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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações! A vida no Planeta Escrevo estas linhas ao som do Hino da Campanha da Fraternidade 2011, que insiste no refrão “Vai depender de nós, vai depender de nós”. Com facilidade apontamos, como responsáveis pela destrui- ção do mundo, os governantes, o sistema, as estruturas... E quem vai consertar essa situa- ção? As políticas públicas, as autoridades, en- fim, os outros. Corremos o risco de passar por um tema tão próximo de nós, tão determi- nante para o bem estar nosso e de nossos fi- lhos, sem “sujar as mãos”. O que nós, como famílias, temos a ver com esse assunto? Mui- ta coisa. A começar pelo nosso “estilo de vida”, padrão de consumo, produção e o mau encaminhamento do lixo que sobra dos nos- sos confortos e desperdícios. Estamos dispos- tos a mudar concretamente essas coisas? Que exemplo nós damos às novas gerações? Vai depender só de nós! O tema da Campa- nha da Fraternidade, nos toca muito de perto quando o consideramos pelo lado da Defesa da Vida. Quando a CF insiste na nossa respon- sabilidade, isso nos deixa constrangidos, mas nos obriga a ver que há uma regra que vale pra tudo: para a evangelização, para o forta- lecimento da Pastoral Familiar, para os avan- ços na vida política, na educação infantil, para a valorização dos relacionamentos interpes- soais, e até para a realização plena do Reino. E a regra é simples, óbvia e até simplória: “na nossa vida só acontece aquilo que a gente faz acontecer”. E isso não contraria a outra afi r- mação, não menos verdadeira, de que tudo depende da graça de Deus. Antes confirma a nossa responsabilidade perante a graça, que jamais falta, mas não substitui o nosso empe- nho. Agenda cheia Nossa prioridade regional deste ano, o trabalho com os casais de segunda união começa a ser aprofundado através dos encontros diocesanos, que Sednir e Maristela chamam de “maratona de Forma- ção do Setor Casos Especiais”. Seria bom que cada diocese que participasse dessa formação fosse comunicando aos outros, através do nosso boletim, suas experiências e iniciativas, com fotos e endereços de sites e blogs. E há outros eventos programados em nível nacio- nal, provincial e diocesano. O nosso boletim on-line tem registrado alguns desses encon- tros. Vamos colocar a tecnologia a serviço da comunhão, pois essa é a sua função mais no- bre. A todos, faço votos de uma frutuosa cami- nhada e conversão quaresmal, de olho na vi- tória, já garantida por Cristo, da Ressurreição e da Vida! Paz e Bem a todos! Dom João Bosco, O.F.M. Bispo de União da Vitória CNBB REGIONAL SUL 2 BOLETIM ON LINE MARÇO DE 2011

Pastoral Familiar - Março - 2011

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Pastoral Familiar - Março - 2011

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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!

A vida no Planeta – Escrevo estas linhas ao

som do Hino da Campanha da Fraternidade

2011, que insiste no refrão “Vai depender de

nós, vai depender de nós”. Com facilidade

apontamos, como responsáveis pela destrui-

ção do mundo, os governantes, o sistema, as

estruturas... E quem vai consertar essa situa-

ção? As políticas públicas, as autoridades, en-

fim, os outros. Corremos o risco de passar por

um tema tão próximo de nós, tão determi-

nante para o bem estar nosso e de nossos fi-

lhos, sem “sujar as mãos”. O que nós, como

famílias, temos a ver com esse assunto? Mui-

ta coisa. A começar pelo nosso “estilo de

vida”, padrão de consumo, produção e o mau

encaminhamento do lixo que sobra dos nos-

sos confortos e desperdícios. Estamos dispos-

tos a mudar concretamente essas coisas? Que

exemplo nós damos às novas gerações?

Vai depender só de nós! – O tema da Campa-

nha da Fraternidade, nos toca muito de perto

quando o consideramos pelo lado da Defesa

da Vida. Quando a CF insiste na nossa respon-

sabilidade, isso nos deixa constrangidos, mas

nos obriga a ver que há uma regra que vale

pra tudo: para a evangelização, para o forta-

lecimento da Pastoral Familiar, para os avan-

ços na vida política, na educação infantil, para

a valorização dos relacionamentos interpes-

soais, e até para a realização plena do Reino.

E a regra é simples, óbvia e até simplória: “na

nossa vida só acontece aquilo que a gente faz

acontecer”. E isso não contraria a outra afir-

mação, não menos verdadeira, de que tudo

depende da graça de Deus. Antes confirma a

nossa responsabilidade perante a graça, que

jamais falta, mas não substitui o nosso empe-

nho.

Agenda cheia – Nossa prioridade regional

deste ano, o trabalho com os casais de

segunda união começa a ser aprofundado

através dos encontros diocesanos, que Sednir

e Maristela chamam de “maratona de Forma-

ção do Setor Casos Especiais”. Seria bom que

cada diocese que participasse dessa formação

fosse comunicando aos outros, através do

nosso boletim, suas experiências e iniciativas,

com fotos e endereços de sites e blogs. E há

outros eventos programados em nível nacio-

nal, provincial e diocesano. O nosso boletim

on-line tem registrado alguns desses encon-

tros. Vamos colocar a tecnologia a serviço da

comunhão, pois essa é a sua função mais no-

bre.

A todos, faço votos de uma frutuosa cami-

nhada e conversão quaresmal, de olho na vi-

tória, já garantida por Cristo, da Ressurreição

e da Vida!

Paz e Bem a todos!

Dom João Bosco, O.F.M.

