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Processamento de Imagem
Mestrado ISEP/IST emEng. Electrotécnica e Computadores
António Costa ([email protected])
Maio 2004 Processamento de Imagem 2
isepÍndice
• Introdução• Definições• Ferramentas• Amostragem• Algoritmos• Técnicas• Conclusão• Informação Adicional
Maio 2004 Processamento de Imagem 3
isepIntrodução
• Processamento Digital de Imagem– Desde circuitos simples até sistemas computacionais
• Enquadramento do Processamento de Imagem
• Domínio de aplicação 2D (mais comum)
Processamento de Imagem
Análise de Imagem
Compreensão de Imagem
Síntese de Imagem Descrição
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Medidas
Descrição
Entrada SaídaDesignação
Maio 2004 Processamento de Imagem 4
isepDefinições
• Imagem– É uma função escalar a(x,y): intensidade de qualquer
coisa traduzida num valor inteiro, real ou complexo– Uma imagem digital a[m,n] resulta de imagem analógica
a(x,y) através de amostragem - digitalização– Uma imagem é formada por N linhas e M colunas,
sendo cada elemento de imagem a[m,n] um pixel– Na realidade a função a() é a(x,y,z,t,,...), mas será
abordado apenas o caso 2D, estático e monocromático
Maio 2004 Processamento de Imagem 5
isepDefinições
• Exemplo
– Imagem de 16 linhas e 16 colunas– Pixel em a[10,3] tem valor inteiro 110 (gama 0-255)
Valor = a(x,y,z,t,)
ColunasLi
nhas
Maio 2004 Processamento de Imagem 6
isepDefinições
• Valores mais comuns– Nº de linhas N: 256, 512, 525, 625, 768, 1024, 1035– Nº de colunas M: 256, 512, 768, 1024, 1320– Nº de intensidades: 2, 64, 256, 1024, 65536, 224, 232
– Casos mais comuns: M=N=2K (K=8,9 ou 10)devido a tecnologias de hardware ou algoritmos (FFT)
– O número máximo de intensidades é geralmente potência de 2
• Caso =2: imagem binária (“preto e branco”)• Caso >2: imagem “em tons de cinzento”
Maio 2004 Processamento de Imagem 7
isepDefinições
• Tipos de operações sobre imagens– Transformação de imagem a[m,n] em imagem b[m,n]
• Pontual: o resultado num pixel apenas depende do valor do pixel de entrada correspondente
• Local: o resultado num pixel depende dos valores da vizinhança de pixels de entrada próximos
• Global: o resultado num pixel depende de todos os valores dos pixels de entrada
• Exemplos
Pontual LocalGlobal
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isepDefinições
• Tipos de vizinhança de pixels– O conceito de vizinhança de pixels é muito importante– No caso mais comum de amostragem rectangular as
vizinhanças mais usadas são a viz4 e a viz8
– Em alguns dispositivos é possível efectuar amostragem hexagonal, de que resulta a vizinhança viz6
– Exemplos
Maio 2004 Processamento de Imagem 9
isepFerramentas
• Convolução– Obedece ao princípio da sobreposição– Permite descrever a saída de um sistema linear,
conhecidas a entrada e a função de transferência– Versão “discreta”
c[m,n] = a[m,n] b[m,n] = j k a[j,k] b[m-j,n-k]
• Correlação– Mede o grau de “similaridade” entre dois sinais– Versão “discreta”
c[m,n] = a[m,n] b[m,n] = j k a[j,k] b[m+j,n+k]
Maio 2004 Processamento de Imagem 10
isepFerramentas
• Transformada de Fourier– Versão “discreta” (DFT)
A(,) = m n a[m,n] e-j(m + n)
a[m,n] = 1/42 A(,) e+j(m + n) d d– A transformada de uma imagem pode ser complexa– Exemplo
a[m,n]
log(|A(,)|)
(,)
Reconstruçãocom (,)=0
Reconstruçãocom log(|A(,)|)=k
Maio 2004 Processamento de Imagem 11
isepFerramentas
• Estatísticas– É comum o uso de descrições estatísticas simples– A função densidade de probabilidade p(a) de uma
região de pixels pode ser estimada por contagem das ocorrências de intensidade nessa região
– Essa contagem pode ser descrita pelo histograma h[a]
P(a) - Intensidade h[a] - Intensidadea[m,n]
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isepFerramentas
• Estatísticas– Média ma = 1/P j,k a[j,k] (P - nº de pixels da região)
– Desvio padrão sa = 1/(P-1) j,k(a[j,k] - ma)2
– Relação sinal/ruído SNR = 20log10((amax - amin) / sn) (sn - desvio padrão do ruído)
– Exemplo Média: 219.3Desvio padrão: 4.0Mínimo: 202Mediana: 220Máximo: 226Moda: 220SNR: 33.3
Maio 2004 Processamento de Imagem 13
isepFerramentas
• Representações de contorno– Chain codes
• Seguimento do contorno em sentido horário com anotação das mudanças de direcção entre pixels sucessivos - exemplo
– Crack codes• Seguimento da linha entre
objecto e fundo (crack)
Pi +7076666544556...
