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PAULO GALA
Para os clássicos do desenvolvimento econômico,
Nurkse, Myrdal, Rosestein-Rodan, Hirschman,
Myrdal, Prebisch e Furtado, as atividades
produtivas são diferentes em termos de suas
habilidades para gerar crescimento e
desenvolvimento. Atividades com altos retornos
crescentes, alta incidência de inovações
tecnológicas e altas sinergias decorrentes de
divisão do trabalho são fortemente indutoras de
desenvolvimento econômico. São atividades onde
em geral predominam competição imperfeita e
todas as características desse tipo de estrutura de
mercado (importantes curvas de aprendizagem,
rápido progresso técnico, alto conteúdo de R&D,
grandes possibilidades de economias de escala e
escopo, alta concentração industrial, grandes
barreiras à entrada, diferenciação por marcas,
etc…). Esse grupo de atividades de alto valor
agregado se contrapõe às atividades de baixo
valor agregado, em geral praticadas em países
O Atlas da ComplexidadeEconômica: um novo breakthroughempírico para os economistasestruturalistas13 de maio de 2015 por Paulo Gala | 0 comentários
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Vendas no varejo noBrasil continuam emqueda
Serviços financeirosno Brasil
Producao deembalagens no Brasil
Dívida pública decurto prazo e longoprazo no Brasil
A evolução dacomplexidade nomundo
Produção de motos noBrasil
Economia, finanças e investimentos
pobres ou de renda média com típica estrutura de
competição perfeita (baixo conteúdo de R&D,
baixa inovação tecnológica, informação perfeita,
ausência de curvas de aprendizado, etc.).
Para os clássicos do desenvolvimento, o aumento
de produtividade viria justamente da subida da
escada tecnológica, migrando de atividades de
baixa qualidade para as atividades de alta
qualidade, rumo à sofisticação tecnológica da
economia (ver Bresser-pereira 2014, pg.103). Para
isso a construção de um sistema industrial
complexo e diversificado é fundamental, sujeito a
retornos crescentes de escala, altas sinergias e
linkages entre atividades. A especialização em
agricultura e extrativismos não permitiria esse
tipo de evolução tecnológica na perspectiva
desses economistas. Como poderíamos “medir”
empiricamente essas proposições dos
economistas clássicos do desenvolvimento?
Idealmente se poderia estudar as estruturas de
mercado dos principais produtos do mundo
revelados no comércio mundial. A partir da
classificação dessas estruturas, se poderia
correlacionar os produtos e estruturas de
mercados encontrados com níveis de renda per
capita. Se a proposição dos clássicos do
desenvolvimento estiver correta, deveríamos
encontrar países de renda per capita elevada se
especializando em atividades de concorrência
imperfeita e países pobres se especializando em
atividades de concorrência perfeita; algo, aliás,
fácil de se constatar numa rápida análise
superficial dos padrões de comércio atuais, mas
difícil de se comprovar de maneira mais robusta.
O debate sobre a validade dessas ideias
estruturalistas e cepalinas dura, obviamente, ja
mais de 50 anos e resultados conclusivos nao
foram ainda atingidos sobre o tema. Basta
acompanhar a enorme literatura a respeito dessas
novembro2014
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A desigualdade de umpaís diminui conformesua complexidadeeconômica aumenta
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A evolução dasofisticaçãotecnológica daeconomia brasileiraate 2013
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Países inovadores ecomplexos
Minas e poços depetróleo: Australia,Chile, Arabia Saudita,Kuwait, Qatar eEmirados Arabes
O Atlas daComplexidadeEconômica: um novobreakthroughempírico para oseconomistasestruturalistas
A indústria no Brasil
questoes produzida por economistas brasileiros e
estrangeiros. Para citar alguns nomes aqui da
literatura internacional: Lance Taylor, Jose Antonio
Ocampo, Roberto Frenkel, Ha-Joon Chang, Jan
Kregel, Erik Reinert e Gabriel Palma. De uma
perspectiva mais ortodoxa merecem destaque
Dani Rodrik e Ricardo Hausmann, que acabam
tratando desses mesmos temas estruturalistas de
uma matriz teorica mais neoclassica. A mais
recente contribuicao de Ricardo Hausmman sobre
o tema pode ser entendida tambem dessa
pespectiva: o Atlas da Complexidade Econômica
(Hausmann, Hildalgo et al 2014). Trata-se, na
veradade, de uma grande inovação empírica,
capaz de dar enorme suporte as proposições dos
economistas estruturalistas que viam na
sofisticação produtiva o caminho para o
desenvolvimento econômico; apesar de Hausman
fazer pouquíssimas referencias a esses
economistas e tentar “re”-construir sua própria
teoria do desenvolvimento econômico.
