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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
Edição 2014
PERFIL DO DISTRITO DE PEBANE
PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA
GILE ILE
PEBANE
MILANGE
MOCUBA
MOPEIA
MORRUMBALA
GURUE
LUGELA
CHINDE
ALTO_MOLOCUE
MAGANJA_DA_COSTA
NICOADALA
NAMARROI
NAMACURRA
INHASSUNGE CIDADE_DE_QUELIMANE
Pebane
PÁGINAi
A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma natureza informativa.
Copyright © 2012 Ministério da Administração Estatal
Todos os direitos reservados.
Publicado por
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL
Direcção Nacional de Administração Local
Maputo - Moçambique
Primeira edição, primeira impressão 2012
Esta publicação está disponível na Internet em http://www.portaldogoverno.gov.mz
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Índice ________________________________________________________________________________________________
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Índice
Prefácio v
Siglas e Abreviaturas vii
1 Breve Caracterização do Distrito 1 1.1 Localização, Superfície e População 1 1.2 Clima, Relevo, Hidrografia e Solos 1 1.3 Recursos Naturais 4 1.4 Infraestruturas 7 1.5 Economia e Serviços 8 1.6 História, Cultura e Sociedade 10
2 Demografia 11 2.1 Estrutura etária e por sexo 11 2.2 Traço sociológico 12 2.3 Analfabetismo e Escolarização 14
3 Habitação e Condições de Vida 15
4 Organização Administrativa e Governação 19 4.1 Governo Distrital 19 4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais 22 4.2.1 Secretaria Distrital 22 4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas 23 4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural 24 4.2.2.2 Indústria, Comércio e Turismo 28 4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 28 4.2.3.1 Educação 29 4.2.3.2 Cultura 32 4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 35 4.2.4.1 Saúde 35 4.2.4.2 Acção Social 36 4.2.4.3 Género 37 4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 40 4.2.5.1 Ordenamento Territorial 41 4.2.5.2 Gestão e Educação Ambiental 41 4.2.5.3 Infraestruturas 43 4.3 Finanças Públicas e Investimento 44 4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública 45 4.5 Constrangimentos e Perspectivas 47
5 Actividade Económica 49 5.1 População economicamente activa 49 5.2 Pobreza e Segurança Alimentar 52
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Índice ________________________________________________________________________________________________
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5.3 Infraestruturas de base 53 5.4 Uso e Cobertura da Terra 54 5.5 Sector Agrário 57 5.5.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo 57 5.5.2 Pecuária 58 5.5.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia 59 5.6 Indústria, Comércio e Serviços 60
6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local 61 6.1 Visão 61 6.2 Missão 61 6.3 Síntese das Potencialidades e Problemas 61 6.4 Estratégia de desenvolvimento 67 6.4.1 Pilares de desenvolvimento 67 6.4.2 Objectivos e Acções Estratégicas por áreas de actividades 67
Lista de quadros
Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012 11 Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 11 Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão 12 Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 12 Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil 12 Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 12 Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 14 Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 14 Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade 15 Quadro 10. Tipo de habitações 15 Quadro 11. Habitações segundo o material de construção 16 Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia 18 Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 18 Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 29 Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 29 Quadro 16. Taxas de escolarização 30 Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2011 31 Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 31 Quadro 19. Indicadores de cuidados de saúde, 2011 35 Quadro 20. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 37 Quadro 21. População deficiente, 2007 37 Quadro 22. População portadora de deficiência, segundo a causa 37 Quadro 23. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 39
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Índice ________________________________________________________________________________________________
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Quadro 24. Execução orçamental (em ‘000 MT) 45 Quadro 25. População segundo a condição de actividade 49 Quadro 26. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 50 Quadro 27. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 51 Quadro 28. Uso e Cobertura da Terra 54 Quadro 29. Produção agrícola, por principais culturas: 2010-2012 58 Quadro 30. Efectivo Pecuário 58 Quadro 31. Produção do Pescado (tons) 59
Lista de figuras
Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna ........................................ 14 Figura 2. Tipo de habitações ................................................................................................. 16 Figura 3. Habitações segundo o material de construção .................................................. 17 Figura 4. Habitações e condições básicas existentes ......................................................... 17 Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado ......................... 30 Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ........................... 32 Figura 7. Quadro epidémico, 2011 ....................................................................................... 36 Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos .............................................................. 38 Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ............................. 39 Figura 10. População segundo a posição no trabalho e sexo ........................................... 40 Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade ................................. 50 Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal ............................................ 51 Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade ............................................ 52 Figura 14. Explorações segundo a sua utilização ............................................................... 56 Figura 15. Explorações por classes de área cultivada ........................................................ 56
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Siglas e Abreviaturas
APEs Agentes Polivalentes Elementares
BCI Banco Comercial e de Investimentos
BIM Banco Internacional de Moçambique
CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique
CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção
CFM Caminhos de Ferro de Moçambique
CGRN Comité de gestão de recursos naturais
CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária
CL’s Conselhos Locais
CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA
COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis
DNAL Direcção Nacional da Administração Local
DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento
DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação
DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças
DPS Direcção Provincial de Saúde
DTS Doença de Transmissão Sexual
EDM Electricidade de Moçambique
EN Estrada Nacional
EN1 Estrada Nacional nº 1
EP1 Ensino Primário do 1º Grau
EP2 Ensino Primário do 2º Grau
EPC Escola Primária Completa
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ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo
ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo
ET Ensino Técnico
FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital
GD Governo Distrital
IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar
IFP Instituto de Formação de Professores
INE Instituto Nacional de Estatística
IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária
ITS’s Infecções de Transmissão Sexual
LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado
MAE Ministério da Administração Estatal
Mcel Moçambique Celular
MF Ministério das Finanças
MINAG Ministério da Agricultura
MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento
ONGs Organizações Não Governamentais
ORAM Organização de Ajuda Mútua
PA Posto Administrativo
PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta
PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas
PQG Programa Quinquenal do Governo
PRM Polícia da República de Moçambique
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PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água
SD Secretaria Distrital
SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas
SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas
SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública
STV Soico Televisão
TDM Telecomunicações de Moçambique
VODACOM Operadora de telefonia móvel
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1 Breve Caracterização do Distrito
1.1 Localização, Superfície e População
O distrito de Pebane localiza-se no Nordeste da província da Zambézia, sendo limitada a
Norte pela Província de Nampula através do distrito de Moma, a Sul com o Distrito de
Gilé, a Oeste com os Distritos de Ile e Maganja-da-Costa e a Este pelo Oceano Índico.
A superfície do distrito1 é de 10.136 km2 e a sua população está estimada em 211 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 20,8
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 244 mil habitantes.
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (47%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 97% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 97 do masculino) e uma taxa de urbanização do distrito é
de 8%, concentrada na Vila de Pebane.
1.2 Clima, Relevo, Hidrografia e Solos
Solos
O Distrito de Pebane, reveste-se, na sua maioria, de solos não consolidados compostos por
sedimentos compactados do Quaternário e depósitos recentes, sendo, na sua maioria,
arenosos, impermeados, com fracções de argila.
Os solos arenosos ocupam a maior parte do Distrito, são muito profundos, bem drenados e
pouco férteis, sendo propícios para a plantação de coqueiros, batata-doce e leguminosas,
bem como para pastagens.
Os solos franco-argilosos, que se localizam à medida que se afastam da zona sub-litoral para
o interior junto às margens dos rios, caracterizam-se por serem facilmente arrastados pelas
águas das chuvas, originando erosão e a formação de pequenas lagoas. São solos férteis, pelo
que são aptos para a cultura de cereais, em especial o arroz e o milho, tubérculos e
leguminosas.
1 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
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Tipos de Solo
Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infraestrutura
Em todo o Distrito predomina o clima tropical húmido, com duas estações bem distintas,
sendo uma quente e chuvosa que vai de Agosto a Março e outra fresca e seca, de Abril a
Julho. É caracterizado por possuir temperaturas elevadas, com a média anual superior a 20º
C e precipitação abundante, com média anual de 1.400 mm. A humidade é alta chegando a
atingir os 90 a 100% na época quente e de chuvas.
Clima e Temperatura
Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infraestrutura
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Relevo
A estrutura geológica do Distrito de Pebane assenta-se sobre as formações de dunas
arenosas que cobrem por completo o soco cristalino da formação do Fingoé na sua faixa
costeira, composto por segmentos marinhos de diferentes períodos geológicos, desde o
quaternário até ao presente. Nesta zona predominam os solos arenosos e franco argilosos.
No interior são localizadas zonas onduladas sobre rochas antigas, como é o caso do Monte
Domingos, localizado na localidade de Malema, com cerca de 800m de altitude (o ponto
mais elevado do Distrito) e outras de menor altitude.
Relevo
Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infraestrutura
Hidrografia
A rede hidrográfica do distrito de Pebane é composta por 7 principais rios, nomeadamente,
Muniga, Ligonha, Molocué, Mulela, Namanué, Malema e Lice, todos eles com as suas
nascentes localizadas nas terras altas do interior da Província da Zambézia.
Dadas as características do clima do Distrito, os rios são de regime periódico, sendo
caudalosos na época das chuvas, por vezes galgando as suas margens, e quase secos no
período fresco.
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São rios que oferecem enormes potencialidades, quer da fauna nela contida, quer por
fornecerem água para o consumo da população e para a irrigação, bem como para a
instalação de represas e barragens para a produção de energia eléctrica.
Rede hidrografia
Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infraestrutura
1.3 Recursos Naturais
Subsolo
Ao longo da região costeira do Distrito existem ocorrências de areias pesadas ricas em
tantalite, as quais foram licenciadas para exploração à GENBIQUE, sediada em Moebase,
localidade de Alto Maganha, Posto Administrativo de Mulela.
Além disso, há ocorrências de calcário, que ainda não está a ser explorado, bem como de
pedras ornamentais e semipreciosas, localizadas em Naburi.
Meio Ambiente
O distrito tem sofrido de efeitos ciclónicos na sua parte costeira, que tem provocado
destruições de casas, machambas e vias de acesso, o que obriga que o ordenamento da vila
seja alterado em relação ao meio ambiente. É notório, ao longo da orla marítima, o
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desmatamento de mangais, o fecalismo a céu aberto, a erosão, abate de árvores e queimadas
descontroladas.
No geral, o conjunto de problemas ambientais de Pebane não foge muito daqueles que se
observam na maioria dos Distritos da Província, em geral, e dos Distritos costeiros, em
particular, destacando-se:
• Empobrecimento do solo devido às queimadas descontroladas;
• Erosão que é agravada pela existência de um sistema de drenagem inadequado para
condução das águas fluviais;
• Ocupação desordenada dos espaços e exploração descontrolada dos recursos nas dunas
e ao longo da orla marítima e no declive;
• Extinção de algumas espécies marinhas e faunísticas.
Floresta e Fauna bravia
Floresta
A floresta estende-se do rio Muniga ao Rio Ligonha (prolongamento da reserva do Gilé) no
extremo norte do distrito, predominando o Pau-ferro, Murroto, Mucarala, Mugonha,
Chanfuta, Jambire, Umbila, Pau-rosa (espécie protegida), Sândalo, Mbaua, Mondzo, entre
outras.
Entre as árvores do mangal existentes, as espécies mais predominantes são: Rizophora,
Mucronata e Avicênia (tradicionalmente conhecidos por Napere, Musso e Mulomassi).
O Distrito é potencialmente rico em madeira de diversas espécies, com destaque para a
Umbila, Pau-ferro, Mondzo, Jambire, Chanfuta, entre outras exploradas em regime de
concessão e licenças simples.
A lenha e o carvão são as fortes fontes de energia para o uso doméstico. A elevada idade das
árvores e as pragas são as maiores limitações à sua produção. É grande o potencial das
árvores regionais, tal como o napere e o mauhari.
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Cobertura Vegetal
Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infraestrutura
Fauna bravia
A fauna bravia do Distrito tem um potencial turístico bastante invejável. As espécies
abundantes são: Gazelas e pala-pala, a hiena, o cudo, o hipopótamo e o chango, leões,
elefantes, cabritos do mato, zebras, leopardos, macacos, raposas, porcos-espinhos, javalis,
coelhos, hienas, palavis, cobras, crocodilos, cágados e tartarugas fluviais.
Recursos Minerais
O Distrito possui algumas regiões ricas em minérios nas zonas de Malema (águas marinhas),
Tomeia (pedras semipreciosas). Desde a retirada das primeiras amostras até ao presente
momento nada foi feito.
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Zonas de Ocorrência de Recursos Minerais
Fonte: Serviço Distrital de Planeamento e Infraestrutura
1.4 Infraestruturas
O distrito de Pebane é servido por transporte rodoviário e marítimo. A reabilitação de
estradas terciárias terá um impacto importante em vários sectores de actividade,
intensificando a circulação de bens e pessoas, a comercialização agrícola e o escoamento do
pescado.
O distrito de Pebane tem alguns transportadores semicolectivos de passageiros, frota que é
complementada por outros provenientes dos distritos de Mocuba e Cidade de Quelimane.
Esta escassez faz com que os transportes de passageiros sejam, muitas vezes, aproveitados
para transporte de carga.
O Distrito conta com 3 antenas de telefonia móvel (2 da Mcel e 1 da Vodacom), 1 rádio
comunitária, 15 rádios de comunicação, dos quais 6 avariados e 9 operacionais, 1 cabine fixa
e 13 ligações da TDM.
