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Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor] janeiro 2012 SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO ACRE PLANEJAMENTO DAS EQUIPES ESCOLARES PARA GARANTIR A TODOS OS ALUNOS UMA EDUCAÇÃO INTEGRAL Orientações Gerais para os diretores e coordenadores das escolas Caros colegas, Seguem abaixo as orientações para o Encontro de formação de professores das escolas do Ensino Fundamental e Ensino Médio e em seguida a sugestão de pauta. Sobre o que se pretende neste Encontro de Formação A SEE pretende trabalhar com as equipes gestoras das redes estadual e municipal de Rio Branco o planejamento do ano letivo visando garantir que as escolas possam oferecer aos seus alunos uma educação integral. Para isso, pretende que em cada escola o planejamento do ano letivo ocorra com toda a equipe escolar e considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos, o alcance das expectativas previstas para cada ano e disciplina, além de buscar articular a integração entre a sala de aula e o contexto social, visando dar sentido e significado ao currículo. A proposta é que ao final da formação a equipe gestora possa realizar na escola o planejamento do ano letivo com todos os profissionais, definindo os objetivos a serem alcançados, as ações que serão desenvolvidas, os recursos necessários, os momentos de revisão do plano e o apoio que espera da SEE. Sobre como será o trabalho As equipes do EF I e EM terão dois dias de trabalho [16 horas] para estudo e desenvolvimento da pauta que será desenvolvida com

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Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor] janeiro 2012

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO ACRE

PLANEJAMENTO DAS EQUIPES ESCOLARES PARA GARANTIR A TODOS OS ALUNOS UMA EDUCAÇÃO INTEGRAL

Orientações Gerais para os diretores e coordenadores das escolas

Caros colegas,

Seguem abaixo as orientações para o Encontro de formação de professores das escolas do Ensino Fundamental e Ensino Médio e em seguida a sugestão de pauta.

Sobre o que se pretende neste Encontro de Formação

A SEE pretende trabalhar com as equipes gestoras das redes estadual e municipal de Rio Branco o planejamento do ano letivo visando garantir que as escolas possam oferecer aos seus alunos uma educação integral. Para isso, pretende que em cada escola o planejamento do ano letivo ocorra com toda a equipe escolar e considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos, o alcance das expectativas previstas para cada ano e disciplina, além de buscar articular a integração entre a sala de aula e o contexto social, visando dar sentido e significado ao currículo.

A proposta é que ao final da formação a equipe gestora possa realizar na escola o planejamento do ano letivo com todos os profissionais, definindo os objetivos a serem alcançados, as ações que serão desenvolvidas, os recursos necessários, os momentos de revisão do plano e o apoio que espera da SEE.

Sobre como será o trabalho

As equipes do EF I e EM terão dois dias de trabalho [16 horas] para estudo e desenvolvimento da pauta que será desenvolvida com os diretores e coordenadores por um formador do Instituto Abaporu.

O Encontro de formação com os diretores e coordenadores que será desenvolvido pela Equipe da SEE será de 20 horas para estudo da pauta sugerida para o trabalho com os professores na escola.

As atividades da pauta destinada para a Equipe da SEE e das pautas destinadas aos diretores/coordenadores e professores são semelhantes.

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Algumas delas são ajustadas considerando as especificidades dos grupos e outras excluídas.

Materiais necessários para a formação:

- datashow

- papel madeira/craft

- crachás

- papel sulfite

- canetas piloto

- fita crepe

- caneta para quadro branco de 2 cores diferentes

- apagador

- cópias dos anexos que serão utilizados

Materiais impressos

- Orientações Curriculares do EF I, EF II e EM

- Texto: Cuidados necessários no trabalho pedagógico

- Caderno 3

- Caderno 4

- Caderno de planejamento: Dialogando com as equipes escolares: firmando compromissos necessários para a qualidade da aprendizagem dos alunos

- Proposta de leitura e escrita para alunos do EF e EM

Slides em powerpoint

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PAUTA SUGERIDA

[para o Encontro de formação nas escolas com a coordenação dos diretores e coordenadores]

Sequências de

atividadesTemas da formação Duração

1 Iniciando os trabalhos 1 h

2 Criando escolas que aprendem 3 h

3

Criando escolas que aprendem: os professores como planejadores do ambiente aprendente 3 h

4Mapear a escola na busca dos melhores rumos: construir uma escola de qualidade em atos e compromissos compartilhados pela equipe escolar

3 h

5

Todas os alunos podem aprender: superar o jargão e enxergar quem está por trás dele 3 h

6

Planejamento do trabalho pedagógico como expressão da crença na capacidade do aluno aprender e na capacidade dos professores de ensinar

4 h

7

Planejamento do apoio pedagógico como uma ação necessária para garantir o direito dos alunos de aprenderem 3 h

8

Fazer da escola um ambiente de letramento: um compromisso de toda a equipe escolar 3 h

Avaliação1 h

Total 24 h

Observação: O tempo indicado para cada atividade é apenas uma sugestão. O tempo real deve ser redimensionado pelos coordenadores e diretor considerando o número de professores da sua escola.

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Sequência de atividades 1 – Iniciando os trabalhosTempo: 1 hora

Atividades

1. Momento de boas vindas para o grupo de professores e demais funcionários da escola que estejam participando do Encontro.

