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SECRETARIA DO EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHO

P R O G R A M A

CENTRO EXPERIMENTAL PÚBLICO DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL

CENTRO EXPERIMENTAL PÚBLICO DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL

FORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENOFORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENO

�Aprendendo A Aprender� �Aprendendo A Aprender� 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

CENTRO EXPERIMENTAL PÚBLICO DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL

FORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENOMódulo I - Assentador de Blocos e Tijolos

Módulo II - Revestidor de Paredes

Módulo III - Assentador de Placas Cerâmicas

e

Domínio Básico em Construção Civil(Para Mutirão)

SÃO PAULO

DEZEMBRO/2000

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Ilustrações: Pedro Trench Villas Bôas Concone

Projeto e Produção Gráfica: Páginas & Letras - Editora e Gráfica Ltda. - Fones: (11) 608-2461 - 6694-3449

Tiragem: 1.000 exemplares

SECRETARIA DO EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHOAv. Angélica, 2.582 - Cerqueira César - CEP 01228-200 - São Paulo

PABX: (11) 3311-1000 - FAX: (11) 3311-1140www.emprego.sp.gov.brE-mail do Programa �Aprendendo A Aprender �: [email protected]

CENTRO PÚBLICO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA FORMOSARua Bactória, 38 - Vila Formosa - CEP 03472-100 - São PauloFone: (11) 6101-3764 - FAX: (11) 6101-3755E-mail: [email protected]

CENTRO PÚBLICO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE TUPÃ �RAUL DE MELLO SENRA�Rua 15 de Novembro, 52 - Vila Independência � CEP 17605-350 - TupãFone: (14) 442-5877- FAX: (14) 442-5877E-mail: [email protected]

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA UNESPAv. Rio Branco, 1210 - Campos Elíseos - CEP 01206-904 - São PauloFone: (0XX11) 223-7088E-mail: [email protected]

Distribuição gratuita e reprodução autorizada, desde que citada a fonte.

 

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOMÁRIO COVAS

Governador 

SECRETARIA DO EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHOWalter Barelli

Secretário 

 José Luiz RiccaSecretário Adjunto 

Marcos de Andrade Távora

Chefe de Gabinete 

 João Barizon SobrinhoCoordenador de Políticas de Emprego e Renda

Pedro Fernando GouveiaCoordenador de Políticas de Relações do Trabalho 

Dirceu HuertasCoordenador de Operações 

 

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P R O G R A M A

 José Luiz Ricca Coordenador do ProgramaPaulo de Tarso Carletti Consultor

Projeto Centro ExperimentalPúblico de Formação Profissional

Anne Caroline Posthuma Coordenadora Técnica do Conselho de ImplantaçãoVânia Gomes Soares Coordenadora Técnica/SERT

Milena Benedicto Assistente Técnica

Francisco Aparecido Cordão ConsultorElisangela Batista da Silva Estagiária

Projeto Habilidades Básicas e EspecíficasHugo Capucci Júnior Coordenador Técnico do Conselho de Implantação

Maíra de Passos e Carvalho Chade Coordenadora Técnica/SERTDeisi Romano Assistente Pedagógico

Alessandro Mosqueira Garcia Auxiliar TécnicoMaria Regina Prado Consultora

 Jane Kelly Oliveira Silva Estagiária

Projeto Observatório Permanente deSituações de Emprego e Formação Profissional

Suzana Sochaczewski Coordenadora Técnica do Conselho de ImplantaçãoAlexandre Jorge Loloian Coordenador Técnico/SERT

Sérgio Augusto Bianchini Assistente TécnicoLuis Augusto Ribeiro da Costa Assistente Técnico

Marcos de Carvalho Dias Assistente Técnico

�Aprendendo A Aprender� �Aprendendo A Aprender� 

 

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Centro Experimental Público de FormaçãoProfissional de Vila Formosa

Claúdia Lessa Coordenadora ExecutivaLéo Pedro Birk Técnico Comunitário

Márcia Marino Villa Hutterer Técnica Pedagógica (Secretaria da Educação)Maria Isabel Cardoso Ferreira Técnica Pedagógica

 José Paulo Martins Técnico PedagógicoClaudson Fernandes Patrício Auxiliar Técnico

 Jordânia de Brito EstagiáriaLilian Tavares Dias Estagiária

Regina Célia do Rego Estagiária

Centro Experimental Público de FormaçãoProfissional de Tupã �Raul de Mello Senra�

Sérgio Geraldo Seiscentos Coordenador ExecutivoEnedina Thereza Ramos da Luz Técnica Pedagógica

 João Martinez Auxiliar Administrativo Joaquim Carlos de Brito Auxiliar Administrativo

  

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PARTICIPANTES DO PROCESSO

DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

Organização Internacional do TrabalhoMinistério do Trabalho e Emprego

Ministério da EducaçãoBNDES

CEETE Paula SouzaCEPAM

Escola Técnica Federal de São PauloFundação SEADEInstituto de Cooperativismo e Associativismo

Instituto de TerrasSINDUSCON

Secretaria do Governo e Gestão Estratégicado Estado de São Paulo

Força SindicalCUT

Central Geral dos TrabalhadoresDIEESE

Confederação Geral dos Trabalhadores do BrasilCAT

Social Democracia SindicalConselho de Escolas de Trabalhadores

CIEEFAESP/SENARFCESPFESESPFIESP/CIESPPNBE

SEBRAESENACSENAISENATSESISecretaria da Educaçãodo Estado de São PauloSINFAVEA/ANFAVEAABIMAQ/SINDIMAQAPARHInstituto UNIEMPPUCUNICAMP/CESITUNITRABALHOUSP

E N T I D A D E S

�Aprendendo A Aprender� �Aprendendo A Aprender� 

 

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PARTICIPANTES DO PROJETO�HABILIDADES BÁSICAS E ESPECÍFICAS�

Secretaria da Educaçãodo Estado de São Paulo

CEETE Paula SouzaInstituto de Terras

FIA/USPPrefeitura Municipal de Diadema

APARHSESI

SEBRAESENAI

SENACCIEE

Reconstrução, Educação, Assessoria e Pesquisa

CUT/CNMDIEESESENARConselho de Escolas de TrabalhadoresConfederação Geral dos Trabalhadores do BrasilCentral Geral dos TrabalhadoresFundação Educacional do Município de AssisFIESPDiretoria Estadual do MECUniversidade Estadual Paulista/UNESPSINDUSCONABIMAQEscola Técnica Federal de São Paulo

PARTICIPANTES DO �CENTRO EXPERIMENTALPÚBLICO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL�

Secretaria da Educaçãodo Estado de São Paulo

APARHPrefeitura Municipal de Santo André

Instituto de Cooperativismo e AssociativismoCEPAMDIEESE

CUTConselho de Escolas de Trabalhadores

Confederação Geral dos Trabalhadores do BrasilCentral Geral dos Trabalhadores

ABTD

Secretaria do Governo e Gestão Estratégicado Estado de São PauloSENACSENAISENARSENATEscola Técnica FederalCEETE Paula SouzaPUC

UNICAMP/ CESITInstituto UNIEMPFundação Educacional do Município de Assis

E N T I D A D E S

 

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Associação de Mulheres do Jardim Colorado Associação Moradores do Jardim CamargoAssociação Moradores do Conjunto Habitacional Ieda e Adjacências

Associação Lírio do Itaim Sindicato dos Empregados no Comércio de São PauloAssociação Comunitária Vila Carrão Sindicato dos Trabalhadores de Processamento de

Sindicato dos Trabalhadores no Ramo da Construção Dados e Empregados de Empresas de ProcessamentoCivil, Montagens, Instalações e Afins de São Paulo de Dados do Estado de São Paulo - SINDPD

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas,Panificação, Confeitaria e Afins de São Paulo Farmacêuticas, Plásticos e Similares de São Paulo

Associação Internacional para o Desenvolvimento � Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias TêxteisAssindes SP do Estado de São Paulo

SENAC - Ação Comunitária Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas deETE Martin Luther King São Paulo � SEBRAE - Penha

Escola do SENAC do Tatuapé Sociedade Amigos da Vila AntonietaAdministração Regional Aricanduva � Vila Formosa E.P.S. Obra Social Dom Bosco

Escola do SENAI Orlando Laviero Ferraiuolo Sociedade dos Amigos do Jardim Vila FormosaCentro de Profissionalização do Adolescente � CPA Universidade São Judas Tadeu

Associação Treze de Junho Ambulatório Saúde MentalSociedade das Filhas de N. Sra. do Sagrado Coração Qualis USF Vicenti Fiuza Costa

Comunidade Menino Deus Rotary Club São Paulo - Vila FormosaSindicato dos Oficiais, Alfaiates, Costureiras Sindicato dos Trabalhadores Domésticos

e Trabalhadores nas Indústrias de do Município de São PauloConfecção de Roupas e Chapéus de Escola do SENAI Eng. Adriano José Marchini

Senhoras de São Paulo e Osasco Cooperativa UniserviceCentro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza Gazeta de Vila Formosa

Centro de Educação Estudos Pesquisas � CEEP Núcleo de Habit. Pop. Renascer das Mil MaravilhasETE Carlos de Campos Associação Afro-Brasileira de Educação Cultura

ETE José Rocha Mendes e Preservação da Vida � ABREVIDAComunidade Nossa Sra. do Amparo Micro Import � Cursos Profissionais S/C Ltda.

PARTICIPANTES DO CENTRO PÚBLICO DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA FORMOSA

E N T I D A D E S

 

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FORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENOMódulo I - Assentador de Blocos e Tijolos

Módulo II - Revestidor de ParedesMódulo III - Assentador de Placas Cerâmicas

eDomínio Básico em Construção Civil

(Para Mutirão)

Coordenação 

Projeto �Habilidades Básicas e Específicas� Hugo Capucci Júnior

Supervisão Vânia Gomes Soares

Sistematização Fernanda Maris Pinheiro Leal

Deisi RomanoMaria Aparecida Trench Villas Bôas

Apoio Pedagógico  José Paulo Martins

Maria Isabel Cardoso FerreiraMárcia Marino Villa Hutterer (Secretaria da Educação)

Antônio Sebastião GaldeanoCélia de Fátima Carvalho

Maria Maude Barbosa

MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOSMÓDULO II - REVESTIMENTO DE PAREDES

Monitores Edison DesideriGisleine Jubilato

Rosana Garcia Bertachini

  

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Parcerias Comunidade Menino Deus

Francisco Alves Construtores Ltda.Núcleo da Habitação Popular Renascer das Mil Maravilhas

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI/TatuapéSindicato dos Trabalhadores no Ramo da Construção Civil,

Montagens, Instalações e Afins de São Paulo

MÓDULO III - ASSENTADOR DE PLACAS CERÂMICAS

Monitores 

Andre PucciniElisabete Costa Dantas StrabeliFrancesco Antonio Cappo

Heloísa Helena Aragão e RamirezHilda Bento Rodrigues

 José Carlos Rocha

Parcerias Associação de Mulheres do Jardim Colorado

Comunidade Menino DeusArgamassa Quartzolit Ltda.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI/Tatuapé

DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)

Monitores Andre Puccini

Elisabete Costa Dantas StrabeliParcerias 

Movimento de Moradia Paulista - MOMPADepósito de Material de Construção Águia de HaiaComunidade Kolping São Francisco - Guaianazes

  

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 Apresentação�Não fosse o mundo inteiro uma grande obraum canteiro em constante construção...� 

Armando de Freitas 

Tradicionalmente, a Indústria da Construção sempre foi agrande empregadora da mão-de-obra sem qualificação � o chamado �peão-de-obra�.

Em face das profundas transformações ocorridas no mundo 

do trabalho, as exigências para o trabalhador da construção foram se tornando maiores e a busca de novas relações de trabalho mais  justas, assim como um novo perfil de profissional, mais qualificado,polivalente, mais consciente de seus direitos de cidadão, passou aser uma necessidade imperiosa.

Nada mais natural, portanto, que o Centro Público de 

Formação Profissional voltasse o seu foco para essa área na tentativade construir, coletivamente, algo que possa instrumentalizar e capacitar o trabalhador-cidadão.

Ao procurar antecipar e ajustar a educação profissional auma demanda emergente, estão sendo cumpridos, mais uma vez,os objetivos do  Programa �Aprendendo A Aprender� e, através desta publicação, disponibilizando aos demais parceiros estaconstrução conjunta.

Walter Barelli Secretário do Emprego e Relações do Trabalho 

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

SumárioAPRESENTAÇÃO ............................................................................................ XV

INTRODUÇÃO .............................................................................................. 19

MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOS ................................... 25

HABILIDADES BÁSICAS ................................................................................. 29

HABILIDADES ESPECÍFICAS .......................................................................... 37

HABILIDADES DE GESTÃO ........................................................................... 43

MÓDULO II - REVESTIDOR DE PAREDES ..................................................... 47HABILIDADES BÁSICAS ................................................................................. 51

HABILIDADES ESPECÍFICAS .......................................................................... 55

HABILIDADES DE GESTÃO ........................................................................... 61

MÓDULO III - ASSENTADOR DE PLACAS CERÂMICAS ............................... 65

HABILIDADES BÁSICAS ................................................................................. 69

HABILIDADES ESPECÍFICAS .......................................................................... 77

HABILIDADES DE GESTÃO ........................................................................... 83

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 89

DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO) ................ 93

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 99

ANEXOS ......................................................................................................... 101

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

O operário em construção

�Era ele que erguia casas 

Onde antes só havia chão.

Como um pássaro sem asas 

Ele subia com as casas 

Que lhe brotavam da mão.

Mas tudo desconhecia

De sua grande missão; 

1 Moraes, Vinícius de. O Operário em Construção. Obra poética. P.386 a 387

Introdução

Não sabia, por exemplo,

Que a casa de um homem é um templo 

Um templo sem religião 

Como tampouco sabia

Que a casa que ele fazia

Sendo a sua liberdade 

Era a sua escravidão� 1

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

INTRODUÇÃO

Cerca de 600.000 anos separam-nos dosprimeiros homens que habitavam aTerra. O Australopiteco (o Piteco, hojerecriado magistralmente pela pena deMaurício de Sousa) utilizava osinstrumentos que a natureza colocavaao seu alcance � pedras, bastões ouossos longos de animais; como abrigo,usava as cavernas, que enfeitava compinturas de animais (pintura rupestre).Quando o clima tornou-se rigoroso e as

geleiras cobriam extensas regiões, ohomem já se encontrava melhorequipado para sobreviver. Além de criarnovos instrumentos como a lança,entendeu que a vida em grupo garantia-lhe a sobrevivência. Em grupo caçava ecom as peles, vestia-se e construíaabrigos; perdendo o medo, domesticavaos animais.

Quando o clima tornou-se mais quente� por volta de 10.000 a.c, os valestornaram-se férteis e o homem,acostumado a viver em grupo epossuidor de rebanhos, começou aconstruir (de novo em grupo) habitaçõessólidas e duráveis nas margens e vales

dos rios, formando aldeias.Estava inventado o mutirão.

Como observa-se neste breve relato dahistória da humanidade, a moradiaevoluiu na medida da evolução dohomem, porque este, por sua própriafragilidade, não pode prescindir doabrigo, da segurança de �quatroparedes�.

