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MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO SUPERVISÃO PEDAGÓGICA Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional _______________________________________________________________ Trabalho de projeto apresentado à Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti para obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação Especialização em Supervisão Pedagógica Por Sílvia da Silva Vieira Sob Orientação do/a Professor Doutor João Carlos de Gouveia Faria Lopes Dezembro 2013

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MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

Perfil de competências transversais do Diretor

de Curso do Ensino Profissional

_______________________________________________________________

Trabalho de projeto apresentado à

Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti

para obtenção do grau de

Mestre em Ciências da Educação

Especialização em Supervisão Pedagógica

Por Sílvia da Silva Vieira Sob Orientação do/a Professor Doutor João Carlos de Gouveia Faria Lopes

Dezembro 2013

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do

Ensino Profissional

Trabalho de Projeto apresentado para cumprimento dos requisitos

necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação:

área de especialização em Supervisão Pedagógica realizado sob a

orientação científica da Professor Doutor João Carlos de Gouveia

Faria Lopes.

Sílvia da Silva Vieira

Porto

2013

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iii

RESUMO

O presente estudo enquadrou-se no contexto da oferta educativa dos

Cursos Profissionais do Ensino Secundário de um estabelecimento de ensino

privado e cooperativo. Para o funcionamento eficaz destes cursos, foi criado o

cargo de Diretor de Curso, que é fundamental para o acompanhamento e

concretização dos objetivos dos cursos. Considerado como um cargo de

gestão intermédia, compreende uma diversidade de papéis, funções e

interlocutores dentro e fora do contexto educativo, constituindo deste modo, um

desafio para os profissionais que exercem este cargo.

Neste sentido, através de um trabalho investigativo, de cariz descritivo e

exploratório, com recurso a entrevistas semi-estruturadas realizadas a um

grupo bastante restrito de Diretores de Curso e de Turma, procurámos

conhecer as perceções sobre o trabalho do Diretor de Curso, e

simultaneamente apurar os aspetos potenciadores ou impeditivos da sua ação

e as competências transversais que o mesmo deve deter para levar a cabo as

suas funções com elevados níveis de desempenho.

A análise de resultados levou-nos a perspetivas distintas relativamente à

natureza das funções e papéis desempenhados, com principal destaque para o

desenvolvimento, a coordenação e a articulação do curso, e a mediação

escola-empresas. Para além disso, evidenciou perceções diversificadas quanto

à transversalidade no exercício deste cargo, resultando num conjunto de oito

competências transversais que o diretor de curso deve deter no desempenho

das suas funções.

PALAVRAS-CHAVE: cursos profissionais, Diretor de Curso, gestão intermédia

e supervisão, competência e competências transversais.

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iv

ABSTRACT

The current study was framed in the context of the Secondary and

Professional Courses educational offer, in a private and cooperative educational

system.

In order to assure the effective functioning of these courses, the trole of Course

Director was created, which is vital for the monitoring and achievement of the

courses objectives. Considered as a post of middle management, it embraces a

variety of roles, functions and partners inside and outside of the educational

context, therefore being recognized as a challenge for the professionals who

hold this post.

That being said, throughout an investigative work, with an exploratory

and descriptive side to it, using half strutured interviews performed with a

narrow group of Course Directors and Class Directors, we tried to find out the

perspective on the work of the Course Director and simultaneously the pull and

push factors on their actions, as well as the transversal competences wich he

must have to perform his post with high levels of performance.

The results analysis led us to different perspectives about the nature of

roles and functions performed, with the main highlitght for the development,

coordination and articulation of the course, as well as the school-enterprises

mediation. But it took us much beyond this. It showed diversified perceptions

about the transversal side of the post, resulting in a group of eight (8)

transversal competences wich the Course Director must have while performing

his functions.

KEY-WORDS: professional courses, Course Director, middle management and

supervision, competence and transversal competences.

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v

AGRADECIMENTOS

Dedicamos as páginas deste trabalho a todos aqueles que

generosamente contribuíam para a concretização e viabilização deste estudo, e

para o nosso desenvolvimento e aperfeiçoamento profissional:

Ao Professor Doutor João Gouveia, orientador desta dissertação pela

disponibilidade, sabedoria, confiança, apoio e orientação, durante o nosso

percurso formativo, fazendo-nos acreditar que este projeto era possível.

À Direção Pedagógica do estabelecimento de ensino alvo da

investigação, pelo apoio permanente e pela possibilidade de realizar e

desenvolver este estudo.

Ao Coordenador, Diretores de Curso, Diretores de Turma do Ensino

Profissional e restante corpo docente, que generosamente aceitaram em

colaborar no estudo, pois sem eles este trabalho não teria sido possível.

A todos os amigos que partilharam connosco esta caminhada, pelo

apoio, incentivo e dedicação.

À família, o nosso refúgio e a nossa âncora, pelo carinho que manifestou

e pela superação da ausência.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ANQ – Agência Nacional para a Qualificação

ANQEP – Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional

C – Coordenador dos Cursos Profissionais

CE – Comissão Europeia

CEDEFOP – Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação

Profissional

CEF – Curso de Educação e Formação

CNE – Conselho Nacional de Educação

CNO – Centro de Novas Oportunidades

DC – Diretor de Curso

DNF – Diagnóstico de Necessidades de Formação

DP – Direção Pedagógica

DT – Diretor de Turma

DTP – Dossiê Técnico Pedagógico

EFA – Educação e Formação de Adultos

FCT – Formação em Contexto de Trabalho

OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

PAP – Prova de Aptidão Profissional

PC – Projeto Curricular

PE – Projeto Educativo

PCT – Projeto Curricular de Turma

PRODEP – Programa de Desenvolvimento de Educação em Portugal

RI – Regulamento Interno

TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação

UE – União Europeia

UNESCO – United Educational Scientific and Cultural Organization

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SUMÁRIO

Introdução ............................................................................................ 11

I. Enquadramento Teórico. .................................................................. 15

Capítulo 1 – O Ensino Profissional . .................................................. 15

Capítulo 2 – O Diretor de Curso do Ensino Profissional. .................. 28

II. Enquadramento Metodológico. ........................................................ 59

Capítulo 3 – Metodologia de Investigação. ........................................ 59

Capítulo 4 – Contexto de Investigação. ............................................. 71

III. Apresentação, Análise e Interpretação dos Resultados ................. 81

Conclusões ......................................................................................... 120

Referências ...................................................................................... 124

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – A competência profissional segundo Le Boterf (2003)

Figura 2 – As cinco componentes de uma competência, Fonte: Ceitil (2006)

Figura 3 – Esquema representativo da sequência de entrevistas prevista para a

investigação

Figura 4 – Organigrama do Estabelecimento de Ensino Particular e

Cooperativo, ABC. Fonte: Projeto Educativo (2012: 16)

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Evolução da taxa de abandono escolar precoce entre 2000 e 2011,

Fonte: Comissão Europeia, 2012

Quadro 2 – Taxa de desemprego jovem na UE em 2012, Fonte: Comissão

Europeia, 2012

Quadro 3 – Domínios Específicos e funções do Diretor de Curso na área

concetual, Adaptado de Jubilot (2010:54-56)

Quadro 4 – Domínios Específicos e funções do Diretor de Curso na área

técnica, Adaptado de Jubilot (2010:54-56)

Quadro 5 – Domínios Específicos e funções do Diretor de Curso na área de

gestão externa, Adaptado de Jubilot (2010:54-56)

Quadro 6 – Articulação interna e externa do Diretor de Curso e respetivos

interlocutores, Adaptado de Jubilot (2010:54-56)

Quadro 7 – Síntese de competências transversais de um Supervisor

Quadro 8 – Domínios específicos do cargo de Diretor de Curso e competências

transversais que lhes estão associadas

Quadro 9 – Tipologias de projetos formativos e respetivo suporte legal,

Adaptado de Regulamento Interno (2012:6)

Quadro 10 – População do estudo

Quadro 11 – Amostra do estudo

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Quadro 12 - Grelha de categorização da entrevista à Direção Pedagógica

(Anexo V)

Quadro 13 – Grelha de categorização das entrevistas ao Coordenador,

Diretores de Curso e Diretores de Turma do Ensino Profissional (Anexo VI)

Quadro 14 – Pertinência do cargo nos cursos profissionais

Quadro 15 – Aspetos positivos do cargo

Quadro 16 – Aspetos negativos do cargo

Quadro 17 – Aspetos valorizados do cargo

Quadro 18 – Aspetos desvalorizados do cargo

Quadro 19 – Aspetos evidenciados na legislação e no Regulamento Interno

Quadro 20 – Alterações na legislação e/ou no Regulamento Interno

Quadro 21 – Comparação com o cargo de Diretor de Turma

Quadro 22 – Par líder/gestor

Quadro 23 – Par Pedagógico/Administrativo

Quadro 24 – Par transmissor/organizador

Quadro 25 – Par avaliador/coordenador

Quadro 26 – Para supervisor/mediador

Quadro 27 – Competências transversais do Diretor de Curso do Ensino

Profissional

Quadro 28 – Competências transversais do Diretor de Curso do Ensino

Profissional mais evidenciadas nas entrevistas

Quadro 29 – Outros aspetos: sugestões

Quadro 30 – Indicadores comportamentais selecionados no inquérito por

questionário como ER – Extremamente Relevante

Quadro 31 – Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino

Profissional

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ÍNDICE DE ANEXOS (Em CD-ROM)

Anexo I - Análise do Enquadramento Normativo do Cargo de Diretor de Curso:

Áreas de atuação, Domínios Específicos, Funções/Responsabilidades e

Interlocutores

Anexo II - Guiões das entrevistas à Direção Pedagógica, Coordenador de

Cursos, Diretores de Curso e Diretores de Turma do Ensino Profissional do

Estabelecimento de Ensino Particular e Cooperativo, ABC

Anexo III - Transcrição da entrevista à Direção Pedagógica do Estabelecimento

de Ensino Particular e Cooperativo, ABC

Anexo IV - Entrevistas aos Coordenador de Cursos, Diretores de Curso e

Diretores de Turma do Ensino Profissional do Estabelecimento de Ensino

Particular e Cooperativo, ABC

Anexo V - Grelha de categorização da entrevista à Direção Pedagógica

Anexo VI - Grelha de categorização das entrevistas ao Coordenador de

Cursos, Diretores de Curso e Diretores de Turma

Anexo VII - Grelha de síntese das entrevistas

Anexo VIII - Inquérito por questionário disponibilizado a todos os professores

Anexo IX - Respostas ao inquérito por questionário (ficheiro em Excel)

Anexo X - Análise das respostas ao inquérito por questionário (ficheiro em

PDF)

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 11

Introdução

A seleção do tema deste trabalho teve como base a necessidade de

articular a motivação de ordem pessoal com a teoria e a prática, combinando

as condições do investigador com o campo teórico e/ou a experiência na área

em questão (Almeida e Freire, 2007; Tuckman, 2002).

Embora baseadas em princípios diferentes, as modalidades

profissionalizantes de ensino foram sendo introduzidas nas nossas escolas e

vieram para ficar. Inicialmente, o ensino profissional estava confinado às

escolas profissionais, no entanto, ao longo das últimas décadas, a sua

implementação estendeu-se às escolas particulares de ensino cooperativo,

instituições privadas e escolas públicas. Este recente alargamento do ensino

profissional à grande maioria dos estabelecimentos de ensino do nosso país

veio colocar sérios reptos no que respeita à organização das escolas e também

aos docentes que nelas exercem as suas profissões, levando-nos à realização

deste estudo, centrado no cargo de Diretor de Curso profissional do ensino

secundário, num Estabelecimento de Ensino Particular e Cooperativo.

Além disso, o facto de possuirmos experiência docente no ensino profissional e

no desempenho do cargo de Diretor de Curso permitiu-nos ter a noção de

diversas preocupações e dilemas que vão surgindo no quotidiano profissional

dos docentes intervenientes nesta modalidade de ensino.

Os cursos profissionais pretendem formar profissionais, valorizando o

desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão. Estes

cursos promovem o sucesso educativo dos alunos que os frequentam, nos

domínios pessoal, profissional e social, pois cada indivíduo assume uma

realidade multidimensional, “não se podendo, por isso, reduzir o seu papel a

um mero adestramento técnico.” (Gonçalves, 2008: 14). Assim, os destinatários

dos cursos profissionais são jovens que tenham concluído o nono ano de

escolaridade e que pretendem um ensino mais prático e integrador no mundo

do trabalho. Neste sentido, e para dar resposta aos jovens ansiosos e

ambiciosos que os frequentam, estes cursos passam a constituir projetos de

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 12

formação profissional com condições para os processos de

ensino/aprendizagem desenvolvidos em contextos educativos mais

diversificados, mais amplos e ligados à realidade social e económica. Por

outras palavras, a sociedade e a indústria necessitam e exigem mão de obra

qualificada, pelo que, através destes cursos, os jovens especializam-se numa

determinada profissão.

Assim, esta modalidade de ensino surge como solução para a

qualificação de alunos, quando estes não demonstram capacidades para

ingressar ou se adaptar no ensino tradicional, contornando o problema do

insucesso escolar. Além disso, é uma forma de combater o abandono escolar

precoce: os dados fornecidos pela Comissão Europeia (2012) apontam, em

2000, uma taxa de abandono escolar precoce a rondar os 43,6 %, em 2011 de

23 %, e em 2012 estava reduzida a 20,8 %. A taxa de abandono escolar

precoce continua elevada e longe da meta estabelecida para 2014, de 15% e

para 2020 de 10 %. (Comissão Europeia, 2012). As medidas que se poderão

adotar para fazer recuar a taxa para a meta de 10% em 2020 centram-se no

reforço do ensino básico vocacional, na criação do ensino secundário

vocacional e no alargamento do ensino profissional secundário e pós-

secundário (Comissão Europeia, 2012).

As estatísticas revelam que, nos últimos dez anos, a criação de cursos

profissionais praticamente triplicou: em 1998, as escolas profissionais

ofereciam 1400 cursos e, em 2009, as escolas disponibilizavam cerca de 4500

(Ministério da Educação, 2009). Deste modo, tem-se verificado um aumento do

número de alunos que optam pelo ensino profissional: no ano letivo de

2004/2005, o total de alunos de Cursos Profissionais ascendia a 36 765, dos

quais 3676 em escolas públicas, representando cerca de 10-11% do total de

alunos inscritos em cursos profissionais. Em 2009, este número aumentou para

54 899 (Ministério da Educação, 2009) e em 2011, 66 269 alunos

frequentavam cursos profissionais nas escolas portuguesas (INE: PORDATA).

Desta forma, e tendo em conta a diminuição do abandono e insucesso

escolar ao alargamento das Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC,

e o aumento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, foi fixado como meta

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 13

que, pelo menos, 50 % dos jovens portugueses frequentassem as modalidades

do ensino secundário através dos cursos profissionais, cursos de educação e

formação, cursos tecnológicos e cursos de aprendizagem (Gonçalves, 2008).

Para uma gestão pedagógica e organizacional eficaz nas escolas com

cursos profissionais na sua oferta educativa, e ainda para um melhor

acompanhamento e coordenação, foi criado na legislação portuguesa o cargo

de gestão pedagógica intermédia de Diretor de Curso. É fundamental que as

competências de um Diretor de Curso abranjam diversos domínios, e que

impliquem a articulação com uma diversidade de intervenientes no processo

formativo no contexto escolar e fora dele. Além disso, o plano curricular de um

curso profissional é dividido em três componentes: sociocultural, científica e

tecnológica, alargando aos alunos diversos domínios. Neste sentido, pretende-

se que o Diretor de Curso, além de ser detentor de um perfil específico,

demonstre competências profissionais holísticas, de forma a garantir a

qualidade da formação, pois ele é o elo de ligação entre o curso profissional e

as suas equipas pedagógicas.

Face ao exposto, parece-nos pertinente formular a nossa pergunta de

partida: “Qual o perfil de competências transversais de um Diretor de Curso do

Ensino Profissional?”.

Atendendo à questão de partida apresentada anteriormente, seguimos

uma abordagem de índole qualitativa e optamos por um estudo de caráter

descritivo e exploratório, tendo como instrumentos de recolha de dados, a

entrevista semi-diretiva ou semiestruturada e o inquérito por questionário. O

tratamento dos dados recolhidos foi efetuado através da análise do conteúdo

do discurso dos entrevistados e análise estatística das respostas obtidas pelos

professores inquiridos.

Na estrutura do presente trabalho, contemplamos três partes: o

Enquadramento Teórico, o Enquadramento Metodológico e a Apresentação,

Análise e Interpretação dos Resultados.

O Enquadramento Teórico foi subdividido em dois capítulos: O Ensino

Profissional e O Diretor de Curso Profissional do Ensino Secundário. Cada

capítulo abrange temáticas diferentes:

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 14

a) no primeiro capítulo, O Ensino Profissional, são abordados três

temas: A História do Ensino Profissional em Portugal; As tendências do Ensino

Secundário e Profissional na Europa e em Portugal; Os avanços, problemas e

desafios do Ensino Secundário e Profissional em Portugal.

b) no segundo capítulo, O Diretor de Curso Profissional do Ensino

Profissional, são focados dois temas fundamentais para o nosso estudo: O

Enquadramento Normativo do Cargo de Diretor de Curso, no qual são

abordados a estrutura organizacional da escola, o nível organizacional

intermédio e a sua relação com a Supervisão, o contexto e os pressupostos de

atuação do Diretor de Curso, bem como as suas áreas de atuação,

funções/responsabilidades, papéis e interlocutores, e ainda o perfil, a formação

profissional e especializada do Diretor de Curso. O outro tema, As

Competências do Diretor de Curso, centra-se nos conceitos de competência e

competência transversal, nos modelos organizacionais de competências e nas

competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional.

A segunda parte do trabalho corresponde ao Enquadramento

Metodológico, abrangendo o capítulo 3, Metodologia de Investigação, no qual

apresentamos o problema, os objetivos, as questões orientadoras, a natureza

do estudo e os procedimentos de recolha e análise dos dados. No capítulo 4,

Contexto de Investigação, são focados o ideário, missão e objetivos do

estabelecimento de ensino onde se efetuou a investigação, bem como a

população e amostra, e os procedimentos e técnicas de análise de dados.

A terceira parte do nosso estudo compreende a Apresentação, Análise e

Interpretação dos Resultados.

A dissertação encerra com a apresentação das Conclusões, seguindo-

se-lhes as referências bibliográficas, da legislação e dos documentos

orientadores. A dissertação contempla ainda, em anexo, em suporte digital, os

documentos listados no Índice.

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Sílvia da Silva Vieira 15

I. Enquadramento Teórico

Capítulo 1 – O Ensino Profissional

1 – História do Ensino Profissional em Portugal

O Decreto-Lei nº 26/89, de 21 de janeiro, substituído pelo Decreto-Lei nº

70/93, de 10 de março, e em conformidade com o artigo 19 da Lei de Bases do

Sistema Educativo, estabelece a constituição das escolas públicas e privadas

profissionais, através da assinatura de contratos-programa celebrados entre o

Ministério da Educação e entidades privadas como empresas, associações

regionais, autarquias, organizações sindicais, entre outros. Segundo o Decreto-

Lei nº 26/89, com a assinatura destes contratos, pretendia-se “o relançamento

do ensino profissional e o reforço das diversas modalidades de formação.”

(Preâmbulo:246). Assim, com a ação conjunta e a cooperação entre o

Ministério da Educação e do Emprego e a Segurança Social, criou-se uma rede

de escolas profissionais sustentada na “integração europeia e do

desenvolvimento económico e social que urge promover, elevação da

qualificação dos recursos humanos do País constitui um imperativo e

investimento inadiável.” (Idem-Preâmbulo:246).

O ensino profissional1 em Portugal surge nas escolas profissionais,

providas de uma “autonomia administrativa, financeira e pedagógica” (Idem,

Artigo 9º, nº2), pelo que estas escolas se tornaram responsáveis pelas

componentes da formação sociocultural, científica, tecnológica ou artística,

técnica e prática. Desta forma, cada escola profissional deve apresentar

antecipadamente pela Direção o seu currículo e plano de estudos, para

aprovação por parte dos Ministros da Educação e Emprego e da Segurança

Social. (Idem, Artigo 9º, nº5).

1 É uma modalidade de ensino disponível para os alunos que tenham concluído o 9º ano de escolaridade ou

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 16

Apesar de este “percurso educativo alternativo [ser] orientado para a

inserção no mundo do trabalho” (Idem, Artigo 9º, nº7), neste documento são

ainda reconhecidas as equivalências dos diplomas do ensino profissional nível

III aos diplomas do ensino secundário regular (Idem, Artigo 9º, nº5), permitindo,

desta forma, o acesso ao ensino superior. (Idem, Artigo 9º, nº12).

A regulamentação do ensino profissional veio a ser modificada pelo

Decreto-Lei nº 70/93, sendo posteriormente alterado pelo Decreto-Lei nº 4/98,

visto que, com o segundo, “pretende-se renovar e apostar no ensino

profissional, potencializando-o” (Rodrigues, 2011: 49). Neste decreto, a ideia

do ensino profissional é reforçada e pretende-se “introduzir no sistema

educativo uma via própria de estudos de nível secundário alternativa ao ensino

secundário regular.” (Decreto-Lei nº4/98-Preâmbulo: 113). Desta forma,

durante alguns anos, destacou-se a aproximação entre a escola e o mundo do

trabalho, e sobretudo a preparação especializada para a vida ativa de jovens

estudantes.

Apesar de todos os esforços mencionados no parágrafo anterior, de

acordo com o Despacho Conjunto nº 1013/2003 (Preâmbulo: 16695),

“a atual situação do país continua a impor um esforço que permita assegurar a continuidade e o reforço do ensino profissional, cujos cursos, dirigidos à formação de técnicos intermédios qualificados à melhoria dos níveis de produtividade e competitividade do País, continuavam, quase exclusivamente, a ser oferecidos em todas as escolas profissionais privadas.”

Num contexto de inovação e flexibilidade, segundo Rodrigues (2011:

49),“Portugal dispunha, no fim dos anos 80, de recursos financeiros

sobrevindos da Comunidade Europeia para desenvolver o ensino tecnológico,

profissional e artístico através do PRODEP.”. Neste sentido, através do

Decreto-Lei nº397/88, o estado português criou um Gabinete de Educação

Tecnológica, Artística e Profissional – GETAP, que articulava com os diversos

parceiros sociais, autarquias, departamentos do Estado como o Ministério da

Educação e do Emprego e Segurança Social. Sob a tutela do Ministro da

Educação, Roberto Carneiro, um ano depois, “deu-se o lançamento das

escolas profissionais e foram criados os cursos tecnológicos no ensino

secundário.” (Ibidem).

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 17

Assim, em Portugal, os primeiros cursos profissionais entraram em

funcionamento em 1989/1990 e em 1991 deu-se a implementação da estrutura

modular (Gonçalves, 2008).

Após a discussão pública do “Documento Orientador da Reforma do

Ensino Secundário”, pelo Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de março, retificado

pela Declaração de Retificação nº44/2004, de 25 de maio, modificado pelo

Decreto-Lei nº24/2006, de 6 de fevereiro, pela Declaração de Retificação nº

23/2006, de 7 de abril, mais recentemente alterado pelo Decreto-Lei nº

139/2012 de 5 de julho e pela Portaria nº74-A/2013 de 15 de fevereiro, foram

instituídos os princípios orientadores da Gestão e Organização do currículo,

bem como da avaliação, certificação das aprendizagens dos diferentes

percursos educativos do ensino secundário. Este documento refere que

“no quadro da diversificação da oferta formativa, podem ser criados percursos de educação e formação, profissionalmente qualificantes, principalmente destinados a jovens em idade de frequência do nível secundário de educação que pretendam no imediato, concretizar um projeto profissional, sem prejuízo do prosseguimento de estudos” (Decreto-Lei nº 74/2004, Artigo 5º, nº3). Contudo, os alunos do ensino profissional nível III ou nível IV que não pretendam prosseguir estudos ficam dispensados da avaliação sumativa externa (Idem, Artigo 11º, nº5).

Estes alunos estão sujeitos a uma formação em contexto de trabalho

(FCT - estágio) e a uma PAP – Prova de Aptidão Profissional, para terem a sua

certificação de qualificação profissional nível III ou IV. “Para a certificação da

conclusão […] de um curso profissional de nível secundário, não é obrigatória a

aprovação dos exames nacionais, excepto que o aluno pretenda prosseguir

estudos de nível superior.” (Idem, Artigo 15º, nº3). Desta forma, o aluno obtém

a equivalência ao ensino secundário.

Neste sentido, os cursos profissionais são integrados nas ofertas

educativas de formação e aprendizagem de nível secundário, definindo a

possibilidade de se constituírem como oferta educativa em todas as escolas

secundárias, consolidada através da Portaria nº 550-C/2004, de 21 de maio,

alterada pela Portaria nº797/2006, de 10 de agosto. Este documento “ regula a

criação, organização e gestão do currículo, bem como a avaliação e

certificação das aprendizagens dos cursos profissionais de nível secundário.”

(Gonçalves, 2008:8). Além disso, a abertura dos cursos profissionais nas

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Sílvia da Silva Vieira 18

escolas públicas torna-se uma possibilidade quando o Estado remete “ a

respectiva regulamentação para os instrumentos de autonomia das escolas,

sem prejuízo de, no caso das escolas públicas, (…) criar o necessário e

adequado espaço de intervenção da tutela.” (Portaria nº 550-C/2004-

Preâmbulo: 3254-(29)).

O ensino Profissional surge, neste contexto, como solução para a

qualificação de alunos, quando estes não demonstram capacidades para

ingressar ou se adaptar no ensino tradicional, contornando o problema do

insucesso escolar. Mas será que este cenário tende a continuar? E que futuro

se aguarda para o ensino secundário e o ensino profissional no nosso país e

na Europa?

2 – As tendências do Ensino Secundário e Profissional na Europa e em Portugal

Na Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, diversos

analistas, pensadores e organizações vêm insistindo na necessidade de um

reordenamento das finalidades do sistema educativo, mais concretamente do

ensino secundário (UNESCO, 1996: 15). Assim, a Comissão

“ousa afirmar que, actualmente, a pressão da competição faz com que muitos responsáveis esqueçam a missão de dar a cada ser humano os meios de poder realizar todas as suas oportunidades”, sendo imperioso “conciliar a competição que estimula, a cooperação que reforça e a solidariedade que une”, uma maior preocupação “com a qualidade e a preparação para a vida” e o reforço do desenvolvimento das capacidades pessoais” (UNESCO, 1996:116).

Após uma revisão dos caminhos recentes do ensino secundário na

Europa, Joaquim Azevedo afirma que

“o ensino e a formação de nível secundário poderiam ancorar a sua reestruturação como ensino e formação de massas, não já sob o signo de uma ou outra funcionalidade predominante, mas pelo superior objectivo de formar criadores. Criadores de sentido [..], criadores de cooperação humana, criadores de novas soluções e de novos projectos, empreendedores, criadores de trabalho e criadores na fruição do seu tempo livre” (Azevedo, 1998: 524).

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Sílvia da Silva Vieira 19

O mesmo autor defende a necessidade de suprimir a dicotomia

formação geral e profissional, lembrando ainda que

“já na 40ª reunião da Conferência Internacional da Educação (1986) se recomendava aos Estados Membros que reestruturassem o ensino secundário superando a sua tradicional orientação académica, articulando um novo sistema equilibrado, harmonioso e diversificado com flexibilidade...” (Azevedo, 1998:648).

Para Azevedo, prevalecia uma necessidade de “um espírito ecuménico e

já não separatista”, reforçando que

“talvez seja outra a principal obra do futuro dos sistemas educativos:

libertá-los da racionalidade totalitária e instrumentalista que os ordena, reinstitucionalizando-os sobre o direito de cidade, naquilo que distingue um ser humano de outro ser humano, sobre o princípio de que não há alunos sem pessoas” (Azevedo, 1998: 652).

Relativamente à educação e formação na Europa, foram definidos

objetivos comuns para 2010. Segundo Gonçalves (2008), em março de 2000,

no Conselho Europeu que teve lugar em Lisboa, foi definido para os sistemas

de educação e formação europeus, como objetivo a atingir até 2010, a

necessidade de se adaptarem às exigências da sociedade de informação e

conhecimento e a um maior nível de qualidade de vida. Posteriormente, este

objetivo foi dividido em diversos objetivos específicos ao nível dos estados

membros do Conselho Europeu (Comissão Europeia, 2002).

Na sessão do Parlamento Europeu do dia vinte e nove de junho de

2011, na sua comunicação, o Presidente da Comissão Europeia reforçou a

ideia de que “O orçamento investe nos cérebros europeus, aumentando os

valores destinados à educação, formação, investigação e inovação. Estas

áreas são cruciais para a competitividade da Europa a nível global e permitirão

criar empregos e ideias de amanhã.” (Comissão Europeia, 2011).

Mais tarde, foram definidas, na sessão do Parlamento Europeu do dia

vinte e três de janeiro de 2012, como prioridades melhorar a competitividade e

o emprego, apostando no reforço do ensino vocacional e básico, secundário e

pós-secundário. Por outras palavras, investir menos em infraestruturas e mais

em capital humano (Comissão Europeia, 2012). Desta forma, na área da

educação, a Estratégia Europa 2020 estabelece duas metas essenciais: a

redução da taxa de abandono escolar precoce (com idades entre os 18 e os 24

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Sílvia da Silva Vieira 20

anos) para os 10% em 2020; e pelo menos 40% da população jovem (entre 30

e 34 anos) deve ter um grau ou diploma de ensino superior. A taxa de

abandono escolar precoce, entre 2007 e 2011, diminuiu três vezes e meia mais

do que entre 2000 e 2007. No quadro seguinte, podemos analisar a evolução

da taxa de abandono escolar em 2000 e 2011:

Quadro 1 – Evolução da taxa de abandono escolar precoce em 2000 e 2011 (Fonte: Comissão Europeia, 2012)

Ano 2000 Ano 2011

Portugal: 44% Portugal: 23%

Média UE 27: 18 % Média UE 27: 14 %

Espanha: 29 % Espanha: 25 %

A taxa de escolaridade de nível secundário na UE a 27 (27 países da

União Europeia) também sofreu uma evolução muito positiva, fixando-se nos

73 % em 2011.

A Estratégia Europa 2020 ainda definiu como meta quantitativa para

2020 pelo menos 6 % da população entre os 18 e 34 anos ter frequentado o

ensino profissional e vocacional, incluindo o período de formação em contexto

de trabalho (estágio). No entanto, só existem dois países da OCDE, a Turquia

e a Espanha, com menor percentagem de população habilitada com o ensino

secundário profissional em relação a Portugal e Grécia. Os países com maior

percentagem de diplomados com um curso secundário profissional são, por

esta ordem, República Checa, Eslováquia, Áustria, Hungria, Eslovénia,

Alemanha, Estónia, Finlândia e Suíça (OCDE, 2012:30).

Os Estados-Membros também podem definir as suas próprias metas

nacionais para 2020. Deste modo, em Portugal, o Ministério da Educação

propôs às diferentes estruturas do sistema educativo, em particular às escolas

e comunidades educativas, que se envolvam ativamente no Programa

Educação 2015. Este programa tem como objetivos melhorar as competências

básicas dos alunos portugueses, nomeadamente a Língua Portuguesa e

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Sílvia da Silva Vieira 21

Matemática, e assegurar a permanência no sistema de todos os jovens até aos

18 anos, garantindo a escolaridade obrigatória de 12 anos, reduzindo o

abandono escolar precoce.

Relativamente à empregabilidade, a Estratégia Europa 2020 definiu

como meta a taxa de emprego de 75% para a população compreendida entre

os 20 e 64 anos de idade. Neste sentido, a leitura do quadro do relatório

Education at a Glance da OCDE (2012:30) permite-nos ainda verificar que os

países com maior percentagem de população adulta com cursos secundários e

pós-secundários profissionais têm taxas mais baixas de desemprego. Os casos

de Espanha, Portugal e Grécia, posicionados nos últimos lugares na

percentagem de frequência de ensino secundário profissional, parecem

comprovar a relação entre elevadas taxas de desemprego e baixos níveis de

qualificação profissional entre a população adulta.

Relativamente à taxa de desemprego jovem na União Europeia,

podemos comparar, no quadro seguinte, os valores de alguns países:

Quadro 2 – Taxa de desemprego jovem na UE em 2012 (Fonte: Comissão Europeia, 2012)

Países Percentagem (%)

Grécia 55

Espanha 53

Itália 34,5

Portugal 39

Média da UE 27 22,7

Apesar dos elevados progressos registados na descida da taxa de

abandono escolar precoce, a taxa de desemprego jovem não tem cessado de

aumentar e atingiu, em 2012, 39% dos jovens com idades entre os 18 e os 25

anos de idade.

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Sílvia da Silva Vieira 22

Por outro lado, os países com uma forte via profissionalizante têm baixo

desemprego jovem. Em 2011, as taxas de desemprego da Alemanha, Holanda

e Áustria foram, respetivamente, 8,3 %, 8,5 % e 8,7 %. Podemos, desta forma,

constatar que existe uma relação entre a frequência dos alunos no ensino

profissional e uma taxa diminuta de desemprego jovem (Comissão Europeia,

2012). Este foi um dos temas a debater na Conferência da CEDEFOP, Centro

Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional, em junho de 2013,

com a participação de Androulla Vassiliou, Comissária Europeia responsável

pela Educação, Cultura e Juventude (CEDEFOP, 2013). A Comissária reforça

que o combate ao desemprego entre os jovens é uma prioridade da União

Europeia, reconsiderando os sistemas de educação e formação que dotem os

jovens europeus com as competências e qualificações necessárias para

encontrar emprego ou para a continuação do seu percurso educativo. Desta

forma, Androulla Vassiliou defende que a educação vocacional e profissional

podem ser melhoradas através de informações sobre as tendências do

mercado de trabalho e com a aposta em diversas modalidades de

aprendizagem, para poder combater de uma forma mais eficaz o desemprego

juvenil. Por outras palavras, trata-se de uma aprendizagem entre pares que

promove uma aprendizagem baseada no trabalho (CEDEFOP, 2013).

Apesar do empenho e investimento efetuado, os níveis de qualificação

académico e profissional dos jovens portugueses ainda não atingiram os

valores desejados. Além disso, o nosso país precisa de técnicos de nível

intermédio e outros profissionais essenciais para o desenvolvimento industrial,

crescimento da produtividade e competitividade. Assumindo o ensino e

formação profissional como fatores fundamentais para o desenvolvimento

socioeconómico e o benefício do reforço da cooperação nesta área, foi

assinado um Memorando de Entendimento no âmbito do ensino profissional

entre o Ministério da Educação e da Ciência da República Portuguesa e o

Ministério da Educação e da Investigação da República Federal da Alemanha

(2012), no qual os dois países acordaram:

a) implementar ações que colaboram para um melhor conhecimento

mútuo e uma análise comparativa das estruturas e dos sistemas do ensino

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Sílvia da Silva Vieira 23

profissional nos dois países, relativamente a requisitos de acesso e exigidos

aos formadores, currículos, função e envolvimento das empresas e partilha de

boas práticas;

b) promover a permuta de informação sobre práticas, metodologias de

trabalho e realização de atividades de aprendizagem entre pares;

c) desenvolver ações para o intercâmbio dos alunos do ensino

profissional, formadores e empresários;

d) formar uma equipa de trabalho bilateral, constituída por

representantes dos dois países com a finalidade de acompanhar, coordenar e

avaliar a execução do Memorando de Entendimento.

A assinatura deste documento veio reforçar a importância do ensino

técnico e formação profissional, tendo contribuído para a concretização de um

dos objetivos do Programa do Governo Português: uma formação dupla com

qualidade, partilhada entre a formação teórica das escolas e a formação prática

das empresas, que procura responder à necessidade de articulação entre a

economia e mercado de trabalho, as necessidades dos jovens e as diversas

ofertas educativas. Por outro lado, o conhecimento da técnica e experiência

alemãs traz benefícios quer para o ensino profissional, quer para o ensino

básico vocacional, que está a ser implementado no sistema educativo

português neste ano letivo, permitindo que os alunos até ao 9º ano de

escolaridade aprendam profissões concretas, como eletricista ou cozinheiro,

num sistema que combina ensino teórico na escola e ensino prático nas

empresas.

Após esta análise, interessa-nos conhecer a realidade do Ensino

Secundário e Ensino Profissional no nosso país, mais concretamente os pontos

fortes e pontos fracos, bem como os desafios que se colocam diariamente aos

atores desta modalidade de ensino.

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3 – Os avanços, problemas e desafios do Ensino Secundário e Profissional em Portugal

Tendo por base um estudo efetuado em Portugal Continental e Regiões

Autónomas e a comparação dos resultados obtidos com as metas

estabelecidas pela União Europeia para 2020 (Comissão Europeia, 2012), o

relatório do Conselho Nacional de Educação (CNE) de 2012, designado

“Estado da Educação 2012. Autonomia e Descentralização” apresenta alguns

avanços no âmbito do Ensino Secundário (CNE, 2012:152):

“Percursos escolares progressivamente menos perturbados por retenções, com percentagens crescentes de jovens a frequentarem o nível de escolaridade correspondente à sua idade…” “Progressos assinaláveis na prevenção do abandono do sistema sem qualificação de nível secundário (saída escolar precoce) e evolução favorável das taxas de escolarização dos jovens nos níveis básico e secundário, a que não terá sido alheia a diversificação da oferta e alargamento da frequência de modalidades de dupla certificação no Ensino Secundário, acolhendo públicos cada vez mais diversos.” “Um número considerável de organizações escolares que acolhem uma elevada percentagem de alunos oriundos de contextos socioeconómicos desfavoráveis consegue compensar os efeitos dessas condições e obter resultados de aprendizagem acima da média nacional...”

No entanto, no mesmo relatório são referidas algumas preocupações

relativamente ao ensino secundário:

“Não podemos deixar de assinalar, designadamente, as dificuldades de

alunos e famílias, a insegurança vivida pelos professores e técnicos de educação, a diminuição dos recursos financeiros, a dificuldade de integração, num tempo muito curto, de um número significativo de mudanças que foram sendo introduzidas” (CNE, 2012:6).

A Educação deve proporcionar às crianças, jovens e até mesmo aos

adultos, condições para o seu desenvolvimento. Além disso,

“[…] deve igualmente ter soluções para a qualificação daqueles que

deixaram a escola precocemente sem as competências que a sociedade exige hoje aos seus cidadãos. São desafios complexos cujas respostas demoram tempo a construir e a consolidar” (CNE, 2012:6).

Neste sentido, em relação ao ensino secundário, destacamos alguns

problemas e desafios apresentados neste documento (CNE, 2012:152-153):

“ Apesar dos significativos progressos na prevenção do abandono escolar, mantém-se ainda um atraso considerável em relação à meta europeia definida

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Sílvia da Silva Vieira 25

para 2020 e à média da UE27, no que se refere à saída escolar precoce e à população com Ensino Secundário…” “ Necessidade de desenvolver as estratégias e os programas que têm permitido recuperar atrasos, prevenir o abandono precoce e o desvio etário e intervir ao primeiro sinal de dificuldade.” “ Depois de um crescimento acentuado da frequência de modalidades de educação e formação dirigidas a adultos, desenha-se uma tendência de decréscimo neste eixo, tanto mais preocupante quanto nefasto o seu impacto: na elevação dos baixíssimos níveis de qualificação da população ativa; no ritmo de recuperação da distância que nos separa da média europeia, quanto à proporção da população com Ensino Secundário; nas implicações das baixas qualificações das famílias sobre o sucesso dos alunos e o abandono escolar dos jovens sem as qualificações mínimas de referência.” “ Em situação de crise económica e de crescimento do desemprego, seria da maior importância estimular a melhoria das qualificações da população portuguesa, envolver os indivíduos em programas de desenvolvimento pessoal e profissional e aproveitar os recursos do sistema para investir neste processo.” “ Necessidade de apostar na valorização e sustentabilidade de sistemas de orientação que, por um lado, promovam o reconhecimento e validação de competências, como contributo imprescindível para a melhoria dos níveis de qualificação da população portuguesa, e, por outro, apoiem os alunos e famílias na construção de projetos de vida”.

A Educação é a base de um desenvolvimento sustentável e, por este

motivo, nos dias de hoje, investir na Educação, além de ser uma oportunidade,

é talvez o maior desafio de todos. Por outras palavras,

“a importância do investimento na educação não deve ser colocada em causa, antes é necessário tudo fazer para desenvolver a responsabilidade social por este sector e para que o país acredite cada vez mais na sua pertinência” (CNE, 2012:8).

Segundo o mesmo relatório, e de acordo com as decisões da tutela

(ANQEP, 2012), este ano (2013), os Centros de Novas Oportunidades (CNO)

serão extintos e substituídos por Centros de Formação e Ensino Profissional. O

mesmo documento refere que estes centros “terão uma missão mais alargada,

designadamente no que diz respeito à orientação e encaminhamento de jovens

para ofertas de dupla certificação” (CNE, 2012:68), reforçando, desta forma, a

importância do ensino profissional na sociedade portuguesa atual.

De acordo com Camacho Costa (2010), os desafios colocados ao ensino

profissional e aos seus professores contemplam diversas dimensões,

nomeadamente a organização modular das aprendizagens, a necessidade

permanente de autoformação, a gestão de novos programas, a necessidade de

trabalhar articuladamente com os colegas e as empresas, a metarreflexão, a

heterogeneidade dos alunos e dos seus percursos pessoais e escolares e a

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 26

seleção das estratégias mais apropriadas a esta modalidade de ensino. Neste

contexto, a mesma autora lança quatro desafios essenciais aos docentes do

ensino profissional:

a) o primeiro desafio é que o professor terá de lidar com problemas

como os de natureza disciplinar, desmotivação e abandono escolar. “Talvez o

maior desafio esteja precisamente em "agarrar" estes alunos e ajudá-los a

encontrar o seu caminho através de uma melhor relação com a escola e o

saber” (Camacho Costa, 2010: 55). Além disso, são docentes que trabalham

mais, criando condições para o sucesso escolar e, desta forma, atingir as

metas mais exigentes relativamente às outras modalidades formativas;

b) o segundo desafio prende-se com os docentes convictos das

potencialidades dos cursos profissionais, que estão em condições de

desenvolver um bom trabalho com os alunos destes cursos. “Quem recebe

uma turma profissional não pode fingir que esta é igual às outras e fazer o que

faz com as do ensino regular, mesmo que a sua disciplina não seja técnica”

(Idem:56). Em relação ao ensino regular, os cursos profissionais assumem

programas e metodologias diferentes e, por este motivo, os professores devem

refletir sobre o seu lugar na escola e o seu papel neste contexto;

c) o terceiro desafio relaciona-se com o envolvimento pessoal: “O

professor vê-se, por vezes, confrontado com a necessidade de se auto-formar,

de pesquisar, de se informar sobre as especificidades de aplicação da sua

disciplina” (Idem:57). A um professor da componente técnica de um curso

profissional é exigido um maior esforço, empenho e trabalho. Contudo, no

nosso quotidiano profissional ainda nos deparamos com docentes resistentes

às mudanças, não abdicando da sua “área de conforto”, e por isso,

indisponíveis para um esforço extra;

d) o quarto desafio é dirigido ao Diretor de Curso, no desempenho das

suas funções de coordenação, orientação e acompanhamento da formação em

contexto de trabalho (estágio) dos alunos destes cursos. “Ser director de um

curso profissional - função que qualquer professor pode vir a desempenhar - é

muito mais do que uma tarefa burocrática de compilação de legislação e de

organização da documentação“ (Idem:58). Neste sentido, ao longo deste

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Sílvia da Silva Vieira 27

trabalho, iremos comprovar a importância do cargo de Diretor de Curso e

proceder ao mapeamento das suas competências.

É de salientar que, tal como a autora, admitimos que

“Trabalhar com os alunos dos cursos profissionais constitui, efectivamente, um desafio, ou vários [… ] Mas se aceitarmos esses desafios e assumirmos que vale a pena investir nestes alunos, ser professor no ensino profissional pode marcar a nossa vida” (Idem:58).

Além disso, concordamos quando a mesma afirma que

“… assumir uma posição de subversão do sistema, negando uma realidade que é diferente, e fazer de conta que ela não existe, é prestar um mau serviço à escola, aos alunos e às famílias que acreditam na validade das suas opções. Obviamente podemos sempre reflectir sobre os papéis que nos exigem, propor alternativas e melhoramentos, mas o ensino profissional já ganhou o seu lugar e mais vale aceitá-lo como parte legitimamente integrante das nossas escolas públicas” (Idem: 58).

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 28

Capítulo 2 – O Diretor de Curso do Ensino Profissional

Para que seja possível uma melhor compreensão dos normativos e das

competências associadas ao exercício do cargo de Diretor de Curso, dividimos

este capítulo em duas partes fundamentais: na primeira parte, é apresentado o

enquadramento normativo referente a este cargo; e na segunda é desenvolvido

o perfil de competências que lhe estão subjacentes.

1 – O enquadramento normativo do cargo de Diretor de Curso

A – A estrutura organizacional da escola

A escola é uma organização que necessita de instaurar e regular as

relações de trabalho que se criam e desenvolvem no seu interior.

A estrutura organizacional define-se, segundo Alves (1996:66), como “uma

forma de dividir, organizar e controlar as funções educativas, tendo em vista,

teoricamente, uma melhor consecução das finalidades”. O mesmo autor

distingue dois tipos fundamentais de estruturas organizacionais na escola: as

pedagógicas, que se regem por princípios de eficácia e exigência e organizam

as práticas educativas, e as administrativas, com responsabilidade de seleção,

colocação e gestão de recursos.

Relativamente ao tipo de órgãos que regulam o exercício do poder no

seio da organização e das funções, Alves (1996:67-68), através de uma

revisão bibliográfica sobre organizações escolares, concorda com a adoção do

esquema de Chiavenato (1983), que defende a existência de três níveis

organizacionais dispostos de uma forma sequencial em pirâmide invertida: o

nível institucional que, além de representar a instituição, elabora o projeto

educativo, os objetivos e os regulamentos, organiza as políticas educativas; o

nível intermédio, com responsabilidades no planeamento, coordenação de

programas, estruturas pedagógicas e administrativas ligadas ao ensino e o

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 29

nível operacional no desempenho de planificação e execução das funções

educativas.

Em Portugal, o novo modelo de governação das escolas foi aprovado

pelo Decreto-Lei nº 75/2008 de 22 de abril, que centraliza e reforça a gestão

escolar, a direção e a administração ao nível da gestão pedagógica. Assim,

existe um diretor detentor de uma liderança de topo e que preside ao Conselho

Pedagógico, garantindo a representação das diversas ofertas educativas,

incluindo as dos cursos profissionais.

O nível organizacional intermédio assegura também a gestão da escola,

através de equipas de coordenação e supervisão pedagógica. O normativo

apenas determina a criação dos Conselhos de Turma e seus Diretores de

Turma, bem como dos Departamentos Curriculares e os seus representantes.

Desta forma, a escola tem autonomia para organizar as restantes estruturas

intermédias. Trata-se de um modelo organizacional caracterizado por uma

mescla das vertentes vertical e horizontal, com formas de relacionamento

direto, através da formação de cargos de ligação entre os níveis.

Tendo em conta o respetivo normativo, o cargo de Diretor de Curso é

representado no Conselho Pedagógico pelo Coordenador dos cursos

profissionais. Assim, a posição da Direção de Curso e respetivo Diretor de

Curso na estrutura vertical da organização da escola encontra-se a um nível

intermédio, podendo reportar diretamente ao Diretor e Conselho Pedagógico

ou ao Coordenador, que ocupa um lugar entre as estruturas anteriormente

mencionadas e o Diretor de Curso.

Entre a Direção de Curso e a Direção de Turma permanece uma certa

verticalidade organizacional, dado que a Direção de Curso é mais abrangente,

pois engloba equipas pedagógicas para ciclos de formação de três anos, ao

passo que a Direção de Turma se centra em cada turma particular. No entanto,

a legislação não faz referência a este aspeto e a escola tem autonomia no que

respeita ao nível da sua organização intermédia.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 30

B – O nível organizacional intermédio

Os contextos escolares têm sido alvo de rápidas e permanentes

mudanças, obrigando a uma descentralização das práticas de gestão escolar e

de lideranças. Para tal, é conveniente a combinação de capacidades e

habilidades complexas, sendo fundamental a articulação do individual com o

coletivo, permitindo que a responsabilidade e o poder sejam partilhados no seio

da escola (Bush and Middlewood, 2005: 12).

Neste sentido, tem-se verificado um alargamento dos papéis

desempenhados pelos níveis organizacionais, incluindo uma diversidade de

cargos fundamentais para a melhoria, o desenvolvimento da escola, e que nela

se desenvolvam dinâmicas adequadas (Leask and Terrell, 1997:9).

Sem, em muitos casos, terem recebido apoio e formação, a estes

profissionais são-lhes atribuídas novas funções, como liderar e gerir equipas de

trabalho constituídas pelos seus colegas. Simultaneamente, as necessidades

da escola e dos indivíduos produzem nestes profissionais uma enorme

pressão, comprimindo as suas ações e produzindo tensões. Na investigação

efetuada a detentores de cargos intermédios, Gunter (2001:106-120) confirma

estes constrangimentos, apontando ainda alguns motivos para a complexidade

no desempenho destes cargos, como a falta de tempo para as diversas

funções e atividades exigidas pelo duplo papel de líderes e docentes, bem

como a prestação de contas através da avaliação da eficácia da organização.

Bush (2003: 58) acrescenta outros fatores causadores de pressão como as

tarefas burocráticas e administrativas, a aquisição de novas capacidades de

liderança, a falta de formação profissional, as necessidades dos alunos, os

superiores hierárquicos e a tutela, os resultados dos alunos e os rankings, o

bem-estar e a motivação, as necessidades dos colegas e a vida pessoal e

familiar. Perante este cenário, o mesmo autor sugere propostas de ação e

orientação como a gestão pessoal da pressão e do tempo, a gestão de

equipas, a planificação para a melhoria e definição de objetivos, gestão de

conflito, da comunicação, da mudança e dos recursos, desenvolvimento

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

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profissional e articulação entre as ações particulares ou das equipas lideradas

e os objetivos globais da organização.

Apesar dos detentores de cargos intermédios se situarem na “zona

intermédia de disputa e incerteza” (Bacharach, 1981, citado por Filipe, 1998:52-

54) e serem confrontados com alguns constrangimentos, também surgem as

“janelas de oportunidades e estratégias diferenciadas aos diversos

protagonistas” (Gomes, 1993, citado por Filipe, 1998: 53), permitindo-lhes

contribuir na interligação das várias peças da orgânica escolar (Idem: 74).

Como detentor de um cargo de nível organizacional intermédio, ao

Diretor de Curso cabe exercer liderança no âmbito pedagógico junto da equipa

que orienta e coordena. De acordo com Filipe (Idem: 78), como as escolas

possuem uma determinada autonomia organizacional, às estruturas

intermédias devem ser atribuídas funções de orientação pedagógica nas áreas

de ensino, currículo e da avaliação. No entanto, Roldão (2007:2-3) reforça a

ideia de que a gestão curricular deve ser da responsabilidade do Diretor de

Turma.

Nos cursos profissionais, existem dois cargos de nível organizacional

intermédio, o Diretor de curso e o Diretor de Turma, e as respetivas estruturas

que lideram, o Conselho de Curso (com funções de gestão pedagógica) e o

Conselho de Turma. Deste modo, é fundamental que exista uma boa

articulação entre ambos, implicando motivação e competência para

desenvolver um trabalho colaborativo. Contudo, é imprescindível que os

regulamentos internos das escolas esclareçam com clareza os papéis e as

competências de cada um dos cargos. Tendo os alunos como referência,

ambos trabalham no ajuste do currículo, das técnicas e processos de ensino e

de avaliação às circunstâncias concretas da atuação, com responsabilidades

na tomada de decisões, na avaliação de resultados e na adequação de

processos, principalmente no âmbito da transformação do currículo em projetos

de formação integrados e participados em articulação com o projeto educativo

global (Zabalza, 1992, citado por Roldão, 2007: 2).

Não podemos ignorar o facto de o Diretor de Curso ser um mediador

entre o Projeto Educativo, o Projeto Curricular de Escola, o Plano Anual de

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Sílvia da Silva Vieira 32

Atividades e os Projetos Curriculares de cada turma específica, tomando

decisões na orientação das práticas pedagógicas da equipa para o êxito das

aprendizagens, no cumprimento das finalidades do curso e da formação, tendo

sempre presente as novas metodologias de aprendizagem e de ensino e de

avaliação.

As estruturas de gestão intermédia englobam a participação dos

professores, resultando colaboração, partilha e empenho. Filipe (1998:80-81)

refere alguns aspetos facilitadores da participação docente, como o reforço da

gestão intermédia, as lideranças coletivas que promovam o alargamento das

interações a todos os atores, a partilha de responsabilidades e união no

alcance de objetivos, o respeito pelo campo profissional dos professores, a

aceitação da liderança e coordenação pelos grupos, o ajuste de recursos e

meios, a pedagogia da autonomia e cultura de participação e, por fim, a

combinação das estruturas não como fins, mas como meios para os atingir.

Face ao exposto, constatamos que o cargo de Diretor de Curso, como

estrutura organizacional intermédia, está fortemente ligado às práticas

supervisivas.

C – O nível organizacional intermédio e a Supervisão

Atualmente, a supervisão é vista como uma ação fundamental dos

cargos do nível de organização intermédio, pois está relacionada com a

mediação, o reconhecimento do potencial formativo da escola e o trabalho de

equipa.

Porém, no seu lado mais negativo, a supervisão pode ser entendida

como autoritarismo, poder e fiscalização avaliativa (Alarcão e Tavares, 2003: 3,

Vieira, 1993: 28). No entanto, a supervisão numa perspetiva de fiscalização

tem vindo a ser substituída pelo acompanhamento formativo, no âmbito da

formação inicial e contínua (Alarcão, 2009:120).

Nas escolas de hoje, a supervisão conjuga-se com as diferentes formas

de trabalho, enfrentando a complexidade de atividades que se exigem à

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Sílvia da Silva Vieira 33

organização escolar e aos professores, qualificando a escola para “poder

construir e usar as suas competências de trabalho de forma mais auto-

regulada” (Santiago, 2000: 40). Desta forma, a supervisão articula-se com a

aprendizagem e desenvolvimento dos profissionais, incluindo o supervisor

como elemento da organização escolar.

Alarcão (2008:35) associa a supervisão ao desenvolvimento global da

escola:

“desenvolvimento qualitativo da organização escolar e dos que nela realizam o seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa por meio de aprendizagens individuais e colectivas, incluindo a formação dos novos agentes”. Neste sentido, o supervisor, além de ser encarado como um líder, é um mediador de comunidades aprendentes e formativas. Para tal, o supervisor deve substituir a visão de topo por um olhar horizontal, que permita a adoção da supervisão como prática pedagógica formativa (Alarcão, 2008: 11-12).

Glickman (1985, citado por Gomes, 2008: 5) reforça ainda que o

supervisor é “alguém que está atento, esclarece, encoraja, serve de exemplo,

opina, negoceia, orienta, condiciona, ajuda na resolução de situações surgidas

e estabelece prioridades e critérios”.

Por outro lado, Oliveira (2000: 47-48), ao pesquisar os elementos da

organização escolar que desempenham funções de supervisão, identificou dois

níveis, não esquecendo que um supervisor é um formador. A primeira

perspetiva engloba uma supervisão geral ou escolar centrada na organização

do contexto escolar. A segunda perspetiva é a supervisão em sentido restrito,

isto é, a supervisão pedagógica focada na organização do ensino e da

pedagogia no contexto de sala de aula.

Desta forma, constatamos que em função das qualidades das atividades

exercidas pelo Diretor de Curso, a primeira perspetiva de supervisão geral ou

escolar é a mais adequada ao contexto do nosso trabalho. Aliás, esta

perspetiva é coerente com a opinião da mesma autora, reconhecendo ao nível

de gestão intermédia funções de supervisão, uma vez que a sua posição na

escola lhe permite “reconhecer os desequilíbrios e as disfunções do sistema

escolar”, possuindo autonomia e legitimidade para proporcionar “medidas de

apoio e correcção” (Oliveira, 2000: 48), reforçando ainda que a supervisão é

“um processo de coordenação, apoio e decisão nas áreas pedagógicas,

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Sílvia da Silva Vieira 34

curriculares e de desenvolvimento profissional dos actores sociais da escola

(professores e outros agentes educativos)” (idem: 47).

Neste sentido, podemos concluir que um Diretor de Curso, na qualidade

de gestor intermédio, deve possuir uma panóplia diversificada de

competências, nomeadamente no diagnóstico de necessidades de formação

(DNF), no apoio e acompanhamento aos seus colegas e à sua formação

contínua, na supervisão da concretização de projetos e programas e na

avaliação. Além disso, como é um mediador profissional e organizacional,

deverá abranger igualmente “estratégias de mediação concebidas para facilitar

a construção e expansão das capacidades reflexivas do professor e dos seus

processos de compreensão e interpretação” (Garmston, Lipton and Kaiser,

2002, citados por Penha, n.d.: 11). Os mesmos autores destacam alguns

princípios para o exercício da mediação no âmbito da supervisão, como a

libertação do julgamento e da avaliação, limitadores de um trabalho construtivo,

a adaptabilidade e flexibilidade, facilitadores do desenvolvimento individual e

da equipa de trabalho, promovendo a união, experimentação, colaboração e

reflexão no grupo.

Ao Diretor de Curso, enquanto supervisor formativo do trabalho da

equipa pedagógica, cabe a responsabilidade de atribuir ao aluno uma posição

importante no currículo, responsabilizando-o pelo seu próprio processo de

ensino/aprendizagem.

Para que o exercício do cargo de Diretor de Curso se cumpra na íntegra,

torna-se fundamental analisar o seu enquadramento normativo em termos do

contexto e pressupostos de atuação que lhes estão implícitos. Desta forma,

estão reunidas as condições para compreendermos as referências impostas

pela política educativa para a atuação do Diretor de Curso.

D – O contexto e pressupostos de atuação do Diretor de Curso

Com o Decreto-Lei nº 74/2004 de 26 de março, posteriormente com

algumas alterações inseridas no Decreto-Lei nº 24/2006 de 6 de fevereiro, e

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Sílvia da Silva Vieira 35

mais recentemente, no Decreto-Lei nº 139/2012 de 5 de julho, a oferta

educativa das escolas públicas com ensino secundário veio a ser modificada e

diversificada, de modo a tornar o ensino mais profissionalizante. A Portaria nº

550-C/2004 de 21 de maio e a Portaria 74-A/2013 de 15 de fevereiro vieram

reforçar esta recomendação, especificando as normas e regras de

organização, funcionamento e avaliação dos cursos profissionais.

No Artigo 6º, parágrafo 1, alínea d) do Decreto-Lei nº 139/2012 de 5 de

julho, é reforçada a importância destes cursos: “cursos profissionais

vocacionados para a qualificação profissional dos alunos, privilegiando a sua

inserção no mundo do trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos.”

Nestes cursos, pretende-se que haja articulação de saberes, saber-

fazer, saber-estar e saber-ser, tendo em conta o Decreto-Lei nº 74/2004, Artigo

4º, alínea e), em que se preconiza o princípio da “ transversalidade da

educação para a cidadania e da valorização da língua e cultura portuguesas

em todas as componentes curriculares.” Ainda segundo o mesmo normativo,

no Artigo 4º alínea a), é essencial a articulação “entre as necessidades de

desenvolvimento individual e as exigências impostas por estratégias de

desenvolvimento do País.”

A Portaria 550-C/2004, mais concretamente no Artigo 8º, alíneas a), f) e

i), apresenta os princípios orientadores dos cursos profissionais, bem como um

conjunto de nove princípios particulares que reforçam a necessidade da

articulação, da preparação e qualificação profissional com o exercício da

cidadania e aprendizagem ao longo da vida.

Da mesma forma, o Anexo V do Decreto-Lei nº74/2004 e,

posteriormente, o Anexo VI do Decreto-Lei nº 139/2012 estabelecem a

organização curricular dos cursos profissionais, na qual estão contempladas

três componentes de formação: sociocultural, científica e técnica ou

tecnológica.

O Despacho no 14758/2004 (2ªsérie) de 23 de julho expõe no parágrafo

5, do artigo 2, os requisitos a deter pela escola, como um clima participativo,

flexível, com espírito de abertura e capacidade para fomentar a colegialidade

interna e externa, por exemplo, com outras escolas, autarquias, empresas e

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Sílvia da Silva Vieira 36

centros de formação (alínea b). A este conjunto de requisitos junta-se um

segundo que contempla as instalações, os equipamentos e a logística, bem

como a capacidade de os gerir (alínea e), articulando-se ainda com os cinco

requisitos mínimos exigidos aos estabelecimentos de ensino que se

candidatem à oferta de cursos profissionais, de forma a garantir um quadro

estável, experiência e qualificação de professores, motivação e inovação do

funcionamento e das práticas de organização pedagógica (alínea c). Estes três

conjuntos de requisitos são resultado da compatibilidade que deverá existir

entre o Projeto Educativo de Escola e a oferta de formação (alínea a). Neste

sentido, tendo em conta o contexto em que está inserido, o Diretor de Curso

desempenha em diferentes áreas uma diversidade de funções e papéis,

lidando diariamente com várias pessoas dentro da escola e fora da mesma.

E – As áreas de atuação, funções/ responsabilidades, papéis e interlocutores do Diretor de Curso

Os autores Barroso (2005:147-148) e Bell (1992:16-18) distinguiram três

áreas de atuação do Diretor de Curso do ensino profissional:

1 – concetual, desempenhando as funções de definição da política

educativa: oferta educativa e recursos humanos; planificação: aprendizagens e

avaliação; organização: administrativa, pedagógica, da comunicação,

informação e recursos materiais;

2 – técnica, exercendo funções de coordenação pedagógica: controlo e

avaliação das aprendizagens;

3 – gestão externa, tendo a seu cargo as funções de política educativa e

de desempenho.

Na legislação portuguesa, o primeiro normativo que define algumas

responsabilidades do Diretor de Curso é a Portaria 550-C/2004, mais

especificamente nos artigos 11º, parágrafo 1, alínea e) e Artigo 17º.

Mais tarde, no Despacho nº 14758/2004 (2ªsérie), são definidas as

funções específicas deste cargo (Artigo IX, do parágrafo 33.1):

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Sílvia da Silva Vieira 37

“a) Presidir ao conselho de curso; b) Assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso; c) Organizar e coordenar as actividades a desenvolver no âmbito da formação técnica; d) Participar nas reuniões do conselho de turma, no âmbito das suas funções; e) Articular com os órgãos de gestão da escola, bem como com as estruturas intermédias de articulação e coordenação pedagógica, no que respeita aos procedimentos necessários à realização da prova de aptidão profissional (PAP); f) Assegurar a articulação entre a escola e as entidades de acolhimento da FCT, identificando-as, seleccionando-as, preparando protocolos, participando na elaboração do plano da FCT e dos contratos de formação, procedendo à distribuição dos formandos por aquelas entidades e coordenando o acompanhamento dos mesmos, em estreita relação com o orientador e o monitor responsáveis pelo acompanhamento dos alunos; g) Assegurar a articulação com os serviços com competência em matéria de apoio sócio-educativo; h) Coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso”.

No entanto, no mesmo Artigo, no parágrafo 34, e no parágrafo 38 do

Artigo X, são evidenciadas outras responsabilidades importantes no

desempenho de um Diretor de Curso:

“34 — Nas matérias relacionadas com a aquisição e gestão de matérias-primas, bem como com a conservação das instalações e equipamentos, a direcção executiva e demais órgãos e estruturas de coordenação pedagógica, designadamente o director de curso, são apoiados pelo director ou directores de instalações designados nos termos do regulamento interno”. “38 — O director de curso, em articulação com a direcção executiva e com os demais órgãos e estruturas de articulação e coordenação pedagógica, designadamente o director de turma, assegurar a articulação entre os professores das várias disciplinas, em especial, como orientadores da PAP e com o professor acompanhante da FCT, de modo a que sejam cumpridos, de acordo com os calendários estabelecidos, todos os procedimentos conducentes à realização da PAP, competindo-lhe, ainda, propor para aprovação do conselho pedagógico os critérios de avaliação da PAP, depois de ouvidos os professores das disciplinas da componente de formação técnica”.

Atualmente, no Artigo 8º da Portaria nº74-A/2013 são reforçadas as

funções do Diretor de Curso do ensino profissional. Além disso, o documento

das recomendações da ANQ (2008: 9,10,12,14,20) veio ainda fortalecer e

esclarecer o quadro de funções e responsabilidades do cargo de Diretor de

Curso:

“a) Assegurar a articulação pedagógica e interdisciplinar entre as várias disciplinas e componentes de formação; b) Articular com o órgão de gestão/direcção da escola e/ou o assessor/coordenador das ofertas no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades orientações estratégicas para o desenvolvimento das ofertas qualificantes;

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Sílvia da Silva Vieira 38

c) Contactar com entidades formadoras e empregadoras, com vista ao estabelecimento de parcerias; d) Organizar e coordenar as actividades a desenvolver no âmbito da formação em contexto de trabalho, nomeadamente a negociação e a celebração de protocolos, em colaboração com o professor orientador da formação em contexto de trabalho; e) Promover e acompanhar os procedimentos necessários à realização da prova de aptidão profissional (PAP) e da prova de avaliação final (PAF); f) Promover a articulação com os serviços em matéria de apoio socioeducativo e outros que intervenham na área da orientação vocacional, existentes na escola ou em serviços de entidades externas (e.g. Centros de Emprego ou de Formação Profissional); g) Coordenar e acompanhar a avaliação do curso”.

Nestas recomendações, é referido ainda que “Apesar de ser dada

preferência a um professor da componente de formação técnica/tecnológica

para o exercício destas funções, considera-se que deve ser valorizada também

a estabilidade do vínculo à escola” (ANQ, 2008: 10).

No entanto, no mesmo documento é referida a pertinência do Diretor de

Curso assegurar o seu cargo durante os três anos de formação, bem como

colaborar com os órgãos de gestão na seleção dos professores das disciplinas

da componente tecnológica.

Através de uma análise de documentos (Gonçalves, 2008; Jubilot, 2010)

e da triangulação e análise da informação recolhida nos normativos, como

consta no Anexo I, reorganizamos as funções de um Diretor de Curso. Desta

forma, associamos a cada área de atuação os domínios específicos e as

respetivas funções/responsabilidades, como se pode observar nos quadros

seguintes:

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Sílvia da Silva Vieira 39

Quadro 3 – Domínios específicos e funções do Diretor de Curso na área concetual

Área de atuação Domínios específicos Funções/Responsabilidades

Concetual Conceção/Gestão Operacional – funcionamento global dos mecanismos necessários ao desenvolvimento do curso, nos domínios da colaboração na política educativa e da planificação e organização das atividades.

