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Participação feminina na produção audiovisual brasileira (2016)

Participação feminina na produção audiovisual brasileira ... · produção audiovisual brasileira (2016) 1 Superintendência de Análise de Mercado Em um contexto de intenso debate

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Participação feminina na

produção audiovisual

brasileira (2016)

1

Superintendência de Análise de Mercado

Em um contexto de intenso debate

sobre a participação e o protagonismo femi-

nino na sociedade brasileira1, a ANCINE apre-

senta esta publicação com os dados de gêne-

ro por função técnica das obras com emissão

de Certificado de Produto Brasileiro (CPB)

nos anos de 2015 e 2016. O propósito é con-

tribuir para o debate e subsidiar a formula-

ção de políticas públicas que visem a equida-

de de gênero no setor audiovisual.

Desde 2014, a ANCINE publica, no Anu-

ário Estatístico do Cinema Brasileiro2, os per-

centuais de gênero da direção dos longas-

metragens lançados comercialmente em sa-

las de exibição no Brasil. Porém, com o intui-

to de traçar um diagnóstico mais preciso, viu-

se a necessidade de ampliar o escopo da

análise e investigar a produção audiovisual

brasileira como um todo. Logo, a fonte de

dados para essa pesquisa, recaiu sobre as

informações contidas nos Certificados de

Produto Brasileiro emitidos pela ANCINE. Es-

sa base de dados contém longas-metragens

lançados, comercialmente ou não, além das

obras produzidas para televisão e os curtas e

média-metragens.

Em março de 2016, a ANCINE expôs

pela primeira vez tal análise sobre as obras

produzidas com a finalidade de apresentar

informações mais detalhadas sobre a parti-

cipação feminina nas equipes técnicas das

obras audiovisuais brasileiras. Os dados

foram apresentados pela diretora Rosana

Alcântara no seminário “O equilíbrio de gê-

nero na mídia brasileira”, promovido pelo

Instituto Geena Davis e Federação das In-

dústrias do Rio de Janeiro (Firjan)3; e pela

diretora Debora Ivanov na palestra “Uma

conversa com autoras e produtoras” no Rio-

ContentMarket 2016, sobre a participação

feminina no mercado audiovisual brasilei-

ro4.

É importante ressaltar que essa

pesquisa faz parte de um grupo de ações

coordenadas pela ANCINE na questão de

gênero no audiovisual. Deste grupo de

ações, faz parte o esforço para obter pa-

ridade nas comissões de seleção do Fun-

do Setorial do Audiovisual (FSA) e a dis-

ponibilização do campo gênero no cadas-

tro para emissão do CPB. Além disso,

pretende-se publicar outros trabalhos

que continuem analisando a questão de

gênero no audiovisual.

______________ 1 O ano de 2015 foi marcado por diversas iniciati-

vas de organização e ações de fortalecimento das

mulheres profissionais do audiovisual. Por exem-

plo, um grupo intitulado “Mulheres do Audiovisual”

que busca o fortalecimento e a representatividade

das mulheres no setor realizou uma série de en-

contros e debates em 2015, que contaram com a

participação das Diretoras da ANCINE.

2Arquivos disponíveis em http://

oca.ancine.gov.br/publicacoes.

3 ANCINE participa de debate sobre equilíbrio

de gênero no audiovisual: http://

www.ancine.gov.br/sala-imprensa/noticias/

ancine-participa-de-debate-sobre-equil-brio-de-

g-nero-no-audiovisual.

4 Diretora da ANCINE Debora Ivanov participa

de debate sobre presença feminina no setor

audiovisual durante RioContentMarket 2016:

http://www.ancine.gov.br/node/19448.

Introdução

2

Superintendência de Análise de Mercado

Considerações Gerais

A pesquisa está dividida da seguinte

forma: na primeira parte está o universo

dos dados trabalhados no trabalho; na

segunda parte estão disponibilizados os

dados gerais, por cinema e por televisão,

por função técnica, em comparação de

2015 e 2016; na terceira parte, os dados

de 2016 estão detalhados por tipo de obra

e na última parte, os dados dos filmes bra-

sileiros lançados de 2009 a 2016.

