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Ganim Advogados Associados PERDAS TÉCNICAS E COMERCIAIS E SEUS EFEITOS NA APURAÇÃO DO PIS/PASEP, COFINS, IRPJ E CSLL São Paulo SP, 25.10.2017

PERDAS TÉCNICAS E COMERCIAIS E SEUS EFEITOS NA … · Solução de Consulta Interna ... derivada do exercício exclusivo da prestação ... discriminadas e dentro do limite de razoabilidade

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Ganim

Advogados Associados

PERDAS TÉCNICAS E COMERCIAIS E

SEUS EFEITOS NA APURAÇÃO DO

PIS/PASEP, COFINS, IRPJ E CSLL

São Paulo – SP, 25.10.2017

Sumário:

1. Perdas Técnicas e Comerciais - Definição;

2. Efeitos na apuração do PIS/Pasep e Cofins;

3. Efeitos na apuração do IRPJ e CSLL.

1. Perdas Técnicas e Comerciais - Definição;

PERDAS TÉCNICAS MÓDULO 7 PRODIST

REN ANEEL 656/2015: vigência até 31.12.2017*.

Perdas técnicas: constituem a quantidade de

energia elétrica, expressa em megawatt-hora

por ano (MWh/ano), dissipada entre os

suprimentos de energia da distribuidora e os

pontos de entrega nas instalações das

unidades consumidoras ou distribuidoras

supridas. Essa perda é decorrente das leis da

Física relativas aos processos de transporte,

transformação de tensão e das perdas

inerentes aos equipamentos de medição; e,

* Em 01/01/2018, passa

a vigorar a REN ANEEL

771/2017.

PERDAS TÉCNICAS MÓDULO 7 PRODIST

REN ANEEL 656/2015: vigência até 31.12.2017.

Perdas não técnicas: apuradas pela

diferença entre as perdas totais e as perdas

técnicas, considerando, portanto, todas as

demais perdas associadas à distribuição de

energia elétrica, tais como furtos de energia,

erros de medição, erros no processo de

faturamento, unidades consumidoras sem

equipamento de medição, etc. Esses tipos de

perdas estão diretamente associados à gestão

comercial da distribuidora.

PERDAS TÉCNICAS MÓDULO 7 PRODIST

Quanto maior a exatidão na apuração das perdas técnicas,

maior será a exatidão da apuração da perda não técnica

(comercial).

2. Efeitos na apuração do PIS/Pasep e

Cofins;

PREVISÃO DE ESTORNO DO CRÉDITO DE

PIS/PASEP E COFINS SOBRE AS PERDAS

Lei 10.637/2002 e Lei 10.833/2003.

Art. 3o (...):

§ 13. Deverá ser estornado o crédito da COFINS relativo a bens

adquiridos para revenda ou utilizados como insumos na

prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou

produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou

roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou,

ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma

destinação. (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)

NATUREZA JURÍDICA DA ATIVIDADE DE

DISTRIBUIÇÃO Solução de Consulta Interna nº 3 – Cosit:

9. De acordo com a SC Cosit nº 27, de 2008, a atividade de

distribuição de energia elétrica, atividade em análise nessa

consulta, pode ser entendida como prestação de serviço.

Desse, modo, as distribuidoras estão autorizadas a descontar

créditos (...) em relação aos bens e serviços utilizados como

insumo na prestação de serviço.

12. Dessa forma, a energia elétrica adquirida para revenda

aos consumidores finais é considerada insumo do serviço

prestado pelas distribuidoras e enseja o direito de crédito da

pessoa jurídica na apuração da Contribuição para (....).

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NATUREZA JURÍDICA DA ATIVIDADE DE

DISTRIBUIÇÃO

Solução de Consulta 27 – Cosit:

Respondeu à consulta sobre a possibilidade de créditos sobre:

a) Encargo de Uso do Sistema de Transmissão e Encargo de Uso

do sistema de Distribuição;

b) Encargo de Conexão ao Sistema de Transmissão;

c) Encargo de Serviço do Sistema (ESS);

d) Materiais aplicados ou consumidos na atividade de

fornecimento de energia elétrica;

e) Encargos de depreciação de máquinas e equipamentos e

outros bens do ativo imobilizado;

f) CCC; g) RGR; h) CDE.