Em curso a montagem da antena da nova operadora (Movitel) em Magiga, estando na fase
de montagem dos pilares.
O Distrito conta com 242 fontes de água das quais 215 operacionais e 27 avariadas. Com a
construção de 7 novas fontes e reabilitação de 24, permitiu alcançar uma taxa de cobertura
de 56,6%.
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O número de fontes aumentou para 243 com a abertura de um fontenário público na
residência do representante da Autoridade Tributária.
No âmbito do fundo de águas ao nível da Província, o Distrito beneficiou de uma
reabilitação de 7 fontes, reduzindo, assim, o número de fontes avariadas para 20 fontes.
A comunidade tem participado na limpeza e conservação das fontes de água, e contribuído
com dinheiro para a compra de peças sobressalentes. Um dos maiores constrangimentos do
sector é a falta de equipamento para a abertura de furos.
Em 2010, o Distrito realizou a expansão da rede eléctrica para o Bairro Ressuel-ma, tendo,
ainda, sido plantados postos de média tensão (8) e de baixa tensão (105), montados cabos e
acessórios nos Postes de Baixa e Média Tensão e PT’s com a capacidade de 32 KVA’s,
beneficiando 351 novos consumidores. Além dos novos clientes mencionados registaram-se
331 novos clientes, que elevou o número de consumidores para um total de 1.524.
Há, ainda, a assinalar a instalação de um gerador eléctrico com capacidade de 82 KVAs, no
Posto Administrativo de Naburi.
O distrito possui 149 escolas (das quais, 95 do ensino primário nível 1), e está servido por
13 unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do
Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se conclui dos
seguintes índices de cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 16.215 pessoas;
Uma cama por 2.703 habitantes; e
Um profissional técnico para cada 5.700 residentes.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitabilidade.
1.5 Economia e Serviços
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. De
um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares
em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
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A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre
bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de
armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.
Devido à grande variação na data de início do período de crescimento e, portanto, na data
de sementeira, e dado que o período de crescimento é de pequena duração, os camponeses
recorrem ao uso de variedades de ciclo curto.
O sistema de produção mais frequente na região é dominado pela cultura da mandioca, por
vezes consociada com a mexoeira. A castanha de cajú é uma das principais fontes de
rendimento familiar. Este sistema de produção é ainda complementado pela cultura de
amendoim nos solos arenosos e arroz nos solos hidromórficos. É de assinalar ainda que ao
longo da faixa costeira é comum o cultivo do coqueiro.
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
Dada a existência de áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da pecuária,
sendo as doenças e a falta de fundos e de serviços de extensão, os principais obstáculos ao
seu desenvolvimento.
O distrito é potencial em madeira de diversas espécies, com destaque para a Umbila, Pau-
ferro, Mondzo, Jambire, Chanfuta, entre outras, exploradas em regime de concessão e
licença simples. O número de operadores florestais cresce de ano para ano. A lenha e o
carvão são as fontes de energia mais utilizadas para uso doméstico. O distrito de Pebane
enfrenta problemas de erosão.
O distrito tem potencialidades para a produção de cajueiros e coqueiros, sendo que a
elevada idade das árvores e as pragas são as maiores limitações à sua produção. É grande o
potencial das árvores indígenas, tal como o napere e o macuhari. Os paus de mangal são
muito usados na construção e produção de carvão.
A caça é um suplemento alimentar importante das famílias do distrito. As espécies mais
caçadas são as gazelas e pala-palas. Sendo um distrito litorâneo, o peixe está, naturalmente,
incluído nos hábitos alimentares das famílias.
A par da agricultura, a pesca é outra actividade principal do distrito, sendo exercida por
pescadores artesanais em regime individual e/ou em associações.
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A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
1.6 História, Cultura e Sociedade
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital.
No Distrito funcionam 3 Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos
pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes
envolvem os membros dos 14 Conselhos Consultivos de Localidade.
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do
PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,
bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local, e
projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são
submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.
No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias, de
acordo com as entidades distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do mesmo
em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoações, tendo sido
envolvidas todas as camadas sociais. Este trabalho culminou com a legitimação pelas
respectivas comunidades dos Líderes Comunitários e com o seu reconhecimento pela
autoridade competente.
A relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído
para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos
de terras existentes no distrito.
A população, mobilizada pelas autoridades comunitárias, participa activamente na abertura
de estradas terciárias, que tem facilitado o escoamento dos excedentes agrícolas, na
construção de escolas com material precário, casas para alguns Presidentes das Localidades e
enfermeiros, na conservação de fontes de água, na denúncia de malfeitores e na localização
de terrenos para vários fins socioeconómicos e culturais, sempre que necessário.
A religião dominante é a Muçulmana, praticada pela maioria da população do distrito.
Existem outras crenças no distrito, sendo prática corrente que os representantes das
hierarquias religiosas se envolvam, em coordenação com as autoridades distritais, em várias
actividades de índole social.
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2 Demografia222 A superfície do distrito3 é de 10.136 km2 e a sua população está estimada em 211 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 20,8
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 244 mil habitantes.
2.1 Estrutura etária e por sexo A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (47%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 97% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 97 do masculino) e uma taxa de urbanização do distrito é
de 8%, concentrada na Vila de Pebane.
Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012
TOTAL Grupos etários
0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais Distrito de Pebane 210,793 39,153 60,326 84,513 20,426 6,375 Homens 103,939 19,789 30,646 39,180 10,909 3,416 Mulheres 106,854 19,364 29,680 45,334 9,517 2,960 P.A. de Pebane Sede 69,318 11,821 19,284 28,721 6,832 2,660 Homens 33,683 5,846 9,718 13,256 3,512 1,350 Mulheres 35,635 5,970 9,567 15,464 3,315 1,319 P. A. de Mulela (Mualama) 73,758 14,521 21,444 29,220 6,836 1,737 Homens 36,555 7,464 10,912 13,465 3,757 957 Mulheres 37,207 7,063 10,532 15,754 3,083 776 P. A. de Naburi 67,718 12,811 19,598 26,573 6,758 1,979 Homens 33,702 6,480 10,016 12,458 3,640 1,108 Mulheres 34,012 6,331 9,581 14,116 3,119 865 Fonte : INE, Dados do Censo de 2007.
Das pessoas residentes no distrito, 94% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos
de migração baixos.
Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento Local de Nascimento
No próprio distrito
Noutro distrito da mesma província
Noutra Província
Total 93.5% 2.7% 3.8% -‐ Homens 92.9% 2.8% 4.3% -‐ Mulheres 94.1% 2.6% 3.2%
2 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 3 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
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Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
2.2 Traço sociológico
Das 51 mil famílias4 do distrito, o tipo sociológico familiar principal é o nuclear com filhos
(44%), isto é, com um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 4.1 membros.
Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão % de agregados, por dimensão
1 - 2 3 - 5 6 e mais
23.5% 52.9% 23.6% Fonte : INE, Dados do Censo de 2007 e Pro je c ções g lobais da população .
Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR
Unipessoal Monoparental (1) Nuclear
Alargado (2) Masculino Feminino Com filhos Sem filhos
7.7% 1.7% 9.7% 44.1% 9.4% 27.4%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 1) Família com um dos pais. 2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.
Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm crença religiosa, dominada pela
religião Islâmica.
Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil Com 12 anos ou mais, por Estado civil
Total Solteiro Casado ou
união Separado/ Divorciado Viúvo
100.0% 23.2% 67.6% 5.0% 4.2%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. Tendo o Elomwe como língua materna dominante, constata-se que 36% da população do
distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este
domínio predominante nos homens, dada a sua maior inserção na vida escolar e no
mercado de trabalho.
Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo
TOTAL GRUPO ETÁRIO
5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% Elomwe 57.5% 59.9% 57.9% 54.1% 54.3% 57.5% Echuabo 0.7% 0.5% 0.4% 0.7% 1.0% 0.9% Emakhuwa 22.0% 22.3% 19.7% 21.7% 21.6% 22.6% Português 5.3% 3.2% 7.8% 8.5% 6.7% 4.5% Outras 14.6% 14.0% 14.2% 15.0% 16.3% 14.5%
4 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.
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Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007.
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Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português
Sabe falar Português Não sabe falar Português
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 35.5% 48.0% 23.6% 64.5% 52.0% 76.4%
5 - 9 anos 15.7% 17.0% 14.3% 84.3% 83.0% 85.7%
10 - 14 anos 45.9% 48.8% 42.7% 54.1% 51.2% 57.3%
15 - 44 anos 55.1% 70.3% 41.7% 44.9% 29.7% 58.3%
45 anos ou mais 37.4% 57.1% 19.2% 62.6% 42.9% 80.8%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca .
2.3 Analfabetismo e Escolarização
Com 34% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa
de escolarização normal, constatando-se que 56% dos seus habitantes declararam no Censo
2007 que frequentavam ou já frequentaram antes a escola, ainda que maioritariamente
somente até ao nível primário.
Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 Taxa de analfabetismo TOTAL Homens Mulheres Total 66.4% 48.4% 82.8% 15 - 19 anos 47.9% 31.8% 62.2% 20 - 24 anos 62.1% 40.8% 77.0% 25 - 29 anos 70.2% 51.2% 85.3% 30 - 44 anos 67.9% 48.2% 86.6% 45 anos ou mais 76.9% 60.7% 95.4% P.A. de Pebane Sede 63.1% 46.0% 78.3% P. A. de Mulela (Mualama) 64.1% 45.1% 81.6% P. A. de Naburi 72.3% 54.5% 89.0%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Elomwe, 57,5%
Echuabo, 0,7%
Emakhuwa, 22,0%
Português, 5,3%
Outras, 14,6%
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3 Habitação e Condições de Vida555 As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e
o acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do
nível de vida das famílias. As características do parque habitacional duma sociedade
constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento socioeconómico.
Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade
Total de Habitações 100.0% -‐ Próprias 94.6% -‐ Alugadas 0.9% -‐ Cedidas ou emprestadas 3.2% -‐ Outro regime 1.3%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A maioria (95%) das cerca de 51 mil habitações6 existentes no distrito são de propriedade
própria. O tipo de habitação dominante é a palhota (98%). A casa mista, que é um tipo de
habitação que combina materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal,
representa 2% do parque habitacional do distrito.
Quadro 10. Tipo de habitações
Casa convencional7 ou apartamento8 0.2% Casa mista9 1.6% Casa básica10 0.5% Palhota11, casa improvisada12 e outras 97.7% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
5 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 6 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007. 7Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e
construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Pode ser de rés do chão,
mais de 1 ou 2 pisos. 8Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade
habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos. 9Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão),
materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc.) e adobe. 10Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com
materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de
quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água). 11Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,
caniço, adobe, paus maticados, etc.). 12Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de
árvores, etc.
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Figura 2. Tipo de habitações
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do
distrito, verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:
• O principal material usado nas paredes das casas é o bloco de adobe (55%) e
caniço/paus (44%);
• O principal material usado na cobertura das casas é capim ou palha (98%); e
• O principal material usado no pavimento das casas é adobe (85%).
Quadro 11. Habitações segundo o material de construção
Em % Total Urbano Rural Paredes 100.0% 100.0% 100.0% -‐ Blocos de cimento ou tijolo 0.8% 4.3% 0.5% -‐ Blocos de adobe 54.9% 92.1% 51.8% -‐ Caniço / Paus 44.1% 3.5% 47.5% -‐ Madeira / Zinco 0.0% 0.0% 0.0% -‐ Outro material 0.2% 0.1% 0.2% Cobertura 100.0% 100.0% 100.0% -‐ Chapas ou telhas 2.2% 11.6% 1.4% -‐ Laje de betão 0.0% 0.1% 0.0% -‐ Capim ou outro material 97.8% 88.3% 98.6% Pavimento 100.0% 100.0% 100.0% -‐ Cimento, parquet ou mosaico 3.0% 18.6% 1.6% -‐ Adobe 85.3% 80.6% 85.7% -‐ Sem nada 11.8% 0.8% 12.7%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Casa convencional
ou Apartamento ,
0,2%
Casa mista , 1,6% Casa básica ,
0,5%
Palhota , 97,7%
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Figura 3. Habitações segundo o material de construção
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações segundo o
grau de acesso aos serviços básicos.
• A principal fonte de energia usada pelas famílias é o petróleo (58%);
• Cerca de 21% das famílias tem acesso a fontes de água potável13; e
• Cerca de 1% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados14.
Figura 4. Habitações e condições básicas existentes
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
13Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba. 14Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.
