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Paula Freire 2015

Paula Freire 2015 - aulasjuridicas.files.wordpress.com · Principio da razoabilidade da duraçãodo processo: Prazos estabelecidos pelo CNJ. Dependerá do tipo de ato processual

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Paula Freire2015

�� Surge em decorrência da autonomia do Direito do� Trabalho.� No início, cabia à Justiça Comum o julgamento das� conflitos entre o capital e o trabalho.� 1907: criação dos Conselhos Permanentes de�Conciliação e Arbitragem, pela Lei 1.637/07.

HISTÓRICO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

�� Em São Paulo, em 1922, criaram-se os Tribunais�Rurais, Lei 1.869.� Em 1932, foram criados dois organismos� destinados a solucionar conflitos trabalhistas: as�Comissões Mistas de Conciliação e as Juntas de�Conciliação e Julgamento (JCJs).

EVOLUÇÃO

��As JCJs eram presididas por um advogado,

magistrado ou funcionário nomeado pelo Ministrodo Trabalho, e por dois vogais (juízes classistas), umrepresentando os empregados, outro osempregadores.

� Bases da futura Justiça do Trabalho.

SURGIMENTO

��A denominação Justiça do Trabalho (JT) surgiu na

Constituição de 1934.� Âmbito administrativo, para dar maior celeridade às

decisões.� Ainda não instalada.� A Constituição de 1937 manteve a previsão relativa

à Justiça do Trabalho na esfera administrativa.

NASCEDOURO...

��A Constituição de 1946 transformou a Justiça do

Trabalho em órgão do Poder Judiciário, mantendo aestrutura que tinha como órgão administrativo,inclusive com a representação classista.

� Sua estrutura permaneceu assim nas Constituiçõesposteriores, de 1967 (alterada pela Emenda de 1969)e de 1988.

NOS DIAS ATUAIS...

��A Justiça do Trabalho foi declarada instalada por

Getúlio Vargas em ato público realizado no dia 1º demaio de 1941, no campo de futebol do Vasco daGama, Rio de Janeiro.

� Ficou estruturada em três instâncias.

INSTITUCIONALIZAÇÃO:

��Na base, as Juntas de Conciliação e Julgamento

(JCJs), que mantiveram o nome e a composição,porém, seu presidente passava a ser um juiz deDireito ou bacharel nomeado pelo Presidente daRepública para mandato de dois anos.

� Os vogais (classistas) continuavam sendo indicadospelos sindicatos, para mandato também de doisanos.

E NASCEM AS “JUNTAS”:

�� Em nível intermediário (2º grau), foram criados os�Conselhos Regionais do Trabalho, para decisões� sobre recursos.� E em nível superior (3º Grau), o Conselho Nacional� do Trabalho.

CONTINUA...

��Hoje a JT possui os seguintes graus de jurisdição:�Varas do Trabalho,� Tribunal Regional do Trabalho (TRTs) e� Tribunal Superior do Trabalho (TST).� Previsão constitucional: art. 114, CF/88.

ESTRUTURA ATUAL

�� São ideias centrais de um sistema, que lhe dão

sentido lógico, harmonioso, racional, permitindo acompreensão de seu modo de se organizar.

�O caráter normativo dos Princípios passou por umlento processo de evolução na doutrina, em trêsfases: a jusnaturalista, a juspositivista e apóspositivista.

PRINCÍPIOS –CONCEITO

��Nas duas primeiras fases não se conferia aos

princípios a natureza de norma de Direito.� Somente na fase pós-positivista, é que se reconhece

o caráter normativo dos princípios.

PRINCÍPIOS – natureza:

�� É uma espécie de norma.� Espécies de Normas jurídica: princípios e regras.� Diferenças entre princípios e regras:� Conflito: validade X peso.� Regras: validade. Critério de exclusão. Tempo e� especialidade.� Princípios: caso haja conflito entre princípios, um

deles poderá se sobrepujar em relação a outro, numdeterminado caso concreto. Não há análise emabstrato.

PRINCÍPIO

��Critério da ponderação. Não há exclusão de um

princípio por outro. Alexy.�Regras: tudo ou nada. Princípio da exclusão.�Regras são válidas ou inválidas.� Princípio: ponderação, gradatividade.�Ambos princípios valem. Porém um vale mais do

que o outro num determinado caso concreto.

PRINCÍPIO X REGRA

��Direito à informação X direito à privacidade.� Exemplo: privacidade um condenado por crime da 2ª

Guerra, que já cumpriu pena e está para sair daprisão X direito de um canal de TV de fazer umdocumentário sobre o crime e sobre o condenado.

Exemplo

�� Princípios são valores?� Doutrina nacional: sim. São sugestões ou

recomendações de como o aplicador deve interpretaruma norma e decidir um conflito.

� É uma mera sugestão ou aconselhamento.� Alexy e Dworkin: não são valores. Não são meras

orientações, recomendações ou sugestões. Sãonormas, determinações.

