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CURSO: TECNOLOGIA EM PETRÓLEO E GÁS DISCIPLINA: PLANEJAMENTO CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP) Professor: Francisco de Assis

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CURSO: TECNOLOGIA EM PETRLEO E GS

DISCIPLINA: PLANEJAMENTO CONTROLE DA PRODUO (PCP)

Professor: Francisco de Assis

SUMRIO

I - PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUO (P.C.P.)03V.1 - Estgios Do Planejamento V.3 - Conceito De P.C.P.V. 4 - Tipos De ProduoV. 5 - Controle De Estoque Dentro Do P.C.P.V. 6 - Controle De Qualidade X P.C.P.V. 7 - Fases Do P.C.P.V. 8 - Responsabilidades Bsicas Do P.C.P.V. 9 - O Relacionamento Entre O P.C.P. E Os Outros Departamentos II- ADMINISTRAO DE ESTOQUES08VI. 1 - EstoquesVI. 2 - Classificao Dos EstoquesVI. 3 - Tipos De Produtos Em EstoqueVI. 4 - Sistemas De Controle De EstoquesVI. 5 - Nvel De OperaoVI. 6 - Nvel De SeguranaVI. 7 - M.R.P = Planejamento Das Necessidades De Materiais VI. 8 - Ficha De Controle De Estoque

I - PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUO (P.C.P.)V.1 - ESTGIOS DO PLANEJAMENTO1A) Estgio do Caderno: aquele feito com anotaes pequenas e simples. O sistema no deve ser sofisticado. para empresas de pequeno porte.1B) Estgio do Assistente ou Encarregado: Este um estgio de planejamento de maiores propores. Ex.: Fbrica de calados. Onde o Assistente ou Encarregado, j no incio do expediente, entrega o material, explicando como trabalhar naquela tarefa.1C) Estgio da Seo de Programao: Neste ponto a empresa j atingiu um grau de planejamento que requer uma pesquisa de mercado, com um sistema mais complexo. Analisa todos os pedidos que recebeu, planejando o gasto de produo, para melhor atend-los. Deve haver bom relacionamento com o setor de produo, evitando os choques entre esses dois setores.1D) Estgio do Planejamento e Controle da Produo (PCP): um dos mais sofisticados. usado atualmente pelas grandes empresas onde existe um planejamento baseado principalmente em um oramento previamente elaborado.(KANBAM - Registro Visual)(MRP = Plano de Requerimento Materiais) : um sistema de planejamento baseado na exploso da estrutura de um produto. Consiste em um planejamento mestre aberto em suas necessidades de peas individuais (exploso) e Empurrado atravs do ciclo de produo.

V.3 - CONCEITO DE P.C.P.1) Conceito: o conjunto de medidas destinadas a assegurar que a produo das peas encomendadas se faa nos prazos desejados. Compreende o planejamento e a gesto do estoque de matria-prima, a programao das ordens de fabricao e servio e a fiscalizao da execuo do planejado. Em outras palavras: o que vai ser produzido, quanto vai produzir e quando vai ser necessrio produzir.

Como o seu prprio nome indica, compe-se de duas fases: O Planejamento e o ControleNa fase do planejamento, so feitos os planos, isto , o que dever acontecer. So respondidas todas as questes acima formuladas.A capacidade de bem planejar depende de um bom conhecimento da realidade.Na fase do controle, determina-se o que foi feito, isto , encontram-se as respostas efetivas as questes que haviam sido respondidas na fase do planejamento. O controle inclui o FEEDBACK (a retroao), isto , a comparao do que foi feito com o que deveria ter sido feito.O FEEDBACK, ou retroao, atravs da continua co0mparao entre a realidade conhecida pelo controle, e os planos determinados pelo planejamento, da a este a sua verdadeira finalidade e permite o seu contnuo aperfeioamento.

REPRESENTAO ESQUEMTICA DO P.C.P.CONTROLEEXECUOPLANEJAMENTO

FEEDBACKRETROAO

V. 4 - TIPOS DE PRODUOH essencialmente dois tipos de produo:Para estoques ou Em Serie - Que abrange a fabricao de produtos de consumo geral, como por exemplo: os eletrodomsticos.Sob Encomenda - Que inclui os artigos especiais, solicitados por clientes especficos, como por exemplo: navios.O pequeno empresrio trabalha, em geral, para fregueses definidos e espera as encomendas para iniciar a produo. Em certo numero de empresas fabrica-se simultaneamente para Estoque e Sob Encomendas .Quando h pouco servio, fazem para estoque e, de acordo com os pedidos, circulante, o que e impossvel para o pequeno empresrio. Portanto, a produo e de carter desconhecido.

