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Paul Wess

DEUSCristo e os Pobres

Libertação e salvação na fé à luz da Bíblia

Tradução

Monika Ottermann

São Bernardo do Campo2011

NHANDUTIEDITORA

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Texto original: ©PaulWess2010 PublicadopeloInstitut für Theologie und Politik(ITP), Münster(Alemanha)Tradução brasileira: ©NhandutiEditora2011Título original: GOTT, Christus und die Armen. Eine Rückbesinnung auf den

biblischen Glauben als Beitrag zur Lösung des Konflikts in der Befreiungstheologie

AtraduçãobrasileirafoipossívelgraçasaumacordocomoautorecomoITP.

Tradução: MonikaOttermannRevisão: MileneChaves

CapaeartesobreapinturadeAdolfoPérezEsquivel: MISEREORHungertuch“EinneuerHimmelundeineneueErde”

©MVGMedienproduktion,1992 (PanôQuaresmaldeMisereor“Umnovocéueumanovaterra”)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Índices para catálogo sistemático:

1.TeologiadaLibertação :Tiposdeteologiacristã 230.04642.DivindadeehumanidadedeCristo :Cristologia 232.83.Transformaçãosociopolítica :Posicionamentodereligiões diantedeassuntossociais201.74.IgrejadeComunidadesdeBase:Eclesiologia–pequenosgrupos 262.26

Nenhumapartedestaobrapodeserreproduzidaoutransmitidaporqualquerformae/ouquaisquermeios(eletrônicooumecânico,incluindofotocópiaegravação)ouarquivadaemqualquersistemaoubancodedadossempermissãoescritadaEditora.

Direção e coordenação editorial: LeszekLechAntonieMonikaOttermann

Nhanduti EditoraRuaPlanalto44–BairroRudgeRamos09640-060SãoBernardodoCampo–[email protected]/www.nhanduti.com

Wess,PaulDEUS,CristoeosPobres.LibertaçãoesalvaçãonaféàluzdaBíblia/PaulWess ; traduçãoMonikaOttermann. – São Bernardo doCampo :Nhanduti Editora, 2011,208p.

Bibliografia.ISBN978-85-60990-12-2

1.TeologiadaLibertação.2.DivindadeehumanidadedeCristo.3.Transformaçãosociopolítica.4.IgrejaparticipativadeComunidadesdeBase.I.Wess,PaulII.Título.

CDD-230.0464;232.8;201.7;262.26

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Boas-vindas da Editora

EsteémaisumlivrolançadopelaNhanduti,umaeditoraquetemaalegriadeternascidonoBrasil,naAméricaLatina,noPlanetaTerraparaserumaenredadeira:

juntocomvocêqueremoscriar

redesemvezdecentrospontesemvezdemurosdiálogosemvezdeataquespartilhaemvezdeindoutrinaçãointercâmbioemvezdeinimizaderelaçõesdeparceriaemvezdedominação.

Entre–olivroéseu:

use,recomendeeempreste–masnãocopie,porfavor:asvendasnosajudamaproduzirmaiscriecoragem,procurejeitosejuntegenteparapartilhareamadureceridéiasprópriascomente,comuniqueediscutaconoscoqualquercoisaquelhechamouatenção.

NhandutiEditora

Onomedaeditoraéemprestadodapalavraguaraniñandu,ara-nha,evocandoaidéiadateiadearanha,da“rede”-ñanduti.Otermoñandutiindicaarendaparaguaia(cf.olindoexemplonologotipo)quenosserviudeinspiraçãoparadescreverasrela-çõesquenossaeditoraprocurapromover.

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Imagem da capa: 15ª estação da Via Sacra Latino-americana

de Adolfo Pérez Esquivel – Ressurreição

EmmeioaseusirmãoseirmãscaminhaJesusCristo,assassinadopelosquedominamnestemundo,masressuscitadoporDEUS.Ele“vaiàfrentedanossafé”como“lídereplenificador”(Hb12,2),éa“primeiradaspessoasressuscita-dasdamorte”(Cl1,18),o“primogênitodemuitosirmãoseirmãs”(Rm8,29).

Àsuaesquerda(naperspectivadequemolha)estãoChicoMendes(Brasil),LuisitoTorreseDomOscarRomero(ElSalvador),SantoDias(Brasil),Pe.LuchoEspinal(Espanha/Bolívia),Ir.AliceDumont(França/Argentina),DomEnriqueAngelelli (Argentina), Ir. ItaFord(EUA/ElSalvador),DoñaTingo(RepúblicaDominicana)easMadres de la Plaza de Mayo.

ÀsuadireitaestãoVicenteMenchu(Guatemala),ummeninoeumameninaderua,ummineradorperuano,umacamponesa,umaíndiaguatemalteca,Tu-pacAmaru,outraíndiaeíndio,eZumbidosPalmares.

Asdemaisfigurasdoprimeiroplanosãoàesquerdarepresentantesdospo-vosandinosemprocissão,aPachamamaentreplantasdemilhoedebatata,easeuladoumcamponêsdoAltiplanocomsuaenxadainca(Taccla).Àdireita,indígenasenegrosserejubilamcomofimdesuaescravidão.

Osegundoplanorepresentaàdireitaainvasãoeconquistaeuropeia,eàesquerdaasgrandescidadescomsuasfábricasefavelas.NocentroestãoasruínasdeMachuPicchu,pirâmidesmaiaseastecas,oPortãodoSoldeTiahua-naco,eacimadetudoo“PaiSol”,Inti.

