80
República de Moçambique Ministério da Administração Estatal Edição 2014 PERFIL DO DISTRITO DE MACOSSA PROVÍNCIA DE MANICA MACHAZE GURO MACOSSA BARUE GONDOLA MANICA TAMBARA SUSSUNDENGA MOSSURIZE CIDADE_DE_CHIMOIO

PERFIL DO DISTRITO DE MACOSSA PROVÍNCIA DE MANICA … · 1Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção . Macossa PÁGINA2 de culturas diversas, razão pela qual é considerado

  • Upload
    lethuan

  • View
    402

  • Download
    18

Embed Size (px)

Citation preview

República de Moçambique

Ministério da Administração Estatal

Edição 2014

PERFIL DO DISTRITO DE MACOSSA

PROVÍNCIA DE MANICA

MACHAZE

GURO

MACOSSA BARUE

GONDOLA MANICA

TAMBARA

SUSSUNDENGA

MOSSURIZE

CIDADE_DE_CHIMOIO

Macossa

PÁGINAi

A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma natureza informativa.

Copyright © 2012 Ministério da Administração Estatal

Todos os direitos reservados.

Publicado por

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL

Direcção Nacional de Administração Local

Maputo - Moçambique

Primeira edição, primeira impressão 2012

Esta publicação está disponível na Internet em http://www.portaldogoverno.gov.mz

Macossa

________________________________________________________________________________________________

PÁGINAi i

Índice

Prefácio v  

Siglas e Abreviaturas vii  

1   Breve Caracterização do Distrito 1  1.1   Localização, Superfície e População 1  1.2   Clima e Topografia 1  1.3   Recursos Naturais 2  1.4   Infraestruturas 3  1.5   Economia e Serviços 4  1.6   História, Cultura e Sociedade Civil 7  

2   Demografia 9  2.1   Estrutura etária e por sexo 9  2.2   Traço sociológico 10  2.3   Analfabetismo e Escolarização 11  

3   Habitação e Condições de Vida 12  

4   Organização Administrativa e Governação 16  4.1   Governo Distrital 16  4.2   Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais 19  4.2.1   Secretaria Distrital 20  4.2.2   Serviço Distrital de Actividades Económicas 20  4.2.3   Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 21  4.2.3.1   Educação 22  4.2.3.2   Cultura 25  4.2.3.3   Formação Profissional e Emprego 25  4.2.3.4   Tecnologia 26  4.2.4   Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 26  4.2.4.1   Saúde 26  4.2.4.2   Acção Social 28  4.2.4.3   Género 30  4.2.5   Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 33  4.2.5.1   Ordenamento Territorial 33  4.2.5.2   Gestão Ambiental 33  4.2.5.3   Educação Ambiental 33  4.2.5.4   Infraestruturas 34  4.3   Finanças Públicas e Investimento 34  4.4   Justiça, Ordem e Segurança pública 36  4.5   Participação comunitária e apoio externo 38  4.6   Constrangimentos e Perspectivas 39  

5   Actividade Económica 41  

Macossa

________________________________________________________________________________________________

PÁGINAi i i

5.1   População economicamente activa 41  5.2   Pobreza e Segurança Alimentar 44  5.3   Infraestruturas de base 45  5.4   Uso e Cobertura da Terra 47  5.5   Sector Agrário 50  5.5.1   Zonas agro-ecológicas 50  5.5.2   Produção agrícola e sistemas de cultivo 50  5.5.3   Pecuária 51  5.5.4   Florestas, Fauna bravia e Pescas 52  5.6   Indústria, Comércio e Serviços 53  

6   Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local 55  6.1   Visão 55  6.2   Missão 55  6.3   Estratégia de desenvolvimento 55  6.4   Objectivos Estratégicos 56  6.5   Zonas de desenvolvimento 57  6.6   Objectivos Específicos 57  6.7   Problemas e Potencialidades por Pilar Estratégico 62  

Lista de quadros

Quadro 1.   População por posto administrativo, 1/7/2012 9  Quadro 2.   Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 9  Quadro 3.   Agregados familiares, segundo a dimensão 10  Quadro 4.   Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 10  Quadro 5.   Distribuição da população, segundo o estado civil 10  Quadro 6.   População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 10  Quadro 7.   População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 11  Quadro 8.   População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 11  Quadro 9.   Habitações segundo o regime de propriedade 12  Quadro 10.   Tipo de habitações 12  Quadro 11.   Habitações segundo o material de construção 13  Quadro 12.   Habitações, água, saneamento e energia 15  Quadro 13.   Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 15  Quadro 14.   População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 22  Quadro 15.   População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 22  Quadro 16.   Taxas de escolarização 23  Quadro 17.   Escolas, alunos e professores, 2012 24  Quadro 18.   População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 24  Quadro 19.   Unidade de Saúde, Camas e Pessoal existente, 2011 27  Quadro 20.   Indicadores de cuidados de saúde, 2011 27  Quadro 21.   População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 29  Quadro 22.   População deficiente, 2007 29  Quadro 23.   População portadora de deficiência, segundo a causa 29  Quadro 24.   Programas de Acção Social, 2012 30  Quadro 25.   Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 31  

Macossa

________________________________________________________________________________________________

PÁGINAiv

Quadro 26.   Execução orçamental (em ‘000 MT) 35  Quadro 27.   Projectos aprovados e implementados, 2007 a 2012 35  Quadro 28.   População segundo a condição de actividade 41  Quadro 29.   População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 42  Quadro 30.   População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 43  Quadro 31.   Rede de estradas 45  Quadro 32.   Rede de estradas e estado de conservação 45  Quadro 33.   Fontes de Água e sua operacionalidade, 2011 46  Quadro 34.   Uso e Cobertura da Terra 47  Quadro 35.   Produção agrícola, por principais culturas: 2011-2012 51  

Lista de figuras

Figura 1.   População com 5 anos ou mais, por língua materna ........................................ 11  Figura 2.   Tipo de habitações ................................................................................................. 13  Figura 3.   Habitações segundo o material de construção .................................................. 14  Figura 4.   Habitações e condições básicas existentes ......................................................... 14  Figura 5.   População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado ......................... 23  Figura 6.   População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ........................... 25  Figura 7.   Quadro epidémico, 2011 ....................................................................................... 28  Figura 8.   Indicadores de escolarização por sexos .............................................................. 31  Figura 9.   População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ............................. 32  Figura 10.   População segundo a posição no trabalho e sexo ........................................... 32  Figura 11.   População com 15 anos ou mais, segundo a actividade ................................. 42  Figura 12.   População activa, segundo a ocupação principal ............................................ 43  Figura 13.   População activa, segundo o ramo de actividade ............................................ 44  Figura 14.   Explorações segundo a sua utilização ............................................................... 49  Figura 15.   Explorações por classes de área cultivada ........................................................ 49  

Macossa

________________________________________________________________________________________________

PÁGINAvi i

Siglas e Abreviaturas

APEs Agentes Polivalentes Elementares

BCI Banco Comercial e de Investimentos

BIM Banco Internacional de Moçambique

CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique

CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção

CFM Caminhos de Ferro de Moçambique

CGRN Comité de gestão de recursos naturais

CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária

CL’s Conselhos Locais

CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA

COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis

DNAL Direcção Nacional da Administração Local

DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento

DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação

DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças

DPS Direcção Provincial de Saúde

DTS Doença de Transmissão Sexual

EDM Electricidade de Moçambique

EN Estrada Nacional

EN1 Estrada Nacional nº 1

EP1 Ensino Primário do 1º Grau

EP2 Ensino Primário do 2º Grau

EPC Escola Primária Completa

Macossa

________________________________________________________________________________________________

PÁGINAvi i i

ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo

ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo

ET Ensino Técnico

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

GD Governo Distrital

IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar

IFP Instituto de Formação de Professores

INE Instituto Nacional de Estatística

IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária

ITS’s Infecções de Transmissão Sexual

LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado

MAE Ministério da Administração Estatal

Mcel Moçambique Celular

MF Ministério das Finanças

MINAG Ministério da Agricultura

MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento

ONGs Organizações Não Governamentais

ORAM Organização de Ajuda Mútua

PA Posto Administrativo

PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta

PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas

PQG Programa Quinquenal do Governo

PRM Polícia da República de Moçambique

Macossa

________________________________________________________________________________________________

PÁGINAix

PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água

SD Secretaria Distrital

SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas

SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública

STV Soico Televisão

TDM Telecomunicações de Moçambique

VODACOM Operadora de telefonia móvel

Macossa

________________________________________________________________________________________________

PÁGINAx

Macossa

PÁGINA1

1 Breve Caracterização do Distrito

1.1 Localização, Superfície e População

O distrito de Macossa está situado a nordeste da Província de Manica, tendo como limites: a

Norte os distritos de Tambara e Guro; a Leste os distritos da Gorongosa e Maringué da

província de Sofala; a Sul o rio Pungué, que o separa do distrito de Gondola; e a Oeste

confina com o distrito do Barué.

A superfície do distrito1 é de 9.594 km2 e a sua população está estimada em 38 mil

habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 4,0

hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 60 mil habitantes.

A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:0.7, isto é,

por cada 10 crianças ou anciões existem 7 pessoas em idade activa. Com uma população

jovem (55%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 92% (por cada 100

pessoas do sexo feminino existem 92 do masculino) e uma matriz rural acentuada.

1.2 Clima e Topografia

O clima do distrito é do tipo sub-húmido seco em geral, sendo a precipitação média anual

de 800 a 1000 mm, com um período húmido curto a moderado, variando de 4 a 5 meses

(Dezembro a Março), e o período seco algo longo (Maio a Novembro), podendo atingir os

7 meses. A humidade média relativa do ar é de 60/65 a 70% e a temperatura média anual

varia de 22 a 26ºC.

O distrito é atravessado, para além do rio Phandira, o único de regime permanente, pelos

rios Nhassacara, dos Elefantes, Mucombedzi, Mussangadze, Chatora, Murodzi, Nhaluiro.

O distrito é, ainda, recheado de riachos, represas e lagoas, cujo senão é o facto de os

períodos de retenção de água serem bastante curtos.

O distrito de Macossa apresenta três zonas distintas:

O norte do distrito, possuindo cerca de 90 Km² de extensão, apresenta um clima

quase semi-árido;

A parte Oeste do PA de Nhamagua, com 120 Km² de extensão é dotada de maior

potencial agrícola, com solos areno-argilosos, férteis e adequados para a produção

1 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com

Macossa

PÁGINA2

de culturas diversas, razão pela qual é considerado o celeiro do distrito. As

precipitações variam de 700-1000 mm ao longo do ano.

A parte Este é caracterizada por escassez de recursos hídricos, precipitações

irregulares, solos pouco férteis, um clima quase semi-árido, registando a ocorrência

frequente de secas cíclicas e temperaturas elevadas e um início de chuvas tardio,

normalmente apenas nos finais de Dezembro.

O distrito fisiograficamente é influenciado pelos sistemas de montanhas de Choa a Oeste e

Gorongosa a Sudeste, que influenciam o padrão de distribuição de chuvas, solos e recursos

hídricos no distrito.

A base geológica da região é o sistema do Precambrico Médio ou Superior representado

pelo complexo de gneisse e granito. De acordo com a informação disponível, são as regiões

influenciadas ou parte do sistema meso-planáltico de Choa e Gorongosa aquelas que maior

número de cursos de água apresentam, enquanto que a região central do distrito, de

transição entre a bacia dos rios Púnguè a sul e Zambeze a norte, é muito pobre no que se

refere à existência de rios e riachos.

À região mais acidentada, dissecada e de declives acentuados, correspondem solos delgados,

embora nas partes mais planas associados aos solos litólicos possam ainda ocorrer

alternadamente fases pouco profundas de solos com textura grosseira ou mediana, como

são disso exemplo os solos vermelhos.

1.3 Recursos Naturais

Em 2012 procedeu-se o lançamento do plano de uso de terra em coordenação com a

Direcção Provincial de Coordenação e Acção Ambiental.

O distrito debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido à desmatação e

queimadas descontroladas que se verificam com frequência nos Postos Administrativos de

Macossa-sede e de Inhamagua causados por caça furtiva, carvão, machambas e conflito

homem fauna-bravia.

A rede hidrográfica do distrito é caracterizada maioritariamente por rios de regime

periódicos, destacando-se: Rio dos Elefantes, Mussangadze, Mucombedze, Chatola,

Morodze, Nhamfloiru, Muadze, Mucunduzi e Nhandhue. Os rios Phandira, Chiwawa e

Púngué são de regime permanente. O distrito conta ainda com duas represas,

sendo uma no rio Mucombedze e a outra no rio Phandira.

Macossa

PÁGINA3

O distrito apresenta uma vegetação típica de floresta natural aberta, caracterizada por

diversos tipos de árvores: mangais ao longo dos rios e pequenos arbustos nas zonas altas

ricas em diversidades de plantas medicinais, bem como árvores que fornecem madeira,

estacas e lenha para a produção de carvão e esculturas.

O distrito possui várias espécies faunísticas, nomeadamente: Elefantes, Macacos, Búfalos,

Pala-palas, Javalis, Impalas, Suínos Selvagens, Erlandes, Gazelas, Leões e outros de pequeno

porte.

O Distrito conta actualmente com duas Coutadas (nº 9 e 13) e uma Fazenda do Bravio

(Mafuia Safaris).

