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Patrimóni - ológic e w 30 de Agosto As lOhOO Autêntico geomonumentos naturais, tã perto de si! E espantoso o que para saber sobre eles.. . Participe nesta acçÃe fique a conhecê-los Depois, vai querer que sejam preservados. Informe-se no Secretariado do Parque Biológic de Gala! AG~NCIA NACIONAL PARAACULTURA CIENT~FICA E TECNOL~GICA PROGRAMA 10hü - Conferênci çPabim-ni geol-gico e geomorfol-gico de Gaia~ por Prof. Doutora Maria Assunmo Ara6jo (FLUP) 1 Mestre Ant-nio Alberto Teixeira Gomes (FLUP) Paragem para almoç 14h30 - Partida em autocarro para visita aos locais de interessegeol-gico e geomorfol-gico de Gala: Monte da Wigem, Canelas, W ida Shoping, Lavadores, Cabedelo 18hü - Chegada ao Parque Biml-gico de Gaia

Patrimóni ológic · Autêntico geomonumentos naturais, tã ... mar a partir de uma linha de relevos que designaremos como "relevo ... Livro guia das excursões a realizar

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Patrimóni - ológic e w

30 de Agosto As l O h O O

Autêntico geomonumentos naturais, tã perto de si! E espantoso o que hà para saber sobre eles.. . Participe nesta acçà e fique a conhecê-los

Depois, vai querer que sejam preservados.

Informe-se no Secretariado do Parque Biológic de Gala!

AG~NCIA NACIONAL PARAACULTURA CIENT~FICA E TECNOL~GICA

P R O G R A M A

10hü - Conferênci çPabim-ni geol-gico e geomorfol-gico de Gaia~ por Prof. Doutora Maria Assunmo Ara6jo (FLUP) 1 Mestre Ant-nio Alberto Teixeira Gomes (FLUP)

Paragem para almoç

14h30 - Partida em autocarro para visita aos locais de interesse geol-gico e geomorfol-gico de Gala: Monte da Wigem, Canelas, W i d a Shoping, Lavadores, Cabedelo

18hü - Chegada ao Parque Biml-gico de Gaia

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GEOLOGIA DE VERÃO

Património Geológico e Geomorfológico de Gaia: conhecer para conservar

Parque Biológico de Vila Nova de Gaia

Cartas Topográficas nª 122, 133

30 de

Assunção Araújo Alberto Gomes Eduardo Carvalho Carla Ribeiro Ângela Seixas

Locais a visitar

Agosto de 2003

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Enquadramento geomorfológico da área a percorrer

regumescmarelcomcorintpla

maconrigsegNNdes12de e 2

Garodnãolitonopas

maa ua supNese o val

Arencma

É curioso verificar que, além do relevo marginal, existemoutros relevos e vales de rios rigidamente alinhados. Quais asdirecções que lhe parecem mais evidentes? Pode marcar no mapa os alinhamentos que conseguir identificar.

ARAÚJO, M. A. (1991) - Evolução Geomorfológica da Plataforma litoral da região do Porto, tesede doutoramento em Geografia Física, edição de autora, FLUP, 534 p., c/ 1 anexo.

o, polic.

BORGES, F. S., MARQUES, M. e NORONHA, F. (1985) - Excursão geológica no complexognaissico da Foz do Douro, Livro guia das excursões a realizar em Portugal - IX Reunião deGeologia do Oeste Peninsular, Mus. e lab. Min. e Geol., PortCABRAL, J. e RIBEIRO, A. (1989) - Carta neotectónica de Portugal de escala 1:1.000.000. Notaexplicativa, Serv. Geol. de Portugal, Lisboa, 10 p. CARVALHO, A., ROSA, M. (1988) – Localização do paleovale do rio Douro. Anais do InstitutoHidrográfico, nº 9, p. 77 – 82. FERREIRA, J., ARAÚJO, M. A., GOMES, A. A. (1995) - Contribuição Para o Conhecimento Geológico e Geomorfológico da Praia de Lavadores (Vila Nova de Gaia). Actas do IV Congresso Nacional de Geologia, Porto, p.411-416.

A plataforma litoral naião do Porto corresponde a conjunto de patamaresalonados, descendo para or a partir de uma linha deevos que designaremos

o "relevo marginal", queresponde ao rebordoerior da referidataforma. A sul do Douro o relevo

rginal, corresponde a umjunto de elevações

idamente alinhadasundo a direcçãoO/SSE. Este relevoenvolve-se a partir dos

0-140m e culmina à altitude223m no Monte da Virgem41m na Sra. da Saúde. Na região de Vila Nova de

ia, este relevo encontra-seeado de áreas aplanadas só a oeste (plataformaral), mas também a leste,

sector que abrange asagem do Rio Douro. No fundo, o relevo

rginal parece corresponderm rebordo que interromperegularidade de uma

erfície, no geral, aplanada.sta superfície aplanada quedesenvolve abaixo dos 120,Rio Douro desenvolve ume bastante encaixado. É na área das pontes da

rábida e de D. Luís que oaixe do Douro se tornais nítido.