NATUREZA JURÍDICA DA ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO

Solução de Consulta nº 27 – Cosit:

33. Conforme se constata da legislação transcrita, caso as

distribuidoras sejam revendedoras de bens, a elas é permitido apurar

créditos em relação aos bens adquiridos com o fim de revenda, com

base no inciso I do art. 3 da Lei 10.833, de 2003, e da Lei 10.637, de

2002. Caso as distribuidoras sejam prestadoras de serviço, a elas é

permitido apurar créditos em relação aos bens e serviços utilizados

como insumo na prestação de serviços, com base no inciso II do art. 3

das mesmas Leis. Ou ainda, na hipótese de atuarem como

revendedoras de bens e prestadoras de serviço, é permitido apurar

crédito conjuntamente com base nos incisos I e II do art. 3 destas

Leis.

NATUREZA JURÍDICA DA ATIVIDADE DE

DISTRIBUIÇÃO Solução de Consulta nº 27 – Cosit:

50. Da leitura dos dispositivos transcritos se conclui que, sob a ordem

constitucional e legal hoje vigente, não é permitido exercer o serviço

de distribuição de energia elétrica se não houver contrato de

concessão firmado entre a distribuidora e a União. Isto é definitivo

para a caracterização da atividade de distribuição como uma

prestação de serviço. Ora, as distribuidoras prestam serviço público,

portanto, inevitavelmente, prestam serviço. Se fazem o mais, fazem o

menos. Portanto, a única forma de harmonização do arcabouço

constitucional e legal vigente com a definição de energia elétrica

do atual código civil é enquadrar a atividade de distribuição

como uma atividade mista, que consiste na revenda de energia

elétrica e na prestação do serviço de transportá-la até o

domicílio do consumidor final, através de sistemas de distribuição.

NATUREZA JURÍDICA DA ATIVIDADE DE

DISTRIBUIÇÃO Solução de Consulta nº 27 – Cosit:

NATUREZA JURÍDICA DA ATIVIDADE DE

DISTRIBUIÇÃO Solução de Consulta nº 27 – Cosit:

72.16 Não é que a reforma do setor tenha criado a

prerrogativa das distribuidoras de vender energia,

apenas tomou-a evidente, pois que sempre existiu, e

inevitável, conforme visto nos quatro itens anteriores.

Entre as distribuidoras e os consumidores cativos

sempre existiu, assim como continua existindo,

comercialização de energia elétrica, apesar de não

tão claramente manifesta, pois prevalecia o caráter de

serviço público de distribuição, como visto antes, em

decorrência da natureza mista da atividade de

distribuição na relação distribuidoras/consumidores

cativos.

NATUREZA JURÍDICA DA ATIVIDADE DE

DISTRIBUIÇÃO Solução de Consulta nº 27 – Cosit:

72.19 Portanto, caso uma distribuidora atenda a consumidores livres e a

consumidores cativos, exercerá prestação exclusiva de serviço ao tratar

com os consumidores livres, e exercerá atividade mista ao tratar com

os consumidores cativos. Isto implica que a execução da atividade de

distribuição de energia elétrica gera dois tipos distintos de receitas para

as distribuidoras:

a) receita decorrente do fornecimento de energia elétrica aos

consumidores finais, (...) derivado do exercício da atividade mista

(serviço e comércio);

b) receita decorrente dos contratos de utilização do sistema de

distribuição (CUSD), composta dos ingressos provenientes da

tarifa de utilização do sistema de distribuição (TUSD), derivada do

exercício exclusivo da prestação de serviço.

NATUREZA JURÍDICA DA ATIVIDADE DE

DISTRIBUIÇÃO CONCLUSÃO SOBRE O COSIT 27:

O COSIT 27 confirmou que a natureza jurídica da concessionária de

serviço público de distribuição de energia elétrica é mista (presta

serviço de transmissão da energia e revende energia elétrica);

O COSIT 27 ao responder à consulta formulada pela ABRADEE, sobre

a possibilidade de créditos dos Materiais aplicados ou consumidos na

atividade de fornecimento de energia elétrica não incluiu a ENERGIA

ELÉTRICA COMPRADA PARA REVENDA como insumo;

A Energia Elétrica gera direito ao crédito por se enquadrar no inciso I,

do art. 3º da Lei nº 10.833/2003, ou seja, como BENS ADQUIRIDOS

PARA REVENDA e não como INSUMO NA PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS.

PERDAS TÉCNICAS

EMENTA: (...)

A energia elétrica correspondente às perdas técnicas, assim

entendidas as perdas de energia elétrica inerentes ao transporte

de energia na rede, mantém a característica de insumo aplicado

no serviço de distribuição de energia elétrica. Portanto, as

distribuidoras não precisam estornar do crédito a parcela

correspondente aos valores das perdas técnicas de energia

elétrica, desde que essas perdas estejam regularmente

discriminadas e dentro do limite de razoabilidade.

