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PROCLAMANDO

PequenosGrupos Livreto

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Material didático para a fomacão de discípulos nos moldes da palavra de Deus.

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  • Comunho, discipulado e evangelizao

    PROCLAMANDO

    Pequenos Grupos

  • Comunho, discipulado e evangelizao

    Pequenos Grupos

    PROCLAMANDO

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    Preparao dos originais Alan Pereira Rocha

    Eleilton William de S. Freitas

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    Capa e editorao Roberta Bassanetto (Farol Editora)

    IMPRESSO

    Grfica e Editora A Voz do Cenculo

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  • Sum

    rio

    Introduo .......................................................................................................................................6

    1. O conceito de Pequenos Grupos .................................................... 8

    2. A importncia dos Pequenos Grupos .................................... 11

    3. O fundamento bblico para os Pequenos Grupos .......................................................................................................13

    4. As caractersticas dos Pequenos Grupos .......................16

    5. Os objetivos dos Pequenos Grupos ..........................................19

    6. Os Pequenos Grupos como estratgia de evangelizao .................................................................. 23

    7. A implantao dos Pequenos Grupos ................................... 27

    8. O funcionamento dos Pequenos Grupos ........................ 35

    Referncias bibliogrficas .................................................................................. 40

  • Introduo

    6

  • 7A Igreja Adventista da Promessa tem utilizado vrias ferra-

    mentas de evangelizao, no decorrer dos anos. Dentre elas,

    a mais conhecida e utilizada o Grupo de Estudo Bblico, que

    se destina a pessoas no-crists com o desejo de conhecer a

    palavra de Deus de forma mais profunda e sistematizada.

    no Grupo de Estudo Bblico que ensinamos as verdades

    que nos fazem ser Adventistas da Promessa a pessoas no-

    crists; ali que tiramos dvidas doutrinrias e ensinamos as

    principais doutrinas bblicas. Entendemos que, atravs de um

    Grupo de Estudo Bblico, pessoas no-crists podem ser con-

    duzidas palavra de Deus, que viva e eficaz (Hb 4:12), e, des-

    ta forma, converterem-se a Jesus Cristo. por esses e outros

    benefcios que temos utilizado, j de longa data, o Grupo de

    Estudo Bblico como excelente forma de evangelizar.

    Visando proporcionar aos promessistas mais uma ferramen-

    ta, apresentamos, agora, os Pequenos Grupos. Tendo como

    foco principal a comunho e a integrao dos cristos, mais

    uma tima maneira de compartilhar as boas novas do evan-

    gelho com os no cristos, alm de ser boa forma de reteno

    dos novos convertidos. Cremos que eles sero uma beno em

    nossas igrejas locais. uma proposta apenas. Cada igreja tem

    a total liberdade de adaptar este projeto de acordo com sua

    realidade e contexto.

    O objetivo no substituir o Grupo de Estudo Bblico pe-

    los Pequenos Grupos. claro que no. Podemos utilizar am-

    bos, bem como as demais ferramentas de evangelizao que

    j possumos para anunciar o Reino. Desta forma, caso voc se

    interesse em implantar os Pequenos Grupos em sua igreja local,

    este guia foi escrito especialmente para voc. Nele, voc encon-

    trar as informaes necessrias para orient-lo neste processo.

  • O conceito de Pequenos Grupos

    Ainda existe, no cenrio religioso, muita dvida e confuso em relao aos Pequenos Grupos. Por esta razo, para fins didticos, podemos comear esta abordagem definindo, primeiramente, o que no um Pequeno Grupo. Assim, eliminaremos, de pronto, qualquer tipo de confuso que possa surgir no decorrer de nossa conversa.

    1

    Em primeiro lugar, o Pequeno Grupo no um Grupo de Estudo Bblico, que men-cionamos na introduo. claro que h

    estudo da Bblia no Pequeno Grupo, mas

    no somente. No Pequeno Grupo, relacio-namento a palavra-chave, ao contrrio de um Grupo de Estudo Bblico, cujo foco prin-

    cipal o aprendizado bblico e sistemtico.

    No Pequeno Grupo, o discipulado e a evan-

    gelizao ocorrero na dinmica do relacio-

    namento; por isso, ele muito importante.

    8

  • 9O Grupo de Estudo Bblico visa ensinar a Escri-tura de forma sistemtica (usamos, por exemplo, o Doutrinal, Tesouros da Verdade etc.). J o estudo da Bblia, no Pequeno Grupo, tem carter mais devo-cional e mais interativo. No queremos dizer, com isso, que a Bblia no estudada com seriedade, afinal de contas, como fazer aplicaes relevantes dos ensinos bblicos para a nossa vida, sem, antes, entend-los corretamente? Sob a direo de um facilitador, com um contedo devidamente sele-cionado, todos podero interagir e reagir diante do contedo a ser aplicado. Em suma, o Grupo de Estudo Bblico e o Pequeno Grupo so igualmente importantes para a igreja, mas possuem diferenas operacionais que os distinguem.

    Em segundo lugar, o Pequeno Grupo no um

    grupo de orao. Como o prprio nome diz, este

    tipo de grupo dedica-se exclusivamente orao,

    no ao discipulado, comunho e evangelizao.

    claro que h orao num Pequeno Grupo, mas

    no somente. O Pequeno Grupo, portanto, mais

    abrangente em seus objetivos do que o grupo de

    orao e o de Estudo Bblico.

