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PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL III CÂMARA DE MATERIAIS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS NATAL, FEVEREIRO DE 2010

Patologia das Edificações

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PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES

DISCIPLINA: TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL III

CÂMARA DE MATERIAIS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS

NATAL, FEVEREIRO DE 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Objetivos da Aula:

• Compreender o conceito de patologia das edificações;

• Conhecer os tipos de manifestações patológicas mais comuns nos edifícios;

• Conhecer algumas formas de investigação das patologias;

• Identificar, em alguns exemplos de patologia, suas possíveis causas esoluções.

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PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES

Estrutura da Aula:

Patologia das Edificações

Definição Manifestações Investigação das Causas e Definição Manifestações Patológicas

Onde se originam?

Manifestações mais comuns

Investigação das Patologias

Procedimento para reconhecimento

das causas

Causas e soluções

Revestimentos verticais

Alvenaria Pintura

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PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES

1. Definição

Conceito 1 :É a parte da Engenharia que estuda as causas, origens e natureza dosdefeitos e falhas que surgem em um edifício.

Conceito 2 :É qualquer fenômeno que, ocorrendo fora de um período previsível, afete odesempenho do prédio.

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2. Manifestações Patológicas

2.1. Onde elas têm origem?

Elas podem ter origem no(a):

• Projeto : podendo ser devido a ausência do mesmo, má concepção,ausências de detalhes, informações insuficientes;

• Execução : má qualidade dos materiais empregados, despreparo da mão-de-obra, ausência ou deficiência de fiscalização;

• Uso : ações excessivas face ao projeto, ausência ou deficiência demanutenção;

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2. Manifestações Patológicas

2.2. Quais as manifestações mais comuns?

• Umidade : neste caso, a identificação deve especificar os fenômenoscausados pela presença de água, de acordo com o material onde ela ocorre.

Por exemplo:Por exemplo:

Umidade em madeira apodrecimento;

Umidade em alvenarias eflorescência, geração de fungos;

Umidade em tintas descoloração, desagregação, destacamento.

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2. Manifestações Patológicas

2.2. Quais as manifestações mais comuns?

• Fissuras, trincas e rachaduras : neste caso, é fundamental caracterizar suanatureza, ou seja, determinar se elas são ativas (vivas), ou inativas (mortas),mais precisamente, se a abertura delas varia ou permanece constante aolongo do tempo;

• Descolamento de revestimentos : é importante identificar o tipo derevestimento (tintas, cerâmicas, revestimentos de argamassa, etc), ascamadas atingidas (chapisco, emboço, reboco, argamassa de assentamento)e as condições do material de aderência (se este permanece aderido aomaterial descolado ou se ao substrato)

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3. Investigação das Patologias

Para a realização do tratamento da patologia deve-se, antes, fazer oreconhecimento das causas, por meio de uma investigação, tendo comoprincípio universal que somente eliminando a causa resolve-se o problema.Entretanto, os efeitos permanecem e devem, só então, ser corrigidos.

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3.1 Procedimentos para o reconhecimento das causas

• Vistoria• Anamnese• Análise de campo e/ou de laboratório

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3.1.1. Vistoria

Na vistoria do prédio, pode-se valer dos sentidos que o ser humanodispõe, tais como o cheiro de bolor (olfato), a mancha de umidade (visão), etc.Outros recursos utilizados são: levantamento fotográfico, croquis eobservação dos elementos por diversos ângulos. Se após concluída estaetapa, a causa ainda não for identificada, passa-se então para o segundoprocedimento.

3.1 Procedimentos para o reconhecimento das causas

3.1.2. Anamnese

São realizados aqui, entrevistas com os usuários, construtores, a fimde se obter um relato de como iniciou o problema, seu comportamentoevolutivo, ocorrências naturais ou não no entorno do prédio, enfim,informações que possam contribuir para o entendimento do problema, assimcomo todo e qualquer documento existente sobre a obra.Caso ainda não tenha sido definida a causa, recorre-se ao próximoprocedimento.

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3.1.3. Análise de Campo

Este procedimento é realizado por meio de ensaios que podem ser destrutivos ou não destrutivos.

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.1. Revestimentos Verticais

Patologias Causas Soluções

Expansões da argamassa; Ausência de

chapisco; Argamassa com espessura Renovar a camada que

Perda de Aderência

chapisco; Argamassa com espessura

excessiva; Retrações devido a variação de

temperatura; Presença de materiais

pulverulentos.

Renovar a camada que

apresenta problemas.

Fissuras em argamassas

Recalque; Movimentação da estrutura; Alto

teor de finos na argamassa; Cura deficiente

da argamassa.

P/ Microfissuras: recobri-lás

com a película de tinta. Se

houver muitas fissuras,

substituir o reboco.

P/ Macrofissuras: usar

argamassa com alto teor de

cal

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.2. Alvenaria

O principal tipo de patologia que é manifestada nas alvenarias são as fissuras. Serão abordadas a seguir alguns tipos de fissuras.