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Sumário

Apresentação: João Batista Libanio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Prefácio à edição alemã . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Prefácio à edição brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Parte I A crítica de Clodovis Boff à Teologia da Libertação e respostas a essa crítica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

1 Pontos criticados: primado dos pobres, instrumentalização da fé, pouca importância da transcendência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252 As respostas de Leonardo Boff e outros teólogos da libertação a essa crítica . . . 27

Parte II Questões cristológicas como pano de fundo do conflito e uma tentativa de esclarecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

3 Monofisismo factual em ambos os lados – mas com consequências contrárias . .31 3.1 A visão de Clodovis Boff com recurso a Aparecida e ao papa . . . . . . . . . . . 32 3.2 A visão dos teólogos da libertação criticados por Clodovis Boff . . . . . . 35

4 A problemática do Concílio de Calcedônia e da “comunicação dos idiomas” com suas consequências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 395 A tentativa de Jon Sobrino de voltar à imagem bíblica de Jesus e a crítica de Roma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 476 A identificação de Jesus Cristo com a Palavra hipostatizada de Deus (Concílio de Niceia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 557 A perda da visão bíblica sobre a transcendência de Deus devido à “platonização” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 658 A revisão necessária da cristologia dogmática segundo a revisão da cristologia bíblica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 759 “Espiral de compreensão” em vez de “círculo”: DEUS acima de Cristo e dos pobres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

Parte III Releitura da compreensão bíblica de fé, salvação e igreja . . . . . . . . . 93

10 A fé vinda da experiência e a interpretação da vida em amor (ex experientia caritatis) . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 10.1 A transcendência de Deus como o problema epistemológico

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fundamental de cada teologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 10.2 O recurso à revelação como resposta do magistério e em Clodovis Boff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 10.3 O conceito transcendental-teológico de Leonardo Boff inspirado em Karl Rahner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 10.4 Um discurso filosófico pós-idealista sobre Deus a partir da experiência e da interpretação . . . . . . . . . . . . 107 10.4.1 O ponto de partida: a dependência humana absoluta . . . . . 107 10.4.2 A busca teológica pela causa dessa dependência . . . . . . . . . . . . 109 10.4.3 Da pré-fé à fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 10.4.3 Uma nova compreensão da revelação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 10.5 A teologia cristã como a interpretação de experiências de amor (intellectus caritatis) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116

11 Salvação como plenificação da existência finita em Deus, libertação como seu início . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121

11.1 O homem-Deus Jesus Cristo como síntese entre Deus e o mundo em Clodovis Boff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 11.2 A “mundanização” do cristianismo como possível variante da mesma teologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 11.3 A negligência da transcendência de Deus pela doutrina da divinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 11.4 A reconciliação da existência finita com Deus em Cristo como caminho para a salvação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 11.5 Libertação como realização inicial da salvação do mundo esperada na fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148

12 A igreja em comunidades como lugar, sinal e instrumento de libertação e salvação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

12.1 Comunhão em amor e fé como elemento distintivo de discípulos e discípulas de Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 12.2 Renovação da igreja pela recuperação de sua unidade básica: a comunidade de base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163 12.3 A koinonia na comunidade e na igreja como sujeito de seus atos fundamentais e como valor autônomo .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

12.4 A necessidade de redesenhar as estruturas e os ministérios numa igreja de comunidades . . . . . . . . . . . . 177 12.5 Libertação por testemunho, ajuda ao próximo e compromisso com a justiça e a paz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

Conclusão: um equívoco metodológico – não só na Teologia da Libertação . . . . . . . . . . 194

Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199

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Apresentação

João Batista Libanio

Nasdécadasde70e80,ateologiadalibertação(TdL)viveuanosdevigor,deobrascriativaseoriginais,provocoureaçõesnasgrandesteologiasdaEuro-pa,daÁfricaedaÁsia,contandocomcompanheirosdecaminhada.EmfacedaIgrejainstitucional,arepercussãopadeceudecertaambiguidade.Signifi-cativogrupodebisposdoníveldeDomHelder,DomPauloArns,D.AloísioLorscheidereIvoLorscheiter,exercendoaltoscargosnaIgrejadoBrasiledoCELAM,aapoioudecididamente.

Em 1985, lançou-se o primeiro volume de planejada coleção com o tí-tulode“TeologiaeLibertação”.AcoleçãonasceradodesejodeosteólogosdalibertaçãosuperaremafaseprogramáticaemetodológicadaTdLeentãoabordaremnessaperspectivapraticamenteostemasteológicosfundamentais.Impressionaveralistadebisposqueasecundou.Apublicaçãodurouváriosanos.Passouporinúmerasvicissitudes,desdeintervençõeseclesiásticas, im-pondocensuraprévia aosmanuscritos alémdaaprovaçãodoOrdináriodolugar,atépressõessobreaseditoras.Acoleçãonãochegouacompletaros50volumesplanejados,masatingiuaquotade30livrospublicados.Praticamenteestáencerrada.

Noiníciodadécadade90,aTdLtevefôlegoparapublicarobradegrandeenvergadura,dirigidapor J. Sobrinoe I. Ellacuría,em formade“DicionárioTeológicodaLibertação”,comotítulodeMysteriumLiberationisemdoisalen-tadosvolumes.

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As dificuldades com a instituição crescem.Mesmo em Puebla, 1979, ogrupoconservadorconseguiumostrarforçaaoimpedirapresençaoficialdequalquerteólogodalibertação.Láestiveramelesextra muros,assessorandoabisposque,atítulopessoal,pediamcolaboração.Odocumentofinalrevela,aolhoanalíticoperspicaz,duasteologiasantagônicaspresentes.ATdLcoman-douaopçãobásicapelospobres,recheada,porém,deadjetivossuavizantesdarudezadiretadeMedellín.Entretanto,ateologiaqueatravessouotextoche-gou,emalgunspassos,aestaraquémdoVaticanoIIedaEvangelii nuntiandidePauloVI,recentementefalecido.