V. 5 - CONTROLE DE ESTOQUE DENTRO DO P.C.P.A parte mais delicada , possivelmente mais importante do planejamento da produo, diz respeito ao planejamento e controle do estoque. E fato notrio que a dificuldade de obteno da matria-prima no prazo necessrio, na quantidade e qualidade desejadas, cria srios problemas aos responsveis pelo planejamento da produo em grande nmero de nossas empresas.

EXISTEM DOIS METODOS DE CONTROLE DE ESTOQUE:a) POR INVENTRIO PERIODICO: Consiste em contar, periodicamente , os saldos existentes. Ocasiona facilmente esquecimentos, erros de contagem e roubos, alm de no ser um sistema ordenado.b) POR INVENTRIO PERMANENTE: Este mtodo totalmente satisfatrio para o acompanhamento do P.C.P. Consiste em manter fichas nas quais se lanam as entradas e sadas, e atualiza-se o saldo dos materiais diariamente. V. 6 - CONTROLE DE QUALIDADE X P.C.P.Um controle perfeito da qualidade compreende analise permanente e completa da matria-prima at a embalagem. A verificao das caractersticas dos produtos em fabricao , em seus diversos estgios, com inspeo visual e ensaio de todas as suas caractersticas.Alm das atividades chamadas de inspeo, um programa de controle de qualidade compreende uma srie de tarefas destinadas a prevenir a ocorrncia de defeitos. A inexistncia do controle da qualidade significa a no existncia de um representante do consumidor no processo produtivo, o que poder trazer certamente grandes dificuldades ao P.C.P.V. 7 - FASES DO P.C.P.7.1) A primeira fase do planejamento e a determinao dos tipos e quantidades dos produtos que sero fabricados. baseada nos pedidos dos clientes ou na previso de vendas. (Programao)7.2) A segunda fase do planejamento da produo o roteiro , ou seja, a listagem das operaes que compe a produo de um determinado item. Esta e a fase do como fazer. Determina-se, tambm quem far as operaes e onde elas sero feitas. Todos os equipamentos e acessrios (ferramentas, dispositivos, etc.) so tambm planejados nesta fase.7.3) A terceira fase do planejamento e a determinao das datas. E o calculo do tempo que ser necessrio para cada operao. Nesta fase determina-se o quando , isto , quando ser iniciada a produo e quando terminar cada operao.7.4) A quarta fase do planejamento da produo a liberao ou despacho, que consiste essencialmente, na mobilizao dos recursos para a produo, antes do momento em que esta dever ser iniciada, de acordo com os prazos determinados na fase anterior.Iniciada a produo comea efetivamente a fase do controle que acompanhar o desenrolar de cada etapa do processo produtivo. A estrutura do controle a mesma que a do planejamento, ou seja, todas as etapas desenvolvidas na fase do planejamento sero verificadas na fase do controle.

V. 8 - RESPONSABILIDADES BSICAS DO P.C.P.a) A primeira e principal obter o lucro adequado sobre o capital.b) Proporcionar razoavelmente garantia sobre os investimentos.c) Cumprir as obrigaes da indstria para com a comunidade. E o relacionamento dentro da empresa, perante a comunidade, criando uma imagem boa.V. 9 - O RELACIONAMENTO ENTRE O P.C.P. E OS OUTROS DEPARTAMENTOSI) E o sistema coordenador e controlador das comunicaes. O P.C.P. para que possa atuar dentro da empresa , tem que ter campo (Departamento de servio sensorial, vendas, financeiro, etc.).H dificuldade de uma soluo geral para o P.C.P. Na pratica, raramente encontramos em duas fbricas distintas um mesmo sistema de P.C.P. As razes para esta diferenciao so vrias, mais podemos salientar trs particularmente importantes:a) O tipo de indstria.b) O tamanho da empresa.c) As diferenas entre estruturas administrativas.Se tivermos duas empresas do mesmo tamanho, fabricando os mesmos produtos, mais com diferentes estruturas administrativas , provavelmente os respectivos sistemas de P.C.P. sero diferentes. O tamanho da empresa influi de uma forma geral fazendo com que quanto maior a empresa, mais formal e detalhada dever ser o P.C.P.Considerando todos estes aspectos , no possvel generalizar solues para o P.C.P.II) FUNO SOB O PONTO DE VISTA DE AO DO P.C.P.Atravs da comunicao vai receber informaes. A primeira informao recebe do departamento sensorial, venda, pessoal (sobre mo-de-obra), depois de filtradas.Emite informaes para o Departamento de Produo e Servios

