29
1 Pastagens Ana Cláudia Ruggieri Prof. Assistente Dr.UNESP/Jaboticabal E-mail: [email protected] UNESP - Jaboticabal/SP Brasil Pastagens 48% Matas e florestas 27% lavouras 21% Área total 354 milhões de hectares (IBGE, 2010). Distribuição das atividades no Território Brasileiro Área de pastagem no Brasil (ANUALPEC 2009 e IBGE 2010) Espécies cultivadas Espécies nativas 122 milhões de hectares 52 milhões de hectares 202 milhões de cabeças de bovinos (186 milhões B. Corte) 9 milhões de toneladas de equivalente carcaça

PASTAGENS - javali.fcav.unesp.brjavali.fcav.unesp.br/sgcd/Home/departamentos/zootecnia/ANACLAUDIA... · Dossel: Parte aérea caracterizada pelo arranjo dos seus componentes:perfilhos,

  • Upload
    dinhtu

  • View
    227

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

1

Pastagens

Ana Cláudia RuggieriProf. Assistente Dr.UNESP/Jaboticabal

E-mail: [email protected]

UNESP - Jaboticabal/SP

Brasil

Pastagens 48%

Matas e florestas 27%

lavouras 21%

Área total 354 milhões de hectares (IBGE, 2010).

Distribuição das atividades no Território Brasileiro

Área de pastagem no Brasil(ANUALPEC 2009 e IBGE 2010)

Espécies cultivadas

Espécies nativas

122 milhões de hectares

52 milhões de hectares

202 milhões de cabeças de bovinos

(186 milhões B. Corte)

9 milhões de toneladas de equivalente carcaça

2

Estimativa das áreas ocupadas por pastagens em Estados selecionados

Estimativa da proporção de pastagens cultivadas em relação à área total ocupada por plantas forrageiras

em Estados selecionados

Representação da escala da ilusão

Velocidade de retorno do capital investido em sistemas de pecuária a pasto

Terminologia em Forragicultura

Terminologia em ForragiculturaForragem: Partes aéreas de uma população de plantasherbáceas, que podem servir na alimentação dos animais empastejo, ou colhidas e fornecidas.

Relvado: Comunidade de plantas.

Dossel: Parte aérea caracterizada pelo arranjo dos seuscomponentes: perfilhos, folhas, caules e inflorescência.

Pastagem: Unidade de manejo de pastejo, fechada e

separada de outras áreas por cerca ou barreira. Contém

bebedouro e cocho para sal.

3

Pasto: Forrageira que está disponível na pastagem.Piquete: Área de pastejo correspondente a uma sub-divisão da pastagem, fechada e separada de outras áreas.

Piquete 1

Piquete 2

Cerca

Pastejo: Ato de desfolhar a planta enraizada no campo, realizada pelo ruminante. Para o animal envolve busca, apreensão e ingestão.

• Intensidade de corte ou pastejo édeterminada pela altura de corte oupastejo da planta.

Aumento da intensidade

Intensidade de corte ou pastejo

• Eficiência de Pastejo: Percentual de forragemconsumida no intervalo de tempo do pastejo,relativamenteao acúmulo de forragem.

• Pressão de Pastejo: Número de animais, de classedefinida, por unidade de peso de forragem (forragemdisponível na pastagem). Este termo se aplica melhorao sistema de pastejo de lotação contínua. Ex: kgPV/kg MS

Pressão de pastejoAumentando Aumentando

• Oferta de forragem: Peso de forragem porunidade de peso vivo animal. Ex: 6kg MS/100kgPV

• Estabelece relação entre massa de forragem econsumo potencial de forragem por hectare. Ex:1/pp

• Este conceito é mais apropriado ao sistema depastejo intermitente.

• Taxa de lotação: Número de animais, de classedefinida, por hectare e por período de tempodefinido. Ex: 4UA/ha período das água

4

• Capacidade de suporte é definida como onúmero de animais por área, no ótimo dapressão de pastejo. Ex: 2UA/ha/ ano

•Subpastejo é a situação em que há sobra deforragem produzida

•Superpastejo é a situação em que há excesso de animais por forragem produzida.

Sistemas de utilização do pastagem

• Lotação contínua é caracterizada quando numapastagem sempre há animais para pastejo.Geralmente, utiliza-se grandes áreas.

Os métodos de pastejo apresentam variação

dentro do mesmo prática de pastejo.

• Pastejo de lotação contínua, com taxa de lotação fixa e

variável

•Lotação rotacionada ou intermitente é opastejo intermitente, intercalando-se períodosde descanso e pastejo.

