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1 de Julho de 2014 Comunicado Nº9 dos operários da Paty (QUICKFOOD/BRF) Seguimos lutando pela GREVE GERAL e a Estatização da fábrica, sem pagamento o sob controle operário Paremos as demissões na Lear, Paty e Gestamp! Estatização, sem pagamento e sob controle operário da Paty e da Cerâmica Neuquén! “UNIDADE E COORDENAÇÃO DAS LUTAS” PLANO DE LUTA E GREVE GERAL! a última sexta-feira, tivemos um dia de muitas atividades. Pela manhã, uma delegação de operários da fábrica assistiu a uma N conferência de imprensa realizada no Congresso da Nação pelos Deputados da Frente de Esquerda. Nestor Pitrola e Pablo López. O deputado Pitrola não pode assistir pois se encontrava com problemas de saúde, mas, sim foi o Deputado Del Cagno, também da mesma Frente. Abriram a conferencia os delegados e operários da Paty, comentando sobre nossa luta e insistindo na necessidade da unidade e da coordenação, porque separados os confrontos serão derrotados e dezenas de milhares de trabalhadores voltaram a ser desempregados. Também denunciamos os planos de relocalização da produção que tem a transnacional BRF, que somente no Mato Grosso (Brasil) explora a 10.000 operários. Ratificamos que estamos convencidos de que só com a luta, a unidade e a coordenação, conquistando a Greve Geral, poderemos ganhar esta guerra. Que não é apenas de Paty, mas de toda a classe operaria argentina que está sendo atacada. Anunciamos que não confiamos em nenhuma instituição da patronal, mas que aponhamos e apoiaremos sim toda a iniciativa e toda tribuna que sirva para impulsionar e massificar a luta. Por isso apoiamos a proposta que nos fizeram ambos deputados de apresentar um Projeto de Lei pela Estatização da Paty e de toda fábrica que feche (tanto no Congresso Nacional como na Prefeitura bonaerense (Buenos Aires)). Os deputados López e Del Cagno se comprometeram a agilizar este tramite e a apresentar um rascunho do dito projeto aos companheiros da fábrica. Pela tarde do mesmo dia, os operários da Paty marcharam ao sindicato “Capital” da Carne; acompanhados por organizações políticas de esquerda (PO, DO, entre outros), delegados ferroviários, da Fate, docentes, o centro de estudantes da FUBA de Martínez, movimentos de trabalhadores desempregados (CTD Aníbal Verón) e periodistas independentes da Agência Walsh e Indymedia Argentina. Na porta do Sindicato, um cordão policial protegia a entrada da casa dos operários que se encontrava ocupada por um grupo de valentões provocadores que “protegiam” os delegados de Molina. O Secretário de organização saio a porta para receber nossos delegados. E se comprometeu a chamar uma plenária e greve geral para esta segunda-feira. Hoje terça-feira a convocatória segue no ar. Nossos delegados deixaram claro que se não a convocam já, a greve e o plano de luta do grêmio, vamos voltar com muito mais forças até conseguir que a direção do grêmio faça o chamado. A grande ausência desta jornada foi a Chapa Vermelha, seus delegados dos Frigoríficos Rio-platenses, La Huella y Ecocarnes, não apareceram. Não fizeram sequer uma assembleia, nem uma única ação em solidariedade com nossa luta. Alguns deles dizem que não o fazem por que os operários veem como “alheio” o conflito da Paty... quando estão perdendo 250 postos de trabalho. Isto é mentira, nenhum operário de base aceita que se demita seus companheiros, porque sabe que a patronal mais cedo do que tarde – se passam as demissões em Paty – também virá por ele. Os únicos que veem “alheios” aos operários da Paty são os delgados que não querem lutar contra a patronal, nem romper com os corpos orgânicos dos sindicatos estatizados; do contrário já haveriam chamado a pôr de pé a coordenadora dos frigoríficos onde haja delegados combativos. Uma vergonha. Nós operários da Paty vamos nos encarregar de que todos os trabalhadores da carne (começando por seus 20.000 demitidos) vejam como “alheios' à causa da luta operária esses delegados que aceitam que se ataque aos operários de Paty porque não compartilhamos suas ideias. A eles; os “dirigentes” da Chapa Vermelha, lhes dizemos que por cima de todas as ideias e diferenças, estão as necessidades de 250 famílias que estão sendo atacadas por uma transnacional, o governo e as forças repressivas, enquanto as conduções de Molina e Fantini não tenha chamado a uma só greve e medida de luta em nosso apoio. Desde segunda-feira, começamos nosso acampamento na esquina da fábrica. O faremos toda semana das 9 às 17 horas. Convidamos a todas as organizações que venham debater como lutamos para torcer o braço da empresa e de seus amigos e conseguir a Estatização, sem pagamento e sob controle operário de Paty e da Cerâmica Neuquén (que enfrenta um lock out patronal). Mas alertamos que na Paty não faremos um acampamento simbólico, senão que dali nos centralizaremos para ir lutar junto a todos os que estão sendo atacados. Como o fizemos ontem com uma delegação de companheiros, indo ao piquete dos combativos operários da Lear que se encontram demitidos. Vamos ir a todos os lados lutar pela UNIDADE E COORDENAÇÃO DE TODAS AS LUTAS. Vamos mocionar que necessitamos de um Congresso Operário de empregados e desempregados, com delegados com mandato de base e com apoio dos operários. Iremos lutar para conseguir convencer a todos os companheiros que se seguimos lutando fábrica por fábrica vão terminar nos impondo duras derrotas. Necessitamos da unidade para reunir todas as forças em luta, para obrigar que a CGT e a CTA chamem a Greve Geral e um Plano de Luta Nacional contra este governo, as transnacionais e os banqueiros que levam seus doces e grossos bilhetes e nos deixam as tristes e amargar moedas. Já estamos cansados de que “as penas sejam nossas e as vaquinhas alheias”. NUNCA MAIS SOZINHOS. Temos que se unir agora mesmo para deter este ataque político da patronal e seu governo contra os operários combativos e suas Comissões Internas.

