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    Analogamente, ns, pessoas fsicas, quando recebemos o nosso salrio, planejamos ( oupelo menos deveramos ) gast-lo, para um determinado perodo, em diversas reas: educao,sade, moradia, infra-estrutura, lazer, aquisio de imobilizado, investimentos, aplicaesfinanceiras etc. claro que, em virtude da escassez de recursos e das nossas necessidadeshumanas, diga-se de passagem, ilimitadas, precisamos priorizar determinadas reas em queiremos despender os nossos recursos. Aps estabelecermos um planejamento, definirmosprioridades de gastos, executaremos as despesas para financiar nossas demandas individuais,satisfazer as nossas necessidades enquanto ser humano.

    Da mesma forma o Estado, guardadas as devidas propores e nuances, claro !!!!!

    A partir do quadro anterior, podemos inferir que o Estado obtm recursos, para financiaros seus gastos, atravs da arrecadao de Receitas Pblicas, viabilizada principalmente pelaarrecadao tributria, que constitui a sua principal fonte de financiamento. A realizao deoperaes de crdito (obteno de emprstimos e financiamentos- receitas de capital)tambm constitui outra fonte de recursos no financiamento das demandas sociais.

    Entretanto, tudo aquilo que o ente poltico prev arrecadar e gastar est contido na LOA,que constitui o planejamento operacional viabilizador das polticas pblicas e dos programas degoverno traados em seu PLANEJAMENTO ESTRATGICO (Plano Plurianual-PPA).

    Suprir asNecessidades

    Pblicas

    Obter

    Criar

    Gerenciar

    Gastar

    ReceitaPblica

    Crdito

    Pblico

    OramentoPblico

    DespesaPblica

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    H um ditado popular que diz:

    Quem gasta o que ganha imprudente; quem gasta mais do que ganha irresponsvel!

    As pessoas fsicas e jurdicas planejam suas vidas objetivando atingir metas no curto,mdio e longo prazos, no mesmo?

    Com o poder pblico no diferente! O governo tambm planeja. No entanto, a

    planificao governamental mais complexa. Deve seguir o princpio basilar da AdministraoPblica: a legalidade.

    Isso quer dizer que o Poder Pblico somente est autorizado a fazer o que a lei determina.No pode o Poder Pblico, por exemplo, se valer da seguinte mxima: Se a lei no probe,ento possvel adotar um comportamento nela no expresso.

    Quanto ao processo de planejamento oramentrio, pode-se verificar a instituio de leisque tratam da matria, a saber:

    SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E ORAMENTO BRASILEIRO

    Figura 1

    (1) PPA - PLANEJAMENTO ESTRATGICO : o plano de mdio prazo(alguns autores) ou delongo prazo estabele ce os objetivos estratgicos da administrao ! lei do planoplurianual (PPA).

    (2) LDO -PLANEJAMENTO TTICO: interface entre os nveis estratgico e operacional ! leide diretrizes oramentrias (LDO).

    (3) LOA -PLANEJAMENTO OPERACIONAL: curto prazo aes para que o plano estratgicoseja materializado ! lei oramentria anual(LOA)

    PPA(1)

    LDO

    LOA

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    IRETRIZES

    1. PLANO PLURIANUAL - PPA BJETIVOS

    ETASO planejamento das aes governamentais se traduz objetivamente no instrumento

    denominado Plano Plurianual que a carta de intenes do representante do executivo,contendo o estabelecimento das prioridades e o direcionamento das aes do governo, paraum perodo de quatro anos.

    estruturado, conforme o disposto no artigo 165, 1, de forma regionalizada, e dispesobre as diretrizes, os objetivos e as metas da Administrao Pblica Federal, para as despesasde capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duraocontinuada.

    Essa determinao compatibiliza-se com um importante objetivo da poltica oramentriaque o de reduzir as desigualdades inter -regionais e tambm caminha em total harmoniacom o ditame expresso no artigo 3, inciso III de nossa Carta Magna que diz:

    Artigo 3 - Constituem objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil:...

    III erradicar a pobreza e marginalidade e reduzir as desigualdades sociais e regionais

    O Plano Plurianual o mecanismo utilizado para determinar a viso estratgica dorepresentante do executivo quanto ao desenvolvimento do pas. Neste sentido, traduz, de umlado, o compromisso entre as estratgias e o projeto futuro e, de outro, a alocao real econcreta dos recursos oramentrios nas funes, nas reas e nos rgos pblicos. Esseinstrumento o elo de ligao entre as aes de longo prazo e as necessidades imediatas.

    a mais abrangente pea e planejamento governamental, uma vez que promove aconvergncia do conjunto das aes pblicas e dos meios oramentrios para a viabilizaodos gastos pblicos.

    O esqueleto do PPA so os programas de trabalho do governo, que constitueminstrumentos de organizao da ao governamental para a concretizao dos objetivospretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no Planejamento Estratgico daAdministrao Pblica. O programa consiste, pois, no mdulo integrador do PPA com a LOA (ex.: erradicao do analfabetismo).

    Alexandre, na prtica, o que motiva a elaborao de um programa????

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    Na prtica, todo programa nasce de um problema, um problema da sociedade a ser

    resolvido por seus representantes legalmente constitudos. Porm, de nosso conhecimentoque existem uma srie de causas que concorrem para que este problema acontea. exatamente a onde atuam os programas. Geram aes capazes de combater diretamente ascausas dos problemas identificados para ento alcanarem a total resoluo deste. Como ooramento empregado atualmente o Oramento-Programa, que possui, nfase nasrealizaes, a administrao pblica precisa mensurar estas realizaes, e o faz por meio do

    instrumento denominado Indicador que vai determinar o quanto do problema foi resolvido,com as aes implementadas em combate s causas deste.

    O fluxo abaixo ilustra como pode ser definido o processo de um programa;

    Em suma, pode ser considerado como o conjunto articulado de aes (como exemplo:projetos, atividades, operaes especiais e aes que contribuem para a consecuo doobjetivo do programa e no demandam recursos oramentrios), estruturas e pessoasmotivadas ao alcance de um objetivo comum. Objetivo este que ser concretizado em umresultado (soluo de um problema ou atendimento de demanda da sociedade), expressopela evoluo de indicadores no perodo de execuo do programa, possibilitando,consequentemente, a avaliao objetiva da atuao do governo.

    O reordenamento das aes do governo sob a forma de programas visa dar maiorvisibilidade aos resultados e benefcios gerados para a sociedade, garantindo objetividade etransparncia aplicao dos recursos pblicos. As aes que compe o programa estoassociadas aos produtos (bens ou servios) resultantes da execuo destas, quantificados pormetas.

    Causas

    Causa 1

    Causa 2

    Aes

    Aes 1

    Aes 2

    SOCIEDADE

    (pessoal, famlias, empresas)

    PROBLEMA Objetivo + Indicador

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    Em resumo:

    A gerao de um programa presume a necessidade de soluo para um problema pr-existente, o atendimento de uma demanda da sociedade ou o atendimento de determinadademanda dos diversos rgos pblicos, viabilizando a realizao adequada das suasatribuies.

    Um programa executado por meio de aes que o integram tais como projetos,atividades, operaes especiais e outras aes que devem inexoravelmente ser concorrentes esuficientes para o alcance do objetivo explcito pelo programa.

    PROGRAMA

    AES

    PROJETOSATIVIDADES OPERAES

    Conjunto deoperaes LIMITADAS notempo;

    Tem como resultadoum produto que concorrepara a expanso ouaperfeioamento da aodo governo, que pode sermedido, fsica ou

    financeiramente.

    Aes que nocontribuem para amanuteno das aes degoverno;

    No resulta em umproduto e no geramcontraprestao direta sob aforma de bens ou servios;

    So basicamentedetalhamentos das funesEncargos Especiais.

    Conjunto de operaesque se realizam de modocontnuo e permanente;

    Tem como resultadoum produto necessrio manuteno da ao degoverno, quenormalmente pode sermedido quantitativa e

    qualitativamente.

    CUIDADO!!!!!

    Projetos, Atividade e Operaes

    Especiais sodetalhamentos dos programas e no tipos de

    programas.

    AESPROGRAMTICAS

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    Aquelas aes que no propem demanda de recursos oramentrios, mas geram bens

    ou servios para uma parcela ou para a totalidade do pblico-alvo do programa, sochamadas outras aes. Podemos destacar alguns exemplos destas como: o incentivo colaborao ou parceria de outras instituies privadas ou de outras esferas de governo; aalavancagem de recursos oramentrios; o estmulo gerao de receita prpria; a edio einstrumentos normativos, entre outros.

    Tipos de programas:

    Quanto classificao, os programas do PPA eram de quatro tipos:

    I Programas Finalsticos : so os programas que tem por objetivos a soluo de

    problemas ou o atendimento direto das demandas da sociedade. Quando possuemaes desenvolvidas por mais de um rgo setorial so chamados de Multi -setoriais.

    Ex: Fome-Zero.

    II Programas de Servios do Estado : destinam-se ao atendimento das demandasdo prprio estado, realizados por rgos que tem por finalidade o atendimento administrao pblica.

    Ex: Treinamento de Servidores.

    III Programas de Gesto de Polticas Pblicas: pressupem um autogerenciamentodo estado. Abrange aes que tem por finalidade o planejamento e a formulao depolticas setoriais, a coordenao e o controle dos programas que se encontram sob aresponsabilidade de determinado rgo.

    Ex: Gesto da Poltica de Sade.

    IV Programas de Apoio Administrativo: congregam todas as aes capazes degerar os insumos necessrios apropriao por parte dos demais programas. oprograma de suporte.

    Ex.: Apoio Administrativo.

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    VIGNCIA DA LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS LDO

    17 Jul X1 31 Dez X2

    VIGNCIA DA LEI ORAMENTRIA ANUAL - LOA

    EXERCCIO FINANCEIRO

    1 jan 31 Dez

    Alexandre, com relao vigncia da LDO, existe consenso entre os doutrinadores acerca desua vigncia ser de um ano???

    Conforme estabelece o ADCT da CF/88, a PLDO (Proposta de Lei de DiretrizesOramentrias) dever ser aprovada at o encerramento do primeiro perodo da sessolegislativa, o que equivale atualmente at 17 de julho (art. 57, 2, CF/88). Se o Legislativo assimno proceder, no dar incio a seu recesso at que esta seja aprovada aprovada.

    Retornando para o Executivo aps este prazo, este ter 15 dias para sancionar ou vetar aproposta.

    Sancionada pelo Executivo, entrar em vigor com sua sano e produzir efeitos noexerccio financeiro subseqente, deduzindo-se ento que sua vigncia ser deaproximadamente 18 meses.

