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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013 PEDRO CANÁRIO http://pedrocanario.com/images/header/pc2.jpg PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011)

PEDRO CANÁRIO

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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013

PEDRO CANÁRIO

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PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011)

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Equipe Responsável pela elaboração Escritório Local de Desenvolvimento Rural de Pedro Canário

Luiz Carlos Pereira do Sacramento

Rosilene Oliveira Andrade

Patricia da Silva Viana

Hericles Barbosa Lopes

Contribuições na elaboração do diagnóstico e planejamento Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente

Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável

Sindicato Rural de Pedro Canário

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pedro Canário

Associação de Moradores e Pequenos Agricultores da Vila de Taquaras

Associação de Pequenos Agricultores do Córrego do Engano

Associação de Produtores Agroecológicos do Assentamento Castro Alves

Cooperativa Mista dos Produtores Rurais de Cristal do Norte -CRISTALCOOP

Equipe de apoio na elaboraçãoAntônio Carlos Benassi (CRDR Nordeste)

Geraldo Mendes da Silva (MDR Extremo Nordeste)

Antônio Locatelli (Assessor Técnico)

Célia Jaqueline Sanz Rodriguez (Área de Operações Ater)

Gardênia Marsalha de Araújo (Área de Operações Ater)

Ludmila Nascimento Nonato (Área de Operações Ater)

Thyerri Santos Silva (CPD)

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APRESENTAÇÃO

O Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Proater é um instrumento norteador das

ações de Assistência Técnica e Extensão Rural - Ater que serão desenvolvidas junto aos

agricultores familiares. A programação está respaldada em diagnósticos e planejamento

participativos, com a qual agricultores, lideranças, gestores públicos e técnicos contribuíram

ativamente na sua concepção.

Mais do que um instrumento de gestão, o Proater tem como grande desafio contribuir com o

desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. As ações de assistência técnica e extensão

rural ora planejadas são vistas como um processo educativo não formal, emancipatório e

contínuo. Assim, a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais é o grande mote e

direcionamento dos esforços dos agentes de Ater envolvidos no processo.

Este documento está dividido em duas partes: a primeira, o diagnóstico, apresenta informações

acerca da realidade do município (aspectos demográficos, naturais/ambientais, sociais e

econômicos), os principais desafios e as potencialidades. A segunda, o planejamento, encerra a

programação de ações para o ano de 2011.

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1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1 Localização do município

O município está localizado nas coordenadas geográficas 40°1'11,468" W 18°14'57,105" S, no

Território da cidadania Norte do estado do Espírito Santo, às margens da BR 101 Norte, km 16

com área territorial de 434 Km.

1.2 Aspectos históricos, populacional e fundiários

1.2.1 - Histórico da colonização, etnia, costumes e tradições

A colonização do município foi feita principalmente por baianos e mineiros que vieram trabalhar

na indústria madeireira, tendo como principal função a extração da mata atlântica.

Posteriormente alguns colonizadores tomaram posse das terras cultivando café arábica e

mandioca. Diante disso, os costumes locais são provenientes dos estados vizinhos que por

coincidência são limítrofes com Pedro Canário.

No ano de 1942, chega à região a senhora Júlia Bonelar Dutra e instala uma pequena pensão e

um comércio de cereais. Ainda neste ano vindo de São Mateus, chega o senhor Pedro Canário

Ribeiro, baiano, para administrar as terras herdadas pela família. Em 1943, com a vinda da Cia.

Industrial de Madeira teve início a fase de extração. Abriu-se uma estrada ligando a localidade

de Império (onde hoje é o município de Pedro Canário) ao Rio Itaúnas. A madeira seguia pelo

rio até o povoado de Pai João e, daí, por via férrea, até a serraria da companhia em Conceição

da Barra.

