23
CURSO DE TREINADORES – NÍVEL IV SUCESSO E EFICÁCIA PEDAGÓGICA Pedro Sequeira / Rui Alves Leiria, 28/6/2004

Perfil De Um Treinador

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Perfil De Um Treinador

CURSO DE TREINADORES – NÍVEL IV

SUCESSO E EFICÁCIA PEDAGÓGICA

Pedro Sequeira / Rui Alves

Leiria, 28/6/2004

Page 2: Perfil De Um Treinador

PERFIL DO TREINADOR

Page 3: Perfil De Um Treinador

Porquê ser Treinador ?

“Gosto pela modalidade a que estão ou estiveram ligados como praticantes”.

“Gosto pela prática desportiva”.

“Gosto pelo ensino e pelo contacto com crianças e jovens”.

“Acreditam no valor formativo do desporto”.

“Possibilidade de continuarem ligados à modalidade”.

Page 4: Perfil De Um Treinador

PAPEL DO TREINADOR

1. DIRIGIR (A EQUIPA E O JOGO)

Convencer os jogadores a fazer tudo bem feito. Avaliar a prestação competitiva dos jogadores. A função pedagógica da observação. Criar e desenvolver o espírito de equipa. Formar uma equipa. Formar um grupo. Dirigir a equipa durante o jogo. Organizar o jogo.

Teotónio Lima (2000) – “Saber Treinar aprende-se”

Page 5: Perfil De Um Treinador

2. ORIENTAR

“O desporto infantil e o desporto juvenil devem ter uma orientação que vise o desenvolvimento integral das crianças e dos jovens que, no essencial, é incompatível com solicitações de uma prestação maximal de esforços de grande intensidade e com as pressões de uma especialização precoce e acelerada”.

Teotónio Lima (2000) – “Saber Treinar aprende-se”

PAPEL DO TREINADOR

Page 6: Perfil De Um Treinador

PAPEL DO TREINADOR

3. ENSINAR

“Ensinar primeiro e treinar depois deverá ser, necessáriamente, a prática que os treinadores responsáveis pela formação desportiva dos jovens têm de seguir como opção pedagógica, resultante de uma metodologia de ensino dos JDC que defenda em primeiro lugar os interesses e as necessidades das crianças e dos mais jovens”.

Teotónio Lima (2000) – “Saber Treinar aprende-se”

Page 7: Perfil De Um Treinador

PAPEL DO TREINADOR

4. DEMONSTRARTodos aqueles que lideram equipas devem saber que, para muitos, a figura do treinador se sobrepõe à figura do próprio pai. O Treinador deve ser um exemplo a seguir pelos atletas. Valores como APLICAÇÃO, EMPENHAMENTO, ESFORÇO, PONTUALIDADE, DISCIPLINA, ORGANIZAÇÃO, COMPREENSÃO, RESPEITO, CORRECÇÃO, JUSTIÇA, entre outros, devem estar sempre presentes em toda a conduta do treinador.

NÃO PODEM ESPERAR QUE A VOSSA EQUIPA SIGA O VOSSO CONSELHO E IGNORE O VOSSO EXEMPLO

Page 8: Perfil De Um Treinador

PAPEL DO TREINADOR

5. CORRIGIR

Ajudar os atletas, corrigindo as suas execuções, a sua conduta no treino e no jogo, a sua atitude sempre que esta não seja adequada, éfundamental para que o atleta sinta admiração pelo treinador.

“OS ATLETAS TÊM DE COMEÇAR POR SABER QUE O SEU TREINADOR SE PREOCUPA COM ELES, ANTES DE SE PREOCUPAR COM AQUILO QUE ELES SABEM”

Page 9: Perfil De Um Treinador

PAPEL DO TREINADOR

6. ESTIMULAR

O treinador deve dar aos atletas aquilo que eles precisam, mas da forma que eles gostam.

A estimulação deve ser adequada ao nível e às capacidades dos atletas, devendo ser propostas tarefas que eles tenham capacidade para realizar. A estimulação deve ser constante, sempre na procura da superação das dificuldades apresentadas.

Page 10: Perfil De Um Treinador

PAPEL DO TREINADOR

7. MOTIVAR

Em si mesmo o desporto não é bom nem mau. Os efeitos positivos e negativos associados ao desporto não resultam da participação em si, mas da natureza da experiência vivida. Frequentemente chegamos àconclusão que um elemento importante na determinação da natureza daquela experiência é a qualidade da liderança dos adultos que a dirigem.

Os comportamentos de Afectividade Positiva por parte do treinador em relação aos atletas, são extremamente importantes porque aumentam a auto-estima e motivam os atletas para a prática desportiva.

Page 11: Perfil De Um Treinador

OBJECTIVOS DO TREINADOR

Contribuir para a formação do atleta em todas as suas facetas;

Criar as premissas indispensáveis para os atletas alcançarem, em cada etapa, o nível óptimo do seu desenvolvimento;

Desenvolver o gosto e o hábito da prática desportiva regular;

Desenvolver nos praticantes uma atitude positiva de participação;

Orientar correctamente as expectativas dos atletas.