2. Estabelecer combinados quanto ao cumprimento dos horários, uso de celular durante o encontro etc.

3. Apresentar os objetivos do Encontro:

- organizar o planejamento do ano letivo considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos, o alcance das expectativas previstas para cada ano e disciplina, além de buscar articular a integração entre a sala de aula e o contexto social, visando dar sentido e significado ao currículo.

4. Apresentação da pauta de trabalho.

5. Propor a leitura compartilhada do seguinte texto: “É o primeiro dia do novo ano escolar. Você está se preparando, como professor, para a chegada dos alunos, o que cria uma grande expectativa. Pedaços inteiros de giz esperam na lousa e todos os lápis ainda estão do mesmo tamanho. Você folheia a agenda em que, nos próximos meses, as páginas serão preenchidas com anotações de todos os tipos. Os estudantes se tornarão tão familiares que será difícil lembrar a época em que você não os conhecia. Você repassa um monte de questões: Que tipos de alunos terei neste ano? Será que poderei fazer a diferença para eles? Estou preparado para isso? Como serão os líderes, os alunos dedicados e os desafios e os desafiadores? Dá para sentir a presença iminente dos alunos, como o zunido no ar que se sente pouco antes de um raio cair. O jornal acaba de publicar os resultados no vestibular no estado. O diretor e coordenador acabam de retornar de uma formação com uma porção de idéias. Forame escolhidos livros didáticos novos e você não teve tempo de se apoderar deles. Estão faltando acrescentar ainda cinco ou seis alunos novos em cada turma. Será que a escola conseguirá bons resultados com relação à aprendizagem dos alunos? O que terá que ser feito de novo, o que deve ser mantido porque já deu certo e o que ainda precisa ser mudado para que os alunos aprendam mais e melhor? Organizar a escola e mantê-la organizada ao longo do ano não é uma tarefa fácil e fazer com que ela de fato realize seu principal propósito que é ensinar a todos os alunos é o grande desafio. Afinal, como fazer cada vez mais da escola um ambiente aprendente? Vamos encarar este desafio mais uma vez para que coletivamente possamos trocar experiências e buscar caminhos que façam diferença no trabalho educativo de 2012. Bom trabalho a todos!”

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Sequência de atividades 2 - Criando escolas que aprendemTempo: 3 horas

Atividades:

1. Propor que em grupos de no máximo 5 pessoas leiam a seguinte situação: “Imagine uma escola [aprendente] onde alunos e professores aprendem efetivamente por meio da relação pedagógica, dos processos de ensino e de aprendizagem e da relação com a comunidade onde esta escola está inserida. A escola oferece aos professores e alunos um bom motivo para desejarem estar presentes diariamente enfrentando os desafios próprios da construção do conhecimento tanto dos conteúdos referentes às diferentes áreas como de si mesmo e dos outros colocado pela convivência diária”.

2. Propor que a partir da leitura da situação acima, reflitam, discutam e anotem o que responderem para as questões descritas abaixo:

a) O que os alunos nesta escola aprendente fazem em um dia típico?b) Que estruturas, práticas ou atitudes [dos professores,

coordenadores e diretor] ajudam estes estudantes a progredir e ser bem sucedidos?

c) Como as atividades em sala de aula são organizadas? Quem as organiza? Quem decide o que ensinar e o que avaliar?

d) Quem toma as decisões necessárias sobre os objetivos de aprendizagem?

e) Como os alunos interagem com os professores?f) Que tipos de leituras são oferecidas para os alunos?g) Que tipo de experiências de aprendizagem os alunos têm?

Importante: Explique para o grupo que não se preocupe em acertar ou errar, ou se são exequíveis, realistas as respostas dadas. A idéia é projetar esta escola aprendente.

3. Propor que o grupo leia as respostas dadas às questões acima e a partir delas elabore um pequeno texto que tenha este início: Em uma escola aprendente...

4. Solicitar que cada grupo leia o texto que elaborou e pedir para os demais anotarem as ideias que mais chamaram a atenção em cada texto lido.

5. Convidar os grupos para discutirem os textos apresentados a partir da anotação das principais ideias que foram identificadas. Esta discussão pode ser iniciada a partir de perguntas, tais como: De tudo o que foi falado e discutido, o que chamou mais a atenção? O que

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incomodou? O que se mostrou como necessidade a ser encarada? O que pareceu como problema a ser solucionado? Anotar na lousa tudo que for mais significativo.

6. Informar que vai apresentar algumas contribuições de autores que ajudam a entender o que acontece numa escola aprendente e que cada um deve escolher aquela que lhe pareceu mais significativa.