    Somos, portanto, partidrios da idia de que, quando sancionada pelo Poder Executivo, aLDO orientar a elaborao da LOA j no segundo semestre do exerccio em que aprovada(INCIO DA VIGNCIA), estabelecendo metas e prioridades para o exerccio financeirosubseqente.

    A nosso ver, se considerarmos todas as suas funes, a vigncia da LDO maior que um

    ano (18 meses), conforme dissemos, porm sua eficcia anual!!!!!Abaixo extramos excertos do ilustrssimo autor Valdecir Pascoal para fundamentar a nossa

    tese!!!!ATENO!!!! (OPINIO DE AUTOR CONSAGRADO: VALDECIR PASCOAL)

    Mesmo que alguns autores falem em vigncia anual da LDO, isso, a rigor, no correto. Valendo-nos doconceito jurdico de vigncia, h que se concluir que a LDO vigora por mais de um ano. Normalmente aprovada em meados do exerccio financeiro, orientando a elaborao da LOA no segundo semestre e

    continuando em vigor at o final do exerccio financeiro seguinte. Diga-se, contudo, que, embora a vigncia formal seja maior que um ano, a LDO traa as metas e as prioridades da Administrao apenas para o

    exerccio subseqente. (2004, pg.41)

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    Contedo principal : fixa, de forma regionalizada , as diretrizes, objetivos e metas doGoverno para: (ARTIFCIO MNEMNICO PPA DOM)

    as despesas de capital (ex.: construo de escolas, hospitais); as despesas decorrentes derivadas das despesas de capital (ex.: contratao de

    pessoal necessrio ao funcionamento das escolas e hospitais); os programas de durao continuada (despesas vinculadas a programas comdurao superior a um exerccio financeiro como o programa de bolsa -escola,por exemplo).

    Quando de sua elaborao, a Administrao e o legislador devero planejar aaplicao de recursos pblicos de modo a atenuar a enorme desigualdade entre asregies brasileiras (no caso do PPA da Unio) ou entre as sub-regies existentes nosEstados e Municpios(caso do PPA dos Estados e Municpios).

    Orienta as demais leis oramentrias (LOA, LDO), servindo de guia para elaborao daLDO, da LOA e dos demais planos e programas nacionais , regionais e setoriais.

    De acordo com a Constituio Federal, projeto de lei do PPA de iniciativa privativa evinculada do Chefe do Poder Executivo. De acordo com a doutrina (Alexandre deMoraes), a iniciativa exclusiva.

    O PPA, PORTANTO, CORRESPONDE A TODOS OS PROGRAMAS DE GOVERNO DELINEADOS, PELA

    ADMINISTRAO PBLICA, PARA SEREM REALIZADOS NO PERODO DE4 (QUATRO) ANOS

    - DIRETRIZES - orientaes gerais ou princpios que nortearo a captao e o gasto pblico com vistas a alcanar osobjetivos.

    - OBJETIVOS indicam os resultados a serem alcanados pela administrao pblica quando da execuooramentria(ex.: elevar o nvel educacional da populacional, especialmente, combatendo o analfabetismo).

    - METAS quantificao, fsica e financeira, dos objetivos (ex.: construo de 3.000 salas de aula em todo o Pas, noperodo de quatro anos, R$ 100 milhes, na construo de salas de aula).

    - PROGRAMAS so as aes que resultam em bens e servios ofertados diretamente sociedade. Correspondemao MDULO INTEGRADOR entre PPA e a LOA.So eles que garantem a compatibilizao entre os dois instrumentosde planejamento citados. So instrumentos de organizao da atuao governamental, articulando um conjunto deaes que concorrem para um objetivo comum preestabelecido e mensurado por indicadores previstos no PPA.(ex.:Defesa dos direitos da Criana e do Adolescente, PAC PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO, BOLSA-ESCOLA)

    - DURAO CONTINUADA Programas cuja execuo ultrapassam um exerccio financeiro (ex.: Programa Bolsa Escola, Programa de Acelerao do Crescimento, obras com prazo de conclu so superior a um ano etc.)

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    ETAS

    2. LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS LDO

    RIORIDADES

    Conforme visto anteriormente, o Plano Plurianual estabelece objetivos, diretrizes e metaspara quatro exerccios financeiros. Resta-nos saber, entretanto, que parcelas dos programasgovernamentais executar anualmente? Quais as prioridades de execuo?

    Para responder a estes e outros importantes questionamentos que existe a Lei deDiretrizes Oramentrias. Duas definies bsicas de LDO sero apresentadas aqui. A primeiradelas : - A LDO o elenco de prioridades dentro dos programas governamentais expressos noPPA.

    A segunda definio a seguinte: - A LDO o ajuste das prioridades de governo (PPA) s

    reais possibilidades de caixa (LOA). Partindo desta definio, a LDO o elo de ligao entre oplanejamento governamental, idealizado no PPA e a disponibilidade de recurso do entefederativo, definida na LOA, para a realiza o deste sonho.

    A LDO inovao do Poder Constituinte originrio. Portanto, esse instrumento deplanejamento que no existia no ordenamento jurdico anterior surgiu com a nova ConstituioFederal de 1988.

    CARACTERSTICAS Instrumento de planejamento de curto-prazo; Deve ser elaborado em harmonia com o PPA e orientar a elaborao da LOA ; Estabelece as Metas e Prioridades da Administrao, incluindo as despesas de

    capital para o exerccio subseqente ; Dispor sobre as alteraes na legislao tributria ; Fixar a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento (polticas

    prioritrias para o Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econmica, Banco do Nordeste edemais fomentadoras do desenvolvimento).

    Autorizar a concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao deservidores, a criao de cargos, empregos, funes ou alterao na estrutura decarreira, bem como a admisso e contratao de pessoal a qualquer ttulo naadministrao. Exceo: as empresas pblicas e as sociedades de economia mista,nos temos do disposto no artigo 169, 1 da CF, no precisam dessa autorizao naLDO.

    IMPORTANTE!!!!

    Art. 57, 2 da CF/88 A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do

    projeto de LDO. Em tese, pelo teor do caput do artigo 57 da CF, a LDO dever estaraprovada at 17 de julho. Se isso no acontecer, a sesso legislativa prorrogar-se-automaticamente at a aprovao da LDO. Ou seja, a LDO dever ser aprovada antesdo primeiro recesso parlamentar com objetivo de orientar a elaborao da LOA.

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    Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a LDO recebe novas e importantes funes,sendo as mais relevantes as dispostas no art. 4 da LRF (Confira no final da apostila a redao domesmo!!!!!)

    Aps ter lido o artigo supra, verifica- se o glamour que a LRF concede a esse instrumentode planejamento que, com a edio da LC 101/00, passou a ser o principal instrumento deregularizao das contas pblicas, de equilbrio fiscal, de austeridade fiscal!!!!

    A LRF estabelece que a LDO dispor tambm sobre:

    Equilbrio entre receitas e despesas refere-se observncia do princpio do equilbriooramentrio e ao equilbrio durante a execuo do oramento, o chamado equilbrioauto-sustentvel, o equilbrio primrio. Falaremos mais adiante desse equilbrio, queconstitui um dos principais alicerces, pilares da LRF.

    Critrios e forma de limitao de empenho a ser efetivada nas hipteses previstas na

    LRF e atendida nos oramentos anuais; Normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programasfinanciados com recursos oramentrios a lei dever levar em considerao a relaocusto-benefcio entre custos e resultados alcanados;

    Condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas que esto condicionadas aos limites legais, como por exemplo, as transferncias porconvnios;

    Metas fiscais, em anexo prprio, denominado Anexo de Metas Fiscais; Riscos Fiscais, em anexo prprio, denominado Anexo de Riscos Fiscais.

    O 1 do art. 4 da LRF estabelece que deve integrar o projeto de LDO o Anexo de MetasFiscais, que trienal, onde sero estabelecidas as metas anuais, em valores correntes,relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica,para o exerccio a que se referir e para os dois seguintes.

    J FOI QUESTO DE PROVA DE CONCURSO!!!!

  • 8/12/2019 PDF AEP TropadeElite AFO Apostila AlexandreAmerico

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    melhor compreenso dos efeitos da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre a LDO, condio sine qua non o pleno conhecimento dos conceitos de resultado primrio e resultadonominal. Vejamos a seguir.

    Resultado Primrio:

    Determina se o nvel de gasto no oramento dos entes federativos compatvel com suas

    arrecadaes, ou seja, se as receitas primrias (no-financeiras) so capazes de sanar asdespesas primrias (no-financeiras).

    A. Receitas Primrias ou No-Financeiras : correspondem ao total da receita oramentriadeduzidas as operaes de crdito, as provenientes de rendimentos de aplicaesfinanceiras e retorno de operaes de crdito (juros e amortizao), recebimento derecursos oriundos de emprstimos concedidos, as receitas de privatizao e aquelasrelativas a supervits financeiros. Para evitar a dupla contagem, no devem serconsideradas como receitas no-financeiras as provenientes de transferncias entre asentidades que compe o ente federativo.

    B. Despesas Primrias ou No-Financeiras : correspondem ao total da despesaoramentria deduzidas as despesas com juros e amortizaes da dvida interna eexterna, com aquisio de ttulos de capital integralizado e as despesas comconcesso de emprstimos com retorno garantido.

    Da confrontao dos conceitos supramencionados que se pode apurar os seguintesresultados:

    Supervit Primrio : Receitas Primrias > Despesas Primrias Dficit Primrio: Receitas Primrias < Despesas Primrias Resultado Nulo: Receitas Primrias = Despesas Primrias

    METAS

    FISCAIS

    1. RECEITAS ;2. DESPESAS ;3. RESULTADONOMINAL;4. RESULTADO PRIMRIO ;

    5. MONTANTE DA

    DVIDA PBLICAFiscais

    (valores correntes econstantes)

    Exerccio financeiro+dois

  • 8/12/2019 PDF AEP TropadeElite AFO Apostila AlexandreAmerico

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    O Resultado primrio exprime se o ente federativo est ou no exercendo suas atividades

    dentro de seus limites financeiros atribudos a ele gerando a elevao ou reduo do nvel deendividamento.

    Resultado Nominal:

    Atravs do clculo do Resultado Nominal poder ser apurado se o ente necessitar ouno de emprstimos junto s entidades financeiras e/ou setor privado para fazer cumprir comsuas obrigaes. Este resultado pode ser considerado como a Necessidade de Financiamentodo Setor Pblico (NFSP).

    O resultado nominal apurado a partir do acrscimo ao resultado primrio do saldo daConta de Juros que apresenta a diferena entre os juros pagos e recebidos (juros nominais;lquidos) decorrentes de operaes financeiras.