Page 12: Perfil De Um Treinador

Sucesso

Vitórias Aprendizagem Educação

Fair Play SocializaçãoMotora Técnica

O QUE É UM TREINADOR DE SUCESSO?

Page 13: Perfil De Um Treinador

Perfil

Instrução/Feedback Organização Planeamento

•Em quantidade•Em qualidade

•Poucos tempos de espera•Muita actividade motora

•Anual•Diário•Individual

PROPOSTA DE PERFIL

Page 14: Perfil De Um Treinador

ENSINAR E APRENDER

Page 15: Perfil De Um Treinador

FACTORES QUE CONTRIBUEM PARA A MELHORIA DO PROCESSO ENSINO-APZ

Dimensões do Treino

• DIMENSÃO INSTRUÇÃO

As tarefas de aprendizagem. Quem determina, conduz e avalia?

• DIMENSÃO GESTÃO

A ordem no treino. Quem estabelece e controla?

• DIMENSÃO CLIMA

A relação treinador/atleta. De que tipo é?

Page 16: Perfil De Um Treinador

DIMENSÃO INSTRUÇÃO

FEEDBACK PEDAGÓGICO (FB)Reacção do treinador à prestação dos atletas, com o objectivo de lhes fornecer uma informação relativa à realização de uma acção motora.

TIPOS E FORMAS DE FBCONTEÚDO (Específico global, Específico focado, Não-Específico)

VALOR (Apropriado, Inapropriado)OBJECTIVO (Descritivo, Prescritivo, Avaliativo).FORMA (Auditivo, Visual, Quinestésico, Misto)DIRECÇÃO (Individual, grupo, equipa)

Devemos previlegiar os FB’s positivos em detrimento dos FB’s negativos

Page 17: Perfil De Um Treinador

RAZÕES PARA ERROS NA EXECUÇÃO DE UMA TÉCNICA DESPORTIVA

• Insuficiente condição física

• Incorrecta compreensão do movimento

• Hábitos motores anteriores

• Fadiga do treino

• Ritmo inadequado

• Aspectos motivacionais

• Aspectos psicológicos

Page 18: Perfil De Um Treinador

CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE UMA TÉCNICA DESPORTIVA

CONHECER AS TÉCNICAS A ENSINAR

Saber descrever e demonstrar

Conhecer a técnica e os erros mais comuns

CONHECER A METODOLOGIA

Planear e ensaiar a explicação

ORGANIZAR DOSSIER DE EXERCÍCIOS

Exercícios de 3 tipos: global, variantes de facilidade e dificuldade, exercícios de integração (oposição, jogo)

Page 19: Perfil De Um Treinador

ENSINO DE UMA TÉCNICA DESPORTIVA

DEVE DESENCADEAR ALEGRIA

INFORMAR DOS OBJECTIVOS

DIFICULDADE VARIÁVEL

VARIAÇÕES PARA O OBJECTIVO

PRECISÃO NAS EXECUÇÕES

LIGAÇÃO AO SUCESSO

O SUCESSO DEPENDE DE:TEMPO

EMPENHAMENTO

ESFORÇO

Page 20: Perfil De Um Treinador

O TEMPO DE TREINO

Tempo total previsto para o treino

Tempo de empenhamento motor

Tempo disponível para a prática

Tempo útil (aproveitável)

Tempo potencial de Apz.

Page 21: Perfil De Um Treinador

FACTORES DE EFICÁCIA DO TREINOAUMENTAR O TEMPO ÚTIL DE TREINO

Promover actividades interessantes

Ser rigoroso na pontualidade

Reduzir as tarefas administrativas

AUMENTAR O TEMPO DISPONÍVEL PARA A PRÁTICA

Reduzir ao indispensável os períodos de informação, transição, organização

Períodos de informação curtos e claros

Material em local acessível

Encadeamento dos exercícios

Combinar sinais com os atletas

MAXIMIZAR O TEMPO POTENCIAL DE APRENDIZAGEM

Escolher formas de organização que minimizem o tempo de espera e favoreça o número de repetições.

Ajustar o grau de dificuldade das tarefas

Fornecer FB’s específicos, oportunos e atempados

Estabelecer um ambiente de trabalho positivo

Page 22: Perfil De Um Treinador

COMPETÊNCIAS DE GESTÃO

1. Dar continuidade e saber sempre o que os atletas estão a fazer – “olhos nas costas”.

2. Ser capaz de lidar com mais do que um assunto ao mesmo tempo.

3. Ser capaz de manter a harmonia no treino, sem quebras no desenrolar da actividade.

4. Ser capaz de manter a continuidade da actividade.

5. Ser capaz de manter os atletas atentos e empenhados.

6. Ser capaz de incutir nos atletas a responsabilidade pela correcta execução das tarefas.

Page 23: Perfil De Um Treinador

ERROS DE GESTÃO DO TREINO

1. Interromper desatempadamente a actividade.

2. Deixar-se levar por pormenores irrelevantes.

3. Acabar prematuramente uma actividade.

4. Mudar de actividade e voltar atrás.

5. Exagerar no tempo necessário para realizar uma actividade.

6. Fragmentar o grupo (muitos a trabalhar, poucos à espera).

7. Promover exercícios em que o tempo de prática seja reduzido e o tempo de espera seja elevado.