Bispo de União da Vitória

CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – MARÇO DE 2011

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BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall

FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB

RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600

CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122

DDoomm JJooããoo BBoossccoo BBaarrbboossaa ddee SSoouussaa

BBiissppoo ddee UUnniiããoo ddaa VViittóórriiaa--PPRR

RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall

EE--mmaaiill:: ddoommbboossccoo@@ddiioocceesseeuunniivviittoorriiaa..oorrgg..bbrr

DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm

AAsssseessssoorr RReeggiioonnaall

EE--mmaaiill:: jjcckkrruumm@@yyaahhoooo..ccoomm..bbrr

PPllaanneejjaammeennttoo ffaammiilliiaarr ee ccoonnttrroollee

ddee nnaattaalliiddaaddee:: qquuaall oo mmeellhhoorr?? Fonte: Canção Nova

Alguns países tem sofrido os efeitos do controle

de natalidade. Além disso, pesquisas mostram

que o Brasil pode sofrer estas consequencias,

acarretando, por exemplo, no envelhecimento

mais rápido da população. De acordo com dados

do IBGE, até 2025, o Brasil será o sexto país do

mundo com o maior número de pessoas idosas.

Como, então, as famílias podem continuar

abertas à vida, realizando o planejamento fami-

liar de acordo com os ensinamentos da Igreja,

sem entrar na lógica do controle de natalidade?

Segundo o Bispo auxiliar do Rio de Janeiro e

membro da Comissão Episcopal Pastoral para a

Vida e a Família da CNBB, Dom Antônio

Augusto, as famílias podem realizar um plane-

jamento familiar e não, simplesmente, um con-

trole de natalidade para o país.

"[O planejamento] não depende de uma tecno-

logia, uma técnica, mas de que os esposos se

amem, se respeitem e procurem fazer do amor

matrimonial o amor pelo nosso país”, comple-

menta.

Dom Antônio explica que todos os projetos de

programa familiar promovidos pelos governos

de vários países tem como base a justiça social,

com o objetivo de realizar uma eficaz distribui-

ção de riquezas. Contudo, conforme salienta o

prelado, a justiça verdadeira deve ter como fun-

damento a caridade.

“A caridade sem justiça nem sempre pode

produzir frutos. E justiça sem caridade pode

acarretar em valorização de técnicas e progra-

mas, esquecendo-se que o ser humano não pode

estar condicionado por estes procedimentos,

mas ele necessita de amor e deve ser acolhido

com amor”, explica.

Um dos países que mais sofrem com o rigoroso

controle de natalidade é a China. Segundo padre

José Li GuoZhong, que é chinês e exerce o seu

ministério na Arquidiocese do Rio de Janeiro,

as leis de controle de natalidade começaram no

país na década de 80, sendo a fiscalização mais

rígida nas grandes cidade do que no campo.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro defende que uma

paternidade responsável só é garantida pela caridade

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PPaappaa aaddvveerrttee qquuee aaddeeqquuaaddaa pprreeppaarraaççããoo

mmaattrriimmoonniiaall eevviittaa eeqquuíívvooccooss

Fonte: Canção Nova

o receber no dia 22 de janeiro de

2011 os membros do Tribunal da

Rota Romana, o Papa Bento XVI

advertiu a necessidade de favorecer, de

modo particular no campo do matrimônio

e da família, uma dinâmica de articulação

harmoniosa entre o Direito e a Pastoral,

cuja relação é tantas vezes objeto de mal-

entendidos.

Mais especificamente, Bento XVI disse

considerar a dimensão jurídica inata na a-

tividade pastoral de preparação e admissão

ao matrimônio.

Embora sem ignorar a necessidade dos

passos jurídicos que precedem o matrimô-

nio (para verificar que nada se oponha à

sua celebração válida e lícita), é contudo

“difusa a mentalidade segundo a qual o

exame dos noivos, as publicações matri-

moniais e outros meios oportunos para

cumprir as necessárias investigações pré-

matrimoniais, constituiriam práticas de

natureza exclusivamente formal”, declarou

o Papa.

Há, pois, que “refletir sobre a dimensão

jurídica do próprio matrimônio”, pois esta

está intrinsecamente ligada à essência des-

te. Neste contexto, Bento XVI reafirmou

quanto recordara já, nesta mesma circuns-

tância, quatro anos atrás: “Perante a rela-

tivização subjetivista e libertária da expe-

riência sexual, a tradição da Igreja afirma

com clareza a índole naturalmente jurídi-

ca do matrimônio, isto é, a sua pertença,

por natureza, ao âmbito da justiça nas

relações inter-pessoais. Nesta ótica, o

direito entrelaça-se realmente com a vida

e com o amor; como um seu dever-ser”.

É nesta perspectiva que há que conside-

rar o ius connubii, o direito a casar-se, que

não é uma pretensão subjetiva, mas pres-

supõe que se possa e queira realmente ce-

lebrar o matrimônio “na verdade da sua

essência tal como é ensinada pela Igreja”.

Não se nega nenhum direito quando não

se realiza um matrimônio por evidente dos

pressupostos para o exercício de tal direi-

to. Por outras palavras, “se faltasse clara-

mente a capacidade requerida para uma

pessoa se casar, ou então se a vontade se

prefixasse um objetivo em contraste com a

realidade natural do matrimônio”.

Nesta ordem de ideias, Bento XVI in-

sistiu na importância da ppaassttoorraall pprréé--

mmaattrriimmoonniiaall, nomeadamente nos contatos

AA

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pessoais do pastor com os noivos que se

preparam para o casamento. “Há que co-

locar o máximo cuidado na formação dos

noivos e na prévia verificação das suas

convicções no que diz respeito aos

irrenunciáveis compromissos quanto à

validade do sacramento. Um sério dis-

cernimento a este respeito poderá evitar

que impulsos emotivos ou razões superfi-

ciais levem os dois jovens a assumir

responsabilidades que não serão capazes

de respeitar”, observou o Papa.

O Santo Padre destacou também que “ma-

trimônio e família são instituições que de-

vem ser promovidas e defendidas de qual-

quer possível equívoco sobre a sua verda-

de, porque todo e qualquer dano aqui

provocado constitui na realidade uma

ferida infligida à convivência humana

como tal”.

Embora a preparação para o matrimônio

transcenda a dimensão jurídica do mesmo,

há que “não esquecer que o objetivo ime-

diato dessa preparação é promover a ce-

lebração livre de um verdadeiro matrimô-

nio, isto é, a constituição de um vínculo de

justiça e amor entre os cônjuges, com as

características de unidade e indissolubili-

dade, ordenado ao bem dos cônjuges e à

procriação e educação da prole”.