Em 1953 deu-se a instalação da Fazenda Paulista, (posteriormente fazenda Klabim) para

desenvolvimento de lavoura cafeeira. Em 1957 inicia-se a construção do trecho rodoviário São

Mateus – Mucuri, concluída em 1962. Na década de 70, com a construção da BR 101, houve o

consequente desvio do tráfego rodoviário da vila de Taquaras para o núcleo urbano de Pedro

Canário, assim chamado em referência a um pequeno comércio de secos e molhados

pertencente ao Sr. Pedro Canário Ribeiro. A partir deste período surgem instalações de

farinheiras, serrarias, Bancos, hospitais,etc... impulsionando o comércio local como um todo.

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O município foi emancipado em 23 de dezembro de 1983, pela Lei nº 3.623, sendo seu primeiro

processo eletivo em 16/12/1984 e instalado em 15 de janeiro de 1985.

1.2.2 - Distritos e principais comunidades

O Município de Pedro Canário possui dois distritos: Pedro Canário e Cristal do Norte.

Figura 1 – Mapa do município/distritos

1.2.3 – Aspectos populacionais

Em pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, divulgada

no Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, Pedro Canário ocupa, em relação ao Espírito

Santo, o 75º lugar (0,673), no ranking do I.D.H. - Índice de Desenvolvimento Humano

(PNUD/2000). Os índices avaliados foram: longevidade, mortalidade, educação, renda e sua

distribuição.

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Tabela 1 – Aspectos demográficos

Situação do Domicílio/Sexo 2010

Urbana 22053Homens 10967

Mulheres 11086

Rural 1741Homens 934

Mulheres 807Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=608&z=cd&o=3&i=P, em 12 de maio de 2011.

1.2.4 – Aspectos fundiários

Os aspectos fundiários de um município refletem, a grosso modo, a forma como a terra está

sendo distribuída entre as pessoas e os grupos. Existem muitas formas de observar e

conceituar a partir desses números. Optamos por utilizar dados do Incra (Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária) onde a quantidade de módulos fiscais define a propriedade em

minifúndio, pequena (entre 1 a 4 módulos fiscais), média (acima de 4 até 15 módulos fiscais) e

grande propriedade (superior a 15 módulos fiscais). Os módulos fiscais variam de município

para município, levando em consideração, principalmente, o tipo de exploração predominante

no município, a renda obtida com a exploração predominante e o conceito de propriedade

familiar (entre outros aspectos, para ser considerada familiar, a propriedade não pode ter mais

que 4 módulos fiscais)1.

Em Pedro Canário o módulo fiscal equivale a 20 hectares.

Tabela 2 – Assentamentos Existentes

Nº NOME DO ASSENTAMENTO E/OU ASSOCIAÇÃO CONTEMPLADA MODALIDADE

Nº DE FAMÍLIAS ASSENTADAS E/OU

BENEFICIADAS

1 Assentamento Castro Alves INCRA 129

FONTE: INCAPER/ELDR Pedro Canário 2010.

A agricultura familiar no município está basicamente no assentamento Castro Alves, na

comunidade Fazenda Carapina, uma pequena parte no distrito de Cristal do Norte e Taquaras.

São de relevante importância para a economia local, produzindo alimento que abastece o

comércio principalmente as feiras livres, gerando renda e ocupação no campo e indiretamente

na cidade. A maioria dos produtores familiares são assentados, seguidos dos pequenos

proprietários e, por fim, os meeiros, arrendatários e comodatários.

1 Legislação: Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 e Instrução Normativa Nº 11, de 04 de abril de 2003).

Page 7: PEDRO CANÁRIO

A estrutura fundiária encontra-se assim distribuída:

Tabela 3 – Aspectos da Estratificação Fundiária

Município Minifúndio Pequena Média Grande Total

Pedro Canário 294 181 122 37 634Fonte: INCRA, dados de Janeiro de 2011.

1.3 Aspectos Edafoclimáticos e ambientais

1.3.1 Caracterização edafoclimática

O manejo do solo da região é totalmente convencional, devido principalmente a aptidão

agropecuária que baseia-se no cultivo da cana-de-açúcar, eucalipto, goiaba, mamão e criação

de gado. A localização às margens da BR 101, a topografia plana e a disponibilidade de mão de

obra são uns dos atrativos para a agricultura empresarial cujas técnicas de cultivo são muito

degradantes para o solo, com arações constantes e uso intensivo de agrotóxicos.