ESTIMULO ---------------- REAES ------------------- CONTRA-REAES

As reaes e contra-reaes se repetem tantas vezes quantas necessrias, at chegarem a um planejamento ideal.

III) COMO FUNES PRINCIPAIS:a) interpretaob) deciso c) comunicao

IV) REALCIONAMENTO COM OS OUTROS DEPARTAMENTOS DA EMPRESA:O bom relacionamento decorre das prprias funes do P.C.P. As mais importantes so:a) RELAES COM A ALTA ADMINISTRAO - O setor de P.C.P. prepara todos os dados para decidir sobre o plano de produo para os prximos meses e os apresenta a alta administrao. Aos dirigentes cabe ento decidir qual a poltica a ser adotada. Uma vez decidida, o P.C.P. oficializar o plano de fabricao e depois ir detalh-los at chegar emisso de ordens individuais de produo e de compras. Enviar os relatrios das quantidades produzidas a alta administrao, mostrando a eficincia dos diversos setores.b) COORDENAO ENTRE PRODUO E VENDAS - Entre estes setores existem conflitos de interesses. Os vendedores esto sempre interessados em ter disponibilidade de estoque para pronta entrega. A administrao da fbrica pensa em produzir com menos custo e para isto necessita de prazos longos para a entrega, e de ter estoques baixos. O P.C.P. fixa um prazo razovel para a entrega e o nvel de estoque conveniente.c) COORDENAO ENTRE PRODUO E COMPRAS - Os compradores consideram-se eficientes quando conseguem as melhores condies de preo. Mais, pode ocorrer que o fornecedor que paz a melhor oferta pea um prazo de entrega mais longo. Ento existir um conflito em potencial. O fornecimento demorado e irregular. Cabe ao P.C.P. estabelecer um termo timo que permita boas condies de compra e pequeno risco de prejudicar a produo. d) RELACIONAMENTO COM A CONTABILIDADE - Controle contbil do material. Atravs deste relacionamento, o P.C.P. verificar em que nvel e com esta a situao geral da empresa. VI - ADMINISTRAO DE ESTOQUES

VI. 1 - ESTOQUESOs estoques representam custos acumulados de Matria-prima, material no vendido ou no usado que ser mantido para o futuro. Os estoques tm ligao com os vrios departamentos da empresa, tais como compras, fabricao (produto em processo), almoxarifado (insumos) e controle da produo e vendas (produto acabado).Os estoques so formados para:1A) Separar os segmentos individuais nas linhas de matria-prima, manufatura e distribuio, para que cada um possa funcionar eficientemente em relao ao fluxo da linha de produo.1B) Criar condies sob as quais cada segmento possa fornecer o mximo de servio compatvel com seu nvel de operao.1C) Permitir a cada um dos segmentos atingir seu ritmo eficientemente, atravs das compras ou produo da quantidade que resultar no menor custo total. O estoque serve apenas de reservatrio entre uma fase e outra da produo. Antigamente, a manuteno de altos estoques era considerada demonstrao de poder econmico ou requinte . Atualmente, o estoque considerado uma necessidade para garantir a alta taxa de rentabilidade do capital.

