103
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA CURSO SUPEROR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES ANDREY CRISTIANI SOTTOMAIOR CAMARGO PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE TELECOM - estudo de caso BRASIL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA MARÇO/2015

PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA

CURSO SUPEROR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES

ANDREY CRISTIANI SOTTOMAIOR CAMARGO

PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE TELECOM - estudo de caso BRASIL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA MARÇO/2015

Page 2: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

ANDREY CRISTIANI SOTTOMAIOR CAMARGO

PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE TELECOM - estudo de caso BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações, do Departamento Acadêmico de Eletrônica, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo. Orientador: Alexandre Jorge Miziara.

CURITIBA MARÇO/2015

Page 3: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

TERMO DE APROVAÇÃO

ANDREY CRISTIANI SOTTOMAIOR CAMARGO

PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE TELECOM: estudo de caso BRASIL

Este trabalho de conclusão de curso foi apresentado no dia 10 de março de 2015, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Sistemas de Telecomunicações, outorgado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A aluna foi arguida pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

______________________________ Prof. Dr. Luis Carlos Vieira

Coordenador de Curso Departamento Acadêmico de Eletrônica

______________________________ Prof. Esp. Sérgio Moribe

Responsável pela Atividade de Trabalho de Conclusão de Curso Departamento Acadêmico de Eletrônica

BANCA EXAMINADORA

______________________________ __________________________ Prof.ª Dr.ª Jamea Cristina Batista Silva Prof. Dr. Valmir de Oliveira UTFPR UTFPR

___________________________ Prof. M.Sc. Alexandre Jorge Miziara Orientador – UTFPR

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”

Page 4: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus pelos desafios e obstáculos que impôs em minha jornada. Agradeço às pessoas que participaram direta ou indiretamente durante à

realização do curso. Aos Professores que ensinaram as matérias e também nos contaram suas experiências de vida. E aos professores que participaram do trabalho de conclusão de curso. A Professora Jamea Cristina Batista Silva que conheci no final do curso e ajudou com suas critica na melhoria do trabalho. O Professor Valmir de Oliveira que além de ensinar sobre fibras óticas colaborou com suas criticas construtivas. E ao Professor Alexandre Jorge Miziara que apoiou a ideia do trabalho e orientou sua execução. Suas palavras e criticas me desafiavam a ir além das minhas expectativas.

Agradeço ao meu marido Oroazil que sempre me apoiou na realização do curso e não pôde ver a sua conclusão e a paciência dos meus filhos Raphael e Gabriel pela ausência durante as aulas e trabalhos acadêmicos.

Page 5: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

"Aprendi que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei."

Charles Chaplin.

Page 6: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

RESUMO

CAMARGO, Andrey C. S. Participação das classes D e E no mercado de Telecom: estudo de caso Brasil. 2015. 103 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações, UTFPR, Curitiba, 2015. Este trabalho é um estudo de caso que avalia as classes D e E como consumidoras dos serviços de telecomunicações. Em 2010 elas representavam 40% da população brasileira e eram consumidores dos serviços. O estudo esboça como está a situação atual das operadoras através da análise do ambiente. As operadoras além de atender a demanda dos consumidores ainda precisam investir em novas tecnologias para poder seguir competindo no mercado. O trabalho relaciona características, necessidades e incentivos que essa classe social possui e que as operadoras poderiam se beneficiar através de estratégias focadas a eles. E indiretamente promoveria a inclusão social do grupo, além disso, teria a imagem de uma empresa preocupada com sua responsabilidade social. Palavras-chaves: Operadoras. Telecomunicações. Serviços. Classes D e E. Mercado.

Page 7: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

ABSTRACT

CAMARGO, Andrey C. S. Participação das classes D e E no mercado de Telecom: estudo de caso Brasil. 2015. 103 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações, UTFPR, Curitiba, 2015.

This paper is a case study that evaluates classes D and E as consumers of telecommunications services. In 2010 they represented 40% of the population and were consumers of services. The study outlines how is the current situation of operators through environmental analysis. Operators in addition to meeting consumer demand have yet to invest in new technologies in order to stay competitive in the market. The work related characteristics, needs and incentives that social class has and that operators could benefit through strategies focused to them. And indirectly promote the social inclusion of the group also have the image of a company concerned with social responsibility. Keywords: Telecom Operators. Telecommunications. Services. Classes D and E. Market.

Page 8: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – População nos Censos Demográficos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 1872/2010........................... 87

Tabela 2 - Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade, por Grandes Regiões, segundo as classes de rendimento nominal mensal – 2010... 89

Tabela 3 – Posse de itens....................................................................................... 90 Tabela 4 – Grau de Instrução do chefe de família.................................................. 90 Tabela 5 – Cortes do Critério Brasil........................................................................ 91 Tabela 6 – Distribuição das classes por praça....................................................... 91 Tabela 7 – Distribuição das despesas monetária e não monetária média mensal

familiar, por classes extremas de rendimento total e variação patrimonial mensal familiar, segundo os tipos de despesa selecionadas – Brasil –período 2008-2009........................................... 92

Tabela 8 – Distribuição das despesas monetária e não monetária média mensal familiar, por classes de rendimento total e variação patrimonial mensal familiar, segundo os tipos de despesa, com indicação do número e tamanho médio das famílias, na área urbana – Brasil – período 2008 - 2009.............................................................................. 94

Tabela 9 – Distribuição das despesas monetária e não monetária média mensal familiar, por classes de rendimento total e variação patrimonial mensal familiar, segundo os tipos de despesa, com indicação do número e tamanho médio das famílias, na área rural – Brasil – período 2008-2009............................................................................ .. 96

Tabela 10 - Contribuição dos grupos socioeconômicos para a formação da classe média, 2012................................................................................ 98

Page 9: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Número de pessoa de acordo com a renda........................ .................. 17 Gráfico 2 – Market Share telefonia fixa 3T14. ........................................................ 21 Gráfico 3 – Market Share telefonia móvel 3T14. ................................................. ... 21 Gráfico 4 – Market Share Banda Larga 3T14........................................................... 22 Gráfico 5 – Market Share TV por assinatura 3T14................................................... 22 Gráfico 6 – Receita líquida das operadoras 3T14. ................................................. 23 Gráfico 7 – Total da população em 2010 ................................................................ 28 Gráfico 8 – População com renda de até 2 salários mínimos entre as regiões

do Brasil............................................................................................... 29 Gráfico 9 – Proporção da classe DE nas Grandes Áreas Metropolitanas................ 29 Gráfico 10 – Proporção de domicílios particulares permanentes urbanos, com

acesso a serviços de iluminação elétrica, telefone fixo, posse de computadores, geladeira, TV em cores e máquina de lavar, segundo as Grandes Regiões – 2003/2008........................................ 31

Gráfico 11 – Despesa média familiar, segundo tipo de despesas - Brasil. ............. 32 Gráfico 12 – Despesa média familiar, população da área urbana, segundo tipo

de despesas - Brasil............................................................................ 33 Gráfico 13 – Despesa média familiar, população da área rural, segundo tipo de

despesas - Brasil................................................................................. 33 Gráfico 14 – Telefonia móvel Brasil. ...................................................................... 35 Gráfico 15 – Tecnologia de acesso à telefonia móvel Brasil. ................................. 35 Gráfico 16 – Forma de pagamento pelos serviços de telefonia móvel Brasil - 2014. 36 Gráfico 17 – Distribuição do telefone popular. ....................................................... 39 Gráfico 18 – Posse de telefone celular conforme a renda. .................................... 39 Gráfico 19 – Utilização da Internet conforme a renda. ........................................... 40 Gráfico 20 – Utilização do telefone móvel celular segundo o grupamento de

atividade do trabalho. .......................................................................... 40 Gráfico 21 – Segmentação consolidada por classe social: universo total. ............. 47 Gráfico 22 – Categoria de serviços online considerados como essenciais para o

universo total e o grupo jovens de classe C, D e E............................. 48 Gráfico 23 – Distribuição do mercado de 4G entre as operadoras no 4º trimestre

de 2014................................................................................................ 67 Gráfico 24 - Percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso

pessoal na população de 10 anos ou mais de idade, segundo as classes de rendimento mensal domiciliar per capita – Brasil – 2005/2011............................................................................................ 100

Gráfico 25 – Percentual de pessoas que utilizaram a Internet, no período de referencia dos últimos três meses, na população de 10 anos ou mais de idade, por classe de rendimento mensal real domiciliar per capita a preços de setembro de 2011 – Brasil – 2005/2011............... 101

Gráfico 26 - Percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência, segundo os grupamentos de atividade do trabalho principal – Brasil - 2005/2011................................................ 102

Page 10: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Pressões sofridas pelas empresas........................................................ 26 Figura 2 - Proporção de indivíduos que usaram telefone celular nos últimos 3

meses (Percentual sobre o total da população)..................................... 41 Figura 3 - Proporção de indivíduos que usaram a Internet no telefone celular

nos últimos três meses (Percentual sobre o total da população).......... 41 Figura 4 - Proporção de domicílios com acesso à Internet (Percentual sobre o

total de domicílios)................................................................................. 42 Figura 5 - Proporção de usuários de Internet (Percentual sobre o total da

população)............................................................................................. 42 Figura 6 – Adesão – Redes Sociais........................................................................ 43 Figura 7 – Comportamento digital – Redes Sociais................................................ 44 Figura 8 – Intenção de participação – Redes Sociais............................................. 44 Figura 9 – Posse de celular com acesso à Internet – Redes Sociais..................... 45 Figura 10 – Acesso à rede – Redes Sociais........................................................... 45 Figura 11 – Motivos de acesso à rede – Redes Sociais......................................... 46 Figura 12 – Comportamento tecnológico – Redes Sociais..................................... 47 Figura 13 – Aplicativo de comunicação utilizado em celulares............................... 49 Figura 14 – Frequência de utilização de APP......................................................... 49

Page 11: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

3G terceira geração de padrões e tecnologias de telefonia móvel. 3T14 terceiro trimestre de 2014. 4G quarta geração de telefonia móvel. 5G quinta geração de Internet móvel. ABEP Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas. ACIUR Associação Comercial e Industrial do Uberaba e Região. AICE Acesso Individual Classe Especial – Telefone Popular. ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações. ANID Associação Nacional para Inclusão Digital. APP Application Software. BYOD Bring Your Own Device. Capes Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior. CERN Organização Europeia para a Investigação Nuclear. CETIC.Br Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da

Comunicação.Brasil. Cloud-RAN Cloud - Radio Access Network. CPqD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações. EU União Europeia. FIEP Federação das Industrias do Paraná. Fies Fundo de Financiamento Estudantil. GVT Global Village Telecom. HDTV televisão de alta definição - high-definition television. HIV Human immunodeficiency virus infection. IBCC Centro Internacional de Coordenação de Transmissão. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBOPE Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. IoE Internet de Todas as Coisas - Internet of Everything. IoT Internet das Coisas - Internet of Things. IP Internet Protocol. IPv4 Internet Protocol version 4. IPv6 Internet Protocol version 6. IUT International Telecommunication Union. LGT Lei Geral de Telecomunicações – Lei n° 9.472/97. LTE Long Term Evolution. LTE-A Long Term Evolution Advanced. M2M Machine to Machine MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. MEC Ministério da Educação MEI Microempreendedor Individual. MEMS Microelectromechanical systems. NFC Near Field Communication. OIT Organização Internacional do Trabalho. ONU Organizações das Nações Unidas PAC Programa de Aceleração do Crescimento. PBLE Programa de Banda Larga nas Escolas. PMCMV Programa Minha Casa Minha Vida.

Page 12: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio. PNBL Programa Nacional de Banda Larga. PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. POF Pesquisa de Orçamentos Familiares. Pronatec Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. ProUni Programa Universidade para Todos. RFDI Radio-Frequency Identification. SAE/PR Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da

República. SARS Severe acute respiratory syndrome. SCM Serviço de Comunicação Multimídia. SM salário mínimo. SMS Short Message Service. SIMCARD Subscriber Identification Module Card. STFC Serviço Telefônico Fixo Comutado. SWOT pontos fortes, fraquezas, oportunidades e ameaças - Strengths,

Weaknesses, Opportunities and Threats. TELEBRAS Telecomunicações Brasileiras S. A. THE Times Higher Education. TIC Tecnologia da informação e comunicação. TSEE Tarifa Social de Energia Elétrica. VCA Valor de Chamada Atendida. VoIP Voz sobre IP - Voice over IP. VoLTE Voz sobre LTE - Voice over LTE. Wi-Fi Wireless Fidelity. WSIS World summit on the Information Society.

Page 13: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

SUMÁRIO

1.  INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13 1.1 PROBLEMA ................................................................................................... 13 1.2 OBJETIVOS ................................................................................................... 14 

1.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 14 1.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................... 14 

1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 15 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................... 16 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 17 3. ESBOÇO DA ATUAÇÃO DAS OPERADORAS PRESTADORAS DE

SERVIÇO NO BRASIL ..................................................................................... 20 4. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ...................................................... 28 

4.1 CONHECENDO O TAMANHO DO GRUPO CLASSE “D” E “E” .................... 28 4.2 IDENTIFICAÇÕES DAS CARACTERÍSTICAS DO GRUPO ......................... 30 4.3 VERIFICAÇÕES DOS TIPOS DE SERVIÇOS QUE UTILIZAM. ................... 34 4.4 VERIFICAÇÕES DOS INCENTIVOS / BENEFÍCIOS QUE O GOVERNO

CONCEDE PARA BAIXA RENDA ................................................................ 51 4.5 COMPARAÇÕES ENTRE OS BENEFICIÁRIOS DE PROGRAMAS

SOCIAIS E O CONSUMO DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICALÇÕES E DE QUE MANEIRA OCORRE A INCLUSÃO SOCIAL .............................. 55 

4.6 IDENTIFICANDO DE NOVOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES QUE A CLASSE D E E DESEJAM NOS PRÓXIMOS 5 ANOS. ................... 59 

5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 69 6. TRABALHOS FUTUROS .................................................................................... 72 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 74 APÊNDICE A - POPULAÇÃO SEGUNDO CENSO ............................................... 87 APÊNDICE B – DISTRIBUIÇÃO DAS PESSOAS DE 10 ANOS OU MAIS DE

IDADE, POR GRANDES REGIÕES, SEGUNDO AS CLASSES DE RENDIMENTO NOMINAL MENSAL – 2010. ................................................... 89 

APÊNDICE C – SISTEMA DE PONTOS CRITÉRIO BRASIL ................................ 90 APÊNDICE D - DESPESA MÉDIA FAMILIAR, SEGUNDO TIPO DE DESPESAS

- BRASIL. ......................................................................................................... 92 APÊNDICE E - DESPESA MÉDIA FAMILIAR, POPULAÇÃO DA ÁREA

URBANA, SEGUNDO TIPO DE DESPESAS - BRASIL. ................................. 94 APÊNDICE F - DESPESA MÉDIA FAMILIAR, POPULAÇÃO DA ÁREA RURAL,

SEGUNDO TIPO DE DESPESAS - BRASIL. ................................................... 96 APÊNDICE G – CONTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS SOCIOECONÔMICOS PARA

A FORMAÇÃO DA CLASSE MÉDIA ............................................................... 98 APÊNDICE H - PERCENTUAL DE PESSOAS QUE TINHAM TELEFONE

MÓVEL CELULAR PARA USO PESSOAL ................................................... 100 APÊNDICE I – PERCENTUAL DE PESSOAS QUE UTILIZARAM A

INTERNET ...................................................................................................... 101 APÊNDICE J - PERCENTUAL DE PESSOAS QUE TINHAM TELEFONE

MÓVEL CELULAR PARA USO PESSOAL SEGUNDO OS GRUPAMENTOS DE ATIVIDADE DO TRABALHO PRINCIPAL .................. 102 

Page 14: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

13

1. INTRODUÇÃO

Quando se pensa em serviços de telecomunicações é possível afirmar que o

acesso da população está em constante ampliação ao longo dos últimos anos. A

ampliação ocorre tanto pela expansão da capacidade como o acesso a novas

tecnologias. Os números mais impressionantes do crescimento são o número de

usuários de celulares e o de acesso à Internet de banda larga fixa e móvel.

O fascínio do povo brasileiro pelo telefone começou com D. Pedro II ao

visitar a Exposição de Filadélfia, em 1876, que exclamou “esta coisa fala!”

(SANCHEZ, 2014). Ao retornar ao Brasil, o Imperador autorizou a instalação das

primeiras linhas telefônicas no país. Então surgiu a necessidade de conexão com

outros países, feito através de cabos submarinos metálicos e muito recentemente

por fibras óticas. Com o avanço da tecnologia passou-se a transmitir pelo ar.

Na época da privatização dos serviços de telecomunicações, as empresas

públicas buscavam a modernização dos serviços. O Governo deixou de prestar o

serviço para regular o mercado de telecomunicações.

A regulação dos serviços começa pela Lei Geral de Telecomunicações (LGT

- Lei 9.472/97) (BRASIL, 2014b) que prevê o dever do Poder Público de “garantir, a

toda a população, o acesso às telecomunicações, a tarifas e preços razoáveis, em

condições adequadas”.

Portanto, este trabalho pretende mostrar que com o acesso aos serviços de

telecomunicações pelas classes D e E ocorreu a inclusão social e também

possibilitou a ascensão para a nova classe média.

1.1 PROBLEMA

Este trabalho pretende avaliar a utilização dos serviços de telecomunicações

pela classe baixa.

Page 15: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

14

Qual a razão da população de baixa renda consumir esses serviços? Para

responder a questão é necessário analisar a motivação do consumidor para esse

serviço.

A razão pela escolha da classe baixa é devido à motivação do Governo em

acabar com a miséria do País. Ele promove programas sociais que busca a

integração dos cidadãos na sociedade, no mercado consumidor e no mercado de

trabalho. O acesso aos serviços de telecomunicações ajuda nessa integração de

diversas formas como poder se comunicar ou ser localizado ou ter acesso as

informações. O trabalho pretende mostrar que as telecomunicações é uma

ferramenta útil para o alcance do objetivo do Governo – “Um País rico é um País

sem miséria” (PORTAL BRASIL, 2011).

1.2 OBJETIVOS

Avaliar as classes D e E como consumidora dos serviços de

telecomunicações.

1.2.1 Objetivo Geral

Determinar a participação das classes D e E no mercado de serviços de

telecomunicações no Brasil atualmente e nos próximos 5 anos.

1.2.2 Objetivos Específicos

Conhecer o tamanho do grupo.

Determinar as características do grupo.

Page 16: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

15

Verificar os tipos de serviços que utilizam.

Verificar os incentivos / benefícios que o Governo concede.

Comparar se há relação entre os beneficiários de programas sociais e o

consumo dos serviços e de que maneira ocorre a inclusão social.

Identificar os novos serviços que o grupo deseja nos próximos 5 anos.

