PDM de Barcelos

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PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE BARCELOS( DR. 1 Srie B, n152/95, de 4 de Julho de 1995)

Resoluo do Conselho de Ministros n. 64/95 ( DR. 1 Srie B, n152/95, de 4 de Julho de 1995) A Assembleia Municipal de Barcelos aprovou, em 27 de Janeiro de 1995, o seu Plano Director Municipal. Na sequncia desta aprovao, a Cmara Municipal respectiva iniciou o processo de ratificao daquele instrumento de planeamento, conforme dispe o n. 5 do artigo 16. do Decreto-Lei n. 69/90, de 2 de Maro. O Plano Director Municipal de Barcelos foi objecto de parecer favorvel da comisso tcnica que, nos termos da legislao em vigor, acompanhou a elaborao daquele Plano. Este parecer favorvel est consubstanciado no relatrio final daquela comisso, subscrito por todos os representantes dos servios da administrao central que a compem. Foram cumpridas todas as formalidades exigidas pelo Decreto-Lei n. 69/90, de 2 de Maro, com a redaco que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n. 211/92, de 8 de Outubro, designadamente no que se refere ao inqurito pblico. Verifica-se, igualmente, a conformidade formal do Plano Director Municipal de Barcelos com as demais disposies legais e regulamentares em vigor, com excepo: Da previso de cedncia de reas para a rectificao de arruamentos prevista no n. 3 do artigo 22. dado que viola o disposto no artigo 68. do Decreto-Lei n. 445/91, de 20 , de Novembro, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 250/94, de 15 de Outubro; Da classificao como espaos urbanizveis de reas para as quais existam concesses de explorao de depsitos minerais, dado que a referida classificao gera uma total incompatibilidade de utilizaes e viola o disposto no artigo 12. do Decreto-Lei n. 90/90, de 16 de Maro, no que respeita obrigao de proteco dos recursos geolgicos com vista ao seu aproveitamento. Nestas reas devem aplicar-se as normas do Regulamento compatveis com a condicionante existente no terreno e que so as que decorrem da classificao como espaos destinados a indstrias extractivas. Deve mencionar-se que a exigncia de adopo de solues eficazes na construo de redes de infra-estruturas prevista no n. 3 do artigo 22. s pode ser efectuada nos precisos termos constantes dos n.os 4 e 5 do artigo 63. do Decreto-Lei n. 445/91, de 20 de Novembro, com a redaco introduzida pelo Decreto-Lei n. 250/94, de 15 de Outubro. Deve, tambm, referir-se que o disposto no n. 2 do artigo 32. e no n. 1 do artigo 71., consubstancia alteraes ao Plano Director Municipal, pelo que s pode realizar-se atravs das formas de alterao ao Plano previstas no Decreto-Lei n. 69/90, de 2 de Maro. Mais se verifica que a sujeio, prevista no artigo 40. das reas agrcolas no , integradas na Reserva Agrcola ao regime desta Reserva no pode implicar a exigncia de parecer favorvel das comisses regionais da Reserva Agrcola para utilizaes no agrcolas daqueles solos. Na aplicao prtica do Plano h ainda a observar as servides e restries de utilidade pblica, constantes da planta de condicionantes, a qual, embora no seja publicada, constitui elemento fundamental do Plano. Para alm das servides e restries de utilidade pblica constantes da planta de condicionantes, devem igualmente ser respeitadas as restries decorrentes dos contratos de concesso de depsitos minerais cujo extracto foi publicado, por meio de aviso, no Dirio da Repblica, 3. srie, n. 27, de 1 de Fevereiro de 1995. Verifica-se que as reas de concesso decorrentes destes contratos no foram delimitadas na planta de condicionantes, dado que a respectiva publicao no Dirio da Repblica foi posterior aprovao do Plano Director Municipal na Assembleia Municipal. A Cmara Municipal de Barcelos deve promover, ao abrigo do artigo 20. do Decreto-Lei n. 69/90, de 2 de Maro, a correspondente alterao ao Plano Director Municipal. Por ltimo, deve referir-se que, muito embora haja reas de explorao de depsitos minerais includas na Reserva Agrcola Nacional, tal no inviabiliza a efectivao

daquelas exploraes, na medida em que a explorao de massas minerais constitui uma das possveis utilizaes no agrcolas da Reserva Agrcola Nacional, previstas no artigo 9. do Decreto-Lei n. 196/89, de 14 de Junho. O mesmo se pode afirmar relativamente s reas de explorao de depsitos minerais includas na delimitao da Reserva Ecolgica Nacional objecto de parecer da comisso prevista no artigo 8. do Decreto-Lei n. 93/90, de 19 de Maro, e constante da planta de condicionantes. Na verdade, embora as reas em questo se incluam naquela Reserva, a explorao dos recursos minerais no inviabilizada, dado que o regime da Reserva Ecolgica Nacional lhe no aplicvel, por fora do disposto na alnea a) do n. 2 do artigo 4. do Decreto-Lei n. 93/90, de 19 de Maro. Considerando o disposto no Decreto-Lei n. 69/90, de 2 de Maro, alterado pelo Decreto-Lei n. 211/92, de 8 de Outubro, e ainda os Decretos-Leis n.os 445/91, de 20 de Novembro, e 250/94, de 15 de Outubro; Assim: Nos termos da alnea g) do artigo 202. da Constituio, o Conselho de Ministros resolveu: 1 - Ratificar o Plano Director Municipal de Barcelos. 2 - Excluir de ratificao a expresso a cedncia de reas necessrias rectificao dos arruamentos constante do n. 3 do artigo 22. do Regulamento e a classificao como espao urbanizvel das reas para as quais existam concesses de explorao de depsitos minerais, aplicando-se nestas reas as regras do Regulamento relativas aos espaos destinados a indstria extractiva. Presidncia do Conselho de Ministros, 25 de Maio de 1995. - O Primeiro-Ministro, Anbal Antnio Cavaco Silva. Regulamento do Plano Director Municipal de Barcelos CAPTULO I Disposies gerais Artigo 1. mbito A ocupao, o uso e as transformaes do solo em todo o territrio do concelho de Barcelos ficam sujeitos s seguintes disposies regulamentares, transcritas para a planta de ordenamento e planta actualizada de condicionantes, a utilizar na implementao do Plano Director Municipal de Barcelos, adiante designado por PDM. Artigo 2. Regime A elaborao, apreciao e aprovao de qualquer plano, programa ou projecto, bem como o licenciamento de qualquer obra ou aco que implique a ocupao, uso ou transformao do solo na rea abrangida pelo PDM regem-se pelo disposto no presente Regulamento, sem prejuzo do estabelecido na lei geral ou especial. Artigo 3. Vigncia O PDM deve ser revisto antes de decorrido o perodo de 10 anos a contar da data da sua entrada em vigor, nos termos da lei vigente. Artigo 4. Acertos de pormenor Admitem-se acertos de pormenor decorrentes do cadastro e da representao grfica, desde que no ultrapassem a tolerncia mxima de 10 m, carecendo, quando coincidentes com as condicionantes estabelecidas, de autorizao da entidade tutelar.

