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19997266 SIMULADO ENEM As ondas do mar batem nas pedras. Selo FSC aqui 2017 2 a Série 2 O DIA PROVA 1 ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTãO-RESPOSTA, com caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de Redação e questões numeradas de 61 a 120, dispostas da seguinte maneira: a. as questões de número 61 a 90 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b. as questões de número 91 a 120 são relativas à área de Matemática e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 61 a 64 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (Inglês ou Espanhol) escolhida. 2. Verifique, no CARTãO-RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇãO, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. 3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTãO-RESPOSTA e da FOLHA DE REDAÇãO com caneta esferográfica de tinta preta. 4. Não dobre, não amasse nem rasure o CART ãO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão. 6. No CARTãO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfica de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e dez minutos. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTãO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇãO. 10. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTãO- -RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇãO. 11. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida uma hora e trinta minutos do início da sua aplicação. 12. Você será excluído do exame caso: a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b. se ausente da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES, antes do prazo estabelecido, e/ou o CARTãO-RESPOSTA; c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e. apresente dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal. A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AMARELO. MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA. PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Instituição de ensino: Aluno:

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1999

7266

SImULADo eNem

As ondas do mar batem nas pedras.

Selo FSC aqui

2017

2a Série

2o DIA

PRoVA 1

ATeNção: transcreva no espaço apropriado do seu CARtão-ResPostA, com caligrafi a usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:

LeIA ATeNTAmeNTe AS INSTRUçÕeS SeGUINTeS:

1. este CADeRNo De QuestÕes contém a Proposta de Redação e questões numeradas de 61 a 120, dispostas da seguinte maneira:

a. as questões de número 61 a 90 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas tecnologias;

b. as questões de número 91 a 120 são relativas à área de Matemática e suas tecnologias.

ATeNção: as questões de 61 a 64 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (Inglês ou espanhol) escolhida.

2. Verifi que, no CARtão-ResPostA e na FoLHA De ReDAÇão, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.

3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARtão-ResPostA e da FoLHA De ReDAÇão com caneta esferográfi ca de tinta preta.

4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARtão-ResPostA. ele não poderá ser substituído.

5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão.

6. No CARtão-ResPostA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção

em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7. o tempo disponível para estas provas é de quatro horas e dez minutos.

8. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARtão--ResPostA. os rascunhos e as marcações assinaladas no CADeRNo De QuestÕes não serão considerados na avaliação.

9. somente serão corrigidas as redações transcritas na FoLHA De ReDAÇão.

10. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARtão--ResPostA e a FoLHA De ReDAÇão.

11. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida uma hora e trinta minutos do início da sua aplicação.

12. Você será excluído do exame caso:a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios

de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;

b. se ausente da sala de provas levando consigo o CADeRNo De QuestÕes, antes do prazo estabelecido, e/ou o CARtão-ResPostA;

c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas;

d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;

e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal.

A CoR DA CApA Do SeU CADeRNo De QUeSTÕeS é AmAReLo. mARQUe -A em SeU CARTão-ReSpoSTA.

pRoVA De ReDAção e De LINGUAGeNS, CÓDIGoS e SUAS TeCNoLoGIASpRoVA De mATemáTICA e SUAS TeCNoLoGIAS

Instituição de ensino:

Aluno:

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Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularida-des ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições.

As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publici-dade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 3

pRopoSTA De ReDAção

Relato pessoal

TexTo I

TexTo II

Rio – Assim como na pesquisa de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais entrevistados relataram

em 2015 terem praticado do que sofrido bullying, não apenas na escola, mas em qualquer ambiente que frequentam. Meninas

são menos provocadoras do que meninos: 15,6% das alunas disseram já ter praticado bullying, enquanto entre os alunos a pro‑

porção sobe para 24,2%. A prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas (21,2% dos entrevistados disseram fazer

bullying) do que na rede pública (19,5%).

Sofreram bullying com frequência 7,4% (194,6 mil) dos alunos do 9o ano, principalmente por causa da aparência do corpo ou

do rosto. A incidência das provocações é um pouco maior nas escolas públicas (7,6%) que nas particulares (6,5%).

Quase um quarto dos jovens (23,4%) disse ter se envolvido em briga ou luta física nos 30 dias anteriores à pesquisa. Entre

os meninos, chegou a 30,3% os que se envolveram em brigas e, entre as meninas, 16,8%.

A proporção é semelhante nas escolas públicas e particulares. Embora em proporções menores, porém mais perigosas, as

brigas com armas de fogo envolveram 5,7% dos jovens, ou 150 mil alunos. Neste caso, há grande diferença entre as escolas,

com incidência na rede pública quase duas vezes maior que na rede privada (6,1% e 3,4% respectivamente).

Alunos dizem mais praticar do que sofrer bullying, mostra pesquisa do IBGE. UoL educação, 26 ago. 2016. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/noticias/agencia‑estado/2016/08/26/alunos‑dizem‑mais‑praticar‑do‑que‑sofrer‑bullying‑mostra‑pesquisa‑do‑ibge.htm>. Acesso em: 8 nov. 2016.

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Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados porum indivíduo (do inglês bully, “tiranete” ou “valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo(ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.

Às vezes fi camosestáticos, sem saber o que responder perante um ataque verbal. Só depois de vários minutos é que nos ocorre uma reposta audaz.

Agressão física:

Ataque verbal:

Exclusão social:

Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto, invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro.

As exclusões são de uma forma geral, difi culdades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 4

TexTo III

Aos 13 anos, o jovem Daniel Fitzpatrick resolveu tirar a vida após não suportar o bullying diário que precisava encarar na

escola. De acordo com o New York Daily News, o menino de Staten Island, nos Estados Unidos, cometeu suicídio na semana

passada após pedir ajuda a escola para tentar parar com o bullying que vinha sofrendo.

A instituição se recusou a intervir, mesmo com pedidos de professores. Assim, Daniel se enforcou com um cinto, no sótão de

sua casa. Pouco tempo antes disso acontecer, o aluno escreveu uma carta em que explicava como se sentia, como o bullying

e a falta de ajuda o afetavam. Ele tinha a intenção de entregar a carta a escola.

O pai de Daniel Fitzpatrick revelou a história do seu filho, inclusive a carta de suicídio e a sua foto, para que casos assim

não voltem a acontecer. “Nenhum pai deveria ter que enterrar seu filho. Nenhuma criança deveria passar pelo que o meu filho

passou”, disse. A mãe de Daniel contou que as crianças o xingavam dentro da sala de aula e também atiravam coisas contra

ele, o que o deixava triste e bastante frustrado.

SALVADO, Nathalia. Garoto de 13 anos se suicida após sofrer bullying e escola se recusar a ajudar. Vírgula Comportamento, 15 ago. 2016. Disponível em: <http://virgula.uol.com.br/comportamento/garoto‑de‑13‑anos‑se‑suicida‑apos‑sofrer‑bullying‑e‑escola‑se‑recusar‑a‑ajudar/>. Acesso em: 8 nov. 2016.

Considere a seguinte situação: você sofreu bullying durante toda a sua vida escolar, no entanto, conseguiu superar as consequên‑cias negativas dessa prática discriminatória. Redija, portanto, um relato pessoal, que será lido para os colegas da escola na qual você estudou, expondo como você se sentia quando sofria bullying e como você o superou.

Instruções:

• Otextodeveserescritoàtinta,ematé30linhas.

• AredaçãoqueapresentarcópiadostextosdaPropostadeRedaçãoteráonúmerodelinhascopiadasdesconsideradoparaefeitode correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

• tiveraté7(sete)linhasescritas,sendoconsiderada“insuficiente”;

• fugiraotemaouquenãoatenderaotiporelatopessoal;

• apresentarideiasquedesrespeitemosdireitoshumanos;

• apresentarpartedotextodeliberadamentedesconectadacomotemaproposto.A correção da redação deve considerar os seguintes critérios:

Critério Observar

Gênero Fazer uso das características do gênero solicitado e estruturá-lo dentro dos limites do texto em prosa.

Propósito Atender à solicitação feita na proposta, estabelecendo diálogo entre as instruções oferecidas e a situação apresentada.

Interlocução Atentar ao papel de enunciador e ao possível interlocutor dentro do gênero proposto.

Holístico Utilizar a norma culta da Língua Portuguesa, evitando erros de ortografia e de pontuação. Apresentar um bom domínio dos instrumentos coesivos e de diversidade lexical, evitando ambiguidades e redundâncias.

COMENTÁRIO:A redação desenvolvida deve discutir o tema “bullying” do ponto de vista pessoal. Mesmo assim, a redação desenvolvida deve discutir o tema com profundidade e deve-se considerar a realidade dos sujeitos diante dessa situação. Redações que apresentem tais características e possíveis soluções para o tema, e nas quais seja feito uso criativo da coletânea, devem ser valorizadas, enquanto textos que se limitem a reproduzir as ideias contidas nos textos de apoio ou que tangenciem o tema devem receber desconto nas notas atribuídas.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 5

LINGUAGeNS, CÓDIGoS e SUAS TeCNoLoGIAS

Questões de 61 a 90

Questões de 61 a 64 (opção Inglês)

Questão 61

Dennis the Menace é um famoso personagem que surgiu nas tiras de jornal no início dos anos 1950. A fala de Dennis evi‑dencia que

A o armário do Sr. Wilson é mágico porque realiza sonhos.

B Sr. Wilson usa as roupas que usava quando era mais novo.

C Sra. Wilson acredita que o marido não perderá peso.

D Dennis sonha em vestir as roupas do Sr. Wilson.

E Sr. Wilson está mais magro que antigamente.

QuEsTãO 61Conteúdo: Interpretação de textoC2 | H7Na tirinha, Dennis explica para o outro garoto que esse é um armário de esperanças e sonhos. Esperanças porque o Sr. Wilson espera estar magro o suficiente para vestir suas calças antigas novamente. E sonhos porque, para Sra. Wilson, o marido está sonhando, ou seja, não acredita que seja possível ele voltar ao peso de antigamente.

Questão 62

ImpACT of CLImATe ChANGe oN SpeCIeS

To survive, plants, animals and birds confronted with climate

change have two options: move or adapt. With the speed of

climate change we are experiencing already, it’s often not

possible for a species to adapt quickly enough to keep up

with its changing environment. And with the amount of habitat

destruction, dam building, roads and cities expanding, moving

is becoming increasingly difficult.

In such cases, climate change can mean that species

disappear in places where they once thrived, or even go

completely extinct. A recent study in Science found that one in

six species is at risk of extinction because of climate change – if

we do nothing about it.

CoRNeLIus, stephen. Impact of climate change on species. WWf, 10 nov. 2015. Disponível em: <www.wwf.eu/what_we_do/climate/publications_climate/

?255984/Impact-of-climate-change-on-species>. Acesso em: 17 out. 2016.

Segundo a matéria publicada na página da organização não governamental WWF, contribui para o desaparecimento de uma espécie

A a escassez de alimentos.

B a sua rápida adaptabilidade.

C a erosão do solo.

D a expansão urbana.

E o difícil acesso à água.

QuEsTãO 62Conteúdo: Interpretação de textoC2 | H6A matéria esclarece que, para sobreviver à mudança climática, uma espécie tem duas opções: mudar ou adaptar-se. Como adaptar-se é muito difícil – uma vez que a mu-dança climática é bastante rápida –, resta às espécies mudar-se – tarefa esta que é dificultada pela destruição de hábitats, construção de barragens, construção de estradas e expansão da cidade.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 6

Questão 63

The ThRee pReSeNTS of D’ARTAGNAN The eLDeR

In those times panics were common, and few days passed

without some city or other registering in its archives an event of

thiskind.Therewerenobles,whomadewaragainsteachother;

therewastheking,whomadewaragainstthecardinal;there

was Spain, which made war against the king. Then, in addition

to these concealed or public, secret or open wars, there were

robbers, mendicants, Huguenots, wolves, and scoundrels, who

made war upon everybody.

Alexandre Dumas.

O trecho retirado do romance de Alexandre Dumas, The Three Musketeers, descreve uma época que se caracteriza, primor‑dialmente, por ter sido

A conflituosa.

B religiosa.

C contraditória.

D nobre.

E repressora.

QuEsTãO 63Conteúdo: Interpretação de textoC2 | H5A narrativa descreve a época como um período marcado por conflitos e guerras (“wars”) em razão de diversos motivos.

Questão 64

Disponível em: <http://allaboutallavolodina.com/author/AllaVolodina/>. Acesso em: 17 out. 2016.

Um cartão‑postal é a simplificação de uma carta. Ele possui dois lados e não necessita de envelope para ser postado. Ao ler o cartão‑postal de Sra. Stewart, descobrimos que ela espera que a pessoa para quem escreveu

A se inscreva em um curso no qual ela é professora.

B volte às aulas da professora no ano seguinte.

C lhe escreva um cartão‑postal de resposta.

D se sinta bem‑vindo em seu curso de literatura.

E traga o cartão‑postal para sua primeira aula.

QuEsTãO 64Conteúdo: Interpretação de textoC2 | H6No cartão-postal, Sra. Stewart deseja as boas-vindas aos estudantes que iniciarão o curso de alfabetização (“literacy”) que ela ministrará neste ano. Ela pede aos estudantes que tragam o cartão-postal escrito por ela para a primeira aula do curso.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 7

Questões de 61 a 64 (opção espanhol)

Questão 61

CRÓNICA De LA CIUDAD De SANTIAGo

Santiago de Chile muestra, como otras ciudades latinoamericanas, una imagen resplandeciente. A menos de un dólar por día, legiones de obreros le lustran la máscara.

En los barrios altos, se vive como en Miami, se vive en Miami, se miamiza la vida, ropa de plástico, comida de plástico, gente de plástico, mientras los vídeos y las computadoras se convierten en las perfectas contraseñas de la felicidad.

Pero cada vez son menos estos chilenos, y cada vez son más los otros chilenos, los subchilenos: la economía los maldice, la policía los corre y la cultura los niega.

Unos cuantos se hacen mendigos. Burlando las prohibiciones, se las arreglan para asomar bajo el semáforo rojo o en cualquier portal. Hay mendigos de todos los tamaños y colores, enteros y mutilados, sinceros y simulados: algunos en la desesperación total, caminando a la orilla de la locura, y otros luciendo caras retorcidas y manos tembleques por obra de mucho ensayo, profesionales admirables, verdaderos artistas del buen pedir.

En plena dictadura militar, el mejor de los mendigos chilenos era uno que conmovía diciendo:

— Soy civil.

GALEANO, Eduardo. el libro de los abrazos. Madrid: Siglo XXI, 1993. p. 23.

Essa crônica, que fala da cidade de Santiago, foi escrita por um famoso escritor uruguaio chamado Eduardo Galeano. Nela, o autor cria o vocábulo “subchileno” para se referir

A aos pedreiros que ganham menos de um dólar por dia para construir prédios modernos, casas de alto padrão e outras construções que transformam Santiago em uma cidade res‑plandecente.

B às pessoas que vivem nos chamados bairros altos e, por man‑terem uma vida de luxo e mais próxima da realidade de Miami que de Santiago, são acusadas de não ajudarem a manter a cultura chilena.

C à população mais pobre do Chile, que aumentava gradativamen‑te e vivia com pouco ou quase nenhum dinheiro, marginalizados pelo governo, pela polícia e negados pela própria cultura.