Paty 9 e 10

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Page 1: Paty 9 e 10

1 de Julho de 2014Comunicado Nº9 dos operários da Paty (QUICKFOOD/BRF)

Seguimos lutando pela GREVE GERAL e a Estatização da fábrica, sem pagamento o sob controle operário

Paremos as demissões na Lear, Paty e Gestamp! Estatização, sem pagamento e sob controle operário da Paty e da Cerâmica Neuquén!

“UNIDADE E COORDENAÇÃO DAS LUTAS”PLANO DE LUTA E GREVE GERAL!

a última sexta-feira, tivemos um dia de muitas atividades. Pela manhã, uma delegação de operários da fábrica assistiu a uma

Nconferência de imprensa realizada no Congresso da Nação pelos Deputados da Frente de Esquerda. Nestor Pitrola e Pablo

López. O deputado Pitrola não pode assistir pois se encontrava com problemas de saúde, mas, sim foi o Deputado Del Cagno,

também da mesma Frente.

Abriram a conferencia os delegados e operários da Paty, comentando sobre nossa luta e insistindo na necessidade da unidade e da

coordenação, porque separados os confrontos serão derrotados e dezenas de milhares de trabalhadores voltaram a ser

desempregados. Também denunciamos os planos de relocalização da produção que tem a transnacional BRF, que somente no Mato

Grosso (Brasil) explora a 10.000 operários. Ratificamos que estamos convencidos de que só com a luta, a unidade e a coordenação,

conquistando a Greve Geral, poderemos ganhar esta guerra. Que não é apenas de Paty, mas de toda a classe operaria argentina que

está sendo atacada. Anunciamos que não confiamos em nenhuma instituição da patronal, mas que aponhamos e apoiaremos sim

toda a iniciativa e toda tribuna que sirva para impulsionar e massificar a luta. Por isso apoiamos a proposta que nos fizeram ambos

deputados de apresentar um Projeto de Lei pela Estatização da Paty e de toda fábrica que feche (tanto no Congresso Nacional como

na Prefeitura bonaerense (Buenos Aires)). Os deputados López e Del Cagno se comprometeram a agilizar este tramite e a

apresentar um rascunho do dito projeto aos companheiros da fábrica.

