.

5 - Fonte de matérias-primas- Fornecimento de água, argila, areia, cascalho, carvão, minerais, turfa, etc., para a produção técnica e industrial ou para fins socioeconômicos.

6 - Suportes de património natural e cultural- Paisagens protegidas, espaços de lazer, tesouros arqueológicos e paleontológicos, vestígios paleoambientais.

3. POLUIÇÃO DO SOLO

A poluição do solo consiste numa das formas de poluição, que afeta particularmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefícios diretos ou indiretos à vida humana, à natureza e ao meio ambiente em geral. Consiste na presença indevida, no solo, de elementos químicos estranhos, como os resíduos sólidos ou efluentes líquidosproduzidos pelo homem, que prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular.Existem vários tipos de poluição no solo. Existe poluição do meio urbano e do meio rural. A poluição do meio urbano é mais prejudicial, porque habitam mais pessoas na cidade do que nos campos.

3.1 CONTAMINAÇÃO

A contaminação do solo é determinada considerando a presença natural de substâncias potencialmente perigosas, tais como alguns metais pesados, produtos químicos e resíduos nucleares. O uso da terra para centros urbanos, para as atividades agrícola, pecuária e industrial tem tido como consequência elevados níveis de contaminação.De fato, aos usos referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados, deposições atmosféricas resultantes das várias atividades, etc.Assim, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas, quer urbana, querem rurais.

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A contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afetada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna, vegetação e aos humanos), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.

Regra geral, a contaminação do solo torna-se problema quando:

Há uma fonte de contaminação; Há vias de transferência de poluentes que viabilizam o alargamento da área

contaminada; Há indivíduos e bens ameaçados por essa contaminação.

O problema pode ser resolvido por:

Remoção dos indivíduos e/ou bens ameaçados; Remoção da fonte de poluição; Bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área).

3.1.1. ATIVIDADES CONTAMINANTES DO SOLO

Aterros e outras instalações de tratamento e disposição de resíduos;Atividades extrativistas;Agricultura/horticultura;Aeroportos;Atividades de docagem e reparações de embarcações;Atividades de processamento de argila.Atividades de processamento de carvão.Atividades de processamento de ferro e aço.Atividades de processamento de papel e impressão.Atividades de processamento de produtos químicos.Atividades de reparação de veículos.Cemitérios;Construção civil;Curtumes e associados;Estocagem de produtos químicos, petróleo e derivados;Estocagem de resíduos perigosos;Estocagem ou disposição de material radioativo;Fabricação de tintas;Ferros-velhos e depósitos de sucata;Hospitais;Indústria de alimentos para consumo animal;Laboratório;Manutenção de rodovias;Mineração;Produção de energia, pneus, borrachaProdução, estocagem e utilização de preservativos de madeira;Refinarias de petróleo;Tratamentos de efluentes e áreas de tratamento de lodos.

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4. CAUSADORES DA POLUIÇÃO DO SOLO

4.1 O LIXO

No início da história da humanidade, o lixo produzido era formado basicamente de folhas, frutos, galhos de plantas, pelas fezes e pelos demais resíduos do ser humano e dos outros animais. Esses restos eram naturalmente decompostos, isto é, reciclados e reutilizados nos ciclos do ambiente.

Com as grandes aglomerações humanas, o crescimento das cidades, o desenvolvimento das indústrias e da tecnologia, cada vez mais se produz resíduos (lixo) que se acumulam no meio ambiente.

Hoje, além do lixo orgânico, que é naturalmente decomposto, reciclado e "devolvido" ao ambiente, há o lixo industrial eletrônico, o lixo hospitalar, as embalagens de papel e de plástico, garrafas, latas etc. que, na maioria das vezes, não são biodegradáveis, isto é, não são decompostos por seres vivos e se acumulam na natureza.