Artigo 5. Composio O PDM composto pelos seguintes elementos: 1) Elementos fundamentais: a) Regulamento; b) Planta de ordenamento; c) Planta actualizada de condicionantes; 2) Elementos complementares: a) Relatrio sntese; b) Planta de enquadramento; 3) Elementos anexos: a) Relatrio 1: Apresentao e enquadramento geral; b) Relatrio 2: Estudos demogrficos; c) Relatrio 3: Estudos econmicos; d) Relatrio 4: Caracterizao do solo, subsolo e recursos hdricos; e) Relatrio 5: Rede de centros e relaes intermunicipais; f) Relatrio 6: Equipamentos colectivos; g) Relatrio 7: Infra-estruturas colectivas e transportes pblicos; h) Relatrio 8: Rede urbana e hierarquia dos aglomerados; i) Relatrio 9: Caracterizao dos aglomerados urbanos; j) Relatrio 10: Evoluo da construo - medidas no domnio dos solos; l) Relatrio 11: Histria e patrimnio edificado; m) Planta da situao existente. Artigo 6. Definies Para efeito de aplicao do presente Regulamento so adoptadas as seguintes definies: a) Percentagem de ocupao do solo (P) - relao entre a rea de implantao e a rea do terreno que serve de base operao; b) ndice volumtrico (IV) - relao entre o volume de construo do edifcio, incluindo recuados, e a rea do lote respectivo; c) Altura do edifcio - dimenso vertical, acima do solo, medida a partir do ponto inferior mais desfavorvel do edifcio, at linha superior do beirado ou platibanda; d) Implantao do edifcio - projeco horizontal da edificao, delimitada pelo permetro do piso mais saliente, excluindo varandas, cornijas, platibandas ou ornamentos; e) Lote - prdio legalmente constitudo, confinante com espao pblico, sobre o qual incide a operao; f) Profundidade do edifcio - dimenso horizontal, medida entre os alinhamentos das fachadas anterior e posterior situadas acima do nvel do solo, contando para o efeito qualquer salincia relativamente ao plano das fachadas, com excepo de varandas ou arcadas cobertas, quando autorizadas. CAPTULO II Ordenamento do territrio Artigo 7. Usos dominantes Consoante os usos dominantes do solo, consideram-se as seguintes classes de espaos: Espaos urbanos, que incluem: Centro histrico de Barcelos; rea de alta densidade;

rea de mdia densidade; rea de baixa densidade; Espaos urbanizveis, que incluem: rea de alta densidade; rea de mdia densidade; rea de baixa densidade; Espaos industriais; Espaos destinados a indstrias extractivas; Espaos agrcolas, que incluem: reas com viabilidade econmica actual ou potencial; reas agrcolas sociais; Espaos florestais, que incluem: reas sem limitaes ou com moderadas limitaes intensificao da produo lenhosa; reas destinadas instalao ou melhoramento das pastagens de montanha; Espaos naturais, que incluem: Leitos de cursos de gua e mata ribeirinha; Orlas e sebes vivas; Mata ou mato de proteco a reconverter ou estabelecer; Espaos culturais, que incluem: Bens imveis classificados ou em vias de classificao; Bens imveis no classificados; Espaos-canais. Artigo 8. Permetro urbano da cidade de Barcelos O permetro urbano da cidade de Barcelos o delimitado na planta de ordenamento e nela identificado como tal. SECO I Espaos urbanos Artigo 9. Caracterizao Os espaos urbanos, delimitados na planta de ordenamento, abrangem as zonas vocacionadas para a funo residencial e actividades compatveis com as funes habitacionais, traduzidos na concentrao da edificao. Artigo 10. Condies de uso 1 - Os espaos urbanos destinam-se localizao predominante de actividades residenciais, complementadas com outras actividades, nomeadamente comerciais, equipamento, servios, armazenagem e industriais, desde que no prejudiquem ou criem condies de incompatibilidade com a actividade residencial. 2 - Considera-se que existem condies de incompatibilidade quando as actividades mencionadas no nmero anterior: a) Produzam vibraes, rudos, mau cheiro, fumos, resduos poluentes ou outros que afectem as condies de salubridade; b) Perturbem as condies de trnsito ou de estacionamento, nomeadamente com operaes de carga e descarga;

c) Acarretem riscos de toxicidade, incndio ou exploso; d) Possuam caractersticas diferentes das estabelecidas neste Regulamento ou em outras disposies com eficcia legal. 3 - Nas ampliaes e construes de raiz admissvel a manuteno das caractersticas da edificao coalescente, desde que as mesmas perspectivem a colmatao do tecido existente. 4 - Na reconstruo de edifcios poder admitir-se a manuteno das suas caractersticas exteriores e a volumetria, desde que tal no inviabilize aces de manifesto interesse pblico. Artigo 11. Profundidade dos edifcios 1 - A profundidade mxima dos edifcios ser de 17 m. 2 - Excepcionalmente, nos pisos destinados a comrcio, indstrias ou armazns, quando em rs-do-cho, e desde que salvaguardadas as medidas de preveno e combate a incndios, podero atingir a profundidade mxima de 30 m. 3 - A profundidade dos pisos em rs-do-cho poder ser excedida em locais onde a equidade de tratamento assim o aconselhe e se considere que de tal facto no advm prejuzos de ordem urbanstica. Artigo 12. Estacionamento O estacionamento nestes espaos rege-se pelo disposto no artigo 67. SUBSECO I Centro Histrico de Barcelos Artigo 13. Caracterizao O Centro Histrico de Barcelos, delimitado na planta de ordenamento, abrange a estrutura urbana cujo tecido integra valores patrimoniais, culturais e ambientais que, no seu conjunto, constituem a memria colectiva da cidade e, como tal, dever ser conservada, recuperada e valorizada. Artigo 14. Condies de uso 1 - A reconstruo, total ou parcial, dever respeitar as caractersticas exteriores dos edifcios, bem como integrar os elementos arquitectnicos, plsticos ou decorativos mais expressivos da construo preexistente. 2 - Qualquer demolio s ser autorizada em caso de runa iminente comprovada por vistoria municipal. 3 - As ampliaes e construes de raiz devem respeitar as caractersticas permanentes do conjunto envolvente, nomeadamente a altura e a volumetria predominante. 4 - As diferentes funes afectas a cada edifcio devem distribuir-se de modo a que fique assegurado o predomnio da componente habitacional, sendo vedada a utilizao integral com ocupaes no habitacionais, excepto nas situaes em que a actividade a instalar exija a adopo de uma ocupao funcional nica, em particular nos casos justificados por manifesto interesse pblico.