Por toda a História, as camadas maisoprimidas da sociedade foram asresponsáveis pela construção das

cidades: primeiro, em sistema deescravidão; depois, como dizia o poeta:�operário em construção�.

E, assim, como a demanda da área daconstrução civil é, por tradição,preenchida pelas classes menosfavorecidas, esse aprendizado sempre sedeu no próprio canteiro de obras,

obedecendo a um sistema mais oumenos hierárquico.

 JUSTIFICATIVA

A opção pela organização de umitinerário formativo voltado para a áreada construção civil, visando à formaçãodo pedreiro pleno, nasceu da propostada comunidade que integra o Conselhode Compromisso do Centro Público deFormação Profissional de Vila Formosa.

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INTRODUÇÃO 21

Baseia-se no Mapa de Competênciasdesenvolvido pelo Comitê Técnico daConstrução Civil do Serviço Nacional deAprendizagem Industrial-SENAI/RJ(Anexo 3), cabendo ao pedreiro pleno:

�Executar serviços de elevação de paredes, utilizando bloco de concreto,cerâmicos e especiais, serviços de concretagem, revestimentos de pisos,paredes e teto em argamassa conforme 

planejamento, projeto e documentos técnicos e científicos, de acordo com as normas técnicas e em condições de qualidade e segurança�  , onde estãoelencadas as competências necessárias àperfeita realização das habilidadesespecíficas dos experimentos.

Os parceiros neles envolvidos

concluíram que é longo o caminho paraa formação do pedreiro pleno.Decidiram-se, então, que para atingir umbom nível, o itinerário formativo deveriaser estruturado, inicialmente, em trêsmódulos que contemplassem não apenasas habilidades específicas, mas tambémas habilidades básicas e de gestão,

contribuindo, assim, para a formaçãomais completa do aprendiz,instrumentando-o para interagir commaior desenvoltura no novo mundo dotrabalho.

Dessa forma, os três primeiros módulosconstituíram-se em:

• Módulo I � Assentador de Blocos eTijolos

• Módulo II � Revestidor de Paredes

• Módulo III � Assentador de PlacasCerâmicas

A proposta levou em consideração,também, a aspiração maior (e de difícilconsecução) das classes populares pelacasa própria.

Nas discussões que permearam aorganização dos experimentos, levou-seem consideração, em princípio, o fatode que, na maioria das vezes, a moradia

popular é erguida com grandedificuldade pelas próprias famílias, que,com raras exceções, levantam �umquarto�cozinha�, o suficiente para amudança e, aos poucos, conforme aseconomias, vão acrescentando outroscômodos à habitação.

Embora São Paulo seja a maior e a mais

populosa cidade do Brasil, o setorhabitacional corre na proporção inversaà demanda da casa própria.

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

INTRODUÇÃO22

Face a essa crise habitacional, aquelesque conseguiram comprar seus�terreninhos�, organizam-se de formaassociativa para erguerem suasmoradias.

Buscando em suas raízes a palavra querepresentava a ajuda dos vizinhos numtrabalho agrícola (colheita, plantio,roçado), apelidaram o movimento demutirão.

Algumas organizações não-governamentais, sindicatos do setor e opróprio governo têm incentivado eprestado colaboração aos mutirões quese multiplicaram como solução à crisehabitacional.

Partindo desses pressupostos, foi

acrescentado aos três primeirosmódulos um quarto experimentodenominado:Domínio Básico emConstrução Civil,que teve comoobjetivo o aperfeiçoamento daconstrução de moradias populares emmutirão.

Outras questões levadas em conta naelaboração desses experimentos diziamrespeito ao desperdício causado pelotrabalho amador e à dificuldade que aspessoas enfrentam na aquisição domaterial de construção pordesconhecerem os mecanismos quepermitem avaliar as ofertas de mercado.

Outra consideração relevante é o fatode que a mão-de-obra da construção

civil é demandatária na região, mas,como todos os setores, tem se tornadocada vez mais exigente quanto ao perfildo cidadão trabalhador.

  

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

A metodologia que norteou asatividades dos três módulos para aformação do Pedreiro Pleno teve, comoprincípio, os quatro pilares doconhecimento:aprender a conhecer,isto é, adquirir os instrumentos dacompreensão, aprender a fazer, paraagir no mundo envolvente, aprender aviver juntos, a fim de participar ecooperar com os outros e aprender aser, via essencial que integra as

precedentes. Estas quatro viasconstituem-se em apenas uma, dadoque existem entre elas múltiplos pontosde contato, de relacionamento e depermuta.

Os temas das habilidades básicas e degestão foram preparados de modo a�combinar� o mundo que rodeia os

participantes com os conhecimentosque permitam a compreensão melhordo ambiente em que atuam,favorecendo o despertar da curiosidadeintelectual e o sentido crítico. Aprenderpara conhecer supõe, antes de tudo,aprender a aprender, exercitando aatenção, a memória e o pensamento.

Para isso, o conteúdo foi trabalhado pormeio de diversas técnicas didáticas(jogos, dinâmicas de grupo, círculos dedebate e outros).

INTRODUÇÃO 23

MetodologiaAprender a conhecer eaprender a fazersão indissociáveis. Como ensinar osparticipantes a pôr em prática os seusconhecimentos e os que apreendeu(conteúdos)? Aprender a fazer,por estar ligada à formação profissionalassocia-se à complexidade crescentedas economias que apresentamespecialidades muito variadas na áreada construção civil (novos materiais,técnicas de aplicação etc).

A Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional � Lei 9.394/96 e o Decreto2.208/97 colocam a educação dentrode novas perspectivas e possibilitamnovas formas de atuação que atendam àflexibilidade exigida pelascaracterísticas e necessidades daspessoas, tornando-as aptas para atuarem

em novos contextos que considerem ainteração com a sociedade em geral ecom o sistema produtivo.

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

INTRODUÇÃO

Nesse sentido, o experimento encontrarespaldo legal e inovou porque foiaplicada a metodologia da �pedagogiada alternância� em relação àshabilidades específicas. Isto significaque os participantes vivenciaram, deforma alternada, experiências deformação integradas com asexperiências no canteiro de obras.

A cooperação entre vários espaços de

aprendizagem assegurou, ainda, umaformação que conciliou aquisição decompetências inerentes ao exercício deuma profissão com o desenvolvimentopessoal e social do indivíduo.

Resta dizer que os membros doConselho Administrativo e o ApoioPedagógico do Centro Público de VilaFormosa esperam que o experimento,como foi pensado, tenha possibilitadoaos participantes o desenvolvimento dasensibilidade, do sentido estético, daresponsabilidade pessoal, dopensamento crítico e juízos de valor, demodo a levá-los à melhor tomada dedecisão nas diferentes situações da vida

e do trabalho. Enfim,aprender a ser.

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

UM BOM COMEÇO 27

Formação

do PedreiroPleno

Módulo I

 Assentador deBlocos e Tijolos

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOS26

- Propiciar, ao trabalhador, a aquisiçãode competências para executartrabalhos de alvenaria colocandoblocos ou tijolos em camadassuperpostas, rejuntando-os eassentando-os com argamassa, paraedificar muros, paredes e outras obras.

- otimizar condições para o exercício dotrabalho de forma crítica e cidadã.

a) PÚBLICO ALVO:- moradores da zona Leste da cidadede São Paulo;

- ambos os sexos;

- acima dos 18 anos;

- escolaridade equivalente ao nívelfundamental

- preferencialmente desempregados(com maior número dedependentes)

b) PERÍODO DE INSCRIÇÃOde 26/07 a 20/08/1999

c) SELEÇÃO

de 23 a 27/08/1999

Objetivo geral d) DIVULGAÇÃO DA SELEÇÃO

30/08/1999

e) NÚMERO DE VAGAS

duas turmas de 25 participantes,com 20% de mulheres inscritas

f) CARGA HORÁRIA TOTAL:100 HORAS

- habilidades básicas: 30 h

- habilidades específicas: 40 h- habilidades de gestão: 30 h

g) REALIZAÇÃO

de 01/9 a 07/10/1999

h) PARCERIAS

- Comunidade Menino Deus;- Francisco Alves Construtores Ltda.;

- Núcleo da Habitação PopularRenascer das Mil Maravilhas;

- Serviço Nacional deAprendizagem Industrial � SENAI / Tatuapé;

- Sindicato dos Trabalhadores noramo da Construção Civil,Montagens, Instalações e Afins deSão Paulo.

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOS 27

Na aula inaugural, a equipe de ApoioPedagógico apresentou, aosparticipantes, o Centro Público de VilaFormosa como um espaço aberto dequalificação de jovens e adultosempregados, desempregados oucandidatos ao primeiro emprego, quefunciona também como posto deinformações e ponto de encontro entretrabalhadores e empresários. Por ser umespaço aberto, é um Centro difusor de

novas iniciativas no campo daeducação e da formação profissional,portanto, como um CentroExperimental, estruturado de maneiraque a comunidade do entorno seconstitui no Conselho Gestor dasatividades programadas.

Em continuidade, foi explicada a

organização do experimento emHabilidades Básicas, Específicas eGestão que juntas têm como missão odesenvolvimento integral � humano,profissional e social dos aprendizes.

Os primeiros

passos...

Também foram dadas informaçõesgerais sobre o comportamento esperadodos participantes (atrasos, faltas,vestuário) e, por fim, promoveu-se aapresentação e integração entre osparticipantes e os monitores das trêshabilidades que nortearam oexperimento. Nessa mesma ocasião,foram tomadas as medidas dosparticipantes para que seprovidenciassem os equipamentos

necessários para o trabalho no canteirode obras, tais como botas, capacetes,luvas e outros. Foi um momento dealegria e expectativa por parte dosaprendizes.

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

ENTREVISTA30

  

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

ENTREVISTA 31

Habilidades

Básicas

�Ah, homens de pensamento Não sabereis nunca o quanto 

Aquele humilde operário Soube naquele momento! Naquele casa vazia

Que ele mesmo levantaraUm mundo novo nascia

De que sequer suspeitava.O operário emocionado Olhou sua própria mão 

Sua rude mão de operário De operário em construção 

E olhando bem para elaTeve num segundo a impressão De que não havia no mundo 

Coisa que fosse mais bela

Foi dentro da compreensão 

Desse instante solitário Que, tal sua construção 

Cresceu em alto e profundo Em largo e no coração 

E como tudo que cresce Ele não cresceu em vão Pois além do que sabia

Exercer a profissão O operário adquiriu Uma nova dimensão: 

A dimensão da poesia.�  2

2 Moraes, Vinícius de . O operário em Construção Obra Poética, p.388

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

OBJETIVO

- Reconhecer a importância da

comunicação nas relaçõesinterpessoais e no ambiente detrabalho;

- Desenvolver as capacidades decomunicação em diferenteslinguagens;

- Desenvolver a capacidade de realizarestimativas e cálculos aproximados e

utilizá-los na verificação deresultados de operaçõesmatemáticas;

- Conhecer e utilizaradequadamente as unidades detempo, distância, líqüidos e medidas

de peso;- Pensar de forma criativa,raciocinar, tomar decisões, resolversituações-problema, aprender aaprender. Tomar contato complantas baixas e aprender ainterpretá-las;

- Conhecer e utilizaradequadamente o computadorcomo ferramenta de trabalho.

HABILIDADES BÁSICAS30

CONTEÚDOS

§ O processo da comunicação: falar,

ouvir, ler e escrever;§ Os fatores facilitadores e

dificultadores da comunicação;

§ As linguagens não-verbais;

§ O desenvolvimento do raciocíniológico;

§ As quatro operações básicas da

matemática;§ Unidades de medidas;

§ A solução de situações-problema;

§ A leitura e o entendimento de plantasbaixas;

§ Noções básicas de informática.

TÉCNICAS DIDÁTICASAs atividades em Habilidades Básicasforam desenvolvidas de maneira que osaprendizes adquirissem a percepção daimportância da linguagem oral e escritano desempenho profissional e nosrelacionamentos interpessoais, aadequação das variedades da língua às

diferentes situações de comunicação,durante uma entrevista, em situações detrabalho, com os amigos, em casa;quando devem optar pelo uso coloquial

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

e pela norma culta, gíria ou linguagemafetiva.

Os conteúdos das Habilidades Básicasforam permeados de técnicas didáticascom a finalidade de tornar as atividadesmais atraentes, promover descontraçãoentre os aprendizes e entre aprendizes emonitor e possibilitar a construção denovos conhecimentos.

DINÂMICAS

A vivência de dinâmicas como �Cosme e

Damião�, o �Telefone sem Fio�, a leiturae a escrita de notícias e comunicados,procurou demonstrar, de maneiraagradável e interessante, a importânciada comunicação e como ela podecontribuir para que possamos conhecermelhor as pessoas ou como podedistorcer o significado de uma simplesfrase, se não for clara e objetiva.

1) FALAR...

Estratégia: Representação dialogada 

Escolher dois casais e entregar a cadapar um pequeno texto. Após um rápidoensaio, o seguinte quadro deverá serapresentado ao grupo:

Primeiro casal 

(homem) � Oi muié. Vamo prepara ajanta?

(mulher) � Lava a arface que eu corto as

batata. Ocê têve no Centro Pubrico?(homem) � Foi eu mais o Luís para sabedos curso.

O Processo daComunicação:Falar, Ouvir,

Ler e Escrever:

Segundo casal 

(homem) � Oi mulher. Vamos preparar ojantar?

(mulher) � Lave a alface que eu corto as

batatas. Você esteve no Centro Público?(homem) � Eu fui com o Luís para sabersobre os cursos.

A partir dessa encenação, os aprendizesforam levados a observar os diferentesníveis de linguagem e o significadosocial que é dado a cada um deles.

31HABILIDADES BÁSICAS

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

HABILIDADES BÁSICAS

Foram instados, também, a perceberque em comunicação não existempropriamente o �certo� e o �errado�,

mas sim o �adequado� e o�inadequado�, dependendo da situaçãosocial em que o diálogo se realiza.

Há, pois, vários níveis de linguagem.Através deles é possível também saber aque condição social a pessoa pertenceou se é jovem ou adulta.

A linguagem é, portanto, o conjunto derecursos de comunicação mais usadopelo homem.

Por outro lado, muitos países têm umalíngua em comum. Inglaterra, EstadosUnidos e Austrália falam inglês, mascada país imprime seu próprio �jeito de

falar� à língua-mãe. Portugal e Brasilfalam a mesma língua, mas o portuguêsfalado no Brasil é muito diferente dofalado em Portugal. No Brasil existemvários �jeitos de falar�. Pela fala,podemos identificar de que região apessoa vem: do nordeste, do sul, docentro-oeste.

2) OUVIR...

Uma canção popular ouvida com os

olhos fechados foi estímulo usado paraque o grupo discutisse a importância dosaber ouvir.

Alguns conceitos foram trabalhados arespeito dessa forma de comunicação,como por exemplo:

- O que é ser um bom ouvinte;

- As dificuldades que temos para ouvire lembrar o que ouvimos;

- A dificuldade em prestar atenção,evitando interrupções;

- A preocupação em responder semantes ouvir com atenção quem estáfalando;

- Fazer perguntas adequadas paraentender melhor;

- Demonstrar respeito e interesse pelodiálogo etc.