4.1.1. LIXO TÓXICO

É outro problema decorrente dos aterros. Como não há um processo de seleção do lixo, alguns produtos perigosos são aterrados juntamente com o lixo comum, o que causa muitos danos ao lençol freático, uma camada do solo onde os espaços porosos são preenchidos por água.

4.1.2. LIXO RADIOATIVO

Este lixo é produzido pelas usinas nucleares e causam sérios problemas à saúde. O solo ou terra é composto por quatro partes: ar, água, matéria orgânica e mineral. Estes minerais se misturam uns com os outros. A matéria orgânica se mistura com a água e a parte mineral e o ar fica guardado em buraquinhos que chamamos de poros do solo, onde também fica a água. São destes poros que as raízes das plantas retiram o ar e a água que necessitam. Por isso é tão importante que não tenha poluição no solo. É como um ciclo: nós plantamos, cuidamos e colhemos os vegetais que por sua vez, serão utilizados em nossa alimentação. Se o solo estiver poluído, os vegetais serão contaminados, portanto não podemos comer. Se nós comermos, também seremos contaminados, o que pode trazer muitos riscos para a nossa saúde. É preciso nos conscientizar. Para sermos saudáveis, temos que começar pela saúde do meio ambiente.

4.2. O DESTINO DO LIXO

O lixo das residências, das escolas e das fábricas difere quanto ao seu destino. Se você mora em uma cidade e ela conta com a coleta de lixo, um importante serviço de saneamento básico, possivelmente ele será transportado para longe do ambiente urbano. Mas vale lembrar que os depósitos de lixo a céu aberto ou mesmo os aterros comuns, onde o lixo é coberto de forma aleatória, não resolvem o problema da contaminação do ambiente, principalmente do solo.

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4.2.1 LIXÕES A CÉU ABERTO

A poluição do solo causada pelo lixo pode trazer diversos problemas. O material orgânico que sofre a ação dos decompositores - como é o caso dos restos de alimentos - ao ser decompostos, forma o chorume. Esse caldo escuro e ácido se infiltra no solo. Quando em excesso, esse líquido pode atingir as águas do subsolo (os lençóis freáticos) e, por consequência contaminar as águas de poços e nascentes. As correntezas de água da chuva também podem carregar esse material para os rios, os mares etc.

4.2.2. ATERROS

Os aterros são terrenos com buracos cavados no chão forrados com plástico ou argila onde o lixo recolhido na cidade é depositado. A decomposição da matéria orgânica existente no lixo gera um líquido altamente poluidor, o chorume, que mesmo com a proteção da argila e do plástico nos aterros, não é suficiente e o liquido vaza e contamina o solo.

Em geral, um aterro sanitário deve ter vida útil de, no mínimo, 10 anos, mas alguns não chegam a durar esse tempo. A área para instalação do aterro deve ser criteriosamente avaliada, levando-se em conta principalmente a condição das águas no local, deve-se evitar a possibilidade de contaminação dos lençóis freáticos, a ausência de populações próximas é muito importante, assim como a sua localização quer no nível de acessos quer em nível de arejamento (zonas altas).

Os resíduos, antes de serem depositados em aterro, devem ser devidamente compactados a fim de economizar espaço útil.

O fundo e os lados dos aterros são vedados com duas camadas de telas impermeáveis de forma a evitar passagem das águas dos resíduos (lixiviados) para o solo. Os aterros sanitários possuem sistemas de drenagem, que retiram o excesso de líquido, e sistemas de tratamento de resíduos líquidos e gasosos. Por essas razões, a implantação e a manutenção de um aterro sanitário têm um alto custo econômico.

O aterro deve ser pouco permeável, isto é, deixar passar pouca água e lentamente; O aterro deve ser distante de qualquer lugar habitado; Não deve haver lençol subterrâneo de água nas proximidades do aterro.