ENTENDIMENTO DA SOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA nº3 - COSIT

PERDAS TÉCNICAS

PERDAS TÉCNICAS

Processo 10384.720877/2014-11 Acordão 3302003.146 (26/04/16)

“As perdas técnicas de energia elétrica dissipada no sistema

de distribuição decorrente das leis da física relativas aos

processos de transporte, transformação de tensão e medição

de energia elétrica, designadas como parcelas Joule, dielétrica

e magnética, não se subsumem às hipóteses de furto ou

roubo, inutilização ou deterioração, destruição em sinistro

ou, ainda, emprego em outros produtos que tenham tido a

mesma destinação, de que trata o § 13 do artigo 3º da Lei nº

10.833/2003.”

DECISÃO CARF – Estorno de Créditos de PIS e

Cofins sobre as perdas de energia

PERDAS TÉCNICAS

Processo 10384.720877/2014-11 Acordão 3302003.146 (26/04/16)

“A título de comparação, a legislação do IPI prevê no art. 254,inciso IV do Decreto nº 7.212/2010, dispositivo similaraplicado às matérias-primas, produtos intermediários ematerial de embalagem: (...)

Porém o art. 255 possibilita a manutenção do créditoem relação às quebras admitidas no RIPI, o qual permitea existência de quebras no estoque ou no processo deindustrialização, desde que submetidas a laudo deórgão técnico competente e desde que não excedam oslimites normalmente admissíveis (art. 523 do RIPI).”

DECISÃO CARF – Estorno de Créditos de PIS e

Cofins sobre as perdas de energia

PERDAS TÉCNICAS

Processo 10384.720877/2014-11 Acordão 3302003.146 (26/04/16)

“Além disso, frise-se que estes valores são repassados às

tarifas de energia, sujeitando-se à incidência não-cumulativa, o

que reforça ser indevido lançamento, quanto à necessidade de

se estornar créditos da não-cumulatividade da contribuição.”

DECISÃO CARF – Estorno de Créditos de PIS e

Cofins sobre as perdas de energia

PERDAS NÃO TÉCNICAS

PERDAS NÃO TÉCNICAS (COMERCIAIS)

EMENTA: (...)

Entretanto, as distribuidoras de energia elétrica devem estornar

dos créditos a parcela relativa às perdas de energia elétrica

que excederem as perdas técnicas (perdas não técnicas),

independentemente do motivo que tenha causado essas

perdas (furtos de energia, erros de medição, erros no processo

de faturamento, etc.).

ENTENDIMENTO DA SOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA nº3 - COSIT

Fundamentos:

No item 7, a energia elétrica foi enquadrada no inciso II, do art.

3º da Lei 10.833/2003, ou seja, como bem utilizado como

insumo na prestação de serviços;

No item 9, cita que de acordo com a Solução de Consulta Cosit

nº 27/2008, a atividade de distribuição de energia elétrica pode

ser entendida como prestação de serviço. Desse modo, as

distribuidoras estão autorizadas a descontar créditos da

Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em relação aos

bens e serviços utilizados como insumo na prestação de

serviço, conforme inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833/2003.

INTERPRETAÇÃO DADA PELA R.F.B NASOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA nº3 - COSIT

No item 10, cita que, segundo a Instrução Normativa SRF nº

247/2002, e a Instrução Normativa SRF nº 404/2004, entende-

se como insumos utilizados na prestação de serviço:

a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de

serviços, desde que não estejam incluídos no ativo

imobilizado; e

b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no

País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço.

INTERPRETAÇÃO DADA PELA R.F.B NASOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA nº3 - COSIT

11. Visto isso, impõe-se como requisito indispensável para ser

considerado como insumo o fato de ser aplicado ou consumido.

Assim, para que determinado bem ou serviço seja considerado como

insumo na prestação do serviço de distribuição de energia elétrica,

aquele bem ou serviço deverá ser aplicado ou consumido na

execução deste.

12. Dessa forma, a energia elétrica adquirida para revenda aos

consumidores finais é considerada insumo do serviço prestado pelas

distribuidoras e enseja o direito de crédito da pessoa jurídica na

apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

INTERPRETAÇÃO DADA PELA R.F.B NASOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA nº3 - COSIT

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14. Nos termos da Solução de Consulta Cosit nº 27, de 2008:

“responde-se à consulente que somente determinadas

parcelas das tarifas de uso dos sistemas de transmissão

(TUST) e das tarifas de uso dos sistemas de distribuição

(TUSD) geram direito ao desconto de créditos da Contribuição

para o PIS/Pasep e da Cofins, entre elas: os custos de

transporte; as perdas de energia elétrica; os encargos de

conexão (analisado em seção específica) e os encargos

setoriais deduzidos termos não correlacionados com

prestação de serviço.”