1.3 JUSTIFICATIVA

O tema é importante porque demonstra o interesse da classe baixa em

participar da relação de consumo dos serviços de telecomunicações. As classes D e

E demandam por serviços mais simples, de menor custo.

A classe representa uma proporção da população com características

especificas. A telefonia fixa tem dificuldade em atender os consumidores e a

telefonia móvel na modalidade pré-pago atende as necessidades mínimas.

É um nicho de mercado que as operadoras podem expandir para obter

receitas que serão convertidas em capital para ampliação/renovação da

infraestrutura atual e futura. Desta maneira podem massificar o fornecimento dos

serviços de telecomunicações.

As conclusões do trabalho podem ser usadas como base para planejamento

de estratégias públicas e privadas, para futuros investimentos na área, além de

indicar novas necessidades dos consumidores no futuro que pela inclusão social

podem ascender para a classe média e continuar a consumir os serviços.

A escolha do tema para o Trabalho de Conclusão de Curso é justificada pela

necessidade do Tecnólogo em Sistema de Telecomunicações ser capaz de atuar na

área de gestão de sistemas. Para uma melhor gestão é primordial conhecer o

mercado onde atua e desta maneira é possível obter melhor eficiência e resultado. A

escolha do público alvo foi por ser um grupo que não consome serviços de alto

custo, mas somente o acesso à rede. Desta forma, o trabalho pretende provar que o

atendimento da demanda deste grupo pode ter retorno viável aos investimentos.

Page 17: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

16

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho é exploratório e descritivo porque irá analisar os dados e

informações sobre o assunto e possíveis opções no mercado para atender a

demanda futura.

O estudo tem como objetivo a pesquisa bibliográfica. Serão analisados

dados de instituições oficiais como os dados estatísticos do IBGE (Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística), ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e

artigos relacionados ao tema no portal de periódicos da Capes (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Em seguida, são pesquisadas as opções que os consumidores dispõem no

mercado de serviços ofertado pelos fornecedores.

Na sequência, serão identificados os incentivos que o Governo oferece para

estimular o consumo.

Por fim, o estudo vai analisar as opções de serviços que serão

disponibilizados nos próximos anos que servirão para a integração social da classe

baixa.

Page 18: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE, 2014), a população do Brasil era formada por

190.732.694 pessoas. Este grupo pode ser dividido em razão da renda per capita

conforme observado no gráfico 1. Desta maneira o Brasil possuía 4,76% dos

habitantes com renda de 1/4 de salário mínimo, 3,76% dos habitantes com renda

entre 1/4 a 1/2 salário mínimo, 19,26% dos habitantes com renda entre 1/2 a 1

salário mínimo e 20,33% dos habitantes com renda entre 1 a 2 de salário mínimo. É

possível concluir que 48% da população tem renda per capita de até 2 salários

mínimos. A população com renda entre 2 a 3 salários mínimos representava 7,02%

e a população com renda superior a 3 salários mínimos eram 44,87%, não

representada no gráfico (IBGE, 2011, p.94).

Gráfico 1 – Número de pessoa de acordo com a renda. Fonte: Adaptado do IBGE, Censo Demográfico 2010, Apêndice B.

Conforme divulgado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da

Presidência da República (SAE/PR), entre 2004 e 2010 houve mobilidade social de

32 milhões de pessoas para a classe média. A classe C é composta por famílias

com renda mensal domiciliar entre R$ 1.064,00 e R$ 4.561,00. (SAE, 2012, p.22).

Neste mesmo período, 19,3 milhões saíram da pobreza. Desta forma o país atinge

um dos objetivos fundamentais elencado na Constituição Federal: “erradicar a

4,76% 3,76%

19,26% 20,33%

7,02%

7.703.046 hab. 6.096.100 hab. 31.192.417 hab.

32.934.535 hab.

11.367.350 hab.

1/4 SM mais de 1/4 a 1/2 SM

mais de 1/2 a 1 SM

de 1 a 2 SM mais de 2 a 3 SM

Page 19: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

18

pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais” (art. 3

inc. III – CF 1988).

O Governo Federal para atender a esse objetivo implantou diversos projetos

em diversas áreas como: Programa Bolsa Família, Tarifa Social de Energia

Elétrica (TSEE), cursos de qualificação profissional do Programa Nacional de

Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), Microempreendedor Individual

(MEI), Telefone Popular (Acesso Individual Classe Especial – AICE),

Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE). Esses são alguns exemplos. Desta

maneira o governo busca acabar com a extrema pobreza, melhorar as condições de

vida da população, capacitar através de educação profissional, estimular o

microempreendedorismo através de microcrédito e proporcionar comunicação à

população participante de programas sociais (MDS, 2013).

Também é possível considerar o uso de telefonia móvel. Conforme ANATEL,

no final de 2013 existiam 271,1 milhões de acesso móvel pessoal, sendo 78% pré-

pago (TELECO, 2015a). No Brasil a telefonia pré-paga foi bem aceita tanto por

jovens quanto pela população de baixa renda que passou a contar com serviços de

telecomunicações.

A inclusão digital no Brasil começa nas escolas públicas através do PBLE e

nas Cidades Digitais (AGENCIA FIEP, 2011) que disponibilizam sinal de wi-fi para

acesso a Internet. Há também as redes sociais, como o Facebook, que tem

cadastrados 61,2 milhões de usuários no Brasil (5% dos usuários mundiais) (UOL,

2014) e o serviço de mensagens WhatsApp com 38 milhões de usuários no Brasil

(8% dos usuários mundiais) que promovem a inclusão social (DIAS, 2014b).

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio - PNAD (IBGE,

2013, p.81), em 2012, 40,8% dos domicílios urbanos possuíam computador e 34,3%

o computador tinha acesso à Internet. Comparando com os 9,2 milhões de

domicílios com renda per capital de ½ salário mínimo, 10% tinham computador com

acesso à Internet.

Conforme a cartilha Vozes da Classe Média (SAE, 2012, p.21), 74% da

população da classe baixa tinha ocupação informal (tabela 11, apêndice G). Eram

trabalhadores dos setores de comércio e reparação, serviços domésticos e

construção. A telefonia é uma ótima ferramenta para aproximar o trabalhador do seu

cliente. Seja para contratar um serviço, seja para comprar um produto, seja para

tomar decisões mais rápidas com relação a problemas ocorridos.

Page 20: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

19

Diante desses dados é possível afirmar que a classe baixa é uma fatia

considerável no mercado de serviços de telecomunicações, que demanda por

serviços tanto pessoal como comercial.

Page 21: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

20

3. ESBOÇO DA ATUAÇÃO DAS OPERADORAS PRESTADORAS DE SERVIÇO

NO BRASIL

Com a privatização dos serviços de telecomunicações em 1998, empresas

privadas passaram a atuar no mercado. Através de leilões na Bolsa de Valores os

controles das empresas públicas de telecomunicações foram cedidos às empresas

privadas. Estas empresas compradoras passaram a ter concessões para exploração

de serviços de telecomunicações conforme área determinada. Outras empresas

tiveram que investir em suas infraestruturas e foram autorizadas pela ANATEL para

exploração de serviços de telecomunicações. Desta forma o mercado tornou-se

competitivo e orientado para o crescimento da universalização dos serviços que foi

uma das razões para a privatização do serviço público (BNDES, 2009).

Atualmente os principais grupos que atuam no mercado de telefonia fixa são:

Telesp, Oi, Embratel e GVT. Já o serviço de telefonia móvel é oferecido pelos

grupos: Vivo, Oi, Claro e Tim. Os principais grupos que fornecem conexão banda

larga são: Telesp, Oi, Net e Embratel, Tim Fiber, GVT e Sky, e o serviço de TV por

assinatura tem como principais empresas: TVA, Oi, Net e Embratel, GVT e Sky

(TELECO, 2014).

Os serviços de telecomunicações são serviços essenciais, demandam um

grande investimento em infraestrutura e há uma grande concorrência entre as

operadoras. A participação no mercado é medida pelo Market Share que indica a

fatia do mercado que cada empresa representa (FERRAZ; KUPFER;

HAGUENAUER, 1996, p.6). De acordo com dados do 3º trimestre de 2014 (3T14) a

situação do mercado de serviço está mostrado nos gráficos de 2 até 5. O mercado

da telefonia fixa era partilhado entre as operadoras da seguinte forma: 36,5% para a

operadora Oi, 25,2% para o Grupo América Móvil Brasil (o grupo promoveu a fusão

das Empresas Embratel, Net e Claro), 23,9% para a Telefônica/Vivo, 9,8% para a

GVT, 1,4% para a Tim e 3,1% entre empresas menores conforme observado no

gráfico 2. Já no mercado de telefonia móvel, o mercado é partilhado na seguinte

proporção: 28,7% para a Telefônica/Vivo, 26,5% para a Tim, 25% para Grupo

América Móvil Brasil, 18,5% para a Oi e o restante entre as outras empresas

menores conforme observado no gráfico 3. O mercado de banda larga é partilhado

entre as seguintes empresas: 32,1% para o Grupo América Móvil Brasil, 25,8% para

Page 22: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

21

Oi, 17,4% para a Telefônica/Vivo, 12,8% para GVT e 11,8% entre as empresas

restantes conforme gráfico 4. E o mercado de TV por assinatura era partilhado na

seguinte proporção: 53,2% para o Grupo América Móvil Brasil, 29% para a Sky,

5,3% para a Oi, 4,3% para a GVT, 3,7% para a Telefônica/Vivo e 4,4% entre as

outras empresas que atuam no setor conforme gráfico 5.

Gráfico 2 – Market Share telefonia fixa 3T14. Fonte: Adaptado do Teleco, 2014.

Gráfico 3 – Market Share telefonia móvel 3T14. Fonte: Adaptado do Teleco, 2014.

Telefonica/ Vivo; 23,90%

Claro, Embratel e

Net.; 25,20%

Tim; 1,40%

Oi; 36,50%

GVT; 9,80%

Outros; 3,10%

Telefonica/Vivo; 28,70%

Claro, Embratel e

Net.; 25,00%

Tim; 26,90%

Oi; 18,50%

Nextel; 0,46% Outros; 0,50%

Page 23: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

22

Através dos gráficos de 2 a 5 percebe-se que cada operadora tem uma

participação representativa em relação às concorrentes. Há competição entre pelo

menos 4 empresas na maioria dos serviços. Os valores servem para confirmar se as

estratégias das empresas estão trazendo bons resultados. Manter o valor não é um

mau resultado, porém aumentar a representação no mercado é um excelente

resultado.

Gráfico 4 – Market Share Banda Larga 3T14. Fonte: Adaptado do Teleco, 2014.

Gráfico 5 – Market Share TV por assinatura 3T14. Fonte: Adaptado do Teleco, 2014.

Telefonica/Vivo; 17,40%

Claro, Embratel e

Net.; 32,10%Oi; 25,80%

GVT; 12,80%

Outros; 11,80%

Telefonica/Vivo; 3,70%

Claro, Embratel e

Net.; 53,20%

Oi; 5,30%

Sky; 29,00%

GVT; 4,30% Outros; 4,40%

Page 24: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

23

Para aumentar os lucros e reduzir os riscos, as operadoras oferecem

pacotes de serviços com vantagem no preço para os clientes. Pode ser constatado

que a fusão das Empresas Embratel, Net e Claro proporciona para o Grupo América

Móvil Brasil uma vantagem competitiva através da oferta de vários serviços a seus

clientes. O aumento de clientes pode aumentar as receitas das operadoras. A

receita liquida do 3T14 foi repartida entre: 25,5% para o Grupo América Móvil Brasil,

25% para a Telefônica/Vivo, 19,3% para a Oi, 13,9% para a Tim, 7,1% para a Sky,

4% para a GVT e 5% entre as outras empresas conforme gráfico 6.

Gráfico 6 – Receita líquida das operadoras 3T14. Fonte: Adaptado do Teleco, 2014.

Os preços máximos cobrados pelas empresas são regulados pela ANATEL.

A combinação de vários serviços atendidos por uma mesma empresa favorece para

uma redução de preço. E a competição no setor obriga as operadoras a trabalhar

com valores inferiores ao estabelecido pela ANATEL.

Uma característica do serviço é que sempre há alguma inovação, seja no

serviço, seja na tecnologia, ou então no dispositivo de acesso ao serviço. O cliente

pode ter acesso a recursos que às vezes nem esperava dispor. Porém, conforme o

desempenho da operadora no serviço prestado, as expectativas dos clientes podem

ser: satisfação, insatisfação ou encantamento. O cliente pode estar satisfeito quando

suas necessidades e expectativas são atendidas. Também gera satisfação quando a

empresa se preocupa com a retenção dos seus clientes, tem um bom

Telefonica/Vivo; 25,0%

Claro, a Embratel e a Net.; 25,5%Oi; 19,3%

Tim; 13,9%

Sky; 7,1%

GVT; 4,0%Nextel; 3,1% Outros; 2,0%

Page 25: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

24

relacionamento e conhece o perfil dos consumidores. Um cliente satisfeito

permanece por mais tempo e pode levar à fidelidade, e um cliente encantado é

aquele que teve suas expectativas excedidas.

Para se compreender melhor este serviço, uma análise do ambiente ou

análise SWOT, criada por Humphrey (1960-1970), do ponto de vista das empresas

prestadoras de serviço indica como Pontos Fortes (Strengths):

o uso de fibra ótica e equipamentos de conexão de última geração;

preferência dos consumidores por serviços móveis;

infraestrutura/redes instaladas;

implantação de novas tecnologias ou o aumento da capacidade requer

software e atualização de hardware mínima;

as marcas são conhecidas pelos consumidores;

pacotes de serviços com telefonia fixa, móvel, conexão banda larga e

TV por assinatura; e

cultura da inovação.

Os pontos fortes aumentam as capacidades dos recursos das empresas.

Estas forças são atributos que aumentam a vantagem competitiva da empresa.

As Fraquezas (Weaknesses) encontradas no ambiente interno das

empresas foram:

alta competição entre os concorrentes, alto custo da infraestrutura;

falta de investimento em tecnologias de ponta;

problemas de conexão, via cabo ou wireless;

congestionamento de serviço;

áreas sem cobertura ou com deficiência;

obrigação das concessionárias em implantar e prestar serviços de

forma gratuita conforme acordo nas metas com a Agencia Reguladora;

dificuldade em encontrar mão de obra capacitada para novas

tecnologias.

Os pontos fracos da empresa são deficiências competitivas que a colocam

em desvantagem no mercado. Os clientes quando são afetados por essa deficiência

mudam de operadora, adquirindo um novo número telefônico, ou fazem

Page 26: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

25

portabilidade, mantendo o mesmo número telefônico em outra operadora. Contudo,

um ponto fraco pode ser revertido em força.

As Oportunidades (Opportunities) com relação ao ambiente externo que a

empresa está inserida formam:

novas tecnologias, sejam em equipamentos, ou em novos dispositivos

capazes de conectar o usuário de diversas formas;

apesar da alta densidade da telefonia móvel, o acesso aos serviços é

desigual, principalmente na área rural;

aproveitar dos benefícios que o acesso de dados de alta velocidade no

telefone proporciona;

ser pioneiro na prestação de uma nova tecnologia afasta a

concorrência por um determinado tempo;

fusões e aquisições de empresas pode trazer bom resultado em longo

prazo.

As oportunidades são eventos externos que uma empresa pode usar para

aumentar seus pontos fortes existentes.

Com relação às Ameaças (Threats) no ambiente externo, foram

identificados:

alto custo de investimento;

tarifas baixas;

retorno do investimento lento;

produtos substitutos;

migração da TV de analógica para digital e a realocação do espectro;

novas regulamentações no setor;

portabilidade numérica;

pequenas empresas atuando em nichos de mercado lucrativo e não

tendo a obrigação de atender grupos de consumidores com baixo retorno

no investimento.

As ameaças são eventos externos ou influências que criam futuros

obstáculos para uma empresa. Esses eventos devem ser acompanhados porque

podem apresentar um risco muito maior que a capacidade de retorno.

Page 27: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

26

As estratégias planejadas pelas empresas devem ser reavaliadas

constantemente e, se preciso for, atuar na correção dos problemas. Elas devem

maximizar os pontos fortes e as oportunidades e minimizar os pontos fracos e

ameaças. O ambiente em que a empresas está inserido sofre influências de vários

fatores como representado na figura 1. No ambiente interno os diretores, gerentes e

empregados exercem suas influências na empresa. A empresa precisa se relacionar

com o mercado que através dos clientes, fornecedores, concorrentes, acionistas e

órgãos de proteção ao consumidor e proteção ao mercado também exercem suas

influências na empresa. E a sociedade global, mesmo não sendo consumidoras,

exigem certos comportamentos e impõem regras para que a empresa possa ser

autorizada a operar ou continuar no mercado.

Figura 1 – Pressões sofridas pelas empresas. Fonte: autoria própria.

Além das pressões, outro desafio é atender a todo tipo de público

consumidor. Podem ser pessoas com necessidade diferentes e capacidade de

consumir e pagar pelos serviços de todas as classes sociais. Ou pequenas ou

grandes empresas que demandam de uma utilização maior das redes e garantia de

conexão. Podem ser um cliente vantajoso para as operadoras, mas também

pressionam por menores custos no serviço.

Nesta exposição do ambiente que uma empresa de serviços de

telecomunicação está inserida pode-se concluir que não é fácil alcançar e manter a

Empresa:

Diretores

Gerentes

Empregados

Mercado:

Acionistas

Clientes

Fornecedores

Conselheiros

Consultores

Concorrentes

PROCON

CADE

Sociedade Global:

ANATEL

Governo local

Comunidade

pressão grupos

pressão mídia

Desenvolvimento Sustentável

Page 28: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

27

liderança no mercado. As pressões são inúmeras, mas com novos enfoques nos

desafios que surgem é possível que a empresa seja eficiente. Este trabalho

pretende relatar que a classe D e E pode ser um nicho de mercado interessante de

ser focado. O país busca inclusão social desta população e ao demonstrar interesse

às empresas podem se beneficiar desta preocupação com o acesso de todos aos

serviços e fortalecer o relacionamento com a sociedade.

Page 29: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

28

4. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 CONHECENDO O TAMANHO DO GRUPO CLASSE “D” E “E”

O Brasil segundo o IBGE - Censo 2010 - tinha uma população de

190.755.799 habitantes (apêndice A). Para análise deste trabalho será considerado

a população com renda de até 2 salários mínimos. Segundo os dados do apêndice B

isso correspondia a 83,4% da população do Brasil (159.377.203 habitantes). No

gráfico 7 mostra as proporções desta divisão.

Gráfico 7 – Total da população em 2010. Fonte: Adaptado do Censo 2010 (apêndice A).

Se agrupar a população com renda de até 2 salários mínimos nas Regiões

do Brasil pode ser observado que: 89,6% da população da Região Norte tem renda

de até 2 salários mínimos, 92,1% da Região Nordeste, 79,1% da Região Sudeste,

78,1% da Região Sul e 80,5% da Região Centro-Oeste conforme dados da tabela 2

no apêndice B e visualizado no gráfico 8.