O clima é tropical com temperatura variando de 25°C a 30°C no verão e no inverno entre 19°C

e 22°C, pode-se classificar o clima de Pedro Canário como megatérmico. O relevo é tabular, é

suavemente ondulado e modelado por rochas tipo areno-argilosas. A bacia hidrográfica é

composta pelo rio Itaúnas, a altitude do município está entre 30 e 200m acima do nível do mar.

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Figura 2: Zonas Naturais do Município de Pedro Canário

Zonas naturais Área (%)

Zona 4 Terras quentes, acidentadas e chuvosas 8,40

Algumas características das zonas naturais1 do município de Pedro Canário

1 Fonte: Mapa de Unidades Naturais(EMCAPA/NEPUT, 1999);2 Cada 2 meses parcialmente secos são contados como um mês seco;3 U – chuvoso; S – seco; P- parcialmente seco.

Zona 6 Terras quentes, acidentadas e secas 0,95

Zona 7 Terras quentes, planas e chuvosas 16,15

Zona 8 Terras quentes, planas e transição chuvosa/seca 12,50

Zona 9 Terras quentes, planas e secas 62,00

Temperatura Relevo Água

Meses secos, chuvosos/secos e secos3ZONASmédia min.mês maisfrio (oC)

média máx.mês mais

quente (oC)

Declividade No mesessecos2

J F M A M J J A S O N DZona 4: Terras Quentes, Acidentadas e

Chuvosas11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 < 8% 4 P P P P P P U P P U U U

Zona 6: Terras Quentes, Acidentadas e Secas 11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 > 8% 6 P P P P P P P S S P U U

Zona 7: Terras Quentes, Planas e Chuvosas 11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 < 8% 4 P P P P P P U P P U U U

Zona 8: Terras Quentes, Planas e TransiçãoChuvosa/Seca

11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 < 8% 5 P P P P P P P S P U U U

Zona 9: Terras Quentes, Planas e Secas 11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 < 8% 6 P P P P P P P S S P U U

Page 9: PEDRO CANÁRIO

1.3.2 Aspectos Ambientais

Existem 59 unidades produtivas com matas e/ou florestas naturais destinadas à preservação

permanente ou reserva legal. Atualmente a área total com cobertura vegetal é 2.078 hectares.

Com a perspectiva do aumento dessas áreas devido a adequação ambiental dos

estabelecimentos rurais, hoje no município estão sendo estabelecidas varias ações com este

objetivo, fomentado principalmente pelos Institutos de pesquisa e defesa agropecuária locais

(IDAF, INCAPER) e secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

1.4 Organização social

No município existem atualmente seis associações ligadas aos interesses da agricultura

familiar, que atuam em prol dos interesses de cada região. Muitas associações têm um histórico

ligado ao assistencialismo e “compadrio” político, o que dificulta a realização de um trabalho

mais sistemático e organizado em torno dos princípios do associativismo.

Contudo, percebe-se o amadurecimento político e institucional de algumas associações que

estão desenvolvendo trabalhos de formação técnica dos associados, além de realizarem, com a

parceria do poder público municipal e estadual, projetos de desenvolvimento sustentável para a

região onde atuam.

Entre elas destacamos as associações: Associação de Pequenos Agricultores do Córrego do

Engano, Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Assentamento Castro Alves,

Associação de Pequenos Agricultores da Fazenda Carapina, Associação de Moradores e

Agricultores da Comunidade da Vila de Taquaras, Associação de

Os produtores Agroecológicos do Assentamento Castro Alves, o grupo de Artesanato Crescer

na Arte e a Cooperativa Mista dos Produtores Rurais de Cristal do Norte – CRISTALCOOP,

estão desenvolvendo trabalhos comunitários de amparo social e comercialização dos produtos

da agricultura familiar. A Associação dos Pequenos Agricultores do Córrego do Engano e a

Associação Agroecológica estão envolvidas no Programa de Aquisição de Alimentos do atual

governo federal (PAA), fornecendo alimentação para uma entidade que presta assistência as

famílias carentes do município.