D aos mendigos que vivem de esmolas pedidas nos semáforos e em outros cantos da cidade, chamados pelo autor de artistas por saberem como pedir dinheiro nas ruas.

E aos civis, que, no auge da Ditadura Militar, eram esquecidos pelo governo e viviam de pedir esmolas nos semáforos de Santiago.

QuEsTãO 61Conteúdo: Interpretação de textoC2 | H7O autor utiliza o vocábulo “subchileno” para referir-se à população pobre do Chile que crescia cada vez mais naquele momento e vivia à margem da economia, fugidos da polícia e negados pela própria cultura.

Questão 62

¿CÓmo DARLe bATALLA AL AzúCAR?

¿misión imposible? Nada de eso. mirá estos consejos para

eliminar al “enemigo blanco” de nuestra alimentación.

[…]

Lo más complicado puede ser cambiar los hábitos de consumo; vivimos en un mundo con muchos alimentosindustrializados y casi todo lo que compramos en el súper tiene azúcar oculta. Podés empezar probando vos misma, simplemente eligiendo siempre lo natural y sumando consejos.

Reseteá tu paladar: lo mejor es arrancar con unos días de detox total, sin azúcar ni edulcorantes. Así vas a poder volver a un “punto cero” y sentir el sabor dulce en cosas que antes no te parecían dulces en lo más mínimo. “El brócoli, la batata o la calabaza me parecían postres de lo dulce que los sentía después de unos días de comer todo amargo”, cuenta Janine.

Buscá sustitutos: para los momentos de ansiedad, probá con quesos y frutos secos. Por ejemplo, Janine usa mucho las almendras con canela para el “metejón dulce”. Todo tiene un reemplazo, se trata de jugar e ir probando. Incluso la mayoría de los productos hoy tienen sus versiones sugar free: desde el chocolate hasta el dulce de leche y la crema de maní.

Incorporá algunos “permitidos”: una vez a la semana, no pasa nada si te tomás un recreíto y te das un gusto con un helado o una chocotorta. La clave está en que elijas mejor con qué cosas “zafarte”, porque, una vez que elimines el azúcar, tu cuerpo se va a sentir muy diferente cada vez que la consumas: “Cuando como un helado, me doy cuenta muy rápido del efecto adrenalínico que te da el azúcar. Empezará a ponerte eufórico,

es como un shot de energía”.

CASTAGNINO, María Eugenia. ¿Cómo darle batalla al azúcar? Revista ohlalá. Disponível em: <www.revistaohlala.com/1939074‑como‑darle‑batalla‑al‑azucar>. Acesso em: 20 set. 2016.

O texto fala de um tema muito atual: o consumo exagerado de açúcar, chamado de “inimigo branco” pela autora. Das alternativas a seguir é correto afirmar que deve‑se

A deixar de consumir os alimentos industrializados para consumir apenas produtos cujo rótulo afirme tratar‑se de um alimento à base de alimentos naturais.

B consumir durante alguns dias brócolis, batata e abóbora para “limpar” o paladar e passar a apreciar alimentos mais amargos.

C comer apenas produtos cujos rótulos indicam ser livres de açúcar, com amêndoas ou canela.

D buscar produtos mais naturais e sem adição de açúcar, e subs‑titutos para aqueles momentos em que sentimos vontade de comer um doce.

E deixar para consumir tortas doces e sorvetes apenas quando estiver com baixa adrenalina ou com falta de energia.

QuEsTãO 62Conteúdo: Interpretação de textoC2 | H6O texto dá dicas de como vencer a batalha contra o açúcar, entre elas, promover uma alimentação mais natural, livre de açúcar e substituindo os alimentos mais doces por outros mais saudáveis. Portanto, a alternativa correta é a d.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 8

Questão 63

NIK. Gaturro. Disponível em: <www.gocomics.com/espanol/gaturro/2016/09/15>. Acesso em: 20 set. 2016.

Ágatha, a amiga de Gaturro, fala que demitir funcionários que entram em greve é um dos princípios do Capitalismo selvagem, fase do Capitalismo na época da Revolução Industrial. Outra característica presente no quadrinho e que também podemos atribuir a esse sistema é

A a privação de benefícios e leis trabalhistas que regulamentassem o trabalho.

B a fiscalização de um proletariado das indústrias que observava a produção dos trabalhadores.

C a falta de estabelecimento de turnos, que obrigava os funcionários a trabalhar dia e noite, sem descanso.

D o surgimento de líderes sindicais, que tinham como função conduzir os demais trabalhadores para a realização de greves.

E a preocupação dos donos das indústrias em demitir funcionários treinados e ter de contratar novos funcionários que não conheciam o ofício.

QuEsTãO 63Conteúdo: Interpretação de texto verbal e não verbalC2 | H6O Capitalismo selvagem é a fase do Capitalismo da época da Primeira Revolução Industrial, no final do século XVIII, na qual se destacavam a falta de leis trabalhistas, as precárias condições de trabalho e nenhum benefício ao trabalhador, que dedicava muitas horas do dia à produção das indústrias a troco de um baixo salário, uma vez que os empregadores visavam ao lucro máximo. Das alternativas, apenas a a está presente no quadrinho de forma explícita.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 9

Questão 64

¿poR QUé bUSCAmoS SíNTomAS eN LA Web?

Google recibe 3000 millones de consultas por día de personas preocupadas por los resultados de un estudio; los médicos

dicen que esto es ineludible y hay que guiar al paciente

Al palparse un pequeño bulto cerca de la oreja, Laura fue de inmediato a buscar datos en la Web: “bolita cerca del oído”,

escribióenelbuscador.Derepentecomenzóallorar;losprimerosresultadosindicabanqueteníauntumor.Corrióalconsultorio

de su médico, que le indicó que se trataba de un quiste pequeño e inofensivo. Este diagnóstico fue corroborado luego por

dermatólogos y hasta cirujanos.

Similar es el caso de muchas personas que, por un dolor de cabeza que se prolonga durante varias horas o cualquier otro

síntoma inusual, empiezan a indagar sobre las posibles enfermedades que podrían estar sufriendo. Y es que, como explica el Dr.

Daniel Bogiaizian, presidente honorario de la Asociación Argentina de Trastornos por Ansiedad (AATA) y profesor de la Licenciatura

en Psicología en Fundación UADE, “los temas vinculados a la salud están en los primeros puestos de las preocupaciones de las

personas y uno de los modos de disminuir esta incertidumbre es buscando información”.

[…]

Los médicos manifiestan que el hecho de que los pacientes usen Internet para búsquedas relacionadas a salud es una realidad

que hay que asumir. Frente a esa realidad, Bogiaizian recomienda a los usuarios leer en sitios Web de asociaciones médicas o

instituciones especializadas en una problemática en particular.

Por su parte, Podestá Lecuona concluye: “La comunidad médica en su conjunto todavía se siente incómoda con esta realidad,

pero no podemos seguir negándola. Si creemos que la información es una aliada, sabremos guiar a nuestros pacientes en la

navegación de la Web para que consuman de sitios con contenidos confiables. Ahí está la clave”.

SLOTNISKY, Débora. ¿Por qué buscamos síntomas en la Web? La Nación, 24 set. 2016. Disponível em: <www.lanacion.com.ar/1940729‑por‑que‑buscamos‑sintomas‑en‑la‑web>. Acesso em: 10 nov. 2016.

O texto fala de uma atitude muito comum nos dias atuais: a busca de sintomas na internet. Diante desse fato, os médicos con‑sultados para a matéria jornalística indicam que

A os pacientes devem deixar de procurar os sintomas que sentem na internet porque ficam iludidos e não deixam ser guiados pelos médicos.

B já que é inevitável a procura de sintomas na internet, os médicos devem instruir seus pacientes a buscarem informação em sites confiáveis.

C os pacientes devem confiar apenas em seus médicos, uma vez que os sites da internet não apresentam informações corretas e deixam as pessoas ansiosas.

D na atualidade, a informação de sitesconfiáveisescritospormédicoséumaaliadadaMedicina,portanto;jáépossívelquepacientespossam se autodiagnosticar sem sair de casa.

E apesar de os médicos não gostarem que seus pacientes cheguem às consultas bem informados a respeito de seus sintomas, eles devem aceitar que a tecnologia é um caminho sem volta.

QuEsTãO 64Conteúdo: Interpretação de textoC2 | H6Com a facilidade de acesso à tecnologia e com milhares de sites, blogs e demais formas de postar opiniões e informações, é natural que as pessoas acabem buscando na inter-net os sintomas e os tratamentos para diversos sintomas, antes mesmo de procurar um médico. Como é impossível evitar essa busca de informações, os médicos consultados para a matéria explicam que o ideal, então, é que os especialistas comecem a orientar seus pacientes a procurarem conhecimentos em sites confiáveis, escritos por médicos.

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Questão 65

TexTo I

[...]

E estando Afonso Lopes, nosso piloto, em um daqueles navios

pequenos, por mandado do Capitão, por ser homem vivo e des‑

troparaisso,meteu-selogonoesquifeasondaroportodentro;

e tomou dois daqueles homens da terra, mancebos e de bons

corpos, que estavam numa almadia. Um deles trazia um arco e

seisousetesetas;enapraiaandavammuitoscomseusarcose

setas;masdenadalhesserviram.Trouxe-oslogo,jádenoite,ao

Capitão, em cuja nau foram recebidos com muito prazer e festa.

A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de

bons rostos e bons narizes, bem‑feitos. Andam nus, sem nenhuma

cobertura.Nemestimamdecobriroudemostrarsuasvergonhas;e

nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam

os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e

verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum

fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem‑nos

pelapartededentrodobeiço;eapartequelhesficaentreobeiço

e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte

que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.

Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de

tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa grandura e rapados

até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa,

de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas

de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui bas‑

ta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava

pegada aos cabelos, pena e pena, com uma confeição branda

como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava

mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais

lavagem para a levantar.

O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma ca‑

deira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço,

e aos pés uma alcatifa por estrado.

A carta de Pêro Vaz de Caminha. público. Disponível em: <www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a‑carta‑de‑pero‑vaz‑de‑caminha‑1627013>. Acesso em: 17 out. 2016.

TexTo II

Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se pas‑

sava uma cena curiosa. Em pé, no meio do espaço que formava

a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco de‑

cepado pelo raio, via‑se um índio na flor da idade. Uma simples

túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada

à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía‑lhe dos ombros

até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto

como um junco selvagem. Sobre a alvura diáfana do algodão, a

suapele,cordocobre,brilhavacomreflexosdourados;oscabelos

pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos

exterioreserguidosparaafronte;apupilanegra,móbil,cintilante;

a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos,

davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da

inteligência. Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual

se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que des‑

crevendo uma longa espiral, vinham rogar com as pontas negras

opescoçoflexível.Eradealtaestatura;tinhaasmãosdelicadas;a

perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca de frutos amarelos,

apoiava‑se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na

corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita calda, e

com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo

forcado de pau enegrecido pelo fogo. [...] Nesse instante erguia

a cabeça e fitava os olhos numa sebe de folhas que se elevava a

vinte passos de distância, e se agitava imperceptivelmente. Ali por

entre a folhagem, distinguiam‑se as ondulações felinas de um dorso

negro,brilhante,marchetadodepardo;àsvezesviam-sebrilharna

sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos

de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol. Era uma

onçaenorme;degarrasapoiadassobreumgrossoramodeárvore,

e pés suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando

o salto gigantesco. Batia os flancos com a larga cauda, e movia a

cabeça monstruosa, como procurando uma abertura entre a folha‑

gemparaarremessaropulo;umaespéciederisosardônicoeferoz

contraía‑lhe as negras mandíbulas, e mostrava a linha de dentes

amarelos;asventasdilatadasaspiravamfortementeepareciam

deleitar‑se já com o odor do sangue da vítima. O índio, sorrindo e

indolentemente encostado ao tronco seco, não perdia um só des‑

ses movimentos, e esperava o inimigo com a calma e serenidade

do homem que contempla uma cena agradável: apenas a fixidade

do olhar revelava um pensamento de defesa.

ALENCAR, José de. o Guarani.

Os dois textos apresentam um retrato do indígena inserido na natureza, porém o texto romântico se diferencia por

A fazer uma descrição baseada no contraste entre o português que o observa e o indígena, reforçando seu caráter selvagem.

B empregar com frequência metáforas e comparações, com o objetivo de caracterizar o indígena descrito por meio de elementos do universo do leitor.

C revestir o indígena com elementos da cultura civilizada, como vestuário e adereços, atribuindo‑lhe características e valores do europeu.

D ressaltar a beleza e a força física do indígena, que, integrado na natureza retratada, conhece e sabe lidar com seus perigos.

E mostrar a soberania cultural do indígena diante do português, fazendo uma crítica clara ao processo civilizatório.

QuEsTãO 65Conteúdos: Comparação de dois textos literários; Literatura Quinhentista; Romantis-mo; IndianismoC5 | H15Para a resposta adequada, o estudante deve, em primeiro lugar, identificar qual dentre os textos é o romântico; em seguida, tem de notar as diferenças entre a idealização do indígena na Literatura de Informação do século XVI e no Romantismo. A alternativa d indica com clareza os objetivos do indianismo romântico, expressos no trecho citado de O guarani.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 11

Questão 66

TexTo I

Sabemos que o desenvolvimento de lideranças femininas beneficia todo o mercado. Por isso, nós temos a meta de aumentar

o número de mulheres executivas em nossa empresa por todo mundo! Leia mais: http://www.pepsico.com.br/lideranca‑feminina.

Página da empresa PepsiCo Brasil, no site Facebook, 8 jul. 2016. Disponível em: <www.facebook.com/PepsiCoBrasil/photos/a. 160587110671941.40366.103802363017083/1141824049214904/?type=3&theater>. Acesso em: 17 out. 2016.

TexTo II

And

ré D

ahm

er

Ações afirmativas são projetos planejados por governos ou empresas no intuito de corrigir desigualdades presentes na sociedade. A empresa PepsiCo (Texto I) comunica uma dessas medidas em um de seus anúncios veiculado em uma rede social. A tirinha do Texto II busca produzir humor ao abordar um tema correlato ao do anúncio. Sob a enunciação desses diferentes discursos sobre o mesmo tema, é possível perceber a informação

A explícita de que a mulher não ocupa o mesmo lugar social do homem.

B explícita de que, no mercado de trabalho, os homens subjugam as mulheres.

C implícita de que as mulheres não ocupam o mesmo espaço social dos homens.

D implícita de que as mulheres estão ganhando o mercado de trabalho.

E implícita de que os homens se preocupam cada vez mais com os direitos da mulher.

QuEsTãO 66Conteúdo: Implícitos e subenten-didosC7 | H22A informação implícita é aquela que não está registrada de modo textual. Em registros diferentes percebe-se o mesmo problema social subjacen-te: as mulheres não ocupam o mes-mo lugar do homem na sociedade. Prova disso é a campanha para promover o empoderamento das mulheres – se isso é promovido é de se supor que exista um descom-passo entre a ascensão econômica das mulheres e a dos homens. A isso se deve somar o não dito da tirinha, que mulheres, de algum modo, poderiam ensinar (por exem-plo, por meio do feminismo) sobre respeito aos homens. De onde é possível concluir que há um déficit nesse respeito devido; logo, o espa-ço social entre homens e mulheres não está bem dividido.

