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    Taenia sp. Strongyloides stercoralis Trichuris trichiura

    Universidade Jos do Rosrio Vellano

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    Esfregao de sangue a fresco:

    -Esse mtodo o mais fcil e a forma menos cara de mostrar a presena de parasitas em

    sangue, porm o menos sensvel.

    -Materiais:

    Lanceta

    Swab de algodo

    Lamnula

    Lmina

    Soluo Salina

    lcool

    -Mtodo:

    1- Escolha o terceiro dedo a partir do polegar. Limpe o dedo com swab de algodo levemente

    umedecido em lcool. Seque bem. Fure o dedo com a lanceta.

    2- Colete a primeira gota de sangue que aparecer e coloque-a diretamente no meio da lmina.

    3- Adicione uma gota igual de soluo salina. Misture o sangue e a soluo salina usando a

    ponta da lamnula. Cubra o preparado com a lamnula.

    4- Examine o esfregao sistemicamente no microscpio (objetiva de 10X com ajuste de

    condensador reduzido). O primeiro sinal de presena de tripanossomas ou microfilrias vivos o movimento rpido entre as clulas vermelhas.

    5- Observe todo o preparo sistematicamente. O tripanossoma refratrio e difcil de ver, por

    isso deve-se reduzir a luminosidade.

    Pesquisa de hematozotos no sangue perifrico:

    A pesquisa por diagnstico da malria pode ser realizada por:

    -esfregaos finos (gota estirada ou esfregao em camada delgada)identificao

    -esfregao em cama espessa (gota espessa)mais utilizado para diagnstico epidemiolgico

    -Notanormalmente utiliza-se duas tcnicas em uma mesma lmina

    -Coleta de amostras dever ser feita preferencialmente no pico febril por puno digital ou

    coleta venosa.

    -Tcnica:

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    - Esfregaos sanguneos pelo Giemsa:

    -para uma boa colorao, os esfregaos finos e espessos devem ser feitos em lminas

    separadas em diferentes concentraes e tempo usado para coloraes. Melhores resultados

    so obtidos se o esfregao sanguneo secou de um dia para o outro.

    Tcnica:

    1-

    Fixe o esfregao fino adicionando 3 gotas de metanol, ou mergulhando em um

    recipiente com metanol por poucos segundos. Com fixao prolongada pode ser difcil

    demonstrar o grnulo de Schuffner e o grnulo de Maurer. Para permitir a

    desemoglobinao, o esfregao espesso no pode ser fixado, portanto, evite aexposio ao metanol ou ao vapor do mesmo.

    2-

    Coloquem as lminas de costas uma para outra na cuba com o corante.

    3- Prepare a soluo Giemsa 3% em gua tamponada, pH 7,2 em quantidade suficiente

    para completar o numero de cubas usadas. Agite bem o corante.

    4-

    Despeje o corante com delicadeza na cuba at as laminas estarem totalmente

    cobertas.

    5- Deixe corando por 30-45 minutos fora da luz solar.

    6- Lave com gua limpa.

    7- Remova a lmina uma a uma e coloque-as numa estante de laminas para drenar e

    secar com o lado do esfregao voltado para baixo, certificando-se de que o esfregao

    no toque na estante.

    -Mtodo rpido para esfregaos sanguneos finos e espessos na mesma lmina:

    1-

    Deixe o esfregao espesso secar completamente; se resultados urgentes forem

    requisitados, a secagem poder ser apressada por ventilao ou por exposio breve

    ao calor brando, assim como a lmpada do microscpio.

    2-

    Fixe o esfregao fino pincelando-o com algodo embebido em metanol ou imergindo-o

    em um recipiente com metanol por poucos segundos. Para ocorrer a

    desemoglobinao, o esfregao espesso no deve ser fixado.

    3- Prepare uma soluo Giemsa 10% em gua tamponada, destilada ou deionizada, pH

    7,2; se pouca quantidade estiver sendo usada, 3 gotas de corante por mL de gua

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    tamponada dar a correta concentrao da soluo Giemsa. Uma lmina requer mais

    ou menos 3mL de corante feito.

    4- Coloque delicadamente o corante na lmina, uma pipeta pode ser usada para isso.

    5-

    Core de 5 a 10 minutos.

    6- Lave a lmina com gua limpa, e coloque-a para secar em estante prpria.

    - Soluo tamponada pH 7,2:

    -Dissolver 3,0g de fosfato hidrogenado dissdico anidro (Na2HPO4) e 2,1g de fosfato

    hidrogenado de potssio (KH2PO4) em 25 mL de gua destilada ou deionizada.

    -Ajuste o pH em 7,2 com peagmetro ou papel indicador.

    -Armazene em frasco mbar.

    -Para preparar a soluo de trabalho, dilua 1 mL do concentrado com 20 mL de gua

    destilada ou dionizada.

    -Corante Giemsa:

    -p Giemsa..................................................................................................................3,8 g

    -metanol..................................................................................................................250mL

    -glicerol....................................................................................................................250mL

    -adicione o metanol, o p Giemsa, misture e ento adicione o glicerol.

    OBS.: aconselhvel o uso de prolas de vidro para facilitar a agitao. Este corante

    encontrado comercialmente.

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    Mtodo rpido para colorao de esfregaos sanguneos finos e espessos pelo

    GIEMSA:

    1-

    O esfregao deve estar totalmente seco.

    2- Fixe o esfregao fino pincelando-o com algodo embebido em metanol ou

    imergindo-o em um recipiente com metanol por poucos segundos. Para ocorrer a

    desemoglobinao, o esfregao espesso no deve ser fixado.

    3- Prepare uma soluo Giemsa 10% em gua tamponada, destilada ou deionizada,

    pH 7,2; se pouca quantidade estiver sendo usada, 3 gotas de corante por mL de

    gua tamponada dar a correta concentrao da soluo Giemsa. Uma lmina

    requer mais ou menos 3mL de corante feito.

    4- Coloque delicadamente o corante na lmina, uma pipeta pode ser usada para isso.

    Alternativamente, as laminas devem ser colocadas de face para baixo numa placa

    cncava e o corante pode ser introduzido por baixo da lmina.

    5-

    Core de 5 a 10 minutos.

    6- Delicadamente, escorra o corante fora da lmina por adio de gotas de gua, no

    incline a lamina e no lave.

    7- Coloque a lamina na estante, com o lado do esfregao voltado para baixo, para

    drenar e secar. Certifique-se de que o esfregao no est tocando a estante.

    gua tamponada pH 7,2:

    -Dissolver 1,0g de fosfato hidrogenado dissdico anidro (Na2HPO4) e 0,7g de fosfato

    hidrogenado de potssio (KH2PO4) em 1L de gua destilada ou deionizada.

    -Ajuste o pH em 7,2 com peagmetro ou papel indicador.

    -Armazene em frasco mbar e guarde ao abrigo da luz.

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    Identificao de parasitas de malria em esfregaos sanguneos finos:

    -O analista deve observar as clulas vermelhas do sangue infectadas e o parasita no

    interior das mesmas.

    -Clulas vermelhas infectadas:

    Observar o tamanho e a presena de granulaes;

    Clulas aumentadas com grnulos de Shuffner presentessugere P. vivax ou P. ovale;

    Clula normal com grnulos de Shuffner ausentesP. malarie ou P. falciparum.

    OBS.: se forem vistos P. falciparum, a porcentagem da parasitemia (n de clulas

    vermelhas infectadas por cento) deve ser relatada.

    Mtodo de contagem de parasitas da malria em esfregaos sanguneos espessos:

    Baseia-se no nmero de parasita por microlitro de sangue em esfregao espesso, este

    sendo contado em relao ao nmero predeterminado de leuccitos. Uma mdia de

    8.000 leuccitos por microlitro tomada como padro. Apesar de imprecises devido

    a variaes do n de leuccitos entre indivduos com a sade normal, e grandes

    variaes em doentes, este padro permite comparaes razoveis.

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    Tcnica:

    -Se aps contados 200 leucocitos, 10 ou mais parasitas forem identificados, anote o

    resultado, mostrando o n de parasitas por 200 leuccitos.

    -Se aps 200 leuccitos, 9 ou menos parasitas forem encontrados, continue contando

    at que 500 leuccitos tenham sido contados, anote o n de parasitas por 500

    leuccitos.

    -Converter os resultados para microlitros de sangue pela frmula:

    N de parasitas x 8000 = N de parasitas por microlitro de sangue

    N de leuccitos

    -Isto significa que, se 200 leucocitos forem contados, o n de parasitas multiplicado

    por 40, e se 500 leucocitos forem contados, multiplica-se o n de parasitas por 16.

    Sistema de cruzes:

    +: 1 a 10 parasitas por 100 campos de esfregao espesso

    ++: 11 a 100 parasitas por 100 campos de esfregao espesso

    +++: 1 a 10 parasitas por campo de esfregao espesso

    ++++: mais de 10 parasitas por campo de esfregao espesso

    OBS.: itens que podem ser confundidos com parasitas da malria:

    -plaquetas aderidas s clulas vermelhas do sangue em esfregaos finos.

    -fragmentos de clulas brancas em esfregao espesso.

    -aglomerado de plaquetas.

    -p, bactria, leveduras, esporos vegetais e outros organismos que aparecem no

    esfregao sanguneo enquanto ele est secando.