Entre os meios para verificar se o proje-

to dos noivos é efetivamente “conjugal”,

sobressai o exame pré-matrimonial, que

como Bento XVI destacou, tem como

objetivo, principalmente jurídico, verificar

que nada se oponha à válida e lícita cele-

bração das núpcias. “Jurídico não quer

dizer formalista, como se fosse uma mera

prática burocrática consistindo em preen-

cher um formulário tendo como base per-

guntas rituais. Trata-se, isso sim, de uma

ocasião pastoral única – a valorizar com

toda a seriedade e atenção que se exige –

na qual, através de um diálogo cheio de

respeito e cordialidade, o pastor procura

ajudar a pessoa a situar-se seriamente

perante a verdade sobre si mesma e sobre

a sua própria vocação humana e cristã

para o matrimônio”, explica o Pontífice.

O Papa insistiu no “clima de plena sin-

ceridade” que se exige, em que se deve ti-

rar partido do fato de serem os noivos os

primeiros interessados nisso mesmo. Ben-

to XVI advertiu que se pode “desenvolver

uma eficaz ação pastoral visando a

prevenção da nulidade matrimonial”,

interrompendo, assim, um círculo vicioso

entre casamentos precipitados e anulações

facilitadas.

“Há que se empenhar para que, na medi-

da do possível, se interrompa o círculo

vicioso que muitas vezes se verifica entre

uma admissão fácil ao matrimônio, sem a

adequada preparação e sem um sério

exame dos requisitos previstos para a sua

celebração, e uma declaração judiciária

igualmente fácil, mas de sinal oposto, na

qual se considera o próprio matrimônio

apenas com base na constatação da sua

falência”, concluiu.

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Mês Data Evento Local/ Responsabilidade

ABR

02 e 03 Encontro Provincial – Cascavel Univel – Cascavel/PR

16 e 17 Encontro – Multiplicadores de Defesa da Vida Província de Londrina/PR

30 Reunião – Coordenação da CRPF Londrina/PR

MAI

01 Reunião – Coordenação da CRPF Londrina/PR

15 Dia Internacional da Família Paróquias e Dioceses

21 e 22 Encontro – Multiplicadores de Defesa da Vida Província de Cascavel/PR

28 Simpósio da Família Aparecida/SP

29 3ª Peregrinação Nacional das Famílias Aparecida/SP

Celebra-se no dia 19 de março a Solenidade de São José. Neste dia, a Igreja, es-palhada pelo mundo todo, re-corda solene-mente a santida-de de vida do seu patrono.

Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, São José foi escolhido por Deus para ser o pa-trono de toda a Igreja de Cristo.

Seu nome, em hebraico, significa “Deus cu-mula de bens”.

No Evangelho de São Mateus vemos como foi dramático para esse grande homem de

Deus acolher, misteriosa, dócil e obedien-temente, a mais suprema das escolhas: ser pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo.

"Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa" (Mt 1,24).

O Verbo Divino quis viver em família. Hoje, deparamos com o testemunho de José, “Deus cumula de bens”; mas, para que este bem maior penetrasse na sua vida e história, ele precisou renunciar a si mesmo e, na fé, obedecer a Deus acolhendo a Virgem Maria.

Da mesma forma, hoje São José acolhe a I-greja, da qual é o patrono. E é grande inter-cessor de todos nós.

Que assim como ele, possamos ser dóceis à Palavra e à Vontade do Senhor.

Abril

Maio

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 66

EEuuggeenniiaa:: ffeettooss aanneennccééffaallooss ssããoo ssuubbuummaannooss

""ppoorr eexxcceellêênncciiaa"",, aaffiirrmmaa aannttrrooppóóllooggaa Fonte: http://www.fundadores.org.br/

Conhecida militante pró-aborto, a antropólo-

ga Debora Diniz (foto acima) escreveu um arti-

go (02/fev/2011) em defesa da “interrupção se-

letiva da gravidez” (ISG) - tradução: assassinato

de bebês por possuírem deficiências graves - no

qual nos fornece as sinistras razões que há por

detrás da luta pela descriminalização desse tipo

de aborto.

No texto pedante e cheio de neologismos com

ar pretensamente acadêmico, Debora Diniz

afirma:

“Primeiramente, a anencefalia sustenta seu

reinado dentre as patologias por seu caráter

clínico extremo: a ausência dos hemisférios

cerebrais. Mas esta, no meu entender, não é a

razão suficiente para fazer dos fetos portadores

de anencefalia a metáfora do movimento em

prol da legitimação do aborto seletivo.”

Por quê? Porque o assim chamado “aborto sele-

tivo” visa não somente bebês com essa defici-

ência, mas a todos aqueles que forem caracteri-

zados pelos abortistas como sendo subumanos.

Leiam: “A ausência dos hemisférios cerebrais,

ou no linguajar comum „a ausência de cére-

bro‟, torna o feto anencéfalo a representação

do subumano por excelência.”

O anencéfalo seria, então, o subumano “por ex-

celência”, deixando claro que haveria outras

formas “não tão excelentes” de “subumanida-

de”. O que seriam esses subumanos? Aqueles

que logo morreriam depois de nascer ou mesmo

antes do parto? Não.

“Os subumanos são aqueles que, segundo o

sentido dicionarizado do termo, se encontram

aquém do nível do humano. Ou, como prefere

Jacquard, aqueles não aptos a compartilharem

da „humanitude‟, a cultura dos seres humanos.

Os fetos anencéfalos são, assim, alguns dentre

os subumanos - os que não atingiram o pata-

mar mínimo de desenvolvimento biológico exi-

gido para a entrada na humanitude (...)”.

Debora Diniz cita a seu favor o padre progres-

sista “Fernando Altemeyer Junior, vigário

coadjutor da Comunicação da Arquidiocese de

São Paulo, em artigo publicado no Jornal do

Brasil, em 1 de abril de 1996, que dizia o

seguinte sobre o aborto seletivo em casos de

anencefalia: „...Muitos moralistas católicos de

renome têm se posicionado em favor desta ope-

ração cirúrgica no caso específico da anencefa-

lia, pois não são seres humanos os frutos desta

gestação e portanto não se poderia exigir desta

mãe o sacrifício de uma gravidez que não pu-

desse oferecer vida humana a uma criança des-

tinada a sobreviver...’.” (Altemeyer F. A única

exceção. Jornal do Brasil 1996, Abril 1.)