Peps

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 12

Questão 67

GoVeRNo TemeR CRIA GRUpo De TRAbALho pARA

ReVISão Do SUS

Comissão entregará propostas para revisão do decreto que

dispõe sobre o SUS em 90 dias

O governo criou um grupo de trabalho para elaborar uma

proposta de revisão da legislação que coordena o SUS (Sistema

Único de Saúde), segundo resolução publicada no Diário Oficial

da União desta segunda‑feira (29).

A comissão, segundo a resolução datada de 16 de agosto,

será tripartite e formada por representantes do Departamento

de Articulação Interfederativa, do Departamento de Monitora‑

mento e Avaliação do SUS e da Secretaria Executiva da Co‑

missão Intergestores Tripartite.

O grupo terá ainda participação de representantes do Con‑

selho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional

de Secretarias Municipais de Saúde.

Segundo o texto, a comissão deverá entregar em 90 dias

as propostas para revisão do decreto no 7.508, de 28 de junho

de 2011, que dispõe sobre o SUS.

[...]

Governo Temer cria grupo de trabalho para revisão do SUS. R7 Notícias. Disponível em: <http://noticias.r7.com/brasil/governo‑temer‑cria‑grupo‑de‑trabalho‑para‑revisao‑do‑

sus‑29082016>. Acesso em: 17 out. 2016.

Na notícia, foram empregados muitos verbos conjugados no futuro. Como, em regra, as notícias tratam de acontecimentos passados, o mais comum é que os verbos sejam, nesse gênero, mantidos nos tempos pretéritos do modo indicativo. Entretanto, nesse caso, a razão de o jornalista ter optado pelo uso mais frequente dos verbos no futuro deveu‑se

A ao fato de a notícia ainda não ter acontecido.

B ao fato de haver incorreções linguísticas no gênero.

C ao fato de a comissão não ter começado seu trabalho.

D às incertezas sobre o trabalho promovido pela comissão.

E às suposições jornalísticas sobre a ação da comissão.

QuEsTãO 67Conteúdo: Interpretação de textoC7 | H21O evento noticiado já ocorrido foi a criação da comissão de revisão da legislação do SUS. A notícia lançou mão dos verbos no futuro para anunciar as ações futuras de que a comissão fora incumbida. Como a comissão não deu ainda início a seus trabalhos, os verbos no futuro do presente anteciparam para o leitor da notícia os trabalhos que serão exercidos pelo grupo de trabalho especial.

Questão 68

[...]

O uso ilícito de substâncias – medicamentos e hormônios

– como artifício para ganhar competições esportivas é muito

antigo. [...]

Ao mesmo tempo em que as substâncias e os fármacos

são aprimorados para passarem despercebidos nos exames

de urina e de sangue feitos nos atletas, os próprios métodos

de detecção também se sofisticam.

Assim, é difícil haver dúvida nos resultados, conforme

explica Jair Rodrigues Garcia Junior, professor do curso de

Educação Física da Universidade do Oeste Paulista (Unoes‑

te), ainda que algumas substâncias sejam parecidas com as

produzidas pelo corpo humano. “As mulheres, por exemplo,

também produzem hormônios masculinos, porém, em pequenas

quantidades. Quando elas usam esteroides para aumentar a

força muscular, os exames detectam a quantidade de hormônio

artificial no corpo, porque a excreção na urina é diferente da

natural”, afirma o professor.

[...]

COSTA, Renata. O que é doping esportivo? Nova escola. Disponível em: <http://novaescola.org.br/formacao/doping‑esportivo‑atleta‑campeonato‑492977.shtml>.

Acesso em: 9 ago. 2016.

Em cenários de grandes competições esportivas, é comum ser divulgado na mídia que alguns atletas foram pegos no exame antidoping. Tal exame possui relevância no esporte

A porque proíbe o uso de hormônios que auxiliam no desempe‑nho dos atletas.

B pois proporciona a verificação de uso de substâncias lícitas que potencializam a performance.

C porque propõe uma competição igualitária em qualquer mo‑dalidade, sem atletas dopados.

D porque mantém atualizada a lista de atletas que usam subs‑tâncias ilícitas, alertando os competidores.

E porque proporciona aos atletas de alta performance a melhoria do rendimento esportivo.

QuEsTãO 68Conteúdo: Atividade física e dopingC3 | H11O exame antidoping configura um controle rígido de substâncias usadas por atletas de alto rendimento. Esse exame ocorre por meio da urina, a qual é coletada e enviada para análise, verificando a presença de substâncias ilícitas. Ele garante que o atleta que tenha feito uso de drogas sintéticas para melhorar o desempenho não ganhe vantagem em relação aos demais atletas que não o fizeram, mas não tem poder de proibir o uso dessas substâncias.

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Questão 69

ENTENDA O ESPORTE

COmO TuDO COmEçOu

A primeira representação de um barco a remo foi descoberta na Finlândia e data de 5800 a.C., e a mais antiga regata de que

se tem registro aconteceu em Veneza, em 1274, quando competiram gondoleiros e barqueiros.

O esporte ingressou nos Jogos Olímpicos em Atenas 1896, mas teve a regata cancelada por conta do mar revolto. Quatro

anos depois, em Paris 1900, o torneio pôde enfim acontecer. O remo, então, entrou de vez no programa Olímpico. As mulheres

competem desde Montreal 1976.

SOBRE A COmPETIçÃO

São 14 eventos: oito para homens e seis para mulheres. Cada regata pode ter até seis barcos. As equipes avançam na

competição de acordo com o sistema definido pela Federação Internacional de Remo. A prova de 2 000 m é percorrida em linha

reta, com marcações a cada 250 m. Cada barco tem a sua própria raia, de 13,5 m de largura.

Figura curiosa no mundo do remo, o timoneiro atua como um técnico dentro do barco: orienta as táticas da equipe e dita o

ritmo da remada e a direção do barco, além de motivar os remadores e comunicar as posições dos adversários.

VOCÊ SABIA?

• A romena Elisabeta Lipa não é apenas considerada uma das

melhores remadoras da história, com oito medalhas Olímpicas

(cinco ouros, duas pratas e um bronze). Ela também é a detento‑

ra do recorde de tempo transcorrido entre a primeira e a última

medalhas: 20 anos, de Los Angeles 1984 a Atenas 2004.

• Em Melbourne 1956, o soviético Viktor Ivanov come‑

morou tanto a medalha de prata conquistada com o

companheiro de equipe Igor Buldakov que

a deixou cair no lago Wendouree. Após a

competição, meninos de uma escola

local saíram à procura da medalha.

Andrew Hemingway, de 13 anos, a

encontrou e devolveu ao campeão.

Guia do espectador: Remo. Disponível em: <https://smsprio2016-a.akamaihd.net/sport/-nM89E/rio2016_guia_espectador_%20jo_remo_pt.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2016.

Nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, o remo foi uma das modalidades disputadas na Lagoa Rodrigo de Freitas. Para que os interessados no esporte pudessem apreciá‑lo, o Comitê Olímpico publicou o guia do espectador, contendo várias informações. Segundo o trecho apresentado, o remo

A é citado como relativamente novo na história das Olimpíadas, ingressando no evento em 1976.

B é praticado por homens e mulheres em equipes com atletas mistos.

C quando coletivo, possui um timoneiro, responsável por ditar o ritmo da equipe.

D ocorre em regatas com percurso sinuoso de até dois quilômetros de extensão.

E possui quantidade igual de eventos para as modalidades masculina e feminina.

Questão 69Conteúdo: Esporte olímpico – RemoC3 | H9O remo é um esporte com tradição consolidada em Olimpíadas (mais de 100 anos). Esse esporte pode ser praticado em equipe, porém estas não são mistas, mas separadas em provas masculinas e femininas. O timoneiro é responsável por auxiliar a equipe ditando o ritmo das remadas. As regatas ocorrem em linha reta com percurso de dois quilômetros.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 14

Questão 70

ex-DepUTADo eDUARDo CUNhA é pReSo em

bRASíLIA e Tem R$ 220 mI bLoQUeADoS

O ex‑deputado Eduardo Cunha (PMDB‑RJ) foi preso nesta

quarta‑feira (19) em Brasília, seis dias depois de se tornar réu

na Operação Lava Jato, no Paraná. Ele foi detido nos arredores

de sua residência de Brasília, que fica na Asa Sul.

Também foi decretado o bloqueio de bens de Cunha no

valor de R$ 220.677.515,24.

Segundo a Polícia Federal, a prisão do deputado é pre‑

ventiva. Nessa modalidade, não há tempo determinado para

a prisão, e o réu pode ser mantido preso até seu julgamento ou

pelo período necessário para não atrapalhar as investigações.

Esse foi um dos argumentos do juiz Sergio Moro, responsá‑

vel pelos processos da Lava Jato, em seu despacho – ele afirma

que Eduardo Cunha mantinha poder suficiente para obstruir

investigações e intimidar potenciais testemunhas, apesar de

ter tido seu mandado cassado.

AMORIM,Felipe;PRAZERES,Leandro.Ex-deputadoEduardoCunhaépresoemBrasíliaetem R$ 220 mi bloqueados. UoL Notícias, 19 out. 2016. Disponível em:

<http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas‑noticias/2016/10/19/cunha‑e‑preso‑em‑brasilia.htm>. Acesso em: 08 nov. 2016.

Os gêneros discursivos são definidos por seu conteúdo, seu estilo e funções, todos organizados para cumprirem a situação comunicativa. Assim, há inúmeros gêneros textuais, como o manual de instrução, a bula de um remédio, uma crônica etc. O texto, então, pode ser classificado como

A notícia em relação ao gênero e narração em relação ao tipo.

B reportagem em relação ao gênero e descrição em relação ao tipo.

C informação em relação ao gênero e descrição em relação ao tipo.

D denúncia em relação ao gênero e injunção em relação ao tipo.

E reportagem em relação ao gênero e argumentação em relação ao tipo.

QuEsTãO 70Conteúdo: Gênero discursivo C6 | H18O gênero textual é a notícia – gênero curto que se ocupa com informações objetivas relacionadas ao tempo, lugar e razão das circunstâncias do acontecimento de um fato extraordinário. O gênero notícia costuma valer-se da tipologia narrativa para “contar” um fato.

Questão 71

TexTo I

A poesia trovadoresca se apresenta em dois gêneros essen‑

ciais: o lírico amoroso e o satírico. Em virtude da então unidade

linguística entre Portugal e a Galiza, o idioma empregado era

o galego‑português. As produções poéticas implicavam uma

estreita aliança entre a poesia, a música, o canto, a dança,

daí, o nome cantiga, sempre com acompanhamento musical,

mais precisamente, instrumentos de corda como: viola, alaúde,

harpa, saltério, entre outros.

SIBIN, Elizabete Arcalá. A poesia trovadoresca e suas relações com a literatura de cordel e a música contemporânea. Monografia para aperfeiçoamento/Especialização em

Letras. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2007.

TexTo II

Mal me tragedes, ai filha,

porque quer ‘ aver amigo

e pois eu com vosso medo

non o ei, nen é comigo,

no ajade‑la mia graça

e dê‑vos Deus, ai mia filha,

filha que vos assi faça,

filha que vos assi faça.

Sabedes ca sen amigo

nunca foi molher viçosa,

e, porque mi‑o non leixades

ver, mia filha fremosa,

no ajade‑la mia graça

e dê‑vos Deus, ai mia filha,

filha que vos assi faça,

filha que vos assi faça.Julião Bolseiro.

No trecho da cantiga de amigo, vista no Texto II, a

A temática do amor, modulada pela voz lírica feminina, espelha o cordel da atualidade.

B presença do refrão, comum em poemas trovadorescos, asse‑melha‑a à canção contemporânea.

C voz lírica feminina é um recurso resgatado nas letras das mú‑sicas do Tropicalismo brasileiro.

D conversa entre mãe e filha é característica de jograis profanos da Renascença na Europa.

E presença do eu lírico feminino só encontra equivalência nas árias de óperas do Romantismo italiano.

QuEsTãO 71Conteúdos: Trovadorismo; CançãoC6 | H18A alternativa correta é a b, em que o refrão é apresentado como estrutura comum à cantiga de amigo e à canção popular atual.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 15

Questão 72

Levando em consideração o gênero charge e sua intenção de provocar o humor, a ilustração trata

A da curiosidade do personagem em procurar prever o que a audiência espera de sua exposição pública.

B da aparente liberdade de expressão de que se desfruta na vida moderna e do medo diante da ampla repercussão e crítica do que é veiculado na mídia.

C do pânico do jovem em falar em público durante apresentações escolares, o que deve ser superado a fim de se ter um bom de‑sempenho curricular.

D da dificuldade de comunicação na atualidade, pela divergência de opiniões expressa nos meios de informação de massa.

E da falta de intimidade do ator iniciante com o público, que exige um desempenho adequado durante sua exposição.

Zero

QuEsTãO 72Conteúdos: Interpretação de texto; Gênero textual charge; Liberdade de expressãoC1 | H4Na leitura da charge, pelo número de microfones na mesa e pela posição intimidada do personagem, a única leitura possível, dentre as apresentadas nas alternativas, é a de que seu pronunciamento é alvo de inúmeros olhares e ouvidos censores ou interessados no discurso de quem se pronunciará, o que intimida a liberdade de expressão do personagem da charge.

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Questão 73

[...]

Seixas ajoelhou aos pés da noiva, tomou‑lhe as mãos que elanãoretirava;emodulouoseucantodeamor,essaodesu‑blime do coração que só as mulheres entendem, como somente as mães percebem o balbuciar do filho.

A moça com o talhe languidamente recostado no espaldar da cadeira, a fronte reclinada, os olhos coalhados em uma ternuramaviosa,escutavaasfalasdeseumarido;todaelaseembebia dos eflúvios de amor, de que ele a repassava com a palavra ardente, o olhar rendido, e o gesto apaixonado.

— É então verdade que me ama?

— Pois duvida, Aurélia?

— E amou‑me sempre, desde o primeiro dia que nos vimos?

— Não lho disse já?

— Então nunca amou a outra?

— Eu lhe juro Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de outra mulher, que não fosse a minha mãe. O meu primeiro beijo de amor, guardei‑o para minha esposa, para ti...

Soerguendo‑se para alcançar‑lhe a face, não viu Seixas a súbita mutação que se havia operado na fisionomia de sua noiva.

Aurélia estava lívida, e a sua beleza, radiante há pouco, se marmorizara.

— Ou para outra mais rica!... disse ela retraindo‑se para fugir ao beijo do marido, e afastando‑o com a ponta dos dedos.

A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e que parecia ringir‑lhe nos lábios como aço.

— Aurélia! Que significa isto?

— Representamos uma comédia, na qual ambos desem‑penhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na rea‑ lidadepormaistristequeelaseja;eresigne-secadaumaoqueé,eu,umamulhertraída;osenhor,umhomemvendido.

— Vendido! exclamou Seixas ferido dentro d’alma.

— Vendido sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica, soumilionária;precisavadeummarido,trasteindispensávelàsmulhereshonestas.Osenhorestavanomercado;comprei-o.Custou-mecemcontosderéis,foibarato;nãosefezvaler.Eudaria o dobro, o triplo, toda a minha riqueza por este momento.