Maio 2004 Processamento de Imagem 14
isepFerramentas
• Uma nota de aviso– Não é possível ainda modelar o sistema visual humano
através das técnicas correntes de análise de sistemas– As ilusões ópticas não se enquadram nesses modelos
Indução de visualização de valores “cinzentos” que se sabe não existem e noção de dinamismo na imagem
Indução de visualização de contornos inexistentes e contraste exagerado
URL: http://www.city.ac.uk/optics/BVTutor/html/ocular_movements_i.html
Maio 2004 Processamento de Imagem 15
isepAmostragem
• Amostragem de imagem– Ideal
bideal[m,n] = m n a(mX0,nY0) (x-mX0,y-nY0)
– “Real” breal[m,n] = (a(x,y) p(x,y)) m n (x-mX0,y-nY0)
– A função de abertura p(x,y) depende da tecnologia usada na captura da informação e é frequentemente:
• Circular; Quadrada; Gaussiana– Deve escolher-se a densidade de amostragem com
base na teoria de sinal clássica (teoria de Nyquist)
Maio 2004 Processamento de Imagem 16
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AlgoritmosBaseados em operações de histograma• Alargamento do contraste
– Muitas imagens são geradas com intensidades que não aproveitam a gama máxima de intensidades
– Corrige-se através do alargamento da gama da imagem b[m,n] = (2B-1) (a[m,n] - plow%) / (phigh% - plow%) se plow% < a[m,n] < phigh% ; senão 0 ou 2B-1
• plow% - intensidade baixa no histograma (0%, 1%, 5%)
• phigh% - intensidade alta no histograma (100%, 99%, 95%)
originalcontrastealargado
Maio 2004 Processamento de Imagem 17
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AlgoritmosBaseados em operações de histograma• Equalização de histogramas
– Normaliza-se o histograma da imagem para um histograma “padrão” (comparação de imagens, etc)
– O objectivo ideal é obter ocorrências iguais para todas as intensidades - histograma plano
– Pode obter-se algo aproximado usando a função distribuição de probabilidade (normalizada de 0 a 2B-1) como índice de acesso ao histograma “padrão”...