0,8%
54,9% 44,1%
0,0% 2,2%
97,8%
3,0%
85,3%
11,8%
Casas com energia
eléctrica, 0,7%
Casas que usam fontes de água
potável, 20,7%
Casas com sistemas de saneamento melhorados,
1,2%
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Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia
HABITAÇÕES E CONDIÇÕES BÁSICAS EXISTENTES TOTAL Casa convencional
Casa mista
Casa básica Palhota
ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Electricidade 0.7 15.5 5.4 8.8 0.5 Gerador/placa solar 0.2 11.3 2.0 6.9 0.1 Gás 0.2 0.0 0.1 0.0 0.2 Petróleo/parafina/querosene 58.3 47.4 57.0 45.9 58.4 Velas 4.8 14.4 19.3 23.8 4.4 Baterias 0.2 2.1 0.5 0.3 0.1 Lenha 34.1 8.2 12.7 14.4 34.6 Outras 1.6 1.0 2.9 0.0 1.6 ÁGUA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Água canalizada 0.1 33.0 0.3 0.6 0.1 - dentro da casa 0.1 30.9 0.0 0.0 0.0 - fora de casa 0.1 2.1 0.3 0.6 0.1 Não-canalizada 99.9 67.0 99.7 99.4 99.9 - fontenário 1.5 0.0 1.2 6.3 1.5 - poço/furo protegido c/ bomba 19.0 28.9 53.8 65.9 18.1 - poço sem bomba 66.5 32.0 36.4 25.3 67.3 - rio/lago/lagoa 11.4 6.2 6.1 1.3 11.5 - chuva 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 - mineral 0.0 0.0 0.0 0.3 0.0 - outros 1.5 0.0 2.1 0.3 1.5 SANEAMENTO 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Retrete ligada a fossa séptica 0.1 13.4 0.3 9.7 0.0 Latrina melhorada 0.3 3.1 2.8 14.7 0.1 Latrina tradicional melhorada 0.7 5.2 5.3 11.6 0.6 Latrina não melhorada 8.0 26.8 33.2 19.1 7.5 Não tem retrete/latrina 90.8 51.5 58.4 45.0 91.7
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias
residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte.
Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis Casa
própria Rádio Televisor Telefone
fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta Nenhum
bem
94.6% 44.6% 0.6% 0.2% 0.0% 0.1% 1.4% 46.1% 37.9% Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Constata-se que, exceptuando a casa própria, 38 por cento das famílias não possuem
nenhum dos bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.
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4 Organização Administrativa e Governação O distrito tem três Postos Administrativos: Pebane-Sede, Mulela e Naburi que, por sua vez,
estão subdivididos em 14 Localidades.
PEBANE
QUICHANGA
IMPACA
MAGIGA
NICADINE
MULELA MUALAMA
MULELA - SEDE
ALTO MAGANHA
MALEMA
MUCOCORO
NAMANLA
NABURI
NABURI - SEDE
MIHECUE
NAMAHIPE
TOMEIA
TXALALALANE
4.1 Governo Distrital
O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003
de 19 de Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:
• Actividades Económicas;
• Saúde, Mulher e Acção Social;
• Educação, Juventude e Tecnologia; e
• Planeamento e Infraestruturas.
De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº
6/2006 de 12 de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é a que é apresentada em
seguida.
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PÁGINA21
Estrutura Tipo do Governo Distrital
Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril
Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:
• Tribunal Judicial;
• Registo e Notariado;
• Comando Distrital da PRM;
• Procuradoria Distrital da República;
• Alfândegas;
• Migração;
• SISE.
Com um total de 1.179 funcionários os Agentes do Estado apresentam a seguinte
distribuição por categorias profissionais:
Técnicos Superiores 11
Técnicos Médios 415
Técnicos Básicos 585
Técnicos Elementares 168
Os 1.179 funcionários em 2011 do pessoal da Administração Distrital apresentam a seguinte
distribuição por serviços:
• 63 no Gabinete do Administrador/ Secretaria Distrital (GA/SD);
• 941 no Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia (SDEJT);
• 130 no Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS);
• 8 no Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE);
• 9 no Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas; e
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• 6 no Registo e Notariado.
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital.
No Distrito funcionam 3 Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos
pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes
envolvem os membros dos 14 Conselhos Consultivos de Localidade.
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do
PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,
bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local, e
projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são
submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.
No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital,
foram institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e
Distrito), Balcão de Atendimento Único Distrital (BAUD), descentralizados os
investimentos no distrito, tramitados os expedientes para a nomeação de directores dos
serviços distritais bem como dos chefes de Localidade.
A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e
Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e
subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador
Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de
Quarteirões e Chefes de Blocos.
4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-
se as principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o
desenvolvimento social e económico do distrito.
4.2.1 Secretaria Distrital
A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo
Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar
assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos
humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo
das actividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios
de análise de actividades do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência
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PÁGINA23
técnica e administrativa necessária ao funcionamento dos postos administrativos, localidades
e povoações.
Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital
Fonte: MAE/DNAL.
4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
a promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção
alimentar e de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária
de tanques carracicidas; (d) a emissão de licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem
como o combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a
divulgação do potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da
pequena indústria e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de
licenciamento de actividades económicas, licenciar actividades comerciais e emitir licenças
turísticas; (i) efectuar o recenseamento das actividades de artesanato; e (j) promover
mecanismos de financiamento das actividades produtivas.
Decisões Presidenciais
• No âmbito de programa “um aluno uma planta” foram registadas um total de 42.112
plantas de diversas variedades (cajueiros, mangueiras, acácias eucaliptos e casuarinas) das
48.756 planificadas, registando-se um cumprimento de 86%;
• O Distrito conta com 61 florestas comunitárias novas, para um total de 277 autoridades
do 1º , 2º e 3º Escalões;
• Foram pavimentados 320 metros para o combate à poeira nos edifícios do Governo do
Distrito, frente à Residência da Administradora do Distrito e em frente da Secretaria do
Posto Administrativo de Mulela;
• Está em curso, a pavimentação de 300 metros na estrada principal da Vila Sede do
Distrito;
SecretariaGeral
Repartição de Planificaçãoe Desenvolvimento Local
Secretário PermanenteDistrital
Repartição deFinanças
Repartição de Administração Locale Função Pública
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• Foram construídas 14 Caleiras e igual número de Cisternas;
• Ao nível de planeamento físico, o Distrito conta com uma área demarcada pelo
DINAPT (Direcção Nacional de Planeamento Territorial) de 3,5ha para a construção de
habitações para funcionários, no Posto Administrativo de Naburi, na Localidade Sede; e
• Foi identificado um espaço para a construção de casas para funcionários na Localidade
de Alto Maganha, com capacidade para 100 talhões.
4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural
No distrito de Pebane não são reportados conflitos significativos pela posse da terra ou de
outros recursos naturais, como água, lenha ou áreas de pastagem.
O distrito de Pebane tem disponíveis cerca de 99.850ha de terra arável, dos quais só estão a
ser aproveitados 49.480ha, o correspondente a 49% da área. A restante área é ocupada com
culturas de rendimento: o coqueiro e o cajueiro.
De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em regime de consociação de
culturas com base em variedades locais e, em algumas regiões, com o recurso à tracção
animal e tractores.
O distrito de Pebane é vulnerável a calamidades naturais (secas, inundações, ciclones).
Perante este quadro de situações foram tomadas algumas medidas de prevenção que
começaram por sensibilizar as populações para a reserva dos seus excedentes de produção; a
prática de culturas resistentes à seca (mandioca, batata-doce de polpa alaranjada); a escolha
de locais baixos (margens dos rios para a produção de hortícolas); o fomento e
melhoramento do cajueiro; a produção e distribuição (a partir dos campos de multiplicação
criados a nível do distrito) de estacas de mandioca de ciclo curto e resistentes à podridão
radicular; a compra e distribuição de socas de bananeiras e ananaseiros.
A erosão, as queimadas descontroladas e o desmatamento do mangal para a produção de
carvão são os maiores atentados contra o ambiente de que o distrito está a ser alvo. Várias
acções de sensibilização estão a ser levadas a cabo junto das comunidades para que evitem
as queimadas, para além do plantio de casuarinas ao longo da orla marítima e na estrada para
a praia. Igualmente, foram feitos levantamentos na zona onde a erosão é evidente para
possível intervenção.
No âmbito do apoio à produção agrícola e extensão rural foram levadas a
cabo as seguintes acções em parceria com a ADRA:
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• Distribuídas 2 toneladas de sementes de milho e hortícolas (Repolho, Couve, Tomate,
Cebola e Alface);
• Distribuídos 550 Kg de semente de milho da variedade Matuba a 1.650 produtores nos
3 Postos Administrativos;
• Assistidos 2.850 produtores e distribuídos 950kg de semente de arroz no Posto
Administrativo de Naburi;
• Assistidos 4 campos de multiplicação de sementes de amendoim nas localidades de
Impaca, Mulela Sede, Malema e Namahipe e 4 de Multiplicação de estacas de mandioca nas
Localidades de Tomeia (Povoado de Murudo), Naburi e Mulela (Povoado de Nacurugo);
• Distribuída semente de Eucalipto para o Regulado de Nabala em Mussila, no Posto
Administrativo de Naburi;
• Na componente extensão, foram assistidos 10.400 produtores num universo de 13.700 e
96.000 famílias, correspondendo a 75.9% de cobertura, devido à alocação de 2 técnicos
extensionistas;
• Assistidos em técnicas de estabelecimento 36 Campos de Demonstração de Resultados
de feijão bóer e realizados 795 encontros com grupos de produtores;
• Distribuída aos Campos de Demonstração de resultados 1 tonelada de semente de
feijão bóer, atingidos 66% do planificado;
• No âmbito da adopção de boas práticas agrícolas foram realizadas as seguintes acҫões:
• Na adopção de boas práticas, 978 produtores usaram o compasso adequado,
representando 65,5%;
• Actividade de sacha: 1.288 produtores sacham os seus campos de produção 2 vezes,
perfazendo 49,2% da meta e 1.345 produtores praticam o associativismo, perfazendo 90%
da meta;
• 225 produtores praticam a actividade de “mulching”, representando 1% da meta
estabelecida;
• Seleccionados 42 campos de amendoim para medição de rendimento, atingidos 140%
da meta;
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• Distribuídos 513 kg de rama sendo: 262 kg de variedade IRENE e 251 Kg de variedade
Amália; e
• Substituídas 1.112 plantas de coqueiro que haviam sido atingidas pela doença de
amarelecimento letal.
Produção e Distribuição de Mudas
De um plano para a produção de 45.000 mudas, foram produzidas 41.000 mudas de
cajueiros, o que corresponde a uma taxa de execução acima de 91%. Comparativamente ao
ano de 2010, em que foram produzidas 55.498 mudas, registou-se um decréscimo de 26,9%.
Monitoria da Comercialização da Castanha de Caju
Foram comercializadas 3.906 tons da castanha de caju, de um plano de 4.500 tons,
representando uma taxa de execução de 86,8%. Comparativamente ao ano de 2010, em que
foram comercializadas 3.308 tons, regista-se um crescimento de 18,07%.
Pecuária
Foi efectuado o tratamento sanitário com banhos carracicidas em 108 bovinos, tendo em
assistência curativa, sido assistidos 31 bovinos.
Floresta e Fauna Bravia
Na componente florestas foram realizadas as seguintes actividades:
• Realizadas 5 consultas comunitárias para a obtenção de áreas de corte nas seguintes
Localidades: Impaca no Povoado de Ratata, Mulela-Sede, Malema e no Posto
Administrativo de Naburi;
• Registados 3 exploradores florestais, 2 em regime de licença simples e 1 concessionário
que exploraram as seguintes espécies: Umbila, Pau-ferro e Mondzo;
• Registados conflitos Homem fauna bravia na Localidade de Alto-Maganha (abatido 1
Hipopótamo), sendo que nas Localidades de Quichanga e Nicadine há registo de abate de 7
javalis e 7 macacos; e
• Estabelecido o repovoamento do mangal em Nabizi e plantadas 14.301 plantas, numa
área de 3,5 ha;
Actividades Fora do Plano
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• Foram formados 100 guardas comunitários, em matéria de gestão e conservação
comunitária dos recursos naturais;
• Formação de 120 agricultores em técnicas de agricultura sustentável e instalação de 120
campos de demonstração; e
• Foi adquirido, pelo projecto COSV, material de comunicação para os guardas da
reserva.
Desenvolvimento de Pesca Artesanal de Pebane
As razões que influenciaram o decréscimo da produção de pescado advêm do mau tempo
(escassez de chuvas e continentalidade) que afectaram o Distrito e do alargamento do
período de veda que passou dos anteriores 3 meses para 6 meses.
De salientar a realização das seguintes actividades:
• Sensibilização e identificação dos pescadores para o programa de uso de gelo a bordo
das embarcações de pesca em mar aberto;
• Criado um grupo de 4 canoas e a esse grupo o IDPPE forneceu caixas isotérmicas;
• Destacados dois pescadores pretendendo um financiamento para a compra de motores
para as suas embarcações, (1) para Recolha de Fauna Acompanhante e a outra embarcação
para pesca com redes de emalhar dirigidas para mar aberto; e
No tocante à Recolha de Informações da Fauna Acompanhante funcionaram (34)
embarcações registadas, (2) amostragem e envolvidas (11) embarcações nas amostragens,
tendo sido recolhidas 37 Toneladas de pescado diverso.
Tecnologia de Pescado
• Acompanhamento das actividades das obras de construção de um Mercado para a 1ª
venda de pescado, na vila sede de Pebane;
• Recolha de preços de venda do pescado (10 fichas preenchidas no Mercado de Pebane e
4 no Posto de extensão de Cuassiane, no mercado de Nagonha, e divulgadas 7 fichas
recebidas da Delegação; e
• Prestação de assistência a dois operadores de caixas isotérmicas no centro de Pesca de
Morremone (Ponta Matire), processados 180 kgs de pescado em gelo proveniente da pesca à
linha.