Outra forma de mensurar o tamanho da classe baixa é através de pesquisas

particulares. A ABEP - Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa realiza

pesquisas nas grandes áreas metropolitanas do Brasil. Ela divulga o Critério Brasil.

A segmentação econômica é feita através do levantamento de características

domiciliares urbanas e do grau de escolaridade do chefe de família. (ABEP, 2014).

100%83%

17%

190.755.799159.377.203

31.378.596

Total até 2 salários mínimos acima de 2 salários mínimos

Page 30: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

29

Gráfico 8 – População com renda de até 2 salários mínimos entre as regiões do Brasil. Fonte: Adaptado do Censo 2010 (apêndice B).

Como o foco do trabalho é o grupo de baixa renda - se considerarmos uma

família com uma TV em cores (1 ponto), o domicilio possui um banheiro (4 pontos),

uma geladeira (4 pontos) e o chefe de família possua o ensino fundamental

completo (2 pontos) - nessas condições, o somatório será de 11 pontos e esta

família seria classificada como classe D conforme apêndice C.

Segundo a pesquisa de 2011, a população das classes D e E representavam

13,6% do total da população das 9 grandes Áreas Metropolitanas. O gráfico 9

detalha a proporção de cada área.

Gráfico 9 – Proporção da classe DE nas Grandes Áreas Metropolitanas. Fonte: Adaptado do ABEP (apêndice C).

89,60%

92,10%

79,10%

78,10%

80,50%

14.214.551 hab.

48.888.476 hab.

63.568.248 hab.

21.389.162 hab.

11.316.766 hab.

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

29,6%25,2%

20,5%15,8%

12,7%9,5% 8,7% 8,2%

11,8%

Page 31: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

30

Assim, conforme observado nos dados do Censo, a Região Nordeste possui

a maior concentração da população de baixa renda – 92,10% da população (gráfico

8) – e em média, segundo a ABEP, 25% da população que mora nas Áreas

Metropolitanas são das classes D e E (gráfico 9), logo a maior concentração está no

interior dos estados do Nordeste.

A Região Sudeste também se destaca por possui o maior número de

pessoas. Conforme o Censo a população com renda de até 2 salários mínimos

correspondia a 1/3 da população do país (gráfico 7 e 8). Porém se comparar com os

dados da ABEP, em média 12% da população das classes D e E está nas Áreas

Metropolitanas (gráfico 9).

Ainda de acordo com a tabela 7 no apêndice C, as classes D e E nas 9

grandes Áreas Metropolitanas eram de 13,6%. Este valor se comparado com o

gráfico 7 (total da população com renda de até 2 salários mínimos) pode-se concluir

que a maior concentração das classes D e E encontram-se no interior de todos os

Estados.

4.2 IDENTIFICAÇÕES DAS CARACTERÍSTICAS DO GRUPO

O IBGE realiza anualmente, desde 2003, a Pesquisa Nacional por Amostra

de Domicílios (PNAD). Ela coleta informações específicas dos domicílios como

aspectos demográficos, sociais e econômicos (IBGE, 2009, p.77).

Um dos itens levantados é a proporção de domicílios particulares

permanentes urbanos, com acesso a serviços de iluminação elétrica, telefone fixo,

posse de computador, geladeira, TV em cores e máquina de lavar. Como está

incluído telefone fixo e posse de computador, esse dado é relevante. Conforme

Gráfico 10, é observado que no espaço de 5 anos, de 2003 a 2008, os domicílios do

país aumentaram em 65% o acesso a estes tipos de serviços.

Outra pesquisa realizada pelo IBGE é a POF (Pesquisa de Orçamentos

Familiares) que fornece informações para análise de despesas, rendimentos,

aquisição alimentar domiciliar per capita e avaliação subjetiva das condições de

vida, por estratos geográficos e por classe de rendimento mensal. Ela é realizada a

cada 5 anos. (IBGE, 2010, p.60). A última pesquisa foi realizada no período de 2008-

Page 32: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

31

2009. Ela apresenta o quanto a população gastou com serviços de telefone fixo,

telefone celular e pacote de telefone, TV e Internet. Especifica também o gasto com

celular e acessórios (aparelhos e acessórios de telefonia celular). Não é possível

verificar os serviços de acesso a Internet e TV por assinatura individualmente,

porque eles estão agrupados no item outras despesas. Da mesma forma não é

possível verificar o gasto com aquisição de computador por estar agrupado em

aquisição de eletrodomésticos e equipamentos do lar. O gráfico 10 apresenta os

valores gastos conforme a região.

Gráfico 10 – Proporção de domicílios particulares permanentes urbanos, com acesso a serviços de iluminação elétrica, telefone fixo, posse de computadores, geladeira, TV em cores e máquina de lavar, segundo as Grandes Regiões – 2003/2008.

Fonte: Indicadores sociais 2009, IBGE, p.77.

Analisando o gráfico 11, a renda de até R$ 830,00 correspondia a 1,8

salários mínimos e a renda de R$ 1.245,00 correspondia a 2,7 salários mínimos no

ano de 2009. Os valores percentuais são em relação à renda total. O gasto com

energia elétrica foi incluído para comparação dos gastos com outro serviço público,

neste caso considerado serviço essencial. O que se observa é que a família com

renda de até R$ 830,00 gastava em média por mês R$ 4,91 com telefone fixo, R$

5,84 com telefone celular, R$ 0,82 com pacote de telefone, TV e Internet e R$ 2,69

em aquisição de aparelho celular. Não é possível afirmar se a posse de telefone fixo

e móvel são concomitante, porém pode-se afirmar que no máximo 0,7% da renda

13,6

4,4 4,8

17,9 17

11

22,5

8,6 8,2

29,6 28,8

18,3

2003 2008

Page 33: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

32

mensal familiar é gasto com um tipo de serviço. De acordo com o apêndice D, o

tamanho médio das famílias era 3,07 pessoas para a renda de até R$ 830,00.

Gráfico 11 – Despesa média familiar, segundo tipo de despesas - Brasil. Fonte: Adaptado do POF (2008-2009), IBGE, p.87, apêndice D.

É possível analisar separadamente a população da área urbana e da área

rural. Nos gráficos 12 e 13 os dados são agrupados para a população da área

urbana e rural.

Gráfico 12 – Despesa média familiar, população da área urbana, segundo tipo de

despesas - Brasil. Fonte: Adaptado do POF (2008-2009), IBGE, p.91, apêndice E.

3,16%R$ 26,21

0,59%R$ 4,91

0,70%5,84 0,1%

R$ 0,82

0,32%R$ 2,69

3,10%R$ 38,57

1,13%14,03 0,82%

10,20 0,14%R$ 1,71

0,36%R$ 4,46

Energia elétrica

Telefone fixo Telefone celular

Pacote de telefone, TV

e Internet

Celulares e acessórios

até R$ 830,00 mais de R$ 830,00a R$ 1.245,00

3,67%R$ 30,42

0,8%R$ 6,63

0,82%R$ 6,78 0,13%

R$ 1,11

0,37%R$ 3,07

3,38%R$ 42,13

1,34%R$ 16,66 0,86%

R$ 10,76 0,15%R$ 1,89

0,38%R$ 4,78

Energia elétrica

Telefone fixo Telefone celular

Pacote de telefone, TV

e Internet

Celulares e acessórios

até R$ 830,00 mais de R$ 830,00a R$ 1.245,00

Page 34: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

33

Pode ser observado que há um ligeiro aumento em todas as despesas se

comparado com o gráfico anterior que considerava a totalidade do Brasil. A

população urbana comprometia em média até 0,82% da renda mensal em um

serviço. O gasto com o aparelho também é maior indicando que ou adquiriam um

aparelho mais caro ou trocavam com mais frequência de aparelho. De acordo com o

apêndice E, o tamanho médio das famílias era 2,9 pessoas para a renda de até R$

830,00.

Gráfico 13 – Despesa média familiar, população da área rural, segundo tipo de

despesas - Brasil. Fonte: Adaptado do POF (2008-2009), IBGE, p.95, apêndice F.

No gráfico 13 é possível observar que os gastos com os serviços são

menores que a totalidade do Brasil e a área urbana. Os gastos com o telefone fixo

são mínimos pela dificuldade de atender a população isolada no interior do país,

porém os gastos com o telefone celular são 4 vezes maior comparado com o fixo. O

pouco gasto com pacote de serviço é porque este serviço é baseado na telefonia

fixa que tem dificuldade de atender esta população. De acordo com o apêndice F, o

tamanho médio das famílias era 3,46 pessoas para a renda de até R$ 830,00.

Assim pode-se afirmar que uma família com 2,9 pessoas na área urbana

com renda de até R$ 830,00 gastava R$ 6,78 com telefone celular e uma família

com 3,46 pessoas na área rural gasta R$ 3,58.

A cooperação de entes governamentais e a ONU verificou as condições de

vida da classe média no Brasil. A Secretaria de Assuntos Estratégicos da

1,94%R$ 16,12

0,1%R$ 0,79

0,43%R$ 3,58 0,01%

R$ 0,11

0,22%R$ 1,80

1,92%R$ 23,86

0,25%R$ 3,16

0,63%R$ 7,87 0,08%

R$ 0,950,25%

R$ 3,15

Energia elétrica

Telefone fixo Telefone celular

Pacote de telefone, TV

e Internet

Celulares e acessórios

até R$ 830,00 mais de R$ 830 a R$ 1.245

Page 35: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

34

Presidência da República (SAE/PR), a Caixa Econômica Federal e o Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apresentaram o projeto Vozes da

Classe Média. A cartilha contém dados de 2012, das diversas classes (apêndice G)

(SAE, 2012, p.20-21).

Analisando a tabela 11 no apêndice G, os dados que se destacam da classe

baixa são:

69% eram negros,

50% estavam na Região Nordeste,

75% nas áreas urbanas,

68% ou tinham ensino fundamental completo ou sem

escolaridade.

Com relação ao trabalho 74% da população tinha ocupação informal, e

atuavam nos seguintes setores que atuavam na área urbana:

14% comércio e reparação;

12% serviços domésticos; e

10% construção.

Os dados se complementam, trabalhadores da classe baixa tem pouca

formação escolar e profissional, aprenderam os ofícios na prática e atuavam em

atividades informais de baixa complexidade com grande oferta de serviços. Estes

dados foram apresentados porque determinam uma característica do grupo, em que

setores de atividade atuam.

4.3 VERIFICAÇÕES DOS TIPOS DE SERVIÇOS QUE UTILIZAM.

De acordo com os dados disponibilizados pela ANATEL (ANATEL, 2015)

com relação aos serviços de telefonia utilizados em dezembro de 2014 o Brasil

alcançou 280.731.936 acessos em operação com uma densidade de 137,9 (acessos

por 100 habitantes). Este valor está distribuído nas regiões conforme mostrado no

gráfico 14.

Com relação à tecnologia de acesso da telefonia móvel a repartição é

mostrada no gráfico 15.

Page 36: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

35

De acordo com a TELECO (2015), a forma de pagamento pelos serviços é

mostrada no gráfico 16.

Gráfico 14 – Telefonia móvel Brasil. Fonte: adaptado ANATEL, 2015.

Gráfico 15 – Tecnologia de acesso à telefonia móvel Brasil. Fonte: adaptado ANATEL, 2015.

Após observar as informações do mercado de telefonia móvel, foi feita uma

pesquisa de mercado nas lojas virtuais das 4 maiores operadoras. Elas atendem

com soluções completas para os clientes, de aparelhos a pacotes de acesso.

Constatou-se que há facilidade de aquisição e uso da telefonia por um baixo custo.

A operadora VIVO, através das revendedoras oferece o VIVO Chip pré ou

pós por R$ 10,00. Já no site da operadora há diversas opções de aparelhos. Entre

Norte7%

Nordeste25%

Centro-Oeste11%

Sudeste43%

Sul14%

GSM39%

WCDMA50%

LTE2%

Outros9%

Page 37: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

36

as escolhas de baixo custo de aquisição temos o Nokia E5-00 por R$ 179,00 ou em

12 parcelas no plano pré-pago ou grátis no plano pós-pago SmartVivo 4GB. O custo

do plano é R$ 41,90 por mês para ligação ilimitada Vivo, SMS ilimitado para

qualquer operadora e 250 MB de Internet. Outro aparelho disponível é o LG

Optimus L1 II Dual por R$ 229,00 parcelado em 12 vezes no plano pré-pago ou

grátis no plano pós-pago SmartVivo 8GB. Outro pacote de serviços disponível é o

Vivo Tudo para pré-pago. Por R$ 6,90 por semana para ligação ilimitada para celular

vivo do Brasil, SMS ilimitado para Vivo e R$ 0,05 por mensagem para outras

operadoras e Internet de 100 MB com velocidade de até 5 Mbps (VIVO, 2015).

Gráfico 16 – Forma de pagamento pelos serviços de telefonia móvel Brasil - 2014. Fonte: adaptado TELECO, 2015.

Assim, para utilizar os serviços da operadora os consumidor precisará gastar

inicialmente no mínimo R$ 42,00 com um aparelho simples e créditos ou R$ 48,60

em um smartphone simples que permite navegar na Internet mais créditos

adicionais.

A TIM oferece em suas revendedoras o Chip TIM Infinity Pré Nacional

por R$ 9,00 ou o TIM Chip Liberty por R$ 10,00 em seu site. Uma opção de aparelho

é o Nokia 208 por R$ 129,00 parcelado em 5 vezes. Já um smathphone LG Optimus

L1 II Dual pode ser comprado por 249,00 ou parcelado em 8 vezes. Um plano pós-

pago de acesso oferecido é o Liberty Controle Express por R$ 29,90. Ele oferece

chamadas locais e DDD 41 ilimitadas, um crédito de R$ 10,00, chamada para fixo

local por R$ 0,60 por chamada, Internet e torpedos ilimitados por R$ 0,75 por dia

Pré-pago76%

Pós-pago24%

Page 38: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

37

que usar, ou o plano Infinity pré por R$ 0,75 para ligações TIM local, R$ 0,70 para

ligações para fixo local e R$ 0,99 para SMS e acesso Internet 10 MB por dia que

usar (TIM, 2015).

Para utilizar este serviço, o consumidor inicialmente gastará R$ 55,70

em um aparelho simples mais os creditos, ou R$60,82 em um smartphone simples

mais os créditos para navegação.

A operadora Claro oferece através de suas revendedoras o Chip Claro por

R$10,00. Em seu site, uma opção de aparelho é Samsung Galaxy Young Plus TV

por R$ 49,00 podendo ser parcelado em 5 vezes e na parcela inclui uma franquia

por R$ 51,90 mensais, ou então um Nokia Lumia 635 por R$ 199,00 parcelado em

12 vezes e incluindo uma franquia de R$ 51,90 mensais. Os custos dos serviços são

de R$ 0,25 por chamada ilimitada para Claro em todo o Brasil, R$ 0,70 para

chamada ilimitada para fixo local, R$ 0,75 por dia que usar para torpedos e R$ 0,75

por dia que usar para 225 MB de Internet. Um plano de acesso oferecido é o Plano

Toda Hora. Ele tem tarifa única por minuto em ligações locais. Cada ligação para

fixo custa R$ 1,58, ligação de Claro para Claro por R$ 1,46 e para outras operadoras

por R$ 1,58. Outro pacote é o Claro Promo7 que por R$ 7,00 durante 7 dias permite

70 chamadas ilimitadas por dia, 70 torpedos por dia para qualquer operadora e

Internet 4GMax com 10 MB por dia. A operadora também incentiva a portabilidade

com desconto para novos clientes que aderirem (CLARO, 2015).

Então para ser cliente precisará gastar inicialmente R$ 51,90 por um

smartphone com TV com uma franquia incluída.

Na operadora Oi pode-se adquirir o chip grátis através do próprio site ou

comprar em pontos de venda por R$ 10,00. É possível a compra de aparelhos como

o LG Optimus L1 II Dual por R$ 229,00 ou em 12 parcelas, ou um LG A275 Dual

Chip por R$ 119,00 ou 11 parcelas. Por R$ 0,99 por dia que usar é possível falar 60

minutos com qualquer Oi no Brasil, 500 SMS por dia, sendo até 30 para outras

operadoras e 10 MB por dia de Internet. Outro plano ofertado é o Voz Total Controle

Ilimitado por R$ 49,90. Ele permite ligações locais ilimitada do fixo para fixo Oi e

para fixo de outras operadoras locais. Pode adicionar 3 Chip Pré e realizar ligações

ilimitadas do pré para fixo e celular Oi (OI, 2015). Para começar a utilizar este

serviço o consumidor gastará R$ 48,78, no parcelamento do aparelho e 30 dias de

crédito. Ou R$ 49,90 no pacote do fixo com mais 3 chip pré cadastrados no pacote.

Page 39: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

38

Conforme observado, as operadoras facilitam o acesso aos novos clientes. E

com promoções de recarga mantêm os clientes em sua rede.

Assim, para ter acesso ao serviço é necessário um aparelho e um chip ou

Simcard. O chip, como foi mencionado anteriormente, pode ser adquirido nas lojas

das operadoras ou revendas, em alguns casos é grátis. O aparelho que é o item de

maior custo pode ser adquirido de diversas formas. Pode ser novo, importado ou

seminovo/usado. Com o frequente lançamento de novos modelos e a convergência

de novos aparelhos da telefonia para a Internet alguns consumidores trocam de

aparelho com maior frequência. O aparelho antigo, que está em condições normais

para continuar a ser usado, pode ser repassado a outro consumidor seja para

substituir um aparelho com defeito ou roubado, seja para atender uma necessidade

de um novo consumidor. Desta maneira é possível observar que não é necessário

um grande investimento para ter acesso aos serviços. Pode ocorrer também que

grupos (de familiares, amigos ou até com algum interesse comercial) utilizem a

mesma operadora quando esta oferece ligações ilimitadas para telefones da mesma

rede. Ou possuam mais de um chip para aproveitar ofertas que as operadoras

promovem (ESTADÃO, 2014). Existe também a possibilidade de portabilidade do

número, dentro da mesma área de DDD, para outra operadora que atenda a

demanda do cliente.

Conforme citado por Leandro Prearo da USCS (Universidade Municipal de

São Caetano) “hoje, as famílias de renda mais baixa têm o celular como telefone de

casa já que, mesmo sem créditos, dá para receber ligações". Segundo ele essa

característica, apelidada pelas pessoas de celular ‘pai-de-santo' (aquele que só

recebe), mesmo quem está no limite da baixa renda pode se manter encontrável por

meio telefônico (CIAFFONE, 2013).

Para atender as metas para a universalização dos serviços de

telecomunicações, o Acesso Individual Classe Especial foi implantado. Também

chamado de telefone popular, em dezembro de 2013, tinha 116,1 mil assinantes no

Brasil (ANATEL, 2014, p.23). Esse número está distribuído no gráfico 17 conforme

os estados.