Neste trabalho são analisados os

dados referentes às funções de direção,

roteiro, produção executiva, direção de

fotografia e direção de arte das obras au-

diovisuais que emitiram Certificado de

Produto Brasileiro (CPB)5 nos anos de

2015 e 2016, a partir de relatórios extraí-

dos do Sistema ANCINE Digital (SAD) em

28 de janeiro de 2016 e 01 de fevereiro de

2017. A base de dados de 2015 conta com

3.507 CPB’s emitidos e 2016 com 3.347.

No processo de análise dos dados,

viu-se a necessidade de considerar apenas

as obras classificadas como constituintes

de espaço qualificado6, visto que essas

apresentam de forma mais consistente a

estrutura clássica de equipe - direção,

roteirista e produção executiva. Foram

excluídas as obras classificadas como

“comum”, além dos CPB’s de registro de

eventos, videoaula e erótico/

pornográfico, e, ainda, as obras identifi-

cadas com ano de produção anterior ao

ano 2000. Dessa forma as bases de da-

dos foram reduzidas a 2.606 e 2.583

CPB’s, em 2015 e 2016, respectivamente.

É importante esclarecer, ainda,

que, entre as funções técnicas analisa-

das nesse trabalho, somente as informa-

ções sobre direção e roteiro são de pre-

enchimento obrigatório no ato do cadas-

tro de CPB. Portanto, nem sempre as in-

formações referentes a roteirista, produ-

ção executiva, direção de fotografia e

direção de arte estão disponíveis. Logo,

em todos os gráficos o total de títulos

analisados estão destacados.

Além disso, é importante ressaltar

que nos dados referentes à direção de

arte foram consideradas somente as

obras de ficção.

Por último, as informações referen-

tes aos segmentos de Televisão Aberta e

Televisão Fechada foram agrupadas em

Televisão.

Classificação de Gênero

A classificação de gênero dos inte-

grantes das equipes das obras audiovisu-

ais constitui em um desafio para o êxito da

pesquisa.

_____________ 5

O Certificado de Produto Brasileiro é o resul-tado do registro de obra audiovisual não publi-citária brasileira na ANCINE, e é obrigatório para toda obra audiovisual não publicitária brasileira que visem à exportação ou comuni-cação pública. Ver IN 104 - http://www.ancine.gov.br/legislacao/instrucoes-normativas-consolidadas/instru-o-normativa-n-104-de-10-de-julho-de-2012.

6 O espaço qualificado é um conceito instituído

pela Lei 12.485/2011, também conhecida como

Lei da TV Paga. O inciso XII, do art. 2º da referi-

da lei, define espaço qualificado como: “espaço

total do canal de programação, excluindo-se

conteúdos religiosos ou políticos, manifesta-

ções e eventos esportivos, concursos, publici-

dade, televendas, infomerciais, jogos eletrôni-

cos, propaganda política obrigatória, conteúdo

audiovisual veiculado em horário eleitoral gra-

tuito, conteúdos jornalísticos e programas de

auditório ancorados por apresentador.”

Metodologia

3

Superintendência de Análise de Mercado

A solução se deu em três etapas:

1. Foi destacado o primeiro nome de

todos os integrantes de equipe das

obras audiovisual.

2. Executou-se uma função de busca e

comparação com uma listagem de

nomes brasileiros reconhecidamen-

te como de um determinado gêne-

ro.

3. Foi realizada uma busca e pesquisa

manual com os nomes que não

puderam ser classificados na etapa

anterior.

Essa metodologia permitiu que

mais de 6 mil agentes do audiovisual

tivessem a sua classificação de gênero

detectada, reduzindo o esforço manual

na execução do levantamento.

Filmes Lançados

Ainda nesse trabalho, disponibiliza-

mos dados de gênero referentes aos fil-

mes brasileiros lançados comercialmente

em salas de exibição entre 2009 e 2016.

Além das informações sobre o gênero da

direção, já presentes no Anuário Estatísti-

co do Cinema Brasileiro 2015, acrescenta-

mos os dados de roteiro e produção exe-

cutiva dos filmes lançados de 2012 a 2016.