Continua a antropóloga:

“Os subumanos são aqueles para quem a vida é

fadada ao „fracasso‟ - como considera

Dworkin, um jurista liberal norte-americano

estudioso do aborto - ou para quem, no mínimo,

o conceito de vida não se adequa. Os subuma-

nos são a alteridade humana extrema, aqueles

não esperados pelo milagre da procriação.”

Mesmo os aleijados não escapariam do “aborto

seletivo”:

“... Existe uma expectativa de vida muito mais

ampla e é exatamente isto o que une um feto

anencéfalo a um feto portador de trissomia do

cromossomo vinte e um e até a fetos com au-

sências de membros distais como potenciais

alvos da ISG. É uma idéia social de vida,

respaldada, é claro, pela plenitude biológica, o

que justifica grande parte das solicitações de

aborto seletivo.”

Como não pensar em eugenia - favorecida e

“justificada” como na ditadura nazista, embora,

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de momento, ainda não obrigatória - lendo as

afirmações acima?

Com a crescente paganização da sociedade, pu-

lulam idéias destoantes das virtudes excelsas da

justiça e da caridade para com o próximo defi-

ciente e aos poucos somos encaminhados para

uma ditadura pseudo-científica e darwinista on-

de só aqueles que o Estado considerar como

“perfeitos” terão direito à vida.

O Pe. Bento fez o seguinte comentário

(http://www.pastoralfamiliarcnbb.org.br/)

: Senhora Débora Diniz,

peço desculpa se meu comentário se tornar maior do que o seu artigo. Consi-dero que as suas preten-

sões de desqualificar o ser humano afetado por uma anomalia ferem a sua dignidade intrínseca e inviolável. O feto anencefálico é um ser hu-mano vivente e mesmo a sua possível reduzida expectativa de vida não nega os seus direitos e a sua dignidade. Ainda mais, uma vida atingi-da por limites psicofísicos ou como se diz, por-tadora de anomalia é certamente limitada na sua liberdade exterior, mas não diminuída na sua dignidade ontológica.

Obviamente que um indivíduo humano vale pelo seu “ser” (dasein), não pelo seu modo de “ser” (sosein). Muito menos pelo reconheci-mento que pode vir de outros, em ordem às qualidades físicas ou psíquicas as quais possua ou não. O feto com anencefalia não é relativo a nada e a ninguém para derivar do outro ou de outros a própria dignidade, ao contrário, esta é inerente à sua existência como indivíduo humano. Por esta razão, o aborto seletivo é filho de uma cultura que vê em uma vida que não responde a seus parâmetros um obstáculo e uma ameaça.

O aborto Eugênico é um sintoma de desu-manização, de uma escalada para a instalação de câmara de extermínio de recém-nascidos com deficiência, um caminho para a aplicação da eutanásia aos deficientes físicos e mentais e para a eliminação de idosos que hoje não geram lucro econômico numa sociedade capita-lista. Então, que tipo de motivos “caridosos” os

filhos não poderiam alegar para justificar a “boa ação” de eliminar seus pais idosos e doen-tes? Doutora, é urgente amparar, promover, proteger e respeitar a vida intra ou extra-uterina.

Por outro lado, não se deve subestimar a sabedoria da Legislação: “a legislação brasileira não prevê a interrupção da gravidez quando complicada por fetos com esta malformação, o que reforça a necessidade de conhecermos a fundo a sua evolução e as possíveis inovações terapêuticas para estes casos” (Sbragia e col., Arq Neuropsiquiat 62(2-B):487-491, 2004). Por-tanto, “sociedade livre, justa e solidária” (art. 3°, I, da Constituição Federal) não se constrói com violências contra doentes, inocentes e indefesos.

Dra. Débora, não seria mais honesto que a senhora lutasse por uma Política de atenção à saúde da mulher, melhoria da situação de pobreza, proteção às pessoas nascidas com de-ficiência; educação para a prevenção de uma gravidez não planejada; Centro para acolher a vida em seu limite; ajudar as gestantes que estão grávidas de filhos com qualquer tipo de anomalia; instituições que apoiam as mães, os filhos e os casais? Ou estas são metas que nos dão qualquer retorno econômico? Ou sem interesse de serem patrocinadas pelas Institui-ções Internacionais contra a vida?

A senhora e eu, mas também tantos outros somos testemunhos de que mundo está deba-tendo sobre os cuidados paliativos aos pacien-tes em fase terminal. Foi o que aconteceu, por exemplo, no 10º Congresso Internacional de Bioética no mundo globalizado, ocorrido em julho passado em Singapura.

Dra. Débora, repito Madre Teresa de Calcu-tá: “a maior destruição da paz é o aborto, pois se uma mãe pode matar sua própria criança, o que impede de eu matar a você e de você me matar? Não há nada que impeça ..." "É uma pobreza decidir que uma criança deve morrer para que você possa viver como deseja”.

Pe. Luiz Antonio Bento

Assessor Nacional da Comissão Vida

e Familia - CNBB PhD na área de Bioética

[email protected]

(61) 2103-8300

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88

FFIILLHHOOSS ÚÚNNIICCOOSS:: OO EEXXEEMMPPLLOO

DDAA SSAAGGRRAADDAA FFAAMMÍÍLLIIAA?? Fonte: MURARO, Giordano. A Moral Familiar – Resposta às perguntas mais provocadoras. São Paulo: Paulus, 1999, p.58-61

A Igreja tenta nos mostrar que ter um ou dois

filhos provoca um crescimento zero. Mas, de-

pois, propõe o modelo da Sagrada Família que

tem precisamente um único filho.