“As crianças desenvolvem uma ampla variedade de habilidades que irão utilizar para ter sucesso.” - Daniel Goleman – Inteligência Emocional, p.37

“Os estudantes buscam problemas que os desafiem e fascinem e procuram o conhecimento e as habilidades de que necessitam para avançar.” – Seymour Sarason – Cartas a um Presidente Educacional Sério, p. 97

“Os estudantes de concentraram em problemas ao invés de em temas artificialmente e rigidamente compartimentalizados.” – Nel Noddings – O desafio de cuidar nas escolas, p. 63

“Reconhecemos que cada resposta inadequada é adequada em outro contexto... Das questões dos estudantes, surgem algumas das ideias e descobertas mais criativas” – Ellen Langer – O Poder da Aprendizagem Consciente, p. 135

“Existe um estado de espírito reflexivo entre os estudantes e os professores. Eles passam algum tempo pensando sobre os resultados de suas ações, e questionam por que alguns esforços funcionam e outros não. Não apenas refletem após o fato, mas podem trazer esse estado de espírito reflexivo para o problema em questão.” – Robert J. Starrat – O Drama da Escolarização, p. 83

“Muitas condições parecem fomentar a aprendizagem profunda: reconhecer as próprias inadequações, propor os próprios problemas, correr risco, o humor, trabalhar em conjunto, a compaixão, a importância de modelar e a presença de um propósito moral.” Roland Barth – Aperfeiçoando escolas a partir de dentro, p. 44

“Todos os estudantes são tratados como superdotados e talentosos, pois os dotes e talentos de cada criança são procurados e reconhecidos.” – Henry Levin – Escolas Aceleradas em Ação, p. 17

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Sequência de atividades 3 - Criando escolas que aprendem: os professores como planejadores do ambiente aprendenteTempo: 3 horas

1. Pedir para os grupos considerarem as respostas que deram para as questões propostas, o texto elaborado por todos os grupos, a discussão sobre os textos, as posições dos diferentes autores e a posição que foi escolhida por cada um e em seguida escolher três objetivos de uma escola aprendente que o grupo considera principais e gostaria de ver realizados em sua escola.

Importante: Dizer para o grupo não se preocupar com quais objetivos possam parecer mais plausíveis, fáceis de alcançar ou mais prováveis de serem aceitos pelo grupo. Propor o modelo abaixo para escreverem os objetivos usando papel madeira.

Objetivos da escola aprendente definidos pelo grupo.

Observações ou explicações que possam explicitar o máximo possível cada um

dos objetivos elencados.

2. Solicitar que cada grupo apresente o cartaz com os objetivos. Afixar todos eles na parede.

3. Propor que diante dos objetivos apresentados, o grupão escolha 6 deles usando como critério os que julgarem de maior relevância para a escola.

4. Distribuir dois objetivos para cada grupo e pedir que discutam as seguintes questões relacionadas a cada um deles:

Objetivos

O que deve ser feito para que os objetivos escolhidos sejam desenvolvidos em nossa escola?

O que pode dificultar o alcance destes objetivos? Como a dificuldade pode ser superada?

Que tipo de indicador pode ser definido para saber se os objetivos propostos estão sendo alcançados?

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5. Propor que cada grupo exponha o que discutiu e sugerir que após as apresentações os demais grupos façam os comentários, críticas, acréscimos que julgarem necessários.

Sequência de atividades 4 – Mapear a escola na busca dos melhores rumos: construir uma escola de qualidade em atos e compromisso compartilhados pela equipe escolar.Tempo: 3 horas

Atividades

1. Apresentar para o grupo de professores o quadro [“Quadro para análise

dos resultados da aprendizagem dos alunos em 2010 e 2011”] com a análise feita no Encontro de formação na SEE, elaborado na Sequência de atividades 5 – Mapear a escola na busca dos melhores rumos: construir a qualidade em atos e compromisso compartilhados pela equipe escolar.

2. Explicar que o mapeamento da situação da escola é o primeiro passo para se organizar um planejamento a favor da aprendizagem dos alunos e por isso, a tarefa de cada grupo de professores por ano, será fazer este mapeamento para que de antemão tenha as informações necessárias sobre o nível de aprendizagem dos alunos para iniciar o trabalho pedagógico de 2012.

3. Propor para os professores que lecionam no mesmo ano de escolaridade que trabalhem em parceria para que juntos discutam as especificidades e necessidades das turmas de cada ano conforme os agrupamentos e as orientações dadas abaixo:

Grupo de Professores do 1º ano do Ensino Fundamental

Orientação: [entregar por escrito para os professores]

Colegas professores do 1º. ano

A proposta neste momento de mapeamento da escola para os professores do 1º. ano consiste em refletir sobre a passagem das crianças da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Por esta razão, indicamos retomar a leitura de dois textos [muito provavelmente conhecidos pela maioria de vocês], mas que ao olhá-lo depois da experiência já vivida com crianças desta idade, outros aspectos podem ser enxergados e considerados no trabalho pedagógico com crianças pequenas.

E é este o convite: Vamos criar e reinventar o espaço escolar para as crianças de 6 anos no Ensino Fundamental, levantando ideias, propostas a partir da leitura e tantas outras por meio da troca de experiência entre vocês.

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- Retomar a leitura da Introdução Caderno 1 – “Orientações para o ensino de Língua Portuguesa e Matemática no Ciclo Inicial” cujo título é “A implementação do Ensino Fundamental de 9 anos” e destacar os principais aspectos do texto para ajudar a organizar a entrada das crianças no Ensino Fundamental e a rotina do trabalho pedagógico.

- Ler o texto “O que tem acontecido nas escolas de Educação Infantil” e destacar também as principais “dicas” para ajudar a organizar a entrada das crianças no Ensino Fundamental e a rotina do trabalho pedagógico. (que está no final deste documento).