A partir dessa ação pedagógica, omonitor encaminhou a discussão para aimportância do saber ouvir e falar numa

situação de entrevista, ao buscar umtrabalho, negociar um orçamento etc.

32

 

Á

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

3) LER...

Nas atividades ligadas à leitura foram

usados textos contextualizados,retirados de jornais e revistas ou mesmode livros, tendo o monitor comentadoque o ser humano pode ler, seja parainterpretar os símbolos (escrita) paraaprender mais, para tomarconhecimento do mundo ou paraanalisar os acontecimentos.

Lembrou, ainda, que a leitura pode seroral e silenciosa. Quando estamosnuma condução ou paramos para ler asmanchetes dos jornais numa banca,estamos praticando a leitura silenciosa.Seria muito engraçado se, no cinema,todos lessem a legenda de filmes emvoz alta. Mas existem várias situações

que exigem a leitura oral, como lerhistórias para crianças, um discursopara um público, atas em reuniões,relatórios, comunicados no ambiente detrabalho, instruções, ordens, avisos etc.Mesmo no canteiro de obras pode-se ternecessidade de ler em voz alta. Pediuentão que o grupo citasse outrosexemplos.

HABILIDADES BÁSICAS

Durante o experimento, os aprendizesexercitaram-se também em técnicas deleitura, de forma a perceberem as

diferentes situações em que se usa umaou outra forma de leitura e comomelhorá-las.

1. Como melhorar a leitura oral:

• Fazer leitura em voz alta;

• Utilizar uma caneta pressionada pelosdentes, prendendo as bochechas e alíngua. Após esse treino, haverá maiorfluência da leitura em voz alta;

• Ler segmentos do texto com diferentesentonações, percebendo a diferença,às vezes, de sentido.

2. Como melhorar a leitura silenciosa:

Fazer leitura evitando ler sílaba porsílaba, lendo trechos mais extensos dotexto, por exemplo, parágrafos quetenham sentido completo;

• Evitar o movimento dos lábios e oacompanhamento da leitura com omovimento da cabeça para um eoutro lado;

• Evitar acompanhar a leitura com arégua ou com o dedo.

33

 

HABILIDADES BÁSICAS

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

HABILIDADES BÁSICAS

4) ESCREVER...

Façam de conta que amanhã vocês não

poderão comparecer ao trabalho. Entãodevem escrever um bilhete para seuchefe, avisando-o de sua ausência ejustificando sua falta.

Mas o que é um bilhete?

E como se escreve um bilhete?

O bilhete é uma mensagem curta, umrecado escrito que enviamos oudeixamos para alguém.

Dessa forma, o monitor iniciou asatividades de linguagem escrita com ogrupo. E foi mais além. Analisou com osaprendizes os bilhetes que elesescreveram, mostrando que quandosabemos o quê e para quem escrever,fazemos com mais facilidade. Assim,devemos prestar atenção às perguntasque nos orientam a escrever o bilhete:

Quem? (isto é: para quem é o bilhete)

O quê? ( o assunto)

O final (despedida)Assinatura

Data

As técnicas para desenvolver ashabilidades em linguagem escritaevoluíram, motivadas por

questionamentos como:

Vocês já tiveram oportunidade deescrever uma carta para alguém?O que fizeram para lidar com essasituação? Tentaram escrever sozinhos oupediram ajuda para alguém?

E assim os aprendizes foramestimulados a escrever uma carta, apartir das seguintes perguntas:

- Como vou começar a carta?

- O que quero saber?

- O que quero contar?

- Como vou acabar?

- O que vou escrever no envelope?

As atividades em linguagem escritaforam associadas à linguagem oral coma proposta de leitura das cartas escritaspelo grupo.

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HABILIDADES BÁSICAS 35

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Lidar com números geralmente se dánuma situação problemática.

Até para arriscarmos na loteca nosvemos diante de um problema: quenúmeros assinalar? quanto posso gastar?

E no trabalho?

Temos que medir, comparar, calcularárea, quantidade de argamassa, váriasquantidades de tijolos e até mesmo

relacionar o nosso salário, com as horastrabalhadas, o tempo e dinheiro com ashoras trabalhadas, o tempo (horastrabalhadas) e dinheiro, o tempo edinheiro gasto em condução etc. Tudoenvolve números e contas.

A essa constatação foram levados os

�peões�, dentre eles as mulheres quecompunham o grupo.

Assim, vários tipos de problemas,envolvendo situações cotidianas e detrabalho, foram sendo resolvidos pelosaprendizes, individualmente ou emgrupo, sob a orientação dos monitoresem vários locais de aprendizagem,

principalmente no canteiro de obras.

HABILIDADES BÁSICAS 35

Lidando com os

números...

É importante ainda registrar a exploraçãode situações de cálculo mental semregistro escrito e sem utilização de

instrumentos, muito embora o uso dacalculadora fosse incentivado em outrasocasiões.

Foram bastante exploradas as quatrooperações fundamentais e sua função nocálculo, isto é, a idéia de soma/subtraçãoe multiplicação/divisão como operaçõesinversas.

A leitura e o entendimento de plantasbaixas de construção também foramexplorados durante o experimento e,utilizando os classificados de jornais erevistas, calcularam preços de materiaisde construção.

Na seqüência, mais uma atividade foidesenvolvida: o Jornal da Construção,com o objetivo de reforçar váriashabilidades de leitura. O monitor utilizoucomo recurso didático jornais e revistasdo Centro Público, que foram distribuídosentre os participantes. Divididos emgrupos, discutiram a organização de umjornal, diferenciaram as manchetes dos

títulos e compararam o enfoque dado àmesma notícia nos diversos periódicos,identificando assim sua �linha editorial�.

 

HABILIDADES BÁSICAS36

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

HABILIDADES BÁSICAS36

Após resumirem algumas notícias ecriarem outras, cada grupo editou a suaversão do Jornal da Construção.

É de suma importância destacar arelação das �manchetes� selecionadaspelos grupos, com os conteúdos doExperimento. Alguns exemplos:

E foi um grupo motivadíssimo que sesentou diante de um computador pelaprimeira vez: o contato com o �mouse�,

o teclado, o �nome� escrito no Word, ofascínio pela tecnologia. Muitas das�notícias� do Jornal da Construçãoforam editadas em meio a um titubeante�teclar�.

Também foram trabalhadas práticas dehigiene corporal em casa e no trabalho,sendo sempre frisado que a aparência(roupa limpa, cabelo penteado) tambémfaz a diferença na concorrência poruma vaga na construção civil.

O engenheiro Robert Wilsondesenvolveuuma nova técnicapara redução de preço e tempo

Segurança e Saúde noTrabalho: Uma questãode cidadania

Cuidados com os

equipamentos deproteção individualna Construção Civil

Dicas paraquem quer 

construir 

Guindastemata mulher 

na paulista

Economia da obra

começa pela estrutura

 

HABILIDADES BÁSICAS 39

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

HABILIDADES BÁSICAS 39

Habilidades

Específicas

�... Mas ele desconheciaEsse fato extraordinário: 

Que o operário faz a coisaE a coisa faz o operário.De forma que, certo diaÀ mesa, ao cortar o pão O operário foi tomado De uma súbita emoção 

Ao constatar assombrado Que tudo naquela mesa

- Garrafa, prato, facão - Era ele quem os fazia

Ele, um humilde operário,Um operário em construção 

Olhou em torno: gamelaBanco, enxerga, caldeirão 

Vidro, Parede, janelaCasa, Cidade, nação! 

Tudo, tudo o que existiaEra ele quem o fazia

Ele, um humilde operário Um operário que sabiaExercer a profissão� 3

3 Moraes, Vinícius de . O operário em Construção Obra Poética. p.388

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS38

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

HABILIDADES ESPECÍFICAS38

OBJETIVO

Oferecer aos participantes condições de

identificar e utilizar corretamenteferramentas e equipamentos nas práticasde assentamento de blocos e tijolos.

TÉCNICAS DIDÁTICAS

Como as atividades de HabilidadesEspecíficas foram realizadas no canteirode obras, as estratégias constituíram-se

na demonstração de utilização deequipamentos, exposição dialogada epráticas individuais.

CONTEÚDO

§ Assentamento de tijolos comuns,blocos cerâmicos, concretos ecelulares

§ Tipos de argamassas: preparo eutilização

§ Tipos de sapatas, impermeabilização

§ Usos de prumo, nível e esquadro

§ Levantamento de alvenaria

As Habilidades Específicas,estreitamente ligadas ao trabalho e quedizem respeito ao saber�fazer e saber� ser, foram desenvolvidas no canteiro deobras, cedido por uma construtora daregião, onde os participantesplanejaram e executaram, sob aorientação do monitor, a fundação de

um galpão.

É importante ressaltar a integração entreas Habilidades Específicas e as deGestão no canteiro de obras, pois, acada ensinamento prático, o monitororientava os aprendizes para as normasde segurança, insistindo no uso deequipamentos de segurança individual eexplicando que em grandes obrasexistem equipamentos de proteçãocoletiva como a plataforma de proteção

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS 39

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(bandejão e provisória), guarda-corpo,telas de proteção, corrimão, cancela eoutros.

Antes de iniciar as aulas práticas omonitor verificava se os aprendizesestavam com todos os equipamentos desegurança individual: botas, luvas,capacetes e óculos de proteção.

Depois de serem apresentados àsferramentas de trabalho � colher de

pedreiro, desempenadeira, enxada eoutras, os aprendizes iniciaram alimpeza do terreno para, em seguida,iniciarem o levantamento do galpão emalvenaria, utilizando blocos e tijolos evários tipos de argamassa.

Como alguns dos participantes já

possuíam alguma experiência anterior,estes ajudavam os demais permitindo aomonitor demonstrar a importância detrabalhar em equipe e ter atitudes desolidariedade.

No canteiro de obras, os participantesaprenderam a misturar a massa nasproporções certas de areia, cimento, cal

e água, e foram alertados para evitar odesperdício em qualquer etapa daconstrução no preparo da massa, na

quantidade de massa necessária àfixação dos tijolos, no corte preciso dosblocos e tijolos.

Foram dadas instruções sobre aqualidade dos produtos que compõem aargamassa.

Assim é que souberam ser a cal aprincipal constituinte de vários produtosutilizados na construção, mas que suaspropriedades ficam prejudicadas se a

mesma não for pura dentro das normasfixadas, ostentando na embalagem o selode �produto puro� dado pela AssociaçãoBrasileira dos Produtores de Cal.

Participantes com alguma experiênciaderam demonstração de testes práticospara verificar a pureza da cal, sendo um

deles referente à finura da mesma quepode ser percebida �a olho nu�, aopeneirá-la numa mistura com água.

A areia também deve ser de boaqualidade. Se misturada com água e estase tornar muito turva é provável que sejade má qualidade.

O cimento, em geral, sai da fábrica comqualidade obedecendo às normasestabelecidas.

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS40

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Esse produto ficando por muito tempoestocado pode empedrar com aumidade do ar, ficando sem sua força

cimentante. É bom verificar se aembalagem não se encontra danificadae, o produto conseqüentementedeteriorado.

COMO COMPRAR?

O monitor ilustrou este item fazendoum retrospecto histórico, lembrando

que desde os tempos dos faraósegípcios, a argamassa vem sendoutilizada para unir e revestir os blocosque formam as paredes e os muros dasconstruções.

Passaram, então, a discutir a proporçãodos elementos que a compõem. Por

exemplo: para cada 2 latas (de 18 litros)de cal hidratada, usa-se 1 de cimento e9 de areia. A água, chamada de �águade amassamento�, é posta de acordocom a prática, conforme o tijolo (maisporoso ou não) e a maior ou menor�corrida� desejada para a massa.

COMO MISTURAR OS MATERIAIS?

A mistura pode ser feita de formamanual na masseira ou na betoneiramecânica.

Nesse caso, ela foi feita na masseirarústica, com tábuas cercando um recintocom piso firme. Colocou-se a porção de

cal, embebida em água, �curando� oproduto.

No dia seguinte, foram misturados osdemais materiais: areia e cimento,colocando-se água até obter aconsistência adequada ao trabalho.

A proporção �traço� (traço mais

utilizado é: 1 parte de cimento, 3 ou 4partes de areia média lavada, com umconsumo médio de 3 l/m²) a ser usadapara as argamassas depende do localonde serão aplicadas, sendo que asparedes externas devem ser construídascom argamassa diferente daquela a serusada para erguer uma parede interna.

Todas essas noções foram adquiridas nopróprio �fazer�, sempre motivado pordiálogos, troca de experiências, acertose erros, tendo mesmo sido lembradas,durante a feitura da argamassa, asreceitas de bolo, principalmente porparte das aprendizes, que enfatizaram aqualidade dos materiais para um bom

resultado.

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS 41

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

LEVANTANDO PAREDES...

Tendo assimilado os conceitos básicos,

o grupo �botou a mão na massa�.Começaram fazendo as fundações,observando as condições do terreno,que devem ser cuidadosamenteanalisadas, pois elas é que vão darestabilidade e durabilidade àsconstruções.

Aí, então, tomaram contato com outrosmateriais: tijolos e blocos.

Trabalharam, basicamente, com blocos;alguns compactados, outros furados. Osprimeiros passos para o assentamentoforam dados, intercalando-se o trabalhopropriamente dito e a consulta aomaterial didático ilustrativo.

O monitor propôs que pesquisassem ostipos de tijolos e trouxessem o resultadopara apreciação do grupo. Assim,apareceram tijolos comuns, de vidro,blocos de concreto, de pedra e outros.

Aqueles que tinham conhecimento

anterior auxiliavam os demais,permitindo que o monitor aproveitasse aocasião para demostrar a importânciado trabalho em equipe, a atitude de

solidariedade e a importância daconstrução coletiva do conhecimento.

A primeira fiada de tijolos foi assentadapelos participantes, com auxílio donível de mangueira, tomando-se comoponto de referência para nivelamento asapata (fundação rasa geralmente deconcreto armado com a largura sendomaior que a altura), o baldrame (viga deconcreto armado que corre sobrefundações de qualquer tipo) ou umaparede já assentada. Continuaramassentando as fiadas seguintes sob oolhar atento do monitor, que alertavasobre a importância da �amarração�,e tinha o cuidado de revezar osparticipantespara que todostivessem a

oportunidadede �praticar aprofissão�.

Outro ponto aser destacado foia orientação dadapara o trato com as ferramentas,que após as horas de trabalho eram

lavadas e guardadas nas caixas,destinadas para este fim.

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS42

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Foi explicado que graças à arrumação eà limpeza, as ferramentas têm maiordurabilidade e o trabalho �rende�, pois

é bem mais fácil encontrar tudo nodevido lugar na hora de recomeçar alida no dia seguinte.

E, assim, em meio à conscientizaçãodas atitudes acertadas no exercício doofício de pedreiro, o galpão foi-se

erguendo por meio do uso correto doprumo, do serrote, da desempenadeira,da precisão das amarrações, damarcação do nível, dos cortes dosblocos nos ângulos, da paredesubindo... reta, até o ponto de respaldo.

  

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Habilidades

de Gestão

�De fato, como podiaUm operário em construção 

Compreender por que um tijolo 

Valia mais que um pão? Tijolos ele empilhava

Com pá, cimento e esquadriaQuanto ao pão, ele o comia...