Estamos diante de um dilema: ou a Igreja tem

razão quando insiste na família com vários fi-

lhos e, então, não deve propor a Sagrada Família

como exemplo. Ou, então, esta é verdadeiramen-

te exemplar e, por isso, a Igreja não deve com-

pará-la com as famílias com um único filho.

Antes de mais nada, distingamos dois

problemas: o primeiro refere-se à exemplaridade

da Sagrada Família; o segundo, à dimensão

procriadora da família.

A Igreja propõe a Família de Nazaré como

modelo, porque realizou de modo perfeito aque-

la «íntima comunidade de vida e de amor»

(Gaudium et spes 48) que caracteriza a comuni-

dade familiar. E a realizou da maneira querida

pelo próprio Deus. Todas as famílias,

inspirando-se na família de Nazaré, devem

tornar-se uma comunidade fundada e animada

pelo amor. Um amor que não pára nas palavras e

nas emoções, mas se torna atenção e dedicação

recíproca, no respeito pela vocação de cada um.

Um amor que não se fecha na vida de casal, mas

se abre para Deus, deixando que Deus o plasme

e o aperfeiçoe, para que se torne capaz de levar

não só ajuda, conforto e segurança, mas também

salvação.

OO AAMMOORR AAOO CCÔÔNNJJUUGGEE EE AA DDEEUUSS

Nos ambientes cristãos, costuma-se dizer que

o amor conjugal é um amor «penúltimo», no

sentido de que é uma experiência que introduz

na experiência mais alta do encontro com Deus.

O destino último de toda a criatura é o «face-a-

face com Deus», inclusive para as pessoas casa-

das. E este objetivo final influi sobre o modo de

viver toda a vida presente, inclusive o amor.

Maria e José realizaram aquilo que o seu filho

haveria de exigir aos seus discípulos e a todos

quantos se casaram no Senhor: que O amassem

mais do que ao pai, à mãe, à mulher, aos filhos,

aos campos etc. (Lc 14, 26; Mt 10, 37). Não no

sentido de excluir ou de dar pouca importância a

estas pessoas; mas, no sentido de amá-las com

um amor ainda mais intenso, que tem toda a

riqueza do amor humano, mas que é enriquecido

pela força e pela beleza do amor de Deus. Por

isso, são um modelo perfeito de vida conjugal,

embora tenham vivido de uma maneira muito

especial.

Partindo do amor humano, aceitaram deline-

ar e viver o seu amor não como a carne e o

sangue ditam, mas como o Espírito exige. Deus

tinha exigido que colocassem o seu amor ao

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 99

serviço do grande projeto de salvar a humanida-

de. E, assim, o pequeno amor humano de Maria

e de José, impelido pelo sopro do Espírito,

acolheu a imensidade do amor de Deus e

dilatou-se até alcançar toda a humanidade. A

sua fecundidade superou os limites do casal e da

família para estender-se a todos.

A Igreja propõe a Sagrada Família como

exemplo para que os esposos aprendam com ela

o que é o amor e que lugar Deus deve ocupar

nesse amor. Com efeito, a Igreja recorda aos

seus fiéis que o matrimônio é um sacramento e

que a família é uma «pequena Igreja», onde cada

um põe o seu amor ao serviço de Deus para que

se torne energia salvífica para as pessoas que

formam a família. Eis porque a Sagrada Família

é modelo de todas as famílias, embora a sua

dimensão quantitativa fosse reduzidíssima. E

com isto, podemos enfrentar a segunda questão,

a da procriação.

DDEE UUMM EEXXTTRREEMMOO AAOO OOUUTTRROO

É necessário superar a mentalidade que

confunde a quantidade com a responsabilidade

e, se no passado, se considerava boa a família

numerosa, hoje passou-se ao exagero contrário e

pretende-se considerar séria e responsável a

família que procria pouco. É verdade que, na

Gaudium et spes encontramos um elogio dirigi-

do aos cônjuges «que de comum acordo e com

prudência, aceitam com grandeza de ânimo edu-

car uma prole numerosa» (GS 50). Mas estas

palavras devem ser lidas à luz de tudo quanto foi

dito nas linhas anteriores: os cônjuges «forma-

rão retamente a própria consciência, tendo em

conta o seu bem próprio e o dos filhos já nas-

cidos ou que prevêem virão a nascer, sabendo

ver as condições de tempo e da própria situação

e tendo, finalmente, em consideração o bem da

comunidade familiar, da sociedade temporal e

da própria Igreja» (GS 50). Mas não diz: «Quan-

to mais filhos, melhor», diz apenas que a

procriação deve ser responsável.

PPAAIISS RREESSPPOONNSSÁÁVVEEIISS

Portanto, quando se diz «responsável» não se

quantifica o número dos filhos. Mas se afirma

que os pais devem ser responsáveis e livres na

decisão procriativa.

1) Ser responsável significa que se está em

condições de conhecer e avaliar o que é um

filho. Conhecer as qualidades humanas que os

pais devem possuir para responder às exigências

físicas, psíquicas, morais e espirituais da prole,

pondo o filho em condições de tornar-se respon-

sável pela sua vida e de inserir-se na sociedade.

Mas, também significa que se está consciente

das limitações da família e do direito-dever de

interagir com a sociedade, de maneira a formar

os filhos como pessoas e como cidadãos.

2) Ser livre significa não estar condicionado

por fatores externos (os mass media que, hoje,

criam uma opinião pública desfavorável à

procriação; o consumismo que privilegia as coi-

sas e o bem-estar material acima das relações

humanas; a sociedade que não favorece a família

com uma verdadeira política familiar) e por

fatores internos (o trabalho do pai e da mãe; o

medo do amanhã; a dificuldade de educar; o re-

ceio de perder comodidade e liberdade; o

egoísmo, etc.).

Atualmente, já é corrente a expressão «auto-

determinação da mulher» em procriar. É uma

expressão válida, caso se entenda por autode-

terminação a conscientização e a decisão tomada

em plena liberdade; mas não é válida, se a auto-

determinação recai toda e somente na mulher e

não no casal. Chegou-se mesmo, atualmente, a

considerar a vida como uma ameaça para a vida.