  • 10

    EntO, O quE O PEquEnO GruPO?

    Segundo Valberto da Cruz e Fabiana Ramos,1 pode-mos definir Pequeno Grupo como uma pequena quan-tidade de pessoas que se rene regularmente, em am-biente de comunho, com propsitos diversos, como os de estudar a palavra de Deus, compartilhar experincias de vida e orar, tendo em vista a formao de verdadeiros seguidores de Jesus Cristo. Para Carlito Paes,2 Pequenos Grupos so a ao estratgica que Deus planejou para que a eficincia no cuidado mtuo, na integrao e na comunho fosse algo real para cada membro.

    O Pequeno Grupo um programa de comunho e discipulado, que utiliza como ferramenta encon-tros entre cristos e no-cristos, que se renem uma vez por semana com o objetivo comum de estimular uns aos outros f, orar uns pelos outros e proporcionar a oportunidade de um crescimento espiritual. um ambiente favor-vel evangelizao de pessoas no-crists. Cre-mos, por essa razo, que o Pequeno Grupo algo imprescindvel para a igreja contempornea.

    1. Cruz (2007:18)2. Paes (2012:152)

  • A importncia dos Pequenos

    Grupos 2

    11

    Reconhecemos a vital necessidade que a igreja possui, em nossos dias, de estabe-lecer um programa em que a comunho entre os membros torne-se uma realidade mais profunda e dinmica, a fim de que no venhamos a experimentar um tipo de comunho superficial e desinteressada. Com os Pequenos Grupos, pretendemos que os membros destes se relacionem exatamente como uma famlia, em um ambiente menos formal e de mais intimi-dade uns com os outros, conhecendo as reais necessidades de cada um e servindo uns aos outros em amor. Entendemos que, por essa razo, esse ambiente favorvel a ajudar pessoas no-crists a tornarem-se verdadeiras discpulas de Jesus Cristo, o que torna os Pequenos Grupos excelentes ferramentas de evangelizao.

  • 12

    Os Pequenos Grupos atendem tanto cristos quanto no-cristos. Destinam-se, principalmente, comunho, ao discipulado e evangelizao. Seu carter no ape-nas doutrinrio, mas relacional; no somente teolgico, mas tambm devocional. No se trata apenas de grupos de estudo, mas de comunho e discipulado. Atravs dos Pequenos Grupos, aproximamo-nos uns dos outros; cum-primos os mandamentos de mutualidade crist; relaciona-mo-nos de maneira mais efetiva, e crescemos no discipu-lado. Por promoverem um ambiente acolhedor e afetivo, os Pequenos Grupos tambm facilitam a integrao de no-cristos na comunidade de f e o seu discipulado.

    A importncia dos Pequenos Grupos deve-se, tam-bm, ao fato de contriburem para a reteno dos novos convertidos. notrio que muitas pessoas entram pela porta da frente de nossas igrejas e saem pelas portas do fundo. Convertem-se, mas no so discipuladas; rendem-se a Cristo, mas no conseguem integrar-se na igreja. Os Pequenos Grupos so um ambiente propcio para inte-grar novos convertidos comunidade crist. no Pe-queno Grupo que os recm-convertidos podem ser aco-lhidos e abraados pela igreja. ali que eles conhecem pessoas e so conhecidos por elas. No Pequeno Grupo, o novo convertido cria vnculos de amizade e relaciona-se de forma mais profunda com outros cristos. fato: a chance de um novo convertido sair da igreja, aps estar inserido num Pequeno Grupo, muito menor.

  • Os Pequenos Grupos no so uma ferramenta para crescimento de igreja desprovida de qualquer fundamentao bblica; tambm no so uma tcnica criada por pastores megalomanacos, que encaram a igreja como uma empresa e desejam faz-la expandir-se, sem nenhum critrio teol-gico. No se pode questionar que h, no cenrio brasileiro, diversas igrejas e lderes que encaram os Pequenos Grupos dessa forma; mas, como diz o di-tado popular, no podemos jogar fora o beb com a gua suja da bacia, no mesmo? No porque muitos distorcem o conceito de Pequenos Grupos que iremos dispens-los. Alis, a principal razo pela qual no precisamos abrir mo dos Pequenos Grupos que eles encontram vasto apoio bblico.

    Encontramos, no Antigo Testamento, por exemplo, no livro de xodo, o povo de Israel sendo dividido em grupos, para que a administrao de Moiss fosse facilitada (Ex 18:1-27). A razo sim-ples: pequenos grupos oferecem uma vantagem operacional, pois facilitam a administrao e o pastoreio de um nmero muito grande de pesso-as. Moiss no era capaz de pastorear to grande

    O fundamento bblico para os

    Pequenos Grupos 3

    13

  • 14

    nmero, e, em muitos casos, o pastor tambm no o . Em igrejas cujo nmero de membros ultrapassa 150 pessoas, o pastoreio com eficcia j se torna praticamente impossvel a apenas um homem! Jetro, o sogro de Moiss, entendeu perfeitamente isso, e o que precisamos fazer tambm.