4.2.3. INCINERAÇÃO

A incineração reduz bastante o volume de resíduos e destrói organismos que causam doenças. É um processo caro, pois, para evitar a poluição do ar, é necessária a instalação de filtros e de equipamentos especiais para filtrar a fumaça resultante da incineração, que também é poluente. O lixo deve ser queimado em aparelhos e usinas especiais. Após a queima,  o material que resta pode ser encaminhado para aterros sanitários.

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A incineração dos resíduos é feita em fornos especiais. O processo de incineração, entretanto, envolve a utilização de filtros e redutores de emissão de gases tóxicos, entre os quais monóxido de carbono, dióxido de carbono e dióxido de enxofre. Assim, o processo de Co-Incineração implica adaptações mínimas nas cimenteiras.

Numa primeira fase, os resíduos industriais perigosos são enviados para uma estação de pré-tratamento. Os lixos com pouco poder calorífico são fluidizados (trituração, dispersão e separação dos materiais ferrosos); os resíduos líquidos são impregnados com serradura e submetidos a uma possível centrifugação (no caso de possuírem grandes quantidades de água); os resíduos termos fusíveis, alcatrão e betumes, são rearmazenados em lotes.

Numa segunda fase os resíduos são levados para as cimenteiras. Em caso de acidente de transporte, os impactos ambientais serão muito menores do que antes do tratamento dos mesmos. Nas cimenteiras são pulverizados para o forno tirando partido do seu poder calorífico (Ex: combustíveis) ou utilizados como matéria-prima substituta na produção de cimento.

4.2.4. COMPOSTAGEM

A compostagem é a transformação dos restos orgânicos do lixo em um composto, nesse caso, em adubo. Esse adubo é resultado da ação de seres decompositores (bactérias e fungos) sobre as substâncias orgânicas do lixo.

4.2.5. RECICLAGEM

Reciclar é uma boa opção, pois diversos componentes do nosso lixo diário podem ser reaproveitados. Em várias cidades brasileiras, há a coleta seletiva e a reciclagem do lixo, o que tem contribuído para diminuir o desperdício, além de proteger o solo de materiais não recicláveis pela natureza.

4.3. AGRICULTURA

A contaminação do solo, nas áreas rurais, dá-se, sobretudo pelo uso indevido de agrotóxicos, técnicas arcaicas de produção (a exemplo do subproduto da cana-de-açúcar, ovinhoto; dos curtumes e a criação de porcos).

Os agrotóxicos são substâncias que os agricultores colocam nas plantações. Eles impedem que insectos e outros bichos acabem com a produção. São como uma vacina contra as doenças das plantas.

Os fertilizantes servem para fazer as plantas crescerem mais fortes. O problema é que quando comemos esses alimentos, estamos ingerindo também os agrotóxicos e fertilizantes. Os fertilizantes, embora industrializados para a utilização no solo, são em geral, tóxicos. Nesse caso, uma alternativa possível pode ser, por exemplo, o processo de rotação de culturas, usando as plantas leguminosas; esse processo natural não satura o solo, é mais econômico que o uso de fertilizantes industrializados e não prejudica a saúde das pessoas.

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Os principais agrotóxicos são os pesticidas e os herbicidas. Cada um mata um tipo de praga. Os principais fertilizantes são os fosfatos e nitratos, que vão se acumulando no solo e poluindo cada vez mais.

4.3.1. TIPOS DE PESTICIDAS

Acaricidas: para o controle de ácaros. Bactericidas: para o controle de bactérias. Fungicidas: para o controle de fungos. Herbicidas: para o controle de ervas daninhas. Insecticidas: para o controle de insectos. Nematicidas: para o controle de nematoides (vermes).

4.3.2. DANOS AO HOMEM

Inseticidas (DDT e BHC) - câncer, danos ao fígado, etc. Herbicidas, incineração do lixo (Dioxinas) - câncer, defeitos congênitos, doenças de pele. Plásticos (cloro vinil) - câncer do fígado e do pulmão; atinge o Sistema Nervoso Central. Solventes, produtos farmacêuticos e detergentes (Benzina) - dores de cabeça, náusea,

perda de coordenação dos músculos, leucemia.