ComRoma,asquestõessecomplicaram.HouveoDocumentodaCongre-gaçãoparaaDoutrinadaFé,a“InstruçãosobrealgunsaspectosdaTeologiadaLibertação”(1984),quecondenoutraçosdaTdLdetalmodosimplificadosecaricaturadosquemuitos,supostamentevisados,nãosereconheceramcomtaldescrição.Emanaram,depois,duasmanifestaçõesdeRomaqueatenuaramtaldeclaração.UmaproveiodamesmaCongregação– “InstruçãoLibertatis conscientia sobrealiberdadecristãealibertação”(1986).AoutraassumiuaformadeCartadeJoãoPauloIIaosBisposdoBrasil(9deabrilde1986),naqualfezumaafirmaçãorepetidaportodasaspartes:“Estamosconvencidos,nóseosSenhores,dequeaTdLénãosóoportunamasútilenecessária”.

Apesardetãotaxativaafirmação,asdesconfiançascontraelacontinuaram.AConferênciadoEpiscopadodaAméricaLatinaemSantoDomingoconfir-moutalsituação.EmAparecida,houveclimamelhor.Masatérecentementeseouvemdeclaraçõesdahierarquiacarregadasdereservaesuspeitascontraela.Acrescente-seo fortalecimentonouniverso católicodosnovosmovimentosdeespiritualidadeeapostolado,fortementetocadospelaondacarismáticaereticentes aos compromissos sociais, tão acentuados pelaTdL.Nãonos es-queçamostambémdasnotificaçõesromanasateólogosdalibertação,desdeasdirigidascontraLeonardoBoff(1984)atéasmaisrecentementecontraJonSobrino(2006).

AlémdasmudançasinternasdaIgrejacatólica,somam-seasconjunturasexternas.Aquedadosocialismoem1989,oimpériosolitáriodoneoliberalis-mo,ocrescimentogigantescodoconsumismotambémnasclassespopulares,demodoque a situaçãode opressão se tornoumenos visível, embora nãomenosreal.MuitospobresdaAméricaLatinaseveemseduzidospelocoloridodocapitalismoavançadoecomissose lhesdiminuia forçade luta.EcaiusignificativamenteointeressepelaTdL,jáqueasuapropostautópicaligadaaosocialismosofreuforterevésedeslegitimação,máximejuntoaosgrandesmeiosdepublicidade.

Mesmoquetenhamressonânciaslibertárias,outrasondasinternassociais,comoofeminismo,aecologia,aconsciêncianegraeindígena,aexplosãore-ligiosa,aliberdadeindividualextremadadapós-modernidade,alutaporoutromundopossível,ocupamoespaçomaiordaculturaedamídia.

ApresentaçãoJoão Batista Libanio

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NointeriordaTdL,entreosseusmaisrespeitáveisprotagonistas,nocon-texto deAparecida, surgiu certa tensão.Desencadearam-na as reflexões deClodovisBoff.Wesscomeçaporaíolivro.AssinaladoispontosfundamentaisdacríticadeClodovisBoffateólogosdalibertação.Nãoseopõemdiretamenteàopçãopelospobres,masquestionam-lhecertoprimadoquearriscadeinstru-mentalizaraféedetornaraTranscendênciasemimportância.

AessascríticasfeitasporClodovis,houvereaçõescontundentesdapartedeJ.Comblin,L.C.Susin,É.HammesedoseupróprioirmãoLeonardo.Estereferia-seexplicitamenteaoressentimentopessoaldeJonSobrinopeloapoioqueClodovisderaàNotificaçãoromanacontraele,respeitoaoseuconceitodepobre.Sobreestepontocentrouomaisfortedapolêmicaemvoltadearti-gosqueeleescrevera.

Essapolêmica levouaWessa“elucidaros fundamentosepanosde fun-doteológicosdessedebate,naesperançadeoferecerumacontribuiçãoparaasoluçãodessa´contendaentreirmãos`”.Temequetaltensãoenfraqueçao“engajamentoemproldaspessoasempobrecidaseexcluídas”equepoderiasetornar“acusaçõescontranósenossaspreocupações”.

Daíaimportânciadesselivroquevaialémdasimplespolêmicaparato-carocernedaquestãoanunciadajánotítulo:“Deus,Cristoeospobres”.Enosubtítulodaediçãoalemãaparececlaramenteaintencionalidadedolivro:“Umareconsideraçãodafébíblicacomocontribuiçãoparaasoluçãodocon-flitonaTdL”.

Oautorindicaopontocentraldaquestão:anaturezadaopçãopelospo-bresesuasconsequênciasnofazerteologia.Comenormeperspicácia,perce-bepontocomum,emborainverso,dateologiadeClodoviseadoseuirmãoLeonardo.AmbosfazemrelaçãonãoreflexamentetrabalhadaentreDeus,Je-susCristoeospobres.Clodovisassimprocedenaperspectivatranscendentepela igualaçãodeCristoeDeus,aocriticaro fatodepôropobreno lugardeamboseporissoequivocando-seepistemologicamente.Leonardo,porsuavez,assumevisãoantesimanente,aoidentificarCristoeDeuscomopobre,mantendoaigualidentificaçãoentreCristoeDeus.Osdoisrefletemamesmaestruturateológica,aindaqueinversamente.

Wesscaminhaporoutraviaafimdeiluminaraquestão,aoestabelecerahierarquiaDeus,Cristoepobres.Apartirdaípensaaquestãodopobre.Moti-va-oduplafontedeinteresses.Intelectual,comojáestamosaassinalar,espe-cialmenteporqueelesesentefamiliarizadocomopensamentodeClodovisBoff.Porisso,ousaavançarascríticas.

Comefeito,natesedehabilitaçãonaUniversidadedeInnsbruck,Áustria,trabalhara vários teólogos da libertação latino-americanos, especialmente aobradeClodovisBoff,“Teologiaeprática:teologiadopolíticoesuasmedia-ções”.EnfrentoutambémasobjeçõesdaCongregaçãoparaaDoutrinadaFécontramétodoseconteúdosdaTdLnumesforço,comoelemesmodiz,de,

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em algumas questões, encontrar “uma síntese além dos opostos”. Por isso,retomaestudosanterioresafimdetrazerelementosteóricoselucidativosparatalpolêmica.