Mas fosse comer tijolo! E assim o operário ia

Com suor e com cimento 

Erguendo uma casa aqui Adiante um apartamento Além uma igreja, à frente Um quartel e uma prisão; 

Prisão que sofreriaNão fosse, eventualmente 

Um operário em construção�  4

4 Moraes, Vinícius de. O Operário em Construção. Obra Poética. p.386 a 387

 

HABILIDADES DE GESTÃO44

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

OBJETIVO

Desenvolver hábitos adequados na

utilização dos equipamentos desegurança e outros conhecimentos quepossibilitem ao aprendiz organizar-seenquanto profissional da construçãocivil.

ESTRATÉGIAS

Além de dinâmicas de grupo, como

jogos e demonstrações individuais,painéis de discussão e colagens, amaioria das estratégias foram realizadasno próprio canteiro de obras através deexposições dialogadas entre monitor / aprendizes.

CONTEÚDO

Apresentação pessoal;• Gestão do próprio negócio;

• Trabalho em equipe;

• Cooperativas de trabalho;

• Elaboração do currículo;

• Conceitos de ética e cidadania;

• Segurança no trabalho.

Como já foi apontado, as atividades dasHabilidades de Gestão e Específicas

interligaram-se durante o experimento,principalmente no canteiro de obras,local ideal para reforçar os conteúdos

que qualificam um operário daconstrução civil.

Assim, o monitor, distribuindosabonetes e toalhas limpas, insistia naapresentação pessoal, que passa peloscuidados mais elementares de higiene,como lavar as mãos e o rosto antes dedirigir-se ao refeitório para o lanche.

Na maioria das vezes o operário daconstrução civil mora em barracõesconstruídos para abrigá-los na própriaobra, e a convivência com os colegasnem sempre é fácil. Uma das tarefas domonitor foi mostrar que a cordialidade ecooperação com os colegas torna a

vida, no canteiro de obras, muito maisagradável.

Os participantes receberam sempreorientação sobre os cuidados pessoais,como o banho após o trabalho,escovação de dentes após as refeições,cabelos lavados e penteados e roupaslimpas. Esses pequenos cuidados

facilitam o trabalhador na busca peloemprego e sua permanência nele,ajudam a mantê-lo saudável e facilitama convivência.

 

HABILIDADES DE GESTÃO 45

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Durante as aulas práticas, o monitortambém observava a maneira como osaprendizes trabalhavam e chamava a

atenção para a postura, lembrando-ossempre para dobrar os joelhos aolevantar pesos evitando, assim,problemas de coluna e advertindo-ospara os perigos que podem encontrardurante o trabalho.

Para evitar acidentes, os aprendizesusaram os equipamentos individuais desegurança (botas, luvas, óculos e

capacete) e foram orientados sobre osequipamentos de segurança coletivos:como telas e coberturas de proteção,guarda � corpo, passarelas, andaimes eoutros, que devem ser exigidos quandoforem trabalhar em grandes obras.

O monitor orientou a elaboração docurrículo de cada participante,lembrando que os documentos pessoaisdevem estar sempre em ordem e embom estado de conservação. Comentoucom os aprendizes também sobre tiposde contratação: o que é um contrato deprestação de serviços, que pode sertemporário ou por empreitada e o quesão as cooperativas de trabalho.

No capítulo das cooperativas detrabalho, o monitor informou a todossobre o movimento que começou naInglaterra em 1844 e que nos dias dehoje apresenta�se como importantealternativa sócio-econômica.

 

HABILIDADES DE GESTÃO46

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Os aprendizes, então, foram orientadosa respeito da Legislação Cooperativistano Brasil, sobre a constituição de uma

Cooperativa (estatutos) e os direitos edeveres dos cooperados e ainda adiferença entre as cooperativas deprodução e de trabalho.

AVALIAÇÃO

A avaliação das atividades foi realizadaatravés da observação contínua, da

mudança de comportamento e dointeresse demonstrado pelosparticipantes durante o experimento.

O próprio Jornal da Construção, que foirealizado como atividade, também seconstituiu em um instrumento de

avaliação, assim como a confecção decartões de visita nas atividades deInformática, o currículo nas Habilidadesde Gestão e, principalmente, asatividades práticas no canteiro de obras,cuja avaliação era imediata às açõesexecutadas.

Ao final do experimento, foi aplicado

um instrumento de avaliação de reação(Anexo 2).

E, assim, os aprendizes que concluírameste módulo foram convidados aparticipar do Módulo II do experimentode Formação do Pedreiro Pleno.

 

49HABILIDADES DE GESTÃO

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Formação

do PedreiroPleno

Módulo II

Revestidorde Paredes

 

MÓDULO II - REVESTIDOR DE PAREDES48

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

OBJETIVO GERAL

Otimizar condições para a aquisição denovas práticas na área da construção

civil em revestimento de paredes,internas e externas, exercitando otrabalho de forma crítica e cidadã.

a) PÚBLICO ALVO:- moradores da Zona Leste dacidade de São Paulo;

- ambos os sexos;

- acima dos 18 anos;- escolaridade: nívelfundamental;

- preferencialmentedesempregados (com maiornúmero de dependentes).

b) PERÍODO DE INSCRIÇÃO

de 08 a 14/10/1999

c) SELEÇÃO15/10/1999

d) DIVULGAÇÃO DA SELEÇÃO18/10/1999

e) NÚMERO DE VAGASduas turmas de 25 participantes

f) CARGA HORÁRIA- habilidades básicas: 30 h- habilidades específicas: 40 h- habilidades de gestão: 30 h

g) REALIZAÇÃOde 19/10 a 24/11/1999

h) PARCERIAS- Comunidade Menino Deus;- Francisco Alves Construtores Ltda.;- Núcleo da Habitação Popular

Renascer das Mil Maravilhas;- Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial � SENAI /Tatuapé;

- Sindicato dos Trabalhadores noramo da Construção Civil,Montagens, Instalações e Afins deSão Paulo.

 

MÓDULO II - REVESTIDOR DE PAREDES 49

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

CONTINUANDO A TRAJETÓRIA . . .

Conforme explicitado na justificativa

desta sistematização, a organização deum experimento voltado para aformação do pedreiro pleno exige ocumprimento de um mapa decompetências que �equipem� o futuroprofissional com novos conhecimentosque permitam a ele movimentar-se comdesenvoltura em qualquer situação quese apresente no mundo do trabalho.

Está implícito, na formação de umoperário da construção civil, que omuro ou parede �levantados� deverãoter um acabamento, isto é, a superfícieconstruída deverá ser revestida, nãosomente por estética, masprincipalmente para conservação e

durabilidade da obra.

Assim, pela lógica, o módulo seqüencialdesenvolvido na Formação do PedreiroPleno foi oRevestidor de Paredes.

Com as turmas de concluintes doMódulo I � Assentador de Blocos eTijolos e dos selecionados dentre osinscritos para o novo módulo, a aulainaugural não prescindiu daapresentação do Centro Público de VilaFormosa e dos objetivos que nortearamsua criação. Constou ainda da

apresentação dos monitores dasHabilidades Básicas, Específicas e deGestão e de informações sobre horáriodas atividades, sendo frisado na ocasiãoque a freqüência era importante para aobtenção do certificado final.

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS52

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS 53

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Habilidades

Básicas

CONSTRUÇÃO

�Amou daquela vez como se fosse a última

Beijou sua mulher como se fosse a últimaE cada filho seu como se fosse a último E atravessou a rua com seu passo tímido 

Subiu a construção como se fosse máquinaErgueu no patamar quatro paredes sólidas 

Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse músicaE tropeçou no céu como se fosse um bêbado 

E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido 

Agonizou no meio do passeio público 

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego� 5

5 Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971

 

HABILIDADES BÁSICAS52

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

OBJETIVOS§ Reconhecer a importância da

comunicação nas relações

interpessoais e no ambiente detrabalho;§ Desenvolver a capacidade de

comunicação em diferenteslinguagens;

§ Desenvolver a capacidade de realizarestimativas e cálculos aproximados eutilizá-los na verificação de resultados

de operações matemáticas;§ Pensar de forma criativa, raciocinar,

tomar decisões, resolver situações-problema, aprender a aprender;

§ Tomar contato com plantas baixas eaprender a interpretá-las;

§ Conhecer e utilizar adequadamente asunidades de tempo,

distância, líqüidos emedidas de peso;§ Conhecer e utilizar ocomputador como

ferramenta de trabalho.

CONTEÚDOS§ O processo da comunicação: ler, falar,

ouvir e escrever;§ Os fatores facilitadores e

dificultadores da comunicação;

§ As linguagens não-verbais;§ O desenvolvimento do raciocínio

lógico;

§ A utilização das quatro operaçõesbásicas da matemática. A solução desituações-problema;

§ Unidades de medidas;§ O entendimento de plantas baixas;§ Noções básicas de informática.

Os conteúdos e objetivos obedecem aos

eixos temáticos propostos para aformação do Pedreiro Pleno, daí a razãode eles repetirem. O tratamento didáticoe as atividades propostas foramplanejadas de maneira a garantir acontinuidade e aprofundamento do quejá foi aprendido, levando-se em conta asdificuldades que foram observadas no

desenvolvimento do módulo anterior, ouseja: Assentador de Blocos e Tijolos.

A expectativa é que os participantestivessem um desempenho cada vez maisautônomo em relação aos conteúdos queforam trabalhados nessa ocasião. Porém,a condução das atividades procurou nãoprejudicar os aprendizes que optaram

por este módulo, mesmo sem teremfreqüentado o anterior.

 

HABILIDADES BÁSICAS 53

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

TÉCNICAS DIDÁTICAS

Diversas técnicas didáticas foram

vivenciadas em Habilidades Básicas,partindo da apresentação do grupo.Num primeiro encontro, a fim deaquecer o grupo, o monitor escreveu noflip-chart algumas perguntas, às quaiscada participante deveria responder:- O que gosto de fazer e faço?- O que gosto de fazer e não faço?

- O que não gosto de fazer e não faço?- O que não gosto de fazer e faço?

Essa técnica permitiu que osparticipantes, além de se conhecerem,dessem boas risadas �quebrando�,assim, o �gelo� inicial.

Na seqüência desse quebra gelo, outra

técnica foi utilizada:

A mímica � os participantes foramdivididos em dois grupos; cada grupoescolheu títulos de quatro filmes quedeveriam ser adivinhados pelo grupooposto através da mímica. Venceu ogrupo que conseguiu acertar o maior

número dos títulos.

Os conteúdos foram sendodesenvolvidos dentro da metodologiaproposta no �Aprender A Aprender�

com atividades motivadoras e com osparticipantes, na maioria das vezes,reunidos em grupos (cujos componentesse revezavam) discutindo situações-problema, num processo interativomonitor-aprendiz, aprendiz-aprendiz,adaptado ao ritmo de aprendizagem decada um.

O núcleo aglutinador dos conteúdos deHabilidades Básicas continuou sendo acriação de um�Jornal da Construção�(Anexo 04).

Para isso, foram trabalhados diversostextos como notícias de jornais erevistas, poemas, manuais de instrução,receitas, propagandas variadas, relatosde experiências, anúncios de ofertas deempregos.

Todas essas possibilidades deramorigem a novas oportunidades de leiturasilenciosa e oral, análise, comparação,troca de experiências, discussões emgrupo; portanto, construção e

ampliação de conhecimentos.

 

HABILIDADES BÁSICAS54

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Os participantes discutiram a funçãodos jornais, como são organizados, deque temas tratam. Aprenderam a

identificar e ler manchetes, títulos enotícias de diferentes jornais.Elaboraram resumo das notícias ecriaram novas a partir deacontecimentos locais.

Todas essas propostas culminaram como grupo interessadíssimo diante docomputador, criando e �editando� o

 Jornal da Construção.

Em matemática, os participantes foramestimulados a resolver problemas queenvolviam porcentagem, cálculo,medidas, volumes a partir de situaçõesconcretas da construção civil, sugeridaspelo monitor de HabilidadesEspecíficas, numa ágil integração dasáreas.

Dessa forma, os problemas propostosforam formulados retratando situaçõespráticas que permitiram vários níveis de

investigação e possibilidades desolução, e também, o uso dacalculadora em determinadosmomentos.

Levou-se sempre em consideração queo trabalho formativo, em qualquercampo, com pessoas adultas, deve terum sentido dinâmico, superando a

concepção estática que durante muitotempo se atribuiu a esta etapa da vida.

 

HABILIDADES DE GESTÃO 57

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Habilidades

Específicas

�Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a únicaE cada filho seu como se fosse o pródigo 

E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido 

Ergueu o patamar quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico 

Seus olhos embotados de cimento e tráfego Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo 

Bebeu e soluçou como se fosse máquinaDançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música

E flutuou no ar como se fosse sábado E se acabou no chão feito um pacote tímido 

Agonizou no meio do passeio náufrago Morreu na contramão atrapalhando o público�  6

6 Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS56

OBJETIVO P d i l fi

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

OBJETIVOOferecer aos aprendizes osprocedimentos corretos para o

revestimento de paredes.CONTEÚDO§ Técnicas de revestimento de paredes:

- Chapisco: é a primeira camada deargamassa aplicada sobre aalvenaria. Ela tem a função deproporcionar uma superfície rugosa

(rústica) com objetivo de dar maioraderência entre o bloco e o emboço.

- Emboço (massa grossa): Esta etapaconsiste em proporcionar umaproteção à alvenaria, visando:

• proteger contra choquesmecânicos;

• impermeabilizar;

• dar resistência às intempéries;• preparar a superfície para outros

revestimentos.- Reboco (massa fina): Argamassa que

se aplica a uma parede depois deesta emboçada para lheproporcionar uma superfície lisa euniforme apta a receber pintura ou

outro material de revestimento.

Pode ser simples como a massa finaaplicada na área interna diretamentesobre o emboço, bastando seguir as

recomendações do fabricantequanto ao preparo. A massa fina,por sua vez, proporciona umaacabamento aveludado, atendendoaos padrões populares.

- Talisca: Ripa de madeira colada àparede para nela alinhar e aprumara massa na parede.

TÉCNICAS DIDÁTICASAs estratégias didáticas constituíram-senas próprias atividades práticasnecessárias para o exercício daprofissão. As Habilidades Específicasforam realizadas alternando asatividades entre os locais paradiscussões teóricas e o canteiro de

obras.

No Módulo I do itinerário formativo dopedreiro pleno, os aprendizeslevantaram as paredes de um galpão; jáno Módulo II, os participantesrevestiram as mesmas paredeslevantadas pelos colegas no canteiro de

obras, cedido pela construtora parceira.(Anexo 3)

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS 57

Devidamente protegidos com os 1) chapiscar a parede do piso até a

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Devidamente protegidos com osequipamentos de segurança individual,botas, luvas, capacete e óculos, os

aprendizes passaram a preparar aargamassa. Isto foi feito em masseiralimpa com suas laterais fechadas,evitando o escoamento da água depreparo, uma vez que o escoamentocarrega partes dos materiais,comprometendo o traço, proporção emque os materiais (areia, cal, cimentoetc.) entram na composição.