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    Sorologia para Chagas:

    -Sinonmia: Machado guerreiro pesquisa de anticorpos T. Cruzi Sorologia para

    tripanossomase.

    -Mtodo: imunofluorescncia, hemaglutinao, contaminao bacteriana.

    -Interpretao: teste til no diagnstico da infeco por T. Cruzi, que pode

    corresponder a doena de Chagas ou quadros de infeco latente, sem qualquer

    expresso clnica.

    OBS.: reaes falso-positivos ocorrem com frequncia em pacientes com leishmaniose.

    -Enzimaimunoensaio:

    -Interferentes: soro muito lipmico.

    -Valor de referncia: negativo

    -Interpretao: um ensaio imunoenzimtico in vitro para deteco qualitativa do

    anticorpo contra o T. cruzi.

    -Hemaglutinao:

    -Mtodo: hemaglutinao passiva.

    -Interferentes: soros lipmicos, leishmaniose.

    -Interpretao: hemcias de aves estabilizadas e sensibilizadas com antgenos totais de

    T. cruzi, so aglutinadas quando colocadas em contato com diluies de soro de

    pacientes chagsicos.

    -Imunofluorescncia:

    -Interferentes: hemlise, lipemia.

    -Interpretao: os anticorpos presentes no soro de pacientes chagsicos quando

    colocados sobre uma lmina contendo antgeno de T. cruzi, previamente fixado, so

    revelados atravs de uma antiglobulina humana, marcada pela fluorescncia,

    formando um complexo antgeno-anticorpo cunjugado.

    -Xenodiagnstico:

    -Mtodo de diagnstico indireto de escolha quando se quer detectar o parasita na fase

    crnica da doena.

    -Mtodo Natural:

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    -Pega-se barbeiros estreis (criados em laboratrio), alimentados com sangue de aves

    e coloca-se os mesmos no antebrao do paciente (dentro de uma caixa de fil).

    -Deixar o paciente em repouso para que o inseto se alimente. Rotular as caixas com

    nome e data.

    -Quando os insetos estiverem cheios de sangue, estes sero mantidos em condies

    adequadas (umidade70%, Temperatura 26C).

    -Aos 30, 60 ou 90 dias, as fezes do inseto so examinadas (presso abdominal por

    pina), por exame direto para visualizao de formas epimastigotas e tripomastigotas.

    Esse material pode tambm ser inoculado em cobaias ou mantidos em meio de

    hemocultura (LIT).

    -O mtodo artificial utilizado quando o paciente tem alergia a picada do barbeiro.

    -Mtodo do micro-hematcrito:

    -Material: Fita adesiva

    Tubo capilar

    Centrfuga de micro-hematcrito

    -Mtodo:

    1- fure o dedo do paciente e coloque 2 gotas de sangue na lmina. Adicione 1 gota de

    soluo de citrato de sdio 2% e misture. Complete o tudo capilar at de sua

    capacidade.

    2- vede a ponta do tubo capilar.

    3- centrifugue por 2 minutos para microfilrias, e 4 minutos para tripanossomos.

    4- deite o tubo capilar numa lmina e prenda as extremidades com fita adesiva para

    manter o tubo fixo.

    5 com objetiva 10X examine a rea entre as clulas vermelhas e o plasma. Microfilrias

    mveis ou tripanossomos podem ser vistos.

    OBS.: a OMS preconiza pelo menos dois mtodos sorolgicos para confirmao de

    diagnstico positivo para Doena de Chagas.

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    Sorologia para toxoplasmose:

    -Hemaglutinao:

    -Material: soro (mnimo 1mL).

    -Preparo do paciente: jejum de 8 horas.

    -Interferentes: hemlise.

    -Interpretao: os soros, dando reao negativa, so reportados como reagentes e

    indicam ausncia de infeco atual. Entretanto, no caso de suspeita clnica da

    toxoplasmose aguda, o teste deve ser repetido depois de alguns dias, pois o paciente

    pode estar ainda na fase pr-sorolgica da infeco. Todos os soros com resultados

    positivos devero ser testados pelo procedimento quantitativo para a confirmao de

    positividade e determinao do perfil sorolgico.

    -Toxoplasmose IgG e IgM:

    -Material: soro (mnimo 1mL).

    -Preparo do paciente: jejum de 8 horas.

    -Mtodo: imunofluorescncia.

    -Interferentes: hemlise, lipemia.

    -Valor de referncia: at 1:4000

    -Interpretao: as infeces por Toxoplasma gondii esto muito difundidas em seres

    humanos e animais, e na maioria dos casos transcorrem sem sintomas clnicos. Em

    regies diferentes, e dependendo da idade, os adultos tem anticorpos IgG em nveis de

    50% dos casos, e com isso estaro protegidos contra uma nova infeco. A primeira

    infeco por Toxoplasma tem grande importncia durante a gravidez (principalmente

    na segunda metade). O agente patognico pode contagiar o feto atravs da placenta,

    no qual levar ao aborto, ao parto prematuro ou a natimortalidade, como tambm

    pode produzir danos graves como hidrocefalia, calcificao intracerebral ou, em casos

    leves, ao retardamento cerebral. Somente a primeira infeco pode conduzir a danos

    fetais, ao filho e a mulher que, antes da gravidez, j apresenta anticorpos especficos

    contra o Toxoplasma gondii.

    Toxoplasmoseperfil

    -Material: soro ou lquor (mnimo 1mL).

    -Preparo do paciente: jejum de 4 horas.

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    -Interferentes: lipemia excessiva.

    -Valores de referncia:

    Hemaglutinao: at 1:4000

    IF indireta IgM: negativo

    Fixao do complemento: no-reagente

    Perfil I: fase aguda

    Perfil II: fase de transio

    Perfil III: fase crnica

    -Interpretao: teste til no diagnstico e seguimento da toxoplasmose. So definidos

    3 padres sorolgicos, cuja finalidade determinar aproximadamente o perodo de

    incio da infeco.

    -Perfil I: infeco recente, com IgM positiva, IgG em altos ttulos iguais ou superiores a

    1:8000, fixao ao complemento com ttulos elevados (iguais ou superiores a 1:160)

    -Perfil II: fase de transio, IgM negtiva e IgG e hemaglutinao com altos ttulos.

    OBS.: pode-se encontrar vestgios de IgM.

    -Perfil III: infeco antiga, IgM negativa, IgG e hemaglutinao em baixos ttulos,

    fixao em complemento negativa ou em baixos ttulos.

    -Risco de transmisso congnita:

    -Perfil I: riscos de transmisso.

    -Perfil II: dvidas quanto ao risco.

    -Perfil III: sem riscos de transmisso.

    OBS.: gestante de riscoaquela que nunca entrou em contato com o toxoplasma (IgG

    e IgM negativas).

    -para diagnstico da toxoplasmose congnita, o melhor indicador sorolgico o IgM,

    pois, este no atravessa a placenta.

    -o IgG ser indicativo de transmisso congnita se o ttulo do recm-nascido for maior

    do que o da me em duas diluies.

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    Diagnstico laboratorial de Leishmaniose:

    -Reao de Montenegrointradermorreao:

    Avalia a reao de hipersensibilidade do paciente frente a um antgeno especfico.

    til para diagnstico ou monitoramento epidemiolgico.

    -Sensibilidade: 80-100%

    -Princpio: inoculao de um antgeno especfico intradermicamente, dando

    preferncia s formas promastigotas inculas.

    -Material: Antgeno inativado

    Seringa de 1mL

    Algodo

    -Mtodo:

    -Inocular o,1 mL do antgeno intradermicamente na face interna do brao.

    -Realizar leitura em 48-72 horas e observar formao de ppula.

    OBS.: tempo de leitura superior ou inferior ao proposto pode levar a resultados

    errneos.

    -Resultado:

    -Positivo: formao de uma reao inflamatria local (ppula), no tendo sido

    estabelecido valor numrico para medida desta reao.

    -Negativo: ausncia de reao inflamatria.

    OBS.:

    -Na forma cutnea simples da LTA, a reao inflamatria varia com a evoluo da

    doena, sendo maior nas lceras crnicas.

    -Forma mucosa de LTA: reao inflamatria intensa (paciente hiper-reativo)

    -Forma difusa: reao negativa (deficincia imunolgica do paciente)

    Pesquisa de Leishmaniose:

    -Material: raspado de lceras, material de puno, sangue total.

    -Colheita: no caso de lceras cutneas, o material deve ser obtido por curetagem junto

    a derme e nas bordas da leso.

    -Mtodo: microscopia sob imerso / colorao Giemsa.

    -Interferentes: medicao tpica.

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    -Interpretao: exame til no diagnstico de Leishmaniose, sendo mtodo especfico,

    porm, de baixa sensibilidade no caso de leses cutneas. Aconselha-se realizao de

    cultura em meio NNN, reao de Montenegro e sorologia.

    -Sorologia para Leishmaniose (principalmente LV):

    -Material: soro

    -Mtodo: Imunofluorescncia indireta

    -Interferentes: reao cruzada com Doena de Chagas

    -Interpretao: na Leishmaniose Visceral os ttulos so altos (acima de 1/160). Na L.

    tegumentar, os ttulos so baixos e tendem a se correlacionar com as extenses das

    leses.