No distrito predominam três tipos de solos: Solos areno-argilosos férteis, Solos ferralíticos

(vermelhos) e argila-limosos. A sua localização é a seguinte:

• Solos areno-argilosos férteis: A oeste do Distrito no Posto Administrativo de

Nhamagua, com 120km² de extensão;

• Solos ferralíticos (vermelhos) e argila-limosos: Ocorrem nas zonas Este, Sul e Norte do

Distrito e são solos menos férteis.

O Distrito de Macossa é caracterizado por ocorrência de minérios:

• Posto Administrativo de Nhamagua, na zona de Dzamulamombe (cal viva e pedras

preciosas);

• Posto Administrativo de Macossa-Sede (granada em Murodze e Mussangadze e ouro

em Macossa-Sede);

• Posto Administrativo de Nguawala (ouro).

Estes recursos estão a ser explorados em moldes artesanais pelos habitantes locais e

forasteiros.

1.4 Infraestruturas

O distrito de Macossa e servido por uma estrada regional/secundaria N 261 que dá acesso

aos postos Administrativos, Localidades e Povoações. Na época das chuvas, porém, muitas

das vias interiores do distrito são de trânsito difícil.

A ponte sobre o rio Phandira na ER 261 está de momento transitável, encontrando-se,

porém, em avançado estado de degradação.

Macossa

PÁGINA4

A principal forma de transporte do distrito é por via terrestre, por estrada ou por atalhos.

Os meios de transporte são raros no distrito.

O distrito conta com infraestruturas de telefonia móvel da mCel e Movitel nos dois Postos

Administrativos de Macossa-sede e Nhamagua, com excepção do Posto Administrativo de

Nguawala, e de comunicações via rádio, encontrando-se rádios transmissores-receptores

instalados no Governo Distrital, Centro de Saúde e na sede do partido Frelimo.

Devido à dispersão populacional, o distrito enfrenta problemas sérios no que respeita ao

acesso a fontes de água potáve l , sendo que a maioria da população consome água

imprópria, nomeadamente de pântanos.

O distrito possui um pequeno sistema de abastecimento de água que se encontra avariado,

recorrendo actualmente os residentes a vias alternativas, como sendo a furos existentes nas

comunidades circunvizinhas.

O distrito conta com um total de 67 furos e 03 poços de água. O abastecimento de água no

distrito é feito através de furos e poços. Desde que as bombas foram montadas, nunca

beneficiaram de manutenção e reparação geral. Além disso, não há peças sobressalentes no

mercado local. Das 6 bombas instaladas, duas não estão operacionais.

O distrito possui um gerador eléctrico que funciona, normalmente, por um período de 3h

diárias, das 18h00 às 21h00. Actualmente, este gerador encontra-se avariado.

O distrito possui 23 escolas (das quais, 10 do ensino primário nível 1) e está servido por 5

unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população ao serviço do

sistema nacional de saúde, apesar de um nível bastante insuficiente.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e

manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água

a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das

chuvas, tem problemas de transitabilidade.

1.5 Economia e Serviços

Este distrito possui potencialidades agrárias, cuja exploração domina a actividade económica

das famílias. Dos 959 mil hectares da superfície do distrito, estima-se 2 em 450 mil hectares

o potencial de terra arável deste distrito. Por ser um distrito fracamente povoado não há a

2 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatísticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)

Macossa

PÁGINA5

registar conflitos sérios ligados à posse e acesso à terra.

Nos últimos anos, porém, têm-se registado com um certa frequência conflitos entre os

concessionários das coutadas e a população residente, já que esta se vê privada de

desenvolver actividades habituais de caça, apicultura e outras.

Outros conflitos registados são de carácter animal-homem, havendo a registar casos de

invasão das machambas por animais bravios, já que 1/3 da população vive no interior das

áreas de conservação.

De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações

familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

O sistema de produção predominante nos solos de textura pesada e mal drenados é a

monocultura de batata doce em regime de camalhões ou matutos (época fresca), enquanto

que nos solos moderadamente bem drenados predominam as consociações de milho,

mapira, mandioca e feijão nhemba. Algodão e girassol são culturas de rendimento,

produzidas em regime de monoculturas. Este sistema de produção é ainda complementado

por criações de espécies como gado bovino, caprino, e aves.

A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre

bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de

armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.

Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio

das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das

questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta

ou insuficiência de sementes e pesticidas.

O potencial para agricultura irrigada é muito limitado estando circunscrito aos solos

aluvionares das margens do Pungué, em particular aqueles de textura média a pesada, com

capacidades de retenção de água e nutrientes.

A irregularidade da precipitação e a vulnerabilidade às calamidades naturais condicionam,

bastante, o potencial de produção agrícola do distrito.

Dada a existência de boas áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da

pecuária, sendo as doenças (mosca tsé-tsé) e a falta de fundos e de serviços de extensão, os

principais obstáculos ao seu desenvolvimento.

Macossa

PÁGINA6

Foi introduzido algum gado bovino na zona de Dunda (PA de Nhamagua) a título

experimental, para tracção. Os animais domésticos mais importantes para o consumo

familiar são as galinhas, os patos e os cabritos.

O recurso natural mais importante do distrito é a floresta e fauna bravia, destacando-se as

essências nativas produtoras de madeira de alto valor no mercado nacional e internacional,

nomeadamente, Panga-panga, Umbila, Chanfuta, Pau-preto, Messassa e várias outras.

É de referir que 69% da população vive dentro de áreas de conservação, as quais ocupam

cerca de 72% da área do distrito. É nestas áreas onde a população encontra grande parte dos

seus meios de subsistência, nelas desenvolvendo a agricultura, pesca, produção de mel,

extracção de lenha e de material de construção, produção de carvão vegetal e outras. A

exploração e aproveitamento dos recursos existentes é feita, porém, em moldes que não

beneficiam as comunidades locais.

A lenha é o principal combustível doméstico, sendo as espécies mais usadas, quer para lenha

ou fabricação de mobiliário a panga-panga, muroto e umbila. As estacas, caniço e capim são

também usados na construção de casas e outras construções.

As mangueiras e cajueiros são as árvores de fruta que mais crescem no distrito e cujos frutos

são consumidos localmente. A falta de sementes ou mudas, a seca, a falta de hábitos, a fraca

qualidade e a falta ou insuficiência de terra, são as principais limitações à produção de

árvores.

No que diz respeito às espécies faunísticas destacam-se os elefantes, gazelas, javalis,

macacos, cudos, changos, pala-palas, zebras, porcos-bravos e espinhos, ursos formigueiros,

cabritos do mato, leopardos, leões, búfalos e impalas.

O peixe, proveniente do rio Mucombezi, também é um complemento importante da dieta

alimentar das famílias.

O comércio, a pequena indústria local (carpintaria, artesanato) e a pesca artesanal surgem

como alternativa à actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.

O distrito possui 72 unidades de processamento (muajeiras) sendo 37 no posto

administrativo de Macossa-sede, 29 no posto administrativo de Nhamagua e 6 no Posto

Administrativo de Nguwala. Os produtos processados são: Milho e mapira.

Macossa

PÁGINA7

Em relação ao ano de 2011 houve um aumento de 5,9%, tendo-se passado de 68 para 72

moageiras em 2012. O distrito conta ainda com 4 padarias e 7 carpintarias.

A rede comercial é ainda incipiente, estando o mercado essencialmente a ser abastecido

pelos comerciantes informais. Existem no distrito 195 bancas fixas.

Os poucos e pequenos agentes económicos que o distrito possui enfrentam dificuldades

financeiras, já que as oportunidades de financiamento são raras, tendo apenas um pequeno

número de agentes económicos beneficiado de financiamento através do Fundo de Apoio à

Reabilitação da Economia (FARE).

A cal viva já foi explorada na zona de Zamulamombe, Localidade de Dunda, havendo

indícios de existência de pedras semipreciosas na Localidade de Mussangadze, assim como

na montanha de Nhamachachana, na zona de Zamulamombe.

O distrito tem condições naturais para o turismo cinegético. Existem no distrito 7

estabelecimentos turísticos dos quais 4 de restauração de comidas e bebidas (Campo Jú,

Casa Bongisse, Casa Muira e Depósito de Bebidas) e 3 de alojamento (Macossa 2,

Residencial Cama e Casa Jackson) com cerca de 157 camas.

O distrito conta ainda com 2 áreas de conservação sendo Coutadas (nº 9 e 13) e fazenda do

Bravio de Mafuia Safaris.

1.6 História, Cultura e Sociedade Civil

As principais etnias do distrito são: Mabarue, Masena e Magorongoza, sendo a etnia

predominante a Mabarue. As línguas mais faladas são o xibarue, xisena e xigorongozi.

A organização social está representada por povoações muito dispersas, organizadas de

acordo com os hábitos culturais e condições socioeconómicas.

Existem no distrito várias confissões religiosas, nomeadamente: Assembleia de Deus

Africana, Jhoane Malangue, Católica, Pentecostes, Evangélica Assembleia de Deus,

Ministério Autriz, Missão Mundial, Fé Apostólica, Full Gospel Church, Velhos Apostólicos

e Assembleia de Deus Internacional, sendo a Católica a mais predominante.

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por 50 membros e presidido

pelo Administrador Distrital. O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido

pelo Administrador Distrital. No Distrito funcionam três Conselhos Consultivos dos Postos

Macossa

PÁGINA8

Administrativos, presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu

funcionamento participativo estes envolvem os membros dos 8 Conselhos Consultivos de

Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do

PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,

bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e

projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são

submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.

No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias, de

acordo com as entidades distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do mesmo

em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoações, tendo sido

envolvidas todas as camadas sociais. Este trabalho culminou com a Legitimação, pelas

respectivas comunidades, dos 58 Líderes Comunitários de vários escalões a nível do distrito,

sendo 5 Régulos, 17 Saphandas (uma mulher) e 36 M’fumos, tendo já sido reconhecidos

pela autoridade competente os 5 régulos.

A relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído

para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos

de terras existentes no distrito.

A relação entre as duas entidades tem permitido, também, dar solução aos casos cíclicos,

aos vários problemas derivados da ocorrência de fenómenos naturais, tem ajudado na

mudança de atitudes, valores e costumes das populações, na melhoria de técnicas agrícolas e

no uso de sementes melhoradas, tendo em vista o desenvolvimento socioeconómico do

distrito.

Macossa

PÁGINA9

2 Demografia333 A superfície do distrito4 é de 9.594 km2 e a sua população está estimada em 38 mil

habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 4,0

hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 60 mil habitantes.

2.1 Estrutura etária e por sexo A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:0.7, isto é,

por cada 10 crianças ou anciões existem 7 pessoas em idade activa. Com uma população

jovem (55%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 92% (por cada 100

pessoas do sexo feminino existem 92 do masculino) e uma matriz rural acentuada.

Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012

TOTAL Grupos etários

0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais Distrito de Macossa 37,983 8,869 12,149 13,727 2,369 868 Homens 18,162 4,394 6,014 6,264 1,043 447 Mulheres 19,821 4,475 6,135 7,463 1,326 422 P.A. de Macossa 15,304 3,507 4,956 5,495 1,006 341 Homens 7,312 1,783 2,429 2,490 446 163 Mulheres 7,994 1,726 2,527 3,004 560 179 P. A. de Nguawala 3,141 795 942 1,157 185 63 Homens 1,459 364 459 509 87 39 Mulheres 1,680 429 483 647 98 23 P.A. de Nhamangua 19,538 4,567 6,251 7,076 1,179 465 Homens 9,392 2,247 3,125 3,265 510 244 Mulheres 10,147 2,320 3,126 3,813 669 220 Fonte : INE, Dados do Censo de 2007.

Das pessoas residentes no distrito, 66% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos

de migração significativos. No caso das mulheres este fluxo é maior do que nos homens.

Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento

    Local  de  Nascimento  

   No  próprio  distrito  

Noutro  distrito  da  mesma  província  

Noutra  Província  

Total   66.4%   17.7%   15.9%    -­‐  Homens   68.2%   17.2%   14.6%    -­‐  Mulheres   64.8%   18.0%   17.1%  

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

3 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 4 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com

Macossa

PÁGINA10

2.2 Traço sociológico

Das 12 mil famílias5 do distrito, a maioria é do tipo sociológico nuclear com filhos (43%),

isto é, com um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 5.1 membros.

Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão % de agregados, por dimensão

1 - 2 3 - 5 6 e mais

16.4% 44.3% 39.3% Fonte : INE, Dados do Censo de 2007 e Pro je c ções g lobais da população .

Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR

Unipessoal Monoparental (1) Nuclear

Alargado (2) Masculino Feminino Com filhos Sem filhos

6.5% 1.3% 23.3% 43.4% 3.7% 21.7%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 1) Família com um dos pais. 2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.

Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm crença religiosa, dominada pela

religião Evangélica.

Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil Com 12 anos ou mais, por Estado civil

Total Solteiro Casado ou

união Separado/ Divorciado Viúvo

100.0% 28.1% 65.0% 1.4% 5.6%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. Tendo o Cindau como língua materna dominante, constata-se que 45% da população do

distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este

domínio maior nos homens, dada a maior inserção na vida escolar e mercado de trabalho.

Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo

TOTAL GRUPO ETÁRIO

5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% Cindau 79.9% 82.0% 80.4% 77.8% 76.2% 79.9% Chiteve 0.2% 0.1% 0.2% 0.2% 0.5% 0.2% Cimanika 1.8% 1.0% 1.6% 2.9% 3.6% 1.6% Cisena 0.5% 0.4% 0.3% 0.6% 0.8% 0.5% Cinyngwe 0.1% 0.0% 0.1% 0.1% 0.3% 0.1% Cibalke 0.1% 0.0% 0.1% 0.1% 0.2% 0.1% Português 0.5% 0.5% 0.8% 0.7% 0.7% 0.3% Outras 16.9% 16.0% 16.4% 17.5% 17.8% 17.2%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 5 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.