originalhistogramaequalizado
Maio 2004 Processamento de Imagem 18
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AlgoritmosBaseados em operações matemáticas
• Operações binárias– Baseadas nas operações booleanas pixel a pixel– Exemplo
• Operações “aritméticas”– a+b a/b log(a) exp(a) sqrt(a) sin(a) (2B-1)-a, etc
Imagem a Imagem b
NOT(b) OR(a,b) AND(a,b) XOR(a,b) SUB(a,b)[ AND(a,NOT(b)) ]
Maio 2004 Processamento de Imagem 19
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AlgoritmosBaseados em convolução
• Enquadramento– Baseia-se na noção de uma janela finita h() operando
sobre a imagem a(), produzindo uma nova imagem c()– O pixel de saída é igual à soma pesada dos pixels de
entrada dentro da janela, em que os pesos são os valores específicos do filtro de convolução h()
• Convolução no domínio espacial– Pode gerar acessos “fora” da imagem a[m,n]
c[m,n] = a[m,n] h[m,n] = j k h[j,k] a[m-j,n-k]• Note-se que m-j ou n-k podem ser negativos• Solução: extender artificialmente a imagem
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AlgoritmosBaseados em suavização
• Objectivos gerais– Tipicamente usados para reduzir o ruído e/ou preparar
imagens para outros processamentos mais complexos• Filtros lineares
– Filtro uniforme:
– Filtro triangular:
– Filtro gaussiano: cada vez mais utilizado (versatilidade)
Rectangular (J=K=5) Circular (J=K=5)
Piramidal (J=K=5) Cónico (J=K=5)
Maio 2004 Processamento de Imagem 21
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AlgoritmosBaseados em suavização
• Filtros não-lineares– Estes filtros não podem ser alvo de análises de Fourier– Filtro de mediana: em cada aplicação da janela h()
usa-se a intensidade mediana dentro da referida janela– Filtro Kuwahara: preserva bem os contornos
• Em cada uma das 4 regiões calcula-se a média e a variância
• O valor atribuído ao pixel centralé o valor médio da região quepossui menor variância
Região 1
Região 2
Região 3
Região 4 Pixelcentral
Maio 2004 Processamento de Imagem 22
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AlgoritmosBaseados em suavização
• Exemplos de vários filtros de suavização
Imagem original
Filtro linearUniforme 5x5
Filtro linearGaussiano (=2.5)
Filtro não-linearMediana 5x5
Filtro não-linearKuwahara 5x5
Histograma
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AlgoritmosBaseados em derivação
• Enquadramento– Os algoritmos apresentados são uma aproximação– Tendem a aumentar o ruído de alta frequência, pelo que
geralmente são combinados com filtros de suavização• Primeira derivada
– Filtros de gradiente a[m,n] = (hx a[m,n])ix + (hy a[m,n])iy
• Básicos:
• Prewitt:
Maio 2004 Processamento de Imagem 24
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AlgoritmosBaseados em derivação
• Primeira derivada– Filtros de gradiente (continuação)
a[m,n] = (hx a[m,n])ix + (hy a[m,n])iy
• Sobel:
• Construídos à medida:
• Gaussianos:
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AlgoritmosBaseados em derivação
• Primeira derivada– Exemplos de filtros de gradiente
Imagem original
Básico Sobel Gaussiano (=1.5)
Maio 2004 Processamento de Imagem 26
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AlgoritmosBaseados em derivação
• Segunda derivada– Desempenham um papel muito importante– Filtros de Laplaciano
2a[m,n] = (h2x a[m,n])ix + (h2y a[m,n])iy
• Básicos:
• Gaussiano:
• Construídos à medida:
• SDGD: (2ª derivada na direcção do gradiente)
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AlgoritmosBaseados em derivação
• Segunda derivada– Exemplos de filtros de Laplaciano
Imagem original
Básico Gaussiano (=1.5) À medida SDGD (=1.0)
Maio 2004 Processamento de Imagem 28
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AlgoritmosBaseados em derivação
• Outros filtros– Há uma infinidade de filtros lineares e não-lineares– Para se medir a resposta de filtros não convencionais
usam-se imagens de teste (padrões sinusoidais, etc)– Permite avaliar os efeitos em termos de frequências– Exemplos de resultados com padrão de teste sinusoidal
Filtropassa-baixo