Aurélia proferiu estas palavras desdobrando um papel, no qual Seixas reconheceu a obrigação por ele passada ao Lemos.

Não se pode exprimir o sarcasmo que salpicava dos lábios damoça;nemaindignaçãoquevazavadessaalmaprofun‑damente revolta, no olhar implacável com que ela flagelava o semblante do marido.

Seixas, trespassado pelo cruel insulto, arremessado do êxtase da felicidade a esse abismo de humilhação, a prin‑

cípio ficara atônito. Depois quando os assomos da irritação vinham sublevando‑lhe a alma, recalcou‑os esse poderoso sentimento do respeito à mulher, que raro abandona o homem de fina educação.

Penetrado da impossibilidade de retribuir o ultraje à se‑nhora a quem havia amado, escutava imóvel, cogitando no quelhecumpriafazer;sematá-laaela,ematar-seasi,oumatar a ambos.

Aurélia como se lhe adivinhasse o pensamento, esteve por algum tempo afrontando‑o com inexorável desprezo.

— Agora, meu marido, se quer saber a razão por que o com‑preidepreferênciaaqualqueroutro,voudizê-la;epeçoquenão me interrompa. Deixei‑me vazar o que tenho dentro desta alma, e que há um ano a está amargurando e consumindo.

A moça apontou a Seixas uma cadeira próxima.

— Sente‑se meu marido.

Com que tom acerbo e excruciante lançou a moça esta frase meu marido, que nos seus lábios ríspidos acerava‑se como um dardo ervado de cáustica ironia!

Seixas sentou‑se.

Dominava‑o a estranha fascinação dessa mulher, e ainda mais a situação incrível a que fora arrastado.

[...]

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: FTD, 2010. p. 97‑99.

O romance Senhora, de José de Alencar, apresenta uma te‑mática diferenciada dos romances precedentes do autor e é considerado uma obra que prenuncia traços característicos do Realismo, sem ainda deixar o Romantismo, pois

A retrata com objetividade o casamento de conveniência entre Aurélia Camargo e Fernando Seixas, que, ao contrário do que é comum no Romantismo, acaba com um final infeliz e a se‑paração do casal.

B apresenta personagens movidos pela ambição e pelo desejo de vingança, e que não se redimem aos sentimentos românti‑cos, como ocorre em Lucíola, e terminam sem seus objetivos satisfeitos.

C utiliza recursos narrativos que antecipam o diálogo machadiano com o leitor, a descrição não idealizada dos personagens e o retrato urbano da cidade do Rio de Janeiro e de seus meca‑nismos sociais.

D dramatiza uma relação amorosa na qual quem dá as cartas é o personagem feminino, que tem o poder de escolha e articula um casamento por interesse com a finalidade de retribuir o desprezo que sofreu no passado.

E insere uma crítica social ao casamento de conveniência e ao poder de mercado instituído como um valor burguês nas rela‑ções afetivas, mas ainda mantém características românticas, como a redenção amorosa no final do romance.

QuEsTãO 73Conteúdos: Romantismo; José de Alencar; Romance urbanoC1 | H4O romance Senhora antecipa o retrato não idealizado da sociedade e a crítica a ar-ranjos de conveniência, como o casamento por interesse. No entanto, predominam no texto de Alencar as características do Romantismo, como a idealização amorosa.

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Questão 74

CIDADe DA ISLâNDIA ApAGA AS LUzeS e ReALçA

AURoRA boReAL

Internautas registraram lindas imagens nas redes sociais

O espetáculo da aurora boreal pôde ser contemplado com

mais clareza em Reykjavik, na Islândia, na noite de quarta‑feira,

quando as autoridades apagaram por uma hora a iluminação

pública das ruas da capital islandesa.

Entre 22h e 23h de quarta‑feira, moradores da cidade apro‑

veitaram para registrar imagens das Luzes do Norte, resultado

da energia liberada após o choque de partículas das tempes‑

tades solares com as moléculas de gás da atmosfera. A dança

das cores é provocada pelos ventos.

“Os moradores estão convidados a apagar as luzes de

casa, de modo a maximizar a escuridão e minimizar a poluição

luminosa”, dizia o comunicado emitido pelo governo local.

Internautas postaram nas redes sociais fotos do espetáculo

de luzes cortando o céu da capital islandesa.

Cidade da Islândia apaga as luzes e realça aurora boreal. Veja.com, 30 set. 2016. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/mundo/cidade‑da‑islandia‑apaga‑as‑luzes‑e‑realca‑

aurora‑boreal/>. Acesso em: 17 out. 2016.

O gênero notícia procura, por meio de sua linguagem direta e objetiva, ater‑se aos fatos, evitando as impressões pessoais do jornalista que escreve sobre o assunto. Entretanto, a notícia nem sempre é apresentada dessa forma. Por meio de modalizadores linguísticos, manifesta‑se o sujeito por trás dos relatos noticia‑dos. Na notícia lida, evidencia‑se o posicionamento pessoal do jornalista

A na expressão “com mais clareza”, uma vez que o evento não é claro para todos.

B quando ele entrevista os moradores, pois estes emitem sem reservas suas opiniões.

C quando ele diz que internautas postam nas redes sociais fotos do fenômeno, pois há fuga do tema da notícia.

D ao explicar o fenômeno da aurora boreal usando terminologia científica para descrevê‑lo.

E na escolha de palavras para noticiar o fenômeno, como, por exemplo, espetáculo.

QuEsTãO 74Conteúdo: Gênero discursivo C7 | H21O modalizador, muito comum em advérbios e adjetivos, nessa notícia figura como um substantivo. Ao classificar o fenômeno meteorológico como espetáculo, evidencia-se a impressão pessoal do jornalista sobre o fato, afastando a parcialidade diante do evento noticiado.

Questão 75

Você sabia que depois de 12 a 24 horas sem fumar, seus

pulmões começam a funcionar melhor? Conheça o tratamento

dotabagismo:http://goo.gl/tZFzv2

Página da empresa Caloi no site Facebook, 29 ago. 2016. Disponível em: <www.facebook.com/MovimentoCaloi/photos/a.230876196938151.81325.225124177513353/1481720428520

382/?type=3&theater>. Acesso em: 17 out. 2016.

Com a finalidade de associar seu produto a uma causa nobre – o combate ao fumo –, a empresa Caloi veiculou em sua página no Facebook um anúncio que relaciona sua marca à promoção dessa causa de saúde pública. A frase da peça publicitária, que relaciona a imagem ao combate contra o tabagismo, é “Guarde seu fôlego para subida”. A relação implícita entre a imagem, a frase e o tabagismo diz respeito a (à)

A cortar os gastos com o cigarro para poder comprar uma bicicleta.

B palavra subida, que faz referência à vitória contra o vício do tabagismo.

C subida, que representa o desafio da vida contra o vício do tabagismo.

D palavra fôlego, que alude à dificuldade de respiração comum no tabagismo.

E natureza, contraposta à ideia do mau hábito urbano de fumar.

QuEsTãO 75Conteúdo: Implícito e subentendido C7 | H24A frase principal do anúncio sugere que o fôlego – a capacidade cardiorrespiratória – seja utilizado para uma prática esportiva saudável, como a que se tem quando se pratica o esporte relacionado ao produto da marca que anuncia. A relação implícita do fôlego com o cigarro encontra-se no fato de que é sabido que o cigarro provoca, como advertido nas próprias embalagens, insuficiência respiratória. A frase, então, propõe ao consumidor que seu fôlego será mais bem gasto, ou aproveitado, se for em benefício de sua saúde.

Cal

oi

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 18

Questão 76

[...]

mC É verdade que sua equipe te chama de “general”?

pL Vejo a produção como um exército. Frescura quem tem

é artista [risos]. Não engano ninguém, falo as coisas como

são. Tem gente que dá valor a isso. Outros são mais sensíveis

e podem me achar meio grosseira. Lembro quando comecei a

trabalhar com a [cantora] Teresa [Cristina], ela chorava muito.

Hoje em dia, antes de começar a chorar, ela ri [risos]. Já o

Caetano é um exemplo diferente. Uma das coisas que ele mais

gosta em mim é saber que falo a verdade. As pessoas puxam

muito o saco dele.

mC Você manda no Caetano?

pL Mando nas coisas que o Caetano não liga: dinheiro, vida

prática. Vai ver se sou pai dos filhos dele... Não sou.

mC Como é reatar um relacionamento dez anos depois?

pL Parece que nunca teve separação, sabia? Caetano falou:

“A separação não deu certo, a gente tentou” [risos]. Você vai

ficando mais velho e tem uma coisa que começa a valer muito,

que é a intimidade. Depois de certa idade, a gente não suporta

a expectativa de um relacionamento. Casamento é projeto de

vida, é um objetivo em comum.

[...]

NEVES, Maria Laura. “Detesto receber ordens”, conta Paula Lavigne em entrevista rara. Revista marie Claire, 30 set. 2016. Disponível em: <http://revistamarieclaire.globo.com/

Celebridades/noticia/2016/09/detesto‑receber‑ordens‑conta‑paula‑lavigne‑em‑entrevista‑rara.html>. Acesso em: 17 out. 2016.

Textos escritos produzidos com base em uma situação comu‑nicativa oral, como é o caso da entrevista, sofrem limitações comunicativas, uma vez que o leitor não tem acesso a impor‑tantes fontes extraídas da simples observação das expressões, entonações de voz e gestos do(a) entrevistado(a). Em uma tentativa de reduzir essas limitações do texto oral pelo texto escrito, a revista que publicou o trecho selecionado

A reproduziu a linguagem coloquial da entrevistada.

B reproduziu a citação que Lavigne fez de Caetano.

C empregou colchetes para reproduzir as risadas de Lavigne.

D dividiu a entrevista no formato “perguntas e respostas”.

E usou as iniciais da entrevistada e da própria publicação.

QuEsTãO 76Conteúdo: Oralidade e escrita C8 | H26Dos enumerados nas assertivas, o único recurso utilizado pela revista que se propõe a reconstruir a situação comunicativa oral de maneira mais vívida é a opção c, que aponta para a reprodução das risadas – situação de comunicação oral – comumente não explicitada na linguagem escrita.

Questão 77

UmA CANção

Minha terra não tem palmeiras...

E em vez de um mero sabiá,

Cantam aves invisíveis

[...]

QUINTANA, Mario. mario Quintana: poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.

O nacionalismo romântico foi objeto de releitura por poetas modernos e contemporâneos, como nesse poema de Mario Quintana, com o objetivo de

A revisar criticamente o discurso idealizado da nação, feito no período imediatamente após a independência, e expor a de‑gradação constante da natureza.

B homenagear Gonçalves Dias e eleger a “Canção do exílio” como o grande poema nacional, que retrata com fidelidade as grandezas e os recursos naturais do país.

C apontar a visão deturpada da literatura nacionalista preceden‑te, propondo, assim, a ruptura com nosso passado cultural e a adesão permanente às vanguardas europeias.

D parodiar de forma cômica os textos fundadores do Roman‑tismo, com finalidade puramente estética, sem a intenção de apresentar uma revisão dos valores nacionais.

E retomar os preceitos românticos e os ideais pátrios, a fim de valorizar a unidade nacional diante da fragmentação do mundo e do ser humano no período pós‑guerra.

QuEsTãO 77Conteúdos: Inferência entre textos literários; Romantismo; “Canção do exílio”; Poesia contemporâneaC6 | H20A questão leva em consideração o conhecimento prévio do estudante sobre a “Can-ção do exílio”, de Gonçalves Dias, e suas diversas releituras, partindo da leitura de versos de Mario Quintana. Dessa forma, a alternativa a é a única que reúne o aspecto de revisão e de crítica do discurso romântico, que teve o mérito de cantar a pátria e suas belezas, mas o fez de forma idealizada e não condizente com a realidade obser-vada na modernidade.

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Questão 78

[...]

Eu decidi que eu era uma feminista. Isso não parecia com‑

plicado pra mim. Mas minhas pesquisas recentes mostraram

que feminismo virou uma palavra não muito popular. Aparente‑

mente, eu estou entre as mulheres que são vistas como muito

fortes, muito agressivas, anti‑homens, não atraentes.

Por que essa palavra se tornou tão impopular?

Eu sou da Inglaterra e eu acho que é direito que me paguem o

mesmo tanto que meus colegas de trabalho do sexo masculino. [...].

Eu acho que é direito que mulheres estejam envolvidas e me repre‑

sentando em políticas e decisões tomadas no meu país. Eu acho que

é direito que socialmente, eu receba o mesmo respeito que homens.

Mas infelizmente, eu posso dizer que não existe nenhum país no

mundo em que todas as mulheres possam esperar ver esses direitos.

[...]

Confira a tradução do discurso feminista realizado por Emma Watson em evento da ONU. Literatortura. Disponível em: <http://literatortura.com/2014/09/confira‑traducao‑discurso‑

feminista‑realizado‑por‑emma‑watson‑em‑evento‑da‑onu/>. Acesso em: 17 out. 2016.

O fragmento apresentado faz parte do discurso de Emma Wat‑son, atriz britânica, em evento celebrado na ONU em setembro de 2014. Na transcrição para o registro escrito do discurso da atriz, permanece como evidência da origem oral desse discurso

A a ausência do uso dos dois pontos e do travessão para indicar o discurso direto.

B a utilização de perguntas retóricas para captar a atenção dos ouvintes.

C o tema do discurso, pelo qual a atriz parece ter uma predileção especial.

D a desorganização das ideias, apresentadas na escrita de modo mais coeso.

E o uso reiterado do pronome pessoal reto “eu”, típico da lingua‑gem falada.

QuEsTãO 78Conteúdo: Oralidade e escritaC8 | H27A marca de oralidade que se divisa com mais nitidez no discurso da atriz é a repetição frequente do pronome “eu”, muito comum na fala, na qual a revisão das repetições não é possível como em um texto escrito.

Questão 79

DeGRAVAção De áUDIo

Degravação nada mais é do que o jargão utilizado pela

polícia e por parte do meio jurídico para se referir à versão

escrita de qualquer conteúdo de áudio e/ou vídeo.

[...]

Degravação normalmente significa a reprodução, incluindo

a forma que a pessoa falou, do áudio em texto. Assim, erros de

português são reproduzidos, por exemplo. Essa modalidade

também é conhecida como transcrição “ipsis litteris”, que em

latim quer dizer “literalmente”. É por isso que muitas vezes

esse tipo de serviço também é chamado de transcrição literal.

Aham, uhumInterjeiçãodeafirmação; concordância

ÃhnInterjeição de dúvida, incompreensão ou pensando

HãInterjeição que exprime que o interlocutor aguarda a continuidade da fala da outra pessoa

(risos) Risada

TEXTO EM CAIXA‑ALTA

Palavra ou expressão pronunciada com ênfase

Hífen Palavra dita de modo silábico

O que é degravação? Transcrito Já. Disponível em: <www.transcritoja.com/o‑que‑e‑degravacao/>.

Acesso em: 17 out. 2016. Texto adaptado.

O texto foi extraído do site de uma empresa que presta servi‑ços de transcrição de áudios e vídeos para a forma escrita da língua. A tabela de elementos sonoros apresentados no final do texto apresenta o item “hífen” que, além do seu uso comum, será utilizado nos serviços da empresa quando

A houver necessidade de destacar a ênfase do falante a deter‑minada palavra.