VI. 2 - CLASSIFICAO DOS ESTOQUESEm sua grande maioria, os estoques destinam-se produo. Deve-se fazer um estudo dos vrios tipos de estoques, a fim de se classific-los e de se determinar finalidade de cada um.VI. 3 - TIPOS DE PRODUTOS EM ESTOQUE3A) Matria-prima - o material bsico necessrio para a fabricao de um determinado produto. Seu consumo proporcional ao volume da produo.3B) Produtos em Processo - So aqueles que esto nas diferentes etapas (fases) de elaborao do produto final, a transformao da matria-prima em produtos semi-acabados. (nas mquinas)3C) Produtos Semi-acabados - So aqueles sados da produo que, para serem considerados acabados, passaro ainda por diversas fases do processamento. (nos estoques intermedirios)3D) Produtos Acabados - Artigos produzidos ou comprados destinados venda, distribuio ou consumo final.

VI. 4 - SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES4A) Sistema de Duas Gavetas - Consiste na separao fsica em duas partes. Uma parte ser utilizada totalmente at a data da encomenda de um novo lote e a outra ser utilizada entre a data da encomenda e a data do recebimento do novo lote. A grande vantagem deste sistema est na substancial reduo do processo burocrtico de reposio de material (bujo de gs). A denominao DUAS GAVETAS decorre a idia de guardar um mesmo lote em duas gavetas distintas.4B) Sistema de Estoque Mnimo - usado principalmente quando a separao entre as duas partes do estoque no feita fisicamente, mas apenas registrada na ficha de controle de estoque, com o ponto de separao entre as partes. Enquanto o estoque mnimo estiver sendo utilizado, o Departamento de Compras ter prazo suficiente para adquirir e repor o material no estoque.4C) Sistema de Renovao Peridica - Consiste em fazer pedidos para reposio dos estoques em intervalos de tempo pr-estabelecidos para cada item. Estes intervalos, para minimizar o custo de estoque, devem variar de item para item. A quantidade a ser comprada em cada encomenda tal que, somada com a quantidade existente em estoque, seja suficiente para atender a demanda at o recebimento da encomenda seguinte. Logicamente, este sistema obriga a manuteno de um estoque reserva. Deve-se adotar perodos iguais para um grande nmero de itens em estoque pois, procedendo compra simultnea de diversos itens, pode-se obter condies vantajosas na transao (compra e transporte).4D) Sistema de Estocagem para um Fim Especfico - Apresenta duas subdivises:a) Estocagem para atender a um programa de produo pr-determinado: utilizada nas indstrias de tipo contnuo ou semi-contnuo que estabelece, com antecedncia de vrios meses, os nveis de produo. A programao (para vrios perodos, semanas e meses) elaborada pelo P.C.P. dever ser coerente para todos os segmentos, desde o recebimento do material at o embarque do produto acabado. Vantagens: * Estoques menores, sem riscos de se esgotarem, objetivamente controlados por se conhecer a demanda futura. * Melhores condies de compra de materiais, pois se pode aceitar contratos de grandes volumes para entregas parceladas. A atividade de compra fica reduzida, sem a necessidade de emitir pedidos de fornecimento para cada lote de material.b) Estocagem para atender especificamente a uma ordem de produo ou a uma requisio: o mtodo empregado nas produes do tipo intermitente, onde a indstria fabrica sob encomenda, sendo justificvel no caso de materiais especiais ou necessrios esporadicamente. Os pedidos de material neste sistema so baseadas principalmente na lista material (ROW MATERIAL) e na programao geral (AP = ANNUAL PLANNING). Existem casos em que o pedido para compra precisa ser feito mesmo antes do projeto do produto estar detalhado, ou seja, antes da listagem do material estar pronta, pois os itens necessrios podem ter um ciclo de fabricao excessivamente longo. Ex.: grandes motores, turbinas e navios.VI. 5 - NVEL DE OPERAOA representao da movimentao (entrada e sada) de uma pea dentro de um sistema de estoque pode ser feita por meio de um grfico, onde a abscissa o tempo decorrido (T) para o consumo, normalmente em meses, e a ordenada a quantidade (Q) em unidades desta pea em estoque, no intervalo de tempo (t). Este grfico chamado de DENTE DE SERRA.Este ciclo ser sempre repetitivo e constante se:1. No existir alterao de consumo durante o tempo (T)2. No existir falha administrativa que provoque um erro na solicitao da compra para reposio do estoque3. No houver atraso na entrega por parte do fornecedor4. No houver rejeio de lote por parte do Controle de Qualidade