Filtropassa-banda
Filtropassa-alto
Maio 2004 Processamento de Imagem 29
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Enquadramento– Uma definição alternativa do conceito de imagem
baseia-se na noção de conjunto de coordenadas que fazem parte dos objectos da imagem
– Exemplo
– Os pixels do objecto A partilham uma propriedade Objecto - A = { a | propriedade(a) = Verdade } Fundo - Ac = { a | a A }
Imagem binária comdois objectos A e B
A
B
Maio 2004 Processamento de Imagem 30
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Enquadramento– A noção de objecto implica conectividade de pixels
• Definições– As operações fundamentais sobre objectos são:
• Translação: A + x = { a + x | a A }• Adição/subtracção: A B = bB(A+b) ; A B = bB(A+b)• Complemento (fundo)• Simetria: -A = { -a | a A }
objecto Afundo de A - O objecto A tem conectividade 4- O fundo tem conectividade 12-4(=8)
Maio 2004 Processamento de Imagem 31
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Dilatação e Erosão– A dilatação D(A,B) corresponde à adição A B – A erosão E(A,B) corresponde à subtracção A (-B )– Exemplos
– Tipicamente A é uma imagem e B é um “estruturante” (equivale ao núcleo de convolução dos filtros lineares)
– Exemplos de estruturantes comuns
B
D(A,B)
-B
E(A,B)
N4 N8
Maio 2004 Processamento de Imagem 32
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Dilatação e Erosão– Teorema da Decomposição
• Para um estruturante B finito, simétrico, sem buracos e contendo o seu centro ([0,0] B), verifica-se queD(A,B) = A (A B) [nota: A é o contorno de A]
• Resulta que apenas basta processar os pixels do contorno de A, não sendo necessário processar os pixels do seu interior
• Algoritmo “rápido” de dilatação: para cada pixel do objecto, todos os seus pixels vizinhos (vizC) de fundo passam a pertencer ao objecto
• Algoritmo “rápido” de erosão: cada pixel do objecto que possua um pixel vizinho (vizC) de fundo passa a fundo
Maio 2004 Processamento de Imagem 33
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Dilatação e Erosão– Exemplos “rápidos”
– Importante: D(E(A,B),B) A E(D(A,B),B)• Abertura e Fecho
– Abertura: O(A,B) = D(E(A,B),B)• Tende a suavizar o contorno pelo interior
– Fecho: C(A,B) = E(D(A,-B),-B)• Tende a suavizar o contorno pelo exterior
Dilatação comestrututante N4
Dilatação comestrututante N8
Maio 2004 Processamento de Imagem 34
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• HitAndMiss– Operador de alto nível
HitMiss(A,B) = E(A,B1) EC(AC,B2)
– B1 e B2 são estruturantes finitos e disjuntos entre si– Este operador é o equivalente morfológico do template
matching (técnica usada para comparar padrões com base na sua correlação)
• B1 funciona como template para o objecto
• B2 funciona como template para o fundo
Maio 2004 Processamento de Imagem 35
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Exemplos– Estruturantes
Imagem A Dilatação com 2B Erosão com 2B
Abertura com 2B(separa objectos)
Fecho com 2B(preenche buracos)
HitAndMiss com B1 e B2
[ A = A - E(A,N8) ]
Maio 2004 Processamento de Imagem 36
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Esqueleto– Quando realizavel, é uma polilinha que:
• Tem largura de 1 pixel• Passa pelo “meio” do objecto• Preserva a topologia do objecto
– Pode ser obtido por um processo iterativo baseado no B8, não se alterando o pixel central para “fundo” se
• 1) o pixel estiver isolado• 2) a remoção do pixel alterar a conectividade• 3) a remoção do pixel encurtar a linha
Maio 2004 Processamento de Imagem 37
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Propagação (Reconstrução)– Visa reconstruir um objecto parcialmente erodido ou
preencher um objecto definido pelo seu contorno– Algoritmo iterativo baseado numa imagem “semente”
S(0), uma imagem máscara A e um estruturante B S(k) = D(S(k-1),B) A ; repetir até S(k) = S(k-1)
• Em cada iteração a semente cresce dentro dos limites de A• As conectividades da fronteira de A e de B devem ser iguais• A implementação iterativa é ineficiente, mas existe uma
implementação recursiva muito mais eficiente