INTERPRETAÇÃO DADA PELA R.F.B NASOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA nº3 - COSIT

16. Nesse contexto, a Solução de Consulta supracitada traz

uma delimitação da extensão dos dispêndios efetuados com

base na TUSD que comporão a base de cálculo dos créditos a

serem descontados da Contribuição para o PIS/Pasep e da

Cofins pelas distribuidoras adquirentes do serviço. Nela, há a

discriminação de algumas das parcelas que são consideradas

para a fixação das tarifas relativas aos sistemas de distribuição

de energia elétrica e que, por serem consideradas como

insumo na prestação do serviço, configurariam parcelas

geradoras de direito de crédito. Entre estas parcelas estão,

como visto, as perdas energéticas.

INTERPRETAÇÃO DADA PELA R.F.B NASOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA nº3 - COSIT

18. Desse modo, a parcela da TUSD referente às perdas

constitui receita da distribuidora de energia que presta o

serviço para outra distribuidora ou para o consumidor final, e

um custo para as distribuidoras que adquirem o serviço.

25. Contudo, apesar das perdas energéticas em geral

constituírem custos que integram o valor da energia requerida

considerado pela Aneel, somente as perdas técnicas são

inerentes à própria natureza do insumo adquirido (energia),

confundindo-se com ele.

INTERPRETAÇÃO DADA PELA R.F.B NASOLUÇÃO DE CONSULTA INTERNA nº3 - COSIT

3 Efeitos na apuração do IRPJ e CSLL;

PERDAS TÉCNICAS:

32. De acordo com a elucidação já feita nesta Solução de

Consulta Interna, as perdas técnicas são inerentes aos

processos de transporte e transformação de tensão de energia

elétrica na rede, ou seja, é inevitável e inquestionável que

essas perdas, quando ocasionadas dentro dos limites

aceitáveis, são intrínsecas a própria atividade desenvolvida

pelas distribuidoras de energia elétrica. Por conseguinte,

conforme a legislação do Imposto de Renda, poderá integrar o

custo de aquisição as perdas razoáveis, relacionadas com a

natureza do bem e da atividade, ocorridas na fabricação, no

transporte e no manuseio da energia elétrica.

EFEITOS NA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ/CSLL

PERDAS NÃO TÉCNICAS:

34. Por outro lado, as perdas não técnicas

não são inerentes às atividades desenvolvidas

pelas distribuidoras de energia. Segundo a

Aneel, essas perdas são decorrentes, por

exemplo, de furtos de energia e erros de

medição e estão diretamente relacionadas à

gestão comercial da distribuidora, não se

constituindo, portanto, em custo do serviço

prestado.

EFEITOS NA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ/CSLL

PERDAS NÃO TÉCNICAS:

35. A Lei nº 4.506, de 1964, assim preleciona:

EFEITOS NA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ/CSLL

Esse § 3º

corresponde ao

art. 364 do RIR/99

PERDAS NÃO TÉCNICAS:

As perdas não técnicas são inerentes à atividade da

concessionária de distribuição, tanto que a ANEEL inclui a

mesma no custo da formação Tarifária, representando a

parcela da energia elétrica adquirida para revenda,

observado seus limites regulatórios para as perdas;

Até o limite regulatório esse custo da energia está na tarifa,

não havendo que se discutir a sua dedutibilidade. Princípio

contábil da contraposição da receita x despesa/custo (CPC

30), reconhecimento simultâneo. A receita é realizada,

recebida de todos os consumidores.

NOSSO ENTENDIMENTO

PERDAS NÃO TÉCNICAS:

A ocorrência de perdas não técnicas, acima dos limites

estabelecidos pela ANEEL, entendidas como prejuízo para

a concessionária, serão dedutíveis, desde que faça o BO

junto à autoridade policial, nos termos do art. 364 do RIR;

Ocorre que para fins de imputação penal ao autor do furto

da energia, é necessário o BO específico quando da

identificação do furto e seu autor, momento esse em que

será faturado todo o valor da perda, cuja receita é oferecida

à tributação. (Que perda foi essa?? Essa perda estava na

tarifa?)

NOSSO ENTENDIMENTO

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