Definição da Política Educativa: Oferta Educativa Definição da Política Educativa: Recursos humanos Planificação: Aprendizagens Avaliação Organização Administrativa Organização da Comunicação e Informação Organização dos Recursos Materiais

1. Articular orientações estratégicas para o desenvolvimento da oferta qualificante; 2. Colaborar na identificação e seleção de formadores para as áreas técnicas e ser ouvido na designação do professor orientador da formação em contexto de trabalho (FCT); 3. Colaborar na elaboração do plano da FCT e emitir um parecer sobre o mesmo, antes da sua homologação; 4. Colaborar no planeamento necessário à realização da prova de aptidão profissional (PAP); 5. Organizar e disponibilizar informação de apoio à prática pedagógica; 7. Promover e orientar sessões de esclarecimento / organização da FCT, dirigidas a alunos, encarregados de educação, monitores e professores orientadores; 8. Colaborar nas matérias relacionadas com a aquisição e gestão de matérias-primas e conservação das instalações e equipamentos;

Adaptado de Jubilot (2010: 54-56)

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Sílvia da Silva Vieira 40

Quadro 4 – Domínios específicos e funções do Diretor de Curso na área técnica

Área de atuação Domínios específicos Funções/Responsabilidades

Técnica

Gestão Pedagógica – funcionamento do curso no campo educativo, envolvendo funções de organização, coordenação, controle e avaliação das aprendizagens

Organização Pedagógica Coordenação: Pedagógica Controlo e avaliação das Aprendizagens

6. Colaborar na identificação dos alunos para integração nos cursos, através de informação e orientação inicial na escolha do percurso de formação; 9. Promover a articulação com os serviços com competência em matéria de apoio socioeducativo e outros que intervenham na área da orientação vocacional, existentes na escola ou em serviços de entidades externas; 10. Presidir ao Conselho de Curso; 11. Participar nas reuniões do Conselho de Turma, no âmbito das suas funções; 12. Assegurar a articulação pedagógica e interdisciplinar entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso; 13. Organizar e coordenar as atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica; 14. Organizar e coordenar as atividades a desenvolver no âmbito da FCT, assegurando a articulação entre as escolas e as entidades de acolhimento; 15. Promover e acompanhar os procedimentos necessários à realização da (PAP), assegurando a articulação entre os intervenientes;

Adaptado de Jubilot (2010:54-56)

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Sílvia da Silva Vieira 41

Quadro 4 – Domínios específicos e funções do Diretor de Curso na área técnica (continuação)

Área de atuação Domínios específicos Funções/Responsabilidades

Técnica

Controlo e avaliação das Aprendizagens

16. Acompanhar o desenvolvimento da FCT; 17. Ser ouvido na definição de critérios e procedimentos a aplicar na avaliação dos alunos; 18. Intervir no processo de avaliação dos alunos, designadamente participando no júri de avaliação da PAP; 19. Propor para aprovação do Conselho Pedagógico os critérios de avaliação da PAP, depois de ouvidos os professores das disciplinas da componente de formação técnica;

Adaptado de Jubilot (2010:54-56)

Quadro 5 – Domínios específicos e funções do Diretor de Curso na gestão externa

Área de atuação Domínios específicos Funções//Responsabilidades

Gestão externa Prestação de Contas – avaliação da política educativa e do próprio desempenho

Política Educativa e Desempenho

20.Coordenar e acompanhar a avaliação do curso.

Adaptado de Jubilot (2010:54-56)

Além de desempenhar o papel de líder, o Diretor de Curso é um gestor,

organizador e coordenador do trabalho das suas equipas pedagógicas e da

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Sílvia da Silva Vieira 42

formação, bem como um informador, transmissor e avaliador. Neste sentido, o

Diretor de Curso interage, interna e externamente, com diversos interlocutores:

Quadro 6 – Articulação interna e externa do Diretor de Curso e respetivos

interlocutores

Articulação Interlocutores

Interna

- Órgão de gestão/direção da escola; Diretor/Coordenador do departamento/Coordenador dos cursos profissionais - Órgãos e estruturas de coordenação pedagógica, nomeadamente Diretor(es) de Turma; membros do Conselho de Turma, do Conselho de Curso e da equipa pedagógica; - Psicóloga - Gabinete de apoio aos alunos - Alunos e representantes

Externa

- Encarregados de educação; - Serviços de informação e orientação vocacional dos centros de emprego, juntas de freguesia, autarquias, estabelecimentos de ensino superior, etc.; - Técnicos especializados de outras escolas; - Entidades formadoras e empregadoras e respetivos monitores da FCT; - Representantes de associações empresariais ou das empresas de setores de atividades afins ao curso; - Personalidades de reconhecido mérito na área da formação profissional ou dos setores de atividade afins ao curso.

Adaptado de Jubilot (2010:54-56)

Pela análise da informação apresentada, dada à diversidade de funções

e responsabilidades de um Diretor de Curso, consideramos que o perfil e a

formação do mesmo são dois aspetos que, conjugados, são fundamentais para

o sucesso do exercício deste cargo.

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Sílvia da Silva Vieira 43

F – O perfil, a formação profissional e especializada do Diretor de Curso

O Diretor de Curso é nomeado pelo órgão de direção da escola, após

uma auscultação prévia de algumas estruturas de gestão intermédia, como o

Conselho Pedagógico (Despacho nº 14758/2004, Artigo 9). Além disso, nesta

nomeação deve-se ter em conta que o Diretor de Curso deve ser um professor

profissionalizado e, de preferência, que lecione disciplinas da componente

tecnológica. Contudo, a Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) defende

que se tenha em conta, no seu perfil, “para além de formação de base e da

experiência de leccionação dos docentes, o perfil relacional e a capacidade de

trabalhar em equipa.” (2008:9).

Estas recomendações vão ao encontro dos pressupostos da Resolução

do Conselho de Ministros nº173/2007 de 7 de novembro, que reforça como

condição essencial ao sucesso da oferta educativa a qualificação dos

formadores (Anexo I: parágrafo 3.4.3).

Além disso, os estabelecimentos de ensino dispõem de autonomia para

incluir outras recomendações nos seus regulamentos internos, pois é

fundamental que neles conste a apresentação da organização e o

funcionamento das estruturas de coordenação (ANQ, 2008:4).

Deste modo, podemos concluir que os normativos deste cargo exigem um perfil

integrador de:

1) saberes – a prioridade aos saberes teóricos e práticos específicos da

componente tecnológica, mas também no domínio pedagógico e da atuação no

contexto educativo, que aliados aos saberes multidisciplinares e transversais

adquiridos na sua formação base e desenvolvidos na formação do exercício da

sua profissão e pelo vasto leque de experiências do seu quotidiano

profissional;

2) capacidades e atitudes – perfil direcionado para o término do

isolamento associado à profissão docente, de forma a promover a cooperação

e a colegialidade, partilhando a responsabilidade, o poder e a tomada de

decisões. Isto só é possível com colaboração, espírito de abertura e

flexibilidade do Diretor de Curso e da sua equipa.

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Sílvia da Silva Vieira 44

É de salientar ainda que as capacidades de comunicação e as de

relacionamento interpessoal são essenciais no desempenho das funções de

um Diretor de Curso. Por outras palavras, o Diretor de Curso deve possuir um

perfil pessoal e funcional que lhe permita:

a) reunir condições para acompanhar o funcionamento do curso desde o

seu início;

b) evidenciar capacidades de coordenar a equipa pedagógica, com

especial relevo para a gestão integrada das três componentes curriculares;

c) demonstrar facilidade de fazer a ligação entre a escola e o mundo do

trabalho;

d) mostrar capacidade de comunicação e relacionamento;

e) ser capaz de organizar trabalho em equipa;

f) ter apetência pela pesquisa;

g) desenvolver espírito criativo e inovador;

h) desenvolver um espírito de tutor tecnológico, comprometido com o

sucesso formativo do curso de que é diretor;

i) ser capaz de transmitir uma identidade clara e objetiva ao curso de

que é diretor.

Em síntese, neste ponto, focámos os diversos papéis, as múltiplas

funções e responsabilidades de um Diretor de Curso, enquanto gestor do nível

organizacional intermédio de uma escola, tendo em conta as áreas de atuação

e respetivos domínios específicos, bem como a sua formação profissional

especializada e o seu perfil ideal.

Perante este cenário, colocamos uma questão pertinente no âmbito

deste trabalho: quais as competências indispensáveis a um Diretor de Curso

do ensino profissional para o exercício cabal do seu cargo?

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Sílvia da Silva Vieira 45

2 – As competências do Diretor de Curso

A – O conceito de competência

A palavra competência provém do latim competentia que

etimologicamente significa simetria, proporção. O conceito de competência é

utilizado em diferentes contextos e, por isso, tem diversos significados,

dificultando, de certa forma, a sua compreensão. Vários autores dão

preferência ao termo skill (Harvey 1991, in Cascão, 2004: 26). Perante a

diversidade de definições deste conceito, Mirable (in Cascão:2004: 27)

sistematizou estas definições, relacionando este termo com outros como

comportamento (behaviour), conhecimento (Knowledge), habilidades (skills),

capacidade (ability), crenças (beliefs), valores (values), proficiência

(proficiency), entre outros.

Por outro lado, Ferreira (1999, cit. In Alessandrini, 2002: 164) destaca

que “A noção de competência [se refere à capacidade de compreender uma

determinada situação e reagir, adequadamente, frente a ela, […] É a qualidade

de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada

coisa; capacidade, habilidade, idoneidade”. Da mesma forma, Philippe

Perrenoud (2000), considerado um autor de referência na evolução do conceito

de competência, relaciona-o com a capacidade de dispor vários recursos

quando se é deparado com um determinado tipo de situação. Este autor

corrobora Boterf (1997), quando afirma que as “competências profissionais

constroem-se em formação, mas também ao saber da navegação diária de um

professor de uma situação de trabalho à outra” (Perrenoud 2000: 15).

Por outro lado, segundo Ceitil (2008), podemos identificar quatro

perspetivas sobre competências:

1 – competências como atribuições: o autor considera que se trata de

um elemento externo à pessoa, traduzindo-se no papel organizacional ou

social dessa pessoa, quer estejam ou não presentes no seu desempenho.

Desta forma, as competências constituem prerrogativas que as pessoas devem

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Sílvia da Silva Vieira 46

ou podem utilizar e que estão associadas ao exercício de funções,

responsabilidades ou cargos.

2 – competências como qualificações: compreende um conjunto de

saberes ou domínios de execução técnica adquiridos pelo indivíduo através da

via normal de ensino ou formação profissional. Assim, as qualificações

resultam das formações e significam qualidade no seu desempenho.

3 – competências como traços ou características pessoais:

características interiores de um indivíduo que representam um elevado

desempenho, numa determinada atividade ou situação.

4 – competências como comportamentos e ações: dizem respeito às

competências suscetíveis de serem observadas através de indicadores

comportamentais.

Na mesma perspetiva, Le Boterf (1994) defende que se a pessoa

possuir competência não significa que cumpre com o seu dever, visto que a

competência só existe na prática ou ação. Neste sentido, a competência é

resultado da combinação de diversos saberes: saber-fazer, saber-agir e saber-

ser, de forma a dar respostas efetivas aos atuais desafios das organizações. O

mesmo autor considera que “ a competência não reside nos recursos (saberes,

conhecimentos, capacidades, habilidades) a serem mobilizados, mas a própria

mobilização desses recursos” (Le Boterf, 1994: 21). Além disso, e como

podemos ver no esquema seguinte, reforça que a competência resulta da

conjugação de três aspetos detentores pela pessoa: biografia/socialização,

formação e experiência profissional.

Figura 1 – A competência profissional segundo Boterf (2003)

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Sílvia da Silva Vieira 47

Assim, para este autor o conceito de competência compreende um

conjunto de aprendizagens comunicacionais e sociais, sustentadas pela

formação, aprendizagens e avaliação. Para Boterf, no contexto atual,

competência e complexidade estão interligadas: uma pessoa competente sabe

lidar com uma situação problemática ou complexa. Por outras palavras, saber

lidar com a complexidade assume um valor social para o indivíduo e está

relacionado com:

a) saber agir e reagir com pertinência - compreende saber: o que fazer,

escolher, ir para além de, negociar, arbitrar, decidir, desencadear ações com

uma determinada finalidade;

b) saber combinar e mobilizar recursos num determinado contexto –

inclui saber: construir competências a partir de recursos, aproveitar os seus

próprios recursos (saberes, qualidades, saber-fazer) e os recursos do seu

contexto;

c) saber transpor – significa saber: memorizar diversas situações,

distanciar-se, utilizar os seus metaconhecimentos, interpretar e determinar

indicadores de contexto, criar condições para a transposição;

d) saber aprender e aprender a aprender – envolve saber: transformar a

sua ação em experiência, tirar lições de experiência, descrever como se

aprende;

e) saber envolver-se - traduz-se em saber: assumir riscos, empreender,

envolver a sua subjetividade, ética profissional.

Face ao exposto, para Boterf (2003), a competência resulta da

combinação de recursos inerentes à própria pessoa, como habilidades,

conhecimentos, qualidades, capacidades cognitivas, experiências, aptidões,

recursos emocionais, bem como os recursos disponibilizados pelo contexto

onde o indivíduo está inserido: fontes de informação, associações profissionais

e de cooperação científica, entre outros.

Neste sentido, o mesmo autor reforça que o “saber combinatório está no

centro de todas as competências” (Idem:13), e que apesar de a competência

resultar da combinação de recursos, acima de tudo “é a faculdade de usar essa

instrumentalização de maneira pertinente” (Idem:94). Por outras palavras, a

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Sílvia da Silva Vieira 48

competência não é a aplicação de recursos, mas a mobilização destes,

relacionando-se, desta forma, com o saber transformar e combinar.

Como já foi referido na primeira parte deste capítulo, ser Diretor de

Curso é exercer um cargo de gestão intermédia e, por isso, a pessoa em causa

deverá demonstrar um conjunto de conhecimentos prévios, para

posteriormente selecionar e aplicar no desempenho de uma determinada

função e na resolução de um problema concreto. Assim, consideramos que,

neste trabalho, o conceito de competência deve assumir uma dimensão de

“saber agir” ou como mobilizar recursos, indo ao encontro da abordagem

sustentada por Boterf, associando a conhecimentos não só atributos, mas

também atitudes dos sujeitos e habilidades. Neste sentido, para elaborar o

perfil de competências do Diretor de Curso, torna-se necessário escolher um

modelo organizacional de competências mais adequado ao conceito de

competência adotado.

B – Os modelos organizacionais de competências

Tendo em conta a organização, Cascão (2004:51) apresenta quatro

modelos organizacionais de competências:

1 – o modelo universal de competências que permite construir uma

cultura comum, pois funciona como um instrumento de referência para todos os

colaboradores da organização, independentemente da função que

desempenham e da posição que ocupam. O mesmo autor refere que, neste

tipo de modelo, devem ser incluídas competências como, por exemplo,

“orientação para resultados, iniciativa, orientação para o serviço, inovação,

interesse pela qualidade, trabalho de equipa, pensamento analítico, melhoria

contínua, integridade e confiança.” (Idem:52);

2 – o modelo de competências pela posição ou lugar ocupado pelos

colaboradores numa hierarquia, que cria perfis diferentes para todas as

posições existentes numa organização, exigindo um nível de rigor e de análise

elevados e um grande número de competências. Este tipo de modelo deve ser

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Sílvia da Silva Vieira 49

aplicado quando se verifica a existência de muitos profissionais que ocupam

uma determinada posição numa organização com elevado impacto nos seus

resultados como, por exemplo, um modelo desenvolvido para um sistema

escolar, orientado para os responsáveis das escolas (Zwel in Cascão, 2004:

52). Assim, para esta posição, Cascão (Idem:53) identifica algumas

competências, como a liderança (curricular e educacional), a gestão escolar e

a gestão da mudança, a orientação para os resultados, entre outras.

3 – o modelo de competências pela função, sendo o mais utilizado, uma

vez que cada posição dentro da função tem definidas as suas competências.

Desta forma, todos os profissionais que realizam a mesma função devem ser

orientados para desenvolverem as mesmas competências, independentemente

da posição que ocupam dentro de uma organização: “um modelo típico de

competências na função “vendas” deve incluir: pensamento analítico, interesse

pela qualidade, orientação para o serviço, trabalho de equipa, influência,

iniciativa, inovação, conhecimento interpessoal, gestão do desempenho,

atenção à comunicação e orientação para os resultados.” (Ibidem);

4 – o modelo de competências pelo nível e posição/função, que

distingue os vários níveis de conhecimento em funções ou posições,

estabelecendo para cada nível graus de competência, ou seja, permite

distinguir os colaboradores médios dos superiores numa organização. Para o

autor, “À medida que cada nível de competência vai progredindo, vão-se

esperando também graus de proficiência mais elevados” (Ibidem).

Por outro lado, Zwel (in Cascão, 2004: 54) sugeriu um modelo universal

baseado na construção de três níveis de posição: individual, gestão e

executivo. Este modelo é utilizado para todos os colaboradores de uma

organização, juntamente com um conjunto de competências para os

“executivos séniores”, incluindo assim as competências universais e as

competências críticas necessárias para a gestão. O mesmo autor insiste nesta

abordagem como forma de melhorar o modelo de competências pela função:

“Aqui, pode-se, por exemplo, criar um modelo para gestão de vendas

acrescentando competências de gestão ao modelo já concebido para as

vendas” (Ibidem). Esta perspetiva permite distinguir entre as diversas funções

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Sílvia da Silva Vieira 50

da organização, bem como entre os executivos, gestores e restantes

colaboradores, o trabalho por eles desenvolvido.

Spencer e Spencer (in Gouveia, 2007: 48) apresentaram o “modelo do

iceberg”, propondo a existência de uma linha que divide as competências de

natureza interna (inputs) e externa (outputs). As primeiras são invisíveis e

estão relacionadas com o interior da pessoa. Dizem respeito à personalidade,

motivações, valores e autoconceito da pessoa. Na parte superior do iceberg,

situam-se as competências visíveis, como o conhecimento e as habilidades

(skills).

Por outro lado, Ceitil (2006: 109) defende a existência de cinco

componentes que devem ser associados às competências:

a) saber: refere-se ao conjunto de conhecimentos que permite à pessoa

desempenhar a sua função;

b) saber fazer: associado ao conjunto de habilidades e destrezas para

que a pessoa aplique os conhecimentos que possui nas diversas situações do

seu quotidiano profissional;

c) saber estar: relaciona os comportamentos da pessoa com as normas

e regras organizacionais, e ainda as suas atitudes e interesses perante o seu

grupo de trabalho;

d) querer fazer: refere-se à parte motivacional, pois a pessoa quer

realizar e desenvolver os comportamentos que compõem as competências;

e) poder fazer: implica que a organização disponha de todos os recursos

e meios necessários ao desempenho dos comportamentos associados às

competências.

Desta forma, cada comportamento associado a uma certa competência

é o resultado do efeito das cinco componentes, que podem ser

esquematizadas no diagrama seguinte:

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Sílvia da Silva Vieira 51

Figura 2 – As cinco componentes de uma competência, Fonte: Ceitil (2006)

Segundo o mesmo autor, cada comportamento encontra-se associado a

uma determinada competência, que é consequência da ação das cinco

componentes anteriormente referidas. Além disso, reforça a importância e

responsabilidade do contexto de trabalho na definição das competências,

constituindo-se, assim, uma junção de todas as suas componentes no

desempenho de uma determinada função. Neste sentido, Ceitil (Idem) defende

a distinção de dois tipos de competências:

1) competências específicas, que se encontram diretamente

relacionadas com uma determinada função ou atividade. Assim, no exercício

de uma atividade administrativa pode ser requerida a competência específica

de “gestão de arquivos”;

2) competências transversais, que apresentam como características a

transversalidade e a transferibilidade, ou seja, correspondem às competências

que não têm especificidade situacional e profissional e, por isso, são

suscetíveis de serem usadas espontaneamente em diferentes domínios, quer

no presente, quer num futuro próximo. A iniciativa, o trabalho de equipa e a

comunicação oral são exemplos de competências transversais que devem ser

garantidas para fomentarem a flexibilidade profissional dos indivíduos,

independentemente do contexto em que estão inseridos.

Na primeira parte deste capítulo, mais concretamente, na alínea E do

enquadramento, apresentamos as competências específicas (domínios

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Sílvia da Silva Vieira 52

específicos) para o exercício do cargo de Diretor de Curso. Por este motivo, e

partilhando da opinião de Ceitil (Idem), considerámos que se torna pertinente a

definição das competências transversais que devem ser asseguradas pelo

Diretor de Curso do ensino profissional, atribuindo à competência uma

designação e respetivos indicadores comportamentais.

C – As competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

No que concerne à designação de competências transversais, não

existe um consenso universal: Tien (2003) apresenta alguns exemplos de

designação de competências transversais:

“Employability Skills”: National Skills Standard Board (E.U.A)

“Core Skills”: Nações Unidas

“Key Competencies”: Austrália

“Core Skills/Key Skills”: Grã-Bretanha

“Employability Skills”: Canadá

“Basic Competencies”: Taiwan.

Mertens (2004) introduziu o conceito de competência transversal com a

designação de “competência chave”, caracterizado pela necessidade de

melhorar a preparação dos jovens com vista à sua inserção profissional, num

mercado cada vez mais competitivo e sujeito à mudança constante. Neste

sentido, o conceito de competência transversal inclui uma panóplia de

competências que são transversais às diferentes atividades profissionais e que

facilitam a empregabilidade de quem as possui. Atualmente, cada vez mais, as

pessoas são valorizadas pela sua capacidade de adaptação, pelas suas

competências transversais.

Bernard Rey (2002) aprofundou este conceito de competência

transversal. Para ele, o problema coloca-se em saber para que serve o que se

aprende na escola, uma vez que as competências próprias das disciplinas

escolares parecem ter pouca utilidade prática quando se sai da escola. É

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Sílvia da Silva Vieira 53

através destas competências escolares que se constroem competências mais

gerais, úteis na vida pessoal e profissional e que contribuem para a formação

de jovens: as competências transversais. O mesmo autor reforça que não

existe aquisição de conhecimentos específicos sem as competências

adaptativas ou transversais e, por isso, no seu livro “As competências em

questão”, instrumentaliza, de certa forma, os professores para apoiar os seus

alunos a “aprender a aprender” e a desenvolver um pensamento crítico, a fim

de ponderar sobre que competências utilizar e como utilizá-las nos seus

quotidianos.

Segundo Rey, competência é “uma série de atos observáveis, ou seja,

de comportamentos específicos” (2002:27), pelo que se supõe que a mesma

possa ser observada e identificada: “para que uma intenção pedagógica tenda

a tornar-se operacional, ela deve descrever uma atividade realizada pelo aluno

que seja identificável por um comportamento observável” (Idem:29). Desta

forma, a competência é vista, como afirma Rey (2002), como uma função a

partir da qual o comportamento do aluno, para ser observado e compreendido,

deve ser abordado com um mínimo de funcionalidade. Face ao exposto,

podemos constatar que Rey propõe a análise do conceito de competência em

três perspetivas: competência como comportamento, competência como

função e competência como potência geradora. Na primeira, associa-se

competência aos conceitos de desempenho e eficácia, entendidos como

comportamentos observáveis e específicos. Esta conceção de competência

ignora a subjetividade do sujeito, visto que os pensamentos dos sujeitos “não

são observáveis de forma objetiva” (Idem:30). A competência como função

assume que, sendo esta um comportamento humano, seja analisada com um

determinado sentido. Um comportamento deixa de corresponder a uma série

de movimentos, passando a ser uma competência quando adquire uma

organização voluntária, cuja função é socialmente reconhecida. Assim, o

comportamento é entendido como uma ação sobre o mundo. Embora aplicada

em várias situações, a competência é específica e continua a manifestar-se

sempre em atos observáveis que se agrupam numa função prática. A terceira

perspetiva considera que uma competência deva ser capaz de se adaptar a

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Sílvia da Silva Vieira 54

novas situações, e por isso, não é entendida como um comportamento e

define-se como “a capacidade de decidir o objetivo a ser atingido; portanto, de

deliberar sobre a oportunidade, bem como a capacidade de inventar meios

novos para atingi-lo” (Idem:40). Neste sentido, a competência é interna e não

observável.

O mesmo autor define competências transversais como aquelas que são

comuns a diversas profissões e suscetíveis de serem adquiridas no exercício

de uma profissão e que possibilitam uma transferência ocasional para outras

categorias. Afirma que “ a ideia central é a de que o êxito pode acontecer sem

o saber e de que esse saber não seria validado pelo êxito. A eficácia não pode

ser tomada como um sinal verdadeiro” (Idem:44). Desta forma, corre-se o risco

de se aproximar a competência de um saber empírico, que não pode ser

entendido como saber, visto que é próprio do saber oferecer o que é

necessário para a sua própria validação (Idem:45).

Assim, o desenvolvimento deste tipo de competências contribui para o

sucesso no mercado de trabalho, na medida que as pessoas estão dotadas de

ferramentas necessárias para superar as constantes mudanças no mundo

laboral (Idem:53).

Neste sentido, Rey (Idem:60) explica que as novas formas de trabalho

no mundo empresarial, a necessidade de mudança de profissão e a adaptação

a situações inesperadas exigem potencialidades que, em muito, ultrapassam

as competências adquiridas pelas formações específicas. Desta forma, é

necessário desenvolver estas competências para que possam ser transferidas

para novas e diferentes situações. Tal como Ceitil (2006), Rey (2002)

argumenta a atribuição de uma transversalidade às competências e defende

que a transferibilidade é uma forma de transversalidade.

Tal como já foi referido na alínea C do enquadramento normativo deste

estudo, no exercício do seu cargo, o Diretor de Curso do ensino profissional

está fortemente envolvido em práticas supervisivas. No campo da supervisão

educativa, as competências transversais englobam as competências

relacionais, interpessoais e comunicativas.

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Sílvia da Silva Vieira 55

Segundo Alarcão (2002:234), nas competências relacionais de um

supervisor, encontramos a “mobilização de pessoas, capacidade de

comunicação, gestão de conflitos e empatia”.

Os autores Glickman, Gordon e Ross-Gordon (2010:112,113)

organizaram as competências interpessoais em dez categorias: “prestar

atenção, clarificar, encorajar, servir de espelho, dar opinião, ajudar a encontrar

soluções, negociar, orientar, estabelecer critérios e condicionar”.

As competências comunicativas defendidas por Gonçalves e Gonçalves

(in Severino, 2007) incluem quatro métodos comunicativos: um diálogo de

aconselhamento, o feedback, a metacomunicação e a comunicação não-

verbal. O diálogo de aconselhamento deverá ser empático, autêntico, descritivo

e sincero.

O feedback co-construtivo (Alarcão,2010:20) sendo “dialógico,

democrático, bidireccional, de resposta partilhada, reflexivo situado,

metacognitivo, problematizador e potenciador de aprendizagens”. Cooper e

Saunders (in Severino, 2007) acrescentam a importância do reforço positivo no

feedback, bem como os aspetos negativos como suscetíveis de melhoria.

Neste sentido, a metacomunicação é fundamental para que o supervisor reflita

sobre a forma mais adequada para comunicar com o supervisionado, e a

comunicação não verbal permite que o supervisor interprete informações não

verbais do supervisionado, quando este receia ser mal interpretado.

Por outro lado, Conlow (2001) sintetiza as competências de um

supervisor em categorias: pessoais, como ser educado, respeitador,

competente e honesto; interpessoais, como compreender as dinâmicas de

trabalho da sua equipa, orientar, apoiar e influenciar os outros; comunicativas,

mantendo uma comunicação eficaz e desempenho, como por exemplo, definir

objetivos claros, estabelecer um feedback positivo, criar expectativas e

supervisionar com flexibilidade.

Tendo em conta as várias perspetivas apresentadas, podemos sintetizar

as suas competências transversais no quadro seguinte:

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Sílvia da Silva Vieira 56

Quadro 7 – Síntese de competências transversais de um supervisor

Categorias de competências transversais

Competências transversais

Pessoais Ser genuíno, autêntico, respeitador, educado, reflexivo, flexível e competente

Interpessoais Possuir espírito de abertura Compreender a sua equipa Estar atento Saber ouvir a dar a sua opinião Esclarecer, orientar e apoiar a encontrar soluções Colaborar e cooperar com a sua equipa Incentivar para a metarreflexão Criar expectativas

Relacionais Ser empático Possuir capacidade de comunicação Mobilizar e motivar a sua equipa Ser capaz de gerir conflitos

Comunicativas Recorrer à metacomunicação Manter uma comunicação eficaz e um diálogo empático, descritivo e autêntico Estabelecer um feedback positivo, orientador e construtivo

Em jeito de conclusão da primeira parte do nosso estudo, com base nos

quadros 3, 4 e 5 (páginas 39, 40 e 41) da alínea E do enquadramento

normativo do cargo de Diretor de Curso do ensino profissional, e no modelo

organizacional de competências de Ceitil (2006), associámos no quadro 8, os

domínios específicos deste cargo às competências transversais que lhes estão

subjacentes.

O conjunto de categorias apresentado no quadro 8 foi utilizado como

referencial para o trabalho empírico.

A partir do nosso trabalho investigativo, apresentamos, na segunda

parte desta dissertação, as competências transversais e respetivos indicadores

comportamentais a deter por um Diretor de Curso do ensino profissional.

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Quadro 8 – Domínios Específicos do cargo de Diretor de Curso e competências transversais que lhes estão associadas

Domínios Específicos Competências transversais

Definição da Política Educativa: oferta educativa e recursos humanos

Orientação estratégica Know-how técnico Proatividade e/ou Iniciativa Trabalho em equipa Comunicação e/ou Eficácia comunicacional Análise e decisão e /ou tomada de decisão Pensamento crítico Adaptação à mudança

Planificação: aprendizagens e avaliação

Planeamento, Organização, Gestão de equipas e Gestão do tempo Know-how técnico Resolução de Problemas Criatividade/Inovação Trabalho em equipa Análise e decisão e/ou tomada de decisão Pensamento crítico

Organização administrativa e dos recursos materiais

Organização e Gestão de equipas, Gestão do tempo e Gestão dos materiais Autonomia

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Domínios Específicos Competências transversais

Organização, comunicação e informação Organização e Coordenação pedagógica

Trabalho em equipa Comunicação e/ou Eficácia comunicacional Compreensão interpessoal Negociação e persuasão Empatia Compreensão interpessoal Resiliência Autoconfiança Flexibilidade Orientação estratégica

Know-how técnico

Proatividade e/ou Iniciativa

Análise e decisão e /ou tomada de decisão

Pensamento crítico

Adaptação à mudança

Ética, valores e responsabilidade

Liderança

Coordenação: controlo e

avaliação das aprendizagens

Política Educativa e

Desempenho

Orientação para os resultados

Orientação para os objetivos

Orientação para a qualidade da formação

Resiliência

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Sílvia da Silva Vieira 59

II. Enquadramento Metodológico

Capítulo 3 – Metodologia de Investigação

1 – Especificação do problema, objetivos e questões orientadoras

A especificidade curricular dos cursos profissionais e a sua importância

como oferta de dupla certificação em termos profissionais e de prossecução de

estudos são aspetos que fortalecem a posição do Diretor de Curso, que

assume diariamente novos desafios no seu desempenho docente quer pelas

suas funções, quer pelos contextos e intervenientes envolvidos. Não podemos

ignorar o facto de que as suas funções se desenvolvem gradualmente durante

um ciclo completo de três anos de formação e, por este motivo, no final de

cada triénio de exercício do cargo, é que se torna percetível a sua atuação em

termos globais para a comunidade e para si próprio.

No entanto, esta extensão do tempo poderá dificultar a assimilação de

rotinas e o aperfeiçoamento da sua atuação, promovendo um contacto mais

alargado com períodos de hesitação e incerteza, bem como uma maior

dificuldade de consolidação e reconhecimento deste cargo. Além disso, nos

cursos do ensino profissional, é bem evidente uma distribuição de papéis e

funções de desenvolvimento e de gestão do curso, por diversos cargos, como

o Diretor de Curso, o Diretor de Turma, o orientador da Formação em Contexto

de Trabalho – FCT e o orientador da Prova de Aptidão Profissional – PAP.

Muitas vezes, estes cargos são suscetíveis de serem acumulados e, por isso, é

imprescindível uma clarificação precisa das respetivas atribuições e uma

articulação eficaz entre eles, de forma a alcançar os objetivos da oferta

formativa.

Mais ainda, partilhamos da opinião que atualmente ainda prevalece na

classe docente a associação de padrões comportamentais de liderança de

gestão intermédia a perspetivas autoritárias e controladoras sobre os pares,

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 60

demostrando, por vezes, sentimentos de pudor e dificultando, de certa forma,

uma atuação mais produtiva e equilibrada entre os elementos da equipa

pedagógica dos cursos profissionais.

Face ao exposto, parece-nos pertinente expor o problema da nossa

investigação, formulando a seguinte questão de partida:

“Qual é o perfil de competências transversais de um Diretor de Curso do

Ensino Profissional, para levar a cabo as suas funções com elevados níveis de

desempenho?”

A escolha do problema deve obedecer a um conjunto de critérios,

nomeadamente a amplitude crítica, a praticabilidade, o interesse e o valor

prático e teórico (Tuckman, 1978:54 e 55). Neste sentido, consideramos que

face aos recursos e calendarização de que dispomos, o estudo é acessível,

justifica o alcance do problema, estando a resposta relacionada com interesses

de natureza pessoal e profissional da investigadora, pois trata-se de um

problema instaurado na escola atual. Sendo não só do interesse dos Diretores

de Curso e dos gestores das escolas, mas também de todos os docentes que

lecionam esta oferta educativa, estamos convictos, ainda, de que este estudo

irá preencher uma lacuna investigativa, devido ao número reduzido de estudos

relativos a esta temática e contribuirá para uma melhor compreensão e

implementação deste cargo nas nossas escolas.

A pergunta de partida levou-nos à formulação das seguintes questões

orientadoras:

1. Qual a importância do cargo de Diretor de Curso na estrutura

organizacional da escola, bem como no sucesso e qualidade do curso?

2. Qual a relação do seu contributo para o desenvolvimento dos alunos,

nomeadamente nos pilares de aprendizagem saber fazer, saber estar e saber

ser?

3. Qual a perceção sobre a valorização/desvalorização deste cargo na

escola?

4. Em relação ao cargo em questão, os aspetos referidos na legislação e

no regulamento interno de uma organização serão claros e suficientes, ou é

necessário introduzir algumas alterações?

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Sílvia da Silva Vieira 61

5. Que diferenças existem entre este cargo e o de Diretor de Turma?

6. No exercício do cargo de Diretor de Curso, como se descrevem e

avaliam as funções realizadas e os papéis desempenhados?

7. Que competências transversais e indicadores comportamentais

devem constar do perfil do Diretor de Curso, para poder levar a cabo as suas

funções com elevados níveis de desempenho?

Recorrendo às representações dos docentes que exercem este cargo e

tendo em conta a pergunta de partida e as questões orientadoras, definimos os

seguintes objetivos:

a) analisar a evolução do ensino secundário profissional em Portugal;

b) analisar o funcionamento da organização da escola e dos órgãos de

liderança e gestão intermédia;

c) analisar o papel do Diretor de Curso face à legislação em vigor;

d) analisar os papéis desempenhados e funções realizadas pelo Diretor

de Curso;

e) relacionar o papel de Diretor de Curso com a Supervisão;

f) proceder ao levantamento dos constrangimentos e das ameaças ao

cabal exercício do cargo de Diretor de Curso;

g) elaborar o mapeamento de competências transversais e/ou

indicadores comportamentais a deter pelo Diretor de Curso para levar a cabo

as suas funções com elevado nível de desempenho.

A nossa revisão bibliográfica centrou-se essencialmente em aspetos que

nos pareceram relevantes no âmbito do exercício do cargo em análise, tais

como, estudos que focam esta temática, os seus normativos legais e conceitos

de competência e competência transversal. A literatura foi selecionada através

das instruções do Professor Orientador da investigação e das informações

fornecidas pelas referências bibliográficas de algumas dissertações no domínio

de cargos de gestão intermédia.

Em suma, esta pesquisa possibilitou-nos explorar a temática em

questão, aprofundar a problemática a investigar e recolher contributos para a

elaboração dos nossos instrumentos de recolha de dados: os guiões de

entrevistas semiestruturadas e o inquérito por questionário.

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Sílvia da Silva Vieira 62

2 – Natureza do estudo

A especificação do nosso problema levou-nos a optar relativamente à

natureza do estudo. Quivy & Campenhoudt (1998:29) afirmam que “uma

investigação é por definição, algo que se procura. É um caminhar para um

melhor conhecimento e deve ser aceite como tal, com todas as hesitações, os

desvios e as incertezas que isto implica.”

No que concerne à metodologia de investigação para este projeto,

optámos por uma abordagem qualitativa, de cariz descritivo e exploratório.

A fonte direta dos dados é o ambiente natural; o investigador recolhe os

dados no local de estudo; a investigação é descritiva; a análise dos dados é

tendencialmente indutiva e o significado é vital para a investigação. Estas são

as principais características da investigação qualitativa apontadas por Bogdan

e Biklen (1994:47-51).

Segundo Fernandes (2001:64), a investigação qualitativa é “uma

resposta às limitações reveladas pelos métodos quantitativos” e centra-se na

compreensão mais exaustiva dos problemas, ou seja, investigar “o que está

escondido” de certas atitudes, convicções e comportamentos.

Na perspetiva de Erickson (in Walsh, Tobin e Graue, 2002:1038), a

investigação é qualitativa e interpretativa, pois pressupõe a interpretação de

fenómenos sociais e comportamentos. Além disso, os fenómenos são

analisados através da perspetiva do outro, a experiência individual constitui

uma fonte de conhecimento, despoletando um interesse em conhecer as

experiências das pessoas e como estas interpretam o mundo social. Por este

motivo, a investigação qualitativa é, por vezes, um processo moroso e

trabalhoso.

Flick (in Duarte, 2009:7) é de opinião que os métodos qualitativos

“encaram a interacção do investigador com o campo e os membros como parte

explícita do saber (…) a subjectividade do investigador e dos sujeitos

estudados faz parte do processo de investigação”.

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Sílvia da Silva Vieira 63

3 – Processo e instrumentos de recolha de dados

Como investigadores qualitativos, na recolha de dados, utilizámos diversas

técnicas de pesquisa, como a entrevista, a análise documental, a observação e

o inquérito por questionário.

A - Entrevista

A entrevista, segundo Quivy (1998), faz parte de uma observação

indireta. Por outro lado, Marconi e Lakatos (2002:84) defendem que a

entrevista é

“um encontro entre duas pessoas, a fim que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. Trata-se de uma conversa efectuada face a face, desenvolvida de forma metódica; no decurso da qual se vai proporcionando ao entrevistado, verbalmente, a informação necessária.”

De acordo com Goode e Hatt (in Marconi e Lakatos, idem), a entrevista

“consiste no desenvolvimento de precisão, focalização, fidedignidade e

validade de um certo acto social como a conversação.” Neste sentido, Bogdan

e Biklen (1994:108) reforçam que as entrevistas possibilitam que o investigador

capte o discurso do próprio sujeito, para que deste modo a “análise se torne

evidente”.

Como já foi referido anteriormente, nesta investigação, recorremos à

entrevista semiestruturada ou semidiretiva. De acordo com Albarello et al

(1997:87), neste tipo de entrevista

“situamo-nos num nível intermédio […]. Por um lado, trata-se de permitirmos que o próprio entrevistado estruture o seu pensamento em torno do objecto perspectivado, e daí o aspecto parcialmente “não directivo”. Por outro lado, porém, a definição do objecto de estudo elimina do campo de interesse diversas considerações para as quais o entrevistado se deixa naturalmente arrastar, ao sabor do seu pensamento, e exige o aprofundamento de pontos que ele próprio não teria explicitado, e daí, desta vez, o aspecto parcialmente “directivo” das intervenções do entrevistador.”

Este tipo de instrumento de recolha de dados caracteriza-se pela

existência de um guião previamente preparado que serve de eixo orientador ao

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Sílvia da Silva Vieira 64

desenvolvimento da entrevista, não exigindo uma ordem rígida das perguntas,

mantendo-se desta forma, um elevado grau de flexibilidade na exploração das

questões. Além disso, procura-se garantir que os diversos participantes

respondam às mesmas questões e o desenvolvimento da entrevista vai-se

adaptando ao entrevistado. Como principais vantagens, são apontadas o

tratamento mais sistemático dos dados, o facto de permitir selecionar temas

para aprofundamento e introduzir novas questões. A principal desvantagem da

entrevista semiestruturada é que requer uma boa preparação por parte do

investigador.

Segundo Albarello et al (Idem:96), o entrevistador tem um papel

fundamental na orientação da entrevista, uma vez que “Para se assegurar da

pertinência e da qualidade dos dados, o entrevistador deve dirigir a sua

atenção para três aspectos da interacção: o tema da entrevista ou o objecto em

estudo, o contexto interpessoal e as condições sociais da interacção.”

Tendo por base o quadro normativo e concetual, e ainda as questões

orientadoras, elaborámos dois guiões de entrevistas de natureza semidiretiva:

a) um guião preparado para a condução da entrevista com o

representante da Direção Pedagógica do estabelecimento de ensino alvo da

investigação, tendo como objetivos gerais: conhecer a organização, a sua

missão, a sua razão de ser, os seus objetivos e princípios de atuação e

associando os valores considerados importantes; conhecer as conceções da

Direção sobre a especificidade, importância e contributo do cargo de Diretor de

Curso para o exercício da missão, o desenvolvimento dos alunos, o sucesso e

a qualidade do curso; conhecer as perceções da Direção Pedagógica sobre as

competências transversais e respetivos indicadores comportamentais, para o

exercício do cargo de Diretor de Curso do ensino profissional. Desta forma,

decidimos estruturar esta entrevista em seis fases:

1 – a justificação da entrevista e motivação do entrevistado, que visou

justificar a entrevista, explicando as suas principais razões, motivar o

entrevistado e garantir o anonimato das suas respostas e a confidencialidade

da fonte de informação;

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Sílvia da Silva Vieira 65

2 – a apresentação da organização, que teve como objetivos específicos

identificar e compreender a razão da existência e evolução da organização,

identificar a atividade atual e seus destinatários, os valores, a cultura, a

estrutura, e ainda localizar as principais responsabilidades da organização;

3 – a missão da organização, que nos permitiu identificar e compreender

a missão da organização, os objetivos e os princípios de atuação para o

exercício da missão, associando os valores considerados importantes,

reconhecer a importância da ação e adesão dos colaboradores para a

concretização da missão e identificar as formas de comunicação e normas de

conduta interna;

4 – a especificidade e importância do cargo de Diretor de Curso do

ensino profissional, através da qual se pretendeu compreender as conceções

do entrevistado acerca dos critérios adotados na atribuição do cargo de Diretor

de Curso do ensino profissional, da importância e do contributo do Diretor de

curso para o exercício da missão da organização, o desenvolvimento dos

alunos, o sucesso e a qualidade do curso e da especificidade do cargo de

Diretor de Curso, em termos de funções e papéis desempenhados;

5 – as competências transversais no exercício do cargo de Diretor de

Curso, que apontou para conhecer as perceções do entrevistado sobre as

competências transversais e respetivos indicadores comportamentais no

exercício do cargo em questão;

6 – os outros aspetos, destinados a proporcionar ao entrevistado a

possibilidade de indicar outros assuntos que não foram abordados na

entrevista e considerados relevantes para o tema e referir sugestões.

b) O segundo guião destinou-se a orientar as entrevistas ao

Coordenador de cursos, Diretores de Curso e Diretores de Turma do ensino

profissional e centrou-se em conhecer as conceções dos entrevistados acerca

da especificidade, importância e contributo do cargo de Diretor de Curso para o

desenvolvimento dos alunos, sucesso e qualidade do curso; conhecer as

perceções do Coordenador, Diretores de Curso e Diretores de Turma sobre as

competências transversais e respetivos indicadores comportamentais, para o

exercício do cargo de Diretor de Curso do ensino profissional. É composto por

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Sílvia da Silva Vieira 66

quatro partes fundamentais: a justificação da entrevista e motivação do

entrevistado, a especificidade e importância do cargo de Diretor de Curso do

ensino profissional, as competências transversais no exercício do cargo de

Diretor de Curso e outros aspetos.

As versões iniciais destes guiões sofreram alguns ajustamentos antes

da sua aplicação, tendo, no final, optado por versões mais curtas e simples, e

que correspondem ao Anexo II.

Inicialmente, estava prevista a realização das entrevistas numa

abordagem na qual a missão e estratégia da instituição fossem explícitas, ou

seja, uma abordagem “top-down” (Varão & Vieira in Ceitil 2006:133), de acordo

com o esquema seguinte:

Figura 3 – Esquema representativo da sequência de entrevistas prevista para a investigação

No entanto, devido à incompatibilidade de horários e indisponibilidade de

determinados entrevistados, de forma a não prolongar e colocar em causa o

nosso estudo, fomos forçados a alterar a ordem de realização das entrevistas,

pelo que as mesmas foram efetuadas com a seguinte ordem: Direção

Pedagógica, Diretores de Curso e Diretores de turma em simultâneo e por

último, Coordenação dos cursos profissionais.

Direção Pedagógica

Coordenação dos Cursos

Profissionais

Diretores de Curso do Ensino

Profissional

Diretores de Turma do Ensino

Profissional

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Sílvia da Silva Vieira 67

A entrevista efetuada à Direção Pedagógica foi gravada com autorização

do entrevistado e transcrita manualmente (Anexo III), para permitir uma análise

de conteúdo mais eficaz e completa. Contudo, os restantes entrevistados não

se sentiram à vontade para gravarmos os seus testemunhos e preferiram que

anotássemos as suas respostas, que podem ser consultadas no Anexo IV.

B – Análise documental

Na pesquisa documental, Marconi e Lakatos (2002) consideram dois

tipos de fontes de informação: as primárias, que nos permitem obter dados a

partir de documentos, e as secundárias, que possibilitam a recolha de

informação através de monografias, artigos, teses, entre outros. Neste estudo,

recorremos aos dois tipos de fontes: a partir das primárias, adquirimos

informações sobre o enquadramento normativo e conceitos essenciais

inerentes ao cargo de Diretor de Curso do ensino profissional; as fontes

secundárias permitiram-nos o acesso à bibliografia e estudos mais recentes

sobre o cargo em questão e sua relação com a Supervisão Pedagógica.

A análise documental constituiu um instrumento de investigação

fundamental para a recolha de informações relevantes para este estudo.

Segundo Pardal & Correia (1995:74), a análise documental é “uma técnica de

recolha de informação necessária em qualquer investigação.”.

O conhecimento da missão, da filosofia e dos valores que orientam o

estabelecimento de ensino onde efetuámos o estudo são objetivos que

implicam uma análise documental. Assim, segundo Marconi e Lakatos (2002),

analisámos documentação indireta, mais concretamente, documentos oficiais

como o Regulamento Interno, o Projeto Educativo e o Projeto Curricular.

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Sílvia da Silva Vieira 68

C – Observação

Para Marconi e Lakatos (2002:79), a observação “é uma técnica de

recolha de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção

de determinados aspetos da realidade.”. A investigadora deste estudo assumiu,

de forma natural, um papel de observadora participante, visto que a mesma

encontra-se inserida no próprio contexto de investigação. Em articulação com a

observação, encontra-se o registo de informações através das notas de

investigação ou de campo. Segundo Bogdan e Biklen (1994:150), as notas de

campo constituem “o relato escrito daquilo que o investigador ouve, vê,

experiencia e pensa no decurso da recolha e reflectindo sobre os dados de um

estudo qualitativo.”

D – Inquérito por questionário

Tal como Ghiglione & Matalon (2005:7-8), consideramos que “o inquérito

pode ser definido como uma interrogação particular acerca de uma situação

englobando indivíduos, com o objectivo de generalizar”.

Para a elaboração e concretização de um inquérito, Bravo & Eisman

(1998:179), baseados em Cohen & Monion (1990:95) identificam as etapas

seguintes:

1 - “Definição dos objectivos da investigação” – segundo Tuckman

(2002: 343),

“na administração do questionário, pessoalmente ou expedição por correio, o inquirido deve ser informado do objectivo da investigação; protecção a conceder ao sujeito; o endosso e aprovação do estudo; a legitimidade do investigador; a oportunidade para o esclarecimento; bem como o pedido de cooperação”.

Desta forma, nesta investigação foi apresentado no questionário um

texto de apresentação claro, conciso e concreto, para que os inquiridos tenham

conhecimento da finalidade da investigação, do uso a dar à informação e da

garantia da confidencialidade dos dados.

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Sílvia da Silva Vieira 69

2 - “Construção do questionário” – William Foddy (2002) defende a

opção por questões de caráter fechado, bem como pela preocupação com a

forma de as elaborar, para que se garanta uma comunicação eficaz entre o

investigador e os inquiridos. As respostas devem ser o reflexo do objeto de

estudo e do que o investigador pretende fazer com os dados recolhidos. Neste

sentido, elaborámos um questionário com duas questões iniciais sobre a

situação profissional e o desempenho de cargos dos participantes. António Gil

(1999:139) afirma que as escalas sociais “consistem basicamente em solicitar

ao indivíduo pesquisado que analise, dentro de uma série graduada de itens,

aqueles que melhor correspondam à sua percepção acerca do fato

pesquisado.” As questões seguintes foram redigidas sob a forma de

afirmações, com base numa escala de 1 - Nada Relevante (NR) a 10 -

Extremamente Relevante (ER), relativamente às quais cada inquirido deveria

assinalar a resposta quanto ao grau em que se verifiquem as suas perceções

sobre competências transversais e/ou indicadores comportamentais. O

inquérito termina com uma questão de natureza aberta, para que os

participantes mencionem outras competências ou indicadores comportamentais

que considerem relevantes.

3 - “Estudo piloto” – de acordo com Bravo & Eisman (1998), antes da

aplicação do questionário, é importante que se efetue um pré-teste, no sentido

de avaliar a funcionalidade e o desempenho do questionário, e reformular caso

seja necessário. Assim, para o pré-teste convidámos dois inquiridos com

características semelhantes e que não se encontravam incluídos na amostra.

Responderam sem quaisquer dúvidas a todas as questões, pelo que não

houve necessidade de reformular as afirmações apresentadas no questionário.

4 - “Adequação do questionário à amostra” – o questionário foi

elaborado através da ferramenta da web 2.0, o GoogleDocs, e disponibilizado

na internet através do link

https://docs.google.com/forms/d/1d_0tnc7xFLYqWoJkV7YxqBHGtRwxJ6YxAvB

3xfCrPs/viewform.

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Sílvia da Silva Vieira 70

Todos os professores foram informados por mail para acederem ao link e

responderem ao questionário.

E – Triangulação de dados

Segundo Denzin (in Duarte, 2009:11), existem diferentes tipos de

triangulação de dados:

“triangulação de dados, refere-se à recolha de dados, recorrendo a diferentes fontes; triangulação teórica, são usadas diferentes teorias para interpretar um conjunto de dados de um estudo[…]”

Como já referimos neste capítulo, nesta investigação utilizámos vários

instrumentos de recolha de informação, as entrevistas, a análise documental e

a observação, que nos permitiram ter a noção do objeto em estudo: as

competências transversais do Diretor de Curso do ensino profissional.

Para a triangulação de dados e validação dos dados mais próxima do

real, sentimos necessidade de confrontar os dados recolhidos através das

entrevistas, utilizando o inquérito por questionário, que foi disponibilizado on-

line a todos os professores do estabelecimento de ensino alvo da investigação.

Desta forma, assegurámos uma “triangulação de dados” obtidos no

inquérito por questionário e que permitiram o cruzamento com as informações

recolhidas nas entrevistas e na análise documental. Salientamos ainda que, as

conceções teóricas resultantes da revisão bibliográfica, nomeadamente nos

normativos legais e autores como Le Boterf (1994, 1997, 2003), Ceitil (2006,

2008), Rey (2002), Alarcão (2002) e Glickman, Gordon e Ross-Gordon (2010),

possibilitaram a “triangulação teórica”, pois orientaram a interpretação de

dados obtidos nesta investigação.

No que concerne à apresentação, análise e interpretação dos dados

recolhidos, estes serão apresentados na terceira parte deste estudo.

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Sílvia da Silva Vieira 71

Capítulo 4 – Contexto de Investigação

1 – Ideário, missão e objetivos

A investigação deste projeto teve lugar num Estabelecimento de Ensino

Particular e Cooperativo, ABC, que nasceu com a ideia de ser solidário e estar

“ao serviço de todos aqueles que nos procuraram e procuram com o objetivo

de ultrapassar dificuldades ao longo do Processo Educativo.” (Projeto

Educativo, 2012:8). Está situado no centro da cidade do Porto e a sua missão é

preparar cidadãos com uma sólida formação pessoal, social, científica e

tecnológica e que desenvolvam as competências necessárias para um bom

desempenho profissional e pessoal, com autonomia e espírito crítico, com vista

à integração numa sociedade em constante mudança. No exercício da sua

missão, esta organização identifica como principais objetivos (Projeto

Educativo, 2012:10):

- “ Proporcionar um processo de Educação/Formação para os valores indispensáveis à realização da personalidade do Aluno/Formando.”; - “Incutir no Aluno/Formando a autoconfiança necessária à solução dos seus problemas de aprendizagem e integração na família e na sociedade, incluindo no aspeto profissional.”; - “Formar cidadãos mais cultos, responsáveis e respeitadores da liberdade dos outros.”; - “Promover a qualificação da população ativa, facilitando a (re)inserção ou progressão no mercado de trabalho.”; - “Procurar, através do diálogo e da participação ativa na Escola, o desenvolvimento no educando/formando de uma capacidade crítica que lhe permita fazer opções e construir alternativas”; - “Contribuir para a interiorização, por parte de todos os agentes, da cultura organizacional do Externato, centrada nos valores da escola, nos princípios do trabalho orientado para resultados e para a valorização dos diversos intervenientes.”

Para a operacionalização da sua missão e alcance dos objetivos, a

organização ministra cinco tipologias de projetos formativos:

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Sílvia da Silva Vieira 72

Quadro 9 – Tipologias de projetos formativos e respetivo suporte legal

Tipologia de Projeto Formativo

Suporte legal

Cursos Educação Formação - CEF Operador de Sistemas Ambientais

Despacho Conjunto nº. 453/04, de 27 de julho e Retificação nº. 1673/04 de 7 de setembro – CEF (tipo 2 e tipo 3 )

Cursos Profissionais Gestão Desportiva Gestão de Ambiente Energias Renováveis Comércio

Portaria nº 74-A/2013 de 15 de fevereiro Decreto-Lei nº 139/2012 de 5 de julho Portaria nº 851/2010 de 6 de setembro

Cursos de Educação Formação de Adultos - EFA (em regime diurno e noturno) e Modulares.

Portaria nº 817/07 de 27 de Julho, retificado pela Portaria nº 230/08 de 7 de março – EFA e Modulares

Cursos Vocacionais Desporto Informática Ambiente Comércio

Decreto-Lei nº 139/2012 de 5 de julho Portaria n.º 292-A/2012 de 26 de setembro

Ensino Secundário Recorrente, em regime diurno

Decreto-Lei nº 139/2012 de 5 de julho Portaria nº 242/2012 de 10 de agosto

Adaptado de Regulamento Interno (2012:6)

No que concerne à sua estrutura organizacional, apresenta o

organigrama exposto na Figura 4. Nele estão representados a Direção

Pedagógica, os coordenadores pedagógicos e um mediador, os coordenadores

de Departamentos Curriculares, os Diretores de Curso e Diretores de Turma,

os representantes dos projetos educativos, um representante do conselho de

gerência e um responsável pela área administrativa.

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Figura 4 – Organigrama do Estabelecimento de Ensino Particular e Cooperativo, ABC. Fonte: Projeto Educativo 2012:16

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2 – População e amostra

Como já foi referido, a decisão de realizar o estudo no contexto descrito

no ponto anterior justificou-se por motivos de ordem prática e de interesse

profissional. No ano letivo 2013/2014, estão disponibilizados na sua oferta

educativa quatro cursos profissionais, perfazendo um total de onze turmas,

auxiliados por oito Diretores de Curso e dez Diretores de Turma, como pode

observar-se no quadro 10, que mostra ainda as situações em que os Diretores

de Curso e de Turma exercem o cargo pela primeira vez ou acumulam o cargo

em duas turmas:

Quadro 10 – População do estudo

Curso Profissional

Anos curriculares em funcionamento

2013/2014

Número de Diretores de

Curso

Número de Diretores de

Turma

Técnico de Gestão

Desportiva

10º, 12º(2 turmas)

2 (um acumula o cargo em 2 turmas)

3

Técnico de Gestão do Ambiente

10º, 11º (2 turmas), 12º

3 (um acumula o cargo em 2 turmas e dois exercem o cargo pela 1ª vez)

4 (um acumula o cargo em 2

turmas)

Técnico de Energias

Renováveis

10º, 11º, 12º 2 (um exerce o cargo pela 1ª vez)

2 (acumulam o cargo em 2

turmas)

Técnico de Comércio

10º 1 1

Total 11 8 10

Considerámos pertinente inquirir Diretores de Curso de setores de

atividade distintos, de forma a apresentarem perspetivas e problemas

diferentes. Além disso, devido à irregularidade na distribuição das atribuições

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Sílvia da Silva Vieira 75

inerentes a este cargo durante o triénio de formação, decidimos adotar como

principal critério de seleção a maior experiência na globalidade das funções e

responsabilidades do cargo. Mais ainda, tendo em conta o tempo de que

dispúnhamos para a elaboração desta dissertação, idealizámos que a nossa

amostra fosse heterogénea e considerável, e neste sentido, estabelecemos

como meta obter a participação dos oito Diretores de Curso.

No entanto, surgiram alguns problemas não controláveis,

nomeadamente a incompatibilidade de horários e indisponibilidade dos

participantes, influenciando a colaboração dos sujeitos e, por estes motivos, a

nossa amostra ficou reduzida a oito entrevistados: um representante da

Direção Pedagógica, o Coordenador dos cursos profissionais, três Diretores de

Curso e três Diretores de Turma, atribuindo a cada entrevistado, um código de

investigação, conforme se pode verificar no quadro 11:

Quadro 11 – Amostra do estudo

Entrevistado Código Percentagem (%)

Direção Pedagógica DP 100

Coordenação dos cursos profissionais

C 100

Diretores de Curso DC1, DC2, DC3 37,5

Diretores de Turma DT1, DT2, DT3 33,3

Podemos constatar que a amostra se enquadra nos critérios por nós

definidos, à exceção de não termos conseguido entrevistar na totalidade os

Diretores de Curso e de Turma, constituindo respetivamente, apenas 37,5% e

33,3 % da população de Diretores de Curso e de Turma.

Mesmo confrontados com estas condições e considerando o carácter

exploratório do nosso estudo, as dificuldades sentidas na obtenção de

participantes e os constrangimentos temporais, decidimos dar prosseguimento

ao nosso estudo.

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Sílvia da Silva Vieira 76

No que concerne à caracterização da amostra, e reportando aos critérios

definidos para a mesma, focamos alguns aspetos que nos poderão auxiliar na

análise de dados:

- a faixa etária dos entrevistados situa-se entre os 35 e os 60 anos;

- à exceção do representante da Direção Pedagógica, todos os

entrevistados são professores contratados;

- à exceção do Coordenador de cursos profissionais e de um Diretor de

Curso, nenhum frequentou formação especializada para o cargo que

desempenha;

- à exceção do representante da Direção Pedagógica, todos são

experientes na lecionação dos cursos profissionais e, por isso, integrados na

sua especificidade;

- à exceção de um Diretor de Curso, todos os entrevistados detêm

experiência de funções de orientação referentes à formação em contexto de

trabalho e à prova de aptidão profissional;

- à exceção de um Diretor de Curso, todos os Diretores de Curso

desempenham o cargo há, pelo menos, três anos, o que significa que tiveram a

possibilidade de completar na íntegra um triénio de formação ou estão a

completá-lo neste ano letivo.

3 – Procedimentos e técnicas de análise de dados

Após a transcrição das entrevistas, procedemos à análise de conteúdo

das mesmas, que deve ser adequada a dados suscitados pelo investigador

(Van der Maren, 1995, citado por Esteves, 2006:107). Em função de uma

análise exaustiva, a informação foi organizada em categorias de conteúdos,

com recurso a inferências realizadas pelo investigador e sujeitas a processos

de validação interna (Esteves, 2006: 107-109). As categorias constituem um

método taxonómico de retribuir a ordem a uma desordem aparente (Bardin,

1995:37), permitindo assim produzir conhecimentos deduzidos dos conteúdos.

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Sílvia da Silva Vieira 77

Dada à nossa escassa experiência na análise de conteúdo,

prosseguimos o nosso estudo tendo presente os objetivos do mesmo e ainda

com o auxílio das orientações fornecidas por Esteves (Idem:112-115), com

vista à obtenção de uma maior consistência e fiabilidade na classificação

efetuada. Assim, optámos por uma análise de conteúdo categorial ou temática

(Idem:111) e considerámos que uma boa categorização é aquela que não

sendo a única possível, se rege pelo seguimento de critérios de exclusão

mútua, exaustividade, homogeneidade, produtividade, pertinência e

objetividade (Idem:122-123). Segundo a mesma autora, estes critérios são

essenciais para a determinação da validade da categorização, na qual a

produtividade e a pertinência garantem a concordância com os objetivos. Por

outro lado, a exclusão mútua e a objetividade asseguram uma clara definição e

a fidelidade da categorização.

De acordo com os guiões das entrevistas, procurámos fazer uma leitura

cuidadosa, identificando os dados pertinentes e os núcleos temáticos. Para a

identificação dos temas e das categorias gerais, procedemos à elaboração de

grelhas de análise construídas em função das temáticas evidenciadas nos

guiões das entrevistas. Desta forma, elaborámos dois tipos de grelhas de

análise:

- um para a entrevista efetuada à Direção Pedagógica, correspondendo

ao Anexo V e apresentado em síntese no quadro 12, tendo sido apurados

quatro temas e vinte e duas categorias;

- outro para as entrevistas efetuadas ao Coordenador, Diretores de

Curso e Diretores de Turma do ensino profissional, constituindo o Anexo VI e

mostrado numa versão mais resumida no quadro 13, tendo-se identificado dois

temas e sete categorias.

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Sílvia da Silva Vieira 78

Quadro 12 – Grelha de categorização da entrevista à Direção Pedagógica (Anexo V)

Temas da entrevista Categorias

A apresentação da organização

1 – Fundação da organização 2 – Atividade principal da organização 3 – Destinatários da organização 4 – Valores da organização 5 – Cultura da organização 6 – Estrutura da organização 7 – Responsabilidades da organização

A missão da organização 8 – Missão da organização 9 – Objetivos da missão 10 – Princípios de atuação 11 – Recursos humanos disponíveis 12 – Ação dos colaboradores 13 – Adesão dos colaboradores 14 – Formas de comunicação interna e normas de conduta interna

A especificidade e importância do cargo de Diretor de Curso do Ensino Profissional

15 – Atributos do Diretor de Curso 16 – Pertinência do cargo 17 – Aspetos positivos e negativos 18 – Aspetos valorizados e desvalorizados 19 – Aspetos evidenciados na legislação e Regulamento Interno da organização 20 – Comparação com o cargo de diretor de turma 21 – Papéis e funções do diretor de curso

As competências transversais e/ou indicadores comportamentais no exercício do cargo de Diretor de Curso

22 – Competências transversais e/ou indicadores comportamentais do Diretor de Curso

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Sílvia da Silva Vieira 79

Quadro 13 – Grelha de categorização das entrevistas ao Coordenador, Diretores de Curso e Diretores de Turma do ensino

profissional (Anexo VI)

Temas da entrevista Categorias

A especificidade e importância do cargo de Diretor de Curso do Ensino Profissional

1 – Pertinência do cargo 2 – Aspetos positivos e negativos 3 – Aspetos valorizados e desvalorizados 4 – Aspetos evidenciados na legislação e Regulamento Interno da organização 5 – Comparação com o cargo de diretor de turma 6 – Papéis e funções do diretor de curso

As competências transversais e/ou indicadores comportamentais no exercício do cargo de Diretor de Curso

7 – Competências transversais e/ou indicadores comportamentais do Diretor de Curso

Para tal, definimos regras relativamente às unidades de análise a adotar:

atendendo à opinião de D’Unrug (1974, citado por Pacheco, 2006:25),

considerámos como unidade de registo a proposição ou o seu conjunto.

As categorias identificadas em cada uma das grelhas acima referidas

foram divididas em subcategorias, que serão descritas na terceira parte deste

trabalho. Neste sentido, segundo Esteves (Idem:109-110) partimos de um

procedimento de categorização mais fechado e dedutivo, para um aberto e

indutivo, visto que as subcategorias encontram-se evidenciadas em

indicadores. Vala (2001, citado por Pacheco, 2006:24) refere que a descrição e

a interpretação da informação recolhida são efetuadas através de inferências.

Para uma melhor compreensão da análise e interpretação, podem ser

consultados os indicadores inerentes a cada subcategoria nos Anexos V e VI,

que correspondem às grelhas de categorização das entrevistas realizadas

neste estudo. Estes indicadores também constam na grelha de síntese das

entrevistas, e que constitui o Anexo VII.

Devido ao número de entrevistas efetuadas e por se tratar de um estudo

exploratório, julgámos não ser pertinente quantificar as frequências.

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Sílvia da Silva Vieira 80

Além disso, na principal finalidade deste estudo, não se encontra

contemplada a atribuição de significados aos discursos em função da sua

ocorrência (Esteves:2006:115,120-121).

Após termos examinado o conteúdo das entrevistas, efetuámos a

análise dos resultados obtidos, que expomos a seguir.

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Sílvia da Silva Vieira 81

III. Apresentação, Análise e Interpretação dos Resultados

Através da análise do conteúdo das entrevistas efetuadas,

apresentamos a nossa interpretação dos resultados.

1 – A apresentação da organização

Na categoria, fundação da organização, o representante da Direção

Pedagógica focou os aspetos essenciais da origem da organização: data,

condições e razões da sua fundação. Trata-se de um estabelecimento de

ensino que surgiu nos anos cinquenta, num contexto pós-guerra, com os

cursos de preparação comercial e industrial. Na altura, já possuía o alvará

masculino e o feminino, uma vez que privilegiava dar a mesma oportunidade

de estudo às mulheres:

“Embora tivéssemos começado com dois alvarás, o masculino e o feminino, sempre tivemos escola em conjunto, com claramente um privilégio para a parte feminina dando as mesmas oportunidades de estudo às mulheres.”