    Alm disso, j no Novo Testamento, temos o maior exemplo de todos: Jesus Cristo. Ele tinha o seu prprio grupo pequeno de 12 pessoas (Mc 3:13-19). De acordo com a narrativa bblica, seu grupo reuniu-se vrias vezes, nas casas, durante o processo de discipulado (Mc 7:17, 9:28; Lc 10:38-42; ). A razo que Jesus usava as casas como centros de ensino, discipulado, evangelismo, cura, intimidade e ser-vio.1 Dessa forma, deixou o seu exemplo aos primeiros discpulos e a todos ns. Seu plano para fazer que o evangelho chegasse aos con-fins da terra foi um pequeno grupo de 12 homens.2 Como podemos constatar, esse plano deu certo. Sua eficcia facilmente constatada pelo fato sermos hoje cristos.

    Finalmente, encontramos, ainda no Novo Testamento, o mara-vilhoso exemplo da igreja do primeiro sculo, construda sobre pe-quenos grupos. Tanto o livro de Atos dos Apstolos quanto as car-tas mostram-nos a igreja reunida em pequenos grupos, nas casas. Devemos lembrar que, naquela poca, s existia um templo que os

    1. Kornfiled apud Cruz (2007:35). 2. Kivitz (2008:35).

  • 15

    cristos frequentavam, e este era em Jerusalm o Templo de Salo-mo, que havia sido reconstrudo por Herodes, o Grande. Desta for-ma, depois que foram perseguidos e tiveram de fugir de Jerusalm, os cristos expandiram o cristianismo para outras partes do imprio romano. No havia mais um templo para se reunirem.

    Somente aps o terceiro sculo, com a suposta converso do imperador Constantino e a consequente elevao do cristianismo a religio oficial do imprio romano que foram construdos templos cristos. Antes disso, conforme nos mostra a histria e o Novo Testa-mento, os cristos encontravam-se, principalmente, nas casas. A igre-ja primitiva no tinha prdio, nem templo. Era uma igreja nas casas.

    Era nas casas que os primeiros cristos reuniam-se em

    pequenos grupos para orar (At 12:12-17), confraternizar-se,

    ter momentos de comunho (At 2:42, 44, 46), ensinar, dis-

    cipular (At 5:42; 20:7-12, 20) e adorar a Jesus Cristo, como

    igreja (Rm 16:3-5,23; 1 Cor 16:19; Cl 4:15; Fl 1:2). Os Peque-

    nos Grupos so, portanto, uma poderosa ferramenta de

    comunho, ensino, adorao, discipulado e evangelizao.

    Isso nos foi ensinado por Jesus e pela igreja dos primeiros

    sculos, conforme a Bblia.

  • Aps conceituarmos o Pequeno Grupo e com-preendermos sua fundamentao bblica, preci-samos deline-lo. Somente o conceito, por vezes, no capaz de dar-nos as formas necessrias para visualiz-lo, na prtica. Precisamos de mais informa-es para isso. Sendo assim, vamos tratar, agora, as caractersticas especficas de um Pequeno Grupo.

    As caractersticas dos Pequenos Grupos 4

    16

    INfORMAlIDADE

    Nossos cultos, no templo, possuem inmeras formalidades, que so completamente dispens-veis nos Pequenos Grupos. Nestes, no existe aque-le senta e levanta; no h aquele clima de soleni-dade; no h preocupaes demasiadas sobre a vestimenta etc. O ambiente amigvel e faz que as pessoas sintam-se, de fato, em casa. As pesso-as sentam-se em crculo e no enfileiradas umas atrs das outras o que proporciona mais contato pessoal e interao entre os participantes. A infor-malidade acontece nas relaes e no programa dos Pequenos Grupos, promove comunho e facilita o discipulado e a evangelizao.

  • 17

    PESSOAlIDADE

    Pequenos Grupos no visam investigar exaustivamente as verdades das Escrituras. Para isso, temos outros espaos na igreja, como a Escola Bblica, os estudos bblicos, as pa-lestras etc. Os Pequenos Grupos devem centrar-se no que elementar, buscando as implicaes e as aplicaes espe-cficas da palavra de Deus ao contexto em que vivemos. A proposta tratar de questes pessoais, luz da Bblia. Eles so um espao de aceitao, respeito e aconselhamento, em que podemos expor as realidades mais profundas de nossas vidas a outros amigos. So, tambm, um ambiente em que somos encorajados a compartilhar experincias; um lugar em que mscaras so retiradas e cada participan-te sente-se livre para ser o que .1

    1. Kivitz (2008:42).

    PARTICIPAO

    Pequenos Grupos no so aula, pregao ou palestra, que as demais pessoas ouvem passivamente. Longe disso. Eles deves ser participativos; do contrrio, no sero, de modo algum, Pequenos Grupos. Todos cantam e oram, e o ensino-aprendizado acontece sempre em conjunto. Os participantes aprendem o ensino da Bblia, atravs de um esforo conjunto, direcionados por um lder, que, nesta equao, desempenha o papel de facilitador apenas. Dessa forma, o aprendizado ocorre por meio da participao e da interao. Existe espao para compartilhar as descobertas pessoais e criar um ambiente de aprendizado participativo.