E, em nome da vida, declara-se luta à vida, até

se chegar a suprimi-la. Seria um verdadeiro

passo atrás se, da parte de alguma autoridade

pública, se desse um aval a esta mentalidade. E

se a responsabilidade se identificasse com a

diminuição da vida, a todo o custo.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1100

RREEBBOOUUÇÇAASS RREECCEEBBEE CCOOMMIISSSSÃÃOO DDAA PPAASSTTOORRAALL FFAAMMIILLIIAARR DDIIOOCCEESSAANNAA PPAARRAA

DDIISSCCUUTTIIRR FFOORRMMAAÇÇÃÃOO DDEE CCAASSAAIISS

Os integrantes da Pastoral Familiar da

paróquia Senhor Bom Jesus, de Rebouças

acolheram a reunião da comissão diocesana da

Pastoral Familiar, no dia 13 de fevereiro. Estive-

ram presentes representantes das paróquias de

Rio Azul, Paulo Frontin, Mallet, União da

Vitória, General Carneiro e Bituruna.

O objetivo central da reunião foi formar as

comissões que trabalharão no encontro de For-

mação para casais que responderão pelo Setor

Casos Especiais da Pastoral Familiar. O encon-

tro já foi previamente agendado para os dias 9 e

10 de abril deste ano.

Dando sequência aos trabalhos, os partici-

pantes foram divididos em três grupos: Setor

Pré-matrimonial, Setor Pós-matrimonial e Setor

Casos Especiais. Tais grupos se reuniram a fim

de partilhar as vivências de cada paróquia

dentro do contexto dos respectivos setores. Di-

ante das discussões percebeu-se que há

certa uniformidade nos trabalhos realizados nas

paróquias, principalmente no setor pré-

matrimonial. Porém, ressaltou-se a necessidade

do fortalecimento dos demais setores, bem

como a comunicação e, assim, a troca de expe-

riência com maior frequência entre as paróquias.

Ao fim do encontro o casal coordenador,

Soeli e Marcos, reforçou a importância do forta-

lecimento da Pastoral Familiar Diocesana, lem-

brando que ela abrange o trabalho de todas

as demais pastorais e movimentos. Colaboração de Lucinéia de Castro e

Debora Gobor bo site da Diocese de União da Vitória

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1111

EEnnccoonnttrroo ddaa PPaassttoorraall FFaammiilliiaarr

eemm CCaammppoo MMoouurrããoo

Aconteceu no dia 13 de fevereiro, o encontro que marca o início dos trabalhos neste ano de 2011, da Pastoral Familiar da diocese de Campo Mourão.

Do total de 38 estiveram presentes 20 paróquias representadas por 125 agentes. As paróquias que estiveram presentes, do Decanato de Iretama: paróquia São Pedro de Corumbatai do Sul; Decanato de Goioe-re: São João Batista de Moreira Sales, Nossa Senhora Aparecida de Janiópolis, Santo Antonio de Mariluz, Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, Nossa Senhora das Candeias e Cristo Redentor de Goioere;

Decanato de Juranda: Imaculada Concei-ção de Mambore, Santo Antonio de Ubira-tã, Decanato Engenheiro Beltrão: Santo

Antonio de Araruna, Sagrado Coração de Jesus de Jussara, São Judas Tadeu de Terra Boa, Nossa Senhora das Graças de Engenheiro Beltrão, Nossa Senhora das Graças de Barboza Ferraz, São Judas Ta-deu de Quinta do Sol e Decanato de Cam-po Mourão: Santuário Nossa Senhora Apa-recida, São Francisco de Assis, Sagrada Família, Santa Rita de Cássia e Nossa Se-nhora do Caravaggio.

O evento foi no Centro de Formação Pastoral da paróquia São Francisco de Assis, em Campo Mourão.

O encontro contou com a presença de Dom João Bosco Barbosa de Sousa, bispo de União da Vitória e bispo referencial da Pastoral Familiar, no Regional Sul II (Para-ná).

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Compareceram, também, o assessor da Pastoral Familiar, na diocese, Pe. Roberto Cesar de Oliveira, que é pároco de Barbo-sa Ferraz, e o bispo diocesano Dom Francisco Javier Delvalle Paredes. De Ma-ringá, veio o casal do setor pré-matrimonial da Coordenação da CRPF do Regional Sul II, Sérgio Yamada e Maria Aurora Yamada.

Fazendo um resumo do que é a Pastoral Familiar, Dom João Bosco disse: "Ninguém está aqui por iniciativa própria; fomos cha-mados a ser família e ser família na Igreja por Alguém maior, razão da nossa vida e do nosso trabalho: Jesus Cristo. Devemos ser discípulos e missionários, como nos pede o Documento de Aparecida".

O grupo de jovens JUCAF - Juventude Católica Franciscana, da paróquia São Francisco de Assis, apresentou um teatro, e ficou responsável pela Liturgia da missa, no encerramento.

Sobre a coordenação diocesana, ficou decidido, por votação, que o casal Lafaete e Maria, continuará na coordenação por mais dois anos e, o casal Anésio e Izildi-nha, como vice-coordenadores. A partir de agora a coordenação será reestruturada conforme as diretrizes do regional Sul II, in-cluindo na equipe, representantes dos de-canatos. Será elaborado um documento com diretrizes para a coordenação dioce-sana, que será apresentado para aprova-ção, na assembleia de 6 de novembro de 2011.

Para José Fernandes dos Santos (Lafai-ete), coordenador diocesano da Pastoral Familiar, o encontro superou as expectati-vas. Um dos trabalhos que será feito, agora, é verificar o motivo da ausência de 18 paróquias. De qualquer forma, Lafaiete destacou como muito positiva a presença das 20 paróquias no encontro.

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FFRRAATTEERRNNIIDDAADDEE EE AA

VVIIDDAA NNOO PPLLAANNEETTAA “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22)

O objetivo geral da Campanha da Fraterni-dade deste ano é contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.

Há uma sequência bastante sugestiva no próprio enunciado. Primeiro o que se quer é contribuir para a conscientização.