VI. 6 - NVEL DE SEGURANA a quantidade mnima de material que deve existir em reserva, destinada a cobrir eventuais atrasos na renovao do estoque, garantindo o funcionamento ininterrupto dos rgos a serem supridos. A principal vantagem do nvel de segurana prover estoque suficiente para atender s demandas inesperadas. A atividade de abastecimento requer um acrscimo no nvel timo de estoque (quantidade do estoque reserva), para manter suas atividades sem interrupo.Atravs do grfico que se segue, observamos que o nvel de segurana est delimitado pelas quantidades de 0 a 20. fcil verificar que este estoque de 20 peas ser um estoque morto, existindo simplesmente para enfrentar as eventualidades j citadas anteriormente. No se deve esquecer que ele representa um capital empatado e inoperante.(Ver grfico Nvel de Segurana)

VI. 7 - M.R.P = Planejamento das necessidades de materiais( Materials Requirements Planning )Algumas fbricas so dirigidas de maneira mais ou menos dificultosa. Pode-se perceber que os estoques esto elevados , os subcomponentes esto sendo expedidos para atender pedidos em tempo certo e uma atmosfera de presso prevalece. possvel remediar esta situao atravs do uso de um novo planejamento e de um sistema de controle, chamado planejamento das necessidades de materiais (M.R.P.) Este integra as funes de planejamento empresarial, previses de vendas, planejamento dos recursos produtivos, programa-mestre de produo, planejamento das necessidades de materiais, planejamento das necessidades de produo, controle e acompanhamento da fabricao, compras e contabilizao dos custos. O M.R.P. tem ainda a funo de criar e manter a infra-estrutura industrial, que inclui o cadastro de materiais, a estrutura de informao industrial, a estrutura do produto (lista de materiais), saldos e estoque, ordem em aberto, rotinas de processo, capacidade de centro de trabalho etc.O centro de todo sistema o mdulo das necessidades brutas, ou seja, o produto do programa-mestre de produo pelas listas de materiais. A estas necessidades brutas podem ser adicionados estoques de segurana, porcentagem de refugos etc. Uma vez determinadas s necessidades brutas, elas so consolidadas para todos os itens comuns que precisam de componente que est sendo planejado. A seguir so descontados o estoque fsico e os pedidos de compra j colocados ou as ordens de servio de fabricao interna. O que resta so as necessidades lquidas por perodo, semanal ou dirio, que so, por ltimo, concentrado em lotes de encomenda, calculando-se a data da liberao das ordens.A grande vantagem do sistema M.R.P. que ele permite ver, de forma rpida, o impacto de qualquer replanejamento. Assim, pode-se saber os itens que faltam e tomar medidas corretivas, e o estoque planejado em excesso, para cancelar ou reprogramar pedidos e manter os estoques em nveis razoveis.O M.R.P. pode ser visualizado como um sistema constitudo de trs partes, conforme mostra a figura anterior. A primeira delas a parte superior do quadro, denominada extremidade avanada do sistema, onde as previses, pedidos, limitaes de capacidade e outras consideraes esto integradas em um programa global. A segunda parte a que traduz os programas para itens finais em planos de peas de componentes. A terceira parte constitui o planejamento e o controle detalhado das compras e o acompanhamento do processo de fabricao.O M.R.P. utiliza sobremaneira a estrutura do produto, que a exploso lquida total por produto para evitar falta ou excesso de estoque, e pode ser demonstrado da seguinte maneira:Previso de vendas - estoque de produto acabado = previso lquida de vendas.Partindo da previso lquida de vendas, podemos dar origem ao programa-mestre de produo.Programa-mestre de produo X Lista de materiais = demanda de materiais.Demanda de materiais + estoque fsico - saldo de pedidos = necessidades de materiais.Como vimos o planejamento do M.R.P. baseado no programa-mestre de produo, que pode ser baseado numa previso de vendas ou uma carteira de pedido. Essas informaes de entrada e sada para um sistema M.R.P. podem ser demonstradas conforme a figura abaixo.