Pela tarde do mesmo dia, os operários da Paty marcharam ao sindicato “Capital” da Carne; acompanhados por organizações políticas

de esquerda (PO, DO, entre outros), delegados ferroviários, da Fate, docentes, o centro de estudantes da FUBA de Martínez,

movimentos de trabalhadores desempregados (CTD Aníbal Verón) e periodistas independentes da Agência Walsh e Indymedia

Argentina.

Na porta do Sindicato, um cordão policial protegia a entrada da casa dos operários que se encontrava ocupada por um grupo de

valentões provocadores que “protegiam” os delegados de Molina. O Secretário de organização saio a porta para receber nossos

delegados. E se comprometeu a chamar uma plenária e greve geral para esta segunda-feira. Hoje terça-feira a convocatória segue no

ar. Nossos delegados deixaram claro que se não a convocam já, a greve e o plano de luta do grêmio, vamos voltar com muito mais

forças até conseguir que a direção do grêmio faça o chamado.

A grande ausência desta jornada foi a Chapa Vermelha, seus delegados dos Frigoríficos Rio-platenses, La Huella y Ecocarnes, não

apareceram. Não fizeram sequer uma assembleia, nem uma única ação em solidariedade com nossa luta. Alguns deles dizem que

não o fazem por que os operários veem como “alheio” o conflito da Paty... quando estão perdendo 250 postos de trabalho. Isto é

mentira, nenhum operário de base aceita que se demita seus companheiros, porque sabe que a patronal mais cedo do que tarde – se

passam as demissões em Paty – também virá por ele. Os únicos que veem “alheios” aos operários da Paty são os delgados que não

querem lutar contra a patronal, nem romper com os corpos orgânicos dos sindicatos estatizados; do contrário já haveriam chamado a

pôr de pé a coordenadora dos frigoríficos onde haja delegados combativos. Uma vergonha. Nós operários da Paty vamos nos

encarregar de que todos os trabalhadores da carne (começando por seus 20.000 demitidos) vejam como “alheios' à causa da luta

operária esses delegados que aceitam que se ataque aos operários de Paty porque não compartilhamos suas ideias. A eles; os

“dirigentes” da Chapa Vermelha, lhes dizemos que por cima de todas as ideias e diferenças, estão as necessidades de 250 famílias

que estão sendo atacadas por uma transnacional, o governo e as forças repressivas, enquanto as conduções de Molina e Fantini não

tenha chamado a uma só greve e medida de luta em nosso apoio.

Desde segunda-feira, começamos nosso acampamento na esquina da fábrica. O faremos toda semana das 9 às 17 horas.

Convidamos a todas as organizações que venham debater como lutamos para torcer o braço da empresa e de seus amigos e

conseguir a Estatização, sem pagamento e sob controle operário de Paty e da Cerâmica Neuquén (que enfrenta um lock out

patronal).

Mas alertamos que na Paty não faremos um acampamento simbólico, senão que dali nos centralizaremos para ir lutar junto a todos os

que estão sendo atacados. Como o fizemos ontem com uma delegação de companheiros, indo ao piquete dos combativos operários

da Lear que se encontram demitidos. Vamos ir a todos os lados lutar pela UNIDADE E COORDENAÇÃO DE TODAS AS LUTAS.

Vamos mocionar que necessitamos de um Congresso Operário de empregados e desempregados, com delegados com

mandato de base e com apoio dos operários. Iremos lutar para conseguir convencer a todos os companheiros que se seguimos

lutando fábrica por fábrica vão terminar nos impondo duras derrotas. Necessitamos da unidade para reunir todas as forças em luta,

para obrigar que a CGT e a CTA chamem a Greve Geral e um Plano de Luta Nacional contra este governo, as transnacionais e os

banqueiros que levam seus doces e grossos bilhetes e nos deixam as tristes e amargar moedas. Já estamos cansados de que “as

penas sejam nossas e as vaquinhas alheias”. NUNCA MAIS SOZINHOS. Temos que se unir agora mesmo para deter este ataque

político da patronal e seu governo contra os operários combativos e suas Comissões Internas.