- Relacionar todas as ideias ou ações levantadas utilizando o quadro abaixo.

Construindo a qualidade da escola a partir da responsabilidade compartilhada pelos processos de ensino e de aprendizagem

Ideias ou ações indicadas pelos

professores

O que o diretor deve fazer para que estas ações

aconteçam:

O que o coordenador deve

fazer para que estas ações aconteçam:

O que os professores

devem fazer para que estas ações

aconteçam:

- Observação: estas ideias/ações devem ser consideradas junto com as capacidades, conteúdos e atividades do Quadro Referência de LP, Matemática e demais áreas do 1º. ano no momento do planejamento.

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Grupo de Professores do 2º. ano do Ensino Fundamental

Grupo de Professores de turmas de alfa de Aceleração

Orientação:

- Analisar os resultados da aprendizagem dos alunos em LP nas avaliações externas de 2011 utilizando o quadro abaixo.

1. Considerando os resultados da aprendizagem dos alunos em 2011 em LÍNGUA PORTUGUESA

( a ) houve um avanço significativo no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( b ) houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( c ) observa-se um pequeno avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( d ) não houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

2. Quais as ações que vocês apontam para desenvolver logo no início do ano letivo 2012, principalmente aquelas relacionadas ao apoio pedagógico, na perspectiva de garantir maiores níveis de aprendizagem dos alunos? [considerar toda a discussão feita anteriormente sobre escola aprendente.]

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

- Relacionar as ações indicadas na questão 2, usando o quadro abaixo:

Construindo a qualidade da escola a partir da responsabilidade compartilhada pelos processos de ensino e de aprendizagem

Ações indicadas pelos professores

O que o diretor deve fazer para que estas ações

aconteçam:

O que o coordenador deve

fazer para que estas ações

O que os professores

devem fazer para que estas ações

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aconteçam: aconteçam:

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Grupos de Professores do 3º. ao 5º. ano do Ensino Fundamental [separados por ano de escolaridade]

Grupo de Professores das turmas de pós alfabetização de Aceleração

Grupo de Professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II

Grupo de Professores de Matemática do Ensino Fundamental II

Grupo de Professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio

Grupo de Professores Matemática do Ensino Médio

Orientação:

- Analisar os resultados da aprendizagem dos alunos em LP e MAT nas avaliações externas de 2011 [para as turmas que não foi feita avaliação externa em 2011, usar o resultado da última avaliação realizada pelos professores], utilizando o quadro abaixo.

1. Considerando os resultados da aprendizagem dos alunos em 2011 em LÍNGUA PORTUGUESA

( a ) houve um avanço significativo no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( b ) houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( c ) observa-se um pequeno avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( d ) não houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

2. Há alunos que chamam atenção pelo baixo nível de aprendizagem em LP e que precisam de um trabalho mais direcionado em 2012? Quais são eles e em que turmas estão em 2012?

3. Considerando os resultados da aprendizagem dos alunos em 2011 em MATEMÁTICA

( a ) houve um avanço significativo no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( b ) houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

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( c ) observa-se um pequeno avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( d ) não houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

4. Há alunos que chamam atenção pelo baixo nível de aprendizagem em Matemática e que precisam de um trabalho mais direcionado em 2012? Quais são eles e em que turmas estão em 2012?

5. Quais as principais ações que vocês apontam para o ano de 2012 na perspectiva de garantir maiores níveis de aprendizagem dos alunos? [considerar toda a discussão feita anteriormente sobre escola aprendente.]

______________________________________________________________________________________________________________________________________

- Relacionar as ações indicadas na questão 5, usando o quadro abaixo:

Construindo a qualidade da escola a partir da responsabilidade compartilhada pelos processos de ensino e de aprendizagem

Ações indicadas pelos professores

O que o diretor deve fazer para que estas ações

aconteçam:

O que o coordenador deve

fazer para que estas ações aconteçam:

O que os professores

devem fazer para que estas ações

aconteçam:

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Grupos de Professores de cada área do 3º. ao 5º. ano do Ensino Fundamental [separados por área]

Grupos de Professores de cada área do 6º. ao 9º. ano do Ensino Fundamental [separados por área]

Grupos de Professores de cada área do 1º. ao 3º. ano do Ensino Médio [separados por área]

Orientação:

- Analisar os resultados da aprendizagem dos alunos em cada área do conhecimento nas avaliações de 2011 [usar o resultado da última avaliação realizada pelos professores], utilizando o quadro abaixo.

1. Considerando os resultados da aprendizagem dos alunos em 2011 em _______________________[área]

( a ) houve um avanço significativo no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( b ) houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( c ) observa-se um pequeno avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

( d ) não houve avanço no nível de aprendizagem dos alunos ao longo do ano.

2. Há alunos que chamam atenção pelo baixo nível de aprendizagem em _________________[área] e que precisam de um trabalho mais direcionado em 2012? Quais são eles e em que turmas estão em 2012?

3. Quais as principais ações que vocês apontam para o ano de 2012 na perspectiva de garantir maiores níveis de aprendizagem dos alunos? [considerar toda a discussão feita anteriormente sobre escola aprendente.]