B houver a necessidade de separar palavras no final de linhas de transcrição.

C o falante anunciar que as sílabas das palavras devem ser se‑paradas.

D o transcrevente não compreender exatamente o significado da palavra.

E o falante mostrar hesitação e insegurança em dizer determi‑nada palavra.

QuEsTãO 79Conteúdos: Oralidade e escrita; Gênero discursivo C9 | H29Palavras ditas de modo silábico pelo falante são as palavras que ele frisou destaque em sua enunciação. Dizer silabicamente é recurso de oralidade usado pelo falante para fins de ênfase no que diz.

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Questão 80

NAzISmo é UmA QUeSTão poLÊmICA, meLhoR Não opINAR

Hoje a gente vai falar sobre a SUPOSTA escravidão que

teria ocorrido no Brasil no século 19.

Oi, Marquinho? Por que “suposta”? Porque há controvér‑

sias, há quem prefira chamar de mão de obra gratuita, e se eu

chamar de escravidão, eu vou estar tomando partido contra a

escravidão, e eu sou professora, não to aqui pra tomar partido.

[...] Não sou paga para ter opinião.

Não, nem sobre o nazismo, Jessica. Sim, ALGUNS historia‑

dores afirmariam que teria acontecido um SUPOSTO Holocaus‑

to e que talvez tenha morrido muita gente, mas se eu disser

que aconteceu, ou que foi ruim, eu vou estar tomando partido

contra o nazismo, e eu não sou louca de fazer isso, porque se

eu tomar partido eu perco meu emprego.

DUVIVIER, Gregório. Nazismo é uma questão polêmica, melhor não opinar. folha de S.paulo, 15 set. 2016. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/colunas/

gregorioduvivier/2016/08/1802849‑nazismo‑e‑uma‑questao‑polemica‑melhor‑nao‑opinar.shtml>. Acesso em: 17 out. 2016.

Na crônica, o autor apresenta a caricatura de uma professora que ensina seus estudantes sem envolvimento pessoal com os temas abordados. A fim de mostrar imparcialidade, a educadora lança mão de um recurso linguístico, que trata como prováveis duas hipóteses sobre determinado fato histórico. O recurso da língua empregado para isso é a utilização de

A seguidas locuções verbais em suas explicações.

B frases curtas e objetivas nas respostas dadas.

C pronomes indefinidos que generalizam as ideias.

D conjunções que apresentam uma condição.

E metalinguagens que explicam seu discurso.

QuEsTãO 80Conteúdo: As conjunções e as relações lógico-semânticas entre oraçõesC7 | H24É por meio do uso das conjunções condicionais – exclusivamente o “se” – que a professora apresenta os dois lados dos fatos históricos pretextando imparcialidade. Observe o exemplo: “Se foi golpe ou revolução? Se você é de esquerda foi golpe, se é de direita revolução.” A conjunção condicional une as frases e as orações, apresen-tando as hipóteses contempladas pela professora em seu discurso.

Questão 81

foRA De SI

eu fico louco

eu fico fora de si [...]

ANTUNES, Arnaldo. fora de si. Disponível em: <www.arnaldoantunes.com.br/new/sec_discografia_sel.php?id=24>. Acesso em: 17 out. 2016.

“Fora de si” é uma canção do compositor paulistano Arnaldo Antunes. Nela, o eu lírico canta em primeira pessoa a experiên‑cia da loucura. Por meio dos dois primeiros versos da canção, transcritos, é possível observar, em relação à norma culta da língua, incorreções no que diz respeito ao uso dos pronomes que fazem referência às pessoas do discurso. O desvio da norma é, entretanto, proposital: o autor da letra pretendeu, por meio da estranha combinação entre os pronomes

A tornar o eu lírico enigmático para o leitor.

B sugerir a ausência de consciência ou de razão do eu lírico.

C dar novo significado aos pronomes “eu”, “mim”, “si” e “nin‑guém”.

D enfatizar sua própria experiência pessoal com a loucura.

E criar efeitos sonoros sem maiores preocupações semânticas.

QuEsTãO 81Conteúdo: Empregos do pronome reto e oblíquoC5 | H16Arnaldo Antunes, ao misturar o pronome reto de primeira pessoa (eu) com o pro-nome oblíquo de terceira pessoa (si), enfatiza o estado de espírito do eu lírico, que se encontra fora de si. A correção gramatical preconiza que o enunciado deveria ser escrito da seguinte maneira: “Eu fico louco, eu fico fora de mim”. Ao substituir o pronome “mim”, que concorda com o pronome “eu”, pelo pronome “si”, o autor sublinha a perturbação mental do eu poético, que se encontra tão fora de si que a própria enunciação de seu discurso reflete isso.

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Questão 82

mARAbá

Eu vivo sozinha, ninguém me procura!

Acaso feitura

Não sou de Tupá!

Se algum dentre os homens de mim não se esconde:

— “Tu és”, me responde,

“Tu és Marabá!”

— Meus olhos são garços, são cor das safiras,

—Têmluzdasestrelas,têmmeigobrilhar;

— Imitam as nuvens de um céu anilado,

— As cores imitam das vagas do mar!

Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:

“Teus olhos são garços”,

Responde anojado, “mas és Marabá:

“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,

“Uns olhos fulgentes,

“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!”

— É alvo meu rosto da alvura dos lírios,

—Dacordasareiasbatidasdomar;

— As aves mais brancas, as conchas mais puras

— Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.

Se ainda me escuta meus agros delírios:

— “És alva de lírios”,

Sorrindo responde, “mas és Marabá:

“Quero antes um rosto de jambo corado,

“Um rosto crestado

“Do sol do deserto, não flor de cajá.”

— Meu colo de leve se encurva engraçado,

—Comohásteapendentedocáctusemflor;

— Mimosa, indolente, resvalo no prado,

— Como um soluçado suspiro de amor! —

“Eu amo a estatura flexível, ligeira,

Qual duma palmeira”,

Entãomerespondem;“tuésMarabá:

“Quero antes o colo da ema orgulhosa,

Que pisa vaidosa,

“Que as flóreas campinas governa, onde está.”

— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,

—Ooiromaispuronãotemseufulgor;

— As brisas nos bosques de os ver se enamoram

— De os ver tão formosos como um beija‑flor!

Mas eles respondem: “Teus longos cabelos,

“São loiros, são belos,

“Massãoanelados;tuésMarabá:

“Quero antes cabelos, bem lisos, corridos,

“Cabelos compridos,

“Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá.”__________

E as doces palavras que eu tinha cá dentro

A quem nas direi?

O ramo d’acácia na fronte de um homem

Jamais cingirei:

Jamais um guerreiro da minha arazoia

Me desprenderá:

Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,

Que sou Marabá!

DIAS, Gonçalves. Marabá. In: MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. 20. ed. São Paulo: Cultrix, 2012. p. 131‑132.

O poema “Marabá”, de Gonçalves Dias, insere‑se na poesia lírica indianista da primeira fase do Romantismo brasileiro. Considera‑dos o contexto e as características do período presentes nessa obra, a melancolia do eu lírico feminino desse poema se explica

A pela forma como a lírica de Gonçalves Dias é marcada pelo mal do século e pela temática do amor idealizado.

B pela evasão da realidade típica da primeira geração da poesia romântica brasileira.

C pela exclusão social sofrida pelo indígena durante o período da formação da nacionalidade brasileira.

D pela rivalidade e impedimento tácito de relacionamento entre indivíduos de tribos de etnias diferentes.

E pelas origens mestiças do eu lírico feminino, filha de europeu com indígena, e que sofre rejeição da tribo local.

QuEsTãO 82Conteúdos: Primeira Fase da poesia romântica; Indianismo; Gonçalves DiasC4 | H13Para a resposta adequada, o estudante deve depreender o sentido do título do poema e compreender, pela leitura dos versos e conhecimento da obra de Gonçalves Dias, que a melancolia do eu lírico feminino provém de sua condição de mameluco. Dessa forma, a voz feminina expressa seu sofrimento por carregar em seu semblante as marcas do povo europeu que a distinguem do povo indígena, com o qual se identifica e ao qual se sente pertencente.

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Questão 83

CAçAmbA TombA em CASA De empReSáRIo ApÓS

pNeU Se SoLTAR

Uma caçamba tombou nesta segunda‑feira, 19, em uma

residência no bairro São Cristóvão, na cidade de Palmeira dos

Índios, agreste alagoano, após o pneu do veículo estourar.

O veículo transportava manivas de mandioca – de acordo

com o motorista – da cidade de Coité do Noia, agreste ala‑

goano, para a cidade de Bom Conselho, em Pernambuco.

“Eu estava dormindo no momento do acidente e me acordei

com o barulho sem saber o que estava acontecendo”, destacou

omoradorconhecidocomoZéMaria.

[...]

Caçamba tomba em casa de empresário após pneu se soltar. Alagoas 24 horas, 20 set. 2016. Disponível em: <www.alagoas24horas.com.br/1003031/cacamba‑tomba‑em‑casa‑de‑

empresario‑apos‑pneu‑se‑soltar>. Acesso em: 7 nov. 2016.

Variantes linguísticas regionais são hábitos locais de uso da língua que resultam em organização sintática e escolhas lexi‑cais diferentes da variante que foi estabelecida como norma padrão. Na notícia, há variações linguísticas regionais evidentes na escolha das palavras e na organização sintática da frase. Isso se dá, respectivamente, nos casos

A dos nomes das localidades e na expressão “para a cidade de...”.

B da palavra “Noia” e da expressão “o que estava acontecendo”.

C da palavra “agreste” e da expressão “uma caçamba tombou”.

D da palavra “manivas” e da expressão “e me acordei”.

E donome“ZéMaria”edaexpressão“umacaçambatombou”.

QuEsTãO 83Conteúdo: Variação linguística C8 | H25A palavra “maniva” alude ao talo da mandioca e é comumente utilizada por produ-tores rurais dessa região. A ênfase dada pela notícia, destacada entre travessões, de que seu uso foi feito pelo motorista já dá pistas de que se trata de palavra que exorbita o contexto urbano. Já a expressão “e me acordei” sugere uma organização sintática de colocação pronominal estranha ao uso mais frequente do verbo “acordar”, que é intransitivo e, portanto, não exige pronome.

Questão 84

mãe De CARLINhoS DIz QUe ex-mARIDo TeRIA SIDo

SoLTo e poDe eSTAR Com fILho

O Caso Carlinhos, garoto de 8 anos levado pelo pai, o

empresário Carlos Attias, em dezembro de 2015, sofreu uma

reviravolta na noite desta sexta‑feira (16). No caminho para

buscar o filho em Buenos Aires, na Argentina, após a prisão

do pai, a fisioterapeuta Cláudia Boudoux, mãe da criança,

recebeu a notícia de que o ex‑marido teria sido solto e existe

a possibilidade de Carlinhos ser devolvido para ele. Ela gravou

um vídeo para pedir ajuda.

Em entrevista ao G1 pelo telefone, Cláudia informou que

recebeu a notícia no final da tarde desta sexta‑feira, quando

desembarcou em São Paulo. “Uma delegada da Polícia Federal

me ligou e disse para eu ser forte antes de me avisar que o pai

de Carlinhos não estava mais preso, que a Justiça argentina

tinha liberado ele e que provavelmente meu filho voltaria para

ele. Quase desmaiei de tanta dor”, contou.

Mãe de Carlinhos diz que ex‑marido teria sido solto e pode estar com filho. G1 pe, 16 set. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2016/09/mae‑de‑carlinhos‑

diz‑que‑garoto‑pode‑voltar‑para‑o‑pai‑que‑foi‑solto.html>. Acesso em: 8 nov. 2016.

Ao optar pela locução verbal “teria sido”, com o verbo auxiliar no futuro do pretérito, no título da notícia, o jornalista

A aparenta duvidar da versão oferecida pela mãe da vítima.

B dá pistas de que foi omisso na investigação dos fatos narrados.

C revela a certeza de que o policial teria agredido o adolescente.

D foi prudente pois não estava totalmente a par do que de fato havia acontecido.

E não deixa aberta a possibilidade de ter havido a soltura do empresário Carlos Attias.

QuEsTãO 84Conteúdo: Estudo de modalizadores e expressões de estilo em fórmulas textuaisC7 | H23Os verbos no futuro do pretérito em casos como esse, no gênero notícia, são utiliza-dos como modalizadores linguísticos a fim de evitar julgamentos precipitados, uma vez que não há total certeza da veracidade do ocorrido.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 23

Questão 85

TexTo I

ADoRmeCIDA

Uma noite, eu me lembro... Ela dormia

Numa rede encostada molemente...

Quase aberto o roupão... solto o cabelo

E o pé descalço do tapete rente.

‘Stava aberta a janela. Um cheiro agreste

Exalavam as silvas da campina...

E ao longe, num pedaço de horizonte,

Via‑se a noite plácida e divina.

De um jasmineiro os galhos encurvados,

Indiscretos entravam pela sala,

E de leve oscilando ao tom das auras,

Iam na face trêmulos – beijá‑la.

Era um quadro celeste!... A cada afago

Mesmo em sonhos a moça estremecia...

Quando ela serenava... a flor beijava‑a...

Quando ela ia beijar‑lhe... a flor fugia...

[...]

Eu, fitando esta cena, repetia

Naquela noite lânguida e sentida:

“Ó flor! – tu és a virgem das campinas!

“Virgem! – tu és a flor da minha vida!...”

ALVES, Castro. Adormecida. In: ________. espumas flutuantes. São Paulo:

Ateliê Editorial, 1997. p. 138‑139.

TexTo II

o LADo De foRA

[...]

A moça de meus cuidados,

mas de mim tão descuidada,

surge, camélia ridente.

Finjo ser indiferente.

[...]

Nem me vê. Não me verá.

Cada pétala de seda

do seu todo natural

me faz delicioso mal.

Não tem sentido, ou tem muito,

esperar por duas horas

que ela saia do cinema

como sai, de mim, o poema.

[...]

ANDRADE, Carlos Drummond de. O lado de fora. In: ________. Nova reunião: 23 livros de poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 746.

Os textos I e II são poemas de épocas literárias diferentes, mas, em ambos, o eu lírico exprime‑se como o observador de uma mulher que ele ama de longe. Entre as diferenças que se podem observar entre o texto romântico e o poema modernista, do ponto de vista da linguagem, se destaca(m)

A o trabalho com as rimas no poema romântico e a presença de versos brancos no texto modernista.

B o emprego de metáforas em “Adormecida”, ausentes no trecho citado de “O lado de fora”.

C a metalinguagem sobre o fazer poético, presente apenas no poema modernista.

D o efeito catártico da visão da amada, presente apenas no texto de Castro Alves.

E a predominância da descrição sobre a narração no poema romântico, ao contrário do poema modernista.

Questão 86

A charge foi publicada por Duke quando se discutia, em 2013, a redução da maioridade penal. A expressão “de menor” gra‑fada entre aspas indica a consciência do chargista em relação

A à necessidade de alteração da idade penal.

B ao uso de uma expressão incorreta.

C a um uso coloquial de uma expressão.

D à necessidade da manutenção da idade penal.

E ao modo irônico de se pronunciar do personagem.