Macossa

PÁGINA11

Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português

Sabe falar Português Não sabe falar Português

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Total 44.8% 59.2% 32.0% 55.2% 40.8% 68.0%

5 - 9 anos 33.6% 35.6% 31.7% 66.4% 64.4% 68.3%

10 - 14 anos 70.0% 74.6% 65.2% 30.0% 25.4% 34.8%

15 - 44 anos 68.8% 84.9% 53.9% 31.2% 15.1% 46.1%

45 anos ou mais 35.7% 59.4% 17.2% 64.3% 40.6% 82.8%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca .

2.3 Analfabetismo e Escolarização

Com 39% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa

de escolarização normal, constatando-se que 53% dos seus habitantes frequentam ou já

frequentaram a escola, ainda que maioritariamente somente até ao nível primário.

Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 Taxa de analfabetismo

TOTAL Homens Mulheres

Total 61.3% 39.5% 79.0% 15 - 19 anos 32.8% 15.9% 48.5% 20 - 24 anos 52.1% 23.9% 72.1% 25 - 29 anos 63.0% 35.4% 82.2% 30 - 44 anos 70.2% 47.5% 88.3%

45 anos ou mais 81.5% 64.5% 96.5% P.A. de Macossa 58.2% 36.8% 75.2% P. A. de Nguawala 72.4% 52.7% 88.2%

P.A. de Nhamangua 62.1% 39.5% 80.6%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Cindau,  79,9%  

Cimanika,  1,8%  

Portugues,  0,5%  

Outras,  17,8%  

Macossa

PÁGINA12

3 Habitação e Condições de Vida666 As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e

o acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do

nível de vida dos agregados familiares. As características do parque habitacional duma

sociedade constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento

socioeconómico.

Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade

Total  de  Habitações   100.0%    -­‐  Próprias   94.4%    -­‐  Alugadas   0.6%    -­‐  Cedidas  ou  emprestadas   2.2%    -­‐  Outro  regime   2.9%  

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A maioria (94%) das cerca de 16 mil habitações7 existentes no distrito são de propriedade

própria. O tipo de habitação dominante é a palhota (92%). A casa mista, que é um tipo de

habitação que combina materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal,

representa 6% do parque habitacional do distrito.

Quadro 10. Tipo de habitações

Casa convencional8 ou apartamento9 0.3% Casa mista10 5.7% Casa básica11 2.3% Palhota12, casa improvisada13 e outras 91.7% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

6 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 7 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007. 8Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e

construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Pode ser de rés do chão,

mais de 1 ou 2 pisos. 9Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade

habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos. 10Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão),

materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc.) e adobe. 11Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com

materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de

quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água). 12Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,

caniço, adobe, paus maticados, etc.). 13Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de

árvores, etc.

Macossa

PÁGINA13

Figura 2. Tipo de habitações

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do

distrito, verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:

• A maioria das casas tem paredes de caniço/paus (84%);

• A maioria das casas tem cobertura de capim ou palha (94%); e

• A maior parte das casas tem pavimento de adobe (84%).

Quadro 11. Habitações segundo o material de construção

Em  %       Total   Urbano   Rural  Paredes   100.0%   n.a   100.0%    -­‐  Blocos  de  cimento  ou  tijolo   5.2%   n.a   5.2%    -­‐  Caniço  /  Paus   84.1%   n.a   84.1%    -­‐  Madeira  /  Zinco   0.0%   n.a   0.0%    -­‐  Outro  material   10.7%   n.a   10.7%  Cobertura   100.0%   n.a   100.0%    -­‐  Chapas  ou  telhas   5.7%   n.a   5.7%    -­‐  Laje  de  betão   0.0%   n.a   0.0%    -­‐  Capim  ou  outro  material   94.3%   n.a   94.3%  Pavimento   100.0%   n.a   100.0%    -­‐  Cimento,  parquet  ou  mosaico   3.8%   n.a   3.8%    -­‐  Adobe   84.0%   n.a   84.0%    -­‐  Sem  nada   12.2%   n.a   12.2%  

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Casa  convencional  

ou  Apartamento  ,  

0,3%  

Casa  mista  ,  5,7%   Casa  básica  ,  

2,3%  

Palhota  ,  91,7%  

Macossa

PÁGINA14

Figura 3. Habitações segundo o material de construção

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações por acesso

aos serviços básicos.

• A maioria das famílias (69%) usa a lenha como fonte de energia;

• Cerca de 32% das famílias tem acesso a fontes de água potável14; e

• Somente 4% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados15.

Figura 4. Habitações e condições básicas existentes

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

14Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba. 15Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.

5,2%  

84,1%  

0,0%   5,7%  

94,3%  

3,8%  

84,0%  

12,2%  

Casas  com  energia  

eléctrica,  0,1%  

Casas  que  usam  fontes  de  água  potável,  

31,5%  

Casas  com  sistemas  de  saneamento  melhorados,  

4,0%  

Macossa

PÁGINA15

Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia

HABITAÇÕES  E  CONDIÇÕES  BÁSICAS  EXISTENTES TOTAL Casa convencional

Casa mista

Casa básica Palhota

ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Electricidade 0.1 0.0 0.3 0.4 0.0 Gerador/placa solar 0.9 52.4 1.0 12.4 0.0 Gás 0.0 0.0 0.3 0.0 0.0 Petróleo/parafina/querosene 27.1 19.0 65.7 29.3 24.5 Velas 2.5 14.3 8.2 9.9 1.7 Baterias 0.1 0.0 0.0 0.4 0.1 Lenha 69.1 14.3 23.2 47.5 73.4 Outras 0.2 0.0 1.3 0.0 0.2 ÁGUA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Água canalizada 0.2 38.1 0.0 0.4 0.0 - dentro da casa 0.1 14.3 0.0 0.0 0.0 - fora de casa 0.1 23.8 0.0 0.4 0.0 Não-canalizada 99.8 61.9 100.0 99.6 100.0 - fontenário 1.0 9.5 0.7 2.9 0.9 - poço/furo protegido c/ bomba 30.3 47.6 62.1 80.2 25.7 - poço sem bomba 21.8 0.0 16.0 1.7 23.3 - rio/lago/lagoa 45.7 0.0 19.9 14.9 49.1 - chuva 0.1 0.0 0.3 0.0 0.0 - mineral 0.0 4.8 0.0 0.0 0.0 - outros 0.9 0.0 1.0 0.0 1.0 SANEAMENTO 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0

Retrete ligada a fossa séptica 1.3 33.3 0.0 0.0 1.3 Latrina melhorada 1.0 42.9 2.9 13.2 0.1 Latrina tradicional melhorada 1.6 0.0 5.2 17.4 0.6 Latrina não melhorada 5.6 9.5 20.9 15.3 4.1 Não tem retrete/latrina 90.4 14.3 70.9 54.1 93.9

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias

residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte.

Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis Casa

própria Rádio Televisor Telefone

fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta Nenhum

bem

94.4%   48.5%   0.9%   0.1%   0.0%   0.5%   0.3%   46.0%   40.7%   Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Constata-se que, exceptuando a casa própria, 48 por cento das famílias não possuem

nenhum dos bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.

Macossa

PÁGINA16

4 Organização Administrativa e Governação O actual território do distrito fazia parte no passado do distrito de Báruè que, devido às suas

dimensões, aquando da primeira revisão da divisão administrativa do país, acabou por ser

elevado, no dia 25 de Julho de 1986, a nível de distrito de Macossa, constituído por três

postos administrativos, incluindo a Sede Macossa, Nhamangua e Nguawala que, por sua

vez, estão divididos em 8 Localidades.

De entre os PA’s, o mais desfavorecido em termos de desenvolvimento humano e de

infraestruturas é o de Nguawala que dista cerca de 250Km da Sede do distrito, via Báruè, e

cerca de 180 Km, via Nhamagua.

Posto Administrativo Localidades MACOSSA-SEDE Macossa – sede

Mussangadze Rio dos Elefantes

NGUAWALA Nguawala – sede Nhacassoro Massenguere

NHAMANGUA Nhamangua – sede Dunda

O Distrito de Macossa Conta com 52 povoações as quais constituem as unidades

territoriais mais pequenas.

4.1 Governo Distrital

O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003

de 19 de Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:

• Actividades Económicas;

• Saúde, Mulher e Acção Social;

• Educação, Juventude e Tecnologia; e

• Planeamento e Infraestruturas.

De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº

6/2006 de 12 de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é a que é apresentada em

seguida.

Macossa

PÁGINA17

Macossa

PÁGINA18

Estrutura Tipo do Governo Distrital

Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril

Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:

• Registo e Notariado;

• Comando Distrital da PRM;

• Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ);

• Procuradoria Distrital da República;

• STAE;

• SISE.

Com um total em 2013 de 618 funcionários dos quais, 166 são mulheres, apresenta a

seguinte distribuição por categorias profissionais:

ü Técnicos Superiores -----------------------------------------------------------------------25

ü Técnicos Médios -------------------------------------------------------------------------152

ü Técnicos Básicos -------------------------------------------------------------------------329

ü Operários, Auxiliares Administrativos e Agentes de Serviços -------------------112

O pessoal da Administração Distrital apresenta a seguinte distribuição por serviços:

• 102 no Gabinete do Administrador/ Secretaria Distrital (GA/SD);

• 385 no Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia (SDEJT);

• 74 no Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS);

• 34 no Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE); e

• 23 no Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas.

Macossa

PÁGINA19

Do total de funcionários, 4% tem formação superior, 24,6% formação media, 53,2%

formação básica e os restantes 18,1% formação elementar. Ocupam cargos de chefia 54

funcionários (dos quais 10 são mulheres).

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por 50 membros e presidido

pelo Administrador Distrital. Em 2012 o CCD aprovou 176 projectos de iniciativa local.

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital.

No Distrito funcionam três Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos

pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes

envolvem os membros dos 8 Conselhos Consultivos de Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do

PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,

bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e

projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são

submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.

No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital,

foram institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e

Distrito), Balcão de Atendimento Único Distrital (BAUD), descentralizados os

investimentos no distrito, tramitados os expedientes para a nomeação de directores dos

serviços distritais bem como dos chefes de Localidade.

A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e

Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e

subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador

Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de

Quarteirões e Chefes de Blocos.

4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais

Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-

se as principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o

desenvolvimento social e económico do distrito.

Macossa

PÁGINA20

4.2.1 Secretaria Distrital

A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo

Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar

assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos

humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo

das actividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de

actividades do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência técnica e administrativa

necessária ao funcionamento dos postos administrativos, localidades e povoações.

Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital

Fonte: MAE/DNAL.

4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

a promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção

alimentar e de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária

de tanques carracicidas; (d) a emissão de licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem

como o combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a

divulgação do potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da

pequena indústria e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de

licenciamento de actividades económicas, licenciar actividades comerciais e emitir licenças

turísticas; (i) efectuar o recenseamento das actividades de artesanato; e (j) promover

mecanismos de financiamento das actividades produtivas.

Agricultura e Desenvolvimento Rural

Dos 959 mil hectares da superfície do distrito, estima-se 16 em 450 mil hectares o potencial

de terra arável deste distrito. Por ser um distrito fracamente povoado não há a registar

conflitos graves ligados à posse e acesso à terra.

16 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatísticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)

SecretariaGeral

Repartição  de  Planificaçãoe  Desenvolvimento  Local

Secretário  PermanenteDistrital

Repartição  deFinanças

Repartição  de  Administração  Locale  Função  Pública

Macossa

PÁGINA21

Nos últimos anos, porém, têm-se registado com um certa frequência conflitos entre os

concessionários das coutadas e a população residente, já que esta se vê privada de

desenvolver actividades habituais de caça, apicultura e outras. Outros conflitos registados

são de carácter animal-homem, havendo a registar casos de invasão das machambas por

animais bravios, já que 1/3 da população vive no interior das áreas de conservação.

De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em regime de consociação de

culturas com base em variedades locais.

O distrito é marcado frequentemente pelo cenário de estiagem e seca caracterizado por

chuvas irregulares e abaixo do normal criaram uma situação de insegurança alimentar,

exigindo do Governo Distrital iniciativas enérgicas de mitigação, de que se destacam:

Distribuição de sementes e utensílios agrícolas às vítimas das cheias;

Reabilitação de valas de drenagem nas baixas do distrito;

Fomento de batata-doce de polpa alaranjada; e

Aquisição e distribuição de bovinos de fomento.

Foram realizadas feiras de sementes e outros insumos agrícolas, onde os camponeses

puderam vender as suas sementes e adquirir instrumentos como enxadas, catanas e

machados.

4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores,

alfabetização, educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura,

diversidade cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de

instrumentos musicais tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis,

bem como promover iniciativas geradoras de emprego, autoemprego e outras fontes de

rendimento dos jovens; e (e) promover o uso de novas tecnologias.

Macossa

PÁGINA22

4.2.3.1 Educação

Somente 39% da população do distrito é alfabetizada e 53% das pessoas com 5 anos ou

mais de idade, predominantemente homens, frequentam ou já frequentaram o nível

primário do ensino. A análise por sexos revela um padrão melhor entre os homens do que

nas mulheres.

Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar

P O P U L A Ç Ã O Q U E:

FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Total 33.1% 41.1% 26.1% 20.3% 26.0% 15.3% 46.5% 32.8% 58.6%

P.A. de Macossa 35.5% 44.3% 27.8% 20.4% 25.6% 15.9% 44.1% 30.1% 56.3%

P. A. de Nguawala 22.9% 32.5% 14.7% 19.0% 27.1% 12.1% 58.1% 40.4% 73.2%

P.A. de Nhamangua 32.9% 40.0% 26.5% 20.5% 26.2% 15.4% 46.6% 33.8% 58.1%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 1997.

A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola,

revela uma concentração significativa no nível primário de ensino.

Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino

NÍVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA

Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior TOTAL 100.0% 2.4% 77.7% 13.9% 5.5% 0.4% 0.1% 0.0% 5 - 9 anos 100.0% 0.5% 99.5% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 10 - 14 anos 100.0% 0.6% 86.1% 12.7% 0.5% 0.0% 0.1% 0.0% 15 - 19 anos 100.0% 1.7% 41.4% 40.0% 16.3% 0.7% 0.0% 0.0% 20 - 24 anos 100.0% 8.1% 21.0% 24.6% 41.7% 4.2% 0.3% 0.0% 25 e + anos 100.0% 27.8% 30.2% 23.6% 14.2% 2.1% 1.8% 0.3% HOMENS 100.0% 1.9% 72.6% 17.5% 7.2% 0.7% 0.2% 0.0% MULHERES 100.0% 3.1% 84.8% 8.9% 3.1% 0.0% 0.1% 0.0% EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Macossa

PÁGINA23

Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado

Fonte de dados : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A

primeira taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino

(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade

oficial para o referido nível17. Para calcular a segunda taxa , divide-se o total de alunos cuja

idade coincide com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário

correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais comuns para estimar o

desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.

Quadro 16. Taxas de escolarização

Taxas  de  escolarização  Taxa  Bruta  de  Escolarização   Taxa  Líquida  de  Escolarização  

TOTAL   H   M   TOTAL   H   M  EP1   110.2 120.8 99.9 59.1 63.0 55.3 EP2   70.4 101.6 38.4 7.2 9.1 5.3 ESG1   21.2 31.5 10.3 1.8 2.0 1.6 ESG2   3.1 5.6 0.2 0.2 0.4 0.0

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007 .

Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de

110%, o que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a

idade ideal para frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma

reprovação), este indicador acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação

e desistência escolar, levando a que exista um elevado número de alunos no EP1, com

idades superiores a 10 anos.

17EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.

Alfab.,  2,4%  

EP1,  77,7%  

EP2,  13,9%  

ESG1,  5,5%  

ESG2,  0,4%   Técnico,  0,1%  Superior,  0,0%  

Macossa

PÁGINA24

Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que

59% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua idade,

neste caso o EP1, e que somente 7% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível de

ensino correspondente a idade, o EP2. Em geral, os rapazes apresentam melhores

indicadores.

A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede

escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo

significativo, serem insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de aproveitamento e

altas taxas de desistência em algumas localidades do distrito, devido ao facto de haverem

muitos casamentos prematuros e emigração de jovens.

Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2012 NÍVEIS DE ENSINO № de № de Alunos № de Professores

Escolas M HM M HM TOTAL DO DISTRITO 23 4.591 9.890 86 353

EP1 10 3.911 8.232 64 210

EP2 11 356 998 11 50

ESG1 2 324 750 1 33

Fonte: Governo Distrital - Perfil do Distrito de Macossa, 2013

EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos.

O distrito conta ainda com 65 centros de alfabetização e educação de adultos frequentados

por 1.290 alfabetizandos, dos quais 657 são mulheres.

Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos

ou mais de idade, só 19% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.

Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído

NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO

Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior

TOTAL 18.8% 0.2% 16.3% 2.0% 0.1% 0.2% 0.0% 81.2%

10 - 14 anos 12.3% 0.0% 12.2% 0.1% 0.1% 0.0% 0.0% 87.7% 15 - 19 anos 37.3% 0.2% 35.4% 1.7% 0.0% 0.0% 0.0% 62.7%

20 - 24 anos 30.9% 0.3% 25.8% 4.2% 0.2% 0.5% 0.0% 69.1%

25 - 29 anos 21.4% 0.4% 16.7% 3.5% 0.3% 0.4% 0.2% 78.6% 30 e + anos 10.7% 0.3% 8.1% 1.9% 0.2% 0.1% 0.0% 89.3%

HOMENS 29.6% 0.3% 25.2% 3.6% 0.2% 0.2% 0.1% 70.4%

MULHERES 9.7% 0.1% 8.7% 0.6% 0.1% 0.1% 0.0% 90.3%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Macossa

PÁGINA25

Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

4.2.3.2 Cultura

Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos

típicos de toda a região. No concernente à juventude, destaca-se a existência de grupos

activistas e associações juvenis que de dedicam a motivar boas práticas entre os seus

concidadãos. Têm sido promovidas várias actividades, nomeadamente a participação no

Festival Nacional de Dança Popular, o fomento do associativismo juvenil e de grupos

culturais, bem como o apoio ao desenvolvimento das artes plásticas.

Em coordenação com a Direcção Provincial de Cultura, as autoridades distritais têm vindo a

buscar melhores formas de preservar duas bases militares identificadas como elementos

importantes do nosso património cultural, nomeadamente, a Base do guerreiro

MAKOMBE que foi um ponto focal na resistência à colonização e a Base Central da

FRELIMO, aquando da Luta de Libertação Nacional.

4.2.3.3 Formação Profissional e Emprego

O Governo Distrital de Macossa, em coordenação com o instituto de Emprego e Formação

Profissional (INEFP), tem formado jovens na área de carpintaria onde foram absorvidos

um total de 20 jovens. O INEFP forneceu a um jovem empreendedor kits de ferramentas

para a arte de carpintaria.

O FDD tem sido uma oportunidade para a população jovem se empregar nas

actividades agrícolas, comerciais, carpintaria e outras. De 2007 a 2012, o

Alfab.,  0,2%  

Primário,  16,3%  Secund.,  2,0%  

Técnico,  0,1%  

C.F.P.,  0,2%  

Superior,  0,0%  

Nenhum,  81,2%  

Macossa

PÁGINA26

FDD financiou um total de 830 projectos dos quais 212 são de jovens. O Governo do

distrito continua a sensibilizar a camada jovem para elaborar projectos de iniciativa local de

modo a promover o auto emprego e a criação de mais postos de trabalho.

4.2.3.4 Tecnologia

A ciência, a tecnologia e a inovação, jogam um papel extremamente importante no domínio

do conhecimento para o desenvolvimento do distrito.

O sector da Ciência, Tecnologia e Inovação é caracterizado pela existência do uso das

tecnologias de informação e comunicação vulgo TIC’s onde se desenvolvem trabalhos

relacionados com o uso de computares para processamento de informação. O sector conta

ainda com a existência de leccionação de disciplinas de ciências exactas nomeadamente:

Física, Matemática e Química.

O sector identificou um jovem inovador, decorrendo o processo de tramitação de

documentação da invenção junto da Direção Provincial de Ciência e Tecnologia. Foi

realizada uma feira de ciência na qual se pretendia descobrir talentos inovadores e expandir

o gosto das ciências para os alunos do nível secundário.

Constitui um desafio para este sector:

§ Divulgação dos talentos tecnológicos de modo a torna-los mais acessíveis a maioria

da população.

§ Desenvolvimento das actividades relacionadas com palestras para a promoção de

inovação e investigação científica.

4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b)

promover acções de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do

idoso; (c) desenvolver acções de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e

(d) promover a igualdade e equidade do género.

4.2.4.1 Saúde

A rede de saúde do distrito é composta por 5 unidades sanitárias (2 centro de saúde I e 3

centros de saúde II).

Macossa

PÁGINA27

Quadro 19. Unidade de Saúde, Camas e Pessoal existente, 2011

Unidades, Camas e Pessoal

existente

Tipo de Unidades Sanitárias

Total Hospital Distrital

Hospital Rural

Centro de Saúde

Postos de Saúde

Número de Unidades 5 5

Número de Camas

33 33

Pessoal Total

64 64

Licenciados 1 1

Nível Médio 17 17

Nível Básico e elementar 28 28

Pessoal de apoio 18 18

Fonte: Ficha de Recolha de Informação do SDSMAS

A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”

e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a

posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços

do Sistema Nacional de Saúde.

Quadro 20. Indicadores de cuidados de saúde, 2011 Indicadores

DCO´s 1.139 Partos Institucionais 743 Vacinação 16.752 Saúde materno-infantil 8.346 Consultas externas 43.259 Taxa de mortalidade hospitalar 3,6% Taxa de baixo peso à nascença 12,6% Taxa de mau crescimento 4,3% Fonte : SDSMAS

De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários

níveis que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:

• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias,

bem como em brigadas móveis e nos locais de interesse público

• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos

Macossa

PÁGINA28

trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios

• Saúde reprodutiva

• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar

• Suplementação de Vitamina ‘A’

• Programa alargado de vacinação

• Saúde Mental.

O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no

seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.

Figura 7. Quadro epidémico, 2011

Fonte : Adminis tração do Distr i to e Direc ção Provinc ia l da Saúde

4.2.4.2 Acção Social

A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza

absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e

portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.

Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais,

associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de

direito entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração,

quando possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida

escolar.

No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 1.650

órfãos (na sua maioria órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca

1012  

4009  

184  

38  

117  

3  

0   500   1000   1500   2000   2500   3000   3500   4000   4500  

Diarreia  

Malária  

DTS/SIDA  

Tuberculose  

Disenteria  

Sarampo  

Macossa

PÁGINA29

de 1.800 pessoas portadoras de deficiência (92% com debilidade física e 8% com doenças

mentais).

Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007

    População   Órfão  de:       0-­‐14  anos   Total   Mãe   Pai   Pai  e  Mãe  Total   100.0% 11.1% 3.0% 7.1% 1.0%  -­‐  Homens   100.0% 10.9% 2.8% 7.1% 1.0%  -­‐  Mulheres   100.0% 11.3% 3.1% 7.1% 1.0% Grupos  etários:      -­‐  0  a  4  anos   100.0% 4.2% 0.8% 3.2% 0.2%    -­‐  5  a  9  anos   100.0% 11.3% 3.2% 7.3% 0.8%    -­‐  10  a  14  anos   100.0% 24.0% 6.9% 14.4% 2.8%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Quadro 22. População deficiente, 2007

Grupos de Idade População Sem Com deficiência

Total Deficiência Total Física Mental Total 100.0% 98.8% 1.2% 1.1% 0.1% 0 - 14 100.0% 99.5% 0.5% 0.5% 0.0% 15 - 44 100.0% 98.4% 1.6% 1.3% 0.2% 45 e mais 100.0% 96.1% 3.9% 3.7% 0.2%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 330 pessoas portadoras de

deficiência, segundo a causa.

Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa

TOTAL Física Mental

Total 100.0% 100.0% 100.0%

À nascença 19.9% 18.5% 33.3%

Doença 47.1% 47.0% 48.5%

Minas/Guerra 5.4% 6.0% 0.0%

Serviço Militar 4.8% 5.4% 0.0%

Acidente de Trabalho 6.9% 7.7% 0.0%

Acidente de Viação 3.6% 3.7% 3.0%

Outras 12.1% 11.7% 15.2% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Durante o ano 2012, foram beneficiadas 300 Crianças Órfãs e Vulneráveis em apoio

alimentar fornecido pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA);28 COV´s em

registo gratuito (Cédulas); 817 idosos e 253 portadoras de deficiência.

Macossa

PÁGINA30

Quadro 24. Programas de Acção Social, 2012 Tipo  de  Programa   2012  Crianças  atendidas   300  Idosos  atendidos   817  Deficientes  atendidos   253  Doentes  crónicos   51  TOTAL   1.421  Fonte :Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

4.2.4.3 Género

O distrito tem uma população estimada de 38 mil habitantes - 20 mil do sexo feminino -

sendo 15% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.

Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações

não governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de

oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a

integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida

escolar.

Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da

acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a

melhorar a eficácia e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e

do sector privado.

Tendo por língua materna dominante o Cindau, 32% das mulheres do distrito com 5 ou

mais anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais

acentuado nos homens (59%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de

trabalho. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 79%, sendo de 40% no caso

dos homens.

Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 59% nunca frequentaram a escola (no caso

dos homens só 33% nunca estudaram) e 9% concluíram o ensino primário (no caso dos

homens, 25% terminaram o primário).

Macossa

PÁGINA31

Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio

acentuado entre sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.

Quadro 25. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)

    Número de pessoas que usou: % de pessoas

    Computador Internet c/ Telemóvel

Total   0.5%   0.1%   2.5%    -­‐  Homens   0.9%   0.2%   4.4%    -­‐  Mulheres   0.1%   0.0%   0.9%  

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 20 mil mulheres, 9 mil estão em

idade de trabalho (mais de 15 anos), das quais 7.500 são economicamente activas18. A

população não economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (18%) é

constituída principalmente por senhoras domésticas (9%) e estudantes a tempo inteiro (5%).

O nível da participação no trabalho das mulheres (82%) é superior ao dos homens (75%).

18Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que

tenha 15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram

activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.

40%  

59%  

33%  25%  

79%  

32%  

59%  

9%  

Taxa  de  analfabecsmo  

Sabe  falar  Português   Sem  frequencia  escolar  

Ensino  primário  concluído  

Homens  

Mulheres  

Macossa

PÁGINA32

Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a

posição no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:

Cerca de 94% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;

2% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e

As restantes 4% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo

empregadas do sector comercial formal e informal.