______________________________________________________________________________________________________________________________________

- Relacionar as ações indicadas na questão 3, usando o quadro abaixo:

Construindo a qualidade da escola a partir da responsabilidade compartilhada pelos processos de ensino e de aprendizagem

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Ações indicadas pelos professores

O que o diretor deve fazer para que estas ações

aconteçam:

O que o coordenador deve

fazer para que estas ações aconteçam:

O que os professores

devem fazer para que estas ações

aconteçam:

4. Propor que cada grupo de professores escolha dois itens do quadro “Construindo a qualidade da escola à partir da responsabilidade compartilhada pelo processo de ensino e aprendizagem” que julgar mais significativos para socializar no grande grupo.

5. Apresentar [coordenadores e diretores] o mesmo quadro que preencheram na ocasião que fizeram o mapeamento da escola no Encontro de Formação da SEE.

6. Discutir o que for necessário com o grupo com a intenção de definir coletivamente quais são os principais compromissos da equipe escolar com a aprendizagem dos alunos.

7. Finalizar esta parte do Encontro esclarecendo para os professores que este trabalho firma mais uma vez o compromisso de toda a equipe escolar com a garantia da aprendizagem dos alunos e, consequentemente, com a construção de uma escola aprendente.

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Sequência de atividades 5 – Todos os alunos podem aprender: superar o jargão e enxergar quem está por trás dele.Tempo: 3 horas

Atividades

1. Propor que em grupos de no máximo 8 participantes, leiam o texto “Pinturas coletivas” da professora Adriana Dias.

Importante: Explicar que o texto trata de um trabalho na área de Artes Visuais com alunos do EF II, mas que as questões colocadas por ele transcedem a especificidade do grau de escolaridade e idade dos alunos, servindo como base para a discussão sobre o processo de ensino e aprendizagem e a relação professor aluno seja no EF I, seja no EM.

2. Solicitar que após a leitura discutam o texto, usando o quadro abaixo:

O que foi possível aprender:

com a postura e propostas de

atividades feitas pela professora

sobre a relação entre a professora

e alunos

sobre o planejamento e

envolvimento dos alunos

sobre ensinar e aprender

3. Solicitar que apresentem o que responderam para cada questão colocada no quadro.

4. Discutir os aspectos que o grupo considerou mais intrigantes.

5. Retomar o título desta sequência “Todos os alunos podem aprender: superar o jargão e enxergar quem está por trás dele” e propor a leitura compartilhada do texto abaixo:

O conceito de que ‘todos os alunos podem aprender’ tornou-se popular nos últimos anos, servindo como base para inúmeras iniciativas educacionais. Ele é sustentado pela pesquisa sobre as capacidades sociais e cognitivas que sugere que todas as crianças, todos os adolescentes e todos os adultos têm o potencial para alcançar algo significativo – se as condições apoiarem a aprendizagem e se as capacidades de cada indivíduo forem valorizadas.

Defender a ideia que ‘todos os alunos são valiosos’ não é suficiente por si só. Mesmo em escolas onde essa ideia orientadora é proclamada, os educadores e os pais muitas vezes têm um modelo mental oculto sobre o potencial humano: o de que uma vez estabelecido, fica estocado e é imutável. Isso leva a uma cultura de vencedores e perdedores, onde certas crianças são rotuladas como ‘adiantadas’ e se sentem valorizadas, enquanto outras são dadas como perdidas, ‘fracas’, ‘inferiores’ ou, simplesmente, ‘burras’. Nessa cultura os adultos nem sempre investem o tempo e a atenção que fariam a diferença para as crianças desse último grupo. Essa cultura também

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encoraja os estudantes e educadores a se concentrarem em avaliações e objetivos mensuráveis e a curto prazo, ao invés de investigarem no propósito mais significativo das salas de aula e escolas: aprender e aumentar a capacidade de aprender.

Uma sala de aula aprendente requer métodos e infra-estrutura que possibilitem que todos fomentem o sucesso uns dos outros de forma deliberada. Isso significa concentrar-se em mudar as maneiras como as pessoas pensam e interagem e reconhecer que os estudantes aprendem de múltiplas formas e que suas capacidades não são fixadas no momento do nascimento, Nessa classe, os estudantes reconhecem que parte de seu propósito é certificar-se de que todos tenham sucesso.

Abraçar a ideia de que todas as crianças podem aprender não significa fechar os olhos para as fragilidades da natureza humana, As pessoas, mesmos os jovens, podem ser muito destrutivas ou muito difíceis de atingir. Talvez nunca saibamos de onde vem a destrutividade humana, mas lidar com pessoas e situações difíceis é um desafio crítico para qualquer sala de aula, qualquer professor [da pré escola em diante] e também para cada membro da comunidade. Por si sós, as ferramentas da ‘organização aprendente’ não são suficientes para ajudar nesse desafio. Cada grama de nossos recursos interiores é necessária, por toda a nossa vida. Entretanto, o conceito de que todas as crianças podem aprender ainda é verdadeiro em todos os tipos de ambientes humanos. Adotar essa ideia como um princípio condutor talvez seja o primeiro passo para criar uma sala de aula aprendente. A esperança é o que, no começo, atrai muitas pessoas para o ensino, e lembrar que todas as crianças podem aprender ajuda a manter essa esperança viva.