Page 10: PEDRO CANÁRIO

Neste sentido, uma das metas para o ano de 2011 é aperfeiçoar a gestão dessas associações,

disponibilizando uma ATER pública que esteja vinculada aos interesses e anseios dos

agricultores familiares. Os produtores familiares deste município contam ainda com o Sindicato

dos Trabalhadores Rurais e o Sindicato Rural (patronal), que é um parceiro efetivo do ELDR na

promoção do programa de capacitação rural do SENAR. Vale ressaltar que o Conselho

Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável é muito atuante contribuindo muito na

implementação de projetos. Seus conselheiros reúnem-se mensalmente para discutirem

propostas e projetos de desenvolvimento para a agricultura familiar do município.

Tabela 4 – Associações de agricultores familiares existentes no município

Nº NOME DA ORGANIZAÇÃO LOCAL DA SEDE Nº DE SÓCIOS

PRINCIPAIS ATIVIDADES COLETIVAS

DESENVOLVIDAS

1 Cristaloscopia Cristal do Norte 115 -Fruticultura

2 Associação de Produtores Agroecológicos Assentamento Castro Alves 12 -Olericultura -

agroecológica

3Associação de Pequenos Agricultores do Córrego do Engano

Assentamento Castro Alves 11 -Piscicultura

4Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Assentamento Castro Alves

Assentamento Castro Alves 22 -Açúcar mascavo

5 Movimento dos Pequenos Agricultores Floresta do Sul 15 -Agricultura familiar

6Associação dos Pequenos Agricultores da Fazenda Carapina Córrego Floresta

Fazenda Carapina 20 -Agricultura familiar

7Associação de Moradores e Produtores rurais da Vila de Taquaras

Vila de Taquaras 32 -Hortão comunitário, avicultura

FONTE: INCAPER/ELDR Pedro Canário 2010.

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Tabela 5 – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS

Nº ENTIDADE REPRESENTANTE

1 Prefeitura Municipal de Pedro CanárioEFETIVO:Mateus Vasconcelos

SUPLENTE:Idelbrando Silva de Freitas

2 Secretaria Municipal de EducaçãoEFETIVO:Maria José Diir Campostrini

SUPLENTE:

3 Secretaria Municipal de SaúdeEFETIVO:Jarih Mitri el Fervoli

SUPLENTE:

4 IncaperEFETIVO:Luiz Carlos Pereira do Sacramento

SUPLENTE:Hericles Barbosa Lopes

5 Ministério PublicoEFETIVO:Rodrigo Monteiro da Silva

SUPLENTE:

6 Câmara de VereadoresEFETIVO:Ernaldo Francisco Gonçalves

SUPLENTE:Oswaldo Pires Barbosa

7 Sindicato dos Produtores RuraisEFETIVO:Kleison Resende

SUPLENTE:Afonso Luiz Assani

8 Sindicato dos Trabalhadores RuraisEFETIVO:Marizete Machado

SUPLENTE:Almiro alves

9 Agricultores FamiliaresEFETIVO:Erivan da Silva Pereira

SUPLENTE:

10 AmutracaEFETIVO:Alaide Ribeiro S. De Castro

SUPLENTE:Josias Xavier

11 Agricultores FamiliaresEFETIVO:Edite França Barbosa

SUPLENTE:Arilson França Barbosa

12 Agricultores FamiliaresEFETIVO:Adelmo Hupp

SUPLENTE:

13 Agricultores FamiliaresEFETIVO:Gilberto Carlos Coelho

SUPLENTE:

14 INCRAEFETIVO:Fernando Alves da Silva

SUPLENTE:Cassia Cristina Silva de Oliveira

15 Centro ComunitárioEFETIVO: Elvani Santos Souza

SUPLENTE:Noeli Inês Fortes

16 Agricultor Familiar EFETIVO:Osvaldo Xavier Barros

SUPLENTE:

FONTE: INCAPER/ELDR Pedro Canário 2010.