Conscientização de quem? Há duas “categorias” destacadas: as comunidades cristãs e as pessoas de boa vontade. Ou seja, aqueles que, por causa do seu batismo já estão comprometidos com a vivência do amor em favor da vida, como discípulos missionários. E as pessoas de boa vontade, que mesmo não sendo batizadas, ou, que apesar batizadas, não participam das comunidades cristãs, mas, procuram viver a verdade no seu cotidiano.

Conscientização sobre o que? Sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas que estão presentes em nosso mundo, como um problema grave que tem ceifado muitas vidas.

Como conscientizar? Alguns subsídios podem ajudar, quando bem utilizados: Texto Base, Fraternidade Viva, Encontros Catequéticos com Crianças e Adolescentes, Jovens na CF, Fraternidade nos Círculos Bíblicos, Via-Sacra, Vigília Eucarística e Celebração da Misericórdia, Celebrações Ecumênicas, Ensino Fundamental I e II, ABC da Fraternidade e Famílias na CF. Todos estão no Manual da CF-2011, que também traz um DVD com 5 blocos, que podem ser assistidos juntos ou separadamente:

1) Introdução. Ao final as perguntas: a) Que outras CF tiveram o seu tema ligado à ecologia? b) O que faremos para que esta campanha tenha frutos em nossa comunidade?

Duração: 13’ 30”

2) Aquecimento Global, com as perguntas: a) O que mais me impressionou neste vídeo? b) Qual será nossa atitude diante dos problemas aqui apresentados?

Duração: 10’ 10”

3) Desmatamento e Agro-negócio. Perguntas: a) O que mais me impressionou neste vídeo? b) Que atividades podemos desen-volver para despertar uma consciência ecológica em nossa comunidade?

Duração: 10’ 39”

4) Água, fonte de vida. Perguntas: a) O que mais me impressionou neste vídeo? b) Quais os aspectos positivos e negativos com relação ao uso da água na minha casa e na minha cidade?

Duração: 09’

5) Sustentabilidade. Perguntas: a) Afinal, o que é sustentabilidade? b) Como eu contribuo para a susten-tabilidade do planeta? Em que aspectos devo melhorar?

Duração: 10’ 22”

Em seguida, pressupondo-se que já houve a conscientização, espera-se que aconteça a motivação.

Motivação para quê? Para participar dos debates e também das ações para enfrentar o problema e assim preservar as condições de

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vida no planeta, de uma forma madura, deixando a ingenuidade de lado. Sem racionalizar e tentar justificar que sempre se fala desse assunto, mas tudo continua do mesmo jeito. Assim deve-se participar dos debates a este respeito. Presume-se, portanto, que deverá haver debates (palestras, mesas-redondas, fóruns, seminários) planejados e organizados pelas paróquias de cada diocese com a participação de experts no assunto, ou por iniciativa de outras esferas da sociedade e do governo (audiências públicas).

Como resultado destes debates, com certeza surgirão propostas de ação, que somadas aquelas que estão sugeridas no Texto-base ajudarão na busca de resultados positivos para a preservação das condições de vida no planeta.

A 3ª parte do Texto Base, apresenta quatro aprendizados a serem feitos com esta Campanha da Fraternidade. O primeiro é assumir-se como filho/a da terra. O segundo, escutar, compreender, responder

ao grito da terra com as seguintes prioridades: 1) gerar energia com as fontes mais limpas possível e rever os seus usos; 2) redefinir o consumo necessário, diminuindo onde há consumismo, redistribuindo os recursos com justiça e solidariedade mundial; 3) redefinir o controle e o uso dos solos, priorizando a produção agroecológica de alimentos; 4) relacionar-se com a água como um bem natural e direito humano, redefinindo seus usos; 5) mudança civilizacional. O terceiro aprendizado é o que fazer para salvar a terra, com os seguintes

compromissos: 1) Compromisso pessoal, familiar e comunitário; 2) Mobilização em favor da energia solar, eólica e do movimento das águas; 3) Mobilização nacional por novas prioridades políticas; 4) Mobilização mundial em favor de acordos internacionais; 5) Mobilização em favor de uma prática cristã que revolucione a humanidade. E o quarto aprendizado com a coleta da solidariedade: gesto concreto coletivo. Das doações de cada CF, 60% ficam na Diocese e os outros 40% constituem o Fundo Nacional de Solidarie-dade. Devemos assumir o que é nosso.

Diác. Juares Celso Krum

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1155

FFaammíílliiaass nnaa CCaammppaannhhaa ddaa

FFrraatteerrnniiddaaddee

“A oração nas casas tinha uma importân-

cia significativa na Igreja dos primeiros

séculos. A casa, lugar da vida familiar, da

acolhida recebia também a grande

novidade da fé cristã.

Os encontros de

família contribuem

para revigorar esta

forma de vida ecle-

sial quando os vizi-

nhos são acolhidos

para rezar com a

família que recebe.

Junto com o forta-

lecimento da vida

de fé e do sentido

da vida eclesial

surge o aprofun-

damento do sentido

de acolhida.

Na Campanha da

Fraternidade de

2011 as famílias

são convidadas a

refletir o problema

do aquecimento

global manifestado

especialmente nas

mudanças climáticas, fenômeno que tem

gerado muita insegurança nos diferentes

lugares do mundo.

É tarefa nossa refletir essa questão nos

conscientizando da sua gravidade, mas

também reafirmarmos o compromisso com

iniciativas pessoais e da sociedade na

perspectiva de minorar este problema.

Que possamos aproveitar estes momentos

de oração em família para reavivarmos a

fé no ressuscitado e fortalecermos o com-

promisso em fazer do planeta terra a casa

de todos, uma casa „bem cuidada‟”

Este é o texto de apresentação do subsídio

“Famílias na CF”. Está à página 435 do

Manual da Campanha da Fraternidade.

São cinco encon-

tros: 1º) O tempo

está mudado, por

quê?; 2º) Deus

criou todas as coi-

sas e descansou

no sétimo dia – A

vida como dom;

3º) O pecado de

gastar mais do

que o necessário;

4º) Jesus Cristo,

dom permanente

do Pai para a re-

criação em seu

mistério pascal;

5º) O homem co-

mo cultivador do

dom que é a cria-

ção – Viver res-

ponsavelmente o

cuidado.