4

Superintendência de Análise de Mercado

Parte I - Universo da Pesquisa

Classificação em relação à independência 2015 % 2016 %

Brasileira Independente Constituinte de Espaço Qualificado 1.887 72% 2.009 78%

Brasileira Constituinte de Espaço Qualificado 719 28% 574 22%

Total 2.606 100% 2.583 100%

Tabela 2 - Universo da Pesquisa por Segmento de Mercado Pretendido para Difusão Inicial da Obra (CPB’s emitidos)

Segmento de Mercado 2015 % 2016 %

Televisão 1.503 58% 1.425 55%

Salas de Exibição 487 19% 552 21%

Vídeo Doméstico 65 2% 63 2%

Outros* 551 21% 543 21%

Total 2.606 100% 2.583 100%

*Outros Mercados, Outros Mercados - Audiovisual Em Circuito Restrito, Outros Merca-dos - Audiovisual Em Transporte Coletivo, Outros Mercados - Vídeo Por Demanda, In-definido e Nenhuma Das Opções.

Tipo de Obra 2015 % 2016 %

Documentário 889 34% 924 36%

Ficção 756 29% 699 27%

Videomusical 547 21% 537 21%

Variedades 211 8% 209 8%

Animação 174 7% 164 6%

Reality-Show 29 1% 50 2%

Total 2.606 100% 2.583 100%

Tabela 1 – Universo da Pesquisa por Classificação de Independência (CPB’s emitidos)

Tabela 3 - Universo da Pesquisa por Tipo de Obra (CPB’s emitidos)

5

Superintendência de Análise de Mercado

Parte II - Dados Comparativos 2015 - 2016

Gráfico 1 – Percentuais de Gênero (CPBs emitidos em 2015)

Gráfico 2 – Percentuais de Gênero (CPBs emitidos em 2016)

17%

21%

41%

8%

58%

75%

67%

46%

88%

37%

8%

12%

13%

4%

5%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Direção

(2.583 títulos)

Roteiro

(1.836 títulos)

Produção Executiva

(1.695 títulos)

Direção de Fotografia

(1.655 títulos)

Direção de Arte

(534 títulos)*

feminino masculino misto

*foram consideradas apenas as obras de ficção.

Os percentuais de participação femi-

nina na direção e no roteiro apresentaram

uma queda de 2 pontos percentuais em

2016 em relação a 2015. Já o percentual de

19%

23%

41%

8%

54%

74%

65%

47%

88%

42%

7%

12%

12%

4%

4%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Direção

(2.606 títulos)

Roteiro

(1.595 títulos)

Produção Executiva

(1.391 títulos)

Direção de Fotografia

(1.344 títulos)

Direção de Arte

(416 títulos)*

feminino masculino misto

produção executiva foi o mesmo que

2015 (41%). O destaque fica para o per-

centual em direção de arte, tanto em

2015 (54%), quanto em 2016 (58%), a pre-

sença feminina ultrapassa à masculina

nesta função.

6

Superintendência de Análise de Mercado

Salas de Exibição

Gráfico 3 – Percentuais de Gênero - Salas de Exibição (CPBs emitidos em 2015)

Gráfico 4 – Percentuais de Gênero - Salas de Exibição (CPBs emitidos em 2016)

22%

22%

41%

9%

55%

71%

64%

45%

86%

41%

7%

13%

14%

5%

4%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Direção

(487 títulos)

Roteiro

(398 títulos)

Produção Executiva

(371 títulos)

Direção de Fotografia

(385 títulos)

Direção de Arte

(187 títulos)*

feminino masculino misto

Nas obras que tiveram como seg-

mento inicial pretendido o mercado de

salas de exibição, observa-se a mesma

21%

20%

41%

11%

53%

72%

68%

45%

84%

41%

7%

11%

14%

5%

6%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Direção

(542 títulos)

Roteiro

(473 títulos)

Produção Executiva

(450 títulos)

Direção de Fotografia

(464 títulos)

Direção de Arte

(233 títulos)*

feminino masculino misto

lógica dos dados gerais, leve queda na

participação feminina em direção e rotei-

ro, e mesmo percentual na produção

executiva. No entanto, houve aumento

no percentual da direção de fotografia,

de 9% para 11%, e uma leve queda na di-

reção de arte.

*foram consideradas apenas as obras de ficção.