5. OS EFEITOS DA POLUIÇÃO DO SOLO

Os inseticidas quando usados de forma indevida, acumulam-se no solo, os animais se alimentam da vegetação contaminada prosseguindo o ciclo de contaminação. Com as chuvas, os produtos químicos usados na composição dos pesticidas infiltram no solo contaminando os lençóis freáticos e acabam escorrendo para os rios continuando a contaminação. O gado quando come o pasto envenenado, transmite as substâncias tóxicas para a sua carne e para o leite que vão servir de alimento para o homem.

Dentre as doenças causadas pelo solo contaminado estão a ancilostomose (amarelão), a teníase e verminoses como a ascaridíase (áscaris ou lombrigas) e a oxiurose causada pelo oxiúro. O lixo acumulado além de destruir a vegetação, contribui para a poluição do ar com o mau cheiro e com a fumaça produzida pela incineração, chegando a contaminar os lençóis de água subterrâneos com a infiltração de lixo tóxico. O uso indiscriminado do solo traz sérios efeitos como a erosão (é o desgaste do solo), aumento da desertificação, lixiviação etc.

5.1 DESERTIFICAÇÃO

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É um processo ocorrido em áreas próximas aos desertos (como no centro da África) ou em regiões semiáridas (como no sertão nordestino do Brasil). Ocorrem nessas áreas um ressecamento, devido à perda de água pelos processos de evaporação ou escoamento ser superior àquela fornecida pelas chuvas.A desertificação atual é resultante principalmente da ação humana, que devasta a vegetação nativa por meio de grandes queimadas e introduz plantas rasteiras que não protegem o solo da ação solar e da erosão.Com o desmatamento o solo fica totalmente exposto ao sol. Como consequência disso, ocorre uma contínua evaporação, até mesmo da água presente nas regiões mais profundas. Essa água, subindo para a superfície, traz consigo sais de ferro e outros minerais que se precipitam na superfície formando crostas com o aspecto de ladrilhos.Os cientistas constataram que as excessivas derrubadas das matas influem nos níveis pluviométricos o que ocasiona o desaparecimento de espécies vegetais e animais. A elaboração de Leis mais práticas e rigorosas que defendam as florestas, as matas e todo o tipo de patrimônio ambiental. Com penalizações severas para as pessoas que continuarem devastando e poluindo o nosso ambiente.

5.2. EROSÃO DO SOLO

 

Como sabemos as chuvas, o vento e as variações de temperatura provocadas pelo calor e pelo frio alteram e desagregam as rochas. O solo também sofre a ação desses fatores: o impacto das chuvas e do vento, por exemplo, desagrega as suas partículas. Essas partículas vão então sendo removidas e transportadas para os rios, lagos, vales e oceanos.

A erosão resultante da atividade humana também é capaz de alterar a paisagem, porém numa velocidade bem maior que os processos naturais. Em alguns locais é possível observar o efeito da erosão, num intervalo de tempo de apenas alguns anos.

O uso de máquinas pesadas como tratores e arados, e mesmo o pisoteio frequente dos animais podem causar a compactação do solo.

A pressão constante num mesmo local reduz o espaço entre as partículas constituintes do solo (lembre-se que entre as partículas existe ar), fazendo com estas fiquem mais agregadas e, portanto o solo mais compacto. Quando chove, a água não consegue penetrar e então escorre com velocidade. Com o passar do tempo, formam-se canais que vão tornando-se maiores podendo até formar uma voçoroca, como pode ser visto na figura ao lado. A voçoroca é um canal resultante da erosão, causado pelo fluxo constante de água, durante e logo após chuvas pesadas.