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1.5 Aspectos econômicos

Atualmente a economia de Pedro Canário é caracterizada pela diversificação de culturas,

produção de álcool, criação de gado e pela estruturação do comércio. Encontramos plantações

de abóbora, mandioca, mamão, café, cana-de-açúcar, eucalipto e goiaba, sendo que

predominam plantações de cana e eucalipto, culturas que vem crescendo a cada ano. A cana é

utilizada na fabricação de álcool combustível nas indústrias alcooleiras. Em Pedro Canário

localiza-se a Cridasa, em Conceição da Barra, Disa e Alcon e em Nanuque –MG, Alcana e

Dasa.

O eucalipto é utilizado para a fabricação de celulose, nas indústrias Fibria e Susano. Outra

cultura importante é a goiaba, cuja importância liga-se ao polo de goiaba, lançado em 2003.

Economicamente, outra atividade importante no município é a pecuária, com destaque para as

criações de bovinos corte e leite . Em Cristal do norte localiza-se o laticínio que é administrado

pela CRISTALCOOP e no Córrego Douradinho o Laticínio “CARINHO”, de agricultor familiar.

O comércio é outra atividade econômica que vem crescendo a cada ano, prova disso é a

estruturação que os comércios da sede e de Cristal vem realizando com destaque para: lojas

de roupas e acessórios, supermercados, padarias, papelarias, restaurantes, churrascarias,

hotéis, farmácias, materiais de construção, lojas de informática e postos de combustíveis.

Tabela 6 – Principais atividades econômicas

Atividades % no PIB Municipal

Agropecuária 14,29

Indústria 21,65

Comércio e Serviços 64,06Fonte:http://www.ijsn.es.gov.br/index.phpoption=com_content&view=category&layout=blog&id=281&Itemid=258

Page 13: PEDRO CANÁRIO

Tabela 7 – Principais atividades agrícolas (Área, Produção, Produtividade e valor total das principais atividades agropecuárias do município)

Produto Área Total (ha)

Área a ser Colhida (ha)

Quantidade Produzida (T)

Rendimento Médio (Kg/ha)

Produção Estimada (t)

Abacaxi 10 10 100 10000 100

Abobora 75 75 400 5333 400

Borracha 170 150 20 135 20

Café 180 160 147 918 147

Cana 7500 7200 504000 70000 504000

Coco-da-baía 56 56 560 10000 560

Feijão – Safra 1 45 45 36 0 0

Feijão – Safra 2 6 6 3 0 0

Goiaba 95 94 1504 16000 1504

Mamão 155 135 15930 118000 15930

Mandioca 500 500 6000 12000 6000

Maracujá 3 3 60 20000 60

Milho – Safra 1 100 100 128 1280 128

Pimenta 35 35 77 2200 77

TOTAL 8930 8569 528965 265866 528926

Fonte: IBGE/LSPA do Estado do Espirito Santo (Agosto/2010).

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Tabela 8 – Atividade pecuária

Município Tipo de Rebanho 2008 2009

Bovino 26.500 24.759

Suíno 405 416

Caprino 45 46

Pedro Canário Ovino 765 787

Galos, Frangas, Frangos, Pintos 4.650 4.789

Galinha 800 816

Codorna - -

Variável: Valor da Produção (Mil reais)

Município Tipo de Produto 2008 2009

Leite 2934 3265

Pedro Canário Ovos de Galinha 5 5

Ovos de Codorna - -

Mel de Abelha 8 8

Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ppm/default.asp e http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?

t=1&z=t&o=23&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1, em 2011.

Tabela 9 – Aquicultura e Pesca

TILÁPIA ( x ) Tanque Rede (m3) Área utilizada em ha 102 m3

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada 6

QUAIS? Produtor Nº 8

ALEVINOS

TILÁPIA ( x) Área utilizada em ha 0,04

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada 2

QUAIS? Produtor Nº 1

FONTE: INCAPER/ELDR Pedro Canário, 2010.

