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PELA FÉ CONFESSAMOS: DEUS EXISTE! Em Hebreus, no capítulo 11 e versículo 6, o escritor nos diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus , porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Sendo assim, gostaria de dissertar sobre alguns argumentos que corroboram com a crença de que Deus existe, a saber: 1. Argumentos filosóficos Filosofia é amor à sabedoria. A filosofia tem como objeto de estudo as questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé, e sim na razão. Embora a existência de Deus seja, em primeira instância, uma questão de fé, há inúmeros argumentos nos quais a filosofia se ampara para defender a existência divina. Nesta oportunidade, falarei sobre três. a) Argumento ontológico. Talvez o mais aguerrido defensor desse argumento tenha sido o filosofo francês René Descartes. Ele tinha como principal método de estudo, o questionamento de toda verdade que lhe era apresentada, passando-a primeiro, pelo crivo severo da razão, desconsiderando tudo o que a razão não aceitasse. Para ele a única coisa que realmente pode ser considerada verdadeira é o pensamento, pois mesmo que uma pessoa duvide

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PELA FÉ CONFESSAMOS: DEUS EXISTE!

Em Hebreus, no capítulo 11 e versículo 6, o escritor nos diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.

Sendo assim, gostaria de dissertar sobre alguns argumentos que corroboram com a crença de que Deus existe, a saber:

1. Argumentos filosóficos

Filosofia é amor à sabedoria. A filosofia tem como objeto de estudo as questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé, e sim na razão.

Embora a existência de Deus seja, em primeira instância, uma questão de fé, há inúmeros argumentos nos quais a filosofia se ampara para defender a existência divina. Nesta oportunidade, falarei sobre três.

a) Argumento ontológico. Talvez o mais aguerrido defensor desse argumento tenha sido o filosofo francês René Descartes. Ele tinha como principal método de estudo, o questionamento de toda verdade que lhe era apresentada, passando-a primeiro, pelo crivo severo da razão, desconsiderando tudo o que a razão não aceitasse.

Para ele a única coisa que realmente pode ser considerada verdadeira é o pensamento, pois mesmo que uma pessoa duvide que o pensamento exista, essa sua dúvida já é um pensamento. “Penso, logo existo”.

Pensando assim, Descartes examinar a ideia de perfeição. Quando dizemos que alguma coisa é imperfeita, estamos usando a ideia de perfeição sob a forma de ‘falta de alguma coisa’, ou seja, está faltando algo para que essa coisa seja perfeita. Se não faltasse nada, então seria perfeita.

A ideia de perfeição não se origina nos sentidos, mas na razão.

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Um ser imperfeito não pode ser a causa da criação de um ser perfeito, pois o menos não pode ser a causa do mais. A ideia de perfeição nasce junto com o homem, é uma ideia inata.

A palavra "Deus" somente se aplica a um Ser que tenha o atributo de perfeição. Não há como alegar perfeição se não houver existência. A existência é um aspecto da perfeição. Um ser perfeito não é perfeito se não existir.

b) Argumento de contingência. Tudo o que existe deve ter uma explicação para sua existência. A existência de tudo o que existe pode ser explicada de dois modos.

Há coisas que existem por si, a sua existência não depende de fatores para além de si - números, objetos matemáticos – segundo esse pensamento filosófico essas coisas não possuem explicação para além de si, eles simplesmente existem por si.

Do outro lado estão todas as outras coisas. Elas possuem causas externas que explicam a razão pela qual existem (montanhas, pessoas, árvores, cadeiras, galáxias).

O universo existe, e não é por uma causa necessária, como os objetos matemáticos, então se deve ter uma explicação em uma causa externa, para além de si, do tempo, do espaço, da matéria, da energia. Esta deve ser uma entidade não física, imaterial, espiritual que criou o universo. A única coisa que conhecemos que se encaixa nesta descrição é Deus.

Este Deus que existe é idêntico ao Deus descrito nas Escrituras Sagradas.

c) Argumento cosmológico. Esse argumento parte do pressuposto de que o universo não é eterno. Segundo os cientistas o universo teve início há 13,7 bilhões de anos. Outro fato a ser considerado é que do nada, nada surge. Se o universo não é eterno e não surgiu do nada, então o universo tem uma causa, e isso aponta para um ser consciente, além do

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tempo, do espaço, da matéria e da energia que deu origem ao universo. Esse ser o conhecemos como “Deus”.

2. Argumento científico

Argumento Teleológico – Quando nos deparamos com relógio não supomos que este relógio seja fruto do acaso. O relógio é um objeto cujas características denotam que há um projetista, tem um propósito, transmite informação e é especificamente complexo. Assim, é perceptível a qualquer pessoa, ao se deparar com as leis que regem o universo, o fato de que o universo funciona complexamente à semelhança de um relógio. Se houver qualquer desvio ou alteração, por menor que seja, nenhum tipo de vida é possível em nenhum lugar do cosmo. Todos os estudiosos concordam que 13,7 bilhões de anos não são suficientes para que haja essa ordenação tão milimétrica. E mais, tem design e que se tem design tem que ter um designer além de si mesmo.

"Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;" (Romanos 1: 19-20)

"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos." (Salmo 19:1)

3. Argumento Moral

Se Deus não existe então os conceitos absolutos de certo e errado, aceitável e inaceitável não existem. Todos os valores morais são relativos, ou seja, dependem da sociedade e da cultura vigente.

O problema é que valores morais absolutos existem. Algumas coisas são universalmente consideradas erradas, como estupro, tortura de bebes,

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pedofilia, ódio e crueldade. Por outro lado, amor, generosidade, auto sacrifício, são coisas realmente boas.