5.2.1. CONTRIBUINTES A EROSÃO DO SOLO

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O desmatamento e as queimadas provocados pelas atividades humanas acelera muito a erosão natural. Em vez de cair direto no solo, boa parte da água da chuva bate antes na copa das árvores ou nas folhas da vegetação, que funcionam como um manto protetor. Isso diminui muito o impacto da água sobre a superfície. Além disso, uma rede de raízes ajuda a segurar as partículas do solo enquanto a água escorre pela terra. E não podemos esquecer também que a copa das árvores protege o solo contra o calor do Sol e contra o vento.

Ao destruirmos a vegetação natural para construir casa ou para a lavoura, estamos diminuindo muito a proteção contra a erosão. A maioria das plantas que nos serve de alimento tem pouca folhagem e, por isso, não protege tão bem o solo contra a água da chuva. Suas raízes são curtas e ficam espaçadas nas plantações, sendo pouco eficientes para reter as partículas do solo. Finalmente, muitas plantas - como o milho, a cana-de-açúcar, o feijão e o algodão - não cobrem o solo o ano inteiro, deixando-o exposto por um bom tempo. O resultado é que a erosão se acelera, e a parte fértil fica prejudicada. 

Com a erosão, o acúmulo de terra transportada pela água pode se depositar no fundo dos rios, obstruindo seu fluxo. Esse fenômeno é chamado de assoreamento e contribui para o transbordamento de rios e o alagamento das áreas vizinhas em períodos de chuva. 

Há ainda outro problema resultante do desmatamento. Sem a cobertura da vegetação, as encostas dos morros correm maior risco de desmoronar, provocando desabamentos de terra e rochas, com graves consequências.

Quando o desmatamento é feito por meio de queimadas, ocorre outro problema: o fogo acaba destruindo também os microrganismos que realizam a decomposição da matéria orgânica e promovem a reciclagem dos nutrientes necessários às plantas. A perda de matéria orgânica deixa o solo mais exposto à erosão e à ação das chuvas, acentuando o seu empobrecimento.

A queimada também libera na atmosfera gases que, quando em concentração muito elevada, prejudicam a saúde humana. Além disso, nos casos em que a queimada é realizada de forma não controlada, ela pode se alastrar por áreas de proteção ambiental, parques, etc. Por todos esses motivos, as queimadas devem ser evitadas.

5.2.2. EVITANDO A EROSÃO DO SOLO

Existem técnicas de cultivo que diminuem a erosão do solo. Nas encostas, por exemplo, onde a erosão é maior, as plantações podem ser feitas em degraus ou terraços, que reduzem a velocidade de escoamento da água.

Em encostas não muito inclinadas, em vez de plantar as espécies dispostas no sentido do fluxo da água, devemos formar fileiras de plantas em um mesmo nível do terreno, deixando espaço entre as carreiras. Essas linhas de plantas dispostas em uma mesma altura são chamadas de curvas de nível.

Outra forma de proteger a terra é cultivar no mesmo terreno plantas diferentes, mas em períodos alternados. Desse modo o solo sempre tem alguma cobertura protetora. É comum a alternância de plantação de milho; por exemplo, com uma leguminosa. As leguminosas trazem uma vantagem adicional ao solo: repõe o nitrogênio retirado do solo pelo milho ou outra cultura. Esse "rodízio" de plantas é conhecido como rotação de culturas.

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Cabe ao governo orientar os agricultores sobre as plantas mais adequadas ao cultivo em suas terras e sobre as técnicas agrícolas mais apropriadas. É fundamental também que os pequenos proprietários do campo tenham acesso a recursos que lhes possibilitem comprar equipamentos e materiais para o uso correto do solo.

5.3. LIXIVIAÇÃO

Na geologia, a lixiviação é um processo de deslocamento de minerais presentes na superfície do solo. Estes são transportados para camadas mais profundas da terra.Com a exposição desta área devido ao desmatamento, às queimadas e ao sobre pastoreio, a ação gradativa das chuvas dissolve os nutrientes que são hidrossolúveis e deixa o solo infértil para o plantio. Os elementos como manganês e alumínio são pouco solúveis, por isso, resistem à lixiviação e tornam o solo ácido.