Realçou ainda as razões que levaram à fundação:

“O universalismo do professor X era muito virado para as questões dos direitos do homem e para a defesa das igualdades, fazendo da escola uma plataforma de igualdade e dar claramente às mulheres e aos alunos adultos uma via de ensino.”

No que concerne à categoria atividade principal da organização, referiu

que a atividade inicial “é uma atividade muito focada no seu mentor”, e por

isso, caracterizada por um trabalho coletivo inserido num “projeto muito

personalizado”. Deu continuidade à entrevista, alegando que a atividade atual é

realizada em função de uma escola inclusiva e direcionada para a segunda

oportunidade:

“Continuamos a dar uma segunda oportunidade, sempre com um lema muito interessante: educar para os mais jovens se tornarem adultos, e para os mais velhos se sentirem mais jovens, dentro de princípios de equidade, dentro de princípios de solidariedade, dentro de princípios de cidadania ativa.”

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Sílvia da Silva Vieira 82

Fez ainda questão de realçar que os alunos são os principais

destinatários da organização:

“Nós existimos porque existe o aluno. Nós podemos ser até uma associação de intelectuais fortíssima, mas a única razão, ou a primeira grande razão da nossa existência, é o sucesso do nosso aluno, e é o sorriso, quando ele atinge objetivos, que a gente sente realmente que fez escola.”

Na categoria, valores da organização, o entrevistado indicou o

universalismo e o coletivo como os principais valores desde a fundação da

organização:

“Com valores claramente ligados à defesa do universalismo e que acima de tudo tenta fazer da escola um ‘nós’, eu costumo dizer que aqui o importante é não conjugar o verbo no singular mas no ‘nós’ e tentar que essa mensagem passe primeiro para os nossos professores e depois que encaixe naturalmente nos nossos alunos.”

Como responsável da organização prefere “educar para construir do que

para o ranking”, reforçando que os “valores fundamentais são os valores da

verdade pedagógica”, e por isso, “são os valores fundamentais e são os

valores mínimos para se fazer um ensino para a cidadania e para criarmos um

cidadão crítico e acima de tudo, criarmos um cidadão com valores integrais.”

Para este entrevistado, “a cultura da organização tem muito das suas

práticas e vem muito dos seus agentes”, “o exemplo tem de vir de cima” e

identifica a insistência, o trabalho, o empenho, a atualização, a mudança e a

inovação como fatores impulsionadores do sucesso de uma organização, visto

que “obviamente é o futuro dos nossos alunos que espelham esses

resultados.”. Afirmou ainda que “nós não ensinamos para ir para o céu;

ensinamos para construir o futuro.”.

Por fim, considerou a estrutura organizada: “é uma estrutura muito

“arrumadinha”, com modalidades de ensino diferentes e projetos próprios no

ensino profissional, nos cursos CEF e na Educação e Formação para adultos e

explicou que “isto leva a que a direção pedagógica tenha abaixo dela um efeito

andaime de 3 diretores para cada uma dessas modalidades, depois esses

diretores ainda têm especificidades dos seus cursos e aí entram os diretores

de curso”.

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Sílvia da Silva Vieira 83

Relativamente às responsabilidades, realçou o facto de “a nível da

direção ainda há mais responsabilidade porque nós queremos sempre fazer a

segunda oportunidade de ensino, estar na linha da frente, o risco que nós

investimos na nossa formação de quadros.”. Para o entrevistado, a autonomia

das organizações é colocada em causa pela própria tutela:

“Nós tentamos proteger sempre aqueles que querem mais, mas como eu digo temos uma tutela muito forte e que realmente fala de uma autonomia, mas depois, na prática, essa autonomia é muito restrita aos fatores económicos e às boas vontades políticas”

e por este motivo, considerou que a relação com a tutela e o mundo exterior

são aspetos a melhorar: “nós temos um défice muito grande de sair da escola

para fora, pois estamos durante muito tempo a trabalhar na escola e não

fazemos muitas ligações com a tutela, nem com o mundo exterior.”. Referiu,

ainda, como responsável da organização, que “Há duas lógicas, e eu aqui

deixo que a lógica pedagógica funcione à frente da lógica económica, mas isso

às vezes não acontece, apesar de que de momento temos uma administração

sólida”, argumentando que a motivação para o processo pedagógico e a

inovação são resultado de uma gestão eficaz e sustentada de recursos.

2 – A missão da organização

Nesta fase da entrevista, foi focada a missão da organização e todos os

aspetos que lhe estão subjacentes. Assim, na categoria da missão da

organização, foi identificada a sua missão que “é claramente pôr o aluno à

frente de tudo”, destacando as bases da mesma: “se olharmos para a nossa

missão, basicamente salta o espirito crítico de Piaget e obviamente o

humanismo de Roger, falar do tal tripé que é fundamental nas nossas relações,

a covalência e a aceitação de Piaget e Roger.” O representante da Direção

Pedagógica referiu que, ao longo dos anos, os objetivos da missão não foram

alterados e que “é sempre, será sempre um objetivo da nossa escola o nosso

aluno e o futuro dele”. Também são objetivos continuar o trabalho com boa

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Sílvia da Silva Vieira 84

disposição e formar cidadãos felizes, ativos, sérios e com valores. Salientou,

ainda, o facto de “queremos fazer uma microescola, e prefiro fazer 500 alunos

felizes, do que 2000 alunos sem sentido, sem valores, sem se conhecerem uns

aos outros.”

À semelhança dos objetivos, “todos os princípios são os mesmos: é

atingirmos a verdade pedagógica, e quando digo isto de verdade pedagógica é

mesmo partir pela aceitação, pela covalência, pela empatia”. Para o

entrevistado, a escola exige de nós opiniões diferentes e espírito crítico, “só aí

é que a gente consegue depois correr riscos e depois optar e fazer a

diferença”, e por isso

“acho que estamos cada vez mais atualizados e há mais escolas e cada vez mais pessoas que precisam de nós e por isso é que vamos continuando vivos, tendo a noção da individualização: cada aluno é um aluno nesta casa, cada aluno é um projeto pessoal, cada aluno tem um sonho a concretizar”.

Relativamente à categoria recursos humanos disponíveis, o entrevistado

começou por afirmar que, na maioria, os quadros são externos; no entanto,

“nós temos neste momento uma fasquia muito limitada de quadros internos […]

porque os próprios quadros comunitários assim nos obrigam a fazer”.

Argumentou o facto de a organização ser ativa e de dispor de diversas

modalidades de ensino, sendo importante que “o nosso profissional seja

multifacetado e que tenha um empenho muito grande”. Além disso, considera

os recursos razoáveis, ajustados às necessidades da organização que “fazem

um esforço brutal de atualização, […] de ter de dar dois tipos de modalidades

de ensino diferentes, para poder haver aqui um salário mínimo e motivador,

obriga a que o professor claramente tenha de trabalhar muito”. Reforça ainda a

qualidade dos Coordenadores de cursos:

“Por exemplo, os nossos coordenadores […] são pessoas extraordinariamente bem preparadas. Agora, quem quer vir, quem quer ensinar, quem quer partilhar, tem todas as condições para o fazer aqui, porque tem chefias muito equilibradas, quer do ponto de vista intelectual, quer do ponto de vista humano”,

e caracteriza de uma forma simples e sucinta a sua equipa pedagógica de

“arrumadinha” e “que tem sido enriquecida ao longo dos tempos, com

currículos excecionais”.

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Sílvia da Silva Vieira 85

No que diz respeito à categoria Ação dos Colaboradores, o

representante da Direção Pedagógica referiu que “a escola é o todo e o todo é

muito mais que a soma das partes”, pelo que a ação dos colaboradores é

fundamental na concretização da missão da organização, na construção de

uma cooperativa e de uma comunidade de aprendizagem e na transformação

dos alunos. Utilizou mesmo uma metáfora para reforçar a importância dos

docentes neste processo: “eles são os remos do nosso barco, e o barco

precisa de remos ainda”, e o seu empenho:

“são eles que fazem o esforço; para além de terem uma parte burocrática exorbitante, que hoje acarreta o exercício da função, para além de terem alunos com sérias dificuldades de aprendizagem e que necessitam de um apoio extraordinário, eles são umas peças fundamental do ensino”.

Relativamente à categoria Adesão dos Colaboradores, considerou que a

mesma é forte e positiva, baseada no profissionalismo, esforço, empenho e

justificou: “porque temos uma relação humana forte, fazemos porque nos

preocupamos com os miúdos e porque temos afetos pelos alunos”.

No que concerne à categoria Formas de Comunicação e Normas de

Conduta Interna, identificou-se e caracterizou-se as formas de comunicação e

normas de conduta interna, bem como as dificuldades associadas a estes

aspetos. Assim, o entrevistado começou por referir que as reuniões semanais

com os Coordenadores são a base da comunicação. Acrescentou que

“há aqui o efeito andaime, ou seja, nós reunimo-nos com os coordenadores de curso, que se reúnem com os diretores de curso, que sucessivamente se reúnem com a equipa. Só uma vez por ano, no arranque do ano letivo ou se houver qualquer situação de emergência é que fazemos uma reunião planificada”.

Nesta fase da entrevista, realçou a existência de um diário de bordo que

“é o livro da experiência em si, das experiências da relação humana” e

relacionou-o com o efeito andaime:

“que esse efeito andaime acima de tudo é baseado no nosso livro de navegação, que é o nosso diário de bordo, que mantemos desde os primeiros dia de escola que tem, para além da planificação, o que acontece a nível de escola, os sucessos e insucessos do quotidiano de escola, o que está a acontecer politicamente, o que é que se passa”.

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Sílvia da Silva Vieira 86

A partir destas e de outras afirmações mencionadas na entrevista,

pudemos constatar que para o entrevistado, a comunicação por “andaime” é

um meio de fácil comunicação, de maior esclarecimento e de promoção de um

trabalho mais equilibrado. Além disso, reconheceu a necessidade e a

importância das reuniões: “o que eu tenho de ter aqui é um equilíbrio que me

permita desempenhar com o mínimo custo e sem pôr em causa a qualidade de

ensino, porque se for necessário reunirmo-nos para aprender, para discutir

problemas”. No entanto, fez referência às dificuldades de comunicação interna,

que se prendem essencialmente com fatores económicos:

“às vezes podemos ter algumas dificuldades de comunicação interna, até porque muitas das vezes trabalhamos com quadros e com processos económicos, que não somos assim tão independentes quanto queríamos, e com uma tutela que não nos deixa, que nos sufoca por vezes economicamente. Daí, por vezes, para constituirmos aqui uma equipa, não é fácil”.

Admitiu a necessidade de se reunir com mais frequência; contudo,

apontou como fatores impeditivos a remuneração das horas destinadas a

reuniões e a dificuldade de conciliar o trabalho da escola com a vida pessoal

dos docentes. Salientou ainda que “houve momentos que se não fosse o clima

de equipa, de solidariedade interna, se não houvesse aqui um grande respeito

pela instituição, seria muito difícil ultrapassarmos certos mares, mas

ultrapassámos porque somos uma boa equipa”.

Para o entrevistado, as normas de conduta interna são os valores da

organização sem espaço “para o erro, para a traição. Sou incapaz de ouvir um

colega a falar de outro colega”. Afirmou que “há aqui um conjunto de valores

que estão muito interiorizados e que eu acho que são muito fáceis de atingir, e

difíceis de pôr em prática”. No entanto, acrescentou que “é muito fácil

entendermo-nos bem dentro deste clima de valores”. Apontou ainda como

dificuldades “as nossas “guerrinhas” internas, as nossas quezílias”, daí a

necessidade de aperfeiçoar a comunicação e as normas de conduta interna:

“obviamente que isto pode-se sempre aperfeiçoar, mesmo a comunicação, e

estou convencido que estou com pessoas com capacidade para isso”.

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Sílvia da Silva Vieira 87

3 – A especificidade e a importância do cargo de Diretor de Curso do ensino profissional

A – Atributos do Diretor de Curso

Nesta categoria, o representante da Direção Pedagógica referiu que

quem exerce este cargo deve reconhecer a sua importância: “um Diretor de

ensino profissional tem de ser uma pessoa que tenha uma noção correta que é

fundamental no século XXI”, deve ser muito dedicado e “tem de ser polivalente,

tem que ter uma área tecnológica muito coberta”. Durante a entrevista, reforçou

diversas vezes a importância deste cargo, na orientação do futuro dos alunos,

na preparação dos mesmos para a vida ativa, na coordenação dos estágios e

das suas equipas pedagógicas:

“este Diretor tem de conhecer muito bem o seu aluno, potenciá-lo para uma carreira universitária, mas também conhecer muito bem o mercado, conhecer as parcerias que são muito importantes para os nossos estágios”; “acima de tudo conhecer muito bem o seu aluno para lhe conseguir criar rumo, para conseguir criar esperança para conseguir dar-lhes um futuro”; “este Diretor, para além de ter que coordenar toda a área tecnológica e todos os seus colegas da área da componente tecnológica, tem uma responsabilidade muito grande, tem abaixo dele alunos e tem abaixo dele um desafio que este país mais precisa”.

B – Pertinência do cargo

Relativamente a esta categoria, foram identificadas doze subcategorias,

de acordo com o quadro seguinte:

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Sílvia da Silva Vieira 88

Quadro 14 – Pertinência do cargo nos cursos profissionais

Subcategorias Entrevistado/s

Conhecimento profundo do seu aluno DP

Cargo que exige muita dedicação C

Para a preparação dos alunos para a vida ativa e FCT DP, C, DC2, DC3

Para o estabelecimento de parcerias com empresas/organizações

DP, C, DC2, DC3

Ensino profissional como meio de aproximação dos alunos ao mercado de trabalho

DP

Para a articulação dos vários intervenientes na formação dos alunos

DP, C, DC2, DC3

Para o funcionamento geral do curso DP, C, DC1, DC2, DT3

Responsabilização do cargo de Diretor de Curso DP

Para a transformação do currículo num projeto de formação

DP, DC2, DC3

Competência de liderança atribuída ao Diretor de Curso DC3

Diversidade de funções do Diretor de Curso DT3

Definição clara das funções do Diretor de Curso DT3

A maioria dos entrevistados referiu que este cargo é pertinente para a

preparação dos alunos para a vida ativa e formação em contexto de trabalho

(FCT), para o estabelecimento de parcerias com empresas/organizações, para

a articulação dos vários intervenientes na formação dos alunos, para o

funcionamento geral do curso e para a transformação do currículo num projeto

de formação.

O representante da Direção Pedagógica referiu que o ensino profissional

é um meio de aproximação dos alunos ao mercado de trabalho e, como tal, o

Diretor de Curso “tem de conhecer muito bem o seu aluno” e “tem uma

responsabilidade muito grande, tem abaixo dele alunos e tem abaixo dele um

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Sílvia da Silva Vieira 89

desafio que este país mais precisa”. O Coordenador dos cursos profissionais

apontou que este cargo exige muita dedicação: “O cargo de Diretor de Curso,

nos cursos profissionais, é um cargo com exigências que obriga a uma

dedicação extrema do profissional.”. Para além disso, o Diretor de Curso 3

reforçou que quem exerce este cargo “Deve assumir um papel fundamental

que induzirá um mais apropriado desempenho dos professores, assumindo

uma liderança pedagógica que dinamize a ação conjunta e mobilize para a

construção de projetos destinados ao sucesso educativo”. O Diretor de Turma

3 mencionou ainda que “é um cargo com determinadas funções, funções essas

que estão bem definidas”.

C – Aspetos positivos e negativos

Nesta categoria, apuramos um total de quinze subcategorias, dez das

quais se referem a aspetos positivos e cinco a aspetos negativos inerentes ao

cargo de Diretor de Curso (quadro 15).

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Sílvia da Silva Vieira 90

Quadro 15 – Aspetos positivos do cargo

Subcategorias Entrevistado/s

Gratidão, trabalho e exigência como aspetos positivos do trabalho de Diretor de Curso

DP

Atribuição do cargo aos mais capazes DP

Orientação do aluno e organização e gestão do curso são aspetos positivos

C

Possibilidade de estabelecimento de um relacionamento próximo com os alunos

C

Possibilidade de aquisição de um conhecimento profundo do curso e sua estrutura

C

Organização e gestão do curso são aspetos positivos DC1, DT2

Meio de comunicação rápido entre pares DT1

Comunicação numa posição de igualdade, respeito e partilha

DT1

Criação de oportunidades para a inovação tecnológica DC3

Orientação da equipa pedagógica DC3

A organização e gestão do curso são os aspetos positivos mais

apontados; no entanto, o Diretor de Curso 3 destacou a ação do Diretor de

Curso na criação de oportunidades para a inovação e na orientação da equipa

pedagógica: “Além disso, deve criar oportunidades para a inovação pedagógica

e deve orientar a formação da equipa formativa.”. O Diretor de Turma 1

complementou, referindo que este cargo constitui um meio de comunicação

rápido entre pares, “sendo que essa comunicação deve funcionar numa

posição de igualdade, respeito e partilha.”.

A Direção Pedagógica assumiu a posição de atribuição do cargo aos

profissionais mais capazes para o seu desempenho, realçando que “é mais

gratificante no sentido que os vemos crescer de outra maneira, mas é muito

mais exigente do que no ensino regular. Este professor tem o dobro do

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Sílvia da Silva Vieira 91

trabalho do professor no ensino regular.”. Por sua vez, o Coordenador dos

cursos profissionais apontou como aspetos positivos o “acompanhamento que

tem que fazer aos alunos e ao próprio curso pode estabelecer uma relação

muito próxima com os alunos bem como adquirir um conhecimento

aprofundado do curso e sua estrutura.”.

Quadro 16 – Aspetos negativos do cargo

Subcategorias Entrevistado/s

Quantidade e natureza do trabalho envolvido C, DC1, DT2

Trabalho grupo-turma colocado em causa pela hierarquia e o distanciamento

DT1

Aspetos negativos impeditivos de um trabalho eficaz e eficiente

DT2

Representação negativa do perfil de alunos dos cursos profissionais

DC2

Carga horária insuficiente para a realização de tarefas DC3

A quantidade e a natureza do trabalho envolvido foi o aspeto negativo

mais identificado nesta categoria. O Diretor de Turma 2 reforçou que este

aspeto “impede um trabalho mais eficiente e eficaz do Diretor do Curso” e o

Diretor de Curso 3 referiu que a carga horária é insuficiente para a realização

das tarefas: “a disponibilidade de tempo que nos é concedida é impeditiva de

os realizar.”.

Contudo, o Diretor de Curso 2 focou a representação negativa do perfil

de alunos dos cursos profissionais: “a estigmatização negativa do perfil dos

alunos dos cursos profissionais pode gerar receio de desempenho do cargo em

muitos professores, por anteverem situações comportamentais problemáticas.”.

O Diretor de Turma 1 ainda mencionou a hierarquia e o distanciamento

como aspetos negativos: “se é imposta uma hierarquia e um distanciamento, o

conceito de turma como grupo e o conselho de turma nunca irão funcionar.”.

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Sílvia da Silva Vieira 92

D – Aspetos valorizados e desvalorizados

Relativamente a esta categoria, identificámos quinze subcategorias, das

quais oito dizem respeito aos aspetos valorizados e sete aos desvalorizados.

Quadro 17 – Aspetos valorizados do cargo

Subcategorias Entrevistado/s

Valorização do trabalho de Diretor de Curso DP, DT1

Atribuição do cargo relacionada com o empenho e desempenho para o cargo

DP

Quantidade e natureza do trabalho envolvido DC2

Desafio positivo na articulação escola-empresas DC2

Detenção de conhecimentos sobre o funcionamento dos cursos profissionais

DC2

Poder atribuído ao cargo na tomada de decisões DC2

Competência de liderança atribuída ao Diretor de Curso DC2

Identificação dos profissionais mais competentes no exercício do cargo

DT1

Como se pode observar pelo quadro acima apresentado, verifica-se que

os entrevistados referiram aspetos valorizados distintos. Assim, para o

representante da Direção Pedagógica e o Diretor de Turma 1, no

estabelecimento de ensino alvo da investigação, o trabalho de Diretor de Curso

é valorizado. Além disso, a Direção Pedagógica reforçou este facto referindo

que “temos aqui excelentes professores com anos de trabalho que nunca

chegaram a Direções de Curso […] e depois vamos vendo se ele capitaliza;

isso é uma coisa. Agora, acho que na nossa estrutura é muito importante.”.

Aliás, o Diretor de Turma 1 salientou que a nível da organização, eram

identificados os profissionais mais competentes para o exercício do cargo de

Diretor de Curso.

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Sílvia da Silva Vieira 93

No entanto, o Diretor de Curso 2 apresentou motivos de valorização

inerentes ao cargo:

“os motivos da valorização do cargo relacionam-se com a quantidade e natureza do trabalho, o desafio positivo colocado pela articulação escola-empresas, a detenção de conhecimento sobre o funcionamento dos cursos profissionais, o poder atribuído ao cargo e a competência na tomada de decisões.”.

Esta afirmação levou-nos a reconhecer que, para este entrevistado, ao

Diretor de Curso são atribuídas competências de liderança no desempenho

das suas funções.

Quadro 18 – Aspetos desvalorizados do cargo

Subcategorias Entrevistado/s

Desvalorização do ensino profissional pelo estado DP

Representação negativa dos cursos profissionais DP, DC2

Representação negativa do perfil dos alunos dos cursos profissionais

DC2

Desvalorização do trabalho de Diretor de Curso DT1

Repreensão nem sempre efetuada aos profissionais menos competentes no exercício do cargo

DT1

Reforços positivos e negativos nem sempre reconhecidos no trabalho efetuado

DT1

Desvalorização do trabalho de diretor de curso, pelo não reconhecimento do seu trabalho

DT3

O representante da Direção Pedagógica referiu que “este tipo de ensino

foi descredibilizado durante anos. E que, ao longo dos tempos, foi um ensino

abandonado pelo próprio Estado, foi desvalorizado pelo próprio Estado”. Para

este entrevistado e o Diretor de Curso 2, tal facto deve-se à representação

negativa dos cursos profissionais e do perfil dos alunos que os frequentam.

Por seu turno, o Diretor de Turma 1 afirmou que, por vezes, o trabalho

do Diretor de Curso é desvalorizado “porque, apesar de serem identificados os

melhores profissionais nesta área, nem sempre os piores são chamados à

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Sílvia da Silva Vieira 94

atenção, nem são reconhecidos reforços positivos e negativos no trabalho

efetuado.”.

O Diretor de Curso 3 foi mais longe e reforçou como motivo de

desvalorização o não reconhecimento do seu trabalho: “o trabalho de um

Diretor de Curso, muitas vezes, não é um trabalho visível e, para muitos

professores/formadores, o que não se vê não foi feito, não existe”.

E – Aspetos evidenciados na legislação e no Regulamento Interno

No que concerne a esta categoria, apurámos quinze subcategorias, das

quais oito dizem respeito aos aspetos evidenciados na legislação e no

Regulamento Interno e sete são sugestões para alterações nestes dois

documentos.

Quadro 19 – Aspetos evidenciados na legislação e no Regulamento

Interno

Subcategorias Entrevistado/s

Aspetos evidenciados na legislação e no Regulamento Interno são os mesmos

DP, DC3

Aspetos evidenciados na legislação e no Regulamento Interno são claros e suficientes

C

Aspetos excessivos para a carga horária atribuída na sua execução

C

Aspetos evidenciados na legislação não são claros DC1

Conhecimento superficial dos aspetos evidenciados na legislação e Regulamento Interno

DT1

Aspetos evidenciados na legislação e no Regulamento iIterno são claros

DT1, DT3

Aspetos evidenciados na legislação nem sempre são claros

DT2

Aspetos evidenciados na legislação e no Regulamento Interno são adequados

DC2

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Sílvia da Silva Vieira 95

O representante da Direção Pedagógica e o Diretor de Curso 3 referiram

que os aspetos referentes ao cargo de Diretor de Curso evidenciados na

legislação e no Regulamento Interno são os mesmos. O Coordenador dos

cursos profissionais afirmou que estes aspetos são claros e suficientes,

contudo argumentou “que são demasiados para o número de horas atribuídas

para a execução das tarefas.”. Apesar do Diretor de Turma 1 deter um

conhecimento superficial da legislação e do Regulamento Interno, mencionou

que estes aspetos são claros, verificando-se o mesmo para o Diretor de Turma

3, e o Diretor de Curso 2 reforça que os mesmos são adequados.

Por outro lado, para o Diretor de Curso 1, os aspetos evidenciados na

legislação não são claros e para o Diretor de Turma 2 “a legislação nem

sempre é clara relativamente às funções específicas do Diretor de Curso.”.

Face às diferentes opiniões dos entrevistados, identificámos as

possíveis alterações propostas, apresentadas no quadro seguinte:

Quadro 20 – Alterações na legislação e/ou no Regulamento Interno

Subcategorias Entrevistado/s

Alterações do ponto de vista económico DP

Remuneração de acordo com os cargos atribuídos DP

Fator económico como fator motivador DP

Possibilidade de ajuste do Regulamento Interno aos cursos e público-alvo

DC3

Alterações nas tarefas administrativas DC1, DT2

Disposição de mais tempo para as tarefas pedagógicas e de mediação

DC1, DT2

Aumento da carga horária na legislação C, DC2

A Direção Pedagógica procederia a alterações do ponto de vista

económico, aplicando remunerações de acordo com os cargos atribuídos:

“claramente, quem tem mais funções, tem de ser remunerado doutra forma […]

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 96

quem trabalha mais, quem se esforça mais, tem claramente que ser mais

motivado, e o fator económico é um fator que motiva, e é justo que assim

seja.”.

O Diretor de Curso 1 e o Diretor de Turma 2 apontaram alterações nas

tarefas administrativas e disposição de mais tempo para as atividades

pedagógicas e de mediação, indo ao encontro da opinião partilhada pelo

Coordenador e o Diretor de Curso 2, que aumentariam a carga horária

destinada para este cargo na legislação.

O Diretor de Curso 3 referiu ainda o facto de ser possível ajustar os

aspetos evidenciados no Regulamento Interno: “o Regulamento Interno do

Externato rege-se pela legislação, adequando sempre que possível aos nossos

cursos e ao nosso público-alvo.”.

F – Comparação com o cargo de Diretor de Turma

Na sua entrevista, o representante da Direção Pedagógica comparou o

Diretor de Turma nos CEF e o Diretor de Turma dos cursos profissionais. Para

ele, “o Diretor de Turma tem hoje um trabalho dificílimo, até porque estamos a

falar da escola universal, toda a gente tem que vir à escola”, implicando desta

forma “uma equipa muito multidisciplinar, em alguns dos casos precisávamos

da intervenção social, à psicóloga”, e por isso “é preciso ser um grande

professor, um grande profissional.”.

Por outro lado, nos cursos profissionais “começamos a ter um pai já

completamente diferente, muito mais presente, já não há tanto insucesso

escolar”. Além disso, reforçou que a relação com o Encarregado de Educação

é mais acessível e que “o nosso ensino profissional quase que não tem alunos

oriundos do CEF, e isto implica ritmos completamente diferentes, porque já

fazemos reuniões de turma em que os pais vêm quase todos”.

Através da análise do conteúdo às entrevistas efetuadas, apurámos

nesta categoria dezassete subcategorias, que se encontram apresentadas no

quadro 21:

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Sílvia da Silva Vieira 97

Quadro 21 – Comparação com o cargo de Diretor de Turma

Subcategorias Entrevistado/s

Diretor de Curso como responsável da gestão do futuro do aluno

DP

Trabalho articulado entre o Diretor de Curso, de Turma e Encarregado de Educação para uma boa qualidade de curso e sucesso educativo

DP

Diretor de Curso como gestor da equipa pedagógica e articulador com as entidades externas

C

Aluno e Encarregado de Educação como interlocutores do Diretor de Turma

C

Diretor de Turma como gestor do desempenho e da assiduidade do aluno

C

Par pedagógico importante DC1

Par pedagógico de grande responsabilidade DT1

Funções e responsabilidades diferentes DC1

Trabalhado articulado entre o diretor de Turma e de Curso, para uma boa qualidade de curso e sucesso educativo

DC1

Diretor de Curso como gestor de curso (organiza e atualiza o DTP e o cronograma)

DC1, DT1, DT2, DT3

Diretor de Turma como gestor da turma (controla assiduidade, atende os Encarregados de Educação, elabora PCT)

DC1, DT1, DT2, DT3

Natureza administrativa do trabalho de Diretor de Curso DC2

Natureza pedagógica do trabalho de Diretor de Turma DC2

Diretor de Turma como “ponte” entre a escola e a família DC3, DT3

Diretor de Turma como responsável pelo acompanhamento e orientação do aluno

DC3

Conhecimento do Diretor de Curso pelas dinâmicas de grupo

DC3

Capacidade para trabalhar em equipa DC3

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Sílvia da Silva Vieira 98

A maioria das respostas obtidas levou-nos a constatar que o Diretor de

Curso é um gestor do curso, pois organiza e atualiza o Dossiê Técnico

Pedagógico (DTP) e o cronograma, enquanto o Diretor de Turma desempenha

funções de gestão da turma: controla a assiduidade dos alunos, atende os

Encarregados de Educação e elabora o PCT.

O representante da Direção Pedagógica continuou a reforçar a

responsabilidade do Diretor de Curso na gestão do futuro do aluno e a

importância da articulação do seu trabalho:

“Há aqui um ato de consequência muito grande, e sempre em contacto com o

Diretor de Turma, com o Encarregado de Educação, sempre com a noção que

se ensine em conjunto, se ensine a partilhar.”

Para o Coordenador dos cursos profissionais, o Diretor de Curso gere a

equipa pedagógica e articula com entidades externas, e o Diretor de Turma é o

responsável pela gestão do desempenho e da assiduidade do aluno, tendo

como interlocutores o aluno e o seu Encarregado de Educação:

“O Diretor de Turma tem como função a relação com o aluno e o Encarregado

de Educação bem como com a gestão do desempenho dos alunos e sua

assiduidade.”.

O Diretor de Curso 1 e o Diretor de Turma 1 consideraram,

respetivamente, que o par Diretor de Curso/Diretor de Turma é um par

pedagógico importante e com grande responsabilidade. No entanto, o Diretor

de Curso 1 completou a sua resposta, transmitindo que eles “apresentam

funções e responsabilidades diferentes, mas que devem trabalhar em sintonia

para uma boa qualidade do curso e o sucesso dos alunos.”.

O Diretor de Curso 2 distinguiu estes dois cargos através da natureza do

trabalho envolvido: “A natureza administrativa do trabalho de Diretor de Curso

permite distinguir este cargo do de Diretor de Turma, cujo trabalho é

predominantemente pedagógico.”.

Tal como o Diretor de Turma 3, o Diretor de Curso 3 salientou que o

Diretor de Turma estabelece a “ponte” escola-família. Este focou ainda que o

Diretor de Turma é responsável pelo acompanhamento e orientação do aluno,

e que “O Diretor de Curso deve dominar competências de trabalho cooperativo,

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 99

valorizando a participação e a interatividade, assumindo um trabalho em

equipa como troca de experiências, motivando e representando uma mais-valia

para a coesão da equipa.”.

G – Papéis e funções do Diretor de Curso

Relativamente a esta categoria, o Diretor de Curso 2 fez questão de

reforçar a importância de todas as funções desempenhadas pelo Diretor de

Curso.

Através da análise de conteúdo das entrevistas, foram identificadas trinta e três

subcategorias, distribuídas pelos cinco pares analisados: par líder/gestor

(quadro 22), par administrativo/pedagógico (quadro 23), par

transmissor/organizador (quadro 24), par avaliador/coordenador (quadro 25) e

par supervisor/mediador (quadro 26).

Quadro 22 – Par líder/gestor

Subcategorias Entrevistado/s

Gestor DP, DC1, DT3

Gestor do futuro do aluno DP

Papel misto de líder e gestor C, DT1, DC2, DC3

Líder DT2

Orientação, motivação e dinamização da equipa pedagógica DT2

Diretor de Curso e equipa responsáveis pelos resultados obtidos

DT2

Promoção da integração dos intervenientes no processo educativo

DT2

Promoção de feedback em tempo útil DT2

Pedido de feedback da equipa sobre as suas competências de liderança

DT2

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Sílvia da Silva Vieira 100

Uma grande parte dos entrevistados considerou que o Diretor de Curso

desempenha um papel misto de líder e gestor.

À semelhança do Diretor de Curso 1 e Diretor de Turma 3, o

representante da Direção Pedagógica referiu que o Diretor de Curso é um

gestor, aliás “ele é o gestor do futuro do aluno”.

Contudo, o Diretor de Turma 2 mencionou que o Diretor de Curso é um

líder, “pois manifesta comportamentos que orientam e motivam os outros numa

direção clara. Isto implica dinamizar e comprometer a equipa com objetivos

mais amplos e padrões de desempenho superiores, responsabilizando-os

pelos resultados obtidos e reconhecendo os seus sucessos”.

Além disso, reforçou a importância do feedback neste processo:

“[…] fornecendo feedback, em tempo útil e focalizando o desempenho

individual. Nos níveis mais elevados, implica solicitar feedback da sua equipa

sobre as suas próprias competências de liderança.”.

Quadro 23 – Par Pedagógico/Administrativo

Subcategorias Entrevistado/s

Administrativo C, DC1, DT2

Natureza de trabalho misto (administrativo e pedagógico) DP, DC2, DC3, DT1, DT3

Colaborador em tarefas burocráticas fundamentais para a organização da escola

DC1, DT2

Desvio do seu papel pedagógico DT3

A análise do quadro acima apresentado levou-nos a concluir que a

maioria dos entrevistados considerou que o Diretor de Curso desenvolve um

trabalho de natureza misto: administrativo e pedagógico. O Diretor de Turma 3

referiu que “Apesar de desempenhar funções pedagógicas, muitas vezes tem

de efetuar funções administrativas e assim desvia-se do seu principal papel.”.

Para o Coordenador dos cursos profissionais, o Diretor de Curso 1 e o

diretor de turma 2, o trabalho do Diretor de Curso é administrativo. Estes dois

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Sílvia da Silva Vieira 101

entrevistados reforçaram que quem exerce este cargo colabora em tarefas

burocráticas fundamentais para a organização da escola.

Quadro 24 – Par transmissor/organizador

Subcategorias Entrevistado/s

Organizador C, DC1, DT2, DT3

Organização de arquivos, redação de documentos e atendimento ao público

DC1, DT2

Papel misto de organizador e transmissor DP, DC2, DC3¸ DT1

Este quadro mostra-nos que as opiniões dividem-se entre o facto do

Diretor de Curso desempenhar um papel misto de organizador e transmissor

ou ser simplesmente um organizador. Tal como o Diretor de Turma 2, o Diretor

de Curso 1 realçou que quem exerce este cargo “basicamente faz trabalhos

simples da secretaria da escola; atende ao público, organiza arquivos, redige

documentos”.

Quadro 25 – Par avaliador/coordenador

Subcategorias Entrevistado/s

Avaliador DP, DT3

Responsabilidade pela qualidade da formação e da formação dos alunos

DP

Coordenador DC1, DC2, DT2

Promoção da integração dos intervenientes do processo educativo

DC1, DT1, DT2

Estabelecimento de relações interpessoais DC1, DT1, DT2

Papel misto de coordenador e avaliador C, DC3, DT1

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Sílvia da Silva Vieira 102

Para o representante da Direção Pedagógica, o Diretor de Curso é o

“avaliador nato do processo e é o responsável máximo também do mesmo.”

O diretor de Curso 1, o Diretor de Curso 2 e o Diretor de Turma 2

defenderam que, no exercício das suas funções, o Diretor de Curso é um

coordenador, pois promove a integração dos vários intervenientes envolvidos

no processo educativo e estabelece diversas relações interpessoais.

No entanto, para o Coordenador, o Diretor de Curso 3 e o Diretor de

Turma 1, quem exerce este cargo desempenha um papel misto de

coordenador e avaliador, pois como referiu o Diretor de Turma 1, “Terá que ser

um coordenador que faça a interligação entre as tarefas e os trabalhos de

todos que fazem parte da sua equipa pedagógica, o que consequentemente o

levará a avaliar a eficácia desses processos ou desses trabalhos.”.

Quadro 26 – Par supervisor/mediador

Subcategorias Entrevistado/s

Supervisor DP, DC1, DT2

Natureza de trabalho pedagógico DP

Reflexão na ação e na avaliação DP

Mediador C

Diretor de Curso como supervisor do trabalho da equipa pedagógica

DC2

Garantia da qualidade da formação e da formação dos alunos

DC1, DT2

Contribuição para o desenvolvimento do processo educativo DT2

Preparação dos alunos para a vida ativa DC1, DT2

Papel misto de supervisor e mediador DC2, DC3, DT1, DT3

Diretor de Curso como interlocutor DC2

Diretor de Curso como meio de comunicação mais próximo com os topos da hierarquia

DT1

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 103

De acordo com o quadro acima apresentado, a maioria dos

entrevistados considerou que o Diretor de Curso desempenha um papel misto

de supervisor e mediador no exercício das suas funções. O Diretor de Curso 2

referiu mesmo que “O Diretor de Curso é um supervisor do trabalho

administrativo dos professores da equipa pedagógica” e “O papel de mediador

é exercido com uma grande variedade de interlocutores.”.

O Diretor de Turma 1 salientou que “tendo em conta que o Diretor de

Curso é o meio de comunicação mais próximo com os topos da hierarquia,

deve manter as características de supervisor e mediador em igualdade.”.

Por outro lado, o representante da Direção Pedagógica defendeu o

papel de supervisor, justificando o trabalho de cariz pedagógico e reflexivo do

Diretor de Curso: “A presença dele é mais pedagógica em relação aos outros

colegas, é mais reflexiva na ação e na avaliação. Por isso, eu acho que é

claramente um supervisor.”.

O Diretor de Curso 1 e o Diretor de Turma 2 partilharam da mesma

opinião, reconhecendo que o Diretor de Curso desempenha funções

supervisivas, na medida que promove a garantia da qualidade do curso e da

formação dos alunos, preparando-os para a vida ativa. Aliás, o Diretor de

Turma 2 reforçou a importância das práticas supervisivas: “em conjunto com a

sua equipa de professores contribui para o desenvolvimento do processo de

ensino/aprendizagem dos alunos.”.

O Coordenador dos cursos profissionais foi o único entrevistado que

referiu que o Diretor de Curso desempenhava um papel de mediador.

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Sílvia da Silva Vieira 104

4 – As competências transversais e/ou indicadores comportamentais no exercício do cargo de Diretor de Curso

Nesta fase da entrevista, o representante da Direção Pedagógica

afirmou mesmo que “O Diretor de Curso tem que ter competências

transversais”.

Esta categoria constituiu o objeto deste estudo. Nela apurámos vinte e

seis subcategorias, que correspondem às competências transversais a deter

pelo Diretor de Curso, para poder levar a cabo o exercício das suas funções

com elevados níveis de desempenho, e que estão apresentadas no quadro 27.

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Sílvia da Silva Vieira 105

Quadro 27 – Competências transversais do Diretor de Curso

Subcategorias Entrevistado/s

Pensamento crítico DP, C, DC2

Orientação para os resultados DP, C, DC1, DT2

Orientação para a qualidade C

Planeamento DP, C, DT2, DT3

Liderança C, DC2, DT1, DT2

Gestão C, DP, DC2, DT3

Proatividade/Iniciativa DP, C, DC2, DC3, DT1, DT2, DT3

Trabalho em equipa DP, C, DC1, DC3, DT1, DT2, DT3

Comunicação/Informação DP, DC2, DT1, DT2

Eficácia comunicacional DC1, DC2, DT2

Compreensão interpessoal DP, DC1, DC2, DT1

Tomada de decisão C, DC2, DT3

Autonomia DT3

Autoconfiança DP

Know-How técnico DP, C, DC1, DC2

Ética, valores e responsabilidade DC2, DT1

Resiliência C, DC1, DC2, DT1, DT2, DT3

Adaptação à mudança C, DC1, DC2, DT1, DT2, DT3

Flexibilidade C, DC1, DT1

Resolução de problemas C, DT1, DT2, DT3

Criatividade/Inovação C, DT2

Estabilidade emocional DP, DC2, DC3, DT3

Empatia DC2, DC3

Negociação e persuasão C, DC2

Organização C

Análise e decisão C

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 106

A análise do quadro mostra-nos que foram apuradas vinte e seis

competências transversais. Esta diversidade de competências verificada nas

entrevistas deve-se, possivelmente a uma dificuldade de escolha por parte dos

entrevistados. Este facto levou-nos a selecionar as competências transversais

mais referidas nas entrevistas, que, de acordo com o quadro 27, são:

- Trabalho em equipa;

- Proatividade/Iniciativa e Resolução de Problemas;

- Resiliência e Adaptação à mudança;

Decidimos agrupar algumas competências, pois considerámos que se

encontram interligadas e/ou evidenciam indicadores comportamentais

semelhantes.

No quadro 28 são apresentadas as unidades de registo evidenciadas

por cada um dos entrevistados que referiram as competências acima

mencionadas.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 107

Quadro 28 – Competências transversais do Diretor de Curso do ensino profissional mais evidenciadas nas entrevistas

Competência transversal

Unidade de Registo

Trabalho em equipa

Ligação entre a equipa tecnológica, a equipa sociocultural (DP) Procura da satisfação e valorização do grupo (C) Entende a dinâmica de um grupo (DC1) Valoriza a interatividade e participação; assume um trabalho de equipa (DC3) Sabe partilhar e trabalhar em equipa (DT1) Tem apetências para trabalhar em equipa (DT2) Pilar na turma e restantes professores (DT3)

Proatividade/Iniciativa e

Resolução de problemas

Ligação muito forte aos projetos (DP) Propostas inovadoras e capacidade de iniciativa; Vontade de saber mais (C) Capacidade e vontade de atualização de práticas profissionais; dinâmico, (DC2) Troca de experiências; motivando e representando uma mais-valia para a coesão da equipa (DC3) Proactivo; Sabe utilizar a palavra “não” e a palavra “sim” no momento certo e com coerência (DT1) Capacidade de iniciativa; Adaptado às mudanças quando confrontado com problemas (DT2) Capacidade de improvisação; Proactivo; procurar respostas/soluções imediatas (DT3)

Resiliência e

Adaptação à mudança

Resistência às adversidades; Capacidade de adaptação à mudança (C) Visualiza e suaviza as diferenças entre as pessoas (tarefa árdua e muito complicada) (DC1) Capacidade de adaptação à mudança. (DC2) Resiliente, adaptado ao rápido surgimento de situações novas e inesperadas (DT1) Adaptado às mudanças no seu trabalho (DT2) Consegue trabalhar sobre pressão (DT3)

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Sílvia da Silva Vieira 108

5 – Outros aspetos

Na última categoria, foram identificadas duas subcategorias, conforme

se pode observar no quadro seguinte:

Quadro 29 – Sugestões

Subcategorias Entrevistado/s

Necessidade de uma pedagogia ativa e cooperativa DC3

Resolução pertinente e eficaz de problemas DC3

Apenas o Diretor de Curso 3 se manifestou nesta fase da entrevista:

“Gostaria de sublinhar a necessidade de uma pedagogia ativa e cooperativa de

forma a solucionarmos com pertinência e eficácia uma série de situações que

naturalmente nos vão surgindo sempre…”

Como já foi anteriormente referido, procedemos à triangulação de dados

através de um inquérito por questionário (Anexo VIII) disponibilizado na internet

através do link

https://docs.google.com/forms/d/1d_0tnc7xFLYqWoJkV7YxqBHGtRwxJ6YxAvB

3xfCrPs/viewform.

As respostas ao inquérito podem ser consultadas no Anexo IX e análise

estatística das respostas pode ser visualizada no Anexo X, onde constatámos

que, num universo de quarenta e quatro docentes, acederam e responderam

ao inquérito quinze professores, representando cerca de 34% da população de

professores. Verificámos ainda que 43 % dos inquiridos são professores dos

cursos profissionais, 40 % não desempenham qualquer tipo de cargo, 35% são

Diretores de Turma e apenas 15 % desempenham o cargo de Diretor de Curso.

Na última questão, de natureza aberta, nenhum dos inquiridos fez qualquer

referência a outros indicadores comportamentais ou competências transversais

que considerassem relevantes para o estudo.

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Sílvia da Silva Vieira 109

Através da análise das respostas recolhidas no inquérito por

questionário, verificámos que os indicadores comportamentais selecionados

pelos inquiridos como Extremamente Relevantes (ER), e que correspondem ao

número 10 da escala adotada, encontram-se apresentados no quadro 30:

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Quadro 30 – Indicadores comportamentais selecionados no inquérito por questionário como ER – Extremamente Relevante

Indicadores comportamentais Percentagem ER

(%) Consegue improvisar soluções de caráter temporário 47 Procura, espontaneamente em tempo útil, respostas para as situações problemáticas com que é confrontado/a, solucionando e antecipando-se aos problemas

47

Contribui para a resolução de situações de conflito 47 Domina os conhecimentos subjacentes ao desempenho do cargo 33 Manifesta curiosidade intelectual e motivação relativamente a temas que contribuam, de forma direta ou indireta, para a atualização e aumento dos seus conhecimentos

40

Evidencia perseverança, iniciativa e criatividade que lhe permitem valorizar a sua atividade 53 Co-responsabiliza-se pelas decisões do grupo, assumindo, com a mesma naturalidade, os sucessos e fracassos daí decorrentes

40

Atua de modo a proporcionar um clima cordial, amigável e solidário entre os elementos do grupo de trabalho

60

Insiste na participação dos elementos do grupo, respeitando as opiniões e aceitando a ajuda de cada elemento do grupo

40

Promove e incentiva a partilha conhecimentos, informações, experiências e soluções com os elementos do grupo

33

Interage com simplicidade na relação com os diferentes membros da comunidade educativa. 40 Consegue superar, sem desistir, as dificuldades encontradas 40 Consegue trabalhar com recursos limitados, quando as tarefas o exigem 47 Aceita as mudanças organizacionais/processuais, cooperando com as alterações ou prioridades definidas

40

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Quadro 30 – Indicadores comportamentais selecionados no inquérito por questionário como ER – Extremamente Relevante (continuação)

Indicadores comportamentais Percentagem ER

(%) Atua de acordo com os objetivos estratégicos da organização 33

Adota comportamentos que promovem uma mais eficaz gestão do tempo 33

Apresenta trabalho de acordo com os critérios de qualidade vigentes na organização 33

Explora formas de pesquisar, aceder e utilizar a informação 40 Adapta a sua comunicação em função do contexto comunicacional e das características do recetor 40 É assertivo no ato comunicativo 33

Sabe gerir eficazmente os sinais e comportamentos não-verbais da comunicação 47 Revela sensibilidade para com os sentimentos dos outros, sabendo selecionar momentos e formas adequados à interação comunicacional

33

Valoriza os aspetos positivos das pessoas e situações, bem como, a clareza, a exatidão e a relevância das ideias

47

Demonstra consideração pelos direitos dos outros, respeitando a dignidade e integridade de cada um 60 Adapta o seu estilo de liderança às diferentes características dos elementos das equipas com quem trabalha

33

Recolhe a informação necessária para a tomada de decisão 40 Fundamenta as suas opiniões e decisões 40 Assume a responsabilidade dos seus atos e opiniões 93 Aceita mudar as suas ideias perante uma nova informação ou evidência contrária ao que estava previamente estabelecido, identificando, assim, a necessidade de ser flexível

33

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Sílvia da Silva Vieira 112

Nesta etapa do nosso trabalho, interessa-nos apresentar de forma

sucinta e clara, as considerações finais que fomos captando a partir da análise

e interpretação dos dados recolhidos, não esquecendo a pergunta de partida,

os objetivos e as questões orientadoras que conduziram esta investigação

centrada no cargo de Diretor de Curso do ensino profissional.

Atributos do Diretor de Curso e pertinência do cargo

Nos dias de hoje, quem exerce este cargo deve reconhecer que tem um

papel fundamental na organização, pois estabelece a “ponte” entre a escola e o

mundo do trabalho. Este profissional deve ser muito dedicado, polivalente e

deve demonstrar um conhecimento sólido e aprofundado das disciplinas que

compõem a componente tecnológica do curso.

O cargo de Diretor de Curso é importante para o funcionamento geral do

curso, para a articulação dos vários intervenientes na formação dos alunos,

para o estabelecimento de parcerias com empresas/organizações e para a

preparação dos alunos para a vida ativa e formação em contexto de trabalho.

Aspetos positivos, negativos, valorizados e desvalorizados

A organização e gestão do curso foram os aspetos positivos mais

apontados neste estudo. Contudo, conclui-se que a quantidade e a natureza do

trabalho envolvido constituem os aspetos negativos subjacentes ao

desempenho das funções do Diretor de Curso. Trata-se de um cargo

valorizado na organização, por diversos motivos, entre os quais, a quantidade

e tipo de trabalho envolvido, o desafio positivo na articulação escola-empresas

e o poder atribuído na tomada de decisões. No entanto, a representação

negativa dos cursos profissionais e do perfil de alunos que os frequentam, o

não reconhecimento do trabalho efetuado e a não existência de reforços

positivos e negativos, são aspetos potenciadores da desvalorização deste

cargo.

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Sílvia da Silva Vieira 113

Aspetos evidenciados na legislação e no Regulamento Interno

Apesar de os aspetos evidenciados no Regulamento Interno serem

claros e os mesmos da legislação, concluímos que, são necessárias

determinadas alterações nomeadamente nas tarefas administrativas e no

aumento da carga horária para a concretização de tarefas pedagógicas e de

mediação.

Comparação com o cargo de Diretor de Turma

No Enquadramento Teórico deste estudo, referimos a importância da

articulação do par pedagógico Diretor de Curso/Diretor de Turma para uma boa

qualidade de curso e sucesso educativo. Contudo, o Diretor de Turma é o

gestor da turma (controla assiduidade, atende os Encarregados de Educação,

elabora PCT) e o Diretor de Curso é o gestor de curso (organiza e atualiza o

DTP e o cronograma).

Papéis e funções do Diretor de Curso

Relativamente aos papéis desempenhados e funções realizadas pelo

Diretor de Curso, através da análise e interpretação dos resultados, podemos

concluir que o mesmo desempenha ou desenvolve um:

- papel misto de líder e gestor;

- trabalho de natureza misto, administrativo e pedagógico;

- papel de organizador e/ou um papel misto de organizador e transmissor;

- papel de coordenador e/ou papel misto de avaliador e coordenador;

- papel misto de supervisor e mediador.

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Competências transversais e/ou indicadores comportamentais no exercício do cargo de Diretor de Curso

Da análise das entrevistas, verificámos que o trabalho em equipa; a

proatividade/iniciativa e resolução de problemas; a resiliência e adaptação à

mudança corresponderam às competências transversais mais referidas pelos

entrevistados. Em articulação com os resultados obtidos no inquérito por

questionário, associámos os indicadores comportamentais apresentados no

quadro 30 a competências transversais, obtendo desta forma um conjunto de

oito competências:

1 - Proatividade/Iniciativa e Resolução de Problemas;

2 - Know-how técnico;

3 - Trabalho em equipa;

4 - Resiliência e Adaptação à mudança;

5 - Planeamento, Gestão e Orientação para os resultados;

6 - Comunicação e Eficácia comunicacional;

7 - Compreensão Interpessoal;

8 - Liderança e Tomada de decisão.

Face ao exposto, estão reunidas as condições para procedermos ao

mapeamento de competências transversais do Diretor de Curso do ensino

profissional.

Atendendo ao modelo de competências de Ceitil (2006) por nós adotado

para o traçado do perfil de competências, elaborámos o perfil de competências

do Diretor de Curso do ensino profissional do estabelecimento de ensino onde

se efetuou o estudo, por meio de uma designação da competência transversal

e respetivos indicadores comportamentais, conforme se pode observar no

quadro 31.

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Sílvia da Silva Vieira 115

Quadro 31 – Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Nome e definição da competência transversal Indicadores comportamentais da competência transversal

Proatividade/Iniciativa e Resolução de problemas

Manifestação de comportamentos dirigidos para a: - antecipação de eventuais necessidades e/ou dificuldades, apresentando soluções com o intuito de as reduzir; - procura espontânea respostas rápidas e em tempo útil para os pedidos que lhe são efetuados; - proatividade na identificação e resolução de problemas promovendo e acompanhando as alternativas de resolução e garantido a performance pretendida.

- Consegue improvisar soluções de caráter temporário. - Procura, espontaneamente em tempo útil, respostas para as situações problemáticas com que é confrontado/a, solucionando e antecipando-se aos problemas. - Contribui para a resolução de situações de conflito.

Know-How técnico

Possui conhecimentos fundamentais para o exercício da sua atividade, função ou cargo e apresenta comportamentos orientados para a aquisição e desenvolvimento de novos conhecimentos que promovam a melhoria do seu desempenho.

- Domina os conhecimentos subjacentes ao desempenho do cargo. - Manifesta curiosidade intelectual e motivação relativamente a temas que contribuam, de forma direta ou indireta, para a atualização e aumento dos seus conhecimentos. - Evidencia perseverança, iniciativa e criatividade que lhe permitem valorizar a sua atividade.

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Sílvia da Silva Vieira 116

Nome e definição da competência transversal Indicadores comportamentais da competência transversal

Trabalho em equipa

Manifestação de comportamentos que demonstram que um indivíduo se integra facilmente num grupo, participando e colaborando numa troca de experiências e ideias, com o intuito de atingir os objetivos coletivos e melhorar o desempenho do grupo.

- Co-responsabiliza-se pelas decisões do grupo, assumindo, com a mesma naturalidade, os sucessos e fracassos daí decorrentes. - Atua de modo a proporcionar um clima cordial, amigável e solidário entre os elementos do grupo de trabalho. - Insiste na participação dos elementos do grupo, respeitando as opiniões e aceitando a ajuda de cada elemento do grupo. - Promove e incentiva a partilha conhecimentos, informações, experiências e soluções com os elementos do grupo. - Interage com simplicidade na relação com os diferentes membros da comunidade educativa.

Resiliência e Adaptação à mudança

Traduz-se no restabelecimento rápido de descompensações emocionais, na conservação da energia e da força necessárias para gerir e lidar com diversas situações de mudança, ultrapassando resistências e obstáculos.

- Consegue superar, sem desistir, as dificuldades encontradas. - Consegue trabalhar com recursos limitados, quando as tarefas o exigem. - Aceita as mudanças organizacionais/processuais, cooperando com as alterações ou prioridades definidas. - Aceita mudar as suas ideias perante uma nova informação ou evidência contrária ao que estava previamente estabelecido, identificando, assim, a necessidade de ser flexível.

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Nome e definição da competência transversal Indicadores comportamentais da competência transversal

Planeamento, Gestão e Orientação para os resultados

Conjunto de capacidades para: - estabelecer prioridades, objetivos, ações, prazos e recursos necessários à concretização de determinados objetivos; - tomar medidas de ação e implementação de decisões; - dinamizar e realizar atividades de forma a alcançar os objetivos pré-estabelecidos e a acompanhar os resultados; - negociar acordos exequíveis e bem definidos e garantir que os mesmos são cumpridos; - gerir de forma eficaz, de acordo com os objetivos definidos.

- Atua de acordo com os objetivos estratégicos da organização. - Adota comportamentos que promovem uma mais eficaz gestão do tempo. - Apresenta trabalho de acordo com os critérios de qualidade vigentes na organização.

Comunicação e Eficácia Comunicacional

Comportamentos orientados para a pesquisa e recolha de informação, tratando e transmitindo essa informação de forma objetiva, precisa e clara, certificando-se que o recetor a entenda e demonstrando abertura ao feedback dos outros.

- Explora formas de pesquisar, aceder e utilizar a informação. - Adapta a sua comunicação em função do contexto comunicacional e das características do recetor. - É assertivo no ato comunicativo. - Sabe gerir eficazmente os sinais e comportamentos não-verbais da comunicação.

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Nome e definição da competência transversal Indicadores comportamentais da competência transversal

Compreensão Interpessoal

Manifestação de compreensão e interesse pelas perspetivas, emoções e sentimentos dos outros, valorizando as suas perspetivas e o modo como sentem e pensam, reconhecendo e escutando as suas preocupações, e decifrando os sinais não verbais.

- Procura compreender as razões que levam as pessoas a agir de uma determinada maneira num dado momento. - Revela sensibilidade para com os sentimentos dos outros, sabendo selecionar momentos e formas adequados à interação comunicacional. - Valoriza os aspetos positivos das pessoas e situações, bem como, a clareza, a exatidão e a relevância das ideias. - Demonstra consideração pelos direitos dos outros, respeitando a dignidade e integridade de cada um.

Liderança e Tomada de decisão

Traduz-se na: - animação de equipas, recorrendo ao uso das potencialidades dos colaboradores, estabelecendo objetivos alcançáveis e coerentes com os objetivos organizacionais, envolvendo e motivando-as, e propondo a obtenção de resultados; - análise e ponderação de situações, de modo a decidir de uma forma eficaz e eficiente.

- Adapta o seu estilo de liderança às diferentes características dos elementos das equipas com quem trabalha. - Recolhe a informação necessária para a tomada de decisão. - Fundamenta as suas opiniões e decisões. - Assume a responsabilidade dos seus atos e opiniões.

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Sílvia da Silva Vieira 119

Outros aspetos

No exercício das suas funções, quando o Diretor de Curso é confrontado

com situações problemáticas, é imprescindível uma pedagogia ativa e um

trabalho colaborativo e cooperativo, no sentido de solucionar problemas com

pertinência, rapidez e eficácia,

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Sílvia da Silva Vieira 120

CONCLUSÕES

Na reta final desta dissertação, interessa-nos referir que os objetivos a

que nos propusemos no início foram atingidos, na medida em que, ao longo do

estudo, demonstrámos a evolução do Ensino Profissional em Portugal

analisámos a organização da escola, mais concretamente, o nível

organizacional intermédio onde se localiza o cargo de Diretor de Curso e a sua

interligação à Supervisão Pedagógica. Mais ainda, focámos o seu papel face à

legislação em vigor, bem como as múltiplas funções realizadas e diversos

papéis desempenhados pelo Diretor de Curso. E identificámos as principais

oportunidades e ameaças/constrangimentos ao cabal exercício das suas

funções.

Este trabalho investigativo permitiu-nos também obter as respostas às

questões orientadoras. O cargo de Diretor de Curso do ensino profissional é

pertinente na estrutura organizacional da escola, pois este profissional colabora

em tarefas burocráticas fundamentais para a organização da escola. Além

disso, as funções que realiza e os papéis que desempenha são imprescindíveis

para o funcionamento geral, o sucesso e a qualidade do curso. Gostaríamos de

salientar, ainda, o facto que este profissional contribuir de forma ativa e positiva

para o desenvolvimento dos alunos no seu processo de ensino e

aprendizagem, nomeadamente nos seus pilares saber fazer, saber estar e

saber ser, preparando-os para a vida ativa e a formação em contexto de

trabalho.

Trata-se de um cargo valorizado devido à sua responsabilidade e ao seu

empenho na organização e gestão do curso, ao desafio positivo que coloca na

articulação escola-empresas e às capacidades de liderança e tomada de

decisão exigidas no exercício do cargo.

Por outro lado, deparámo-nos com aspetos que conduzem à sua

desvalorização, nomeadamente a quantidade e natureza do trabalho envolvido,

que, por vezes, não é visível, bem como a representação negativa dos cursos

profissionais e do perfil de alunos que os frequentam.

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Sílvia da Silva Vieira 121

Apesar de os aspetos evidenciados na legislação inerentes a este cargo

serem considerados claros, ficou provada a necessidade de efetuar alterações

nas tarefas administrativas e aumentar a carga horária, para que o Diretor de

Curso disponha de mais tempo para as tarefas pedagógicas e de mediação.

Mediante a comparação com o cargo de Diretor de Turma, podemos

concluir que ambos formam um par pedagógico importante e de grande

responsabilidade. O Diretor de Curso é um gestor da equipa pedagógica que

articula com entidades externas à escola, e o Diretor de Turma é um gestor da

turma, controlando o desempenho e assiduidade do aluno e contactando com o

Encarregado de Educação. Neste sentido, reforçamos a importância que este

par pedagógico desenvolva um trabalho cooperativo, colaborativo e que

articulado, de modo a contribuir para a qualidade do curso e para o sucesso

educativo.

Relativamente à nossa questão de partida, principal objeto do nosso

estudo, esboçámos o perfil de competências do Diretor de Curso do ensino

profissional do estabelecimento de ensino onde efetuámos a investigação, de

acordo com o conceito de competência e modelo de competências por nós

adotado. Este esboço resultou do cruzamento de dados obtidos nas entrevistas

e no inquérito por questionário e foi apresentado no quadro 31 do

Enquadramento Metodológico.

Às condicionantes do trabalho, já mencionadas no Enquadramento

Metodológico, são acrescidas as dificuldades sentidas no decurso da sua

realização. Deparámo-nos com alguns momentos de desânimo e insegurança

pela existência de um número reduzido de estudos que focam esta

problemática, contratempos temporais, reduzida amostra de estudo, extensão

do inquérito e desmotivação dos docentes face à atual situação que se vive no

nosso país. Acresce ainda a escassa experiência na análise de conteúdo das

entrevistas, principalmente pela diversidade e extensão que as mesmas

apresentaram, dificultando o respetivo processo de registo e categorização.

O perfil de competências transversais do Diretor de Curso que

elaborámos teve como base uma seleção nossa de competências transversais

apuradas com base na triangulação de dados obtidos a partir da análise

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 122

documental, legislativa e da investigação da principal produção teórica sobre o

assunto em análise da entrevistas e dos inquéritos realizados.

O que significa que, para o contexto organizacional em análise, julgamos

poder sentir-nos confortáveis com os resultados obtidos, em termos de

mapeamento de competências transversais, e com a solidez da sua

fundamentação. Neste contexto, parece-nos legítimo afirmar que apuramos um

perfil de competências que constituirá uma importante base de trabalho para

organizações com funções e características similares.

No entanto, e porque nunca foi nossa intenção generalizar conclusões,

consideramos que faz todo o sentido dar seguimento a este estudo e

aperfeiçoar o mapeamento de competências transversais, com base em

amostras alargadas, seja ao nível das entrevistas, focus group ou inquéritos

por questionário.

De acordo com os dados apurados no decorrer da investigação,

consideramos fundamental clarificar a questão da necessidade de formação

especializada para o exercício do cargo, uma vez que não foi contemplada no

nosso estudo, e aprofundar as repercussões do trabalho desenvolvido por este

profissional e dos constrangimentos que enfrenta na formação dos alunos e no

funcionamento geral do curso.

Na nossa opinião, recomendamos que a organização deve manter e

melhorar os seus mecanismos de apoio e acompanhamento aos profissionais

que exercem o cargo pela primeira vez e, simultaneamente, promovendo

práticas de trabalho cooperativo e colaborativo, munidas de orientação

reflexiva, facilitadora da autoformação, autoavaliação e formação interpares.

Para além disso, consideramos igualmente pertinente que se englobe,

nos planos de formação da organização, o desenvolvimento de competências

transversais para o exercício deste cargo e, ao mesmo tempo, envolvendo os

Diretores de Curso no diagnóstico de necessidades de formação dos docentes

que pertencem à sua equipa pedagógica.

Apesar das limitações mencionadas anteriormente, pensamos ter

contribuído de forma positiva para a organização, na medida em que a

aplicação deste perfil de competências traz consequências vantajosas para a

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 123

organização e profissionais que nela trabalham. Contudo, salientamos como

principais contribuições a elaboração do perfil de competências e a aplicação

deste perfil de competências, implicando a participação de todos os

intervenientes, traduzindo-se numa dinâmica inovadora e de melhoria contínua.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 124

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Sílvia da Silva Vieira 125

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 126

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2 – Documentos orientadores

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Projeto Educativo e Regulamento Interno (2012) do Estabelecimento de Ensino Particular e Cooperativo ABC.

3 – Legislação nacional consultada

Decreto-Lei nº 46/86, de 14 de outubro: LBSE-Lei de Bases do Sistema Educativo. Diário da República nº 237/86 – I Série. Ministério da Educação. Lisboa.

Decreto-Lei nº397/88, de 8 de novembro: cria o Gabinete de Educação Tecnológica, Artística e Profissional no âmbito do Ministério da (GETAP). Diário da República nº 258/88 – I Série. Ministério da Educação. Lisboa.

Decreto-Lei nº 26/89, de 21 de janeiro: cria as escolas profissionais no âmbito do ensino não superior. Diário da República nº 18/89 – I Série. Ministério da Educação. Lisboa.

Decreto-Lei nº 70/93, de 10 de março: estabelece o regime de criação e funcionamento das escolas profissionais. Diário da República nº 58/93 – I Série – A. Ministério da Educação. Lisboa.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 130

Decreto-Lei nº 4/98, de 8 de janeiro: estabelece o regime jurídico das escolas profissionais. Diário da República nº 6/98 –– I Série – A. Ministério da Educação. Lisboa.

Despacho conjunto nº 1013/2003, de 18 de novembro: determina o valor global do financiamento dos cursos profissionais para o ano letivo de 2003/2004. Diário da República nº 267/03 – II Série. Ministério da Educação, Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Lisboa.

Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de março: estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão do currículo, bem como da avaliação das aprendizagens, referentes ao nível secundário de educação. Diário da República nº 73 / 04 – I Série – A. Ministério da Educação. Lisboa.

Portaria nº 550-C/2004, de 21 de maio: regulamenta a criação, organização e gestão do currículo, bem como a avaliação e certificação das aprendizagens dos cursos profissionais de nível secundário, nos termos estabelecidos no Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de março. Diário da República nº 119 / 04 – I Série – B. Ministério da Educação. Lisboa.

Declaração de Retificação nº44/2004, de 25 de maio: retifica as inexatidões publicadas no Decreto-Lei nº 74 / 2004 acerca dos cursos tecnológicos. Diário da República nº 122 / 04 – I Série – A. Ministério da Educação. Lisboa.

Despacho nº 14758/2004 (2ª série), de 23 de julho: cria as condições essenciais para o funcionamento nas escolas ou agrupamentos de escolas integrados na rede pública de estabelecimentos de educação e ensino dos cursos profissionais do nível secundário de educação. Diário da República nº 172 / 04 – II Série. Ministério da Educação. Lisboa.

Decreto-Lei nº 24/2006, de 6 de fevereiro: estabelece as alterações ao Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de março. Diário da República nº 26 / 06 – I Série – A. Ministério da Educação. Lisboa.