Page 15: PEDRO CANÁRIO

Tabela 10 – Principais Atividades rurais não agrícolas

Nº ATIVIDADES NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS

1 Agroindústria 1

2 Artesanato 1

3 Agroturismo ***

FONTE: INCAPER/ELDR Pedro Canário, 2010.

1.6 Aspectos turísticos

O município conta com alguns pontos turísticos: o Rio Itaúnas abriga os principais balneários,

além de algumas represas e rios de grande movimento de lazer. A bacia que compõe a

paisagem hidrográfica do município é a do Rio Itaúnas, podendo ainda ser citados o Córrego

Douradinho, Engano, Floresta do Sul e Ribeirão Dourado. Sendo que o rio Itaúnas é o que

abastece a cidade. Nas zonas mais altas e próximas às cabeceiras, a qualidade da água é boa

e a fauna aquática diversa, embora pouco numerosa.

À medida que se aproxima do trecho junto ao município de Pedro Canário, observam se que as

formações de terrenos que compõem o encaixamento do rio encontram-se em acentuado

estado de erosão. As principais rotas turísticas é a da cachoeira dos pretos localizada no Rio

Itaúnas a aproximadamente 25km da sede do município, outra rota é a represa da Heringer

localizada a aproximadamente 12km da sede do município no sentido Cristal do Norte.

Page 16: PEDRO CANÁRIO

2. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO E DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO

2.1 Metodologia de elaboração do Proater

A metodologia utilizada para a realização deste programa está baseada nos princípios de uma

práxis extensionista dialógica, participativa e emancipadora. Desta forma, agricultores

participaram ativamente de todos os processos, discutindo e refletindo sobre sua realidade de

vida, os anseios e as possibilidades de mudança.

A adoção de metodologias participativas de Ater para a condução dos trabalhos deste programa

buscam, além de um diagnóstico que realmente reflita a realidade vivida pelas famílias,

aprimorar a construção da cidadania e a democratização da gestão da política pública.

A prática utilizada nos diversos encontros com os agricultores familiares estão baseadas em

técnicas e métodos de Diagnóstico Rural Participativo – DRP, nos quais o diálogo e o respeito

são pontos fundamentais para o entendimento coletivo de determinadas percepções.

A tabela abaixo indica o cronograma de encontros realizados no município.

Tabela 11 – Cronograma de encontros para elaboração do Proater

Nº COMUNIDADE/LOCAL PÚBLICO DATA Nº PARTICIPANTES

1 Vila de Taquaras Produtor rural 13/10/10 12

2 Assentamento Castro Alves- Córrego do Engano Produtor rural 03/11/10 8

3 Assentamento Castro Alves- Sede Produtor rural 03/11/10 18

4 Floresta do Sul Produtor rural 04/11/10 13

5 Fazenda Carapina Produtor rural 04/11/10 12

6 Cristal do Norte Produtor rural 05/11/10 15

Page 17: PEDRO CANÁRIO

Agricultores participam de DRP

Agricultores participam de DRP

Page 18: PEDRO CANÁRIO

Meio Ambiente

• Problemas

- Falta de informação;- Pouca educação ambiental;- Descaso do poder publico em geral;- Produção nociva ao meio ambiente;- Poluição do solo e da água;- Uso Intensificado de agroquímicos;- Leis ambientais antieconômicas. - Baixa cobertura florestal do município.

• Potencialidades

- Associação de Produtores Agroecológicos- Contexto político e econômico voltado para o meio ambiente;- Revisão e aplicação das leis ambientais.

Econômico/Produtivo

• Problemas

- Dificuldade na viabilização de programas de governo municipal para a agricultura familiar;- Falta de orientação e assistência técnica mais constante nas atividades produtivas;- Escassez de crédito subsidiado;- Pouca diversificação das atividades;- Dificuldade na mecanização agrícola;- Baixa produtividade;- Poucas novidades e inovações para a agricultura;- Comercialização;- Dificuldade para irrigar.