Figura 10. População19 segundo a posição no trabalho e sexo

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

19 Com 15 anos ou mais.

Trabalha,  79,2%  Trabalha,  75,4%  

Trabalha,  82,2%  

Só  estuda,  10,2%  

Só  estuda,  17,1%  

Só  estuda,  4,6%  

Doméscco(a),  5,8%  

Doméscco(a),  2,4%  

Doméscco(a),  8,5%  

Total   Homem   Mulher  

Homem,  11,4%  Homem,  4,1%  

Homem,  81,5%  

Homem,  0,5%  Homem,  2,5%  Mulher,  3,5%   Mulher,  1,6%  

Mulher,  94,3%  

Mulher,  0,0%   Mulher,  0,5%  

Assalariados   Comerciantes  e  artesaos   Camponeses   Empresarios   Outras  

Macossa

PÁGINA33

4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

elaborar propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a

construção de fontes de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos

sistemas de abastecimento; (c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a

disponibilidade do sistema de fornecimento de energia eléctrica e a promoção do

aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de energias renováveis; (d) assegurar

a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de

travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de infraestruturas e edifícios

públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas desportivas e

parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tracção animal; (g) elaborar

propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como

cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins

campos de jogos e parques de diversão.

4.2.5.1 Ordenamento Territorial O distrito de Macossa conta actualmente com 3 planos de pormenores nas localidade de

Macossa-sede, Mussangadze e Dunda. Ainda neste âmbito, o distrito possui uma zona de

expansão onde foram abertas algumas ruas e demarcados talhões para a construção de

infraestruturas públicas, também estão demarcadas áreas para a reserva do estado.

4.2.5.2 Gestão Ambiental No âmbito da criação de florestas comunitárias (um líder uma floresta),foram indicadas 12

áreas para florestas comunitárias nos 3 postos administrativos nas quais se iniciou a

plantação de árvores das seguintes espécies: Panga panga, Chanfuta, Eucalipto e Fruteiras.

No âmbito da iniciativa presidencial ”um aluno uma planta por ano” o distrito conta até ao

ano de 2012 com 42.677 plantas, das quais 22.677 de frutas e 20.000 de sombra.

4.2.5.3 Educação Ambiental

Neste âmbito, foram feitos encontros de divulgação da legislação ambiental, tendo como

grupo alvo o governo do distrito, chefe dos postos administrativos e localidades e líderes

comunitários.

Macossa

PÁGINA34

Foram realizadas palestras de sensibilização, em todo distrito com os líderes comunitários e

chefes das localidades no âmbito de conservação de recursos naturais e queimadas

descontroladas.

4.2.5.4 Infraestruturas

Em relação ao fundo de infraestruturas, o distrito teve as seguintes iniciativas em 2012:

§ Na sede do distrito foram reabilitadas 2 residências para funcionários sendo uma

tipo 2 e outra tipo 3. Ainda na vila sede do distrito foi concluída a obra da

secretaria distrital.

§ Foram concluídas as obras de construção de edifícios e residências nas

localidades de Mussangadze, Dunda e Nhancassoro.

§ Foram construídas 70 lages para latrinas melhoradas na localidade de Dunda.

§ No que toca as obras de estradas ao nível distrital foram construídas 3

aquedutos e 4 drifts e efectivou-se a conclusão da ponteca sobre o rio

Nhamapaco na vila sede do Distrito.

4.3 Finanças Públicas e Investimento

O financiamento do funcionamento dos Governos Distritais e das funções para eles

descentralizadas é assegurado por via de:

(i) Receitas próprias20que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao

nível Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo

Distrital; e

(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;

20 Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património

público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e

aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infraestruturas

simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;

(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e

conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)

licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de

espectáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou

outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,

concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.

Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua

administração directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d)

recolha, depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra

estruturas de lazer e gimnodesportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)

limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.

Macossa

PÁGINA35

(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo

de Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);

(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas,

educação e agricultura;

(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.

O Governo Distrital teve em 2011 a seguinte execução orçamental.

Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT)

Rubricas 2011

DESPESA TOTAL 55.210

Despesa corrente 42.301 - Despesas com pessoal 36.269 - Bens e serviços 4.640 - Outros gastos materiais 1.392 Despesa de Investimento 12.909 - Fundo de desenvolvimento distrital 7.405 - Fundo de investimentos em infraestruturas 5.504 - Fundos sectoriais descentralizados s.i.

Fonte: Ministério das Finanças, Conta Geral do Estado, 2011. No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital durante

o período total do FDD financiou e implementou 720 projectos locais de desenvolvimento,

cuja distribuição é apresentada na tabela seguinte.

Quadro 27. Projectos aprovados e implementados, 2007 a 2012 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc.

Posto Nhamagua 08 06 02 66 66 00 29 28 01 30 30 00 93 26 86 86 00

Posto Nguawala 05 05 00 19 19 00 19 19 00 08 08 00 11 05 27 27 00

Posto Macossa 20 18 02 48 48 00 29 29 00 52 51 01 78 47 63 63 00

Total 33 29 04 133 81 00 106 64 01 90 89 01 182 78 104 176 176 00

Fonte: Secretaria Distrital

O FDD tem sido uma oportunidade para a população jovem se empregar nas actividades

agrícolas, comerciais, carpintaria e outras. De 2007 a 2012, o FDD financiou um total de

720 projectos dos quais 65 são jovens. O Governo do distrito continua a sensibilizar a

camada jovem para elaborar projectos de iniciativa local de modo a promover o auto

emprego e a criação de mais postos de trabalho.

Macossa

PÁGINA36

No âmbito da construção de infraestruturas escolares, o Distrito possui 4 escolas cujas suas

obras ainda não estão concluídas. A falta do cumprimento da meta, resulta do mau

desempenho do empreiteiro.

Durante o ano de 2012, no âmbito de aplicação dos fundos de manutenção e rotina e dos

fundos direccionados ao sector agrário, foram levadas a cabo as seguintes intervenções de

construção e manutenção de estradas.

• Reabilitação da estrada que liga o posto administrativo de Nhamagua a

Nguawala com um percurso de 40km. Em parceria com operadores florestais

foram abertas 04 vias de acesso num troco de 180 km nos povoados de Catique

Nzaia, Tropa, Gundo-Correia e Chatora nos Postos Administrativos de

Macossa-Sede e Nguwala, respectivamente.

• Construção de 3 aquedutos e de 4 drifts na Localidade de Mussangadze

permitindo a circulação de pessoas e bens e conclusão se ponteca sobre o rio

Nhamapaco.

4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública

A situação geral e criminal ao nível distrital durante o ano de 2011 foi calma e tranquila,

tendo, contudo, sido registados 12 casos criminais, dos quais 9 foram esclarecidos,

contra 7 casos criminais registados no ano 2010, todos eles esclarecidos.

Pese embora o aumento em 5 casos, no tocante aos casos criminais, a situação de

criminalidade no Distrito, durante o ano de 2011, pode-se considerar calma e tranquila.

Acidentes de viação

Durante o ano de 2011 foram registados 3 acidentes de viação do tipo despiste e

capotamento, os quais tiveram como causa o excesso de velocidade. Em 2010 houve

registo de 4 acidentes de viação, que causaram 3 danos materiais avultados e 19 feridos

ligeiros.

Identificação Civil

Durante o período em análise, estes Serviços atenderam 751 pedidos de emissão de bilhetes

de identidades, contra 372 do ano de 2010. Nesta área, foi arrecada uma receita no valor de

122.880,00 MTs, contra 43.810,00 MTs do ano 2010.

Macossa

PÁGINA37

Registo Civil ACTOS 2011 2010

Assentos de nascimento 3.904 1.461

Assento de casamento 01 02

Processo de casamentos 01 02

Certidões 797 437

Assentos de óbito 12 09

Cédula 2ª via 355 225

Reconhecimentos de assinaturas 2.244 1.438

Conferências de fotocópias 2.658 1424

Procurações 01 03

Termos de autenticação 87 13

Brigadas móveis de registo de nascimento 10 08

Visitas aos Tribunais Comunitários 06 03

Revitalização dos Tribunais Comunitários 02 06

Criação de Tribunais Comunitários 01 03

Visitas às igrejas 07 10

Fonte: Relatório das Actividades realizadas pelo Governo Distrital

Tribunais Comunitários

Durante o ano em destaque, os tribunais comunitários atenderam os seguintes casos:

Tribunal Comunitário de Nhamagua---------------------------------------------------------- 15

casos;

Tribunal Comunitário de Dunda------------------------------------------------------.--------11 casos;

Tribunal Comunitário de Mapangapanga---------------------------------------------------- 05 casos;

Tribunal Comunitário de Rio dos Elefantes------------------------------------------------ 03 casos;

Tribunal Comunitário de Nguawala---------------------------------------------------------- 09 casos;

Tribunal Comunitário de Cazibete------------------------------------------------------------ 06 casos;

Tribunal Comunitário de Nhamatica--------------------------------------------------------- 06 casos;

Tribunal Comunitário de Nhabondo--------------------------------------------------

------- 04 casos;

Macossa

PÁGINA38

Tribunal Comunitário de Cumbucane------------------------------..------------------------ 11 casos;

Tribunal Comunitário de Catique-Nzaia----------------------------------------------------- 04 casos;

Tribunal Comunitário de Nhawata----------------------------------------------------------- 20 casos;

Tribunal Comunitário de Zadula-------------------------------------------------------------- 20 casos.

Dos casos supracitados, 2 foram encaminhados ao Comando Distrital da PRM, dada a sua

natureza criminal.

As minas constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à segurança da

população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em curso no país

desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação existente no país e

neste distrito mais controlada e conhecida.

4.5 Participação comunitária e apoio externo A participação comunitária tem sido essencial para suprir várias necessidades em matéria de

construção, reabilitação e manutenção de infra-estruturas, nomeadamente estradas

interiores, postos de saúde e escolas, bem como residências para professores e enfermeiros.

Para tal, o Governo Distrital tem estabelecido coordenação de acções com as ONG’s,

visando levar a efeito a reconstrução e construção de infra-estruturas com base em recursos

locais e nos programas “comida pelo trabalho” financiados pelo PMA

Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido o apoio de vários organismos de cooperação,

que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento

rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e

desenvolvimento locais.

ONG’s ACTIVIDADE SITUAÇÃO ACTUAL LOCAL PROJ. GCP/MO/BEL/027

Segurança alimentar e nutrição Em acção Todo o distrito

CRUZ VERMELHA Saúde e nutrição Em acção Todo o distrito PMA Emergência (assistência alimentar) Em exercício Todo o distrito HELEN KELLER Saúde e Nutrição/suplementação

com vitamina A e saúde escolar Em exercício

Todo o distrito

ORAM Difusão da lei de Terras e Florestas e Fauna Bravia

Em acção

PA de Nhamagua

KULIMA Desenvolvimento saúde comunitária

Em acção Todo o distrito

MOLISV Desenvolvimento comunitário e segurança alimentar

Terminado em 2001

PA’s de Macossa-sede e Nhamagua

Macossa

PÁGINA39

GPZ-VALE DO ZAMBEZE

Desenvolvimento comunitário Em acção PA’s de Macossa-sede e Nhamagua

UNICEF Desenvolvimento comunitário Terminado Todo o distrito ESP-MARRP Desenvolvimento comunitário Terminado Todo o distrito AFRICARE Desenvolvimento comunitário e

fomento de oleaginosas Terminado

Todo o distrito

PDHL/MOZ Desenvolvimento de recursos humanos e institucional

Terminado em 2000

Todo o distrito

PNPFD Programa Nacional de Planificação de Finanças descentralizadas.

Em acção Todo o distrito

4.6 Constrangimentos e Perspectivas No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os princ ipais

constrangimentos observados durante a governação dos últimos anos:

Não alocação de fundos de investimentos para manutenção das vias de acesso;

Falta de fundos de investimento para manutenção dos PS de Água e dos furos nas

aldeias;

Falta de infraestruturas de educação e saúde para a população do distrito;

Insuficiência de meios de transporte;

Insuficiência de enfermeiras de SMI nos Centros de Saúde de Mussangadze,

Nhamagua e Nguawala

Insuficiência de residências para funcionários públicos;

Insuficiência de fundos para concluir as obras paralisadas;

Falta de energia eléctrica da rede nacional (HCB);

Falta de fiscais de florestas e fauna bravia;

Insuficiência de extensionistas para prestação de assistência aos camponeses.

Falta de viaturas para a Administração e de motorizadas para locomoção dos Chefes

dos Postos Administrativos; e

Ausência de um programa de construções para atender o crescimento do aparelho

de estado.

No geral, de acordo com o Governo Distrital, as princ ipais perspec t ivas são

Garantir o cumprimento do PESOD de 2012;

Realizar visitas às comunidades no âmbito da Governação Aberta;

Realizar campanhas de sensibilização sobre a vacinação obrigatória;

Incentivar o combate às queimadas descontroladas

Macossa

PÁGINA40

Garantir a conclusão das obras dos edifícios de funcionamento e das residências dos

chefes das localidades que se encontram paralisadas; e

Realizar supervisões pedagógicas às escolas.

Expandir a iniciativa “um líder uma floresta” para os líderes comunitários do 2 e 3

escalões;

Realizar as campanhas de sensibilização sobre o combate as queimadas

descontroladas;

Continuar a sensibilizar os mutuários para o reembolso dos 7 milhões;

Conclusão do edifício da secretaria distrital;

Construção do Centro Cultural;

Construção do edifício e respectiva residência para Chefe da Localidade de Rio Dos

Elefantes;

Conclusão da abertura da estrada que liga Nhamagua á Nguawala.