    OBS.: Meio NNN (McNeal, Novy e Nicolle)

    gar...............................................................................................................................14g

    NaCl.................................................................................................................................6g

    gua Destilada.........................................................................................................900mL

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    reas de atuaoLeishmanioseDiagnsticoExame Direto

    1. EXAME DIRETO (generalidades)

    a tcnica de exame laboratorial que permite visualizar em menor tempo possvel,

    fresco ou atravs de colorao, a forma do agente determinante da infeco (vrus,

    bactria, protozorio, fungo, helminto, artrpode, etc.), em determinado material

    biolgico suspeito (sangue, urina, fezes, exsudatos, linfa-drmica, medula, etc.).

    A.

    EXAME DIRETO NO DIAGNSTICO DE LEISHMANIOSES

    1.1

    FUNDAMENTOpermite visualizar atravs da fixao pelo metanol e posterior

    colorao pelo GIEMSA, as formas de AMASTIGOTA ou PROMASTIGOTA, no

    diagnstico das Leishmanioses Tegumentares (LT), na Leishmaniose Visceral (LV) e/ou

    no contedo de tubo digestivo do inseto transmissor infectado (Lutzomyia, Diptera,

    Psychodidae), dependendo da amostra biolgica em exame.

    AMASTIGOTA nas escarificaes, aspirado ou bipsia do Homem ou outro

    hospedeiro vertebrado, nas leses de LT, ou atravs de puno-biopsia de

    gnglio (LT e LV), e de medula ssea ou de bao na LV.

    Encontrada em pele e vsceras do reservatrio na natureza e, em laboratrio,

    em cobaias (hamster) infectados.

    PROMASTIGOTAS no vetor infectado, no sangue de alguns reservatrios eem meios de cultura.

    PARAMASTIGOTAS encontradas fixadas atravs de hemidesmossomas ao

    epitlio do intestino do vetor.

    2.

    AS TCNICAS DE COLETA (descrio anexa): Na LT, LC ou LM aps a

    escatificao, biopsia e/ou aspirado, pode-se proceder ao exame direto a partir do

    esfregao em lmina de vidro. A biopsia permite o exame direto atravs da

    aposio ou imprint do tecido em lmina, para impresso da linfa-drmica.

    Esperar secar, fixar pelo metanol e, em seguida, corar pelo GIEMSA (secar a

    amostra em papel-filtro estril antes do imprint); Na LV na puno de medula

    (mielograma), gnglio ou de bao, o exame pode ser feito a partir de rpido

    esfregao de medula em lmina, que aps seca e fixada pelo metanol, sofre o

    mesmo processo de colorao, citado anteriormente.

    3. COLORAO PELO GIEMSA: Antes da colorao, deve-se atender alguns itens

    importantes:

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    3.1 Se no foi voc a realizar a coleta, verificar se as lminas contm material, se tm

    identificao correta segundo a solicitao e, se possvel, que contenha o n do

    registro, nome do paciente, idade, procedncia, sexo, data da coleta e suspeita

    clnica (LV, LM, LCM ou LC).

    3.2 Registrar o paciente no livro (ou similar) de entrada de seu laboratrio.

    3.3 Se houver dvida quanto fixao das lminas, melhor repeti-la com metanol (PA)

    em volume suficiente para cobrir a amostra.

    3.4

    Calcular o volume total da SOLUO-CORANTE GIEMSA a ser usado, na proporo

    de 3mL de soluo por lmina a corar.

    3.5 3.5 em proveta de 25mL, pingar de 2 a 3 gotas da SOLUO-ESTOQUE GIEMSA (ver

    receita anexa), cuja concentrao varia entre laboratrios, quanto a tempo de

    utilizao, maneira de conservao, etc, e completar o volume calculado no item

    anterior com SOLUO TAMPO-SULFATO ou GUA TAMPONADA pH = 7.2, e ter

    a SOLUO-CORANTE GIEMSA pronta para ser usada.

    Exemplo 1: Para corar 20 lminas de 10 pacientes, preciso de 20 x 3mL = 60mL de

    SOLUO-CORANTE GIEMSA ou SOLUO-USO.

    Preparao da SOLUO-CORANTE GIEMSA: 2 gotas x 60 = 120 gotas (ou 6 mL) de

    SOLUO-ESTOQUE GIEMSA que se deve pingar em proveta e completar o volume

    para 60 mL com SOLUO TAMPO-SULFATO ou GUA TAMPONADA pH = 7.2.

    Exemplo 2: Para cada 15 mL de gua tamponada, usar 30 gotas (ou 1,5 mL) de Giemsa

    soluo-estoque e ter uma soluo corante GIEMSA para uso (SOLUO-USO).

    3.6 As lminas podem ser mergulhadas na soluo ou esta deve cobrir apenas a face

    que contenha a amostra, por tempo que tambm varia de acordo com a qualidade

    do corante. Normalmente, aguarda-se 60 minutos, mas desejando o tempo de

    colorao mais rpida e dispondo-se de estufa, o tempo pode ser encurtado para

    15 a 30 minutos temperatura de 37C.

    3.7 Desprezar, limpar o excesso do corante e lavar as lminas em gua corrente, fluxo

    suave, evitando jatos fortes para a amostra no se desprender e, em seguida,

    sec-las temperatura ambiente ou ventilao, evitando o calor.

    3.8 Levar ao microscpio, focalizar e examinar em lente de imerso, procurando as

    formas do parasita correspondentes amostra em exame.

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    3.9 A microscopia da Leishmania qualitativa e mais simples que a do Plasmodium

    (que exige contagem de parasitemia), pois, a partir de uma Amastigota, o

    resultado positivo, mas em ambos o resultado negativo o mais difcil, pois,

    exige exaustivo exame de toda a amostra.

    3.10 Registrar o resultado no livro do exame direto e de entrada do laboratrio, se

    possvel, datilografar o resultado e encaminhar ao mdico solicitante.

    OBS.: imprescindvel o controle de qualidade interno, com reviso de no mnimo

    10% das lminas positivas e 15% das negativas, por outro microscopista mais

    experiente do servio, e o controla inter-laboratorial com o laboratrio de referencia

    do SNLB, ao qual estiver ligado.

    SOLUO-ESTOQUE GIEMSA

    Giemsa (p)* 7,5g Giemsa (soluo)* 50 mL

    Glicerina P.A. 350mL ou Glicerina (P.A.) 23mL

    Metanol P.A. 650mL Metanol (P.A.) 43mL

    OBS.: *conforme o adquirido pelo laboratrio, melhor a soluo preparada a partir

    do p.

    -Dissolver em agitador magntico (se disponvel), em recipiente revestido com papel

    alumnio, protegendo de luz e agitar por 1 a 2h. Filtrar, estocar em frasco mbar ou

    outro tipo que proteja da luz ambiental, rotulado com nome da soluo, data de

    preparao e nome de quem a preparou. Guardar em geladeira, retirando alquotas

    em frascos mbar menores para utilizar na rotina conforme a necessidade da

    SOLUO-USO, quando ser diluda na soluo tampo-fosfato.

    SOLUO TAMPO-FOSFATO

    Fosfato de Potssio H2KPO4 0,6g

    Fosfato de Sdio (bibsico) Na2HPO4 7,5g

    H2O destiladaqsp 1000mL

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    Dissolver em agitador magntico, medir pH = 7,2, acondicionar em frasco rotulado

    (nome da soluo, pH, data de preparao e nome ou iniciais de quem a preparou) e

    conservar para uso na rotina, em temperatura ambiente.

    OBS.: Existem outras formulas disponveis, inclusive as que usam somente sais

    fosfatados; pode-se tambm prepara-las em solues concentradas, SOLUO-

    ESTOQUE ou SOLUO-ME, para diluies na hora da utilizao.

    COLORAO PELO PANTICO RPIDO

    Importante Esta uma tcnica de colorao alternativa ao GIEMSA tradicional.

    Tambm constituda por corantes que compem o GIEMSA, tem como maior

    vantagem, a rapidez no processo de colocao (3 minutos ou menos), vindo a

    beneficiar o doente com um diagnstico mais rpido.

    -Imergir a lmina j com esfregao ou imprint, seco por um (1) minuto no Fixador ou

    Soluo 1.

    -Retirar as lminas do Fixador, apoiar o excesso no papel toalha e, em seguida, voltar a

    imergi-la no Revelador ou Soluo 2 por mais um minuto.

    -Aps retirar do Revelador, tornar a apoiar o excesso no papel toalha e agora, colocar

    no Corante ou Soluo 3 por mais um minuto.

    -Aps esse tempo, lavar as lminas em agua corrente, fluxo suave, evitando jatos

    fortes e, em seguida, sec-las temperatura ambiente, ou estufa 40C.

    -Levar ao microscpio, focalizar e examinar em imerso, procurando formas do

    parasita correspondentes a amostra de em exame.

    - A microscopia da Leishmania qualitativa e mais simples que a do Plasmodium (queexige contagem de parasitemia), pois, a partir de uma Amastigota, o resultado

    positivo, mas em ambos o resultado negativo o mais difcil, pois, exige exaustivo

    exame de toda a amostra.

    -Registrar o resultado no livro do exame direto e de entrada do laboratrio, se

    possvel, datilografar o resultado e encaminhar ao mdico solicitante.