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FLUXO DO PROGRAMA-MESTRE ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS PLANO DE PRODUO PREVISO DE VENDAS

PREVISO DE DEMANDA INDEPENDENTEPEDIDOS EXTERNOS DE COMPONENTES

CLCULOS DASNECESSIDADESESTRUTURA DO PRODUTO

POSIO DE ESTOQUESPEDIDO DE COMPRAS

DEFINI DE PRIORIDADES

PROGAMAO

CONTOLE DO DESEMPENHO

RELARIO DE ACOMPANHAMENTO

Demanda Dependente e Demanda Independente Um fato importante que no pode ser descuidado para o M.R.P. a natureza da demanda, que pode ser considerada de duas maneiras: Demanda dependente e demanda independente. A demanda de um item considerada independente quando no est relacionada com a de nenhum outro item; nesse caso ela deve ser prevista e projetada atravs de tcnicas especficas de previses. Concluindo, a demanda dependente quando est relacionada ou dependente da demanda de outro item; esta demanda deve ser calculada.As peas A, B, C, D, E, F, G, H e I, da figura abaixo, so consideradas demandas dependentes, ou seja, dependem do produto acabado X, e o produto X uma demanda independente.FLUXO DE PRODUTO A ------------------- -------- B -------- ------------------- C D------------------------- - E ---------------------------- -F ------------------- G ---------- X H ---------------------- ----- IOutra considerao importante para o M.R.P. a estrutura do produto ou lista de material. O M.R.P. baseado na emisso de ordens em uma demanda calculada a partir do programa de montagens; para que isso seja feito necessrio uma lista de material que um tipo de lista de peas estruturada. Deve mostrar o produto no seu nvel mais alto ou zero at o seu nvel mais baixo, demonstrando realmente como um produto montado passo a passo.ESTRUTURA DO PRODUTO X Nvel 1 1 2 3 Nvel 2 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Nvel 3 15 Nvel 4A figura acima mostra-nos um exemplo de estrutura do produto. Isto significa que o produto X formado pelas peas 1,2 e 3, sendo: pea 1, pelos componentes 4 e 5; pea 2 pelos componentes 6,7 e 8; e a pea 3 pelos componentes 9 e 10.Para efetivar o clculo de necessidades de materiais devemos levar em considerao os seguintes fatores:A- Estrutura do produto com os nveis de fabricao;B- A quantidade do lote de compra;C- O tempo de reposio para cada item componente, seja ele comprado ou fabricado internamente;D- As necessidades das peas baseadas no programa-mestre;E- O uso de cada pea, levando em considerao que ela pode ser usada no mesmo produto, s que em diversos nveis.