Pebane
PÁGINA28
Conselhos Comunitários de Pesca Artesanal
Existem 9 Conselhos Comunitários de Pesca, dos quais 7 legalizados. Mantiveram-se os
existentes 66 centros de pesca, 6 associações de pesca, das quais 3 legalizadas, 17 projectos
de pescadores (registados no âmbito do FDD) e 1 projecto financiado pelo INAS. Com
base no Censo de Pesca de 2007, existem 10.521 pescadores artesanais.
4.2.2.2 Indústria, Comércio e Turismo
Rede Comercial
Foram licenciados 53 estabelecimentos comerciais, contra 47 estabelecimentos em 2010,
registando-se um crescimento de 12,76%.
Turismo
• Fiscalizadas 4 reservas de espaço sendo: 5 hectares na praia Macuacuane para o projecto
Capulana; 4,5 hectares na Ilha Dogoro; 6 hectares na Ilha Iuze; e 9 hectares na Ilha Txotxo;
A inspecҫão das actividades nestes estabelecimentos comportou as seguintes actividades:
• Divulgaҫão do regulamento da Actividade Turística;
• Divulgaҫão da aplicação da Lei 6/99 de 2 de Fevereiro sobre a interdição de menores
nos recintos de diversão e de venda de bebidas alcoólicas; e
• Fiscalização dos estabelecimentos turísticos, no que toca à situação de saúde e higiene.
4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores,
alfabetização, educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura,
diversidade cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de
instrumentos musicais tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis,
bem como promover iniciativas geradoras de emprego, autoemprego e outras fontes de
rendimento dos jovens; e (e) promover o uso de novas tecnologias.
Pebane
PÁGINA29
4.2.3.1 Educação
Da população com 15 anos ou mais de idade 34% é alfabetizada e 56% das pessoas com 5
anos ou mais de idade, predominantemente homens, declararam no Censo 2007 que
frequentavam ou já frequentaram antes o nível primário do ensino. A análise por sexos
revela um melhor padrão nos homens.
Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar
P O P U L A Ç Ã O Q U E:
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 27.5% 31.0% 24.1% 29.1% 34.9% 23.4% 43.5% 34.1% 52.5%
P.A. de Pebane Sede 31.1% 34.4% 28.0% 27.3% 32.7% 22.2% 41.6% 32.9% 49.8%
P. A. de Mulela (Mualama) 26.6% 30.4% 22.9% 29.1% 35.5% 23.0% 44.3% 34.2% 54.1%
P. A. de Naburi 24.7% 28.1% 21.3% 30.8% 36.6% 25.2% 44.5% 35.3% 53.5%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 1997.
A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola,
revela uma concentração significativa no nível primário de ensino.
Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino
NÍVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA
Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior TOTAL 100.0% 5.3% 79.5% 9.3% 5.3% 0.5% 0.1% 0.0% 5 - 9 anos 100.0% 0.9% 99.1% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 10 - 14 anos 100.0% 0.8% 90.9% 7.7% 0.6% 0.0% 0.0% 0.0% 15 - 19 anos 100.0% 2.1% 53.1% 27.9% 15.8% 1.0% 0.1% 0.0% 20 - 24 anos 100.0% 15.0% 27.8% 18.1% 34.0% 4.2% 0.8% 0.1% 25 e + anos 100.0% 39.9% 39.3% 9.9% 8.7% 1.2% 0.9% 0.1% HOMENS 100.0% 3.9% 77.6% 10.9% 6.8% 0.6% 0.2% 0.0% MULHERES 100.0% 7.0% 81.9% 7.2% 3.4% 0.3% 0.1% 0.0% EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Pebane
PÁGINA30
Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado
Fonte de dados : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A
primeira taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino
(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade
oficial para o referido nível15. Para calcular a segunda taxa , divide-se o total de alunos cuja
idade coincide com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário
correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais comuns para estimar o
desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.
Quadro 16. Taxas de escolarização
Taxas de escolarização
Taxa Bruta de Escolarização Taxa Líquida de Escolarização
TOTAL H M TOTAL H M EP1 102.2 109.0 95.2 50.1 51.9 48.2 EP2 45.3 55.4 33.7 3.8 4.2 3.3 ESG1 20.8 28.1 12.7 1.9 2.6 1.2 ESG2 3.9 5.3 2.4 0.4 0.4 0.3
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007 .
Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de
105%, o que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a
idade ideal para frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma
reprovação), este indicador acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação
15EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.
Alfab., 5,3%
EP1, 79,5%
EP2, 9,3%
ESG1, 5,3%
ESG2, 0,5% Técnico, 0,1% Superior, 0,0%
Pebane
PÁGINA31
e desistência escolar, levando a que exista um elevado número de alunos no EP1, com
idades superiores a 10 anos.
Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que
50% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua idade,
neste caso o EP1, e que somente 4% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível de
ensino correspondente a idade, o EP2. Em geral, os rapazes apresentam melhores
indicadores.
A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede
escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo
significativo, serem insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de aproveitamento e
altas taxas de desistência em algumas localidades do distrito, devido ao facto de haverem
muitos casamentos prematuros e emigração de jovens.
Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2011
NÍVEIS DE ENSINO N.º de N.º de Alunos N.º de Professores Escolas M HM M HM
TOTAL DO DISTRITO 149 29.398 63.866 195 949 EP1 95 48.552 700 EP2 51 5.823 141 ESG I 2 3.250 51 ESG II 1 452 7 Fonte : Adminis tração do Distr i to e Direc ção Provinc ia l da Educação EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos.
Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos
ou mais de idade, 14% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.
Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído
NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO
Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior
TOTAL 14.4% 0.2% 12.2% 1.9% 0.1% 0.1% 0.0% 85.6%
10 - 14 anos 8.7% 0.0% 8.4% 0.2% 0.0% 0.0% 0.0% 91.3%
15 - 19 anos 28.3% 0.1% 25.9% 2.3% 0.1% 0.0% 0.0% 71.7%
20 - 24 anos 22.2% 0.1% 18.5% 3.3% 0.2% 0.1% 0.0% 77.8% 25 - 29 anos 13.9% 0.2% 11.0% 2.3% 0.2% 0.2% 0.0% 86.1% 30 e + anos 10.9% 0.3% 8.5% 1.9% 0.1% 0.1% 0.0% 89.1%
HOMENS 21.2% 0.2% 17.6% 3.1% 0.2% 0.1% 0.0% 78.8%
MULHERES 7.9% 0.1% 7.0% 0.7% 0.1% 0.0% 0.0% 92.1%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Pebane
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Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
4.2.3.2 Cultura
Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos
típicos de toda a região. No concernente à juventude, destaca-se a existência de grupos
activistas e associações juvenis que de dedicam a motivar boas práticas entre os seus
concidadãos. Têm sido promovidas várias actividades, nomeadamente a participação no
Festival Nacional de Dança Popular, o fomento do associativismo juvenil e de grupos
culturais, bem como o apoio ao desenvolvimento das artes plásticas, em particular a
escultura.
Acção Cultural
Para atingir os objectivos das actividades planificadas, a técnica desta área empenhou-se na
realização das seguintes actividades em 2011:
• Criação e revitalização de 8 grupos culturais de canto e dança perfazendo cerca de 42
grupos; 5 de teatro, 4 de artes plásticas, 2 de artes marciais, 2 humoristas e 4 declamadores
de poesia;
• Mobilização dos grupos culturais e da população em geral para participarem em maior
número nas celebrações das datas comemorativas;
Alfab., 0,2% Primário, 12,2%
Secund., 1,9% Técnico, 0,1%
C.F.P., 0,1% Superior, 0,0%
Nenhum, 85,6%
Pebane
PÁGINA33
• Visita aos monumentos locais históricos, nomeadamente: Rio Malaua, Hode, Vala
comum, Águas quentes, Morotho de Naburi, Namuro, Mahie, Casa do Secretário, Palácio,
Casa do Médico, Centro de Saúde de Pebane Sede, Farol, Capitania, Cadeias de Mulela e
Naburi:
• Difusão e promoção de espectáculos de palco e videoclubes, concursos de culinária,
concursos para eleição de misses, actuação de músicos nacionais como Dama Ija, 11 Balas,
Tony, Didácia, Comandante Hélder Pureza Wafino e Djamo, com o patrocínio de agentes
económicos locais e dos promotores de eventos “Chupalaine”;
• Divulgação do regulamento de espectáculos e divertimentos públicos na casa de cultura,
com a presença de 4 promotores de eventos, 30 artistas e chefes dos grupos;
• Participação num seminário de capacitação sobre a gestão de monumentos e locais
históricos no Distrito de Mocuba; e
• Realização de 6 palestras de divulgação da vida e obra de Samora Machel, Josina Machel
e dia do criador da SADC, no bairro Eduardo Mondlane, EPC Patrice Lumumba, EPC
Josina Machel e bairro Central, com 350 participantes.
Juventude e Desportos
Durante o ano 2011, este sector realizou as seguintes actividades:
• Criação de mais 9 associações juvenis na Localidade de Quichanga, Magiga, Mutacane e
Nicadine, perfazendo um total de 19;
• Revitalização de 10 equipas de futebol Bebec na sede do Distrito, Localidade de Magiga
e Posto Administrativo de Naburi;
• 9 encontros com activistas do programa Geração Biz na Escola Secundária Geral de
Pebane Sede, com o objectivo de monitorar as actividades de divulgação da saúde sexual
reprodutiva e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;
• Realização de 11 palestras sobre a saúde sexual e reprodutiva, abuso do álcool e drogas;
• Promoção do intercâmbio recreativo e desportivo, incentivando a comissão
coordenadora do BEBEC com a entrega de 3 bolas de futebol na Vila sede, e de igual
número de bolas no Posto Administrativo de Naburi;
Pebane
PÁGINA34
• Monitoria do processo de formação de 20 treinadores de futebol-11, dos quais 5
professores de educação física, 2 da ESG de Pebane e 3 da 1ª ZIP;
• Realização do campeonato Distrital de futebol-11;
• Realização do campeonato Distrital no dia 4 de Novembro do ano passado no campo
da Vila Sede com a participação de 10 equipas, nomeadamente: Sporting, Santa, Adeconap,
Pequeno Brasil, Saúde, Palching, Porto, Nabise, Lar dos estudantes e Académica, com 35
participantes por equipa, perfazendo um total de 350 participantes, estando neste número
incluídos dirigentes e jogadores, cujos vencedores foram: Sporting (1º lugar), Porto(2º) e
Santa (3º), sendo todas equipas de Pebane;
• No Posto Administrativo de Mulela, na Localidade de Namanla, existem 06 equipas que
não chegaram à final por falta de material desportivo, nomeadamente bolas;
• Em Naburi, existem 6 equipas, que só agora se encontram a disputar o campeonato,
tendo este atraso se ficado a dever à falta de material desportivo; o SDEJT ofereceu 2 bolas;
• Realização do campeonato Provincial de Futebol de 11 no campo da Vila Sede, no dia
10 de Dezembro do ano passado, com a participação de 10 equipas, envolvendo 300
participantes, de entre os quais jogadores e dirigentes.
Desporto Saúde Escolar
• Promoção das actividades de educação física, desporto e saúde escolar ao nível das
ZIP’s e escolas;
• Elaboração e envio às ZIP’s de 22 calendários dos jogos desportivos escolares que
culminou com a realização dos jogos escolares, na sua fase interna;
• Abertura de 472 aterros sanitários e formação de cinco núcleos desportivos escolares na
ESG1 Sede, Nabúri, 24 de Julho, EPC de Mulela;
• Monitoria da limpeza e saneamento do meio, envolvendo a comunidade escolar, no
âmbito da preparação do dia 25 de Junho;
• Monitoria do torneiro alusivo ao dia 7 de Abril, em que estiveram envolvidas 4 equipas
de futebol de 11 e 13 atletas femininas, das quais 5 ciclistas e 8 de corrida de resistência; e
• O SDEJT, em parceria com a OJM, realizou 10 campanhas de saneamento do meio e
plantio de 200 acácias nas principais vias da Vila Sede.
Pebane
PÁGINA35
4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b)
promover acções de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do
idoso; (c) desenvolver acções de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e
(d) promover a igualdade e equidade do género.
4.2.4.1 Saúde
A rede de saúde do distrito inclui 13 unidades (1 centro de saúde I, 11 centros de saúde II e
1 posto de socorro) e, apesar de estar a evoluir a bom ritmo, é insuficiente, evidenciando os
seguintes índices de cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 16.215 mil pessoas; e
Uma cama por 2.703 habitantes.
A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”
e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a
posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços
do Sistema Nacional de Saúde.
Quadro 19. Indicadores de cuidados de saúde, 2011
Indicadores DCO 17.059 Partos 4.830 Vacinação 78.009 Saúde materno-infantil 19.571 Consultas externas 152.340 Taxa de baixo peso à nascença 10,0% Taxa de mau crescimento 6,4% Fonte : SDSMAS
De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários
níveis que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:
• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias,
bem como em brigadas móveis e nos locais de interesse público
• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos
trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios
• Saúde reprodutiva
Pebane
PÁGINA36
• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar
• Suplementação de Vitamina ‘A’
• Programa alargado de vacinação
• Saúde Mental.
O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.
Figura 7. Quadro epidémico, 2011
Fonte : Adminis tração do Distr i to e Direc ção Provinc ia l da Saúde
4.2.4.2 Acção Social
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza
absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.
Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de
direito entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração,
quando possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida
escolar.
No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 11 mil órfãos (na sua
maioria órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca de 6.700 pessoas portadoras
de deficiência (94% com debilidade física e 6% com doenças mentais).
0 2000 4000 6000 8000
10000 12000 14000 16000 18000 20000
8 2
19929
1
7034
1052
6469
Pebane
PÁGINA37
Quadro 20. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007
População Órfão de: 0-‐14 anos Total Mãe Pai Pai e Mãe Total 100.0% 12.4% 4.3% 6.9% 1.2% -‐ Homens 100.0% 12.6% 4.3% 7.0% 1.3% -‐ Mulheres 100.0% 12.1% 4.2% 6.8% 1.2% Grupos etários: -‐ 0 a 4 anos 100.0% 5.3% 1.7% 3.1% 0.5% -‐ 5 a 9 anos 100.0% 13.8% 4.8% 7.7% 1.3% -‐ 10 a 14 anos 100.0% 23.8% 8.3% 12.9% 2.6%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Quadro 21. População deficiente, 2007
Grupos de Idade População Sem Com deficiência
Total Deficiência Total Física Mental Total 100.0% 96.4% 3.6% 3.4% 0.2% 0 - 14 100.0% 98.2% 1.8% 1.7% 0.2% 15 - 44 100.0% 96.1% 3.9% 3.7% 0.2% 45 e mais 100.0% 90.1% 9.9% 9.8% 0.1%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 6.700 pessoas portadoras de
deficiência, segundo a causa.
Quadro 22. População portadora de deficiência, segundo a causa
TOTAL Física Mental
Total 100.0% 100.0% 100.0%
À nascença 20.8% 19.9% 38.5%
Doença 62.8% 63.2% 55.4%
Minas/Guerra 1.5% 1.5% 1.2%
Serviço Militar 1.3% 1.3% 0.3%
Acidente de Trabalho 3.0% 3.1% 0.0%
Acidente de Viação 1.6% 1.6% 0.6%
Outras 9.0% 9.2% 4.0% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
4.2.4.3 Género
O distrito tem uma população estimada de 211 mil habitantes - 107 mil do sexo feminino -
sendo 10% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de
algumas organizações não governamentais, associações e sociedade civil,
Pebane
PÁGINA38
promovendo a criação de igualdade de oportunidades e direitos entre sexos em todos
aspectos de vida social e económica, e a integração da mulher no mercado de trabalho,
processos de geração de rendimentos e vida escolar.
Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da
acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a
melhorar a eficácia e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e
do sector privado.
Tendo por língua materna dominante o Elomwe, 24% das mulheres do distrito com 5 ou
mais anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais
acentuado nos homens (48%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de
trabalho. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 83%, sendo de 48% no caso
dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 52% nunca frequentaram a escola (no caso
dos homens só 34% nunca estudaram) e 7% concluíram o ensino primário (no caso dos
homens, 18% terminaram o primário).
Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio entre
sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.
48% 48%
34%
18%
83%
24%
52%
7%
Taxa de analfabeYsmo
Sabe falar Português Sem frequencia escolar
Ensino primário concluído
Homens
Mulheres
Pebane
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Quadro 23. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)
Número de pessoas que usou: % de pessoas
Computador Internet c/ Telemóvel
Total 0.0% 0.1% 1.5% -‐ Homens 0.1% 0.2% 2.2% -‐ Mulheres 0.0% 0.0% 0.8%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 107 mil mulheres, 58 mil estão
em idade de trabalho (mais de 15 anos), das quais 42 mil são economicamente activas16. A
população não economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (28%) é
constituída principalmente por senhoras domésticas (15%) e estudantes a tempo inteiro
(5%). O nível da participação no trabalho das mulheres (72%) é inferior ao dos homens
(74%).
Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a
posição no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:
Cerca de 96% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;
1% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e
16Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que
tenha 15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram
activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.
Trabalha, 73,1% Trabalha, 74,0% Trabalha, 72,2%
Só estuda, 6,9% Só estuda, 9,2% Só estuda, 4,8%
DomésYco(a), 11,6%
DomésYco(a), 7,8%
DomésYco(a), 15,1%
Total Homem Mulher
Pebane
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As restantes 3% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo
empregadas do sector comercial formal e informal.
Figura 10. População17 segundo a posição no trabalho e sexo
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
elaborar propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a
construção de fontes de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos
sistemas de abastecimento; (c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a
disponibilidade do sistema de fornecimento de energia eléctrica e a promoção do
aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de energias renováveis; (d) assegurar
a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de
travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de infraestruturas e edifícios
públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas desportivas e
parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tracção animal; (g) elaborar
propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como
cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins
campos de jogos e parques de diversão.
17 Com 15 anos ou mais.
Homem, 10,3% Homem, 6,4%
Homem, 69,8%
Homem, 0,7% Homem, 12,8%
Mulher, 1,5% Mulher, 1,3%
Mulher, 96,2%
Mulher, 0,0% Mulher, 0,9%
Assalariados Comerciantes e artesaos Camponeses Empresarios Outras
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4.2.5.1 Ordenamento Territorial
Cadastro e Geografia
Foram desenvolvidas as seguintes actividades:
• Supervisão dos espaços pelo DINAPT (Direcção Nacional de Planeamento Territorial)
para a construção de habitações para os funcionários, numa área de 3,5 há, no Posto
Administrativo de Naburi, na Localidade Sede;
• Identificação do espaço para construção de casas para funcionários na Localidade de
Alto Maganha, com capacidade para 100 talhões;
• Em curso a implantação de florestas comunitárias ao nível das Autoridades de 1º e 3º
escalão; e
• Realização de 12 capacitações às comunidades e Líderes comunitários que vivem na
zona tampão da reserva do Gilé, em matéria de Gestão de Recursos Naturais e sobre a Lei
de Terras, pelos projectos COSVS e WWF.
4.2.5.2 Gestão e Educação Ambiental
Sector Ambiental
O Distrito de Pebane é propenso à erosão costeira, principalmente nos Postos
Administrativos de Pebane Sede (Malaua, Baixo A e B, Aeródromo, Farol, Praia Ponta
Matir, Praia Macuacuane, Praia de Mulai, Ilha de Dogoro), Mulela ( Muebase, Cuassiane,
Molocué Rio, Ilha e Iuze) e Naburi (Murudo, Mirage, Tomeia).
O Governo do Distrito, ciente do perigo eminente que tal representa para os residentes dos
Bairros, Baixo A, B, Maverane e Malaua na Vila Sede do Distrito, identificou uma zona da
expansão, actual Bairro Eduardo Mondlane, onde foram demarcados 530 talhões e os
mesmos distribuídos a igual número de famílias.
Foram igualmente realizadas actividades tendentes à mitigação do fenómeno de erosão, tais
como:
• Realizadas 18 campanhas de sensibilização para incutir nas comunidades a ideia da
necessidade de uso e conservação dos recursos ambientais, tendo esta acção contado com a
parceria das associações ACODEMAP, AJODEP e WWF, esta última uma ONG que
opera no Distrito;
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• Plantadas 820 casuarinas, 1100 acácias, 200 Eucaliptos, e árvores nativas, sendo 100
umbilas e 400 muhahu;
• Introduzido o programa de reflorestamento do mangal, tendo sido plantadas 21.721
plantas nos povoados de Nabise, Malaua e Hode, trabalho levado a cabo pela comunidade
em parceria com a WWF;
• No âmbito da conservação da espécie marinha foram capturados e devolvidos ao seu
habitat 77 tartarugas, resultado das campanhas de sensibilização dos pescadores que têm sido
levadas a cabo pelo Governo em coordenação com a WWF;
• Com apoio da Direcção Provincial de MICOA, através do programa comida pelo
trabalho, foram abaulados os troços do mercado central ao Porto e de Porto à zona dos
pescadores no bairro Malaua;
• Criados 2 núcleos de amigos do ambiente, na Escola Patrice Lumumba e Lar dos
estudantes, tendo sido plantadas 200 acácias;
• No âmbito da comemoração do dia mundial do ambiente foram plantadas 100 acácias
na EPC de Nicadine, estando as mesmas sob controlo da Instituição e da Associação
ACODEMAP; e
• Realizadas 19 campanhas de sensibilização nas comunidades para o saneamento do
meio ambiente, de que resultou a construção de 1.080 latrinas de material precário e 1.260
aterros sanitários.
Queimadas Descontroladas
Foi registado um caso na Localidade de Nicadine, Posto Administrativo Sede, 6 casos a
menos comparativamente ao período anterior em que 7 casos foram registados. Esta
redução deveu-se às seguintes acções:
• Trabalho de sensibilização feito pelos Chefes dos Postos Administrativos, Localidades e
líderes comunitários, às comunidades;
• Denúncia dos infractores que provocam queimadas descontroladas às estruturas
competentes; e
• Privilegiada a mulher para desempenhar o papel de controlo das queimadas
descontroladas e na mudança de atitudes e comportamento das
comunidades, em particular das crianças, na sua área de actuação.
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4.2.5.3 Infraestruturas
Estradas e Pontes
Durante o ano, no âmbito de estradas foram realizados os seguintes trabalhos:
• Estradas regionais que interligam Mocubela/Pebane, Magiga/Naburi e Etaga a Mihecue;
• Manutenção (5Km) da estrada Praça/Praia Ponta Matiri; e
• Reabilitação da estrada Musseia – Txalalane (42 Km) com apoio da empresa madeireira
Green Timber.
Foram levadas a cabo actividades de construção e reabilitação de:
• Pontão misto sobre o rio Hode – Magiga;
• Pontão misto sobre o rio Mutabise – Magiga;
• Pontão misto sobre o rio Heucua 1 – Mulela;
• Pontão misto sobre o rio Heucua 2 – Mulela;
• Pontão misto sobre o rio Metil – Naburi; e
• Reparação de vasos e lancis da vila sede.
Fundo Descentralizado para a Reabilitaҫão de Estradas
Dos 10,4Km de estradas planificadas no âmbito do Fundo Descentralizado, foram
reabilitados 10,4Km, correspondentes a 100% de execução.
Edifícios Públicos
Construção de infraestruturas (2010)
• Casas T2 nas Localidade de Tomeia, Alto Maganha, Mihecue, Namahipe, Mucocoro,
Namanla, Magiga e T3 na Localidade de Quichanga; e
• Secretaria na Localidade de Impaca.
Reabilitações
• Reabilitação da casa do Procurador;
• Reabilitação da cadeia civil;
• Edifício da Secretaria Distrital; e
• Sala de reunião.
Fundo Descentralizado para Infraestruturas
Foram reabilitados 9 edifícios públicos dos 7 planificados, correspondente a uma execução
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acima de 100%. Construídos 5 edifícios dos 12 planificados, correspondente a uma
execução de 42%
Está em curso a construção e reabilitação das seguintes obras (2011):
• Construção da casa para o Chefe da Localidade de Txalalane, Secretaria do Governo da
Localidade de Txalanane, 2 casas para técnicos de saúde, na Localidade de Txalalane,
Secretaria do Governo da Localidade de Quichanga;
• Reabilitação da antiga residência do Secretário Permanente Distrital, casa para os chefes
dos Postos Administrativos de Naburi e Mulela, edifício do Registo e Notariado de Pebane,
casa para a Directora de Saúde, 3 Mercados (Malinde, Murateia e Mulabane), caleiras e
cisternas no mercado central;
• Construção de 1 Casa Morgue no Centro da Saúde;
• Divisão do Gabinete em dois compartimentos; e
• Montagem de 6 caleiras em igual número de casas.
4.3 Finanças Públicas e Investimento
O financiamento do funcionamento dos Governos Distritais e das funções para eles
descentralizadas é assegurado por via de:
(i) Receitas próprias18que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao
nível Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo
Distrital; e
(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;
(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo
de Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);
18 Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património
público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e
aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infraestruturas
simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;
(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e
conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)
licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de
espectáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou
outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,
concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.
Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua
administração directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d)
recolha, depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra
estruturas de lazer e gimnodesportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)
limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.
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(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas,
educação e agricultura;
(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.
O Governo Distrital teve em 2011 a seguinte execução orçamental.
Quadro 24. Execução orçamental (em ‘000 MT)
Rubricas 2011
DESPESA TOTAL 118.462
Despesa corrente 93.752 - Despesas com pessoal 84.527 - Bens e serviços 9.089 - Outros gastos materiais 136
Despesa de Investimento 24.710 - Fundo de desenvolvimento distrital 7.123 - Fundo de investimentos em infraestruturas 9.502 - Fundos sectoriais descentralizados 8.085
Fonte: Ministério das Finanças, Conta Geral do Estado, 2011.
No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital
implementou 133 projectos locais de desenvolvimento em 2010 e 152 em 2011, dos quais
95 para produção de comida e 57 para geração de emprego e rendimento, tendo beneficiado
a 731 pessoas.
4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública
Situação Operativa
Durante 2011, foi registado um total de 98 casos de delito comum, contra 67 em igual
período anterior, havendo, por isso, registo de mais 22 casos. Dos 98 casos registados, 90
foram esclarecidos, mantendo-se 8 por esclarecer.