    A partir da confrontao destes conceitos apuramos os seguintes resultados:

    Supervit Nominal : Resultado Primrio > Conta de Juros Dficit Nominal: Resultado Primrio < Conta de Juros Resultado Nulo : Resultado Primrio = Conta de Juros

    O 2 do art. 4 da LRF menciona que o Anexo de Metas Fiscais conter, ainda:

    Avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; Demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria e metodologia de clculo que

    justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs exercciosanteriores e evidenciando a consistncia delas com as premissas e os objetivos dapoltica econmica nacional;

    Evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios, destacando a origeme a aplicao dos recursos obtidos com a alienao de ativos; Avaliao da situao financeira e atuarial de todos os fundos e programas estatais de

    natureza atuarial; Demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da margem de

    expanso das despesas obrigatrias de carter continuado.

    O Anexo de Metas Fiscais AMF representa uma novidade importante dentro daelaborao do oramento pblico e da gesto pblica brasileira. Seu principal objetivo

    demonstrar como ser a conduo da poltica fiscal para os trs exerccios financeiros, ou seja,o exerccio a que se referir a LDO e os dois seguintes. Neste caso, estaro sendo elaboradasmetas trienais, mas que sero revistas a cada ano, quando da elaborao da LDO.

  • 8/12/2019 PDF AEP TropadeElite AFO Apostila AlexandreAmerico

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    Atravs desse anexo pode-se avaliar o cumprimento das metas fiscais dos trs exerccios

    anteriores e demonstrar, em termos financeiros, o que est planejado para o exerccio vigente epara os dois seguintes. Este demonstrativo obriga o gestor pblico a justificar como ircompensar as renncias de receitas concedidas atravs de benefcios fiscais. Deve tambm ogestor observar os limites legais de despesas de carter continuado, como por exemplo, asdespesas com pessoal.

    Outra novidade trazida pela LRF foi o Anexo de Riscos de Fiscais. De acordo com o 3 doart. 4 da LRF, a LDO conter ANEXO DE RISCOS FISCAIS, onde sero avaliados os passivoscontingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas, informando as providncias aserem tomadas caso se concretizem.

    Esse anexo tem por objetivo garantir a realizao dos resultados fiscais apresentados noAnexo de Metas Fiscais. Isso porque qualquer despesa no prevista na elaborao das metaspode comprometer os resultados pretendidos. Neste caso, a partir das despesas em potencialque possam comprometer os resultados oramentrios (como as sentenas judiciais emandamento), ser feita na LOA uma reserva de contingncia para a cobertura dessas despesas.

    ANUAL

    TRIENAL

    AVALIA E

    INFORMA

    OUTROS RISCOS CAPAZES DE AFETAR AS CONTASPBLICAS

    AS PROVIDNCIAS A SEREM TOMADAS, CASO SECONCRETIZEM OS RISCOS FISCAIS.

    OS PASSIVOS CONTINGENTES(Riscos Fiscais)

    Uma das inovaes trazidas pela Constituio de 1988, a LDO submete soberania popular, por meio de seusrepresentantes, a definio das prioridades para aplicao dos recursos pblicos. Vale ressaltar que,anteriormente, o estabelecimento das prioridades no transitava pelo parlamento sendo definidas

    unilateralmente pelo Poder Executivo.

  • 8/12/2019 PDF AEP TropadeElite AFO Apostila AlexandreAmerico

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    Os Riscos Fiscais podem ser, grosso modo, classificados em duas categorias distintas. RiscoFiscal, portanto, o gnero, cujas espcies so: Riscos Oramentrios e Riscos da Dvida.Observe o fluxograma abaixo

    Os riscos oramentrios so aqueles que dizem respeito possibilidade de as receitas edespesas previstas no se confirmarem, isto , de existir desvios entre as receitas ou despesasoradas e as realizadas.

    Riscosoramentrios

    Possibilidades de algumas receitas previstas na LOA

    Necessidade de execuo de despesas no fixadas na LOA ou oradas amenor

    Exemplos de riscos oramentrios:

    Alexandre, seja menos tcnico e mais objetivo: o que so Riscos Fiscais?????

    RISCOS

    FISCAIS

    RISCOS

    ORAMENTRIOS

    RISCOS DA

    DVIDA

    Arrecadao de tributos menor do que o previsto na lei oramentria frustrao na arrecadao,em funo de fatos ocorridos posteriormente elaborao da LOA ou ainda restituio dedeterminado tributo no previsto.

    Restituio de tributos maior que a prevista nas dedues da receita oramentria. Ocorrncia de epidemias, enchentes, abalos ssmicos ou outras situaes de calamidade pblica que

    demandem do Estado aes emergenciais.

  • 8/12/2019 PDF AEP TropadeElite AFO Apostila AlexandreAmerico

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    Os riscos da dvida referem-se a possveis ocorrncias, externas Administrao, caso sejamefetivadas resultaro em aumento do servio da dvida pblica no ano de referncia.

    Riscos da

    Dvida

    Variao das taxas de juros e de cmbio em ttulos VINCENDOS.

    Passivos contingentes que representam dvidas cuja existncia depende de fatores

    imprevisveis, a exemplo dos resultados de julgamentos de processos judiciais.

    INFORMAO CAPCIOSSSIMA!!!

    A Lei de Diretrizes Oramentrias possui trs tipos de contedos, sendo eles:

    1. Constitucional definido na Constituio Federal de 1988 em seus artigos 165, 2, e

    169, 1, inciso II.2. Legal expresso na Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, a Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    3. Especfico originado no prprio corpo ou texto da Lei de Diretrizes Oramentrias.

    importante ressaltar que a LDO o principal instrumento de equilbrio das contaspblicas, vez que a ela foram atribudas inmeras funes, pela Lei Maior e pela Lei deResponsabilidade Fiscal. de suma relevncia que voc as memorize, separadamente, nos seusdois lobos cerebrais. No lado direito do seu crebro, voc ir colocar as funes estabelecidaspela Constituio Federal; no lado esquerdo, as funes estabelecidas pela Lei deResponsabilidade Fiscal. Vamos, portanto, elenc-las em um quadro resumo.

    FUNES ESTABELECIDAS PELA

    CF/88

    (Art. 165, 2; Art. 169, 1, II; Art. 99, 4; Art.127, $ 5)

    FUNES ESTABELECIDAS PELA

    LC 101/00(LRF)

    Art. 4, caput, 1 e 3; Art. 5, III.

    1. Compreender as metas e prioridades daAdministrao Pblica Federal, incluindo as

    7. dispor sobre equilbrio entre receitas edespesas;

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    despesas de capital para o exercciofinanceiro subseqente (Selecionar asprioridades dentre as metas estabelecidas noPPA);

    2. Orientar a elaborao da LOA;3. Dispor sobre as alteraes na legislao

    tributria;4. Estabelecer a poltica de aplicao das

    agncias financeiras oficiais de fomento;5. Estabelecer os limites de despesas paraas propostas oramentrias dos poderes e doMinistrio Pblico;

    6. Estabelecer autorizao especfica paraas hipteses do artigo 169, 1, II. (Autorizar aconcesso de qualquer vantagem ouaumento de remunerao, a criao decargos, empregos e funes, alterao deestrutura de carreiras, bem como a admisso

    ou contratao de pessoal a qualquer ttulo,ressalvadas as empresas pblicas esociedades de economia mista (Art.169, 1,II)

    8. dispor sobre critrios e formas delimitao de empenho;

    9. normas relativas ao controle de custose avaliao dos resultados dosprogramas financiados com recursos dosoramentos;

    10. demais condies e exigncias paratransferncias de recursos a entidades

    pblicas e privadas;11. estabelecer metas fiscais em um Anexoespecfico (AMF) e avaliar os passivoscontingentes e outros riscos capazes deafetar as contas pblicas, informando asprovidncias a serem tomadas, caso seconcretizem (ARF);

    12. estabelecer o montante e a forma deutilizao da Reserva de Contingncia

    3. LEI ORAMENTRIA ANUAL (LOA) ORAMENTO PBLICO

    A Lei Oramentria Anual LOA o mais importante instrumento de gerenciamentooramentrio e financeiro da Administrao Pblica , cuja principal finalidade gerenciar oequilbrio entre receitas e despesas pblicas. Dentre as diversas funes que desempenha oOramento da Unio, destaca-se, nos termos do 7, art. 165, a de reduzir as desigualdadesinter-regionais segundo o critrio populacional.

    Da mesma forma que na LDO, vrias alteraes foram introduzidas, pela LRF, nasistemtica de elaborao do oramento anual. As principais encontram-se elencadas no

    quadro a seguir:

    A LOA deve conter, em anexo, o demonstrativo de compatibilidade da programao dos oramentos com asmetas da LDO, previstas no Anexo de Metas Fiscais (****);

    A LOA deve conter previso para a reserva de contingncias, em percentual da RCL, destinada ao pagamentode passivos contingentes, alm de outros imprevistos fiscais;

    A LOA deve conter as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual e respectivas receitas, sendoo refinanciamento da dvida (e suas receitas) demonstrado de forma separada, tanto na LOA como nas leis decrditos adicionais;

    A LOA no poder conter crdito com finalidade imprecisa ou com dotao ilimitada; Veda-se que a LOA contenha dotao para investimentos com durao superior a um exerccio financeiro queno esteja previsto no PPA ou em lei que autorize a sua incluso, conforme disposto no 1 do art. 167 da

    Constituio Federal.

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    CARACTERSTICAS

    A LOA dever estar compatvel com o PPA e com a LDO.

    Programa a vida econmica e financeira do Estado e o programa de trabalho dogoverno.

    Trata-se de uma lei autorizativa, expressa em termos monetrios. Prioriza as necessidades da coletividade. o oramento propriamente dito. Metodologia atual utilizada na sua elaborao: oramento-programa. Cumpre ano a ano as etapas do PPA; a materializao dos programas contidos

    no PPA. A respectiva lei corresponde, na verdade, a 03(trs) suboramentos, ou 03(trs)

    esferas oramentrias( CF, art. 165, 5). O oramento fiscal e o oramento de investimentos, compatibilizados com o PPA,

    tm o objetivo de reduzir as desigualdades entre as regies, segundo critriopopulacional .

    O Governo s poder iniciar qualquer programa ou projeto se houver autorizaoespecfica na Lei Oramentria.

    A LOA, alm de estimar as receitas e fixar as despesas, poder conter autorizaopara abertura de crditos suplementares e para contratao de operaes decrdito, ainda que por antecipao de receita (ARO).

    Dever acompanha-la um demonstrativo, regionalizado, sobre os efeitos daconcesso de anistia , iseno , remisses, subsdios e benefcios de naturezafinanceira, tributria e creditcia.

    Lei n 4320/64(arts. 2 e 22) esses dispositivos estabelecem quais os documentos,demonstrativosm e anexos que devero integrar a proposta oramentria enviadaanualmente pelo Executivo ao Legislativo. Comporo a proposta oramentria:

    mensagem do Chefe do Executivo; projeto de Lei de Oramento.