Sistemas de utilização do pastagem

5

Variações do método de lotação

rotacionadaa) Pastejo de lotação rotacionada (taxa de lotação fixa)

b) Pastejo de lotação rotacionada (taxa lotação variável)

Variações do método de lotação

rotacionada

a) Pastejo de lotação rotacionada, em faixa b) Pastejo de 1º e último

Variações do método de lotação

rotacionada

Creep - grazing

Vacas e bezerros bezerros

Pastejo diferido

Variações do método de lotação

rotacionada

Pastejo

diferido

Pastejo

diferido

Água e cocho

Objetivo do Manejo de Pastagem

• 1. Otimizar a produção forrageira;

• 2. Otimizar a eficiência do uso da forragem;

• 3. Garantir a persistência da pastagem;

• 4. Otimizar o desempenho animal.

Com relação a produção, eficiência e persistência

da planta...

A perenidade das gramíneas forrageiras é

garantida pela:

• 1. Capacidade em rebrotar após cortes oupastejo sucessivos;

• 2. Capacidade de emitir folhas demeristemas remanescentes;

• 3. Perfilhar, permitindo a sobrevivência àscustas da formação de uma nova área foliar.

6

Planta Solo

Clima

Animal

Manejo

Figura - Representação esquemática das interações que ocorrem no ecossistema

de pastagens

Espécies Forrageiras mais utilizadas

GramíneasGênero Brachiaria

Brachiaria purpurascens

Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf Brachiaria dictyoneura

7

Brachiaria humidicola Brachiaria radicans ou arrecta

Brachiaria decumbens Brachiaria híbrido

(cv.Mulato)

Brachiaria brizantha cv. XaraésGênero Panicum

8

Panicum maximum cv. MombaçaPanicum maximum cv Tanzania

Panicum maximum cv ÁriesPanicum maximum cv Atlas

Panicum maximum

cv Massai

9

Gramíneas do Gênero

Cynodon

Cynodon dactylonCapim bermuda, grama seda

Coast cross

Cynodon dactylonCynodon spp.

Tifton 85

Cynodon plectostachyus

Capim estrela da África

Cynodon nlemfuensiscv. Florona, cv. Florico

10

Gênero Penisetum

Pennisetum purpureum Schumack

Capim Napier Napier RoxoParaíso

Taiwan Andropogon gayanus

11

Capim BuffelCapim de rhodes

Leguminosas

Gênero Stylosanthes

Arachis pintoi

12

Pueraria phaseoloides – Kudzu tropical Leucaena leucocephala – Leucena

Cajanus cajan - feijão guandu

Medicago sativa - alfafa

13

Calopogonium mucunoides

Neonotonia wightii – soja perene Formação de Pastagens

Etapas do Processo de Formação

FORMAÇÃO DE PASTAGENS

• Escolha da área

• Amostragem do solo

• Preparo e correção do solo

• Escolha da espécie

• Plantio

• Controle de invasoras

• Pastejo de formação

• Adubação de reposição/produção

14

Planejamento

Ferramenta gerencial que enfoca a previsão e provisão

econômica dos recursos para atender as mais variadas

demandas que surgem em um projeto ouempreendimento agropecuário.

• Previsão: recursos na produção de alimentos, compra

de insumos, máquinas e equipamentos.

• Provisão: recursos para satisfazer as necessidades da

propriedade (dia a dia) – propostas de tecnificação

Planejamento

• É decidir antecipadamente o que deve ser feito, qual

estratégia ou tecnologia deverá ser utilizada, levando em

consideração as particularidades da propriedade e doproprietário.

efetuado em função de análise global de viabilidade

econômica na adoção de tecnologias

* Deve ser flexível atender as constantes mudanças

mercadológicas

Estimativas precisas sobre o futuro

MANEJO DE PASTAGENSGanho de peso: 0,8 kg/dia

Potencial de ganho de 0,8 kg/dia nas águas

Potencial de produção: 10 a 12 l/vaca/diaNas águas

15

Depende do manejo adotado“Subpastejo ou superpastejo”

Ralações entre forragem disponível e ganhos por área e por animal

Blaser, 1988

Sub Pastejo

O manejo adequado tem por objetivo manter a

produtividade da pastagem, mantendo o numero de

animais de acordo com a quantidade de forragem

disponível

Superpastejo

O manejo adequado tem por objetivo manter a

produtividade da pastagem, mantendo o numero de

animais de acordo com a quantidade de forragem

disponível

(STODDART et al., 1975)

Efeito da pressão de pastejo na composição botânica e proporção

relativa de plantas palatáveis, não palatáveis e invasoras

Processo de Degradação Intenso

16

MANEJO DE PASTAGENS

Taxa de lotação

Pressão de pastejo

Capacidade de suporte

Valor nutritivo de plantas forrageiras

Blaser, 1988

Disponibilidade de forragem

e

Desempenho animal

Disponibilidade de forragem, digestibilidade in vitro da

matéria seca (DIVMS) relacionado ao desempenho animal(Wheeler, 1981).