6. Perguntar se alguém quer fazer algum comentário sobre o texto.

7. Finalizar esta sequência dizendo que o planejamento que será proposto a seguir está comprometido com a crença inegociável na capacidade de que todos os alunos têm de aprender.

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Sequência de atividades 6 – Planejamento do trabalho pedagógico como expressão da crença na capacidade do aluno aprender e na capacidade dos professores de ensinar.Tempo: 4 horas [aproximadamente]

Atividades

1. Explicar para o grupo que toda a discussão feita até então teve como propósito dar subsídio para qualificar o trabalho realizado em sala de aula, fazer dela um espaço aprendente. A ideia é planejar o trabalho pedagógico com o compromisso de criar situações que possam fazer a diferença na aprendizagem dos alunos. Neste sentido, o convite é para ressignificar as salas de aula como ambientes de abertura contínua, onde os alunos são chamados para, juntos, estudarem o mundo que os rodeia.

2. Informar o que foi decidido sobre qual será a periodicidade do planejamento na escola: semestral; trimestral ou bimestral. Esta decisão é importante para que o coordenador e diretor possam fazer o seu plano de trabalho junto aos professores.

3. Explicar que o planejamento deve ser resultado do que se pretende que os alunos aprendam nas diferentes áreas, da análise dos resultados da avaliação da aprendizagem durante o ano e das características das turmas.

4. Apresentar o conjunto de slides “Planejamento do trabalho pedagógico: o que nunca é demais saber”.

5. Solicitar que os mesmos grupos formados na sequência anterior de atividades organizem o planejamento do trabalho pedagógico, seguindo as orientações abaixo e usando os materiais elencados sempre que necessário.

Orientações:

- Iniciar o planejamento, lendo os Cuidados Pedagógicos relacionados à disciplina que leciona [ver o Caderno de Orientações Curriculares].

- Recuperar os resultados da avaliação dos alunos em 2011 e a partir deles:

Definir as capacidades que se pretende que os alunos desenvolvam ao longo do ano.

Definir o que se pretende ensinar (ou favorecer que os alunos aprendam), em linhas gerais, para que as capacidades indicadas como objetivos possam ser desenvolvidas. Lembrar que os conteúdos não são apenas fatos e conceitos, mas também procedimentos, valores, normas, atitudes.

Definir as formas mais adequadas de organizar os conteúdos a serem trabalhados – atividades permanentes, sequências de atividades, atividades de sistematização, projetos.

- Definir o trabalho que leitura e escrita [em todas as disciplinas] que será priorizado no primeiro bimestre considerando o nível de aprendizagem de leitura e escrita dos alunos.

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Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor] janeiro 2012

Importante: Para o desenvolvimento desta sequência com os professores é necessário recuperar o estudo feitos nas formações em 2011 e os ‘aulões’ sobre o Caderno 4 realizados em diferentes municípios. Serão necessários os seguintes materiais relacionados abaixo que deverão estar disponíveis durante todos os momentos de planejamento que serão realizados durante o ano.

- Orientações Curriculares do EF I, EF II e EM

- Texto: Cuidados necessários no trabalho pedagógico

- Caderno 3

- Caderno 4

- Caderno de planejamento: Dialogando com as equipes escolares: firmando compromissos necessários para a qualidade da aprendizagem dos alunos

- Proposta de leitura e escrita para alunos do EF e EM

Sequência de atividades 7 – Planejamento do apoio pedagógico como uma ação necessária para garantir o direito dos alunos de aprenderemTempo: 3 horas

Atividades

1. Propor que os professores organizados em grupo/ano de escolaridade [Ensino Fundamental I] e por disciplina [Ensino Fundamental II e Médio] definam a forma mais eficiente de desenvolver o apoio pedagógico no 1º. bimestre:

a partir da análise dos resultados da aprendizagem dos alunos, feito anteriormente, definir quais alunos precisam de apoio pedagógico logo no início do ano.

definir como o apoio pedagógico será realizado na escola:

período de duração do apoio

planejamento e avaliação das atividades que serão propostas para os alunos

comunicado às famílias

2. Socializar no grande grupo as formas de garantir o apoio pedagógico propostas por cada grupo de professores.

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Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor] janeiro 2012

3. Discutir coletivamente a estruturação do apoio pedagógico na escola:

O que deverá ser garantido pelo diretor O que deve ser garantido pelo coordenador O que deve ser garantido pelos professores

Sequência de atividades 8 – Fazer da escola um ambiente de letramento: um compromisso de toda a equipe escolarTempo: 2 horas

1. Solicitar que os professores se organizem em pequenos grupos e que elaborem 2 propostas para criar um ambiente de letramento na escola [para tanto devem fazer uso das informações que tiveram durante as formações realizadas em 2010 e 2011 e os materiais publicados pela SEE].

2. Propor que cada grupo apresente as suas propostas e coletivamente decidam por aquelas que julgarem mais adequadas para 2012.

3. Propor uma discussão coletiva sobre a ‘operacionalização’ destas propostas, considerando: horário, local, materiais, calendário de realização, organização dos alunos e a divisão de tarefa entre os professores, coordenadores e diretor para que as propostas sejam viabilizadas.