7

Superintendência de Análise de Mercado

Televisão

Gráfico 5 – Percentuais de Gênero - Televisão (CPBs emitidos em 2015)

Gráfico 6 – Percentuais de Gênero - Televisão (CPBs emitidos em 2016)

17%

23%

43%

7%

49%

76%

63%

46%

91%

47%

7%

14%

11%

3%

3%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Direção

(1.503 títulos)

Roteiro

(805 títulos)

Produção Executiva

(666 títulos)

Direção de Fotografia

(591 títulos)

Direção de Arte

(99 títulos)*

feminino masculino misto

15%

22%

38%

6%

46%

76%

63%

47%

91%

49%

8%

15%

15%

3%

4%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Direção

(1.425 títulos)

Roteiro

(881 títulos)

Produção Executiva

(825 títulos)

Direção de Fotografia

(757 títulos)

Direção de Arte

(97 títulos)*

feminino masculino misto

Ao analisar as obras que tiveram

como segmento inicial pretendido o mer-

cado de televisão, observa-se, além da

queda na participação feminina em dire-

ção e roteiro, que a produção executiva

feminina também diminui. Foram cinco

*foram consideradas apenas as obras de ficção.

pontos percentuais de diferença de 2015

para 2016. Porém nota-se que a partici-

pação global das mulheres na produção

executiva manteve-se estável, já que a

participação mista aumentou de 11% em

2015, para 15% em 2016, enquanto a

participação masculina teve aumento de

apenas um ponto percentual.

Nas funções técnicas incorporados

ao trabalho nesse ano, a participação fe-

minina na direção de fotografia é de ape-

nas 7% em 2015 e 6% em 2016. Já na dire-

ção de arte, os percentuais chegam a 49%

em 2015 e 46% em 2016.

8

Superintendência de Análise de Mercado

Parte III - Dados por Tipo de Obra - 2016

Gráfico 7 – Percentuais de Gênero – Salas de Exibição – Longas-Metragens (CPBs emitidos em 2016)

15% 15%

39%

7%

46%

79%

69%

46%

90%

46%

6%

15% 15%

4%9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Direção

(248 títulos)

Roteiro

(226 títulos)

Produção

Executiva

(229 títulos)

Diretor de

fotografia

(224 títulos)

Diretor de arte*

(114 títulos)

Salas de exibição - Longas

feminino masculino misto

Gráfico 8 – Percentuais de Gênero – Salas de Exibição – Curtas e Média-Metragens (CPBs emitidos em 2016)

*foram consideradas apenas as obras de ficção.

26% 25%

43%

16%

60%

67% 68%

44%

79%

36%

8% 7%13%

5% 3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Direção

(294 títulos)

Roteiro

(247 títulos)

Produção

Executiva

(221 títulos)

Diretor de

fotografia

(240 títulos)

Diretor de arte*

(118 títulos)

Salas de exibição - Curtas/Médias

feminino masculino misto

Nesta parte do trabalho, estão deta-

lhados os dados por função técnica dos

CPB’s emitidos em 2016, separados em

Salas de Exibição e Televisão.

Salas de Exibição

Nas obras que tiveram como seg-

mento inicial o mercado de salas de exi-

bição, os curtas e médias-metragens

apresentam os melhores percentuais de

participação feminina, inclusive quando

comparados aos dados gerais (Gráfico 8).

O destaque fica com as obras de

animação. Nestas, em todas as funções

técnicas, os percentuais do gênero foram

de maior participação feminina, e os per-

centuais também foram maiores que a

média geral. Ao comparar com 2015, 13%

das obras de animação haviam sido diri-

gidas por mulheres, frente a 38% em 2016.

Na produção executiva, o percentual pas-

sou de 26% para 67% (Gráficos 9 a 12).

Na comparação com 2015 também

é digno de nota o aumento da participa-

ção feminina no roteiro de ficção, passan-

do de 15% para 19%, ainda que o percen-

tual tenha ficado abaixo da média geral de

2016.

9

Superintendência de Análise de Mercado

Gráfico 9 – Percentuais de Gênero na Direção (CPBs emitidos em 2016)

Gráfico 10 – Percentuais de Gênero no Roteiro (CPBs emitidos em 2016)

26% 22% 19%

65%66% 71%

9% 12% 11%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Animação

(23 Títulos)

Documentário

(187 Títulos)

Ficção

(263 Títulos)

Roteiro - Por tipo de Obra - 2016

feminino masculino misto

Gráfico 11 – Percentuais de Gênero na Produção Exe-cutiva (CPBs emitidos em 2016)

67%

38% 41%

28%

48% 44%

6%14% 15%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Animação

(18 Títulos)

Documentário

(183 Títulos)

Ficção

(247 Títulos)

Produção Executiva - Por tipo de Obra - 2016

feminino masculino misto

Gráfico 12 – Percentuais de Gênero na Direção de Fotografia (CPBs emitidos em 2016)