Page 2: Paty 9 e 10

2 de julho de 2014Comunicado Nº 10 dos operários da PATY (QUICKFOOD/BRF)

O SINDICATO DE TRABALHADORES DOS FRIGORÍFOCOS DA CARNE CHAMA AOS OPERÁIROS DA CARNE PARA MARCHAR SOBRE A CGT E A CTA PELO TRIUNFO DA LUTA DOS OPERÁRIOS DA)PATY E PELA

ESTATIZAÇÃO DA PLANTA

Agora é preciso conquistar a GREVE GERAL pelas demandas de toda a classe operária!Contra as demissões, as suspensões, os salários de fome...

Contra a repressão e pela liberdade dos operários condenados e encarcerados...

epois que, no dia 27/06 marchamos para o Sindicato da Carne, nós, os operários de da PATY, conquistamos que para hoje,

Dterça feira, se convocasse a uma Plenária de Delegados. Ali colocamos a necessidade da greve geral do sindicato, com a qual a maioria dos delegados que compareceram, colocando os problemas que tem nos seus frigoríficos disseram para nós que era

impossível, porque não tem trabalho e os operários encontram-se semiempregados recebendo 70% da garantia horária.Nossos delegados responderam que justamente não se tratava só da luta por PATY, senão de todos os frigoríficos que fecharam nos últimos anos provocando que 20.000 companheiros da indústria da carne ficassem na rua. Trata-se de lutar pela Estatização, sem pagamento e sob controle operário, de todos os frigoríficos. Só assim os(nós) operários da carne poderemos recuperar nossa fonte de trabalho e um salário digno. Por isso chamamos para que o Sindicato se colocasse na cabeça da luta.

Finalmente a plenária de delegados resolveu convocar aos operários da carne para concentrar-se na quinta feira 10-07, às 14,30hs em Lima e Independencia, para marchar para a CGT e a CTA em apoio aos operários da PATY e sua luta. Esse chamado realizado pelo Sindicato é um enorme passo adiante dado pela luta de todos os operários da carne.

Nós, os operários de PATY, chamamos todos os trabalhadores em luta, como os da LEAR, GESTAMP, DONNELEY, AGR, FERROCARRIL SARMIENTO, os DOCENTES, ESTATAIS, os operários da ALIMENTAÇÂO (Kraft, Felfort, Pepsico, Cadbury), os operários da ENFER, da CERÂMICA NEUQUÉN, ZANON, BRUKMAN, da LÍNHA 60 (de ônibus, NdeT), e todos os trabalhadores desempregados e movimentos piqueteiros; os centros de estudantes e federações universitárias: para marchar juntos para conquistar a GREVE GERAL de 36 horas por todas nossas demandas e pela liberdade dos lutadores presos em Corral de Bustos, pela absolvição dos petroleiros de Las Heras e pela liberdade dos lutadores Esteche e Lescano.

Essa quinta-feira 10/07, todas as organizações que participaram do “Encontro do Sindicalismo Combativo de Atlanta” e das “Plenárias do SUTNA/San Fernando devem marchar juntas, conquistando nas ruas a UNIDADE e COORDENAÇÃO DE TODAS AS LUTAS.

Comissão Interna de PatyComissão de Trabalhadores de Paty (“16 de junho”)

COMUNICADO PARA TODOS OS COMPANHEIROS TRABALHADORES

DA CARNE

Como é de públ ico conhecimento a empresa QUICKFOOD S.A. (PATY) demitiu quase a totalidade dos trabalhadores da planta na qual lutamos pela reincorporação de todos os companheiros já que isso é uma investida das patronais, com demissões encobertas e fraude trabalhista, pedimos a reincorporação ou estatização com controle de seus próprios trabalhadores dessa planta e de todos os estabelecimentos que fechem, suspendam ou demitam os trabalhadores, por esse motivo a junta de delegados desse sindicato resolveu marchar para a CGTs e CTAs no dia 10/07/2014 às 14,30hs em Independencia e Lima.

Assinam:MOLINA SEGUNDO M. (Secretário Geral)MEDINA R. CARLOS (Secretário de Organização)

Reproduzido por: Comitê Revolucionário Operário e Juvenil pela Auto-Organização (CROJA) Aderente da FLTI – Coletivo Pela IV [email protected] / comitepelarefundacaoiv.blogspot.com

[email protected] / https://www.facebook.com/ComitePelaRefundacaoIV