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    OBS.: imprescindvel o controle de qualidade interno, com reviso de no mnimo

    10% das lminas positivas e 15% das negativas, por outro microscopista mais

    experiente do servio, e o controla inter-laboratorial com o laboratrio de referencia

    do SNLB, ao qual estiver ligado.

    SOLUO PANTICO RPIDO*

    Fixador (soluo 1)

    Revelador (soluo 2)

    Corante (soluo 3)

    *Nome comercial da Laborclin

    B. ROTINA PARA TCNICAS DE COLETAS DE AMOSTRAS PARA EXAMES NO

    DIAGNSTICO DAS LEISHMANIOSES

    1.

    A ESCARIFICAO (procedimento tcnico)

    1.1

    Registrar o doente, conforme a solicitao do mdico e as normas do laboratrio

    (livro de registro de entrada + questionrio e n de laboratrio), conferindo dados

    de identificao e epidemiologia, informando-o sobre o exame que vai ser

    submetido.

    1.2

    Separar os materiais necessrios para o exame (lista abaixo).

    1.3Usar luvas.

    1.4Escolher o local para o exame, que deve ser a leso mais recente e com menos

    infeco secundria.

    1.5

    Lavar a leso com gua e sabo, ou soro fisiolgico.

    1.6

    Fazer assepsia ou limpar a regio a ser escarificada com gaze ou algodo embebido

    de lcool 70% ou 96%, trocando 3 a 4 vezes. No usar lcool iodado, se interessar

    preservar a viabilidade do parasita ou em caso de alergia do paciente.

    1.7

    Usar anestsico em gel ou adesivo (EMLA) no local a examinar.

    1.8

    Utilizar estilete ou lanceta, palito de madeira com a ponta em bisel, escarificador

    de Naiff ou lmina de bisturi esterilizados (por serem descartveis, preferimos

    coletar com a lateral do estilete ou lanceta, usado no exame de sangue da

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    malria). Comprimir a pele (LC) da borda da leso entre os dedos, para provocar a

    isquemia do tecido e, ao mesmo tempo, deve-se escarific-lo de modo a conseguir

    a linda, preferencialmente sem sangue.

    1.9

    Proceder os esfregaos em numero e tamanho padronizados/lmina e, no mnimo,

    em trs lminas de vidro, previamente limpas, identificadas e ainda, friccionadas

    em tecido de algodo limpo, momentos antes da coleta.

    1.10 Lembrar que a escarificao tambm permite, se necessrio, colher material

    para cultura, inoculao em animal ou para congelao para estudos em biologia

    molecular.

    1.11 Cuidar do doente, fazendo curativo compressivo com gaze e esparadrapo e

    orientar a retira-lo aps 24 horas do exame.

    1.12

    Fixar o material das lminas com metanol ou lcool metlico por 3 a 5 e

    reservar para colorao.

    2. A BIPSIA (procedimento tcnico)

    2.1Proceder como nas condutas listadas de 1.1 a 1.6 do item anterior (escarificao).

    2.2

    Anestesiar a regio a partir de um determinado ponto da pele, com injeo

    subcutnea de lidocana 2%, sem adrenalina, infiltrar cerca de 0,2 a 0,5mL. Usar,

    preferencialmente, seringas tipo tuberculina, com agulhas removveis, tendo

    cuidado de sempre trocar a que aspira o anestsico do frasco por uma nova agulha

    a ser utilizada no paciente.

    2.2.1 Aguardar o tempo de ao do anestsico e proceder bipsia, utilizando

    punch de 4 ou 5 mm de (pele e outras localizaes) e de 2 mm de em

    pele da face. Movimentar o punch em rotao de meio crculo para a esquerda

    e direita, alternadamente, e quando se chegar derme (a amostra comea a

    ser visualizada no espao aberto do punch), a movimentao deve passar a ser

    em sentido levemente inclinado de 45, no intuito de seccionar a base do cone

    da bipsia. Se houver dificuldade de cortar a base com o punch ou bisturi, usar

    a tesoura, cortando para baixo. Evite usar a pina. A bipsia tambm pode ser

    feita com bisturi, na falta do punch, mas nos dois procedimentos evitar

    pontear, porque, na Leishmaniose, possibilita a ampliao da leso. Fazer a

    hemostasia compressiva por 1 a 5. Deixar o punch com a amostra em placa

    de Petri estril.

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    2.3Na musocsa nasal, usar anestsico tpico, em spray, sem sabor e jatear de 3 a 4

    vezes, com intervalos de 5 minutos. Biopsiar a mucosa lesada com pina STORZ.

    Cuidar do doente, fazendo curativo compressivo com tampo de gaze e orientar

    retir-lo aps cessar o sangramento.

    2.4Cuidar do doente, fazendo curativo com gaze e esparadrapo, e orientar retir-lo 24

    horas aps o exame.

    2.5Separar a amostra do punch e seccionar, usando pina de dissecao e bisturis

    esterilizados, no sentido longitudinal epiderme-derme, de modo a dividi-la em

    fragmentos (secar em papel filtro) para o exame direto, cultura e inoculao em

    animal (em soluo salina), histopatologia (formol a 10%) e/ou congelamento para

    procedimentos em biologia molecular.

    2.6

    Alguns preferem separar e no utilizar a epiderme.

    OBS.: A bipsia de pele ou mucosa considerada ato mdico, e a de mucosa s deve

    ser feita aps treinamento especializado ou por Otorrinolaringologista.

    3. O ASPIRADO (procedimento tcnico)

    3.1

    Procedimentos semelhantes citados nos itens de 1.1 a 1.6 (escarificao).

    3.2Anestesiar a regio a ser aspirada a partir de um determinado ponto da pele ou

    mucosa, com injeo subcutnea de lidocana a 2%, sem adrenalina. Infiltrar cerca

    de 0,2 a 0,5mL. Usar, preferencialmente, seringas tipo tuberculina com agulhas

    removveis, tendo cuidados de sempre trocar a agulha que aspirar o anestsico do

    frasco por uma nova agulha a ser utilizada no paciente.

    3.3Aguardar o tempo de ao do anestsico e proceder a aspirao propriamente

    dita: com seringa tipo tuberculina, injetar no ponto anestesiado cerca de o,3mL de

    salina estril e tentar aspir-la, movendo a agulha em sentido lateral, ao mesmo

    tempo em que feita a aspirao para o meio de cultivo. Pode ser empregada a

    tcnica de MARZOCHI (1993) e ROMERO (1999) onde se dispe de um sistema

    aspirador conectado a um frasco vacutainer com meio de cultura para

    Leishmania + vcuo (de onde foi retirado o ar, atravs de seringa 20 mL),

    semelhante ao utilizado para coletar sangue para sorologia.

    3.4Como a escarificao, esta tcnica de coleta tambm permite a retirada das

    amostras para cultura, inoculao em hamster, exceto histopatologia. Parte do

    material aspirado com salina pode ser utilizado para esfregao e/ou aposio em

  • 8/10/2019 [PDF] apostila PARASITOLOGIA CLINICA.pdf

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    trs lminas previamente limpas e identificadas para exame direto e, aps fixao

    com metanol, reservar para colorao.

    4.

    MIELOGRAMA (PUNO DE MEDULA SSEA), LINFONODO OU PUNO DE BAO

    Todos estes so considerados atos mdicos e s devem ser realizados por

    profissionais treinados, obedecendo s normas tcnicas da OMS (1990), em

    ambiente ambulatorial ou hospitalar, oferecendo ao doente as condies devidas

    da hemostasia.

    4.1Aps a coleta atravs de punobipsiao exsudato (material medular ou linda)

    deve ser colocado em frascos estreis, contendo uma gota de anticoagulante

    universal (EDTA) para, posteriormente, no laboratrio, ser semeado em cultura,

    inocular em hamsters e/ou fazer o esfregao por distenso ou aposio em trs

    lminas previamente limpas e identificadas para exame direto e, aps fixao com

    metanol, reservar para colorao.

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    Material vaginal e uretral:

    -A coleta destes materiais visa a deteco de T. vaginalis, que um protozorio

    flagelado do sistema urogenital. Normalmente so identificados em montagens

    fresco, pois, em preparaes coradas estes organismos sai deformados e podem no

    ser reconhecidos.

    -Coleta e amostras:

    -Materiais: Swab de algodo estril

    Lminas microscpicas/lamnulas

    Pipetas de Pasteur

    Tubos de ensaio tampados e com 3mL de soluo salina

    Centrfuga

    Microscpio

    -Tcnica:

    1- Com um swab estril, colete a secreo uretral ou vaginal.

    2- Coloque o swab imediatamente dentro de um tubo estril contendo salina. A ponta

    do swab pode ser quebrada, se este for maior que o tubo.

    3- Podem ser feitos esfregaos para colorao. Para isto, colete mais material com um

    segundo swab estril e esfregue na lmina. Deixe secar, e depois prossiga com a

    colorao.

    4- Etiquete os tubos e as lminas com n ou nome do paciente e a data da coleta.

    -Exame direto de esfregaos vaginais e uretrais:

    -Se o paciente puder vir ao laboratrio, colha a secreo e coloque em cima de uma

    gota de soluo Salina na lmina.

    -Cubra com lamnula e examine nas objetivas de 10X e 40X para motilidade dos

    flagelados.