As argamassas compradas prontasdevem ser preparadas de acordo com asinformações do fabricante contidas naembalagem.

A seguir, iniciaram a primeira técnica deum revestidor de paredes: chapiscarusando a colher. Durante a atividade, omonitor explicava que para realizaraquela operação era necessárioprimeiramente molhar a parede não sópara retirar a poeira, como para evitar aabsorção da água da argamassa.Apresentando a colher de pedreiro ,demonstrou como manejar a ferramentapara que a argamassa não caísse.

O exercício foi repetido por todos osaprendizes, enquanto o monitor davaorientações complementares:

1) chapiscar a parede do piso até acintura do operador;

2) colocar o caixote à direita do

operador;3) a distância para lançar a argamassa é

aproximadamente 25 cm;4) levantar a colher para evitar que a

ferramenta bata na parede;5) aplicar a argamassa de maneira que

fique bem espalhada.

Depois, os aprendizes aprenderam ausar a desempenadeira para chapiscaras partes mais altas das parede e teto,sempre seguindo as orientações precisasdo monitor:

1) pegar a desempenhadeira com aparte plana para cima e enchê-lacom maior quantidade de argamassa

possível, sem derramá-la, segurandoa ferramenta com uma das mãos;2) pegar a argamassa com a

outra mão e, com a colher,lançá-la na parede;

3) para chapiscar o teto, olançamento é feito sempre àesquerda.

Enquanto os aprendizesassimilavam as técnicas, omonitor estimulava-os a

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS58

ã d di t i l ã � E assim ainda integrando-se às

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

não desperdiçar material, a não �sesujarem� muito, lembrando que umoperário asseado, cuidadoso e

econômico sempre tem mais chance deingresso e permanência no emprego.

Para aprender a trabalhar o emboço queé utilizado para revestir paredes, tetos ecolunas, os participantes tiveram queassimilar a técnica de taliscar queconsiste em colocar taliscas comopontos de referências que estabeleçam

o correto alinhamento e a verticalidade(prumo) da superfície que serárevestida.

Para que os aprendizes assimilassem atécnica de taliscar, o monitor precisouusar todo o seu �engenho e arte�, pois oconteúdo exige conhecimentos de

manejo do prumo, do cálculo da áreade superfície (sistema métrico) e do usoda trena.

E, assim, ainda integrando-se àshabilidades básicas e específicas, osparticipantes aprenderam a colocar as

taliscas intermediárias, superiores einferiores, estabelecer as mestras , asarrafear a faixa mestra, a utilizar arégua e dar plasticidade à argamassa;enfim, fazer o trabalho que apenas umpedreiro experiente executa em umaconstrução.

Outra operação realizada com

freqüência pelo pedreiro (ou estucador),quando precisa revestir paredes ou teto,é a chamadaencher panos . Consiste emapanhar, com a colher de pedreiro, aargamassa do broquel e jogá-la sobre asuperfície chapiscada, entre as mestrasda parede ou do teto, em camadassucessivas, até atingir o pau das mestras,sarrafeando a seguir, com a régua

apoiada nas mestras, em movimentos devaivém.

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS 59

Além dessas práticas o monitor É importante ressaltar que sem a

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Além dessas práticas, o monitororientou sobre outras técnicas, taiscomoaplicar e desempenar argamassa 

e alisar com desempenadeira de feltro ou esponja � atividades que exigiram ouso constante das luvas de borrachapara evitar que a argamassa danificasseas mãos dos aplicadores.

Algumas dicas, para um bomrevestimento, foram levantadas:- umedecer a parede com o auxílio de

uma brocha para evitar a perda deágua da argamassa;- é interessante que haja pequenas

depressões no assentamento dostijolos para uma boa retenção daargamassa;

- o revestimento �fresco� deve serprotegido da chuva nas paredesexternas;

- depois da superfície seca aplicar naparede o revestimento decorativo;

- deve-se manter a espessura constanteque no conjunto não deve ultrapassardois centímetros.

É importante ressaltar que sem avivência no canteiro de obras, aformação do pedreiro pleno seria

impraticável. Este é um experimentoatrelado ao aprender a fazer, fazendo;aprender com a possibilidade imediatade avaliação, e nesse sentido, as trêsHabilidades fundem-se paraproporcionar ao aprendiz o que,verdadeiramente, pode-se chamar dequalificação profissional.

 

60 HABILIDADES ESPECÍFICAS

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61HABILIDADES ESPECÍFICAS

 

Habilidades�Amou daquela vez como se fosse máquina

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Habilidades

de Gestão

q qBeijou sua mulher como se fosse lógico 

Ergueu o patamar quatro paredes flácidas 

Sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe 

E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contramão atrapalhando o sábado� 7 

7 Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971

 

HABILIDADES DE GESTÃO62

TÉCNICAS DIDÁTICASOBJETIVO

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Os conteúdos relativos às Habilidadesde Gestão, como os demais, foram

desenvolvidos através de umametodologia interativa, com dinâmicasde grupo especialmente selecionadas,visando despertar a percepção daimportância do outro nas relações detrabalho e sedimentar atitudes derespeito e ajuda mútua que viabilizam otrabalho em equipe, aspectofundamental na vida produtiva

atualmente. Alguns exemplos dedinâmicas utilizadas: �Escravos de Jó�,�Papéis Complementares�, �Círculos deDebates�, �Painéis Conclusivos�,�Recorte e Colagem� etc.

Atitudes de acordo com a dignidade dapessoa e o estabelecimento decompromissos de responsabilidadefrente a si mesmo, à comunidade e aomeio ambiente foram objetos deanálise, discussão e vivênciassimuladas. Nessas práticas foramutilizados textos, estudos de casos,situações-problema.

Criar condições para que o aprendizdesenvolva habilidades que lhe

permitam dirigir sua vida profissional,quer gerenciando seu próprio negócioou participando de uma empresa.

CONTEÚDOS§ A importância da apresentação

pessoal;§ O trabalho autônomo, o

associativismo, a prestação deserviços e o cooperativismo;

§ Como apresentar-se através docurrículo;

§ Como elaborar um orçamento;§ O trabalho em equipe;§ A ética e a cidadania;§ A saúde e a segurança no trabalho.

 

63HABILIDADES DE GESTÃO

Continuou-se ressaltando sempre que O outro conteúdo tratado versou sobre

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

embora o trabalhador da construçãocivil lide com cimento, cal, tinta etc.isso não significa que ele não possa seapresentar de forma mais adequada,mais agradável, cuidando do seu visual;uma roupa limpa, o cheiro de sabonete,os cabelos bem penteados queconstituem um bom �cartão deapresentação�.

Em relação ao saber conviver,

principalmente quando o operáriomorar no alojamento da obra, algumasregras devem ser respeitadas, tais como:§ guardar as roupas no armário, nunca

pendurar na fiação elétrica;§ não guardar roupas e sapatos

molhados no armário;§ não perturbar o descanso dos

companheiros;§ não fumar no alojamento, pois, além

de poluir o ambiente, pode causarincêndio;

§ não comer nos vestiários;§ respeitar os colegas de trabalho;§ não usar álcool, drogas ou qualquer

tipo de entorpecentes;§ não levar nenhum tipo de arma para a

obra.

o trabalho autônomo, que é muitocomum em profissões como a depedreiro. O monitor conduziuatividades que reiteraram o fato de quea apresentação pessoal conta muito nosprimeiros contatos com os possíveisclientes. Também foram trabalhadasquestões em relação à administração doseu próprio negócio, quanto:§ ao orçamento e§ aos tipos de clientes

Exercícios práticos foram realizadossobre o preço da mão-de-obra e domaterial de construção (que pode seradquirido pelo cliente) semprecompatíveis com os preços do mercado.Outra questão discutida foi o registrocomo autônomo e o pagamento mensal,

mediante carnê, à Previdência Socialque garante benefícios ao trabalhador,inclusive a aposentadoria.

Ainda sobre formas de trabalho, omonitor propôs atividade com o grupo arespeito docooperativismo quecomeçou como uma doutrina, ummovimento que considera as

cooperativas como forma ideal deorganização.

 

Diante do interesse do grupo, o monitord d fli h di l

HABILIDADES DE GESTÃO64

O assunto, como já foi citado,d i d i i

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usando o recurso do flip-chart , dialogousobre os princípios do cooperativismo,explicando o significado de cada umdeles.

Princípios doutrinários docooperativismo;

1º Adesão livre e voluntária;

2º Controle democrático pelos sócios;

3º Participação econômica dos sócios;

4º Autonomia e independência;

5º Educação, treinamento e informação;

6º Cooperação entre cooperativas;

7º Preocupação com a comunidade.

despertou o interesse dos participantesque enxergaram, no cooperativismo,uma alternativa de trabalho. Motivadospelo monitor, �criaram� umaCooperativa de Revestidores de Parede�virtual�, como avaliação final daatividade, embasada em informações deinstrumentos legais.

Com os aprendizes reunidos em grupospara �criarem� a sua cooperativa, o

monitor desenvolveu a última atividadeproposta para o experimento: aorganização de um trabalho conjuntoque discutiu a formação de equipes,administração do tempo e as relaçõeshumanas.

  

Formação

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Formação

do Pedreiro

Pleno

Módulo III Assentador

de Placas

Cerâmicas

 

MÓDULO III - ASSENTADOR DE PLACAS CERÂMICAS66

Mais um degrau . . . pedagógica cotidiana do experimento,criando a partir daí novos

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Ao iniciar a sistematização destemódulo naFormação do PedreiroPleno, fazem-se necessárias algumasconsiderações.

Por se tratar de experiência inovadoraem Educação Profissional, ametodologia adotada, a organização dosconteúdos e a própria avaliação doexperimento de formação profissional

não se constituem numa programaçãoestática, pronta. Ao contrário, por serempropostas experimentais estão sujeitastanto ao sucesso como aos equívocos,aos acertos como às incorreções.

Privilegiou-se, de início, um encontrocom os monitores, com a finalidade dediscutir a filosofia do Programa

�Aprendendo A Aprender� , apopulação à qual o Programa sedestina, a metodologia como fatorfacilitador da aprendizagem e aintersecção das Habilidades Básicas,Específicas e de Gestão, que deveriampermear os conteúdos a seremestudados.

Assim, os monitores das trêsHabilidades passaram a se reunirsemanalmente para discutir a prática

criando, a partir daí, novosprocedimentos e instrumentos de auto-avaliação, de avaliação de reação dosaprendizes e de reflexão da própriaprática pedagógica.

Quem ganhou com isso?§ Os aprendizes � que receberam

melhor qualificação para aempregabilidade e para vida;

§ Os monitores� que aperfeiçoaram a

prática educativa e sentiram aconseqüente satisfação pessoal porum trabalho de qualidade;

§ O próprio Programa �Aprendendo AAprender�  que aos poucos incorporaexperiências inovadoras no campo daformação profissional e na busca deum novo desenho para a educação

profissional no Estado de São Paulo.

A sessão inaugural do experimentoinovou quando, após as informações depraxe, o monitor de Habilidades Básicasconvidou os participantes para assistirao filme �Formiguinhaz�, que trata doinconformismo em relação ao �status quo � e da vontade inerente do serhumano de construir seu própriodestino nas diversas escolhas que a vidalhe oferece e, que, tão somente pela

 

67MÓDULO III - ASSENTADOR DE PLACAS CERÂMICAS

liberdade de exercer sua vontade,modifica não apenas sua atuação na

d) REALIZAÇÃOd 17/07 02/09/2000

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

modifica não apenas sua atuação nasociedade como a própria sociedade.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver atividades em construçãocivil que ofereçam complementação deaprendizado no recobrimento de umadeterminada área utilizando-se de placascerâmicas e realizando o trabalhosempre de forma crítica e cidadã.

a) PÚBLICO ALVO- Moradores da Zona Leste da cidade

de São Paulo;- Ambos os sexos;- Acima dos 18 anos;- Escolaridade: nível fundamental- Preferencialmente desempregados

(com maior número de dependentes)

b) NÚMERO DE VAGASduas turmas de 15 participantes

c) CARGA HORÁRIA- Habilidades Básicas: 30 h- Habilidades Específicas: 40 h

- Habilidades de Gestão: 30 h

de 17/07 a 02/09/2000de 11/09/ a 25/10/2000

e) PARCERIASAssociação de Mulheres do JardimColoradoArgamassa Quartzolit LtdaServiço Nacional de AprendizagemIndustrial-SENAI/TatuapéComunidade Menino Deus

 

O ALGO MAIS: ACREDITAR NO NOVO CONHECENDO O ANTIGO68

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 

O ALGO MAIS: ACREDITAR NO NOVO CONHECENDO O ANTIGO 69

 

Habilidades�Pedro pedreiro, penseiro Esperando o trem

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

BásicasEsperando o trem 

Manhã, parece, carece 

De esperar também Para o bem 

De quem não tem vintém Pedro pedreiro fica assim pensando 

Assim pensando, o tempo passaE a gente vai ficando prá trás 

Esperando, esperando, esperando......� 8

8 Holanda, Chico Buarque de. Pedro,Pedreiro. Editora de Música Brasileira Moderna, 1996

 

HABILIDADES BÁSICAS70

OBJETIVO

Desenvolver a comunicação e o

TÉCNICAS DIDÁTICAS

Por contar com alguns participantes dos

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Desenvolver a comunicação e oraciocínio lógico como bases para um

aperfeiçoamento profissional, através darecuperação de experiências de vida.

CONTEÚDO

Comunicação:

- Interpretação e produção de textos:narrativos, informativos, prescritivos,literários e jornalísticos;

- A comunicação no contexto grupal.Funções das pessoas. Fatoresfacilitadores e dificultadores dacomunicação em grupo.

- Produção de material para o �Jornalda Construção�,utilizando diferenteslinguagens.

Matemática:- As figuras geométricas no contexto da

construção

- Unidades de medidas;

- Resolução desituações-problemaenvolvendo

cálculos de áreas,volumes e sistemade medidas.

Por contar com alguns participantes dosmódulos anteriores, foram introduzidas

novas dinâmicas de grupo com afinalidade de promover maiorconhecimento entre os participantes edesenvolver a memória, atenção epensamento. Assim, o monitorimprovisou, com uma toalha de bandejade uma conhecida rede de lanchonetes,o jogo da Batata-Quente.A toalha de papel continha desenhosdivertidos, acompanhados por textosque apontavam as �pequenas coisas que podem melhorar a vida de todo mundo �. Ao som de uma música rápidae animada, a toalha passava pelas mãosdos participantes, reunidos em círculo,e, cada vez que a música parava, aqueleque estava com a �batata-quente�

(toalha) na mão, teria que ler, (semrepetir o que o companheiro já tinhalido), um gesto de cidadania que não custa nada... como por exemplo:- dizer por favor e obrigado; 

- reclamar menos e fazer mais, seja paraa cidade, seja para você; 

- dar e pedir carona a um amigo; 

- não telefonar para as pessoas depois das onze da noite; 

 

71HABILIDADES BÁSICAS

- respeitar as pessoas independentemente da classe social; 

Outra técnica procurou trabalhar acomposição e decomposição de textos.