Maio 2004 Processamento de Imagem 38
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Exemplos
E(A,6N8)
Imagem A
Esqueleto de A Esqueleto de A(sem condição 3)
Propagação com N8
Semente(a preto)
Máscara
Maio 2004 Processamento de Imagem 39
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Tratamento de imagens “em tons de cinzento”– Os algoritmos anteriores podem ser extendidos para
imagens com mais de dois níveis (16, 64, 256, etc)– Formulações para “tons de cinzento”
• Dilatação: DG(A,B) = max[j,k]B { a[m-j,n-k] + b[j,k] }
• Erosão: EG(A,B) = min[j,k]B { a[m+j,n+k] - b[j,k] }
• Abertura: OG(A,B) = DG(EG(A,B),B)
• Fecho: CG(A,B) = -OG(-A,-B)
• Suavização: MSmooth(A,B) = CG(OG(A,B),B)
• Gradiente: MGradient(A,B) = 1/2 [DG(A,B) - EG(A,B)]
• Laplaciano: MLaplacian(A,B) = 1/2 [DG(A,B) + EG(A,B) - 2A]
Maio 2004 Processamento de Imagem 40
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AlgoritmosBaseados em morfologia
• Exemplos de filtros “em tons de cinzento”Clássicos“Morfológicos”
Suavização
Gradiente
Laplaciano
Imagem A
Dilatação de A Erosão de A
Maio 2004 Processamento de Imagem 41
isepTécnicas
• Enquadramento– Os algoritmos apresentados anteriormente podem ser
usados para resolver problemas complexos de processamento de imagem
• Correcção de sombreamento– Os métodos de geração de imagem podem fazer com
que as imagens exibam artefactos de sombreamento• Imagem “brilhante” no centro e “escura” nos limites• Imagem a “escurecer” da esquerda para a direita• Efeitos de lentes sujas, iluminação não uniforme, etc
Maio 2004 Processamento de Imagem 42
isep
TécnicasCorrecção de sombreamento
• Artefactos de sombreamento– Geralmente indesejados, mas difíceis de evitar– A sua eliminação é necessária em algumas aplicações
• Estimação do sombreamento– A posteriori
• Filtragem passa-baixo: ae[m,n] = a[m,n] - LowPass(a[m,n])+K• Filtragem morfológica: ae[m,n] = a[m,n] - MSmooth(a[m,n])+K
– A priori• Recurso a imagens de calibração: Preto[m,n] e Branco[m,n]
ae[m,n] = K (a[m,n]-Preto[m,n]) / (Branco[m,n]-Preto[m,n])
Maio 2004 Processamento de Imagem 43
isep
TécnicasCorrecção de sombreamento
• Exemplos
Linha da imagem original
Passa-baixo Homomórfica Morfológica Calibrada(a melhor)
1. O sombreamento indesejado manifesta-se através de uma rampa linear a crescer da esquerda para a direita2. Os picos são objectos
Maio 2004 Processamento de Imagem 44
isep
TécnicasMelhoria e restauro
• Enquadramento– O processo de aquisição de imagem geralmente
envolve degradação da imagem (inadvertidamente)• Desfocagem; Movimento da câmara; Ruído; etc
– Objectivos• Melhoria visa “embelezar” a imagem• Restauro visa “repor a verdade” na imagem
– Medição do erro• Usa-se frequentemente uma métrica de erro tipo RMS
E{ae,a} = 1/MN m n | ae[m,n] - a[m,n] |2
Maio 2004 Processamento de Imagem 45
isep
TécnicasMelhoria e restauro
• Aumento de nitidez– Melhorar as silhuetas de uma imagem pode contribuir
para aumentar a sua qualidade visual• Isolam-se as silhuetas de uma imagem• Amplificam-se essas silhuetas• Adicionam-se à imagem original
– O Laplaciano é adequado para isolar as silhuetas ae[m,n] = a[m,n] - (K 2a[m,n])
OriginalMelhorada(K=1)
Maio 2004 Processamento de Imagem 46
isep
TécnicasMelhoria e restauro
• Supressão de ruído– Pode ser conseguida através de suavização espacial,
levando contudo a perda de nitidez– Os algoritmos de suavização são os mais adequados
• Exemplos
Imagem original(SNR = 20 dB)
Wiener Gaussiano (=1)
Kuwahara 5x5 Mediana 3x3 MSmooth 3x3
Maio 2004 Processamento de Imagem 47
isep
TécnicasMelhoria e restauro
• Supressão de distorsão– Um modelo simples assume o ruído como única fonte
de distorsão, mas existem modelos mais realistas– O filtro Wiener (domínio das frequências) é uma boa
solução para distorsões baseadas em ruído– Exemplo
• A imagem Wiener é mais nítida mas exibe artefactos• A imagem Mediana é mais esbatida mas disfarça artefactos
Imagem distorcida(SNR = 30 dB)
Wiener Mediana 3x3
Maio 2004 Processamento de Imagem 48
isep
TécnicasSegmentação
