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28/04/2016
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Prof. Leandro C. Araujo (DBZ)
Zootecnista
Campus de Ilha Solteira
Pastagens consorciadas
Introdução
Cultivo consorciado
Envolve o plantio de duas ou mais espécies
numa mesma área, de modo que uma das
culturas conviva com a outra (ou outras),
durante todo o seu ciclo ou, pelo menos, parte
dele.
(Portes, 1984).
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Introdução
Pastagem consorciada
Área onde exista pelo menos duas espécies
vegetais de interesse zootécnico e/ou
agronômico, onde pelo menos uma delas seja
destinada ao pastejo animal.
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Introdução
Por que consorciar?
- Fixação biológica de N2;
- Banco de proteína;
- custos de recuperação/reforma da pastagem;
- disponibilidade de forragem no inverno e
- Diversificar a produção (grãos e madeira)
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Introdução
Tipos de consórcios para pastagens
a. Temporário
- Sobressemeadura
- Integração lavoura-pecuária
b. Permanente
- Silvipastoril
- Gramíneas e leguminosas
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Sobressemeadura
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Sobressemeadura
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Definição
Prática de semear uma forrageira de
inverno sobre uma área de pastagem já
estabelecida.
Objetivo
Aumentar a disponibilidade de forragem
durante o período de inverno.
Figura. Taxa de acúmulo de capim-tanzânia com (▲---) e sem (■ ___) irrigação em São Carlos, SP. (Silva, 2005).
Manteve a estacionalidade
de produçãoSobressemeadura
Sobressemeadura
Sobressemeadura
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Variáveis Jul Ago Set
Aveia (kg MS/ha) 440 1.358 1.474
Tanzânia (kg MS/ha) 888 318 440
Total A+T (kg MS/ha) 1.320 1.676 1.914
Aveia (%) 33 81 77
Tanzânia (%) 67 19 23
4.910
3.272
1.646
36 %
64 %
Tabela. Disponibilidade de MS de aveia e capim-tanzânia em sobressemeadura, em São Carlos-SP.
(Rodriguez et al., 2006)
Sobressemeadura
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Opções para a sobressemeadura
Aveia Azevém
Sobressemeadura
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Inverno seco há necessidade de irrigação
Foto: Fernando Mendonça
Sobressemeadura
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Forma de implantação
- Semear de abril a maio
- Aconselhável misturar as sementes a um material
de coloração clara (calcário ou superfosfatos)
- Antes do pastejo
Foto: Patricia Oliveira (2005)
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Sobressemeadura
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Forma de implantação
- Roçar a pastagem a 10 cm;
- Sistema com pastejo rotativo será escalonado
Manejo
- 1° pastejo com 30 dias;
- Demais com 28 a 35 dias (antes que 15% dos
perfilhos possuam meristema apical elevado;
- Pastejo a 10 cm;
- Persiste até outubro/novembro
Sobressemeadura
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Consórcio de capim-tanzânia com aveia
Integração lavoura-pecuária
15Foto: Nino Lima
Integração lavoura-pecuária
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Definição
Cultivo simultâneo de uma espécie
forrageira e uma cultura de grãos.
Objetivo
Reduzir os custos de implantação/reforma
da pastagem
Integração lavoura-pecuária
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Principais benefícios
- Produção de grãos ou silagem e pastagem.
- Mesmo preparo de solo, adubação e plantio
para ambas culturas.
- Redução na necessidade de aplicação de
herbicidas e inseticidas.
Integração lavoura-pecuária
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Dificuldades
- Gerenciamento mais complexo;
- Necessidade de máquinas e implementos;
- Investimentos em animais e cercas.
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Integração lavoura-pecuária
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Forma de implantação
Semear simultaneamente a cultura e a pastagem em
linhas.
Integração lavoura-pecuária
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Opções de cultivos
Pastagem
Brachiaria spp.;
Panicum spp.