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    -Material centrifugado ou sedimentado:

    1- Se for recebido um swab em soluo salina, remova o excesso de lquido do swab

    por aperta-lo contra a parede do tubo. Jogue fora o swab.

    2- Centrifugue o tubo por 2 minutos. Se no houver nenhuma centrifuga disponvel,

    deixe o tubo descansar por 10 minutos, para permitir a sedimentao.

    3- Com uma pipeta, remova o fluido sobrenadante. No agite o sedimento.

    4- Pegue uma gota do sedimento e coloque na lmina.

    5- Cubra com lamnula e examine com objetiva de 10X e 40X para motilidade dos

    flagelados.

    OBS.: em montagem a fresco, flagelados podem ser identificados por seus

    movimentos padres. Trofozotos de T. vaginalis movem-se como um nervo,

    movimento irregular ou saltitante.

    -T. vaginalis pode ser frequentemente encontrado em sedimento urinrio, no qual

    possvel observ-lo em movimento. A sua presena deveser relatada em laudo.

    Mtodo de Diagnstico

    Pesquisa e identificao de trofozotos mveis em secreo

    uretral recente, esfregao vaginal ou urina.

    Pode ser reconhecido em esfregao cervical corado por

    Papanicolaou.

    Recomendaes para o Diagnstico

    1- Corrimento vaginal ou uretral recente ou secrees

    prostticas so examinados em preparao mida,

    diluda com uma gota de salina.

    2- Vrias amostras podem ser necessrias antes de ser

    confirmado o diagnstico.

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    Colorao de esfregaos sanguneos para Microfilrias:

    Materiais e Reagentes:

    -5 cubas para corante

    -ter - etanol fixador

    -descorante de gua - cido clordrico

    -corante hematoxilina de Delafield

    Tcnica:

    1-

    Prepare os esfregaos de sangue obtido por puno digital. Deixe secar de um dia para

    o outro (810 horas).

    2-

    Prepare cubas com corantes como se segue:-Cuba 1: gua de torneira

    -Cuba 2: ter - etanol

    -Cuba 3: corante hematoxilina de Delafield

    -Cuba 4: guacido clordrico (HCl a 0,05%)

    -Cuba 5: gua de torneira

    3- Coloque o esfregao seco em gua de torneira (cuba 1) por 510 minutos. As clulas

    vermelhas do sangue lisam, e o esfregao ficar claro ou branco, quando lisar

    completamente.

    4- Deixe o esfregao secar.

    5- Coloque em teretanol (cuba 2) por 10 minutos.

    6-

    Deixe secar.

    7- Coloque o esfregao em corante hematoxilina de Delafield (cuba 3) por 15 minutos.

    8- Descore com guacido clordrico (cuba 4). Mergulhe a lmina rapidamente dentro

    da mistura por duas vezes. O esfregao ficar vermelho.

    9-

    Imediatamente coloque a lmina em gua de torneira (cuba 5) para retirar o cido.Ponha a cuba debaixo de gua corrente at o corante ficar azul.

    10-Deixe o esfregao secar e examine-o com objetiva de imerso.

    Fixador ter-etanol:

    -ter........................................................................................................................................20mL

    -etanol 95%.............................................................................................................................20mL

    Adicione o ter ao lcool numa proveta graduada e agite.

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    Corante hematoxilina Delafield:

    -cristais de hematoxilina..............................................................................................................1g

    -etanol absoluto.....................................................................................................................10mL

    -soluo saturada de sulfato de amnia alumnio em gua.................................................100mL

    -glicerol...................................................................................................................................25mL

    -metanol absoluto..................................................................................................................25mL

    OBS.: este corante pode ser comprado comercialmente.

    Descorante gua-cido clordrico

    -HCl concentrado...................................................................................................................0,5mL

    -gua destilada.....................................................................................................................100mL

    Mea a gua destilada e coloque-a num recipiente de vidro, e adicione lentamente o HCl.

    Teste de Knott para concentrao de microfilrias:

    -Quando se suspeita de filariose, pode ser til concentrar o sangue para aumentar a

    possibilidade de se encontrar microfilrias.

    Tcnica:

    1-

    Retire 2mL de sangue total e coloque-o imediatamente em tubo de centrifuga

    contendo 10mL de formol a 2%.

    2- Misture completamente por inverso. O formol hemolisa os glbulos vermelhos, fixa,

    mata e endireita o corpo das microfilrias.

    3- Centrifugue o tubo por 5 minutos.

    4-

    Decante o sobrenadante.5- Retire o sedimento com uma pipeta de Pasteur e o espalhe numa gota espessa sobre

    uma lmina.

    6-

    O sedimento pode ser examinado a fresco, ou a lmina pode ser deixada para secar

    durante uma noite, seguindo-se a colorao pelo Giemsa durante 45 minutos.

    7- Descore em gua por 1015 minutos. Deixe secar e examine.

    OBS.: existem outras tcnicas de concentrao, incluindo-se a filtrao de sangue

    hemolisado atravs de filtros de poros finos, e ento corando o filtro para pesquisa de

    microfilrias, ou passando o sangue atravs do filtro de Sephadex.

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    Sorologia para Filariose:

    -Mtodo: enzimaimunoensaio

    -Valor de referncia: negativo

    -Interpretao: o teste tem utilidade relativa no diagnstico, a pesquisa de filria no

    sangue fornece dados mais precisos, uma vez que a pesquisa de anticorpos pode sofrer

    vrias interferncias.

    -Coleta de sangue para pesquisa de microfilrias:

    O perodo do dia importante para a coleta, pois, algumas espcies tem periodicidade.

    Microfilrias esto presentes no sangue apenas em certos perodos do dia.

    -Wulchereria bancrofti: coletar noite, entre 22:00 e 00:00 horas.

    Deteco de microfilrias no sangue perifrico:

    -Esfregao de sangue espesso (gota espessa)idem malria.

    -Exame direto de sanguegota de sangue em soluo salina.

    -Exame de sangue venoso hemolisado.

    -Materiais e reagentes: Frasco 10mL

    Centrfuga

    Tubos cnicos para centrifugao

    Lminas/lamnulas

    Anticoagulantecitrato de sdio 2%, soluo de formalina 2%

    Corante Giemsa

    ter/etanol

    -Mtodo:

    1- Adicione 1mL de sangue venoso a 9mL de formalina 2%, espere 5 minutos para

    hemlise, e ento centrifugue em alta rotao.

    2- Jogue o sobrenadante fora.

    3- Coloque uma gota do sedimento na lmina. Espalhe para formar um esfregao fino.

    Deixe secar ao ar. Fixe o esfregao usando uma mistura de partes iguais ter/etanol e

    deixe secar por 2 minutos. Core com Giemsa.

    -Tcnica do micro-hematcrito: idem ao T. cruzi, porm, com tempo de centrifugao de 2

    minutos.

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    Helmintos

    H trs grupos de Helmintos de importncia mdica nematdeos,

    cestdeos e trematdeos. Os estgios para diagnstico usual so ovos e

    larvas. Menos frequentemente, vermes adultos como Ascarise Enterobius

    podem ser vistos; segmentos ou progltides so usados para diagnosticar,

    com certeza, vermes de tnia.

    Chave para identificao dos ovos

    As caractersticas usadas para identificar as espcies dos ovos so as

    seguintes:

    1.

    Tamanho O comprimento e a largura so medidos ao alcanceespecfico.

    2.

    FormaCada verme tem sua forma particular.

    3. Estgio de desenvolvimentoquando coletadas Em algumas espcies,

    os ovos consistem em uma nica clula; em outras pode haver vrias

    clulas; algumas espcies so, normalmente, embrionadas (ex: eles

    contm uma larva) quando coletado nas fezes.

    Ocasionalmente, se as amostras de fezes estiverem velhas por vrias

    horas ou 1 2 dias, os ovos podem se desenvolver em estgios mais

    avanados. Os ovos de Ascaris normalmente tem apenas uma clula

    quando coletados nas fezes, contudo, a mesma pode se dividir e, emamostras velhas, pode-se encontrar ovos com 2 ou 4 clulas. Ovos de

    ancilstomo em amostras que foram coletadas h vrias horas podem

    conter 16, 32 ou mais clulas. Em 12 24 horas, os ovos podem estar

    embrionados e, posteriormente, ainda, a larva pode eclodir. Entretanto,

    quando observamos o estagio de desenvolvimento dos ovos dos

    helmintos, temos certeza de que a amostra de fezes foi coletada fresca.

    Se ela tiver vrias horas ou dias, espera-se ver alteraes nos estgios

    de desenvolvimento de algumas espcies. ideal aceitar apenas

    amostras frescas para diagnstico.

    4. Espessura do envoltrio do ovoAlgumas espcies comoAscaristem o

    envoltrio espesso, outras como o ancilstomo tem o envoltrio fino.

    5. Cor Alguns ovos so incolores (ancilstomo, Enterobius), outros so

    amarelos ou marrons (Ascaris, Trichuris).

    6.

    Presena de caractersticas como oprculo, espculas, tampes,

    ganchos ou revestimento externo mamilado.