VI 8 - FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE8A) Principais objetivos:a) conhecer a disponibilidade do material;b) permitir analisar quando ser necessrio emitir um PEDIDO DE REPOSIO;c) conhecer o valor monetrio do estoque e do custo de cada itemd) indicar desvios e/ou perda de material.8B) Informaes contidas na ficha: B1) Para identificao:1.1 - nome do item1.2 - nmero ou cdigo do item1.3 - especificao ou descrio1.4 - unidade de medida1.5 - localizao no almoxarifado1.6 - produto final a que se destina (tipo de utilizao) B2) Para controle:2.1 - lote mnimo ou estoque mnimo2.2 - lote econmico2.3 - sumrio de utilizao mensal ou anual2.4 - tempo necessrio para atendimento de um pedido2.5 - preo unitrio2.6 - possveis fornecedores2.7 - percentual de perda ou rejeio prevista e realizada B3) Sobre movimentao de estoque:3.1 - pedidos de reposio: data do pedido, n do pedido, quantidade pedida e data em que o material ser recebido3.2 - recebimento do material: data, quantidade recebida, n da N.F.3.3 - reserva do material: data, quantidade e n do pedido de reserva3.4 - retirada do material: data, quantidade e n da requisio B4) Sobre saldos:4.1 - saldo em estoque - quantidade existente no almoxarifado4.2 - saldo disponvel - quantidade existente no almoxarifado, no reservado, mais a quantidade encomendada e ainda no recebida4.3 - saldo das encomendas: quantidade total encomendada e ainda no recebida4.4 - saldo das reservas: quantidade do total reservado e ainda no retirado do almoxarifado B5) Sobre o custo e valor do transporte:5.1 - custo unitrio de cada entrada5.2 - custo total de cada entrada5.3 - custo unitrio mdio, PEPS ou UEPS5.4 - custo padro ou Standard Cost5.5 - custo total de cada sada5.6 - custo da quantidade encontrada em estoque8C) Modelos de Fichas: Podem variar quanto s informaes contidas e quanto disposio das informaes. C1) Modelo A: indica as quantidades recebidas (entrada), as quantidades entregues (sada) e saldo em estoque. Este o modelo mais simples, porm o menos til.(Apresentao do Modelo A) C2) Modelo B: indica a quantidade de material encomendado, recebido, entregue e saldo em estoque. Este modelo, relativamente simples, tem a limitao de indicar a quantidade entregue e o saldo em estoque aps a transao ter sido realizada. O pessoal responsvel pelo controle no possui aviso prvio da demanda. Este sistema ou suas variaes so adequadas quando o material tem sua utilizao sem grandes flutuaes ou quando h encomendas de material para satisfazer a cada ordem de fabricao.(Apresentao do Modelo B) C3) Modelo C: indica a quantidade de material encomendado, recebido, saldo a receber, reservado para trabalho especfico e saldo disponvel para reserva. Esta ficha visa indicar previamente qual ser a situao de estoque em um futuro prximo. Por meio deste sistema, a requisio de material, ou a ordem de fabricao enviada ao fichrio de estoque, imediatamente aps sua preparao e, portanto, antes da retirada do material do almoxarifado. Isto representa vantagem por se conhecer a demanda do material antes do fato consumado. Se a demanda for maior do que o disponvel para a reserva, um pedido de compra dever ser emitido para se cobrir a necessidade. Caso o prazo de entrega seja maior do que o necessrio, o P.C.P. dever ser informado para que possa reprogramar a produo.(Apresentao do Modelo C) C4) Modelo D: combina os dois modelos anteriores, indicando a quantidade de material encomendado, recebido, saldo a receber, reservado, saldo disponvel para outras reservas, sadas, saldo em estoque. Este modelo torna-se obrigatrio quando se deseja o saldo em estoque simultaneamente com o aviso prvio das quantidades necessrias.(Apresentao do Modelo D como um primeiro exerccio)02 - 04 Emitido um pedido de fornecimento (PF 432) de 5000 ps.15 - 04 Recebidas 2000 ps. com a nota fiscal (NF 2525)20 - 04 Recebida uma ordem de fabricao (OF 276), reservando 1000 ps23 - 04 Recebida uma requisio de material (RM 666) de 1000 ps., referente reservada na OF 267 26 - 04 Recebido o restante do pedido de fornecimento (PF 432) com a nota fiscal (NF 2526)27 - 04 Recebida uma ordem de fabricao (OF 277), reservando 3000 ps.27 - 04 Emitido um pedido de fornecimento (PF 433) de 4000 ps.VII - GESTO DE ESTOQUE

Por gesto de estoque entendemos o planejamento do estoque, o seu controle e sua retroao sobre o planejamento. O critrio bsico da gesto de estoque a minimizao dos custos de ter e/ou no ter estoque.

VII.1 - Esquema de um Programa de Administrao Tcnica de Estoque1A) Informar toda a empresa sobre a deciso de implantar o programa. Para ser bem sucedido, um programa deste tipo necessita do apoio de cada diviso da empresa. Uma maneira efetiva de obter tal apoio informar a alta chefia sobre os detalhes do programa, tanto quanto possvel. (O QU)1B) Responsabilizar um indivduo pela execuo do programa. Envolve vrias divises de uma empresa, requer a utilizao de tcnicas relativamente novas. Assim, essencial que toda a responsabilidade, autoridade, recursos humanos e materiais necessrios execuo do programa sejam atribudos a um executivo qualificado.(QUEM)1C) Selecionar e treinar pessoal tcnico. Exige o conhecimento e clculo de lotes econmicos, computao das quantidades convenientes de estoque de reserva e pontos de encomenda e a determinao dos tempos mnimos do ciclo de manufatura. A empresa deve selecionar, treinar e desenvolver seus prprios especialistas.(COMO)1D) Desenvolver um plano para controlar a quantidade do estoque Para:a) Manter as quantidades encomendadas e estoque de reserva num mnimo estoque;b) Manter os ciclos em processamento num mnimo econmico;c) Planejar a utilizao imediata de cada lote recebido, obedecendo ao critrio PEPS (FIFO);d) Minimizar o nmero de itens mantidos em cada depsito;e) Minimizar o nmero de depsitos. (QUANTO) (QUANDO) (ONDE)1E) Padronizar condies Para:a) Diminuir a quantidade necessria de estoque de reserva, aumentando a preciso das previses;b) Diminuir os custos do nmero de lotes, causando um decrscimo no lote econmico.1F) Compilar (reunir) os dados usados nas frmulas do lote econmico, nvel de reserva, custo de preparao, custo de manuteno...1G) Utilizar o mtodo ABC de controle de estoque e avaliao dos intervalos.1H) Utilizar uma administrao prtica de controle de estoqueVII.2 - Avaliao dos Estoques A avaliao do estoque anual dever ser realizada em termos de preo, para proporcionar uma avaliao exata do material e informaes financeiras atualizadas. A avaliao dos estoques inclui o valor das mercadorias, dos produtos em fabricao e dos produtos acabados. Para se fazer uma avaliao deste material, tomamos por base o preo de custo.