  • 18

    REGUlARIDADE

    A maioria dos cristos encontra-se com outros membros da igreja apenas nos cultos e em programaes aos finais de semana. Uma vez que, nesses eventos, h pouco espao para um contato mais pessoal e afetivo, fica realmente muito difcil desenvolver relacionamentos mais profundos de amizade. A regularidade de um grupo pequeno que se rene semanal-mente , sem dvida, um meio extremamente importante para tecermos vnculos afetivos e desenvolvermos amizades mais profundas com nossos irmos e irms e tambm com no-cristos que desejamos discipular.

  • Em um Pequeno Grupo, muitos objetivos bbli-cos so alcanados, como unio, crescimento espi-ritual e desenvolvimento de prticas devocionais. Mas, entre todos os objetivos, destacamos trs, que consideramos os principais e que devem ser busca-dos com afinco nos Pequenos Grupos.

    Os objetivos dos Pequenos Grupos 5

    19

    Desenvolver a comunho

    Atravs dos Pequenos Grupos, temos a possibilidade de promover a comu-nho entre os cristos de forma muito mais profunda e verdadeira. Atravs de-les, conseguimos aproximar as pesso-as umas das outras. Alis, os Pequenos Grupos surgem exatamente para cum-prir a lacuna deixada pelo anonimato caracterstico das grandes reunies.1 ali que os cristos, novos convertidos e pessoas no-crists so, de fato, integra-dos na igreja.

    1. Kivitz (2008:51).

  • 20

    Pequenos Grupos so um espao de unio que viabiliza encontros genunos entre pesso-as, despidas de suas mscaras e desconfian-as, num ambiente em que os relacionamen-tos interpessoais2 acontecem de forma mais profunda. Eles so, tambm, o lugar em que podemos cumprir com mais exatido os man-damentos de mutualidade crist: servi uns aos outros, amai-vos uns aos outros, sujeitai-vos uns aos outros etc. Atravs do cumprimento desses mandamentos de reciprocidade, os par-ticipantes acabam desenvolvendo um cuida-do mtuo. Cristos pastoreiam outros cristos, nos Pequenos Grupos. A comunho vista de forma plena, de modo que os relacionamentos construdos ultrapassam o espao do encontro semanal e levam os cristos a se relacionarem rotineiramente.

    2. Cruz (2007:46).

  • 21

    Promover o discipulado

    Alm de promover a comunho, os Pequenos Grupos tm como objetivo desenvolver o discipulado. Sabemos que essa foi a ordem Jesus Cristo a sua igreja (Mt 28:19-20). Fa-am discpulos, disse o Senhor, antes de subir aos cus (19a). Ele no somente deu a tarefa: tambm nos mostrou como faz-la: batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espri-to Santo; ensinando-os a obedecer a todas as coisas que vos ordenei (19b-20). O discipulado o processo pelo qual aju-damos pessoas a se tornarem discpulas de Jesus Cristo. Nos Pequenos Grupos, ns as ensinamos a obedecer a tudo que Jesus ensinou.

    Os Pequenos Grupos so um lugar propcio para isso, pois o compartilhamento da palavra de Deus, atravs de relacionamentos ntimos gera novos discpulos.3 Com isso, queremos dizer que os Pequenos Grupos valem tanto para cristos que buscam patamares mais elevados de matu-ridade crist quanto para no cristos que podero ver o evangelho funcionando na vida dos cristos.4 Nos Pequenos Grupos, novos discpulos de Cristo so forjados; novos se-guidores de Jesus surgem com o tempo, de forma natural. Atravs do ensino, da comunho e da orao, as pessoas vo se comprometendo cada vez mais com Jesus e se tornando verdadeiras discpulas dele.

    3. Idem, p.19. 4. Kivitz (2008:51).

  • 22

    Possibilitar a evangelizao

    Por serem um ambiente informal, participativo e de afetividade, os Pequenos Grupos tornam-se um exce-lente lugar para se levar pessoas no-crists. So um es-pao em que elas se sentem vontade, acolhidas pelos cristos e integradas na comunidade de f. Por haver comunho e discipulado, essas pessoas, at ento re-sistentes ao evangelho, so conduzidas a se tornarem tambm discpulas de Jesus Cristo. Os Pequenos Gru-pos devem ser abertos a todos os amigos, familiares, colegas do trabalho ou vizinhos no-cristos.

    Os cristos que participam dos Pequenos Grupos so encorajados a convidar pessoas que ainda no so con-vertidas para participarem do encontro. Por se tratar de um ambiente agradvel, os prprios cristos sentem-se entusiasmados em convidar seus amigos no-cristos. Alm disso, comprovado que pessoas no-crentes possuem mais dificuldade em ir a um culto no templo do que em ir a um ambiente informal e acolhedor de uma casa de amigos ou familiares, como acontece num Pequeno Grupo.

  • Tendo em vista os objetivos j citados, cremos que os Pequenos Grupos so uma excelente estratgia de evangelizao para a igreja contempornea. Temos algu-mas razes para crermos nisso.

    Os Pequenos Grupos como estratgia de

    evangelizao 6Em primeiro lugar, os Pequenos Grupos favorecem a integrao social. Por vezes, pessoas entram

    e saem de nossas igrejas sem sequer serem notadas. Num Pequeno Grupo no existe anonimato. O ambiente favorece a integra-o social. No Pequeno Grupo, vnculos de amizade so tecidos.