    Se um ovo ou objeto que se parea com o ovo, for encontrado, estas

    caractersticas devem ser cuidadosamente observadas para se fazer uma

    identificao especfica. Ocasionalmente, podem ser vistos ovos atpicos oudeformados. Nestes casos, ser necessrio procurar por formas tpicas para

  • 8/10/2019 [PDF] apostila PARASITOLOGIA CLINICA.pdf

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    se fazer um diagnstico confivel. Lembre-se de que mais do que uma

    espcie de heminto pode estar presente em um nico paciente.

    Olhe o tamanho, forma, estgio de desenvolvimento, espessura do

    envoltrio do ovo, cor e presena de estruturas especiais como

    oprculo, espculas, tampes, ganchos e revestimento externo saliente

    para identificar espcies de ovos.

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    Aula prtica: Exame direto de fezes

    -Material: Lminas microscpicas

    Lamnulas

    Soluo salina, lugol, soluo azul de metileno

    Palitos de dente (esptula de madeira ou plstica, descartvel)

    -Exame microscpico:

    -Observar a consistncia da amostra fecal e anotar na ficha de diagnstico.

    -Verificar a presena de sangue ou muco, e relatar.

    -Verificar a presena de proglotes de cestodas e/ou pequenos nematodas (caso positivo,

    devem ser separados para clarificaocido actico glacial).

    -Exame microscpico:

    -Montagem direta em soluo de salina e lugol.

    1- Identificao da lmina.

    2- Coloque uma gota de salina no meio da lmina.

    3- Com o auxlio de um palito, recolha uma pequena poro do material (fezes) e misture coma salina.

    4- Acrescente uma gota da soluo de lugol.

    5- Cubra com lamnulasugere a lamnula em ngulo reto, toque a margem da gota e abaixe

    delicadamente a lamnula sobre a lmina.

    6-

    Coloque a lmina com a montagem no campo do microscpio e foque com a objetiva

    de 10X ou de menor aumento.

    7- Regule a luz do microscpio com o diafragma (muita ou pouca luz no adequado).

    8-

    Examine a rea total da lamnula fazendo movimentos em Z.

    -Quando so vistos organismos ou materiais duvidosos, mude para a objetiva de 40X, para

    visualizao ntida da morfologia.

    -NOTAS:

    -Recomenda-se observar 1/3 da lmina com aumento de 40X.

    -Os resultados devem ser comprovados por outras tcnicas.

    -O uso de lugol fica a critrio do analista ( recomendvel).

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    Tcnica de WILLIS - 1921 (Flutuao simples):

    -Material:

    -Recipientes para coleta de fezes ou frascos com boca no superior a 3 cm de dimetro. O

    ideal o frasco de Borrel.

    -Basto de vidro.

    -Lminas.

    -Lamnula.

    -Soluo de cloreto de sdio (NaCl) saturada ou com densidade especfica de 1,20 g/mL.

    -Procedimento:

    1- Colocar uma poro de fezes (1 a 2g), coletada em vrias partes da amostra dentro do

    recipiente escolhido para realizao. Colocar a soluo de NaCl at o meio do frasco.

    2- Suspender as fezes na soluo, utilizando basto de vidro, at completa homogeneizao.

    3- Completar o volume at as bordas do frasco e ento, colocar uma lamnula ou lmina na

    borda do frasco de maneira que a lmina fique em contato com o liquido sem haver formao

    de bolhas entre as superfcies.

    4- Deixar as superfcies em contato por 5 a 15 minutos. A pelcula contendo ovos, cistos e

    larvas, se adere parte inferior da lmina.

    5- Aps decorrido o tempo, inverter rapidamente a lmina, virando-a para cima.

    6- Recobrir com lamnula, adicionar uma gota de lugol ( critrio) e examinar a microscpio

    com objetiva de pequeno aumento (10X). Recomenda-se observar 1/3 da preparao com

    objetiva de aumento maior (40X).

    NOTA: Os ovos no flutuam na superfcie do reagente quando a homogeneizao do material

    fecal incompleta. A flutuao dos ovos no se realiza quando o perodo de repouso for

    inferior ao estipulado.

    -Princpio: flutuao espontnea. Originalmente preconizado para pesquisa de ovos de

    ANCILOSTOMDEOS, pode revelar presena de outros ovos como scaris, Enterobius, T.

    trichiurus e at S. mansoni. Mtodo especfico para ovos leves (baixa densidade).

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    Tcnica de FAUST & COLS (centrfugo-flutuao):

    -Material: Soluo de sulfato de zinco, densidade 1,18g/dL.

    Frasco de Borrel.

    Basto de vidro.

    Gazes.

    Funil pequeno.

    Tubos de centrfuga.

    Centrfuga.

    Ala de platina.

    Lmina/lamnula.

    -Procedimento:

    -Em frasco apropriado, preparar uma suspenso de fezes.

    -Usando um funil pequeno e gaze dobrada, coar a suspenso de fezes para tubo de centrfuga.

    -Centrifugar por 1 minuto, a 2500 rpm. Decantar o sobrenadante. Ressuspender o sedimento.

    -Adicionar gua at 1 cm das bordas do tubo. Centrifugar por 1 minuto a 2500 rpm. Decantar o

    sobrenadante.

    -Adicionar cerca de 3mL de soluo de sulfato de zinco e ressuspender o sedimento. Adicionar

    mais soluo de sulfato de zinco at atingir o nvel de 1 cm das bordas do tubo.

    -Centrifugar por 2 minutos a 2500 rpm.

    -Com uma ala de platina dobrada em L, colher a fina pelcula que se forma da superfcie,

    passando-a para lmina (2 ou 3 pescadas).

    -Adicionar uma gota de soluo de lugol, cobrir com lamnula e examinar ao microscpio em

    pequeno aumento (10X).

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    Mtodo de KATO-KATZ:

    -Excelente mtodo para pesquisa de ovos de S. mansoni, A. lumbricoides, T. trichiurus.

    -Amostra: fezes frescas ou conservadas. Fezes diarreicas no so utilizadas.

    -Tcnica:

    -Preparar soluo verde malaquita (finalidade de conservar e clarear as fezes)

    Glicerina................................................................................................................................100mL

    gua destilada......................................................................................................................100mL

    Verde-malaquita 3%.................................................................................................................1mL

    -Cortar papel celofane semipermevel em pedaos similares a lamnulas, e deixa-los

    mergulhados na soluo de verde-malaquita por 24 horas.

    -Colocar a amostra a ser analisada sobre um papel higinico.

    -Comprimir a parte superior com um pedao de tela metlica (marca IBRAS 120, fios urdume e

    trama 0,09 mm) sobre sua superfcie. Pela malha passam os ovos de helmintos e detritos

    menores.

    -Retirar as fezes que passaram para a parte superior da tela e transferi-las, com auxlio de um

    palito, para um carto retangular, contendo no seu centro um orifcio de 6 mm de dimetro (as

    fezes so colocadas nesse orifcio).

    -Aps encheu completamente o orifcio, retirar o carto, cuidadosamente, deixando as fezes

    sobre a lmina de vidro.

    -Cobrir as fezes com a lamnula de papel celofane, comprimindo a lmina, aps t-la invertido,

    contra a folha de papel absorvente (higinico).

    -Aguardar de 12 horas e examinar ao microscpio (todos os campos).

    -O nmero de ovos encontrados, multiplicados por 23, corresponder ao nmero de ovos por

    grama de fezes.

    EXEMPLO: 3 ovos encontrados = 69 ovos por grama de fezes.

    OBS.: comercialmente, encontra-se Kits prontos para realizao do mtodo Kato-Katz.

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    Tcnica de LUTZ; HOFFMAN, PONS & JANER:

    -Material: Frasco de Borrel

    Basto de vidro

    Gazes

    Clice para sedimentao

    Pipeta de Pasteur ou canudo plstico

    Funil de vidro

    Lmina/Lamnula

    -Procedimento:

    -Preparar uma suspenso com 2 4 gramas de fezes e 10mL de gua; aps completa

    homogeneizao, adicionar cerca de 10mL de gua.

    -Coar a suspenso de fezes atravs de gaze dobrada 4x para o clice. Adicionar gua at 4 cm

    da borda do clice.

    -Deixar sedimentar por 224 horas.

    -Recolher um pouco de sedimento (canudo) e passar para a lmina, recobrir com lamnula e

    observar ao microscpio com objetiva de 10X.

    NOTAS:

    -Use lugoloptativo (recomenda-se).

    -Se o lquido da preparao estiver turvo, faz-se a lavagem do mesmo por decantao

    cuidadosa, completando-se o volume com mais gua (repouso de 60 minutos).

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    Mtodo de Baerman-Moraes:

    -Princpio: termo e hidrotopismo de larvas de helmintos.

    -Material: fezes ou terra.

    -Procedimento:

    -Colocar de 810 g de fezes ou terra em uma gaze dobrada em quatro.

    -Colocar o material assim preparado em um funil, com gua, a 45C.

    -Deixar 1 hora em repouso.

    -Passado este tempo, desobstruir a borracha que se encaixa no funil e recolher de 5 a 7 mL.

    -Recolher a gua em vidro de relgio (observar em lupa) ou em tubo de centrifugao,

    centrifugando o mesmo a 1000 rpm por 1 minuto. Observar o sedimento.

    Mtodo de Rugai:

    -Colocar de 810 g de fezes ou terra em uma gaze dobrada em quatro e fazer uma pequena

    trouxa.