DEFINIÇÕES DE PRINCÍPIOS

��Alexy: mandados de otimização. Ordem ao juiz para

que ele otimize aquela norma jurídica, numdeterminado caso, otimizando a decisão.

� Dworkin: regras X princípios: critério daespecialidade. Regras são mais específicas.

� Princípios são mais genéricos.� Regras determinam por si as hipóteses de sua

aplicação. Princípios não preveem as hipóteses desua aplicação.

DISTINÇÃO ALEXY E DWORKIN

�� Princípio do juiz natural. Veda a criação de tribunais

de exceção.� Princípio do Contraditório: a parte deve participar

da formação do provimento jurisdicional.� Princípio da Ampla Defesa: todos os meios inerente

à parte na formação da decisão judicial.� É complementar ao Princípio do contraditório.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio da motivação da decisão judicial: todas as� decisões do juiz deverá ser fundamentado.� Duplo grau de jurisdição.� Princípio da imparcialidade do juiz: o conflito

apreciado pelo juiz é o capital X trabalho. Decorre doprincípio da isonomia.

�O direito material é protetivo, mas o processo não.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio do devido processo legal: é corolário dos

princípios do juiz natural e do procurador natural.� Princípio do acesso á justiça: direito de petição. Art.

5°, § XXXV, da CF. Direito ao efetivo provimentojurisdicional.

� Princípio da publicidade dos atos processuais.� Exceção: segredo de justiça.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Principio da razoabilidade da duração do processo:� Prazos estabelecidos pelo CNJ. Dependerá do tipo de

ato processual.� Princípio dispositivo ou da demanda: pode-se

ajuizar uma ação em nome próprio. Exceto osindicato, no PT.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio do impulso oficial: o Judiciário não pode

agir de ofício e sim por provocação, mas uma vezprovocado, o processo tem “vida própria”.

� O processo é um instrumento de realização dajustiça no caso concreto.

� Inquisitoriedade.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio da impugnação especificada: é necessário

que a parte se manifeste sobre uma determinadaalegação.

� Princípio da estabilidade da lide: a lide se estabilizacom a inicial e a defesa. A partir disso, produzem-seas provas.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio da eventualidade: é típico da defesa. Há

um momento específico para a defesa. Ou oadvogado da reclamante pode tentar discutirdetalhes sobre as alegações.

� Princípio da preclusão: não se pode mais praticarum ato após determinado momento.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio da economia processual: é a busca de

efetividade do processo.�Deverá conter o número mínimo possível de atos.� Princípio da perpetuatium jurisditionis: art. 87, CPC.

�A competência material somente será alterada pelaextinção ou alteração do Órgão Jurisdicional.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípios do onus da prova: art. 818, CLT, art. 333 do

CPC.� Princípio da oralidade: é mais aplicado no PT.�Contestação, Razões finais, depoimento testemunhal.� Princípio da medição: o juiz medeia todo o processo.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio da identidade física do juiz: o juiz que

colheu a prova é aquele que deverá julgar.�Ainda é controverso: Súmula 136, TST cancelada,

mas mantida ainda a Súmula 222, STF.� Princípio da concentração dos atos: extensão do da

economia. Tudo ocorre na audiência e oralmente.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões

interlocutórias. Agravo de instrumento não é orecurso para decisões interlocutórias.

� O protesto deverá ficar consignado comoirresignação da parte. É um costume processual.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Irrecorribilidade X Acesso à Justiça.� Exceção de incompetência territorial, para outra

vara de outro TRT.� Caberia então o recurso a essa decisão interlocutória.� Lealdade processual: arts. 16 e 17 do CPC.� Princípio da finalidade social: peculiar ao processo

do trabalho. Tem se estendido a outros processos.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Busca da verdade real: art. 765, CLT: permite ao juiz

velar pela boa produção das provas.� Princípio da indisponibilidade.� Princípio da conciliação ou da conciliabilidade: art.

764. É um princípio peculiar do processo trabalhista.� Princípio da representação das partes em juízo.�Hoje pelas Comissões de Conciliação Prévia, em

substituição à representação classista. Princípiopeculiar do processo do trabalho.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Princípio da normatização coletiva: o Tribunal pode

criar normas para os conflitos coletivos.� Poder normativo do judiciário trabalhista.� Peculiar ao processo do trabalho.� Julgamento sem pedido ou sem petição. Juspostulandi.

� Pluralização dos dissídios individuais.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

�� Impulso inicial do juízo. Ex: execução, dissídio

coletivo.� Triplo grau de jurisdição. Críticas doutrinárias: ferir

o princípio do duplo grau.� Jus postulandi. Capacidade postulatória às partes

leigas.� Poder normativo dos tribunais.�Oralidade.�Concentração dos atos processuais.� Instrumentalidade. Foco nos objetivos.

PECULIARIDADES DAS NORMAS PROCESSUAISDO TRABALHO