5 - Qualquer interveno carece de projecto de arquitectura obrigatoriamente subscrito por arquitecto. SUBSECO II rea de alta densidade Artigo 15. Caracterizao A rea de alta densidade, delimitada na planta de ordenamento, abrange as zonas da cidade presentemente em consolidao, onde predomina a edificao em altura em regime de propriedade horizontal, vocacionadas para a funo residencial ou actividades compatveis com as funes habitacionais. Artigo 16. Indicadores urbansticos 1 - A percentagem de ocupao do solo no poder exceder o seguinte valor: P = 60%. 2 - O ndice volumtrico no poder exceder o seguinte valor: IV = 5 m3/m2. 3 - Caso se desenvolvam planos municipais para estas reas, podero estes indicadores ser aumentados at ao mximo de 20%. SUBSECO III rea de mdia densidade Artigo 17. Caracterizao A rea de mdia densidade, delimitada na planta de ordenamento, abrange as zonas da cidade presentemente em consolidao, onde predomina a edificao de mdia altura, articulada ou no com habitao unifamiliar, em regime de propriedade horizontal ou no, vocacionadas para a funco residencial ou actividades compatveis com as funes residenciais. Artigo 18. Indicadores urbansticos 1 - A percentagem de ocupao do solo no poder exceder o seguinte valor: P = 50%. 2 - O ndice volumtrico no poder exceder o seguinte valor: IV = 3 m3/m2. 3 - Caso se desenvolvam planos municipais para estas reas, podero estes indicadores ser aumentados at ao mximo de 20%. SUBSECO IV rea de baixa densidade Artigo 19. Caracterizao A rea de baixa densidade, delimitada na planta de ordenamento, abrange as zonas da cidade presentemente em consolidao e restante territrio concelhio, onde predomina a tipologia de habitao unifamiliar, vocacionadas para a funo residencial ou actividades compatveis com as funes residenciais. Artigo 20. Indicadores urbansticos 1 - A percentagem de ocupao do solo no poder exceder o seguinte valor: P = 40%. 2 - O ndice volumtrico no poder exceder o seguinte valor: IV = 2,5 m3/m2.

3 - A altura do edifcio no poder exceder 7 m, excepto no caso em que a actividade a instalar exija e justifique a adopo de outra soluo volumtrica compatvel com o seu funcionamento. 4 - Caso se desenvolvam planos municipais para estas reas, podero estes indicadores ser aumentados at ao mximo de 20%. 5 - Caso se desenvolvam aces de carcter social, designadamente no domnio da habitao de custos controlados, podero estes indicadores ser aumentados, devendo a soluo cumprir, cumulativamente, as seguintes condies: a) A altura do edifcio no poder ultrapassar os 9 m; b) No ser admitida a constituio de reas comuns de acesso habitao alm do espao exterior. SECO II Espaos urbanizveis Artigo 21. Caracterizao 1 - Os espaos urbanizveis, delimitados na planta de ordenamento, abrangem as zonas de expanso vocacionadas para a funo residencial ou actividades compatveis com as funes habitacionais. 2 - Os espaos desta classe que tenham sido objecto de plano urbanstico e da subsequente infra-estruturao passaro a integrar a classe de espaos urbanos, somente aps a garantia da completa execuo da totalidade das obras de infraestruturas previstas nos respectivos projectos aprovados pelo municpio. Artigo 22. Condies de uso 1 - Os espaos urbanizveis sujeitam-se prvia existncia de plano aprovado ou mediante parecer da comisso de acompanhamento nomeada superiormente, ou loteamento aprovado e destinam-se localizao predominante de actividades residenciais, complementadas com outras actividades, nomeadamente comerciais, equipamento, servios, armazenagem e industriais, desde que no prejudiquem ou criem condies de incompatibilidade com a actividade residencial. 2 - Considera-se que existem condies de incompatibilidade quando as actividades mencionadas no nmero anterior: a) Produzam vibraes, rudos, mau cheiro, fumos, resduos poluentes ou outros que afectem as condies de salubridade; b) Perturbem as condies de trnsito ou de estacionamento, nomeadamente com operaes de carga e descarga; c) Acarretem riscos de toxicidade, incndio ou exploso; d) Possuam caractersticas diferentes das estabelecidas neste Regulamento ou em outras disposies com eficcia legal. 3 - A Cmara Municipal poder no sujeitar a prvia existncia de plano ou loteamento, conforme previsto no n. 1, podendo, no entanto, determinar a cedncia de reas necessrias rectificao dos arruamentos e a adopo de solues eficazes na construo de redes de infra-estruturas, sem prejuzo do previsto na legislao em vigor. Artigo 23. Profundidade dos edifcios 1 - A profundidade mxima dos edifcios ser de 17 m.

2 - Excepcionalmente, nos pisos destinados a comrcio, indstrias ou armazns, quando em rs-do-cho, e desde que salvaguardadas as medidas de preveno e combate a incndios, podero atingir a profundidade mxima de 30 m. 3 - A profundidade dos pisos em rs-do-cho poder ser excedida em locais onde a equidade de tratamento assim o aconselhe e se considere que de tal facto no advm prejuzos de ordem urbanstica. Artigo 24. Estacionamento O estacionamento nestes espaos rege-se pelo disposto no artigo 67. SUBSECO I rea de alta densidade Artigo 25. Caracterizao A rea de alta densidade, delimitada na planta de ordenamento, abrange as zonas da cidade no consolidadas, destinadas edificao em altura em regime de propriedade horizontal, vocacionadas para a funo residencial ou actividades compatveis com as funes habitacionais. Artigo 26. Indicadores urbansticos 1 - A percentagem de ocupao do solo no poder exceder o seguinte valor: P = 60%. 2 - O ndice volumtrico no poder exceder o seguinte valor: IV = 5 m3/m2. 3 - Caso se desenvolvam planos municipais para estas reas, poder o ndice volumtrico ser aumentado at ao mximo de 20%. SUBSECO II rea de mdia densidade Artigo 27. Caracterizao A rea de mdia densidade, delimitada na planta de ordenamento, abrange as zonas da cidade no consolidadas, destinadas edificao de mdia altura, articulada ou no com habitao unifamiliar, em regime de propriedade horizontal ou no, vocacionadas para a funo residencial ou actividades compatveis com as funes residenciais. Artigo 28. Indicadores urbansticos 1 - A percentagem de ocupao do solo no poder exceder o seguinte valor: P = 50%. 2 - O ndice volumtrico no poder exceder o seguinte valor: IV = 3 m3/m2. 3 - Caso se desenvolvam planos municipais para estas reas, poder o ndice volumtrico ser aumentado at ao mximo de 20%. SUBSECO III rea de baixa densidade Artigo 29.

Caracterizao A rea de baixa densidade, delimitada na planta de ordenamento, abrange as zonas da cidade no consolidadas, e restante territrio concelhio, destinadas tipologia de habitao unifamiliar, vocacionadas para a funo residencial ou actividades compatveis com as funes residenciais. Artigo 30. Indicadores urbansticos 1 - A percentagem de ocupao do solo no poder exceder o seguinte valor: P = 40%. 2 - O ndice volumtrico no poder exceder o seguinte valor: IV = 2,5 m3/m2. 3 - A altura do edifcio no poder exceder 7 m, excepto no caso em que a actividade a instalar exija e justifique a adopo de outra soluo volumtrica compatvel com o seu funcionamento. 4 - Caso se desenvolvam planos municipais para estas reas, podero estes indicadores ser aumentados at ao mximo de 20%. 5 - Caso se desenvolvam aces de carcter social, designadamente no domnio da habitao de custos controlados, podero estes indicadores ser aumentados, devendo a soluo cumprir, cumulativamente, as seguintes condies: a) A altura do edifcio no poder ultrapassar os 9 m; b) No ser admitida a constituio de reas comuns de acesso habitao alm do espao exterior. SECO III Espaos industriais Artigo 31. Caracterizao Os espaos industriais, delimitados na carta de ordenamento, destinam-se ampliao ou instalao de actividades industriais, sem embargo da possibilidade de utilizao para fins de armazenagem, comrcio, equipamento e servios, subdivididas em: 1) reas de indstria existente; 2) Zonas industriais a criar: a) Zona industrial de Rio Covo (Santa Eugnia); b) Zona industrial de Galegos (Santa Maria); c) Zona industrial de Manhente; d) Zona industrial de Rio Covo (Santa Eullia); e) Zona industrial de Macieira de Rates/Negreiros; f) Zona industrial da Pousa; g) Zona industrial de Gilmonde; h) Zona industrial de Fragoso. Artigo 32. Condies de uso 1 - Qualquer plano de pormenor, loteamento ou actividade deve revelar adequabilidade ao local, nos aspectos morfolgicos e funcionais, assegurando cumulativamente: a) Um eficaz controlo das condies ambientais e utilizao dos recursos hdricos; b) Condies satisfatrias de acessibilidade, parqueamento, carga e descarga; c) Integrao e proteco paisagstica no local.

2 - Nas reas abrangidas por estes espaos admissvel a sua integrao na classe do espao confrontante, desde que, cumulativamente: a) A actividade industrial cesse o seu exerccio; b) A alterao de uso no se revele incompatvel com a sua envolvente. 3 - Nas reas abrangidas por estes espaos poder admitir-se a localizao de depsitos de ferro-velho, de entulhos, de combustveis slidos e de veculos, desde que a sua instalao cumpra o disposto na legislao em vigor. Artigo 33. Indicadores urbansticos 1 - A percentagem de ocupao do solo no poder exceder o seguinte valor: P = 80%. 2 - A altura do edifcio no poder exceder 7 m, salvo nos casos em que o processo produtivo o exija, carecendo a soluo da devida justificao. Artigo 34. Estacionamento O estacionamento nestes espaos rege-se pelo disposto no artigo 67. SECO IV Espaos destinados a indstrias extractivas Artigo 35. Caracterizao Os espaos destinados a indstrias extractivas, delimitados na planta de ordenamento, so caracterizados pela possibilidade de explorao dos actuais recursos minerais do subsolo. Artigo 36. Condies de uso 1 - O uso dominante a conferir a esta classe o da explorao dos recursos minerais do subsolo. 2 - Enquanto no tiver lugar, ou aps a cessao da explorao, o uso do solo ser o definido na carta de ordenamento. 3 - Ser criada uma faixa de proteco envolvente explorao, pertencente ao proprietrio, por forma a garantir o eficaz controlo das condies ambientais e paisagsticas. 4 - A edificabilidade s ser admitida para construes de apoio explorao. SECO V Espaos agrcolas SUBSECO I reas com viabilidade econmica actual ou potencial Artigo 37. Caracterizao As reas com viabilidade econmica actual ou potencial, delimitada na planta de ordenamento, so constitudas pelo conjunto de manchas aptas produo agrcola pela continuidade espacial, topografia, fundo de fertilidade, existncia ou facilidade de

introduo de benfeitorias fundirias, produtividades do solo e dos meios de produo que os tornam singulares no contexto regional e ou local, abrangendo: a) As reas agrcolas classificadas como Reserva Agrcola Nacional, com usos condicionados pela legislao em vigor; b) As reas agrcolas coincidentes com as classificadas no regime da Reserva Ecolgica Nacional, sujeitos s limitaes de uso impostas pelo diploma prprio e posteriores regulamentaes, ainda que sobreponveis Reserva Agrcola Nacional; c) As reas agrcolas delimitadas como particularmente vocacionadas instalao de culturas macrotrmicas ou com vantagens na precocidade, como seja a vinha de qualidade, fruticultura e culturas foradas em instalaes ou abrigos a ttulo precrio, as quais, independentemente do uso actual, ficaro reservadas prioritariamente a estas culturas. Artigo 38. Condies de uso 1 - Enquanto recurso, devero canalizar-se para este conjunto todos os incentivos e programas de ajuda ao sector agrcola, nomeadamente para a melhoria das tcnicas agro-biolgicas tradicionais, na formao e apoio profissional, no emparcelamento, rega e drenagem, reconverso cultural, viao rural e incremento promoo e comercializao dos produtos agro-pecurios. 2 - Os solos integrados nestas reas, sujeitos ao regime da Reserva Agrcola Nacional, constituem-se como reas non aedificandi e, de acordo com as excepes previstas na legislao especfica, podero ser permitidas construes, as quais carecem de autorizao prvia da entidade da tutela, devendo as destinadas a habitao unifamiliar desenvolver-se em um nico piso acima da cota de soleira e, cumulativamente, assegurar a existncia de infra-estruturas bsicas, como abastecimento de gua, electricidade e acesso automvel. SUBSECO II reas agrcolas sociais Artigo 39. Caracterizao As reas agrcolas sociais, delimitadas na planta de ordenamento, so constitudas pelo conjunto de manchas de solos com capacidade de uso agrcola, geralmente de pequenas dimenses, situados nas imediaes de aglomerados populacionais, com policultura para autoconsumo e sustento de pecuria estabulada, cuja manuteno de uso se justifica, quer pelo seu contributo na produo de bens alimentares, quer pelo alcance social na complementaridade de ocupao de mo de obra em outras actividades tradicionais e sazonais, quer ainda na estabilizao da paisagem a que corresponde este ecossistema rural. Artigo 40. Condies de uso 1 - As reas agrcolas sociais, bem como os solos agrcolas existentes nas reas de expanso dos aglomerados ou outras previstas neste Plano para edificao, enquanto no forem aprovados os respectivos planos urbansticos, so considerados como espao agrcola social, o qual fica sujeito s normas em vigor para as reas da Reserva Agrcola Nacional no comprometidas urbanisticamente. 2 - Nos solos integrados nestas reas podero ser permitidas construes desde que destinadas a: a) Instalaes directamente adstritas a exploraes agrcolas, desde que no prejudiquem ou criem condies de incompatibilidade em relao s construes envolventes, nomeadamente no que diz respeito a vibraes, rudos, mau cheiro, fumos, resduos poluentes ou outros que afectem as condies de salubridade;

b) Habitao unifamiliar, com um nico piso acima da cota de soleira e rea de implantao no superior a 300 m2, incluindo anexos, em terreno com rea mnima de 3000 m2 e desde que assegurada a existncia de infra-estruturas bsicas, como abastecimento de gua, electricidade e acesso automvel; c) Equipamento pblico ou privado, de interesse municipal reconhecido e sujeito prvia existncia de estudo de justificao e enquadramento. 3 - A reconstruo de edifcios existentes ou a sua ampliao permitida desde que: a) A actividade instalada ou a instalar no prejudique ou crie condies de incompatibilidade em relao s construes envolventes, nomeadamente no que diz respeito a vibraes, rudos, mau cheiro, fumos, resduos poluentes ou outros que afectem as condies de salubridade ou perturbe as condies de trnsito ou estacionamento; b) Nas actividades no enquadradas nas alneas a) e c) do nmero anterior, a rea de construo total no ultrapasse os 300 m2. SECO VI Espaos florestais SUBSECO I reas sem limitaes ou com moderadas limitaes intensificao da produo lenhosa Artigo 41. Caracterizao As reas sem limitaes ou com moderadas limitaes intensificao da produo lenhosa so constitudas pelo conjunto de manchas de solos que se apresentam com moderadas ou mesmo sem limitaes edafo-topogrficas e paisagsticas. Artigo 42. Condies de uso 1 - As reas sem limitaes ou com moderadas limitaes intensificao da produo lenhosa destinam-se explorao de essncias lenhosas com comprovada adaptao ao local, sem prejuzo da aplicao das normas contidas nos diplomas legais quanto s tcnicas culturais, desde a preparao das terras seleco das cultivares e manuteno das orlas. 2 - Fica interdita a disseminao de plantas com reconhecido comportamento infestante, nomeadamente accias e ailantos. 3 - Os talhes com rea superior a 25 ha ocupados por espcies florestais de crescimento rpido sero compartimentados, para alm da rede de orlas constante da planta de ordenamento, por outras com perfil transversal no inferior a 50 m e que igualmente ofeream maior resistncia ao fogo. 4 - Nas imediaes de alguns aglomerados populacionais, bem como ao longo dos itinerrios rodovirios principais, preconiza-se a conduo destes povoamentos em altofuste, quando em talhes puros, e ajardinados, quando em talhes com povoamentos mistos. 5 - A edificabilidade em solos integrados nestas reas e no abrangidos na Reserva Ecolgica Nacional fica condicionada a estudos de enquadramento na envolvente e restringe-se implantao de construes dispersas com as finalidades e condies definidas nos nmeros seguintes: 5.1 - S podero ser permitidas construes destinadas a: a) Instalaes directamente adstritas s exploraes rurais; b) Instalaes de vigilncia e combate a fogos florestais;

c) Habitao unifamiliar; d) Equipamentos pblicos ou privados de interesse municipal reconhecido, desde que devidamente justificados por estudo de enquadramento da envolvente. 5.2 - O derrube da vegetao e o movimento de terras dever restringir-se ao estritamente necessrio para a implantao das edificaes, devendo ser precedidos de autorizao municipal, aps parecer dos respectivos servios tcnicos, no sendo permitidos cortes rasos ou finais em reas contguas superiores a 5 ha. 5.3 - O equilbrio da paisagem no poder ser perturbado pela presena de edificaes a construir seja pela sua localizao seja pela sua volumetria ou aspecto exterior nem pelas obras necessrias implantao de infra-estruturas. 5.4 - Ter de estar assegurada a existncia de infra-estruturas bsicas, como abastecimento de gua, electricidade e acesso automvel. 5.5 - Para os casos referidos na alnea c) do n. 5.1, s ser permitida a edificao com um piso acima da cota de soleira e rea de implantao no superior a 300 m2, incluindo anexos e equipamentos exteriores, em lote com rea mnima de 20 000 m2 e obrigando-se a aplicar as medidas preventivas de fogos florestais. 5.6 - Os estabelecimentos e infra-estruturas tursticos, recreativos e lazer e o referido na alnea d) do n. 5.1 tm cabimento nesta categoria de espaos, desde que integrados em planos e projectos de valorizao da paisagem. SUBSECO II reas destinadas instalao ou melhoramento das pastagens de montanha Artigo 43. Caracterizao As reas destinadas instalao ou melhoramento das pastagens de montanha , delimitadas na planta de ordenamento, ocupam geralmente situaes aplanadas no coroamento das elevaes ou de encosta moderadamente declivosas, dispondo o solo de horizonte superficial com profundidade suficiente para o desenvolvimento das herbceas tradicionais na paisagem ou a sua melhoria, tendo em vista a reduo das reas de pastoreio sobre solos a reconverter, permitindo em substituio a intensificao do pastoreio por unidade de superfcie, quer pelo gado tradicional, quer pelo apascentamento da fauna silvestre, em particular os ruminantes com interesse cinegtico, constituindo estes espaos parte importante da estratgia de preveno de fogos florestais. Artigo 44. Condies de uso 1 - As aces de melhoramento exigem todos os cuidados na mobilizao mnima indispensvel dos solos e ponderao no uso de fertilizantes. 2 - aplicvel o disposto no n. 5 do artigo 42. SECO VII Espaos naturais Artigo 45. Caracterizao Os espaos naturais, delimitados na planta de ordenamento, so constitudos pelas zonas de fragilidade ecolgica, intrnseca ou provocada por utilizaes indevidas, com reconhecido valor ou potencial paisagstico.

Artigo 46. Condies de uso 1 - Estes espaos carecem de aces de proteco, recuperao, fomento e gesto adequadas ao regime da Reserva Ecolgica Nacional a que ficam sujeitos, incluindo os critrios de circulao, em particular a mecnica fora das vias classificadas. 2 - aplicvel o disposto no n. 5.6 do artigo 42. SUBSECO I Leitos de cursos de gua e mata ribeirinha Artigo 47. Caracterizao Os leitos de cursos de gua e mata ribeirinha, delimitados na planta de ordenamento, so constitudos pelo conjunto da rede hidrogrfica e respectiva vegetao ribeirinha. Artigo 48. Condies de uso 1 - Estas reas encontram-se sujeitas s disposies legais sobre o domnio pblico hdrico em vigor, extensivas manuteno ou reconstituio da vegetao marginal, com elenco florstico prprio e adequado localizao e desenvolvimento do perfil transversal do curso de gua e suas margens, cujos trabalhos so da responsabilidade do proprietrio, empresa possuidora ou gestora dos terrenos abrangidos por estas reas. 2 - Sem prejuzo das propostas de construo de audes e de trabalhos de limpeza nos leitos, margens e obras de conduo de guas existentes, todas as aces que impliquem a alterao do leito natural e margens, alterao e ou interrupo da circulao das guas, ficam sujeitas a estudos de recuperao paisagstica. SUBSECO II Orlas e sebes vivas Artigo 49. Caracterizao As orlas e sebes vivas, delimitadas na planta de ordenamento, complemento funcional da mata ribeirinha, so constitudas pela estrutura vegetal diversificada na composio florstica e desenvolvimento de acordo com a localizao e identidade dos ecossistemas em presena, compartimentando os campos ou envolvendo e dando continuidade aos povoamentos florestais e matas de proteco. Artigo 50. Condies de uso A instalao e conservao desta vegetao unicamente da responsabilidade do proprietrio, empresa possuidora ou gestora dos terrenos abrangidos por estas reas. SUBSECO III Mata ou mato de proteco a reconverter ou estabelecer Artigo 51. Caracterizao A mata ou mato de proteco a reconverter ou estabelecer, delimitada na planta de ordenamento, distribui-se por vrias situaes contempladas na Reserva Ecolgica Nacional, mas ocupando maioritariamente as encostas com risco de eroso pelo

declive, desenvolvimento do perfil do solo e coberto vegetal, aumentando a sensibilidade ao fogo e dificultando o seu controlo. Artigo 52. Condies de uso 1 - Pela valorizao econmica, ambiental e, consequentemente, turstica elegem-se estas reas para aces de recuperao bio-hidrolgica e bio-edfica assente sobretudo na reposio do carvalhal, das caduciflias autctones ou h muito introduzidas e seu sub-bosque, nas reas destinadas instalao da mata de proteco, e de espcies arbustivas e melferas naquelas outras onde ter vantagem o estabelecimento ou manuteno de matos ou gndaras. 2 - A instalao da mata ou mato de proteco ser feita na sequncia do projecto florestal e, face s condies de pedregosidade e declive, impe-se a mobilizao mnima dos solos com plantaes ao covacho, isto , sem mobilizao contnua das terras superficiais, tipo vala-e-cmoro, e no compasso que a profundidade e desagregao dos solos o ditar. 3 - No permitido o corte raso de arvoredo, excepto por motivos fitossanitrios, comprovados por entidades competentes. 4 - S podero ser permitidas construes destinadas a: a) Instalaes de vigilncia e combate a fogos florestais; b) Instalaes adstritas explorao e manuteno florestal; c) Unidades de reconhecido interesse turstico, as quais carecem de autorizao da entidade tutelar. SECO VIII Espaos culturais Artigo 53. Caracterizao 1 - Os espaos culturais, assinalados na carta de ordenamento, correspondem s reas que, pelas suas caractersticas histrico-arquitectnicas ou histrico-arqueolgicas, justificam um estatuto de proteco especial, orientado para a gesto dos elementos patrimoniais presentes no territrio, entendidos como recurso de reconhecido valor a salvaguardar e proteger. 2 - Na ausncia de programas ou planos, inseridos ou no em unidade operativa de planeamento e gesto prevista no captulo III, tem validade o disposto nesta seco. Artigo 54. Condies de uso 1 - As actividades a instalar devem respeitar a classe de uso do solo resultante da no sobreposio do espao cultural ao terreno. 2 - As distintas funes afectas aos bens imveis e respectivas reas de proteco, quando existam, devem ser compatveis com as caractersticas intrnsecas aos elementos em presena, classificados ou no. 3 - Consideram-se compatveis as seguintes funes ou actividades: a) Equipamento social; b) Equipamento religioso; c) Equipamento turstico; d) Equipamento de sade; e) Equipamento de ensino;

f) Habitao prpria, incluindo construes complementares de apoio actividade do agregado, nomeadamente as de ndole agrcola; g) Comrcio tradicional; h) Servios; i) Indstria artesanal. SUBSECO I Bens imveis classificados ou em vias de classificao Artigo 55. Caracterizao 1 - Os bens imveis classificados ou em vias de classificao, assinalados na planta de ordenamento, so todos os monumentos nacionais e imveis de interesse pblico, classificados ou em apreciao para esse efeito, e respectivas zonas de proteco, bem como todos os monumentos, conjuntos e stios que sejam objecto de posterior classificao, os quais passam a integrar esta subseco. 2 - Os bens imveis classificados so os seguintes: 2.1 - Monumentos nacionais: a) Chafariz Monumental, em Areias de Vilar; b) Igreja Matriz de Barcelos, em Barcelos; c) Igreja de Santa Maria de Abade de Neiva, em Abade de Neiva; d) Igreja e Torre de Manhente, em Manhente; e) Igreja de Vilar de Frades, em Areias de Vilar; f) Runas do Pao dos Duques de Bragana, em Barcelos; g) Palcio Solar dos Pinheiros, em Barcelos; h) Ponte sobre o rio Cvado, em Barcelos; i) Runas do Castelo de Faria e estao arqueolgica subjacente, em Pereira; j) Torre de Barcelos, chamada Postigo da Muralha, em Barcelos; l) Forno, em Santa Maria de Galegos; 2.2 - Imveis de interesse pblico: a) Casa de Santo Antnio de Vessadas, em Barcelinhos; b) Ermida de Nossa Senhora da Franqueira, em Pereira; c) Igreja do Bom Jesus da Cruz, em Barcelos; d) Igreja de Nossa Senhora do Tero, em Barcelos; e) Pelourinho de Barcelos, em Barcelos; f) Penedo Laje dos Sinais, em Carvalhas; g) Restos da construo Forno dos Mouros, em Carvalhas; h) Torre de Aborim, em Quinties. 3 - Os bens imveis em vias de classificao so os seguintes: a) Solar dos Azevedos, em Lama; b) Castro de Monte do Crasto, em Carapeos; c) Portal da Quinta dos Pedregais, em Faria; d) Solar do Benfeito, em Barcelos. Artigo 56. Condies de uso Ao patrimnio classificado ou em apreciao para esse efeito aplicar-se- o regime estabelecido na legislao vigente. SUBSECO II Bens imveis no classificados Artigo 57. Caracterizao

Os bens imveis no classificados, assinalados na planta de ordenamento, so todos os monumentos, conjuntos e stios potencialmente reconhecidos como valor patrimonial, os quais devem constituir referncia obrigatria em qualquer actuao sobre as reas do territrio em que se situam, e cuja classificao dever ser ponderada, visando a sua integrao nos bens imveis classificados ou em vias de classificao, constantes da subseco I. Artigo 58. Condies de uso 1 - A reconstruo, total ou parcial, dever respeitar as caractersticas exteriores dos edifcios, bem como integrar os elementos arquitectnicos, plsticos ou decorativos mais expressivos da construo preexistente. 2 - Qualquer demolio s ser autorizada em caso de runa iminente comprovada por vistoria municipal. 3 - As ampliaes e construes de raiz devem respeitar as caractersticas permanentes do conjunto envolvente, nomeadamente a altura e a volumetria predominante. 4 - Qualquer interveno carece de projecto de arquitectura obrigatoriamente subscrito por arquitecto. SECO IX Espaos-canais Artigo 59. Caracterizao 1 - Os espaos-canais, assinalados na carta de ordenamento, so reas destinadas aos corredores de suporte a importantes infra-estruturas, existentes ou previstas, constitudas por: a) Rede rodoviria nacional; b) Rede rodoviria municipal; c) Rede ferroviria; d) Linhas de alta tenso. Artigo 60. Condies de uso 1 - Os espaos-canais e as reas de proteco neles integradas regem-se pela legislao vigente e, cumulativamente, pelo estabelecido nas servides administrativas e outras restries de utilidade pblica, a que se refere o captulo IV deste Regulamento. 2 - As actividades a instalar permitidas no nmero anterior devem respeitar cumulativamente a classe de uso do solo resultante da no sobreposio do espaocanal ao terreno. CAPTULO III Unidades operativas de planeamento e gesto Artigo 61. Caracterizao 1 - As unidades operativas de planeamento e gesto, delimitadas na planta de ordenamento, so constitudas pelas zonas a submeter a aces, programas ou planos municipais que precedam a disciplina das obras e actividades a instalar.

2 - Estabelecem-se as seguintes unidades operativas de planeamento e gesto, sem prejuzo de outras que sejam posteriormente definidas: UOPG 1 - Centro Histrico de Barcelos; UOPG 2 - Barcelos norte; UOPG 3 - Barcelos nascente; UOPG 4 - Barcelos poente; UOPG 5 - Complexo desportivo de Barcelos; UOPG 6 - Barcelinhos; UOPG 7 - Vila Frescainha (So Pedro); UOPG 8 - Vila Frescainha (So Martinho); UOPG 9 - Manhente; UOPG 10 - Viatodos; UOPG 11 - Areias (So Vicente); UOPG 12 - Pousa/Martim; UOPG 13 - Galegos (Santa Maria); UOPG 14 - Galegos (So Martinho); UOPG 15 - Penide/Areal de Cade; UOPG 16 - Viatodos/Minhotes/Grimancelos; UOPG 17 - Conjunto de Assade, Grimanvelos; UOPG 18 - Courel; UOPG 19 - Barqueiros/Cristelo; UOPG 20 - Conjunto do Sacorro, Areias de Vilar; UOPG 21 - Conjunto do Carvalhinho, Encourados; UOPG 22 - Vila Cova; UOPG 23 - Baluges; UOPG 24 - Fragoso; UOPG 25 - Aldreu/Fragoso; UOPG 26 - Aborim/Tamel (So Fins); UOPG 27 - Silva/Carapeos/Tamel (So Fins); UOPG 28 - Feitos; UOPG 29 - Vilar do Monte/Tamel (Santa Leocdia); UOPG 30 - Perelhal/Creixomil; UOPG 31 - Abade de Neiva/Vila Boa; UOPG 32 - Barcelinhos/Carvalhal/Alvelos; UOPG 33 - Gilmonde; UOPG 34 - Vila Boa/Arcozelo; UOPG 35 - Chavo/Chorente; UOPG 36 - Barcelinhos/Gamil/Rio Covo (Santa Eugnia); UOPG 37 - Vrzea/Gamil/Rio Covo (Santa Eugnia); UOPG 38 - Gilmonde/Vila Seca; UOPG 39 - Vila Seca; UOPG 40 - Alvelos; UOPG 41 - Pereira/Alvelos; UOPG 42 - Gios/Pedra Furada/Pereira; UOPG 43 - Rio Covo (Santa Eullia)/Moure/Fonte Coberta/ Carreira; UOPG 44 - Chorente; UOPG 45 - Macieira de Rates; UOPG 46 - Tamel (So Verssimo)/Arcozelo; UOPG 47 - Moure/Air; UOPG 48 - Negreiros. CAPTULO IV Servides administrativas e outras restries de utilidade pblica Artigo 62. Rede rodoviria municipal 1 - Em relao rede de estradas municipais, caminhos municipais e caminhos vicinais, cuja hierarquia se estabeleceu em anexo no relatrio de infra-estruturas colectivas e

transportes pblicos, as zonas de servido institudas onde interdita a construo de edifcios a seguinte: a) Nas vias classificadas como estradas municipais, caminhos municipais e caminhos vicinais onde circulam carreiras de transportes pblicos ou que detm especial importncia por razes de conectividade da rede, a zona non aedificandi limitada, de cada lado da via, por uma linha que dista do seu eixo 8 m em relao a todas as estradas municipais, CM 1045, CM 1046-1, CM 1052, CM 1057, CM 1088, CM 1088-1, CM 1089-1, CM 1102, CM 1519, CV 2056, CV 2087 e CV 2091; b) Nas vias classificadas como caminhos municipais e caminhos vicinais que detm especial importncia por razes de conectividade da rede, a zona non aedificandi limitada, de cada lado da via, por uma linha que dista do seu eixo 6 m, em relao a CM 1058, CM 1094, CM 1116, CM 1116-1, CM 1126, CV 2053, CV 2059 e CV 2063; c) Nas restantes vias municipais, classificadas ou no, a zona non aedificandi limitada, de cada lado da via, por uma linha que dista do seu eixo 4,5 m. 2 - As construes de raiz destinadas a equipamentos de hotelaria e similares possuiro um afastamento mnimo de 25 m em relao ao eixo da via. 3 - As zonas non aedificandi das vias includas no permetro urbano que no estejam definidas em planos de urbanizao ou de pormenor sero estabelecidas mediante plano de alinhamento devidamente aprovado. 4 - O disposto neste artigo poder admitir outros afastamentos, a estabelecer mediante plano de alinhamento devidamente aprovado. Artigo 63. Rede ferroviria 1 - At aprovao do plano ou anteplano de renovao da linha do Minho e do Regulamento de Explorao e Polcia dos Caminhos de Ferro, ser considerada como rea non aedificandi a faixa contida entre duas linhas paralelas, distncia de 15 m para cada lado do limite exterior dos carris, em toda a rede que atravessa o concelho. 2 - Exceptua-se o referido no nmero anterior nos casos destinados a: a) Melhorias na linha, restabelecimentos virios ou outro tipo de infra-estrutura, que carecem de autorizao da entidade tutelar; b) Recuperaes e ampliaes de edifcios existentes, as quais se regem pelo disposto na lei geral em vigor. Artigo 64. Saneamento bsico 1 - Define-se uma rea de proteco prxima de 50 m para captao de gua existente no rio Cvado e para as que vierem a ser efectuadas, ficando interdito nessas reas qualquer tipo de construo ou actividade. 2 - A rea de proteco para as captaes de gua do rio Cvado ser definida em estudos hidrogeolgicos a desenvolver posteriormente. 3 - Em qualquer dos casos, ser sempre feito um acompanhamento da qualidade da gua atravs de anlises fsico-qumicas e bacteriolgicas peridicas. 4 - interdita a construo ao longo de uma faixa de 5 m medida para um e outro lado das condutas de aduo de gua e dos emissrios das redes de drenagem de guas residuais. 5 - interdita a construo ao longo de uma faixa de 1 m medida para um e outro lado das condutas distribuidoras de gua e dos colectores de drenagem de guas residuais.

6 - estabelecida uma faixa de proteco com largura de 15 m em redor dos reservatrios de gua potvel, na qual fica interdito o vazadouro de resduos slidos ou lquidos e a plantao de espcies arbreas ou arbustivas cujo desenvolvimento possa provocar danos. 7 - Fora das reas urbanas e ao longo de uma faixa de 15 m medida para um e outro lado do traado das adutoras e emissrios das redes de drenagem de guas residuais so interditas plantaes florestais ou de qualquer outro tipo que possam afectar os sistemas. 8 - Nos espaos urbanos e urbanizveis a faixa a que se refere o pargrafo anterior definida caso a caso mediante a aprovao de projectos de arranjos exteriores. 9 - Define-se uma faixa non aedificandi de 50 m em volta dos limites da ETAR prevista em Vila Frescainha (So Pedro). 10 - Define-se uma faixa non aedificandi, no florestada, de 300 m em volta dos limites do aterro sanitrio, enquanto este se encontrar em actividade ou ainda no estabilizado. Artigo 65. reas afectas aos recursos hdricos 1 - Constituem domnio pblico hdrico as seguintes reas: a) Leito do rio Cvado navegvel e flutuvel, desde o extremo jusante do concelho at ao aude da Azenha do Angelino, e suas margens, com a largura de 30 m; b) Leito da albufeira de Penide e suas margens at cota de expropriao. 2 - Constituem domnio hdrico as seguintes reas: a) Leito dos cursos de gua no navegveis nem flutuveis e suas margens, com a largura de 10 m; b) Leito do rio Cvado no navegvel nem flutuvel, a montante do aude da Azenha do Angelino at Barragem de Penide, e suas margens, com a largura de 10 m. Artigo 66. Outras servides administrativas Em todo o territrio do concelho de Barcelos sero observadas todas as demais proteces, servides administrativas e restries de utilidade pblica constantes da legislao em vigor, nomeadamente as assinaladas na planta actualizada de condicionantes. CAPTULO V Disposies complementares Artigo 67. Estacionamento obrigatrio 1 - Cada actividade a instalar dever assegurar o estacionamento capaz de suprir as necessidades geradas pelo seu funcionamento, ficando o licenciamento da obra ou da operao de loteamento obrigado ao cumprimento dos seguintes parmetros de dimensionamento mnimo: a) Habitao unifamiliar - um lugar de estacionamento em espao privado por fogo e uma faixa de estacionamento pblico superfcie correspondente frente do lote ou a uma extenso mnima de 30 m ao longo da via, sendo de admitir que, excepcionalmente, seja prescindvel o estacionamento em espao privado, desde que devidamente justificado; b) Habitao colectiva - um lugar de estacionamento em espao privado por fogo e um lugar de estacionamento pblico superfcie por cada dois fogos; c) Comrcio e servios - um lugar de estacionamento pblico superfcie por cada 50 m2 de rea de construo afecta a esta utilizao;

d) Indstria e armazenagem - um lugar de estacionamento em espao privado por cada 100 m2 de rea afecta a esta utilizao, devendo assegurar-se o espao necessrio s operaes de carga e descarga; e) Unidades hoteleiras e hospedarias - um lugar de estacionamento privado por cada dois quartos; f) Parques de campismo - um lugar de estacionamento privado por cada alvolo, acrescido de um lugar de estacionamento privado por cada trs alvolos, para visitantes; g) Aldeamentos tursticos - um lugar de estacionamento privado por cada fogo, acrescido de um lugar de estacionamento privado por cada dois fogos para visitantes; h) Similares de hotelaria e salas de reunies, conferncias e animao turstica - um lugar de estacionamento privado por cada quatro lugares sentados, acrescido, nos restaurantes, de uma rea para estacionamento de uma camioneta de passageiros por cada conjunto de 80 lugares sentados. 2 - Nos casos onde seja manifestamente invivel a satisfao das condies impostas nos nmeros anteriores, poder: a) Autorizar-se a substituio do espao de estacionamento pblico superfcie por espao construdo especificamente para o efeito; b) Dispensar-se a obrigatoriedade de constituio dos lugares de estacionamento, desde que esgotada a possibilidade prevista na alnea anterior. Artigo 68. Espaos verdes e de utilizao colectiva 1 - As reas para espaos verdes e de utilizao previstas nos projectos de loteamentos urbanos ou planos municipais de ordenamento do territrio devero obedecer s seguintes disposies: a) Uma rea de 25 m2 por cada 120 m2 de rea bruta de construo destinada a habitao colectiva ou por cada fogo de habitao unifamiliar; b) Uma rea de 25 m2 por cada 100 m2 de rea bruta de construo destinada a comrcio ou servios; c) Uma rea de 15 m2 por cada 200 m2 de rea bruta de construo destinada a indstria ou armazm. 2 - Nos casos em que a rea de cedncia, devido sua reduzida dimenso, se afigurar manifestamente inadequada para o interesse pblico, poder a Cmara Municipal propor a sua iseno, reservando-se o direito de estabelecer uma compensao de comum acordo com o proprietrio. Artigo 69. Equipamentos de utilizao colectiva 1 - As reas a ceder para equipamentos de utilizao colectiva, no mbito de operaes de loteamentos urbanos ou planos municipais de ordenamento do territrio, devero obedecer s seguintes disposies: a) Uma rea de 20 m2 por cada 120 m2 de rea bruta de construo destinada a habitao colectiva ou por cada fogo de habitao unifamiliar; b) Uma rea de 15 m2 por cada 120 m2 de rea bruta de construo destinada a comrcio ou servios; c) Uma rea de 10 m2 por cada 200 m2 de rea bruta de construo destinada a indstria ou armazm. 2 - Nos casos em que a rea de cedncia, devido sua reduzida dimenso, se afigurar manifestamente inadequada para o interesse pblico, poder a Cmara Municipal propor a sua iseno, reservando-se o direito de estabelecer uma compensao de comum acordo com o proprietrio. Artigo 70. Reconstrues de edificaes

Nas edificaes existentes abrangidas pela Reserva Ecolgica Nacional permitida a sua reconstruo e admite-se uma ampliao ou um anexo que no exceda os 50 m2 de construo, durante o perodo de vigncia do Plano. Artigo 71. Equipamentos pblicos 1 - A ocupao do solo por equipamentos destinados a actividades pblicas, sociais, de sade, culturais, desportivas, religiosas ou tursticas poder admitir indicadores urbansticos superiores aos previstos nas seces referidas no captulo II, desde que comprovado o reconhecido interesse pblico do edifcio e a soluo volumtrica se articule harmoniosamente com a envolvente, contribuindo para a sua valorizao. 2 - O estacionamento nestes espaos rege-se pelo disposto no artigo 67. Artigo 72. Regulamentao complementar 1 - O municpio de Barcelos poder estabelecer regulamentao complementar do PDM, destinada a regular especificamente o exerccio de determinadas aces no territrio concelhio, atravs de regulamento municipal, plano de urbanizao, plano de pormenor, posturas ou outro instrumento previsto na lei. 2 - A regulamentao municipal ser sempre mantida em vigor, em tudo que no contrarie o presente Regulamento, at ser revogada ou substituda por deliberao do municpio. Artigo 73. Classificao de manchas florestais quanto ao risco de incndio 1 - Na carta de risco de incndio, includa no relatrio 4: caracterizao do solo, subsolo e recursos hdricos, mencionado na alnea d) do n. 3) do artigo 5. as manchas , florestais foram classificadas em quatro categorias quanto ao grau de sensibilidade ao fogo, a saber: a) Classe I - extremamente sensvel; b) Classe II - muito sensvel; c) Classe III - sensvel; d) Classe IV - pouco sensvel. 2 - Para as reas classificadas como extremamente sensveis e muito sensveis sero elaborados planos especiais de preveno e utilizao coordenada dos meios de deteco e combate a fogos florestais. 3 - Estes planos especiais devero ser elaborados no prazo de trs anos aps a ratificao do PDM