GOMES, A. A., FERREIRA, J. (1995) - A Praia de Lavadores (Vila Nova de Gaia) - Uma Aula deCampo Para os Alunos do Ensino Secundário. Actas do IV Congresso Nacional de Geologia, Porto,p. 3-6. MATOS ALVES, C.A. (1966) - Os encraves granulares do granito de Lavadoras (Vila Nova deGaia), Revista da Faculdade de Ciências de Lisboa, 21, XIV: 51 -60. NORONHA, F. (1998) - Geologia na praia de Lavadores, Geologia no Verão, Faculdade de Ciênciasda Universidade do Porto, 10 p. SUNAMURA, T., (1992) - Geomorphology of rocky coasts, J. Wiley & Sons, Baffins Lane, 302 p. TEIXEIRA, C. (1968) - Aspectos geológicos da orla litoral do Porto e de V. N. de Gaia, "Naturalia”,Lisboa, p. 13-29. APDL, Administração dos Portos do Douro e Leixões (1998) - Relatório sobre a construção dosmolhes do Douro, disponibilazado na reunião da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia. 7p.

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Paragem 1 – Depósito de Aldeia Nova (Avintes)

N

Avmicaubasrod

Base grosseira do depósito de Aldeia Nov

P

Extracto da Carta Topográfica nº 133, esc. 1/25000 Extracto da Carta Geológica 13A esc. 1/50000

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deplemdepbasdepire

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3

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1

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O depósito de Aldeia Nova deintes assenta em gneisses egmatitos profundamentelinizados. Apresenta, junto àe, blocos de grandes dimensõeseados de seixos de quartzo

toso. Um pouco acima da base doósito, encontrámos materiaisis finos, de cor cinza esverdeada

características tipicamenteviais. Também se encontraramraças ferruginosas de cormelha intensa, o que sugere astência, no passado, de climas características tropicais. Muitos dos aspectos doósito de Aldeia Nova fazem-nosbrar o depósito da Rasa. Esteósito, hoje destruído, tinhatantes semelhanças com osósitos de Canelas e Carregal que

mos visitar (paragem 3).

aragem 2 – Miradouro do Monte da Virgem

Desenhe aqui um esquema do depósito que observa.Elementos que deve registar: camadas e sua espessuraaproximada, tamanho e litologia dos clastos, sua forma... etc. As diferentes camadas do depósito são bem ou malcalibradas?

LEGENDA: P’ – Depósitos fluviais Plio-Plistocénicos Complexo Xisto-Grauváquico Ante-Ordovícico : Xc – Conglomerdos metamorfizados Xyz – Migmatitos, Gnaisses, Micaxistos

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Paragem 2 – Miradouro do Monte da Virgem

Observe com atenção o magnífico panorama que esIdentifique os locais assinalados na figura 1 - 2- Construa as suas definições de: Relevo marginal

Plataforma lito

Na folha de papel vegelabore sobre a fotografia acima repr

que evidencie as prinDepois de fe

O extracto do mapa que lhe oferecemos separconsegue obse

Não se esqueça de orien

1

2

te miradouro nos oferece.

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ral Relevo residual

etal que lhe é fornecida, esentada um esboço topográfico simples cipais formas de relevo. ito cole-o aqui.

adamente vai ajudá-lo a identificar os locrvar deste ponto. tar correctamente o mapa.

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Paragem 3 – Depósito do Carregal-Canelas

Base do depósito do Carregal

A existência dedepósitos semelhantesde um e de outro lado dorelevo marginal sugereque este funcionoucomo um blocolevantado (=horst) cujamovimentação se deuposteriormente àdeposição dos materiaisfinos presentes nasfotografias do corte doCarregal. Y’

Extracto da Carta Topográfica nº 133, esc. 1/25000 Extracto da Carta Geológica 13A esc. 1/50000

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Pormenores da estratific

LEGENDA: Qp – Formação areno-pelítica de cobertura (Quaternário) P’ e P’’ – Depósitos Plio-Plistocénicos Complexo Xisto-Grauváquico Ante-Ordovícico: Xc – Conglomerados metamorfizados Xyz – Migmatitos, Gneisses, Micaxistos y' – Granito Calco-alcalino

Modelo deposicional provável para os depósitos do tipo do Carregal

ação entrecruzada (Carregal)

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Paragens 4 e 5 – Arrábida Shopping/Picão

N

Extracto da Carta Topográfica Nº 133, esc. 1/25000

Extracto da Carta Geológica 13A esc. 1/50000

si

Junto à ponte da Arrábida existe uma plataforma qdesenvolve entre 70 e 80m de altitude, violentamente cortada pelo encaixe do Douro. Nessa plataforma encontram-se depósitos de cor acastanhada ou alaranjada. Nalguns locais estes depósitos apresentam materiais muito grosseiros. De um modo geral estão mal calibrados e são pouco rolados. Corresponderiam a um momento em que o rio Douro talvez ainda não existisse como rio organizado. Seriam depósitos do tipo “leque aluvial” formados num clima com chuvas muito irregulares, talvez depois de uma movimentação tectónica que colocou os depósitos anteriores a formar relevo. Talvez tenha sido nessa altura que se originou o relevo marginal.

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Nos depósitos encontrados junto ao Arrábida Shopping havia blocos de arenito claro (ver foto de baixo), o que significa que os depósitos de cor clara, do tipo do Carregal e de Aldeia Nova já existiam e a sua destruição contribuiu para fornecer materiais para estes novos depósitos.

LEGENDA: Qp – Formação areno-pelítica de cobertura Quaternária Q1,2 – Terraços marinhos Quaternários P’’ – Depósitos Plio-Plistocénicos Complexo Xisto-Grauváquico Ante-Ordovícico: Xyz – Migmatitos, Gneisses, Micaxistos Ym – Granito alcalino

Esquema ilustrativo de um stema de leques aluviais junto

a uma escarpa de falha

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Paragens 6 e 7 – Lavadores

Depósito marinho de Lavadores (Nível II - 20 m)

Os depósitos marinhos situam-se aaltitudes inferiores a 40m. Na região deLavadores foi possível encontrar 3níveis de depósitos diferentes:

• Nível I: a cerca de 30m, • Nível II: a cerca de 20m, • Nível III, mais recente, que vai

quase até ao nível do mar. Formaram-se em momentos em que oclima era semelhante, ou ligeiramentemais quente que o actual (períodosinterglaciários). Depois disso, o nível do mar descia,devido à formação de grandes mantosde gelo no interior dos continentes(períodos glaciários). Os depósitos marinhos da região deLavadores formam uma escadaria deorigem tectono-eustática.

(m)

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Desenhe aqui um esquema do depósito que observa. Elementos que deve registar: camadas e sua espessura aproximada, tamanho e litologia dos clastos, sua forma... etc.

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O nível da água do mar durante o dia não é sempre o mesmo. Cientificamente, já são bem conhecidos os mecanismos

responsáveis pelas subidas e descidas diárias. Daí que baste para tal, consultarmos uma tabela de marés que nos indica para cada dia, a hora a que vamos ter a maré alta e maré baixa e as alturas que se vão atingir. Os valores e horas para este dia estão na cópia do Jornal Público que lhe oferecemos. Com esses valores construa o gráfico da variação da maré para hoje, dia 30/08/2003.

defenapgrae elei

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A praia de Lavadores é constituída por um maciço granítico grão grosseiro com textura porfiróide (com abundantesocristais de feldspato róseo), atravessado por alguns filões

líticos de elevada dureza e espessura variável (foto 5). Estenito contacta com rochas gnaisso-migmatíticas (mais antigas)stá coberto por depósitos modernos, especialmente, areias e

tos de calhaus rolados. O granito de Lavadores aproveitou uma zona de fraqueza da

sta terrestre para se instalar no seio de rochas mais antigas. Ér isso que existem, nos dois locais citados, contactos bruscos granito com rochas gnaisso-migmatíticas.

A observação minuciosa da área correspondente à oscilaçãos marés (faixa entremarés) é muito instrutiva do ponto de vistaológico, petrográfico e geomorfológico, revelando contactostre unidades litológicas diferentes, bem como pormenores darutura das rochas. Em alguns locais do maciço granítico podem-se observar

inhos" de encraves (Matos Alves, 1966), que podem abrangeras superiores a 400m2, bem visíveis em baixa-mar (foto 3). Asão diferencial coloca-os, por vezes, em relevo, dada a suaior resistência à meteorização mecânica. Estes encraves sãoos em biotite e pobres em quartzo, e por isso destacam-se daha encaixante pela sua cor mais escura. A existência destashas conjuntamente com o granito porfiróide pode ser

plicada pela cristalização mais ou menos simultânea de doisgmas que não se misturaram porque tinham diferentescosidades (F. Noronha, 1998). Ao longo do afloramento granítico encontram-se vários filões

líticos róseos, com espessuras variáveis (entre 1 e 50 cm).tes filões são mais resistentes que a rocha encaixante earecem em relevo no contacto com os granitos. A atitudestes filões é, predominantemente, N5OºW e as inclinações sub-rizontais, com ligeiro pendor para NE.

O maciço granítico é cruzado por um grande número decturas subverticais, com direcções principais N30°E e N50°W.tas fracturas definem paredes abruptas excedendo, por vezes, 4m, e são elas que definem as reentrâncias que a linha de costaresenta (ver esboço geomorfológico).

No limite sul do afloramento (em frente ao restaurante Casaanca) pode ver-se, na baixa-mar, o contacto nítido entre onito porfiróide e rochas metamórficas muito antigasrneanas, migmatitos e gnaisses) que foram intensamente

bradas e deformadas.

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Algumas formas de erosão características Embora sejam formas muito interessantes e às vezes espectaculares,os entalhes basais (notch, ver esquema acima) em rocha nãocalcária têm sido pouco estudados. O papel da abrasão é óbvio até pelo facto de as rochas aparecerempolidas. Estes entalhes parecem geralmente coincidir com o níveldas marés-altas. Na sua frente estende-se uma superfície mais oumenos regular, situada entre o nível da maré-alta e o nível da marébaixa que é a plataforma de erosão marinha (shore platform –foto 4). Na área que estudámos, os entalhes aparecem frequentementeligados à existência de fracturas que são aproveitadas pela erosãomarinha. Muitas vezes essas fracturas são oblíquas em relação àlinha de costa e forma-se uma espécie de corredor de erosão, aolongo do qual se desenvolve um entalhe contínuo cuja cota vaisubindo desde o limite exterior, do lado do mar, até ao limiteinterior, acompanhando a cota da plataforma de erosão marinha quese desenvolve na sua base.

As grutas (caves) correspondem a aberturas nas arribasem que em que a profundidade é maior que a abertura.Aparecem em rochas relativamente resistentes explorandoas descontinuidades nelas existentes. Devido à existênciada própria cavidade, os fenómenos de compressão edescompressão actuam nas grutas de formaparticularmente forte, o que contribui para a sua evoluçãoe manutenção. Quando as ondas atacando ambos os lados de umpromontório conseguem perfurá-lo, pode formar-se umarco (arch – foto 1). Os arcos são formas relativamenteefémeras. As marmitas (pothole – foto 2) têm uma forma cilíndricae são escavadas por acção de materiais abrasivos dediversos tamanhos. Têm uma secção predominantementecircular. Geralmente são mais largas do que fundas. Aexistência de depressões prévias, por vezes ligadas àpassagem ou cruzamento de diaclases poderá permitiruma acumulação de materiais e o seu turbilhonardesenvolverá o efeito abrasivo típico das marmitas. Tafoni e alvéolos: caracterizam-se pela existência dedepressões na superfície das rochas. Aparecem em rochasígneas (granitos, basaltos) mas também em diversos tiposde grés. As suas dimensões podem ir de alguns cms avários metros. Encontram-se em vários ambientes e nãosó no meio litoral, mas também em áreas com uma certasecura. São devidos, essencialmente, a fenómenos dedesagregação mecânica (halo e hidroclastia). No caso deocorrerem na zona costeira aparecem na zona dasalsugem, acima do nível das marés mais altas.

Foto 1

Foto 2

Foto 3

Foto 4

Foto 5

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Paragem 8 – Cabedelo

A norte da praia de Lavadores encontra-se outroelemento geomorfológico de grande importância – oCabedelo, uma língua de areia que separa o mar doestuário do Douro. Dada a sua posição e o materialarenoso (não consolidado) que a constitui esta forma énaturalmente móvel, em resposta à dinâmica do rio e domar. O enchimento arenoso que vemos à superfícieprolonga-se em profundidade, preenchendo o paleovalewurmiano do Douro, elaborado no período em que o níveldo mar estava mais baixo que o actual e a foz do rio seestabelecia na plataforma continental, cerca de 30 km aOeste da foz actual.

Este cordão arenoso tem uma certamobilidade e funciona, a nosso ver,como uma espécie de válvula reguladorada circulação marinha e fluvial. Emépocas de cheia pode quase desaparecer,facilitando o escoamento do caudalfluvial. Em épocas de acalmia daagitação marítima pode lentamentereconstituir-se, criando um obstáculo àpenetração da agitação marítima noestuário. Este processo natural tem sidomuito perturbado nas últimas décadas,por vários factores (variações do níveldo mar, retenção das areias nasalbufeiras das barragens). A tendênciapara o recuo do Cabedelo manifesta-sedesde os finais do século XIX, tendoprovocado uma migração da linha decosta de mais de 600 metros para ointerior (APDL, 1998). O afloramentorochoso patente na foto, que constituíauma pequena ilha em 1998, foinovamente rodeado de areias, a oeste,em virtude da redistribuição dossedimentos arrastados durante a cheia doInverno de 2001.

Jornal de Notícias - 2003

O Cabedelo em Março 1994

Último desafio: tire a sua fotografia, date-aconvenientemente e pode ser que ela venha a ser umdocumento importante para o estudo da variação dalinha de costa no concelho de V. Nova de Gaia!