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

- evitar o desperdício de água e eletricidade 

.Com a dinâmica do Nó�do�Cordão , omonitor demonstrou que as dificuldadesda vida podem ser vencidas assim comoé possível dar nó num cordão, usandosomente uma das mãos. Mas compaciência e determinação, todos podematingir seus objetivos. E, assim, cada

conteúdo foi precedido de dinâmicas,tais como a �Fila dos Aniversariantes�, a�Mímica dos Bichos�, o �DescobrindoVocê e outras�.

As atividades de Habilidades Básicas, emcomunicação, iniciaram-se com a leiturada letra da canção de Chico Buarque deHolanda, Pedro Pedreiro. O poemamostra a desesperança de Pedro emcontraponto com a vontade de mudançado personagem de �Formiguinhaz�.O monitor levou os participantes acomparar as duas histórias, a de �Pedro�e a de �Z�, em suas semelhanças ediferenças e propôs que dessem um finalà história de Pedro.

O monitor distribuiu para os grupos otexto �João Gostoso�, de ManuelBandeira, totalmente decomposto, comas palavras recortadas.

A partir desse material, os aprendizesremontaram o texto, chegando aapresentar composições a exemplo doque se reproduz:

João morava no morro da noBabilônia

barracão sem número era carregador feira-livrede

Uma noite vinte de novembro chegouele num

bar bebeu Cantou e Dançou gostoso

depois atirou se na Lagoa Rodrigo de

Freitas e morreu afogado

 

72

Buscando a interação entre odesenvolvimento de habilidades básicas

HABILIDADES BÁSICAS

significativos, �montassem� o seuportfolio . Leitura e escrita, capacidade

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

e de gestão, os aprendizes foramintroduzidos na técnica de elaboraçãodo portfolio, como forma de refletirsobre as competências que adquiriramdurante a vida. Num primeiromomento, o monitor distribuiu revistas,jornais e cartolina para que osaprendizes, a partir de recortes

de seleção e organização fizeram parteda aprendizagem.

No final da atividade, os portfolios foram afixados em mural na sala deaula, conforme os exemplos abaixo,compilados dos aprendizes;

Figuras de: Lembram atividades:

um soldado ð serviu o exército

uma máquina de lavar e ferro de passar ð trabalhou numa lavanderia

um armário ð foi montador de móveis

um caminhão ð trabalhou como caminhoneiro

roupas de cama ð trabalhou com confecção de lençóis

mesa posta c/ motivos de natal ð fez montagens de mesas para festas

máquinas de costura e carretéis ð foi costureira

roupas numa loja ð trabalhou no comércio

 

73

Através do mural produzido, osparticipantes entenderam que tinham

hi ó i fi i l Ti

HABILIDADES BÁSICAS

habilidades que sequer imaginavamcomo: planejamento, organização,

ili d d

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

uma história profissional . Tiveram aoportunidade de identificar, reconhecer,analisar e avaliar seus conhecimentos,habilidades e competências adquiridasao longo de sua vida.

Continuando, o monitor solicitou atodos que trouxessem de casa registrosde fatos que marcaram suas vidas.

Atendido, o monitor distribuiu umapasta a cada aprendiz e solicitou queorganizassem por ordem cronológica,cada documento importante.

- certidão de nascimento;- carteira de vacinação;- certificados escolares;- certidão de casamento;

- carteira de trabalho etc.

Fizeram, então, o registro cronológicodos fatos de sua vida.

A partir dessa técnica, os aprendizespuderam construir o seu  portfolio aomesmo tempo em que realizaram

exercícios de autoconhecimento, o quelhes possibilitou o resgate da auto-estima ao perceberem que possuem

utilização de espaços, de compra evenda etc. muitas delas tambémencontradas no cotidiano das empresas.

Perceberam em que situações são maiscompetentes e outras em que se sentiamainda não competentes, mas que, comdedicação, poderiam suprir suas falhas.

Alguns �acordaram� para a busca de um

curso, de ganhos em escolaridade, demelhoria das aptidões que já possuemetc.

Entenderam ser também o portfolio umprimeiro passo para terem reconhecidassuas competências de vida...

O passo seguinte deu-se com a

elaboração, por parte de cada um, doseu currículo.

Outro conteúdo desenvolvido foi aleitura, interpretação e criação de textosinformativos como manuais deinstrução, receitas de argamassa, fichasde produtos de um fabricante deargamassa encontradas na revista de

divulgação deste mesmo fabricante, eoutros. Associaram-se então habilidadesbásicas às específicas.

 

74

Os Cadernos �Construção� de váriosjornais de São Paulo foram de grandetilid d ã d d

HABILIDADES BÁSICAS

O grupo comprou 20 m2 de pisocerâmico e um galão de cada um dos

t d t T t l R$ 200 00

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

utilidade para comparação de preços domaterial de construção entre as várias

ofertas das casas especializadas.

Para trabalhar a aquisição de materialde construção, foi pedido aosparticipantes em grupos, para que,baseados nessas fontes, verificassem omáximo de material que poderiamcomprar com R$ 200,00. Assim,

puderam comparar diferentes preços depisos cerâmicos, massa corrida, tintaspara revestimento e tinta esmalte. Cadagrupo �fez suas compras� com a ajudada calculadora. Em seguida, osresultados foram escritos na lousa, pelorepresentante de cada grupo.

Diferença de preços encontrados:

Exemplo:Piso cerâmico: R$ 6,90 m² e R$ 15,00 m2

Massa corrida (galão): R$ 35,00 e R$ 26,90

Tinta para Revestimento (galão): R$ 20,00 e R$ 14,90

Tinta Esmalte (galão): R$ 25,00 e R$ 20,20

outros produtos. Total: R$ 200,00.

Nessa atividade, aprenderam a lidarcom adição, multiplicação e subtraçãoe também a economizar.

Nas atividades de medição, os alunosusaram como recurso a calculadora, atrena e a fita métrica.

Depois de medirem as carteiras, a mesada sala, os aprendizes foram instruídos amedir os lados da sala de aula.Foi então trabalhada a noção deperímetro , como a soma dos lados deuma figura.

Fixado o perímetro, o monitor distribuiudiversas figuras geométricas e depois de

explicar o que é superfície , mostroucomo se �descobre� a área de umquadrado e de um retângulo,demonstrando que a maioria dosespaços que receberão as placascerâmicas terão esses formatos:

2m

2m

2m 2m

3m

2m 2m

Área do

Quadrado2m x 2m =4m2

3m

Área do

Retângulo3m x 2m =6m2

 

75HABILIDADES BÁSICAS

Como atividade motivadora para atécnica de cobrir áreas irregulares foiusado o �jogo de Tangram� isto é um

Depois de utilizar, com os participantes,caixas de sapato para calcular ovolume o monitor relacionou as com

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

usado o jogo de Tangram , isto é, umjogo de origem chinesa que consiste em

juntar 7 peças de formas diferentes atéque se consiga montar um quadrado.

Também o �Material Dourado� foiutilizado para o reconhecimento defiguras planas como o quadrado, oretângulo, o triângulo familiarizando oaprendiz com as formas das áreas a

serem trabalhadas.Até o final do experimento, osaprendizes aprenderam a calcularquantos metros quadrados de placascerâmicas precisam para azulejar umasuperfície e, conforme a conclusão deum participante: �a calculadora é amelhor invenção, desde a televisão; e....

custa tão barato �

As últimas atividades realizadas foramas medidas de capacidade, nas quais a�melhor invenção� também seconstituiu em um recurso da maiorimportância.

volume, o monitor relacionou-as comcaixas d�água em que é preciso calcular

quantos litros cabem num reservatório.Para tanto, instruiu os aprendizes(reunidos em grupos) a fazer, emcartolina uma caixinha de 1decímetro(1dm = 10 centímetros) de aresta:

Depois da caixinha pronta, distribuiuentão um litro cheio de água para quecada grupo enchesse sua caixinha. Ante�o espanto de todos�, o líqüido coubetodo no �recipiente�, sem sobrar umagota sequer.

Conclusão: 1dm3

= 1 litro

 

76 HABILIDADES BÁSICAS

É importante registrar que por diversasvezes, o computador foi utilizadodurante as atividades realizadas no

A avaliação das atividades emHabilidades Básicas foram constantes:individualmente através da análise pelo

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

durante as atividades realizadas nodecorrer do experimento.

O �medo� inicial das máquinas foisubstituído pela grande alegriademonstrada por todos ao participaremdos avanços da tecnologia. Com umvacilante �teclar�, os participantesdigitaram pequenos textos econfeccionaram seus próprios cartões

de visitas.

individualmente, através da análise peloparticipante do seu portfolio profissional

(pasta contendo as atividades realizadasdiariamente); em grupo, por meio deapreciações dos colegas e pelo monitor,acompanhando os trabalhos de cadaum dos grupos.

  

Habilidades

E ífi

�Um desespero de esperar demais Pedro pedreiro quer voltar atrás 

Q d i b d i

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

EspecíficasQuer ser pedreiro, pobre e nada mais 

Sem ficar Esperando, esperando, esperando....� 9

9 Holanda, Chico Buarque de. Pedro, Pedreiro, 1971

 

78 HABILIDADES ESPECÍFICAS

OBJETIVO

Oferecer aos aprendizes condições deid tifi tili t t

§ A utilização correta das ferramentas;§ O desperdício de material e a

qualidade do trabalho

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

identificar e utilizar corretamente

ferramentas, equipamentos e o materialde construção necessários à perfeitaaplicação de placas cerâmicas.

CONTEÚDO§ Classificação e características das

placas cerâmicas para revestimento;§ Juntas de assentamento ou juntas de

colocação;§ Roteiro para assentamento de placas

cerâmicas;§ O processo recomendado

para assentamento de pisose revestimento de paredescom placas cerâmicas;§ Os processos

convencionais pararevestimento de paredes eassentamento de pisos

qualidade do trabalho.

TÉCNICAS DIDÁTICASAs técnicas didáticas privilegiaram aspróprias atividades práticas realizadas nocanteiro de obras, cedido pelaAssociação de Mulheres do JardimColorado, e que se constituiu em umacozinha, na sede social, e uma sala deaula que estavam apenas no contrapiso e

com as paredes rebocadas. A primeiraturma aplicou as placas cerâmicas nacozinha e a segunda turma revestiu asparedes e o piso da sala de aula.

Na realidade, a vivência no canteiro deobras possibilitou a integração dashabilidades básicas e de gestãoadquiridas pelos aprendizes, porque o

monitor, durante as atividades emhabilidades específicas, estimulou osparticipantes por exemplo a calcular aárea do piso e das paredes onde seriamaplicadas as placas cerâmicas, a viver oespírito de equipe e assegurou o usopermanente dos equipamentos desegurança.

Outro momento de entrosamento entreHabilidades Básicas e Específicas foiquando os aprendizes recortaram, em

 

79HABILIDADES ESPECÍFICAS

cartolina, superfícies irregulares etiveram que calcular essas áreas,recobrindo-as com simulações de

melhores condições de aprendizado, pormeio de uma assistência quase individuala cada participante do experimento.

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

çazulejos (papéis coloridos, recortados).

10 Guia de Assentamento de RevestimentoCerâmico - Especificador. Anfacer.

Esse trabalho, realizado em grupos nosencontros de Habilidades Básicas, foiretomado pelo monitor de HabilidadesEspecíficas, orientando-os quanto àestética dos recortes e assentamento dos

azulejos, a fim de que o trabalho finalresultasse num visual agradável etambém evitasse o desperdício dematerial com recortes das placascerâmicas de modo adequado.

O espaço a ser trabalhado não eramuito grande; portanto, neste módulooptou-se pela constituição de duas

turmas com 15 aprendizes em cadauma. Isso possibilitou oferecer-lhes

p p p

O monitor teve o cuidado de antes defalar detalhadamente nas técnicasespecíficas, discutir com os aprendizes, oque eles entendiam por �revestimentocerâmico� e algumas práticas quepossuíam em trabalhos realizados.

Concluíram, então, que �revestimentocerâmico, em construção civil, é o

recobrimento de uma determinada área,utilizando-se placas cerâmicascorretamente especificadas comrejuntamento e argamassa colanteadequados.� 10

Insistindo no uso dos equipamentosindividuais de segurança, botas, luvas,capacetes e óculos, o monitor iniciou o

experimento instruindo os participantessobre o picote do piso e paredes.

Nessa atividade, o uso dos óculos deproteção é imprescindível porquepedaços de cimento podem saltar e feriros olhos de quem maneja osinstrumentos.

 

80

- caixote- rejunte- metro

HABILIDADES ESPECÍFICAS

O segundo passo para o assentador deplacas cerâmicas é quebrar o piso parapoder regularizá-lo, isto é, acertar o

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

- esquadro- espátula de plástico (p/ rejunte)- placas cerâmicas- serra de mármore

O monitor chamou também a atençãopara alguns detalhes que fazem adiferença no assentamento de placas:

- quando o cliente escolhe o piso ouazulejo no comércio, ele �compra�também o desenho que asplacas formam.

nível para receber as placas. Para tanto,

o monitor ensinou a estabelecer o nívelcorreto com a mangueira de plástico.

Depois de quebrarem o contrapiso, osaprendizes varreram o espaço eguardaram o entulho em sacosplásticos. É importante aprender adeixar a obra sempre limpa.

Durante as atividades, o monitor iaensinando aos aprendizes os nomes dasferramentas e como utilizá-lascorretamente.

Rol de ferramentas e materiaisutilizados no assentamento deplacas cerâmicas:

- desempenadeira de aço dentada- colher de pedreiro- martelo de borracha- brocha- prumo- mangueira- linha- espaçador

- pregos de aço- vassoura de piaçaba- cimento � cola

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS 81

Na hora da colocação, o assentadordeve aplicá-las, prestando atenção nodesenho. É importante ser criativo e,

e, em seguida, o assentamento dasplacas. Depois das placas terem sidoassentadas, o ambiente deve

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

em caso de dúvida, conversar com o

dono da obra ou o seu supervisor,para que ele diga como (desenho) asplacas devem ser colocadas.

- Procurar não desperdiçar material. Àsvezes o cliente aproveita uma oferta ecompra a metragem quase exata dopiso ou azulejo. Na hora de cortar asplacas, o assentador quebra ou corta

errado as peças, e, ao final, faltamplacas. O cliente volta à loja e recebea informação que aquela partida /loteterminou. E aí? Como explicar a�montanha� de materialdesperdiçado?

- Manter não apenas a obra limpa, maso próprio corpo também. Umassentador com boa aparência ésempre bem recebido no trabalho;

- Se for trabalhar como contratado, afirma disponibiliza o ferramental quedeve ser guardado limpo e no devidolugar. Caso trabalhe por conta própria,o assentador deve adquirir suasferramentas e arrumar uma maletapara guardá-las e mantê-las sempre

longe de crianças.Na continuidade das atividades, foitrabalhada a aplicação do cimento�cola

permanecer fechado. As placas podem

quebrar ou ficar desniveladas se forempisadas antes que o cimento segue, oque acontece em mais ou menos dozehoras, se o tempo estiver quente.Depois de seco, o piso recebe rejunte(branco ou colorido) que dá oacabamento final. Para azulejarparedes, os procedimentos são os

mesmos, tomando sempre muitocuidado com as instalações hidráulicas.