• Potencialidades

- Programas de apoio a comercialização dos governos estadual e federal;- Polos de diversificação do governo do estado;- Auto estima dos produtores;- Respectiva de maior alcance dos agentes de ATER nas comunidades;- Alimentação escolar;- Capacitações de agricultores.

Page 19: PEDRO CANÁRIO

Social

• Problemas

- Pouca organização dos agricultores;- Baixa qualidade de moradia e saneamento básico;- Dificuldade na saúde;- Manutenção das estradas;- Eletrificação rural;- Poucas parcerias;- Comunicação.

• Potencialidades

- Existência de cooperativa de agricultores;- Existência de associação de agricultores;- Reconhecimento da importância da agricultura familiar para o desenvolvimento do município;

Page 20: PEDRO CANÁRIO

3. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE ATER DO ELDR

As ações planejadas pelo ELDR foram formatadas com a efetiva participação dos agricultores,

suas instituições de representação, técnicos e gestores públicos. Estes sujeitos participaram

não só do diagnóstico como do planejamento em si, apontando as prioridades e as ações que

identificaram como fundamentais.

Além da prospecção das demandas levantadas com os agricultores, o Proater também está

alicerçado nos programas do Governo do Estado, coordenados pelo Incaper e pela Secretaria

da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.

A tabela a seguir é um quadro resumo das principais ações/atividades a serem desenvolvidas

pelo ELDR no ano de 2011.

Page 21: PEDRO CANÁRIO

PROGRAMAÇÃO ANUAL DAS ATIVIDADES DE ATER – 2011Pedro Canário

Público Assistido Crédito Rural Nº

Agricultores Familiares 150 Projeto Elaborado 10

Assentados 129 Projeto Contratado 5

Quilombolas Mercado e Comercialização Nº

Indígenas Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) 2

Pescadores Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) 4

Outros Agricultores 10 Inclusão/Apoio a feiras 2

Outros Públicos 25 Inclusão/Apoio outros mercados 4

Somatório 314 Organização e gestão da comercialização 5

TABELA – Resumo da programação por atividadeINDICADORES

ATIVIDADES

Con

tato

Vis

ita

Reu

nião

Enc

ontro

Cur

so

Dia

de

Cam

po

Dia

Esp

ecia

l

Exc

ursã

o

Sem

inár

io

Ofic

ina

Out

ros

Café Arábica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Café Conilon 30 0 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fruticultura 46 9 51 1 - - 1 - - - 1 - - - - - 6 - -

Olericultura 73 5 28 1 - 1 - - - - - - - - - - - - -

Culturas Alimentares 106 19 55 - - - - - - - - - - - - - 7 - -

Pecuária 43 16 36 1 5 - - - - 1 - - - - - 1 5 1 -

Pesca e Aquicultura 23 - 5 - - - - - - - - - - - - - - - -

Silvicultura 19 - 12 1 - - - - - - - - - - - - 2 - -

Floricultura - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Recursos Hídricos e Meio Ambiente 41 1 50 1 - - - - - - 3 - - - - 1 - 1 -

Atividades Rurais Não Agrícolas 30 1 13 - - - - - - - - - - - - - - - -

Agroecologia 12 - 9 1 1 - 1 - - 1 - - - - - - - - -

Organização Social 4 2 6 2 - 4 - - 2 - - 1 - - 2 - 1 1

Somatório 423 55 291 12 8 1 6 0 0 4 4 0 1 0 0 4 20 3 1

Incaper – Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural

Nº Pessoas Assistidas

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DALMAGRO, Ronam et al. História de Pedro Canário, Prefeitura Municipal de Pedro Canário:

Secretaria Municipal de Educação. Gráfica Vitória 2008.139p.

IJSBN - Instituto Jones dos Santos Neves.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

INCAPER - Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural. Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba. Disponível em:

http://www.incaper.es.gov.br/pedeag/index.htm.

SIAG – Sistema de Informações Agroclimáticas do Espírito Santo.

Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento. Relatório de Desenvolvimento Humano.