Lavoura
Milho; Soja;
Arroz e Sorgo
Integração lavoura-pecuária
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Colheita para silagem
Colheita para grãos
Foto: Zimmer. s/d
Silvipastoril
22Foto: Nino LimaFoto: Zimmer. s/d. (ILPF)
Silvipastoril
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Definição
É a combinação intencional de árvores, pastagem e
gado numa mesma área, ao mesmo tempo, e manejados de
forma integrada.
Objetivo
Incrementar a produtividade por unidade
de área.
(Embrapa Floresta)
Silvipastoril
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Vantagens
- Bem-estar animal;
- Fertilidade do solo;
- Reduz a erosão;
- Renda alternativa (madeira) e
- Melhora o ambiente e valoriza a propriedade
(Oliveira, 2003)
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Silvipastoril
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Características desejáveis das árvores
- Potencial econômico;
- Crescimento rápido;
- Preferencialmente leguminosas;
- Sem efeito tóxico para os animais;
- Copa não muito densa e
- Que não se alastrem pelo pasto.
(Oliveira, 2003)
Silvipastoril
26(Porfírio-da-Silva et al., 2010)
Nome comum Nome científico
Eucaliptos (várias espécies e híbridos)
Eucalyptus spp
Grevílea Grevillea robusta
Pínus Pinus spp.
Paricá, pinho cuiabano Schyzolobiumamazonicum
Mogno africano Kaya ivorensis
Cedro australiano Toona ciliata
Canafístula Pelthophorum dubium
Tabela. Algumas espécies madeireiras utilizadasem arborização de pastagens no Brasil.
Silvipastoril
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Formas de implantação
1. Plantio em linha
(Oliveira, 2003)
Silvipastoril
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Formas de implantação
2. Plantio disperso na pastagem
(Oliveira, 2003)
Silvipastoril
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Formas de implantação
3. Plantio em bosque
(Oliveira, 2003)
Gramínea e leguminosa
30Foto: Nino Lima
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Gramínea e leguminosa
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Definição
Cultivo simultâneo de duas ou mais
espécies forrageiras gramíneas e leguminosa.
Objetivos
- Fixar nitrogênio no solo
- Suplementação proteica
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Principais benefícios
- Reduzir custo com adubos nitrogenados
- Elevar o teor de proteína da pastagem
- Melhorar as propriedades do solo
Gramínea e leguminosa
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Principais causas pela baixa adoção da
tecnologia
• Falta de persistência da leguminosa devido ao
manejo inadequado;
• Uso de cultivares não adaptados às diversas
condições edafoclimáticas.
Gramínea e leguminosa
(Paulino et al., 2008) 34
• Carência de cultivares comerciais adaptados
a estresses ambientais;
• Baixa disponibilidade e alto custo de
sementes no mercado;
• A não correção e manutenção da fertilidade
do solo.
Gramínea e leguminosa
(Paulino et al., 2008)
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Formas de implantação
1. Implantação da leguminosa em pastagens
de gramíneas já estabelecidas.
Gramínea e leguminosa
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Origem: BrasilPropagação: semente e mudaCiclo vegetativo: perenePB: 16 a 18%Luz: toleranteFixação de N2: 80 a 120 kg/ha/anoCvs: Amarillo e Belmonte
Gramínea e leguminosa
Amendoim forrageiro (Arachis pintoi Krapov. & W.C. Greg.)
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Origem: América do Sul
Propagação: semente
Ciclo vegetativo: bianual
PB: 16 a 18%
Luz: médio tolerante
Fixação de N2: 180 kg/ha/ano
Gramínea e leguminosa
Estilosantes Campo-grande (Stylosanthes spp)
S. Capitata (80%)
S. Macrocephala (20%)
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Origem: América do Sul e Central
Propagação: semente
Ciclo vegetativo: perene
PB: 16 a 24%
Fixação de N2: 250-350 kg/ha/ano
Gramínea e leguminosa
Calopogônio (Calopogonium muconoides Desv.)
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Origem: América do Sul e Central
Propagação: semente
Ciclo vegetativo: perene
PB: 21 a 22%
Fixação de N2: 376-500kg/ha/ano
Gramínea e leguminosa
Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit.