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PATROLOGIA Temas para a prova final - [june, 07, 05; june, 22, 05]: 1. O conceito de Padre da Igreja 1 . Características – Vicent de Lérins: santidade de vida; ortodoxia da doutrina; autoridade; Antigüidade. 2. Por que o período patrístico (Ocidente, Oriente) é compreendido pelos historiadores. Qual a razão dessas tomadas de posição? (cf. p. 18-20 – Aspectos da patrística). Entre os muitos aspectos que propiciaram uma literatura cristã, citaremos apenas três: - a necessidade de comunicação entre as Igrejas: existem dois meios de comunicar-se, a viagem e a epístola ou a carta; - a necessidade de testemunhar diante das autoridades sua fé em Cristo. Exemplos: as Atas dos mártires, os processos verbais redigidos pela justiça civil quando do comparecimento de cristãos diante dos magistrados romanos; - após o Concílio de Nicéia (325), passa-se da necessidade de escrever à vontade de fazer uma obra literária. Reconhece-se aos escritos suas leis próprias: não se trata mais de um discurso que é transmitido mais ou menos, ou de uma palavra assumida num escrito, mas de uma obra literária. A literatura torna-se instrumento de exposição do cristianismo. A literatura cristã coincide com a Sagrada Escritura, mas se distingue dela (inspiração e canonicidade); ela, no entanto, possui um caráter oficial: em razão de sua ortodoxia, e, em razão da responsabilidade eclesiástica daqueles que a compuseram. Ocidente (séc. I-VII): morte de Isidoro de Sevilha; Oriente (séc. I-VIII: morte de João Damasceno (749). 3. Carta de Clemente romano: a) Primado do bispo de Roma etc., 4. Literatura: a) Ad intra (96-125). Tratam de obras escritas com o intuito de atingir o público interno da Igreja. - Padres apostólicos (s. Clemente de Roma, s. Inácio de Antioquia, s. Policarpo); - escritos apócrifos (Evangelho dos Hebreus, Evangelho de Tomé); - atas dos mártires (os mártires de Lyon, Viena). 1 Hubertus DROBNER. Manual de Patrologia (Lehrbuch der Patrologie); tradução Orlando dos Reis e Carlos Almeida Pereira. Petrópolis: Vozes, 2008 2 , p. 11-14; 18-20; 21-26. 1

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Patrologia

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PATROLOGIATemas para a prova final - [june, 07, 05; june, 22, 05]:

1. O conceito de Padre da Igreja.Caractersticas Vicent de Lrins: santidade de vida; ortodoxia da doutrina; autoridade; Antigidade.

2. Por que o perodo patrstico (Ocidente, Oriente) compreendido pelos historiadores. Qual a razo dessas tomadas de posio? (cf. p. 18-20 Aspectos da patrstica).

Entre os muitos aspectos que propiciaram uma literatura crist, citaremos apenas trs:

- a necessidade de comunicao entre as Igrejas: existem dois meios de comunicar-se, a viagem e a epstola ou a carta;

- a necessidade de testemunhar diante das autoridades sua f em Cristo. Exemplos: as Atas dos mrtires, os processos verbais redigidos pela justia civil quando do comparecimento de cristos diante dos magistrados romanos;

- aps o Conclio de Nicia (325), passa-se da necessidade de escrever vontade de fazer uma obra literria. Reconhece-se aos escritos suas leis prprias: no se trata mais de um discurso que transmitido mais ou menos, ou de uma palavra assumida num escrito, mas de uma obra literria. A literatura torna-se instrumento de exposio do cristianismo. A literatura crist coincide com a Sagrada Escritura, mas se distingue dela (inspirao e canonicidade); ela, no entanto, possui um carter oficial: em razo de sua ortodoxia, e, em razo da responsabilidade eclesistica daqueles que a compuseram.Ocidente (sc. I-VII): morte de Isidoro de Sevilha;

Oriente (sc. I-VIII: morte de Joo Damasceno (749).

3. Carta de Clemente romano:

a) Primado do bispo de Roma etc.,

4. Literatura:

a) Ad intra (96-125). Tratam de obras escritas com o intuito de atingir o pblico interno da Igreja.

- Padres apostlicos (s. Clemente de Roma, s. Incio de Antioquia, s. Policarpo);

- escritos apcrifos (Evangelho dos Hebreus, Evangelho de Tom);

- atas dos mrtires (os mrtires de Lyon, Viena).

b) Ad extra (125-190). Diz respeito literatura dirigida a um pblico externo.

Inicia-se basicamente atravs do relacionamento entre a Igreja e o mundo pago, no sculo II.

Primeiramente, essa literatura teve incio com as apologias, primeiras expresses e justificaes do Cristianismo dirigidas aos imperadores ou visando, como a epstola a Diogneto, a opinio pblica. Elas constituem uma apresentao da doutrina crist no quadro da cultura helnica.

Representantes: apologistas gregos (s. Justino);

- combate ao montanismo e gnosticismo (s. Irineu de Lyon).c) Didach.

Segundo Eusbio (260-340), a Didaqu refere-se mais a instrues e no tanto aos ensinamentos dos Apstolos.

Diviso:

Composta de 16 captulos que se agrupam em trs partes e um eplogo. a) uma catequese moral I-IV (tambm denominada o livro das duas vias, pois reduz todos os deveres dos cristos s duas vias: a da vida - I-IV- e a da morte V); b) instruo litrgica (contm a descrio do batismo VII, o jejum e a prece VIII e a Eucaristia IX-X); c) prescrio disciplinar (regula: obrigaes espirituais da comunidade - XI; deveres de caridade XII-XIII; o governo interno da comunidade XIV-XV); d) eplogo (a parusia -XVI).

Na Didaqu, em Clemente de Roma e Incio, h o reconhecimento de que no interior da Igreja h pecadores, os quais devem confessar suas faltas. Na Didaqu fala da exomologese, i.., a confisso como condio prvia para a colaborao eucarstica. Ela elenca uma srie de pecados. Entre eles: assassinatos, impureza (adultrio, paixes, fornicaes); prticas mgicas e bruxarias; falso testemunho (fraude, falsidade, hipocrisia, m conversa, inimigo da verdade); orgulho (arrogncia, cobia, maldade); vaidade (extravagncia, jactncia); ausncia do temor de Deus); no ter compaixo para com o pobre (desprezar os indigentes, oprimir os aflitos).

d) Carta a Diogneto.

1) Caractersticas:

Trata-se de um breve documentrio da Antigidade crist, cujo autor, data e origem constituem objeto de vivas discusses. Dedicado a um ilustre personagem pago, Diogneto, este documento de 12 captulos, mais uma exortao final, se situa entre as mais belas apologias do Cristianismo face ao judasmo e ao paganismo (p. 99).

Encontrada, casualmente por Toms Arezzo, em Constantinopla, em 1436, juntamente com alguns manuscritos contendo 22 ttulos de textos apologticos. Sua autoria incerta. provavelmente uma obra que data dos sculos II ou III. Destina-se sem muita certeza a Diogneto, o imperador Adriano.

Tudo leva a crer que a Carta foi escrita na regio de Alexandria, por volta de 190-200, justamente porque entre suas crticas est a crtica zoolatria, que era praticada na regio do Nilo, no Egito.

2) Estrutura e contedo.

De rico contedo doutrinal, mas muito breve. Seu contedo pode ser divido em quatro partes:

- Exrdio 1:

- Parte I [ 2-4]: o autor refuta a idolatria e a prtica ritualstica dos judeus. Mostra a superioridade do cristianismo em relao ao paganismo e ao judasmo.

- Parte II [5-6]: ressalta a positividade dos mistrios cristos. Descreve a vida concreta dos cristos, o testemunho de amor, o papel deles no mundo, como reagem s provocaes, ao desdm etc. no 6 est o ncleo da exposio: o que a alma para o corpo, o cristo para o mundo.

- Parte III [7-8]: exposio da origem divina da f crist, a transcendncia, a revelao, a economia da salvao etc. Trata-se, propriamente de uma catequese sobre a essncia da nova religio. No 10, concluso da catequese, onde o autor exorta seu interlocutor a aceitar a f crist.

- Parte IV [11-12]: Trata-se do Verbo e como o homem pode-se tornar discpulo deste Verbo ao adquirir a verdadeira cincia (verdadeira gnose), e uma exortao final: um apelo converso de seu interlocutor.

c) De quais temas trata?

5. Literatura do martrio: as Cartas de Incio de Antioquia.

6. A teologia de Justino: Apologias, a defesa da f; Dilogo com Trifon (apresentao do cristianismo).

Nascido em Flvia Nepolis (Siqum), Naplus na Samaria. Filsofo, converteu-se ao cristianismo, provavelmente em feso, aps haver cultivado apaixonadamente o estudo da filosofia. Reuniu em torno de si um grupo de discpulos e fundou uma escola em Roma.

Como filsofo, busca a verdade freqentando diversas escolas, guiadas por filsofos esticos, peripatticos e pitagricos.

Obras: Apologias (164-165): ambas endereavam-se, provavelmente, ao imperador Antonino Pio. Contm, em substncia, uma defesa dos cristos, uma refutao dos erros dos pagos e uma prova da verdade do cristianismo.

Dilogo com Trifon: relata uma entrevista (fictcia?) com o rabino Tarfon (c. 135) e investe contra os judeus. Justino procura demonstrar que a antiga lei foi abolida pela lei de Cristo, que este Deus, e que os pagos so chamados ao reino de Deus, do qual os judeus se excluram.

7. Teologia de Irineu. Por que sua teologia importante.

8. O cnon das Escrituras.

Hubertus DROBNER. Manual de Patrologia (Lehrbuch der Patrologie); traduo Orlando dos Reis e Carlos Almeida Pereira. Petrpolis: Vozes, 20082, p. 11-14; 18-20; 21-26.