Convém observar que “outros” correspondem a 18 estados mais o DF.

Page 40: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

39

Gráfico 17 – Distribuição do telefone popular. Fonte: Relatório ANATEL 2013.

Conforme dados disponíveis pela PNAD (IBGE, 2013, p.47), o percentual de

pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal na população de 10

anos ou mais de idade, com rendimento de até 2 salários mínimos (apêndice H) é

mostrado no gráfico 18.

Gráfico 18 – Posse de telefone celular conforme a renda. Fonte: adaptado PNAD, 2013.

Com relação à utilização da Internet, o percentual de pessoas que utilizam a

Internet, no período de referencia dos últimos três meses, na população de 10 anos

ou mais de idade, com rendimento de até 2 salários mínimos (Apêndice H) é

mostrada no gráfico 19.

São Paulo; 23,08%

Bahia; 14,57%

Rio de Janeiro; 12,38%

Minas Gerais; 9,70%

Ceará; 7,16%

Pernambuco; 6,71%

Paraná; 3,83%

Goiás; 3,78%

Outros; 18,79%

41%

55,40%65,30%

77,20%

sem rendimento a 1/4 salários

mínimos

mais de 1/4 a 1/2 salários mínimos

mais de 1/2 a 1 salários mínimos

de 1 a 2 salários mínimos

Page 41: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

40

Gráfico 19 – Utilização da Internet conforme a renda. Fonte: adaptado PNAD, 2013.

A pesquisa determina também o percentual de pessoas que tinham telefone

móvel celular para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade, ocupada

na semana de referência, segundo os grupamentos de atividade do trabalho

(Apêndice H). O gráfico 20 apresenta os valores.

Gráfico 20 – Utilização do telefone móvel celular segundo o grupamento de

atividade do trabalho. Fonte: adaptado PNAD, 2013.

Estes grupos são os mesmos que foram listados pela Cartilha Vozes da

Classe Média para a classe baixa segundo setor de ocupação e apresentados no

item 4.2 deste trabalho.

21,40%

30,30%

39,50%

52,90%

sem rendimento a 1/4 salários

mínimos

mais de 1/4 a 1/2 salários mínimos

mais de 1/2 a 1 salários mínimos

de 1 a 2 salários mínimos

30,30%38,40%

54,70%

76,50% 76,10%86,80%

Serviços domésticos Construção Comércio e reparação

2005 2011

Page 42: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

41

O CETIC.br – Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da

Comunicação realizou a pesquisa TIC Domicílios 2013 - Pesquisa sobre o Uso das

Tecnologias de Informação e Comunicação no Brasil. O objetivo era medir o acesso

e os usos da população brasileira em relação às tecnologias de informação e

comunicação e sua abrangência nacional (CETIC.BR, 2013). Conforme a figura 2,

69% da população da classe D/E utilizavam telefone celular em 2013, e 11% da

população da classe DE utilizavam também a Internet por meio do celular conforme

figura 3.

Figura 2 - Proporção de indivíduos que usaram telefone celular nos últimos 3

meses (Percentual sobre o total da população). Fonte: CETIC.br, 2013, p.10.

Figura 3 - Proporção de indivíduos que usaram a Internet no telefone celular nos

últimos três meses (Percentual sobre o total da população). Fonte: CETIC.br, 2013, p.11.

A pesquisa indicou que 8% da classe D/E possuíam acesso a Internet no

domicilio, mostrada na figura 4, e 17% eram usuários de Internet, conforme figura 5.

Page 43: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

42

Figura 4 - Proporção de domicílios com acesso à Internet

(Percentual sobre o total de domicílios). Fonte: CETIC.br, 2013, p.6..

Figura 5 - Proporção de usuários de Internet (Percentual sobre

o total da população). Fonte: CETIC.br, 2013, p.8.

Outra fonte de dados encontrada foi um estudo sobre o consumo e

comportamento dos internautas brasileiros nas Redes Sociais, realizado em 2010

pelo IBOPE MÍDIA, com o título “Many-to-many: o fenômeno das redes sociais no

Brasil.” (IBOPE MÍDIA, 2010). Foram ouvidas 8.561 pessoas com mais de 10 anos

em 11 regiões metropolitanas do País, o que significava uma representatividade de

mais de 25 milhões de usuários de redes sociais. (IBOPE, 2010).

Segundo o estudo as redes sociais tiveram papel importante como a porta

de entrada das classes C e DE na Internet conforme figura 6.

Page 44: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

43

Figura 6 – Adesão – Redes Sociais. Fonte: IBOPE Mídia, 2010, p.18.

Pela facilidade que os adolescentes e jovens têm de manipular os novos

aparelho e programas, o aprendizado de como usar passa de filho para pai.

Também é uma nova maneira de relacionar-se com os filhos utilizando o ambiente

virtual conforme a figura 7.

As redes sociais são os impulsionadores de expansão do acesso à

Internet. Em 5 anos o número de pessoas da classe DE que tinha celular com

acesso à Internet dobrou, e segundo o estudo havia o desejo de 56% do restante do

grupo em participar de alguma rede social conforme mostrado na figura 8.

O uso do aparelho celular proporcionou mobilidade ao usuário e

ubiquidade, que é estar presente ao mesmo tempo em todos os lugares através das

redes sociais. (MICHAELIS, 2014). De acordo com a figura 9 a classe DE dobrou a

proporção de usuários com telefone celular com acesso à Internet de 2005 a 2010.

Foi observado que o acesso à Internet era feito em casa pela maioria dos

entrevistados. Para a classe DE 29% tinham alguma conexão em casa com a

Internet conforme figura 10.

Page 45: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

44

Figura 7 – Comportamento digital – Redes Sociais. Fonte: IBOPE Mídia, 2010, p.23.

Figura 8 – Intenção de participação – Redes Sociais. Fonte: IBOPE Mídia, 2010, p.24.

Entre os principais motivos de acesso a Internet para a classe DE ver fotos e textos dos amigos representava 39% de acordo com a figura 11.

Page 46: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

45

Figura 9 – Posse de celular com acesso à Internet – Redes Sociais. Fonte: IBOPE Mídia, 2010, p.26.

Figura 10 – Acesso à rede – Redes Sociais. Fonte: IBOPE Mídia, 2010, p.30.

Page 47: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

46

Figura 11 – Motivos de acesso à rede – Redes Sociais. Fonte: IBOPE Mídia, 2010, p.38.

As redes sociais são ambientes democráticos, todos podem participar de

todas as maneiras. A maioria assiste/visualiza e alguns compartilham. Há os que

avaliam/comentam/participam. Têm os “artistas” e os que fazem filmagem e

publicam. E também os curadores que editam/moderam/influenciam. O grande

interesse da Classe DE na rede social é para compartilhamento (90%), conforme

figura 12. Mas há casos de vídeos postados que tiveram imensa visualização pelos

internautas.

Outra fonte de informação encontrada foi o artigo “O aumento no acesso à

Internet por jovens da base da pirâmide no Brasil e suas particularidades”. Ele

apresenta dados de uma pesquisa on-line, realizada em 2012 com 142 participantes,

que compara o comportamento entre consumidores jovens, de até 24 anos das

classes C, D e E, com o comportamento da população on-line brasileira em sua

totalidade (FREITAS; CARVALHO, 2012).

Page 48: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

47

Figura 12 – Comportamento tecnológico – Redes Sociais. Fonte: IBOPE Mídia, 2010, p.49.

De acordo com o gráfico 21, os dados salientes são: 40,6% dos

entrevistados eram das classes D e E; as redes sociais, os emails e os serviços de

buscas são os mais acessados mostrados no gráfico 22; e que o celular é a segunda

opção de acesso à Internet para todos os grupos pesquisados. O celular possibilitou

o uso da Internet com mobilidade.

,

Gráfico 21 – Segmentação consolidada por classe social: universo total. Fonte: Freitas; Carvalho, 2012, p.143.

Classe A ; 40,60%

Classe B; 9,77%

Classe C; 44,36%

Classe D e E; 5,26%

Page 49: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

48

Gráfico 22 – Categoria de serviços online considerados como essenciais para o universo total e o grupo jovens de classe C, D e E.

Fonte: Freitas; Carvalho, 2012, p.145.

Analisando os dados do gráfico observa-se que as redes sociais, os blogs,

entretenimento, referencias de conhecimento e sites de tecnologias são

considerados essenciais para os jovens de classe C, D e E. Mesmo sendo uma

pequena amostra da população jovem, 57 pessoas no ano de 2012, serve como

ponto de partida para novas pesquisas.

Mais outra pesquisa on-line encontrada foi a realizada pelo site Conectai, no

período de 2 a 9 de julho de 2014, com a amostra de 1513 participantes entre 15 a

32 anos, de ambos os sexos e de todas as regiões do país. A pesquisa concluiu

que: 96% dos entrevistados usam Internet diariamente; só 1% usa Internet menos

de 1 vez por semana. O que também foi observado é que não há diferenças entre

classes A-B-C, e internautas da classe D já demonstram frequência quase igual

(CONECTAÍ BRASIL, 2014).

Os aplicativos mais utilizados em celulares são: Facebook, Email, Youtube e

WhatsApp conforme figura 13 e a frequência de utilização é mostrada na figura 14

Page 50: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

49

com 87% das pessoas acessam diariamente o Whatsapp e 89% acessam o

Facebook.

Figura 13 – Aplicativo de comunicação utilizado em celulares. Fonte: Conectai Brasil, 2014, p.20.

Figura 14 – Frequência de utilização de APP. Fonte: Conectai Brasil, 2014, p.23.

Page 51: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

50

Entre os aplicativos mencionados temos redes sociais (Facebook, Youtube,

Instagram, Twitter), mensagens (E-mail, WhatsApp) e comunicação (Skype).

O Facebook é uma rede social que os usuários podem compartilhar fotos e

vídeos, conversar com amigos, publicar o que estão fazendo, curtir e comentar as

postagens de outros usuários, jogar, criar eventos de diversão, grupos acadêmicos

ou empresariais, entre outros (TECHTUDO, 2014a).

O WhatsApp é um aplicativo que permite enviar mensagens de textos,

imagens, vídeos e outros arquivos para usuários que também tenham o programa

instalado no smartphone ou tablet - usando a Internet, via Wi-Fi, 3G ou 4G. Ele é

compatível com os principais sistemas operacionais do mercado (TECHTUDO,

2014c).

O Skype é um software que permite comunicação pela Internet através de

conexões de voz e vídeo. É o substituto do MSN. Tornou-se um serviço popular

gratuito para comunicações de longa distância nacional e internacional

(TECHTUDO, 2014b).

Portanto, observa-se que o telefone popular teve uma boa aceitação nos

Estado de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, representando 50% do total. Nos

demais Estados a adesão não foi importante. Porém, segundo o PNAD (IBGE, 2011)

a posse de celular pela população de baixa renda tem uma adesão maior que a

telefonia fixa. O interesse se estende para acesso a Internet. Ele é utilizado por

76,5% dos trabalhadores em serviços domésticos, por 76,1% dos trabalhadores da

construção e 86,8% dos trabalhadores do comércio e reparação. Segundo a cartilha

Vozes da Classe Média, ¾ dos trabalhadores de baixa renda trabalham

informalmente nestes setores de atividade e o telefone celular tornou-se uma

ferramenta de trabalho para eles segundo Adriana Araújo Beringuy economista do

IBGE (ESTADÃO, 2013).

A facilidade de adquirir um aparelho e um chip de acesso, a mobilidade e a

ubiguidade parece atender as necessidades da população de baixa renda é

comprovado com os resultados do CETIC.br que 69% da população da classe D e E

utilizavam telefone celular e 11% utilizavam também a Internet por meio do celular.

Com relação à Internet, 8% possuíam acesso a Internet no domicilio e 17% eram

usuários de Internet.

E o estudo IBOPE MÍDIA, confirma o interesse e a participação da classe DE

em redes sociais, aplicativos de comunicação e troca de mensagens. Estes serviços

Page 52: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

51

são de acesso gratuito e podem ser feitos de várias maneiras, pagas ou não, como:

Wi-Fi, 3G, 4G, banda larga, cable modem, Hotspots (Wi-Fi) públicos, telecentros,

entre outros.

4.4 VERIFICAÇÕES DOS INCENTIVOS / BENEFÍCIOS QUE O GOVERNO

CONCEDE PARA BAIXA RENDA

O governo brasileiro buscando a integração dos cidadãos na sociedade, no

mercado consumidor e no mercado de trabalho formula políticas públicas de

inclusão. As políticas públicas são compostas de planos, programas, ações e

atividades. Um exemplo é o Plano Brasil Sem Miséria, que tem como foco de

atuação os milhões de brasileiros com renda familiar per capita inferior a R$ 77,00

mensais e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos

serviços públicos segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome - MDS (MDS, 2014).

O acesso é através do cadastro único, que é um banco de dados criado pelo

Governo Federal. O cadastro único disponibiliza informações sobre renda, tipo de

moradia, escolaridade, idade, e outros. Ele deve ser atualizado a cada dois anos ou

sempre que houver uma mudança na situação da família. Podem ser cadastradas as

famílias de baixa renda que ganham até meio salário mínimo mensal por pessoa; e

também as que ganham até 3 salários mínimos de renda total por mês. Ele

proporciona acesso aos programas como o Bolsa Família e a Tarifa Social de

Energia Elétrica entre outros para baixa renda e programa de habitação popular e

telefone popular para renda de até 3 salários (GUIA DE SERVIÇOS PÚBLICOS,

2014).

Conforme a legislação que define e regula, “os serviços de

telecomunicações é de competência da União explorar ou mediante concessão

permitir a particular prestar este serviço” (art. 21, XI – CF 1988). Ele é considerado

um serviço público. Então segundo a Lei n° 9472 de 1997 (LGT) no artigo 2º é dever

do poder público:

Page 53: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

52

“I - garantir, a toda a população, o acesso às telecomunicações, a tarifas e preços razoáveis, em condições adequadas; II - estimular a expansão do uso de redes e serviços de telecomunicações pelos serviços de interesse público em benefício da população brasileira; [...] VI - criar condições para que o desenvolvimento do setor seja harmônico com as metas de desenvolvimento social do País” (BRASIL, 2014d).

Conforme o inciso I a toda a população ”grifo da autora” deve ser garantido o

acesso às telecomunicações em condições adequadas e compatível com as metas

de desenvolvimento social do país. A solução criada pelo governo para cumprir este

dever e promover a inclusão social foi o Telefone Popular ou AICE. A resolução nº

586, de 5 de abril de 2012 da ANATEL define no artigo 2º:

“I - Acesso Individual Classe Especial - AICE é aquele ofertado exclusivamente a Assinante de Baixa Renda que tem por finalidade a progressiva universalização do acesso individualizado do STFC por meio de condições específicas para sua oferta, utilização, aplicação de tarifas, forma de pagamento, tratamento de chamadas, qualidade e sua função social; II - Assinante de Baixa Renda é o responsável pela unidade domiciliar inscrito no Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal, criado pelo Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007, ou outro que o suceda” (BRASIL, 2014b).

De acordo com informações da ANATEL, o Aice possui as mesmas

características técnicas do telefone fixo convencional, porém com assinatura

reduzida e facilidades de pagamento do valor da habilitação. Sua assinatura mensal

possui uma tarifa reduzida entre R$ 13,00 e R$ 15,00 com impostos. Esta variação

depende do valor do imposto de cada estado e da região de prestação da

Concessionária.

O Telefone Popular tem uma franquia mensal, não cumulativa, de 90

minutos para realizar chamadas locais para outros telefones fixos. Para realizar

ligações locais acima da franquia de 90 minutos, chamadas para telefones celulares,

chamadas de longa distância nacional e internacional é necessário inserir créditos

ao Telefone Popular. Assim o serviço permite maior controle de gastos, uma vez que

o consumo que ultrapasse a franquia é efetuado mediante a compra de créditos.

O serviço também permite o acesso à Internet discada, desde que o

provedor de Internet seja local. Caso ultrapasse a franquia de 90 minutos será

necessário a inserção de crédito para os minutos excedentes.

Ele está sujeito à mesma modulação horária existente no Plano Básico do

serviço de telefonia fixa, ou seja, da 0 hora até às 6 horas da manhã, de segunda a

Page 54: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

53

sexta-feira e sábado a partir das 14 horas até domingo à meia-noite, o valor da

chamada local equivale à tarifa do Valor de Chamada Atendida (VCA),

aproximadamente o custo de 2 minutos de ligação local, inclusive nos acessos

discados a provedores de Internet (ANATEL, 2014a).

Outro programa que o governo promove é a difusão do uso da banda larga.

O objetivo é facilitar o acesso da população aos serviços do governo eletrônico,

conectar as escolas publica e universidades e promover a inclusão digital dos

brasileiros.

As escolas públicas de ensino fundamental e médio são ou estão sendo

conectadas ao Projeto Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas. Isso foi possível

através de parcerias com as empresas Telefônicas Oi, CTBC e Sercomtel que

firmaram com a ANATEL aditivo aos termos de autorização para a prestação do

Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). No final de 2013 havia 61,6 mil

instituições de ensino conectadas. Conforme as regras a conexão deverá ser

mantidas até 2025 de forma gratuita (ANATEL, 2014b).

Com essa ação o governo atende ao Decreto nº 7.175, de 12 de maio de

2010, que instituiu o Programa Nacional de Banda Larga – PNBL. De acordo com o

artigo 1º O objetivo do programa é:

“fomentar e difundir o uso e o fornecimento de bens e serviços de tecnologias de informação e comunicação, de modo a: I - massificar o acesso a serviços de conexão à Internet em banda larga; II - acelerar o desenvolvimento econômico e social; III - promover a inclusão digital; IV - reduzir as desigualdades social e regional; V - promover a geração de emprego e renda; VI - ampliar os serviços de Governo Eletrônico e facilitar aos cidadãos o uso dos serviços do Estado; VII - promover a capacitação da população para o uso das tecnologias de informação; e VIII - aumentar a autonomia tecnológica e a competitividade brasileiras” (Brasil, 2014c).

O foco do programa são as crianças porque elas têm facilidade de interagir

com novas tecnologias. As crianças têm acesso à Internet e isso passa a fazer parte

de sua vida. É a geração Z que já nasceu on-line. Elas “nunca conceberam o planeta

sem computador, chats, telefone celular”. “Sua maneira de pensar foi influenciada

desde o berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou.” Também

Page 55: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

54

possui o conceito do mundo desapegado das fronteiras geográficas, convivem com

um excesso de informações e buscam adaptar-se aos novos tempos (VEJA, 2001).

Com a experiência adquirida as crianças tornam-se para a família um

instrumento de propagação de conhecimento. Isso é facilitado com o Programa

Comunidade Escola. As Escolas, nos finais de semana, abrem as portas para

comunidade utilizar a infraestrutura escolar. A missão do Programa é transformar as

escolas municipais em centro irradiador da vida da comunidade com educação,

promoção do empreendedorismo, atividades culturais, atividades relacionadas à

saúde e de esporte e lazer (COMUNIDADE ESCOLA, 2014).

Outros benefícios concedido pelo governo são a “Lei da Informática” – Lei n°

8248 de 1991 - em vigor até 2029 e a “Lei do Bem” – Lei n° 11196 de 2005 - em

vigor até 2017. Aparelhos como computadores e notebooks, tablets, modems,

smartphones e roteadores digitais tem isenção de alguns impostos para estimular a

produção e consumo. Este programa de inclusão digital pretende alcançar a relação

de um computador para cada habitante no Brasil até 2017. A quantidade de

computadores em uso é de 140 milhões de unidades. Já os telefones celulares, há

271,1 milhões de unidades instaladas, uma média de 1,35 aparelhos por habitante

(BRASIL, 2014d) (BRASIL, 2014e).

Os efeitos destas políticas públicas para todo o conjunto da economia são

inestimáveis, tanto para os consumidores quanto para os produtores e também para

o governo. A formalização do mercado de trabalho do setor passou de 30% para

78% no período (PORTAL BRASIL, 2014a).

No período de janeiro a maio de 2014, a proporção de vendas de aparelho

celulares foi de 3 smartphones para 1 de aparelho tradicional. Houve um aumento

de 71% em relação a 2013. Os smartphones são aparelhos inteligentes e

possibilitam conexões 3G e 4G. O mercado de celulares convencionais está em

queda, em cerca de 41% se considerado o ano (TELETIME, 2014d).

Podemos constatar com os exemplos citados que existem ações por parte

do governo que incentivam e beneficiam toda a população. Mas o telefone popular e

o programa de banda larga nas escolas publicas atende diretamente população de

baixa renda. A redução de impostos dos produtos eletrônicos e a possibilidade de

parcelamento facilitam a aquisição dos dispositivos inteligentes de acesso 3G ou 4G.

Page 56: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

55

4.5 COMPARAÇÕES ENTRE OS BENEFICIÁRIOS DE PROGRAMAS SOCIAIS E O

CONSUMO DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICALÇÕES E DE QUE MANEIRA

OCORRE A INCLUSÃO SOCIAL

Inclusão social é um termo amplo, utilizado ao fazer referência à inserção

de pessoas com algum tipo de deficiência às escolas de ensino regular e ao

mercado de trabalho, ou ainda a pessoas consideradas excluídas, que não tem as

mesmas oportunidades dentro da sociedade, por motivos como: condições

socioeconômicas; gênero; raça; falta de acesso a tecnologias (exclusão digital). A

inclusão social é efetivada por meio de políticas públicas (PACIEVITCH, 2014).

Mota (2007 apud SASSAKI, 1997) define inclusão como a modificação da

sociedade para que as pessoas possam buscar seu desenvolvimento e exercício da

cidadania. Ou seja, todas as pessoas usufruindo dos mesmos benefícios da vida em

sociedade.

Para a WIKIPÉDIA (2014a) inclusão social “é oferecer aos mais

necessitados oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que

beneficie a todos.” Para que isso ocorra “é necessário combater pobreza, a exclusão

social e a desigualdade social”.

De acordo com BARROS (2014), a inclusão não deve ser vista somente em

igualar a renda, deve oferecer as mesmas oportunidades aos idosos, aos negros e

aos portadores de deficiências físicas.

A Organização Internacional do Trabalho - OIT, e o Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento – PNUD consideram a pobreza como uma forma de

exclusão social. Na Cúpula do Milênio, em 2000, 191 países se comprometeram em

reduzir as desigualdade e a pobreza, e de melhoria das condições de vida da

população até 2015 (MC, 2010).

Em 2003 foi realizada a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação

(WSIS– World Summit on the Information Society) que traçou metas relativas às

tecnologias da informação e de comunicação pretendendo estender a Internet a

todas as localidades do mundo até 2015.

“São metas da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação: conectar todas as localidades, todas as instituições de ensino, todas as instituições de pesquisa científica, todos os museus e bibliotecas

Page 57: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

56

públicas, todos os hospitais e centros de saúde, assim como as instituições em todos os níveis de governo. Adicionalmente, visa adaptar os currículos escolares para enfrentar os desafios da sociedade da informação, assegurar que todos tenham acesso à televisão e ao rádio, e garantir que mais da metade da população mundial tenha acesso às TIC até 2015.”

Pode-se observar que o termo “inclusão social” já era mencionado no século

passado. Porém só passou a ser preocupação da sociedade e dos governos mais

recentemente. Vivemos em uma economia do conhecimento e o acesso a Internet

em banda larga é visto como essencial para o desenvolvimento e competitividade

das nações pelo PNUD. O acesso à Internet além de dinamizar a economia traz

benefício sociais. No apêndice I pode-se observar que nos últimos anos a população

de baixa renda que acessa a Internet está aumentando. Também é observado, no

apêndice J, a utilização do telefone celular por trabalhadores em atividades menos

remuneradas.

O Brasil tem vários programas e ações que promove a inclusão social

utilizando de forma direta ou indireta os serviços de telecomunicações. Eles são

realizados por governos, empresas e associações, entre outros parceiros. A seguir

são apresentados alguns exemplos.

O telefone popular, que é uma ação do Governo Federal, atendia 116,1 mil

usuários no final de 2013. De janeiro a dezembro houve um aumento de 88,4%. A

maior concentração da distribuição dos usuários de telefones populares no Brasil

está em São Paulo, Bahia e Rio de janeiro correspondendo a 50%. No restante dos

outros Estados o número é inferior a 10% em cada, conforme Relatório Anual 2013

(ANATEL, 2014, p.21).

Uma ação da Secretaria de Cultura do Estado de Mato Grosso proporcionou

acesso a Internet à maioria das aldeias indígenas. São 33 povos com acesso à

Internet via cabo, satélite ou rádio. “O acesso à tecnologia é uma necessidade

indígena no mundo atual, incluindo Internet, celular, televisão, máquina fotográfica,

filmadora e tudo mais que surgir de novidade”. (WERNECK, 2014). Segundo o

indígena Edivaldo Lourival Manpuche, de 27 anos, pelo orelhão da aldeia Kravari, a

Internet é usada por professores e “muitos jovens também têm Facebook, mas o

pessoal de 30 a 40 anos também curte”. A Secretaria de Estado de Educação

(Seduc), atendendo à solicitação dos próprios indígenas, também inseriu a Internet

em 42 escolas estaduais localizadas em aldeias.

Page 58: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

57

Os trabalhadores rurais de mais de 20 assentamentos na Paraíba

receberam ajuda da Associação Nacional para Inclusão Digital (ANID) para

instalação de telecentros que possibilita o fortalecimento da inclusão digital nas

comunidades rurais. A partir do projeto de Letramento Digital, cada comunidade

recebe Internet em banda larga (wi-fi) e também tem linhas de Voip para fazer

ligações telefônicas sem custo (PESSOA, 2013).

Quilombolas e assentamentos da Paraíba participam do Programa Estações

de Inclusão Digital, resultado de uma parceria entre o SEBRAE, o Ministério do

Desenvolvimento Agrário e o Ministério das Comunicações (PORTAL BRASIL,

2012). O objetivo do programa é proporcionar acesso a computadores com Internet

e curso de informática para se conectar a Internet. Serão beneficiadas 23

comunidades, cada uma com 10 computadores, além da capacitação.

O Programa Minha casa minha vida (PMCMV) é um programa social do

governo federal. Ele foi criado para financiar moradia para população de baixa renda

urbana e rural. As construções para poderem participar do programa tem que

atender alguns requisitos de acordo com a Lei n° 11.977/2009 no artigo 5º:

“III - infraestrutura básica que inclua vias de acesso, iluminação pública e solução de esgotamento sanitário e de drenagem de águas pluviais e permita ligações domiciliares de abastecimento de água e energia elétrica; IV - a existência ou compromisso do poder público local de instalação ou de ampliação dos equipamentos e serviços relacionados a educação, saúde, lazer e transporte público” (BRASIL, 2014f).

Conforme pode ser observado, os serviços de telecomunicações não foram

incluídos. No entanto, devem estar disponíveis para a população e para apoio dos

serviços de educação e saúde principalmente.

Outro programa social de inclusão do governo é Pronatec Brasil Sem

Miséria. Uma parceria do Ministério da Educação (MEC) com o Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) promove a qualificação

profissional e o acesso ao mercado de trabalho de pessoas de baixa renda. O

objetivo do programa é expandir, interiorizar e democratizar a educação profissional

e tecnológica. Em todo o Brasil, já são mais de 1,1 milhão de matrículas, em 570

cursos oferecidos (MEC, 2014a).

As pessoas que participam do programa conseguem uma colocação no

mercado de trabalho. Pode ser um emprego formal ou informal. Também pode ter

seu próprio negócio e se tornar micro empreendedor individual. Segundo o Portal do

Page 59: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

58

Empreendedor (2014), as atividades de vendedores de roupas, cabeleireiros e

pedreiros correspondem juntas a 22% do total de pessoas que optaram pelo

caminho da formalização. As famílias aumentando a renda deixam de ser

beneficiadas pelos programas sociais de baixa renda. Este é outro programa que

utiliza as telecomunicações para alavancar os negócios, seja através do telefone ou

da Internet.

Outros benefícios concedidos a população de baixa renda são as cotas em

universidade públicas, o Programa Nacional de Bolsa Permanência (que atende

também a estudantes indígenas e quilombolas), o Fundo de Financiamento

Estudantil (Fies) e Programa Universidade para Todos (ProUni) com bolsas para o

exterior. O objetivo é promover a inclusão do jovem de baixa renda ao ensino

superior (PORTAL BRASIL, 2013) (MEC, 2014b). Neste caso o papel das

telecomunicações é de proporcionar acesso a informações acadêmicas ou de

mercado aos estudantes auxiliando a geração de novos conhecimentos e a troca de

informação gerada.

Esta geração e intercambio de informação é importante também para o País.

Ele pode ajudar a melhorar o prestigio internacional das universidades brasileiras

que ficaram fora da lista das 200 melhores do mundo em 2014 segundo o ranking

global de universidades da THE (Times Higher Education). A USP esta classificada

entre as posições 202 a 225. Uma das justificativas para as universidades brasileiras

não estarem em melhor posição é a falta de pesquisas em colaboração com

parceiros internacionais (GASPARINI, 2014).

Compartilhar conhecimento foi o principal motivo do surgimento do World

Wide Web (WWW). O CERN - Organização Europeia para a Investigação Nuclear -

necessitava compartilhar informações, noticias e documentos com outros físicos e o

desenvolveu. Os primeiros a adotar a WWW foram os departamentos de pesquisas

das universidades e laboratórios de física (WIKIPEDIA, 2014b). Esta necessidade de

conexão também é verificada nos jovens universitários americanos, “73% dos jovens

não conseguem estudar sem tecnologia” (CLOUD EAD, 2014). Eles estão sempre

conectados, são nativos digitais e transferem parte de si para ambientes virtuais.

Este comportamento está sendo chamado de cibridismo que é a expansão do nosso

cérebro para o ambiente virtual. Isto também ocorre no Brasil, confirmado pelo

número usuários conectados em redes sociais.

Page 60: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

59

A inclusão social ocorre de várias maneiras no país. Os principais

beneficiários são as famílias de baixa renda cadastradas no cadastro único. Os

programas sociais atendem a população indígena, aos assentamentos da reforma

agrária, as comunidade quilombolas, os estudantes em cursos de nível superior e os

trabalhadores que precisam de cursos de qualificação profissional.

Todos os programas citados geram demanda de serviços de

telecomunicações. Não é uma demanda por serviços de ultima geração, ao

contrário, os atuais serviços disponíveis são suficientes para atender a demanda e

através de pacotes de serviços promocionais a população tem facilidade de acesso.

Ou então podem acessar através de hotspots públicos.

4.6 IDENTIFICANDO DE NOVOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES QUE A CLASSE D E E DESEJAM NOS PRÓXIMOS 5 ANOS.

Os avanços tecnológicos permitem novos serviços que às vezes foram

concebidos para um uso ou finalidade acabem tendo outro uso ou sendo ignorados

pelo consumidor. O mundo está conectado 24 horas por dia. As coisas estão sendo

conectadas pela Internet. Estamos nos tornando seres cíbridos, expandindo o

cérebro para o ambiente virtual.

A revolução da informação provocou alteração no comportamento das

pessoas por todo o mundo. As redes sociais proporcionam as pessoas conhecer

outras realidades e questionar as suas realidades. A Primavera Árabe foi um

conjunto de manifestações realizadas com o objetivo de questionar os regimes

autoritários, ditatoriais e centralizadores que ocorrem em diversos países do mundo

árabe (BLINDER, 2014). E as redes sociais divulgavam no mesmo instante os fatos

que ocorriam. O Brasil também utilizou as redes sociais nos protestos, de junho de

2013, “o gigante acordou” e “vem para a rua”. As passeatas eram marcadas nas

redes sociais que se tornou uma rede de mobilização civil no Brasil (VEJA, 2013).

Depois os jovens também começaram a marcar os “rolezinhos”, que era uma forma

de protestar por espaços públicos para eles (ZYLBERKAN, 2014).

Page 61: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

60

A Internet é um meio de propagação de hoax, que são boatos ou falsas

estórias (VIMERCATE, 2013), que no Brasil causou tumulto na população com o

anuncio do fim do pagamento do Programa Bolsa Família em 2013 (G1, 2013).

Ela também nos propicia imagens quase instantâneas de desastres. Sabemos o que

acontece durante um tsumani pelas imagens divulgadas e compartilhadas na

Internet, do que ocorreu na Tailândia em 2004 e no Japão em 2011 (G1, 2011).

Durante a campanha eleitoral de 2014, a Presidente do Brasil disse que

trabalhará para o país ter banda larga de qualidade com padrão da Coréia do Sul

(velocidade de navegação de 50 Mbps). Em 2015 será elaborado o PNBL 2015-

2020 e o marco regulatório do setor (QUEIROZ, 2014). O PNBL terá novos

investimentos com parcerias público-privadas e novas metas. As alternativas

poderão ainda incluir a troca de metas da telefonia fixa das concessões por

investimento em banda larga (DIAS, 2014a). É a oportunidade de toda a sociedade

participar da discussão das metas para o plano através da consulta pública.

Outro projeto que o governo pretende implantar é o Banda Larga para

Todos. O objetivo é levar mais infraestrutura de fibra para municípios afastados.

Segundo Ministro das Comunicações, 47% das cidades brasileiras têm rede ótica

chegando ao município, e a meta é chegar a 90%, ou “todos onde forem viáveis”

(TELETIME, 2014b).

Contrário às expectativas iniciais, o telefone popular não teve ampla

aceitação tanto da população quanto das concessionárias. Uma das explicações é

que a população não percebe o valor da telefonia parada ou então que o pacote de

serviços tem limitação de uso. Até o Ministro das Comunicações tem a mesma

percepção, quando afirmou: “quem fica parado é poste” (AQUINO, 2014).

Ainda sobre banda larga móvel, a previsão do serviço 4G para o final de

2014 não se concretizou. Mas para os próximos 4 anos espera-se que o 4G seja

predominante, acompanhado pelo 3G que terá uma demanda menor e a qualidade

melhor (TELETIME, 2014c). O crescimento do LTE nos 12 meses de 2014 foi de

413,55% em relação ao ano anterior (ANATEL, 2015).

Em 2014, o Brasil sediou a Copa do Mundo da FIFA. Ela ficou conhecida

como Copa das Mídias Sociais ou a Copa das “Selfies”. A demanda de serviço foi:

envio de em média 8 mil fotos por minuto no período de maior tráfego de dados,

considerando o que foi enviado pelas redes de telefonia móvel e Wi-Fi instaladas

Page 62: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

61

pelas prestadoras nos estádios; e 3,3 milhões de ligações telefônicas durante o

período.

Para atender a demanda de transmissão dos jogos, a Telebrás implantou um

“anel óptico” de 15.280 km de extensão com equipamentos de última geração

desenvolvidos no Brasil, para a transmissão de imagens dos jogos em alta definição

(HDTV – vídeo e áudio) entre as arenas e o Centro Internacional de Coordenação de

Transmissão (IBCC) no Rio de Janeiro. Essa infraestrutura ficou como legado após a

Copa, ampliando a oferta do serviço de Internet rápida no País e garantindo o

fornecimento de serviços para regiões onde a disponibilidade era limitada, como o

Norte do País.

Foram instaladas 4.738 antenas nos estádios. Também houve uma parceria

entre as operadoras na implantação de infraestrutura de telefonia móvel e de banda

larga. Embora não existisse obrigatoriedade de fornecimento do serviço Wi-Fi dentro

ou fora dos estádios, houve um acordo para a instalação do serviço da Internet sem

fio para desafogar as redes 3G, permitindo um melhor serviço aos usuários na

transmissão de dados. As operadoras disponibilizam cerca de 120 mil pontos de Wi-

Fi nas 12 cidades (PORTAL BRASIL, 2014b). Segundo o diretor de Operação

Centralizada da Oi, José Claudio Gonçalves, a rede foi dimensionada e suportou o

volume de tráfego, estando sempre disponível. Havia jornalistas com 3 devices (1

laptop, 1 smartphone e 1 tablet) funcionando em multiconexão. (TELETIME, 2014a).

O volume de dados foi 3 vezes maior que o da copa da África do Sul, cerca de 74

TB que equivale a 80 milhões de fotos normais ou cerca de 20 milhões de fotos em

alta resolução (TELETIME, 2014e).

O Brasil sancionou a Lei n° 12.965, de 23 de abril de 2014, que ficou

conhecida como o Marco Civil da Internet (BRASIL, 2014g). Ela estabelece a

proteção à privacidade dos usuários; faz com que haja liberdade de expressão e a

retirada de conteúdo do ar; e garante a neutralidade da rede. Isso significa que os

provedores de acesso devem tratar todos os dados que circulam na Internet da

mesma forma, sem distinção por conteúdo, origem, destino ou serviço.

Segundo a Lei, o acesso à Internet é essencial ao exercício da cidadania.

Por isso ela instituiu diretrizes de atuação do poder publico no desenvolvimento da

Internet no Brasil. Algumas diretrizes são: desenvolvimento de ações e programas

de capacitação para uso da Internet; promoção da cultura e da cidadania; e

prestação de serviços públicos de atendimento ao cidadão de forma integrada,

Page 63: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

62

eficiente, simplificada e por múltiplos canais de acesso, inclusive remotos. Determina

também que as aplicações de Internet de entes do poder público devem buscar:

acessibilidade a todos os interessados, independentemente de suas capacidades

físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais, mentais, culturais e sociais,

resguardados os aspectos de sigilo e restrições administrativas e legais; facilidade

de uso dos serviços de governo eletrônico; e fortalecimento da participação social

nas políticas públicas.