• Registou-se a fuga de 17 detidos, por escavação da parede traseira das celas da PRM, e a
fuga de 20 reclusos das Celas da Cadeia Civil;
• Foram registados no período em referência os seguintes casos criminais contra
propriedade, a saber: (19) roubo, (16) furto qualificado, (11) furto simples (2) burla, (2)
abuso de confiança e (1) dano material;
• Crimes contra pessoas: (1) homicídio voluntário (11) ofensas corporais voluntárias
qualificadas (4) ofensas corporais voluntárias simples, (1) violação de mulher, (1) violação de
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menores (1) cópula de transmissão sexual, (1) estupro, (2) cárcere privado e (2) difamações;
• Contra a segurança do estado: 1 posse de arma de fogo, 1 falsificação de moeda, 1
falsificação de documentos. Contra honestidade: 4 casos de introdução em casa alheia;
• Durante 2011, o Gabinete de atendimento à mulher e criança vítimas de violência
doméstica atendeu (29) casos, contra (46) em igual período do ano passado; e
• A migração constatou a entrada de (9) cidadãos de nacionalidade Somáli saídos do
Centro de Maritane em Nampula, encontrando-se em situação ilegal.
Polícia de Trânsito
Foram fiscalizados 264 veículos e impostos 81 avisos de multas a vários transgressores do
código de estrada, tendo, ainda, sido educados 123 automobilistas, 188 motociclistas e 184
ciclistas e 195 peões. Ainda no mesmo período, foram realizadas 3 palestras nos seguintes
locais: EP1 Baixo Cone, EPC de Alto Cone e na EPC de Magiga, em matéria do código de
estrada.
Acidentes de Viação
Houve registo de 5 acidentes, sendo 1 do tipo choque de carro contra obstáculo fixo,
ocorrido no bairro Tebone, na vila sede do Distrito, tendo como causa o excesso de
velocidade e, como consequência, danos avultados na viatura, 1 ferido grave e 5 feridos
ligeiros; 1 do tipo despiste, atropelamento de um ciclista por uma motorizada, choque de
carro contra obstáculo fixo e atropelamento de um peão por uma motorizada.
Serviço Distrital de Identificação Civil (SDIC)
No que concerne a este serviço, há a referir que em 2011 foram emitidos 1.152 bilhetes
biométricos, contra 1.188 em igual período do ano anterior, tendo sido entregues aos
requerentes 545, contra 342.
Registo e Notariado
• O Sector de Registo Civil realizou as seguintes actividades: (152) assentos de nascimento
lavrados, (32) assentos lavrados gratuitamente, (3) óbitos lavrados, (3) emissões de 2ª Vias
de Cédulas Pessoais, (63) certidões de narrativa completa de registo de nascimento e (63)
certidões de nascimento para Bilhete de Identidade; e
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• O Sector de Notariado realizou: (578) Conferência de Fotocópias, (509)
Reconhecimentos de assinaturas.
4.5 Constrangimentos e Perspectivas
No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os princ ipais
constrangimentos observados durante a governação dos últimos anos:
Falta de uma instituição bancária;
Falta de um Hospital Distrital;
Insuficiência de fontes de água e inoperacionalidade do sistema de abastecimento de
água à vila sede;
Más condições das vias de acesso no período chuvoso;
Morosidade na atribuição do NUIT aos Mutuários;
Falta de projectos para resolução definitiva do problema de erosão no Distrito;
Falta de meios circulantes ( viaturas e motos) nas Instituições do Estado;
Ausência de um programa de construções para atender o crescimento do aparelho
de estado.
As minas constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à segurança da
população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em curso no país
desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação existente no país e
neste distrito mais controlada e conhecida.
Face às restrições orçamentais existentes, tem sido essencial para a prossecução da
actividade do Governo Distrital e para o progresso do distrito, o envolvimento consciente e
participação comunitária, e o apoio do sector privado e de vários organismos internacionais
que operam neste distrito.
No geral, de acordo com o Governo Distrital, as perspec t ivas para os próximos anos são as
seguintes:
Mobilizar parceiros para a instalação de uma instituição bancária ou de micro –
finanças;
Continuar os contactos, com vista à construção do Hospital Distrital com bloco
operatório;
Fazer a abertura e reabilitação de mais fontes de água e do sistema
da vila sede;
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Dar continuidade ao trabalho de reabilitação e manutenção de rotina das vias;
Continuar a envidar esforços junto das Autoridades Tributárias para assistência aos
mutuários no tratamento de NUITs;
Prosseguir os contactos com o MICOA, por forma a se encontrar um mecanismo
para solução do problema da erosão que afecta alguns pontos do Distrito;
Incentivar a criação de mais núcleos “amigos do ambiente” nas escolas; e
Continuar a sensibilizar a população para que não pratique agricultura ao longo da
região costeira.
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5 Actividade Económica 5.1 População economicamente activa
De um total em 2012 estimado de 211 mil habitantes, 34 mil estão em idade de trabalho
(mais de 15 anos).
Quadro 25. População segundo a condição de actividade19
Total Homens Mulheres
Total 33,627 16,249 17,378 Trabalhou 75.9% 77.9% 74.1% Não trabalhou, mas tem emprego 4.5% 4.4% 4.5% Ajudou familiares 6.1% 6.8% 5.5% Procurava novo emprego 0.0% 0.0% 0.0% Procurava emprego pela 1ª vez 0.0% 0.1% 0.0% População economicamente activa 20 86.6% 89.3% 84.1% Doméstico(a) 6.7% 2.2% 10.8% Somente estudante 4.8% 7.0% 2.9% Reformado(a) 0.0% 0.1% 0.0% Incapacitado(a) 0.5% 0.5% 0.5% Outra 1.4% 1.0% 1.7% População não activa 13.4% 10.7% 15.9%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Verifica-se que 87% da população de 15 anos ou mais (29 mil pessoas) constituem a
população economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na
PEA é superior à feminina: 89% contra 84%.
A população não economicamente activa (13%) é constituída principalmente por mulheres
domésticas e estudantes a tempo inteiro.
19Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007. 20Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.
A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas),
incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.
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Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição da população economicamente activa indica que 83% são camponeses por
conta própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de
6% da população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam
2% da população activa feminina e 10% no caso dos homens).
Quadro 26. População activa21, ocupação e ramo de actividade, 2007
RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL
OCUPAÇÃO PRINCIPAL
Assalariados Comerciantes
& Trabalhadores Empresário Outras e
Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido
Total 100.0% 5.8% 1.5% 0.5% 3.7% 3.8% 83.4% 0.4% 6.6%
- Homens 100.0% 10.3% 2.6% 1.0% 6.7% 6.4% 69.8% 0.7% 12.8%
- Mulheres 100.0% 1.5% 0.4% 0.1% 1.0% 1.3% 96.2% 0.0% 0.9% Agricultura, silvicultura e pesca 100.0% 1.8% 0.0% 0.0% 1.7% 0.0% 91.5% 0.2% 6.4% Indústria, energia e construção 100.0% 84.6% 0.5% 1.0% 83.2% 0.1% 1.0% 0.6% 13.7% Comércio, Transportes Serviços 100.0% 33.3% 21.9% 7.6% 3.8% 56.2% 1.6% 2.3% 6.7% [1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
21Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Trabalhou 73%
DomésYco(a) 12%
Somente estudante
7%
Outra 8%
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Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito
é agrária, que ocupa 91% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem
tido uma importância crescente, ocupando já 7% da população activa do distrito.
Quadro 27. População activa22, ocupação e ramo de actividade, 2007
RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL
OCUPAÇÃO PRINCIPAL
Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e
Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido
Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
- Homens 48.5% 86.3% 85.1% 87.4% 86.6% 81.7% 40.6% 96.5% 93.3%
- Mulheres 51.5% 13.7% 14.9% 12.6% 13.4% 18.3% 59.4% 3.5% 6.7% Agricultura, silvicultura e pesca 91.0% 28.0% 1.2% 3.0% 42.5% 0.1% 99.8% 55.5% 88.5% Indústria, energia e construção 2.3% 33.2% 0.7% 4.0% 50.7% 0.0% 0.0% 3.9% 4.7% Comércio, Transportes Serviços 6.7% 38.8% 98.1% 93.0% 6.8% 99.9% 0.1% 40.6% 6.8%
[1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez. Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
22Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Assalariados, 5,8%
Comerciantes e artesaos, 3,8%
Camponeses, 83,4%
Empresarios, 0,4%
Outras, 6,6%
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Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
5.2 Pobreza e Segurança Alimentar Este distrito apresenta um nível do Índice de Incidência da Pobreza23 sem alterações
significativas (68% em 1997 para 69% no ano de 200724).
Este distrito tem sido alvo de calamidades naturais que afectam a vida social e económica da
comunidade.
Estes desastres, associados à fraca produtividade agrícola, conduzem a níveis de segurança
alimentar de risco, sobretudo os camponeses de menos posses, idosos e famílias chefiadas
por mulheres, numa situação potencialmente vulnerável.
Efectivamente, dadas as tecnologias primárias utilizadas e, consequentemente, os baixos
rendimentos das culturas, a colheita principal é, em geral, insuficiente para cobrir as
necessidades de alimentos básicos, que só são satisfeitas com a ajuda alimentar, a segunda
colheita, rendimentos não agrícolas ou outros mecanismos de sobrevivência.
Nos períodos de escassez, as famílias recorrem a uma diversidade de estratégias de
sobrevivência que incluem a participação em programas de "comida pelo trabalho", a
recolha de frutos silvestres, a venda de lenha, carvão, estacas, caniço, bebidas e a caça.
23O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha
da pobreza. 24Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministe ́rio da Planificac ̧a ̃o e Desenvolvimento,
Direcc ̧a ̃o Nacional de Estudos e Ana ́lise de Poli ́ticas, Outubro de 2010(District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and
2007Based on consumption adjusted for calorie underreporting).
Agricultura, silvicultura e pesca, 91,0%
Indústria, energia e construção,
2,3%
Comércio, Transportes Serviços, 6,7%
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As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais
próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a
economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.
Para atenuar os efeitos desta situação, as autoridades distritais lançaram um plano de acção
para redução do impacto da estiagem incluindo sementes e culturas resistentes e introdução
de tecnologias adequadas ao sector familiar.
5.3 Infraestruturas de base
O distrito de Pebane é servido por transporte rodoviário e marítimo. A reabilitação de
estradas terciárias terá um impacto importante em vários sectores de actividade,
intensificando a circulação de bens e pessoas, a comercialização agrícola e o escoamento do
pescado.
O distrito possui uma rede de estradas classificadas de cerca de 342Km e de não
classificadas numa extensão de 302Km, totalizando 644Km de estradas. Das estradas
classificadas destacam-se a EN230 que parte de Maganja da Costa à sede do distrito de
Pebane, numa extensão de 150Km; a ER 234 que parte da Localidade de Magiga até ao rio
Ligonha (160Km); a ER488 que parte do rio Molocué até Moebase/Mulidodji; a ER 489 de
Malema/Notocote e a ER490 de Mulela/Distrito de Gilé (160Km).
O distrito de Pebane tem alguns transportadores semicolectivos de passageiros, frota que é
complementada por outros provenientes dos distritos de Mocuba e Cidade de Quelimane.
Esta escassez faz com que os transportes de passageiros sejam, muitas vezes, aproveitados
para transporte de carga.
O Distrito conta com 3 antenas de telefonia móvel (2 da Mcel e 1 da Vodacom), 1 rádio
comunitária, 15 rádios de comunicação, dos quais 6 avariados e 9 operacionais, 1 cabine fixa
e 13 ligações da TDM.
Em curso a montagem da antena da nova operadora (Movitel) em Magiga, estando na fase
de montagem dos pilares.
O Distrito conta com 242 fontes de água das quais 215 operacionais e 27 avariadas. Com a
construção de 7 novas fontes e reabilitação de 24, permitiu alcançar uma taxa de cobertura
de 56,6%.
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O número de fontes aumentou para 243 com a abertura de um fontenário público na
residência do representante da Autoridade Tributária.
No âmbito do fundo de águas ao nível da Província, o Distrito beneficiou de uma
reabilitação de 7 fontes, reduzindo, assim, o número de fontes avariadas para 20 fontes.
A comunidade tem participado na limpeza e conservação das fontes de água, e contribuído
com dinheiro para a compra de peças sobressalentes. Um dos maiores constrangimentos do
sector é a falta de equipamento para a abertura de furos.
Em 2010, o Distrito realizou a expansão da rede eléctrica para o Bairro Ressuelma, tendo,
ainda, sido plantados postos de média tensão (8) e de baixa tensão (105), montados cabos e
acessórios nos Postes de Baixa e Média Tensão e PT’s com a capacidade de 32 KVA’s,
beneficiando 351 novos consumidores. Além dos novos clientes mencionados registaram-se
331 novos clientes, que elevou o número de consumidores para um total de 1.524.
Há, ainda, a assinalar a instalação de um gerador eléctrico com capacidade de 82 KVAs, no
Posto Administrativo de Naburi.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitabilidade.
5.4 Uso e Cobertura da Terra A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares.
Quadro 28. Uso e Cobertura da Terra Classe Área (ha) (%)
Cultivado Sequeiro 84747.6 8.36 Solo Sem Vegetação 5354.25 0.53 Formação Herbácea Inundável 9049.98 0.89 Formação Herbácea Inundada 25141.2 2.48 Mangais (localmente degradados) 46589.57 4.6 Formação Herbácea 57452.39 5.67 Moita (arbustos baixos) 720.67 0.07 Matagal Aberto 298674.24 29.47 Formação Herbácea Arborizada 100029.67 9.87 Floresta de Baixa Altitude Aberta 330264.92 32.58 Floresta de Baixa Altitude Fechada 55604.69 5.49 Oceano 1.01 0.0 TOTAL 1013630.04 100.0
Fonte : Centro Nacional de Cartogra f ia e Teledete c ção (CENACARTA).