Declaração de Retificação nº 23/2006, de 7 de abril: retifica as inexatidões publicadas no Decreto-Lei nº 24 / 2006. Diário da República nº 70 / 06 – I Série – A. Ministério da Educação. Lisboa.

Portaria nº797/2006, de 10 de agosto: altera a Portaria nº 550-C/2004, de 21 de maio. Diário da República nº 154 / 06 – I Série. Ministério da Educação. Lisboa.

Resolução do Conselho de Ministros nº 173/2007, de 7 de novembro: introduz a reforma da Formação Profissional. Diário da República nº 214 / 07 – I Série. Ministério da Educação. Lisboa.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

Sílvia da Silva Vieira 131

Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril: estabelece o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário. Diário da República nº 79 / 08 – I Série. Ministério da Educação. Lisboa.

Decreto-Lei nº139/2012 de 5 de julho: estabelece os princípios orientadores da organização e gestão dos currículos. Diário da República nº 129 / 12 – I Série. Ministério da Educação. Lisboa.

Portaria nº74-A/2013 de 15 de fevereiro: estabelece as normas de organização, funcionamento, avaliação e certificação dos cursos profissionais ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo, que ofereçam o nível secundário de educação, e em escolas profissionais. Diário da República nº 33 / 13 – I Série. Ministério da Educação. Lisboa.

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ANEXOS

Anexo I: Análise do Enquadramento Normativo do Cargo de Diretor de Curso:

Áreas de atuação, Domínios Específicos, Funções/Responsabilidades e

Interlocutores .................................................................................................... 2

Anexo II: Guiões das entrevistas à Direção Pedagógica, Coordenador de Cursos,

Diretores de Curso e Diretores de Turma do Ensino Profissional do

Estabelecimento de Ensino Particular e Cooperativo, ABC ............................ 8

Anexo III: Transcrição da entrevista à Direção Pedagógica do Estabelecimento

de Ensino Particular e Cooperativo, ABC ...................................................... 16

Anexo IV: Entrevistas aos Coordenador de Cursos, Diretores de Curso e

Diretores de Turma do Ensino Profissional do Estabelecimento de Ensino

Particular e Cooperativo, ABC ....................................................................... 34

Anexo V: Grelha de categorização da entrevista à Direção Pedagógica ...... 51

Anexo VI: Grelha de categorização das entrevistas ao Coordenador de Cursos,

Diretores de Curso e Diretores de Turma ...................................................... 67

Anexo VII: Grelha de síntese das entrevistas ................................................ 89

Anexo VIII: Inquérito por questionário disponibilizado a todos os professores .... ...................................................................................................................... 111

Anexo IX: Respostas ao inquérito por questionário (ficheiro em Excel à parte)

Anexo X: Análise das respostas ao inquérito por questionário (ficheiro em PDF

à parte)

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e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

4 S

ílvia

da

Silv

a V

ieira

(Art

igos

21,

22, 2

5,

28)

2 T

écn

ica:

G

estã

o P

edag

ógic

a

Coo

rden

ação

Ped

agóg

ica

Par

ticip

ar

nas

reun

iões

do

C

onse

lho

de

Tur

ma,

no

âm

bito

da

s su

as fu

nçõe

s

M

embr

os d

o C

onse

lho

de

Tur

ma

Des

pach

o nº

14

758/

2004

(2ª

rie),

de

23 d

e Ju

lho

(Art

igo

IX,

pará

graf

o 33

.1,

alín

ea d

) P

orta

ria 7

4-A

/201

3 (A

rtig

os 2

1,22

, 25,

28

) A

sseg

urar

a

artic

ulaç

ão

peda

gógi

ca

e in

terd

isci

plin

ar

entr

e as

dife

rent

es d

isci

plin

as e

co

mpo

nent

es

de

form

ação

do

cu

rso

M

embr

os d

a E

quip

a P

edag

ógic

a D

espa

cho

1475

8/20

04 (

série

), d

e 23

de

Julh

o (A

rtig

o IX

, pa

rágr

afo

33.1

, al

ínea

b)

Por

taria

74-

A/2

013

(Art

igo

8)

Org

aniz

ar

e co

orde

nar

as

ativ

idad

es

a de

senv

olve

r no

âm

bito

da

form

ação

técn

ica

P

rofe

ssor

es d

a fo

rmaç

ão

técn

ica

Des

pach

o nº

14

758/

2004

(2ª

rie),

de

23 d

e Ju

lho

(Art

igo

IX,

pará

graf

o 33

.1,

alín

ea c

) D

ecre

to le

i nº

139/

2012

(A

rtig

o

2 e

16)

Por

taria

74-

A/2

013

(Art

igo

2)

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

5 S

ílvia

da

Silv

a V

ieira

2 T

écn

ica:

G

estã

o P

edag

ógic

a

Coo

rden

ação

Ped

agóg

ica

Org

aniz

ar

e co

orde

nar

as

ativ

idad

es

a de

senv

olve

r no

âm

bito

da

FC

T,

asse

gura

ndo

a ar

ticul

ação

ent

re a

s es

cola

s e

as

entid

ades

de

acol

him

ento

Iden

tific

ar, s

elec

iona

r e

cont

acta

r as

ent

idad

es

form

ador

as e

em

preg

ador

as

exte

riore

s à

esco

la, v

isan

do o

es

tabe

leci

men

to d

e pa

rcer

ias;

N

egoc

iar,

pre

para

r e

cele

brar

pr

otoc

olos

de

cola

bora

ção,

no

âmbi

to d

as p

arce

rias

esta

bele

cida

s;

Par

ticip

ar n

a el

abor

ação

dos

co

ntra

tos

de fo

rmaç

ão;

Dis

trib

uir

os fo

rman

dos

pela

s en

tidad

es r

ecet

oras

e

coor

dena

r o

seu

acom

panh

amen

to.

Ent

idad

es fo

rmad

oras

e

empr

egad

oras

;

Pro

fess

ores

orie

ntad

ores

da

FC

T;

Mon

itore

s da

s en

tidad

es

rece

tora

s de

FC

T.

AN

Q (

2008

:10)

D

espa

cho

1475

8/20

04 (

série

), d

e 23

de

Julh

o (A

rtig

o IX

, pa

rágr

afo

33.1

, al

ínea

f)

Por

taria

74-

A/2

013

(Art

igos

4,5

,9)

2 T

écn

ica:

G

estã

o P

edag

ógic

a

Coo

rden

ação

P

edag

ógic

a P

rom

over

e

acom

panh

ar

os

proc

edim

ento

s ne

cess

ário

s à

real

izaç

ão

da

(PA

P),

as

segu

rand

o a

artic

ulaç

ão e

ntre

os

inte

rven

ient

es

D

ireçã

o P

edag

ógic

a

Est

rutu

ras

inte

rméd

ias

de

artic

ulaç

ão e

coo

rden

ação

pe

dagó

gica

(ex

. Dire

tor

de

Tur

ma)

; P

rofe

ssor

es d

as v

ária

s di

scip

linas

; P

rofe

ssor

orie

ntad

or d

a P

AP

; P

rofe

ssor

es o

rient

ador

es

da F

CT

;

AN

Q (

2008

:10)

D

espa

cho

1475

8/20

04 (

série

), d

e 23

de

Julh

o (A

rtig

o IX

, pa

rágr

afo

33.1

, al

ínea

e)

e ar

tigo

X, p

arág

rafo

38)

P

orta

ria 7

4-A

/201

3 (A

rtig

os 1

8, 1

9, 2

0)

Con

trol

o e

Ava

liaçã

o A

pren

diza

gens

A

com

panh

ar

o de

senv

olvi

men

to

da F

CT

Pro

fess

ores

Orie

ntad

ores

da

FC

T;

Mon

itore

s da

s en

tidad

es

rece

tora

s da

FC

T.

AN

Q (

2008

:20)

(A

rtig

os 1

0,11

, 12,

15

, 16,

17)

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

6 S

ílvia

da

Silv

a V

ieira

2 T

écn

ica:

G

estã

o P

edag

ógic

a

Con

trol

o e

Ava

liaçã

o

Apr

endi

zage

ns

Ser

ou

vido

na

de

finiç

ão

de

crité

rios

e pr

oced

imen

tos

a ap

licar

na

aval

iaçã

o do

s al

unos

Ó

rgão

de

dire

ção

peda

gógi

ca;

Pro

fess

ores

da

equi

pa

peda

gógi

ca;

Rep

rese

ntan

tes

dos

alun

os;

Dire

tor(

es)

de T

urm

a;

Por

taria

550-

C/2

004

de 2

1 de

m

aio

(Art

igo

17º)

;

Por

taria

74-

A/2

013

(Art

igos

10,

11, 1

2,

15, 1

6, 1

7)

Pro

por

para

ap

rova

ção

do

Con

selh

o P

edag

ógic

o os

crit

ério

s de

ava

liaçã

o da

PA

P,

depo

is d

e ou

vido

s os

pr

ofes

sore

s da

s di

scip

linas

da

co

mpo

nent

e de

fo

rmaç

ão té

cnic

a

P

rofe

ssor

es d

as d

isci

plin

as

da c

ompo

nent

e de

fo

rmaç

ão té

cnic

a;

Des

pach

o nº

14

758/

2004

(2ª

rie),

de

23 d

e Ju

lho

(Art

igo

X,

pará

graf

o 38

);

Inte

rvir

no p

roce

sso

de a

valia

ção

dos

alun

os,

desi

gnad

amen

te

part

icip

ando

no

júri

de a

valia

ção

da P

AP

E

quip

a P

edag

ógic

a;

Con

selh

o de

Tur

ma;

R

esta

ntes

mem

bros

do

júri

(dire

tor

peda

gógi

co d

a es

cola

, dire

tor/

coor

dena

dor

do d

epar

tam

ento

/est

rutu

ra

peda

gógi

ca in

term

édia

co

mpe

tent

e; d

ireto

r de

tu

rma,

pro

fess

or o

rient

ador

do

pro

jeto

, rep

rese

ntan

tes

das

asso

ciaç

ões

empr

esar

iais

/ em

pres

as d

e se

ctor

es d

e at

ivid

ades

afin

s ao

cur

so, p

erso

nalid

ades

de

reco

nhec

ido

mér

ito n

a ár

ea

da fo

rmaç

ão p

rofis

sion

al o

u do

s se

ctor

es d

e at

ivid

ade

afin

s ao

cur

so)

Por

taria

550-

C/2

004,

de

21 d

e m

aio

(Art

igos

11º

, pa

rágr

afo

1,

alín

ea e

) e

21º,

pa

rágr

afo

1,

alín

ea c

);

Por

taria

74-

A/2

013

(Art

igos

21

,22,

25,

28)

3 G

estã

o

Ava

liaçã

o

Pol

ítica

E

duca

tiva

e

Coo

rden

ar

e ac

ompa

nhar

a

D

ireçã

o P

edag

ógic

a da

E

scol

a; C

oord

enaç

ão d

e C

urso

s e

Dep

arta

men

tos;

AN

Q (

2008

:10)

D

espa

cho

1475

8/20

04

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

7 S

ílvia

da

Silv

a V

ieira

Ext

ern

a:

Pre

staç

ão d

e co

ntas

Des

empe

nho

aval

iaçã

o do

cur

so

Equ

ipa

Ped

agóg

ica;

D

ireto

r de

Tur

ma

(2ªS

érie

) de

23

de

julh

o (A

rtig

o IX

, pa

rágr

afo

33.1

, al

ínea

h))

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

8 S

ílvia

da

Silv

a V

ieira

An

ex

o I

I

Gu

ião

de

En

tre

vis

ta à

Dir

eçã

o P

ed

ag

óg

ica

do

Est

ab

ele

cim

en

to d

e E

nsi

no

Pa

rtic

ula

r e

Co

op

era

tiv

o,

AB

C

Tem

a: A

s co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

a d

eter

pel

o di

reto

r de

cur

so p

ara

pode

r le

var

a ca

bo a

s su

as fu

nçõe

s co

m e

leva

dos

níve

is d

e d

esem

penh

o O

bje

tivo

s: C

onhe

cer

a or

gani

zaçã

o, a

sua

mis

são,

a s

ua r

azão

de

ser,

os

seus

obj

etiv

os e

prin

cípi

os d

e at

uaçã

o, a

ssoc

iand

o os

val

ores

con

side

rado

s im

port

ante

s ;

Con

hece

r as

con

ceçõ

es d

a D

ireçã

o so

bre

a es

peci

ficid

ade,

im

port

ânci

a e

cont

ribut

o do

car

go d

e D

ireto

r de

Cur

so p

ara

o ex

ercí

cio

da m

issã

o, o

des

envo

lvim

ento

dos

alu

nos,

o s

uce

sso

e a

qual

idad

e do

cur

so;

Con

hece

r as

per

ceçõ

es d

a D

ireçã

o P

edag

ógic

a so

bre

as c

ompe

tênc

ias

tran

sver

sais

e r

espe

tivos

indi

cado

res

com

port

amen

tais

, pa

ra o

exe

rcíc

io d

o ca

rgo

de D

ireto

r de

Cur

so d

o E

nsin

o P

rofis

sion

al.

Fas

es d

a en

trev

ista

O

bje

tivo

s es

pec

ífic

os

pic

os

par

a p

erg

un

tas

P

erg

un

tas

po

ssív

eis

O

bse

rvaç

ões

Ju

stifi

caçã

o da

ent

revi

sta

e m

otiv

ação

do

en

trev

ista

do

entr

evis

ta

entr

evis

tado

an

onim

ato

do

entr

evis

tado

e

a co

nfid

enci

alid

ade

da

font

e de

info

rmaç

ão

inve

stig

ação

de

inve

stig

ador

e

escl

arec

er

os

obje

tivos

ge

rais

da

entr

evis

ta

inve

stig

ação

, co

mo

forn

eced

or f

unda

men

tal d

e in

form

açõe

s re

forç

ar a

impo

rtân

cia

da s

ua c

olab

oraç

ão

dado

s qu

e pe

rmita

m id

entif

icar

o e

ntre

vist

ado

entr

evis

ta

sobr

e es

ta

entr

evis

ta

ou

sobr

e a

ex

ato

das

suas

re

spos

tas,

pe

rmite

-me

que

grav

e a

sua

E

m

caso

re

spos

ta

nega

tiva:

t

rata

de

estu

do s

obre

as

com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is

a de

ter

por

um

dire

tor

de

curs

o do

en

sino

pr

ofis

sion

al,

para

pod

er l

evar

a c

abo

as s

uas

funç

ões

com

el

evad

os n

ívei

s de

des

empe

nho

en

trev

ista

do

ar

que

da

inve

stig

ação

pod

erão

res

ulta

r co

ntrib

utos

pa

ra

com

pree

nder

a

mis

são

da

orga

niza

ção,

be

m

com

o en

tend

er m

elho

r e

valo

rizar

o c

argo

de

Dire

tor

de C

urso

do

ensi

no

prof

issi

onal

, de

corr

ente

s da

s op

iniõ

es

do

entr

evis

tado

, os

qua

is p

oder

ão c

ontr

ibui

r pa

ra a

prox

imar

os

inte

ress

es e

nec

essi

dade

s re

ais

da o

rgan

izaç

ão

dest

inan

do-s

e ex

clus

ivam

ente

ao

entr

evis

tado

r.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

9 S

ílvia

da

Silv

a V

ieira

Fas

es d

a en

trev

ista

O

bje

tivo

s es

pec

ífic

os

pic

os

par

a p

erg

un

tas

P

erg

un

tas

po

ssív

eis

Ob

serv

açõ

es

A

pres

enta

ção

da

orga

niza

ção

com

pree

nder

a r

azão

da

ex

istê

ncia

e

evol

ução

da

or

gani

zaçã

o at

ivid

ade

atua

l e

seus

des

tinat

ário

s va

lore

s, a

cul

tura

, a

estr

utur

a e

loca

lizar

as

pr

inci

pais

re

spon

sabi

lidad

es d

a or

gani

zaçã

o

Sol

icita

r ao

ent

revi

stad

o pa

ra:

cr

iaçã

o da

org

aniz

ação

, be

m c

omo

os a

spet

os

esse

ncia

is d

a su

a ev

oluç

ão

da

orga

niza

ção,

be

m

com

o os

fa

tore

s qu

e le

vara

m à

alte

raçã

o da

ativ

idad

e

resp

onsa

bilid

ade

da o

rgan

izaç

ão

porq

ue

razõ

es

foi

e a

ativ

idad

e in

icia

l da

or

gani

zaçã

o?

prin

cipa

is d

estin

atár

ios

da

ativ

idad

e da

escr

ito

dos

valo

res

e da

cu

ltura

da

orga

niza

ção

é cl

ara?

T

em u

ma

-s

e so

bre

as c

ondi

ções

, as

raz

ões

da c

riaçã

o e

os a

spet

os e

ssen

ciai

s da

evo

luçã

o da

org

aniz

ação

le

vara

m à

alte

raçã

o da

ativ

idad

e e

a at

ivid

ade

atua

l da

or

gani

zaçã

o

ifica

r os

des

tinat

ário

s da

ativ

idad

e e

as r

azõe

s qu

e os

leva

m a

pre

ferir

est

a or

gani

zaçã

o

resp

onsa

bilid

ades

da

orga

niza

ção

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

10

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Fas

es d

a en

trev

ista

O

bje

tivo

s es

pec

ífic

os

pic

os

par

a p

erg

un

tas

P

erg

un

tas

po

ssív

eis

O

bse

rvaç

ões

A m

issã

o da

or

gani

zaçã

o

com

pree

nder

a

mis

são

da

orga

niza

ção,

os

ob

jetiv

os

e os

pr

incí

pios

de

atua

ção

para

o

exer

cíci

o da

m

issã

o,

asso

cian

do

os

valo

res

cons

ider

ados

im

port

ante

s im

port

ânci

a da

açã

o e

ades

ão

dos

cola

bora

dore

s pa

ra a

co

ncre

tizaç

ão

da

mis

são

form

as

de

com

unic

ação

e

norm

as

de

cond

uta

inte

rna

Sol

icita

r ao

ent

revi

stad

o pa

ra:

a m

issã

o da

org

aniz

ação

e a

sua

ra

zão

de s

er

atua

ção

que

lhe

estã

o su

bjac

ente

s,

para

o

exer

cíci

o da

mis

são

o

s re

curs

os h

uman

os e

xist

ente

s na

org

aniz

ação

, a

impo

rtân

cia

da s

ua a

ção

e ad

esão

na

co

ncre

tizaç

ão

da

mis

são

da

orga

niza

ção

de c

ondu

ta in

tern

a

Ext

erna

to

San

ta

pr

incí

pios

de

at

uaçã

o pa

ra

atin

gir

os

obje

tivos

de

finid

os

e cu

mpr

ir a

mis

são

da

hu

man

os

de

que

disp

õe

a

de

com

unic

ação

in

tern

a e

norm

as

de

u

ma

orga

niza

ção

com

o fo

rma

de e

xplic

itar

os s

eus

obje

tivos

, be

m c

omo

a su

a ra

zão

de

ser

com

bina

ção

de o

que

a o

rgan

izaç

ão f

az,

com

o e

por

que

razã

o o

faz,

ass

ocia

ndo

os v

alor

es q

ue s

ão c

onsi

dera

dos

impo

rtan

tes.

or

gani

zaçã

o, a

sua

açã

o e

ades

ão d

os c

olab

orad

ores

pa

ra o

exe

rcíc

io d

a m

issã

o da

org

aniz

ação

-se

sobr

e as

fo

rmas

de

co

mun

icaç

ão

(des

cend

ente

, as

cend

ente

e

entr

e de

part

amen

tos)

e n

orm

as d

e co

ndut

a in

tern

a

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

11

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Fas

es d

a en

trev

ista

O

bje

tivo

s es

pec

ífic

os

pic

os

par

a p

erg

un

tas

P

erg

un

tas

po

ssív

eis

O

bse

rvaç

ões

4ª E

spec

ifici

dade

e

impo

rtân

cia

do

carg

o de

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

Com

pree

nder

as

co

nceç

ões

da

Dire

ção

Ped

agóg

ica

acer

ca:

adot

ados

na

at

ribui

ção

do

carg

o de

Dire

tor

de C

urso

do

E

nsin

o P

rofis

sion

al;

do

cont

ribut

o do

D

ireto

r de

cur

so p

ara

o ex

ercí

cio

da

mis

são

da

orga

niza

ção,

o

dese

nvol

vim

ento

dos

al

unos

, o

suce

sso

e a

qual

idad

e do

cu

rso;

do

ca

rgo

de

Dire

tor

de C

urso

Sol

icita

r ao

ent

revi

stad

o pa

ra:

pres

taçã

o do

car

go p

ara

o ex

ercí

cio

da m

issã

o da

org

aniz

ação

, a

qual

idad

e da

for

maç

ão,

o de

senv

olvi

men

to e

o s

uces

so d

os a

luno

s.

re

ferid

os n

a le

gisl

ação

e R

egul

amen

to I

nter

no

do E

xter

nato

e o

s as

peto

s di

fere

ncia

dore

s do

ca

rgo

em q

uest

ão,

em r

elaç

ão a

out

ros

carg

os

atrib

uído

s na

esc

ola

Dire

tor

de C

urso

na a

trib

uiçã

o do

car

go

de D

ireto

r de

Cur

so d

o ap

reci

ação

ge

ral

do

Dire

tor

de

Cur

so

no

exer

cíci

o da

mis

são

da

orga

niza

ção

e no

co

ntex

to

dos

Cur

sos

ca

rgo,

pe

nsa

que

os

aspe

tos

refe

ridos

na

le

gisl

ação

e

no

Reg

ulam

ento

In

tern

o do

E

xter

nato

o cl

aros

e s

ufic

ient

es,

ou

é de

op

iniã

o qu

e de

vem

se

r in

trod

uzid

as

algu

mas

carg

o de

D

C

qu

e pa

péis

/funç

ões

cons

ider

a m

ais

ques

tão

-s

e so

bre

a im

port

ânci

a e

cont

ribut

os

dest

e ca

rgo

no e

xerc

ício

da

mis

são

e no

s C

urso

s P

rofis

sion

ais,

re

fletin

do s

obre

os

aspe

tos

posi

tivos

e n

egat

ivos

iner

ente

s a

este

ca

rgo

e os

in

terv

enie

ntes

na

va

loriz

ação

e

desv

alor

izaç

ão e

asp

etos

val

oriz

ados

e d

esva

loriz

ados

aspe

tos

refe

ridos

na

leg

isla

ção

e no

Reg

ulam

ento

Int

erno

da

orga

niza

ção

e

sobr

e a

posi

ção

e fu

nçõe

s do

s D

ireto

res

de C

urso

e d

e T

urm

a

-se

sobr

e os

seg

uint

es p

ares

:

1.

Líde

r/G

esto

r 2.

P

edag

ógic

o/A

dmin

istr

ativ

o 3.

T

rans

mis

sor/

Org

aniz

ador

4.

A

valia

dor/

Coo

rden

ador

5.

S

uper

viso

r/M

edia

dor

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

12

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Fas

es d

a en

trev

ista

O

bje

tivo

s es

pec

ífic

os

pic

os

par

a p

erg

un

tas

P

erg

un

tas

po

ssív

eis

O

bse

rvaç

ões

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is

no

exer

cíci

o do

ca

rgo

de

Dire

tor

de C

urso

perc

eçõe

s da

D

ireçã

o P

edag

ógic

a so

bre

as

com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is

e re

spet

ivos

in

dica

dore

s co

mpo

rtam

enta

is

no

exer

cíci

o do

ca

rgo

em q

uest

ão

resp

etiv

os

indi

cado

res

com

port

amen

tais

no

ex

ercí

cio

do

carg

o de

D

ireto

r de

cu

rso,

at

ende

ndo

às s

uas

funç

ões

e co

mpe

tênc

ias

espe

cífic

as

funç

ões

e co

mpe

tênc

ias

espe

cífic

as

do D

ireto

r de

C

urso

no

s cu

rsos

pr

ofis

sion

ais,

qu

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

con

side

ra

que

o m

esm

o de

ve

dete

r, p

ara

pode

r le

var

a ca

bo

as

suas

fu

nçõe

s co

m e

leva

dos

níve

is

de

-s

e so

bre

as

com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is

e re

spet

ivos

indi

cado

res

com

port

amen

tais

, a

dete

r pe

lo D

ireto

r de

C

urso

, at

ende

ndo

às

suas

fu

nçõe

s e

com

petê

ncia

s es

pecí

ficas

6ª O

utro

s as

peto

s

aspe

tos

que

não

fora

m a

bord

ados

na

en

trev

ista

e

que

cons

ider

a re

leva

nte

para

o te

ma

foca

dos

na

entr

evis

ta

e qu

e co

nsid

era

rele

vant

es p

ara

o te

ma

pert

inen

te.

mai

s al

gum

asp

eto

no

âmbi

to

das

ques

tões

qu

e te

mos

vi

ndo

a

algu

ma

suge

stão

desd

e qu

e es

teja

m c

onte

mpl

adas

nos

obj

etiv

os d

a en

trev

ista

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

13

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

An

exo

II

Gu

ião

de

En

trev

ista

ao

Co

ord

enad

or,

Dir

eto

res

de

Cu

rso

e D

iret

ore

s d

e T

urm

a

d

o E

nsi

no

Pro

fiss

ion

al d

o E

stab

elec

imen

to d

e E

nsi

no

Par

ticu

lar

e C

oo

per

ativ

o, A

BC

T

ema:

As

com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is a

det

er p

elo

dire

tor

de c

urso

par

a po

der

leva

r a

cabo

as

suas

funç

ões

com

ele

vado

s ní

veis

de

des

empe

nho

Ob

jeti

vos:

Con

hece

r as

con

ceçõ

es d

os e

ntre

vist

ados

ace

rca

da e

spec

ifici

dade

, im

port

ânci

a e

cont

ribut

o do

car

go d

e D

ireto

r de

Cur

so p

ara

o de

senv

olvi

men

to d

os a

luno

s, s

uces

so e

qua

lidad

e do

cur

so;

Con

hece

r as

per

ceçõ

es d

o C

oord

enad

or,

Dire

tore

s de

Cur

so e

Dire

tore

s de

T

urm

a so

bre

as c

ompe

tênc

ias

tran

sver

sais

e r

espe

tivos

indi

cado

res

com

port

amen

tais

, pa

ra o

exe

rcíc

io d

o c

argo

de

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

. F

ases

da

entr

evis

ta

Ob

jeti

vos

esp

ecíf

ico

s T

óp

ico

s p

ara

per

gu

nta

s

Per

gu

nta

s p

oss

ívei

s

Ob

serv

açõ

es

Ju

stifi

caçã

o da

ent

revi

sta

e m

otiv

ação

do

s en

trev

ista

dos

entr

evis

ta

M

otiv

ar

os

entr

evis

tado

s an

onim

ato

dos

entr

evis

tado

s e

a co

nfid

enci

alid

ade

da

font

e de

info

rmaç

ão

inve

stig

ação

pa

pel

de

inve

stig

ador

es

e es

clar

ecer

os

ob

jetiv

os g

erai

s da

ent

revi

sta

da

in

vest

igaç

ão,

com

o fo

rnec

edor

es

fund

amen

tais

de

info

rmaç

ões

e re

forç

ar a

impo

rtân

cia

da s

ua c

olab

oraç

ão

dado

s qu

e pe

rmita

m

iden

tific

ar

os

entr

evis

tado

s

sobr

e es

ta

entr

evis

ta

ou

sobr

e a

ex

ato

das

suas

re

spos

tas,

pe

rmite

-me

que

grav

a a

sua

E

m

caso

re

spos

ta

nega

tiva:

tran

sver

sais

a

dete

r po

r um

di

reto

r de

cu

rso

do

ensi

no

prof

issi

onal

, pa

ra p

oder

lev

ar a

cab

o as

sua

s fu

nçõe

s co

m

elev

ados

nív

eis

de d

esem

penh

o

entr

evis

tado

s

para

ent

ende

r m

elho

r e

valo

rizar

o c

argo

de

Dire

tor

de C

urso

do

en

sino

pr

ofis

sion

al,

deco

rren

tes

das

opin

iões

do

s en

trev

ista

dos,

os

quai

s po

derã

o co

ntrib

uir

para

apr

oxim

ar o

s in

tere

sses

e

nece

ssid

ades

re

ais

da

orga

niza

ção

e do

s in

tere

ssad

os

divu

lgad

os, d

estin

ando

-se

excl

usiv

amen

te a

o en

trev

ista

dor.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

14

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

F

ases

da

entr

evis

ta

Ob

jeti

vos

esp

ecíf

ico

s T

óp

ico

s p

ara

per

gu

nta

s

Per

gu

nta

s p

oss

ívei

s

Ob

serv

açõ

es

2ª E

spec

ifici

dade

e

impo

rtân

cia

do

carg

o de

Dire

tor

de C

urso

Com

pree

nder

as

co

nceç

ões

dos

entr

evis

tado

s:

impo

rtân

cia

e do

co

ntrib

uto

do

Dire

tor

de c

urso

par

a o

exer

cíci

o da

m

issã

o da

or

gani

zaçã

o,

o de

senv

olvi

men

to d

os

alun

os,

o su

cess

o e

a qu

alid

ade

do

curs

o;

do

carg

o de

D

ireto

r de

Cur

so

Sol

icita

r ao

ent

revi

stad

o pa

ra:

a

sua

opin

ião

sobr

e a

rele

vânc

ia e

a

pres

taçã

o do

car

go p

ara

o ex

ercí

cio

da m

issã

o da

org

aniz

ação

, a

qual

idad

e da

for

maç

ão,

o de

senv

olvi

men

to e

o s

uces

so d

os a

luno

s.

em

rel

ação

ao

carg

o, o

s as

peto

s re

ferid

os n

a le

gisl

ação

e R

egul

amen

to I

nter

no

do E

xter

nato

e o

s as

peto

s di

fere

ncia

dore

s do

ca

rgo

em q

uest

ão,

em r

elaç

ão a

out

ros

carg

os

atrib

uído

s na

esc

ola

Dire

tor

de C

urso

apre

ciaç

ão

gera

l do

D

ireto

r de

C

urso

no

ex

ercí

cio

da m

issã

o da

or

gani

zaçã

o e

no

cont

exto

do

s C

urso

s

carg

o,

pens

a qu

e os

as

peto

s re

ferid

os

na

legi

slaç

ão

e no

R

egul

amen

to

Inte

rno

do

Ext

erna

to

são

clar

os e

suf

icie

ntes

, ou

é

de

opin

ião

que

deve

m

ser

intr

oduz

idas

al

gum

as

ca

rgo

de

Dire

tor

de

Cur

so,

que

papé

is/fu

nçõe

s co

nsid

era

mai

s

-s

e so

bre

a im

port

ânci

a e

cont

ribut

os

dest

e ca

rgo

no e

xerc

ício

da

mis

são

e no

s C

urso

s P

rofis

sion

ais,

re

fletin

do s

obre

os

aspe

tos

posi

tivos

e n

egat

ivos

iner

ente

s a

este

ca

rgo

e os

in

terv

enie

ntes

na

va

loriz

ação

e

desv

alor

izaç

ão e

asp

etos

val

oriz

ados

e d

esva

loriz

ados

s as

peto

s re

ferid

os

na l

egis

laçã

o e

no R

egul

amen

to I

nter

no d

a or

gani

zaçã

o e

so

bre

a po

siçã

o e

funç

ões

dos

Dire

tore

s de

Cur

so e

de

Tur

ma

-s

e so

bre

os s

egui

ntes

par

es:

1.

der/

Ges

tor

2.

Ped

agóg

ico/

Adm

inis

trat

ivo

3.

Tra

nsm

isso

r/O

rgan

izad

or

4.

Ava

liado

r/C

oord

enad

or

5.

Sup

ervi

sor/

Med

iado

r

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

15

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Fas

es d

a en

trev

ista

O

bje

tivo

s es

pec

ífic

os

pic

os

par

a p

erg

un

tas

P

erg

un

tas

po

ssív

eis

O

bse

rvaç

ões

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is

no

exer

cíci

o do

ca

rgo

de

Dire

tor

de C

urso

perc

eçõe

s do

s en

trev

ista

dos

sobr

e as

co

mpe

tênc

ias

no

exer

cíci

o do

ca

rgo

em q

uest

ão

exer

cíci

o do

ca

rgo

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16 Sílvia da Silva Vieira

Anexo III

Transcrição e análise do conteúdo da entrevista efetuada à Direção Pedagógica, DP

Investigador Desde já agradeço a sua disponibilidade para esta entrevista, Professor DP da Direção Pedagógica do Externato ABC, agradeço também o facto de me ter permitido gravar esta entrevista e estou certa que este estudo para além de dar contributos para a minha dissertação de mestrado, vai contribuir muito positivamente para melhorar alguns aspetos desta casa. Tem alguma dúvida antes de começarmos?

Entrevistado Não.

Investigador Queria-lhe garantir o anonimato, portanto quando será feita a transcrição, o seu nome não será referido. Então vamos começar por uma primeira fase em que, vou pedir ao Professor DP, que em várias perguntas me faça a apresentação desta organização. Primeira pergunta que lhe coloco é: em que condições e por que razões foi criada esta organização?

Entrevistado - Esta organização foi criada nos anos 50 nos finais da segunda guerra mundial. O nosso 1º contrato de arrendamento data 1949 nas salas de estudo do Bonfim, Santo Ildefonso embora os dois estabelecimentos de ensino só tivessem sido reconhecidos oficialmente pelo estado em 1956. Estamos há mais de 50 anos ao serviço da cidade e do ensino mas começámos claramente nos anos 50 no pós-guerra.

O professor X, a convite de alguns colegas de estudo comercial, começou a fazer os cursos de preparação para o estudo comercial e para o estudo industrial e começámos com o ensino de adultos, basicamente uma 2ª oportunidade aos adultos de fazerem esses institutos. Depois passámos para as explicações individuais e para o ensino doméstico, e basicamente fomos sempre uma escola que manteve uma matriz muito própria de ensino, porque fizemos sempre co-educação. Embora tivéssemos começado com dois alvarás, o masculino e o feminino, sempre tivemos escola em conjunto, com claramente um privilégio para a parte feminina dando as mesmas oportunidades de estudo às mulheres.

O universalismo do professor X era muito virado para as questões dos direitos do homem e para a defesa das igualdades, fazendo da escola uma plataforma de igualdade e dar claramente às mulheres e aos alunos adultos uma via de ensino.

Investigador - Então o professor referiu já os aspetos essenciais da evolução desta organização. Permita-me que especifique qual era a vocação da atividade inicial e se perante estes anos todos a atividade principal sofreu alterações e porque sofreu essas alterações.

Entrevistado - A atividade inicial é uma atividade muito focada no seu mentor, aliás, é engraçado que nós praticamente até ao 25 de abril, ou até pouco depois do 25 de

ABC

Comentário [U1]: Apresentação da

organização: fundação (data)

Comentário [U2]: Apresentação da

organização: fundação (condições)

Comentário [U3]: Apresentação da

organização: fundação (razões)

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17 Sílvia da Silva Vieira

conhecidos por X, embora o X gostasse muito do trabalho coletivo, e as pessoas identificavam este projeto muito personalizado. Obviamente que aqui vem ao de cima, o que é uma profunda grandeza do professor X, que era uma pessoa com índices culturais muito acima da média, com uma universalidade muito vincada, o facto de ser influenciado essencialmente entre outros, Roger, Piaget. Era um homem extraordinariamente viajado com uma posição de escola e pegava para a sua como uma fundação. No fundo, o professor X para além de industrial foi um homem ligado a outros mundos como negócios com grande presença social, quer a nível desportivo quer a nível político e ainda tinha espaço para fazer a sua escola.

Acho que desde sempre aqui também houve um elemento permanente, que ajudou desde as primeiras horas, que foi o facto do professor se ter casado com a doutora Z, e ela que foi aluna e acabou por ser professora, das primeiras professoras da escola. Aliás, na altura até era um bocado escandaloso porque, foi a primeira das mulheres a trabalhar no externato e sempre se complementaram nesse sentido. O professor X fazia a parte social, a parte da viagem, das ligações interculturais e a professora Z fazia a parte da família, do estudo permanente, do trabalho no fundo. Hoje o Externato ABC confunde-se com a vida da professora Z, desde aluna até hoje, com 74 anos, sempre a fazer ensino, dentro da mesma matriz humanista.

Aliás, se olharmos para a nossa missão basicamente salta o espirito crítico de Piaget e obviamente o humanismo de Roger, falar do tal tripé que é fundamental nas nossas relações, a covalência e a aceitação de Piaget e Roger. Isto são as nossas matrizes, nós nascemos com uma missão e a nossa missão mantém-se ao longo destes anos, não alteramos objetivos de missão. Os princípios de conduta são os mesmos de há 60 anos.

Gostamos de ser vistos como uma escola ativa, uma escola universalista, uma escola que tenta fazer um aluno que pensa, um homem integral, com valores claramente ligados à defesa do universalismo e que eu costumo dizer que aqui o importante é não conjugar o verbo no singular mas no

depois que encaixe naturalmente nos nossos alunos.

Investigador- Muito bem professor, então pode-me confirmar, se eu bem entendi, a vocação e a atividade inicial desta escola não foram alteradas.

Entrevistado Não, nós a dar oportunidade, nós continuamos a ser a escola mais pública das públicas, continuamos a ter parceiros, como as oficinas São José, o Lar do Livramento. Continuamos a ser uma escola aberta a todos, continuamos a fazer ensino de adultos, continuamos a dar uma segunda oportunidade, sempre com um lema muito interessante: educar para os mais jovens se tornarem adultos, e para os mais velhos se sentirem mais jovens, dentro de princípios de equidade, dentro de princípios de solidariedade, dentro de princípios de cidadania ativa. Eu falo sempre destas coisas, de escola neutra não existe.

Comentário [U4]: Atividade principal:

atividade inicial

Comentário [U5]: A missão da

organização: missão

Comentário [U6]: A missão da

organização: objetivos

Comentário [U7]: A missão da

organização: princípios de atuação

Comentário [U8]: A apresentação da

organização: valores

Comentário [U9]: Atividade principal:

atividade atual

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18 Sílvia da Silva Vieira

Nós somos uma escola clara onde fazemos as nossas campanhas do IPO, campanhas de dádivas de sangue, campanhas de angariação de alimentação, nas cruzadas de bem-fazer, estamos a fazer aquilo que ao longo destes 60 anos temos feito, não o fazemos por moda, fazemos por obrigação.

Investigador Muito bem! Professor DP, nesta resposta referiu, digamos assim, os valores, o código dos valores em que está contemplado na missão desta organização. Se eu bem entendi, portanto, a solidariedade, equidade, são, digamos assim, valores que tentou implementar em todos os destinatários que percorreram esta organização.

Entrevistado - Valores fundamentais são os valores da verdade pedagógica. Numa escola, o professor não é um político; não nos podemos dar ao luxo de mentir, por isso, nós temos que primeiro cultivar esses valores entre nós para claramente os passar como valores fundamentais nos nossos alunos.

Investigador - Quer ser mais específico?

Entrevistado - É a tal questão da falsa neutralidade da escola, os projetos têm que ter uma razão de existir, os projetos têm que ter objetivos e quem educa tem de estar um

ranking

Investigador - E esses são os principais valores?

Entrevistado - Sem dúvida, pelo menos são aqueles que a gente encontra desde a nossa origem e como já te disse há bocado, que ainda não vimos necessidade de alterar, tanto como projeto ou como missão. Ela foi constituída dentro de um contexto pós-guerra, já se passaram abertura, 25 de abril, a comunidade económica europeia e hoje estamos até noutra fase global mas eu continuo a achar que estes são os valores fundamentais e são os valores mínimos para se fazer um ensino para a cidadania e para criarmos um cidadão crítico e acima de tudo, criarmos um cidadão com valores integrais.

Investigador - E relativamente à cultura desta organização?

Entrevistado - A cultura da organização tem muito das suas práticas e vem muito dos seus agentes. Esta coisa de querermos fazer uma organização aprendente, até uma comunidade de aprendizagem, lá está, o exemplo tem que vir de cima. Se eu não quero mais, se eu não procuro fazer melhor, se eu deixo ficar o meu porto de abrigo, se eu não corro riscos, esta organização já teria morrido há muito tempo. Nós continuamos a cultivar esta noção de fazer mais e melhor, continuamos a achar que a atualização tem de ser permanente e continuamos a achar que o exemplo tem de vir de cima. Às vezes podemos ter algumas dificuldades de comunicação interna, até porque muitas das vezes trabalhamos com quadros e com processos económicos, que não somos assim tão independentes quanto queríamos, e com uma tutela que não nos deixa, que nos sufoca por vezes economicamente. Daí, por vezes para constituirmos aqui uma equipa, não é fácil. Aliás, ao longo dos anos que tenho trabalhado cá, já passamos por grandes dificuldades e houve

Comentário [U10]: A apresentação da

organização: valores

Comentário [U11]: A apresentação da

organização: valores

Comentário [U12]: A apresentação da

organização: valores

Comentário [U13]: A missão da

organização: missão

Comentário [U14]: A apresentação da

organização: valores

Comentário [U15]: A apresentação da

organização: cultura

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momentos que se não fosse o clima de equipa, de solidariedade interna, se não houvesse aqui um grande respeito pela instituição, seria muito difícil ultrapassarmos certos mares, mas ultrapassámos porque somos uma boa equipa, ultrapassámos porque estamos preparados para sofrer, mas acima de tudo acho que o importante é querermos sempre mais, o importante é estarmos sempre mais atualizados, o importante é proporcionarmos sempre uma mudança para a inovação, para a excelência. Esta coisa da excelência não cai do céu; tem que se virar o mundo para criar excelência nos nossos produtos. E obviamente é o futuro dos nossos alunos que espelham esses resultados. Isto também não é para o nosso ego, nós não ensinamos para ir para o céu; ensinamos para construir o futuro.

Investigador Na sequência destas perguntas, quais são os principais destinatários da vossa atividade?

Entrevistado O aluno, nós existimos porque existe o aluno. Nós podemos ser até uma associação de intelectuais fortíssima mas a única razão, ou a primeira grande razão da nossa existência é o sucesso do nosso aluno, e é o sorriso, quando ele atinge objetivos, que a gente sente realmente que fez escola. É muito bonito estarmos aqui no externato, quando há queima das fitas, e vemo-lo chegar da faculdade e dizer

; é sempre, será sempre um objetivo da nossa escola o nosso aluno e o futuro dele.

Investigador Professor DP, já falamos da atividade, dos principais destinatários, dos valores e cultura da organização e relativamente à estrutura desta organização, acha que é clara e tem lógica?

Entrevistado qui fazemos três tipos de ensino diferentes. Temos o ensino profissional com projeto próprio, temos a educação de adultos com projeto próprio e temos depois as aprendizagens de ensino alternativo, CEF´s com projeto próprio. Isto leva a que a direção pedagógica tenha abaixo dela um efeito andaime de 3 diretores para cada uma dessas modalidades, depois esses diretores ainda têm especificidades dos seus cursos e aí entram os diretores de curso, nomeadamente no ensino alternativo. É claramente difícil hoje, até porque estamos numa escola universal, todo aluno chega à escola e começamos a ter a noção de que o abandono escolar tem de ser combatido e claramente a escola tem de fazer frente a estes desequilíbrios sociais principalmente em alturas de crise económica e crise até de valores, como a que estamos a passar. Estes cursos são um grande desafio para os colocar numa rota europeia, colocá-los a nível dos nossos parceiros, não os deixar abandonar a escola antes da escolaridade mínima obrigatória.

Como escola vocacionada para a segunda oportunidade, nós aí temos que ficar quietos, nós aí temos que ser campeões nesses projetos, é muito mais difícil agarrar um aluno do abandono escolar, que vem de uma família desestruturada, um aluno que tem os pais desempregados e dar-lhe motivos para vir à escola e pensar no futuro, do que tirar uns 15 ou 16 valores nos exames nacionais no ensino regular. Aqui faz-se um trabalho que não vem nos rankings, só os grandes é que conseguem recuperar, fazer com que as pessoas tenham esperança, tenham um futuro.

Comentário [U16]: Formas de

comunicação interna (dificuldades)

Comentário [U17]: A apresentação da

organização: cultura

Comentário [U18]: Apresentação da

organização: destinatários da atividade

Comentário [U19]: A missão da

organização: objetivos

Comentário [U20]: A apresentação da

organização: estrutura

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20 Sílvia da Silva Vieira

Para o ano vamos dar as aprendizagens do centro de emprego, os tais planos alternativos que se fazem aqui, quer a nível de educação de adultos, que é uma coisa que se esquece, o país não deu as mesmas oportunidades a todos, houve muita gente que não chegou a ter oportunidade de fazer escola e que hoje está no século XXI e tem de vir à escola para criar novos rumos. Há pessoas que nunca tiveram estas hipóteses, e que o estado tem uma ligação; é preferível fazê-los vir à escola, reabrir umas janelas na escola, do que ficar dependente do rendimento mínimo e sem futuro.

Estamos a fazer um esforço fantástico, porque conseguimos ser a única escola que mantém um ensino de educação e formação de adultos, estamos com uma EFA. Estamos a fazer ensino em contexto de trabalho, nomeadamente na EFACEC, no Leixões, na Câmara de Matosinhos. O cérebro da questão hoje é o nosso ensino profissional ligado basicamente ao ambiente e à sua defesa e das energias renováveis e ligado ao desporto com os cursos de gestão desportiva. Para o ano vamos ter um curso novo que é um curso de comércio, que se adapta realmente à nossa zona envolvente, no centro da cidade, é um curso que já estávamos a pensar abrir há uns anos, fomos convidados e vamos aceitar o desafio. Por isso, basicamente numa

tipos de ensino todos. Aliás, os nossos professores têm de fazer um esforço muito especial. Nós temos aqui professores que trabalham dentro das modalidades todas de ensino, tanto podem estar a fazer ensino profissional como podem sair e fazer ensino de adultos como podem paralelamente ter de trabalhar nos planos alternativos, como no teu caso que já trabalhaste em quase todas as modalidades, não sei se já trabalhaste no ensino de adultos.

Investigador Não.

Entrevistado Mas pronto, será um desafio para o próximo ano. É muito engraçado, nomeadamente em contexto de trabalho nas organizações, os empregados é outra guerra. A nível das organizações, é muito interessante e muito desafiador.

Investigador Exato. Nesta estrutura tão arrumadinha onde é que se localizam as principais responsabilidades?

Entrevistado Há duas lógicas, e eu aqui deixo que a lógica pedagógica funcione à frente da lógica económica, mas isso às vezes não acontece, apesar de que de momento temos uma administração sólida. Até porque lá está, se tivermos recursos, se gerirmos bem os recursos, eles vão ser uma forte motivação para o processo pedagógico, em segundo lugar é muitas das vezes criar condições na área pedagógica para ir inovando de uma forma sustentada.

Nós estamos aqui no ensino profissional há cerca de 8 anos, tudo isto tem sido feito degrau a degrau, às vezes com erros. Não tenho medo dos que erram, tenho é medo dos que não fazem nada. Errar é um processo absolutamente natural, quando tu queres mais e erras, vais aprender com certeza com os teus erros. Ficar no porto de abrigo, ficar em casa ou remetermo-nos ao silêncio, isso é que não. A nossa escola tem de ser ativa mesmo, agora não é fácil para um profissional que vem de um sistema de ensino público, isto é uma realidade muito particular, muito específica

Comentário [U21]: Recursos humanos

disponíveis: ação

Comentário [U22]: A apresentação da

organização: responsabilidades

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21 Sílvia da Silva Vieira

porque abranger tantas modalidades de ensino com ritmos tão diferentes, com critérios de avaliação completamente diferentes, com maneiras de estar e de dar aulas completamente diferentes, exige que o nosso profissional seja multifacetado e que tenha um empenho muito grande.

A nível da direção ainda há mais responsabilidade porque nós queremos sempre fazer a segunda oportunidade de ensino, estar na linha da frente, o risco que nós investimos na nossa formação de quadros. Nós tentamos proteger sempre aqueles que querem mais, mas como eu digo temos uma tutela muito forte e que realmente fala de uma autonomia mas depois na prática essa autonomia é muito restrita aos fatores económicos e às boas vontades políticas, e é claramente o nosso défice; nós temos um défice muito grande de corredor, de sair da escola para fora, pois estamos durante muito tempo a trabalhar na escola e não fazemos muitas ligações com a tutela, nem com o mundo exterior. Acreditamos que o nosso aluno vai ter que falar de nós. Por isso, não temos tempo, muitas vezes, para os colóquios, para os debates, para ir à DREN, para ir a Lisboa, talvez esse seja o nosso maior défice. Refugiamo-nos muito em casa, no gabinete, nos objetivos e vivemos muito para o nosso aluno, e não para o

- -

Investigador Então diga-me uma coisa, se vivem para o aluno é porque a principal missão desta organização é..

Entrevistado o aluno, às vezes na administração escolar, ganharíamos muito mais se tivéssemos outra capacidade diplomática. Ainda me lembro no ano passado que perdemos duas turmas e o que nos levou a ter que suspender o vínculo contratual com alguns colegas, porque quisemos ser coerentes com o nosso produto e com as nossas parcerias. Porque não abandonámos a gestão desportiva, fomos fortemente penalizados. Obviamente, que este ano, mantivemos a nossa guerra na gestão desportiva. Se tivéssemos ido às tais reuniões, feeventualmente poderia não ter acontecido. É talvez um défice que a gente tem; é claramente pôr o aluno à frente de tudo e às vezes no ensino, isso não é muito levado a sério. Diz-se mas não é muito levado a sério.

Investigador E os principais objetivos da missão?

Entrevistado Os principais objetivos é continuarmos a ritmo, a rir e continuarmos a ser felizes naquilo que estamos a fazer, porque se assim for, a gente vai continuar a formar gente séria, ativa e com valores. No último aniversário, dos 50 anos de escola conseguimos chegar aos nossos alunos fundadores da escola, e 50 anos depois tínhamos a mesa da década de 50, a mesa da década de 60, 70, 80, por aí fora, e foi-nos fácil ver uma coisa: tínhamos feito gente feliz, gente que nunca se esqueceu de nós.

Investigador Que princípios de atuação são tidos em conta para atingir estes objetivos, associando os valores?

Entrevistado É o costume; o meu pai dizia-me muitas das vezes: o nosso professor é Roger. Todos os princípios são os mesmos: é atingirmos a verdade pedagógica, e

Comentário [U23]: Recursos humanos

disponíveis: atributos

Comentário [U24]: A apresentação da

organização: responsabilidades

Comentário [U25]: A missão da

organização: missão

Comentário [U26]: A missão da

organização: missão

Comentário [U27]: A missão da

organização: objetivos

Comentário [U28]: A missão da

organização: objetivos

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quando digo isto de verdade pedagógica é mesmo partir pela aceitação, pela covalência, pela empatia. Se nós próprios nos juntarmos nesses valores, vamos inspirar os nossos alunos nesses valores. Eu acredito que a maneira mais fácil de ser ABC ABC? Então, leia Rogers; leia estes livrinhos e depois apareç . E no fundo, eu acho que isso continua a ser a razão fundamental do amadurecimento ao longo destes anos. Eu sei que às vezes com o nosso ritmo de exigência, com a participação de trabalhos que temos, mas eu também não quero unanimidades. Eu ficaria muito triste no dia em que tivesse uma escola fácil, porque eu acho que esta escola de nós exige espírito crítico, exige opiniões diferentes, só aí é que a gente consegue depois correr riscos e depois optar e fazer a diferença. Eu não quero aqui só colaboradores, eu quero que colaborem comigo e que façam disto uma cooperativa, a escola é o todo e o todo é muito mais que a soma das partes.

Investigador Qual é o princípio de atuação que considera mais importante na concretização da missão da escola?

Entrevistado Se conseguimos falar a verdade e connosco mesmos, é fácil ser ABC, fazer ensino. É muito fácil fazer com que os pais e os alunos sintam isso e acima de tudo quando se tem esse valor de falar a verdade, nunca se tem medo de ensinar. Quando eu sei que estou a falar a verdade, eu não tenho medo de educar ninguém, e isso é que faz a diferença e deixa a tua marca de água. Agora, hoje em dia que se vive muito mais das aparências, do supérfluo, do egoísmo, dizerem que isto não é atualizado na escola, cada vez precisamos mais disto, quando leem a nossa missão e veem os nossos princípios de projeto, e que foram feitos num pós 2ª guerra mundial. Eu acho que estamos cada vez mais atualizados e há mais escolas e cada vez mais pessoas que precisam de nós e por isso é que vamos continuando vivos, tendo a noção da individualização: cada aluno é um aluno nesta casa, cada aluno é um projeto pessoal, cada aluno tem um sonho a concretizar. Eu acho que aí é uma marca profunda e que tem a ver com essa coisa de ela querer com a individualização. Nós já tivemos procura para aumentar muito mais, mas nós só somos 550 alunos. Queremos fazer uma microescola, e prefiro fazer 500 alunos felizes, do que 2000 alunos sem sentido, sem valores, sem se conhecerem uns aos outros. Eu não acredito nestas coisas dos agrupamentos, de massificação; eu acredito que a escola continua e vai ser aqui um alfaiate; isto não é um pronto-a-vestir. Nós ainda somos um alfaiate, que ainda fazemos os fatos à medida de cada aluno. É aquela coisa do Ken Robinson, do ensino agrícola, e estamos tão adiantados no tempo: há já 50 anos que queríamos ser um alfaiate, e ainda bem que passou moda o pronto-a-vestir, pois a gente continua a querer ser o alfaiate ou a modista. Não acredito no pronto-a-vestir em si, e acredito que mais o futuro do ensino passa por aí. Passa por claramente haver projetos individualizados, com sentido construtivista, de fazer o aluno que pensa, quer mais todos os dias, e isso implica fazer primeiro que, os profissionais que pensem querer mais todos os dias e de fazer a escola o que ela já é, uma comunidade de aprendizagem.

Investigador Há pouco falou nos colaboradores; quais os recursos humanos de que dispõe o externato?

Comentário [U29]: A missão da

organização: princípios de atuação

Comentário [U30]: A missão da

organização: princípios de atuação

Comentário [U31]: Recursos humanos

disponíveis: ação

Comentário [U32]: A missão da

organização: princípios de atuação

Comentário [U33]: A missão da

organização: objetivos

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23 Sílvia da Silva Vieira

Entrevistado Nós temos neste momento uma fasquia muito limitada de quadros internos e temos quadros externos na sua grande parte porque os próprios quadros comunitários assim nos obrigaram a fazer. Nós já tivemos nos anos 50/60 só quadros internos, mesmo nos anos 90 só tínhamos quadros internos na escola, agora esta mudança que a escola teve de fazer com as novas oportunidades implicou uma viragem de quadros. Estes recursos que eu considero muito razoáveis ajustados às nossas necessidades, fazem um esforço brutal de atualização, aquela coisa que eu falei ainda há bocado, de ter de dar dois tipos de modalidades de ensino diferentes, para poder haver aqui um salário mínimo e motivador, obriga a que o professor claramente tenha de trabalhar muito, porque ao sair para uma modalidade, é como estar no teatro: tem que se despir e vestir cada vez e às vezes, uma ou duas vezes no mesmo dia com modalidades diferentes. Agora, eu penso acima de tudo, que nós temos uma equipa promissora que limando algumas arestas e fazendo ainda algum trabalho de grupo, que já é feito com alguma notabilidade. Por exemplo, os nossos coordenadores, a M, o A e a D são pessoas extraordinariamente bem preparadas. Há aqui professores que não evoluíram muito mais, mas se olhassem ao trabalhar com M, evoluíam muito mais; é só estar com atenção. Obviamente, que depois também temos

tivéssemos! Agora, quem quer vir, quem quer ensinar, quem quer partilhar, tem todas as condições para o fazer aqui, porque tem chefias muito equilibradas, quer do ponto de vista intelectual, quer do ponto de vista humano. Isto aqui, não é bem só porque tenho de ir, ou porque sou mestre, ou porque sou doutor, não, isto é uma coisa que está no mundo para além do título. Eu posso ser professor doutor, mas se humanamente não estiver dentro do ideário da escola, eu não estou ao nível de ser um ABC. Eu considero claramente os nossos coordenadores são pessoas muito bem preparadas, do ponto de vista humano, são pessoas muito próximas do nosso ideário. Depois considero que a professora Z no fundo disto, é uma privilegiada, porque acaba por dirigir apoiada em três bons coordenadores, em três excelentes quadros, que obviamente têm as suas responsabilidades na formação da equipa pedagógica. Esta equipa pedagógica, eu acho que tem sido enriquecida ao longo dos tempos, com currículos excecionais. Isto é quase como o melão: depois de trabalhar, é que a gente

porque viram claramente quatro aprendizagens aqui, que não estavam dentro do ideal delas. Pelo menos, falávamos a verdade uns com os outros, com frontalidade. É por

arrumadinha Acho que ninguém está aqui por acaso e eu dou a cara e gostava de poder ter mais quadros, mas com esta equipa eu vou até ao fim do mundo! Não tenho medo de dar aulas aqui ou em qualquer lado do mundo!

Investigador De que forma é que a ação desses colaboradores é importante para a concretização da missão?

Entrevistado Vamos lá pôr aqui uma metáfora: eles são os remos do nosso barco, e o barco precisa de remos ainda. São eles que no fundo personalizam porque são eles que estão dia a dia com os alunos, são eles que estão com os encarregados de

Comentário [U34]: Recursos humanos

disponíveis: atributos

Comentário [U35]: Normas de

conduta interna dificuldades

Comentário [U36]: Recursos humanos

disponíveis: atributos

Comentário [U37]: Recursos humanos

disponíveis: atributos

Comentário [U38]: Recursos humanos

disponíveis: atributos

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24 Sílvia da Silva Vieira

educação, são eles que estão nas firmas, nas parcerias que a gente estabelece. Eles são os nossos remos, e às vezes se nota quando um rema mal, vai para o lado que o barco gira, pois gira, pois isto é um barquinho pequenino. Agora, são eles que têm essa enorme missão de transformar o mundo e transformar os nossos miúdos, e acima de tudo de lhes dar esperança, dizer-lhes que amanhã é possível. Pois, eles têm aqui um papel fundamental: são eles que fazem o esforço; para além de terem uma parte burocrática exorbitante, que hoje acarreta o exercício da função, para além de terem alunos com sérias dificuldades de aprendizagem e que necessitam de um apoio extraordinário, eles são umas peças fundamental do ensino.

Investigador Como considera a adesão desses colaboradores?

Entrevistado Acho que me sinto privilegiado nesse sentido, nós fazemos coisas que nem damos o valor real, fazemos aqui verdadeiros milagres diários e fazemos porque temos uma relação humana forte, fazemos porque nos preocupamos com os miúdos e porque temos afetos pelos alunos. Eles sentem-se melhor aqui do que em casa. Aliás, alguns até sentem que a casa deles é aqui do que a casa que têm. Isso continua a dar-me um enorme gozo, porque é fundamental colocarmos o nosso profissionalismo, o nosso empenho e eu vejo que há aqui pessoas que dão o litro, há aqui pessoas que antes de chegar aqui, têm muitas horas de trabalho de investigação no computador, o contacto com os pais e nós tentamos distribuir isso equitativamente. Há pessoas que até são iguais no trabalho e no contacto pessoal, mas que já não o são dentro da sala de aulas. Mas no geral, aqueles que se dedicaram por os conhecer e quando assumem, assumem mesmo este estilo de Santa Clara, acabam por ver que a escola por si está acima de todos nós e que este é um sacrifício e um esforço que compensa.

Investigador Quais são as formas de comunicação interna presentes nesta organização?

Entrevistado A comunicação interna passa sempre por duas reuniões semanais, por um diário de bordo. Nós, semanalmente, reunimo-nos com toda a nossa coordenação, uma no princípio e outra no fim da semana. Há aqui o efeito andaime, ou seja, nós reunimo-nos com os coordenadores de curso, que se reúnem com os diretores de curso, que sucessivamente se reúnem com a equipa. Só uma vez por ano, no arranque do ano letivo ou se houver qualquer situação de emergência é que fazemos uma reunião planificada. Já tivemos situações que tivemos que reunir com todos os professores e funcionários. Achamos que esse efeito andaime acima de tudo é baseado no nosso livro de navegação, que é o nosso diário de bordo, que mantemos desde os primeiros dia de escola que tem, para além da planificação, o que acontece a nível de escola, os sucessos e insucessos do quotidiano de escola, o que está a acontecer politicamente, o que é que se passa. É um livro muito engraçado, porque documenta as guerras internas da escola e as externas, e isso está ao alcance da direção. No fundo, uma coisa que a nossa diretora faz todas as semanas: fecha o livro de bordo. E esse livro de bordo é muito importante, porque às vezes se eu quiser olhar do princípio da escola, confrontam-se aqui alguns problemas, passaram-se certas dificuldades. É o livro da experiência em si, das experiências da relação humana. Às vezes tenho uma discussão, e penso que já tive esta discussão há dez anos atrás, ou

Comentário [U39]: Recursos humanos

disponíveis: ação

Comentário [U40]: Recursos humanos

disponíveis: ação

Comentário [U41]: Recursos humanos

disponíveis: adesão

Comentário [U42]: Recursos humanos

disponíveis: adesão

Comentário [U43]: Formas de

comunicação interna

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há vinte anos teve esta forma. Nós tentamos fazer uma estrutura em andaime, estrutura claramente democrática, claramente que a direção não seja vista como um ditado, e que seja visto como algo participado por todos. Obviamente, que teríamos de nos reunir muito mais, mas depois tens tu a tal questão: se eu já sei, para além das horas de trabalho, os meus professores têm uma enorme carga de trabalho a preparar-se, se eu vou aqui criar mais horas e ainda por cima não as posso remunerar, para ter as minhas reuniões de formação interna, de comunicação, eu tenho que ser muito claro. Por vezes até em défices de comunicação, porque as pessoas também têm dificuldades da sua organização de tempo, familiar e conciliar isto tudo. Conciliar uma escola cada vez mais exigente, com família, com projetos de vida, etc.. Eu preferia ter uma reunião com todos mensalmente; isto parece fácil mas não é fácil. Porque eu só aquilo que é obrigatório fazer e que de certeza a DREN não nos deixa sequer passar, exige ao meu profissional uma capacidade de trabalho extra brutal. Mais, que eu às vezes não consigo justificar como vou arranjar dinheiro para pagar essas horas, porque para uns senhores que nunca deram aulas, vocês são contratados, são pessoas que ganham desde o primeiro dia de aulas até ao último dia de aulas, depois não existem; não têm estômago, não comem, e isto são situações que se têm que pensar. Se eu tivesse uma escola menos dependente do POPH e do dinheiro do estado, se eu tivesse uma escola mini-ideal, de certeza que tinha que ter comunicação muito mais rápida, o que também sei fazê-lo. Agora, o que eu tenho de ter aqui é um equilíbrio que me permita desempenhar com o mínimo custo e sem pôr em causa a qualidade de ensino, porque se for necessário reunirmo-nos para aprender, para discutir problemas, problemas disciplinares, não é uma, nem duas ou três horas, são as horas que forem preciso, e nós já tivemos aqui problemas desses, mas também há que ter a sensibilidade de dizer assim: eu não vou estar a carregar aqui as pessoas num conjunto de horas que se traduziam num maior esclarecimento e até podia ser mais fácil comunicar, fazendo uma comunicação por andaime. Para quê? Para proporcionar e para ter um trabalho equilibrado.

Investigador E para ter um trabalho equilibrado quais são as normas de conduta interna desta organização?

Entrevistado O nosso quadro de honra; isso faz-nos voltar aos mesmos valores. Eu não tenho paciência para o erro, para a traição, sou incapaz de ouvir um colega a falar de outro colega. Depois, há aqui um conjunto de valores que estão muito interiorizados e que eu acho que são muito fáceis de atingir, e difíceis de por em prática. É muito fácil entendermo-nos bem dentro deste clima de valores. Obviamente que isto pode-se sempre aperfeiçoar, mesmo a comunicação, e estou convencido que estou com pessoas com capacidade para isso.

Investigador Professor, vamo-nos focar no cargo de diretor de curso do ensino profissional. Gostaria que me esclarecesse ou identificasse os critérios que são adotados na atribuição deste cargo.

Entrevistado Em primeiro lugar eu gosto muito do ensino profissional, e não acho que o ensino profissional seja um ensino de segunda ou de segunda oportunidade. Eu acho que o ensino profissional é uma necessidade por isso, parto do princípio que

Comentário [U44]: Formas de

Comunicação interna: dificuldades

Comentário [U45]: Formas de

comunicação interna

Comentário [U46]: Normas de

conduta interna

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para se dirigir este projeto e cargo de diretor de ensino profissional tem de ser uma noção muito ampla de qual é a necessidade que o país tem para ter ensino profissional? Porque é que a gente chega à Alemanha e lá não há desemprego jovem

Um diretor de ensino profissional tem de ser uma pessoa que tenha uma noção correta que é fundamental no século XXI. O ensino profissional é um ensino fundamental, e que nós só há 4 ou 5 anos atrás é que colocámos aqui aquilo que na Europa é o secundário 50/50 (ensino regular 50% e 50% de ensino profissional). É algo novo que exige além de preparar o aluno, prepara-o também para a vida ativa, para o saber fazer. Este diretor tem de conhecer muito bem o seu aluno, potenciá-lo para uma carreira universitária, mas também conhecer muito bem o mercado, conhecer as parcerias que são muito importantes para os nossos estágios, avaliações que o aluno tem fora da escola e acima de tudo conhecer muito bem o seu aluno para lhe conseguir criar rumo, para conseguir criar esperança para conseguir dar-lhes um futuro. No fundo, este diretor do ensino profissional acaba ele próprio por ter aqui uma grande missão, ele não dá aulas ppara o saber fazer, tem que o ir preparar para uma PAP, para estagiar, tem que pegar nesse aluno e para além de o preparar academicamente, ao nível de aguentar o ensino universitário (isto não é o ensino alternativo), também tem que ter a capacidade de fazer uma ponte com a vida ativa. Por isso, repara, este professor tem o dobro do trabalho do professor no ensino regular. Hoje e até de uma forma desajustada, o ensino profissional faz os mesmos exames que o ensino regular, mas para mim tem essa grande virtude; é feita em contexto de trabalho (e eu até sou a favor em períodos mais largos), em que os três meses são fundamentais para vermos o amadurecimento do nosso aluno, não só como aluno, mas também como Homem; para ver se ele interiorizou regras, se cresceu connosco. É muito engraçado apanhá-los naquela idade, entre os 15/16 anos e levá-los a um estágio e ver claramente se eles cresceram ou não. Este diretor, para além de ter que coordenar toda a área tecnológica e todos os seus colegas da área da componente tecnológica, tem uma responsabilidade muito grande, tem abaixo dele alunos e tem abaixo dele um desafio que este país mais precisa. Aliás, eu penso que um dos grandes erros que se criou pós 25 de abril foi a unificação do ensino e foi um desleixar sobre o ensino profissional. Tínhamos excelentes escolas do ensino profissional que foram secundarizadas, as industriais foram quase banalizadas, eu estou-me a lembrar de uma Soares dos Reis, Infante D. Henrique, Oliveira Martins, e foram secundarizadas, e agora verificamos e chegamos à conclusão que claramente a Europa foi noutra direção, e nós agora, como de costume, atrasados, estamos a pedir para se fazer quase aqui como um milagre, quando isto não é o campo deles, não é o campo dos milagres. Por isso, este diretor do ensino profissional tem que ser uma pessoa que se dedique muito, de corpo e alma, quer no seu trabalho interpares, nomeadamente na área tecnológica. Depois, não pode descurar a área sociocultural, porque o aluno também tem que fazer exames, também tem que seguir a via universitária, e claramente para além disso, tem que conhecer a realidade prática, tem que ir à rua, tem que ir à fábrica, tem que ir às eólicas, tem que ir às ETAR´s, tem que ir daqui ao terreno, porque os nossos cursos são cursos de terreno; ambiente exige estar no terreno; tem que ir lá e ver o que o aluno evoluiu. Por isso, é um desafio grande; nem é comparável a outras modalidades de ensino. Eu vejo

Comentário [U47]: Atributos do

diretor de curso

Comentário [U48]: Pertinência do

cargo

Comentário [U49]: Pertinência do

cargo

Comentário [U50]: Pertinência do

cargo

Comentário [U51]: Pertinência do

cargo

Comentário [U52]: Pertinência do

cargo

Comentário [U53]: Atributos do

diretor de curso

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que é muito mais difícil ser-se diretor de um projeto profissional do que um projeto de ensino regular. É muito mais exigente, mais gratificante no sentido que os vemos crescer de outra maneira, mas é muito mais exigente do que no ensino regular.