Motivam-notambémquestõesdecunhopessoaldecompromissoexisten-cialcomacausadospobresdospaísesdoSulecomodesejodeconstruçãode Igreja de comunidades a partir de experiência concreta de seu trabalhopastoralemViena.

Aclarezadaformulaçãoinicialdoproblemacentraldolivroeasmotiva-çõesexistenciaisdoautorfazemariquezaebelezadolivro.Aprimeiradá-lherigorcientífico.Assegundasimprimem-lhecaráterpastoral.Elerealiza,demaneiraprimorosa,ofamosoaxiomadeK.Rahner:“Todateologiadeveserpastoral,etodapastoraldeveserteológica”.

Para realizar tal tarefa,Wess iniciaapresentandoasposiçõesconflitantesquelhedespertaramointeressedeassumirreflexãoagudacontraopanodefundodaquestão,comojáacenamosacima.Nofundo,estáemjogoaepiste-mologiadateologia,nãonosentidoabstrato.Nenhumteólogoousaesqueceratradiçãoagostiniana,anselmianaetomistadeateologiabuscaraintelecçãodafé.EaféserelacionadiretamentecomaaceitaçãodaPalavradeDeusreve-lada,transmitidaaolongodaTradição.Oproblemanãosesituaaí,massetalprincípiorealmenteatuanoagirteológicoenãoseincorrenalgumainversãoepistemológica.

Eopobre,comoentraaí?Instrumentalizaafé?ReduzaTranscendência?OudáconsistênciaàféesignificadoàTranscendênciaparanóshumanos,situadosnahistória?Eleprovocaareflexãosobreaféeaaçãolibertadora.Postoopro-blemavistodosdoislados,Wess,naSegundaParte,avançaareflexãosobreospressupostosteológicosdeambososladosedateologiadomagistério.

Paratal,estudaquestõescristológicas,comopanodefundodoconflitoecomotentativadeesclarecimento.Detectacertomonofisismofactualemambasasposições,sóquedesinaisinversos:ClodovisacentuaodivinoeLeonardo,ohumano.Wessadentra-seemconsideraçãoaprofundadadatranscendênciadeDeus.Porisso,joganotítulocomorecursográficodeescreverDEUStodoemmaiúscula,antepondo-oaCristoeaospobres,escritosapenascomainicialmaiúscula(recursoprópriodalínguaalemã).Nessasegundaparte,elerecuaàproblemáticaclássicadoConcíliodeCalcedôniaeàda“comunicaçãodeidiomas”.Discuteatensãoentreumacristologiabíblica,tentadaporSobrinoecriticadaporRoma,eaperdadavisãobíblicasobreatranscendênciadeDeusdevidoà“platonização”.Defenderevisãodacristologiadogmáticasegundoareconsideraçãodacristologiabíblica.Emexpressãooriginal,falade“espiraldecompreensão”emvezde“círculo”:DEUSacimadeCristoedospobres.Sobreamudançadecírculoparaespiral,Wessexplicita:“Portanto,quemreconheceprecisadecapacidadesprecedentes(‘transcendentais’)derelacionamento,equeméreconhecidoprecisadacapacidadedeentender,mesmoseessaca-

ApresentaçãoJoão Batista Libanio

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pacidadesejaativadasomentenoatodoencontroefiqueassim‘desperta’ereflexivamenteconsciente”.

ValeapenaconferiraprofundareflexãodeWessqueentendeapossibi-lidadedeveraidentidadeentrepobreeJesuspobrenãocomoantecipaçãoabstratadeDeus (no sentidodoplatonismooudeKarlRahner),mascomo“um‘conhecimentodefundo’,talvezaindanãodespertadoouculposamente‘reprimido’ (Rm1,18), acercadaexistênciahumana sãe íntegra segundoavontadedeDeus,ouseja,sobodomíniodeDeus”.

EstareflexãopedeumaTerceiraParteemquesedesenvolveesejustifica,aomenosemsuaslinhasbásicas,“umacorrespondentecompreensãocristão-bíblicadaféemDeus,daesperançaporlibertaçãoesalvação,edaigrejaemsuascomunidades(debase)comolugar,sinaleinstrumentodasalvaçãoinicialefutura”.

AfébíblicaemDeusnascedaexperiênciaedainterpretaçãodavidaemamor(ex experientia caritatis).WesscriticaaClodovisporidentificar,nosen-tidodacristologiadogmática,aféemJesusCristocomaféemDeusenãoperceberqueSobrinocaracterizaospobres“orientadoreselugarmaisdecisivonão paraaféem Deus,masparaafécristológica.Ouseja,ospobrestêmessepapelparaacristologia,naqualacomunidade‘aprendeaaprender’queméCristo”.ÉverdadequeaTdL“nãopercebeessarelaçãocorretamentequandoequiparaCristocomDeuseidentificadepoisesseCristo-Deuscomospobres”.JonSobrino,porém,“nãomereceessaacusação,porqueelerespeitaatrans-cendênciadeDeustambém acimadeJesusCristo”.

Wess respeitaadistinçãoentreDeuse Jesus, sejanaperspectivadenãoidentificarJesusCristocomDeuseassimatribuirrelevânciaaopobreporDeusterassumidoemJesusanaturezahumanaeseidentificadonelacomospobres,enquantoCristocomoDeuspermanecessenumatranscendênciasupranaturalacimadospobres(assimClodovisBoff),sejanaperspectivadenãoinverterosinalaoidentificaropobrecomopróprioDeusquenaencarnaçãoteriaaban-donadosuatranscendênciaesefeitoirmãodospobres(posiçãodeLeonardoBoff).Assim,oautorentendealibertaçãocomoiníciodeumasalvaçãoquesejaplenificaçãodaexistênciafinitaemDeus.Eterminaareflexãovalorizan-doaIgrejaemcomunidadescomolugar,sinaleinstrumentodelibertaçãoeredenção.