Como medir a sofisticação produtiva ou
“complexidade econômica” de um país?
Hausmann, Hildalgo et al criaram um método de
extraordinária simplicidade e comparabilidade
entre países numa parceria entre o Media Lab do
MIT e a Kennedy School de Harvard
(http://atlas.media.mit.edu/). A partir da análise
da pauta exportadora de um determinado país
são capazes de medir de forma indireta a
sofisticação tecnológica de seu tecido produtivo
ou sua “complexidade econômica”. A metodologia
criada para a construção dos índices de
complexidade econômica culminou num atlas que
reúne extenso material sobre uma infinidade de
produtos e países para 50 anos desde 1963. (772
produtos e 144 países em 2012).
Os dois conceitos básicos para se medir se um
país é complexo economicamente são a
dezembro2011
continua afundando
Alta tensão no FED
Produção de veículosno Brasil nos últimos20 anos
Regressao tecnologicanos EUA
O beco sem saída dosrecursos naturais
Fotografia do Brasil nomundo: muito ruim!
Sobre o papel daeducação ecomplexidade noDesenvolvimentoeconômico: Gana xTailândia
Juros e Bolsa na China
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A boa e velha relaçãocentro periferia
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Mercado de trabalhonos EUA fraco apesardo baixo desemprego
Raio X das contaspublicas no Brasil
BC brasileiro projeta 2anos de queda do PIB
Setores menosprodutivos ganhamespaço no PIBbrasileiro
A decolagem do dólar
Níveis de confiança noBrasil em mínimahistórica
Bolhas imobiliárias
Preço do petróleo edéficit fiscal em paísesprodutores
Mapa da liquidez detítulos nos EUA em dia
ubiquidade e diversidade de produtos
encontrados na sua pauta exportadora. Se uma
determinada economia é capaz de produzir bens
não ubíquos, raros e complexos, há indicação de
que tem um sofisticado tecido produtivo. Claro
que há um problema aqui de escassez relativa,
especialmente de produtos naturais como
diamantes e urânio, por exemplo. Os bens não
ubíquos devem ser divididos entre aqueles que
têm alto conteúdo tecnológico e, portanto, são de
difícil produção (aviões) e aqueles que são
altamente escassos na natureza, por exemplo, o
nióbio, e, portanto, tem uma não ubiquidade
natural. Para controlar esse problema de recursos
naturais escassos na medição de complexidade os
autores usam uma técnica engenhosa: comparam
a ubiquidade do produto feito num determinado
país com a diversidade de produtos que esse país
é capaz de exportar. Por exemplo: Botsuana e
Serra Leoa produzem e exportam algo raro e,
portanto, não ubíquo, diamantes brutos. Por
outro lado têm uma pauta exportadora
extremamente limitada e não diversificada. Temos
aqui então casos de não ubiquidade sem
complexidade.
Nessa linha de raciocínio os autores seguem
classificando diversos países e chegam a
correlações impressionantes entre níveis de renda
per capita e complexidade econômica; esse
indicador pode ser tomado como uma proxy do
desenvolvimento econômico relativo entre países.