33%

10% 12%

56%

85% 85%

11%5% 4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Animação

(9 Títulos)

Documentário

(188 Títulos)

Ficção

(266 Títulos)

Diretor de Fotografia - Por tipo de Obra - 2016

feminino masculino misto

38%

24%17%

54%

67% 78%

8% 9% 5%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Animação

(37 Títulos)

Documentário

(221 Títulos)

Ficção

(282 Títulos)

Direção - Por tipo de Obra - 2016

feminino masculino misto

10

Superintendência de Análise de Mercado

Televisão

Gráfico 13 – Percentuais de Gênero – Televisão – Obras Não-Seriadas (CPBs emitidos em 2016)

Gráfico 14 – Percentuais de Gênero – Televisão – Obras Seriadas (CPBs emitidos em 2016)

14%18%

36%

7%

44%

80% 72%

52%

91%

49%

6%10% 12%

2%7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Direção

(836 títulos)

Roteiro

(462 títulos)

Produção

Executiva

(402 títulos)

Diretor de

fotografia

(406 títulos)

Diretor de arte*

(41 títulos)

Televisão - Obras Não-Seriadas

feminino masculino misto

17%26%

40%

5%

48%

71% 54%

41%

91%

50%

13%20% 18%

4% 2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Direção

(589 títulos)

Roteiro

(419 títulos)

Produção

Executiva

(423 títulos)

Diretor de

fotografia

(351 títulos)

Diretor de arte*

(56 títulos)

Televisão - Obras Seriadas

feminino masculino misto

*foram consideradas apenas as obras de ficção.

Na comparação de obras seriadas e

não-seriadas que tiveram como segmento

inicial o mercado de televisão, apenas o

roteiro das obras seriadas (26%) obteve

percentual maior de participação feminina

que a média geral (21%). Comparando

com 2015, todos os percentuais de partici-

pação feminina são menores em 2016

(Gráfico 14).

Analisando as informações por tipo

de obra, os percentuais de televisão são

melhores que a média geral na direção

de ficção (19%) e variedades (21%), no

roteiro de reality-show (38%) e de varie-

dades (33%), e na produção executiva de

animação (51%) e reality-show (48%)

(Gráficos 16 a 18).

Ao comparar com os dados de

2015, os dados de animação vão bem

novamente no roteiro e na produção

executiva, passando de 12% para 19% no

primeiro, e 30% para 51% no segundo. O

roteiro e a produção executiva de reality-

show também registraram melhora, indo

de 33% para 38% e 33% para 48%, respec-

tivamente. No entanto, a participação fe-

minina na produção executiva de docu-

mentário e de videomusical apresentou

queda nos percentuais, de 46% para 36%

no primeiro e de 48% para 30% no segun-

do.

11

Superintendência de Análise de Mercado

Gráfico 15 – Percentuais de Gênero – Televisão Direção (CPBs emitidos em 2016)

Gráfico 16 – Percentuais de Gênero – Televisão Roteiro (CPBs emitidos em 2016)

11%17% 19%

8%

21%11%

84% 69%73%

80%

69% 87%

4%13%

8% 12% 10%3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Animação

(70 títulos)

Documentário

(490 títulos)

Ficção

(165 títulos)

Reality-Show

(50 títulos)

Variedades

(196 títulos)

Videomusical

(454 títulos)

Direção - Por tipo de Obra - 2016

feminino masculino misto

19% 21% 17%

38%33%

17%

74%62% 67%

34% 48% 79%

7%17% 17%

28%19%

4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Animação

(57 títulos)

Documentário

(362 títulos)

Ficção

(133 títulos)

Reality-Show

(29 títulos)

Variedades

(141 títulos)

Videomusical

(159 títulos)

Roteiro - Por tipo de Obra - 2016

feminino masculino misto

Gráfico 17 – Percentuais de Gênero - Televisão Produção Executiva (CPBs emitidos em 2016)

51%

36% 38%48% 45%

30%

28%48% 48%

35% 40%61%

21% 16% 15% 18% 15%9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Animação

(43 títulos)

Documentário

(383 títulos)

Ficção

(117 títulos)

Reality-Show

(40 títulos)

Variedades

(135 títulos)

Videomusical

(107 títulos)