QuEsTãO 85Conteúdo: Interpretação de texto; Comparação entre dois textosC4 | H12No último verso citado, o poema de Drummond aproxima o objeto de seu poema, a mulher amada e observada, do seu fazer poético; tanto a visão da figura feminina, saindo do cinema, quanto o poema, que sai do poeta, são objetos de ansiosas duas horas de atento trabalho mental. No poema romântico de Castro Alves, o eu lírico é apenas um amante observador, não fazendo referências à fatura da poesia.

QuEsTãO 86Conteúdo: Variação linguísticaC8 | H27A expressão “de menor” corresponde a uma variação linguística popular que se afas-ta do preconizado pela norma culta, que recomenda apenas “menor”; portanto, é um recurso de comunicação coloquial que pode revelar o caráter informal de um evento conversacional.

Duk

e

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 24

Questão 87

NASCe DAVI, pRImeIRo fILho Do SeRTANeJo JoRGe

Nasceu na manhã desta terça‑feira (20), o pequeno Davi, primeiro filho do sertanejo Jorge, da dupla com Mateus.

A esposa do músico, Ina Freitas, usou as redes sociais para divulgar a notícia: “Dia 20/09/2016 às 07:10 nasceu o grande

Amor da nossa vida. Davi Freitas Barcelos, seja bem‑vindo meu filho!!!! Inexplicável tudo que estamos sentindo”, escreveu ela.

A imagem também foi compartilhada na página oficial da dupla: “Hoje o dia começou mais bonito! Nasceu o príncipe Davi,

trazendo alegria para a família Barcelos”.

Nos comentários, os fãs desejaram felicidades ao casal: “Que coisa mais linda”, “Bem vindo príncipe”, “Nasceu o panda mais

lindo do mundo”, “Bom saber que estão todos bem”.

Nasce Davi, primeiro filho do sertanejo Jorge. Caras digital, 20 set. 2016. Disponível em: <http://caras.uol.com.br/bebe/nasce‑davi‑primeiro‑ filho‑do‑sertanejo‑jorge#.WCHNYC0rLcs>. Acesso em: 8 nov. 2016.

A notícia foi extraída de um portal especializado em informações sobre celebridades. A imagem cita a fala da mãe da criança, que expõe sua visão a respeito do nascimento da criança. A esse fenômeno, dá‑se o nome de linguagem subjetiva, que se verifica

A nas palavras escolhidas pelo jornalista.

B na divulgação de assuntos considerados banais.

C na busca por fontes de informação em redes sociais.

D nos adjetivos utilizados nas mensagens citadas em aspas.

E no uso de uma linguagem técnica.

Questão 88

AB

TO

No Brasil, no dia 27 de setembro, comemora‑se o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Durante o mês, várias associações fazem propagandas de conscientização a respeito desse ato, que salva muitas vidas. A peça publicitária apresentada tem esse obje‑tivo, cuja argumentação se baseia em

A comparar um fato cotidiano à doação de órgãos por meio de dados concretos.

B elementos visuais e verbais para intensificar a espera de um paciente por um transplante.

C uma representação estatística real que revela a demora da chegada de um órgão para seu receptor.

D comparar o vestibular à espera do doador para receber um transplante de pulmão.

E contrastar a espera por um órgão com a fila de espera para uma vaga na universidade.

QuEsTãO 88Conteúdo: Interpretação de textoC6 | H18A propaganda tem por objetivo incentivar as pessoas a se tornarem doadoras. Para isso, sua argumentação se baseia na espera do receptor na fila por um órgão, que é algo muito mais complexo de se conseguir quando comparado à concorrência por uma vaga de uma boa universidade. Isso é evidenciado por recursos verbais e visuais presentes na peça publicitária.

QuEsTãO 87Conteúdos: Efeitos de subjetividade e objetividade; Gênero discursivoC8 | H25As marcas de subjetividade utilizadas pela mãe estão expressas nos adjetivos com os quais ela descreve a experiência ligada ao nascimento do filho.

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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 25

Questão 89[...]

Nós tivemos no Brasil um movimento espiritual (não falo apenas escola de arte) que foi absolutamente “necessário”, o Romantismo. Insisto: não me refiro apenas ao romantismo lite‑rário, tão acadêmico como a importação inicial do Modernismo artístico, e que se poderá comodamente datar de Domingos José Gonçalves de Magalhães. Estou me referindo ao “espírito” romântico, que está na Inconfidência, no Basílio da Gama do Uraguai, nas liras de Gonzaga como nas Cartas Chilenas de quem os senhores quiserem. Este espírito preparou o estado revolucionário de que resultou a Independência política, e teve como padrão briguento a primeira tentativa de língua brasileira. O espírito revolucionário modernista, tão necessário como o român‑tico, preparou o estado revolucionário político de 30 em diante, e também teve como padrão barulhento a segunda tentativa de nacionalização da linguagem. A similaridade é muito forte.

Esta “necessidade” espiritual, que ultrapassa a literatura esté‑tica, é que diferencia fundamentalmente Romantismo e Modernis‑mo, das outras escolas de arte brasileiras. Essas, mesmo a feição mais independente que tomou o Barroco em Minas na segunda metade do século 18, foram todas essencialmente acadêmicas, obediências culturalistas que denunciam muito bem o colonialismo da Inteligensia brasileira. Nada mais absurdamente imitativo (pois se nem era imitação: era escravidão!) que a cópia, no Brasil, de movimentos estéticos particulares, que de forma alguma eram universais, como o culteranismo italo‑ibérico setecentista, como o Parnasianismo, como o Simbolismo, como o Impressionismo, como o wagnerismo de um Leopoldo Miguez. São puras superfec‑tações culturalistas, impostas de cima para baixo, de proprietário à propriedade, sem o menor fundamento nas forças populares. Daí uma base desumana, prepotente e, meu Deus! arianizante que, se prova o imperialismo dos que com ela dominavam, prova a sujeição dos que com ela foram dominados. Ora aquela base humana e popular das pesquisas estéticas é facílimo encontrá‑la no Romantismo, que chegou mesmo a retornar coletivamente às fontes do povo e, a bem dizer, criou a ciência do Folclore.

[...]

ANDRADE, Mário de. Aspectos da literatura brasileira. 6. ed. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1978. p. 250‑1.

No trecho, Mário de Andrade aproxima Romantismo e Moder‑nismo, considerando a intenção de ambas as tendências de resgatar as origens do povo brasileiro e suas tradições culturais. Além disso, no texto lido, o autor aponta que as duas estéticas

A se diferenciam pois há uma “necessidade” espiritual, além da ex‑periência estética, que opõe fundamentalmente as duas escolas.

B possuem uma base acadêmica importada, que marca o Roman‑tismo literário, assim como o início do Modernismo artístico.

C se afastam, pois foi somente no Modernismo que se despertou o interesse de resgatar a língua falada no Brasil.

D buscaram a base humana e popular, mas que o folclore criado no Romantismo foi abandonado durante o Modernismo.

E marcaram um espírito revolucionário e político que culminou com a independência política do Brasil.

Questão 90

Le Serment des horaces (O Juramento dos Horácios), de Jacques‑Louis David, 1784. Óleo sobre tela, 330 cm × 425 cm. Museu do Louvre, Paris.

O quadro, feito ao fim do século XVIII, apresenta três irmãos fazendo a saudação romana, por meio da qual juram lutar pela República Romana em detrimento do sofrimento que trarão para a própria família. A pintura simboliza o princípio segundo o qual o patriotismo – caracterizado pelo dever público – se impõe sobre as expectativas e convicções pessoais. A obra estabelece os padrões de um estilo estético característico do começo do século XVIII conhecido também como arte acadê‑mica, por ter sido adotado pelas academias oficiais da Europa no período. Esse estilo, que se opõe ao Rococó do Antigo Regime, é chamado de

A Expressionismo, que promove a abstração da figuração para provocar catarse e identificação com o discurso.

B Romantismo, em que o nacionalismo é representado por temas que mostrem o valor e a história da pátria.

C Neoclassicismo, no qual são resgatados os padrões estéticos da arte clássica da Antiguidade greco‑romana.

D Helenismo, conhecido pelo caráter realista de suas represen‑tações, com escolha de temas exóticos e mitológicos.

E Barroco, quando se eleva a utilização da perspectiva e do contraste claro/escuro para aumentar o efeito dramático.

QuEsTãO 89Conteúdo: Semelhanças e contrastes entre o Romantismo e o Modernismo; Nacio-nalismo; Mário de AndradeC5 | H17No primeiro parágrafo, Mário de Andrade pontua que o Romantismo literário, assim como o Modernismo artístico em seu início, teve uma base acadêmica importada. Como exemplos disso, podemos apontar as vanguardas modernistas, como o Expres-sionismo, que se faz ver na obra de Anita Malfatti, e a imagem do bom selvagem, transplantada para o Romantismo brasileiro sob a forma do Indianismo.

QuEsTãO 90Conteúdo: NeoclassicismoC5 | H16A alternativa correta é a c, a que o estudante pode chegar pela referência ao período clássico, cujos elementos, como a figuração realista e a temática, podem ser identi-ficados na pintura.

Jacq

ues‑

Loui

s D

avid

. O J

uram

ento

dos

Hor

ácio

s. 1

784

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 26

mATemáTICA e SUAS TeCNoLoGIAS

Questões de 91 a 120

Questão 91

Uma das modalidades esportivas presente nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, desde 1984, é a ginástica rítmica, praticada apenas por mulheres, individualmente ou em grupo. As atletas podem utilizar diferentes instrumentos em sua apresentação e são avaliadas pelo nível de dificuldade, pela expressão artística e pela execução dos movimentos. Um dos instrumentos usados é o arco, que possui a forma de anel circular com diâmetro de medidas entre 80 e 90 centímetros, feito de madeira ou plástico.

Em uma apresentação, um sensor eletrônico verificou que, entre o momento em que a atleta atirou o arco para o alto e o momento em que ela o pegou de volta, determinado ponto do arco deu 9 voltas completas mais um ângulo de 15º. No total, esse ponto do arco percorreu, em radianos,

A 215π12

B 216π12

C 217π12

D 218π12

E 219π12

QuEsTãO 91Conteúdo: Medidas em radianosC3 | H10Uma volta completa de um ponto qualquer no arco representa 2π radianos. Assim, 9 voltas representam 9 ∙ 2π = 18π radianos.

O ângulo de 15º equivale a π12

radianos.

Portanto, esse ponto do arco percorreu no total, em radianos:

18ππ12

217π12

+ =

Questão 92Uma pessoa compra uma estante para colocar seus livros e de‑cide deixá‑la em frente a uma das paredes da sala. Com medo de que a estante possa tombar, essa pessoa coloca um calço em sua base, de maneira que fique apoiada na parede, conforme a figura a seguir, que mostra a vista lateral dessa situação.

40 cm

calço 60°

Considerando que a estante possui 40 centímetros de profun‑didade, a altura do calço, em centímetros, é

A 5

B 10

C 15

D 20

E 25

QuEsTãO 92Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Como o ângulo formado pela face de trás da estante com o solo é de 60º, podemos afirmar que o ângulo formado pela base da estante com solo (x) é de 30º, como mostra a figura a seguir.

xcalço 60°

x + 90° + 60° = 180° ⇒ x = 30°Assim, temos um triângulo retângulo formado pelo calço (de altura h), pelo solo e pela base da estante.

h

30°

40 cm

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o Ca

parr

oz

A altura do calço é o cateto oposto ao ângulo de 30º, e a base da estante é a hipote-nusa desse triângulo. Assim:

sen 30h40

12

h40

2h 40 h 20( )° = ⇒ = ⇒ = ⇒ =

Portanto, a altura do calço é 20 cm.

Stud

io C

apar

roz

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 27

Questão 93

Uma pessoa amarra uma pequena fita na ponta de uma das hélices de um ventilador circular, em que cada hélice mede 1 metro de comprimento.

Após deixar o ventilador ligado por alguns minutos, a pessoa desliga‑o e verifica que a projeção horizontal da fita no diâmetro também horizontal do ventilador dista 0,5 metro do centro do ventilador, como mostrado a seguir.

Icon

s ve

ctor

/Shu

tters

tock

.com

fita

0,5

O ventilador é, então, ligado novamente por mais alguns mi‑nutos. Quando para, verifica‑se que a projeção horizontal da

fita no diâmetro horizontal agora dista 3

2 metros do centro,

conforme a figura.

Icon

s ve

ctor

/Shu

tters

tock

.com

3

2

fita

A diferença entre o ângulo agudo formado pela fita com sua projeção horizontal, nas duas situações, mede

A 30º

B 45º

C 60º

D 75º

E 90º

QuEsTãO 93Conteúdo: Ciclo trigonométricoC2 | H8A distância entre a projeção horizontal da fita e o centro do ventilador de raio 1 m representa o cosseno do ângulo agudo formado pela fita e o diâmetro horizontal do ventilador.Assim, no primeiro caso, como a fita para no 1o quadrante, temos:

cos12

60α = ⇒ α = °

Já no segundo caso, temos:

cos3

230β = ⇒ β = °

Assim, a diferença entre o ângulo da fita e sua projeção horizontal é igual a:α – β = 60° – 30° = 30°

Questão 94

Uma loja especializada na venda de acessórios para bicicletas tem, em seu catálogo, rodas com diferentes tamanhos, modelos e marcas. Uma das marcas possui dois modelos de roda, que diferem principalmente pela quantidade de raios, conforme indica a figura abaixo.

modelo 1: 3 raios modelo 2: 4 raios

Sabendo que, em cada modelo, dois arcos consecutivos for‑mam sempre o mesmo ângulo, que α é o ângulo formado por dois raios consecutivos no modelo 1 e que β é o ângulo formado por dois raios consecutivos no modelo 2, o valor de sen (α + β) é

A 0

B 12

C 3

2

D 12

E 3

2−

kler

ik78

/Shu

tters

tock

.com

QuEsTãO 94Conteúdo: Ciclo trigonométricoC3 | H12A primeira roda possui três raios, e o ângulo formado por dois

raios consecutivos é sempre igual a α =2π3

.

A segunda roda, por sua vez, possui quatro raios. Assim:2π4

π2

β = =

Portanto:

sen sen2π3

π2

sen7π6

12

( )α + β = +

=

= −

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 28

Questão 95

Uma criança está brincando com um estilingue e deseja acertar uma lata que está sobre um muro a 10 metros de distância. O muro no qual está a lata tem 11 metros de altura.

Se, no momento em que essa criança usa o estilingue para acertar a lata, o estilingue está a 1 metro do chão, o cosseno do ângulo formado pela trajetória do objeto que acertará a lata com um segmento imaginário horizontal que começa no estilingue e chega perpendicularmente ao muro é

A 0

B 12

C 2

2

D 3

2

E 1

Questão 96

Um forno de micro‑ondas possui um prato giratório que dá uma volta completa em torno do próprio eixo a cada 18 segun‑dos. João coloca uma lasanha para esquentar por 3 minutos e 12 segundos, mas percebe que a comida não ficou devidamen‑te aquecida. Então, programa o forno para mais 45 segundos, ficando finalmente satisfeito com o resultado.

Sendo α o arco total percorrido por um ponto específico do prato no primeiro aquecimento e β o arco total percorrido no segundo aquecimento, o valor de sen α + cos β é

A 3 22

− −

B 2 22

− −

C 32

D –1

E 12

QuEsTãO 96Conteúdo: Ciclo trigonométricoC4 | H16No primeiro aquecimento, o prato girou por 3 minutos e 12 segun-dos, ou seja, 192 segundos. Isso significa que completou dez vol-

tas (180 segundos) mais um arco de 4π3

radianos1218

2πα = ⋅

.