    Devem observar trs funes estatais fundamentais: a alocativa, a distributiva e aestabilizadora;

    O oramento lei formal, mas no material, sem criar direitos subjetivos e semmodificar as leis tributrias e financeiras (posicionamento atual do STF).

    A LOA uma lei temporria (vigncia limitada), especial (de conceito determinadoe processo legislativo peculiar) e ordinria(aprovada por maioria simples); O tipo de oramento utilizado atualmente no Brasil o oramento misto , pois aelaborao e a execuo cabe ao Poder Executivo, cabendo ao Poder Legislativosua votao e controle.

    Tipos de oramento existentes : (1) Legislativo; (2) Executivo; (3) Misto.

    (****) Esse demonstrativo em anexo Lei Oramentria Anual dever evidenciar acompatibilidade entre o PPA e a prpria LOA, ou seja, se tais instrumentos de planejamentoesto compatveis com as metas e prioridades estabelecidas na LDO.

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    NO CONFUNDA!!!!! Os anexos de riscos e metas fiscais so instrumentos da LDO. A LOA deveconter a Reserva de Contingncia, que uma dotao global com a finalidade de atender ospassivos contingentes e outros riscos fiscais imprevistos.

    A Reserva de Contingncia uma dotao de recursos de forma global, no destinada anenhum rgo ou projeto especfico, posto que no especifica ou detalha onde os recursossero aplicados. Portanto, se dotao oramentria, deve estar prevista na LOA. A LeiOramentria Anual o instrumento legal indicado para alocao de receitas e despesasoramentrias.

    Por ser uma dotao global no destinada a nenhum rgo ou projeto especfico, aReserva de Contingncia uma exceo ao princpio da especificao ou especializao dooramento.

    Alexandre, que fatos podem ensejar dvidas (passivos) contingenciais a serem cobertas com a reserva de contingncias??????

    Dimenses ou aspectos do oramento: Jurdica: essa dimenso a que define o oramento ou integra a lei

    oramentria no conjunto de leis do pas.O oramento uma lei formal; Econmica : Corresponde caracterstica que atribui ao oramento o poder

    de intervir na atividade econmica, propiciando gerao de emprego erenda em funo de investimentos que podem se previstos e realizados pelosetor pblico, resultando com isso no desenvolvimento do pas;

    Financeira: representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos

    obtidos com a arrecadao de receitas e os dispndios com as sadas derecursos proporcionado pelas despesas, evidenciando a execuooramentria.

    Lides de ordem tributria e previdenciria; Aes trabalhistas referentes aplicao da Unidade Real de Valor (URV) no primeiro semestre de 1994; Disputa sobre o percentual de reajuste dos saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS), em

    funo do plano Vero de 1989 e do Plano Collor I de 1990

    CONTER RESERVA DE CONTINGNCIAS

    ESTALECER MONTANTE E FORMA DE UTILIZAO DA

    RESERVA DE CONTINGNCIAS

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    Poltica: corresponde definio de prioridades, numa situao de escassez

    de recursos, por exemplo; Tcnica: representa o conjunto de regras e formalidades tcnicas e legais

    exigidas no processo oramentrio(ciclo oramentrio)

    ORAMENTO TRADICIONAL X ORAMENTO MODERNO

    O Oramento Pblico um demonstrativo obrigatrio e padronizado para cada esfera dafederao. um cuidado necessrio para que a sociedade tome conhecimento dosprogramas de governo e assegurar seu cumprimento.

    O conceito de oramento tem mudado bastante ao longo do tempo, por causa daevoluo de suas funes, que so hoje bem diferentes que no passado.

    A histria do Oramento Pblico evoluiu em duas grandes fases: a do oramento tradicionale a do moderno.

    Oramento Oramento ( ORAMENTO PROGRAMA )

    Tradicional Moderno

    Lei 4.320/64

    Dl 200/67

    CF/88

    Gastos Planejamento

    O tradicional(ou clssico) tinha como sua principal funo o controle poltico. Possibilitou ocontrole poltico do Poder Executivo pelo Poder Legislativo.

    O Oramento Tradicional, ao lado da linguagem contbil, adotava classificaes suficientesapenas para instrumentalizar o controle das despesas pura e simplesmente.

    Eram adotadas duas classificaes clssicas:

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    a) por unidades administrativas (os rgos responsveis pelos gastos)b) por objetivo ou item de despesa( era simplesmente previso de receita e autorizao de

    despesa, no era de acordo com programas e objetivos a atingir)

    O oramento clssico evoluiu para o Oramento de Desempenho ou de realizaes, onde sebuscava saber as coisas que o governo faz e no as coisas que o governo compra. Assim,saber o que a Administrao Pblica comprava tornou-se menos relevante do que saberpara que se destinava aquela aquisio. O oramento de desempenho, embora j ligadoaos objetivos, no poderia, ainda, ser considerado um oramento-programa, visto que lhefaltava uma caracterstica essencial, que era a vinculao ao sistema de planejamento.

    A idia de oramento moderno nasceu nos EUA. Exigia-se que os oramentos deveriamconstituir-se de instrumentos de administrao, de forma que auxiliassem o Executivo nasvrias etapas do processo administrativo.

    Atualmente, as polticas econmicas tm sido inibidoras da expanso das despesas pblicas,por isso, o papel que vem sendo reforado o do oramento como instrumento de controleeconmico . Eleva-se a funo de planejamento do oramento, para evitar dficit (gastarmais que recebe).

    A adoo do oramento-programa na esfera federal foi efetivada em 1964, a partir daedio da Lei n 4.320. O Decreto-Lei n 200, de 23/2/67, menciona o oramento-programacomo plano de a o do Governo Federal quando, em ser art. 16, determina: em cada anoser elaborado um oramento-programa que pormenorizar a etapa do programaplurianual (PPA) a ser realizado no exerccio seguinte e que servir de roteiro execuocoordenada do programa anual.

    Oramento-programa a metodologia utilizada para a elaborao do oramentoatualmente. a alocao dos recursos com nfase no no objeto do gasto, mas no seuobjetivo. No apenas documento financeiro, mas, principalmente, um instrumento deoperacionalizao das aes do governo, viabilizando seus projetos/atividades/operaesespeciais em consonncia com os planos e diretrizes estabelecidos, merecendo destaque asseguintes vantagens:

    a) Melhor planejamento de trabalho;b) maior preciso na elaborao do oramento;

    c) melhor determinao das responsabilidades;d) maior oportunidade para reduo dos custos;e) maior compreenso do contedo oramentrio por parte do Executivo, do Legislativo e

    do pblico;f) facilidade para identificao de duplicao de funes;

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    g) melhor controle da execuo do programa;h) identificao dos gastos e realizaes por programa e sua comparao em termos

    absolutos e relativos;i) apresentao dos recursos e dos objetivos da instituio e do inter-relacionamento entre

    custos e programas; e j) nfase no que a instituio realiza e no no que gasta

    Segundo Pascoal, a palavra programa revela caracterstica, uma qualidade dooramento moderno. O oramento-programa instrumento de planejamento que permiteidentificar os programas, os projetos e as atividades que o governo pretende realizar, almde estabelecer os objetivos, as metas, os custos e os resultados esperados e oferecer maiortransparncia dos gastos pblicos. Ressalte-se, porm, que, durante a evoluo dooramento-programa (oramento moderno), houve o chamado ORAMENTO DEDESEMPENHO (ou por realizaes). No oramento de desempenho , procura-se saber ascoisas que o governo FAZ, e no as coisas que o governo COMPRA. A nfase dada aosresultados. Todavia, no se podia ainda falar em oramento-programa, pois no haviaqualquer vinculao do oramento ao planejamento governamental. Partiu-se, ento, parauma tcnica mais elaborada, que foi o oramento-programa.

    ORAMENTO PROGRAMA

    DIRETRIZES OBJETIVOS METAS PROGRAMAS

    Conjunto de critrios.

    de ao e de deciso

    que deve disciplinar eorientar os diversosaspectos envolvidos

    no Processo dePlanejamento.

    Resultados que se

    Pretende alcanar

    Especificao equantificao fsica e

    financeira dos objetivosestabelecidos

    Aes que resultem emservios prestados

    comunidade passveis

    de quantificao.

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    Giacomoni destaca que, essencialmente, o oramento-programa deve conter:

    a) os objetivos e propsitos perseguidos pela instituio e para cuja consecuo soutilizados os recursos oramentrios;

    b) os programas, isto , os instrumentos de integrao dos esforos governamentais, nosentido da concretizao dos objetivos;

    c) os custos dos programas medidos por meio da identificao dos meios ou insumos(pessoal, material, equipamentos, servios etc.) necessrios para a obteno dosresultados; e

    d) as medidas de desempenho , com a finalidade de medir as realizaes (produto final) e osesforos despendidos na execuo dos programas.

    Alexandre, e como se d o relacionamento entre as partes principais da estruturaesqueltica do oramento-programa?????

    Vamos observar o fluxo desse relacionamento a partir da figura abaixo.

    Com base no que foi disposto, possvel destacar as principais caractersticas do oramento-programa:

    1. oramento o elo entre o planejamento e as funes executivas da organizao;2. a alocao de recursos visa consecuo de objetivos e metas;3. as decises oramentrias so tomadas com base em avaliaes e anlises tcnicas das

    alternativas possveis;4. na elaborao do oramento, so considerados todos os custos dos programas, inclusive

    os que extrapolam o exerccio;5. a estrutura do oramento est voltada para os aspectos administrativos e de

    planejamento;6. o principal critrio de classificao das despesas : funcional e programtico;7. utilizao sistemtica de indicadores e padres de medio do trabalho e dos resultados;8. controle para avaliar resultados sob a gide da eficincia, eficcia e efetividade na

    execuo dos programas de Governo, que correspondem aos indicadores de resultadosna Administrao Pblica.

    DEMANDA

    CUSTO

    MEDIDA DE

    DESEMPENHO

    PROGRAMA

    META

    OBJETIVODIRETRIZES

    PRODUTO

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    ORAMENTO TRADICIONAL VERSUS ORAMENTO-PROGRAMA

    ORAMENTO TRADICIONAL ORAMENTO-PROGRAMA

    O processo oramentrio dissociado dosprocessos de planejamento e programao

    O oramento o elo entre o planejamento eas funes executivas da organizao

    A alocao de recursos visa aquisio demeios

    A alocao de recursos visa consecuo deobjetivos e metas.

    As decises oramentrias so tomadas tendoem vista as necessidades financeiras dasunidades organizacionais

    As decises oramentrias so tomadas combase em avaliaes e anlises tcnicas dasalternativas possveis.

    Na elaborao do oramento soconsideradas as necessidades financeiras das

    unidades organizacionais

    Na elaborao do oramento soconsideradas todos os custos dos programas,

    inclusive os que extrapolam o exerccio.A estrutura do oramento d nfase aos

    Aspectos contbeis da gesto.