ElepercebefalhatantonaargumentaçãoteológicadacríticadeClodovisàTdLcomonadaprópriaTdL,porlhesfaltaraambosrecuobíblicodarelaçãoentreDeuseJesus,portanto,umacristologiabíblica.

O leitoraproveitarádessa reflexão teológicacuidadosa,perspicazepro-funda,trazendoluzparaosdoisladosdoscontendentesnessaúltimatensão,agorajánointeriordaTdL,porcontadealgunsdeseusexpressivoscorifeus.Wessalertaentãoparaque,nofuturo,sefalecom“maiscuidadoemodéstia,masnumalinguagemcomumefidedigna,deDeus,Cristoedospobres”.

ApresentaçãoJoão Batista Libanio

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Prefácio à edição alemã

Foiemsetembrode1992,naviagemparao8ºEncontroIntereclesialdasCEBsemSantaMaria.Obispodaigrejalocal,IvoLorscheiter,tinhaconvidadoFlorianKuntner,bispoauxiliardeVienaenaépocaoresponsáveldaConfe-rênciaEpiscopalAustríacapelaáreadeMissãoeAuxílioaoDesenvolvimento.DomFlorianconvidou-meaacompanhá-lo,jáqueeuforaumdospadresda-quelaúnicaparóquiadeVienaqueseorganizavaemCEBs.QuandoestávamossentadosnumalanchonetedoaeroportodePortoAlegre,esperandoaconexãoparaSantaMaria,chegaramalgunspadreseteólogosbrasileiroscomomesmodestino,enaconversapercebemosqueumdeleseraClodovisBoff.

Emminhatesedehabilitação(admissãocomoprofessordeTeologiaPasto-raldaUniversidadedeInnsbruck,Áustria),eutinhadiscutidovárioslivrosdeteólogosda libertação latino-americanos,especialmenteaobradeClodovisBoff,Teologia e prática: teologia do político e suas mediações(original:1978),bemcomoasobjeçõesqueaCongregaçãoparaaDoutrinadaFétinhalevan-tadocontramétodoseconteúdosdessanova formada teologiaprática.Emalgumasquestõestenteiencontrarumasíntesealémdosopostos.Estavalevan-doumexemplardesselivro,naesperançadepoderdá-loaClodovisBoff,eesteencontrofoiaoportunidadeesperada.ElepassouimediatamenteosolhossobreosumárioeficoumuitocontentequeadiscussãodesuafundamentaçãoteóricadaTeologiadaLibertaçãoocupavaoprimeirolugar.Contudo,nãosur-giuumaocasiãoparaumaconversapessoal,etambémdepoisdaviagemnãorecebicomentários.

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Porissofiqueimuitosurpresoeinteressadoquandotomeiconhecimentodarecentecrítica(2007)deClodovisBoffàTeologiadaLibertaçãodeseusantigoscompanheirosdecaminhada.Essacríticaeasprimeirasrespostassuscitaramointeressedeteólog@ssolidá[email protected],porexemplo,forampublicadosecomentadosnolivro“Os pobres e seu lugar na teologia”.1Essaobratocaemquestõesquejáaprofundeiexaustivamenteecujasoluçãoconsiderourgente,pelobemdaspessoascomquemClodovisBoff,LeonardoBoffetantasoutraspessoassesentemcomprometidas.Precisamosevitarquenossosconflitos internosbarremnossoengajamentoemproldaspessoasempobrecidaseexcluídas,equeessesconflitossejamaproveitadoscomoacusaçõescontranósenossaspreocupações.

Porissoretomeiestudosanterioreseosempregueinatentativadeelucidarosfundamentosepanosdefundoteológicosdessedebate,naesperançadeoferecerumacontribuiçãoparaasoluçãodessa“contendaentre irmãos”.Adiscussãodequestõesfundamentaisdateologiasistemáticatornouestelivromaiordoqueesperava.Massua raiz sãonãoapenas interesses teórico-teo-lógicos, e simmotivações pessoais. Pormuitos anosmilitei na diretoria deuma associação ecumênica que defendia cristãos perseguidos, inclusive naAméricaLatina,inicialmentejuntocomDomFlorianquefaleceuem1994deumadoençatropicalcontraídanaÁfrica.Entreasrelaçõespessoaisquesurgi-ramdesseengajamentoeseaprofundaramemvisitaspessoaisduranteaquelaviagemde1992estáaamizadecomDomErwinKräutler(bispodeAltamiranoXingu,presidentedoCIMIetc.)ecompadresnoEquador,cujo trabalhopastoraltemumafortedimensãosocial.Alémdissopensoquemeafligepro-vavelmenteaquelaespéciede“consciênciapesada”quecristãosdaEuropasentemdiantedaspessoaspobresnospaíses“doSul”,emboraaculpanãosejainteiramentesó“doNorte”rico.Esintocertaimpotênciaquegeraodesejodeapoiarpelomenosoengajamentodaspessoascomprometidas,diretamenteenosentidodaTeologiadaLibertação,comajustiçaecontraadestruiçãodasbasesnaturaisdavidahumana.

NãoporúltimocompartilhocomomovimentorenovadordaTeologiadaLibertaçãodaAméricaLatinaeCaribeafédequeaigrejadofuturoviveráeagiráemComunidadesdeBase.Juntocomoutroscristãosecristãs,einicial-mentesemgrandeconhecimentodebuscassemelhantesemoutrasigrejaslo-cais,tentamosnosanos80numaparóquiadeViena“tornar-nos”comunidadesegundoavisãodeumaigrejadeirmãoseirmãs,reavivadapeloVatII.Digo“tornar-nos”,porquetalcomunidadenãopodesersimplesmente“construída”

1 N.daT.:aobra,comotítulooriginalDie Armen und ihr Ort in der Teologie,foielaboradapeloIns-titutoparaTeologiaePolítica(Institut für Theologie und Politik, ITP)deMünster,Alemanha.OfereceosartigoscentraisdadiscussãoemtraduçãoalemãeensaiosescritosporcolaboradoresdoInstituto,entreelesLudgerWeckel(diretor)eFranciscodeAquinoJúnior,naépocadoutorandoemMünstereatualmenteprofessornaFaculdadeCatólicadeFortaleza(Weckel2008).