Produção Executiva - Por tipo de Obra - 2016

feminino masculino misto

Gráfico 18 – Percentuais de Gênero – Televisão Direção de Fotografia (CPBs emitidos em 2016)

7% 9% 13%5% 5%

100% 90%90% 84%

92% 94%

4% 1% 3% 4% 2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Animação

(28 títulos)

Documentário

(347 títulos)

Ficção

(114 títulos)

Reality-Show

(32 títulos)

Variedades

(108 títulos)

Videomusical

(128 títulos)

Diretor de Fotografia - Por tipo de Obra - 2016

feminino masculino misto

12

Superintendência de Análise de Mercado

Parte IV - Filmes Brasileiros Lançados - 2009 a 2016

Gráfico 19 – Percentual de Títulos Lançados por Gênero da Direção (2009-2016)

17% 16% 15%24%

16%10%

15%20%

82%77% 78%

72%80%

87% 77%

78%

1%7% 7% 4% 4% 4% 8%

1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009

(84 títulos)

2010

(74 títulos)

2011

(100 títulos)

2012

(83 títulos)

2013

(129 títulos)

2014

(114 títulos)

2015

(132 títulos)

2016

(143 títulos)

feminino masculino misto

Gráfico 20 – Percentual de Público dos Lançamentos por Gênero da Direção (2009-2016)

9%3% 4% 1% 14% 11%

28%

9%

91%97% 96% 99%

86%83%

72%

91%

1% 5%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2009

(84 títulos)

2010

(74 títulos)

2011

(100 títulos)

2012

(83 títulos)

2013

(129 títulos)

2014

(114 títulos)

2015

(132 títulos)

2016

(143 títulos)

feminino masculino misto

Os dados disponíveis nessa parte

são referentes aos filmes brasileiros lança-

dos comercialmente em salas de exibição

entre os anos de 2009 e 2016. Os dados

de 2016 mostram que houve um aumento

na direção feminina chegando ao percen-

tual de 20% (Gráfico 19). No entanto, es-

se aumento da direção não se refletiu na

quantidade de público. Os filmes dirigi-

dos por mulheres fizeram apenas 9% do

público dos lançamentos de 2016 (Gráfico

20). Assim como no roteiro e na produção

executiva, os percentuais apresentaram

queda (Gráficos 21 e 22).

13

Superintendência de Análise de Mercado

Parte IV - Filmes Lançados - 2009 a 2016

Gráfico 21 - Percentual de Títulos lançados por Gênero do Roteiro (2012-2016)

Gráfico 22 - Percentual de Títulos Lançados por Gênero da Produção Executiva (2012-2016)

41% 47%

41%52%

46%

33%34% 42%

34%

34%

26%20% 17% 13%

20%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2012

(46 títulos)

2013

(86 títulos)

2014

(69 títulos)

2015

(90 títulos)

2016

(130 títulos)

feminino masculino misto

14%

19%

14%20% 19%

68%63% 70%

66% 68%

18% 18% 16% 14% 13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2012

(50 títulos)

2013

(90 títulos)

2014

(76 títulos)

2015

(91 títulos)

2016

(127 títulos)

feminino masculino misto

14

Superintendência de Análise de Mercado

Agência Nacional do Cinema

Diretoria Colegiada

Manoel Rangel - Diretor-Presidente

Débora Ivanov

Roberto Gonçalves de Lima

Superintendente de Análise de Mercado

Alex Patez Galvão

Observatório Brasileiro do Cinema e do

Audiovisual

Editor

Cainan Baladez

Elaboração

Amanda Costa

Cainan Baladez

Consolidação dos dados

Amanda Costa

Filipe Sarmento

Elaboração de Gráficos e Tabelas

Amanda Costa

Filipe Sarmento

Revisão

Silviane Vieira

Apoio Técnico

Danielle dos Santos Borges

Fernanda Velasco Garat

Heloísa Machado

Luana Maira Rufino Alves da Silva

Fontes Sistema ANCINE Digital (SAD). Dados extraídos

em 28/01/2016 e 01/02/2017.

Sistema de Acompanhamento da Distribuição

em Salas de Exibição (SADIS), Dados consolida-

dos em 03/03/2016 e 11/01/2017.

Publicado no Observatório Brasileiro do Cine-

ma e do Audiovisual – OCA em 30/03/2017.

http://www.ancine.gov.br/

http://oca.ancine.gov.br/

Expediente