    Relacionamentos profundos comeam a ser desenvolvidos entre os participantes. Desta forma, o no-crente tem maiores chances de se integrar vida da igreja e de vir a fazer parte da comunidade crist. Alm disso, nas grandes cidades, a solido latente. Milhares caminham pelas ruas sem amigos e famlia. Os Pequenos Gru-pos, portanto, oferecem aos solitrios uma famlia e amigos cristos.

    23

  • 24

    Em segundo lugar, os Pequenos Grupos so uma excelente estratgia de evange-lizao, pois possibilitam uma aplicao

    mais eficaz das Escrituras vida das pessoas. Isso extremamente importante, pois, diferen-temente das grandes reunies, em que a men-sagem bblica generalizada, o Pequeno Grupo propicia a particularizao da mensagem, facili-tando sua aplicabilidade.1 Nos Pequenos Grupos, temos a chance de compartilhar experincias pessoais, luz das Escrituras Sagradas.

    Podemos e devemos tratar de problemas e dificuldades pessoais que nem sempre so trata-dos em outros programas ou eventos da igreja. O aprendizado dinmico e pessoal; a aplicao, por sua vez, contextualizada e relevante. Assim, a aplicao das Escrituras acontece com muito mais eficincia. A consequncia disso que o no-cris-to encontra, na Bblia, as respostas para as suas dvidas, a soluo para seus dilemas, o consolo para as suas angstias. A palavra torna-se relevante para ele, pois diz respeito a questes prticas do seu dia-a-dia.

    1. Cruz (2007:48).

  • 25

    Em terceiro lugar, os Pequenos Grupos so uma excelente estrat-

    gia de evangelizao, pois alcan-am novas reas da cidade. Con-forme novos grupos vo surgindo

    em outros pontos da cidade bairros

    ou reas centrais onde no existe ainda um

    templo da igreja construdo , automaticamen-

    te, surgem novas chances de alcanar pessoas

    no-crists. Cada Pequeno Grupo uma base de

    evangelizao, na rea da cidade em que est lo-

    calizado. Isso d mobilidade igreja. Por mais que

    ela no tenha um templo em determinado bair-

    ro, desde que haja, ali, um Pequeno Grupo, estar

    representada e tambm engajada em fazer novos

    discpulos para Cristo, naquela regio. assim, de

    forma simples, que podemos alcanar outras re-

    as de nossa cidade e compartilhar as boas novas

    do reino com mais e mais pessoas.

  • 26

    Em quarto e ltimo lugar, os Pequenos Gru-pos so uma excelente estratgia de evan-gelizao, pois proporcionam um ambiente

    favorvel para convidarmos no-cristos. Como j pu-demos ver, o ambiente dos Pequenos Grupos descon-trado e informal. Nele, h comunho, integrao social e pessoalidade. Por proporcionar esse ambiente acolhedor e amigvel, a chance de uma pessoa no-crist participar muito maior.

    Deste modo, os Pequenos Grupos acabam exercen-do uma funo extraordinria: de ponte entre cristos e no-cristos, pois aqueles que dificilmente atenderiam a um convite para participar de um culto no templo, prova-velmente, estariam mais abertos a um convite para reu-nir-se em casa de vizinhos ou amigos2 em um Pequeno Grupo. Tendo isso em vista, de forma geral, os Pequenos Grupos proveem o que as pessoas de hoje precisam e desejam: um ambiente de aceitao e cura para as crises mais comuns da nossa poca.3 Por essas e outras razes que podemos afirmar que os Pequenos Grupos so uma excelente estratgia de evangelizao.

    2. Idem, p. 48. 3. Paes (2012:151).

  • A partir de agora, comearemos a sair do campo mais terico e caminharemos para a prtica. Antes de implantar um Pequeno Grupo, devemos atentar para algumas etapas que julgamos essenciais. Sem elas, provvel que d errado e acabe prejudican-do a implantao dos Pequenos Grupos, o que ser, de fato, lamentvel. Vejamos, ento, passo a passo, como implant-los.

    A implantao dos Pequenos Grupos 7

    27

    1 Passo: EstudE A IGREjA

    A primeira coisa a fazer estudar a realida-de da igreja em que voc est inserido. Veja quantos membros ela possui, a fim de saber quantos Pequenos Grupos voc poder im-plantar. Tendo em mente que um Pequeno Grupo deve ter, no mximo, 13 pessoas, em uma igreja com 100 membros, por exemplo, voc poder implantar cinco ou seis, no m-ximo. Depois disso, faa um levantamento das reas da cidade em que os membros da

  • 28

    igreja esto situados. Isso importante, pois sugerimos que o critrio para a formao de um Pequeno Grupo seja geo-grfico. A proposta estabelecer Pequenos Grupos nas re-as prximas dos cristos. Isso facilitar, e muito, a frequncia dos participantes.

    2 Passo: COnsCIEntIzE Os mEmbROs

    Os Pequenos Grupos precisaro do apoio da igreja para serem implantados. Sendo assim, o pastor no deve esquecer-se de utilizar as pregaes e seu pastoreio para conscientizar e entusiasmar toda a igreja em relao a eles. Os lderes da comunidade crist tambm desempe-nham um papel imprescindvel, ao influenciar os demais cristos quanto importncia dos Pequenos Grupos para a vitalidade da igreja.