Não à toa Japão e Alemanha estão sempre entres
os 10 primeiros países no ranking dos últimos 10
anos. Não é difícil perceber que o
desenvolvimento econômico pode ser tratado
como o domínio de técnicas de produção mais
sofisticadas que em geral levam a produção de
maior valor adicionado por trabalhador, como
defendiam os clássicos do desenvolvimento. É isso
que o indicador de complexidade econômica
de decisão do FED
Mercado de trabalhodesmoronando noBrasil
Confiança doconsumidor na Chinaafunda junto compreço das casas
Ibovespa em dólaresna minima desde acrise de 2008
Construção de novascasas em forte quedanos EUA
Mapa do comercio decommodities nomundo
Resultados daproibição de seexportar petróleo crunos EUA
Massacre nas moedasemergentes
Doença holandesa noBrasil
Doença holandesa naHolanda
Euro derretendo
Consumo de metaisno mundo
Austrália afundandojunto com o preço dominério de ferro
Dívidas privadas enível de renda percapita
Bolha de crédito naChina
Biênio perdido naconstrução civil
Bolha imobiliáriachinesa desinflando
A crise no Brasil chegaao mercado detrabalho
Onde investir em2015?
Bolha nas bolsasamericanas?
acaba capturando de forma bastante engenhosa a
partir de medidas de ubiquidade e diversidade da
pauta exportadora dos diversos países. Os
resultados do atlas também apontam na direção
sugerida pelos clássicos do desenvolvimento
econômico para padrões de especialização no
comércio mundial: países ricos se especializam
em mercados de competição imperfeita e países
pobres em mercados de competição perfeita.
Uma das medidas importantes do atlas da
complexidade é a de proximidade. Dois produtos
são “próximos” se vários países exportam esse
par. Por exemplo, vinhos e uvas. Muitos países
exportam só uvas, muitos outros exportam só
vinhos, mas uma quantidade razoável de países
do banco de dados exportam ambos, donde se
conclui que vinhos e uvas são próximos. Claro que
nesse exemplo a conexão é intuitiva, mas em
casos mais complicados a metodologia ajuda
muito a entender quais produtos estão próximos.
Por exemplo, medicamentos e aparelhos de raio
x, que estão “próximos”, apesar de não parecer
intuitivamente. A importância da “proximidade”
está na medida indireta que esta carrega sobre as
capacidades locais de produção envolvidas em
diversos bens. Com essas proximidades os
autores são capazes de construir redes de
conexões entre produtos. Os produtos muito
próximos uns dos outros formam clusters ou
“comunidades” nós termos do atlas. Essas
comunidades são depois rankeadas em termos de
complexidade de seus produtos. Em geral os
produtos de alta conexão são complexos e os
produtos de baixa conexão não são complexos,
segundo as medidas do próprio atlas. O exemplo
aqui também é bom: petróleo tem pouquíssimas
conexões e nenhuma complexidade; no outro
extremo, máquinas têm muitas conexões e são
bastante complexas. As comunidades complexas
abrigam produtos que têm características típicas
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IGP-M: preços noatacado caem, noconsumo sobem;pressão nos juros
Revenge of theStructuralists
A vingança dosestruturalistas
Choque deflacionárionas commodities
Mapa da desconfiançano Brasil
Queda contínua daindústria
O colapso dos jurosna Alemanha
A exaustão do cicloCCC no Brasil (Crédito,
de estruturas de mercado de concorrência
imperfeita; o inverso se aplica para os produtos
não complexos.
Os mapas abaixo retirados do atlas da
complexidade econômica mostram as principais
categorias do comercio mundial segundo suas
“complexidades” e “proximidades” e o espaço
produtivo de 120 países no comércio
internacional em relação a 750 produtos em 2012.
As cores representam categorias de produtos,
sendo os mais sofisticados as máquinas e
equipamentos na cor azul no centro do segundo
mapa. No cinturão externo estão as commodities
agrícolas, minerais e energéticas. Os produtos
altamente complexos estão no centro da rede e os
de baixa complexidade estão na periferia. Os
países ricos produzem e exportam os produtos do
centro da rede, os países pobres produzem e
exportam os produtos da periferia da rede – como
diria a CEPAL.
Commodities eConsumo)
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O derretimento dopreço do petróleo éuma má notícia para omundo
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Commodities namínima desde 2009
Mapa do stress nosjuros futuros
A preocupanteregressão tecnológicada economiabrasileira
A sorte do Brasil
Mapa dos juros noBrasil
Países complexos (ounão)
Queda dosinvestimentos em2015?
A transmissão docâmbio para os preços
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