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nosentidode“organizada”.Omotivoprincipalnãofoiafaltadepadresnemumasituaçãocoletivadeemergênciaousofrimento,nemmesmoaideiadeuma“igrejaapartirdabase”comoopostaàhierarquia.Foiaconvicçãodequeoamormútuocomocaracterísticaedistintivodepessoascristãs(segundoJo 13,34s) pode ser realizado somente em comunidades que permitem co-nhecimentoserelacionamentospessoais.Tivemosgrandeinteressedeentraremcontatoscomoutrascomunidadessemelhantesedetrocarexperiências.Aquela paróquia deWien-Machstrasse (Viena,RuaMach) cresceu, foi duasvezesdividida,eassimsurgiramtrêscomunidadesdebase.Elasvivemafrater-nidade/sororidadeexperimentadaemseupróprioâmbitomuitoalémdele,porexemplo,numintercâmbiopessoalcomcomunidadesparceirasemBurundienaNicaráguaqueincluioapoioaseusváriosprojetossociais(criançasórfãos,desnutridasetc.).Em2007,oGrupodeTrabalhoDritte Welt Kreis für Eine Welt (GTTerceiroMundoporUmMundo)dessascomunidadesganhouemreco-nhecimentodeseuengajamentoo“PrêmioFlorianKuntner”quefoiconferidonaqueleanopelaprimeiravez.

AgradeçoàSra.TraudeWagnereaoSr.WalterWagnerpelarevisãodoma-nuscrito,eaoDr.LudgerWeckeldoITPpeladiagramaçãoepublicaçãoentreosdocumentoseletrônicosgratuitosdoInstituto,bempelaediçãodaversãoimpressa(cf.Wess2010a).

Este livro ofereceuma teologia de comunidadedesenvolvida a partir dapráticanascondiçõesdaEuropa,masquepodesertambéminteressanteparaCEBsemoutroscontinentes.Suasreflexõesentendem-seprincipalmentecomotentativadecontribuircomsoluçãodeumconflitoconcretonaTeologiadaLi-bertação,mastambémcomopartilhaeintercâmbiovivoentrecomunidades(eteólogos/as)emdiferentesigrejaslocais.Esperoqueestapartilhasejaútilparatodasaspessoasenvolvidas.

Innsbruck, agosto de 2009 Paul Wess

Prefácio

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Prefácio à edição brasileira

EstelivronasceunaEuropacomorespostaaumconflitodentrodaTeologiadaLibertaçãonoBrasil.Naformadestatradução,podechegaragoraatéseusdestinatáriosedestinatáriasmaisimportantes,eesperoquepossaserumacon-tribuiçãoparaasoluçãodoconflitoeabrirnovasperspectivas.

EstoumuitofelizcomestachancedeampliarodiálogoeagradeçoaMoni-kaOttermannpelatradução,aoPe.JoãoBatistaLibaniopelaapresentaçãoeàNhandutiEditoraemseuconjuntopelapublicação.

Innsbruck, março de 2011 Paul Wess

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Introdução

UmdosconflitosmaisrecentesnoâmbitodaTeologialatino-americanadaLibertaçãosurgiuem2007naesteiradacríticadeClodovisBoffaseusantigoscompanheirosdeluta.Nasínteseapresentadanoiníciodeseuensaio“Teolo-giadaLibertaçãoevoltaaofundamento”(C.Boff2007),Clodovisformulasuapreocupaçãodaseguintemaneira:“Quer-semostraraquiqueaTeologiadaLi-bertaçãopartiubem,mas,devidoàsuaambigüidadeepistemológica,acabousedesencaminhando:colocouospobresemlugardeCristo.Dessainversãode fundo resultou um segundo equívoco: instrumentalização da fé ‘para’ alibertação”(ibidem,1001).

Nodesenvolvimentodessepensamento,suacríticaé:“QueaconteceentãonapráticateóricadaTdL?Aconteceuma‘inversão’deprimadoepistemológi-co.NãoémaisDeus,masopobre,oprimeiroprincípiooperativodateologia.Mas,umainversãodessaséumerrodeprioridade;poroutras,éumerrodeprincípioe,porisso,deperspectiva.Eissoégrave,paranãodizerfatal.[...]Ora, quandoo pobre adquire o estatuto de primumepistemológico, o queacontececomaféesuadoutrinanoníveldateologiaetambémdapastoral?Acontecea instrumentalizaçãoda féemfunçãodopobre.Cai-senoutilita-rismooufuncionalismoemrelaçãoàPalavradeDeuseàteologiaemgeral.[...]Naverdade,apartedatranscendênciaé,nestateologia,apartemenoremenosrelevante[...]”(ibidem,1004-1005).

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Quandocomparamososdoistextosatentamente,notamosumadiferençanumdetalhe importanteque,aparentemente,paraClodovisBoffnãoéumadiferença: no início, ele acusa aTeologia da Libertaçãode ter colocado aspessoaspobres(ou“opobre”)emlugardeCristo.Maisadiante,porém,eledizque,nessateologia,opobreocupaolugardeDeus esetornaassimoprincípiooperativodateologia.Ouseja:ClodovisBoffpartecomabsolutanaturalida-dedopressupostodequeCristoeDeussãoidênticosnafécristã,eporisso,intercambiáveis.ParaeleéirrelevantequeesseJesusCristo,segundooNovoTestamento,proibiuqueochamassemde“bom”porque“ninguémébom,sóDeus,oÚnico”(Mc10,18),queessepróprioJesusCristocreuemDeusequisnoslevaràféemDeus(Jo12,44:“Quemcrêemmim,nãocrêemmim,masnaquelequemeenviou”).Estamosaquidiantedeumaconfusãoepistemológi-caaomenostãogravecomoaqueeleconstatanaTeologiadaLibertação.