    -Colocar o material assim preparado em um clice de sedimentao cheio de gua morna

    (45C) at o meio.

    -Deixar uma hora em repouso.

    -Colher no fundo do clice as larvas porventura existentes, com auxlio de uma pipeta.

    -Examinar em lupa ou microscpio.

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    MTODOS DE SEDIMENTAO POR CENTRIFUGAO

    Mtodo de RITCHIE, Mtodo de Blagg

    -Princpio: sedimentao mecnica (centrifugao).

    -A diferena nos mtodos acima refere-se principalmente na conservao das amostras.

    -Fezes conservadas em formalina 10% - Mtodo de Ritchie ou formol-ter.

    -Fezes conservadas em MIFMtodo de Blagg ou MIFC.

    -Mtodo de Ritchie:

    -Material: Frasco de Borrel

    Basto de Vidro

    Gazes

    Tubos de centrfuga cnicos

    Funil pequeno

    Swab de algodo

    Lmina/lamnula

    Formalina 10%

    ter

    Lugol

    -Procedimento:

    -Agitar bem o frasco contendo material fecal conservadas em formalina.

    -Coar a suspenso por gaze para um tubo de centrfuga at o meio.

    -Adicionar salina ou gua at um dedo da borda do tubo. Centrifugar a 1500 rpm por 10

    minutos. Decantar o sobrenadante, deixando cerca de 1,5mL do sedimento.

    -Adicionar 9mL de formalina 10% e misturar.

    -Adicionar 3mL de ter e tampar o tubo com rolha de borracha e agitar vigorosamente por 1

    minuto.

    -Centrifugar por 10 minutos a 1500 rpm (formao de camadas).

    -Soltar a pelcula de gordura com uma esptula e desprezar o sobrenadante por rpida

    inverso do tubo.

    -Limpar as paredes do tubo com swab de algodo.

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    -Transferir parte do sedimento para lmina e observar 10X, 40X (lugol recomendado).

    OBS.: 4 camadas:

    1- Sedimento

    2-

    Formalina3-

    Tampo de detritos fecais

    4-

    ter

    -Mtodo de Blagg:

    -Material: os mesmos da tcnica de Rithcie, com exceo da formalina.

    -Procedimento:

    -Agitar bem o tubo contendo amostra fecal em MIF.

    -Coar a suspenso por gaze para tubo cnico at o meio.

    -Adicionar 4,5mL de ter, tampar e agitar por 1 minuto.

    -Retirar a tampa e centrifugar a 2500 rpm por 1 minuto.

    -Soltar a pelcula de gordura com uma esptula e desprezar o sobrenadante.

    -Limpar as paredes do tubo com swab de algodo.

    -Transferir o sedimento para lmina e observar 10X, 40X (lugol recomendado).

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    Mtodo de SHEATHES:

    -Especfico para oocistos de coccdeos (Isospora, Cryptosporidium).

    -Procedimento:

    -Misturar em partes iguais fezes e soluo fisiolgica (NaCl).

    -Filtrar a soluo em gaze.

    -Recolher o filtrado em tubo de centrfuga (at o meio).

    -Completar o tubo com soluo saturada de acar.

    -Cobrir o tubo com lamnula plstica ou de papel celofane transparente, e fixa-la com elstico.

    -Centrifugar por 5 minutos ou deixar em repouso por 1 hora.

    -Retirar a lamnula, colocar sobre uma lmina e examinar a microscpio (40X).

    FITA GOMADA, ANAL SWAB, MTODO DE GRAHAN

    -Mtodo especfico para pesquisa de ovos de E. vermiculares.

    -Procedimento:

    -Corta-se um pedao de 810 cm de fita adesiva transparente.

    -Coloca-se o mesmo sobre um tubo de ensaio com a parte adesiva voltada para fora.

    -Passe o tubo com a fita vrias vezes na regio perianal.

    -Aps a coleta do material, fixar a fita sobre uma lmina, procurando evitar dobras e formao

    de bolhas de ar.

    -Examinar todo o campo ao microscpio com objetivas de 10X e 40X.

    OBS.: o diagnstico pelo EPF muito falho, no ultrapassando a positividade de 10%, em

    funo das caractersticas do prprio ovo (muito leve e flutua por mtodos de sedimentao.

    - comum encontrar tambm ovos de Ascaris, T. trichiura e outros parasitas por este mtodo.

    -Ideal colher o material pela manh, sem que o paciente troque de roupa ou faa higienizao.

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    Pesquisa de SANGUE-OCULTO nas fezes:

    Tal pesquisa de grande importncia clnica no diagnstico das hemorragias do trato

    digestivo, tendo por base os efeitos catalticos dos compostos de heme sobre a oxidao de

    substncias orgnicas como a benzidina, guiiaco, etc.

    Sabe-se que a ingesto de carne na alimentao ou de vegetais pode acarretar pequena

    atividade de peroxidase. Assim, o sangramento gengival e alimentao podem influir no

    resultado do exame. Para realizao de um bom teste deve-se preservar rigorosa dieta por

    quatro dias, excluindo-se carnes, vegetais clorofilados, medicamentos a base de ferro e os

    demais cuidados em relao a possveis sangramentos gengivais.

    -Amostra: fezes recm-emitidas, de preferncia sem conservantes.

    -Tcnicas:

    REAO DE BENZIDINA:

    -A gua oxigenada decomposta pela ao da peroxidase do sangue e o oxignio liberado

    oxida a benzidina, formando um composto de cor azul ou verde.

    -Procedimento:

    -Espalhar pequena quantidade de fezes sobre um papel de filtro, gotejar 2 ou 3 gotas de gua

    oxigenada e juntar igual quantidade de soluo de benzidina, observar:

    Sem alterao na cor: negativo

    Esverdeado: traos

    Verde claro: +

    Verde escuro: ++

    Verde azulado: +++

    Azul: ++++

    -Reagentes:

    -gua oxigenada (perxido de hidrognio 3%)

    -Soluo Benzidina:

    cido actico glacial...............................................................................................................25mL

    Benzidina em p..........................................................................................................................5g

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    REAO DE MEYER:

    A fenolftalena reduzida pelo zinco para anidrido fltlico que, oxidado pela gua oxigenada,

    desprende oxignio pela ao do sangue, transforma-se novamente em fenolftalena,

    assumindo colorao vermelha em meio alcalino.

    -Procedimento:

    -Fazer uma suspenso de fezes 5%. Passar 5mL para um tubo de ensaio e juntar 1mL de

    reativo de Meyer-Johannessen. Inverter vrias vezes e acrescentar 3 a 4 gotas de gua

    oxigenada.

    -Reao positiva: desenvolvimento de cor vermelha imediata.

    Reativo de Meyer-Johannessen:

    Fenolftalena................................................................................................................................2g

    Hidrxido de potssio anidro....................................................................................................20g

    gua destilada qsp................................................................................................................100mL

    Aquecer at fervura, acrescentando de 10 a 30 g de zinco em p. Armazenas em frasco mbar.

    OBS.: Atualmente, vem sendo utilizadas tcnicas mais especficas como a determinao da

    hemoglobina humana por um anticorpo monoclonal especfico para a mesma.

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    SOMENTE PARA USO DIAGNSTICO IN VITRO

    Finalidade:Pesquisa de Sangue Oculto nas fezes pela tcnica de Meyer-Johannessen.

    Princpio:A fenolftalena reduzida pelo zinco para anidrido fltlico que, oxidado pela gua

    oxigenada, desprende oxignio pela ao do sangue, transforma-se novamente em

    fenolftalena. Como o meio alcalino, ela assume a colorao vermelha caracterstica.

    Metodologia:Meyer-Johannessen.

    Sensibilidade:a sensibilidade do mtodo > 5mg de hb por grama de fezes.

    Reagentes:

    REAGENTE CROMGENO: Reagente pronto para uso. Constituintes: Hidrxido de potssio

    (KOH) 4,46M, fenolftalena 0,07M e zinco em p. Usar sem agitar.

    REAGENTE REVELADOR:Reagente pronto para uso. Constituinte: Perxido de hidrognio a 10

    volumes.

    Armazenamento dos reagentes:entre 15 e 30C.

    Estabilidade dos reagentes: Estvel at a data registrada no rtulo, quando respeitadas as

    condies de armazenamento.

    Amostra biolgica: Fezes. Deve-se fazer um regime alimentar, evitando comer vegetais e

    carne durante 3 dias antes da coleta. Quantidade mnima: 10g de fezes.

    Conservao da amostra:Conservar entre 2 a 8C, por um perodo mximo de 2 dias. O ideal

    utilizar amostra recente.

    Materiais e equipamentos necessrios:Pipeta 10mL; Tubo de ensaio 10mL; Estante para tubo.

    Procedimento tcnico:

    Preparar uma suspenso de fezes a mais ou menos 5% em gua destilada (exemplo: 5g de

    fezes em 100mL de gua destilada).

    Centrifugar 10mL desta suspenso por 5 minutos.

    Colocar em um tubo de ensaio 2mL do sobrenadante e acrescentar 0,5 mL de REAGENTE

    CROMGENO. Homogenizar.

    Pingar sobre esta mistura, 3 gotas do REAGENTE REVELADOR e homogeneizar. Proceder a

    leitura.