Se valores e obrigações morais não existem sem a existência de Deus, e eles de fato existem, logo Deus existe.

Talvez alguém diga: eu não preciso de Deus para ser uma boa pessoa. Porque acreditar em Deus é necessário para ser uma pessoal de boa moral?

A crença em Deus não é necessária para a moralidade, mas a existência de Deus é necessária para a moralidade. Deus é necessário como base para as exigências e valores morais objetivos.

Se Deus não existe e exigências e valores morais objetivos também não, toda moralidade será relativa. Cada um terá um código moral em particular.

SUPONDO QUE DEUS EXISTE, PORQUE ACREDITAR QUE ELE SEJA O CRISTÃO?

4. Argumentos cristológicos da existência de Deus

Os argumentos usados até agora nos mostram a consistência do monoteísmo pregado por cristãos, judeus e muçulmanos, ou seja, todos eles afirmam que existe um criador e arquiteto de tudo o que existe e que Ele é a fonte de valores morais absolutos. A questão é: qual destes monoteísmos é o verdadeiro?

A resposta talvez seja esta: Deus revelou-se de maneira plena na pessoa de Jesus de Nazaré. Ele afirmou ser o Filho de Deus e revelação absoluta de Deus. E que suas afirmações radicais foram publicamente confirmadas por Deus com sua ressurreição.

Paulo disse: “e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm.” 1 Coríntios 15:14

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Sobre a historicidade da ressurreição de Jesus é preciso destacar 4 fatos, reconhecidos pela grande maioria dos historiadores modernos do Novo Testamento. Esses historiadores não são apenas cristãos.

1- Jesus foi sepultado em uma tumba por José de Arimateia.

2- O túmulo foi achado vazio por mulheres no domingo depois da crucificação.

3- Depois disso vários indivíduos e grupos de pessoas observaram aparições de Jesus vivo.

4- A origem da fé cristã deve sua existência a crença destes primeiros discípulos, de que Deus havia ressuscitado a Jesus dos mortos. Uma crença que eles começaram a ter súbita e sinceramente apesar de todas as predisposições em contrário. Como explicar isso da melhor maneira?

A hipótese "Deus ressuscitou Jesus da morte" é a melhor explicação para estes fatos. A ressurreição de Jesus e as aparições pós-morte de Jesus são tão bem atestadas a ponto de serem virtualmente inegáveis. Negá-la seria o mesmo que negar a queda de Jerusalém no ano 70 d.C. ou o reinado de Cesar Augusto.

Os escritos do N.T. são suficientemente confiáveis a ponto de se crer em algo pelo simples fato de ali estarem registrados?

Quando historiadores examinam os textos do N.T. eles não o fazem com um olhar religioso e sim histórico, como um monte de documentos separados, cartas, biografias, etc.

Há mais relatos sobre Jesus do que sobre a maioria das grandes figuras públicas da antiguidade.

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Talvez você acredite que não se deva confiar nos Evangelhos alegando que os autores façam parte de uma suposta conspiração.

Isto foi uma acusação muito usada no século XVIII. Mas pensar assim é mostrar-se desinformado. A crucificação foi um desastre para os discípulos. O messias iria expulsar o inimigo de Israel e reestabelecer o trono de Davi em Jerusalém e não ser humilhado e executado por seus inimigos. Além disso não havia nenhuma expectativa de que o Messias ressuscitaria dentre os mortos. A ressurreição era uma crença judaica para o fim dos tempos e não um evento isolado na história para um indivíduo.

Quando se lê o N.T. não há qualquer dúvida de que eles estavam dispostos a morrer pelo que acreditavam e de fato muitos morreram. Como dizer que o relato da ressurreição é o resultado de um plano deliberado?

O máximo que se pode fazer é comparar a hipótese da ressurreição com as outras hipóteses, como a da conspiração, a tumba errada, uma alucinação coletiva e usarmos os critérios históricos padrão para chegar a um resultado satisfatório. Não há como negar a ressurreição.

Se houve ressurreição, alguém o ressuscitou, e nas palavras de Jesus o responsável é seu Pai, Deus, logo, esse Deus existe.

Todos estes argumentos não servem para ganhar debates, mas para dar toda a glória a Deus. A função da apologética não é ganhar uma briga, mas defender a sua fé.

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.    2Ele estava no princípio com Deus. 3Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. (...) E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai." (João 1:1-3,14)

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"Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas," (Hebreus 1:3)

"Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;" (Colossenses 1:15)

“Disse Jesus a Filipe: há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14:9)

Flávio Josefo, historiador judeu que viveu de 37 d.C. até o ano 100, se referiu a Jesus como o Cristo em seu livro Antiguidades Judaicas, livro 18, parágrafos 63 e 64, escrito em 93 em grego koiné:

"Havia neste tempo Jesus, um homem sábio [, se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram;[ porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje."

Jesus é a maior prova da existência de Deus! Ele é Deus. Ele confessou e provou em palavras e em ações que Deus existe. Deus existe e é galardoador dos que o buscam! Há um Deus nos céus. (Daniel 2:28), que tem todo poder, que criou todas as coisas, que se importa com você, que ama você, que deu o seu ùnico Filho para te salvar. Não vemos o ar, mas não conseguimos viver sem ele, assim não vemos as Deus, mas pela fé temos convicção que Ele existe, e não

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conseguimos viver sem Ele, como bem disse Jesus: "Sem mim nada podeis fazer"!