17

Pastejo seletivo

Pastejo seletivo

Decisão do que comerPiquete de Capim Tanzânia

Pastejo rotacionado, 33 dias de descanso e 3 dias de ocupação

Primeiro dia de pastejo

Terceiro dia de pastejo

Segundo dia de pastejo

4% do PV

13% do PV 10% do PV

7% do PV

18

Extrusa úmida do cruzamento industrial

Extrusa Nelore Cruzamento industrial

19

Período de Seca

O que fazer??

Suplementação

X

Utilização do pasto

Suplementação de Bovinos em

Pastagens

A suplementação de animais em pastejo é

realizada com os seguintes objetivos:

Corrigir a deficiência de nutrientes da forragem;

Aumentar a capacidade de suporte das pastagens;

Potencializar o ganho de peso;

Diminuir a idade ao abate;

Auxiliar no manejo das pastagens;

Fornecer aditivos ou promotores de crescimento.

Valores de PB do pasto < 7,0 %, deficiência

Acima de 12,0 % atende exigência de gado

de corte

20

Período de Seca

O que fazer???

Ensilagem de Milho

Silagem de milho

- Volumoso nutricionalmente completo

- Relação energia / proteína

- Produção de massa ( 40 ton./ha)

- Fácil cultivo

- NDT : 60 a 68 % % de grãos na MS (> 40 %)

- PB : 5 a 8 %

- Custo de Produção: R$ 54,80

- Determinação do Ponto de colheita (linha do leite)

Silagem de sorgo

- Menor exigência em fertilidade do solo

- Maior resistência à seca

- Fácil cultivo

- Elevada produção de massa ( 50 ton./ha )

- NDT : 56 a 60 % – forrageiro, grãos e duplo propósito

- PB : 7 a 11 %

- 85 a 90 % do valor nutricional do milho

- Custo de Produção: R$ 46,50

- Ponto de colheita ( panícula – grãos leitosos )

Ensilagem de Gramíneas

Forrageiras Tropicais

Processo de ensilagem - Corte

21

Processo de ensilagem - Enchimento Processo de ensilagem - Compactação

Compactação

Processo de ensilagem - Fechamento Vedação

22

Estabilidade aeróbia Estabilidade aeróbia

Silagem de

cana-de-açúcar

Silagem de Cana-de-açúcar

23

Silagem de Cana-de-açúcar

Colheita

Fermentação

Silagem de Cana-de-açúcar

Desempenho

CONSERVAÇÃO DE FORRAGENS:

FENAÇÃO

➢ É a conservação do VN da forragem

através da desidratação rápida e

parcial, paralisando a atividade

respiratória das plantas, bem como a

dos microrganismos.

Fenação

Corte

Corte

24

Ancinho X fase de secagem

Enleirar

EnleirarEnfardar

Enfardamento Enfardamento

25

ArmazenamentoArmazenamento

Armazenamento Armazenamento

Armazenamento Armazenamento

26

Armazenamento

Sobressemeadura de

Espécies Anuais em

Pastagens Perenes

Sobressemeadura é a prática de se estabelecer

culturas forrageiras anuais em pastagens

formadas com espécies perenes, normalmente

dominadas pôr gramíneas, ou áreas destinadas a

produção de feno, sem destruir a vegetaçãoexistente.

Semeadura

SOBRESSEMEADURA Estabelecimento

27

Utilização Utilização

Utilização Utilização

CUSTOS

DE

FORMAÇÃO OU REFORMA

28

68,93

2,29

28,78

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

Componentes do Custo de Formação e Reforma de

Pastagens de Brachiaria brizantha

Operações Mecanizadas Operações Manuais Insumos

0,00

18,17

0,00

48,46

28,82

0,004,54

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

INFLUÊNCIA DOS INSUMOS NA COMPOSIÇÃO DO

CUSTO PARCIAL

Sementes Capim

Sementes Capim (VC:

32%)

Mudas

Calcário

Super Simples

Fert. 20-00-20

Formicida

Custo/benefício da formação de pastagens

(US$/ha)

Custos anuais (R$) para propriedades

com 3 mil ha

* Fazenda tradicional - Medo de mudanças e falta de informações

29

* Fazenda Empresa – Gerenciamento da informação gera lucros

Pecuária no Brasil

• Pastagens: 110 milhões de hectares

Agricultura: Invasão das áreas de pastagem

22 milhões de hectares até 2012

• Intensificação dos sistemas de produção

+ gado em menos pasto

ABASTECIMENTO DO MERCADO

MUNDIAL DE CARNE

BRASIL : 2012

Obrigada