Contudo,essateologianãotemabsolutamentepressupostoscristológicosmaisnítidos.LeonardoBoff,oirmãodeClodovis,escreveucomreferênciaaotextode“Mt25,31-46,tãocentralparaateologiaeparticularmenteparaaTe-ologiadaLibertação”,elamentandoqueClodovisnãootenha“citadonenhu-mavez”:“Entãopodemosdizerenfaticamente:nãoéerroteológicoidentificaropobrecomDeusecomoCristo”(L.Boff2008,706).Tambémaquiseidenti-ficaCristocomDeus,segundoalógicamatemáticadequeduasgrandezassãoiguaisentresiquandosãoiguaisaumaterceira.EjáqueJesusseidentificoucomospobres,segundoodiscursosobreojuízouniversalemMt25,deduz-sedissoaindaqueDeus,Cristoe o pobre sãomutuamenteintercambiáveis.Por-tanto,adiferençadecisivaentreasduasposiçõeséqueLeonardoBoffrealizaessaidentificaçãononívelhumano,medianterecursoauma“adequadateo-logiadaencarnação”(L.Boff2008,704),enquantoseuirmãoClodovisdeixaCristocomoDeusnoplanodivinoecolocaesseCristo-Deuscomosalvadoracima daspessoaspobres(ou“opobre”).Ouseja,elenãoidentificaostrêsentresi,maspreservaatranscendênciadeDeusecomissoatranscendênciadoCristodivino.

Frequentemente acontece emconflitos que ambos os “lados” partemdeumasuposiçãobásicacomum,semquestioná-laeeventualmentecorrigi-la.Edessasuposiçãonascementãoconsequênciaserradas,queatépodemsercontraditóriasseosdoisladostiraremconclusõescontrárias.Ora,quandoumladopercebenooutrotalconsequênciaerradaeacritica,masnãopercebequeasraízesverdadeirasdelaestãopresentestambémemseusprópriospres-supostos,esseladonãoserácapazdeapresentarsuacríticadeformaconvin-centeederesolveroproblemaemsuasraízes.Parece-mequejustamenteistoestáacontecendonoconflitodentrodaTeologiadaLibertação.OpontodepartidacomumdeambososladoséqueomesmoJesusCristoétantoverda-

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deiroDeuscomoverdadeiroserhumano(segundooConcíliodeCalcedônia)equepodemos,porisso,transferirneleosatributosdivinosaoserhumanoevice-versa(“comunicaçãodeidiomas”).Pelalógicapodemosafirmarouqueesse “Homem-Deus” comoDeus transcendente estáacima daspessoaspo-bres(assimClodovis),oupodemoscolocarDeuseCristonomesmoplanodaspessoaspobres,recorrendoàencarnaçãodeDeuseaMt25(assimLeonardoeoutros).Portanto,nesseconfrontonãosetrataapenasdolugardas pessoas pobres,mas,demodomuitomaisfundamental,dos“lugares”deCristoedeDeus nateologia.Trata-sedarelaçãomútuaentreDeus, Cristo e os pobres e,dessamaneira,daperguntasea transcendênciadeDeusexiste tambémemrelaçãoaoJesusCristoqueseidentificoucomospobres(cf.meudiálogocomaTeologiadaLibertaçãoemWess1989,259-274).

APrimeiraPartedestelivroofereceumabreveapresentaçãodasposiçõesconflitantes.ASegundaParteprocuradocumentarosmotivosmaisprofundosdoconflitoeindicarumapossívelformaderesolveressa“contendadeirmãos”pormeiodarevisãodospressupostosteológicosdeambososladose,comisso,tambémdateologiadomagistério.AdiscussãodacristologiadogmáticalevaaumavisãomaisprofundadatranscendênciadeDeus,comconsequênciasquesãomaisamplasdoqueascobradasporClodovisBoff.Essefatoexpressa-sejánotítulodestelivroqueescreveuapalavra“DEUS”commaiúsculaseacolocouacimade“Cristoeospobres”.Istogeraanecessidadededesenvolverejustificar,aomenosemsuaslinhasbásicas,naParteTrêsumacorresponden-te compreensãocristão-bíblicada fé emDeus,daesperançapor libertaçãoe salvação, eda igrejaem suascomunidades (debase) como lugar, sinal einstrumentodasalvaçãoinicialefutura.AconclusãoatribuiosproblemaseasdiferençasdetectadasaumafalhanométodonãosódaTeologiadaLibertaçãoerefletesobreaspossibilidadesdesecorrigiressafalha,paraquepossamosfuturamentefalarcommaiscuidadoemodéstia,masnumalinguagemcomumefidedigna,deDeus,Cristoedospobres.

Introdução

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Parte I

A crítica de Clodovis Boff à Teologia da Libertação e respostas a essa crítica

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Capítulo 1

Pontos criticados: primado dos pobres, instrumentalização da fé,

pouca importância da transcendência

ClodovisBoffadmitequeaTeologiadaLibertação(TdL)não“negaoprima-dodeDeusedafé”eafirma“[...]quesejaafénoDeusreveladooprincípioprimeirodateologia,issoéaceitosemmaioresproblemasnaTdL.Masesseprincípionãooperaaíparavaler”(C.Boff2007,1004).Afirmatambémque,emvezdisso, “aconteceuma ‘inversão’deprimadoepistemológico.NãoémaisDeus,masopobre,oprimeiroprincípiooperativodateologia.[...]Acon-teceainstrumentalizaçãodaféemfunçãodopobre.Cai-senoutilitarismooufuncionalismoemrelaçãoàPalavradeDeuseàteologiaemgeral.[...]Contraascríticasdequeestariausando‘olheirasideológicas’,aTdLapelaparaideiascomo ‘margensdegratuidade’e ‘reservaescatológica’paraafirmar seu res-peitoàtranscendênciadafé.Naverdade,apartedatranscendênciaé,nestateologia,apartemenoremenosrelevante[...]”(ibidem,1004-1005;cf.1014).Contudo,“paraseobterrealmentealibertaçãoéprecisomaisqueapenasalibertação:épreciso–digamo-losemmedo–Salvação!SomenteaTranscen-dênciaredimeaimanência”(ibidem,1008).