Assim, os aprendizes tiveram aoportunidade de conhecer e praticarvárias formas de assentamento:amarrada, dama, escama de peixe,prumo ou alinhada e diagonal.

amarrada dama escama de peixe

prumo ou alinhada diagonal

 

82

Os resultados dos trabalhos foramfotografados, registrando a eficácia doaprendizado.

Por outro lado, os aprendizesperceberam que um ambiente revestidocom cerâmica, para ficar bonito e

f i lé d

HABILIDADES ESPECÍFICAS

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Como se pode observar, a prática não sefez aleatoriamente, procurando-seseguir todos os passos de um processo,inclusive o recomendado pelos própriosfabricantes de cerâmicas pararevestimento, uma vez que há umconsenso entre eles de que mesmo omelhor produto pode não apresentar umresultado satisfatório se a prática doassentamento não for bem conduzida.

Concluindo, o ambiente, que serviucomo canteiro de obra, adquiriu ascaracterísticas próprias que umrevestimento cerâmico deve oferecer:impermeabilidade, facilidade delimpeza, resistência ao uso, efeito

decorativo etc.

perfeito, além de contar com um

profissional capacitado, que usaferramentas adequadas, tem capricho ebom gosto, deve utilizar bons produtose a especificação correta.

 

POR TRÁS DOS BASTIDORES 83

 

Habilidades

de Gestão

�Esperando, esperando, esperando Esperando o sol 

Esperando o trem 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

de Gestãop

Esperando o aumento Para o mês que vem Esperando a festaEsperando a sorte 

E a mulher de Pedro Está esperando um filho Pra esperar também�  11

11 Holanda, Chico Buarque de. Pedro, Pedreiro

 

84 HABILIDADES DE GESTÃO

solicitando aos participantes quefizessem uma pesquisa, na família, paracoletar dados sobre questões relativasao trabalho

OBJETIVO

Oferecer, aos aprendizes, melhorescondições para utilizar instrumentos de

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

ao trabalho.

O objetivo da proposta era colher, nopróprio grupo, o sentido histórico sobreas transformações e relações notrabalho, conforme demonstra oquestionário (Anexo1).

Como os membros do grupo tinhamidades entre 20 e 65 anos,aproximadamente, foi possível fazeruma análise destas transformações,resgatando as relações desde 1850 aténossos dias.

Esta atividade causou grande impactoentre os participantes, quandoperceberam, pelas apresentações das

pesquisas, a tendência deempregabilidade  no Brasil e no mundoe o lugar de destaque que ocupará,daqui para frente, o prestador de serviço em nossa sociedade.

Neste sentido, foi relativamente fácilaos participantes entender anecessidade de gerenciar a própria

carreira profissional, bem comoadministrar seu tempo de serviço,assumindo uma atitude preventiva em

planejamento para sua vida pessoal eprofissional e, assim, participar commaior probabilidade de sucesso nonovo mundo de trabalho.

CONTEÚDO§ O planejamento da vida pessoal e

profissional: Portfolio e Currículo;§ O mercado de trabalho, a oferta de

empregos, empreendedorismo;§ Características do cidadão

empreendedor: autoconfiança,capacidade de comunicação,liderança, criatividade, habilidades denegociação;

§ Relacionamento interpessoal;§ A ética na profissão.

TÉCNICASDIDÁTICASLevando em conta,sempre, a integração

entre as trêsHabilidades, omonitor iniciou

as atividades emHabilidades deGestão

 

HABILIDADES DE GESTÃO 85

relação ao futuro, levando em conta osinconvenientes que uma carreiraautônoma pode acarretar, caso não sejabem gerenciada uma vez que o próprio

GRUPO A

- Responsabilidade

- Personalidade

- Perseverança

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

bem gerenciada, uma vez que o próprio

trabalhador é quem terá de garantiralgum tipo de previdência para suaaposentadoria.

Essas discussões levaram à percepção,pelo próprio grupo, das características docidadão empreendedor.

Durante os trabalhos em grupo, omonitor foi chamando-lhes a atençãopara o fato de que alguns aprendizestomam naturalmente a frente do grupo,falam pelo grupo, convencem oscompanheiros, ouvem com maisatenção, respeitam as decisões do grupo.

Com base nessa observação, surgiu a

possibilidade de conceituação deliderança entre os aprendizes.

Aproveitando esse momento, o monitor,dividindo-os em quatro subgrupos,propôs as seguintes questões:

1. O que é ser líder no local de trabalho?

2. Qual o papel da liderança?

Como resultado dos trabalhos, os gruposapresentaram os seguintes painéis:

- Respeito ao próximo

- Reconhecimento- Valorização do Grupo

- Sabedoria

- Ser educado

- Ser compreensível

- Ser competente- Ser solidário

GRUPO B

- Direção- Coordenação

- Não ser crítico (crítico construtivo)

- Ajudar o grupo

- Satisfazer todos

GRUPO C

- Ser bem informado- Bem comunicativo

- Tomar à frente na decisão do grupo

GRUPO D

- Eficiente

- Eficaz- Amigo

- Tolerante

- Disciplinado- Fiel

- Saber ouvir 

- Idôneo

 

86

Discutiram, ainda, se a liderança é inataou pode ser desenvolvida e concluíramque ser líder significa ter autodisciplina,lealdade, prontidão para aceitar

HABILIDADES DE GESTÃO

Partindo dessa premissa, deu-secontinuidade às práticas desenvolvidasdurante a elaboração do portfolio ,descritas nos modelos anteriores.

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

lealdade, prontidão para aceitar

responsabilidade, boa vontade paraadmitir erros e capacidade de manter ogrupo coeso, respeitando cada membroda equipe.

Servindo-se de material de apoio, comoum texto intitulado �Nem sempre aculpa é do pedreiro� 12, os aprendizestrabalharam as relações de umprofissional da área da construção civile seus clientes. Assim, foram discutidasa elaboração de orçamento, arenegociação de preço e valor dotrabalho, a apresentação pessoaldurante a execução da tarefa, prazospara entrega do serviço etc., habilidadesque todo profissional autônomo deve ter

para ser bem sucedido.

�Nada se pode ensinar ao homem,apenas ajudá-lo a descobrir de si mesmo� 

descritas nos modelos anteriores.

Assim, o monitor incentivou acontinuidade do levantamento históricoda vida dos participantes, lembrando-lhes que o portfolio é um documentovivo, ao qual estamos acrescentandosempre novas competências adquiridasou �lembradas� em determinadosmomentos em que são solicitadas poruma tarefa a executar.

Os históricos revelaram-se muitointeressantes e variam do sucinto aodesabafo.

Alguns trechos merecem serreproduzidos.

�...Montei uma pequena empresa que foi bem durante uns anos. Por falta de gestão fui obrigado a encerrar as atividades. Hoje estou albergado e catando latinhas de alumínio parasobreviver�.

12 Texto: �Nem sempre a culpa é dopedreiro� � Revista do Sindicato daIndústria da Construção. p. 108

 

HABILIDADES DE GESTÃO 87

�...Mas com o tempo eu encontrei o meu primeiro emprego que foi balconista. Trabalhei numa loja de roupas uns oito meses. Mas não tava

�Foram momentos emocionantes aopercebermos a reação dos gruposdiante de obras do Barroco, distribuídaspor um cenário de indescritível beleza�,

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

p

dando certo porque o salário era muito pouco, não dava e a dona só queriafazer eu de besta e como eu não sou, eu saí�.

�Nascida no Ceará, criada em São Paulo, comecei trabalhar com 18 anos.

Objetivo em participar do Experimento: 

- minha casa; - montar um grupo de trabalho; 

- independência financeira; 

- marido desempregado há 7 anos.� 

AMPLIANDO OS CONHECIMENTOS

O experimento ofereceu, também, aosparticipantes oportunidades deampliarem seus conhecimentos edespertarem sua sensibilidade, visitandonovos locais de aprendizagem, comoA Mostra Brasil + 500 anos, queapresentou um significativo acervo de

arte produzida nestes 500 anos deBrasil.

p ,

disseram os monitores que osacompanharam.

E isso é confirmado pelas expressões dealguns participantes em relação à visita:

�... a parte sagrada, na entrada, visual excelente.� 

�... o trabalho dos presidiários com as flores amarelas e roxas de papel crepom servindo de cenário para as imagens dos santos foi incrível.� 

�... as esculturas eu gostei muito, os quadros, a exposição dos índios. Foi muito bom eu ter um pouco mais de conhecimento.� 

�... algumas coisas me chamaram atenção, mas outras causaram tristeza e um certo aborrecimento. Exposição das obras como o Aleijadinho e outros escultores da época mostrando umaperfeição dos Santos com relação às fisionomias humanas. O que mais me 

entristeceu foi uma obra com a moedado nosso país. Para mim, nada mais que um regresso.(sic)� 

 

UM �GRAND-FINALE�90

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

  

Considerações

Finais

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS90

Nossos avós, com certeza, diriam:�É o fim do mundo!�Mulheres na Construção Civil!�

Dois casos merecem registro: umaprendiz, devido à pouca escolaridade,desistiu do curso de Assentador dePlacas Cerâmicas e matriculou-se no

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Não é o fim do mundo. É fim demilênio. Vinte por cento dosaprendizes dos três Módulos quecompuseram os experimentos daFormação do Pedreiro Pleno erammulheres, sendo que duas participaramdos três módulos.Uma delas pretende terminar sua casaeconomizando tanto na mão-de-obra,como no material de construção.Outra, formar um cadastro depedreiros e colocá-los no mercado;constituir uma �empreitada�, nas suaspalavras.

Na avaliação do monitor dehabilidades específicas, as mulheres,

embora com menos força física que ohomem, são infinitamente mais�caprichosas� e resistentes, isto é,�não param toda hora para descansar�.

Entre os aprendizes imperou o climade cordialidade, os mais experientesauxiliando os que nunca tinham postoos pés numa obra.

curso supletivo, voltando, portanto, aestudar e prometendo voltar ao CentroPúblico em melhores condições departicipar dos cursos de qualificaçãoprofissional.

O outro, foi dono de uma oficina, mas ainexperiência em gerenciar seu negóciofez com que perdesse tudo e nomomento era morador de rua albergadoHavia chegado ao �fundo do poço�.Com o apoio dos monitores e doscolegas, foi mudando ocomportamento, demonstrandoevolução nas atividades propostas,recuperando sua auto-estima e, nosúltimos dias, comunicou ao grupo que

estava voltando para a família.Ao final do experimento, doisaprendizes � pai e filho, já eramcontratados de uma obra.

 

O experimento promoveu uma lição desolidariedade. A associação parceiranecessitava que suas instalações fossemprotegidas por pisos e azulejos. Os

CONSIDERAÇÕES FINAIS 91

Não sem razão o experimentofaz parte doPrograma�Aprendendo A Aprender� 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

aprendizes necessitavam de um�Canteiro de Obra� para o exercícioprático. O planejamento doexperimento previa a otimização domaterial empregado, pois não eraproposta de trabalho levantar paredes,rebocá-las, revesti-las e destruí-las.O laboratório, nesses experimentos,será sempre o local real de trabalho.

Assim, todo o material foi bemempregado. A empresa fabricante deargamassa, como parceira doempreendimento, tambémproporcionou oportunidade para que omonitor de Habilidades Específicasfreqüentasse suas instalações

apreendendo as melhores condições douso do material por ela produzido efornecido.

Nele todos aprenderam.Resultados de parcerias que provam apossibilidade da construção de ummundo melhor.

DA AVALIAÇÃO

A avaliação do experimento foi

realizada pela observação dos avançosobtidos pelos aprendizes e também pormeio de instrumentos próprios; aauto-avaliação proporcionou a eles areflexão sobre seu próprio processo deaprendizagem; a avaliação de reação permitiu-lhes analisar as dinâmicas doexperimento e a reflexão da práticapedagógica que levou o monitor arepensar seu papel enquanto educadore como construir a sintonia entre osconteúdos e o que era significativo parao grupo.

Porém, a verdadeira avaliação estácontida no �portfolio� de cada aprendiz,e no �portfolio� de cada monitor.

São neles que todas as conquistas estãovisíveis.

 

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

  

Domínio

Básico em

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

Construção

Civil(para mutirão)

 

DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)94

Total geral de 240 horas distribuídas em4 sessões de 4 horas por semana.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO

PÚBLICO ALVO

Trabalhadores ligados aos movimentosde mutirões para a construção demoradia própria, com qualquer nível de

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

1ª Turma de 13/06/98 a 24/09/982ª Turma de 01/08/98 a 23/11/98

NÚMERO DE VAGAS

Duas turmas de 40 participantes deambos os sexos.

PARCEIROS

Movimento da Moradia Paulista -MOMPA

Comunidade Kolping São Francisco -GuaianazesDepósito de Material de ConstruçãoÁguia de Haia.

Mutirão � Casa própria, um sonho 

O sonho da casa própria que habita ocoração dos brasileiros encontra nosmutirões a maneira mais racional deatender à demanda das camadas maispobres da população que os projetoshabitacionais, apesar dos esforços dosgovernos, não conseguem suprir.

Assim, foi proposto pelo Conselho deCompromisso do Centro Público de

escolaridade.

CARGA HORÁRIA

Habilidades Básicas 60 horasHabilidades de Gestão 50 horasHabilidades Especificas 130 horas

 

95DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)

Vila Formosa a organização de umexperimento não só para a formação naárea da construção civil, mas tambémpara propiciar uma melhor organização

Os conteúdos das Habilidades Básicas,Especificas e de Gestão foramdistribuídos em módulos quepermitiram a sua integração e

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

dos grupos que integravam as diversasinstituições civis, empenhadas naconsecução desse objetivo.

Uma das peculiaridades do movimentodos mutirões é o fato de que boa partede seus integrantes trabalha ou játrabalhou na construção civil, tendo,por conseguinte, experiência na área.

O relevante na organização doexperimento foi pensar os integrantes domovimento como cidadãos aptos a lidarcom situações inusitadas.

Partindo dessa premissa, os objetivosforam o aperfeiçoamento da construçãodas moradias populares com melhorgestão dos recursos obtidos; oaproveitamento racional das áreas aserem ocupadas; a preocupação com apreservação do meio ambiente; adefinição dos espaços coletivos delazer; a otimização dos processos deprodução obedecendo a princípios queassegurem o respeito à liberdade, aopluralismo de idéias e concepções, à

possibilidade de �aprender a aprender �e à garantia dos padrões de qualidade.

articulação, sendo direcionados,principalmente à aquisição dehabilidades específicas que foramrealizadas no canteiro de obras, dentrodo princípio da metodologia do�aprender a fazer, fazendo�.

Sendo as Habilidades Básicas inerentesa todo cidadão, a ética, a

responsabilidade, a capacidade decomunicação tornam-se inseparáveis daformação específica. Elas concorrem, deum modo geral, mais para a formaçãodo cidadão do que para a doprofissional especializado e, contudo,aumentam o seu grau deempregabilidade. Assim, foram

elaboradas atividades quedesenvolvessem no aprendiz aresponsabilidade, a lealdade, ocomprometimento, a capacidade detrabalho em equipe, a iniciativa, aautonomia. A capacidade denegociação, os conhecimentos dedireitos civis, políticos e sociais dotrabalho e seus deveres dentro das

normas e princípios éticos, tambémforam contemplados.