VII.3 - Mtodos de Avaliao de Estoques Na prtica, quando produtos iguais so comprados a preos e em pocas diferentes e vendidos a preos e pocas diferentes, os problemas de custeamento e das sadas de mercadorias do estoque tornam-se complexos, existindo vrios critrios que procuram apresentar solues satisfatrias.A frmula do lucro : LUCRO BRUTO (Lb) = VENDAS (V) - CUSTO DAS VENDAS (Cv) Lb = V CvE a frmula para determinar o custo de vendas :CUSTO DE VENDAS (Cv) = ESTOQUE INICIAL (Ei) + COMPRAS (C) - ESTOQUE FINAL (Ef) Cv = Ei + C - Ef : . Lb = V - ( Ei + C - Ef ) Podemos observar que uma avaliao maior ou menor dos estoques afetar o lucro do perodo.Mtodos para avaliao de estoque:3A) Avaliao atravs do custo especfico: uma avaliao pouco usual. utilizada pelas indstrias que produzem equipamentos de grande porte, fabricando apenas sob encomenda e no em srie. Ex.: pontes rolantes, guindastes, navios, tanques reservatrios, etc. Nestes casos, a apurao do custo contbil exatamente igual ao representado na avaliao do estoque.3B) Avaliao pelo custo mdio: a mais freqente e tem por base o preo mdio mvel (para inventrio permanente) de todas as movimentaes no estoque.DATAMOVIMENTOQUANT.P.U.TOTALP. MDIO

01/06Inventrio Inicial2001.000200.0001.000,0

05/06Compra501.50075.0001.100,0

10/06Venda1202.000240.000

15/06Compra702.100147.0001.450,0

20/06Venda1202.000240.000

25/06Compra802.550204.0002.000,0

29/06Venda1003.000300.000

30/06Inventrio Final602.000120.0002.000,0

MDIO ******* PERMANENTE

Para inventrio peridico, o preo mdio ser nico para todo o perodo e a conta inventrio de mercadorias registra apenas o saldo inicial:DATAMOVIMENTOQUANT.P.U.TOTALP. MDIO

01/06Inventrio Inicial2001.000200.000

05/06Compra501.50075.000

15/06Compra702.100147.000

25/06Compra802.550204.000

- ---

400626.0001.565,0

30/06Inventrio Final601.56593.900

MDIO*******PERIDICO

3C) Avaliao pelo mtodo P.E.P.S.: A avaliao por este mtodo feita pela ordem cronolgica das entradas, isto , o primeiro a entrar o primeiro a sair.F.I.F.O. = ( FIRST IN, FIRST OUT ) DEPSITO------------------------------------ENTRADAS >>>>>> 3 2 1 >>>>>> SADAS-------------------------------------Utilizando dados do exemplo anterior, temos:INVENTRIO FINAL = 60 ps a 2.550,00 (P.U. da ltima compra) = 153.000,00 PEPS**********3D) Avaliao pelo mtodo U.E.P.S. : Este mtodo considera os ltimos lotes que foram incorporados ao estoque como os que devem sair em primeiro lugar, com apenas um fluxo de custo e no necessariamente de mercadorias.L. I. F. = ( LAST IN, FIRST OUT )DEPSITOENTRADAS >>>>>>--------------------------------------------------------* 3 2 1SADAS