Os encontros estão

às páginas 436-452 do Manual da CF e

podem ser encontrados também separa-

damente num pequeno livreto intitulado

FAMÍLIAS NA CF e VIA SACRA (ou se-

ja, além dos encontros há também o roteiro

da Via Sacra). Tem 48 páginas e custa

R$ 1,20, editado pela CNBB.

Vamos aproveitar e reunir os Grupos de

Famílias nas casas para refletir, orar e

tomar as atitudes certas para a vida do

planeta. É uma das possibilidades...

Diác. Juares Celso Krum

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SETOR FAMÍLIA: INTEGRAÇÃO DAS

PASTORAIS E MOVIMENTOS É TEMA DE ENCONTRO

PROVINCIAL EM CASCAVEL/PR

A Equipe Provincial da Pastoral Fami-

liar de Cascavel/PR já está com quase tudo

pronto para o 5º ENCONTRO PROVINCIAL

DE LIDERANÇAS. O evento que em anos

anteriores foi um sucesso de participações e

de objetivos alcançados desta vez pretende

contribuir para a efetivação da pastoral de

conjunto ou pastoral orgânica como em

chamada em diversos setores. – Uma união de

esforços, segundo o casal coordenador Gerson

e Elisete Lorenzi, - se faz necessária para

atender a família, uma prioridade unânime da

Igreja Católica em todas as paróquias e dioce-

ses. - O tema é instigante, pois pretende

mexer com todas as pastorais, movimentos e

todo e qualquer organismo existente hoje em

nossas comunidades em prol de um bem

comum.

Já confirmou presença

para tratar do tema Dom

Orlando Brandes, Ar-

cebispo de Londrina e

Presidente da Comissão

Episcopal para a Vida e

Família da CNBB. Com

sua vasta experiência

como Reitor de Seminá-

rio, professor de Teologia, pregador de retiros

espirituais, conferencista e pregador de mis-

sões Dom Orlando estará no seminário no sá-

bado dia 02 de abril.

No domingo dia 03 de

abril contará com a

presença do Padre

Luiz Antônio Bento.

Como Assessor Nacio-

nal da Comissão Vida e

Família da CNBB o Pe.

Luiz Bento sabe bem a importância da pasto-

ral orgânica atuando no Setor Família e por

isso defende uma ação unificada dentro da

Igreja para enfrentar o desafio de defender em

todas as esferas de poder esse bem tão

precioso.

O encontro é aberto para todos os agentes da

Pastoral Familiar e coordenadores diocesanos

das pastorais e movimentos que trabalham

com a família, das Dioceses de Cascavel, To-

ledo, Francisco Beltrão/Palmas e Foz do

Iguaçu e tem por objetivo promover a maior

integração dos movimentos e pastorais que

trabalham com a família. Entendimento, arti-

culação e mútua ajuda. Segundo o casal

coordenador da província, em razão de espaço

físico e organização as vagas são limitadas e

por este motivo recomendam a inscrição dos

interessados o mais rápido possível.

ENCONTRO PROVINCIAL DE LIDERANÇAS DA

PASTORAL FAMILIAR DA

PROVÍNCIA DE CASCAVEL

Data 02/04/11(sábado) - 13h00 às 22h00

03/04/11(domingo)- 08h00 às 13h00

Local do Encontro

Palestras: UNIVEL (Anfiteatro) – Av. Tito

Muffato, 2317–Bairro Santa Cruz/ Cascavel.

Alojamento: CDF Centro Diocesano de For-

mação. Anexo ao Seminário São José. Entra-

da pela Rua Jorge Lacerda, 1567 Bairro: Vi-

la Claudete ou na Paróquia São Cristóvão.

Av. Brasil, 3300.

Investimento R$ 55,00 por pessoa c/ refeições e pouso.

R$ 45,00 somente c/ refeições.

Contatos Elisete e Gerson:

Fones: (45) 3224-1478 / Com.: (45) 3324-6102

E-mail: [email protected]

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1177

Comissão Regional de Promoção e Defesa

da Vida realiza Encontro de Formação

Na última Assembléia Regional da Pastoral Familiar, que aconteceu em setembro de 2010, ficou definido que a Promoção e Defesa da Vida será um dos pontos focais a ser trabalha-do nos próximos três anos.

Com o objetivo de sensibilizar, informar e motivar a estruturação de Comissões diocesa-nas a Comissão Regional estabeleceu um ca-lendário com quatro encontros a serem reali-zados por Províncias.

O primeiro Encontro para Formação de Comissões de Promoção e Defesa da Vida, do Regional Sul II realizou-se no dia 19 de feverei-ro de 2011 na Província de Curitiba, na diocese de São José dos Pinhais - Paróquia São Cristóvão.

Participaram do encontro as seguintes dio-ceses: Diocese de Guarapuava (04 agentes);

Diocese de São José dos Pinhais (05 agentes) e Diocese de Ponta Grossa (02 agentes).

O encontro teve duração de oito horas e foram abordados os seguintes temas:

A Vida na Palavra de Deus ;

O Catecismo da Igreja Católica – CIC e os temas relativos à Vida

Introdução à Evangelium Vitae

O Valor da Pessoa

Desafios na Promoção da Vida

Projetos de Lei em tramitação e que di-zem respeito a vida e à família.

Como formar uma Comissão de Promoção e Defesa da Vida

Propostas para Implantação nas Dioceses

Além dos temas especificados outros materiais complementaram a base oferecida para a formação.

Os representantes, das dioceses participan-tes, entenderam a importância das atividades propostas e se comprometeram a iniciar um trabalho de formação de comissões nas suas respectivas dioceses.

Para isso foram orientadas a formar tais comissões a partir da autorização dos seus bispos.

O próximo encontro está agendado para a província de Maringá nos dias 19 e 20 de março de 2011.

Matéria enviada por Wilton e Cris (Coord Defesa da Vida CRPF Sul 2)