Avaliação

Propor para os professores a avaliação dos trabalhos realizados: Escreva qual a importância deste período de planejamento para o seu trabalho. Destaque três principais responsabilidades que competem a você para que nossa escola se torne cada vez mais um ambiente aprendente.

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Texto para os professores do 1º. ano do Ensino Fundamental

O que tem acontecido nas escolas de Educação Infantil

A passagem das crianças da Educação Infantil para o Ensino Fundamental tem sido um dos desafios enfrentados por vocês e com o propósito de contribuir com o trabalho pedagógico realizado com as crianças de 6 anos que ingressam no Ensino Fundamental, entendemos como importante compartilhar algumas informações.

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Pauta sugerida para ser desenvolvida nas escolas com os professores [formadores: coordenadores e diretor] janeiro 2012

As escolas de Educação Infantil já têm a sua Proposta Pedagógica elaborada à semelhança dos Cadernos de Orientações Curriculares dos 1º. e 2º. anos (com suas devidas especificidades preservadas) para orientar o trabalho dos professores que trabalham com crianças de 4 e 5 anos. A Proposta está disponível na SEE e nas secretarias municipais de todos os municípios que estão participando do Programa de Formação de profissionais da Educação Infantil desenvolvido pela SEE e na SEME de Rio Branco.

É com base nesta Proposta Pedagógica e principalmente no Programa de formação desenvolvido tanto na SEE como na SEME de Rio Branco, que relacionamos abaixo algumas propostas que têm feito parte das vivências das crianças nas escolas infantis. Entendemos que dividi-las com vocês neste momento pode ser útil para o planejamento do ingresso das crianças no Ensino Fundamental.

ESPAÇOS INTERATIVOS [ateliês] é uma proposta para ser desenvolvida com o coletivo infantil, cujo objetivo é a interação de crianças de idades diferentes. É uma atividade proposta para os momentos de entrada da escola, para que os mesmos possam ser acompanhados de perto pelas professoras. Com o espaço físico organizado, a professora tem como receber as crianças e seus familiares de uma forma acolhedora. Ao chegarem à escola, as crianças devem encontrar o espaço organizado com diferentes propostas, nesse momento não são agrupadas por faixa etária, elas formam o que pode ser chamado de “grupo escola”. Nessa proposta, o espaço físico é organizado de forma a promover a interação das crianças, por meio de cantos com jogos, materiais de pintura, casinha, fantasias etc. É importante considerar que o espaço é mediador das interações, isso significa que a professora não tem nesse momento, a função de trabalhar com outros conteúdos que não sejam aqueles compatíveis com a construção de atitudes decorrentes da situação de interação. As propostas dos cantos devem ser analisadas constantemente com o propósito de avaliar se estão favorecendo a interação das crianças. Não é preciso um espaço físico fixo para montar os cantos e nem eles tampouco devem ficar montados o tempo inteiro, mas é importante que estejam organizados de forma que as crianças visualizem todos eles para que possam fazer as suas opções. Esse é um momento de “livre escolha” das crianças, elas escolhem a proposta que mais lhe interessar e o tempo que permanecerão nela. Em virtude dessa característica, as propostas devem ter começo-meio e fim no mesmo dia, não tem sentido propor uma atividade que não possa ser concluída. O papel da professora é incentivar as parcerias das crianças, que uma possa trabalhar com a outra, ou seja, que possam co-operar.

LEITURA DIÁRIA FEITA PELO PROFESSOR A leitura deve ser de variados tipos de textos, com ênfase nos narrativos. É interessante selecionar livros para serem lidos no mesmo dia e outros que possam ser lidos em capítulos, como por exemplo, Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato.

ATIVIDADES DE LEITURA E ESCRITA As propostas em “linguagem oral e escrita” têm como objetivo favorecer um ambiente letrado, em que as crianças possam ter acesso aos diferentes textos e suas funções comunicativas e propiciar a compreensão do funcionamento do sistema alfabético, a partir de atividades de leitura e escrita planejadas para esse fim.

Considerando os conhecimentos disponíveis sobre a leitura é possível propor às crianças com escritas não alfabéticas, várias situações de leitura. Nessa rotina, as atividades propostas pelo professor, diariamente, são identificar numa lista de palavras as respostas das adivinhações, ordenas frases ou palavras de textos que se conhecem de memória como poemas, quadrinhas, parlendas, músicas... e tantas outras. Estas mesmas atividades podem ser propostas às crianças com escrita alfabética, mas com desafios compatíveis aos seus saberes, uma vez que já lêem convencionalmente.

Também nesse momento, são propostas atividades de escrita de textos, pois todas as crianças são capazes de produzir textos independente dos conhecimentos que possuem sobre a escrita.

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Paralelo a esse trabalho existe a possibilidade de se desenvolver projetos de leitura, cuja intenção maior é que as crianças vivenciem o papel de leitores, mesmo antes de saberem ler convencionalmente.