Investigador Professor, gostaria que me fizesse uma apreciação geral referindo a importância, os contributos, os aspetos positivos e negativos, valorizados ou desvalorizados inerentes a este cargo.

Entrevistado Não é claramente um diretor do ensino regular, não luta nem é esse o seu objetivo. Tem de ser polivalente, tem que ter uma área tecnológica muito coberta, porque no fundo, também o aluno chegar ao Parque Biológico, a uma ETAR e o aluno não ter os mínimos conhecimentos, assim ficamos mal e não temos parcerias. Ele no fundo acaba por ter aqui, um trabalho quase duplo. Depois, tem como objetivo a projeção universitária do seu aluno, senão arranjarmos empregabilidade, queremos que o nosso aluno continue por duas vias: os Cursos de Especialização Tecnológica ou os de candidatura normal. Eu vejo aqui como um grande desafio e que não está ao alcance de todos, porque uma coisa é eu dar as minhas aulas e outra coisa é eu preocupar-me com o futuro dos meus alunos. E este diretor do ensino profissional, para além de ar as suas aulas e trabalhar entre pares com os seus colegas, depois tem é que se preocupar com o sonho dos seus alunos e materializar esses sonhos. E só há três dimensões: empregabilidade, cursos de especialização tecnológica ou etapa universitária. Por isso, não é uma missão fácil nem que esteja ao nível de qualquer um.

Investigador Considera este cargo valorizado ou desvalorizado?

Entrevistado Na nossa estrutura, valorizadíssimo, até porque temos aqui excelentes professores com anos de trabalho que nunca chegaram a direções de curso, mesmo até mais baixa, com direção de turma, o contacto com o encarregado de educação e depois vamos vendo se ele capitaliza; isso é uma coisa. Agora, acho que na nossa estrutura é muito importante. Aliás, os coordenadores têm o tal efeito andaime, também apoiam muito do seu trabalho com os diretores de curso. Isto vê-se principalmente nas partes finais dos cursos, quando convidamos para as PAP´s pessoas de outras escolas, pessoas da vida ativa. Esse trabalho de eleição vê-se, não é um trabalho em que se possa dizer é um trabalho indireto, não, é um trabalho que está muito em cima. É quem faz os projetos com os alunos, que os apresenta, quem os valoriza, quem faz a ligação entre o estágio e esses projetos, por isso, são as tais horas não letivas, são as tais horas que para se ter horas letivas, exigem muito de quem o desempenha, e nós sabemos disso.

Investigador Em relação ao cargo de diretor de curso do ensino profissional considera que os aspetos referidos na legislação, no regulamento interno do externato são claros e suficientes ou fazia algumas alterações?

Entrevistado Eu fazia, e a primeira retificação era do ponto de vista económico.

Investigador Mas no regulamento interno ou na legislação?

Comentário [U54]: Aspetos positivos e

negativos

Comentário [U55]: Atributos do

diretor de curso

Comentário [U56]: Pertinência do

cargo

Comentário [U57]: Aspetos positivos e

negativos

Comentário [U58]: Aspetos

valorizados e desvalorizados

Comentário [U59]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI: alterações

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Entrevistado Não, no regulamento interno trespassa aquilo que vem na legislação geral, agora, eu claramente acho que falta aqui burocracia. Nós temos aqui que separar o trigo do joio, temos que ter dentro da escola, como em qualquer organização, uma política de meritocracia. Eu já cheguei ao ponto de dizer assim: eu não vou pagar o mesmo preço/hora a todos. Por outro lado, é muito mais fácil ter o preço/hora igual para todos, é consensual, mas não é tão justo. Claramente, quem tem mais funções, tem de ser remunerado doutra forma. Por isso, a única parte que eu ajustaria aqui seria talvez a parte económica, considero que quem trabalha mais, quem se esforça mais, tem claramente que ser mais motivado, e o fator económico é um fator que motiva, e é justo que assim seja. Por outro lado, muitas das vezes, pomos coletivamente o problema às pessoas: vamos mexer no preço/hora e vamos fazer o escalão de diretores, e toda a gente dizia: é melhor deixares o preço/hora igual para todos. Ora, ser mero professor independentemente do desempenho que tem, ou ser diretor de turma, ou ser diretor de curso, a meu ver, são índices de responsabilidade completamente diferentes. Obviamente que eu teria, face a isto, face à produtividade e face aos desafios, eu teria sempre que proteger quem tem trabalhado mais, mas não consigo convencer os meus pares nisso, isto é uma discussão recorrente. Todos os anos, quando chegamos a votações, toda a gente pretende a hora ao mesmo preço. Não quer dizer que para o ano não volte a pôr a discussão em cima da mesa. Eu também sei que há pessoas que não olham para isto de uma forma tão pragmática, mas claramente eu digo assim, se fizesse aqui alterações seria sempre nessa correção financeira. Nunca ninguém chega aqui e vai para diretor de curso, ou que chega aqui e vai para diretor de turma; há sempre um, dois ou três anos para se chegar lá. E mesmo alguns, ao fim de cinco, seis, sete anos nunca lá chegam. E muitas vezes há situações que correm muito bem, e de um momento para o outro, as pessoas não são computadores e estouram; já nos aconteceu isso. Acho que é fundamental, todo o barco tem que ter um comandante, toda a orquestra tem que ter um maestro; o maestro nos cursos profissionais é o seu diretor pedagógico, o seu diretor de curso, porque é ele claramente que é o coordenador, coloca os graus de exigência, acede, valoriza, verifica e é com ele que faz o trabalho em cada equipa e faz chegar a mensagem a toda a equipa pedagógica.

Investigador Faça-me uma comparação muito breve, por exemplo com outro cargo, o de diretor de turma por exemplo, em termos de posição, funções.

Entrevistado Hoje principalmente e na zona onde nós estamos, o diretor de turma, por exemplo de turma CEF, é um cargo de grande desgaste, há turmas fáceis assim como há casos em que 50% são intervencionados pela CPCJ. Só as reuniões que se tem mensal com a CPCJ, só o sabermos que eles estão aqui ou vão para a tutoria passar o fim de semana, ou ficam em definitivo ao encargo do estado com todas as consequências que daí advém, o diretor de turma tem hoje um trabalho dificílimo, até porque estamos a falar da escola universal, toda a gente tem que vir à escola, mas só 10 a 15% dos alunos que nunca chegavam ao fim do 1º período. Hoje já há observatórios; isto é dinheiro europeu e a Europa já nos exige estes índices diferentes. Nós não podemos ter 15% de abandono escolar, não podemos ter alunos

Comentário [U60]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI

Comentário [U61]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI: alterações

Comentário [U62]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI

Comentário [U63]: Comparação com o

cargo de diretor de turma

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educação em Portugal exige que se combata essas assimetrias, e o diretor de turma é fundamental neste processo, mais, eu até acho que a escola devia de trazer a ela outros tecnocratas da educação, os sociólogos, da assistência social, porque acho que se está a pedir ao professor imensas competências. Nós precisávamos de uma equipa muito multidisciplinar, em alguns dos casos precisávamos da intervenção social, à

trabalhar com a última linha, e realmente é preciso ser um grande professor, um grande profissional.

Investigador E nos cursos profissionais o diretor de turma e o diretor de curso? Compare.

Entrevistado Já são diferentes; começamos a ter um pai já completamente diferente, muito mais presente, já não há tanto insucesso escolar, já temos miúdos que nunca perderam um ano letivo. O nosso ensino profissional quase que não tem alunos oriundos do CEF, e isto implica ritmos completamente diferentes, porque já fazemos reuniões de turma em que os pais vêm quase todos. Eu tenho aqui turmas, do Leixões, do FC Porto que não falta um único Encarregado de Educação a uma reunião. Já há uma ligação muito mais fácil; não há comparação.

Investigador No desempenho do cargo de diretor de curso do ensino profissional, que papéis ou funções considera mais importantes?

Entrevistado Primeiro, ele é o gestor do futuro do aluno.

Investigador Posso fazer aqui uma linha de pares? Já que falou em gestor, o diretor de curso é um gestor, líder, ou é as duas coisas?

Entrevistado Eu costumo dizer que é um gestor de sonho, ou seja, ele é que vai ver claramente se aquele aluno que entrou tem claras vocações para a área que escolheu e vai ter que o trabalhar em três dimensões: na área tecnológica, na área sociocultural e em contexto de trabalho, os seus estágios e o contacto com as suas parcerias. Ele aqui tem um papel que está claramente dividido e uma das avaliações, a de contexto de trabalho, já não depende dos seus pares, depende do mercado; isto é muito importante, as notas de estágio não são dadas por nós. Isto é um fator muito importante, porque é uma opinião de fora da escola que está a validar o nosso trabalho interno. Qual é o papel aqui fundamental do diretor de curso? Ele é que vai ver se o miúdo fez a opção correta, se não fez a opção correta profissional, se vai seguir para uma empregabilidade direta, se vai-se propor a um curso de especialização tecnológica, que lhe dá competências para depois fazer a universidade, se vai já direto saltar para a universidade. Isto é um papel que não é fácil, porque muitas das vezes, nós embora tenhamos cá uma Psicologia, mas muitas das vezes a

gostou, eu depois também vou

que os alunos evoluem brutalmente, e estamos a falar da idade em que eles crescem mesmo rápido, dos 15 para os 18, com toda essa coisa do crescimento galopante, com todas estas transformações (nós temos cá miúdos que entram para cá com 1,50

Comentário [U64]: Comparação com o

cargo de diretor de turma

Comentário [U65]: Comparação com o

cargo de diretor de turma

Comentário [U66]: Comparação com o

cargo de diretor de turma

Comentário [U67]: Gestor

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m e saem com 1,80 m; entram aqui criancinhas de calções e saem daqui Homens). Por isso, este diretor de curso tem que fazer o balanço desta produção, e é ele que no fundo, vai acabar por dirigir o seu aluno e ser responsável pelo seu futuro. Há aqui um ato de consequência muito grande, e sempre em contacto com o diretor de turma, com o Encarregado de Educação, sempre com a noção que se ensine em conjunto, se ensine a partilhar. Por isso, este concretizador de sonhos tem aqui pano para mangas, lá está, não dá só mesmo aulas.

Investigador Exatamente, já vamos ao encontro do par seguinte: pedagógico/administrativo.

Entrevistado Tem sempre uma base pedagógica como é obvio, mas ele acaba por ter um trabalho de concretização em comum fantástico, as partes são um exemplo disso. A ligação estágio/trabalho de fim de curso revela qual o nível de direção daquilo que o curso exigiu no curso ou não. Se ele faz um estágio dentro daquilo que defende, revela uma certa coerência. Para além da parte pedagógica que todo o diretor de curso seleciona, tem uma disciplina ou duas de contacto com o aluno, para além desse contacto e dessa parte pedagógica direta, ele depois tem aqui um papel muito mais abrangente, que é o concretizador dos sonhos. E isso faz-se, como é óbvio, em sintonia com o coordenador de ensino profissional que tem vários diretores de turma, tem várias entidades (temos entidades que nos telefonam a agradecer os estágios, como também temos completamente o contrário). Temos tido alguns estágios de sucesso.

Investigador Lá está, para si o diretor de curso tem funções pedagógicas e administrativas.

Entrevistado Completamente.

Investigador Ok! Transmissor ou organizador?

Entrevistado É duplamente facetado. Ele é por inerência parte fundamental, é o

percutor, é ele que inicia e faz todo o ciclo de aprendizagem sujeito à avaliação direta do seu coordenador.

Investigador Avaliador/coordenador?

Entrevistado É um avaliador; se ele tem de fazer a ligação em contexto de trabalho, ele acaba por ser um avaliador nato dos próprios pontos. Se eles chegarem à firma, se não souberem fazer nada, se não souberem cumprir, se não estiverem preparados, ele é logo o avaliador nato do processo e é o responsável máximo também do mesmo.

Investigador Por fim, supervisor/mediador.

Entrevistado Eu acho que vou mais para o supervisor porque acho que não é mediador, o cargo dele está numa posição superior, por isso e que ele é diretor de curso, não é colega, ele é muito mais o supervisor. A presença dele é mais

Comentário [U68]: Comparação com o

cargo de diretor de turma

Comentário [U69]: Trabalho de

natureza mista (administrativo e

pedagógico)

Comentário [U70]: Papel misto

transmissor/organizador

Comentário [U71]: Avaliador

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pedagógica em relação aos outros colegas, é mais refletiva na ação e na avaliação. Por isso, eu acho que é claramente um supervisor.

Investigador Atendendo a estas funções, a estes papéis, nomeadamente ao que referiu nomeadamente ao cargo de diretor de curso, que competências transversais considera que são importantes este diretor de curso tem de ter para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho?

Entrevistado Primeiro: acreditar no que ele está a fazer. Voltamos ao princípio, acreditar que este país precisa mesmo do ensino profissional. Não é ensino de segunda, é uma necessidade imperiosa. Ele precisa de ensinar bem e acreditar que a sua missão é fundamental. Segundo: tem que ter competências transversais, porque ele tem de estar dentro dos conteúdos, na área tecnológica, dominar profundamente a área tecnológica e que permita fazer a ligação à área sociocultural. O que ele precisa de fazer é primeiro acreditar que luta, ser o tal supervisor, ser o tal elemento crítico de equipa, e às vezes aqui não é só dizer bem, mas também dizer mal e enfrentar. Tem que colocar aqui uma ligação muito forte aos projetos, ver se eles são realmente amadurecidos, se realmente esta é a tendência, se a opção foi claramente bem feita, e depois os erros que são irreversíveis. Tem que ser um avaliador e depois tem que ser ou não e tem de ser o elemento que sonha com o sucesso do aluno, que é uma criação de empregabilidade, que é o prosseguimento universitário do mesmo, ou via CET´s ou via especialização tecnológica ou via entrada normal em termos de 12º ano. Por isso, é muito importante que este diretor de curso olhe para as suas tarefas como um materializador de sonhos. Ele é que é o elemento que vai juntamente com os Encarregados de Educação e com o aluno, tornar o sonho possível e validar esse sonho, fazendo a ligação entre a equipa tecnológica, a equipa sociocultural e o mundo ativo.

Investigador Portanto, se bem entendi considera importante que este diretor de curso tenha conhecimentos pedagógicos na área tecnológica profundos, que seja um avaliador reflexivo, que tenha pensamento crítico e que indicadores comportamentais acha importantes?

Entrevistado É muito importante aqui o fator motivacional, principalmente porque nós criamos às vezes que isto é um ensino profissional para os alunos com grandes dificuldades. Nós não podemos ir por aí, e eu para quebrar estes tabus, tenho que lutar primeiro. Eu tenho que mostrar que eu gosto da escola, como o Colégio dos Carvalhos, com forte tradição e que luta para primeiro, o Colégio de Gaia, que são colégios de cariz profissional e que lutam para primeiro. Ora, e é aí que eu acho que nós somos fundamentais; as Novas Oportunidades, não seriam as novas oportunidades mas seriam a última oportunidade de colocarmos o ensino profissional naquilo que já devia ter sido há 30 anos atrás. Nós estamos a recolocar e para o fazermos temos que o fazer com exemplos de grande qualidade. Eu não implemento nada em termos de ensino que não tenha resultados e que não tenha qualidade; eu não convenço ninguém se não conseguir atingir objetivos. Então o que é que se está a pedir aqui? Está-se aqui a pedir o dobro do esforço. Porquê? Porque este tipo de ensino foi descredibilizado durante anos, embora eu há bocado tenha falado de duas

Comentário [U72]: Supervisor

Comentário [U73]: Autoconfiança

Comentário [U74]: Competências

transversais: Know-how técnico, trabalho

em equipa, pensamento crítico,

orientação para os resultados,

planeamento, proatividade/iniciativa

Comentário [U75]: Competências

transversais: Comunicação/Informação,

trabalho em equipa

Comentário [U76]: Competências

transversais: Estabilidade emocional,

compreensão interpessoal

Comentário [U77]: Aspetos

valorizados e desvalorizados

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referências fantásticas, o Colégio dos Carvalhos e o Colégio de Gaia e de outras escolas profissionais, mas no fundo têm rumado contra isto, contra este mito do ensino profissional. Então, o que estamos a ter aqui é a última oportunidade de valorizar e de mostrar que é fundamental o ensino profissional, que ele é fundamental ao desenvolvimento, que é fundamental para o país ter um ensino profissional forte e de certeza que se o tivesse no passado, não teríamos 47% ou 45% de desemprego jovem que temos hoje. A Alemanha não tem desemprego jovem por acaso, nem os países nórdicos têm desemprego jovem por acaso. E nós temos instintos que temos feito mal, por isso, o que estamos aqui a ter, em termos de fundos estruturais é o último apoio. Agora, isto vai implicar que as pessoas se impliquem no ensino profissional e que o façam com elevada qualidade, para mostrar que ele é uma valência, é uma necessidade e que tem valências diferentes do ensino regular, mas que tem valências que por si só são necessidades para o desenvolvimento do país. A partir daí, o que vos está a ser pedido é para vocês fazerem um duplo esforço. E que ao longo dos tempos foi um ensino abandonado pelo próprio estado, foi desvalorizado pelo próprio estado, e então para eu voltar a ter crédito, eu tenho que o fazer muito aberto, para convencer os pais e os miúdos que isto é uma via credível e é uma via que eles podem fazer e vão estar melhor preparados para a faculdade do que o ensino regular, que os pode aproximar do mundo laboral. Eu tenho que fazer muito bem durante muito tempo, para apagar o mal que fiz no passado, por isso é que eu digo assim, quando nós virámos para estas últimas Novas Oportunidades, eu até costumo dizer que isto deveria ser a última oportunidade, mas claramente depois verificamos quando chegamos à frieza dos números que realmente nós precisamos de fazer isto com muita qualidade, com muito nível e que distinga claramente do ensino regular. Ainda dá muito trabalho, porque as mentalidades são sempre as últimas; a última revolução é sempre a das mentalidades, e nós precisamos de ser credíveis para haver revolução de mentalidades.

Investigador Fazendo assim um apanhado, dada a importância deste cargo, considera por aquilo que eu entendi, importante, como competências transversais do diretor de curso, competências pessoais, relacionais, interpessoais e comunicativas?

Entrevistado É claramente um supervisor, é claramente um professor, é claramente o elemento que vai dar o gosto à equipa pedagógica e que vai assumir com o aluno e com os encarregados de educação as concretizações dos sonhos e do futuro do aluno.

Investigador Bom, professor terminamos a nossa viagem, a nossa entrevista, e gostaria de perguntar se quer referir algum aspeto no âmbito das perguntas que lhe foram colocadas.

Entrevistado Não, eu quero desejar-te uma continuação de um trabalho de excelência, é sempre um privilégio falar de ensino. Eu até gostaria de falar com todos sobre o ensino, a nossa escola e dizer-lhes que estamos contentes de te ver fazer este esforço, também sentimos que vamos ganhar com esse esforço. Conta connosco para o que for preciso e nós também contamos contigo!

Comentário [U78]: Aspetos

valorizados e desvalorizados

Comentário [U79]: Competências

transversais: Comunicação/Informação,

trabalho eme quipá, planeamento

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33 Sílvia da Silva Vieira

Investigador Gostaria de fazer alguma sugestão?

Entrevistado Faça o favor de ser feliz! Continue a estudar e a atualizar-se!

Investigador Agradeço mais uma vez a disponibilidade dispensada, tenho a certeza que vamos tirar muitos contributos positivos desta conversa, quer para mim, quer para o Externato.

Entrevistado Eu acho que o nosso aluno merece isso tudo! Acho que merece este esforço! Embora sendo um alfaiate pequenino, somos um alfaiate de qualidade, que respeita muito todos, e que acima de tudo conjugamos a terceira pessoa; aqui não sou

que faz a diferença, porque sempre fomos assim, mesmo quando éramos conhecidos pelo X. A primeira coisa que o X dizia é eu não sou um; a soma das partes é muito mais que o todo e o todo é muito mais que a soma das partes, e a soma somos nós, e é isso que nos faz 60 anos depois, manter este oásis no centro da cidade.

Investigador Muito obrigada, professor DP pela sua disponibilidade!

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34 Sílvia da Silva Vieira

Anexo IV

Entrevistas e análise do conteúdo das entrevistas efetuadas ao Coordenador dos Cursos, Diretores de Curso e Diretores de Turma do Ensino Profissional

Entrevista e análise do conteúdo da entrevista efetuada à Coordenação dos Cursos Profissionais, C

Investigador Desde já agradeço a sua disponibilidade para esta entrevista, Professor C coordenador dos cursos do ensino profissional. Como já deve saber, esta entrevista surge no âmbito da minha dissertação de mestrado, cujo tema é o perfil de competências transversais a deter por um diretor de curso do ensino profissional, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho. Estou certa que, desta investigação poderão resultar contributos interessantes para a minha dissertação e também, para melhorar alguns aspetos desta organização.

Tem alguma dúvida sobre a entrevista ou sobre a investigação?

Entrevistado Não.

Investigador Para um registo exato das suas respostas, permite-me que grave a sua entrevista?

Entrevistado Preferia que registasse as minhas respostas.

Investigador Ok, tudo bem! No entanto, quero garantir-lhe o anonimato no momento da transcrição desta entrevista, isto é, o seu nome não será referido.

Entrevistado Tudo bem!

Investigador Faça uma apreciação geral do Diretor de Curso no contexto dos Cursos Profissionais, referindo os aspetos positivos, negativos, valorizados e desvalorizados inerentes a este cargo.

Entrevistado O cargo de Diretor de Curso, nos cursos profissionais, é um cargo com exigências que obriga a uma dedicação extrema do profissional. Funções como a articulação pedagógica, o acompanhamento e avaliação das ações, o contacto e a seleção das entidades para a FCT bem como a sua avaliação, a gestão da formação, o acompanhamento do aluno ao longo do curso, entre outras, tornam o trabalho do Diretor de Curso, um trabalho envolvente, exigente e passível de falha por excesso de trabalho.

Por outro lado o Diretor de Curso, pelo acompanhamento que tem que fazer aos alunos e ao próprio curso pode estabelecer uma relação muito próxima com os alunos bem como adquirir um conhecimento aprofundado do curso e sua estrutura.

Comentário [U80]: Pertinência do

cargo

Comentário [U81]: Aspetos positivos e

negativos: aspetos negativos

Comentário [U82]: Aspetos positivos e

negativos: aspetos positivos

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35 Sílvia da Silva Vieira

Investigador Em relação a este cargo, pensa que os aspetos referidos na legislação e no Regulamento Interno do Externato são claros e suficientes, ou é de opinião que devem ser introduzidas algumas alterações?

Entrevistado Penso que sim. São claros e suficientes, no entanto, também penso que são demasiados para o número de horas atribuídas para a execução das tarefas.

Investigador Faça uma breve comparação entre este cargo e o cargo de Diretor de Turma.

Entrevistado O Diretor de Curso tem uma função mais relacionada com a gestão da equipa e relação com as entidades externas. O Diretor de Turma tem como função a relação com o aluno e o Encarregado de Educação bem como com a gestão do desempenho dos alunos e sua assiduidade.

Investigador No desempenho do cargo de Diretor de Curso, que papéis/funções considera mais importantes? Dê a sua opinião sobre os seguintes pares:

O diretor de curso é (ou desenvolve um trabalho):

Líder, Gestor ou ambos?

Entrevistado Ambos

Investigador Pedagógico, Administrativo ou ambos?

Entrevistado Mais administrativo.

Investigador Transmissor, Organizador ou ambos?

Entrevistado Organizador.

Investigador Avaliador, Coordenador ou ambos?

Entrevistado Em alguns aspetos coordenador e noutros avaliador.

Investigador Supervisor, Mediador ou ambos?

Entrevistado Mediador.

Investigador Atendendo às funções e competências específicas do Diretor de Curso nos cursos profissionais, que competências transversais ou indicadores comportamentais considera que o mesmo deve deter, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho?

Entrevistado A nível da execução: Planeamento e cumprimento das metas, Tomada de decisões coordenadas com a Coordenação, Propostas inovadoras e capacidade de iniciativa, Gestão da ação, Resistência às adversidades, Vontade de saber mais e procura de formação.

Comentário [U83]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI

Comentário [U84]: Comparação com o

cargo de diretor de turma: diferenças

Comentário [U85]: Papel misto líder e

gestor

Comentário [U86]: Administrativo

Comentário [U87]: Organizador

Comentário [U88]: Papel misto de

coordenador e avaliador

Comentário [U89]: Mediador

Comentário [U90]: Competências

transversais na execução: planeamento,

tomada de decisão, resolução de

problemas, inovação/criatividade,

proatividade/iniciativa, gestão, resiliência,

Know-how técnico

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36 Sílvia da Silva Vieira

A nível de Avaliação: Cumprimento de metas individuais mas acima de tudo coletivas, Procura da satisfação e valorização do grupo e aferição dos resultados, Orientação para a eficácia.

A nível individual: Capacidade de adaptação à mudança, Capacidade de liderança e de reunião de consensos, Capacidade de organização e de análise.

Investigador Gostaria de referir mais algum aspeto no âmbito das questões que temos vindo a abordar?

Entrevistado Deseja fazer alguma sugestão neste domínio?

Investigador Não.

Entrevistas e análise do conteúdo das entrevistas efetuada aos Diretores de Curso do Ensino Profissional

Entrevista e análise do conteúdo da entrevista efetuada ao Diretor de Curso, DC1

Investigador Desde já agradeço a tua disponibilidade para esta entrevista, Professor DC1 Diretor de Curso do ensino profissional. Como já deves saber, esta entrevista surge no âmbito da minha dissertação de mestrado, cujo tema é o perfil de competências transversais a deter por um diretor de curso do ensino profissional, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho. Estou certa que desta investigação poderão resultar contributos interessantes para a minha dissertação e também, para melhorar alguns aspetos desta organização.

Tens alguma dúvida sobre a entrevista ou sobre a investigação?

Entrevistado Não.

Investigador Para um registo exato das tuas respostas, permites-me que grave a tua entrevista?

Entrevistado Preferia que anotasses as minhas respostas.

Investigador Ok, não há problema! No entanto, quero garantir-te o anonimato no momento da transcrição desta entrevista, isto é, o teu nome não será referido.

Entrevistado Tudo bem!

Comentário [U91]: Competências

transversais na avaliação: orientação para

os resultados, orientação para a

qualidade, trabalho em equipa,

pensamento crítico

Comentário [U92]: Competências

transversais individuais: flexibilidade,

adaptação à mudança, liderança,

organizaçõ, análise e decisão, negociação

e persuasão

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37 Sílvia da Silva Vieira

Investigador Faz uma apreciação geral do Diretor de Curso no contexto dos Cursos Profissionais, referindo os aspetos positivos, negativos, valorizados e desvalorizados inerentes a este cargo.

Entrevistado O cargo de Diretor de Curso tem aspetos positivos, nomeadamente o facto de se gerir o curso e organizá-lo. No entanto, considero que os aspetos burocráticos e administrativos são negativos.

Investigador Em relação a este cargo, pensas que os aspetos referidos na legislação e no Regulamento Interno do Externato são claros e suficientes, ou és de opinião que devem ser introduzidas algumas alterações?

Entrevistado Do meu ponto de vista, a legislação nem sempre é clara relativamente às funções específicas do Diretor de Curso. Penso que é necessário introduzir algumas alterações, nomeadamente no que diz respeito às tarefas pedagógicas, pois, face ao trabalho administrativo que fica a cargo do diretor de curso, resta muito pouco tempo para a parte pedagógica e de mediação.

Investigador Faz uma breve comparação entre este cargo e o cargo de Diretor de Turma.

Entrevistado Apesar de constituírem um par pedagógico fundamental para o funcionamento da turma e do curso, apresentam funções e responsabilidades diferentes, mas que devem trabalhar em sintonia para uma boa qualidade do curso e o sucesso dos alunos. Assim, o diretor de curso encarrega-se da gestão do curso, nomeadamente a organização e atualização dos DTP´s e do cronograma. Por sua vez, o diretor de turma gere as questões da turma, a assiduidade, o contacto com os Encarregados de Educação e a elaboração do PCT.

Investigador No desempenho do cargo de Diretor de Curso, que papéis/funções consideras mais importantes? Dá a tua opinião sobre os seguintes pares:

O diretor de curso é um líder, gestor ou ambos?

Entrevistado Gestor. Para ser um bom gestor é preciso ter em mente que resultado obtido deve ser o que mais importa. Saber administrar diferenças de opiniões, de comportamentos, de modos de vida e saber tirar proveito e vantagem de acordo com as qualidades de cada membro da equipa é o que diferencia um bom gestor de um gestor medíocre. Falar é fácil mas entender a dinâmica de um grupo, visualizar e suavizar as diferenças entre as pessoas é uma tarefa árdua e muito complicada.

Investigador Pedagógico, Administrativo ou ambos?

Entrevistado Administrativo, que está relacionada diretamente a todo o trabalho

desenvolvido na escola, propiciando um bom andamento e a melhoria das tarefas

burocráticas imprescindíveis para a organização da instituição. Uma das ações do

gestor escolar, levando em consideração a competência técnico-administrativa, refere-

Comentário [U93]: Aspetos positivos e

negativos: aspetos positivos

Comentário [U94]: Aspetos positivos e

negativos: aspetos negativos

Comentário [U95]: Aspetos

evidenciados legislação e RI

Comentário [U96]: Aspetos

evidenciados legislação e RI: alterações

Comentário [U97]: Comparação com o

cargo DT: importância

Comentário [U98]: Comparação com o

cargo DT

Comentário [U99]: Comparação com o

cargo DT: diferenças

Comentário [U100]: Gestor

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38 Sílvia da Silva Vieira

se ao cuidado de conservação e preservação do património da escola. Fazem parte

desse património os bens materiais e os imateriais pois ambos expressam o sentido

social da escola.

Investigador Transmissor, Organizador ou ambos?

Entrevistado Organizador, pois basicamente faz trabalhos simples da secretaria da escola; atende ao público, organiza arquivos, redige documentos e faz atividades afins sob a supervisão do secretário.

Investigador Avaliador, Coordenador ou ambos?

Entrevistado Coordenador é fundamental no ambiente escolar, pois ele promove a integração dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, estabelecendo relações interpessoais de forma saudável.

Investigador Supervisor, Mediador ou ambos?

Entrevistado Supervisor. A supervisão educacional ou escolar constitui-se num trabalho profissional que tem o compromisso juntamente com os professores de garantir os princípios de liberdade e solidariedade humana, no pleno desenvolvimento do educando, na sua preparação para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho e, para isso assegurar a qualidade de ensino, da educação, da formação humana.

Investigador Atendendo às funções e competências específicas do Diretor de Curso nos cursos profissionais, que competências transversais ou indicadores comportamentais consideras que o mesmo deve deter, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho?

Entrevistado Para ser um bom gestor é preciso ter em mente que resultado obtido deve ser o que mais importa. Falar é fácil mas entender a dinâmica de um grupo, visualizar e suavizar as diferenças entre as pessoas é uma tarefa árdua e muito complicada. O diretor de curso deve ter uma excelente competência comunicativa e, sobretudo, deve dominar os conhecimentos teóricos do curso e as questões pedagógicas transversais a todas as disciplinas. Saber administrar diferenças de opiniões, de comportamentos, de modos de vida e saber tirar proveito e vantagem de acordo com as qualidades de cada membro da equipa é o que diferencia um bom gestor de um gestor medíocre.

Comentário [U101]: Administrativo

Comentário [U102]: Organizador

Comentário [U103]: Coordenador

Comentário [U104]: Supervisor

Comentário [U105]: Competências

transversais: orientação para os resultados,

trabalho em equipa, eficácia

comunicacional, compreensão

interpessoal, flexibilidade, know-how

técnico, resiliência e adaptação à mudança

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39 Sílvia da Silva Vieira

Investigador Gostaria de referir mais algum aspeto no âmbito das questões que temos vindo a abordar? Ou de fazer alguma sugestão neste domínio?

Entrevistado Não. Bom trabalho!

Entrevista e análise do conteúdo da entrevista efetuada ao Diretor de Curso, DC2

Investigador Desde já agradeço a tua disponibilidade para esta entrevista, Professora DC2 Diretora de Turma de um Curso Profissional. Como já deves saber, esta entrevista surge no âmbito da minha dissertação de mestrado, cujo tema é o perfil de competências transversais a deter por um diretor de curso do ensino profissional, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho. Estou certa que, desta investigação poderão resultar contributos interessantes para a minha dissertação e também, para melhorar alguns aspetos desta organização.

Tens alguma dúvida sobre a entrevista ou sobre a investigação?

Entrevistado Não.

Investigador Para um registo exato das tuas respostas, posso gravar a tua entrevista?

Entrevistado Prefiro que registasses as minhas respostas.

Investigador Muito bem! No entanto, quero garantir-te o anonimato no momento da transcrição desta entrevista, isto é, o teu nome não será referido.

Investigador Faz uma apreciação geral do Diretor de Curso no contexto dos Cursos Profissionais, referindo os aspetos positivos, negativos, valorizados e desvalorizados inerentes a este cargo.

Entrevistado O cargo de Diretor de Curso nos Cursos Profissionais é pertinente porque facilita o desenvolvimento geral do curso, facilita a coordenação da gestão curricular, por conjugar um conhecimento global da legislação, do currículo, dos programas, da equipa pedagógica e das necessidades dos alunos, possibilita a coordenação e articulação do trabalho de todos os intervenientes no processo formativo e permite desenvolver parcerias com entidades de acolhimento. No entanto, existem aspetos negativos inerentes a este cargo, por exemplo, a estigmatização negativa do perfil dos alunos dos Cursos Profissionais pode gerar receio de desempenho do cargo em muitos professores, por anteverem situações comportamentais problemáticas. Desta forma, considero que os motivos da valorização do cargo relacionam-se com a quantidade e natureza do trabalho, o desafio positivo colocado pela articulação escola-empresas, a detenção de conhecimento sobre o funcionamento dos Cursos Profissionais, o poder atribuído ao cargo e a competência na tomada de decisões. Os motivos da desvalorização do cargo prendem-se com a representação negativa dos Cursos Profissionais, visto que

Comentário [U106]: Pertinência do

cargo

Comentário [U107]: Aspetos positivos

e negativos: aspetos negativos

Comentário [U108]: Aspetos

valorizados e desvalorizados: aspetos

valorizados

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40 Sílvia da Silva Vieira

eles estão descredibilizados junto de professores e alunos, devido à representação negativa do perfil dos alunos que os frequentam.

Investigador Em relação a este cargo, pensa que os aspetos referidos na legislação e no Regulamento Interno do Externato são claros e suficientes, ou é de opinião que devem ser introduzidas algumas alterações?

Entrevistado As atribuições do Diretor de Curso previstas na legislação e no Regulamento Interno do Externato estão adequadas. No entanto, considero que para as funções a desempenhar pelo Diretor de Curso, o número de horas estipulado por lei para o seu cumprimento deveria ser superior.

Investigador Faz uma breve comparação entre este cargo e o cargo de Diretor de Turma.

Entrevistado A natureza administrativa do trabalho de Diretor de Curso permite distinguir este cargo do de Diretor de Turma, cujo trabalho é predominantemente pedagógico.

Investigador No desempenho do cargo de Diretor de Curso, que papéis/funções consideras mais importantes?

Entrevistado Todas.

Investigador Dá a tua opinião sobre os seguintes pares:

O diretor de curso é (ou desenvolve um trabalho): líder, gestor ou ambos?

Entrevistado O Diretor de Curso é um líder da equipa pedagógica e é simultaneamente um gestor da organização do curso.

Investigador Pedagógico, administrativo ou ambos?

Entrevistado O cargo de Diretor de Curso tem uma natureza dupla, pedagógica e administrativa, de igual preponderância. Investigador Transmissor, organizador ou ambos?

Entrevistado O Diretor de Curso tem um papel misto de organizador e transmissor.

Investigador Avaliador, coordenador ou ambos?

Entrevistado O Diretor de Curso é um coordenador em geral.

Investigador Supervisor, mediador ou ambos?

Entrevistado O Diretor de Curso é um supervisor e um mediador. O papel de mediador é exercido com uma grande variedade de interlocutores. O Diretor de Curso é um supervisor do trabalho administrativo dos professores da equipa pedagógica.

Comentário [U109]: Aspetos

valorizados e desvalorizados: aspetos

desvalorizados

Comentário [U110]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI

Comentário [U111]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI: alterações

Comentário [U112]: Comparação com

o cargo de diretor de turma: diferenças

Comentário [U113]: Papel misto

líder/gestor

Comentário [U114]: Natureza de

trabalho misto: pedagógico e

administrativo

Comentário [U115]: Papel misto de

organizador e transmissor

Comentário [U116]: Coordenador

Comentário [U117]: Papel misto de

supervisor e mediador

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41 Sílvia da Silva Vieira

Investigador Atendendo às funções e competências específicas do Diretor de Curso nos cursos profissionais, que competências transversais ou indicadores comportamentais consideras que o mesmo deve deter, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho?

Entrevistado O diretor de curso deve ter um profundo conhecimento da legislação dos Cursos Profissionais e da dinâmica da escola e dos seus recursos humanos e materiais. Além disso, deve aliar os conhecimentos da área técnica com conhecimentos globais sobre o curso. É claro que a experiência profissional confere ao Diretor de Curso conhecimentos e competências abrangentes. As suas principais competências prendem-se com o saber gerir e liderar, saber executar trabalho administrativo, ser um bom profissional na sua disciplina, saber criar uma boa relação pedagógica com os alunos baseada na confiança, no respeito, no reconhecimento da competência e numa atuação firme e adequada, saber atualizar-se e adaptar-se, isto é, deve ter capacidade e vontade de atualização de práticas profissionais e de adaptação à mudança. A motivação para o desempenho, o empenhamento no desempenho e a capacidade de distanciamento relativamente à função docente, são atitudes que o mesmo deve tomar em relação ao exercício do cargo. Ele deve conquistar o estatuto de líder, pelas suas qualidades de liderança e de capacidade de decisão. Não nos podemos esquecer das suas qualidades pessoais: deve ser sociável, desinibido, comunicativo, empático, um bom ouvinte, persuasivo, persistente, dinâmico, organizado, responsável, justo e autocrítico.

Investigador Gostarias de referir mais algum aspeto no âmbito das questões que temos vindo a abordar?

Entrevistado Não.

Investigador Desejas fazer alguma sugestão neste domínio?

Entrevistado Não.

Entrevista e análise do conteúdo da entrevista efetuada ao Diretor de Curso, DC3

Investigador Desde já agradeço a sua disponibilidade para esta entrevista, Professora DC3 Diretora de um Curso Profissional. Como já deve saber, esta entrevista surge no âmbito da minha dissertação de mestrado, cujo tema é o perfil de competências transversais a deter por um diretor de curso do ensino profissional, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho. Estou certa que, desta investigação poderão resultar contributos interessantes para a minha dissertação e também, para melhorar alguns aspetos desta organização.

Tem alguma dúvida sobre a entrevista ou sobre a investigação?

Comentário [U118]: Competências

transversais: Know-how técnico,

pensamento crítico, liderança e tomada de

posição, gestão, proatividade,

comunicação/Informação, eficácia

comunicacional, compreensão

interpessoal, estabilidade emocional

empatia, resiliência e adaptação à

mudança, ética, valores e responsabilidade,

negociação e persuasão

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

42 Sílvia da Silva Vieira

Entrevistado Não.

Investigador Para um registo exato das suas respostas, permite que grave a sua entrevista?

Entrevistado Se não se importa, preferia que registasse as minhas respostas.

Investigador Está bem! No entanto, quero garantir-lhe o anonimato no momento da transcrição desta entrevista, isto é, o seu nome não será referido.

Entrevistado Assim, fico mais descansada!

Investigador Faça uma apreciação geral do Diretor de Curso no contexto dos Cursos Profissionais, referindo os aspetos positivos, negativos, valorizados e desvalorizados inerentes a este cargo.

Entrevistado O Diretor de Curso tem que ser um representante institucional da escola e um interlocutor junto do meio, das instituições e das empresas. Deve assumir um papel fundamental que induzirá um mais apropriado desempenho dos professores, assumindo uma liderança pedagógica que dinamize a ação conjunta e mobilize para a construção de projetos destinados ao sucesso educativo. Além disso, deve criar oportunidades para a inovação pedagógica e deve orientar a formação da equipa formativa. Os aspetos referidos são todos positivos. Como aspetos negativos, aponto a disponibilidade de tempo que nos é concedida e impeditiva de os realizar.

Investigador Em relação a este cargo, pensa que os aspetos referidos na legislação e no Regulamento Interno do Externato são claros e suficientes, ou é de opinião que devem ser introduzidas algumas alterações?

Entrevistado O Regulamento Interno do Externato rege-se pela legislação, adequando sempre que possível aos nossos cursos e ao nosso público-alvo.

Investigador Faça uma breve comparação entre este cargo e o cargo de Diretor de Turma.

Entrevistado O Diretor de Turma tem uma função específica e determinada no que se refere ao acompanhamento dos alunos e a sua ligação à família. Considero este ponto fundamental. Acresce ainda, que o acompanhamento permanente possibilitará um balanço sistemático induzindo o aluno a proceder com regularidade a uma auto avaliação do seu percurso e incutindo nele a sua responsabilização permanente. O Diretor de Curso deve dominar competências de trabalho cooperativo, valorizando a participação e a interatividade, assumindo um trabalho em equipa como troca de experiências, motivando e representando uma mais-valia para a coesão da equipa.

Investigador No desempenho do cargo de Diretor de Curso, que papéis/funções considera mais importantes? Dê a sua opinião sobre os seguintes pares:

O diretor de curso é (ou desenvolve um trabalho):

1. Líder, gestor ou ambos?

Comentário [U119]: Pertinência do

cargo

Comentário [U120]: Aspetos positivos

e negativos: aspetos positivos

Comentário [U121]: Aspetos positivos

e negativos: aspetos negativos

Comentário [U122]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI

Comentário [U123]: Comparação com

o cargo de diretor de turma: diferenças

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

43 Sílvia da Silva Vieira

2. Pedagógico, administrativo ou ambos? 3. Transmissor, organizador ou ambos? 4. Avaliador, coordenador ou ambos? 5. Supervisor, mediador ou ambos?

Entrevistado No desempenho do cargo de Diretor de Curso, todos estes aspetos, na minha opinião, se entrelaçam, preponderando um ou outro, conforme as situações. Isto porque nos deparámos com uma diversidade de competências específicas do diretor de curso que são fundamentais, pois o mesmo é responsável por promover reuniões regulares com os alunos de forma a fazer um acompanhamento da formação e corrigir percursos e insuficiências detetadas e esclarecendo dúvidas; coordenar a equipa formativa; convocar o Conselho de Turma ou professores para reformular estratégias ou linhas de ação; presidir às reuniões do Conselho de Turma; manter atualizado o Dossier Técnico Pedagógico; verificar as pautas modulares e a sua afixação, assim como verificar os termos; articular com os monitores da Formação em Contexto de Trabalho, selecionar empresas, elaborar protocolos e distribuir alunos; coordenar todas as atividades relacionadas com a PAP; proceder ao controlo mensal das horas lecionadas, elaborando o cronograma da formação, em articulação com o coordenador dos cursos.

Investigador - Atendendo às funções e competências específicas do Diretor de Curso nos cursos profissionais que mencionou na questão anterior, que competências transversais ou indicadores comportamentais considera que o mesmo deve deter, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho?

Entrevistado Como já referi anteriormente, este diretor de curso deve dominar competências de trabalho cooperativo, valorizando a interatividade e participação, e simultaneamente assumindo um trabalho de equipa, como troca de experiências, motivando e representando uma mais-valia para a coesão da equipa.

Investigador Gostaria de referir mais algum aspeto no âmbito das questões que temos vindo a abordar?

Entrevistado Gostaria de sublinhar a necessidade de uma pedagogia ativa e cooperativa de forma a solucionarmos com pertinência e eficácia uma série de situações que naturalmente nos vão surgindo sempre

Investigador Muito bem! Deseja fazer alguma sugestão neste domínio?

Entrevistado Não.

Comentário [U124]: Papel misto de

líder/gestor

Comentário [U126]: Papel misto de

organizador e transmissor

Comentário [U125]: Natureza de

trabalho mista: pedagógico e

administrativo

Comentário [U127]: Papel misto de

coordenador e avaliador

Comentário [U128]: Papel misto de

supervisor e mediador

Comentário [U129]: Trabalho em

equipa, proatividade/iniciativa,

estabilidade emocional e empatia

Comentário [U130]: Outros aspetos:

sugestões- pedagogia ativa e cooperativa

para a resolução rápida e eficaz de

problemas pertinentes

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

44 Sílvia da Silva Vieira

Entrevista e análise do conteúdo da entrevista efetuada aos Diretores de Turma do Ensino Profissional

Entrevista e análise do conteúdo da entrevista efetuada ao Diretor de Turma, DT1

Investigador Desde já agradeço a tua disponibilidade para esta entrevista, Professora DT1 Diretora de Turma de um Curso Profissional. Como já deves saber, esta entrevista surge no âmbito da minha dissertação de mestrado, cujo tema é o perfil de competências transversais a deter por um diretor de curso do ensino profissional, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho. Estou certa que, desta investigação poderão resultar contributos interessantes para a minha dissertação e também, para melhorar alguns aspetos desta organização.

Tens alguma dúvida sobre a entrevista ou sobre a investigação?

Entrevistado Não.

Investigador Para um registo exato das tuas respostas, permites-me que grave a tua entrevista?

Entrevistado Se não te importas, preferia que registasses algumas notas.

Investigador Muito bem! No entanto, quero garantir-te o anonimato no momento da transcrição desta entrevista, isto é, o teu nome não será referido.

Entrevistado Ok, por mim podemos começar!

Investigador Faz uma apreciação geral do Diretor de Curso no contexto dos Cursos Profissionais, referindo os aspetos positivos, negativos, valorizados e desvalorizados inerentes a este cargo.

Entrevistado Relativamente a este cargo, é um pouco difícil distinguir os aspetos positivos dos negativos. Positivamente, o cargo de diretor de curso deve ser o meio de comunicação mais rápido entre pares e comunidade escolar, sendo que essa comunicação deve funcionar numa posição de igualdade, respeito e partilha. Negativamente, se é imposta uma hierarquia e um distanciamento, o conceito de turma como grupo e o conselho de turma nunca irão funcionar. O trabalho de diretor de curso nem sempre é valorizado com o devido rigor, isto porque, apesar de serem identificados os melhores profissionais nesta área, nem sempre os piores são chamados à atenção, nem são reconhecidos reforços positivos e negativos no trabalho efetuado.

Investigador Em relação a este cargo, pensas que os aspetos referidos na legislação e no Regulamento Interno do Externato são claros e suficientes, ou és de opinião que devem ser introduzidas algumas alterações?

Comentário [U131]: Aspetos positivos

e negativos: aspetos positivos

Comentário [U132]: Aspetos positivos

e negativos: aspetos negativos

Comentário [U133]: Aspetos

valorizados e desvalorizados: aspetos

valorizados

Comentário [U134]: Aspetos

valorizados e desvalorizados: aspetos

desvalorizados

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

45 Sílvia da Silva Vieira

Entrevistado No que diz respeito à legislação e ao Regulamento Interno, não tenho um conhecimento profundo dos aspetos referidos par um diretor de curso, uma vez que nunca me foi atribuído este cargo. Se pensar numa leitura transversal, que já realizei, não me lembro de ter dúvidas, o que me fez crer que são claros.

Investigador Faz uma breve comparação entre este cargo e o cargo que deténs, o de Diretor de Turma.

Entrevistado Ambos são cargos de grande responsabilidade. As funções do diretor de curso prendem-se mais com a gestão do curso: organizar e atualizar os DTP´s, o cronograma e realizar a coordenação com os alunos. Como diretora de turma, tenho de me preocupar com as questões relacionadas com a turma, como por exemplo, a assiduidade, o envio de faltas, os contactos com os Encarregados de Educação e também as questões de ordem disciplinar.

Investigador No desempenho do cargo de Diretor de Curso, que papéis/funções consideras mais importantes? Dá também a tua opinião sobre os seguintes pares:

O diretor de curso é (ou desenvolve um trabalho):

6. Líder ou Gestor ou ambos? 7. Pedagógico ou Administrativo ou ambos? 8. Transmissor ou Organizador ou ambos? 9. Avaliador ou Coordenador ou ambos? 10. Supervisor ou Mediador ou ambos?

Entrevistado O diretor de curso deve ser um líder que saiba bem gerir o seu trabalho e o trabalho de todos os intervenientes do curso. Essencialmente deve-se basear numa função pedagógica, contudo esta só irá funcionar se souber realizar uma função administrativa e organizada. Aliás, é um organizador que saiba transmitir corretamente essa organização. Terá que ser um coordenador que faça a interligação entre as tarefas e os trabalhos de todos que fazem parte da sua equipa pedagógica, o que consequentemente, o levará a avaliar a eficácia desses processos ou desses trabalhos. Além disso, tendo em conta que o diretor de curso é o meio de comunicação mais próximo com os topos da hierarquia, deve manter as características de supervisor e mediador em igualdade.

Investigador Atendendo às funções e competências específicas do Diretor de Curso nos cursos profissionais, que competências transversais ou indicadores comportamentais consideras que o mesmo deve deter, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho?

Entrevistado Fazendo a ligação com o que referi na questão anterior, o diretor de curso do ensino profissional deve ser proactivo, comunicativo, um líder não autoritário que saiba partilhar e trabalhar em equipa, com a devida dimensão de compreensão interpessoal, e não fazer diferenciação entre as diversas áreas e posições profissionais. Se pensarmos no domínio alargado à comunidade escolar, deve ser uma

Comentário [U135]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI

Comentário [U136]: Comparação com

o cargo de DT: semelhanças

Comentário [U137]: Comparação com

o cargo de DT: diferenças

Comentário [U138]: Papel misto de

líder e gestor

Comentário [U139]: Natureza de

trabalho mista: pedagógico e

administrativo

Comentário [U140]: Papel misto de

organizador e transmissor

Comentário [U141]: Papel misto de

coordenador e avaliador

Comentário [U142]: Papel misto de

supervisor e mediador

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

46 Sílvia da Silva Vieira

pessoa responsável que a cada momento evidencia ética e valores pretendidos pela escola. É importante que seja uma pessoa resiliente, adaptado ao rápido surgimento de situações novas e inesperadas, que podem levar a seguir percursos diferentes num curto espaço de tempo. Também é fundamental que saiba utilizar a

coerência.

Investigador Gostarias de referir mais algum aspeto no âmbito das questões que temos vindo a abordar?

Entrevistado Não, apenas continuação de um bom trabalho!

Investigador Obrigada! Desejas fazer alguma sugestão neste domínio?

Entrevistado Não, por mim, já terminamos.

Investigador Muito obrigada pela tua disponibilidade e colaboração!

Entrevista e análise do conteúdo da entrevista efetuada ao Diretor de Turma, DT2

Investigador Desde já agradeço a tua disponibilidade para esta entrevista, Professor DT2 Diretor de Turma de um Curso Profissional. Como já deves saber, esta entrevista surge no âmbito da minha dissertação de mestrado, cujo tema é o perfil de competências transversais a deter por um diretor de curso do ensino profissional, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho. Estou certa que, desta investigação poderão resultar contributos interessantes para a minha dissertação e também, para melhorar alguns aspetos desta organização.

Tens alguma dúvida sobre a entrevista ou sobre a investigação?

Entrevistado Não.

Investigador Para um registo exato das tuas respostas, permites-me que grave a tua entrevista?

Entrevistado Preferia que registasses as minhas respostas.

Investigador Muito bem! No entanto, quero garantir-te o anonimato no momento da transcrição desta entrevista, isto é, o teu nome não será referido.

Entrevistado Ok, vamos a isto!

Investigador Faz uma apreciação geral do Diretor de Curso no contexto dos Cursos Profissionais, referindo os aspetos positivos, negativos, valorizados e desvalorizados inerentes a este cargo.

Comentário [U143]: Competências

transversais: liderança,

proatividade/iniciativa, trabalho em

equipa, comunicação/informação,

compreensão interpessoal, ética, valores e

responsabilidade, resiliência e adaptação

à mudança, flexibilidade, resolução de

problemas.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

47 Sílvia da Silva Vieira

Entrevistado O cargo de diretor de curso apresenta aspetos positivos, nomeadamente o facto de organizar, gerir e controlar o curso. No entanto, considero que existe uma elevada carga de aspetos burocráticos e administrativos inerentes ao cargo, que impede um trabalho mais eficiente e eficaz do diretor do curso.

Investigador Em relação a este cargo, pensas que os aspetos referidos na legislação e no Regulamento Interno do Externato são claros e suficientes, ou és de opinião que devem ser introduzidas algumas alterações?

Entrevistado A legislação nem sempre é clara relativamente às funções específicas do diretor de curso. Penso que é necessário introduzir algumas alterações, nomeadamente no que diz respeito às tarefas pedagógicas, pois, face ao trabalho administrativo que fica a cargo do diretor de curso, resta muito pouco tempo para a parte pedagógica e de mediação.

Investigador Faz uma breve comparação entre este cargo e o cargo de Diretor de Turma.

Entrevistado O diretor de curso tem como função organizar, controlar e gerir o curso, enquanto o diretor de turma tem como função um trabalho mais prático junto dos elementos da turma, encarregados de educação e professores.

Investigador No desempenho do cargo de Diretor de Curso, que papéis/funções consideras mais importantes? Dá a tua opinião sobre os seguintes pares:

O diretor de curso é (ou desenvolve um trabalho):

Líder, gestor ou ambos?

Entrevistado Líder, pois manifesta comportamentos que orientam e motivam os outros numa direção clara. Isto implica dinamizar e comprometer a equipa com objetivos mais amplos e padrões de desempenho superiores, responsabilizando-os pelos resultados obtidos e reconhecendo os seus sucessos. Pressupõe ainda, o apoio e aprendizagem no desenvolvimento dos seus colaboradores, fornecendo feedback, em tempo útil e focalizando o desempenho individual. Nos níveis mais elevados, implica solicitar feedback da sua equipa sobre as suas próprias competências de liderança. Investigador Pedagógico, administrativo ou ambos?

Entrevistado Administrativo, que está relacionado diretamente a todo o trabalho desenvolvido na escola, propiciando um bom andamento e a melhoria das tarefas burocráticas imprescindíveis para a organização da instituição. Investigador Transmissor, organizador ou ambos?

Entrevistado Organizador, pois basicamente faz trabalhos simples da secretaria da escola; atende ao público, organiza arquivos, redige documentos e faz atividades afins. Investigador Avaliador, coordenador ou ambos?

Comentário [U144]: As petos

positivos e negativos do cargo: aspetos

positivos

Comentário [U145]: Aspetos positivos

e negativos do cargo: aspetos negativos

Comentário [U146]: Aspetos

evidenciados na legislação

Comentário [U147]: Aspetos

evidenciados na legislação alterações

Comentário [U148]: Comparação com

o cargo de DT: diferenças

Comentário [U149]: Líder

Comentário [U150]: Administrativo

Comentário [U151]: Organizador

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

48 Sílvia da Silva Vieira

Entrevistado Coordenador. É fundamental no ambiente escolar, pois ele promove a integração dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, estabelecendo relações interpessoais de forma saudável. Investigador Supervisor, mediador ou ambos?

Entrevistado Supervisor, porque em conjunto com a sua equipa de professores contribui para o desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem dos alunos, garantindo a qualidade do curso e o sucesso dos alunos.

Investigador Atendendo às funções e competências específicas do Diretor de Curso nos cursos profissionais, que competências transversais ou indicadores comportamentais consideras que o mesmo deve deter, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho?

Entrevistado O diretor de curso deve possuir competências de planeamento, de liderança, orientação para os resultados e claro, capacidade de iniciativa. Face às diversas funções que realiza, deve ser criativo, inovador e proactivo. Deve ainda ter apetências para trabalhar em equipa, com boas capacidades de comunicação. Quando confrontado com problemas ou novas situações, deve ser adaptado às mudanças no seu trabalho.

Investigador Gostarias de referir mais algum aspeto no âmbito das questões que temos vindo a abordar?

Entrevistado Nada a acrescentar.

Investigador Desejas fazer alguma sugestão neste domínio?

Entrevistado Nada a acrescentar.

Investigador Muito obrigada pela tua disponibilidade!

Entrevista e análise do conteúdo da entrevista efetuada ao Diretor de Turma, DT3

Investigador Desde já agradeço a tua disponibilidade para esta entrevista, Professor DT3 Diretor de Turma de um Curso Profissional. Como já deves saber, esta entrevista surge no âmbito da minha dissertação de mestrado, cujo tema é o perfil de competências transversais a deter por um diretor de curso do ensino profissional, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho. Estou certa que, desta investigação poderão resultar contributos interessantes para a minha dissertação e também, para melhorar alguns aspetos desta organização.

Tens alguma dúvida sobre a entrevista ou sobre a investigação?

Comentário [U152]: Coordenador

Comentário [U153]: Supervisor

Comentário [U154]: Competências

transversais : planeamento, liderança,

orientação para os resultados,

proatividade/iniciativa,

criatividade/inovação, trabalho em

equipa, comunicação/informação, eficácia

comunicacional, resiliência e adaptação às

mudanças, resolução de problemas

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

49 Sílvia da Silva Vieira

Entrevistado Não.

Investigador Para um registo exato das tuas respostas, permites-me que grave a tua entrevista?

Entrevistado Se não te importas, preferia que registasses algumas notas.

Investigador Muito bem! No entanto, quero-te garantir o anonimato no momento da transcrição desta entrevista, isto é, o teu nome não será referido.

Entrevistado Ok, tudo bem!

Investigador Faz uma apreciação geral do Diretor de Curso no contexto dos Cursos Profissionais, referindo os aspetos positivos, negativos, valorizados e desvalorizados inerentes a este cargo.

Entrevistado No contexto dos Cursos Profissionais, e no Externato um Diretor de Curso, tem como principal função gerir o curso. Penso que não se pode falar de aspetos positivos ou negativos, é um cargo com determinadas funções, funções essas que estão bem definidas. O trabalho de um Diretor de Curso, muitas vezes não é um trabalho visível e para muitos professores/formadores, o que não se vê não foi feito, não existe, neste ponto de vista, por vezes é um trabalho desvalorizado.

Investigador Em relação a este cargo, pensa que os aspetos referidos na legislação e no Regulamento Interno do Externato são claros e suficientes, ou é de opinião que devem ser introduzidas algumas alterações?

Entrevistado O cargo está bem definido quer na legislação quer o Regulamento Interno.

Investigador Faz uma breve comparação entre este cargo e o cargo de Diretor de Turma.

Entrevistado O cargo de Diretor de Curso, difere um pouco do cargo de Diretor de Turma, assim no Externato onde leciono o Diretor de Curso, deve elaborar e organizar o DTP, deve ainda regularmente verificar o DIF. Faz igualmente parte das funções do Diretor de Curso presidir às reuniões do Conselho de Turma, já o Diretor de Turma tem como principal função fazer o elo de ligação entre a escola e os Encarregados de Educação. Deve coordenar os processos disciplinares, caso não os consiga resolver, deverá pedir a atuação do Diretor de Curso. No Externato o Diretor de Turma, deve ainda gerir as faltas no sistema informático e comunica-las semanalmente aos Encarregados de Educação. Cabe ao Diretor de Turma, manter o DIF dos alunos e o PCT atualizado.

Investigador No desempenho do cargo de Diretor de Curso, que papéis/funções considera mais importantes? Dê a sua opinião sobre os seguintes pares:

O diretor de curso é (ou desenvolve um trabalho):

1. Líder, gestor ou ambos?

Comentário [U155]: Pertinência do

cargo

Comentário [U156]: Aspetos

valorizados e desvalorizados

Comentário [U157]: Aspetos

evidenciados na legislação e RI

Comentário [U158]: Comparação com

o cargo de Diretor de Turma

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

50 Sílvia da Silva Vieira

2. Pedagógico, administrativo ou ambos? 3. Transmissor, organizador ou ambos? 4. Avaliador, coordenador ou ambos? 5. Supervisor, mediador ou ambos?

Penso que no Externato um Diretor de curso, tem mais um papel de gestor do que propriamente um líder. Apesar de desempenhar funções pedagógicas, muitas vezes tem de efetuar funções administrativas e assim desvia-se do seu principal papel. Refiro ainda que o Diretor de Curso também tem uma função de avaliador. Por fim penso que além de ser um supervisor deve igualmente servir de mediador, pois por diversas vezes é necessário realizar alguma mediação.

Investigador Atendendo às funções e competências específicas do Diretor de Curso nos cursos profissionais, que competências transversais ou indicadores comportamentais considera que o mesmo deve deter, para poder levar a cabo as suas funções com elevados níveis de desempenho?

Um Diretor de Curso deve ter capacidade de planeamento de ações, deve tomar decisões, com base nos recursos disponíveis. Um Diretor de Curso deve ter capacidade de improvisação, deve ter capacidade de gestão do tempo, de modo a atingir os objetivos propostos. Deve igualmente conseguir trabalhar sobre pressão, e por vezes existem alturas em que a pressão é bastante elevada, este Diretor de Curso não pode fraquejar, pois é um pilar na turma e para os restantes professores. Um Diretor de Curso deve ainda ser proactivo, ou seja, deve procurar respostas/soluções imediatas, em vez de esperar que elas apareceram ou que lhes sejam transmitidas.

Investigador Gostarias de referir mais algum aspeto no âmbito das questões que temos vindo a abordar?

Entrevistado Não

Investigador Desejas fazer alguma sugestão neste domínio?

Entrevistado Não

Investigador Muito obrigada pela disponibilidade dispensada!

Comentário [U159]: Papéis e funções

do diretor de curso: gestor, trabalho de

natureza mista (administrativo e

pedagógico), avaliador e papel misto

supervisor e mediador

Comentário [U160]: Competências

transversais: planeamento, gestão,

orientação para os resultados, tomada de

decisão, proatividade/iniciativa,

resiliência e adaptação à mudança,

trabalho em equipa, estabilidade

emocional, empatia e autonomia.

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form

a

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

53

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

4

Val

ores

da

or

gani

zaçã

o 5

C

ultu

ra

da

orga

niza

ção

pens

amen

to c

rític

o 4.

1. O

uni

vers

alis

mo

e o

cole

tivo

com

o va

lore

s pr

inci

pais

da

orga

niza

ção

4.

2.

Inte

rioriz

ação

do

s va

lore

s pe

los

prof

esso

res

e po

ster

iorm

ente

cul

tivad

os

nos

alun

os

4.3.

V

alor

es

da

verd

ade

peda

gógi

ca

com

o va

lore

s fu

ndam

enta

is

4.4.

Pro

jeto

s ed

ucat

ivos

com

raz

ão d

e ex

istê

ncia

e c

om o

bjet

ivos

4.

5.

Fal

sa

neut

ralid

ade

da

esco

la:

4.

6. E

duca

r es

tatís

ticas

4.

7. V

alor

es d

e or

igem

e s

em a

ltera

ções

4.

8.

Val

ores

fu

ndam

enta

is

para

a

cria

ção

de

cida

dãos

cr

ítico

s e

com

va

lore

s 5.

1.

As

prát

icas

e

os

agen

tes

da

orga

niza

ção

prom

ovem

a s

ua c

ultu

ra

5.2.

Top

o da

hie

rarq

uia

com

o ex

empl

o

Def

esa

do u

nive

rsal

ism

o;

faze

r da

esc

ola

um

M

ensa

gem

pa

sse

prim

eiro

pa

ra

os

prof

esso

res

e de

pois

que

enc

aixe

nos

nos

sos

alun

os

Val

ores

fu

ndam

enta

is

são

os

valo

res

da

verd

ade

peda

gógi

ca

Pro

jeto

s tê

m q

ue t

er u

ma

razã

o de

exi

stir

; te

r ob

jetiv

os

P

S

ão a

quel

es

desd

e a

noss

a or

igem

; nã

o vi

mos

nec

essi

dade

de

alte

rar

Val

ores

mín

imos

cria

rmos

um

cid

adão

crí

tico

; um

cid

adão

com

val

ores

inte

grai

s.

Tem

mui

to d

as s

uas

prát

icas

e v

em m

uito

dos

se

us a

gent

es

O e

xem

plo

tem

que

vir

de c

ima

cida

dãos

ín

tegr

os

e co

m

pens

amen

to c

rític

o.

Os

valo

res

da o

rgan

izaç

ão s

ão o

un

iver

salis

mo

e o

cole

tivo.

O

s va

lore

s de

vem

ser

cul

tivad

os

em n

ós e

dep

ois

nos

alun

os.

Os

valo

res

da

verd

ade

peda

gógi

ca s

ão fu

ndam

enta

is.