    A estrutura do oramento est voltada para osaspectos administrativos e de planejamento.

    Principais critrios classificatrios: unidadesadministrativas e elementos.

    Principal critrio de classificao: funcional-programtico.

    Inexistem sistemas de acompanhamento e

    medio do trabalho, assim como dosresultados.

    Utilizao sistemtica de indicadores e

    padres de medio do trabalho e dosresultados.

    O controle visa avaliar a honestidade dosagentes governamentais e a legalidade nocumprimento do oramento.

    O controle visa avaliar a eficincia, a eficciae a efetividade das aes governamentais.

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    O Oramento Programa permite a avaliao do resultado das aes governamentaisatravs das medidas de eficincia, eficcia e efetividade. A seguir, elencamos a diferenaentre os conceitos:

    Eficincia pode ser medida pelo resultado obtido entre o volume de bens e serviosproduzidos e o volume de recursos consumidos, para alcanar a economia de recursos naconsecuo dos objetivos, obtendo o melhor desempenho na operacionalidade das aes. acapacidade que tem o gestor pblico de aplicar recursos de forma otimizada.

    Eficcia ocorre quando os objetivos pr-estabelecidos so atingidos. Pode ser medidapelo grau de cumprimento dos objetivos fixados nos programas de ao, comparando-seresultados obtidos com os previstos, ou seja, quando mais prximos os gestores estiverem dosresultados esperados, mais eficaz ter sido a sua gesto.

    Efetividade mede o impacto final da atuao governamental em termos de eficincia eeficcia na utilizao dos recursos, determinando o cumprimento das finalidades do governo ejustificando sua existncia. a capacidade que tem o gestor pblico de satisfazer asnecessidades da coletividade, num determinado espao de tempo.

    ORAMENTO BASE ZERO

    Dentre as formas ou classificao de oramento moderno pode-se citar uma experinciaabsorvida da iniciativa privada que ficou denominada de Oramento Base-Zero.

    Essa metodologia de oramento teve sua origem em 1968, numa experinciadesenvolvida por Peter A. Pyhrr, na Texas Instruments, e tem como princpio reavaliar todos osprogramas e despesas a cada perodo.

    Quando foi governador do Estado da Gergia, Jimmy Carter implantou o OramentoBase Zero em seu Estado e depois levou a experincia para o mbito do governo federal e aaplicou em alguns Ministrios.

    O Oramento Base-Zero centrava o foco na questo dos indicadores de avaliao daspolticas pblicas, dos programas, dos projetos, atividades inseridos no oramento que notiveram uma avaliao adequada e novamente eram inseridos no oramento do prximo ano.

    Ao contrrio do oramento tradicional que j parte de uma determinada baseoramentria, acrescentando apenas uma projeo de inflao, o Oramento Base-Zero exigeque cada administrador justifique detalhadamente todas as dotaes solicitadas em seuoramento, cabendo-lhe justificar por que deve gastar o recurso. Cada administrador obrigado a preparar um pacote de deciso para cada atividade.

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    O Oramento Base Zero traz uma contribuio importante e uma provocao aos

    gestores pblicos. Essa modalidade de oramento moderno questiona a deficincia nasinformaes sobre a anlise dos resultados, e o que se convencionou chamar deincrementalismo a reproduo simples do passado, ou seja, repete-se alguns programas dosoramentos anteriores porque no se tem parmetro ou anlise dos programas.

    O oramento base-zero aquele sobre o qual no h direitos anteriores. comum no caso deentes novos. Por exemplo, pode-se citar a criao de um novo municpio. Como no hexperincias anteriores, no h muitos parmetros para definir-se quanto ir para a secretariade sade, de educao, etc.

    PROCESSO LEGISLATIVO ORAMENTRIO

    Iniciativa

    Base Constitucional: art. 84, XXIII da CF/88; art. 61, 1, II, b ; art. 85,VI; art. 166 6

    So de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, leis que envolvam matriaoramentria. Esta iniciativa privativa e indelegvel ;

    No Brasil, diz-se que a iniciativa de iniciativa vinculada , vez que, embora acompetncia pela iniciativa seja do titular do Poder Executivo, o mesmo est obrigadoao prazo determinado em legislao;

    Todas as leis de elaborao do PPA, LDO e LOA so ordinrias de iniciativa do Chefedo Poder Executivo;

    A omisso(no exercer a iniciativa ou deixar de cumprir o prazo determinado pela CF,CE e LOM) do chefe do executivo constitui crime de responsabilidade CF/88, art. 85,VI);

    Prazos

    Caber a uma lei complementar dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, aelaborao e a organizao do PPA, da LDO e da LOA(art. 165, 9, I da CF/88). O que ocorre que essa lei complementar ainda no foi editada. Assim, a Unio, os Estados e os Municpiosque no estabeleceram prazos especficos continuam seguindo o disposto no art. 35, 2, doADCT da CF/88, que determina os prazos na tabela seguinte:

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    Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro( Redao dada pela Emenda Constitucional n50, de 2006 ).

    Cuidado com essa mudana!!! O ADCT refere-se ao encerramento do 1 perodo da sesso legislativa e encerramento dasesso legislativa, no estabelecendo datas. Com a Emenda n 50/2006 , as datas foramalteradas!!!!!!

    Ainda, o 2 do mesmo artigo versa:

    2 A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do projeto de lei de diretrizesoramentrias.

    Com base no pargrafo do artigo supra disposto, pode-se inferir que uma das situaes queimpede o incio do recesso parlamentar em 18 de julho a no aprovao do projeto de lei dediretrizes oramentrias at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa.

    Alexandre, quando vc se referia aos prazos deenvio da proposta oramentria, dois

    questionamentos me vieram tona acerca doNo-envio e No-Devoluo dos Projetos!!!!!!

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    Lei 4.320/1964:

    (...) Se no receber a proposta no prazo fixado nas Constituiesou nas Leis Orgnicas dos Municpios, o Poder Legislativoconsiderar como proposta a Lei de Oramento vigente.

    Valdecir Pascoal entende que, de formadiversa, na falta de uma regra permanente que regule essa

    situao excepcional, tanto na Unio como em algunsestados, a LDO vem tratando dessa questo, estabelecendo

    que o Executivo fica autorizado a gastar determinadaproporo(X/12) da proposta que ainda est tramitando.

    Com base na LDO, o Poder Executivo elabora a proposta oramentria para o anoseguinte, com a participao dos Ministrios (rgos setoriais) e das unidades oramentrias dosPoderes Legislativo e Judicirio.

    Por determinao constitucional, conforme visto no quadro anterior (art. 35, 2, inciso III

    do ADCT), o governo obrigado a encaminhar o projeto de lei do oramento ao CongressoNacional at quatro meses antes do encerramento da sesso legislativa e, consequentemente,do exerccio financeiro, o que corresponde a 31 de agosto.

    1) E se o chefe do Poder Executivono encaminhar a proposta

    oramentria no prazo fixado nasConstituies e nas Leis Orgnicas

    dos Municpios?

    Tome nota !!!

    O art. 32(aolado) da Lei n 4.320/64 responde a essequestionamento,determinando queo PoderLegislativo

    2) E se o Poder Legislativo nodevolver o projeto de lei

    aprovado para sano do Chefedo Poder Executivo at o dia 31

    de dezembro?

    ome n ota

    Apesar de no previstoem legislao, entendea doutrina que caber,

    por princpio dasimetria , a promulgao

    por parte do PoderExecutivo, tal como oenviou ao Legislativo,ignorando eventuais

    DUODCIMOS

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    Acompanha a proposta uma mensagem do Presidente da Repblica, na qual feito um

    diagnstico sobre a situao econmica do pas e suas perspectivas. A Constituio determinaque a Proposta Oramentria deve ser votada e aprovada at o final da sesso legislativa,atualmente encerrando a 22 de dezembro. Depois de votada no Legislativo, a proposta seguepara o Executivo, que dispe de 15 dias para sancionar ou vetar. Sancionada, entra em vigor apartir de sua publicao at o encerramento do exerccio financeiro seguinte ao de suaelaborao. Entretanto, se o Executivo resolver vetar esta proposta, devolver para o legislativo

    que dispe, inicialmente de 30 dias para uma anlise prvia do veto executivo, podendorestitu-la neste prazo ou posteriormente.

    Quando do retorno da Proposta da LOA, o Executivo dever se manifestar em 48 horas. Seno houver nenhuma manifestao de vontade, neste perodo, ocorrer a sano tcita desta,ou seja, a LOA entrar automaticamente em vigor aps este prazo.

    Se houver, entretanto, reao contrria, ou melhor o segundo veto por parte doExecutivo, este devolver a Proposta ao Legislativo, onde dever ser sancionada peloPresidente do Senado, e em sua ausncia, pelo Vice-Presidente do Senado.

    Apreciao(Discusso) pelo Poder Legislativo

    O Processo Legislativo Oramentrio um processo especial , pois a CF estabelece, em regra,uma apreciao conjunta da matria , sendo apreciado pelas duas Casas do CongressoNacional, na forma do regimento comum (art. 166 da CF/88), que corresponde ao Regimentodo Congresso Nacional.

    Essa fase do processo, portanto, consiste na etapa destinada ao debate em plenrio,conhecida, tambm, por fase de discusso , sendo subdvidida nas seguintes etapas: proposiode emendas, voto do relator, redao final e votao em plenrio.

    apreciao e votao dos projetos (PPA, LDO e LOA) e das leis referentes a crditosadicionais cabe ao Poder Legislativo em suas respectivas esferas;

    a apreciao dos projetos de leis oramentrias(PPA, LDO, LOA) e dos projetos relativos acrditos adicionais( suplementares e especiais ) conjunta , feita pelas duas Casas doCongresso Nacional(Cmara e Senado);

    a apreciao obedecer s regras do regimento comum; ATENO!!!! embora a sesso de apreciao( discusso e votao ) seja CONJUNTA, aapurao dos votos, SEMPRE, dar-se- separadamente(art. 43 do Regimento do CongressoNacional)

    Durante a discusso desta proposta no exerccio subseqente de sua gerao, a cada ms ser executado 1/12 daLei de Diretrizes Oramentrias LDO anteriormente aprovada, enquanto no houver Lei Oramentria Anual

    legalmente vlida.

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    A no-obteno de maioria simples em, pelo menos, uma das Casas, importar na

    rejeio da matria. a apreciao das leis oramentrias pelo Poder Legislativo indelegvel , vez que essa

    matria no pode ser objeto de lei delegada( art. 68, 1, III da CF);Emendas

    Base Constitucional: art. 166, 2, 3, 4 ,

    As emendas devem ser apresentadas Comisso Mista Permanente de Deputados eSenadores, que sobre elas emitir um parecer , e, apreciadas, na forma regimental, pelo Plenriodas duas Casas do Congresso Nacional( conjuntamente ).