Pebane
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Pebane
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A restante informação desta secção25 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário
realizado pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que
caracterizam a base agrícola do distrito.
O distrito possui cerca de 44 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.4
hectares, sendo 78% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.
Figura 14. Explorações segundo a sua utilização
Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010
Com um grau de exploração familiar dominante, 75% das explorações do distrito têm
menos de 2 hectares.
Figura 15. Explorações por classes de área cultivada
Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010
25Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar tendências e os principais aspectos estruturais.
100,0%
77,7% 76,2%
Total Com culturas alimentares Com árvores de fruta
< 1 ha 37,6%
1 a 2 ha 37,0%
2 a 5 ha 24,3%
5 a 20 ha 1,0%
>= 20 ha 0,0%
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Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,
têm como responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada
por mulheres a trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da
terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares.
5.5 Sector Agrário
5.5.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo
De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações
familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais. A produção
agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre bem sucedida,
uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de
armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.
Devido à grande variação na data de início do período de crescimento e, portanto, na data
de sementeira, e dado que o período de crescimento é de pequena duração, os camponeses
recorrem ao uso de variedades de ciclo curto.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.
O sistema de produção mais frequente na região é dominado pela cultura da mandioca, por
vezes consociada com a mexoeira. A castanha de cajú é uma das principais fontes de
rendimento familiar. Este sistema de produção é ainda complementado pela cultura de
amendoim nos solos arenosos e arroz nos solos hidromórficos. É de assinalar ainda que ao
longo da faixa costeira é comum o cultivo do coqueiro.
Somente em 2003, após o período de seca e estiagem que se seguiu e a reabilitação de
algumas infraestruturas, se reiniciou timidamente a exploração agrícola do distrito e a
recuperação dos níveis de produção.
O Distrito possui cerca de 99.850 hectares de terra arável, dos quais estão a ser aproveitados
49.480 hectares, correspondente a 50% da área. Os 50.370 hectares são ocupados por
culturas de rendimento, como coqueiros e cajueiros.
Foram cultivados 78.068 ha de culturas diversas, dos 81.310 há
planificados, com uma execução em 96%. Comparativamente à campanha
Pebane
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2009/10, em que foram realizados 73.417 há, registou-se crescimento de 6%.
Foram produzidas 224.822 tons de culturas diversas, das 217.020 tons planificadas.
Comparativamente à campanha anterior, em que foram cultivadas 199.014 tons, registou-se
um crescimento na ordem de 13%.
Quadro 29. Produção agrícola, por principais culturas: 2010-2012 Campanha 2009/2010 Campanha 2010/2011 Campanha 2011/2012
Principais Área (ha) Produção Área (ha) Produção Área (ha) Produção
Culturas Semeada (Toneladas) Semeada (Toneladas) Semeada (Toneladas)
Milho 5.423 4.255 5.400 5.621 5.474 12.316
Arroz 2.400 3.259 3.200 4.107 3.132 8.450
Mapira 108 57 145 105 137 93
Amendoim 14.700 14.965 14.240 14.200 16.373 18.896
Mandioca 41.850 159.150 45.700 182.320 47.020 213.680
Feijões 5.212 3.090 5.800 5.321 6.060 5.513
Batata Doce 2.765 11.427 2.420 11.430 3.679 13.497
Hortícolas 428 2.046 558 895 543 2.938
Gergelim 531 765,4 605 823 614 1.071
TOTAL DO DISTRITO 73.416 177.014,4 78.068 224.822 83.032 276.454
Fonte : Adminis tração do Distr i to e Direc ção Provinc ia l de Agri cu l tura
5.5.2 Pecuária
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
Quadro 30. Efectivo Pecuário Especies Real 2010 Plano 2011 Real 2011 % C ump % C res
Bovina 282 362 428 118.2 51.8C aprino 3,650 3,800 2,806 73.8 -‐23.1Aves 39,610 45,000 31,650 70.3 -‐20.1TOTAL 43,542 49,162 34,884 71.0 -‐19.9
Fonte: SDAE
Dada a existência de áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da pecuária,
sendo as doenças e a falta de fundos e de serviços de extensão, os principais obstáculos ao
seu desenvolvimento.
Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos
e os cabritos, enquanto que, para a comercialização, são os bois, os cabritos, os porcos e as
ovelhas.
Pebane
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5.5.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia
O distrito é potencial em madeira de diversas espécies, com destaque para a Umbila, Pau-
ferro, Mondzo, Jambire, Chanfuta, entre outras, exploradas em regime de concessão e
licença simples. O número de operadores florestais cresce de ano para ano.
A lenha e o carvão são as fontes de energia mais utilizadas para uso doméstico. O distrito de
Pebane enfrenta problemas de erosão.
O distrito tem potencialidades para a produção de cajueiros e coqueiros, sendo que a
elevada idade das árvores e as pragas são as maiores limitações à sua produção. É grande o
potencial das árvores indígenas, tal como o napere e o macuhari. Os paus de mangal são
muito usados na construção e produção de carvão.
O distrito possui bananeiras, laranjeiras, mangueiras e cajueiros, lichieiras, papaieiras,
goiabeiras, limoeiros, coqueiros e ateiras. A falta de recursos financeiros, as doenças, a falta
de sementes, a falta de mudas e as pragas são as questões que impedem um maior
aproveitamento desta potencialidade. A produção de castanha é vendida nos mercados
distritais, a comerciantes da zona. O caju e a laranja são processados localmente para o
fabrico de bebidas alcoólicas tradicionais.
Em 2011 foram apuradas 7.000 tons de pescado diverso, das 17.500 tons planificadas.
Quadro 31. Produção do Pescado (tons)
Produtos Real 2010 Plano 2011
Real 2011
% Cump % C resc
Produçao do Pescado 7,449 17,500 7,000 40.0 -‐6.0
Fonte: SDAE
A caça é um suplemento alimentar importante das famílias do distrito. As espécies mais
caçadas são as gazelas e pala-palas. Sendo um distrito litorâneo, o peixe está, naturalmente,
incluído nos hábitos alimentares das famílias.
As espécies de fauna bravia existentes são o elefante, o búfalo, o leão, o javali, o leopardo, a
zebra, a pala-pala, a hiena, o cudo, o hipopótamo e o chango. A fauna bravia do distrito tem
potencial para caça comercial, não lhe sendo atribuído, porém, potencial turístico.
A par da agricultura, a pesca é outra actividade principal do distrito, sendo exercida por
pescadores artesanais em regime individual e/ou em associações.
Pebane
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5.6 Indústria, Comércio e Serviços
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
Em 2011 existiam 50 unidades Industriais, sendo: 39 operacionais, 3 inoperacionais e 8
avariadas. Do total, estão arroladas (10) moageiras em funcionamento e 5 inoperacionais; 17
carpintarias operacionais; (2) Oficinas mecânicas operacionais; (1) fábrica de descasque de
arroz; (12) salinas operacionais; (1) fábrica de gelo e (2) de processamento de pescado
inoperacionais.
O distrito de Pebane está bem inserido na rede provincial de mercados. Comerciantes de
Quelimane vêm a Pebane comprar produtos locais.
Em 2011, o Distrito possuía 286 estabelecimentos comerciais, contra os 233
estabelecimentos comerciais registados em 2010.
O distrito tem grande potencial turístico, possuindo belas praias, ilhas, nascentes de água e
águas quentes. Tem, porém, falta de infraestruturas, possuindo em 2011, 74
estabelecimentos turísticos com 69 camas.
Pebane
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6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de
Desenvolvimento Distrital.
6.1 Visão
“Até 2011, tornar o Distrito de Pebane uma referência turística da Província.”
6.2 Missão
“Criar condições para atracão de investimentos com vista à exploração dos
recursos turísticos, marinhos, faunísticos e minerais existentes.“
6.3 Síntese das Potencialidades e Problemas
Sector Potencialidades Problemas Sector Agricultura Agricultura Extensão agrária
• Maior produção de culturas de rendimento tais como a de mandioqueira, coqueiro, amendoim e fomento da castanha de caju;
• Potencial na cultura de coqueiro ao longo da faixa costeira;
• Disponibilidade de cerca de 99.850 há de terra arável, dos quais só estão a ser aproveitados 49.480 há, o correspondente a 49% da área.
• Existência de ONG’s que trabalham na segurança alimentar (PROSAP, ACTIONATD);
• Existência de tanques piscícolas nas zonas do interior;
• Existência de nascentes e rios;
• Reduzido número de técnicos (extensionista) e falta de meios de transporte;
• Falta de meios de processamento de produtos agrícolas,
• Fraca produtividade agrária; • Fraca capacidade de armazenamento
de produtos agrícolas; • Existências de pragas e
envelhecimento das árvores; • Existência da doença de
amarelecimento letal de coqueiro; • Agricultura maioritariamente
praticada pelo sector familiar e de substância recorrendo a enxada de cabo curto;
• Insuficiência de investimento agrícola;
• Falta da indústria de processamento da castanha de caju;
• Fraca produção agropecuária;
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Sector Potencialidades Problemas Agricultura Pecuário
• Excelentes campos de pastagem, com disponibilidade de água;
• Existência de 5 infraestruturas (tanques carracicidas para a sanidade animal;
• Existência de regiões para criação de animais de pequeno porte;
Florestal e Faunístico Florestal • Potencial em recursos
faunísticos como: o pau-ferro, Murroto, Mucarala, Mugonha, Chanfuta, Jambire, Umbila, Pau-rosa (espécie protegida), Sândalo, Mbaua, Mondzo, entre outras.
• Existência de diversas espécies de recurso do mangal como: Rizophora Mucronata e Avicênia (tradicionalmente conhecidos por Napere Musso e Mulomassi.
Fauna • Existência da Reserva de
Gilé; • Potencial invejável da fauna
e ricas em gazelas, pala-pala, a hiena, o hipopótamo e o Chango, leões, elefantes, cabritos do mato, zebra, leopardos, macacos, raposas, porco-espinho, javalis, coelhos, hienas, palavis, cobras, crocodilos e cagados, tartarugas fluviais,
• Reduzido número de criadores do gado;
• Falta de técnicos veterinários; • Empobrecimento do solo devido as
queimadas descontroladas; • Fraca rede comercial nas zona rural e
urbana; • Existência de surtos de mosca de tsé-
tsé; • Insuficiência e danificadas de
infraestrutura de sanidade animal (tanques carracicidas, corredores e centros de controle sanitário);
• Fraca divulgação da matéria de extensão aos produtos;
• Fraco repovoamento pecuário de espécie de grande porte.
• Fraca capacidade técnica financeira dos privados;
• Falta de linha de crédito bancário; • Má conservação e gestão dos
recursos naturais e do meio ambiente;
• Deficiente fiscalização das actividades turísticas e comerciais;
• Fraca aderência aos Fundos do FUTUR ;
• Fraca capacidade de exploração de recursos turísticos existentes;
• Falta de financiamento aos operadores locais;
• Fraca qualidade de prestação de serviços estabelecimentos turísticos;
• Falta de infraestruturas básicas para o desenvolvimento turístico (estradas e energia);
• Falta de promoção das praias; • Fraco poder de compra e venda; • Falta de instituição bancária e de
microcrédito;
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Sector Potencialidades Problemas Agricultura Turismo
• Grande diversidade da recursos turísticos e marinhos;
• Existência de investimentos turísticos na praias de ponta matire, maverane e na Ilha de fogo;
• Construção de complexos turísticos para acomodação;
• Existência de grandes oportunidades de investimento na área turística;
• Existência de águas termais em Mulela;
• Alto desenvolvimento do turismo cultural;
• O estabelecimento de parques de campismo apetrechados de condições de saneamento nas praias;
• Excelentes potencialidades turísticas;
• Belas praias tropicais, limpas e cristalinas;
• Arquipélagos das Ilhas primeiras; • Ilhas exóticas com enormes
potencialidades ricas e corais e várias espécies marinhas;
• Alta qualidade de pesca e caça desportiva, mergulho e campismo;
• Existência de alojamento e restaurantes;
• Reserva Nacional do Gilé; • Existências de belas paisagens
natural para exploração de turismo de contemplação “rios, lagoas”;
• Nascentes de água e águas quentes,
• Cultura forte e culinária rica; Industria e Comércio
• Existência de agentes económicos;
• Existência de associação de agentes económicos;
• Existência de estabelecimentos industrias e comerciais;
• Reduzido número de criadores do gado; • Falta de técnicos veterinários; • Empobrecimento do solo devido as
queimadas descontroladas; • Fraca rede comercial nas zona rural e
urbana; • Existência de surtos de mosca de tsé-tsé; • Insuficiência e danificadas de
infraestrutura de sanidade animal (tanques carracicidas, corredores e centros de controle sanitário);
• Fraca divulgação da matéria de extensão aos produtos;
• Fraco repovoamento pecuário de espécie de grande porte.