AS RODAS DE CONVERSA têm como objetivo favorecer o desenvolvimento da linguagem oral por meio de situações comunicativas significativas. A idéia é priorizar o elemento comunicativo da língua, o seu uso, e não enfatizar as situações pouco comunicativas e pouco funcionais, de pouco interesse aos dois componentes do ato enunciativo: o emissor e o receptor, como por exemplo: situações repetitivas de explicar, na segunda-feira, o que fez no domingo, ou ainda dirigir às crianças apenas perguntas sobre o que está fazendo ou orientações como “não faça isso”, “cuidado com aquilo”: é necessário buscar situações nas quais manter uma conversa possa ser interessante para os dois integrantes da situação de comunicação. Além desse espaço, planejado para a conversa muitos outros ocorrem informalmente durante os trabalhos ou conforme a necessidade do grupo ou da professora.

As rodas de conversa podem ser um bom espaço para discutir temas como: curiosidades sobre o mundo animal, vegetal e mineral; notícias da mídia que possam ser interessantes para as crianças; biografias de personagens famosos; invenções; comentários sobre leituras que fizeram em casa ou na escola; comentários sobre a participação nos ateliês, sobre as brincadeiras no parque etc. É fundamental propor que as crianças tragam temas que gostariam de conversar no grupo e agendar para uma das rodas da semana.

A RODA DE BIBLIOTECA é uma atividade em que são oferecidos diferentes portadores de textos para que as crianças possam manusear e ler. É interessante que ao final dessa proposta, seja solicitado que comentem o que “leram” e isto pode a cada semana ser feito de uma forma diferente como por exemplo: formar grupos de três alunos para que possam compartilhar as histórias lidas, fazer comentários coletivamente, contar parte da história que leram para seduzirem os colegas a lerem também.

MOVIMENTO – BRINCADEIRAS TRADICIONAIS A presença de um espaço para as brincadeiras tradicionais na organização de uma rotina para crianças de 4 – 6 anos, justifica-se pela recorrência dessas brincadeiras a diversos repertórios da cultura corporal que podem envolver, simultaneamente, expressividade, equilíbrio, coordenação, socialização; favorecendo a utilização e o desenvolvimento de habilidades como força, velocidade, resistência e flexibilidade, além da regulação do próprio comportamento e da coordenação com o dos outros. Considerando alguns dos objetivos e conteúdos que devem estar presentes nas atividades que envolvem movimento: conceituais – conhecimento do próprio corpo e de suas possibilidades, necessidades, sentimentos e sensações na construção de sua identidade como pessoa; noções que permitem a orientação no espaço e no tempo... Ou Procedimentais – observação e exploração das possibilidades do corpo e das suas qualidades, diferenças e semelhanças com o dos outros; do controle do próprio corpo, do tom e da postura para adequar-se às situações; do planejamento da ação e da constatação dos seus efeitos... Ou ainda, Atitudinais – a aceitação das diferenças; a auto-proteção diante dos perigos; a colaboração e a iniciativa nas atividades realizadas; o esforço para vencer as dificuldades superáveis... As brincadeiras culturalmente realizadas pelas crianças vêm carregadas afetividade, de sentido e razões de ser. O cabo de guerra, a cobra-cega, o lenço-atrás, o pique-rela, a amarelinha, o pular corda, o pique-esconde, siga o mestre e tantas outras do repertório infantil, muitas vezes desprezadas pela escola, trazem em si, além de uma cultura constituída e, portanto, cheia de significado para as crianças, mais conteúdos necessários ao seu desenvolvimento global – físico / motor, cognitivo / intelectual - do que podemos supor.

JOGOS São situações propostas de forma sistemática e com regularidade. São oferecidas semanalmente de forma intercalada - situações contextualizadas, significativas e organizadas de forma que representem um crescente desafio para as crianças. Oferecem a oportunidade de um contato intenso com determinados tipos de conteúdos. Alguns exemplos de jogos propostos são: percurso (trilha), descubra o número...

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ARTES VISUAIS Os momentos dedicados ao trabalho com artes visuais garantem às crianças a possibilidade de um fazer, um apreciar e um refletir sobre a Arte enquanto instrumento de representação de sentimentos, emoções e expressão do seu olhar para si, para o mundo e para tudo o que existe nele. Esta idéia implica em organizar situações em que elas possam criar desenhos, modelagens, pinturas, colagens a partir de seu próprio repertório e da ampliação do mesmo, utilizando elementos da linguagem das Artes – ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura; explorando e utilizando diversos materiais, meios e suportes necessários para desenhar e pintar - lápis, pincéis, brochas, areia, argila, terra, jornal, papel. Apreciar, narrando, descrevendo, interpretando, por meio da leitura de obras de arte, o que vêem, sentem e compreendem do objeto artístico observado, relacionando o visto às suas vivências e experiências cotidianas. Refletir olhando para além das imagens, levantando hipóteses sobre suportes, materiais, intencionalidade, escolha de cores, luzes, sombras, enfim, os diversos recursos utilizados pelos artistas para dar sentido à sua criação. Como nas demais áreas, o trabalho com artes visuais deve promover o desenvolvimento de atitudes como o cuidado e respeito pela produção e pelo patrimônio cultural seu, de seus amigos, de sua região, país, mundo... Bem como de utilização racional, funcional e ecologicamente correta, dos espaços e materiais com os quais estiverem trabalhando.

Rosana Dutoit

Formadora dos grupos de Educação Infantil em parceria

com as equipes de Educação Infantil da SEE e SEME/RB