    A Comisso Mista dever emitir parecer sobre as emendas antes de serem apreciadas peloplenrio.

    Ficar a cargo da Comisso Mista a redao final do projeto de lei.

    Aplicao do Processo Legislativo Comum

    O processo legislativo oramentrio considerado um processo legislativo especial; no entanto,atendidas as regras ou os preceitos especiais, aplicam-se aos projetos que tratam de matria

    oramentria, no que no contrariar o disposto no processo legislativo especial (art. 166 daCF/88), as demais normas relativas ao processo legislativo comum(art. 66 da CF sano,promulgao, veto, informao das razes de veto etc.).

    Sano

    Uma vez aprovado no Legislativo, ser necessria a aquiescncia do titular do Poder Executivoao projeto de lei aprovado. Assim, o titular do Poder Executivo somente sancionar o projeto seestiver de acordo com o mesmo, conforme determina o art. 66 da CF/88: a Casa na qual tenhasido concluda a votao enviar o projeto de lei ao Presidente da Repblica, que,aquiescendo, o sancionar.

    Veto

    Caso no esteja de acordo com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo, poder veta-lo totalou parcialmente, conforme art. 66 da CF/88.

    Promulgao

    Consiste no atestado de validade da existncia da lei. , portanto, um ato declaratrio,

    demonstra que a lei executvel, ou seja, quando o titular do Poder Executivo aquiesce com oprojeto de lei, tambm o est promulgando , pois o ato de sancionar j imprime carter deexecutoriedade lei, restando, no entanto, para que possa ter eficcia e se tornar obrigatria,o ato de publicao.

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    Publicao

    Apesar de acabada, a lei, para se tornar executvel e obrigatria, necessita de publicao norgo de imprensa oficial da esfera governamental ( Dirio Oficial). A publicao consiste noatestado de conhecimento de que uma lei nova est em vigor. Ao contrrio da promulgao,que revela a executoriedade de uma lei, a publicao impe a sua obrigatoriedade, pois, coma promulgao, a lei existia, mas no obrigava o seu cumprimento; aps a sua publicao, elase torna obrigatria, no podendo ser alegado o seu desconhecimento.

    CONCEITOS IMPORTANTES!!!!

    (1) Crdito oramentrio : autorizao da prpria lei oramentria ou de crdito adicionalexpressa nos programas de trabalho. Corresponde dotao prevista na lei de oramento.Exemplo: Recuperao da pavimentao das rodovias federais

    (2) Crdito Adicional: a dotao prevista nas leis sucessivas ao oramento, cuja finalidade atender a despesas no computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Oramento.(3) Dotao oramentria : o montante (limite) da autorizao dada na lei oramentriapara gastos, ou seja, o valor que pode ser gasto em um crdito.

    (4) Unidade oramentria (UO): aquela contemplada com dotao diretamente na leioramentria.

    (5) Unidade administrativa (UA): aquela que recebe autorizao por descentralizao deuma UO ou outra UA.

    (6) Unidades Executoras (UE): so aquelas que efetivamente realizam o gasto, ou seja,executam a despesa oramentria.

    (7) SOF/MPOG (Secretaria de Oramento Federal) : corresponde ao rgo central do sistemade oramento, vinculado ao Ministrio de Planejamento, Oramento e Gesto.

    (8) Descentralizao Oramentria : movimentao da autorizao de despesa da unidadeoramentria para a unidade administrativa. Pode ser Proviso (se interna) ou Destaque (seexterna)

    (9) Proviso ou descentralizao interna de crditos : quando envolve unidades gestoras deum mesmo rgo, ministrio ou entidade integrante dos oramentos fiscal e da seguridadesocial.

    (10) Destaque ou descentralizao externa de crditos : quando envolve unidades gestorasde rgos, ministrios ou entidades de estruturas administrativas diferentes (de um rgo paraoutro)

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    (11) Descentralizao Financeira : movimentao de recursos financeiros do rgoarrecadador (Ministrio da Fazenda, na Unio, Secretarias da Fazenda ou de Finanas, nosEstados e Municpios) aos demais rgos na estrutura organizacional do mesmo ente dafederao (intra-governamental). Na linguagem contbil, podem ser de dois tipos (Repasse eSub-Repasse).

    (12) Cota: a primeira fase da descentralizao das disponibilidades financeiras, consiste natransferncia do rgo central de programao financeira para os rgos setoriais do sistema.Essa movimentao est condicionada, entre outras coisas, efetiva arrecadao de recursosfinanceiros pelo Tesouro Nacional e ao montante de compromissos financeiros assumidos pelosrgos.

    (13) Repasse: importncia financeira que a unidade oramentria transfere a outro Ministrio(ou Secretaria de Estado ou de Municpio) ou rgo. a descentralizao das disponibilidadesfinanceiras vinculadas ao oramento, recebidas anteriormente sob a forma de cota daSTN/MF, sendo de competncia dos rgos setoriais de programao financeira, que astransfere para outro rgo ou ministrio.

    (14) Sub-Repasse: importncia financeira que a unidade oramentria transfere a outraunidade oramentria ou administrativa do mesmo Ministrio (ou Secretaria de Estado oMunicpio) ou rgo. Corresponde descentralizao de disponibilidades financeirasvinculadas ao oramento, realizada pelos rgos setoriais de programao financeira, paraunidade oramentria (UO) ou unidade administrativa (UA) a eles vinculadas, ou seja, quefaa parte da sua prpria estrutura.

    Recursos Oramentrios Recursos Financeiros

    Dotao Cota

    Movimentao de Crditos

    Oramentrios (Descentralizao deCrditos

    Movimentao de RecursosFinanceiros

    Destaque Repasse

    Proviso Sub-repasse

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    (15) Sistema de oramento federal : sistema COMPOSTO dos seguintes rgos:

    SOF/MPOG;Unidades setoriais em cada Ministrio ou rgo equivalente;Unidades Oramentrias , as quais efetivamente realizam o gasto, ou seja,executam a despesa por meio de um unidade executora.

    HIERARQUIA DAS LEIS ORAMENTRIAS

    VIGNCIA

    QUADRIENAL ANUAL ANUAL

    PPA LDO LOA

    CAPCIOSSSIMA!!!!

    A movimentao de crditos oramentrios (autorizaes de despesas) em sentido horizontal denomina-se destaque . Quando ocorre o destaque , deve ocorrer tambm o repasse (envio dos recursos financeirospara lastrear os crditos destacados outra entidade).

    A movimentao de recursos oramentrios em sentido vertical denomina-se proviso. Quando ocorre a proviso, deve ocorrer tambm o sub-repasse (envio dos recursos financeiros para lastrear os crditosremetidos outra unidade).

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    Legendas:

    OF Oramento Fiscal

    OIE Oramento de Investimentos de Estatais

    OSS Oramento de Seguridade Social

    (1) O fato de o oramento estar discriminado em trs esferas oramentrias(desenho acima)no fere o Princpio da Unidade(Totalidade). Essa diviso sistemtica tem o condo deoferecer uma viso integrada das aes governamentais. Os recursos dos oramentos fiscaise da seguridade social provm basicamente da cobrana de tributos e contribuies, bemcomo da explorao do patrimnio pblico. O oramento de investimento das estataiscompreende as despesas com aquisio de bens para o ativo imobilizado, excetuadas asrelativas aquisio de bens para arrendamento mercantil.

    (2) O Oramento da seguridade social compreende no s as entidades e rgos a elavinculados, mas tambm todas as despesas relativas sade, previdncia e assistnciasocial, independentemente da unidade oramentria responsvel.

    _____________________________________________________________________________________

    ASSUNTO: PRINCPIOS ORAMENTRIOS PROFESSOR ALEXANDRE AMRICO

    1. Princpios

    Os princpios so premissas e linhas norteadoras de ao a serem observadas na concepo daproposta de oramento. Sua principal finalidade disciplinar e orientar a ao dosgovernantes.

    ATENO!!!!!

    A lei n 4.320/64, que estatui normas gerais de Direito Financeiro, em seu artigo 2,determina obedincia a trs princpios: unidade , universalidade a anualidade (ouperiodicidade ). Os demais princpios no derivam dessa lei, mas da sistemtica deelaborao das diversas LOAs e de entendimentos da Constituio da Repblica Federativado Brasil.

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    OBS: No h uma lista exaustiva de princpios oramentrios, pois o prprio conceito deoramento pblico est em constante evoluo. Sero abordados a seguir os princpios maisaludidos pela doutrina e pelo ordenamento jurdico pertinente rea oramentria

    1.1. Princpio da Legalidade Oramentria (PRINCPIO CONSTITUCIONAL)

    O princpio da Legalidade est previsto no inciso II do art. 5 da Constituio Federal de 1988(CF/88):

    Ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.

    Por este princpio, todo o oramento pblico deve ser elaborado por lei e todas as leis quetratam de matria oramentria (as leis do Plano Plurianual PPA, de Diretrizes Oramentrias LDO, a Lei Oramentria Anual LOA, as leis que autorizam os crditos suplementares eespeciais etc) devem ser aprovadas pelo Poder Legislativo.

    O inciso I ao art. 167 da CF uma aplicao do princpio da legalidade:

    (...) vedado o incio de programas ou projetos no includos na lei oramentria..

    CUIDADO NAS QUESTES DE CONCURSOS!!!!

    O princpio da legalidade amplo e genrico. Quando a questo falar de elaborao de leis eexame de legislativo, est se referindo ao princpio de legalidade.

    EXCEO AO PRINCPIO DA LEGALIDADE ORAMENTRIA!!!!!

    ABERTURA DE CRDITOS EXTRAORDINRIOS PARA ATENDER DESPESASIMPREVISVEIS E URGENTES ( Art. 167, 3 da CF ). Este tipo de crdito aberto pormedida provisria ou decreto, instrumentos disposio do chefe do Poder Executivo,conforme o caso!!!!

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    pelo chefe do Poder Executivo at o trmino da sesso legislativa; no ano 2, o oramento serexecutado (as receitas efetivamente arrecadadas e as despesas realizadas); por fim, no ano 3,o oramento ser controlado, via processo de prestao de contas a ser encaminhado aoPoder Legislativo. Ou seja, o ciclo oramentrio comea no ano 1 e se encerra no ano 3,ultrapassando, portanto, o perodo de um ano . possvel afirmar, diante do exposto, que oexerccio financeiro ( perodo em que o oramento executado ) de 365 dias, coincidindo como ano civil.

    .

    1.3. Princpio da Universalidade

    Princpio tambm consagrado na Lei 4.320/64, em seu art. 2:

    De acordo com o art. 3 da Lei 4.320/64:

    (...) a Lei do oramento compreender todas as receitas inclusive as de operaes decrdito autorizadas por lei.