Os

proj

etos

ed

ucat

ivos

co

m

razã

o de

ex

istê

ncia

e

com

ob

jetiv

os.

A f

alsa

neu

tral

idad

e da

s es

cola

s:

as

est

atís

ticas

. O

s va

lore

s sã

o os

va

lore

s de

or

igem

e n

ão fo

ram

alte

rado

s.

Os

valo

res

são

fund

amen

tais

pa

ra

a cr

iaçã

o de

ci

dadã

os

críti

cos

e co

m v

alor

es.

A

cultu

ra

rela

cion

a-s

e co

m

as

prát

icas

e

os

agen

tes

da

orga

niza

ção.

O

ex

empl

o te

m

que

vir

da

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

54

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

6

Est

rutu

ra

da

orga

niza

ção

7

Res

pons

abili

dade

s na

org

aniz

ação

5.3.

In

sist

ênci

a,

trab

alho

, em

penh

o,

dedi

caçã

o e

atua

lizaç

ão

perm

anen

te

com

o fa

tore

s de

su

cess

o da

or

gani

zaçã

o 5.

4. A

tual

izaç

ão,

mud

ança

e i

nova

ção

com

o fa

tore

s de

su

cess

o de

um

a or

gani

zaçã

o 5.

5. R

esul

tado

s co

mo

refle

xo d

o fu

turo

do

s al

unos

5.

6. E

nsin

ar p

ara

cons

trui

r o

futu

ro

6.1.

E

stru

tura

or

gani

zada

co

m

mod

alid

ades

de

en

sino

di

fere

ntes

e

proj

etos

pró

prio

s 6.

2.

Est

rutu

ra

base

ada

no

efei

to

coor

dena

ção

e di

reçõ

es d

e cu

rso

7.

1.

Prin

cipa

is

resp

onsa

bilid

ades

lo

caliz

adas

na

Dire

ção

Ped

agóg

ica

7.

2.

Inve

stim

ento

na

fo

rmaç

ão

de

quad

ros

7.3.

A

uton

omia

da

s or

gani

zaçõ

es

colo

cada

em

cau

sa p

ela

próp

ria tu

tela

Noç

ão d

e fa

zer

mai

s e

mel

hor;

a a

tual

izaç

ão

tem

de

ser

perm

anen

te

Est

arm

os

sem

pre

mai

s at

ualiz

ados

; pr

opor

cion

arm

os

uma

mud

ança

pa

ra

a in

ovaç

ão, p

ara

a ex

celê

ncia

F

utur

o do

s no

ssos

al

unos

qu

e es

pelh

am

esse

s re

sulta

dos

Ens

inam

os p

ara

cons

trui

r o

futu

ro.

E;

faze

mos

trê

s tip

os d

e en

sino

dife

rent

es

Dire

ção

peda

gógi

ca

tenh

a ab

aixo

de

la

um

efei

to a

ndai

me

de 3

dire

tore

s pa

ra c

ada

uma

dess

as m

odal

idad

es;

aí e

ntra

m o

s di

reto

res

de c

urso

A

vel

da

dire

ção

aind

a há

m

ais

resp

onsa

bilid

ade

Inve

stim

os n

a no

ssa

form

ação

de

quad

ros

T

utel

a m

uito

for

te;

na p

rátic

a es

sa a

uton

omia

é

mui

to r

estr

ita

dire

ção.

O

su

cess

o es

na

insi

stên

cia,

no

tr

abal

ho,

no

empe

nho,

na

de

dica

ção

e na

at

ualiz

ação

pe

rman

ente

. A

at

ualiz

ação

, a

mud

ança

e

a in

ovaç

ão

para

o

suce

sso

da

orga

niza

ção.

O

fut

uro

dos

alun

os r

efle

tido

nos

resu

ltado

s.

O e

nsin

o pa

ra c

onst

ruir

o fu

turo

A

es

trut

ura

é or

gani

zada

,

mod

alid

ades

de

en

sino

di

fere

ntes

e p

roje

tos

próp

rios.

A

es

trut

ura

base

ada

no

efei

to

coor

dena

dore

s e

dire

tore

s de

cu

rso.

A

s pr

inci

pais

re

spon

sabi

lidad

es

estã

o lo

caliz

adas

na

D

ireçã

o P

edag

ógic

a.

O r

isco

est

á no

inv

estim

ento

na

form

ação

de

quad

ros

A

tute

la

colo

ca

rest

riçõe

s à

auto

nom

ia d

as o

rgan

izaç

ões.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

55

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

7.4.

Rel

açõe

s co

m a

tut

ela

e o

mun

do

exte

rior

com

o as

peto

s a

mel

hora

r 7.

5. S

empr

e qu

e po

ssív

el,

em p

rimei

ro

luga

r,

a ló

gica

pe

dagó

gica

e

em

segu

ndo

luga

r a

lógi

ca e

conó

mic

a

7.6.

Mot

ivaç

ão e

ino

vaçã

o re

sulta

do d

e um

a ge

stão

efic

az d

e re

curs

os

Déf

ice

mui

to g

rand

e; l

igaç

ões

com

a t

utel

a,

nem

com

o m

undo

ext

erio

r Ló

gica

ped

agóg

ica

func

ione

à f

rent

e da

lógi

ca

econ

ómic

a; à

s ve

zes

não

acon

tece

F

orte

mot

ivaç

ão;

ir in

ovan

do d

e um

a fo

rma

sust

enta

da

Um

as

peto

a

mel

hora

r sã

o as

lig

açõe

s co

m

a tu

tela

e

o ex

terio

r.

Ape

sar

de

uma

adm

inis

traç

ão

sólid

a,

nem

se

mpr

e a

lógi

ca

peda

gógi

ca

está

à

fren

te

da

lógi

ca e

conó

mic

a.

Um

a ge

stão

efic

az d

os r

ecur

sos

é um

fato

r m

otiv

ador

e in

ovad

or.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

56

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

A m

issã

o d

a o

rgan

izaç

ão

8

Mis

são

da

orga

niza

ção

9

Obj

etiv

os

da

mis

são

10

Prin

cípi

os d

e at

uaçã

o

8.1.

C

onst

ituiç

ão

da

mis

são

num

co

ntex

to p

ós-g

uerr

a 8.

2.

Esp

írito

cr

ítico

, hu

man

ism

o,

cova

lênc

ia e

ace

itaçã

o co

mo

pila

res

da

mis

são

8.3.

Con

tinui

dade

da

mis

são

ao l

ongo

do

tem

po

8.4.

A

luno

co

mo

prin

cipa

l al

vo

da

mis

são

9.1.

C

ontin

uida

de

dos

obje

tivos

da

m

issã

o ao

long

o do

tem

po

9.2.

A

luno

e

o se

u fu

turo

co

mo

prin

cipa

is o

bjet

ivos

da

orga

niza

ção

9.3.

C

ontin

uida

de

do

trab

alho

, m

otiv

ação

e

form

ação

de

ci

dadã

os

ativ

os,

sério

s e

com

va

lore

s co

mo

obje

tivos

da

orga

niza

ção

9.

4. O

rgan

izaç

ão d

e pe

quen

a di

men

são

mas

co

m

valo

res

e on

de

todo

s se

co

nheç

am

10.1

. C

ontin

uida

de

dos

prin

cípi

os

de

atua

ção

ao lo

ngo

do te

mpo

10

.2.

Ver

dade

pe

dagó

gica

, ac

eita

ção,

co

valê

ncia

e

empa

tia

com

o pr

incí

pios

Foi

con

stitu

ída

dent

ro d

e um

con

text

o pó

s-gu

erra

E

spiri

to

críti

co

de

Pia

get;

hum

anis

mo

de

Rog

er; a

cov

alên

cia

e a

acei

taçã

o de

Pia

get e

R

oger

M

issã

o m

anté

m-s

e ao

long

o de

stes

ano

s O

alu

no

Pôr

o a

luno

à fr

ente

de

tudo

N

ão a

ltera

mos

obj

etiv

os d

e m

issã

o é

sem

pre,

ser

á se

mpr

e um

obj

etiv

o da

nos

sa

esco

la o

nos

so a

luno

e o

futu

ro d

ele

C

ontin

uarm

os a

ritm

o, a

rir

e co

ntin

uarm

os a

se

r; fo

rmar

gen

te s

éria

, ativ

a e

com

val

ores

Q

uere

mos

faz

er u

ma

mic

roes

cola

do;

do q

ue

alun

os

sem

se

ntid

o,

sem

va

lore

s,

sem

se

co

nhec

erem

uns

aos

out

ros

O

s pr

incí

pios

de

cond

uta

são

os m

esm

os

A

tingi

rmos

a v

erda

de p

edag

ógic

a;

acei

taçã

o,

cova

lênc

ia, e

mpa

tia

A

mis

são

surg

e nu

m

cont

exto

s-gu

erra

. O

esp

írito

crí

tico,

o h

uman

ism

o,

a co

valê

ncia

e a

ace

itaçã

o co

mo

pila

res

da m

issã

o.

A

mis

são

man

teve

-se

dura

nte

este

s an

os.

O

alun

o é

a m

issã

o da

or

gani

zaçã

o.

O a

luno

à fr

ente

de

tudo

. O

s ob

jetiv

os

da

mis

são

não

fora

m a

ltera

dos.

O

obj

etiv

o da

org

aniz

ação

é

o al

uno

e o

seu

futu

ro.

Tam

bém

são

obj

etiv

os c

ontin

uar

o tr

abal

ho c

om b

oa d

ispo

siçã

o e

form

ar

cida

dãos

fe

lizes

, at

ivos

, sé

rios

e co

m v

alor

es.

Um

a es

cola

peq

uena

, m

as c

om

valo

res

e qu

e to

dos

se

conh

eçam

. O

s pr

incí

pios

de

atua

ção

são

os

mes

mos

. O

s pr

incí

pios

de

atua

ção

são

a ve

rdad

e pe

dagó

gica

, a

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

57

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

11-

Rec

urso

s hu

man

os

disp

onív

eis

de a

tuaç

ão

10.3

. O

brig

ator

ieda

de

de

dife

renç

a de

op

iniõ

es e

esp

írito

crí

tico

na e

scol

a 10

.4. T

raba

lho,

ris

co e

dife

renç

a

10.5

. A

tual

izaç

ão

perm

anen

te

para

a

indi

vidu

aliz

ação

e o

con

stru

tivis

mo

10.6

. Alu

no c

omo

proj

eto

educ

ativ

o 11

.1. M

aior

ia d

e qu

adro

s ex

tern

os

11.2

. Min

oria

de

quad

ros

inte

rnos

11

.3. O

rgan

izaç

ão c

omo

esco

la a

tiva

11.4

. D

iver

sida

de

de

mod

alid

ades

de

en

sino

11

.5.

Pro

fissi

onal

m

ultif

acet

ado

e fo

rtem

ente

em

penh

ado

Est

a es

cola

de

nós

exig

e es

pírit

o cr

ítico

, exi

ge

opin

iões

dife

rent

es

Con

segu

e de

pois

cor

rer

risco

s e

depo

is o

ptar

e

faze

r a

dife

renç

a.

Cad

a ve

z m

ais

atua

lizad

os;

tend

o a

noçã

o da

in

divi

dual

izaç

ão

Cad

a al

uno

é um

pro

jeto

pes

soal

; ca

da a

luno

te

m u

m s

onho

a c

oncr

etiz

ar.

Fas

quia

mui

to li

mita

da d

e qu

adro

s in

tern

os

Tem

os q

uadr

os e

xter

nos

na s

ua g

rand

e pa

rte

A

nos

sa e

scol

a te

m d

e se

r at

iva

A

bran

ger

tant

as m

odal

idad

es d

e en

sino

E

xige

qu

e o

noss

o pr

ofis

sion

al

seja

m

ultif

acet

ado;

te

nha

um

empe

nho

mui

to

gran

de

acei

taçã

o,

a co

valê

ncia

e

a em

patia

. A

esc

ola

exig

e de

nós

opi

niõe

s di

fere

ntes

e e

spír

ito c

rític

o.

Tra

balh

ar,

corr

er r

isco

s e

faze

r a

dife

renç

a.

A a

tual

izaç

ão p

erm

anen

te p

ara

a in

divi

dual

izaç

ão

e o

cons

trut

ivis

mo.

C

ada

alun

o é

um p

roje

to p

esso

al

e te

m u

m s

onho

a c

oncr

etiz

ar.

Na

sua

mai

oria

, os

re

curs

os

hum

anos

são

qua

dros

ext

erno

s.

Exi

ste

uma

min

oria

de

quad

ros

inte

rnos

. A

or

gani

zaçã

o é

uma

esco

la

ativ

a.

A

orga

niza

ção

disp

õe

de

dive

rsas

mod

alid

ades

de

ensi

no.

O

prof

issi

onal

de

ve

ser

mul

tifac

etad

o e

fort

emen

te

empe

nhad

o.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

58

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

12

A

ção

dos

cola

bora

dore

s

11.6

. R

ecur

sos

hum

anos

ra

zoáv

eis

e aj

usta

dos

às

nece

ssid

ades

da

or

gani

zaçã

o 11

.7.

Esf

orço

na

at

ualiz

ação

e

no

empe

nho

nas

dife

rent

es

mod

alid

ades

de

ens

ino

11.8

. C

oord

enaç

ão

bem

pr

epar

ada

e eq

uilib

rada

so

b o

pont

o de

vi

sta

inte

lect

ual e

hum

ano

11.9

. E

quip

a pe

dagó

gica

org

aniz

ada

e en

rique

cida

ao

long

o do

tem

po

12.1

. A

ção

dos

cola

bora

dore

s na

co

nstr

ução

de

um

a co

mun

idad

e de

ap

rend

izag

em

12.2

. E

scol

a co

mo

um t

odo

e o

todo

co

mo

mui

to m

ais

que

a so

ma

das

part

es

12.3

. O

rgan

izaç

ão c

omo

um b

arco

e o

s co

labo

rado

res

com

o re

mos

des

se b

arco

12

.4.

Con

cret

izaç

ão

da

mis

são

da

orga

niza

ção

atra

vés

da

ação

do

s co

labo

rado

res

Con

side

ro

mui

to

razo

ávei

s aj

usta

dos

às

noss

as n

eces

sida

des

Esf

orço

br

utal

de

at

ualiz

ação

; tip

os

de

mod

alid

ades

de

ensi

no d

ifere

ntes

C

hefia

s m

uito

equ

ilibr

adas

, do

pon

to d

e vi

sta

inte

lect

ual,

do p

onto

de

vist

a hu

man

o

Equ

ipa

peda

gógi

ca a

o lo

ngo

dos

tem

pos

É p

or i

sso

que

eu d

igo

assi

m:

som

os u

ma

F

açam

dis

to u

ma

coop

erat

iva

A e

scol

a é

o to

do e

o to

do é

mui

to m

ais

que

a so

ma

das

part

es.

Ele

s sã

o os

rem

os d

o no

sso

barc

o

O b

arco

pre

cisa

de

rem

os a

inda

Os

recu

rsos

o ra

zoáv

eis

e aj

usta

dos

às

nece

ssid

ades

da

or

gani

zaçã

o.

Os

recu

rsos

esf

orça

m-s

e po

r se

at

ualiz

arem

e t

raba

lham

mui

to e

na

s di

vers

as

mod

alid

ades

de

en

sino

. O

s co

orde

nado

res

são

mui

to

bem

pr

epar

ados

e

equi

libra

dos

quer

do

po

nto

de

vist

a in

tele

ctua

l, qu

er

do

pont

o de

vi

sta

hum

ano.

A

eq

uipa

pe

dagó

gica

é

mui

to

enriq

ueci

da

ao

long

o do

s te

mpo

s.

A

ação

do

s co

labo

rado

res

na

cons

truç

ão d

e um

a co

oper

ativ

a e

de

uma

com

unid

ade

de

apre

ndiz

agem

. A

esc

ola

é um

tod

o e

o to

do é

m

uito

m

ais

que

a so

ma

das

part

es.

Os

cola

bora

dore

s sã

o os

rem

os

do b

arco

da

orga

niza

ção.

A

ão

dos

cola

bora

dore

s na

co

ncre

tizaç

ão

da

mis

são

da

orga

niza

ção.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

59

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

13

Ade

são

dos

cola

bora

dore

s 14

For

mas

de

co

mun

icaç

ão

e no

rmas

de

co

ndut

a in

tern

a

12.5

. T

rans

form

ação

dos

alu

nos

atra

vés

da a

ção

dos

cola

bora

dore

s 12

.6.

Col

abor

ador

es

com

o pe

ças

fund

amen

tais

no

pr

oces

so

de

ensi

no/a

pren

diza

gem

dos

alu

nos

13.1

. A

desã

o do

s co

labo

rado

res

fort

e e

posi

tiva

13.2

. R

elaç

ão h

uman

a fo

rte

entr

e al

uno

e or

gani

zaçã

o 13

.3.

Ade

são

base

ada

em

prof

issi

onal

ism

o, e

sfor

ço e

em

penh

o

14.1

. C

omun

icaç

ão i

nter

na b

asea

da e

m

reun

iões

sem

anai

s co

m a

coo

rden

ação

na

tr

ansm

issã

o de

in

form

ação

ao

s re

stan

tes

cola

bora

dore

s 14

.3.

Com

unic

ação

int

erna

atr

avés

de

uma

reun

ião

gera

l o in

ício

do

ano

letiv

o

diár

io d

e bo

rdo

da o

rgan

izaç

ão

14.5

. D

iário

de

bo

rdo

com

o um

do

cum

ento

que

inc

lui

uma

plan

ifica

ção

de

scre

ve a

cont

ecim

ento

s, d

ificu

ldad

es e

Ess

a en

orm

e m

issã

o de

tran

sfor

mar

o m

undo

; tr

ansf

orm

ar o

s no

ssos

miú

dos,

e

acim

a de

tu

do d

e lh

es d

ar e

sper

ança

S

ão u

mas

peç

as fu

ndam

enta

l do

ensi

no.

Faz

emos

coi

sas

que

nem

dam

os o

val

or r

eal;

faze

mos

aqu

i ver

dade

iros

mila

gres

diá

rios

Faz

emos

por

que

tem

os u

ma

rela

ção

hum

ana

fort

e C

oloc

arm

os

o no

sso

prof

issi

onal

ism

o,

o no

sso

empe

nho;

aqui

pes

soas

que

dão

o

litro

P

assa

sem

pre

por

duas

reu

niõe

s se

man

ais;

re

unim

o-no

s co

m to

da a

nos

sa c

oord

enaç

ão

Efe

ito

anda

ime;

re

unim

o-no

s co

m

os

coor

dena

dore

s de

cur

so;

se r

eúne

m c

om o

s di

reto

res

de c

urso

; se

reún

em c

om a

equ

ipa

Arr

anqu

e do

ano

letiv

o; f

azem

os u

ma

reun

ião

plan

ifica

da

Efe

ito a

ndai

me

acim

a de

tud

o é

base

ado

no

noss

o liv

ro d

e na

vega

ção

D

iário

de

bord

o; p

ara

além

da

plan

ifica

ção,

o

que

acon

tece

a n

ível

de

esco

la;

conf

ront

am-

A

ação

do

s co

labo

rado

res

na

tran

sfor

maç

ão d

os a

luno

s.

Os

cola

bora

dore

s sã

o pe

ças

fund

amen

tais

no

pr

oces

so

de

ensi

no/a

pren

diza

gem

do

s se

us

alun

os.

A

ades

ão

dos

cola

bora

dore

s é

fort

e e

posi

tiva.

A

re

laçã

o al

uno/

orga

niza

ção

é um

a re

laçã

o hu

man

a fo

rte.

A

ad

esão

do

s co

labo

rado

res

é ba

sead

a no

pr

ofis

sion

alis

mo,

es

forç

o e

empe

nho.

A

s re

uniõ

es

sem

anai

s co

m

a co

orde

naçã

o sã

o a

base

da

co

mun

icaç

ão in

tern

a.

O

efei

to

tran

smis

são

da i

nfor

maç

ão p

ara

os r

esta

ntes

col

abor

ador

es.

Um

a re

uniã

o ge

ral

no i

níci

o de

ca

da a

no le

tivo

é ou

tra

form

a de

co

mun

icaç

ão in

tern

a.

diár

io d

e bo

rdo

da o

rgan

izaç

ão.

O

diár

io

de

bord

o é

um

docu

men

to

que

incl

ui

uma

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

60

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

prob

lem

as

14.6

. D

iário

de

bord

o co

mo

o liv

ro d

as

rela

ções

hum

anas

da

orga

niza

ção

14

.7.

Nec

essi

dade

de

real

izar

reu

niõe

s pa

ra

apre

nder

, di

scut

ir e

solu

cion

ar

prob

lem

as

mei

o de

cil

com

unic

ação

e

de

escl

arec

imen

to

14.9

. P

rom

oção

de

um

tr

abal

ho

equi

libra

do a

trav

és d

a co

mun

icaç

ão p

or

anda

ime

14.1

0.

Difi

culd

ades

de

co

mun

icaç

ão

inte

rna

asso

ciad

as

a fa

tore

s ec

onóm

icos

14

.11.

Res

pons

abili

dade

da

tute

la p

elos

pr

oces

sos

econ

ómic

os

e re

spet

ivas

di

ficul

dade

s 14

.12.

D

ificu

ldad

es

de

cons

titui

ção

da

equi

pa p

edag

ógic

a as

soci

adas

a f

ator

es

econ

ómic

os

14.1

3.

Difi

culd

ades

su

pera

das

atra

vés

do e

spír

ito d

e eq

uipa

e s

olid

arie

dade

se a

qui a

lgun

s pr

oble

mas

É

o li

vro

das

expe

riênc

ias

da r

elaç

ão h

uman

a.

Se

for

nece

ssár

io

reun

irmo-

nos

para

ap

rend

er, p

ara

disc

utir

prob

lem

as

Tra

duzi

am n

um m

aior

esc

lare

cim

ento

e a

podi

a se

r m

ais

fáci

l co

mun

icar

; fa

zend

o um

a co

mun

icaç

ão p

or a

ndai

me

Par

a pr

opor

cion

ar

e pa

ra

ter

um

trab

alho

eq

uilib

rado

A

lgum

as

dific

ulda

des

de

com

unic

ação

in

tern

a;

trab

alha

mos

co

m

quad

ros

e co

m

proc

esso

s ec

onóm

icos

C

om u

ma

tute

la q

ue n

ão n

os d

eixa

, qu

e no

s su

foca

por

vez

es e

cono

mic

amen

te

Por

ve

zes

para

co

nstit

uirm

os

aqui

um

a eq

uipa

, não

é fá

cil

Pas

sám

os p

or g

rand

es d

ificu

ldad

es;

se n

ão

foss

e o

clim

a de

eq

uipa

, de

so

lidar

ieda

de

plan

ifica

ção,

um

re

lato

do

s ac

onte

cim

ento

s be

m

e m

al

suce

dido

s e

uma

desc

rição

das

di

ficul

dade

s ou

pro

blem

as.

O d

iário

de

bord

o é

o liv

ro d

as

rela

ções

hu

man

as

da

orga

niza

ção.

S

empr

e qu

e fo

r ne

cess

ário

, re

aliz

am-s

e re

uniõ

es,

para

ap

rend

er,

disc

utir

e so

luci

onar

pr

oble

mas

um

mei

o de

fác

il co

mun

icaç

ão e

de

mai

or e

scla

reci

men

to.

com

o m

eio

de

prom

over

um

tr

abal

ho e

quili

brad

o.

As

dific

ulda

des

de c

omun

icaç

ão

inte

rna

estã

o re

laci

onad

as c

om

fato

res

econ

ómic

os.

A

tute

la

é re

spon

sáve

l pe

los

proc

esso

s ec

onóm

icos

e

resp

etiv

as d

ificu

ldad

es.

As

dific

ulda

des

de

cons

titui

ção

da e

quip

a pe

dagó

gica

pre

ndem

-se

com

fato

res

econ

ómic

os.

O

espí

rito

de

equi

pa

e a

solid

arie

dade

co

mo

mei

os

de

Page 192: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

61

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

14.1

4.

Nec

essi

dade

de

re

aliz

ar

um

mai

or n

úmer

o de

reu

niõe

s 14

.15.

R

emun

eraç

ão

das

hora

s de

stin

adas

a r

euni

ões

14.1

6.

Difi

culd

ade

de

conc

iliar

a

vida

pr

ofis

sion

al c

om a

vid

a pe

ssoa

l 14

.17.

N

orm

as

de

cond

uta

inte

rna

e va

lore

s sã

o os

mes

mos

14

.18.

E

rro,

tr

aiçã

o e

fala

r do

ou

tro

excl

uído

s da

s no

rmas

de

cond

uta

14

.19.

Exi

stên

cia

de v

alor

es f

ácei

s de

at

ingi

r e

difíc

eis

de

os

colo

car

em

prát

ica

14

.20.

P

ossi

bilid

ade

de

ente

ndim

ento

ne

ste

clim

a de

val

ores

14

.21.

Nec

essi

dade

de

aper

feiç

oam

ento

da

co

mun

icaç

ão

e da

s no

rmas

de

co

ndut

a 14

.22.

E

xist

ênci

a de

pr

oble

mas

e

qu

ezíli

as in

tern

as

inte

rna;

ul

trap

assá

mos

po

rque

so

mos

um

a bo

a eq

uipa

T

ería

mos

de

nos

reun

ir m

uito

mai

s S

e eu

vou

aqu

i cr

iar

mai

s ho

ras

e ai

nda

por

cim

a nã

o as

pos

so r

emun

era

r D

ificu

ldad

es d

a su

a or

gani

zaçã

o de

tem

po,

fam

iliar

e

conc

iliar

is

to

tudo

; co

ncili

ar

uma

esco

la c

ada

vez

mai

s ex

igen

te, c

om fa

míli

a O

nos

so q

uadr

o de

hon

ra;

isso

faz

-nos

vol

tar

aos

mes

mos

val

ores

E

u nã

o te

nho

paci

ênci

a pa

ra o

err

o, p

ara

a tr

aiçã

o; S

ou i

ncap

az d

e ou

vir

um c

oleg

a a

fala

r de

out

ro c

oleg

a.

Con

junt

o de

val

ores

que

são

mui

to f

ácei

s de

at

ingi

r, e

difí

ceis

de

pôr

em p

rátic

a É

m

uito

cil

ente

nder

mo-

nos

bem

de

ntro

de

ste

clim

a de

val

ores

P

ode-

se

sem

pre

aper

feiç

oar,

m

esm

o a

com

unic

ação

T in

tern

as, a

s no

ssas

que

zília

s

supe

rar

dific

ulda

des.

A

ne

cess

idad

e de

cr

iar

mai

s re

uniõ

es.

A

rem

uner

ação

da

s ho

ras

dest

inad

as a

reu

niõe

s.

A

dific

ulda

de

de

conc

iliar

o

trab

alho

da

es

cola

com

a v

ida

pess

oal

As

norm

as

de

cond

uta

inte

rna

são

os v

alor

es d

a or

gani

zaçã

o.

O e

rro,

a t

raiç

ão,

o fa

lar

do o

utro

o es

tão

incl

uído

s na

s no

rmas

de

con

duta

. E

xist

em v

alor

es f

ácei

s de

atin

gir,

m

as

difíc

eis

de

colo

car

em

prát

ica.

O

ent

endi

men

to é

pos

síve

l nes

te

clim

a de

val

ores

. A

nec

essi

dade

de

aper

feiç

oar

a co

mun

icaç

ão

e no

rmas

de

co

ndut

a.

A

exis

tênc

ia

de

prob

lem

as

e qu

ezíli

as in

tern

as.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

62

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

A

esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

car

go

de

Dir

eto

r d

e C

urs

o

do

E

nsi

no

Pro

fiss

ion

al

15

A

trib

utos

do

di

reto

r de

cur

so

16

Per

tinên

cia

do

carg

o

15.1

.Rec

onhe

cim

ento

da

impo

rtân

cia

do

dire

tor

de c

urso

nos

dia

s de

hoj

e

15.2

. D

edic

ação

e

poliv

alên

cia

do

dire

tor

de c

urso

15

.3.

Dom

ínio

do

s co

nhec

imen

tos

espe

cífic

os d

o cu

rso

16

.1.

Con

heci

men

to

prof

undo

do

se

u al

uno

16.2

. P

ara

a pr

epar

ação

do

s al

unos

pa

ra a

vid

a at

iva

e F

CT

16

.3.

Par

a o

esta

bele

cim

ento

de

pa

rcer

ias

com

em

pres

as e

org

aniz

açõe

s

16.4

. E

nsin

o pr

ofis

sion

al c

omo

mei

o de

ap

roxi

maç

ão d

os a

luno

s ao

mer

cado

de

trab

alho

16

.5.

Par

a a

artic

ulaç

ão

dos

vário

s in

terv

enie

ntes

na

form

ação

dos

alu

nos

16.6

. P

ara

o fu

ncio

nam

ento

ge

ral

do

curs

o 16

.7.

Res

pons

abili

zaçã

o do

ca

rgo

de

dire

tor

de c

urso

Ten

ha u

ma

noçã

o co

rret

a qu

e é

fund

amen

tal

no s

écul

o X

XI

Ded

ique

mui

to,

de c

orpo

e a

lma

; te

m d

e se

r po

lival

ente

T

er u

ma

área

tecn

ológ

ica

mui

to c

ober

ta

Con

hece

r m

uito

bem

o s

eu a

luno

P

repa

ra-o

tam

bém

par

a a

vida

ativ

a, p

ara

o sa

ber

faze

r; c

onse

guir

dar-

lhes

um

futu

ro

Con

hece

r m

uito

bem

o m

erca

do,

conh

ecer

as

parc

eria

s pa

ra o

s no

ssos

est

ágio

s E

nsin

o pr

ofis

sion

al é

um

en

sino

fun

dam

enta

l; gr

ande

virt

ude:

feita

em

con

text

o de

trab

alho

C

oord

enar

tod

a a

área

tec

noló

gica

e t

odos

os

seus

col

egas

P

repa

rar

para

PA

P,

para

est

agia

r; p

repa

rar

acad

emic

amen

te

Tem

um

a re

spon

sabi

lidad

e m

uito

gra

nde

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

reco

nhec

er a

sua

impo

rtân

cia.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

se

r m

uito

ded

icad

o e

poliv

alen

te.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

dom

inar

os

con

heci

men

tos

espe

cífic

os d

o cu

rso.

O

di

reto

r de

cu

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deve

co

nhec

er b

em o

seu

alu

no,

para

or

ient

ar o

seu

futu

ro.

O

dire

tor

de

curs

o pr

epar

a o

alun

o pa

ra a

vid

a at

iva

e F

CT

. O

di

reto

r de

cu

rso

é um

in

terlo

cuto

r,

pois

pr

omov

e pa

rcer

ias

com

en

tidad

es

exte

rnas

à e

scol

a.

O

ensi

no

prof

issi

onal

ap

roxi

ma

os a

luno

s ao

mun

do d

o tr

abal

ho.

O d

ireto

r de

cur

so c

oord

ena

a su

a eq

uipa

. O

di

reto

r de

cu

rso

faci

lita

o de

senv

olvi

men

to,

coor

dena

ção

e ar

ticul

ação

do

curs

o

O c

argo

de

dire

tor

de c

urso

é d

e gr

ande

res

pons

abili

dade

.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

63

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

17

A

spet

os

posi

tivos

e

nega

tivos

18

Asp

etos

va

loriz

ados

e

desv

alor

izad

os

19

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

e

no

Reg

ulam

ento

In

tern

o

16.8

. P

ara

a tr

ansf

orm

ação

do

curr

ícul

o nu

m p

roje

to d

e fo

rmaç

ão

17.1

. G

ratid

ão,

trab

alho

e

exig

ênci

a co

mo

aspe

tos

posi

tivos

do

trab

alho

de

dire

tor

de c

urso

17

.2.

Atr

ibui

ção

do

carg

o ao

s m

ais

capa

zes

18.1

. V

alor

izaç

ão d

o tr

abal

ho d

e di

reto

r de

cur

so

18.2

. A

trib

uiçã

o do

ca

rgo

rela

cion

ada

com

o e

mpe

nho

e de

sem

penh

o pa

ra o

ca

rgo

18.3

. R

epre

sent

ação

ne

gativ

a do

s cu

rsos

pro

fissi

onai

s 18

.4.

Des

valo

rizaç

ão

do

ensi

no

prof

issi

onal

pel

o es

tado

19

.1.

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão e

no

regu

lam

ento

inte

rno

são

os m

esm

os

19.2

.Alte

raçõ

es

do

pont

o de

vi

sta

econ

ómic

o 19

.3.

Rem

uner

ação

de

acor

do c

om o

s ca

rgos

atr

ibuí

dos

Par

a ve

r se

ele

inte

rioriz

ou r

egra

s, s

e cr

esce

u co

nnos

co;

preo

cupa

r co

m o

son

ho d

os s

eus

alun

os e

mat

eria

lizar

ess

es s

onho

s M

ais;

est

e pr

ofes

sor

tem

o d

obro

do

trab

alho

do

pro

fess

or n

o en

sino

reg

ular

. N

ão é

um

a m

issã

o fá

cil

nem

que

est

eja

ao

níve

l de

qual

quer

um

V

alor

izad

íssi

mo

Exc

elen

tes

prof

esso

res

com

ano

s de

tra

balh

o qu

e nu

nca

cheg

aram

a d

ireçõ

es d

e cu

rso

E

ste

tipo

de

ensi

no

foi

desc

redi

biliz

ado

dura

nte

anos

E

nsin

o ab

ando

nado

pel

o pr

óprio

est

ado,

foi

de

sval

oriz

ado

pelo

pró

prio

est

ado

R

egul

amen

to

inte

rno

tres

pass

a aq

uilo

qu

e ve

m n

a le

gisl

ação

ger

al

Prim

eira

re

tific

ação

er

a do

po

nto

de

vist

a ec

onóm

ico

Que

m

tem

m

ais

funç

ões,

te

m

de

ser

rem

uner

ado

dout

ra fo

rma

O

dire

tor

de

curs

o di

nam

iza

e m

obili

za a

ções

par

a o

suce

sso

educ

ativ

o O

tra

balh

o do

dire

tor

de c

urso

é

grat

ifica

nte,

tr

abal

hoso

e

dem

asia

do e

exi

gent

e.

O c

argo

de

dire

tor

de c

urso

é

difíc

il e

não

está

ao

alca

nce

de

qual

quer

um

. O

tra

balh

o do

dire

tor

de c

urso

é

valo

rizad

o.

A

atrib

uiçã

o do

ca

rgo

está

re

laci

onad

a co

m o

em

penh

o e

o de

sem

penh

o pa

ra o

car

go.

O

ensi

no

prof

issi

onal

fo

i de

scre

dibi

lizad

o.

O

ensi

no

prof

issi

onal

fo

i de

sval

oriz

ado

pelo

est

ado.

O

s as

peto

s re

ferid

os

no

regu

lam

ento

in

tern

o sã

o os

as

peto

s re

ferid

os n

a le

gisl

ação

. A

ltera

ções

do

po

nto

de

vist

a ec

onóm

ico.

Q

uem

de

sem

penh

a m

ais

funç

ões,

que

m s

e es

forç

a m

ais,

de

ve

ser

rem

uner

ado

de

outr

a fo

rma.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

64

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

20

C

ompa

raçã

o co

m

o ca

rgo

de

Dire

tor

de T

urm

a

19.4

. F

ator

ec

onóm

ico

com

o fa

tor

mot

ivad

or

20.1

. Uni

vers

alid

ade

da e

scol

a at

ual

20.2

. T

raba

lho

difíc

il do

dire

tor

de t

urm

a no

s C

EF

20

.3.

Nec

essi

dade

de

eq

uipa

m

ultid

isci

plin

ar:

dire

tor

de

turm

a,

psic

ólog

o e

inte

rven

ção

soci

al

20.4

. D

ireto

r de

tu

rma

com

o bo

m

doce

nte

e bo

m p

rofis

sion

al

20

.5.

Enc

arre

gado

de

E

duca

ção

mai

s pr

esen

te n

os c

urso

s pr

ofis

sion

ais

20.6

. In

suce

sso

esco

lar

infe

rior

nos

curs

os p

rofis

sion

ais

20.7

. R

itmos

di

fere

ntes

no

en

sino

pr

ofis

sion

al q

uand

o co

mpa

rado

com

os

CE

F.

20

.8.

Rel

ação

m

ais

aces

síve

l co

m

Enc

arre

gado

de

Edu

caçã

o no

s cu

rsos

pr

ofis

sion

ais

20.9

. Dire

tor

de c

urso

com

o re

spon

sáve

l da

ges

tão

do fu

turo

do

alun

o 20

.10.

T

raba

lho

artic

ulad

o en

tre

o di

reto

r de

cu

rso,

de

tu

rma

e

Aju

star

ia p

arte

eco

nóm

ica;

fat

or e

conó

mic

o é

um fa

tor

que

mot

iva

Est

amos

a f

alar

da

esco

la u

nive

rsal

, to

da a

ge

nte

tem

que

vir

à es

cola

T

em h

oje

um tr

abal

ho d

ificí

limo

Nós

pr

ecis

ávam

os

de

uma

equi

pa

mui

to

mul

tidis

cipl

inar

; pr

ecis

ávam

os d

a in

terv

ençã

o so

cial

, psi

cólo

ga

É

prec

iso

ser

um

gran

de

prof

esso

r,

um

gran

de p

rofis

sion

al

Com

eçam

os a

ter

um

pai

com

plet

amen

te

dife

rent

e, m

uito

mai

s pr

esen

te

Já n

ão h

á ta

nto

insu

cess

o es

cola

r, j

á te

mos

m

iúdo

s qu

e nu

nca

perd

eram

um

ano

letiv

o

Isto

impl

ica

ritm

os c

ompl

etam

ente

dife

rent

es

Já h

á um

a lig

ação

mui

to m

ais

fáci

l É

ele

que

no

fund

o, v

ai a

caba

r po

r di

rigir

o se

u al

uno

e se

r re

spon

sáve

l pel

o se

u fu

turo

S

empr

e em

con

tact

o co

m o

dire

tor

de t

urm

a,

com

o

Enc

arre

gado

de

E

duca

ção

; se

mpr

e

O

fato

r ec

onóm

ico

é um

fa

tor

mot

ivad

or.

A

esco

la

atua

l é

uma

esco

la

univ

ersa

l. N

os C

EF

, o

dire

tor

de t

urm

a te

m

um tr

abal

ho d

ifíci

l. É

ne

cess

ário

um

a eq

uipa

m

ultid

isci

plin

ar:

dire

tor

de t

urm

a,

psic

ólog

o e

inte

rven

ção

soci

al.

O d

ireto

r de

tur

ma

deve

ser

bom

do

cent

e e

bom

pro

fissi

onal

. N

os

curs

os

prof

issi

onai

s te

mos

E

ncar

rega

dos

de E

duca

ção

mai

s pr

esen

tes.

O

in

suce

sso

esco

lar

é m

enor

no

s cu

rsos

pro

fissi

onai

s.

Rel

ativ

amen

te

aos

CE

F,

o en

sino

pro

fissi

onal

impl

ica

ritm

os

dife

rent

es.

A li

gaçã

o co

m o

Enc

arre

gado

de

Edu

caçã

o é

mai

s fá

cil

nos

curs

os p

rofis

sion

ais.

O

di

reto

r de

cu

rso

é o

resp

onsá

vel

pela

ge

stão

do

fu

turo

do

alun

o.

O d

ireto

r de

cur

so e

de

turm

a,

Page 196: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

65

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

21

P

apéi

s e

funç

ões

do d

ireto

r de

cur

so

Enc

arre

gado

de

E

duca

ção

para

um

a bo

a qu

alid

ade

de

curs

o e

suce

sso

educ

ativ

o

21.1

. Ges

tor

21.2

. Ges

tor

do fu

turo

do

alun

o 21

.3.

Tra

balh

o de

na

ture

za

mis

to

(adm

inis

trat

ivo

e pe

dagó

gico

) 21

.4.

Pap

el

mis

to

de

orga

niza

dor

e tr

ansm

isso

r 21

.5. A

valia

dor

21.6

. R

espo

nsab

ilida

de p

ela

qual

idad

e da

form

ação

e d

a fo

rmaç

ão d

os a

luno

s

21.7

. Sup

ervi

sor

21.8

. Nat

urez

a de

trab

alho

ped

agóg

ico

21

.9. R

efle

xão

na a

ção

e na

ava

liaçã

o

com

a n

oção

que

se

ensi

ne e

m c

onju

nto

; se

en

sine

a p

artil

har

Prim

eiro

, ele

é o

ges

tor

do fu

turo

do

alun

o

Tem

se

mpr

e um

a ba

se

peda

gógi

ca;

acab

a po

r te

r um

tr

abal

ho

de

conc

retiz

ação

em

co

mum

fant

ástic

o É

dup

lam

ente

face

tado

É

um

ava

liado

r E

le é

logo

o a

valia

dor

nato

do

proc

esso

e é

o

resp

onsá

vel m

áxim

o ta

mbé

m d

o m

esm

o S

uper

viso

r po

rque

ach

o qu

e nã

o é

med

iado

r A

pre

senç

a de

le é

mai

s pe

dagó

gica

É

mai

s re

flexi

va n

a aç

ão e

na

aval

iaçã

o

em c

onju

nto

com

o E

ncar

rega

do

de

Edu

caçã

o de

vem

tr

abal

har

para

a q

ualid

ade

de f

orm

ação

e

suce

sso

dos

alun

os.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

ges

tor.

O

dire

tor

de c

urso

é o

ges

tor

do

futu

ro d

o al

uno.

O

tra

balh

o do

dire

tor

de c

urso

é

peda

gógi

co e

adm

inis

trat

ivo.

O

di

reto

r de

cu

rso

é um

or

gani

zado

r e

tran

smis

sor.

O

di

reto

r de

cu

rso

é um

av

alia

dor.

O

dire

tor

de c

urso

é r

espo

nsáv

el

pelo

insu

cess

o do

s al

unos

. O

di

reto

r de

cu

rso

é um

su

perv

isor

. O

tra

balh

o do

dire

tor

de c

urso

é

peda

gógi

co.

O d

ireto

r de

cur

so é

ref

lexi

vo n

a aç

ão e

na

aval

iaçã

o.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

66

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

As

com

pet

ênci

as

tran

sver

sais

e/

ou

in

dic

ado

res

com

po

rtam

enta

is

no

ex

ercí

cio

d

o

carg

o

de

Dir

eto

r d

e C

urs

o

22

C

ompe

tênc

ias

tran

sver

sais

e/o

u

Indi

cado

res

com

port

amen

tais

22.1

. D

ireto

r de

cu

rso

dete

ntor

de

co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

22

.2. P

ensa

men

to c

rític

o

22.3

. Pro

ativ

idad

e/In

icia

tiva

22.4

. Tra

balh

o em

equ

ipa

22.5

. Orie

ntaç

ão p

ara

os r

esul

tado

s 22

.6. P

lane

amen

to

22.7

. Ges

tão

22

.8. A

utoc

onfia

nça

22.9

. Kno

w-H

ow té

cnic

o 22

.10.

Com

unic

ação

/Info

rmaç

ão

22.1

1. C

ompr

eens

ão in

terp

esso

al

22.1

2. E

stab

ilida

de e

moc

iona

l

Tem

que

ter

com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is

O

tal

elem

ento

cr

ítico

de

eq

uipa

; te

m

que

colo

car

aqui

um

a lig

ação

m

uito

fo

rte

aos

proj

etos

O

tal

ele

men

to c

rític

o de

equ

ipa;

faz

endo

a

ligaç

ão e

ntre

a e

quip

a te

cnol

ógic

a,

a eq

uipa

so

cioc

ultu

ral

Tem

qu

e se

r um

av

alia

dor;

el

emen

to

que

sonh

a co

m o

suc

esso

do

alun

o

Dire

tor

de

um

proj

eto

prof

issi

onal

; av

alia

ções

que

o a

luno

tem

C

onhe

cer

mui

to

bem

o

mer

cado

, pa

rcer

ias

para

os

noss

os e

stág

ios

P

rimei

ro:

acre

dita

r no

que

ele

est

á a

faze

r;

acre

dita

r qu

e lu

ta

Tem

de

esta

r de

ntro

dos

con

teúd

os;

dom

inar

pr

ofun

dam

ente

a

área

te

cnol

ógic

a;

perm

ita

faze

r a

ligaç

ão à

áre

a so

cioc

ultu

ral

Vai

ju

ntam

ente

co

m

os

Enc

arre

gado

s de

E

duca

ção

e co

m o

alu

no

Fat

or m

otiv

acio

nal;

é um

ens

ino

prof

issi

onal

pa

ra o

s al

unos

com

gra

ndes

difi

culd

ades

. F

ator

mot

ivac

iona

l

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

poss

uir

com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

poss

uir

pens

amen

to

críti

co,

capa

cida

de

de in

icia

tiva.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e po

ssui

r co

mpe

tênc

ias

para

a

dinâ

mic

a de

gru

po e

trab

alha

r em

equ

ipa.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e po

ssui

r co

mpe

tênc

ias

para

a o

rient

ação

pa

ra o

s re

sulta

dos.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

te

r co

mpe

tênc

ias

de p

lane

amen

to.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

ter

com

petê

ncia

s de

ges

tão.

O

di

reto

r de

cu

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deve

se

r co

nfia

nte.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e do

min

ar

os c

onhe

cim

ento

s es

pecí

ficos

do

curs

o pa

ra e

stab

elec

er a

pon

te

com

out

ras

área

s.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

poss

uir

capa

cida

des

com

unic

ativ

as.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

poss

uir

com

petê

ncia

s de

co

mpr

eens

ão

inte

rpes

soal

e

dem

onst

rar

mot

ivaç

ão.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

67

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

An

ex

o V

I

Gre

lha

de

ca

teg

ori

zaçã

o d

as

en

tre

vis

tas

ao

Co

ord

en

ad

or,

Dir

eto

res

de

Cu

rso

e D

ire

tore

s d

e T

urm

a d

o E

nsi

no

Pro

fiss

ion

al

do

En

sin

o P

art

icu

lar

e C

oo

pe

rati

vo

, A

BC

En

trev

ista

do

F

ases

da

entr

evis

ta

Cat

ego

rias

S

ub

cate

go

rias

U

nid

ade

de

Reg

isto

s In

dic

ado

res

C

Esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

ca

rgo

de

Dir

eto

r d

e C

urs

o

do

E

nsi

no

P

rofi

ssio

nal

1 P

ertin

ênci

a do

ca

rgo

2

Asp

etos

po

sitiv

os

e ne

gativ

os

1.1

. C

argo

qu

e ex

ige

mui

ta

dedi

caçã

o 1.

2. P

ara

a ar

ticul

ação

dos

vár

ios

inte

rven

ient

es

na

form

ação

do

s al

unos

1.

3. P

ara

o fu

ncio

nam

ento

ger

al d

o cu

rso

1.4.

P

ara

o es

tabe

leci

men

to

de

parc

eria

s co

m

empr

esas

/org

aniz

açõe

s 1.

5. P

ara

a pr

epar

ação

dos

alu

nos

para

a v

ida

ativ

a e

FC

T

2.1.

Q

uant

idad

e e

natu

reza

de

tr

abal

ho e

nvol

vido

2.

2.

Orie

ntaç

ão

do

alun

o e

orga

niza

ção

e ge

stão

do

curs

o sã

o as

peto

s po

sitiv

os

2.3.

P

ossi

bilid

ade

de

esta

bele

cim

ento

de

um

re

laci

onam

ento

pr

óxim

o co

m

os

alun

os

Car

go

com

ex

igên

cias

; de

dica

ção

extr

ema

do p

rofis

sion

al

Art

icul

ação

ped

agóg

ica

A

com

panh

amen

to

e av

alia

ção

das

açõe

s G

estã

o da

form

ação

C

onta

cto

e a

sele

ção

das

entid

ades

pa

ra

a F

CT

be

m

com

o a

sua

aval

iaçã

o A

com

panh

amen

to d

o al

uno

ao lo

ngo

do c

urso

T

raba

lho

envo

lven

te,

exig

ente

e

pass

ível

de

fa

lha

por

exce

sso

de

trab

alho

A

com

panh

amen

to

aos

alun

os e

ao

curs

o

Est

abel

ecim

ento

de

um

a re

laçã

o pr

óxim

a co

m o

s al

unos

O c

argo

de

dire

tor

de c

urso

exi

ge m

uita

de

dica

ção.

O

dire

tor

de c

urso

coo

rden

a a

sua

equi

pa.

O

dire

tor

de

curs

o fa

cilit

a o

dese

nvol

vim

ento

, a

coor

dena

ção

e a

artic

ulaç

ão d

o cu

rso.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m i

nter

locu

tor,

poi

s pr

omov

e pa

rcer

ias

com

en

tidad

es

exte

rnas

à e

scol

a.

O d

ireto

r de

cur

so p

repa

ra o

alu

no p

ara

a vi

da a

tiva

e F

CT

.

O

trab

alho

do

di

reto

r de

cu

rso

é en

volv

ente

e

exig

ente

, su

scet

ível

de

fa

lhas

. O

s as

peto

s po

sitiv

os r

elac

iona

m-s

e co

m

a or

ient

ação

do

al

uno

e ge

stão

e

orga

niza

ção

do c

urso

. O

di

reto

r de

cu

rso

pode

es

tabe

lece

r re

laçõ

es p

róxi

mas

com

os

seus

alu

nos.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

68

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

4

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão e

RI

5

Com

para

ção

com

o

carg

o de

D

ireto

r de

Tur

ma

6

Pap

éis

e fu

nçõe

s do

dire

tor

de c

urso

2.4.

Pos

sibi

lidad

e de

aqu

isiç

ão d

e um

co

nhec

imen

to

prof

undo

do

cu

rso

e su

a es

trut

ura

4.

1.

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e no

re

gula

men

to

inte

rno

são

clar

os e

suf

icie

ntes

4.

2.

Asp

etos

ex

cess

ivos

pa

ra

a ca

rga

horá

ria a

trib

uída

par

a a

sua

exec

ução

4.

3. A

umen

to d

a ca

rga

horá

ria n

a le

gisl

ação

5.

1. D

ireto

r de

cur

so c

omo

gest

or

da e

quip

a pe

dagó

gica

e a

rtic

ulad

or

com

as

entid

ades

ext

erna

s 5.

2.

Alu

no

e E

ncar

rega

do

de

Edu

caçã

o co

mo

inte

rlocu

tore

s do

di

reto

r de

turm

a 5.

3. D

ireto

r de

tur

ma

com

o ge

stor

do

des

empe

nho

e da

ass

idui

dade

do

alu

no

6.1.

Pap

el m

isto

de

líder

e g

esto

r 6.

2. A

dmin

istr

ativ

o

Aqu

isiç

ão

de

um

conh

ecim

ento

ap

rofu

ndad

o do

cu

rso

e su

a es

trut

ura

São

cla

ros

e su

ficie

ntes

S

ão d

emas

iado

s pa

ra o

núm

ero

de

hora

s at

ribuí

das

para

a

exec

ução

da

s ta

refa

s F

unçã

o re

laci

onad

a co

m a

ges

tão

da

equi

pa e

rel

ação

com

as

entid

ades

ex

tern

as

Dire

tor

de T

urm

a te

m c

omo

funç

ão a

re

laçã

o co

m

o al

uno

e o

Enc

arre

gado

de

Edu

caçã

o

Ges

tão

do d

esem

penh

o do

s al

unos

e

sua

assi

duid

ade

A

mbo

s M

ais

adm

inis

trat

ivo

O

dire

tor

de

curs

o po

de

adqu

irir

um

conh

ecim

ento

pro

fund

o do

cur

so e

sua

es

trut

ura.

O

s as

peto

s re

ferid

os n

a le

gisl

ação

e n

o re

gula

men

to

inte

rno

iner

ente

s a

este

ca

rgo

são

clar

os e

suf

icie

ntes

. O

s as

peto

s ev

iden

ciad

os s

ão e

xces

sivo

s pa

ra a

car

ga h

orár

ia a

trib

uída

par

a a

sua

exec

ução

. O

dire

tor

de c

urso

dev

e di

spor

de

mai

s te

mpo

pa

ra

o cu

mpr

imen

to

das

suas

fu

nçõe

s.

O d

ireto

r de

cur

so d

esem

penh

a fu

nçõe

s re

laci

onad

as c

om a

ges

tão

da e

quip

a e

ligaç

ão c

om e

ntid

ades

ext

erna

s.

O d

ireto

r de

tur

ma

rela

cion

a-s

e co

m o

al

uno

e E

ncar

rega

do d

e E

duca

ção.

O

dire

tor

de t

urm

a de

sem

penh

a fu

nçõe

s

rela

cion

adas

co

m

a ge

stão

do

de

sem

penh

o e

assi

duid

ade

do a

luno

. O

dire

tor

de c

urso

tem

um

pap

el m

isto

de

líder

e g

esto

r.

O

dire

tor

de

curs

o de

senv

olve

um

tr

abal

ho a

dmin

istr

ativ

o.

Page 200: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

69

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

6.3.

Org

aniz

ador

6.

4. P

apel

mis

to d

e co

orde

nado

r e

aval

iado

r 6.

5. M

edia

dor

Org

aniz

ador

E

m

algu

ns

aspe

tos

coor

dena

dor

e no

utro

s av

alia

dor

Med

iado

r

O d

ireto

r de

cur

so é

um

org

aniz

ador

. O

dire

tor

de c

urso

tem

um

pap

el m

isto

de

coor

dena

dor

e av

alia

dor.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m m

edia

dor.

C

om

pet

ênci

as

tran

sver

sais

e/

ou

in

dic

ado

res

com

po

rtam

enta

is

no

ex

ercí

cio

d

o

carg

o

de

Dir

eto

r d

e C

urs

o

7

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is e

/ou

indi

cado

res

com

port

amen

tais

7.1.

Pla

neam

ento

7.

2. T

omad

a de

dec

isão

7.

3. R

esili

ênci

a 7.

4. R

esol

ução

de

prob

lem

as

7.5.

Fle

xibi

lidad

e 7.

6. C

riativ

idad

e/In

ovaç

ão

7.7.

Pro

ativ

idad

e/In

icia

tiva

7.8.

Ges

tão

7.9.

Kno

w-h

ow té

cnic

o 7.

10. O

rient

ação

par

a os

re

sulta

dos

7.11

. Orie

ntaç

ão p

ara

a qu

alid

ade

Pla

neam

ento

e

cum

prim

ento

da

s m

etas

T

omad

a de

de

cisõ

es

coor

dena

das

com

a C

oord

enaç

ão

Res

istê

ncia

às

adve

rsid

ades

P

ropo

stas

inov

ador

as

Cap

acid

ade

de in

icia

tiva;

Von

tade

de

sabe

r m

ais

Ges

tão

da a

ção

Pro

cura

de

form

ação

C

umpr

imen

to

de

met

as

indi

vidu

ais

mas

aci

ma

de tu

do c

olet

ivas

O

rient

ação

par

a a

efic

ácia

.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ter

com

petê

ncia

s de

pla

neam

ento

. O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r ca

paci

dade

de

tom

ada

de d

ecis

ão.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

capa

cida

de d

e re

solu

ção

de p

robl

emas

. O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r re

silie

nte

e

flexí

vel.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

ser

cria

tivo

e in

ovad

or.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ter

capa

cida

de d

e in

icia

tiva.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e te

r co

mpe

tênc

ias

de g

estã

o.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

man

ifest

ar

preo

cupa

ção

e in

tere

sse

de p

erm

anen

te

atua

lizaç

ão.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s pa

ra a

orie

ntaç

ão p

ara

os

resu

ltado

s.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

70

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

7.12

. Tra

balh

o em

equ

ipa

7.13

. Pen

sam

ento

crí

tico

7.

14. A

dapt

ação

à m

udan

ça

7.15

. Lid

eran

ça

7.16

. Neg

ocia

ção

e pe

rsua

são

7.17

. Org

aniz

ação

7.

18. A

nális

e e

deci

são

Pro

cura

da

satis

façã

o e

valo

rizaç

ão

do g

rupo

e a

feriç

ão d

os r

esul

tado

s,

Cap

acid

ade

de

adap

taçã

o à

mud

ança

C

apac

idad

e de

lide

ranç

a

Reu

nião

de

cons

enso

s C

apac

idad

e de

org

aniz

ação

e d

e an

ális

e.

com

petê

ncia

s pa

ra a

orie

ntaç

ão p

ara

a ef

icác

ia e

qua

lidad

e do

cur

so.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s pa

ra a

din

âmic

a de

gru

po e

o

trab

alho

em

equ

ipa.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r pe

nsam

ento

crí

tico.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

se

r re

silie

nte,

ad

apta

do à

s m

udan

ças.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r co

mpe

tênc

ias

de li

dera

nça.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r pe

rsua

sivo

e

esta

bele

cer

acor

dos

em

situ

açõe

s di

verg

ente

s.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s de

org

aniz

ação

. O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r ca

paci

dade

de

anál

ise

e de

cisã

o.

En

trev

ista

do

F

ases

da

entr

evis

ta

Cat

ego

rias

S

ub

cate

go

rias

U

nid

ade

de

Reg

isto

In

dic

ado

res

DC

1

Esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

d

o

En

sin

o

Pro

fiss

ion

al

1 P

ertin

ênci

a do

ca

rgo

2

Asp

etos

po

sitiv

os

e ne

gativ

os

1.1.

Par

a o

func

iona

men

to

gera

l do

cur

so

2.1.

O

rgan

izaç

ão

e ge

stão

do

cu

rso

são

aspe

tos

posi

tivos

2.

2.

Qua

ntid

ade

e na

ture

za

do

trab

alho

env

olvi

do

Ger

ir o

curs

o e

orga

nizá

-lo

Asp

etos

bu

rocr

átic

os

e ad

min

istr

ativ

os s

ão n

egat

ivos

O

dire

tor

de

curs

o fa

cilit

a o

dese

nvol

vim

ento

, a

coor

dena

ção

e a

artic

ulaç

ão d

o cu

rso.

O

s as

peto

s po

sitiv

os r

elac

iona

m-s

e co

m

a ge

stão

e o

rgan

izaç

ão d

o cu

rso.

O

s as

peto

s bu

rocr

átic

os e

adm

inis

trat

ivos

o co

nsid

erad

os n

egat

ivos

.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

71

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

4

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e R

egul

amen

to

Inte

rno

5

Com

para

ção

com

o

carg

o de

D

ireto

r de

Tur

ma

6

Pap

éis

e fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cur

so

4.1.

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

não

são

cla

ros

4.2.

Alte

raçõ

es n

as ta

refa

s ad

min

istr

ativ

as

4.3.

D

ispo

siçã

o de

m

ais

tem

po

para

as

tare

fas

peda

gógi

cas

e de

m

edia

ção

5.1.

Par

ped

agóg

ico

impo

rtan

te

5.2.

Fun

ções

e r

espo

nsab

ilida

des

dife

rent

es

5.3.

T

raba

lho

artic

ulad

o en

tre

o di

reto

r de

tur

ma

e di

reto

r de

cur

so,

para

um

a bo

a qu

alid

ade

de c

urso

e

suce

sso

educ

ativ

o 5.

4. D

ireto

r de

cur

so c

omo

gest

or

do

curs

o (o

rgan

iza

e at

ualiz

a o

DT

P e

o c

rono

gram

a)

5.5.

Dire

tor

de t

urm

a co

mo

gest

or

da

turm

a (c

ontr

ola

assi

duid

ade,

at

ende

os

E

ncar

rega

dos

de

Edu

caçã

o, e

labo

ra P

CT

) 6.

1. G

esto

r 6.

2. A

dmin

istr

ativ

o

A le

gisl

ação

nem

sem

pre

é cl

ara

T

raba

lho

adm

inis

trat

ivo

Pou

co

tem

po

para

a

part

e pe

dagó

gica

e d

e m

edia

ção

P

ar p

edag

ógic

o fu

ndam

enta

l pa

ra o

fu

ncio

nam

ento

da

turm

a e

do c

urso

A

pres

enta

m

funç

ões

e re

spon

sabi

lidad

es d

ifere

ntes

T

raba

lhar

em

sin

toni

a pa

ra u

ma

boa

qual

idad

e do

cur

so e

o s

uces

so d

os

alun

os

Enc

arre

ga-s

e da

ge

stão

do

cu

rso

; or

gani

zaçã

o e

atua

lizaç

ão d

os D

TP

´s

e do

cro

nogr

ama

G

ere

as

ques

tões

da

tu

rma,

a

assi

duid

ade,

o

cont

acto

co

m

os

Enc

arre

gado

s de

E

duca

ção

e a

elab

oraç

ão d

o P

CT

G

esto

r A

dmin

istr

ativ

o

Os

aspe

tos

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

in

eren

tes

a es

te c

argo

não

são

cla

ros.

O

di

reto

r de

cu

rso

tem

um

ex

cess

ivo

trab

alho

adm

inis

trat

ivo.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e di

spor

de

mai

s te

mpo

pa

ra

tare

fas

peda

gógi

cas

e de

m

edia

ção.

O

dire

tor

de t

urm

a e

o di

reto

r de

cur

so

cons

titue

m

um

par

peda

gógi

co

impo

rtan

te.

O d

ireto

r de

tur

ma

e o

dire

tor

de c

urso

de

sem

penh

am fu

nçõe

s di

fere

ntes

. O

di

reto

r de

cu

rso

e di

reto

r de

tu

rma

deve

m

trab

alha

r em

co

njun

to

para

a

qual

idad

e de

fo

rmaç

ão

e su

cess

o do

s al

unos

. O

dire

tor

de c

urso

des

empe

nha

funç

ões

rela

cion

adas

com

a g

estã

o do

cur

so.

O d

ireto

r de

tur

ma

dese

mpe

nha

funç

ões

rela

cion

adas

com

a g

estã

o da

turm

a

O d

ireto

r de

cur

so é

um

ges

tor.

O

di

reto

r de

cu

rso

dese

nvol

ve

um

trab

alho

adm

inis

trat

ivo.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

72

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

6.3.

C

olab

orad

or

em

tare

fas

buro

crát

icas

fun

dam

enta

is p

ara

a or

gani

zaçã

o da

esc

ola

6.

4. O

rgan

izad

or

6.5.

O

rgan

izaç

ão

de

arqu

ivos

, re

daçã

o de

do

cum

ento

s e

aten

dim

ento

ao

públ

ico

6.5.

Coo

rden

ador

6.

6. P

rom

oção

da

inte

graç

ão d

os

inte

rven

ient

es

do

proc

esso

ed

ucat

ivo

6.7.

Est

abel

ecim

ento

de

rela

ções

in

terp

esso

ais

6.8

Sup

ervi

sor

6.9

Gar

antia

da

qu

alid

ade

da

form

ação

e

da

form

ação

do

s al

unos

6.

10 P

repa

raçã

o do

s al

unos

par

a a

vida

ativ

a

Mel

horia

da

s ta

refa

s bu

rocr

átic

as

impr

esci

ndív

eis

para

a o

rgan

izaç

ão

da in

stitu

ição

Org

aniz

ador

A

tend

e ao

blic

o,

orga

niza

ar

quiv

os, r

edig

e do

cum

ento

s

Coo

rden

ador

P

rom

ove

a in

tegr

ação

do

s en

volv

idos

no

pr

oces

so

ensi

no-

apre

ndiz

agem

E

stab

elec

endo

re

laçõ

es

inte

rpes

soai

s de

form

a sa

udáv

el.

Sup

ervi

sor.

Q

ualif

icaç

ão

para

o

trab

alho

; as

segu

rar

a qu

alid

ade

de e

nsin

o, d

a ed

ucaç

ão, d

a fo

rmaç

ão h

uman

a.

Gar

antir

os

prin

cípi

os d

e lib

erda

de e

so

lidar

ieda

de

hum

ana;

na

su

a pr

epar

ação

pa

ra

o ex

ercí

cio

da

cida

dani

a

O

dire

tor

de

curs

o de

senv

olve

ta

refa

s bu

rocr

átic

as

fund

amen

tais

pa

ra

a or

gani

zaçã

o da

esc

ola.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m o

rgan

izad

or.

O

dire

tor

de

curs

o or

gani

za

arqu

ivos

, re

dige

doc

umen

tos

e at

ende

o p

úblic

o.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

coo

rden

ador

. O

dire

tor

de c

urso

pro

mov

e a

inte

graç

ão

da

sua

equi

pa

no

proc

esso

de

en

sino

/apr

endi

zage

m.

O d

ireto

r de

cur

so d

esen

volv

e di

vers

as

rela

ções

inte

rpes

soai

s.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

sup

ervi

sor.

O

dire

tor

de c

urso

e a

equ

ipa

peda

gógi

ca

deve

m g

aran

tir a

qua

lidad

e de

edu

caçã

o e

da fo

rmaç

ão d

os s

eus

alun

os.

O d

ireto

r de

cur

so e

a e

quip

a pe

dagó

gica

de

vem

gar

antir

a p

repa

raçã

o pa

ra a

vid

a at

iva

dos

seus

alu

nos.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

73

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Co

mp

etên

cias

tr

ansv

ersa

is

e/o

u

ind

icad

ore

s co

mp

ort

amen

tais

n

o

exer

cíci

o

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

7

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is e

/ou

indi

cado

res

com

port

amen

tais

7.1.

Orie

ntaç

ão p

ara

os r

esul

tado

s 7.

2. T

raba

lho

em e

quip

a 7.

3.

Res

iliên

cia

e ad

apta

ção

às

mud

ança

s 7.

4. F

lexi

bilid

ade

7.5.

Efic

ácia

com

unic

acio

nal

7.6.

Kno

w-H

ow té

cnic

o 7.

7. C

ompr

eens

ão in

terp

esso

al

Ter

em

men

te q

ue r

esul

tado

obt

ido

E

nten

der

a di

nâm

ica

de u

m g

rupo

S

aber

tira

r pr

ovei

to e

van

tage

m d

e ac

ordo

com

as

qual

idad

es d

e ca

da

mem

bro

da e

quip

a V

isua

lizar

e

suav

izar

as

di

fere

nças

en

tre

as

pess

oas;

ta

refa

ár

dua

e m

uito

com

plic

ada

Exc

elen

te c

ompe

tênc

ia c

omun

icat

iva

D

omin

ar o

s co

nhec

imen

tos

teór

icos

do

cur

so;

as q

uest

ões

peda

gógi

cas

tran

sver

sais

a to

das

as d

isci

plin

as

Sab

er

adm

inis

trar

di

fere

nças

de

op

iniõ

es,

de

com

port

amen

tos,

de

m

odos

de

vida

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s pa

ra

a or

ient

ação

de

re

sulta

dos.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r co

mpe

tênc

ias

para

a d

inâm

ica

de g

rupo

e

o tr

abal

ho e

m e

quip

a.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

ser

flexí

vel,

resi

lient

e e

adap

tado

às

mud

ança

s O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r bo

as

capa

cida

des

com

unic

ativ

as.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

dom

inar

os

co

nhec

imen

tos

espe

cífic

os d

o cu

rso

para

es

tabe

lece

r a

pont

e co

m o

utra

s ár

eas

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

sabe

r lid

ar c

om a

di

fere

nça

de o

pini

ões

e co

mpo

rtam

ento

s.