    Essa conscientizao visa assegurar igreja que Pe-quenos Grupos no so uma boa ideia que algum teve no ltimo vero, mas que encontram respaldo absoluto nas Escrituras.1 Isso importante, pois o povo de Deus precisa estar consciente do fato de que no est se sub-metendo ideia particular de um pastor ou a mais um modismo teolgico que surgiu em nossos dias, mas, sim, ao ensino das Escrituras Sagradas, que nos mostram os Pequenos Grupos como uma bno de Deus para a vida de seu povo.

    1. Kivitz (2008:84).

  • 29

    3 Passo: EstAbELEA um PROGRAmA dE ORAO

    Enquanto a igreja est sendo conscientizada, estabe-lea um programa de orao. Pode ser de um ms ou mais; fique vontade. Estimule todos os membros da igreja a interceder intensamente pelo projeto de implan-tao dos Pequenos Grupos, neste perodo. A orao do povo de Deus imprescindvel em todo o processo de implantao dos Pequenos Grupos (escolha dos lderes, dos anfitries, treinamento etc). Isso tambm contribui-r para a conscientizao de todos os cristos e facilitar esta fase inicial.

    4 Passo: EsCOLhA Os AnfItRIEs

    O quarto passo consiste em escolher, dentre os mem-bros da igreja, uma pessoa ou um casal que possa rece-ber, em sua casa, os encontros de um Pequeno Grupo. Os anfitries devero ser pessoas acolhedoras e hospita-leiras, que gostem de receber pessoas em casa. Devem ser amigveis e simpticos. importante que a casa do anfitrio seja um local de fcil acesso para os demais par-ticipantes do Pequeno Grupo, a fim de que a frequncia seja facilitada.

  • 30

    5 Passo: sELECIOnE Os LdEREs

    Depois de verificar quantos Pequenos Grupos podem ser implantados e as localidades em que sero estabeleci-dos, voc precisa escolher os futuros lderes destes Peque-nos Grupos. A proposta que cada Pequeno Grupo tenha dois lderes. Assim, os encontros podem ser conduzidos sem maiores problemas.

    Em uma igreja em que sero estabelecidos seis Peque-nos Grupos, por exemplo, devero ser escolhidos doze fu-turos lderes. Mas qual deve ser o critrio para selecion-los? Devero ser selecionadas pessoas comprometidas com Deus e vidas por fazer novos discpulos para Cristo. Devem ser crentes maduros na f, que conseguiro entender a pro-posta e lev-la adiante. Pessoas ensinveis, leais e respons-veis. Homens, mulheres ou mesmo casais podem compor a liderana de um Pequeno Grupo, desde que tenham bom testemunho diante da igreja, sejam acolhedores, amveis e saibam relacionar-se bem com outras pessoas. um desafio encontrar pessoas assim. Ento, ore a Deus e busque pes-soas com essas caractersticas em sua comunidade crist.

  • 31

    6 Passo: tREInE Os LdEREs

    7 Passo: sELECIOnE O mAtERIAL

    Selecione com antecedncia o material a ser utilizado nos encon-tros do Pequeno Grupo. Nos primeiros trs meses, todo o grupo ser conscientizado; logo, os materiais devero atender a esse propsito de conscientizao. Depois desses trs meses, o grupo ser estimula-do a convidar pessoas no-crists a participarem. Quando isso acon-tecer, o material utilizado dever atender aos dois pblicos: cristo e no-cristo. Dessa forma, os assuntos no devero limitar-se apenas ao evangelismo, nem apenas ao discipulado e comunho, mas aos trs objetivos simultaneamente.

    Para treinar os primeiros lderes, voc dever formar um Peque-no Grupo de Treinamento. Em vez de trein-los atravs de palestras, voc os treinar atravs de um Pequeno Grupo. A razo simples: desta maneira, eles tero uma experincia de como acontece um Pe-queno Grupo, na prtica. Esses futuros lderes assimilaro, na prtica, as caractersticas, vantagens e objetivos do Pequeno Grupo.

    O treinamento em um Pequeno Grupo far que esses lderes es-tejam mais aptos a implantar seus prprios Pequenos Grupos. Neste treinamento, os futuros lderes sero conscientizados acerca do con-ceito, da importncia, dos objetivos e das caractersticas especficas dos Pequenos Grupos. Tambm aprendero acerca de sua funo no grupo como liderar a reunio, promover as dinmicas, dirigir o es-tudo, fazer um cadastro com o nome e o telefone dos participantes, estimular a frequncia dos membros etc.

    Os lderes precisam compreender corretamente o que um Pe-queno Grupo, antes de qualquer outra coisa. Precisam conscientizar-se de suas responsabilidades pessoais, quanto a promover a comu-nho, o discipulado e evangelizao do grupo. O tempo de durao desse treinamento dever ser de trs meses, no mximo. Certamente ser o bastante para aprenderem como funciona um Pequeno Grupo.