No segundo aquecimento, o prato girou por 45 segundos, completando duas voltas (36 segundos) mais um arco de

π radianos9

182πβ = ⋅

Assim, temos:

sen cos sen4π3

cos π3

21

3 22

( )α + β =

+ = − − =− −

Questão 97

O tênis de mesa foi criado no final do século XIX como alter‑nativa ao tênis em dias de mau tempo. Na improvisação, eram utilizados livros como raquetes e uma mesa de sinuca como campo. Posteriormente, foram desenvolvidas raquetes apropria‑das, bolinhas de celuloide e uma mesa específica para sua prá‑tica, sendo disseminado por todo o mundo até ser reconhecido como esporte olímpico nos Jogos Olímpicos de Seul de 1988.

Em uma partida de tênis de mesa, um jogador rebateu uma bolinha sobre o ponto A, fazendo‑a quicar exatamente no ponto C. Veja a representação na figura a seguir.

A

30°

B C

Sabe‑se que uma mesa oficial de tênis de mesa é retangular e tem 2,74 metros de comprimento, 1,525 metro de largura e 0,76 metro de altura. Para uma câmera colocada sobre a mesa, a bolinha percorreu uma linha reta exatamente como na figura, de modo que a distância entre os pontos B e C mede, em metros,

A 13750

B 6140

C 1925

D 137 3

50

E 137 3

150

QuEsTãO 97Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Considerando o triângulo ABC representado na figura, o compri-mento da mesa é o cateto adjacente ao ângulo de 30º, enquanto a distância entre B e C é o cateto oposto a esse ângulo. Assim:

tg30BC

2,74BC13750

33

BC137 3

150metros° = =

= ⇒ =

QuEsTãO 95Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Com os dados do enunciado, podemos esboçar a situação.Para o ângulo x, o cateto oposto é altura do muro des-contando a altura do estilingue em relação ao solo, e o cateto adjacente é a distância do esti-lingue ao muro. Assim:

tg x11 1

101010

1 x 45=−

= = ⇒ = °

Portanto:

sen x sen 452

2= ° =

Stud

io C

apar

roz

estilingue

1 m

x

10 m

lata

11 m

Stud

io C

apar

roz

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Questão 98

Uma pessoa caminha em direção a seu carro em um esta‑cionamento e, quando chega ao ponto A, vê uma barraca de venda de sanduíches ali perto, no ponto C. Próximo à barraca, o vendedor colocou para os clientes sete mesas equidistantes entre si, formando um semicírculo, conforme ilustra a figura.

mesa 1

mesa 2

mesa 3mesa 4

mesa 5

mesa 6

mesa 7

A B

C

carro

Do ponto A, a barraca de sanduíches é vista exatamente atrás da mesa 2. A pessoa, então, caminha mais 10 metros em dire‑ção ao carro, chegando ao ponto B, de onde visualiza a barraca exatamente atrás da mesa 3.

Considerando 3 1,7= , a distância entre o carro e a barraca de sanduíches, em metros, é

A 5

B 7

C 8,5

D 10,2

E 11,9

Questão 99Uma mesa de jantar circular possui lugar para 12 pessoas, de modo que todas se sentem equidistantes entre si. Em uma festa, todos os convidados entraram na sala de jantar por uma mesma porta e andaram ao redor da mesa em sentido horário. João sentou‑se na 5a cadeira pela qual passou, e Janaína, na 10a cadeira. Insatisfeita, Janaína resolveu mudar de lugar, sentando‑se na que seria a 11a cadeira.

Se chamarmos de α o menor arco formado pelos lugares ori‑ginais de João e Janaína e de β o menor arco formado pelos lugares dessas mesmas pessoas depois da troca, o valor de tg (α + β) será

A 3−

B –1

C 3

3−

D 3

3

E 3

Questão 99Conteúdo: Ciclo trigonométricoC4 | H16Como há 12 cadeiras ao redor da mesa, o arco formado entre duas

cadeiras consecutivas mede 2π12

π6

= .

No primeiro momento, Janaína sentou-se 5 cadeiras depois de João,

o que significa que o arco formado entre suas cadeiras era 5π6

. Após

a troca, Janaína sentou-se 6 cadeiras depois de João, formando agora

um arco entre as cadeiras de 6π6

π= .

Assim:

tg tg5π6

π tg11π6

33

( )α + β = +

= = −

Questão 100O vôlei de quadra é um esporte coletivo disputado entre duas equipes de seis pessoas cada uma, em que o objetivo é fazer a bola tocar no chão da área do time adversário. O espaço das duas equipes é separado por uma rede perpendicular ao chão: na modalidade masculina, essa rede tem 2,43 metros de altura; na feminina, 2,24 metros.

Em uma partida de vôlei de quadra feminino, uma atacante “corta” a bola em um ataque à equipe adversária, fazendo a bola tocar o chão a uma distância de 2,24 metros da base da rede, conforme a figura a seguir.

rede

V

2,24 m

O ângulo V mede

A 30º

B 45º

C 60º

D 75º

E 80º

Questão 98Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Como as mesas estão equidistantes entre si, o arco de circunferência entre elas é de 180

630

° = °. Temos, portanto, a figura a seguir.

30°30°

x

30° 60°

A B

C

carroy10

Stud

io C

apar

roz

Utilizando as relações trigonométricas, temos:

tg 60xy

3 x y 3 I

tg 30°x

y 103

3II

( )

( )

° = = ⇒ =

=+

=

Substituindo a equação (I) na equação (II), temos:

y 3y 10

33

3y 3 y 3 10 3 2y 3 10 3 y 5+

= ⇒ = + ⇒ = ⇒ =

Agora, substituindo o valor de y na equação (I), temos:

x 5 3 5 1,7 8,5 metros= = ⋅ =

Questão 100Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8De acordo com a figura, a rede é o cateto oposto ao ângulo V, e a dis-tância entre a base da rede e o ponto onde a bola toca o chão (V) é o cateto adjacente. Como o jogo é entre equipes femininas, a rede tem 2,24 m de altura. Assim:

tg V2,242,24

1 V 45= = ⇒ = °

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o C

apar

roz

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 30

Questão 101

Uma pessoa está tentando desenvolver suas habilidades com patins por meio da prática de slalom, que consiste em passar alternadamente pelos lados direito e esquerdo de uma série de cones alinhados. A trajetória do patinador tem o formato de uma função senoide, conforme representado na figura a seguir.

x

y

Se a distância entre dois cones consecutivos é fixa, de 1,5 metro, então podemos dizer que o período desse gráfico mede, em metros,

A 1,0

B 1,5

C 2,0

D 2,5

E 3,0

QuEsTãO 101Conteúdo: Funções trigonométricasC6 | H25O período de um gráfico senoide é a variação da medida no eixo das abcissas de um ciclo completo da função. De acordo com a figura a seguir, o período desse gráfico pode ser definido pela dis-tância entre o primeiro e o terceiro cones.

Stud

io C

apar

roz

x

y

cone 1

cone 2

cone 3

cone 4

período

Como a distância entre dois cones consecutivos é 1,5 metro, a distância entre o primeiro e o terceiro cones é 2 ∙ 1,5 = 3 metros. Consequentemente, o período mede 3 metros.

Questão 102

Uma menina soltava pipa e percebeu que, em determinado momento, sua pipa estava a 18 metros de altura. A linha que amarrava a pipa, completamente esticada, formava um ângu‑

lo de 3π

radianos com o solo, e a mão em que ela segurava o

carretel, nesse momento, estava a 1 metro do solo. Após uma mudança nos ventos, a menina notou que a altura da pipa havia mudado, e o ângulo de inclinação da linha com o solo passou

a ser 4π

radianos.

Para que a pipa volte à altura anterior, nas mesmas condições de vento, aproximadamente quantos metros de linha a menina deve soltar? (Considere 2 1,44 e 3 1,7= = .)

A 4,28

B 3,36

C 2,45

D 1,05

E 0

QuEsTãO 102Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Na situação original, é possível descobrir o comprimento de linha solta.

1 m

linha solta = �

pipa

18 m

Pela figura, temos:

�= − =sen

π3

18 1 32

Assim:

�� �= ⇒ = ⇒ =17 1,7

21,7 34 20 metros

Após a mudança do vento, precisamos calcular quanto a mais de linha precisa ser liberada para a pipa manter a mesma altura.

1 m

pipa

18 m

4

π

20 + x

Assim:

senπ4

18 120 x

22

1720 x

1,42

28 1,4x 34 1,4x 6 x 4,28�=−+

= ⇒+

= ⇒ + = ⇒ = ⇒

É necessário, portanto, que a menina solte, aproximadamente, mais 4,28 metros de linha.

Stud

io C

apar

roz

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 31

Questão 103

Um esquiador está no topo de uma montanha a 510 metros de altitude e precisa escolher uma dentre cinco possíveis rotas de descida. Os cinco caminhos são retilíneos e sem obstá‑culos, mas têm inclinações diferentes em relação ao solo. Os comprimentos totais das rotas são, em ordem decrescente, 1 020 metros, 930 metros, 850 metros, 590 metros e 440 metros.

O esquiador quer descer pela menor trilha possível, mas, por não ser muito experiente, não quer que o percurso tenha uma inclinação maior que 60º em relação ao solo.

A rota a ser escolhida é a que possui comprimento de (Con‑sidere 3 1,7= .)

A 1 020 metros.

B 930 metros.

C 850 metros.

D 590 metros.

E 440 metros.

Questão 103Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC3 | H13Podemos determinar o comprimento da rota que possui uma inclinação de exatamen-te 60º em relação ao solo. Veja um esboço.

60°

C

esquiador

510 m

Stud

io C

apar

roz

Assim:

sen 60510

c3

2510

c1,72

1,7c 1020 c 600 metros° = = ⇒ = ⇒ = ⇒ =

Isso significa que qualquer rota com menos de 600 metros de comprimento terá inclinação maior que 60º. Dentre as alternativas, a rota mais curta e que obedece às condições do esquiador é a de 850 metros de comprimento.

Questão 104

Os Astecas, como outros povos da Antiguidade, conheciam

com precisão os fenômenos astronômicos, principalmente re‑

lativos ao Sol e a Lua.

Um dos monumentos documentais mais espetaculares da

sua civilização foi sem dúvida a Pedra do Sol, encontrada em

1790 na cidade do México, por ocasião das escavações execu‑

tadas, a fim de se reforçar os alicerces da Catedral da Cidade.

Um enorme bloco de pedra vulcânica, medindo mais de 5 me‑

tros de diâmetro por 1 metro de espessura, pesando aproxima‑

damente 25 toneladas, onde no centro está representado o Sol

com seus movimentos.

[...]

Disponível em: <http://www.calendario.cnt.br/asteca.htm>. Acesso em: 3 nov. 2016.

A Pedra do Sol era um sofisticado calendário, que dividia o ano em 18 meses de 20 dias cada um, mais um mês incompleto com 5 dias chamados vazios. Cada um desses 20 dias tinha um nome e um símbolo específico, e todos eles eram representados em um ciclo completo na pedra.

Cada um dos 20 símbolos representa

um dia do mês.

A quantidade de dias, de um mês completo, que deve passar

de modo a completar um arco de 32π radianos é

A 0

B 5

C 10

D 15

E 20

Questão 104Conteúdo: Ciclo trigonométrico C2 | H7Em relação a um ciclo completo, ou seja, de 2π radianos, um arco de

3π2

radianos

representa

3π2

2π34

= .

Como há 20 dias em um mês completo, temos:

34

20 15 dias⋅ =

happ

y_fo

x_ar

t/Shu

tters

tock

.com

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 32

Questão 105

Dois amigos resolveram construir uma catapulta rudimentar para recreação. Para isso, eles pegaram duas varetas de 1 metro cada uma e, usando um fio qualquer, amarraram uma ponta de uma vareta em uma ponta da outra vareta, formando um ângulo entre elas.

Para gerar uma força para o arremesso, uma mola foi fixada entre as duas varetas, que a comprimem. Para comprimir a mola, eles amarraram um pedaço de barbante unindo a ponta de uma vareta à sua projeção ortogonal na outra vareta, con‑forme a figura a seguir.

barbante

Sabendo que o barbante amarrado para deixar a mola flexio‑nada mede 0,5 m, o ângulo formado pelas duas varetas mede, em radianos,

A π

12

B π6

C π4

D π3

E π2

QuEsTãO 105Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Como a vareta mede 1 metro e o barbante que mantém a mola flexionada, 0,5 metro, temos:

0,5 m

1 m

x

sen x0,51

12

xπ6

radianos= = ⇒ =

Questão 106

Um designer está projetando uma grande pizza em resina para colocar na parede de entrada de um restaurante que abrirá um festival de pizzas. Essa pizza terá 1 metro de raio e terá 12 fatias.

Para determinar se as fatias serão uniformes, o arquiteto utilizou seus conhecimentos de Trigonometria e descobriu que o arco formado pela segunda fatia de baixo para cima, assumindo

um eixo horizontal, mede 4π radianos. Além disso, ele calculou

as medidas, em metros, das projeções ortogonais, a um eixo horizontal, de duas fatias em um corte diametral da pizza, con‑forme ilustra a figura a seguir.

x

3

2

O valor da medida x, em metros, é

A 2

4

B 6

4

C 3

2

D 6 2

4−

E 6 2

4+

QuEsTãO 106Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Como o raio da pizza mede 1 m, as medidas feitas pelo arquiteto são exatamente as medidas dos cossenos do arco da primeira fatia de baixo e das duas primeiras fatias de baixo para cima. Assim, temos:

cos3

2π6

cos x( )

α = ⇒ α =

α + β =

Substituindo os valores de α e β, temos:

x cosπ6

π4

cosπ6

cosπ4

senπ6

senπ4

32

22

12

22

64

24

6 24

= +

=

=

= ⋅ − ⋅ = − =−

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o C

apar

roz

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 33

Questão 107

O portão de ferro da entrada de uma antiga casa tem de 2 metros de largura. Sua construção foi feita pela junção de uma peça em forma retangular com uma peça no formato de um semicírculo, na parte superior, conforme mostra a figura a seguir.

x

2 m

Sabendo que as barras verticais foram colocadas no semicír‑culo de modo que ele fosse dividido em arcos de igual medida, a altura x da segunda barra vertical da direita para a esquerda mede, em metros,

A 18

B 14

C 12

D 2

2

E 3

2

QuEsTãO 107Conteúdo: Ciclo trigonométricoC2 | H8Como a largura do portão é igual ao diâmetro do semicírculo, podemos con-cluir que o raio do semicírculo mede 1 m. A altura x da segunda barra é nume-ricamente igual ao sen (2θ), como ve-mos pela figura:

x

θ

θ

θsen (2θ)

Como a semicircunferência é dividida em seis partes iguais, em relação ao seu diâmetro, pelas barras verticais, temos:

6 ππ6

θ = ⇒ θ =

Assim:

( )= θ =

=

=x sen 2 sen

2π6

senπ3

32

Questão 108

Um projeto interdisciplinar de um colégio requer que os alunos criem todas as premissas de uma equipe de corrida de carros, incluindo plano de negócios, plano de marketing, propaganda, divulgação na internet e plano financeiro. O ponto de maior destaque, porém, é a construção de uma miniatura de um carro de corrida por meio de impressão 3D, que competirá em uma corrida com os carros das outras equipes.