E

ntr

evis

tad

o

Fas

es d

a en

trev

ista

C

ateg

ori

as

Su

bca

teg

ori

as

Un

idad

es d

e R

egis

to

Ind

icad

ore

s

DC

2

Esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

d

o

En

sin

o

Pro

fiss

ion

al

1 P

ertin

ênci

a do

ca

rgo

1.1.

P

ara

o fu

ncio

nam

ento

ge

ral d

o cu

rso

1.2.

P

ara

a tr

ansf

orm

ação

do

curr

ícul

o nu

m p

roje

to d

e fo

rmaç

ão

1.3.

P

ara

a pr

epar

ação

do

s al

unos

par

a a

vida

ativ

a e

FC

T

Fac

ilita

o d

esen

volv

imen

to g

eral

do

curs

o

Fac

ilita

a

coor

dena

ção

da

gest

ão

curr

icul

ar

Con

heci

men

to

glob

al

das

nece

ssid

ades

dos

alu

nos

O

dire

tor

de

curs

o fa

cilit

a o

dese

nvol

vim

ento

, a

coor

dena

ção

e a

artic

ulaç

ão d

o cu

rso.

O

dire

tor

de c

urso

din

amiz

a e

mob

iliza

ões

para

o s

uces

so e

duca

tivo

O d

ireto

r de

cur

so p

repa

ra o

alu

no p

ara

avid

a at

iva

e F

CT

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

74

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

2

Asp

etos

po

sitiv

os

e ne

gativ

os

3

Asp

etos

va

loriz

ados

e

desv

alor

izad

os

1.4.

P

ara

a ar

ticul

ação

do

s vá

rios

inte

rven

ient

es n

a fo

rmaç

ão

dos

alun

os

1.

5.

Par

a o

esta

bele

cim

ento

de

parc

eria

s co

m

empr

esas

/org

aniz

açõe

s 2.

1.

Rep

rese

ntaç

ão

nega

tiva

do

perf

il de

al

unos

do

s cu

rsos

pr

ofis

sion

ais

3.

1.

Qua

ntid

ade

e na

ture

za

do

trab

alho

env

olvi

do

3.2.

Des

afio

pos

itivo

na

artic

ulaç

ão

esco

la-e

mpr

esas

3.

3.

Det

ençã

o de

co

nhec

imen

tos

sobr

e o

func

iona

men

to d

os c

urso

s pr

ofis

sion

ais

3.4.

Pod

er a

trib

uído

ao

carg

o na

to

mad

a de

dec

isõe

s 3.

5.

Com

petê

ncia

de

lid

eran

ça

atrib

uída

ao

dire

tor

de c

urso

3.

6.

Rep

rese

ntaç

ão

nega

tiva

dos

curs

os p

rofis

sion

ais

3.7.

R

epre

sent

ação

ne

gativ

a do

pe

rfil

dos

alun

os

dos

curs

os

prof

issi

onai

s

Pos

sibi

lita

a co

orde

naçã

o e

artic

ulaç

ão d

o tr

abal

ho d

e to

dos

os

inte

rven

ient

es n

o pr

oces

so fo

rmat

ivo

P

erm

ite

dese

nvol

ver

parc

eria

s co

m

entid

ades

de

acol

him

ento

E

stig

mat

izaç

ão n

egat

iva

do p

erfil

dos

al

unos

; an

teve

rem

si

tuaç

ões

com

port

amen

tais

pro

blem

átic

as

Rel

acio

nam

-se

com

a q

uant

idad

e e

natu

reza

do

trab

alho

D

esaf

io

posi

tivo

colo

cado

pe

la

artic

ulaç

ão e

scol

a-em

pres

as,

Det

ençã

o de

con

heci

men

to s

obre

o

func

iona

men

to

dos

Cur

sos

Pro

fissi

onai

s P

oder

at

ribuí

do

ao

carg

o e

a co

mpe

tênc

ia n

a to

mad

a de

dec

isõe

s.

Rep

rese

ntaç

ão n

egat

iva

dos

Cur

sos

Pro

fissi

onai

s

Rep

rese

ntaç

ão n

egat

iva

do p

erfil

dos

al

unos

que

os

freq

uent

am.

O d

ireto

r de

cur

so c

oord

ena

a su

a eq

uipa

O

dire

tor

de c

urso

é u

m i

nter

locu

tor,

poi

s pr

omov

e pa

rcer

ias

com

en

tidad

es

exte

rnas

à e

scol

a.

Os

aspe

tos

nega

tivos

rel

acio

nam

-se

com

o

perf

il do

s al

unos

que

fre

quen

tam

est

es

curs

os

e po

ssív

eis

prob

lem

as

de

com

port

amen

to.

Os

aspe

tos

valo

rizad

os

rela

cion

am-s

e co

m

a qu

antid

ade

e a

natu

reza

do

tr

abal

ho,

e a

artic

ulaç

ão

esco

la-

empr

esas

. O

ca

rgo

requ

er

conh

ecim

ento

pe

lo

func

iona

men

to d

os c

urso

s e

tom

ada

de

deci

sões

. O

pod

er a

trib

uído

ao

carg

o na

tom

ada

de

deci

sões

. O

ca

rgo

de

dire

tor

de

curs

o re

quer

co

mpe

tênc

ias

de li

dera

nça

Os

aspe

tos

desv

alor

izad

os r

elac

iona

m-s

e co

m

a re

pres

enta

ção

nega

tiva

dest

es

curs

os

e do

pe

rfil

dos

alun

os

que

os

freq

uent

am.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

75

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

4

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e R

egul

amen

to

Inte

rno

5

Com

para

ção

com

o

carg

o de

D

ireto

r de

Tur

ma

6

Pap

éis

e fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cur

so

4.1.

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

e

no

regu

lam

ento

in

tern

o sã

o ad

equa

dos

4.2.

Aum

ento

da

carg

a ho

rária

na

legi

slaç

ão

5.1.

N

atur

eza

adm

inis

trat

iva

do

trab

alho

de

dire

tor

de c

urso

5.

2.

Nat

urez

a pe

dagó

gica

do

tr

abal

ho d

e di

reto

r de

turm

a 6.

1.

Impo

rtân

cia

de

toda

s as

fu

nçõe

s de

sem

penh

adas

pe

lo

dire

tor

de c

urso

6.

2. P

apel

mis

to d

e líd

er e

ges

tor

6.3.

T

raba

lho

de

natu

reza

m

isto

(a

dmin

istr

ativ

o e

peda

gógi

co)

6.4.

Pap

el m

isto

de

orga

niza

dor

e tr

ansm

isso

r 6.

5. C

oord

enad

or

6.6

Pap

el

mis

to

de

supe

rvis

or

e m

edia

dor

6.7.

D

ireto

r de

cu

rso

com

o in

terlo

cuto

r

As

atrib

uiçõ

es e

stão

ade

quad

as

Núm

ero

de h

oras

est

ipul

ado

deve

ria

ser

supe

rior.

A

nat

urez

a ad

min

istr

ativ

a do

trab

alho

de

Dire

tor

de C

urso

T

raba

lho

é pr

edom

inan

tem

ente

pe

dagó

gico

. T

odas

der

da

equi

pa

peda

gógi

ca;

sim

ulta

neam

ente

um

ge

stor

da

or

gani

zaçã

o do

cur

so

Nat

urez

a du

pla,

pe

dagó

gica

e

adm

inis

trat

iva

Pap

el

mis

to

de

orga

niza

dor

e tr

ansm

isso

r . C

oord

enad

or e

m g

eral

O

Dire

tor

de C

urso

é u

m s

uper

viso

r e

um m

edia

dor

P

apel

de

med

iado

r co

m v

arie

dade

de

inte

rlocu

tore

s

Os

aspe

tos

refe

ridos

na

legi

slaç

ão e

no

regu

lam

ento

in

tern

o in

eren

tes

a es

te

carg

o sã

o ad

equa

dos.

O

dire

tor

de c

urso

de

ve d

ispo

r de

mai

s te

mpo

pa

ra

o cu

mpr

imen

to

das

suas

fu

nçõe

s.

O c

argo

de

dire

tor

de c

urso

é d

e na

ture

za

adm

inis

trat

iva.

O

car

go d

e di

reto

r de

turm

a é

de n

atur

eza

peda

gógi

ca.

Tod

as a

s fu

nçõe

s do

dire

tor

de c

urso

são

im

port

ante

s.

O d

ireto

r de

tem

um

pap

el m

isto

de

líder

e

gest

or.

O

trab

alho

do

di

reto

r de

cu

rso

é pe

dagó

gico

e a

dmin

istr

ativ

o.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

org

aniz

ador

e

tran

smis

sor.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m c

oord

enad

or.

O d

ireto

r de

cur

so t

em u

m p

apel

mis

to d

e su

perv

isor

e m

edia

dor.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m m

edia

dor,

poi

s in

tera

ge c

om in

terlo

cuto

res.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

76

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

6.8.

D

ireto

r de

cu

rso

com

o su

perv

isor

da

equi

pa p

edag

ógic

a

Sup

ervi

sor

do t

raba

lho

adm

inis

trat

ivo

dos

prof

esso

res

da

equi

pa

peda

gógi

ca

O d

ireto

r de

cur

so é

um

sup

ervi

sor

do

trab

alho

da

sua

equi

pa.

Co

mp

etên

cias

tr

ansv

ersa

is

e/o

u

ind

icad

ore

s co

mp

ort

amen

tais

n

o

exer

cíci

o

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

7

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is e

/ou

indi

cado

res

com

port

amen

tais

7.1.

Kno

w-H

ow té

cnic

o 7.

2. G

estã

o 7.

3. L

ider

ança

7.

4. R

esili

ênci

a 7.

5. A

dapt

ação

à m

udan

ça

7.6.

Pro

ativ

idad

e/In

icia

tiva

7.7.

Tom

ada

de d

ecis

ão

7.8.

Aut

onom

ia

7.9.

Em

patia

7.

10. C

omun

icaç

ão/In

form

ação

Pro

fund

o co

nhec

imen

to

da

legi

slaç

ão d

os C

urso

s P

rofis

sion

ais

e da

di

nâm

ica

da

esco

la;

conh

ecim

ento

s da

ár

ea

técn

ica;

co

nhec

imen

tos

glob

ais

sobr

e o

curs

o; e

xper

iênc

ia p

rofis

sion

al

Sab

er g

erir;

sab

er e

xecu

tar

trab

alho

ad

min

istr

ativ

o;

ser

um

bom

pr

ofis

sion

al

na

sua

disc

iplin

a;

orga

niza

do

Sab

er l

ider

ar;

conq

uist

ar o

est

atut

o de

líde

r

Sab

er

adap

tar-

se;

atua

ção

firm

e e

adeq

uada

S

aber

at

ualiz

ar-s

e;

capa

cida

de

e vo

ntad

e de

atu

aliz

ação

de

prát

icas

pr

ofis

sion

ais;

din

âmic

o C

apac

idad

e de

dec

isão

. S

ociá

vel;

desi

nibi

do;

empá

tico;

bo

a re

laçã

o pe

dagó

gica

com

os

alun

os

Com

unic

ativ

o

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

conh

ecer

a

legi

slaç

ão

dos

curs

os

prof

issi

onai

s e

o re

gula

men

to in

tern

o da

esc

ola.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

do

min

ar

os

conh

ecim

ento

s es

pecí

ficos

do

curs

o e

da

sua

disc

iplin

a.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

expe

riênc

ia p

rofis

sion

al.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ter

com

petê

ncia

s de

ges

tão.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r co

mpe

tênc

ias

de li

dera

nça.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

se

r re

silie

nte,

ad

apta

do à

s m

udan

ças.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e te

r ca

paci

dade

e

vont

ade

para

a a

tual

izaç

ão.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

capa

cida

de d

e to

mad

a de

dec

isão

. O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r so

ciáv

el e

e

mpá

tico.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

77

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

7.11

. Efic

ácia

com

unic

acio

nal

7.12

. Neg

ocia

ção

e pe

rsua

são

7.13

. É

tica,

va

lore

s e

resp

onsa

bilid

ade

7.14

. Pen

sam

ento

crí

tico

Bom

ouv

inte

P

ersi

sten

te

Res

pons

ável

; ju

sto;

co

nfia

nça;

re

spei

to

Aut

ocrí

tico

capa

cida

des

com

unic

ativ

as

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

com

unic

ativ

o e

um b

om o

uvin

te.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

pers

uasi

vo e

pe

rsis

tent

e.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

resp

onsá

vel e

ev

iden

ciar

étic

a e

valo

res

adeq

uado

s ao

ca

rgo

que

dese

mpe

nha.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

se

r ju

sto

e au

tocr

ítico

. E

ntr

evis

tad

o

Fas

es d

a en

trev

ista

C

ateg

ori

as

Su

bca

teg

ori

as

Un

idad

e d

e R

egis

to

Ind

icad

ore

s

DC

3

Esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

d

o

En

sin

o

Pro

fiss

ion

al

1

Per

tinên

cia

do c

argo

1.1.

P

ara

o es

tabe

leci

men

to

de

parc

eria

s co

m

empr

esas

/org

aniz

açõe

s 1.

2.

Par

a a

prep

araç

ão

dos

alun

os p

ara

a vi

da a

tiva

e F

CT

1.

3.

Par

a a

tran

sfor

maç

ão

do

curr

ícul

o nu

m p

roje

to d

e fo

rmaç

ão

1.

4.

Par

a a

artic

ulaç

ão

dos

vário

s in

terv

enie

ntes

na

form

ação

do

s al

unos

1.

5.

Com

petê

ncia

de

lider

ança

at

ribuí

da a

o di

reto

r de

cur

so

Rep

rese

ntan

te

inst

ituci

onal

da

es

cola

; in

terlo

cuto

r ju

nto

do

mei

o,

das

inst

ituiç

ões

e da

s em

pres

as

Con

stru

ção

de

proj

etos

de

stin

ados

ao

suc

esso

edu

cativ

o D

esem

penh

o do

s pr

ofes

sore

s Li

dera

nça

peda

gógi

ca

O d

ireto

r de

cur

so é

um

int

erlo

cuto

r, p

ois

prom

ove

parc

eria

s co

m

entid

ades

ex

tern

as à

esc

ola.

O

dire

tor

de c

urso

pre

para

o a

luno

par

a a

vida

ativ

a e

FC

T

O d

ireto

r de

cur

so d

inam

iza

e m

obili

za

açõe

s pa

ra o

suc

esso

edu

cativ

o.

O d

ireto

r de

cur

so c

oord

ena

a su

a eq

uipa

O

dire

tor

de c

urso

é u

m lí

der

peda

gógi

co.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

78

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

2

Asp

etos

po

sitiv

os

e ne

gativ

os

4

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e R

egul

amen

to

Inte

rno

5 C

ompa

raçã

o co

m

o ca

rgo

de

Dire

tor

de T

urm

a

2.1.

Cria

ção

de o

port

unid

ades

par

a a

inov

ação

ped

agóg

ica

2.2.

O

rient

ação

da

eq

uipa

pe

dagó

gica

2.

3. C

arga

hor

ária

insu

ficie

nte

para

a

real

izaç

ão d

as ta

refa

s

4.1.

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

e

no

regu

lam

ento

in

tern

o sã

o os

mes

mos

4.

2.

Pos

sibi

lidad

e de

aj

uste

do

re

gula

men

to i

nter

no a

os c

urso

s e

públ

ico-

alvo

en

tre

a es

cola

e a

fam

ília

5.2.

D

ireto

r de

tu

rma

com

o re

spon

sáve

l pe

lo

acom

panh

amen

to e

orie

ntaç

ão d

o al

uno.

5.

3.

Con

heci

men

to

do

dire

tor

de

curs

o pe

las

dinâ

mic

as d

e gr

upo

5.

4. C

apac

idad

e pa

ra t

raba

lhar

em

eq

uipa

Cria

r op

ortu

nida

des

para

a i

nova

ção

peda

gógi

ca

Orie

ntar

a

form

ação

da

eq

uipa

fo

rmat

iva

Dis

poni

bilid

ade

de t

empo

con

cedi

da

e im

pedi

tiva

R

egul

amen

to

Inte

rno

do

Ext

erna

to

rege

-se

pela

legi

slaç

ão

Ade

quan

do s

empr

e qu

e po

ssív

el a

os

noss

os c

urso

s e

ao n

osso

púb

lico

-al

vo

Aco

mpa

nham

ento

do

s al

unos

e

a su

a lig

ação

à f

amíli

a. C

onsi

dero

est

e po

nto

fund

amen

tal

Aco

mpa

nham

ento

; in

duzi

ndo

o al

uno

a pr

oced

er c

om r

egul

arid

ade

a um

a

auto

ava

liaçã

o do

seu

per

curs

o D

omin

ar

com

petê

ncia

s de

tr

abal

ho

coop

erat

ivo;

va

loriz

ando

a

part

icip

ação

e a

inte

rativ

idad

e

Ass

umin

do u

m tr

abal

ho e

m e

quip

a

O

dire

tor

de

curs

o cr

ia

opor

tuni

dade

s pa

ra a

inov

ação

ped

agóg

ica.

O

dire

tor

de c

urso

orie

nta

a fo

rmaç

ão d

a eq

uipa

form

ativ

a.

O d

ireto

r de

cur

so d

ispõ

e de

pou

co te

mpo

pa

ra a

rea

lizaç

ão d

as s

uas

tare

fas.

O

s as

peto

s re

ferid

os

no

regu

lam

ento

in

tern

o sã

o os

as

peto

s re

ferid

os

na

legi

slaç

ão.

Os

aspe

tos

refe

ridos

no

re

gula

men

to

inte

rno

são

ajus

tado

s de

aco

rdo

com

os

curs

os e

o p

úblic

o-al

vo.

O

dire

tor

de

turm

a es

tabe

lece

a

pont

e es

cola

-fam

ília.

O

di

reto

r de

tu

rma

é re

spon

sáve

l pe

lo

acom

panh

amen

to e

orie

ntaç

ão d

o al

uno.

O

di

reto

r de

cu

rso

dese

nvol

ve

um

tr

abal

ho

coop

erat

ivo

e in

tera

tivo

com

a

sua

equi

pa.

O d

ireto

r de

cur

so m

otiv

a e

é re

spon

sáve

l pe

la c

oesã

o da

equ

ipa.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

79

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

6

Pap

éis

e fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cur

so

6.1.

Pap

el m

isto

de

líder

e g

esto

r 6.

2.

Tra

balh

o de

na

ture

za

mis

to

(adm

inis

trat

ivo

e pe

dagó

gico

) 6.

3. P

apel

mis

to d

e tr

ansm

isso

r e

orga

niza

dor

6.4.

Pap

el m

isto

de

coor

dena

dor

e av

alia

dor

6.5.

Pap

el m

isto

de

supe

rvis

or e

m

edia

dor

Tod

os e

stes

asp

etos

se

entr

elaç

am

Ela

bora

ndo

o cr

onog

ram

a da

fo

rmaç

ão;

pres

idir

às

reun

iões

do

C

onse

lho

de T

urm

a M

ante

r at

ualiz

ado

o D

ossi

er T

écni

co

Ped

agóg

ico;

pr

omov

er

reun

iões

re

gula

res

com

os

alun

os;

Con

voca

r o

Con

selh

o de

Tur

ma

ou

prof

esso

res;

m

ante

r at

ualiz

ado

o D

ossi

er T

écni

co P

edag

ógic

o C

oord

enar

a

equi

pa

form

ativ

a;

coor

dena

r to

das

as

ativ

idad

es

rela

cion

adas

com

a P

AP

A

rtic

ular

co

m

os

mon

itore

s da

F

orm

ação

em

Con

text

o de

Tra

balh

o;

refo

rmul

ar

estr

atég

ias

ou

linha

s de

ão

O d

ireto

r de

cur

so t

em u

m p

apel

mis

to d

e líd

er e

ges

tor.

O

tr

abal

ho

do

dire

tor

de

curs

o é

peda

gógi

co e

adm

inis

trat

ivo.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m o

rgan

izad

or e

tr

ansm

isso

r.

O d

ireto

r de

cur

so t

em u

m p

apel

mis

to d

e co

orde

nado

r e

aval

iado

r.

O d

ireto

r de

cur

so t

em u

m p

apel

mis

to d

e su

perv

isor

e m

edia

dor.

Co

mp

etên

cias

tr

ansv

ersa

is

e/o

u

ind

icad

ore

s co

mp

ort

amen

tais

n

o

exer

cíci

o

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

7

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is e

/ou

indi

cado

res

com

port

amen

tais

7.1.

Tra

balh

o em

equ

ipa

7.2.

Pro

ativ

idad

e/In

icia

tiva

7.3.

Em

patia

7.

4. E

stab

ilida

de e

moc

iona

l

Dom

inar

co

mpe

tênc

ias

de

trab

alho

co

oper

ativ

o; tr

abal

ho d

e eq

uipa

,

Rep

rese

ntan

do u

ma

mai

s-va

lia p

ara

a co

esão

da

equi

pa

Tro

ca d

e ex

periê

ncia

s M

otiv

ando

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s pa

ra a

din

âmic

a de

gru

po e

o

trab

alho

em

equ

ipa.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

pr

omov

er

a in

tera

tivid

ade

e a

part

icip

ação

. O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r em

pátic

o.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

dem

onst

rar

mot

ivaç

ão.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

80

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Ou

tro

s as

pet

os

8 -

Sug

estõ

es

8.1.

N

eces

sida

de

de

uma

peda

gogi

a at

iva

e co

oper

ativ

a 8.

2. R

esol

ução

per

tinen

te e

efic

az

de p

robl

emas

Nec

essi

dade

de

um

a pe

dago

gia

ativ

a e

coop

erat

iva

so

luci

onar

mos

co

m

pert

inên

cia

e ef

icác

ia u

ma

série

de

situ

açõe

s

É

fund

amen

tal

uma

peda

gogi

a at

iva

e co

oper

ativ

a pa

ra a

res

oluç

ão p

ertin

ente

e

efic

az d

e pr

oble

mas

En

trev

ista

do

F

ases

da

entr

evis

ta

Cat

ego

rias

S

ub

cate

go

rias

U

nid

ade

de

Reg

isto

In

dic

ado

res

DT

1

Esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

d

o

En

sin

o

Pro

fiss

ion

al

2

Asp

etos

po

sitiv

os

e ne

gativ

os

3

Asp

etos

va

loriz

ados

e

desv

alor

izad

os

2.1.

Mei

o de

com

unic

ação

ráp

ido

entr

e pa

res

2.2.

C

omun

icaç

ão

num

a po

siçã

o de

igua

ldad

e, r

espe

ito e

par

tilha

2.

3.

Tra

balh

o gr

upo-

turm

a co

loca

do e

m c

ausa

pel

a hi

erar

quia

e

dist

anci

amen

to

3.1.

V

alor

izaç

ão

do

trab

alho

de

di

reto

r de

cur

so

3.2.

Des

valo

rizaç

ão d

o tr

abal

ho d

e di

reto

r de

cur

so

3.3.

Ide

ntifi

caçã

o do

s pr

ofis

sion

ais

mai

s co

mpe

tent

es n

o ex

ercí

cio

do

carg

o 3.

4.

Rep

reen

são

nem

se

mpr

e ef

etua

da a

os p

rofis

sion

ais

men

os

com

pete

ntes

no

exer

cíci

o do

car

go

3.5.

Ref

orço

s po

sitiv

os e

neg

ativ

os

nem

se

mpr

e re

conh

ecid

os

no

trab

alho

efe

tuad

o

Mei

o de

co

mun

icaç

ão

mai

s rá

pido

en

tre

pare

s e

com

unid

ade

esco

lar

C

omun

icaç

ão

num

a po

siçã

o de

ig

uald

ade,

res

peito

e p

artil

h.

Hie

rarq

uia

e di

stan

ciam

ento

; o

gr

upo

e o

cons

elho

de

turm

a nu

nca

irão

func

iona

r.

Nem

se

mpr

e é

valo

rizad

o co

m

o de

vido

rig

or

Iden

tific

ados

os

m

elho

res

prof

issi

onai

s ne

sta

área

N

em

sem

pre

os

pior

es

são

cham

ados

à a

tenç

ão

Nem

o re

conh

ecid

os

refo

rços

po

sitiv

os e

neg

ativ

os

O

dire

tor

de

curs

o é

um

mei

o de

co

mun

icaç

ão r

ápid

o.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

com

unic

ar c

om

prin

cípi

os

de

igua

ldad

e,

resp

eito

e

part

ilha.

A

hie

rarq

uia

e o

dist

anci

amen

to c

oloc

am

em c

ausa

o tr

abal

ho d

e gr

upo-

turm

a.

O

trab

alho

do

di

reto

r de

cu

rso

é va

loriz

ado.

O

tr

abal

ho

do

dire

tor

de

curs

o é

desv

alor

izad

o.

Os

prof

issi

onai

s m

ais

com

pete

ntes

no

ex

ercí

cio

do c

argo

são

iden

tific

ados

. O

s pr

ofis

sion

ais

men

os c

ompe

tent

es n

o ex

ercí

cio

do

carg

o ne

m

sem

pre

são

cham

ados

à a

tenç

ão

Não

são

rec

onhe

cido

s re

forç

os p

ositi

vos

e ne

gativ

os n

o tr

abal

ho e

fetu

ado.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

81

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

4

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e R

egul

amen

to

Inte

rno

5

Com

para

ção

com

o

carg

o de

D

ireto

r de

Tur

ma

6

Pap

éis

e fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cur

so

4.1.

Con

heci

men

to s

uper

ficia

l do

s as

peto

s ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão e

reg

ulam

ento

inte

rno

4.

2.

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e no

re

gula

men

to

inte

rno

são

clar

os

5.1.

P

ar

peda

gógi

co

de

gran

de

resp

onsa

bilid

ade

5.2.

Dire

tor

de c

urso

com

o ge

stor

do

cu

rso

(org

aniz

a e

atua

liza

o D

TP

e o

cro

nogr

ama)

5.

3. D

ireto

r de

tur

ma

com

o ge

stor

da

tur

ma

(con

trol

a a

assi

duid

ade,

at

ende

os

E

ncar

rega

dos

de

Edu

caçã

o, e

labo

ra P

CT

) 6.

1. P

apel

mis

to d

e líd

er e

ges

tor

6.2.

T

raba

lho

de

natu

reza

m

isto

(a

dmin

istr

ativ

o e

peda

gógi

co)

6.3.

Pap

el m

isto

de

orga

niza

dor

e tr

ansm

isso

r 6.

4. P

apel

mis

to d

e co

orde

nado

r e

aval

iado

r 6.

5.

Pro

moç

ão

e in

tegr

ação

do

s in

terv

enie

ntes

do

pr

oces

so

educ

ativ

o

Não

te

nho

um

conh

ecim

ento

pr

ofun

do

O q

ue m

e fe

z cr

er q

ue s

ão c

laro

s A

mbo

s sã

o ca

rgos

de

gr

ande

re

spon

sabi

lidad

e G

estã

o do

cu

rso:

or

gani

zar

e at

ualiz

ar o

s D

TP

´s,

o cr

onog

ram

a e

real

izar

a

coor

dena

ção

com

os

al

unos

. Q

uest

ões

rela

cion

adas

com

a t

urm

a,

assi

duid

ade;

co

ntac

tos

com

os

E

ncar

rega

dos

de E

duca

ção

S

er u

m lí

der;

sai

ba b

em g

erir

F

unçã

o pe

dagó

gica

; fu

nção

ad

min

istr

ativ

a e

orga

niza

da

Org

aniz

ador

; sa

iba

tran

smiti

r co

rret

amen

te

Coo

rden

ador

; ava

liar

a ef

icác

ia

Tra

balh

os d

e to

dos

que

faze

m p

arte

da

sua

equ

ipa

peda

gógi

ca

Não

po

ssui

um

co

nhec

imen

to

prof

undo

do

s as

peto

s O

s as

peto

s re

ferid

os n

a le

gisl

ação

e n

o re

gula

men

to

inte

rno

iner

ente

s a

este

ca

rgo

são

clar

os.

Os

carg

os d

e di

reto

r de

tur

ma

e de

cur

so

são

de g

rand

e re

spon

sabi

lidad

e.

O d

ireto

r de

cur

so d

esem

penh

a fu

nçõe

s re

laci

onad

as c

om a

ges

tão

do c

urso

. O

dire

tor

de t

urm

a de

sem

penh

a fu

nçõe

s re

laci

onad

as c

om a

ges

tão

da tu

rma

O

dire

tor

de c

urso

tem

um

pap

el m

isto

de

líder

e g

esto

r.

O

trab

alho

do

di

reto

r de

cu

rso

é pe

dagó

gico

e a

dmin

istr

ativ

o.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

org

aniz

ador

e

tran

smis

sor.

O

dire

tor

de c

urso

tem

um

pap

el m

isto

de

coor

dena

dor

e av

alia

dor.

O

dire

tor

de c

urso

pro

mov

e a

inte

graç

ão

da

sua

equi

pa

no

proc

esso

de

en

sino

/apr

endi

zage

m.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

82

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

6.6.

Pap

el m

isto

de

supe

rvis

or e

m

edia

dor

6.7.

Dire

tor

de c

urso

com

o m

eio

de

com

unic

ação

mai

s pr

óxim

o co

m o

s to

pos

da h

iera

rqui

a

Man

ter

as

cara

cter

ístic

as

de

supe

rvis

or e

med

iado

r em

igua

ldad

e

Mei

o de

com

unic

ação

mai

s pr

óxim

o co

m o

s to

pos

da h

iera

rqui

a

O d

ireto

r de

cur

so t

em u

m p

apel

mis

to d

e su

perv

isor

e m

edia

dor.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r o

mei

o de

co

mun

icaç

ão m

ais

próx

imo

com

os

topo

s da

hie

rarq

uia.

C

om

pet

ênci

as

tran

sver

sais

e/

ou

in

dic

ado

res

com

po

rtam

enta

is

no

ex

ercí

cio

d

o

carg

o

de

Dir

eto

r d

e C

urs

o

7

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is e

/ou

indi

cado

res

com

port

amen

tais

7.1.

Pro

ativ

idad

e/In

icia

tiva

7.2.

Com

unic

ação

/Info

rmaç

ão

7.3.

Lid

eran

ça

7.

4. T

raba

lho

em e

quip

a 7.

5. C

ompr

eens

ão in

terp

esso

al

7.6.

É

tica,

va

lore

s e

resp

onsa

bilid

ade

7.7.

Res

iliên

cia

7.8.

Ada

ptaç

ão à

mud

ança

7.

9. F

lexi

bilid

ade

7.10

. Res

oluç

ão d

e pr

oble

mas

Pro

activ

o

Com

unic

ativ

o

Líde

r nã

o au

torit

ário

S

aiba

par

tilha

r e

trab

alha

r em

equ

ipa

D

imen

são

de

com

pree

nsão

in

terp

esso

al

Pes

soa

resp

onsá

vel;

evid

enci

a ét

ica

e va

lore

s pr

eten

dido

s pe

la e

scol

a

Pes

soa

resi

lient

e A

dapt

ado

ao

rápi

do

surg

imen

to

de

situ

açõe

s no

vas

e in

espe

rada

s S

mom

ento

cer

to

Com

coe

rênc

ia

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

proa

tivo.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r ca

paci

dade

s co

mun

icat

ivas

. O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r um

líd

er n

ão

auto

ritár

io.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s pa

ra a

din

âmic

a de

gru

po e

o

trab

alho

em

equ

ipa.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r co

mpe

tênc

ias

de

com

pree

nsão

in

terp

esso

al.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

resp

onsá

vel e

ev

iden

ciar

étic

a e

valo

res

adeq

uado

s ao

ca

rgo

que

dese

mpe

nha.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

se

r re

silie

nte,

ad

apta

do à

s m

udan

ças.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r fle

xíve

l. O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r co

eren

te.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

83

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

En

trev

ista

do

F

ases

da

entr

evis

ta

Cat

ego

rias

S

ub

cate

go

rias

U

nid

ade

de

Reg

isto

In

dic

ado

res

DT

2

Esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

d

o

En

sin

o

Pro

fiss

ion

al

2

Asp

etos

po

sitiv

os

e ne

gativ

os

4

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e re

gula

men

to

inte

rno

5

Com

para

ção

com

o

carg

o de

D

ireto

r de

Tur

ma

6

Pap

éis

e fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cur

so

2.1.

O

rgan

izaç

ão

e ge

stão

do

cu

rso

são

aspe

tos

posi

tivos

2.

2.

Qua

ntid

ade

e na

ture

za

do

trab

alho

env

olvi

do

2.3.

Asp

etos

neg

ativ

os i

mpe

ditiv

os

de u

m tr

abal

ho e

ficaz

e e

ficie

nte

4.

1.

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão n

em s

empr

e sã

o cl

aros

4.

2.

Alte

raçõ

es

nas

tare

fas

adm

inis

trat

ivas

4.

3.

Dis

posi

ção

de

mai

s te

mpo

pa

ra a

s ta

refa

s pe

dagó

gica

s e

de

med

iaçã

o 5.

1. D

ireto

r de

cur

so c

omo

gest

or

do

curs

o (o

rgan

iza

e at

ualiz

a o

D

TP

e o

cro

nogr

ama)

5.

2. D

ireto

r de

tur

ma

com

o ge

stor

da

tur

ma

(con

trol

a a

assi

duid

ade,

at

ende

os

E

ncar

rega

dos

de

Edu

caçã

o, e

labo

ra P

CT

) 6.

1. L

íder

6.

2.

Orie

ntaç

ão,

mot

ivaç

ão

e

Org

aniz

ar, g

erir

e co

ntro

lar

o cu

rso

E

leva

da

carg

a de

as

peto

s bu

rocr

átic

os e

adm

inis

trat

ivos

Im

pede

um

tra

balh

o m

ais

efic

ient

e e

efic

az d

o di

reto

r do

cur

so.

A

legi

slaç

ão

nem

se

mpr

e é

clar

a re

lativ

amen

te à

s fu

nçõe

s es

pecí

ficas

do

dire

tor

de c

urso

. F

ace

ao tr

abal

ho a

dmin

istr

ativ

o

Pou

co

tem

po

para

a

part

e pe

dagó

gica

e d

e m

edia

ção.

O

rgan

izar

, con

trol

ar e

ger

ir o

curs

o,

Tra

balh

o m

ais

prát

ico

junt

o do

s el

emen

tos

da

turm

a,

enca

rreg

ados

de

edu

caçã

o e

prof

esso

res

Líde

r

Orie

ntam

e

mot

ivam

; di

nam

izar

e

Os

aspe

tos

posi

tivos

são

a o

rgan

izaç

ão e

ge

stão

do

curs

o.

Os

aspe

tos

nega

tivos

o a

exce

ssiv

a bu

rocr

acia

e

a el

evad

a ca

rga

adm

inis

trat

iva.

O

s as

peto

s ne

gativ

os t

orna

m o

tra

balh

o do

di

reto

r de

cu

rso

men

os

efic

ient

e e

efic

az.

Os

aspe

tos

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

ne

m s

empr

e sã

o cl

aros

. O

di

reto

r de

cu

rso

tem

um

ex

cess

ivo

trab

alho

adm

inis

trat

ivo

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

disp

or d

e m

ais

tem

po

para

as

ta

refa

s pe

dagó

gica

s e

med

iaçã

o.

O d

ireto

r de

cur

so d

esem

penh

a fu

nçõe

s re

laci

onad

as c

om a

ges

tão

do c

urso

. O

dire

tor

de t

urm

a de

sem

penh

a fu

nçõe

s re

laci

onad

as c

om a

ges

tão

da tu

rma

O

dire

tor

de c

urso

é u

m lí

der.

O

di

reto

r de

cu

rso

orie

nta,

di

nam

iza,

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

84

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

dina

miz

ação

da

eq

uipa

pe

dagó

gica

6.

3.

Dire

tor

de

curs

o e

equi

pa

resp

onsá

veis

pe

los

resu

ltado

s ob

tidos

6.

4. P

rom

oção

da

inte

graç

ão d

os

inte

rven

ient

es

no

proc

esso

ed

ucat

ivo

6.5.

Pro

moç

ão

de

feed

back

em

te

mpo

útil

6.

6. P

edid

o de

fee

dbac

k da

equ

ipa

sobr

e as

su

as

com

petê

ncia

s de

lid

eran

ça

6.7.

Adm

inis

trat

ivo

6.8.

C

olab

orad

or

em

tare

fas

buro

crát

icas

fun

dam

enta

is p

ara

a or

gani

zaçã

o 6.

9. O

rgan

izad

or

6.10

. O

rgan

izaç

ão

de

arqu

ivos

, re

daçã

o de

do

cum

ento

s e

aten

dim

ento

ao

públ

ico.

6.

11. C

oord

enad

or

6.12

. P

rom

oção

da

inte

graç

ão d

os

inte

rven

ient

es

no

proc

esso

com

prom

eter

a e

quip

a

Res

pons

abili

zand

o-os

pe

los

resu

ltado

s ob

tidos

A

poio

e

apre

ndiz

agem

no

de

senv

olvi

men

to

dos

seus

co

labo

rado

res

For

nece

ndo

feed

back

, em

tem

po ú

til

Sol

icita

r fe

edba

ck

da

sua

equi

pa

sobr

e as

sua

s pr

ópria

s co

mpe

tênc

ias

de li

dera

nça

Adm

inis

trat

ivo

Mel

horia

da

s ta

refa

s bu

rocr

átic

as

impr

esci

ndív

eis

para

a o

rgan

izaç

ão

Org

aniz

ador

A

tend

e ao

blic

o,

orga

niza

ar

quiv

os, r

edig

e do

cum

ento

s

Coo

rden

ador

.

Pro

mov

e a

inte

graç

ão

dos

envo

lvid

os

no

proc

esso

en

sino

-

mot

iva

e co

mpr

omet

e a

sua

equi

pa.

O d

ireto

r de

cur

so e

a s

ua e

quip

a sã

o os

re

spon

sáve

is p

elos

res

ulta

dos

obtid

os.

O d

ireto

r de

cur

so a

poia

a a

pren

diza

gem

e

dese

nvol

vim

ento

da

sua

equi

pa.

O d

ireto

r de

cur

so fo

rnec

e fe

edba

ck à

sua

eq

uipa

em

tem

po ú

til.

A e

quip

a fo

rnec

e fe

edba

ck a

o di

reto

r de

cu

rso.

O

di

reto

r de

cu

rso

dese

nvol

ve

um

trab

alho

adm

inis

trat

ivo.

O

di

reto

r de

cu

rso

dese

nvol

ve

tare

fas

buro

crát

icas

fu

ndam

enta

is

para

a

orga

niza

ção

da e

scol

a.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

org

aniz

ador

. O

di

reto

r de

cu

rso

orga

niza

ar

quiv

os,

redi

ge d

ocum

ento

s e

aten

de o

púb

lico.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m c

oord

enad

or.

O d

ireto

r de

cur

so p

rom

ove

a in

tegr

ação

da

su

a eq

uipa

no

pr

oces

so

de

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

85

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

educ

ativ

o 6.

13.

Est

abel

ecim

ento

de

rela

ções

in

terp

esso

ais

6.

14. S

uper

viso

r 6.

15.

Con

trib

uiçã

o pa

ra

o de

senv

olvi

men

to

do

proc

esso

ed

ucat

ivo

6.16

. G

aran

tia

da

qual

idad

e da

fo

rmaç

ão

e da

fo

rmaç

ão

dos

alun

os

6.17

. P

repa

raçã

o do

s se

us a

luno

s pa

ra a

vid

a at

iva

apre

ndiz

agem

E

stab

elec

endo

re

laçõ

es

inte

rpes

soai

s de

form

a sa

udáv

el

Sup

ervi

sor,

C

ontr

ibui

par

a o

dese

nvol

vim

ento

do

proc

esso

de

en

sino

/apr

endi

zage

m

dos

alun

os

Gar

antin

do a

qua

lidad

e do

cur

so e

o

suce

sso

dos

alun

os.

ensi

no/a

pren

diza

gem

. O

dire

tor

de c

urso

des

envo

lve

dive

rsas

re

laçõ

es in

terp

esso

ais.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m s

uper

viso

r.

O

dire

tor

de

curs

o co

ntrib

ui

para

o

dese

nvol

vim

ento

do

proc

esso

edu

cativ

o

O d

ireto

r de

cur

so e

a e

quip

a pe

dagó

gica

de

vem

gar

antir

a q

ualid

ade

de e

duca

ção

e da

form

ação

dos

seu

s al

unos

. O

dire

tor

de c

urso

e a

equ

ipa

peda

góg

ica

deve

m g

aran

tir a

pre

para

ção

para

a v

ida

ativ

a do

s se

us a

luno

s.

Co

mp

etên

cias

tr

ansv

ersa

is

e/o

u

ind

icad

ore

s co

mp

ort

amen

tais

n

o

exer

cíci

o

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

7

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is e

/ou

indi

cado

res

com

port

amen

tais

7.1.

Pla

neam

ento

7.

2. L

ider

ança

7.

3. O

rient

ação

par

a os

res

ulta

dos

7.4.

Pro

ativ

idad

e/In

icia

tiva

7.5.

Tra

balh

o em

equ

ipa

7.6.

Efic

ácia

com

unic

acio

nal

Com

petê

ncia

s de

pla

neam

ento

Li

dera

nça

Orie

ntaç

ão p

ara

os r

esul

tado

s C

apac

idad

e de

inic

iativ

a; p

roat

ivo

Ape

tênc

ias

para

trab

alha

r em

equ

ipa

Boa

s ca

paci

dade

s de

com

unic

ação

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ter

com

petê

ncia

s de

pla

neam

ento

. O

dire

tor

de c

urso

dev

e te

r co

mpe

tênc

ias

de li

dera

nça.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e te

r co

mpe

tênc

ias

de o

rient

ação

par

a os

res

ulta

dos.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e te

r ca

paci

dade

de

inic

iativ

a e

ser

proa

tivo.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r co

mpe

tênc

ias

para

a d

inâm

ica

de g

rupo

e

o tr

abal

ho e

m e

quip

a.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

boas

ca

paci

dade

s co

mun

icat

ivas

.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

86

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

7.7.

Cria

tivid

ade/

Inov

ação

7.

8. R

esili

ênci

a 7.

9. A

dapt

ação

à m

udan

ça

7.10

. Res

oluç

ão d

e pr

oble

mas

Ser

cria

tivo,

inov

ador

S

er a

dapt

ado

às m

udan

ças

no s

eu

trab

alho

C

onfr

onta

do

com

pr

oble

mas

ou

no

vas

situ

açõe

s

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

ser

cria

tivo

e

inov

ador

. O

di

reto

r de

cu

rso

deve

se

r re

silie

nte,

ad

apta

do à

s m

udan

ças.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r ca

paci

dade

s pa

ra

a re

solu

ção

de

prob

lem

as.

En

trev

ista

do

F

ases

da

entr

evis

ta

Cat

ego

rias

S

ub

cate

go

rias

U

nid

ade

de

Reg

isto

In

dic

ado

res

DT

3

Esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

ca

rgo

d

e D

iret

or

de

Cu

rso

d

o

En

sin

o

Pro

fiss

ion

al

1 P

ertin

ênci

a do

ca

rgo

3

Asp

etos

va

loriz

ados

e

desv

alor

izad

os

4

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e no

re

gula

men

to

inte

rno

5

Com

para

ção

com

o

carg

o de

D

ireto

r de

Tur

ma

1.1.

P

ara

o fu

ncio

nam

ento

ge

ral d

o cu

rso

1.2.

D

iver

sida

de d

e fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cur

so

1.

3.

Def

iniç

ão

clar

a da

s fu

nçõe

s do

dire

tor

de c

urso

3.

1. D

esva

loriz

ação

do

trab

alho

de

dire

tor

de

curs

o,

pelo

o re

conh

ecim

ento

do

seu

trab

alho

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

e

no

regu

lam

ento

in

tern

o sã

o cl

aros

D

ireto

r de

cur

so c

omo

gest

or d

o cu

rso

( or

gani

za e

atu

aliz

a o

DT

P e

o

cron

ogra

ma)

Prin

cipa

l fun

ção

gerir

o c

urso

D

eter

min

adas

funç

ões

Fun

ções

bem

def

inid

as

Não

é u

m t

raba

lho

visí

vel;

trab

alho

de

sval

oriz

ado

B

em

defin

ido

na

legi

slaç

ão

e R

egul

amen

to In

tern

o E

labo

rar

e or

gani

zar

o D

TP

O

dire

tor

de

curs

o fa

cilit

a o

dese

nvol

vim

ento

, a

coor

dena

ção

e a

artic

ulaç

ão d

o cu

rso.

A

s fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cu

rso

são

dive

rsas

. A

s fu

nçõe

s do

dire

tor

de c

urso

est

ão b

em

defin

idas

. O

tr

abal

ho

do

dire

tor

de

curs

o nã

o é

visí

vel,

e po

r is

so, é

des

valo

rizad

o.

Os

aspe

tos

refe

ridos

na

legi

slaç

ão e

no

regu

lam

ento

in

tern

o in

eren

tes

a es

te

carg

o sã

o cl

aros

O

dire

tor

de c

urso

des

empe

nha

funç

ões

rela

cion

adas

com

a g

estã

o o

curs

o.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

87

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

6

Pap

éis

e fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cur

so

Dire

tor

de t

urm

a co

mo

gest

or d

a tu

rma

(con

trol

a as

sidu

idad

e,

aten

de

os

Enc

arre

gado

s de

E

duca

ção,

ela

bora

PC

T)

entr

e a

esco

la e

a fa

míli

a 6.

1. G

esto

r 6.

2.

Nat

urez

a de

tr

abal

ho

mis

to

(adm

inis

trat

ivo

e pe

dagó

gico

) 6.

3.

Des

vio

do

seu

pape

l pe

dagó

gico

6.

4. O

rgan

izad

or

6.5.

Ava

liado

r 6.

6. P

apel

mis

to d

e su

perv

isor

e

med

iado

r

Ger

ir as

fa

ltas

no

sist

ema

info

rmát

ico;

man

ter

o P

CT

atu

aliz

ado

Faz

er o

elo

de

ligaç

ão e

ntre

a e

scol

a e

os E

ncar

rega

dos

de E

duca

ção

P

apel

de

gest

or

Ape

sar

de

dese

mpe

nhar

fu

nçõe

s pe

dagó

gica

s;

efet

uar

funç

ões

adm

inis

trat

ivas

D

esvi

a-se

do

seu

prin

cipa

l pap

el

Ela

bora

r e

orga

niza

r o

DT

P

Fun

ção

de a

valia

dor.

S

er

um

supe

rvis

or;

serv

ir de

m

edia

dor

O d

ireto

r de

tur

ma

dese

mpe

nha

funç

ões

rela

cion

adas

com

a g

estã

o da

turm

a.

O

dire

tor

de

turm

a es

tabe

lece

a

pont

e es

cola

-fam

ília

O d

ireto

r de

cur

so é

um

ges

tor.

O

tr

abal

ho

do

dire

tor

de

curs

o é

peda

gógi

co e

adm

inis

trat

ivo.

O

di

reto

r de

cu

rso

desv

ia-s

e do

se

u pr

inci

pal p

apel

. O

dire

tor

de c

urso

é u

m o

rgan

izad

or.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

ava

liado

r.

O d

ireto

r de

cur

so t

em u

m p

apel

mis

to d

e su

perv

isor

e m

edia

dor.

C

om

pet

ênci

as

tran

sver

sais

e/

ou

in

dic

ado

res

com

po

rtam

enta

is

no

ex

ercí

cio

d

o

carg

o

de

Dir

eto

r d

e C

urs

o

7

Com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is e

/ou

indi

cado

res

com

port

amen

tais

7.1.

Pla

neam

ento

7.

2. T

omad

a de

dec

isão

7.

3. P

roat

ivid

ade/

Inic

iativ

a 7.

4. G

estã

o

Cap

acid

ade

de

plan

eam

ento

de

ões

Tom

ar

deci

sões

, co

m

base

no

s re

curs

os d

ispo

níve

is

Cap

acid

ade

de

impr

ovis

ação

; pr

oativ

o C

apac

idad

e de

ges

tão

do te

mpo

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s de

pla

neam

ento

. O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r ca

paci

dade

de

tom

ada

de d

ecis

ão.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e se

r pr

oativ

o.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ter

com

petê

ncia

s de

ges

tão.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

88

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

7.5.

Res

iliên

cia

7.6.

Ada

ptaç

ão à

mud

ança

7.

7. E

stab

ilida

de e

moc

iona

l 7.

8. T

raba

lho

em e

quip

a 7.

9. R

esol

ução

de

prob

lem

as

7.10

. Aut

onom

ia

Con

segu

ir tr

abal

har

sobr

e pr

essã

o

Não

pod

e fr

aque

jar

Pila

r na

tu

rma

e re

stan

tes

prof

esso

res.

P

rocu

rar

resp

osta

s/so

luçõ

es

imed

iata

s E

sper

ar q

ue e

las

apar

ecer

am o

u qu

e lh

es s

ejam

tran

smiti

das

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

resi

lient

e e

adap

tado

às

mud

ança

s.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

man

ter

uma

atitu

de fi

rme

e po

sitiv

a.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s pa

ra a

din

âmic

a de

gru

po e

o

trab

alho

em

equ

ipa.

O

di

reto

r de

cu

rso

deve

po

ssui

r ca

paci

dade

s pa

ra

a re

solu

ção

de

prob

lem

as.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

autó

nom

o.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

89

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

An

exo

VII

Gre

lha

de

sín

tese

das

en

trev

ista

s à

Dir

eção

Ped

agó

gic

a, C

oo

rden

ado

r d

e C

urs

os,

Dir

eto

res

de

Cu

rso

e D

iret

ore

s d

e T

urm

a d

o E

nsi

no

Pro

fiss

ion

al d

o E

stab

elec

imen

to d

e E

nsi

no

Par

ticu

lar

e C

oo

per

ativ

o, A

BC

Fas

es d

a en

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ista

C

ateg

ori

as

Su

bca

teg

ori

as

Ind

icad

ore

s E

ntr

evis

tad

os

A

pre

sen

taçã

o

da

org

aniz

ação

1

Fun

daçã

o da

or

gani

zaçã

o F

unda

ção

nos

anos

50,

num

con

text

o pó

s-gu

erra

In

ício

co

m

o en

sino

de

ad

ulto

s:

curs

os

de

prep

araç

ão c

omer

cial

e in

dust

rial

Con

tinua

ção

da

ativ

idad

e co

m

expl

icaç

ões

indi

vidu

ais

e en

sino

dom

éstic

o D

eten

ção

do a

lvar

á m

ascu

lino

e fe

min

ino

Priv

ilégi

o da

r as

mes

mas

opo

rtun

idad

es à

s m

ulhe

res

Os

dire

itos

do

Hom

em,

a ig

uald

ade

e o

univ

ersa

lism

o co

mo

razõ

es

da

fund

ação

da

or

gani

zaçã

o

Igua

ldad

e de

opo

rtun

idad

e de

ens

ino

aos

adul

tos

e às

mul

here

s

A o

rgan

izaç

ão s

urgi

u no

s an

os 5

0, n

um c

onte

xto

pós-

guer

ra.

A o

rgan

izaç

ão c

omeç

ou,

com

o e

nsin

o de

adu

ltos,

co

m

os

curs

os

de

prep

araç

ão

com

erci

al

e in

dust

rial.

A o

rgan

izaç

ão c

ontin

uou

a su

a at

ivid

ade

com

as

expl

icaç

ões

indi

vidu

ais

e en

sino

dom

éstic

o

A o

rgan

izaç

ão d

etin

ha d

ois

alva

rás:

o m

ascu

lino

e o

fem

inin

o.

A

orga

niza

ção

priv

ilegi

ava

dar

as

mes

mas

op

ortu

nida

des

de e

stud

o às

mul

here

s.

Os

dire

itos

do

Hom

em,

a ig

uald

ade

e o

univ

ersa

lism

o sã

o as

ra

zões

da

fu

ndaç

ão

da

orga

niza

ção.

P

ropo

rcio

nar

aos

adul

tos

e m

ulhe

res

igua

ldad

e de

op

ortu

nida

de d

e en

sino

D

P

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

90

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

2

Ativ

idad

e pr

inci

pal

da

orga

niza

ção

3 D

estin

atár

ios

da

orga

niza

ção

4

Val

ores

da

or

gani

zaçã

o

Ativ

idad

e in

icia

l foc

ada

no s

eu fu

ndad

or

Tra

balh

o co

letiv

o in

serid

o nu

m p

roje

to p

erso

naliz

ado

A

tivid

ade

atua

l em

funç

ão d

e um

a es

cola

incl

usiv

a

Ativ

idad

e at

ual e

m d

ireçã

o da

seg

unda

opo

rtun

idad

e

Par

a ed

ucar

os

mai

s jo

vens

se

torn

arem

adu

ltos

e os

m

ais

velh

os s

e se

ntire

m m

ais

jove

ns

A

ativ

idad

e at

ual

base

ada

em

prin

cípi

os

de

solid

arie

dade

e c

idad

ania

ativ

a

Alu

nos

com

o pr

inci

pais

des

tinat

ário

s da

ativ

idad

e da

or

gani

zaçã

o

Suc

esso

do

alun

o co

mo

prin

cipa

l raz

ão d

a ex

istê

ncia

da

org

aniz

ação

O

rgan

izaç

ão

ativ

a e

univ

ersa

lista

, fo

rmad

ora

de

cida

dãos

ínte

gros

e c

om p

ensa

men

to c

rític

o

O u

nive

rsal

ism

o e

o co

letiv

o co

mo

valo

res

prin

cipa

is

da o

rgan

izaç

ão

Inte

rioriz

ação

do

s va

lore

s no

s pr

ofes

sore

s e

post

erio

rmen

te c

ultiv

ados

nos

alu

nos

Val

ores

da

ve

rdad

e pe

dagó

gica

co

mo

valo

res

fund

amen

tais

A a

tivid

ade

inic

ial f

ocad

a no

seu

men

tor.

A

ativ

idad

e in

icia

l ca

ract

eriz

ada

por

um t

raba

lho

cole

tivo

inse

rido

num

pro

jeto

per

sona

lizad

o.

A

ativ

idad

e at

ual

em

funç

ão

de

uma

esco

la

incl

usiv

a.

A

ativ

idad

e at

ual

em

dire

ção

da

segu

nda

opor

tuni

dade

. A

ativ

idad

e at

ual

para

edu

car

os m

ais

jove

ns s

e to

rnar

em

adul

tos,

e

para

os

m

ais

velh

os

se

sent

irem

mai

s jo

vens

. A

at

ivid

ade

atua

l se

guin

do

prin

cípi

os

de

solid

arie

dade

e c

idad

ania

ativ

a.

Os

alun

os

são

os

prin

cip

ais

dest

inat

ário

s da

at

ivid

ade

da o

rgan

izaç

ão.

O

su

cess

o do

s al

unos

é

a pr

inci

pal

razã

o da

ex

istê

ncia

da

orga

niza

ção.

A

org

aniz

ação

é u

ma

esco

la a

tiva

e un

iver

salis

ta,

que

form

a ci

dadã

os í

nteg

ros

e co

m p

ensa

men

to

críti

co.

Os

valo

res

da o

rgan

izaç

ão s

ão o

uni

vers

alis

mo

e o

cole

tivo.

O

s va

lore

s de

vem

ser

cul

tivad

os e

m n

ós e

dep

ois

nos

alun

os.

Os

valo

res

da

verd

ade

peda

gógi

ca

são

fund

amen

tais

.

D

P

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

91

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

5

Cul

tura

da

or

gani

zaçã

o

Pro

jeto

s ed

ucat

ivos

com

raz

ão d

e ex

istê

ncia

e c

om

obje

tivos

F

alsa

ne

utra

lidad

e da

es

cola

: ed

ucar

pa

ra

o

Val

ores

de

orig

em e

sem

alte

raçõ

es

Val

ores

fu

ndam

enta

is p

ara

a cr

iaçã

o de

cid

adão

s cr

ítico

s e

com

val

ores

A

s pr

átic

as e

os

agen

tes

da o

rgan

izaç

ão p

rom

ovem

a

sua

cultu

ra

Top

o da

hie

rarq

uia

com

o ex

empl

o

Insi

stên

cia,

tr

abal

ho,

empe

nho,

de

dica

ção

e at

ualiz

ação

per

man

ente

com

o fa

tore

s de

suc

esso

da

orga

niza

ção

A

tual

izaç

ão,

mud

ança

e i

nova

ção

com

o fa

tore

s de

su

cess

o da

org

aniz

ação

R

esul

tado

s co

mo

refle

xo d

o fu

turo

dos

alu

nos

Os

proj

etos

edu

cativ

os c

om r

azão

de

exis

tênc

ia e

co

m o

bjet

ivos

. A

fal

sa n

eutr

alid

ade

das

esco

las:

edu

car

para

o

E

O

s va

lore

s sã

o os

val

ores

de

orig

em e

não

for

am

alte

rado

s.

Os

valo

res

são

fund

amen

tais

par

a a

cria

ção

de

cida

dãos

crí

ticos

e c

om v

alor

es.

A c

ultu

ra r

elac

iona

-se

com

as

prát

icas

e o

s ag

ente

s da

org

aniz

ação

. O

exe

mpl

o te

m q

ue v

ir da

dire

ção.

O

su

cess

o es

na

insi

stên

cia,

no

tr

abal

ho,

no

empe

nho,

na

de

dica

ção

e na

at

ualiz

ação

pe

rman

ente

. A

at

ualiz

ação

, a

mud

ança

e

a in

ovaç

ão

para

o

suce

sso

da o

rgan

izaç

ão.

O fu

turo

dos

alu

nos

refle

tido

nos

resu

ltado

s.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

92

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

6

Est

rutu

ra

da

orga

niza

ção

7 -

Res

pons

abili

dade

s

Ens

inar

par

a co

nstr

uir

o fu

turo

E

stru

tura

or

gani

zada

co

m

mod

alid

ades

de

en

sino

di

fere

ntes

e p

roje

tos

próp

rios

peda

gógi

ca, c

oord

enaç

ão e

dire

ções

de

curs

o

Prin

cipa

is r

espo

nsab

ilida

des

loca

lizad

as n

a D

ireçã

o P

edag

ógic

a In

vest

imen

to n

a fo

rmaç

ão d

e qu

adro

s A

uton

omia

da

s or

gani

zaçõ

es

colo

cada

em

ca

usa

pela

pró

pria

tute

la

Rel

açõe

s co

m

a tu

tela

e

o m

undo

ex

terio

r co

mo

aspe

tos

a m

elho

rar

S

empr

e qu

e po

ssív

el,

em

prim

eiro

lu

gar

a ló

gica

pe

dagó

gica

e e

m s

egun

do lu

gar

a ló

gica

eco

nóm

ica

M

otiv

ação

e

inov

ação

re

sulta

do

de

uma

gest

ão

efic

az d

e re

curs

os

O e

nsin

o pa

ra c

onst

ruir

o fu

turo

.

mod

alid

ades

de

en

sino

di

fere

ntes

e

proj

etos

pr

óprio

s.

peda

gógi

ca, c

oord

enad

ores

e d

ireto

res

de c

urso

. A

s pr

inci

pais

res

pons

abili

dade

s es

tão

loca

lizad

as

na D

ireçã

o P

edag

ógic

a.

O

risco

es

no

inve

stim

ento

na

fo

rmaç

ão

de

quad

ros.

A

tu

tela

co

loca

re

striç

ões

à au

tono

mia

da

s or

gani

zaçõ

es

Um

asp

eto

a m

elho

rar

são

as li

gaçõ

es c

om a

tute

la

e o

exte

rior

A

pesa

r de

um

a ad

min

istr

ação

sól

ida,

nem

sem

pre

a ló

gica

pe

dagó

gica

es

à fr

ente

da

gica

ec

onóm

ica.

U

ma

gest

ão

efic

az

dos

recu

rsos

é

um

fato

r m

otiv

ador

e in

ovad

or.

A

mis

são

d

a o

rgan

izaç

ão

8

Mis

são

da

orga

niza

ção

Con

stitu

ição

da

mis

são

num

con

text

o pó

s-gu

erra

E

spír

ito c

rític

o, h

uman

ism

o, c

oval

ênci

a e

ace

iraçã

o co

mo

pila

res

da m

issã

o C

ontin

uida

de d

a m

issã

o ao

long

o do

tem

po

Alu

no c

omo

prin

cipa

l alv

o da

mis

são

A m

issã

o su

rge

num

con

text

o pó

s-gu

erra

. O

esp

írito

crí

tico,

o h

uman

ism

o, a

cov

alên

cia

e a

acei

taçã

o co

mo

pila

res

da m

issã

o.

A m

issã

o m

ante

ve-s

e du

rant

e es

tes

anos

.

D

P

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

93

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

9

Obj

etiv

os

da

mis

são

10

P

rincí

pios

de

at

uaçã

o 1

1

Rec

urso

s hu

man

os d

ispo

níve

is

Con

tinui

dade

dos

obj

etiv

os d

a m

issã

o ao

lon

go d

o te

mpo

A

luno

e o

seu

fut

uro

com

o pr

inci

pais

obj

etiv

os d

a or

gani

zaçã

o

Con

tinui

dade

do

trab

alho

, m

otiv

ação

e f

orm

ação

de

cida

dãos

ativ

os,

sério

s e

com

val

ores

com

o ob

jetiv

os

da o

rgan

izaç

ão

Org

aniz

ação

de

pequ

ena

dim

ensã

o m

as c

om v

alor

es

e on

de to

dos

se c

onhe

çam

C

ontin

uida

de d

os p

rincí

pios

de

atua

ção

ao l

ongo

do

tem

po

Ver

dade

pe

dagó

gica

, ac

eita

ção,

co

valê

ncia

e

empa

tia c

omo

prin

cípi

os d

e at

uaçã

o

Obr

igat

orie

dade

de

dife

renç

a de

opi

niõe

s e

espí

rito

críti

co n

a es

cola

T

raba

lho,

ris

co e

dife

renç

a

Atu

aliz

ação

per

man

ente

par

a a

indi

vidu

aliz

ação

e o

co

nstr

utiv

ism

o A

luno

com

o pr

ojet

o ed

ucat

ivo

Mai

oria

de

quad

ros

exte

rnos

O a

luno

é a

mis

são

da o

rgan

izaç

ão.

O a

luno

à fr

ente

de

tudo

O

s ob

jetiv

os d

a m

issã

o nã

o fo

ram

alte

rado

s O

obj

etiv

o da

org

aniz

ação

é o

alu

no e

o s

eu fu

turo

. T

ambé

m s

ão o

bjet

ivos

con

tinua

r o

trab

alho

com

bo

a di

spos

ição

e f

orm

ar c

idad

ãos

feliz

es,

ativ

os,

sério

s e

com

val

ores

. U

ma

esco

la

pequ

ena,

m

as

com

va

lore

s e

que

todo

s se

con

heça

m.

Os

prin

cípi

os d

e at

uaçã

o sã

o os

mes

mos

. O

s pr

incí

pios

de

at

uaçã

o sã

o a

verd

ade

peda

gógi

ca, a

ace

itaçã

o, a

cov

alên

cia

e a

empa

tia.

A e

scol

a ex

ige

de n

ós o

pini

ões

dife

rent

es e

esp

írito

cr

ítico

. T

raba

lhar

, cor

rer

risco

s e

faze

r a

dife

renç

a.

A a

tual

izaç

ão p

erm

anen

te p

ara

a in

divi

dual

izaç

ão e

o

cons

trut

ivis

mo.

C

ada

alun

o é

um p

roje

to p

esso

al e

tem

um

son

ho a

co

ncre

tizar

. N

a su

a m

aior

ia,

os r

ecur

sos

hum

anos

são

qua

dros

ex

tern

os.

D

P

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

94

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

12

A

ção

dos

cola

bora

dore

s

Min

oria

de

quad

ros

inte

rnos

O

rgan

izaç

ão c

omo

esco

la a

tiva

D

iver

sida

de d

e m

odal

idad

es d

e en

sino

P

rofis

sion

al m

ultif

acet

ado

e fo

rtem

ente

em

penh

ado

Rec

urso

s hu

man

os

razo

ávei

s e

ajus

tado

s às

ne

cess

idad

es d

a or

gani

zaçã

o

Esf

orço

na

atua

lizaç

ão e

no

empe

nho

nas

dife

rent

es

mod

alid

ades

de

ensi

no

Coo

rden

ação

be

m

prep

arad

a e

equi

libra

da

sob

o po

nto

de v

ista

inte

lect

ual e

hum

ano

E

quip

a pe

dagó

gica

or

gani

zada

e

enriq

ueci

da

ao

long

o do

tem

po

Açã

o do

s co

labo

rado

res

na

cons

truç

ão

de

uma

com

unid

ade

de a

pren

diza

gem

E

scol

a co

mo

um t

odo

e o

todo

com

o m

uito

mai

s qu

e a

som

a da

s pa

rtes

O

rgan

izaç

ão

com

o um

ba

rco

e os

co

labo

rado

res

com

o re

mos

des

se b

arco

C

oncr

etiz

ação

da

mis

são

da o

rgan

izaç

ão a

trav

és d

a aç

ão d

os c

olab

orad

ores

Exi

ste

uma

min

oria

de

quad

ros

inte

rnos

. A

org

aniz

ação

é u

ma

esco

la a

tiva.

A

org

aniz

ação

dis

põe

de d

iver

sas

mod

alid

ades

de

ensi

no.

O p

rofis

sion

al d

eve

ser

mul

tifac

etad

o e

fort

emen

te

empe

nhad

o.

Os

recu

rsos

o ra

zoáv

eis

e aj

usta

dos

às

nece

ssid

ades

da

orga

niza

ção.

O

s re

curs

os

esfo

rçam

-se

por

se

atua

lizar

em

e tr

abal

ham

mui

to e

nas

div

ersa

s m

odal

idad

es d

e en

sino

. O

s co

orde

nado

res

são

mui

to b

em p

repa

rado

s e

equi

libra

dos

quer

do

pont

o de

vis

ta in

tele

ctua

l, qu

er

do p

onto

de

vist

a hu

man

o.

sido

enr

ique

cida

ao

long

o do

s te

mpo

s.

A a

ção

dos

cola

bora

dore

s na

con

stru

ção

de u

ma

coop

erat

iva

e de

um

a co

mun

idad

e de

ap

rend

izag

em.