O artigo 26 reforça a obrigação do Estado na prestação da educação

em todos os níveis de ensino que deve inclui “a capacitação, integrada a outras

práticas educacionais, para o uso seguro, consciente e responsável da Internet

como ferramenta para o exercício da cidadania, a promoção da cultura e o

desenvolvimento tecnológico”. Assim a Internet é uma ferramenta social que

fomenta a cultura digital promovendo a inclusão digital, buscando reduzir as

desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso às

tecnologias da informação e comunicação e no seu uso, e fomenta a produção e

circulação de conteúdo nacional. E como dever do prestador de serviço o tratamento

de forma isonômica de quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo,

origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. Da mesma maneira, a conexão à

Internet, de forma onerosa ou gratuita, bem como na transmissão, comutação ou

roteamento, fica vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos

pacotes de dados.

Depois que o Brasil aprovou a lei que preserva e garante a neutralidade da

rede outros países passaram a discutir. Nos EUA a Comissão Federal de

Comunicações (FCC) elabora novas regulamentações do setor e propôs conexões

diferenciadas. O Presidente dos EUA não é a favor da medida e quer que reclassifique

as provedoras de Internet para serem reguladas como utilidade pública. Segundo ele

“abandonar esses princípios seria uma ameaça à Internet da forma como a

conhecemos" (G1, 2014).

A União Europeia (EU) apoia a neutralidade da Internet, mas a

Alemanha defende uma Internet de “duas vias”: uma delas para serviços “especiais”,

de alta prioridade, e outra que seria semelhante à rede atual. A justificativa é que

“essas vias de alta velocidade são necessárias para o desenvolvimento de novos

usos da Internet, como telemedicina e carros autônomos” (GARCIA, 2014).

Page 64: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

63

O Brasil está implantando o programa de Cidades Digitais. Em 2012 houve a

seleção de 80 municípios para o projeto-piloto. Em 2013 o programa foi incluído no

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, selecionando

262 municípios com população de até 50 mil habitantes. O objetivo do programa é

modernizar a gestão, ampliar o acesso aos serviços públicos e promover o

desenvolvimento dos municípios brasileiros por meio da tecnologia. Para que isso se

torne real são construídas redes de fibra óptica que interligam os órgãos públicos

locais e a oferta de pontos de acesso à Internet para uso livre e gratuito em espaços

públicos de grande circulação, como praças, parques e rodoviárias (MC, 2014). As

cidades beneficiadas estão sendo chamadas de “Cidades Inteligentes” porque

utilizam das tecnologias da informação e comunicação para gerenciar, de forma

inteligente, interconectadas e eficientes, a infraestrutura e os serviços da cidade.

Como por exemplo: administração da cidade, assistência à saúde, segurança

publica e transporte (Washburn et al., 2010, apud Weiss; Bernardes; Consoni, 2010,

p.5).

Em Curitiba um projeto piloto em parceria entre a Federação das Indústrias

do Paraná (FIEP), a Associação Comercial e Industrial do Uberaba e Região

(ACIUR) e parceiros, em 2011, tornou o bairro Uberaba o primeiro bairro digital com

acesso gratuito do sinal da Internet às pessoas. Inicialmente a infraestrutura

instalada foi de duas antenas transmissoras do sinal com capacidade para atender

17 mil pessoas. Nos primeiros quatro meses, havia mais de 900 usuários

cadastrados (AGENCIA FIEP, 2011). Em 2013 houve um recadastramento para que

pudesse ter o controle dos usuários ativos do projeto e para poder cadastrar novos

interessados que aguardavam em lista de espera.

Outra solução para as cidades é o Smart Grid. Empresas e prestadoras de

serviços utilizam os medidores e sensores eletrônicos instalados nas residências

dos consumidores, que serão capazes de descrever comportamentos de consumo

dos seus clientes. Eles poderão ser controlados a distância e também funcionar

como pré-pago. A combinação de telecomunicações, sensoriamento, sistemas de

informação e computação, tornam realidade esta solução. Esses dados coletados

podem ser úteis para os clientes e para a concessionária que poderão reduzir os

desperdícios de energia (CPQD, 2014).

Uma nova revolução tecnológica está fazendo surgir a Internet das Coisas

(IoT – Internet of Things) que conecta os itens usados no dia-a-dia à Internet ou

Page 65: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

64

nuvem. Computadores, smartphones e phablets (phone + tablet) tornaram-se

controles remotos de eletrodomésticos, meios de transportes, tênis, fechaduras de

portas, etc.. Os dispositivos se comunicam por Wi-Fi, Bluetooth e NFC (Near Field

Communication) (ZAMBARDA, 2014). Através de etiquetas, sensores, atuadores e

tecnologia de comunicação de dados montados em objetos físicos eles são

monitorados, coordenados ou controlados através de uma rede de dados ou da

Internet. Etiquetas de identificação RFID (Radio-Frequency Identification) e MEMS

(Microelectromechanical systems) são usados para comunicar dados sobre

localização, desempenho, ambiente e condições de um determinado objeto. O NFC

é uma comunicação wireless entre dois dispositivos próximos (em torno de 10

centímetros de distância), sem ação do usuário para estabelecer a conexão. Este

dispositivo pode estar instalado em telefones celulares, tablets, crachás, cartões de

bilhetes eletrônicos e qualquer outro item que possibilite a instalação de um chip

NFC (PRADO, 2014).

Esses dispositivos podem ser acessados por Machine to machine (M2M),

que é uma tecnologia que permite conexões entre máquinas. Como exemplo tem a

movimentação de conta bancária pela Internet utilizando tablet e conexão do

smartphone ao veiculo. Em 2013, o Brasil teve 8,3 milhões de conexões móveis

tornando-se o terceiro maior mercado de conexões M2M móveis do mundo. Estas

conexões também movimentam o que chamam de m-commerce (FUTURECOM,

2014).

As operadoras de telecomunicações querem participar do ecossistema da

IoT através da prestação do serviço de acesso. Seja através de conexão fixa ou

móvel, os dispositivos necessitam de acesso instantâneo ou como dizem “Always

On” e “Everywhere” (COMPUTERWORLD, 2014b, p.8).

Microsoft, Google e a Apple são as maiores empresas que desenvolvem

sistemas operacionais para dispositivos e outros aparelhos. A Apple desenvolveu

um APP para que os usuários configurem e conectem os equipamento de suas

residências ao HomeKit (plataforma que transforma o iPhone em controle de

dispositivos de automação residencial) e tenham a possibilidade de controlá-los a

distância. Outro APP é o HealthKit, que armazena informações sobre a saúde do

usuário coletados através dos dispositivos vestíveis (ou wearables) como

SmartGlasses, Smart Clothing, SmartMonitor, Smart Bracelet, SmartWatch e Smart

Shoes (COMPUTERWORLD, 2014a, p.8).

Page 66: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

65

O Google em parceria com a Brastemp criou um aplicativo o Smart Cook

que possibilita conectar o fogão ao smartphone. Com um toque é possível assar um

bolo (BRASTEMP, 2014).

Para que os dispositivos sejam conectados é preciso que eles tenham o seu

número de IP. Estamos em uma época de transição do IPv4 para o IPv6, que

permite maior número de usuários e serviços. O IPv4 já esgotou o número de

alocações. Então surgiu um mercado secundário de números de IP. Os números de

uma região sendo negociados para ser utilizados em outras. Ainda, também, está

ocorrendo aproveitamentos múltiplos do mesmo número de IP. Isso provoca

dificuldade nos aspectos de segurança. (FREITAS, 2013, p.45). Então para

disciplinar as redes, a ANATEL definiu um calendário de migração a partir de 2015

(IMASTER, 2014).

Um novo termo que está sendo usado é ubiquidade (ou computação ubíqua)

que representa a onipresença de processamentos de informações na vida das

pessoas. Objetos realizam operações autônomas de acordo com o ambiente

(MATIAS, 2014). O conceito pode interagir com outros elementos do âmbito

tecnológico como a Domótica.

A Domótica é uma ciência multidisciplinar entre especialidades como

eletricidade, mecânica, psicologia, telecomunicações, informática e medicina. O

objetivo é proporcionar conforto, qualidade de vida, autonomia, segurança e

racionalização de energias ao meio doméstico. Isso promove o controle

automatizado da casa, prove diversos tipos de soluções e modifica diversos

conceitos de “Habitar”. Também são chamados de “Smart Homes” ou “Ambientes

Inteligentes” (RICHARD, 2014). Um exemplo de como a vida se torna ubíqua seria a

utilização da babá eletrônica monitorada no celular. Pode ser adquirida em uma

empresas que desenvolveu o sistema ou instalada pelo próprio usuário através de 2

aparelhos (smatphone ou tablet), sendo um com câmera, e um aplicativo baixado

gratuitamente (JORDÃO, 2014).

O Iot está proporcionando a quarta onda da Internet – a primeira seria a

conectividade, a segunda o e-commerce e a terceira as redes sociais – que é tudo

conectado. Isso originou a Internet de Todas as Coisas (IoE - Internet of Everything)

e fez surgir o BYOD (Bring Your Own Device). Este novo comportamento trás a

preocupação com a segurança da rede interna por permitir o acesso dos aparelhos

pessoais dos funcionários aos sistemas privados empresariais (PRESCOTT, 2013).

Page 67: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

66

A IoT tem muitos elogios mas também tem muitas criticas. O uso de

sensores facilita a vida e também podem informar aos fabricantes seus hábitos de

consumo. E-mails, mensagens por celular e mala-diretas poderiam fazer promoções

baseadas nos itens que são consumidos. E-passaporte com chip RFDI diminui as

fraude com o documento, mas facilita o monitoramento das pessoas pelos governos.

A principal critica é a comodidade que os serviços proporcionam justifica a invasão

da privacidade das pessoas? Outros cuidados que precisam ser considerados são

com a fragilidade do software, a qualidade técnica do roubo e o desrespeito do sigilo

dos dados pelas empresas (TRACCO, 2005). Isso não é apenas especulação,

denúncias de espionagem até por parte de Governos já foram comprovadas.

Cracker estão em busca de acessa sistemas e praticar roubo ou vandalismo na

Internet (OLHAR DIGITAL, 2013). Há noticias de que uma Foscam IP Camera,

dispositivo usado para monitorar bebês pelo celular, foi hackeada e o invasor

começou a gritar no meio da noite com a criança nos EUA. Em 2013 foi detectada

uma vulnerabilidade no firmware que necessita de upgrade, porém muitos usuários

não atualizaram o produto (TEIXEIRA, 2014). Por isso as criticas tem fundamento.

Como fica a segurança de um bebê monitorado? Ou então de um automóvel

controlado remotamente? A previsão é de que tenhamos 150 milhões de veículos

ligados à Internet em 2020, segundo estudo da Gartner (COMPUTERWORLD,

2014a). Assim, como disse Maquiavel: “uma mudança sempre deixa o caminho

aberto para outras” (PENSADOR, 2014). É preciso prudência e ética na criação e

utilização dos produtos/serviços.

Novas tecnologias estão sendo disponibilizadas para os usuários. É a quarta

geração, ou 4G. Ela utiliza o padrão LTE e VoLTE. As empresas autorizadas a

prestar o serviço no Brasil são: Vivo, Tim, Claro, Oi, Sky e Sunrise. O Brasil no final

de 2014 contava com 6,8 milhões de acessos 4G (TELECO, 2014b). A proporção

entre as operadoras é mostrada no gráfico 23.

Segundo a International Telecommunication Union (ITU) para que uma rede

seja considerada de 4G ela tem que atender alguns requisitos como suporte à taxa

de 100 Mbit/s para situações de alta mobilidade e de até 1 Gbit/s para aquelas de

baixa mobilidade (KARAZINSKI, 2013).

Page 68: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

67

Gráfico 23 – Distribuição do mercado de 4G entre as operadoras no 4º

trimestre de 2014. Fonte: Adaptado de Teleco (2015).

A evolução do LTE é o LTE-Advance. Ele é até 20 vezes mais rápidos que o

4G utilizado no Brasil. Em 2013, a companhia russa Yota comercializava planos de

300 Mbps para o uso exclusivamente empresarial. A operadora sul-coreana SK

Telecom disponibiliza o LTE-A para todos os seus clientes com taxas de 150 Mbps

para download e 37,5 Mbps para uploads.

Se considerarmos todos os requisitos necessários para que uma rede seja

classificada como 4G então o LTE-A é a tecnologia que mais se aproxima do 4G.

Outro requisito exigido é que os gadget também devem ser compatíveis com as

redes “inferiores”.

Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas, como a parceria público-

privado entre o governo do Reino Unido e Samsung, Fujitsu, Huawei, Rohde-

Schwarz, Internacional VIACOM e Telefônica Europa. A perspectiva é que em 2020

alcancemos o 5G.

Há também pesquisas para a tecnologia Cloud-RAN, que trabalha com

redes de acesso via rádio baseadas na nuvem. Ela é desenvolvida pelo fabricante

Huawei.

Com a entrada em vigor do marco civil da Internet as operadoras tiveram

que se adequar para prestar os serviços. Terão que tratar de forma isonômica

quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço,

terminal ou aplicação. Uma maneira encontrada pelas operadoras foi cortar o 3G

Vivo39%

Tim30%

Claro20%

Oi8%

Nextel3%

Page 69: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

68

após o fim da franquia de pré-pago. Não será possível manter o acesso à Internet

com velocidade reduzida ao término da franquia. Será necessário aquisição de

créditos ou contratar um pacote adicional. Isso já é praticado em outros países. Uma

justificativa da operadora para essa mudança é que a redução da velocidade cria

uma percepção negativa dos serviços (VALOR ECONÔMICO, 2014). Isto é uma

forma do mercado se adequar a legislação e os custos com o serviço.

Segundo Oliveira e Loural (2005), no artigo Impacto da introdução da

tecnologia de voz sobre IP no desempenho de operadores tradicionais, há uma

demanda negativa de acesso à telefonia convencional e um incremento na demanda

por acesso à rede através de conexões de banda larga. Analisando duas operadoras

concluíram que para as operadoras o cenário de continuidade e adaptação é viável

economicamente. Porém, o cenário de ruptura reduz as receitas impedindo a

reestruturação da empresa. As novas aplicações de TIC estão provocando a

convergência de diferentes tecnologias, entre elas a tecnologia VoIP, de forma que

as operadoras podem se adaptar para continuar atendendo e obtendo lucros.

Assim, com a tecnologia e os recursos disponíveis hoje é provável que no

futuro a vida se torne mais virtual, quem sabe até nos tornando dependentes. Em 5

anos a IoE fará parte de toda a população de alguma forma. Em qualquer lugar os

cuidados com o BYOD deveram ser observados. Talvez a telefonia que conhecemos

hoje não exista mais, substituída pelo Voip. E a nuvem, hoje algo grandioso e sem

limites, possivelmente comece a ter limitações como temos atualmente com o IPV4.

Das necessidades surgem as soluções criativas. Provavelmente do investimento em

educação da população de baixa renda surjam novas aplicações que revolucione e

facilite a vida das pessoas. Porque a tecnologia evolui de forma exponencial. Como

exemplo da velocidade de evolução, levou 14 anos para desvendar a sequencia do

HIV e 31 dias para desvendar o vírus da SARS (RYDLEWSKI; GRECO, 2006).

Page 70: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

69

5. CONCLUSÃO

O estudo de caso do Brasil com relação à participação da classe baixa no

uso dos serviços de telecomunicações confirmou que as classes D e E são

consumidoras de telefonia fixa, móvel e banda larga. Algumas operadoras atraem os

clientes com pacotes de serviços com telefonia fixa, móvel, banda larga e TV por

assinatura. Os consumidores buscam formas de conexão, mais eficientes e mais

baratas e se tiver a impressão que é vantajoso, adquire o pacote de serviços. Eles

não são fiéis a uma empresa podendo usar mais de uma operadora dependendo do

tipo de ligação efetuada e podem fazer portabilidade do número no mesmo DDD

para outra operadora que apresente vantagens.

A tendência natural do mercado é que a telefonia fixa deixe de ser opção

dos consumidores e que pessoas e coisas tenham conexão móvel.

Para as operadoras a prestação do serviço para a classe A ou E deve ser da

mesma forma. Mas o consumidor classe A pode adquirir um pacote completo, pós-

pago e de alto custo, enquanto o consumidor classe E adquire um serviço pré-pago,

inserindo o mínimo de crédito por mês para realizar ligações ilimitadas dentro da

própria rede, envio de torpedos gratuitos para a mesma operadora, receber ligações

ou utilizar as redes sociais que possibilita a troca de mensagens entre os usuários

de forma gratuita. Desta forma pode ser observado que, para atender a classe E, o

preço pago pelo consumidor pela prestação do serviço é menor que o custo da

prestação do serviço pelas operadoras. Essa mudança cultural, que é a utilização da

comunicação móvel pré-paga e a participação em redes sociais, começou na classe

C e propagou para a classe D e E através das promoções que as operadoras

promoveram para atrair e reter de clientes.

Atualmente a disputa pelo mercado entre as empresas concorrentes obrigam

as empresas a não renunciarem nenhuma receita além de ter que fazer novos

investimentos em tecnologia e infraestrutura. Esses novos investimentos precisam

ser bem planejados para que propicie lucro.

O desenvolvimento e implantação de novas tecnologias estão tendo um

tempo de duração cada vez menor, mas o custo de aquisição continua grande. O

custo e o tempo de amortização e depreciação do investimento devem ser bem

Page 71: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

70

avaliados pelas operadoras e devem maximizar o lucro gerado pelo investimento e

as novas tecnologias devem ser interconectáveis, sem perdas e nem redução de

qualidade, seja em uma ligação local ou longa distância nacional ou internacional.

Nesta última utilizando operadoras internacionais.

Hoje o grande desafio das operadoras é pelo menos equilibrar a equação

preço cobrado e custo da operação. A dinâmica do mercado obriga as operadoras a

avaliar e refazer suas estratégias com maior frequência. Alto custo de investimento,

tarifas baixas, retorno do investimento lento, novos concorrentes surgem oferecendo

produtos substitutos, pequenas empresas atendem a nichos de mercados lucrativos

sem nenhuma limitação pelo órgão regulador são alguns exemplos de ameaças que

o ambiente externo provoca ou influência e pode causar um risco a capacidade de

retorno da operadora. Alta competitividade entre os concorrentes, congestionamento

de serviço, problemas de conexão e cobertura, metas de prestação de serviço

acordada com órgão regulador que devem ser alcançadas, falta de investimento em

novas tecnologias e dificuldade de encontrar mão de obra capacitada para novas

tecnologias são algumas ameaças que as empresas sofrem no seu ambiente interno

e devem atuar para reduzir.