    EXCEO AO PRINCPIO DA ANUALIDADE!!!!

    AUTORIZAO E ABERTURA DE CRDITOS ORAMENTRIOS ESPECIAIS EEXTRAORDINRIOS COM VIGNCIA PLURIANUAL

    Constituio Federal de 1988, art. 167, 2:

    (...) os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiroem que forem autorizados , salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimosquatro meses daquele exerccio , caso, em que, reabertos nos limites de seus saldos, seroincorporados ao oramento do exerccio subseqente .

    BASE CONSTITUCIONAL: art. 165, 5 da CF/88

    BASE INFRACONSTITUCIONAL: art. 2, 3, 4 e art 6, Lei n 4.320/64

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    Receita R$ Despesa R$

    IPVA 50.000,00

    Transferncia aos Municpios 0

    Outro exemplo: Vamos supor que um determinado Estado da federao arrecade R$ 1.000,00de ICMS, e seja obrigado a repassar aos municpios 25% deste montante. Em atendimento aoprincpio do oramento-bruto, no oramento, deve constar o total da previso da receita (R$1.000,00) e, na despesa, R$ 250,00 (25% pertencente aos municpios). No pode constar da peaoramentria uma receita lquida de R$ 750,00, pois este procedimento violaria o referidoprincpio.

    1.6.Princpio da Exclusividade (ou da Pureza) (CONSTITUCIONAL)

    O princpio da exclusividade est previsto no art. 165; 8 da CF/88:

    (...) A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa.

    Significa que a lei oramentria no poder tratar de outros assuntos como, por exemplo, lei dodivrcio, criao de tributos, fixao de remunerao, subsdio, etc. Depreende-se, portanto,que o oramento conter apenas matria financeira. Devido celeridade da votao de leisoramentrias, os parlamentares incluam nelas outras matrias, visando uma rpida aprovaode seus projetos de lei.

    EXCEES AO PRINCPIO DA EXCLUSIVIDADE!!!!

    AUTORIZAO PARA O PODER EXECUTIVO ABRIR CRDITO ADICIONALSUPLEMENTAR (Observe que os demais crditos adicionais especiais eextraordinrios- no se incluem na exceo );

    AUTORIZAO PARA CONTRATAR OPERAES DE CRDITO (realizaremprstimos ), AINDA QUE POR ANTECIPAO DA RECEITA.

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    1.7. Princpio da Discriminao, Especializao ou Especificao (INFRACONSTITUCIONAL)

    PALAVRA-CHAVE: DETALHAMENTO

    Est previsto no art. 5 da Lei 4.320/64:

    (...) A Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a atenderindiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ouquaisquer outras, ressalvado o disposto no art. 20 e seu pargrafo nico.

    O art. 15, 1, do mesmo diploma legal tambm se refere a este princpio:

    (...) Na Lei de Oramento a discriminao da despesa far-se- no mnimo por elementos.

    1. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, servios, obras e outros meios de que se serve a administrao pblica para consecuodos seus fins.

    A LGICA DO PRINCPIO SE RESUME AO SEGUINTE:

    O oramento precisa ser detalhado, especificado, para facilitar seu entendimento eacompanhamento

    Dessa forma, no so admitidas dotaes globais, a EXCEO de:

    A primeira exceo est prevista no art. 20 da Lei 4.320/64:

    Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-se subordinadamente normas gerais de execuo da despesa podero ser custeadas pordotaes globais , classificadas entre as Despesas de Capital(so os chamadosINVESTIMENTOS EM REGIME DE EXECUO ESPECIAL);

    A outra exceo a Reserva de Contingncias , que uma dotao global para atenderpassivos contingentes outras despesas imprevistas.

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    1.8. Princpio do Equilbrio Oramentrio (PRINCPIO INFRACONSTITUCIONAL)

    O equilbrio pressupe que a receita prevista na LOA deve ser igual despesa nela fixada

    A finalidade deste princpio a de impedir o dficit oramentrio, principalmente.

    No mbito da LOA, tal princpio absoluto, pois, as receitas previstas devem, rigorosamente, seriguais s despesas fixadas. Trata-se do equilbrio formal. A priori, s recomendvel que se gasteaquilo que se tem. Assim o oramento deve funcionar como uma ferramenta de planejamentoreal, contemplando gastos que sero realizados em funo das receitas que sero arrecadas.Por isso no se deve prever mais receitas que despesas.

    1.9. Princpio da No-afetao das Receitas de IMPOSTOS (PRINCPIO CONSTITUCIONAL)

    Este princpio est previsto no art. 167, IV, 4 da CF/88:

    (...) vedada a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem osarts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade, paramanuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades daadministrao tributria, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2, 212 e37, XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao da receita,previstas no art. 165, 8, bem como no disposto no 4 deste artigo.

    A LGICA DO PRINCPIO : Os impostos, regra geral, no podem ser vinculados a rgos, entidades, fundos ou despesas

    Impostos Aplicao Desvinculada

    INFORMAO CAPCIOSSSIMA!!!!

    Uma outra interpretao dada ao Princpio do Equilbrio e que tem sido cobrada em concursos maisrecentes (2005 e 2006) que este preconiza que o governo no absorva da coletividade mais doque o necessrio para o financiamento das atividades a seu cargo, condicionando-se e realizao dedispndios capacidade efetiva de obteno dos ingressos capazes de financi-los.

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    X

    Taxas e Contribuies Pode ser Vinculado

    ATENO!!!

    Observe que o artigo veda a vinculao de impostos, significando que pode haver vinculaopara as outras espcies tributrias (taxas, contribuies de melhoria, emprstimos compulsrios). por isso que a FALECIDA CPMF pode ser vinculada sade!!!!

    O art. 167 9 veda a criao de fundos sem prvia autorizao legislativa. Atualmente, nombito federal, h centenas de FUNDOS, grande parte deles com recursos vinculados.

    1.10. Princpio da Publicidade (CONSTITUCIONAL)

    A publicidade, um dos princpios fundamentais que regem a Administrao Pblica, tem oobjetivo de levar ao conhecimento de todos(TRANSPARNCIA) os atos praticados pelaAdministrao. Este princpio foi acolhido como princpio oramentrio pela CF/88, de acordocom o art. 165, 3 :

    (...) O Poder Executivo publicar, at trinta dias de encerramento de cada bimestre, o relatrio resumido da execuo oramentria.

    Depreende-se, portanto, que o oramento, para produzir seus efeitos, precisa ser publicado noDirio Oficial correspondente a cada esfera (a LOA da Unio no DOU, a do Estado no DOE e do

    EXCEES AO PRINCPIO!!!!

    Todos os fundos constitucionais: FPE, FPM, Centro Oeste, Norte, Nordeste, Compensaopela exportao de produtos industrializados etc;

    Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Bsico e da Valorizao do Magistrio(FUNDEB);

    Aes e servios pblicos de sade; Garantias s operaes de crdito por antecipao da receita(ARO); Atividades da Administrao Tributria; Vinculao de impostos estaduais e municipais para prestao de garantia ou

    contragarantia Unio(contragarantia a garantia que o Estado ou Municpio soobrigados a oferecer Unio, quando esta concede uma garantia para uma entidadeinternacional, por exemplo, o Banco Mundial, referente a um emprstimo tomado porEstado ou Municpio).

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    Municpio no DOM, quando houver). Caso o Municpio no possua Dirio Oficial, o mesmo podeser publicado em jornal local.

    1.11 Princpio da Programao (CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL)

    um dos mais modernos princpios oramentrios que surgiu com a evoluo dos conceitos etcnicas oramentrias. De acordo com esse princpio, o oramento deve evidenciar osprogramas de trabalho, servindo como instrumento de administrao do governo, facilitando afiscalizao, gerenciamento e planejamento. De acordo com esse princpio, os programasregionais devem estar em consonncia com o Plano Plurianual (PPA).

    1.12. Princpio da Clareza (PRINCPIO DOUTRINRIO)

    Estabelece que o oramento deve ser apresentado em uma linguagem clara e compreensvelpara qualquer cidado.

    1.13 Princpio da Unidade de Caixa ou de Tesouraria

    UNIDADE DE= CAIXA NICO = CONTA CONTBIL

    CAIXA DO TESOURO NICA

    Amplamente definido pela legislao, tal regra principiolgica obriga que os entes pblicosrecolham o produto de sua arrecadao em uma Conta nica, com a finalidade de facilitar aadministrao e melhor controle e fiscalizao da aplicao desses recursos.

    Esse caixa nico CUTN abriga todas as receitas oramentrias e as extraoramentrias, queso os ingressos de recursos de terceiros e que, via de regra, sero devolvidos no futuro.Falaremos desses conceitos mais adiante, no assunto Receita Pblica.

    BASE CONSTITUCIONAL: art. 164, 3, CF/88

    BASE INFRACONSTITUCIONAL: art. 56, Lei n 4.320/64

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    Este princpio reza que os recursos do governo devem ser recolhidos em conta nica facilitandoa administrao e o controle. No deve ser confundido com o princpio da unidadeoramentria.

    No mbito da Unio, este princpio obedecido pela criao da Conta nica do TesouroNacional. Esta conta mantida no Banco Central do Brasil, operacionalizada pelo Banco doBrasil S.A. (seu agente financeiro) e administrada pela STN Secretaria do Tesouro Nacional.

    Depreende-se, portanto, que os valores arrecadados pelo governo devem ser contabilizadosem uma nica conta caixa, evitando-se, dessa forma, a existncia de caixas paralelos,fracionados. No se quer afirmar com isso que exista apenas uma conta-corrente(bancria). Oque se deseja uma nica conta contbil.

    EXCEES AO PRINCPIO!!!!

    FUNDOS ESPECIAIS: possuem, dada a sua prpria natureza, gesto descentralizada, taiscomo o FUNDEF, FMDA, FUNDET e outros.

    OUTROS PRINCPIOS:

    Princpio da quantificao dos crditos oramentrios e adicionais:

    Princpios da proibio do estorno de verbas (ou do no estorno):

    Princpio da precedncia:

    Princpio da uniformidade ou padronizao:

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    RECEITA PBLICA TEORIA

    1. ConceitoO Estado, para fazer face s suas obrigaes, necessita de recursos que podem ser

    obtidos junto coletividade ou atravs do endividamento pblico. O conjunto desses recursos

    que se chama receita pblica . atravs dela que o Estado poder atender s demandasdiversas da sociedade, como sade, educao e segurana.

    A receita pblica, portanto, corresponde a todo recebimento ou ingresso de recursosfinanceiros arrecadados pela entidade com o fim de ser aplicado em gastos operacionais e deadministrao, ou seja, todo recurso obtido pelo Estado para atender as despesas pblicas.