A e

scol

a é

um t

odo

e o

todo

é m

uito

mai

s qu

e a

som

a da

s pa

rtes

. O

s co

labo

rado

res

são

os

rem

os

do

barc

o da

or

gani

zaçã

o.

A

ação

do

s co

labo

rado

res

na

conc

retiz

ação

da

m

issã

o da

org

aniz

ação

.

D

P

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

95

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Tra

nsfo

rmaç

ão

dos

alun

os

atra

vés

da

ação

do

s co

labo

rado

res

Col

abor

ador

es

com

o pe

ças

fund

amen

tais

no

pr

oces

so d

e en

sino

/apr

endi

zage

m d

os a

luno

s A

desã

o do

s co

labo

rado

res

fort

e e

pos

itiva

R

elaç

ão h

uman

a fo

rte

entr

e al

uno

e or

gani

zaçã

o

Ade

são

base

ada

em

prof

issi

onal

ism

o,

esfo

rço

e em

penh

o C

omun

icaç

ão

inte

rna

base

ada

em

reun

iões

se

man

ais

com

a c

oord

enaç

ão

da in

form

ação

aos

res

tant

es c

olab

orad

ores

C

omun

icaç

ão i

nter

na a

trav

és d

e um

a re

uniã

o ge

ral

no in

ício

do

ano

letiv

o or

gani

zaçã

o

Diá

rio d

e bo

rdo

com

o um

doc

umen

to q

ue in

clui

um

a pl

anifi

caçã

o e

desc

reve

aco

ntec

imen

tos,

difi

culd

ades

e

prob

lem

as

Diá

rio d

e bo

rdo

com

o o

livro

das

rel

açõe

s hu

man

as

da o

rgan

izaç

ão

A a

ção

dos

cola

bora

dore

s na

tra

nsfo

rmaç

ão d

os

alun

os.

Os

cola

bora

dore

s sã

o pe

ças

fund

amen

tais

no

pr

oces

so

de

ensi

no/a

pren

diza

gem

do

s se

us

alun

os.

A a

desã

o do

s co

labo

rado

res

é fo

rte

e po

sitiv

a.

A

rela

ção

alun

o/or

gani

zaçã

o é

uma

rela

ção

hum

ana

fort

e.

A

ades

ão

dos

cola

bora

dore

s é

base

ada

no

prof

issi

onal

ism

o, e

sfor

ço e

em

penh

o.

As

reun

iões

sem

anai

s co

m a

coo

rden

ação

são

a

base

da

com

unic

ação

inte

rna.

pa

ra o

s re

stan

tes

cola

bora

dore

s.

Um

a re

uniã

o ge

ral

no i

níci

o de

cad

a an

o le

tivo

é ou

tra

form

a de

com

unic

ação

inte

rna

or

gani

zaçã

o.

O d

iário

de

bord

o é

um d

ocum

ento

que

inc

lui

uma

plan

ifica

ção,

um

rel

ato

dos

acon

teci

men

tos

bem

e

mal

suc

edid

os e

um

a de

scriç

ão d

as d

ificu

ldad

es o

u pr

oble

mas

. O

diá

rio d

e bo

rdo

é o

livro

das

rel

açõe

s hu

man

as

da o

rgan

izaç

ão.

13

A

desã

o do

s co

labo

rado

res

14

For

mas

de

co

mun

icaç

ão

e no

rmas

de

co

ndut

a in

tern

a

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

96

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Nec

essi

dade

de

re

aliz

ar

reun

iões

pa

ra

apre

nder

, di

scut

ir e

solu

cion

ar p

robl

emas

co

mun

icaç

ão e

de

escl

arec

imen

to

Pro

moç

ão

de

um

trab

alho

eq

uilib

rado

at

ravé

s da

Difi

culd

ades

de

com

unic

ação

int

erna

ass

ocia

das

a fa

tore

s ec

onóm

icos

R

espo

nsab

ilida

de

da

tute

la

pelo

s pr

oces

sos

econ

ómic

os e

res

petiv

as d

ificu

ldad

es

Difi

culd

ades

de

cons

titui

ção

da e

quip

a pe

dagó

gica

as

soci

adas

a fa

tore

s ec

onóm

icos

D

ificu

ldad

es s

uper

adas

atr

avés

do

espí

rito

de e

quip

a e

solid

arie

dade

N

eces

sida

de

de

real

izar

um

m

aior

mer

o de

re

uniõ

es

Rem

uner

ação

das

hor

as d

estin

adas

a r

euni

ões

Difi

culd

ade

de c

onci

liar

a vi

da p

rofis

sion

al c

om a

vid

a pe

ssoa

l N

orm

as d

e co

ndut

a in

tern

a e

valo

res

são

os m

esm

os

Err

o, t

raiç

ão e

fal

ar d

o ou

tro

excl

uído

s da

s no

rmas

de

con

duta

Sem

pre

que

for

nece

ssár

io,

real

izam

-se

reun

iões

, pa

ra a

pren

der,

dis

cutir

e s

oluc

iona

r pr

oble

mas

co

mun

icaç

ão e

de

mai

or e

scla

reci

men

to.

prom

over

um

trab

alho

equ

ilibr

ado.

A

s di

ficul

dade

s de

co

mun

icaç

ão

inte

rna

estã

o re

laci

onad

as c

om fa

tore

s ec

onóm

icos

. A

tute

la é

res

pons

ável

pel

os p

roce

ssos

eco

nóm

icos

e

resp

etiv

as d

ificu

ldad

es.

As

dific

ulda

des

de

cons

titui

ção

da

equi

pa

peda

gógi

ca p

rend

em-s

e co

m fa

tore

s ec

onóm

icos

. O

esp

írito

de

equi

pa e

a s

olid

arie

dade

com

o m

eios

de

sup

erar

difi

culd

ades

. A

nec

essi

dade

de

cria

r m

ais

reun

iões

. A

rem

uner

ação

das

hor

as d

estin

adas

a r

euni

ões.

A

difi

culd

ade

de c

onci

liar

o tr

abal

ho d

a es

cola

com

a

vida

pes

soal

. A

s no

rmas

de

cond

uta

inte

rna

são

os v

alor

es d

a or

gani

zaçã

o.

O

erro

, a

trai

ção,

o

fala

r do

ou

tro

não

estã

o in

cluí

dos

nas

norm

as d

e co

ndut

a.

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

97

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Exi

stên

cia

de v

alor

es f

ácei

s de

atin

gir

e di

fícei

s de

co

loca

r em

prá

tica

P

ossi

bilid

ade

de

ente

ndim

ento

ne

ste

clim

a de

va

lore

s N

eces

sida

de d

e ap

erfe

içoa

men

to d

a co

mun

icaç

ão e

da

s no

rmas

de

cond

uta

E

xist

ênci

a de

pro

blem

as e

que

zília

s in

tern

as

Exi

stem

val

ores

fác

eis

de a

tingi

r, m

as d

ifíce

is d

e

colo

car

em p

rátic

a.

O e

nten

dim

ento

é p

ossí

vel n

este

clim

a de

val

ores

. A

ne

cess

idad

e de

ap

erfe

içoa

r a

com

unic

ação

e

norm

as d

e co

ndut

a.

A e

xist

ênci

a de

pro

blem

as e

que

zília

s in

tern

as.

Esp

ecif

icid

ade

e im

po

rtân

cia

do

ca

rgo

de

Dir

eto

r d

e C

urs

o

do

E

nsi

no

P

rofi

ssio

nal

15

A

trib

utos

do

D

ireto

r de

Cur

so

16

P

ertin

ênci

a do

ca

rgo

Rec

onhe

cim

ento

da

impo

rtân

cia

do d

ireto

r de

cur

so

nos

dias

de

hoje

. D

edic

ação

e p

oliv

alên

cia

do d

ireto

r de

cur

so

Dom

ínio

dos

con

heci

men

tos

espe

cífic

os d

o cu

rso

C

onhe

cim

ento

pro

fund

o do

seu

alu

no

Car

go q

ue e

xige

mui

ta d

edic

ação

P

ara

a pr

epar

ação

dos

alu

nos

para

a v

ida

ativ

a e

FC

T

Par

a o

esta

bele

cim

ento

de

pa

rcer

ias

com

em

pres

as/o

rgan

izaç

ões

Ens

ino

prof

issi

onal

com

o m

eio

de a

prox

imaç

ão d

os

alun

os a

o m

erca

do d

e tr

abal

ho

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

reco

nhec

er

a su

a im

port

ânci

a.

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

ser

mui

to

dedi

cado

e

poliv

alen

te.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

dom

inar

os

conh

ecim

ento

s es

pecí

ficos

do

curs

o.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

conh

ecer

bem

o s

eu a

luno

, pa

ra o

rient

ar o

seu

futu

ro.

O c

argo

de

dire

tor

de c

urso

exi

ge m

uita

ded

icaç

ão.

O d

ireto

r de

cur

so p

repa

ra o

alu

no p

ara

a vi

da a

tiva

e F

CT

. O

dire

tor

de c

urso

é u

m i

nter

locu

tor,

poi

s pr

omov

e pa

rcer

ias

com

ent

idad

es e

xter

nas

à es

cola

. O

ens

ino

prof

issi

onal

apr

oxim

a os

alu

nos

ao m

undo

do

trab

alho

.

DP

D

P

DP

DP

DP

DP

, C, D

C2,

DC

3

DP

, C, D

C2,

DC

3

DP

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

98

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

17

A

spet

os

posi

tivos

e n

egat

ivos

Par

a a

artic

ulaç

ão

dos

vário

s in

terv

enie

ntes

na

fo

rmaç

ão d

os a

luno

s P

ara

o fu

ncio

nam

ento

ger

al d

o cu

rso

R

espo

nsab

iliza

ção

do c

argo

de

dire

tor

de c

urso

P

ara

a tr

ansf

orm

ação

do

curr

ícul

o nu

m p

roje

to d

e fo

rmaç

ão

Com

petê

ncia

de

lid

eran

ça

atrib

uída

ao

di

reto

r de

cu

rso

Div

ersi

dade

de

funç

ões

do d

ireto

r de

cur

so

Def

iniç

ão c

lara

das

funç

ões

do d

ireto

r de

cur

so

Gra

tidão

, tr

abal

ho

e ex

igên

cia

com

o as

peto

s po

sitiv

os d

o tr

abal

ho d

e di

reto

r de

cur

so

Atr

ibui

ção

do c

argo

aos

mai

s ca

paze

s O

rient

ação

do

al

uno

e or

gani

zaçã

o e

gest

ão

do

curs

o sã

o as

peto

s po

sitiv

os

Pos

sibi

lidad

e de

es

tabe

leci

men

to

de

um

rela

cion

amen

to p

róxi

mo

com

os

alun

os

Pos

sibi

lidad

e de

aq

uisi

ção

de

um

conh

ecim

ento

pr

ofun

do d

o cu

rso

e su

a es

trut

ura

O d

ireto

r de

cur

so c

oord

ena

a su

a eq

uipa

. O

di

reto

r de

cu

rso

faci

lita

o de

senv

olvi

men

to,

a co

orde

naçã

o e

a ar

ticul

ação

do

curs

o.

O

carg

o de

di

reto

r de

cu

rso

é de

gr

ande

re

spon

sabi

lidad

e.

O d

ireto

r de

cur

so d

inam

iza

e m

obili

za a

ções

par

a o

suce

sso

educ

ativ

o.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

líde

r pe

dagó

gico

. A

s fu

nçõe

s do

dire

tor

de c

urso

são

div

ersa

s.

As

funç

ões

do

dire

tor

de

curs

o es

tão

bem

de

finid

as.

O

trab

alho

do

di

reto

r de

cu

rso

é gr

atifi

cant

e,

trab

alho

so e

dem

asia

do e

xige

nte.

O

car

go d

e di

reto

r de

cur

so é

difí

cil

e nã

o es

tá a

o al

canc

e de

qua

lque

r um

. O

s as

peto

s po

sitiv

os

rela

cion

am-s

e co

m

a or

ient

ação

do

al

uno

e ge

stão

e

orga

niza

ção

do

curs

o.

O

dire

tor

de

curs

o po

de

esta

bele

cer

rela

ções

pr

óxim

as c

om o

s se

us a

luno

s.

O d

ireto

r de

cur

so p

ode

adqu

irir

um c

onhe

cim

ento

pr

ofun

do d

o cu

rso

e su

a es

trut

ura.

DP

, C, D

C2,

DC

3 D

P, C

, DC

1, D

C2,

D

T3

DP

D

P, D

C2,

DC

3 D

C3

DT

3 D

T3

DP

D

P

C

C

C

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Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

99

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

18

A

spet

os

valo

rizad

os

e

Org

aniz

ação

e

gest

ão

do

curs

o sã

o as

peto

s po

sitiv

os

Mei

o de

com

unic

ação

ráp

ido

entr

e pa

res

Com

unic

ação

num

a po

siçã

o de

igua

ldad

e, r

espe

ito e

pa

rtilh

a C

riaçã

o de

op

ortu

nida

des

para

a

inov

ação

te

cnol

ógic

a O

rient

ação

da

equi

pa p

edag

ógic

a

Qua

ntid

ade

e na

ture

za d

o tr

abal

ho e

nvol

vido

T

raba

lho

do d

ireto

r de

cur

so e

xige

nte

e en

volv

ente

T

raba

lho

grup

o-t

urm

a co

loca

do

em

caus

a pe

la

hier

arqu

ia e

o d

ista

ncia

men

to

Asp

etos

neg

ativ

os im

pedi

tivos

de

um t

raba

lho

efic

az

e ef

icie

nte

Rep

rese

ntaç

ão

nega

tiva

do

perf

il de

al

unos

do

s cu

rsos

pro

fissi

onai

s C

arga

ho

rária

in

sufic

ient

e pa

ra

a re

aliz

ação

de

ta

refa

s V

alor

izaç

ão d

o tr

abal

ho d

e di

reto

r de

cur

so

Os

aspe

tos

posi

tivos

rel

acio

nam

-se

com

a g

estã

o e

orga

niza

ção

do c

urso

. O

di

reto

r de

cu

rso

é um

m

eio

de

com

unic

ação

pido

. O

dire

tor

de c

urso

dev

e co

mun

icar

com

prin

cípi

os

de ig

uald

ade,

res

peito

e p

artil

ha.

O

dire

tor

de

curs

o cr

ia

opor

tuni

dade

s pa

ra

a in

ovaç

ão p

edag

ógic

a.

O d

ireto

r de

cur

so o

rient

a a

form

ação

da

equi

pa

form

ativ

a.

Os

aspe

tos

buro

crát

icos

e

adm

inis

trat

ivos

o co

nsid

erad

os n

egat

ivos

. O

tr

abal

ho

do

dire

tor

de

curs

o é

envo

lven

te,

exig

ente

e s

usce

tível

de

falh

as.

A h

iera

rqui

a e

o di

stan

ciam

ento

col

ocam

em

cau

sa

o tr

abal

ho d

e gr

upo-

turm

a.

Os

aspe

tos

nega

tivos

tor

nam

o t

raba

lho

do d

ireto

r de

cur

so m

enos

efic

ient

e e

efic

az.

Os

aspe

tos

nega

tivos

rel

acio

nam

-se

com

o p

erfil

do

s al

unos

qu

e fr

eque

ntam

es

tes

curs

os

e po

ssív

eis

prob

lem

as d

e co

mpo

rtam

ento

. O

dire

tor

de c

urso

dis

põe

de p

ouco

tem

po p

ara

a re

aliz

ação

das

sua

s ta

refa

s.

O tr

abal

ho d

o di

reto

r de

cur

so é

val

oriz

ado

DC

1, D

T2

DT

1 D

T1

DC

3 D

C3

C, D

C1,

DT

2 C

D

T1

DT

2 D

C2

DC

3 D

P, D

T1

Page 231: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

100

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

desv

alor

izad

os

Atr

ibui

ção

do c

argo

rel

acio

nada

com

o e

mpe

nho

e de

sem

penh

o pa

ra o

car

go

Rep

rese

ntaç

ão n

egat

iva

dos

curs

os p

rofis

sion

ais

Des

valo

rizaç

ão d

o en

sino

pro

fissi

onal

pel

o es

tado

D

esva

loriz

ação

do

trab

alho

de

dire

tor

de c

urso

D

esva

loriz

ação

do

trab

alho

de

dire

tor

de c

urso

, pe

lo

não

reco

nhec

imen

to d

o se

u tr

abal

ho

Qua

ntid

ade

e na

ture

za d

o tr

abal

ho e

nvol

vido

D

esaf

io p

ositi

vo n

a ar

ticul

ação

esc

ola-

empr

esas

D

eten

ção

de c

onhe

cim

ento

s so

bre

o fu

ncio

nam

ento

do

s cu

rsos

pro

fissi

onai

s P

oder

atr

ibuí

do a

o ca

rgo

na to

mad

a de

dec

isõe

s C

ompe

tênc

ia

de

lider

ança

at

ribuí

da

ao

dire

tor

de

curs

o Id

entif

icaç

ão d

os p

rofis

sion

ais

mai

s co

mpe

tent

es n

o ex

ercí

cio

do c

argo

R

epre

ensã

o ne

m s

empr

e ef

etua

da a

os p

rofis

sion

ais

men

os c

ompe

tent

es n

o ex

ercí

cio

do c

argo

R

efor

ços

posi

tivos

e

nega

tivos

ne

m

sem

pre

reco

nhec

idos

no

trab

alho

efe

tuad

o

Rep

rese

ntaç

ão n

egat

iva

dos

curs

os p

rofis

sion

ais

Rep

rese

ntaç

ão

nega

tiva

do

perf

il do

s al

unos

do

s cu

rsos

pro

fissi

onai

s

A

atrib

uiçã

o do

ca

rgo

está

re

laci

onad

a co

m

o em

penh

o e

o de

sem

penh

o pa

ra o

car

go.

O e

nsin

o pr

ofis

sion

al fo

i des

cred

ibili

zado

O

ens

ino

prof

issi

onal

foi d

esva

loriz

ado

pelo

est

ado

O

trab

alho

de

dire

tor

de c

urso

é d

esva

loriz

ado

O

tra

balh

o de

dire

tor

de c

urso

não

é v

isív

el,

e po

r is

so, é

des

valo

rizad

o

Os

aspe

tos

valo

rizad

os

rela

cion

am-s

e co

m

a qu

antid

ade

e a

natu

reza

do

tr

abal

ho,

e a

artic

ulaç

ão e

scol

a-em

pres

as.

O c

argo

req

uer

conh

ecim

ento

pel

o fu

ncio

nam

ento

do

s cu

rsos

. O

pod

er a

trib

uído

ao

carg

o na

tom

ada

de d

ecis

ões.

O

car

go d

e di

reto

r de

cur

so r

eque

r co

mpe

tênc

ias

de li

dera

nça.

O

s pr

ofis

sion

ais

mai

s co

mpe

tent

es n

o ex

ercí

cio

do

carg

o sã

o id

entif

icad

os.

Os

prof

issi

onai

s m

enos

com

pete

ntes

no

exer

cíci

o do

car

go n

em s

empr

e sã

o ch

amad

os a

ate

nção

. N

ão

são

reco

nhec

idos

re

forç

os

posi

tivos

e

nega

tivos

no

trab

alho

efe

tuad

o

Os

aspe

tos

desv

alor

izad

os r

elac

iona

m-s

e co

m a

re

pres

enta

ção

nega

tiva

dest

es c

urso

s e

do p

erfil

do

s al

unos

que

os

freq

uent

am.

DP

D

P, D

C2

DP

D

T1

DT

3 D

C2

DC

2 D

C2

DC

2 D

T1

DT

1 D

T1

DC

2

Page 232: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

101

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

19

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

e

Reg

ulam

ento

Inte

rno

Asp

etos

ev

iden

ciad

os

na

legi

slaç

ão

e no

re

gula

men

to in

tern

o sã

o os

mes

mos

A

ltera

ções

do

pont

o de

vis

ta e

conó

mic

o

Rem

uner

ação

de

acor

do c

om o

s ca

rgos

atr

ibuí

dos

Fat

or e

conó

mic

o co

mo

fato

r m

otiv

ador

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

e

no

regu

lam

ento

inte

rno

são

clar

os e

suf

icie

ntes

A

spet

os e

xces

sivo

s pa

ra a

car

ga h

orár

ia a

trib

uída

na

sua

exec

ução

P

ossi

bilid

ade

de a

just

e do

reg

ulam

ento

int

erno

aos

cu

rsos

e p

úblic

o-al

vo

Asp

etos

evi

denc

iado

s na

legi

slaç

ão n

ão s

ão c

laro

s C

onhe

cim

ento

sup

erfic

ial

dos

aspe

tos

evid

enci

ados

na

legi

slaç

ão e

reg

ulam

ento

inte

rno

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

e

no

regu

lam

ento

inte

rno

são

clar

os

Asp

etos

evi

denc

iado

s na

legi

slaç

ão n

em s

empr

e sã

o cl

aros

A

spet

os

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

e

no

regu

lam

ento

inte

rno

são

adeq

uado

s

Os

aspe

tos

refe

ridos

no

regu

lam

ento

inte

rno

são

os

aspe

tos

refe

ridos

na

legi

slaç

ão.

Alte

raçõ

es d

o po

nto

de v

ista

eco

nóm

ico.

Q

uem

des

empe

nha

mai

s fu

nçõe

s, q

uem

se

esfo

rça

mai

s, d

eve

ser

rem

uner

ado

de o

utra

form

a.

O fa

tor

econ

ómic

o é

um fa

tor

mot

ivad

or.

Os

aspe

tos

refe

ridos

na

le

gisl

ação

e

no

regu

lam

ento

in

tern

o in

eren

tes

a es

te

carg

o sã

o cl

aros

e s

ufic

ient

es.

Os

aspe

tos

evid

enci

ados

são

exc

essi

vos

para

a

carg

a ho

rária

atr

ibuí

da p

ara

a su

a ex

ecuç

ão.

Os

aspe

tos

refe

ridos

no

regu

lam

ento

int

erno

são

aj

usta

dos

de a

cord

o co

m o

s cu

rsos

e o

púb

lico

-alv

o

Os

aspe

tos

evid

enci

ados

na

legi

slaç

ão i

nere

ntes

a

este

car

go n

ão s

ão c

laro

s.

Não

po

ssui

um

co

nhec

imen

to

prof

undo

do

s as

peto

s O

s as

peto

s re

ferid

os

na

legi

slaç

ão

e no

re

gula

men

to

inte

rno

iner

ente

s a

este

ca

rgo

são

clar

os.

Os

aspe

tos

evid

enci

ados

na

le

gisl

ação

ne

m

sem

pre

são

clar

os.

Os

aspe

tos

refe

ridos

na

le

gisl

ação

e

no

regu

lam

ento

in

tern

o in

eren

tes

a es

te

carg

o sã

o ad

equa

dos.

DP

, DC

3 D

P

DP

D

P

C

C

DC

3 D

C1

DT

1 D

T1,

DT

3 D

T2

DC

2

Page 233: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

102

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

20

C

ompa

raçã

o co

m

o ca

rgo

de

dire

tor

de tu

rma

Alte

raçõ

es n

as ta

refa

s ad

min

istr

ativ

as

Dis

posi

ção

de

mai

s te

mpo

pa

ra

as

tare

fas

peda

gógi

cas

e de

med

iaçã

o A

umen

to d

a ca

rga

horá

ria n

a le

gisl

ação

U

nive

rsal

idad

e da

esc

ola

atua

l T

raba

lho

difíc

il do

dire

tor

de tu

rma

nos

CE

F

Nec

essi

dade

de

uma

equi

pa m

ultid

isci

plin

ar:

dire

tor

de tu

rma,

psi

cólo

go e

inte

rven

ção

soci

al

Dire

tor

de

turm

a co

mo

bom

do

cent

e e

bom

pr

ofis

sion

al

Enc

arre

gado

de

educ

ação

mai

s pr

esen

te n

os c

urso

s pr

ofis

sion

ais

Insu

cess

o es

cola

r in

ferio

r no

s cu

rsos

pro

fissi

onai

s R

itmos

di

fere

ntes

no

en

sino

pr

ofis

sion

al

quan

do

com

para

do c

om o

s C

EF

R

elaç

ão

mai

s ac

essí

vel

com

E

ncar

rega

do

de

Edu

caçã

o no

s cu

rsos

pro

fissi

onai

s D

ireto

r de

cu

rso

com

o re

spon

sáve

l da

ge

stão

do

fu

turo

do

alun

o T

raba

lho

artic

ulad

o en

tre

o di

reto

r de

cur

so, d

e tu

rma

e E

ncar

rega

do

de

Edu

caçã

o pa

ra

uma

boa

qual

idad

e de

cur

so e

suc

esso

edu

cativ

o

O

dire

tor

de

curs

o te

m

um

exce

ssiv

o tr

abal

ho

adm

inis

trat

ivo.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e di

spor

de

mai

s te

mpo

par

a ta

refa

s pe

dagó

gica

s e

de m

edia

ção.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e di

spor

de

mai

s te

mpo

par

a o

cum

prim

ento

das

sua

s fu

nçõe

s.

A e

scol

a at

ual é

um

a es

cola

uni

vers

al.

Nos

CE

F, o

dire

tor

de tu

rma

tem

um

trab

alho

difí

cil.

É n

eces

sário

um

a eq

uipa

mul

tidis

cipl

inar

: dire

tor

de

turm

a, p

sicó

logo

e in

terv

ençã

o so

cial

. O

dire

tor

de t

urm

a de

ve s

er b

om d

ocen

te e

bom

pr

ofis

sion

al.

Nos

cur

sos

prof

issi

onai

s te

mos

Enc

arre

gado

s de

E

duca

ção

mai

s pr

esen

tes.

O

in

suce

sso

esco

lar

é m

enor

no

s cu

rsos

pr

ofis

sion

ais.

R

elat

ivam

ente

ao

s C

EF

, o

ensi

no

prof

issi

onal

im

plic

a rit

mos

dife

rent

es.

A li

gaçã

o co

m o

Enc

arre

gado

de

Edu

caçã

o é

mai

s fá

cil n

os c

urso

s pr

ofis

sion

ais.

O

dire

tor

de c

urso

é o

res

pons

ável

pel

a ge

stão

do

futu

ro d

o al

uno.

O

dire

tor

de c

urso

e d

e tu

rma,

em

con

junt

o co

m o

E

ncar

rega

do d

e E

duca

ção

deve

m t

raba

lhar

par

a a

DC

1, D

T2

DC

1, D

T2

C, D

C2

DP

D

P

DP

D

P

DP

D

P

DP

D

P

DP

D

P

Page 234: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

103

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Dire

tor

de c

urso

com

o ge

stor

da

equi

pa p

edag

ógic

a e

artic

ulad

or c

om a

s en

tidad

es e

xter

nas

Alu

no

e E

ncar

rega

do

de

Edu

caçã

o co

mo

inte

rlocu

tore

s do

dire

tor

de tu

rma

D

ireto

r de

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ma

com

o ge

stor

do

dese

mpe

nho

e da

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sidu

idad

e do

alu

no

Par

ped

agóg

ico

impo

rtan

te

Par

ped

agóg

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de g

rand

e re

spon

sabi

lidad

e

Fun

ções

e r

espo

nsab

ilida

des

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rent

es

Tra

balh

ado

artic

ulad

o en

tre

o di

reto

r de

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ma

e de

cu

rso,

par

a um

a bo

a qu

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ade

de c

urso

e s

uces

so

educ

ativ

o D

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r de

cur

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omo

gest

or d

e cu

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(org

aniz

a e

atua

liza

o D

TP

e o

cro

nogr

ama)

D

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r de

tu

rma

com

o ge

stor

da

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rma

(con

trol

a as

sidu

idad

e, a

tend

e os

Enc

arre

gado

s de

Edu

caçã

o,

elab

ora

PC

T)

Nat

urez

a ad

min

istr

ativ

a do

tr

abal

ho

de

dire

tor

de

curs

o

qual

idad

e de

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ação

e s

uces

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os a

luno

s.

O

dire

tor

de

curs

o de

sem

penh

a fu

nçõe

s re

laci

onad

as c

om a

ge

stão

da

equi

pa e

lig

ação

co

m e

ntid

ades

ext

erna

s.

O

dire

tor

de

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a re

laci

ona

-se

com

o

alun

o e

Enc

arre

gado

de

Edu

caçã

o.

O

dire

tor

de

turm

a de

sem

penh

a fu

nçõe

s re

laci

onad

as

com

a

gest

ão

do

dese

mpe

nho

e as

sidu

idad

e do

alu

no.

O d

ireto

r de

tur

ma

e o

dire

tor

de c

urso

con

stitu

em

um p

ar p

edag

ógic

o im

port

ante

. O

s ca

rgos

de

dire

tor

de t

urm

a e

dire

tor

de c

urso

o de

gra

nde

resp

onsa

bilid

ade

O

di

reto

r de

tu

rma

e o

dire

tor

de

curs

o de

sem

penh

am fu

nçõe

s di

fere

ntes

. O

di

reto

r de

cu

rso

e di

reto

r de

tu

rma

deve

m

trab

alha

r em

co

njun

to

para

a

qual

idad

e de

fo

rmaç

ão e

suc

esso

dos

alu

nos.

O

di

reto

r de

cu

rso

dese

mpe

nha

funç

ões

rela

cion

adas

com

a g

estã

o do

cur

so.

O

dire

tor

de

turm

a de

sem

penh

a fu

nçõe

s re

laci

onad

as c

om a

ges

tão

da tu

rma.

O

ca

rgo

de

dire

tor

de

curs

o é

de

natu

reza

ad

min

istr

ativ

a.

C

C

C

DC

1 D

T1

DC

1 D

C1

DC

1,

DT

1,

DT

2,

DT

3 D

C1,

D

T1,

D

T2,

D

T3

DC

2

Page 235: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

104

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

21

P

apéi

s e

funç

ões

do d

ireto

r de

cu

rso

Nat

urez

a pe

dagó

gica

do

trab

alho

de

dire

tor

de tu

rma

fa

míli

a D

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r de

tu

rma

com

o re

spon

sáve

l pe

lo

acom

panh

amen

to e

orie

ntaç

ão d

o al

uno

C

onhe

cim

ento

do

dire

tor

de c

urso

pel

as d

inâm

icas

de

gru

po

Cap

acid

ade

para

trab

alha

r em

equ

ipa

G

esto

r G

esto

r do

futu

ro d

o al

uno

Im

port

ânci

a de

to

das

as

funç

ões

dese

mpe

nhad

as

pelo

dire

tor

de c

urso

P

apel

mis

to d

e líd

er e

ges

tor

Líde

r O

rient

ação

, m

otiv

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e

dina

miz

ação

da

eq

uipa

pe

dagó

gica

D

ireto

r de

cu

rso

e eq

uipa

re

spon

sáve

is

pelo

s re

sulta

dos

obtid

os

O

carg

o de

di

reto

r de

tu

rma

é de

na

ture

za

peda

gógi

ca.

O

dire

tor

de

turm

a es

tabe

lece

a

pont

e es

cola

-fa

míli

a.

O

dire

tor

de

turm

a é

resp

onsá

vel

pelo

ac

ompa

nham

ento

e o

rient

ação

do

alun

o.

O

dire

tor

de

curs

o de

senv

olve

um

tr

abal

ho

coop

erat

ivo

e in

tera

tivo

com

a s

ua e

quip

a.

O d

ireto

r de

cur

so m

otiv

a e

é re

spon

sáve

l pe

la

coes

ão d

a eq

uipa

. O

dire

tor

de c

urso

é u

m g

esto

r.

O d

ireto

r de

cur

so é

o g

esto

r do

futu

ro d

o al

uno.

T

odas

as

fu

nçõe

s do

di

reto

r de

cu

rso

são

impo

rtan

tes.

O

dire

tor

de c

urso

tem

um

pap

el m

isto

de

líder

e

gest

or.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

líde

r.

O

dire

tor

de

curs

o or

ient

a,

mot

iva,

di

nam

iza

e co

mpr

omet

e a

sua

equi

pa.

O

dire

tor

de

curs

o e

a su

a eq

uipa

o os

re

spon

sáve

is p

elos

res

ulta

dos

obtid

os.

DC

2 D

C3,

DT

3 D

C3

DC

3 D

C3

DP

, DC

1, D

T3

DP

D

C2

C,

DT

1,

DC

2,

DC

3 D

T2

DT

2 D

T2

Page 236: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

105

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Pro

moç

ão

da

inte

graç

ão

dos

inte

rven

ient

es

no

proc

esso

edu

cativ

o P

rom

oção

de

feed

back

em

tem

po ú

til

Ped

ido

de

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back

da

eq

uipa

so

bre

as

suas

co

mpe

tênc

ias

de li

dera

nça

A

dmin

istr

ativ

o C

olab

orad

or e

m t

aref

as

buro

crát

icas

fu

ndam

enta

is

para

a o

rgan

izaç

ão d

a es

cola

T

raba

lho

de

natu

reza

m

isto

(a

dmin

istr

ativ

o e

peda

gógi

co)

Des

vio

do s

eu p

apel

ped

agóg

ico

Org

aniz

ador

O

rgan

izaç

ão d

e ar

quiv

os,

reda

ção

de d

ocum

ento

s e

aten

dim

ento

ao

públ

ico

Pap

el m

isto

de

orga

niza

dor

e tr

ansm

isso

r A

valia

dor

Res

pons

abili

dade

pel

a qu

alid

ade

da f

orm

ação

e d

a fo

rmaç

ão d

os a

luno

s C

oord

enad

or

O

dire

tor

de

curs

o ap

oia

a ap

rend

izag

em

e de

senv

olvi

men

to d

a su

a eq

uipa

. O

dire

tor

de c

urso

for

nece

fee

dbac

k à

sua

equi

pa

em te

mpo

útil

. A

equ

ipa

forn

ece

feed

back

ao

dire

tor

de c

urso

. O

di

reto

r de

cu

rso

dese

nvol

ve

um

trab

alho

ad

min

istr

ativ

o.

O d

ireto

r de

cur

so d

esen

volv

e ta

refa

s bu

rocr

átic

as

fund

amen

tais

par

a a

orga

niza

ção

da e

scol

a.

O

trab

alho

do

di

reto

r de

cu

rso

é pe

dagó

gico

e

adm

inis

trat

ivo.

O

dire

tor

de c

urso

des

via-

se d

o se

u pr

inci

pal p

apel

. O

dire

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de c

urso

é u

m o

rgan

izad

or.

O

dire

tor

de

curs

o or

gani

za

arqu

ivos

, re

dige

do

cum

ento

s e

aten

de o

púb

lico.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m o

rgan

izad

or e

tran

smis

sor.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m a

valia

dor.

O

dire

tor

de c

urso

é r

espo

nsáv

el p

elo

insu

cess

o do

s al

unos

. O

dire

tor

de c

urso

é u

m c

oord

enad

or.

DT

2 D

T2

DT

2 C

, DC

1, D

T2

DC

1, D

T2

DP

, D

C2,

D

C3,

D

T1,

DT

3 D

T3

C,

DC

1,

DT

2,

DT

3 D

C1,

DT

2 D

P,

DT

1,

DC

2,

DC

3 D

P, D

T3

DP

D

C1,

DC

2, D

T2

Page 237: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

106

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Pro

moç

ão

da

inte

graç

ão

dos

inte

rven

ient

es

do

proc

esso

edu

cativ

o E

stab

elec

imen

to d

e re

laçõ

es in

terp

esso

ais

Pap

el m

isto

de

coor

dena

dor

e av

alia

dor

Sup

ervi

sor

Nat

urez

a de

trab

alho

ped

agóg

ico

R

efle

xão

na a

ção

e na

ava

liaçã

o M

edia

dor

Dire

tor

de

curs

o co

mo

supe

rvis

or

do

trab

alho

da

eq

uipa

ped

agóg

ica

Gar

antia

da

qual

idad

e da

for

maç

ão e

da

form

ação

do

s al

unos

C

ontr

ibui

ção

para

o d

esen

volv

imen

to d

o pr

oces

so

educ

ativ

o P

repa

raçã

o do

s al

unos

par

a a

vida

ativ

a

Pap

el m

isto

de

supe

rvis

or e

med

iado

r D

ireto

r de

cur

so c

omo

inte

rlocu

tor

O d

ireto

r de

cur

so p

rom

ove

a in

tegr

ação

da

sua

equi

pa n

o pr

oces

so d

e en

sino

/apr

endi

zage

m.

O d

ireto

r de

cur

so d

esen

volv

e di

vers

as r

ela

ções

in

terp

esso

ais.

O

di

reto

r de

cu

rso

tem

um

pa

pel

mis

to

de

coor

dena

dor

e av

alia

dor.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m s

uper

viso

r.

O tr

abal

ho d

o di

reto

r de

cur

so é

ped

agóg

ico.

O

di

reto

r de

cu

rso

é re

flexi

vo

na

ação

e

na

aval

iaçã

o.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

med

iado

r.

O d

ireto

r de

cur

so é

um

sup

ervi

sor

do t

raba

lho

da

sua

equi

pa.

O d

ireto

r de

cur

so e

a e

quip

a pe

dagó

gica

dev

em

gara

ntir

a qu

alid

ade

de e

duca

ção

e da

for

maç

ão

dos

seus

alu

nos.

O

dire

tor

de c

urso

con

trib

ui p

ara

o de

senv

olvi

men

to

do p

roce

sso

educ

ativ

o

O d

ireto

r de

cur

so e

a e

quip

a pe

dagó

gica

dev

em

gara

ntir

a pr

epar

ação

par

a a

vida

ativ

a do

s se

us

alun

os.

O

dire

tor

de

curs

o te

m

um

pape

l m

isto

de

su

perv

isor

e m

edia

dor.

O

dire

tor

de c

urso

é u

m m

edia

dor,

poi

s in

tera

ge

DC

1, D

T1,

DT

2 D

C1,

DT

1, D

T2

C, D

T1,

DC

3 D

P, D

C1,

DT

2 D

P

DP

C

D

C2

DC

1, D

T2

D

T2

DC

1, D

T2

DC

2,

DC

3,

DT

1,

DT

3 D

C2

Page 238: Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do ...repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1430/1/TM_2013_SUP... · desafio para os profissionais que exercem este

Per

fil d

e co

mpe

tênc

ias

tran

sver

sais

do

Dire

tor

de C

urso

do

Ens

ino

Pro

fissi

onal

107

Sílv

ia d

a S

ilva

Vie

ira

Dire

tor

de c

urso

com

o m

eio

de c

omun

icaç

ão m

ais

próx

imo

com

os

topo

s da

hie

rarq

uia

com

inte

rlocu

tore

s.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

o m

eio

de c

omun

icaç

ão

mai

s pr

óxim

o co

m o

s to

pos

da h

iera

rqui

a.

DT

1

Co

mp

etên

cias

tr

ansv

ersa

is

no

ex

ercí

cio

d

o

carg

o

de

Dir

eto

r d

e C

urs

o

22

C

ompe

tênc

ias

tran

sver

sais

e/

ou

indi

cado

res

com

port

amen

tais

no

ex

ercí

cio

do

carg

o de

Dire

tor

de C

urso

Dire

tor

de

curs

o de

tent

or

de

com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is

Pen

sam

ento

crí

tico

Orie

ntaç

ão p

ara

os r

esul

tado

s O

rient

ação

par

a a

qual

idad

e P

lane

amen

to

Lide

ranç

a G

estã

o P

roat

ivid

ade/

Inic

iativ

a

O

dire

tor

de

curs

o de

ve

poss

uir

com

petê

ncia

s tr

ansv

ersa

is.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

poss

uir

pens

amen

to c

rític

o.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

ser

just

o e

auto

críti

co.

O d

ireto

r de

cur

so d

eve

poss

uir

com

petê

ncia

s pa

ra

a or

ient

ação

par

a os

res

ulta

dos.

O

dire

tor

de c

urso

dev

e po

ssui

r co

mpe

tênc

ias

para

a

orie

ntaç

ão p

ara

a ef

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

111 Sílvia da Silva Vieira

Anexo VIII

Inquérito por questionário disponibilizado a todos os professores do Estabelecimento de Ensino Particular e Cooperativo, ABC

Preenchimento on-line através do link https://docs.google.com/forms/d/1d_0tnc7xFLYqWoJkV7YxqBHGtR-

wxJ6YxAvB3xfCrPs/viewform

1 Situação Profissional

Professor do Ensino Recorrente Formador/Professor dos Cursos CEF Formador/Professor dos Cursos Vocacionais

Formador/Professor dos Cursos Profissionais Formador/Professor dos Cursos EFA/Formação Modulares Outro: indique qual 2 Desempenho de cargo Direção Pedagógica Coordenação de Cursos Coordenação de Departamento Direção de Curso Direção de Turma Nenhum cargo

Outro: indique qual 3 Com base na escala de 1 a 10, em que 1 e 10 correspondem, respetivamente, a Nada Relevante (NR) e Extremamente Relevante (ER), para cada competência transversal ou indicador comportamental, assinale a sua opção: 1 - Domina os conhecimentos subjacentes ao desempenho do cargo.

2 - Manifesta curiosidade intelectual e motivação relativamente a temas que contribuam, de forma direta ou indireta, para a atualização e aumento dos seus conhecimentos.

3 - Evidencia perseverança, iniciativa e criatividade que lhe permitem valorizar a sua atividade.

4 - Assume a responsabilidade dos seus atos e das suas opiniões.

5 - Aceita as mudanças organizacionais/processuais, cooperando com as alterações ou prioridades definidas.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

112 Sílvia da Silva Vieira

6 - Reconhece o mérito de diferentes abordagens e adapta-se facilmente a mudanças inerentes a novas tarefas, atividades e responsabilidades, revelando uma atitude de constante aprendizagem.

7 - Aceita mudar as suas ideias perante uma nova informação ou evidência contrária ao que estava previamente estabelecido, identificando, assim, a necessidade de ser flexível.

8 - Consegue superar, sem desistir, as dificuldades encontradas.

9 - Antecipa obstáculos e estabelece condições/planos para os ultrapassar.

10 - Consegue trabalhar com recursos limitados, quando as tarefas o exigem.

11 - Consegue improvisar soluções de carácter temporário.

12 - Identifica, antecipa necessidades/oportunidades e apresenta soluções.

13 - Promove e demonstra escuta ativa, analisando, interiorizando as questões ou sugestões colocadas pelos interlocutores e incluindo-as nos seus raciocínios de antecipação.

14 - Exerce uma crítica construtiva e aceita a crítica quando fundamentada.

15 - Procura, espontaneamente em tempo útil, respostas para as situações problemáticas com que é confrontado/a, solucionando e antecipando-se aos problemas.

16 - Explora formas de pesquisar, aceder e utilizar a informação

17 - Recolhe a informação necessária para a tomada de decisão.

18 - Analisa situações, questões e problemas de forma ampla, encarando as várias perspetivas ou pontos de vista possíveis, antes da sua decisão.

19 - Valoriza a profundidade da análise, em detrimento da superficialidade facilitadora, quando confrontado com problemas complexos.

20 - Fundamenta as suas opiniões ou decisões.

21 - Consegue prever o impacto das suas decisões.

22 - É flexível na resolução dos problemas.

23 - Reformula soluções em função de uma maior eficácia ou adequação.

24 - Identifica, seleciona e desenvolve as ações ou soluções mais ajustadas para a organização.

25 - Age de acordo com os interesses da organização, por vezes em detrimento dos interesses pessoais.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

113 Sílvia da Silva Vieira

26 - Co-responsabiliza-se pelas decisões do grupo, assumindo, com a mesma naturalidade, os sucessos e fracassos daí decorrentes.

27 - Promove e acompanha as soluções encontradas, certificando-se que são bem sucedidas.

28 - Manifesta apoio e disponibilidade sempre que alguém necessita, mostrando apreço pelo bom desempenho das pessoas com que trabalha.

29 - Atua de modo a proporcionar um clima cordial, amigável e solidário entre os elementos do grupo de trabalho.

30 - É recetivo a ideias novas e implementa-as.

31 - Evidencia e contribui, no seio da equipa, para a existência de um espírito positivo constante e de interajuda.

32 - Insiste na participação dos elementos do grupo, respeitando as opiniões e aceitando a ajuda de cada elemento do grupo.

33 - Valoriza os aspetos positivos das pessoas e situações, bem como, a clareza, a exatidão e a relevância das ideias.

34 - Promove e incentiva a partilha conhecimentos, informações, experiências e soluções com os elementos do grupo.

35 - Incentiva e cria condições para o desenvolvimento do potencial dos outros.

36 - Resolve situações de conflito em que não haja posições convergentes de interesses, originando soluções de compromisso.

37 - Contribui para a resolução de situações de conflito.

38 - Planifica, dirige, orienta e avalia reuniões.

39 - Define objetivos de curto e longo prazo e resultados a atingir e cria condições para o seu alcance.

40 - Define prioridades em função de um equilíbrio entre tarefas importantes e urgentes.

41 - Gere, de forma eficaz, as suas energias e disponibilidades, em função dos recursos disponíveis e dos objetivos a atingir.

42 - Gere propostas inovadoras com base em novas relações, padrões e combinações dos recursos disponíveis.

43 - Analisa as prioridades, tendo em conta os objetivos e prazos estabelecidos levando à produtividade contínua das ações propostas

44 - Organiza o trabalho e gere os recursos em função da obtenção de resultados.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

114 Sílvia da Silva Vieira

45 - Delega tarefas, com base numa escolha criteriosa das pessoas, dos recursos humanos e materiais necessários à sua execução.

46 - Obtém o cumprimento das orientações definidas através de respeito e adesão.

47 - Adota comportamentos que promovem uma mais eficaz gestão do tempo.

48 - Antecipa, planeia, implementa e mobiliza dinâmicas de mudança.

49 - Atua de acordo com os objetivos estratégicos da organização.

50 - Reformula estratégias durante a ação.

51 - Desenvolve ações em grupo com vista a melhorar a qualidade de trabalho e da formação.

52 - Assume uma postura frequente de questionamento relativamente aos procedimentos e normas adotados, com vista a melhorá-los.

53 - Apresenta trabalho de acordo com os critérios de qualidade vigentes na organização.

54 - Intervém ativamente com sugestões de melhoria de qualidade do trabalho e da formação.

55 - Promove desempenhos e resultados de qualidade, proporcionando e solicitando feedback oportuno e pertinente.

56 - Utiliza, apropriadamente, diferentes suportes comunicacionais (designadamente, as TIC) ao serviço das atividades em que se encontra envolvido e em função dos objetivos a alcançar.

57 - Adapta a sua comunicação em função do contexto comunicacional e das características do recetor.

58 - Revela criatividade e entusiasmo quando comunica, motivando o recetor para a mensagem.

59 - É assertivo no ato comunicativo.

60 - Sabe gerir eficazmente os sinais e comportamentos não-verbais da comunicação.

61 - Gere as suas emoções com vista à eficácia comunicacional.

62 - Demonstra consideração pelos direitos dos outros, respeitando a dignidade e integridade de cada um.

63 - Procura compreender as razões que levam as pessoas a agir de uma determinada maneira num dado momento.

64 - Assume as suas emoções em situações de grande tensão, sem comprometer a relação com os outros.

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Perfil de competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional

115 Sílvia da Silva Vieira

65 - Interage com simplicidade na relação com os diferentes membros da comunidade educativa.

66 - Procura relacionar-se com os outros com base num conhecimento realista dos seus pontos fortes e fracos.

67 - Revela sensibilidade para com os sentimentos dos outros, sabendo selecionar momentos e formas adequados à interação comunicacional.

68 - Adapta o seu estilo de liderança às diferentes características dos elementos das equipas com quem trabalha.

69 - Adota uma liderança participativa, suscitando opiniões, recomendações e ações dos outros.

70 - Para além das afirmações que acabou de valorizar, há alguma(s) outra(s)

competência(s) ou indicadores que considere relevante(s)?

Em caso afirmativo, utilize o espaço seguinte para as mencionar.

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fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Coord

enação d

e

Depart

am

ento

,

Dir

eção d

e C

urs

o,

Dir

eção d

e T

urm

a7

98

10

10

910

10

98

8

11-1

7-2

013 2

2:2

9:0

7

Pro

fess

or

do E

nsi

no

Recorr

ente

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Vocacio

nais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Nenhum

carg

o8

10

10

10

99

910

79

9

11-1

7-2

013 2

2:3

7:2

0

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Dir

eção d

e T

urm

a7

99

10

99

810

99

10

11-1

7-2

013 2

3:1

5:2

5

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Vocacio

nais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Dir

eção d

e C

urs

o,

Dir

eção d

e T

urm

a8

88

88

88

10

99

8

11-1

7-2

013 2

3:3

8:5

7

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

CE

F,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Vocacio

nais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Dir

eção d

e T

urm

a10

99

10

10

910

910

10

10

11-1

8-2

013 9

:26:2

0

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

EF

A/F

orm

ação

Modula

res,

Tecnic

o d

e

form

ação

Nenhum

carg

o9

10

10

10

99

99

99

9

11-1

8-2

013 1

8:2

8:4

2

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Vocacio

nais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Dir

eção d

e C

urs

o,

Dir

eção d

e T

urm

a7

710

10

79

79

99

9

11-1

8-2

013 2

3:2

6:5

4

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Dir

eção d

e T

urm

a10

10

10

10

10

10

10

10

10

10

10

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11-1

9-2

013 1

6:2

2:1

0

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

CE

F,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Vocacio

nais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

EF

A/F

orm

ação

Modula

res

Nenhum

carg

o7

10

10

10

10

910

89

10

10

11-2

4-2

013 2

1:5

6:2

1

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

CE

F,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Vocacio

nais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Nenhum

carg

o10

99

10

10

10

89

810

10

11-2

5-2

013 9

:21:5

1

Pro

fess

or

do E

nsi

no

Recorr

ente

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

CE

F,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Vocacio

nais

,

Form

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Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Coord

enação d

e

Depart

am

ento

,

Dir

eção d

e T

urm

a9

910

10

88

89

910

10

11-2

5-2

013 9

:38:2

7

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

CE

F,

Form

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Pro

fess

or

dos

Curs

os

Vocacio

nais

,

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Nenhum

carg

o10

88

10

99

98

710

9

11-2

5-2

013 1

2:1

2:4

1

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Nenhum

carg

o7

75

10

88

98

910

9

11-2

5-2

013 1

8:5

8:4

3

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Nenhum

carg

o8

10

10

10

99

99

98

10

11-2

8-2

013 2

0:2

9:5

9

Form

ador/

Pro

fess

or

dos

Curs

os

Pro

fiss

ionais

Nenhum

carg

o10

10

10

10

10

10

10

10

10

99

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Iden

tifi

ca,

ante

cip

a n

eces

sid

ades

/op

ort

un

idad

es e

ap

rese

nta

so

luçõ

es.

Pro

mo

ve e

d

emo

nst

ra e

scu

ta

ativ

a, a

nal

isan

do

, in

teri

ori

zan

do

as

qu

estõ

es o

u

sug

estõ

es

colo

cad

as p

elo

s in

terl

ocu

tore

s e

incl

uin

do

-as

no

s se

us

raci

ocí

nio

s d

e an

teci

paç

ão.

Exe

rce

um

a cr

ític

a co

nst

ruti

va e

ac

eita

a c

ríti

ca

qu

and

o

fun

dam

enta

da.

Pro

cura

, es

po

nta

nea

men

te

em t

emp

o ú

til,

resp

ost

as p

ara

as

situ

açõ

es

pro

ble

mát

icas

co

m q

ue

é co

nfr

on

tad

o/a

, so

luci

on

and

o e

an

teci

pan

do

-se

aos

pro

ble

mas

.

Exp

lora

fo

rmas

de

pes

qu

isar

, ace

der

e

uti

lizar

a

info

rmaç

ão

Rec

olh

e a

info

rmaç

ão

nec

essá

ria

par

a a

tom

ada

de

dec

isão

.

An

alis

a si

tuaç

ões

, q

ues

tões

e

pro

ble

mas

de

form

a am

pla

, en

cara

nd

o a

s vá

rias

per

spet

ivas

o

u p

on

tos

de

vist

a p

oss

ívei

s, a

nte

s d

a su

a d

ecis

ão.

Val

ori

za a

p

rofu

nd

idad

e d

a an

ális

e, e

m

det

rim

ento

da

sup

erfi

cial

idad

e fa

cilit

ado

ra,

qu

and

o

con

fro

nta

do

co

m

pro

ble

mas

co

mp

lexo

s.

Fu

nd

amen

ta a

s su

as o

pin

iões

ou

d

ecis

ões

.

Co

nse

gu

e p

reve

r o

imp

acto

das

su

as d

ecis

ões

.

É f

lexí

vel n

a re

solu

ção

do

s p

rob

lem

as.

Ref

orm

ula

so

luçõ

es e

m

fun

ção

de

um

a m

aio

r ef

icác

ia o

u

adeq

uaç

ão.

Iden

tifi

ca,

sele

cio

na

e d

esen

volv

e as

ões

ou

so

luçõ

es

mai

s aj

ust

adas

p

ara

a o

rgan

izaç

ão.

Ag

e d

e ac

ord

o

com

os

inte

ress

es

da

org

aniz

ação

, p

or

veze

s em

d

etri

men

to d

os

inte

ress

es

pes

soai

s.

Co

-res

po

nsa

bili

za-

se p

elas

dec

isõ

es

do

gru

po

, as

sum

ind

o, c

om

a

mes

ma

nat

ura

lidad

e, o

s su

cess

os

e fr

acas

sos

daí

d

eco

rren

tes.

36

97

55

56

77

89

85

8

88

98

88

78

88

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88

9

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99

99

99

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9

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10

10

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98

9

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88

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88

88

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8

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10

10

910

89

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78

77

10

99

99

10

10

10

910

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99

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10

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89

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Pro

mo

ve e

ac

om

pan

ha

as

solu

ções

en

con

trad

as,

cert

ific

and

o-s

e q

ue

são

bem

su

ced

idas

.

Man

ifes

ta a

po

io e

d

isp

on

ibili

dad

e se

mp

re q

ue

alg

uém

nec

essi

ta,

mo

stra

nd

o a

pre

ço

pel

o b

om

d

esem

pen

ho

das

p

esso

as c

om

qu

e tr

abal

ha.

Atu

a d

e m

od

o a

p

rop

orc

ion

ar u

m

clim

a co

rdia

l, am

igáv

el e

so

lidár

io e

ntr

e o

s el

emen

tos

do

g

rup

o d

e tr

abal

ho

.

É r

ecet

ivo

a id

eias

n

ova

s e

imp

lem

enta

-as.

Evi

den

cia

e co

ntr

ibu

i, n

o s

eio

d

a eq

uip

a, p

ara

a ex

istê

nci

a d

e u

m

esp

írit

o p

osi

tivo

co

nst

ante

e d

e in

tera

jud

a.

Insi

ste

na

par

tici

paç

ão d

os

elem

ento

s d

o

gru

po

, re

spei

tan

do

as

op

iniõ

es e

ac

eita

nd

o a

aju

da

de

cad

a el

emen

to

do

gru

po

.

Val

ori

za o

s as

pet

os

po

siti

vos

das

pes

soas

e

situ

açõ

es, b

em

com

o, a

cla

reza

, a

exat

idão

e a

re

levâ

nci

a d

as

idei

as.

Pro

mo

ve e

in

cen

tiva

a

par

tilh

a co

nh

ecim

ento

s,

info

rmaç

ões

, ex

per

iên

cias

e

solu

ções

co

m o

s el

emen

tos

do

g

rup

o.

Ince

nti

va e

cri

a co

nd

içõ

es p

ara

o

des

envo

lvim

ento

d

o p

ote

nci

al d

os

ou

tro

s.

Res

olv

e si

tuaç

ões

d

e co

nfl

ito

em

qu

e n

ão h

aja

po

siçõ

es

con

verg

ente

s d

e in

tere

sses

, o

rig

inan

do

so

luçõ

es d

e co

mp

rom

isso

.

Co

ntr

ibu

i par

a a

reso

luçã

o d

e si

tuaç

ões

de

con

flit

o.

Pla

nif

ica,

dir

ige,

o

rien

ta e

ava

lia

reu

niõ

es.

Def

ine

ob

jeti

vos

de

curt

o e

lon

go

p

razo

e r

esu

ltad

os

a at

ing

ir e

cri

a co

nd

içõ

es p

ara

o

seu

alc

ance

.

Def

ine

pri

ori

dad

es

em f

un

ção

de

um

eq

uilí

bri

o e

ntr

e ta

refa

s im

po

rtan

tes

e u

rgen

tes.

Ger

e, d

e fo

rma

efic

az, a

s su

as

ener

gia

s e

dis

po

nib

ilid

ades

, em

fu

nçã

o d

os

recu

rso

s d

isp

on

ívei

s e

do

s o

bje

tivo

s a

atin

gir

.

88

69

66

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10

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10

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Ger

e p

rop

ost

as

ino

vad

ora

s co

m

bas

e em

no

vas

rela

ções

, pad

rões

e

com

bin

açõ

es

do

s re

curs

os

dis

po

nív

eis.

An

alis

a as

p

rio

rid

ades

, ten

do

em

co

nta

os

ob

jeti

vos

e p

razo

s es

tab

elec

ido

s le

van

do

à

pro

du

tivi

dad

e co

ntí

nu

a d

as

açõ

es p

rop

ost

as.

Org

aniz

a o

tr

abal

ho

e g

ere

os

recu

rso

s em

fu

nçã

o d

a o

bte

nçã

o d

e re

sult

ado

s.

Del

ega

tare

fas,

co

m b

ase

nu

ma

esco

lha

crit

erio

sa

das

pes

soas

, do

s re

curs

os

hu

man

os

e m

ater

iais

n

eces

sári

os

à su

a ex

ecu

ção

.

Ob

tém

o

cum

pri

men

to d

as

ori

enta

ções

d

efin

idas

atr

avés

d

e re

spei

to e

ad

esão

.

Ad

ota

co

mp

ort

amen

tos

qu

e p

rom

ove

m

um

a m

ais

efic

az

ges

tão

do

tem

po

.

An

teci

pa,

pla

nei

a,

imp

lem

enta

e

mo

bili

za

din

âmic

as d

e m

ud

ança

.

Atu

a d

e ac

ord

o

com

os

ob

jeti

vos

estr

atég

ico

s d

a o

rgan

izaç

ão.

Ref

orm

ula

es

trat

égia

s d

ura

nte

a a

ção

.

Des

envo

lve

açõ

es

em g

rup

o c

om

vi

sta

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10/12/13 Competências transversais do Diretor de Curso do Ensino Profissional - Google Drive

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Professor do Ensino Recorrente 3 9%

Formador/Professor dos Cursos CEF 6 17%

Formador/Professor dos Cursos Vocacionais 8 23%

Formador/Professor dos Cursos Profissionais 15 43%

Formador/Professor dos Cursos EFA/Formaç!o Modulares 2 6%

Outro 1 3%

Direç!o Pedag"gica 0 0%

Coordenaç!o de Cursos 0 0%

Editar este formul!rio

15 respostasVer todas as respostas

Resumo

1 � Situaç!o Profissional

2 � Desempenho de cargo

S#lvia Vieira

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https://docs.google.com/forms/d/1d_0tnc7xFLYqWoJkV7YxqBHGtR-wxJ6YxAvB3xfCrPs/viewanalytics 2/37

Coordenaç!o de Departamento 2 10%

Direç!o de Curso 3 15%

Direç!o de Turma 7 35%

Nenhum cargo 8 40%

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3 - Com base na escala de 1 a 10, em que 1 e 10 correspondem,respetivamente, a Nada Relevante (NR) e Extremamente Relevante (ER),para cada competência transversal ou indicador comportamental, assinale asua opç!o. Domina os conhecimentos subjacentes ao desempenho docargo.

Manifesta curiosidade intelectual e motivaç!o relativamente a temas quecontribuam, de forma direta ou indireta, para a atualizaç!o e aumento dosseus conhecimentos.

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Evidencia perseverança, iniciativa e criatividade que lhe permitemvalorizar a sua atividade.

Assume a responsabilidade dos seus atos e das suas opini"es.

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Aceita as mudanças organizacionais/processuais, cooperando com asalteraç"es ou prioridades definidas.

Reconhece o mérito de diferentes abordagens e adapta-se facilmente amudanças inerentes a novas tarefas, atividades e responsabilidades,revelando uma atitude de constante aprendizagem.

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Aceita mudar as suas ideias perante uma nova informaç!o ou evidênciacontr#ria ao que estava previamente estabelecido, identificando, assim, anecessidade de ser flex$vel.

Consegue superar, sem desistir, as dificuldades encontradas.

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Antecipa obst#culos e estabelece condiç"es/planos para os ultrapassar.

Consegue trabalhar com recursos limitados, quando as tarefas o exigem.

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Consegue improvisar soluç"es de car#cter tempor#rio.

Identifica, antecipa necessidades/oportunidades e apresenta soluç"es.

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Promove e demonstra escuta ativa, analisando, interiorizando as quest"esou sugest"es colocadas pelos interlocutores e incluindo-as nos seusracioc$nios de antecipaç!o.

Exerce uma cr$tica construtiva e aceita a cr$tica quando fundamentada.

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Procura, espontaneamente em tempo %til, respostas para as situaç"esproblem#ticas com que é confrontado/a, solucionando e antecipando-seaos problemas.

Explora formas de pesquisar, aceder e utilizar a informaç!o

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Recolhe a informaç!o necess#ria para a tomada de decis!o.

Analisa situaç"es, quest"es e problemas de forma ampla, encarando asv#rias perspetivas ou pontos de vista poss$veis, antes da sua decis!o.

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Valoriza a profundidade da an#lise, em detrimento da superficialidadefacilitadora, quando confrontado com problemas complexos.

Fundamenta as suas opini"es ou decis"es.

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Consegue prever o impacto das suas decis"es.

& flex$vel na resoluç!o dos problemas.

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Reformula soluç"es em funç!o de uma maior efic#cia ou adequaç!o.

Identifica, seleciona e desenvolve as aç"es ou soluç"es mais ajustadaspara a organizaç!o.

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Age de acordo com os interesses da organizaç!o, por vezes em detrimentodos interesses pessoais.

Co-responsabiliza-se pelas decis"es do grupo, assumindo, com a mesmanaturalidade, os sucessos e fracassos da$ decorrentes.

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Promove e acompanha as soluç"es encontradas, certificando-se que s!obem sucedidas.

Manifesta apoio e disponibilidade sempre que alguém necessita, mostrandoapreço pelo bom desempenho das pessoas com que trabalha.

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Atua de modo a proporcionar um clima cordial, amig#vel e solid#rio entre oselementos do grupo de trabalho.

& recetivo a ideias novas e implementa-as.

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Evidencia e contribui, no seio da equipa, para a existência de um esp$ritopositivo constante e de interajuda.

Insiste na participaç!o dos elementos do grupo, respeitando as opini"es eaceitando a ajuda de cada elemento do grupo.

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Valoriza os aspetos positivos das pessoas e situaç"es, bem como, aclareza, a exatid!o e a relevância das ideias.

Promove e incentiva a partilha conhecimentos, informaç"es, experiências esoluç"es com os elementos do grupo.

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Incentiva e cria condiç"es para o desenvolvimento do potencial dos outros.

Resolve situaç"es de conflito em que n!o haja posiç"es convergentes deinteresses, originando soluç"es de compromisso.

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Contribui para a resoluç!o de situaç"es de conflito.

Planifica, dirige, orienta e avalia reuni"es.

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Define objetivos de curto e longo prazo e resultados a atingir e criacondiç"es para o seu alcance.

Define prioridades em funç!o de um equil$brio entre tarefas importantes eurgentes.

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Gere, de forma eficaz, as suas energias e disponibilidades, em funç!o dosrecursos dispon$veis e dos objetivos a atingir.

Gere propostas inovadoras com base em novas relaç"es, padr"es ecombinaç"es dos recursos dispon$veis.

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Analisa as prioridades, tendo em conta os objetivos e prazos estabelecidoslevando à produtividade cont$nua das aç"es propostas.

Organiza o trabalho e gere os recursos em funç!o da obtenç!o deresultados.

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Delega tarefas, com base numa escolha criteriosa das pessoas, dosrecursos humanos e materiais necess#rios à sua execuç!o.

Obtém o cumprimento das orientaç"es definidas através de respeito eades!o.

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Adota comportamentos que promovem uma mais eficaz gest!o do tempo.

Antecipa, planeia, implementa e mobiliza dinâmicas de mudança.

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Atua de acordo com os objetivos estratégicos da organizaç!o.

Reformula estratégias durante a aç!o.

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Desenvolve aç"es em grupo com vista a melhorar a qualidade de trabalho eda formaç!o.

Assume uma postura frequente de questionamento relativamente aosprocedimentos e normas adotados, com vista a melhor#-los.

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Apresenta trabalho de acordo com os critérios de qualidade vigentes naorganizaç!o.

Intervém ativamente com sugest"es de melhoria de qualidade do trabalho eda formaç!o.

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Promove desempenhos e resultados de qualidade, proporcionando esolicitando feedback oportuno e pertinente.

Utiliza, apropriadamente, diferentes suportes comunicacionais(designadamente, as TIC) ao serviço das atividades em que se encontraenvolvido e em funç!o dos objetivos a alcançar.

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Adapta a sua comunicaç!o em funç!o do contexto comunicacional e dascaracter$sticas do recetor.

Revela criatividade e entusiasmo quando comunica, motivando o recetorpara a mensagem.

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& assertivo no ato comunicativo.

Sabe gerir eficazmente os sinais e comportamentos n!o-verbais dacomunicaç!o.

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Gere as suas emoç"es com vista à efic#cia comunicacional.

Demonstra consideraç!o pelos direitos dos outros, respeitando adignidade e integridade de cada um.

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Procura compreender as raz"es que levam as pessoas a agir de umadeterminada maneira num dado momento.

Assume as suas emoç"es em situaç"es de grande tens!o, semcomprometer a relaç!o com os outros.

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Interage com simplicidade na relaç!o com os diferentes membros dacomunidade educativa.

Procura relacionar-se com os outros com base num conhecimento realistados seus pontos fortes e fracos.

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Revela sensibilidade para com os sentimentos dos outros, sabendoselecionar momentos e formas adequados à interaç!o comunicacional.

Adapta o seu estilo de liderança às diferentes caracter$sticas doselementos das equipas com quem trabalha.

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Adota uma liderança participativa, suscitando opini"es, recomendaç"es eaç"es dos outros.

Para além das afirmaç"es que acabou de valorizar, h# alguma(s) outra(s)competência(s) ou indicadores que considere relevante(s)? Em casoafirmativo, utilize o espaço seguinte para as mencionar. Obrigada pela suacolaboraç!o'

N%mero de respostas di#rias

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