• Enquadramento– Designa as diversas técnicas capazes de distinguir
“objectos de interesse” do resto (fundo)• Não há uma técnica de segmentação universal ou perfeita
• Limiarização• Recorre a um limiar de intensidade para definir o objecto• A escolha do limiar de intensidade adequado é fulcral
– Escolha do limiar via histograma• Exemplo
Limiar=155
Imagem a segmentar Histograma de intensidades
Maio 2004 Processamento de Imagem 49
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TécnicasSegmentação
• Limiarização– Escolha do limiar pelo algoritmo do triângulo
• ExemploLimiar=152
• Determinação de fronteiras– Uma alternativa à limiarização consiste em encontrar os
pixels que definem as fronteiras do objectos– Gradiente
• Exemplo
Imagem a segmentar Histograma de intensidades
Maio 2004 Processamento de Imagem 50
isep
TécnicasSegmentação
• Determinação de fronteiras– Cruzamento do zero (método LoG)
• Consiste em usar o filtro Laplaciano e processar os “cruzamentos do zero” da 2ª derivada (mudança de sinal)
• Requer suavização para evitar o excesso de ruído gerado– Método PLUS
• Também baseado no “cruzamento o zero” do Laplaciano e no filtro de suavização SDGD(a)
– Método geral
Maio 2004 Processamento de Imagem 51
isep
TécnicasSegmentação
• Exemplos
– Nota: após se encontrar a fronteira dos objectos, podem usar-se algoritmos de propagação para preenchimento
Imagem original(SNR = 20 db)
LoG PLUS
Maio 2004 Processamento de Imagem 52
isep
TécnicasSegmentação
• Morfologia binária– Filtragem “sal” e “pimenta” (remoção de pixels isolados)– Determinação de objectos com furos
• Exemplo
– Preenchimento de furos em objectos• Exemplo
Imagem segmentada Esqueleto apósfiltro “sal” e “pimenta”
Imagem finalapós propagação
Imagem segmentada e invertida Imagem final apóspropagação e inversão
Máscara
Maio 2004 Processamento de Imagem 53
isep
TécnicasSegmentação
• Morfologia binária– Remoção de objectos nos limites da imagem
• Exemplo
– Geração de exoesqueleto• Exemplo
Imagem segmentada Imagem após propagação eXOR com a imagem máscara
Máscara
Imagem segmentada e invertida Imagem apósgeração de esqueleto
Maio 2004 Processamento de Imagem 54
isep
TécnicasSegmentação
• Morfologia binária– Separação de objectos “que se tocam”
• Segmentar imagem inicial para obter imagem binária• Efectuar um número “pequeno” de erosões da imagem (N4)• Calcular o exoesqueleto da imagem erodida• Inverter a imagem do exoesqueleto erodido• Combinar imagem final através de AND da imagem inicial
com a imagem invertida do exoesqueleto erodido!
Imagem inicial Erosões Exoesqueleto Pormenor daimagem final
Maio 2004 Processamento de Imagem 55
isep
TécnicasSegmentação
• Morfologia de “tons de cinzento”– É uma extensão das técnicas de morfologia binária– Permite abordar os problemas a alto nível– Exemplo: método local de alargamento de contraste
• Processa informação de contraste a nível local• Consegue-se obter uma solução mais satisfatória• Exemplos
Antes | Depois Antes | Depois Antes | Depois
Maio 2004 Processamento de Imagem 56
isepConclusão
• Presente– O processamento de imagem cada vez está mais
embebido em aplicações sofisticadas e intuitivas– Ainda há problemas por resolver satisfatoriamente
• Futuro– O processamento de imagem tenderá a evoluir para
processamento de sequências de imagem (vídeo, etc)– Irão surgir mais implementações em hardware– A investigação deslocar-se-á para temas de mais alto
nível, que usarão o P. I. como mais uma ferramenta
Maio 2004 Processamento de Imagem 57
isepInformação Adicional
• Sugestões– Tutoriais
• http://www.google.pt/search?q=image+processing+tutorial– Softwares livres
• VIPS - http://www.vips.ecs.soton.ac.uk/(MS-Windows: http://www.vips.ecs.soton.ac.uk/vips-7.8/nip-7.8.14.zip)
• GIMP - http://www.gimp.org/(MS-Windows:http://www.gimp.org/~tml/gimp/win32)
– Sítios web e documentos• Processamento de imagem em GPU’s (placas gráficas)
– http://www.gpgpu.org/ (seguir ligação “Image and Volume Processing”)– http://www.vis.uni-stuttgart.de/eng/research/pub/pub2000/vmv00-hopf.pdf
Maio 2004 Processamento de Imagem 58
isep
FIM