    Cabe ressaltar, no entanto, que o Estado arrecada recursos que so incorporadosdefinitivamente ao patrimnio; a estes chamamos de receitas oramentrias, e arrecadarecursos que sero restitudos no futuro, caracterizando-se em simples ingressos financeiros ou de

    caixa, denominados receitas extra-oramentrias.H que se distinguir, ainda, nas chamadas receitas oramentrias, duas modalidades derecebimentos: as receitas efetivas, que se caracterizam por entradas de numerrios sem ascorrespondentes sadas de outros elementos patrimoniais, e os recebimentos que decorrem daexcluso de valores ou bens patrimoniais, denominados receitas por mutao patrimonial.

    Observe o grfico a seguir

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    2. Classificao das ReceitasPode ser classificada segundo diferentes critrios, quais sejam:

    v Quanto vinculao ao oramento;v Quanto categoria econmica (classificao por natureza);v Quanto ao poder de tributar (competncia);v Quanto afetao patrimonial (impacto no patrimnio);v Quanto regularidade (uniformidade);v Quanto coercitividade.

    2.1. Quanto natureza , as receitas podem ser classificadas em oramentrias ou extra-oramentrias .

    ORAMENTRIAS: considera-se receita oramentria a arrecadao de recursosfinanceiros, necessrios ao atendimento dos programas de governo estabelecidos na

    Enfim, RECEITA, EM SENTIDO LATO, NA ADMINISTRAO PBLICA, CORRESPONDE A TODOSOS RECEBIMENTOS DE RECURSOS FINANCEIROS NOS COFRES PBLICOS

    (REGIME DE CAIXA PARA AS RECEITAS)

    CONTABILIDADE PELO REGIME DECAIXA(Art.35 Lei 4.320/64)

    EXTRA-ORAMENTRIA

    Recursos que sero restitudos no futuro,uma vez que pertencem a terceiros e

    constituem simples ingressos financeiros etransitrios no caixa do Estado, destinados

    ao pagamento de despesas extra-oramentrias.

    Fonte de recursos efetiva ou pormutao, pertencentes ao Estado, ouseja, no sero restitudos no futuro, previstos ou no na lei oramentria

    e que ser utilizado no financiamento de despesas pblicas

    RECEITA PBLICA

    (Ingressos de recursos)

    NATUREZA

    ORAMENTRIA

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    LOA, sob as rubricas prprias. a receita prevista ou no no oramento e que nopossui carter devolutivo.

    Passveis de oramentao;Recursos pertencentes ao Estado;

    ATRIBUTOS DAS RECEITAS Previsveis ou no na LOA; ORAMENTRIAS Fonte de recursos para

    financiamento da despesa pblica

    EXTRA-ORAMENTRIAS: Consiste em ingressos financeiros transitrios e de cartertemporrio, que sero restitudos nos futuros sob a forma de despesas extra-oramentrias, provocando o surgimento de passivos financeiros, uma vez que no

    pertencem ao Estado e no integram o oramento, pois so crditos de terceiros,que a caixa do Tesouro acolhe como simples depositrio. So as receitas previstasno pargrafo nico do artigo 3 da Lei 4.320/64.

    ATENO!!!

    Nos termos do art. 57 da Lei n 4.320/64 , excetuando as receitas extra-oramentrias, seroclassificadas como receita oramentria , sob as rubricas prprias, todas as receitasarrecadadas , inclusive as provenientes de operaes de crdito, ainda que no

    previstas no oramento . Exemplo: a omisso da previso de determinado imposto naLOA, em razo de erro, no ensejar a sua classificao como extra-oramentria;

    Para definir uma receita como oramentria o relevante saber se a sua natureza oramentria .

    So receitas oramentrias apenas os valores passveis depreviso

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    Exemplos :

    ARO operaes de crdito por antecipao da receita oramentria;

    Caues em dinheiro recebidas; Depsitos de terceiros em garantia; consignaes em folha de pagamento; salrios de servidores no-reclamados; retenes em folha de pagamento no pagas e que dependam de repasses aos credores dos

    recursos(INSS, FGTS);

    valores recebidos de bens de ausentes; valores registrados em depsitos de diversas origens(na conta corrente do governo) de que no

    se sabe a procedncia, que renem os depsitos administrativos e judiciais;

    herana; inscries em restos a pagar; o servio da dvida a pagar; os saldos em poder dos fundos especiais; os demais valores ou ingressos de recursos financeiros, obtidos em carter temporrio com

    caractersticas de transitoriedade e classificao da obrigao no passivo.

    PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DASRECEITAS EXTRA-ORAMENTRIAS

    RECURSOS NO PERTENCENTES AO ESTADO;

    RECURSOS PERTENCENTES A TERCEIROS;

    CARTER DE TRANSITORIEDADE E TEMPORALIDADE;

    CORRESPONDENTES A OPERAES NO- ORAMENTRIAS;

    SERO RESTITUDOS NO FUTURO SOB A FORMA DE DESPESAS EXTRA-ORAMENTRIAS;

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    2.2 Quanto categoria econmica , as receitas podem ser classificadas em receitascorrentes e receitas de capital .(NOTA!!!! Essa uma classificao da Lei n 4.320/64 artigo 11 )

    Conforme as normas legais, a receita pblica oramentariamente estruturada emduas categorias econmicas e classificada nos demonstrativos contbeis emsubcategorias econmicas conforme segue:

    FRASE MNEMNICA PARA RECEITAS CORRENTES! TRIBUTA CON PAIS

    FRASE MNEMNICA PARA RECEITAS DE CAPITAL! OPERA ALI AMOR

    Duas subcategorias econmicas so comuns s duas categorias: As Transferncias e OutrasReceitas, que sero corrente ou de capital conforme o caso!!!!

    RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

    1. TRIBUT ria

    2. CON tribuies

    3. P atrimonial

    4. A gropecuria

    5. I ndustrial

    6. S ervios

    7. Transferncias Correntes

    8. Outras Receitas Correntes

    1. OPEraes de Crdito

    2. ALIenao de Bens

    3. AMORtizao de Emprstimos

    4. Transferncias de Capital

    5. Outras Receitas de Capital

    Informao capciosa!!!!

    A classificao quanto categoria econmica aplica-se, to-somente , s receitas oramentrias, ficandode fora dessa classificao as receitas extra-oramentrias (ingressos extra-oramentrios).

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    RECEITAS CORRENTES: so recursos arrecadados pelo Estado que tem como destinao

    a manuteno dos servios legalmente criados. So os recursos recebidos de pessoasde Direito Pblico ou Privado, destinados aos gastos correntes ou de consumo, obtidosnas transaes efetivadas pelas entidades da Administrao Pblica que no resultemem sacrifcio patrimonial, ou seja, so recursos obtidos por meio das receitas efetivas,derivadas ou originrias e outras complementares, tais como: a tributria, a patrimonial,industrial, transferncias correntes etc.

    A Lei n 4.320/64 conceitua as receitas correntes da seguinte forma:

    De acordo com o Manual das Receitas Pblicas , as receitas correntes so:

    So Receitas Correntes:v Receitas Tributrias: impostos, taxas e contribuies de melhoria.

    Art.11. A receita classificar-se- nas seguintes categorias econmicas: Receitas Correntes eReceitas de Capital.

    1 So Receitas Correntes as receitas tributria, patrimonial, industrial e diversas e, ainda as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado,quando destinadas a atender despesas classificveis em Despesas Correntes.

    So os ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades operacionais, para aplicaoem despesas correspondentes, tambm em atividades operacionais, correntes ou de capital,

    visando ao alcance dos objetivos constantes dos programas e aes de governo. Sodenominados de receitas correntes porque no tm suas origens em operaes de crdito,amortizao de emprstimos e financiamentos nem alienao de componentes do ativo

    permanentes. Elas so derivadas do poder de tributar ou resultantes da venda de produtos ouservios colocados disposio dos usurios. Tm caractersticas intrnsecas de atividades que

    contribuem para a finalidade fundamental dos rgos ou entidades pblicas, quer sejamoperacionais ou no operacionais.

    CAPCIOSSSIMA!!!!

    Apesar de grande parte da doutrina e da jurisprudncia entender que, luz da CF/88, osemprstimos compulsrios tm natureza tributria, para efeito de classificao oramentria ,devero ser observadas as disposies da Lei n 4.320/64, que classifica as emprstimoscompulsrios como receitas de capital(operaes de crdito).

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    v Receitas de Contribuies : o ingresso proveniente de contribuies sociais,de interveno no domnio econmico e de interesse das categoriasprofissionais ou econmicas, como instrumento de interveno nas respectivasreas.Podem ser: Contribuies Sociais (Ex.: COFINS, Salrio Educao, CPMF,Contribuies sobre Receitas de Concursos de Prognsticos, ContribuiesPrevidencirias para o RPPS e RGPS, Contribuies para os Servios Sociais Autnomos SESI, SESC, SENAI etc, PIS/PASEP, CSLL etc, e ContribuiesEconmicas(Cota-parte do Adicional ao Frete para Renovao da MarinhaMercante, Contribuio sobre a Receita das Empresas Prestadoras de Serviosde Telecomunicaes, Contribuio para o Desenvolvimento da IndstriaCinematogrfica Nacional, PIN, PROTERRA, CIDE-Combustveis etc).

    v Receita Patrimonial: resultante da utilizao, por terceiros, dos elementospatrimoniais: aluguis, arrendamentos, foros e laudmios (receitas imobilirias), juros de ttulos de renda, juros de aplicao financeira , dividendos e outrasparticipaes em capital de outras empresas(receitas de valores mobilirios),taxas de ocupao de imveis, receitas de concesses e permisses(outorgade servios pblicos). o ingresso proveniente de rendimentos sobreinvestimentos do ativo permanente, de aplicaes de disponibilidades emoperaes de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativospermanentes.

    v Receita Agropecuria : o ingresso proveniente de atividade ou da exploraoagropecuria de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificao as receitas advindas da explorao da agricultura(cultivo do solo), dapecuria(criao, recriao ou engorda de gado e de animais de pequenoporte) e das atividades de beneficiamento ou transformao de produtosagropecurios em instalaes existentes nos prprios estabelecimentos.

    v Receita Industrial: o ingresso proveniente da atividade industrial de extraomineral, de transformao, de construo e outras, provenientes das

    atividades industriais definidas como tal pela Fundao Instituto Brasileiro deGeografia e Estatstica IBGE.v Receitas de Servios: o ingresso proveniente da prestao de servios de

    transporte, sade, comunicao, porturio, armazenagem, de inspeo efiscalizao, judicirio, processamento e dados, vendas de mercadorias eprodutos inerentes atividade da entidade e outros servios.

    v Transferncias Correntes: recursos recebidos de outras pessoas de DireitoPblico ou Privado, independentemente da contraprestao direta de bens ou servio