A utilização de redes ópticas, a preferência do consumidor por serviços

móveis, os pacotes de serviços e marca conhecida pelo consumidor são alguns

pontos fortes do ambiente interno que fortalece a imagem da operadora e aumentam

sua vantagem competitiva. Acesso desigual aos serviços, principalmente na área

rural, utilização de novas tecnologias, seja em equipamentos ou aparelhos, definição

de novos serviços utilizando o acesso de dados de alta velocidade, as fusões ou

aquisições de empresas, seja concorrente ou desenvolvedora de serviço ou

tecnologia, que tragam resultados em longo prazo são oportunidades que surgem

para as operadoras no ambiente externo que devem ser aproveitados de forma a

aumentar seus pontos fortes.

A tecnologia evolui rápido. Os serviços somente de voz estão em declínio. A

banda larga está facilitando o crescimento de comunicações por mensagens. Elas

podem ser de texto, imagens ou vídeo. O VoIP também está com a demanda em

crescimento e evoluindo para o VoLTE. A convergência dos serviços para a rede de

Internet faz com que as operadoras foquem sua atuação na prestação do serviço de

acesso fixo ou móvel.

Page 72: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

71

Uma boa estratégia para as operadoras é aproveitar o fenômeno

comportamental que surgiu com a telefonia móvel. A mobilidade ou “everywhere” e a

ubiquidade ou “always on” são novos modos de conexão que provocou uma

revolução tecnológica chamada de IoT. Etiquetas de identificação RFID, sensores,

atuadores e tecnologia de comunicação de dados (Wi-Fi, Bluetooth e NFC)

conectam itens usados à Internet através de computadores, smartphones e

phablets. Outro tipo de comunicação em crescimento é o M2M que movimenta o m-

commerce. Em 2013 o Brasil era o terceiro maior mercado de conexões M2M móvel

do mundo.

Também é preciso considerar a quarta onda da Internet que é tudo

conectado. Elas fez surgir a IoE que utiliza as redes de telecomunicações fixas e

móveis, mas não necessariamente as redes de celular e sim dispositivos sem fio

sem mobilidade para conectar os aparelhos pessoais a tudo o que for possível.

Uma previsão do consumo nos próximos 5 anos indica que possivelmente

estaremos vivendo em cidades digitais com vários equipamentos interconectados

em várias redes publicas e privadas. Teremos vida dupla, uma no ambiente real e

outra no virtual e o 5G, comunicação através da nuvem, talvez já esteja em

funcionamento no Brasil.

A análise da participação das classes D e E constata que as operadoras

devem dar atenção a esses consumidores nas suas estratégias de mercado. Eles

podem ser uma fonte de receita viável ou utilizar serviços substitutos grátis ou de

menor custo para ter o serviço de acesso à Internet e utilizar aplicativos de

mensagens e vídeo ou conectar a redes sociais.

O desafio é grande para a área de marketing das operadoras. Ela precisa

assimilar todas as mudanças que ocorrem, tanto na tecnologia como no

comportamento do consumidor, e serem criativos na elaboração de estratégias de

mercado, considerando os acertos e erros das estratégias anteriores e na

formulação de novas formas de atuação no mercado. Mas esta atenção a este grupo

social pode trazer benefícios para a imagem do nome das operadoras, elas podem

ser vistas como empresas preocupadas com a responsabilidade social.

Page 73: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

72

6. TRABALHOS FUTUROS

Hoje, os serviços de telecomunicações massificaram-se e os consumidores

buscam preferencialmente por comunicações de dados por ser possível à

transmissão de voz como se fossem dados e ainda pagando por um único serviço.

Também é possível fazer vídeo chamada de um extremo ao outro do planeta sem

ser tarifado como uma chamada de longa distância ou internacional.

Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas utilizando a nuvem como

meio de conexão. Talvez isso se torne uma oportunidade de reduzir os custos com

infraestrutura. O compartilhamento dos equipamentos e a redução de tempo ocioso

maximizam o retorno do investimento.

Nos países pobres e em desenvolvimento verificar-se que toda a população

é consumidora, da classe alta à classe baixa. Galpaya (2010) apresenta um estudo

de caso no Sul da Ásia. Em 2002, o Sri Lanka, utilizando recursos do Banco

Mundial, instalou backbones, uma rede de fibra ótica e também desenvolveu

capacidades de recursos humanos em tecnologias da informação e comunicação

(TIC). Com isso atraiu o call center do banco HSBC, outorgou 33 licenças de

serviços de TIC e aumentou 20% da receita das ligações internas. O valor foi

investido na redundância do backbone permitindo o uso com a telefonia celular. Com

isso e o compartilhamento do aparelho a maioria da população rural passou a ter

acesso ao serviço.

O acesso rural na Índia, Bangladesh, Paquistão e Sri Lanka cresceram,

estando entre os mais baratos do mundo, e 86% das pessoas nos países do Sul da

Ásia fizeram ou receberam telefonemas nos últimos meses (com base em 2008).

Com a população rural de baixa renda, as empresas tinham um ganho de U$ 2 a

U$5 por mês por linha. Um negócio sem risco por ser pré-pago, com

compartilhamento de infraestrutura passiva e negociações regionais por

equipamento de pequenos operadores. Com relação à qualidade, ela era baixa

porque as redes eram altamente carregadas com um preço mais baixo. O uso de

tecnologias mais baratas (consideradas assim porque foram substituídas por outras

de ponta) reduziu à metade o custo de investimento em infraestrutura. Desta forma a

Ásia estava conectada online por intermédio dos dispositivos móveis de redes 3G.

Page 74: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

73

A perspectiva de conexão on-line também é apontada como evolução nas

comunicações no Brasil. Rego et al. (2011) demonstram que através do Programa

Nacional de Banda Larga os consumidores, as indústrias e o País podem se

beneficiar. Para que isso se realize é necessário investimento nas áreas de

comunicação sem fio, ópticas e de dados. E a implantação do serviço LTE pode ser

a solução para áreas afastadas, com poucos consumidores e também em cidades

digitais. Mas isso só será possível com um planejamento de médio à longo prazo. A

participação do governo através da TELEBRAS fará com que áreas remotas sejam

interconectadas, e conforme Alan Fischler, chefe da área de infraestrutura e TICs do

BNDES, “o que falta é modelo de negócios para que teles invistam onde a

competição é baixa.” “Com as atuais estratégias o retorno está em 5% enquanto o

custo do empréstimo estava em 7%” (TELE.SÍNTESE, 2013).

O desenvolvimento dos serviços de telecomunicações em países pobres

serve de exemplo para o Brasil. Conforme os dados coletados para este trabalho,

grande parte da população classe D e E ocupam o interior dos estados. Fazer

Benchmarking com trabalhos realizados em países pobres pode ajudar a solucionar

os problemas que temos para atender os consumidores no Brasil. A comparação

com os países asiáticos pode ser eficiente porque os países pobres são vizinhos da

Coreia do Sul, Japão, China e Índia, países com tecnologia avançadas. Por analogia

podemos comparar as capitais e regiões metropolitanas do Brasil com os países

desenvolvidos e o interior dos estados os países pobres asiáticos.

Page 75: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

74

REFERÊNCIAS

ABEP. Critério Brasil. Base LSE 2012. Disponível em: <http://www.abep.org/criterioBrasil.aspx>. Acesso em: 22 dez. 2014. AGENCIA FIEP. Uberaba Digital leva sinal gratuito de internet a 10 mil moradores. 16 mai.2011. Disponível em: <http://www.agenciafiep.com.br/noticia/uberaba-digital-leva-sinal-gratuito-de-Internet-a-10-mil-moradores/> Acesso em: 22 mai. 2014. ANATEL. Brasil registra crescimento de 416% em acessos móveis de quarta geração em 12 meses. 30 Jan. 2015. Noticia. Disponível em: <http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalInternet.do> Acesso: em 3 fev. 2015. ______. Perguntas Frequentes – AICE. Disponível em: <http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalPaginaEspecial.do?acao=&codItemCanal=1778&codigoVisao=$visao.codigo&nomeVisao=$visao.descricao&nomeCanal=Telefonia%20Fixa&nomeItemCanal=Perguntas%20Frequentes%20-%20AICE&codCanal=277>. Acesso: em 20 mai. 2014a. ______. Relatório Anual 2013. ANATEL. 2014. Disponível em: <http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=312603&pub=original&filtro=1&documentoPath=312603.pdf>. Acesso: em 28 mai. 2014b. ______. Resolução nº 586, de 5 de abril de 2012. Aprova o Regulamento do Acesso Individual Classe Especial – AICE, do Serviço Telefônico Fixo Comutado destinado ao uso do público em geral – STFC, prestado em regime público. Disponível em:< http://legislacao.anatel.gov.br/resolucoes/2012/359-resolucao-586>. Acesso em: 12 mai. 2014c. AQUINO, Miriam. AICE. O telefone“popular” não consegue atrair clientes. Tele.síntese. 03 dez.2014. Disponível em: <http://www.telesintese.com.br/aice-o-telefone-popular-nao-consegue-atrair-cliente/>. Acesso em: 05 jan.2015. BARROS, Jussara de. Inclusão Social. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/educacao/inclusao-social.htm>. Acesso em: 10 nov.2014.

Page 76: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

75

BLINDER, Caio. Oito razões otimistas na primavera árabe (a longo prazo). Veja 26 abr.2014. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/nova-york/primavera-arabe/oito-razoes-otimistas-na-primavera-arabe-a-longo-prazo/>. Acesso em: 15 jan.2015. BNDES. Privatizações – Federais – Telecomunicações. 2009. Disponível em: < http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/BNDES_Transparente/Privatizacao/telecomunicacoes.html>. Acesso em: 15 jan.2015. BRASIL. Constituição Federal de 1988 (CF). Portal da Legislação do Governo Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm > Acesso em: 12 mai. 2014a. ______. Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010. Institui o Programa Nacional de Banda Larga – PNBL. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7175.htm> Acesso em: 12 mai. 2014b. ______. Lei nº 8248, de 23 de outubro de 1991. Dispõe sobre a capacitação e competitividade do setor de informática, e dá outras providencias. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8248.htm> Acesso em: 28 out. 2014c.

______. Lei nº 9472, de 16 de julho de 1997. Dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais (LGT). Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9472.htm>. Acesso em: 12 mai. 2014d. _______. Lei N° 11196, de 21 de novembro de 2005. Institui o regime especial de tributação para a plataforma de exportação de serviços de tecnologia da informação – REPES, o regime especial de aquisição de bens de capital para empresas exportadoras – RECAP e o programa de inclusão digital. Dispõe sobre incentivos fiscais para a inovação tecnológica, e dá outras providências. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11196.htm> Acesso em: 28 out. 2014e. _______. Lei N° 11977, de 7 de julho de 2009. Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11977.htm>. Acesso em: 28 out. 2014f.

Page 77: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

76

_______. Lei N° 12965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm>. Acesso em: 28 out. 2014g. BRASTEMP. Fogão BRASTEMP ATIVE! SMART COOK PISO 5 BOCAS. Disponível em: < http://www.brastemp.com.br/produto/fogao-brastemp-ative-smart-cook-piso-5-bocas-3/>. Acesso em: 10 nov.2014 CETIC.BR. Pesquisa TIC Domicílios 2013: Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no Brasil. Disponível em: <http://www.cetic.br/media/analises/tic-domicilios-2013.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2014. CIAFFONE. Andréa. Celular substitui telefone fixo nas casas da região. Diário do grande ABC. 19 maio. 2013. Disponível em: <http://www.dgabc.com.br/Noticia/456877/celular-substitui-telefone-fixo-nas-casas-da-regiao?referencia=historico-lista>. Acesso em: 15 jan.2015. CLARO. Site operadora. Disponível em: <http://www.claro.com.br/>. Acesso em: 03 fev. 2015. CLOUD EAD. 73% dos jovens não conseguem estudar sem tecnologia, diz especialista. 15 out.2014. Disponível em: <http://cloud-ead.programmers.com.br/blog/tag/educacao/>. Acesso em: 05 jan.2015. COMPUTERWORLD. 150 milhões de veículos ligados à Internet em 2020. 02 dez.2014. Disponível em: <http://www.computerworld.com.pt/2014/12/02/150-milhoes-de-veiculos-ligados-a-Internet-em-2020/>. Acesso em: 05 jan.2015a. COMPUTERWORLD. Internet das coisas. Dossier. nov.2014. Disponível em: <http://www.computerworld.com.pt/media/2014/11/DossierNov2014_IoT.pdf>. Acesso em: 05 jan.2015b. COMUNIDADE ESCOLA. Informações sobre o Programa Comunidade Escola. Disponível em: <http://www.comunidadeescola.org.br/conteudo/informacoes-sobre-o-programa-comunidade-escola/88>. Acesso em: 10 nov.2014. CONECTAÍ BRASIL. O jovem brasileiro na rede. Disponível em: <http://conecta-i.com/?q=pt-br/node/530>. Acesso em: 28 ago. 2014.

Page 78: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

77

CPQD. Smart Grid: energia inteligente no Brasil. Disponível em: <http://www.cpqd.com.br/mercado/smart-grid>. Acesso em: 10 nov.2014. DIAS, Lia R. PNBL terá prioridade no planejamento, diz futuro ministro. Tele.síntese. 01 dez.2014. Disponível em: <http://www.telesintese.com.br/uma-boa-noticia-pnbl-tera-prioridade-planejamento/>. Acesso em: 05 jan.2015a. DIAS, Roberto. WhatsApp diz ter 38 milhões de usuários no Brasil. Folha de São Paulo, São Paulo. 26 Fev. 2014. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/tec/2014/02/1418158-whatsapp-diz-ter-38-milhoes-de-usuarios-no-brasil.shtml> Acesso: em 28 mai. 2014b. ESTADÃO. Brasil supera EUA em telefones por habitantes. 25 abril. 2014 Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-supera-eua-em-telefones-por-habitante-imp-,1158358>. Acesso em: 05 jan.2015. ______. Sete em cada dez brasileiros têm telefone celular, diz IBGE. 17 maio. 2013. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-supera-eua-em-telefones-por-habitante-imp-,1158358>. Acesso em: 05 jan.2015. FERRAZ, Joãn C.; KUPFER, David; HAGUENAUER, Lia. Made in Brazil. Rio de Janeiro: Campus.1996. Disponível em: <http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/15040/material/MADE%20IN%20BRAZIL.pdf>. Acesso em: 15 jan.2015. FREITAS, Andrey V. B. de; FREITAS, Igor V. B. de. Os Novos Mercados de Nomes e Números da Internet - Razões para a intervenção estatal na estrutura de governança brasileira. Monografia. 2013. Disponível em: <http://www.seae.fazenda.gov.br/premio-seae/edicoes-anteriores/edicao-2013/Tema%201%20-%20MH%20-%20Andrey%20Vilas%20B%20de%20Freitas%20-%20038.pdf/view>. Acesso em: 02 jan. 2015. FREITAS, Ian de; Carvalho, Daniel E. de. O aumento no acesso à Internet por jovens da base da pirâmide no Brasil e suas particularidades. Future Jornal. São Paulo, v.4, n.2, PP 132-163, jul./dez. 2012. Disponível em: <http://www.revistafuture.org/FSRJ/article/view/121/181>. Acesso em: 28 ago. 2014. FUTURECOM. Brasil é o terceiro maior mercado de conexões M2M móveis do mundo. BLOG. 22 mai.2014. Disponível em:

Page 79: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

78

<http://www.futurecom.com.br/blog/brasil-e-o-terceiro-maior-mercado-de-conexoes-m2m-moveis-do-mundo/>. Acesso em: 08 dez. 2014. G1. Governo federal desmente boato sobre suspensão do Bolsa Família. 18 mai.2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/05/governo-federal-desmente-boato-sobre-suspensao-do-bolsa-familia.html>. Acesso em: 28 ago. 2014 ______. Obama pede que órgãos reguladores protejam a neutralidade de rede. 10 nov.2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/11/obama-pede-que-orgaos-reguladores-protejam-neutralidade-de-rede.html>. Acesso em: 08 dez. 2014. ______. Relembre como foi o tsunami de 2004 no oceano Índico. 11 mar.2011. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/03/saiba-mais-como-foi-o-tsunami-de-2004-no-oceano-indico.html>. Acesso em: 28 ago. 2014 GALPAYA, Helani. Políticas de Inclusão Social do Acesso à Banda Larga: Histórias do Sul da Ásia. Revista de Direito, Estado e Telecomunicações, v. 2, n. 1, p. 189-196..2010. Disponível em: <http://livros-e-revistas.vlex.com.br/vid/politicas-inclus-acesso-larga-asia-279829987>. Acesso em: 08 dez. 2014. GARCIA. Gabriel. Angela Merkel declara ser contrária à neutralidade da rede. Info 08 dez.2014. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/Internet/2014/12/angela-merkel-declara-ser-contraria-a-neutralidade-da-rede.shtml>. Acesso em: 02 jan. 2015. GASPARINI, Claudia. As 200 melhores faculdades do mundo; USP está fora. Exame.com. 01 out.2014. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/universidades-precisam-se-internacionalizar-diz-editor-de>. Acesso em: 08 dez. 2014. GUIA DE SERVIÇOS PÚBLICOS. Telefone popular. Disponível em: <http://www.servicos.gov.br/resultado_busca?url=resultado_busca&textoBusca=telefone%20popular>. Acesso em: 28 ago. 2014. IBGE. Censo Demográfico 2010. IBGE. Rio de Janeiro, 2011. p. 94. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/93/cd_2010_caracteristicas_populacao_domicilios.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2014. ______. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: Despesas, Rendimento e Condições de vida. IBGE. Rio de Janeiro, 2010. p.60. Disponível em:

Page 80: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

79

<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009/POFpublicacao.pdf.>. Acesso em: 28 mai. 2014. ______. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: acesso à Internet e posse de telefone móvel celular para uso pessoal – 2011. IBGE. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Acesso_a_Internet_e_posse_celular/2011/PNAD_Inter_2011.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2014. _______. Recenseamento do Brazil 1872 a 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/tabelas_pdf/Brasil_tab_1_4.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2014. ______. Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população Brasileira 2009. IBGE. Rio de Janeiro, 2009. v. 26 p.77. Disponível em: <http://ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2009/indic_sociais2009.pdf> Acesso em: 28 mai. 2014. ______. Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população Brasileira 2013. IBGE. Rio de Janeiro, 2013. v. 32 p.81. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais_2013/SIS_2013.pdf> Acesso em: 28 mai. 2014. IBOPE MIDIA. Many-to-many: o fenômeno das redes sociais no Brasil. 2010. Disponível em: <http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Estudo%20do%20IBOPE%20M%C3%ADdia%20revela%20que%20as%20redes%20sociais%20s%C3%A3o%20acessadas%20na%20mesma%20intensidade.aspx>. Acesso em: 28 out. 2014. IMASTERS. Anatel exige migração para IPv6 em 2015. 20out.2014. Disponível em: < http://imasters.com.br/noticia/anatel-exige-migracao-para-ipv6-em-2015/>. Acesso em: 02 jan. 2015. JORDÃO, Fábio. Android: como transformar seu aparelho em uma babá eletrônica. Tecmundo. 20 fev.2014. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/tutorial/51603-android-como-transformar-seu-aparelho-em-uma-baba-eletronica.htm>. Acesso em: 28 out. 2014. KARAZINSKI, Lucas. Mais que 4G: entenda a tecnologia LTE-Advanced. Tecmundo. 04 jul.2013. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/4g/41622-mais-que-4g-entenda-a-tecnologia-lte-advanced.htm>. Acesso em: 28 ago. 2014.