Macossa

PÁGINA41

5 Actividade Económica 5.1 População economicamente activa

De um total em 2012 estimado de 38 mil habitantes, 17 mil estão em idade de trabalho

(mais de 15 anos).

Quadro 28. População segundo a condição de actividade21

Total Homens Mulheres

Total 16,965   7,754   9,211  Trabalhou 76.2%   71.6%   79.9%  Não trabalhou, mas tem emprego 0.2%   0.3%   0.2%  Ajudou familiares 2.7%   3.4%   2.2%  Procurava novo emprego 0.0%   0.0%   0.0%  Procurava emprego pela 1ª vez 0.1%   0.2%   0.0%  População economicamente activa 22 79.3% 75.6% 82.2% Doméstico(a) 5.8%   2.4%   8.5%  Somente estudante 10.2%   17.1%   4.6%  Reformado(a) 0.1%   0.1%   0.1%  Incapacitado(a) 1.1%   1.1%   1.1%  Outra 3.6%   3.6%   3.5%  População não activa 20.7% 24.4% 17.8%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Verifica-se que 79% da população de 15 anos ou mais (13.500 mil pessoas) constituem a

população economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na

PEA é inferior à feminina: 76% contra 82%.

A população não economicamente activa (21%) é constituída principalmente por mulheres

domésticas e estudantes a tempo inteiro.

21Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007. 22Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.

A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas),

incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.

Macossa

PÁGINA42

Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A distribuição da população economicamente activa indica que 89% são camponeses por

conta própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de

7% da população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam

4% da população activa feminina e 11% no caso dos homens).

Quadro 29. População activa23, ocupação e ramo de actividade, 2007

RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL

OCUPAÇÃO PRINCIPAL

Assalariados Comerciantes

& Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 6.9% 2.6% 1.3% 3.0% 2.6% 88.8% 0.2% 1.4%

- Homens 100.0% 11.4% 4.1% 2.4% 5.0% 4.1% 81.5% 0.5% 2.5%

- Mulheres 100.0% 3.5% 1.5% 0.4% 1.6% 1.6% 94.3% 0.0% 0.5% Agricultura, silvicultura e pesca 100.0% 1.6% 0.0% 0.1% 1.5% 0.0% 98.0% 0.0% 0.4% Indústria, energia e construção 100.0% 78.9% 0.5% 1.9% 76.6% 0.5% 0.5% 1.0% 19.1% Comércio, Transportes Serviços 100.0% 51.9% 35.5% 15.5% 0.9% 35.8% 1.1% 2.8% 8.4% [1]  Com  15  anos  ou  mais,  excluindo  os  que  procuram  emprego  pela  primeira  vez.  

         Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

23Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

Trabalhou  79%  

Doméscco(a)  6%  

Somente  estudante  

10%  

Outra  5%  

Macossa

PÁGINA43

Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito

é agrária, que ocupa 91% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem

tido uma importância crescente, ocupando já 7% da população activa do distrito.

Quadro 30. População activa24, ocupação e ramo de actividade, 2007

RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL

OCUPAÇÃO PRINCIPAL

Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%

- Homens 42.6% 70.6% 67.1% 80.2% 69.7% 65.5% 39.1% 91.7% 77.6%

- Mulheres 57.4% 29.4% 32.9% 19.8% 30.3% 34.5% 60.9% 8.3% 22.4% Agricultura, silvicultura e pesca 90.6% 20.7% 0.8% 6.6% 43.5% 1.2% 99.9% 8.3% 26.1% Indústria, energia e construção 2.2% 24.7% 0.4% 3.3% 54.4% 0.4% 0.0% 8.3% 29.9% Comércio, Transportes Serviços 7.3% 54.6% 98.8% 90.1% 2.0% 98.4% 0.1% 83.3% 44.0%

[1]  Com  15  anos  ou  mais,  excluindo  os  que  procuram  emprego  pela  primeira  vez.            Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

24Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

Assalariados,  6,9%  

Comerciantes  e  artesaos,  2,6%  

Camponeses,  88,8%  

Empresarios,  0,2%  

Outras,  1,4%  

Macossa

PÁGINA44

Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

5.2 Pobreza e Segurança Alimentar Este distrito apresenta uma redução no Índice de Incidência da Pobreza25 desde um nível de

77% em 1997 para 53% no ano de 200726.

Este distrito é frequentemente alvo de calamidades naturais que afectam profundamente a

vida social e económica da comunidade. Estes desastres conduzem a níveis de segurança

alimentar de risco sobretudo os camponeses de menos posses, idosos e famílias chefiadas

por mulheres, numa situação potencialmente vulnerável.

Efectivamente, dadas as tecnologias primárias utilizadas e, consequentemente, os baixos

rendimentos das culturas, a colheita principal é, em geral, insuficiente para cobrir as

necessidades de alimentos básicos, que só são satisfeitas com a ajuda alimentar, a segunda

colheita, rendimentos não agrícolas ou outros mecanismos de sobrevivência.

Nos períodos de escassez, as famílias recorrem a uma diversidade de estratégias de

sobrevivência que incluem a participação em programas de "comida pelo trabalho", a

recolha de frutos silvestres, a venda de lenha, carvão, estacas, caniço, bebidas e a caça.

25O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha

da pobreza. 26Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministério da Planificação e Desenvolvimento,

Direcc ̧a ̃o Nacional de Estudos e Ana ́lise de Poli ́ticas, Outubro de 2010(District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and

2007Based on consumption adjusted for calorie underreporting).

Agricultura,  silvicultura  e  pesca,  90,6%  

Indústria,  energia  e  construção,  

2,2%  

Comércio,  Transportes  Serviços,  7,3%  

Macossa

PÁGINA45

As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais

próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a

economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.

Para atenuar os efeitos desta situação, as autoridades distritais lançaram um plano de acção

para redução do impacto da estiagem incluindo sementes e culturas resistentes e introdução

de tecnologias adequadas ao sector familiar.

5.3 Infraestruturas de base

O distrito de Macossa e servido por uma estrada regional/secundaria N 261 que dá acesso

aos postos Administrativos, Localidades e Povoações. Na época das chuvas, porém, muitas

das vias interiores do distrito são de trânsito difícil.

A ponte sobre o rio Phandira na ER 261 está de momento transitável, encontrando-se,

porém, em avançado estado de degradação.

A principal forma de transporte do distrito é por via terrestre, por estrada ou por atalhos.

Os meios de transporte são raros no distrito.

Quadro 31. Rede de estradas

Localização Dimensão (Kms) Tipo* Transitável Reabilitada Tecnologia** Cruz.102-Murodzi 120 EN220 Sim Sim M Macossa-Nhaluíro 40 NC Sim Sim O Macossa-Nguawala 250 NC Não Não - Dunda-Nhamagua 15 NC Não Não -

Classificação: EN –Estrada Nacional; ER – Estrada Regional secundária, NC – Não Classificada, estrada rural terciária Tecnologia: M –Mecanizada; O – Trabalho Manual Fonte: Administração do Distrito

Quadro 32. Rede de estradas e estado de conservação

Estradas   Condições    EN7  cruzamento  o  limite  com  Sofala   Razoável  Dunda  a  Nhamagua   Razoável  Cruzamento  N261  á  Mussangdze   Mau  Macossa-­‐Sede  á  EN1   Razoável  Macossa-­‐Sede  á  Zvinga   Mau  Mussangdze  á  Nhaluíro   Mau  Cruzamento  á  Zamulamombe   Mau  Mussangdze  á  Ngidza   Mau  Mussangdze  á  Nhassalala   Mau  

Fonte: Ficha de Recolha de Informação do SDPI

Macossa

PÁGINA46

O distrito conta com infraestruturas de telefonia móvel da mCel e Movitel nos dois Postos

Administrativos de Macossa-sede e Nhamagua, com excepção do Posto Administrativo de

Nguawala, e de comunicações via rádio, encontrando-se rádios transmissores-receptores

instalados no Governo Distrital, Centro de Saúde e na sede do partido Frelimo.

Devido à dispersão populacional, o distrito enfrenta problemas sérios no que respeita ao

acesso a fontes de água potáve l , sendo que a maioria da população consome água

imprópria, nomeadamente de pântanos.

O distrito possui um pequeno sistema de abastecimento de água que se encontra avariado,

recorrendo actualmente os residentes a vias alternativas, como sendo a furos existentes nas

comunidades circunvizinhas.

O distrito conta com um total de 67 furos e 03 poços de água. O abastecimento de água no

distrito é feito através de furos e poços. Desde que as bombas foram montadas, nunca

beneficiaram de manutenção e reparação geral. Além disso, não há peças sobressalentes no

mercado local. Das 6 bombas instaladas, duas não estão operacionais.

Quadro 33. Fontes de Água e sua operacionalidade, 2011

Fontes de água não funcionais Fontes Funcionais

PSAA Furos Poços Furos Poços

Total do Distrito de Macossa 67 3 - - -­‐  Posto Administrativo de Macossa-Sede 31 3 31 - -­‐  Posto Administrativo de Nhamagua 32 - - - -­‐  Posto Administrativo de Nguawala 4 - - - -­‐  

Fonte: Ficha de Recolha de Informação do SDPI

O distrito possui um gerador eléctrico que funciona, normalmente, por um período de 3h

diárias, das 18h00 às 21h00. Actualmente, este gerador encontra-se avariado.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e

manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água

a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das

chuvas, tem problemas de transitabilidade.

Macossa

PÁGINA47

5.4 Uso e Cobertura da Terra Dos 959 mil hectares da superfície do distrito, estima-se em 450 mil hectares o potencial de

terra arável deste distrito. Por ser um distrito fracamente povoado não há a registar conflitos

sérios ligados à posse e acesso à terra.

Nos últimos anos, porém, têm-se registado com um certa frequência conflitos entre os

concessionários das coutadas e a população residente, já que esta se vê privada de

desenvolver actividades habituais de caça, apicultura e outras.

Outros conflitos registados são de carácter animal-homem, havendo a registar casos de

invasão das machambas por animais bravios, já que 1/3 da população vive no interior das

áreas de conservação.

Quadro 34. Uso e Cobertura da Terra Classe Área (ha) (%)

Cultivado Sequeiro 2560.65 0.27 Solo Sem Vegetação 771.22 0.08 Formação herbácea 19884.01 2.07 Moita (arbustos baixos) 4551.63 0.47 Matagal Médio 2043.98 0.21 Matagal Aberto 72281.9 7.53 Formação herbácea Arborizada 747222.67 77.88 Floresta de Baixa Altitude Aberta 110106.06 11.48 TOTAL 959422.14 100.00

Fonte : Centro Nacional de Cartogra f ia e Teledete c ção (CENACARTA).

A restante informação desta secção27 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário

realizado pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que

caracterizam a base agrícola do distrito.

27Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar tendências e os principais aspectos estruturais.

Macossa

PÁGINA48

Macossa

PÁGINA49

O distrito possui cerca de 7.250 explorações agrícolas com uma área média é de 1.9 hectare,

sendo cerca de 96% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.

Figura 14. Explorações segundo a sua utilização

Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010

Com um grau de exploração familiar dominante, 55% das explorações do distrito têm

menos de 2 hectares.

Figura 15. Explorações por classes de área cultivada

Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010

100,0%  95,5%  

62,4%  

Total   Com  culturas  alimentares   Com  árvores  de  fruta  

<    1  ha  10,4%  

1  a  2  ha  44,9%  

2  a  5  ha  42,2%  

5  a  20  ha  2,4%  

>=  20  ha  0,1%  

Macossa

PÁGINA50

Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,

têm como responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada

por mulheres a trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da

terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares.

5.5 Sector Agrário

5.5.1 Zonas agro-ecológicas O distrito de Macossa apresenta três zonas distintas:

O norte do distrito, possuindo cerca de 90 Km² de extensão, apresenta um clima

quase semi-árido;

A parte Oeste do PA de Nhamagua, com 120 Km² de extensão é dotada de maior

potencial agrícola, com solos areno-argilosos, férteis e adequados para a produção

de culturas diversas, razão pela qual é considerado o celeiro do distrito. As

precipitações variam de 700-1000 mm ao longo do ano.

A parte Este é caracterizada por escassez de recursos hídricos, precipitações

irregulares, solos pouco férteis, um clima quase semi-árido, registando a ocorrência

frequente de secas cíclicas e temperaturas elevadas e um início de chuvas tardio,

normalmente apenas nos finais de Dezembro.

5.5.2 Produção agrícola e sistemas de cultivo

De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações

familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

O sistema de produção predominante nos solos de textura pesada e mal drenados é a

monocultura de batata doce em regime de camalhões ou matutos (época fresca), enquanto

que nos solos moderadamente bem drenados predominam as consociações de milho,

mapira, mandioca e feijão nhemba. Algodão e girassol são culturas de rendimento,

produzidas em regime de monoculturas. Este sistema de produção é ainda complementado

por criações de espécies como gado bovino, caprino, e aves.

A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre

bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de

armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.

Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos

como o pousio das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas,

Macossa

PÁGINA51

estrume ou cinzas. Para além das questões climáticas, os principais constrangimentos à

produção são as pragas, a seca, a falta ou insuficiência de sementes e pesticidas.

O potencial para agricultura irrigada é muito limitado estando circunscrito aos solos

aluvionares das margens do Pungué, em particular aqueles de textura média a pesada, com

capacidades de retenção de água e nutrientes.

Na campanha 2011/2012, de um plano de 30 819,12 há, foram cultivados 25 957,30ha o

que corresponde a uma execução de 84,22%. Nestas áreas cultivadas, foram produzidas

42 961,07 toneladas de produtos diversos contra 49.495,88 toneladas da campanha anterior,

verificando-se um decréscimo na ordem de 13,2%.