Um dos grupos criou o projeto a seguir usando um software de modelagem.

3

3

42 2

Com as medidas fornecidas, podemos concluir que o valor de sen (α + θ) é

A 6 2

4+

B 6 2

4−

C 3

2

D 2

2

E 12

QuEsTãO 108Conteúdo: Trigonometria no triângulo retângulo e soma de arcosC2 | H8Utilizando as medidas dadas na figura, temos:

tg33

3 33

3π3

sen2 2

42

2π4

θ = = = ⇒ θ =

α = = ⇒ α =

Assim:

sen senπ3

π4

senπ3

cosπ4

senπ4

cosπ3

32

22

22

12

64

24

6 24

( )α + θ = +

=

+

=

= ⋅ + ⋅ = + = +

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o C

apar

roz

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 34

Questão 109O polo aquático é um esporte praticado em uma piscina, em que duas equipes de sete jogadores cada uma têm como ob‑jetivo jogar a bola dentro da baliza adversária. Assim como o futebol, foi um dos primeiros esportes coletivos a serem prati‑cados nos Jogos Olímpicos modernos.

Em um momento de ataque durante uma partida, dois jogadores de uma mesma equipe estão juntos em um ponto da piscina, estando um deles com a bola. O jogador sem a bola nada até o ponto A, enquanto o outro, com a bola, nada 5 metros até o ponto B. Deste último ponto, o jogador passa a bola ao jogador que está no ponto A.

Sabendo que a trajetória dos dois jogadores durante o nado formou um ângulo de 60º entre si e que o passe foi perpendi‑cular à trajetória do jogador com a bola, a distância entre os pontos A e B mede, em metros, aproximadamente (Considere

2 1,4= e 3 1,7= .)

A 5,0

B 6,8

C 7,3

D 8,0

E 8,5

QuEsTãO 109Conteúdo: Trigonometria no triângulo retângulo C2 | H8De acordo com o enunciado, podemos esboçar a figura a seguir.

A B

5 m

60°

ponto inicial

Utilizando os valores do problema, temos:

tg 60AB5

3 AB 5 3 AB 8,5 metros° = = ⇒ = ⇒ =

Questão 110

Uma empresa automotiva está analisando a eficiência de um modelo de limpador de para‑brisa traseiro de um trator. Para isso, ela verifica a amplitude do movimento do limpador de 1 metro de comprimento fixado no ponto A, que executa o movimento indicado em preto no semicírculo da figura a seguir.

0,7 m 0,85 m

A

θ

Stud

io C

apar

roz

Considerando 2 1,4= e 3 1,7= , a medida do arco θ percorrido pelo limpador de para‑brisa é

A 60º

B 75º

C 90º

D 105º

E 140º

QuEsTãO 110Conteúdo: Ciclo trigonométricoC4 | H16Uma vez que o limpador tem 1 metro de comprimento, as medidas presentes na figura correspondem numericamente aos cossenos dos ângulos α e β, indicados a seguir.

0,7 m 0,85 m

A

α β

θ

Stud

io C

apar

roz

Assim, temos:

cos 0,72

245

cos 0,853

230

α = = ⇒ α = °

β = = ⇒ β = °

Como a figura completa um semicírculo, temos:α + β + θ = 180º ⇒ 45º + 30º + θ = 180º ⇒ θ = 105º

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 35

Questão 111

Vitor é desenhista profissional e muito cuidadoso com seus instrumentos de trabalho. Sempre que necessário, ele próprio aponta seus lápis usando um estilete. Para determinadas oca‑siões, ele gosta de apontar o lápis de modo que o ângulo α, mostrado na figura a seguir, seja maior que 60º.

α

Vitor resolve, então, apontar um lápis novo, em formato cilín‑drico, de 1 cm de diâmetro da base e 10 cm de comprimento.

1 cm

10 cm

x

Considerando que, depois de apontado, o comprimento do lápis, da base até o extremo da ponta, não tenha se alterado, o valor máximo de x para que o lápis seja apontado como descrito anteriormente deve ser (Use 2 1,4= e 3 1,7= .)

A 9,15 cm

B 9,0 cm

C 8,7 cm

D 8,5 cm

E 8,3 cm

QuEsTãO 111Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Uma vez que a vista lateral da parte apontada for-ma um triângulo isósceles, fazendo que a altura em relação à base chegue ao ponto médio dela, temos:

tgH

0,53 H

32

1,72

0,85 cmα = = ⇒ = = =

Assim:x + H = 10 ⇒ x + 0,85 = 10 ⇒ 9,15 cm

H

0,5 cm 0,5 cm

Questão 112

Uma empresa automobilística está renovando um de seus mo‑delos de carro popular. Uma das melhorias é a mudança do leitor de combustível do analógico para o digital.

O mostrador analógico indica a quantidade de combustível por

meio de um arco de 56π

radianos. A relação entre a quantidade

de combustível no tanque e sua capacidade do total, nesse caso 40 litros, é igual à relação entre o arco determinado pelo ponteiro e o ponto zero do mostrador. Já o mostrador digital tem um indicador vertical de 10 cm de altura, em que a quantidade de combustível no tanque é proporcional à altura pintada de preto na figura.

1

12

12

RR

00

1

5�

6ponteiro

2 cm

mostrador analógico mostrador digital

θ

Quando o nível de gasolina chega à reserva, indicada nos dois mostradores pela letra R, o mostrador digital começa a piscar.

Nessa mesma situação, o ângulo θ do mostrador analógico mediria, em radianos,

A 12π

B 6π

C 4π

D 3π

E 2π

QuEsTãO 112Conteúdo: Ciclo trigonométricoC4 | H15No mostrador digital, a altura da parte pintada de preto, ao atingir a reserva, é 2 cm. Como a altura total do mostrador é 10 cm, sabemos que a reserva é atingida quando restam 20% da capacidade total do tanque.

Como o arco total formado pelo tanque cheio no mostrador analógico é de 5π6

radianos,

temos que: θ = ⋅ =20%5π6

π6

radiano

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o C

apar

roz

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 36

Questão 114Uma criança está brincando com seu pato de borracha em uma banheira. No início, a água está completamente parada, e o patinho não se move. Considere, nesse instante, que a altura do pato é h = 0.

A criança, então, começa a simular uma tempestade, batendo na água em intervalos constantes, formando ondulações iguais. A altura em centímetros do patinho, que não se move no eixo horizontal, passa a variar com o tempo t de acordo com a fun‑ção h(t) = 2sen (π ∙ t).

O tempo necessário para que o patinho percorra um período completo e a amplitude do movimento são, respectivamente,

A 1 segundo e 1 centímetro.

B 1 segundo e 2 centímetros.

C 2 segundos e 1 centímetro.

D 2 segundos e 2 centímetros.

E 2 segundos e 4 centímetros.

QuEsTãO 114Conteúdo: Função trigonométricaC5 | H21Construindo o gráfico da função h(t) = 2sen (π ∙ t), para t ≥ 0, temos:

2

– 2

h(t)

amplitude

0,5 1 1,5 2 2,5 t

período

Stud

io C

apar

roz

Pelo gráfico, é possível perceber que, para completar um período, são necessários 2 segundos. Além disso, a amplitude, indicada na figura, é de 2 centímetros.

Questão 113

Um parque temático sobre Matemática criou um grande escor‑regador, cuja forma representa parte da função trigonométrica h(x) = 2 ⋅ cos (x) + 2 para o domínio D = [0, π]. Na lei de for‑mação dessa função, x tem relação com a distância horizontal d pela equivalência 1 radiano = 1 metro.

h(x)

0 d

escorregador

Stud

io C

apar

roz

O ponto mais alto do escorregador está a uma altura do chão, em metros, de

A 1

B 2

C 3

D 4

E 5

QuEsTãO 113Conteúdo: Função trigonométricaC5 | H20Analisando o gráfico, percebemos que a função é decrescente, ou seja, nesse in-tervalo, o ponto mais alto do escorregador ocorre quando d = 0. Pela equivalência proposta no enunciado, isso significa também que x = 0.Assim:h(0) = 2cos (0) + 2 = 2 + 2 = 4 metros

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 37

Questão 115A vazão da torneira de um dos tanques de uma fábrica é con‑trolada por uma válvula que gira no sentido horário em torno do ponto P (indicado na figura). A vazão máxima, atingida ao girar a válvula em 2π radianos, é de 30 litros por minuto.

válvula

P

Em determinado dia, a torneira desse tanque foi aberta e demorou 30 minutos para encher o equivalente a 540 litros. Uma vez que a vazão não foi alterada durante esse tempo, a válvula, na abertura, foi girada, em radianos, em

A 25π

B 45π

C 65π

D 85π

E 10

QuEsTãO 115Conteúdo: Ciclo trigonométricoC4 | H16Como a torneira demorou 30 minutos para encher um recipiente de 540 litros, a vazão foi:

v54030

18 litros por minuto= =

Uma vez que a vazão máxima de 30 litros por minuto é alcançada quando se gira a válvula em 2π radianos, podemos utilizar uma regra de três:30 litros por minuto — 2π radianos18 litros por minuto — x

30x 36π x36π30

x6π5

radianos= ⇒ = ⇒ =

Questão 116Um caminhão bateu acidentalmente em um poste de 3 me‑tros altura, que quebrou e caiu. Na queda, a parte superior do posto ficou apoiada na lateral de um prédio, conforme mostra a figura a seguir.

poste

x

1 m

Sabendo que a parte do poste apoiada no prédio está a 2 metros do chão, a medida do ângulo x vale

A 2π

B 3π

C 4π

D 5π

E 6π

QuEsTãO 116Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Vamos trabalhar com a figura a seguir.

x

1 m 1 m

1 m

2 m

Como a altura do poste antes de cair era 3 metros, a hipotenusa do triângulo retân-gulo, formado depois da queda do poste, mede 2 metros; como a parte superior do poste está apoiada a 2 metros do chão e o ponto do poste que quebrou está a 1 metro do chão, o cateto oposto ao ângulo x mede 1 metro. Assim:

sen x12

xπ6

= ⇒ =

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o C

apar

roz

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MT ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 38

Questão 117

Um aparelho de ar‑condicionado de parede, instalado a 3 metros do chão em uma residência, tem uma paleta que se

movimenta constantemente, cobrindo um arco de 2π

radianos,

e que direciona o ar, conforme ilustra a figura a seguir.

aparelho de ar-condicionado

região paraonde a paleta

direcionao ar

1 m

Uma das crianças que mora nessa residência deixou sua casi‑nha de brinquedo a 1 metro da parede onde se situa o aparelho de ar‑condicionado. Para que o ar seja direcionado diretamente para a casinha, o ângulo formado entre ar expelido e a parede deve medir, em radianos,

A 0

B 6π

C 4π

D 3π

E 2π

QuEsTãO 117Conteúdo: Trigonometria no triângulo retânguloC2 | H8Com os dados do enunciado, podemos construir o esquema a seguir.

aparelho dear-condicionado

fluxo de ar

1 m

3 m

casinhade brinquedo

Utilizando Trigonometria no triângulo retângulo, temos:

tg13

33

π6

θ = = ⇒ θ =

Questão 118

O ioiô é um dos brinquedos mais antigos do mundo. A história

desse simples objeto é tão fascinante quanto seu funcionamento.

A origem do ioiô é um mistério. Grécia, China, Filipinas.

Diversos lugares do mundo podem ter sido o berço do ioiô.

“Ioiôs” rústicos de barro e de metal já foram encontrados em

ruínas gregas de cerca de 2500 anos. Brinquedos similares

eram usados pelos chineses antes disso.

No fim da Idade Média o ioiô chegou à Europa, onde a

nobreza da França e Inglaterra usava o ioiô para relaxar e se

afastar um pouco das suas tarefas. Há relatos que afirmam

que as tropas de Napoleão se divertiam com ioiôs antes das

batalhas. Nessa época, ele era conhecido como l’emigrette

ou bandalore.

O ioiô, na sua forma atual, nasceu nas Filipinas, onde é até

hoje um brinquedo muito popular.

Foi só em 1928, no entanto, que o ioiô começou a se popula‑

rizar no resto do mundo, quando um filipino, Pedro Flores, levou

o ioiô para os Estados Unidos e começou a comercializá‑los.

[...]

Disponível em: <http://www.ioiobrasil.org/historia.php>. Acesso em: 4 nov. 2016.

Em um campeonato de ioiô, uma das modalidades consiste em fazer o ioiô tocar o chão de maneira suave, sem causar impacto.

Um competidor novato está desenvolvendo seus movimentos. Para isso, está treinando uma técnica para fazer o ioiô tocar o chão suavemente, conforme sugere a modalidade citada. Após muito treino, ele consegue repetir o movimento com segurança, de modo que a altura do ioiô até o chão varie com o tempo de

acordo com a função h(t)1 cos t

2( )=

+ π ⋅.

A altura máxima atingida pelo ioiô em relação ao solo é, em metros,

A 0

B 0,25

C 0,50

D 0,75

E 1,0

QuEsTãO 118Conteúdo: Função trigonométricaC5 | H21O gráfico da função trigonométrica que descreve o movimento do ioiô é mostrado a seguir.

h

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2

0 1

2

t

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o Ca

parr

oz

Observando o gráfico, é possível perceber que a altura do ioiô em relação ao solo varia de 0 metro (momento em que ele toca o solo) até o valor máximo de 1 metro.

Stud

io C

apar

roz

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Questão 119

Uma criança está brincando em um gira‑gira. No momento inicial, mostrado na figura a seguir, a distância entre a criança e a parede é de 1 metro. Ao iniciar o movimento do brinquedo, a distância da criança até a parede varia com o tempo de acordo

com a função d5 3 cos

2 t3

2=

+ ⋅ π ⋅

.

criança

parede

O diâmetro do gira‑gira mede, em metros,

A 2

B 3

C 4

D 5

E 6

QuEsTãO 119Conteúdo: Função trigonométricaC5 | H21A seguir, temos o gráfico da função trigonométrica dada no enunciado:

0 1 2d

4,0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

3

t

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o Ca

parr

oz

No gráfico, é possível perceber que a distância da criança à parede varia de 1 a 4 metros. Assim, o diâmetro do gira-gira é 4 – 1 = 3 metros.

Questão 120

Um burro está amarrado a um poste no ponto P, conforme ilustra a figura a seguir.

P

cerca

Ele está preso de modo que pode andar em círculos e sua dis‑tância até a cerca, em metros, varia de acordo com o ângulo θ formado entre a corda e o segmento imaginário que parte de P e chega perpendicularmente à cerca (como indicado na figura)

de acordo com a lei d 2 senπ2

= − − θ

.

A distância do burro à cerca quando 3π2

θ = é, em metros,

A 2

B 2,5

C 3

D 3,5

E 4

QuEsTãO 120Conteúdo: Função trigonométricaC5 | H21

Para 3π2

θ = , temos:

d 2 senπ2

3π2

2 sen π 2 0 2( )= − −

= − − = − =

Portanto, a distância do burro à cerca é de 2 metros.

Ilust

raçõ

es: S

tudi

o C

apar

roz

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