Page 81: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

80

MATIAS, Daniel A. Internet das coisas e Ubiquidade. Engenheiros do futuro. Mai.2014. Disponível em: <http://redesdomoticas.blogspot.com.br/2014/05/Internet-das-coisas-e-ubiquidade.html>. Acesso em: 28 out. 2014. MC. Ministério das Comunicações. Um plano nacional para banda larga - o Brasil em alta velocidade. Cartilha. 2010. Disponível em: <http://www.governoeletronico.gov.br/anexos/plano-nacional-de-banda-larga/view>. Acesso em: 28 out. 2014. ______. Cidades Digitais. 21 fev.2014. Disponível em:< http://www.mc.gov.br/cidades-digitais>. Acesso em: 28 out. 2014. MDS. Bolsa Família. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/bolsafamilia>. Acesso em: 28 out. 2014. ______. Cadastro único: conhecer para incluir. Cartilha. 2013. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/biblioteca/secretaria-nacional-de-renda-de-cidadania-senarc/cartilhas/cartilha-do-cadastro-unico/arquivo/Cartilha_CADASTRO_UNICO.PDF/download>. Acesso em: 28 out. 2014. MEC. Estudantes de baixa renda concluem curso de qualificação profissional na Bahia. 29 abr.2014. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20397:estudantes-de-baixa-renda-concluem-curso-de-qualificacao-profissional-na-bahia-&catid=209>. Acesso em: 28 out. 2014a. ______. Estudantes de baixa renda podem concorrer a bolsa na Espanha. 24 jan.2014. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20180:estudantes-de-baixa-renda-podem-concorrer-a-bolsa-na-espanha-&catid=212:educacao-superior>. Acesso em: 28 out. 2014b. MICHAELIS. Ubiquidade. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/definicao/ubiquidade%20_1061441.html>. Acesso em: 02 jan. 2015. MOTA, Letizia de Oliveira. Envelhecimento e inclusão social: o projeto agente experiente. 2007. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: <http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11420/11420_4.PDF> Acesso em: 28 out. 2014.

Page 82: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

81

OI. Site loja virtual. Disponível em: < http://www.oi.com.br/oi/oi-pra-voce/loja-online>. Acesso em: 05 jan.2015. OLHAR DIGITAL. Qual a diferença entre hacker e cracker? 03 out.2013. Disponível em: < http://olhardigital.uol.com.br/noticia/qual-a-diferenca-entre-hacker-e-cracker/38024>. Acesso em: 08 dez. 2014. OLIVEIRA, Rogério C. de O; LOURAL, Claudio de A. Impacto da introdução da tecnologia de voz sobre IP no desempenho de operadoras tradicionais: uma simulação de cenários. CNPq. Cadernos de tecnologia. v.1 n.1 jan/dez 2005. Disponível em: <http://www.cpqd.com.br/cadernosdetecnologia/Vol1_N1_jan_dez_2005/pdf/artigo12_Oliveira.pdf> Acesso em: 08 dez. 2014. PACIEVITCH, Thais. Inclusão Social. Disponível em: <http://www.infoescola.com/sociologia/inclusao-social/>. Acesso em: 08 dez. 2014. PENSADOR. Maquiavel. Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/frase/NTg0Mzkw/>. Acesso em: 05 jan.2015. PESSOA, Beto. Inclusão digital chega a assentamentos na PB. Jornal da Paraíba. 27 mar.2013. Disponível em: <www.interjornal.com.br/noticia_impressao.kmf?cod=20058930&pdf>. Acesso em: 08 dez. 2014. PORTAL BRASIL. Estudantes universitários de baixa renda, indígenas e quilombolas receberão auxílio financeiro. 10 mai.2013. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/educacao/2013/05/estudantes-universitarios-de-baixa-renda-indigenas-e-quilombolas-receberao-auxilio-financeiro>. Acesso em: 08 dez. 2014. ______. Governo lança nova logomarca com slogan "País rico é país sem pobreza". 10 fev.2011. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/governo/2011/02/governo-lanca-nova-logomarca-com-slogan-pais-rico-e-pais-sem-pobreza>. Acesso em: 28 mai. 2014. ______. Governo prorroga até 2018 tarifa zero para smartphones, PCs e tablets. 21 ago.2014. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/08/governo-prorroga-ate-2018-tarifa-zero-para-smartphones-pcs-e-tablets> Acesso em: 10 nov.2014a.

Page 83: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

82

______. Investimentos de R$ 1,8 bi em telecomunicações viabilizam a Copa das ‘Selfies’. 03 jul.2014. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/centro-aberto-de-midia/noticias/investimentos-de-r-1-8-bi-em-telecomunicacoes-viabilizam-a-copa-das-2018selfies2019>. Acesso em: 10 nov.2014b. ______. Quilombos e assentamentos da Paraíba receberão 23 estações de Inclusão Digital. 13 ago.2012. . Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2012/08/quilombos-e-assentamentos-da-paraiba-receberao-23-estacoes-de-inclusao-digital>. Acesso em: 10 nov.2014. PORTAL DO EMPREENDEDOR. MEI faz cinco anos com formalização de mais de quatro milhões de optantes. 29 jul.2014. Disponível em: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/noticias/noticias-do-portal/mei-faz-cinco-anos-com-formalizacao-de-mais-de-quatro-milhoes-de-optantes>. Acesso em: 28 out. 2014. PRADO, Eduardo. Internet das Coisas: O charme dos sensores. Convergência digital. 23 out.2014. Disponível em: <http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?amp%2525253Butm%2525252525255Fmedium=&infoid=38222&sid=15#.VO8n__nF98F>. Acesso em: 08 dez. 2014. PRESCOTT, Roberta. A quarta onda da Internet. Convergência digital. 20dez.2013. Disponível em: <http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=35678&sid=85#.VO8wOPnF98F>. Acesso em: 08 dez. 2014. QUEIROZ, Luiz. Dilma quer Internet brasileira no padrão da Coreia do Sul. Convergência digital. 30 jul.2014. Disponível em: <http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=37365&sid=4#.VO7yV_nF98F>. Acesso em: 08 dez. 2014. REGO, Antonio C. B.; LOURAL, Claudio de A.; ONGARELLI, Marco A.; GIANSANTE, Moacir; TOME, Takashi; TRONCO, Tania R.; MACHADO, Aldionso M. Perspectivas do desenvolvimento tecnológico para a indústria brasileira de telecomunicações no contexto do PNBL.CPqD. artigo. 20 out.2011. Disponível em: < http://www.cpqd.com.br/tags/pnbl>. Acesso em: 08 dez. 2014. RICHARD, Erik. Redes Domóticas. Mai.2014. Disponível em: <http://redesdomoticas.blogspot.com.br/2014/05/redes-domoticas.html>. Acesso em: 28 out. 2014.

Page 84: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

83

RYDLEWSKI, Carlos; GRECO, Alessandro. Números do futuro: Impacto e velocidade. Veja. Jul.2006. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/especiais/tecnologia_2006/p_014.html>. Acesso em: 02 dez. 2014. SAE. Vozes da classe média. Brasília, 2012. Disponível em: <http://www.sae.gov.br/vozesdaclassemedia/wp-content/uploads/Cartilha-Vozes-Classe-Media_VERS%C3%83O-FINAL.pdf>. Acesso em: 30 mai. 2014. SANCHEZ, Maria de L. B. O sacrifício do imperador. Disponível em: <http://www.ajb.org.br/congresso/anais>. Acesso em: 02 dez. 2014. TECHTUDO. Faça download do Facebook e faça parte da maior rede social do planeta! Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/facebook.html>. Acesso em: 03 jan. 2015a. ______. Faça o download do Skype e fale de graça com pessoas do mundo todo. Disponível em: < http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/skype.html>. Acesso em: 03 jan. 2015b. ______. Faça download do WhatsApp para enviar mensagens, músicas e vídeos grátis. Disponível em: < http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/whatsapp-messenger.html>. Acesso em: 03 jan. 2015c. TEIXEIRA, Carlos A. Estranho hackeia babá eletrônica à noite e grita: 'Acorda, neném!' O Globo. 29abr.2014. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/estranho-hackeia-baba-eletronica-noite-grita-acorda-nenem-12329990#ixzz3SrYey4TI >. Acesso em: 02 dez. 2014. TELECO. 4G: 4 ª Geração de Celular no Brasil. 12 fev.2015. Disponível em: <http://www.teleco.com.br/4g_brasil.asp>. Acesso em: 20 fev. 2015a. ______. Estatísticas de Celulares no Brasil. Disponível em: <http://www.teleco.com.br/ncel.asp>. Acesso em: 03 fev. 2015b. ______. Grupos de Telecom no Brasil. 2014. Disponível em: <http://www.teleco.com.br/operadoras/grupos.asp>. Acesso em: 02 dez. 2014. TELE.SÍNTESE. Retorno baixo é entrave para alta de investimento das teles, dizem analistas. 22 mai.2013. Disponível em:

Page 85: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

84

<http://www.telesintese.com.br/retorno-baixo-e-entrave-para-alta-de-investimento-sas-teles-dizem-analistas/>. Acesso em: 02 dez. 2014. TELETIME. Jornalistas demandaram 74 TB de dados na rede da Oi providas para a FIFA. 14 jun.2014. Disponível em: <http://www.teletime.com.br/14/07/2014/jornalistas-demandaram-74-tb-de-dados-na-rede-da-oi-providas-para-a-fifa/tt/383556/news.aspx>. Acesso em: 02 dez. 2014a. ______. Minicom elabora relatório de transição para próxima equipe em 2015. 04 nov.2014. Disponível em: <http://www.teletime.com.br/04/11/2014/minicom-elabora-relatorio-de-transicao-para-proxima-equipe-em-2015/tt/396362/news.aspx>. Acesso em: 02 dez. 2014b. ______. Para Paulo Bernado em quatro anos 4G vai ser modalidade predominante de banda larga. 05 dez.2014. Disponível em: <http://www.teletime.com.br/05/12/2014/para-paulo-bernado-em-quatro-anos-4g-vai-ser-modalidade-predominante-de-banda-larga/tt/399482/news.aspx>. Acesso em: 05 jan.2015c. ______. Smartphones responderam por 70% das vendas de celulares no Brasil de janeiro a maio. 11 jul. 2014. Disponível em: <http://www.teletime.com.br/11/07/2014/smartphones-responderam-por-70-das-vendas-de-celulares-no-brasil-de-janeiro-a-maio/tt/383439/news.aspx>. Acesso em: 02 dez. 2014d. ______. Tráfego de dados da Oi durante a copa já bateu 35 milhões de fotos. 24 jul.2014. Disponível em: <http://www.telesintese.com.br/trafego-de-dados-da-oi-durante-copa-ja-bate-35-milhoes-de-fotos/>. Acesso em: 02 dez. 2014e. TIM. Site operadora. Disponível em: <http://www.tim.com.br/pr/para-voce>. Acesso em: 05 jan.2015. TRACCO, Mauro. Etiqueta inteligente: Onde está tudo? Superinteressante. Nov.2005. Disponível em: < http://super.abril.com.br/tecnologia/etiqueta-inteligente-onde-esta-tudo-446065.shtml>. Acesso em: 02 dez. 2014. UOL. Facebook tem 1,23 bilhão de usuários mundiais; 61,2 milhões são do Brasil. Disponível em: <http://tecnologia.uol.com.br/noticias/afp/2014/02/03/facebook-em-numeros.htm>. Acesso em: 28 mai. 2014.

Page 86: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

85

VALOR ECONÔMICO. Operadoras vão cortar 3G após fim de franquia de planos pré-pago. Bol. 24 dez.2014. Disponível em: <http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/tecnologia/2014/12/24/operadoras-vao-cortar-3g-apos-fim-de-franquia-de-planos-pre-pago.htm>. Acesso em: 05 jan.2015. VEJA. A geração. Edição Especial. set.2001. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/jovens/apresentacao.html>. Acesso em: 10 nov.2014. ______. Grupo promete mais protestos nesta sexta contra aumento de passagem. 07 jun.2013. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/grupo-promete-novo-ato-para-esta-sexta-na-faria-lima>. Acesso em: 10 nov.2014. VIMERCATE, Nicolly. O que é hoax e como fugir das farsas da Internet. Techtudo. 01 mai.2013. . Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/05/o-que-e-hoax-e-como-fugir-das-farsas-da-Internet.html>. Acesso em: 10 nov.2014. VIVO. Site loja virtual. Disponível em: <http://lojaonline.vivo.com.br/lojaonline/appmanager/env/web#>. Acesso em: 05 jan.2015. Weiss, Marcos C.; Bernardes, Roberto C.;Consoni,Flavia L. Cidades inteligentes: casos e perspectivas para as cidades brasileiras. Artigo.2013. Disponível em: < http://www.altec2013.org/programme_pdf/1511.pdf>. Acesso em: 10 nov.2014. WERNECK, Keka. Internet chega à maioria das aldeias indígenas de MT. Portal Terra. 22 ago. 2014. Disponível em: <http://tecnologia.terra.com.br/Internet-chega-a-maioria-das-aldeias-indigenas-de20mt,754ddc592def7410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html>. Acesso em: 08 dez. 2014. WIKIPEDIA. Inclusão social. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_social>. Acesso em: 08 dez. 2014a. ______. World Wide Web. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/World_Wide_Web>. Acesso em: 08 dez. 2014b. ZAMBARDA, Pedro. ‘Internet das Coisas’: entenda o conceito e o que muda com a tecnologia. Techtudo. 16 ago.2014. Disponível em:

Page 87: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

86

<http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/08/Internet-das-coisas-entenda-o-conceito-e-o-que-muda-com-tecnologia.html>. Acesso em: 10 nov.2014. Zylberkan, Amariana. “Rolezinho” ganha tom político e vira passeata. Veja. 15 jan.2014. Disponível em: < http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/rolezinho-ganha-tom-politico-e-vira-passeata>. Acesso em: 10 nov.2014.

Page 88: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

87

APÊNDICE A - População segundo Censo

Tabela 1 – População nos Censos Demográficos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 1872/2010.

Page 89: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

88

Fonte: Recenseamento do Brazil 1872-1920. Rio de Janeiro: Directoria Geral de Estatistica, 1872-1930; e IBGE, Censo Demográfico 1940/2010.

Notas: (1) População presente. (2) População recenseada. (3) População residente.

Page 90: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

89

APÊNDICE B – Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade, por Grandes Regiões, segundo as classes de rendimento nominal mensal – 2010.

Tabela 2 - Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade, por Grandes Regiões, segundo as classes de rendimento nominal mensal – 2010.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. Notas: (1) Salário mínimo utilizado: R$ 510,00. (2) Inclusive as informações das pessoas sem declaração de rendimento nominal

mensal. (3) Inclusive as pessoas que recebiam somente em benefícios.

Page 91: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

90

APÊNDICE C – Sistema de pontos Critério Brasil

Tabela 3 – Posse de itens.

Fonte: ABEP.

Tabela 4 – Grau de Instrução do chefe de família.

Fonte: ABEP

Page 92: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

91

.

Tabela 5 – Cortes do Critério Brasil.

Fonte: ABEP

Tabela 6 – Distribuição das classes por praça.

Fonte: ABEP (LSE 2012 Ibope Media).

Page 93: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

92

APÊNDICE D - Despesa média familiar, segundo tipo de despesas - Brasil.

Tabela 7 – Despesas monetária e não monetária média mensal familiar, por classes de rendimento total e variação patrimonial mensal familiar, segundo os tipos de despesa, com indicação do número e tamanho médio das famílias – Brasil – período 2008-2009.

Page 94: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

93

Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenação de trabalho e Rendimento,

Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Nota: O termo família está sendo utilizado para indicar a unidade de

investigação da pesquisa, unidade de consumo, conforme descrito na introdução da publicação. (1) Inclui os rendimentos monetários e não monetários e a variação patrimonial. (2) inclusive sem rendimento.

Page 95: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

94

APÊNDICE E - Despesa média familiar, população da área urbana, segundo

tipo de despesas - Brasil.

Tabela 8 – Distribuição das despesas monetária e não monetária média mensal familiar, por classes de rendimento total e variação patrimonial mensal familiar, segundo os tipos de despesa, com indicação do número e tamanho médio das famílias, na área urbana – Brasil – período 2008-2009.

Page 96: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

95

Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenação de trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009.

Nota: O termo família está sendo utilizado para indicar a unidade de investigação da pesquisa, unidade de consumo, conforme descrito na introdução da publicação. (1) Inclui os rendimentos monetários e não monetários e a variação patrimonial. (2) inclusive sem rendimento.

Page 97: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

96

APÊNDICE F - Despesa média familiar, população da área RURAL, segundo

tipo de despesas - Brasil.

Tabela 9 – Distribuição das despesas monetária e não monetária média mensal

familiar, por classes de rendimento total e variação patrimonial mensal familiar, segundo os tipos de despesa, com indicação do número e tamanho médio das famílias, na área rural – Brasil – período 2008-2009.

Page 98: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

97

Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenação de trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009.

Nota: O termo família está sendo utilizado para indicar a unidade de investigação da pesquisa, unidade de consumo, conforme descrito na introdução da publicação. (1) Inclui os rendimentos monetários e não monetários e a variação patrimonial. (2) inclusive sem rendimento.

Page 99: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

98

APÊNDICE G – Contribuição dos grupos socioeconômicos para a formação da

classe média

Tabela 10 - Contribuição dos grupos socioeconômicos para a formação da classe média, 2012.

Page 100: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

99

Fonte: SAE/PR - Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), p.20-21.

Page 101: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

100

APÊNDICE H - Percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal

Gráfico 24 - Percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade, segundo as classes de rendimento mensal domiciliar per capita – Brasil – 2005/2011.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005/2011, p.47.

Page 102: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

101

APÊNDICE I – Percentual de pessoas que utilizaram a Internet

Gráfico 25 – Percentual de pessoas que utilizaram a Internet, no período de referencia dos últimos três meses, na população de 10 anos ou mais de idade, por classe de rendimento mensal real domiciliar per capita a preços de setembro de 2011 – Brasil – 2005/2011.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005/2011, p.42.

Page 103: PARTICIPAÇÃO DAS CLASSES “D” E “E” NO MERCADO DE …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9985/1/CT_COTEL_2015_1_1.pdfResponsável pela Atividade de Trabalho de

102

APÊNDICE J - Percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal segundo os grupamentos de atividade do trabalho principal

Gráfico 26 - Percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência, segundo os grupamentos de atividade do trabalho principal – Brasil - 2005/2011.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005/2011, p.49.