• Fraca capacidade técnica financeira dos privados;
• Falta de linha de crédito bancário; • Má conservação e gestão dos recursos
naturais e do meio ambiente; • Deficiente fiscalização das actividades
turísticas e comerciais; • Fraca aderência aos Fundos do FUTUR ; • Fraca capacidade de exploração de
recursos turísticos existentes; • Falta de financiamento aos operadores
locais; • Fraca qualidade de prestação de serviços
estabelecimentos turísticos; • Falta de infraestruturas básicas para o
desenvolvimento turístico (estradas e energia);
• Falta de promoção das praias; • Fraco poder de compra e venda; • Falta de instituição bancária e de
microcrédito;
Pebane
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Sector Potencialidades Problemas Educação e Juventude e Tecnologia
• Existência de Centro de recursos IEDA (Instituto de Educação a Distância aberta) e ensino do AEA (Alfabetização de Educação de Adultos) ;
• Docentes formados em matéria pedagógicas;
• Existência da rede escolar desde o ensino primário do 1º grau até o ensino Secundária 1º Ciclo;
• Existência de 17 Zip’s em todo distrito; • Elaborada a carta escolar digitalizada do
distrito como instrumento de planificação
• Existência de uma banco de dados em actualização sobre Infraestruturas escolares e recurso humanos;
• Isenção de taxas de matrícula para o ensino básico e da distribuição gratuita do material escolar;
• Existência de Conselhos de Escolas em todas escolas do Distrito;
• Existência de solos favoráveis para produção escolar agrícola;
• Insuficiência de quadros qualificados; • Morosidade na nomeação, promoção e
progressão do pessoal; • Insuficiência de docentes a todos níveis
de ensino; • Maior parte de infraestruturas de ensino
são de construção precária; • Falta do nível médio (ESG – 2º Ciclo) e
instituições de ensino técnico profissional no distrito;
• Falta de instituição de formação de tecnologias de Informação e Comunicação (TIC);
• Insuficiência de lares; • Insuficiência de meios didácticos (
laboratórios e bibliotecas) • Falta de casa de cultura; • Falta de centro de atendimento a crianças
com necessidades educativas especiais; • Insuficiência de mobiliário escolar;
Sector Potencialidades Problemas Saúde, Mulher e Acção Social
• Existência de parceiros cooperação (ADRA, COLOMBIA UNIVERSITY, ACTIONAID) nos cuidados de saúde e capacitação de no âmbito do HIV/ SIDA de parteiras tradicionais e activistas e na construção de infraestruturas hospitalares e residências para os técnicos;
• Existência de infraestruturas hospitalares;
• Existência do pessoal técnico nas várias áreas;
• Existência de Comité de Co-gestão Hospitalar;
• Formação do Conselho Comunitário de Saúde nas Comunidades;
• Insuficiência da rede sanitária; • Insuficiência do quadro técnico em
relação a demanda populacional; • Fraco saneamento do meio; • Falta de pulverização intra-domiciliária; • Insuficiência de meios circulantes; • Falta de serviços de estomatologia,
radiografia e bloco operatório; • Morosidade no pagamento subsídios de
alimento aos beneficiários do INAS; • Inexistência de uma morgue • Elevado índice de lepra ao nível da
província; • Falta de hospital rural; • Existência de 4.800 pessoas incapacitadas
para o trabalho (idosos, deficientes e portadores de doenças crónicas);
• Acesso deficiente em advocacia e direitos humanos;
• Falta de cadeiras de roda para deficientes físicos;
• Maior raio teórico dos utentes à unidade sanitária;
Pebane
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Sector Potencialidades Problemas
Planeamento e infraestrutura
Meio ambiente • Existência de bairro de expansão na vila
sede; • Existência de um viveiro que fornece
plantas para o combate a erosão; Transporte e comunicação • Acesso rodoviário, ligando-o aos
Distritos da Maganja da Costa, Mocuba e Gilé e deste para Nampula, além de outros ramais secundários de âmbito regional;
• Existência de 2 redes de telefonia móvel
• Existência de uma aeródromo operacional em Notocote e na Vila Sede;
Recursos minerais e energia • Potencial de areias pesadas; • Existência da Rede eléctrica nacional e
extensão (Instalação de gerador eléctrica no Posto Administrativo de Naburi);
Abastecimento regular de combustíveis e Lubrificantes; Infraestruturas: Existência de infraestruturas para o funcionamento dos serviços e para habitação dos funcionários;
• Ocupação desordenada do solo urbano e rural;
• Prática de ordenamento e • Deficiência saneamento do meio; • Falta de acções de educação cívica nas
comunidades; • Desmatamento da orla marítima e das
artérias da vila; • Erosão dos solos provocada pela acção
do homem; • Queimadas descontroladas; • Praticas técnicas inadequadas de cultivo
de terras; • Falta de sistema de comunicativo de e
informação de aviso prévio; • Abate descontrolado da vegetação
natural; • Exploração desregrada e insustentável
dos recursos naturais; • Fraca coordenação intersectorial; • Fraca capacidade institucional; • Falta de técnicos ambientalistas; • Fraca cobertura de acesso a Água potável
(poços e furos); • Infraestruturas degradadas, inadequadas e
insuficientes; • Inoperacional a rede de telefonia fixa
(TDM), 1 aeródromos no Posto Administrativo de Naburi e 1 porto na vila sede.
• Fraco sistema de transporte inter-distrital vice-versa;
• Fraco aproveitamento de recurso minerais;
• Falta de aproveitamento dos biocombustíveis
• Ocupação desordenada dos espaços; • Elevado exploração descontrolada dos
recursos nas dunas e ao longo da orla marítima e no declive índice Erosão;
• Abate indiscriminado de floresta e mangais;
• Falta de plano de ordenamento da praia; • Edifício não adequado e insuficiência
para o funcionamento dos Serviço Distritais.
• Insuficiência residências para o pessoal;
Pebane
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Sector Potencialidades Problemas Administração pública e Governação
• Em cursos a reforma do sector público; • Existência de infraestruturas
administrativas públicas ao níveis dos Postos Administrativos e Localidades;
• Falta de serviços de Procuradoria da República, Alfandega, Migração, Transmaritima;
• Fortes resistências as mudanças; • Fraca comunicação sectorial entre
instituições públicas e privadas; • Fraco conhecimento da legislações por
parte de alguns funcionários públicos • Fraca qualidade de prestação de serviços
de serviços público; • Falta de balcão único; • Excessiva burocracia e a demora na
tramitação documental; • Serviços Distritais subordinados as
Direcções Provinciais directamente ligados;
• Falta de incentivo os técnicos qualificados afectados nas zonas rurais;
Sector Potencialidades Problemas HIV/SIDA • Existência de Programas e
Organizações não Governamentais que trabalham de forma disseminar mensagem sobre o impacto da pandemia do HIV/ SIDA;
• Existência de serviços de GAS (Gabinete de Aconselhamento em Saúde);
• Fraco envolvimento das instituições na disseminação das mensagens do impacto do HIV/ SIDA nas comunidades rurais.
• Fraco envolvimento dos 66líderes comunitários na matéria;
• Fraco envolvimento dos órgão de comunicação social na disseminação da mensagem;
• Fraca capacidades de gestão e de coordenação no envolvimento de toda a sociedade no combate a pandemia;
• Fraco envolvimento das organizações da sociedade civil ( agente económicos e a comunidades religiosas);
• Negligência, crenças e os hábitos em algumas inibem a prática do sexo seguro;
• A prática do sexo desprotegido como fonte de obtenção de meios de sobrevivência;
Sector Potencialidades Problemas Justiça, ordem e Segurança Publica
Existência de instituições ligadas ao sector.
• Insuficiência de meios circulantes e humanos; • Insuficiência de meios de comunicação entre
Postos Administrativo (rádio tipo HF); • Falta de instalação adequadas para funcionamento
dos serviços de comando distrital; • Fraca expansão da rede de policiamento
comunitário;
Pebane
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6.4 Estratégia de desenvolvimento
6.4.1 Pilares de desenvolvimento
Com base nas potencialidades acima indicadas, foram determinadas estratégicas que o
distrito poderá capitaliza-las para impulsionar e acelerar o desenvolvimento com vista a
redução da pobreza. Sendo assim, foram determinados 4 pilares de desenvolvimento do
distrito de Pebane, a saber:
1. Dinamizar a prática do turismo, através da exploração das potencialidades
turísticas existentes;
2. Desenvolver e massificar a produção agropecuária,
3. Garantir o aproveitamento do pescado e outros produtos marinhos;
4. Alargar a cobertura da rede dos serviços sociais através da melhoria e construção de infraestruturas básicas.
6.4.2 Objectivos e Acções Estratégicas por áreas de actividades
Objectivo Estratégico 1: Agricultura Objectivo estratégico : • Promover a produção e a produtividade e
garantir o uso sustentável de recursos existentes.
Objectivos específicos • Aumentar a produção produtividade agrícola; • Expandir as áreas de cultivo; • Melhorar as técnicas de cultivo;
Objectivo Estratégico 2: Pecuária
Objectivo Estratégico: • Melhorar a produção agropecuária.
Objectivo específico: • Aumentar o efectivo animal do distrito; • Massificar o uso da tracção animal • Introduzir novas técnicas de cultivo com uso de
tracção animal • Melhorar o fomento pecuário. • Combater as doenças no animais (Newcastle,
tripanossoma, sinorose, Peste suína Africana, Raiva, etc.);
Pebane
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Objectivo Estratégico 3: Industria e comércio Objectivo Estratégico • Revitalizar e expandir a rede industrial e
comercial no Distrito;
Objectivo específico • Garantir a disponibilidade de produtos da 1ª
necessidade; • Alargar a rede industrial e de processamento;
Objectivo Estratégico 4: Turismo
Objectivo estratégico • Desenvolver um turismo responsável e
sustentável e elevar o nível de o aproveitamento das potencialidades turística do distrito
Objectivo específico • Promover a conservação e protecção da
biodiversidade; • Atrair investidores a desenvolver o turismo com
vista a respeitar os valores culturais na estimulação a auto-estima das comunidades
• Contribuir para criação de emprego; Objectivo Estratégico 5: Pesca
Objectivo estratégico Garantir o processamento e a Conservação do Pescado,
Objectivos específicos • Melhorar o abastecimento interno do
pescado para cobrir uma parte do défice alimentar no Distrito;
• Melhorar as condições de vida das comunidades pesqueiras.
• Melhorar das técnicas tradicionais de pesca; • Promover acções para uso sustentável de
recursos pesqueiro; Objectivo Estratégico 6: Infraestruturas, água, energia e edificação
Objectivo Estratégico • Acesso água à potável à População; • Alargar a rede de infraestruturas no distrito • Alargar a rede de energia eléctrica;
Objectivo específico • Reabilitação do sistema de abastecimento de
água e expansão da rede; • Construção, reabilitação e expansão dos
pequenos sistemas de abastecimento de água;
• Alargar o serviço de energia eléctrica; • Garantir a construção e reabilitação e
melhoramento das infraestruturas; Objectivo Estratégico 7: Meio ambiente e recursos minerais
Objectivo estratégico • Garantir a exploração sustentável dos
recursos naturais;
Objectivo específico • Garantir a exploração racional dos recursos
naturais;
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Objectivo Estratégico 8: Educação
Objectivo estratégico • Aumentar o acesso a educação e
melhorar a qualidade de Ensino;
Objectivo específico • Garantir o aumento e melhoramento das
infraestruturas escolares • Expandir a rede escolar e reduzir as
disparidades de género; Objectivo Estratégico 9: Saúde, Mulher e Acção Social
Objectivo estratégico • Aumentar a qualidade de resposta na
prestação dos cuidados básicos a comunidade.
Objectivo específico • Alargar a rede sanitária do distrito; • Melhorar a qualidade dos serviços;
Objectivo Estratégico 10: Administração Pública e Boa Governação
Objectivo estratégico • Melhorar a prestação de serviço aos
utentes
Objectivo específico • Profissionalizar os funcionários público; • Assegurar a simplificação dos
procedimentos Administrativos e de atendimento público;
• Reduzir a ocorrência de conflitos nas comunidades;
- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2010, Governo
Distrital.
- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2011, Governo
Distrital.
- CENACARTA - http://www.cenacarta.com
- Conta Geral do Estado 2011 e 2010 – Ministério das Finanças, Direcção Nacional
do Orçamento.
- District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007 - Based on
consumption adjusted for calorie underreporting - Ministério do Plano e Finanças,
Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas.
- Estrutura Tipo do Governo Distrital - Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril.
- Fichas estatísticas para o perfil distrital – Serviços Distritais
- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo agropecuário, 2009-2010.
- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Recenseamento da População de 2007.
- Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.
- Ministério da Educação, Estatísticas Escolares.
- Ministério da Saúde, Estatísticas da Saúde.
- Perfil Distrital de 2005, Ministério da Administração Estatal, Direcção Nacional da
Administração Local.
- Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital, Governo Distrital (Plano para
cinco anos)
- Regulamento da Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2010,
Governo Distrital.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
Governo Distrital.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDAE
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDPI
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDSMAS
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDEJT
- Relatório sobre Pobreza e Bem-estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional
(Outubro de 2010), Ministério do Plano e Finanças, Direcção Nacional de Estudos e
Análise de Políticas.
- Revista de Marketing Territorial – Ministério da Administração Estatal, Direcção
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Pebane
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Maputo - Moçambique
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