Para resolver o problema da acidez, é necessário que um corretivo alcalino seja aplicado para neutralizar os níveis de alumínio e manganês, sendo recomendado o calcário dolomítico, que além de fornecedor de óxidos de cálcio e magnésio, neutraliza a ação ácida quebrando a barreira química, aumentando a permeabilidade dos solos favorecendo o desenvolvimento radicular. O calcário devolve ao solo as propriedades que são fundamentais para o cultivo, disponibiliza os principais nutrientes, colabora para a aeração e drenagem, o que proporciona mais qualidade e mais rentabilidade para o produtor ou pecuarista.

6. EFEITOS GERAIS DA POLUIÇÃO DO SOLO

Uma das principais consequências é a infertilização do solo para plantação e a contaminação da água. A terra se torna improdutiva e não se tem como plantar nenhum outro tipo de plantação.

Desfertilização do solo; Saturação do solo; Deposição ou infiltração no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes; Contaminação do solo com metano e dióxido de carbono; Perda das funções e qualidades do solo devido à introdução de poluentes; Alteração da tipografia; Perda da fauna; Alteração da densidade e consistência do solo; Alteração da aptidão para drenagem natural; Alteração do solo em profundidade; Alterações da qualidade da água à superfície e em correntes; Lixiviação de contaminantes de instalações, em particular lixiviados de aterros; Fugas de Tanques; Deposição com impregnação de líquidos poluentes; Aplicação direta de resíduos da terra, como por exemplo, lamas de esgoto; Produção e migração de gás nos aterros conduzindo ao aumento de temperatura dos solos;

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Contaminação dos solos através do movimento ascendente dos lixiviados por ação capilar, sob determinadas condições climatéricas.

7. COMO EVITAR A POLUIÇÃO

Para defender e preservar a qualidade do solo devemos:

Tratar lixos e resíduos domésticos e industriais. Colocar o lixo nos recipientes próprios. Proteger as florestas. Utilizar sempre que possível material reciclado e preferir produtos ecológicos. Colaborar na reciclagem de vidro, papel, cartão, alumínio e plásticos, fazendo a separação

dos lixos. Cultivar organicamente.

8. DESCONTAMINAÇÃO DOS SOLOS

Regra geral, a contaminação do solo torna-se um problema quando:

Há uma fonte de contaminação; Há vias de transferência de poluentes que viabilizam o aumento da área contaminada; Há indivíduos e bens ameaçados com essa poluição.

O problema pode ser resolvido por:

Remoção dos indivíduos ou bens ameaçados; Remoção da fonte de poluição; Bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área).

Em suma podem distinguir-se duas linhas de descontaminação dos solos:

In-situ: a operação de descontaminação dá-se no local onde se encontra o terreno, a regenerar, sendo os contaminantes retirados do solo através de meios de transporte como água e ar. Estes veículos de transporte são então tratados por via, química, biológica ou mecânica, e novamente introduzida no terreno.

In-situ: este tipo de operação implica a remoção do solo do local onde este se encontra inicialmente, de modo a ser submetido a uma descontaminação. Os tratamentos ex-situ podem ser:

On-site: quando ocorrem diretamente no local (por exemplo, através de uma unidade de lavagem dos solos).

Off-site: quando o tratamento implica o transporte do solo até à central de tratamento, onde sofre determinados processos de descontaminação.

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9. CONCLUSÃO

10. REFERÊNCIAS

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http://epkambiental.net84.net/down2009/poluicao.pdf

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo11.php

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-poluicao-do-solo/poluicao-

dosolo.php

http://www.escolakids.com/poluicao-do-solo.htm

http://www.brasilescola.com/biologia/poluicao-solo.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_do_solo

http://www.fiocruz.br

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-lixiviacao/meio-ambiente-

lixiviacao.php