 

A abrangência dos problemas queafetam, sobretudo, os excluídos sociais,a auto-estima e a confiança para asfunções de emprego ou consecução de

DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)96

1 � Etapa Preparatória: Atividades- limpeza de terreno;- movimento de terra manual;- movimento de terra mecanizado;

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

empreendimento próprio foram temasde discussão em razão da próprianatureza do trabalho.

Nas Habilidades de Gestão foramdesenvolvidas atividades ligadas àsações de planejamento, execução econtrole não só do projeto construtivo,como também da organização do

movimento dos mutirões, suas normas,gestão de recursos, a busca daqualidade e maior produtividade nosserviços executados etc.

Definidas as Habilidades de Gestãocomo aquelas relacionadas àscompetências de autogestão, de

empreendimento e de trabalho emequipe, estas encontraram campo fértilpara serem desenvolvidas nos trabalhosde mutirão.

As Habilidades Específicas foramescalonadas obedecendo às etapas eatividades de uma construção civil, demaneira que proporcionassem, aos

aprendizes, o conhecimento doconjunto da obra, desde os primeirospassos.

- escoramento de terra (arrimo);- apiloamento e aterro de cavas;- lastro de pedras ou concreto simples;- drenagem do terreno (superficial e

enterrada);- proteção de taludes.

2 � Infra-Estrutura: Escavação

- tipos de solos;- fundação (brocas, sapatas, sapatas

corridas e radier);- forma;- armadura (tipos de

ações,nomenclaturas);

- concreto (tipos

de cimento enomenclaturas;- embasamento;- impermea-

bilizações.

3 � Alvenaria eOutros Elementosdivisórios:

- alvenaria;- elementos vazados;

 

- placas divisórias;- blocos de concreto;- tijolos maciços comuns;- argamassas para assentamento;

l

DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO) 97

- caixas d�água e outros serviços;- rede de esgoto;- rede de águas pluviais;- banheiros � instalações de louças

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

- solo cimento.

4 � Elementos de Madeira-ComponentesEspeciais:- portas / batentes / ferragens;- janelas / ferragens.

5 � Elementos Metálicos:

- esquadrias metálicas;- portas;- outros elementos metálicos.

6 � Cobertura:- estrutura de cobertura em madeira;- estrutura de cobertura metálica;- cobertura propriamente dita: peças

para cobertura;- fechamento e vedações;- lajes maciças e pré-fabricadas;- telhados de fibrocimento.

7 � Instalações Hidráulicas-Cavaletee abrigo

- abrigo e rede de gás (se necessário);- rede de água fria e quente:tubulações;

sanitárias;- aparelhos e metais.

8 � Instalações Elétricas-Ligações:- entrada;- enfiação;- pontos de interruptores e tomadas;

- luminárias internas;- iluminação externa (se for o caso);- aterramento (fio terra).

9 � Forro:- madeira

10 � Revestimento-Teto e parede:

- revestimento de teto;- revestimento de paredes

externas;- pisos internos;- revestimento de degraus e

soleiras;- contrapisos;

- argamassas para revestimento.

 

11 � Vidros-Colocação de vidros:- espelhos;- armários plásticos com espelhos

para banheiro.

mutirante é obrigado a cumprir horas detrabalho no movimento e emborahouvesse a promessa de liberação dealgumas horas, isso não aconteceu. Por

i d d

DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)98

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

12 � Pintura:- forro e paredes internas;- pintura externa.

13 � Serviços Complementares:- fecho, muros, alambrados,

portões;

- gramado, paisagismo ejardinagem, etc.

AVALIAÇÃO

O primeiro Experimento foiadministrado pelo MOMPA � Movimento da Moradia Paulistana e osegundo, pela Comunidade Kolping de

Guaianazes, na Fazenda do Carmo.Embora a primeira turma, com quarentamutirantes (vindos todos deexperiências anteriores de atuação emconjuntos habitacionais do CDHU � Companhia de DesenvolvimentoHabitacional e Urbano do Estado deSão Paulo), estivesse altamente

motivada, esbarrou com as normas queregem o associado de mutirão. Para tero direito à aquisição da casa própria, o

esse motivo, apenas dez dos quarenta queiniciaram o experimento permaneceram.Para resolver o problema, uma novaturma foi formada com os dezremanescentes e mais vinte inscritos.As atividades foram reduzidas a um diapor semana com oito horas de duração.Concluíram o experimento quinzemutirantes: dez homens e cinco mulheres.

Para o grupo do bairro de Guaianazes,zona Leste de São Paulo, com vinte ecinco inscritos, o experimento teveatividades desenvolvidas em dois dias dasemana, com quatro horas de duração.

Deste grupo, vinte mutirantes concluíramo experimento, dos quais dezoito erammulheres. Há que se destacar a atuaçãodas mulheres neste grupo, poisparticiparam inclusive da coordenação.

Foi uma experiência inovadora. Únicanos elementos que congrega aquisiçãoda casa própria, oportunidade decomplementação de escolaridade e,

ainda apreensão de algumas habilidadesespecíficas, para o exercício de ocupaçõesna área de construção civil.

 

DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO) 99

 

Bibliografia

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 

BIBLIOGRAFIA100

CEETEPS � Programa de Qualificação eRequalificação Profissional no Estado deSão Paulo � Cursos de HabilidadesBásica e Gestão, Nível Fundamental,1999

CEETEPS P d Q lifi ã

SECRETARIA DE EMPREGO E RELAÇÕESDO TRABALHO. Centro ExperimentalPúblico de Formação Profissional � Programa �Aprendendo a Aprender�-Conceituação, Diretrizes e Implantação.São Paulo 1998

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

CEETEPS � Programa de QualificaçãoProfissional nas Frentes de Trabalho � Cursos de Habilidades Básica e Gestão,Nível Fundamental, 2000

FUNDACENTRO. Segurança e Saúde noTrabalho. Prevenção das Lesões porEsforços Repetitivos � LER - São Paulo,1998 (Fascículo 4)

FUNDACENTRO. Segurança e Saúde noTrabalho. Prevenção de Acidentes Fataisna Indústria da Construção , São Paulo,1998 (Fascículo 2)

FUNDACENTRO. Segurança e Saúde noTrabalho. Condições de Trabalho naIndústria da Construção. São Paulo,1998 (Fascículo 4)

GUIMARÃES, José Epitácio Passos. Cartilhado Uso das Argamassas nas Construções.Associação Brasileira dos Produtores deCal. 5ª edicação, 1997/98

MINISTÉRIO DO TRABALHO / Sindicatoda Indústria da Construção Civil noEstado do Rio de Janeiro. Brasília;MTB, 1996.

MORAES, Vinícius de. Obra Poética. Rio de  Janeiro. Cia José Aguilar Editora,1968

São Paulo, 1998.

PUBLICAÇÕES

Revistas:

Turma Esperta. Sindicato da Indústria deProdutos de Cimento do Estado de SãoPaulo, 1995

Mãos à obra. Todas as etapas daconstrução.

Associação Brasileira de CimentoPortland. S/d.

Revista Veja

Revista Época

Revista Isto é

 Jornais:

O Estado do São Paulo

A Folha de São Paulo

Tribuna do Tatuapé

  

 Anexos

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 

ANEXOS102

 Anexo 1 Questionário � Resgate Histórico � Relações de Trabalho

Questões Bisavó Bisavô Avó Avô Pai Mãe

1. Quantosanos tem/

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

anos tem/ teria seu

2. Qual a profissãoque exerce/ exercia seu

3. Trabalha ou

trabalhouno campo?

4. Qual agrau de

escolaridade?

5. Quais os benefíciostrabalhistas

que tem/tinha6. Quantas horas/ 

dias trabalha/ trabalhava

7. Qual aqualidade de vida

que tem/tinha

E você ? � Faça uma reflexão sobre as atividades que já exerceu.

 

ANEXOS 103

 Anexo 2MODELO DE AVALIAÇÃO DE REAÇÃO

Este instrumento tem a finalidade de:a) detectar se o curso correspondeu às suas necessidades e interesses;b) obter dados que possam subsidiar eventuais reformulações nos próximos cursos

1 O i i i d ?

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

1 � O que o motivou a participar desse curso?R:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2 � Os objetivos propostos foram alcançados?( ) sim ( ) em parte ( ) não

3 � O conteúdo, desenvolvido nas aulas, tem contribuído para o seu trabalho e

desempenho profissional?( ) sim ( ) em parte ( ) muito pouco

4 � Em relação à atuação do professor cite:dois aspectos positivos: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________dois aspectos negativos: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5 � Quanto ao seu aproveitamento:( ) aprendeu muito ( ) aprendeu o suficiente ( ) aprendeu pouco

6 � Você considera a carga horária do curso( ) satisfatória ( ) deveria ser maior ( ) deveria ser menor

Sugestões e/ou comentários que gostaria de registrar:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

ANEXOS104

 Anexo 3 PEDREIRO (Pleno)

MISSÃO: Executa serviços de elevação de paredes, utilizando blocos de concreto,cerâmicos e especiais, serviços de concretagem, revestimentos de pisos,paredes e tetos em argamassa, conforme planejamento e projetos, de acordocom as normas técnicas específicas, em condições de qualidade e segurança.

  

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

p , ç q g ç

Manter as ferra-mentas

e os

equipa-

mentosem con-

diçõesade-

quadas

I

Traba-lhar emequipe

I

Cumprir normase proce-

dimentos

técnicos

I

Cumprir as

normas

de segu-

rança e

saúde

I

Progra-mar osupri-

mento

dos

materiais

I

Selecio-nar (ra-cionali-

zar) o

material

I

Progra-mar asetapas

do

serviço

I

Orçar oserviço

III

Quanti-ficar os

materiais

III

Espe-cificar 

materiais

III

Ler einterpre-tar proje-

to de

arquite-

tura

III

Planejar e

organizar 

com se-

gurança

e quali-dade o

própriotrabalho

Selecio-nar ferra-mentas e

equipa-

mentos

I

A

Unidades de

Competência Elementos de Competência

Colocar 

vergas

I

Fixar 

tubula-ções ecaixasembu-

tidas

I

Fixar,tacos,

marcos econtra-marcos

de es-

quadrias

I

�Apertar�

a alve-naria

I

 Assentar 

blocos

especiais

(cobogós,modular)

III

 Assentar 

blocosde vidro

III

 Assentar 

blocosde

concreto

II

 Assentar 

blocoscerâmi-cos apa-rentes

III

 Assentar 

blocoscerâ-micos

I

 Aprumar,

esqua-drejar,

nivelar ealinhar 

alvenaria

I

Fazer 

a marca-ção da

alvenaria

III

Executar 

a alve-naria devedação

 Assentar 

blocossílico-

calcário

II

C

Executar a concre-

tagem

B Preparar 

o

concreto

I

Executar o aden-

samentodo

concreto

I

Executar 

o acaba-

mento doconcreto

I

 

ANEXOS 105

Revestir com

massa

única

tipo

�paulista�

Rebocar a super-

fície

Emboçar a super-

fície

Preparar arga-

massas

Chapis-car a

superfície

Esqua-drejar 

(tirar ospontos)superfí-

cie a ser revestida

Executar 

revesti-

mentosde pare-

des e

tetos emarga-

Revestir tubula-

ções e

caixas

embu-

tidas

D

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

IIIIIIIIImassas

I

Revesti-

mento depiso em

arga-massa

E Tirar ospontosde nível

II

Preparar arga-

massas

I

Fixar gran-zepes

II

Fixar 

tubula-ções e

caixasembu-

tidasI

Executar contrapiso

I

Fixar  juntasde pisos

II

Executar pisos

cimen-

tados

I

Executar pisos dealta re-

sistência

III

Executar 

revesti-mento depiso, pa-

rede eteto em

ladrilhoou similar 

F Verificar 

referên-cias denível,

prumo eesquadro

III

Paginar 

a superfí-cie a ser revestida

III

Preparar 

a arga-massa

de

assen-tamento

 Assentar 

ladrilhose simi-lares

III

Fixar 

peças deacaba-mento

(sabone-teiras)

III

Rejuntar 

e limpar ladrilhose simi-

lares

III

 Assentar 

peçascomple-

mentares

de már-mores,

granitos

e afins

G Verificar referên-cias denível,

prumo,

esquadro

e alinha-

mento

III

Preparar arga-

massas

III

 Assentar divisó-rias e

muretas

III

 Assentar 

soleiras,peitoris echapins

III

 Assentar bancas efrontis-pícios

III

Rejuntar e limpar 

III

 

Executar alvena-ria es-

trutural

H Fazer amarca-

ção

 Aprumar,esqua-drejar,

nivelar ealinhar 

 Assentar bloco deconcreto

estru-tural

 Assentar bloco

cerâmico

Preparar e insta-lar as

arma-ções

Preen-cher comconcreto

ANEXOS106

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

III II II II II II

 Assentar compo-nentes e

artefatosde

concreto

I Verificar referên-cias de

prumo,

nível,

alinha-mento eesquadro

III

Preparar arga-

massas

I

 Assentar caixa depassa-

gens,

manilhas,

meio-fio,tubula-ções eoutros

II

 Assentar mobiliá-rios ur-

banos(postes,

bancos,lixeirasetc...)

II

 

ANEXOS 107

 Anexo 4

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 

ANEXOS108

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 

ANEXOS 109

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

 

ANEXOS110

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

  

Caro Leitor,

Gostaríamos de ter sua opinião sobre esta publicação

Por favor, responda cuidadosamente a este questionário.Envie-nos o mais breve possível.

Gratos por sua colaboração

Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho/SERT

5. Você utilizou esta publicação para reproduzir estecurso?

Sim Não

6. Esta publicação foi utilizada:

Na sua totalidade

No que se refere ao conteúdo

     C

     O     L     A

     D     O

     B     R     A     R

     D     O

     B     R     A     R

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

1. Como tomou conhecimento desta publicação?

2. Você conhece outras publicações do Centro Públicode Formação Profissional?

Sim NãoCaso positivo, passe para o número 3, se não, passepara o número 4.

3. Qual(ais) publicação(ões) do Centro Público você conhece?

4. Analisando esta publicação, qual é a sua opinião emrelação aos seguintes pontos?Qualidade de apresentação ótimo bom regular ruim

Ilustrações ótimo bom regular ruim

Conteúdo ótimo bom regular ruim

Facilidade de compreensão ótimo bom regular ruim

Temas abordados ótimo bom regular ruim

Linguagem utilizada ótimo bom regular ruim

No que se refere às técnicas didáticas

Outros:

7. A utilização foi:

Numa instituição

Num projeto individual

8. Qual foi o resultado alcançado na sua utilização?

ótimo bom regular ruim

9. Na sua opinião, existe coerência entre o objetivo

e a estruturação do Curso?Sim Não

 Justifique:

#  

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F O R M A Ç Ã O D O P E D R E I R O P L E N O

     R     E     M     E     T     E     N     T     E   :

     E     N     D     E     R     E     Ç     O   :

 CAR

T A-RE  S P  O

 S T A

A V .A N G

É  L I   C A ,2  . 5  8 2 -1  0 º  A N

DAR

 0 1 2 2 

 8 -2  0  0 

 S Ã  O P A UL  O - S P 

 

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SÃO PAULO