Quadro 35. Produção agrícola, por principais culturas: 2011-2012

2011/12 2010/11

Cereais 15 232,72 14 545,74

Leguminosas 2 944,18 4 916,62

Tubérculos 16 609,28 25 903.83

Hortícola 1 038,85 1 416,35

Outras Culturas 387,85 4 705,75

Culturas Rendimento 2 748,75 2 438,33

Total 42 961,07 49 495,88 Fonte : SDAE 2012

5.5.3 Pecuária

O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e

algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.

Dada a existência de boas áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da

pecuária, sendo as doenças (mosca tsé-tsé) e a falta de fundos e de serviços de extensão, os

principais obstáculos ao seu desenvolvimento.

Foi introduzido algum gado bovino na zona de Dunda (PA de Nhamagua) para tracção. Os

animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos e os

cabritos.

Macossa

PÁGINA52

Efectivo Pecuário Espécie 2011

Bovinos 218

Caprinos 3,580

Ovinos 81

Suínos 588

Aves 11,342

Total 15.809 Fonte: Governo Distrital de Macossa, 2013

5.5.4 Florestas, Fauna bravia e Pescas

O recurso natural mais importante do distrito é a floresta e fauna bravia, destacando-se as

essências nativas produtoras de madeira de alto valor no mercado nacional e internacional,

nomeadamente, Panga-panga, Umbila, Chanfuta, Pau-preto, Messassa e várias outras.

É de referir que 1/3 da população vive dentro de áreas de conservação, as quais ocupam

cerca de 72% da área do distrito. É nestas áreas onde a população encontra grande parte dos

seus meios de subsistência, nelas desenvolvendo a agricultura, pesca, produção de mel,

extracção de lenha e de material de construção, produção de carvão vegetal e outras.

A exploração e aproveitamento dos recursos existentes é feita em moldes que não

beneficiam as comunidades locais, sendo de destacar os seguintes empreendimentos:

Coutada oficial n˚ 9, com uma extensão de 3.763,8 Km², área de conservação

destinada ao turismo e caça desportiva;

Coutada oficial n˚ 13, com uma extensão de 4.720,9 Km², área de conservação

destinada à prática do turismo e caça desportiva;

Fazenda de bravios “Mafuia Safaris “com uma extensão de 26.800ha, onde são

desenvolvidas actividades de conservação dos recursos faunísticos e de turismo; e

A empresa IMPEX, Lda – operador madeireiro – fazendo o corte de espécies como

a Panga-panga, Umbila e Chanfuta.

Está em curso no distrito através do projecto GPC/MOZ/027/BEL (FAO) um estudo

sobre a Segurança Alimentar e Nutricional , através da promoção da gestão sustentável dos

recursos naturais existentes, com o propósito de: Avaliar as possibilidades de formação de

Conselhos de Gestão das Coutadas; identificar mecanismos de retorno de

Macossa

PÁGINA53

20% de benefícios para as comunidades locais; e identificar como o turismo poderá

contribuir para a segurança alimentar.

A lenha é o principal combustível doméstico, sendo as espécies mais usadas, quer para lenha

ou fabricação de mobiliário a panga-panga, muroto e umbila. As estacas, caniço e capim são

também usados na construção de casas e outras construções.

As mangueiras e cajueiros são as árvores de fruta que mais crescem no distrito e cujos frutos

são consumidos localmente. A falta de sementes ou mudas, a seca, a falta de hábitos, a fraca

qualidade e a falta ou insuficiência de terra, são as principais limitações à produção de

árvores.

No que diz respeito às espécies faunísticas destacam-se os elefantes, gazelas, javalis,

macacos, cudos, changos, pala-palas, zebras, porcos-bravos e espinhos, ursos formigueiros,

cabritos do mato, leopardos, leões, búfalos e impalas.

O peixe, proveniente do rio Mucombezi, também é um complemento importante da dieta

alimentar das famílias.

5.6 Indústria, Comércio e Serviços

O comércio, a pequena indústria local (carpintaria, artesanato) e a pesca artesanal surgem

como alternativa à actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.

O distrito possui 72 unidades de processamento (muajeiras) sendo 37 no posto

administrativo de Macossa-sede, 29 no posto administrativo de Nhamagua e 6 no Posto

Administrativo de Nguwala. Os produtos processados são: Milho e mapira.

Em relação ao ano de 2011 houve um aumento de 5,9%, tendo-se passado de 68 para 72

moageiras em 2012. O distrito conta ainda com 4 padarias e 7 carpintarias.

A rede comercial é ainda incipiente, estando o mercado essencialmente a ser abastecido

pelos comerciantes informais. Existem no distrito 195 bancas fixas.

Os poucos e pequenos agentes económicos que o distrito possui enfrentam dificuldades

financeiras, já que as oportunidades de financiamento são raras, tendo apenas um pequeno

número de agentes económicos beneficiado de financiamento através do Fundo de Apoio à

Reabilitação da Economia (FARE).

A cal viva já foi explorada na zona de Zamulamombe, Localidade de Dunda, havendo

Macossa

PÁGINA54

indícios de existência de pedras semipreciosas na Localidade de Mussangadze, assim como

na montanha de Nhamachachana, na zona de Zamulamombe.

O distrito tem condições naturais para o turismo cinegético. Existem no distrito 7

estabelecimentos turísticos dos quais 4 de restauração de comidas e bebidas e 3 de

alojamento (Macossa 2, Residencial Cama e Casa Jackson) com cerca de 157 camas.

O distrito conta ainda com 2 áreas de conservação sendo Coutadas (nr 9 e 13) e fazenda do

Bravio de Mafuia Safaris.

Macossa

PÁGINA55

6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local

Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de

Desenvolvimento Distrital.

6.1 Visão

“Erradicar progressivamente a pobreza e melhorar a qualidade de vida da

população através da promoção de participação da comunidade local na

planificação e tomada de decisão. Colocar Macossa como destino de referência

na Província no desenvolvimento do turismo do interior, pelas suas atractivas

condições paisagísticas.”

6.2 Missão

“Capitalizar os recursos naturais do distrito promovendo o bem estar

económico e social das populações.“

6.3 Estratégia de desenvolvimento

Para responder aos desafios que nos impõe com vista a promoção do desenvolvimento

económico e social sustentável, bem como a melhoria da qualidade da vida da população o

Governo Distrital estabeleceu e adoptou as seguintes linhas de força estratégicas:

Valores

• Governação participativa orientada ao cidadão;

• Valorização dos recursos endógenos para o desenvolvimento local;

• Preservação da cultura local.

Objectivos Gerais

• Aumentar a capacidade do distrito na gestão sustentável dos Recursos Naturais,

humanos e financeiros;

• Coordenar e implementar as actividades de desenvolvimento;

• Contribuir para a descentralização do Aparelho do Estado;

Macossa

PÁGINA56

• Democratizar a planificação através da participação da sociedade civil;

• Promover um desenvolvimento equilibrado do distrito;

• Facilitar a angariação de fundos para a implementação de projectos de

desenvolvimento local;

• Reforçar a capacidade das instituições no distrito para a monitoria e coordenação

dos projectos de desenvolvimento.

6.4 Objectivos Estratégicos

O PEDD identifica como vectores estratégicos do distrito: o Desenvolvimento Humano e

Social, o Desenvolvimento Económico, a Boa Governação, Descentralização, Combate a

Corrupção e Cultura de Prestação de Contas, e os Assuntos Transversais.

Pilar 1: Desenvolvimento Humano e Social

Este pilar pretende alcançar maior índice da renda familiar, resultante da implementação de

iniciativas dos actores públicos e privados, de forma a reduzir o actual índice de pobreza.

Pilar 2: Desenvolvimento Económico

O Distrito vai durante os cinco anos procurar melhorar com o envolvimento das famílias

produtoras, uso de tracção animal e da maquinaria, aumentar a sua produção agrícola,

pecuária, industrial e comercial para a satisfação das necessidades alimentares dos seus

habitantes.

Pilar 3: Boa Governação, Descentralização, Combate á Corrupção e Cultura

de Prestação de Contas

É desafio do Governo Distrital nos próximo cinco anos assegurar a prestação de serviços de

qualidade aos cidadãos, elevação do nível técnico e profissional dos funcionários e agentes

do Estado.

Pilar 4: Assuntos Transversais

O uso de boas práticas ambientais e a exploração sustentável dos recursos naturais,

constituem desafios do Governo Distrital nos próximos cinco anos, desenvolvendo acções

tendentes a redução do desmatamento e aumento da área reflorestada.

Macossa

PÁGINA57

6.5 Zonas de desenvolvimento

Do ponto de vista territorial a estratégia defenida assenta na definiçao de três zonas

geográficas no distrito com problemas e pontencial diversos.

- Zona A: Compreende toda a região das Localidades de Dunda e Nhamagua-Sede.

- Zona B: Compreende as zonas do Posto Administrativo de Macossa-Sede e Localidade de

Nhacassoro (Posto Administrativo de Nguawala).

- Zona C: Compreende toda a região da Localidade de Massenguere e Nguawala-Sede.

6.6 Objectivos Específicos

• Promover o acesso e posse segura de terra infraestruturada;

• Promover o acesso à habitação condigna garantindo segurança durabilidade, estética,

conforto e saúde ao cidadão sobretudo aos jovens, funcionários e agentes do Estado;

• Desenvolver estudos e capacitar os diversos actores envolvidos nos processos

habitacionais de forma a melhorar as condições habitacionais do Distrito;

• Fortalecimento da gestão do sistema administrativo da educação aos vários níveis

particularmente nos postos administrativos, com o enfoque em assegurar

oportunidades educacionais com equidade para todos;

• Expansão do ensino com qualidade para assegurar que em 2015 todas as crianças do

Distrito tenha oportunidade de concluir uma educação básica da 7ª classe com

qualidade;

• Expansão do acesso para jovens e adultos aos programas de alfabetização e da

habilidades para a vida através da consolidação e harmonização das diferentes

intervenções;

• Expansão sustentável do ensino secundário através de sistema formal e do ensino a

distância assegurando a devida qualidade;

• Consolidação da reforma em curso no ensino técnico profissional e a expansão do

sistema formal e informal aos diferentes níveis;

• Promover a cultura e a sua contribuição no desenvolvimento social económico no

distrito;

• Preservar e valorizar o património histórico e cultural;

• Fortalecer a moçambicanidade no âmbito da unidade na diversidade;

Macossa

PÁGINA58

• Fortalecer e consolidar o movimento juvenil a nível do distrito;

• Promover a participação activa da juventude na criação de oportunidade de empregos e

auto emprego;

• Promover hábitos de vida saudável;

• Consolidar a implementação do sistema de formação de agentes desportivos;

• Consolidar o programa de desporto para o desenvolvimento no âmbito de massificação

desportivas para elevar auto estima do cidadão;

• Adoptar estratégia de intervenção para o desenvolvimento de desporto no Distrito;

• Promover a equidade no acesso aos cuidados de saúde privilegiando a saúde da mulher e

da criança e de outros grupos vulneráveis;

• Reduzir o impacto das grandes endemias como a malária, a tuberculose, o HIV/SIDA,

as parasitoses intestinais, as doenças diarreicas e outras pandemias, e contribuir para

redução das taxas de desnutrição crónicas e da desnutrição proteico-calórica e

micronutrientes;

• Intensificar as acções de promoção de saúde e prevenção contra as doenças ou acidentes

mortais, uso do tabaco, a diabete, a asma e doenças negligenciadas;

• Melhorar a rede sanitária através da expansão, reabilitação e ampliação da rede

secundária;

• Melhorada a gestão de recursos humanos, elevando o nível de humanização do serviços

com ênfase no atendimento com qualidade e na satisfação das necessidades dos utentes;

• Promover o estatuto da mulher e da sua participação na vida política, económica e

social lutando contra a descriminação da mulher;

• Promover a igualdade de direitos e de oportunidade entre o homem e a mulher na

sociedade e perante a lei;

• Promover e prestar assistência e integração social dos grupos em situação de

vulnerabilidade, particularmente, mulheres, crianças, idosos e pessoas portadoras de

deficiência;

• Divulgar a legislação estratégica de atendimento a criança, mulher pessoa idosa, pessoa

portadora da deficiência e a outros grupos em situação de vulnerabilidade;

• Melhorar infra-estruturas, o apetrechamento e a capacitação institucional administrativa;

• Promover o uso das TICs para a redução do índice da pobreza e

crescimento económico;

Macossa

PÁGINA59

• Promover mecanismos, plataforma, infraestruturas e facilidade para disseminação e

adopção de tecnologia nas comunidades locais;

• Pesquisar, preservar e divulgar a história e património da luta de libertação Nacional e

defesa da soberania;

• Promover a inserção socioeconómica dos combatentes através da formação e da

implementação de projectos de geração de rendimentos;

• Aumentar a provisão e acesso à água potável nas zonas rurais;

• Promover as potencialidade do Distrito para atracção de novos investimentos;

• Promover e atrair investimentos para o desenvolvimento rural, com particular atenção

para a agricultura, turismo, Mineração, pecuária e indústria;

• Promover e desenvolver o empresariado local com especial atenção para o

empreendedorismo juvenil, bem originado dos extractos populacionais mais pobre,

facilitando o acesso a factores de produção e tecnologias adequadas;

• Melhorar a segurança alimentar e nutricional familiar através do aumento da produção e

produtividade agrária e diversificação da produção;

• Promover o desenvolvimento do sector agrário comercial para a criação de excedentes;