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    LEITURA:

    REAO POSITIVA: cor vermelha (ntida) no tubo.

    REAO NEGATIVA: a reao no muda de cor, ou torna-se rosa bem claro.

    Valor de Referncia:negativo.

    Interferentes:

    1-

    Mioglobina de hemoglobina de carnes vermelha e/ou branca tem atividade de

    peroxidase e podem dar resultado falso-positivo.

    2-

    Aspirina (cido acetil-saliclico) aumenta o sangramento no trato gastro-intestinal,

    provocando um resultado falso-positivo.

    3- Vegetais e frutas.

    Adequao do KIT e controle de qualidade:

    Ao abrir o KIT, realizar os testes de Controle-Positivo e Negativo da seguinte maneira:

    1-

    Como CONTROLE POSITIVO podem ser usados 2mL de gua destilada + 0,01mL desangue total + 0,5mL de REAGENTE CROMGENO e 3 gotas de REAGENTE REVELADOR.

    2- Como CONTROLE NEGATIVO podem ser usados 2mL de gua destilada + 0,5mL de

    REAGENTE CROMGENO + 3 gotas do REAGENTE REVELADOR.

    Apresentao do KIT:

    Kit para 50 reaes:

    REAGENTE CROMGENO: 1 x 25mL

    REAGENTE REVELADOR:1 x 10mL

    BULA.

    Periculosidade:corrosivo.

    Descarte: O reagente deve ser descartado numa pia, sobre gua corrente. O sedimento deve

    ser descartado sobre gua corrente, no desprez-lo no lixo, pois pode causar incndio.

    Observaes:

    1-

    O aparecimento tardio da cor rosa no pode ser considerado positivo.

    2-

    Dieta: o paciente deve se abster de carne, vegetais verdes (clorofila) e medicamentos a

    base de ferro por 3 dias antes do exame.

    3-

    O desenvolvimento de cor no reagente indcio de deteriorao.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    HENRY, John Bernard, M.D., Diagnsticos Clnicos & Tratamento por Mtodos Laboratoriais,

    18 edio. So Paulo: Manole Ltda.

    LIMA, A. Oliveira (et al): Mtodos de Laboratrios Aplicados a Clnica, 6 edio. Rio de Janeiro:

    Guanabara Koogan, 1985.

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    Tamizao das fezes para pesquisa de proglotes de Taenia ou partes de eliminao

    -Para pesquisa de proglotes de Taenias, esclex e eventualmente a eliminao de pequenos

    vermes, deve-se coletar todas as fezes emitidas. Em geral, aps o uso de laxantes.

    -O paciente dever coletar todo volume fecal proveniente de uma nica evacuao, ou maiorquantidade critrio.

    -No laboratrio, emulsionar as fezes em gua com auxlio de basto de vidro e coar todo

    material em tamis metlico de 80 a 100 malhas por cm, sob uma torneira aberta.

    -Atentamente, coletar as proglotes ou vermes eventualmente retidos na peneira.

    Exame macroscpico de fragmentos ou partes de eliminao para comprovao de helmintos:

    No raro so levados ao laboratrio para identificao, pequenos fragmentos vegetais mal

    digeridos, sementes, pequenos pedaos de plstico e uma infinidade de estranhos espcimesconfundidos com pequenos vermes. Por outras vezes o material pode apresentar larvas de

    moscas que so sugestivas de verminose, mas na verdade no passam de contaminao em

    amostras deixadas descobertas por mais de 24 horas.

    -Exemplares de scaris lumbricoides, Enterobius vermiculares e proglotes de Taenias so

    frequentemente enviados para exame, e estes devem ser processados por exame direto com

    ou sem colorao.

    -O esmagamento da fmea de E. vermiculares expulso nas fezes, entre a lmina e a lamnula

    corados pelo lugol, apresenta uma grade quantidade de ovos caractersticos dessa espcie.

    Identificao dos proglotes de Taenia:

    -Pelo fato da Taenia solium desenvolver cisticercose no homem, a identificao e

    caracterizao de proglotes tem alto significado clnico.

    -As proglotes de T. solium so expulsas durante ou aps as evacuaes, unidas de 3 a 6

    elementos; na T. saginata as proglotes costumam sair ativamente e, em geral, isoladas, nos

    intervalos das evacuaes.

    Tcnica:

    -Mergulhar as proglotes em cido actico glacial, por tempo superior a 15 minutos, utilizando

    placas de Petri, vidro de relgio ou qualquer outro recipiente.

    -Retirar a proglote do cido, enxaguar o excesso com papel de filtro e comprimi-la entre duas

    lminas largas. Examinar sob iluminao intensa.

    -Os caracteres do tero e de suas ramificaes permitiro diferenciar proglote grvida das

    duas espcies de Taenias.

    -Taenia saginata: apresenta o tero com ramificaes laterais, finas e numerosas, prximas ao

    tubo uterino longitudinal.

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    -Taenia solium: apresenta esses prolongamentos espessos e em menor nmero.

    Identificao do esclex de Taenias:

    -O encontro do esclex significa eliminao total do parasita, este, por sua vez, pode ser

    identificado atravs de microscopia, sendo que esta estrutura tem aproximadamente 1 mm dedimetro.

    -Taenia saginata: no possui rostro (coroa de acleos), apresenta ventosas.

    -Taenia solium: esclex com rostro armado, apresenta ventosas.

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    Gorduras fecais

    Normalmente poder existir pequena quantidade de gordura nas fezes (at 7g), na forma de

    gorduras neutras, cidos graxos e sabes. O exame microscpico permite constatar uma

    quantidade anormal de gordura nas fezes, possivelmente relacionada com esteatorria da

    insuficincia pancretica ou com transtornos da absoro.

    As gorduras neutras apresentam-se sob a frmula de pequenas gotculas, muito refringentes e

    fracamente coradas pela bile.

    REATIVO DE HECHT:

    Soluo aquosa vermelho neutro........................................................................................1 parte

    Soluo aquosa verde brilhante..........................................................................................1 parte

    Preparar no momento do uso.

    -cidos graxos coram-se de vermelho, e sabes ficam esverdeados.

    REATIVO DE LORISHAzul do Nilo

    Sulfato de azul do Nilo.................................................................................................................1g

    gua destilada......................................................................................................................100mL

    -cidos graxos coram-se de azul, e sabes de cinza azulado.

    REATIVO DE SAATHOFFSudan III

    Sudan III.......................................................................................................................................2g

    lcool 96.................................................................................................................................10mL

    cido actico glacial...............................................................................................................90mL

    -cidos graxos se coram de vermelho. normal ser encontrado 2 ou 3 gotas de gordura por

    campo microscpico.

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    COPROTEST (Mtodo comercial de concentrao)

    Material:

    1. Frasco Coprotest com fixador de escolha.

    2.

    Tubos de centrfuga, cnicos de 15mL graduados.3.

    Funil pequeno.

    4. Gazes.

    5. Swab de algodo.

    6. Lmina e lamnula.

    7.

    Pipetas 10mL

    8. Estante ou suporte para tubos.

    9. ter ou acetato de etila.

    10.Soluo de Lugol 1%.

    11.Centrfuga.

    O Coprotest atualmente comercializado no Brasil e pode ser adquirido apenas o frasco

    coletor com ou sem fixador de escolha do laboratrio ou todos os dispositivos e reagentes

    para execuo do procedimento. O basto coletor tem capacidade para 1g, e essa quantidade

    interpretada como suficiente. As etapas a serem seguidas para a coleta da amostra de fezes,

    como preconizadas, so transcritas a seguir:

    1. Abra o frasco e retire a tampa com o basto coletor.

    2. Com auxlio de uma pazinha de madeira, preencha o basto coletor com as fezes.

    3.

    No coloque fezes em excesso: use a pazinha para eliminar o excesso de fezes.

    4.

    Feche o frasco.5. Agite vigorosamente por 1 a 2 minutos, at dissolver as fezes no lquido.

    6. Volte ao frasco para a embalagem. Leve ao laboratrio.

  • 8/10/2019 [PDF] apostila PARASITOLOGIA CLINICA.pdf

    47/47

    Procedimento:

    1. Agitar um pouco o frasco para homogeneizar.

    2.

    Destaque o bico da tampa.

    3.

    Introduza o bico em um tubo de centrfuga e pressione o frasco.

    4.

    Acrescente uma gota de detergente domstico a suspenso.5. Adicione 3mL de Acetato de Etila comercial.

    6.

    Tampe os tubos de centrfuga e agite vigorosamente.

    7. Centrifugue a 2000 rpm durante 2 minutos.

    8. Despreze a camada sobrenadante.

    9.

    Adicione o sedimento em 7mL de gua, tampe os tubos e agite.

    10.Centrifugue a 2000 rpm por 2 minutos.

    11.Despreze o sobrenadante com cuidado.

    12.

    Deixe os tubos emborcados sobre gaze, durante 2 minutos.

    13.Adicione soluo de Lugol (3 vezes o volume do sedimento).

    14.

    Adicione ao sedimento, batendo nas paredes do tubo.

    15.

    Inverta o tubo sobre uma lmina e deposite uma gota do sedimento.

    16.Cubra o sedimento com lamnula.

    Examine ao microscpio sistematicamenteaumento de 100X.