4.2.1. Causas4.2.1. Causas

• Sobrecargas (excesso de carregamento vertical nas paredes de alvenaria)

• Variação de Temperatura

• Deformação dos Elementos da Estrutura de Concreto

• Recalque das fundações

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.2. Alvenaria

4.2.2. Soluções

4.2.2.1. Microfissuras

• Marcação do trajeto da fissura com lápis: tem por objetivo possibilitar a• Marcação do trajeto da fissura com lápis: tem por objetivo possibilitar avisualização da mesma, para a execução das etapas posteriores;

• Abertura da Fissura: Abre-se um sulco com aproximadamente 2 a 3 mm delargura e mesma dimensão de profundidade.

• Preenchimento do sulco: preenche-se o sulco aberto com material flexível,por exemplo, massa PVA ou acrílica. Pode ser necessária a aplicação de duasa três demãos.

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4.2.2. Soluções

4.2.2.1. Microfissuras

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.2. Alvenaria

4.2.2. Soluções

4.2.2.2. Fissuras Médias

• Remoção da faixa de revestimento com a fissura: tem por objetivo remover a• Remoção da faixa de revestimento com a fissura: tem por objetivo remover aregião danificada e abrir espaço para aplicação do véu de poliéster.

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4. Patologias, Causas e Soluções

4.2. Alvenaria

4.2.2. Soluções

4.2.2.2. Fissuras Médias

• Regularização da base: tem por objetivo eliminar a rugosidade da base de• Regularização da base: tem por objetivo eliminar a rugosidade da base demodo que a fita pudesse ser aplicada e permitir que o véu de poliésterestivesse em plano único e trabalhe eficiente a tração.

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4. Patologias, Causas e Soluções

4.2. Alvenaria

4.2.2. Soluções

4.2.2.2. Fissuras Médias

• Aplicação da fita: tem por objetivo formar uma ponte entre o revestimento e• Aplicação da fita: tem por objetivo formar uma ponte entre o revestimento ea base evitando que os esforços decorrentes da movimentação da fissuratransmitam-se imediatamente para o revestimento.

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4. Patologias, Causas e Soluções

4.2. Alvenaria

4.2.2. Soluções

4.2.2.2. Fissuras Médias

• Aplicação do véu: com o uso de resina acrílica, uma faixa de véu de poliéster• Aplicação do véu: com o uso de resina acrílica, uma faixa de véu de poliésterfoi aplicada sobre a fita plástica. É fundamental que o véu esteja muito bemesticado e que sua direção seja adequada, ou seja, deve ser colocado de talforma que não se alongue caso seja solicitado à tração quando a fissuraaumenta de largura.

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.3. Pintura

4.3.1. Destacamento da Pintura

Causas:

• Aplicação da tinta sobre superfícies com sujeiras. Ex: Poeira, óleos, desmoldantes e graxas.

Solução Proposta:

• Remover todas as partes soltas, lixar a superfície, fazer a limpeza do substrato, removendo todas as sujeiras, aplicar um fundo preparador e repintar.

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.3. Pintura

4.3.2. BolhasCausas:

• Aplicação da tinta sobre superfícies úmidas;• Quando é aplicado massa corrida PVA em exteriores;exteriores;• Em repinturas sobre tintas de má qualidade, a umidade da tinta nova pode infiltrar na antiga e provocar bolhas;• Quando a poeira não foi eliminada após o lixamento da massa.

Solução Proposta 1:

• Remover através de raspagens, toda a massa corrida PVA, aplicar uma demão de fundo preparador, aplicar a massa acrílica e repintar.

Solução Proposta 2:

• Raspar as partes soltas, lixar, eliminar o pó, aplicar o fundo preparador e repintar

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.3. Pintura

4.3.3. Mofo, Fungos ou BolorCausas:

• Proliferação de seres vivos em ambientes úmidos, mal ventilados e mal iluminados.

Solução Proposta:

• Lavar a superfície com uso de escova com uma solução de água e hipoclorito de sódio (água sanitária), deixar a solução agir por cerca de 5 min, enxaguar com água, deixar secar e repintar

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.3. Pintura

4.3.4. Manchas AmareladasCausas:

• São provenientes de gorduras, óleo, fumaça de cigarro ou pintura sobre paredes úmidas

Solução Proposta 1:

• Lavar a superfície com uso de detergentes a base de amoníaco.

• Solução Proposta 2:

Aplicar uma demão de fundo preparador diluído em aguarrás na proporção de 2:1

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4. Patologias: Causas e Soluções

4.3. Pintura

4.3.5. EflorescênciaCausas:

• Aplicação de pintura sobre reboco úmido

Solução Proposta 1: Solução Proposta 1:

• Aguardar a secagem da superfície, eliminar eventuais infiltrações, aplicar o fundo preparador e pintar