• Melhorar a administração e gestão sustentável dos recursos naturais;

• Prosseguir o reforço da capacidade de fiscalização visando garantir a exploração racional

dos recursos minerais;

• Prosseguir o apoio na mineração artesanal e de pequena escala com boas práticas

ambientais, tecnológicas e incentivar que os operadores mineiros artesanais se

constituem em empresas;

• Continuar a promover e assegurar a extracção sustentável dos recursos minerais cuja

exploração seja economicamente viável;

• Continuar a expandir o acesso a energia ao menor custo possível através do alargamento

da cobertura geográfica de infra-estrutura e serviço de fornecimento de energia;

• Promover o desenvolvimento industrial com enfoque especial nas micro, pequenas e

médias industrias que explorem de forma eficaz os recursos e capacidades produtivas

disponíveis no distrito;

• Melhorar o quadro legal e institucional para o apoio a indústria;

• Promover a valorização e aumento da produção e consumo de produtos

nacionais transformados;

Macossa

PÁGINA60

• Promover o alargamento da rede comercial, virada para o abastecimento as

comunidades;

• Assegurar a qualidade dos materiais e a optimização dos sistemas construtivos garantido

o controlo dos custos de construção;

• Melhorar a transitabilidade das estradas, priorizando as que apresentam um grande

impacto no desenvolvimento socioeconómico do distrito;

• Assegurar a gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos desenvolvendo e

mantendo as infra-estruturas que garantam a disponibilidade de água para responder as

demandas de água para necessidades básicas da população, ao desenvolvimento

socioeconómico e a mitigação dos impactos negativos das secas;

• Desenvolver sistema de transporte interligados e /ou combinados seguros que sejam

suficientemente competitivos, atractivos e sustentáveis para facilitar o investimento;

• Promover o desenvolvimento dos sectores postal, telecomunicações e metrologia

visando o acesso universal, no ambiente competitivo com qualidade aceite pelos

cidadão;

• Melhorar a qualidade da provisão de produtos e serviços turísticos, através da formação

e capacitação dos agentes servidores das áreas turísticas;

• Desenvolver acções visando posicionar o distrito como destino turístico da região da

Província através da valorização de elementos histórico-culturais eventos desportivos e

promover programas de Bem Servir;

• Promover o desenvolvimento integrado das áreas prioritárias para o investimento em

turismo;

• Assegurar a harmonização das relações de trabalho com vista à paz e estabilidade social

entre os trabalhadores e empregadores;

• Assegurar a divulgação e a aplicação da legislação laboral;

• Assegurar a observância das normas de higiene e segurança no trabalho;

• Consolidar a administração pública orientada para resultados e voltada para o cidadão,

segurando que os serviços sejam prestados com qualidade e que o cidadão participe na

monitoria da qualidade de serviços que lhe são prestados;

• Assegurar a preservação da memoria institucional e o acesso aos cidadãos a informação

sobre administração pública;

Macossa

PÁGINA61

• Prosseguir a descentralização orientada para o empoderamento das comunidades locais

e consolidar os mecanismos de colaboração das autoridades comuntárias com o estado

e criar mecanismos que assegurem a Governação local participativa;

• Garantir a actualização do endereçamento e toponímia do Distrito;

• Continuar a reforçar e consolidar a Independência e autonomia do judiciário, face aos

demais órgãos do exercício do poder do Estado;

• Garantir o acesso a justiça, atravês da consolidação e alargamento dos serviços de

assistência jurídica e judiciária aos cidadãos economicamente desfavorecidos;

• Garantir o acesso a justiça, atravês da consolidação e alargamento dos serviços de

assistência jurídica e judiciária aos cidadãos economicamente desfavorecidos;

• Garantir o acesso a justiça atravês de alargamento da rede registral, resolução de

conflitos a partir da base e manuntenção da harmonia e paz social;

• Prosseguir com a construção de infraestruturas e respectivo apetrechamento para o

normal funcionamento das instituições de Administração da Justiça;

• Garantir a Ordem e Segurança de pessoas e bens, o clima de paz e a tranquilidade

públicas, bem como o combate efectivo ao crime organizado e a criminalidade em geral;

• Garantir a Ordem e Segurança de pessoas e bens, o clima de paz e a tranquilidade

públicas, bem como o combate efectivo ao crime organizado e a criminalidade em geral;

• Reforçar a prevenção e combate aos acidentes de viação;

• Prosseguir o processo da reforma da polícia de investigação Criminal (PIC);

• Modernizar os sistemas de identificação civil, garantindo a redução de tempo de espera

dos documentos de identificação, valorizando o uso das tecnologias de comunicação e

informação;

• Promoção, e capacitação dos meios de comunicação, apetrechamento e a capacitação

instituicional;

• Promover a localização, denúncia, remoção e destruição das minas anti-pessoais e

engenhos não explodidos;

• Promover e implementar estratégias e medidas de prevenção e controlo das queimadas e

desmatamento;

• Promover o Planeamento e Ordenamento Territorial nas comunidades e assegurar que

as prioridades ambientais sejam devidamente integradas nos programas

de desenvolvimento;

Macossa

PÁGINA62

• Promover a educação ambiental e difundir a pertinência da perservação do ambiente;

• Garantir a divulgação e implementação da lesgilação ambiental para o uso sustentável

dos recursos naturais e manutenção da biodiversidade;

• Evitar perdas de vidas humanas e destruição de propriedades provocadas por

calamidades naturais;

• Garantir a coordenação multi-sectorial para a implementação do Plano Director de

Prevenção e mitigação de Calamidades Naturais;

• Reduzir a taxa de novas infecções diárias de HIV e SIDA;

• Aumentar a cobertura de acções de mitigação das consequências do HIV e SIDA em

indivíduos, famílias e comunidades, com incidência particular para crianças órfãs e

pessoas com dificiências;

• Promover a equidade de género através da elevação do estatuto da mulher e da sua

participação na vida política económica e social do distrito;

• Estabilidade do consumo alimentar a todo o tempo;

• Promover a comercialização orientada para o mercado interno para a segurança

alimentar e melhoria da balança comercial;

• Melhorar a segurança alimentar e nutricional familiar através do aumento de produção,

produtividade agrária diversificação da produção e higiene alimentar;

• Expandir o capital humano, inovação e tecnologia;

• Diversificação e eficiência do capital social de desenvolvimento instituicinal;

• Boa governação e planeamento para mercado.

6.7 Problemas e Potencialidades por Pilar Estratégico

A estratégia de implementação definida deriva da análise dos problemas e potencialidades

existentes em cada área de cada um dos pilares estratégicos de intervenção e cujas

conclusões são a seguir sistematizadas.

Pilar 1: Desenvolvimento Humano e Social

- Síntese dos Problemas do Pilar

• Falta de casas para a venda de materiais de construção;

• Inexistência de técnicos formados na área de construção;

• Insuficiência de habitação em particular para jovens;

Macossa

PÁGINA63

• Longas distâncias percoridas pela população a escola mais próxima;

• Falta do ensino secundário do 2º ciclo e ensino técnico profissional;

• Alta taxa de analfabetismo;

• Insuficiência de pessoal de saúde SMI;

• População percorre longas distâncias a procura de cuidados médicos;

• Insuficiência de bombas de água nas escolas;

• Insuficiência de residências de construção convencional para professores;

• Fraca promoção da cultura local;

• Fraca iniciativa empreendedora por parte dos jovens;

• Insuficiência de emprego;

• Falta de instalação para o funcionamento do Conselho Distrital da Juventude;

• Insuficiência de infraestruturas desportivas;

• Falta de sistema de frio para a conservação de corpos na casa mortuária;

• Insuficiência de água para consumo da população e outras actividades;

• Falta de hospital distrital;

• Fraco apoio a pessoas deficientes físicos em meios de compensação;

• Falta de energia da Rede Nacional Eléctrica;

• Falta de um centro multimédia e ligação a internet;

• Deficiente saneamento do meio.

- Síntese das Potencialidades do Pilar

• Existência de recursos naturais para construção (pedra, areia, argila e calcário);

• Comunidade sensibizada sobre a importância do ensino;

• Coordenação inter-sectorial a todos os níveis;

• Matronas capacitadas;

• Existência de activistas capacitados em cuidados domiciliários;

• Património cultural rico e variado;

• Existência de talentos em várias áreas no seio dos jovens;

• Existência de espaço para a implantação de infra-estruturas desportivas;

• Comunidade sensibilizada sobre a importância de saúde;

• Mulher empreendedora;

Macossa

PÁGINA64

• Conhecimentos dos valores históricos e culturais.

Pilar 2: Desenvolvimento Económico

- Síntese dos Problemas do Pilar

• Fraca divulgação das potencialidades do distrito;

• Baixo nível de produção e produtividade agrárias;

• Desflorestamento provocado por queimadas descontroladas e abate excessivo de

árvores;

• Comercializaçao ilegal de recursos minerais;

• Elevados indices de perdas pós-colheita;

• Deficiente processamento de produtos agricolas ao nivel do distrito;

• Mineração artesanal ilegal;

• Falta de energia da Rede Nacional Eléctrica;

• Elevados custos dos combustiveis;

• Desonestidade de empreiteiros e artesãos com contratos de empreitadas;

• Falta de estabelecimento para comercialização de materiais de construção;

• Fraca qualificação dos artesãos;

• Insuficiência de transponte ao nível do distrito;

• Insegurança nas rodovias;

• Caça furtiva;

• Conflito homem fauna bravia;

• Insuficiência de postos de emprego;

• Incumprimento das normas de higeine e segurança no trabalho nas empresas.

- Síntese das Potencialidades do Pilar

• Terra arável para a prática da agricultura;

• Exitências de extensas áreas florestais com espécies faunisticas e madeireiras

diversificadas;

• Existência de recursos minerais (ouro, granadas, fluorite, água marinhas,quartz,

tentalite, morganite,cal viva e turmalinas);

• Existência de pequenas e médias empresas;

• Produção de matérias primas diversas para a transformação industrial;

Macossa

PÁGINA65

• Existência de materiais de construcão (pedra, areia e argila);

• Existência da rede da telefonia móvel e fixa;

• Existência de mão de obra activa no distrito.

Pilar 3: Boa Governação, Descentralização, Combate a Corrupção e Cultura De

Prestação de Contas

- Síntese dos Problemas do Pilar

• Fraco conhecimento da importância sobre pagamento dos impostos;

• Fraca cobertura de serviços Publicos a população

• Fraca colaboração da população na denuncia dos casos criminais e de corrupção

• Deficiente funcionamento dos Conselhos Consultivos locais;

• Falta de cadeia distrital

• Falta do tribunal judicial distrital;

• Falta de edificios para o funcionamento dos postos policiais;

• Falta da rádio comunitária;

• Falta de representantes de órgãos de informação e comunicação social.

- Síntese das Potencialidades do Pilar

• Terra arável para a prática de agricultura;

• Existência de grandes áreas florestais com diferentes espécies faunisticas e

madereiras;

• Exisência de recursos minerais (ouro, granadas, fluorite, água marinhas,quartz,

tentalite, morganite,cal viva e turmalinas)

• Existência de pequenas indústrias;

• Matérias primas diversas para a transfomação agro- industrial;

• Existência de pedra, areia e argila para construção;

• Existência da rede da telefonia móvel e fixa;

• Existência de mão de obra activa no distrito.

Pilar 4: Assuntos Transversais

- Síntese dos Problemas do Pilar

• Fraca implementação das leis do ambiente;

• Queimadas descontroladas;

Macossa

PÁGINA66

• Desmatamento;

• Vulnerabilidade da população em casos de ocorrência de calamidades;

• Fraca aderência e abandono de pacientes ao TARV;

• Prevalência do HIV-SIDA na população;

• Baixo nível de escolaridade nas mulheres em relação aos homens;

• Fraco poder económico nas mulheres em relação aos homens.

- Síntese das Potencialidades do Pilar

• Ambiente rico variado e menos explorado.

- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2010, Governo

Distrital.

- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2011, Governo

Distrital.

- CENACARTA - http://www.cenacarta.com

- Conta Geral do Estado 2011 e 2010 – Ministério das Finanças, Direcção Nacional

do Orçamento.

- District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007 - Based on

consumption adjusted for calorie underreporting - Ministério do Plano e Finanças,

Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas.

- Estrutura Tipo do Governo Distrital - Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril.

- Fichas estatísticas para o perfil distrital – Serviços Distritais

- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo agropecuário, 2009-2010.

- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Recenseamento da População de 2007.

- Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.

- Ministério da Educação, Estatísticas Escolares.

- Ministério da Saúde, Estatísticas da Saúde.

- Perfil Distrital de 2005, Ministério da Administração Estatal, Direcção Nacional da

Administração Local.

- Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital, Governo Distrital (Plano para

cinco anos)

- Regulamento da Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2010,

Governo Distrital.

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,

Governo Distrital.

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,

SDAE

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,

SDPI

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,

SDSMAS

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,

SDEJT

- Relatório sobre Pobreza e Bem-estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional

(Outubro de 2010), Ministério do Plano e Finanças, Direcção Nacional de Estudos e

Análise de Políticas.

- Revista de Marketing Territorial – Ministério da Administração Estatal, Direcção

Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural.

 

Macossa

PÁGINA67

A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma natureza

informativa.

Copyright © 2012 Ministério da Administração Estatal

Todos os direitos reservados.

Publicado por

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL

Direcção Nacional de Administração Local

Maputo - Moçambique

Primeira edição, primeira impressão 2012

Esta publicação está disponível na Internet em http://www.portaldogoverno.gov.mz