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    8 Passo: fORmE Os PEquEnOs GRuPOs

    Depois de treinar os futuros lderes, voc ir desmembr-los do Pequeno Grupo de Treinamento, pois estaro com a responsabilidade de formar os novos grupos. Cada Pequeno Grupo implantado dever passar por um processo inicial de treinamento parecido com aquele pelo qual os lderes passa-ram, a fim de compreender corretamente a ideia do Peque-no Grupo, para que no haja problemas em sua operao.

    Essa fase inicial ser de conscientizao. Os participantes do grupo devem ser conscientizados, a semelhana dos lderes, acerca do conceito, dos objetivos e caractersticas do Pequeno Grupo. Eles precisam compreender perfeitamente que os alvos do Pequeno Grupo so a comunho, o discipulado e a evan-gelizao. Algo que deve ficar claro, tambm, que, nessa fase inicial, os encontros sero exclusivos para os cristos que fazem parte do grupo. Como um processo de conscientizao, ain-da no haver espao para convidar pessoas no-crists.

    Essa primeira fase acontecer nos trs primeiros meses do Pequeno Grupo. Neste perodo, o grupo ser conscienti-zado de sua responsabilidade em fazer novos discpulos para Cristo e se ajustar para conseguir promover um ambiente acolhedor e amigvel. Uma vez que se conseguiu isso, o Pe-queno Grupo estar pronto para ser aberto aos no-cristos. ento que os participantes sero estimulados a convida-rem amigos, familiares, vizinhos e no-crentes em geral para participarem dos encontros.

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    10 Passo: fAA Os AjustEs

    Todo projeto precisa de ajustes. Com um Pe-queno Grupo no ser diferente. Pode ser que, depois de alguns meses, seja preciso mudar o casal anfitrio, por alguma razo, por exemplo. O ideal que os ajustes sejam feitos na fase ini-cial, enquanto os participantes ainda esto sendo conscientizados. Por isso, no passar do tempo, o lder do Pequeno Grupo dever avali-lo frequen-temente e fazer os ajustes necessrios. Ficar mu-dando de lugar pode prejudicar o grupo. Ento, atente para isso.

    9 Passo: PROmOVA O CuLtO dE POssE

    Aps formar os Pequenos Grupos, promova um culto especial para o lanamento do projeto e para dar posse aos lderes dos Pequenos Grupos. Isto ser importante para dar visibilidade ao proje-to, pois, do contrrio, os Pequenos Grupos pode-ro funcionar de forma marginal, na estrutura da igreja, e, sem a expressividade necessria, cairo no descrdito dos membros. O culto de posse aos lderes inibir esses problemas e servir para toda a igreja reconhec-los, a partir de ento, como respetivos lderes de seus grupos.

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    Lembre-se:Os Pequenos Grupos, conforme entendemos, no se

    destinam somente evangelizao, mas, especialmente, ao discipulado e comunho; portanto, no se deve medir sua eficcia somente pela participao de no-cristos nos encontros, pois, mesmo que no estejam ocorrendo con-

    verses, estar acontecendo a edificao mtua entre os

    cristos. Aqueles que estiverem dando seus primeiros pas-

    sos na caminhada crist encontraro um espao para inte-

    ragir e integrar-se na comunidade crist. Haver pastoreio

    mtuo, e isso j ser uma grande bno para a igreja local.

    Cremos, no entanto, que, com o tempo, naturalmente, to-

    dos os participantes conseguiro trazer novas pessoas para

    se tornarem discpulas de Jesus. Por isso, mais uma vez: no

    tenha pressa! Atravs da conscientizao bblica do grupo,

    o evangelismo acontecer de forma natural e sem grandes

    esforos. Faa a sua parte e confie em Deus, pois ele mes-

    mo o ajudar.

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    Passamos a detalhar, agora, como funciona, na prtica, um Pequeno Grupo. preciso prestar aten-o nas partes que compem o encontro, pois, do contrrio, um Pequeno Grupo pode tornar-se enfa-donho e falhar em alcanar seus objetivos.

    O funcionamento dos Pequenos Grupos 81. Boas-vindas e dinmica de apresentao

    (quebra-gelo)

    Este o primeiro momento e tem o objetivo de quebrar o gelo e proporcionar maior descontrao e envolvimento dos membros nas demais etapas do encontro. importante que todos os participan-tes se sentem em crculo para isso. O lder, ento, pode fazer algumas perguntas, por exemplo: Como esto as coisas? Todos esto bem? Quando houver um participante novo, pode-se fazer sua apresenta-o, sem constrang-lo, claro. Enfim, as perguntas no devem ser profundas e nunca ameaadoras, mas devem ajudar os mais tmidos a se soltarem apenas. Outra tima dica fazer dinmicas que pro-movam a interao e a descontrao de todo o gru-po, o que deixar o ambiente mais leve edivertido.

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    2. Louvor e adorao a Deus

    Aps o quebra-gelo, cantam-se um ou dois louvores, no mximo. Para que essa parte se torne mais participativa, recomendamos o uso de instrumentos musicais (preferen-cialmente, violo) e apresentao das letras dos cnticos de forma impressa. Assim, todos, at os que no conhecem a letra, podero cantar. Caso no haja pessoas que toquem, esse momento passa a ser optativo.