ClodovisBoffdescrevecomum“entusiasmoverdadeiramentejuvenil”(as-simL.Boff2008,701)apossibilidadederesolver“acontentoavexata quaes-tioaquilevantada:aarticulaçãocorretaentreféeaçãolibertadora”(C.Boff2007,1012;vexata quaestio élatimpara“questãoatormentadora”)combasenoDocumentoFinaldaVAssembleiaGeraldoEpiscopadoLatino-America-noedoCaribeemAparecida,2007 (citadocomo:Aparecida),eparticular-mentenoDiscursoInauguraldopapaBentoXVInaaberturadessaAssembleia

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(Ratzinger2007b).Assimcomoparaopapa,aplica-setambémparaClodovisBoff:“Aopçãopelospobresestá implícitanafécristológica” (C.Boff2007,1012). Disso ele deduz: “De Cristo vai-se necessariamente ao pobre, não,porém,necessariamentedopobreaCristo”(ibidem).Aseguir,tantoClodovisBoffcomooDocumentoFinaldeAparecidareferem-seàféemCristo,masnãoàféemDeus.IstoépossívelporqueoDiscursoinauguraldeBentoXVI(#1)etambémoDocumentoFinal(#7)queserefereaesseDiscursoidentificamCristoeDeus:o“Cristosofredor”é“oDeusdacompaixão[...],oDeusquetantonosamouqueseentregoupornós”;o“Senhorpresentenaeucaristia”é“oDeusquesetornoucarne,morreueressuscitou”.

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Capítulo 2

As respostas de Leonardo Boff e outros teólogos da libertação a essa crítica

Emsuaresposta,LeonardoBofffaladeum“certorecuo”deClodovis(L.Boff2008,701)econstataneleafaltadeuma“teologiadeencarnaçãoadequada”.Estaafirma,segundoaspalavrasdeLeonardo,“queoFilhodeDeusdeixousua transcendência [Notadoautor: istoé,abandonousuacondiçãodivina]eassumiuem JesusdaNazaréanaturezahumanaemsituaçãode ‘carne’,querdizer,limitada,vulnerávelepobre”.Dessamaneira,“aquelahumanidadecomeçouapertenceraDeus[...],sendoJesus,aumsó tempo, ‘verdadeira-menteDeuseverdadeiramentehomem’(Calcedôniaano451)”(ibidem,704).EsteJesuséojuizuniversale“seidentificacomospobres[...].ÉsintomáticoeperturbadorqueotextodeMt25,31-46,tãocentralparaateologiaepar-ticularmenteparaaTeologiadaLibertaçãonãosejacitadonenhumavezporClodovis.Équeelenãocabenasuaperspectiva.Bastaeleparainvalidartodasuaconstrução teórica. [...]Entãopodemosdizerenfaticamente:nãoéerroteológicoidentificaropobrecomDeusecomoCristo”(ibidem,705s).DepoisdeumacitaçãodeKarlBarth(”PelofatodequeDeussefezhomem,ohomemsetornouamedidadetodasascoisas”;semidentificaçãodafonte),LeonardoBoff formula:“Nós latino-americanosdiríamos: ‘DesdequeDeusse fezho-mem-pobre,ohomem-pobresetornaamedidadetodasascoisas’”(ibidem,706).Eeleexigeuma“teologiacristãquetomaasérioaverdadedogmáticadaunidadeinconfundíveleindivisíveldohomem-pobreJesuscomoFilhoeterno

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doPai”(706).Portanto,segundoasconsequênciasanteriores,LeonardoBoffentendeessaunidadecomoidentidademonofisista.

Tambémoutros adeptos daTeologia da Libertaçãodefendemessa visão.RefutamaacusaçãodeClodovisdeque“aTeologiadaLibertaçãocolocouopobrenolugardeDeus[...],queopobre‘substituiu’DeusnodiscursodaTeologiadaLibertação”.Consideramaceitávelque“ambos[ocupam]omes-mo‘lugarteológico’”(SusinemSusin/Hammes2008a).SegundoLuizCarlosSusineÉricoHammes,istogeraum“círculohermenêutico”:“PrioridadedeDeus sobreopobreoudopobre sobreDeus sãoprioridades falsasporquenãoconseguempensarosdois juntos, inclusive identificados, segundoMa-teus25. [...] Portanto,não se tratade ‘ouou’,masde ‘e’1.Todaprioridadeaquiéclaudicanteepodeseroprincípiodeumdesviofunesto.Énecessáriopensardeformacomplexa,emcírculo,enãoemlinearidadelógica” (SusinemSusin/Hammes2008a).Paradizê-locomaspalavrasdeLudgerWeckel:“O‘circulohermenêutico’refleteestruturasmaiscomplexas,porqueosdoispolosdocírculo(oCristocrucificadoeospovoscrucificadosdospobres)sereferemumaooutroeseexplicammutuamente”(Weckel,12).Dissosegue,segundo Susin e Hammes: “A transcendência de Deus consiste em trans-cender-seasimesmoemdireçãoanós,àscriaturaseàsmais frágeis,umatranscendência de transcondescendência” (Susin / Hammes 2008b, 286s).

1 Portanto,essainterpretaçãodeMt25colocaDeusnolugardeCristo.

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Parte II

Questões cristológicas como pano de fundo do conflito

e uma tentativa de esclarecimento

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Páginas30-198indisponíveisnaversãodigital

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Bibliografia

APARECIDA=Documento final da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe em Aparecida, 13-31 de maio de 2007.

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