    3. Estudo participativo da Bblia

    Como j explicamos, os Pequenos Grupos no se de-tm de forma exaustiva ao texto bblico. Para isso, temos outros espaos na igreja. Buscamos aquilo que mais claro no texto. Os Pequenos Grupos no so lugar de fazer pro-fundas especulaes teolgicas. O estudo em conjunto e de forma participativa, sempre em tom de dilogo. Pode-se utilizar vdeos curtos ou dinmicas em grupo, para ajudar os participantes a assimilar o ensino. Caso seu Pequeno Grupo seja de jovens, a FUMAP, hoje, disponibiliza materiais especficos para Pequenos Grupos. A Igreja Adventista da Promessa tambm produzir, ainda neste ano, atravs do Departamento de Educao Crist, lies que devero ser utilizadas nos Pequenos Grupos. Fique atento!

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    4. Compartilhamento e orao

    Este o momento em que os participantes podes falar acerca de suas inquietaes e sentimentos, apresentar seus pedidos de orao e compartilhar experincias e testemunhos de bnos alcanadas, como fruto das oraes do grupo. um momento de compartilhar o corao, de chorar em orao pelos que choram ou de alegrar-se com os que se alegram, como nos ensinou o apstolo Paulo (Rm12:15).

    5. Lanche e conversa informal

    Sugerimos que, aps esse momento de comunho e orao, haja sempre um lanche. Lembre que, na igreja primitiva, os cristos sem-pre compartilhavam refeies juntos (At 2:46). Assim, o propsito no ter um banquete, mas um simples lanche que proporcione a oportunidade de os participantes conversarem e se conhecerem mais. Cada participante pode ficar responsvel por trazer algo em cada encontro ou o lder pode tambm arrecadar uma pequena oferta em cada encontro para esse fim.

    Em suma, esses cinco momentos devem nortear o encontro do grupo e so definidos como tcnicas grupais, que produzem aes motivadoras favorveis ao alcance dos objetivos de todo o grupo.

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    Um dos segredos do xito e do bom funcionamento de uma reunio de comunho, discipulado e evangelizao a naturali-dade. Nada deve ser feito de maneira formal ou mecnica. Nada de preocupao com detalhes litrgicos. Uma reunio dessa na-tureza no o mesmo que uma reunio na igreja. No entanto, de-ve-se tomar sempre o cuidado para no se cair em outro extremo.

    Embora deva haver o mnimo de organizao possvel, a espon-taneidade no deve ser comprometida. Trata-se, acima de tudo, de uma reunio familiar. Manter esse clima deve ser a preocupao fundamental nos Pequenos Grupos, pois ajudar a alcanar seus objetivos. Preste ateno nas seguintes orientaes prticas:

    X O encontro deve ser orientado aos objetivos do projeto, que so: comunho, discipulado e evangelizao.

    X Deve ter entre 10 a 13 participantes, num ambiente familiar; por isso, recomendamos que seja feito sempre em casas.

    X Os encontros no devem ser longos, sob pena de se tornarem enfadonhos, mas necessitam de tempo suficiente para que se desenvolvam as atividades de forma eficaz. Quanto durao, sugere-se o tempo de 50 a 60 minutos, que no deve ser ultra-passado, por mais animada que esteja a reunio.

    X O grupo pode reunir-se no dia e no horrio mais conveniente para todos. Preferencialmente, os encontros devem ser feitos noite, exceto nos horrios dos cultos regulares da igreja. Os sbados e domingos tarde podem ser usados semelhante-mente, desde que no interfiram na programao da igreja.

    X A melhor maneira de tornar a reunio mais dinmica e partici-pativa dispor os componentes do grupo sentados em crcu-lo e nunca enfileirados um atrs do outro.

    Orientaes prticas para os Pequenos Grupos

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    A multiplicAo dos pequenos Grupos

    Os Pequenos Grupos saudveis que conse-guem promover a comunho, o discipulado e o evangelismo experimentaro, consequen-temente, de forma natural, um crescimento do grupo. Atravs do evangelismo, pessoas se convertero a Jesus e passaro a se integrar nos Pequenos Grupos. Como bem sabemos, um Pequeno Grupo precisa de um nmero mximo de 13 pessoas para um bom funcio-namento; logo, quando se duplicar o nmero de participantes, atravs do evangelismo, o grupo dever ser dividido. assim que fun-ciona a reproduo de um Pequeno Grupo. Quando o nmero de participantes duplica, alguns saem para formar um novo grupo. Para este, sero escolhidos novos lderes, que devero passar por um treinamento que os far aptos a lider-lo.

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    refernciasbibliogrficas

    CRUZ, Valberto da; RAMOS, Fabiana. Pequenos Grupos: para a igreja crescer integralmente. Viosa: Ultimato, 2007.

    KIVITZ, Ed Ren. Koinonia: Manual Para Lderes de Pequenos Grupos. 5 ed. So Paulo: Abba Press Editora e Divulgadora Cultural Ltda., 2008.

    MURTA, Marcorlio C. Projeto Nova Mentalidade. So Paulo: Fumap, 2009.

    PAES, Carlito. Igreja brasileira com propsitos: a explicao prtica que faltava. So Paulo: Vida, 2012.

  • Anotaes

  • Anotaes

  • PROCLAMANDO