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Analise socioeconômica e ambiental de Forte Coimbra – Corumbá/MS
Eliana M. F. da Silva 1; Évellyn A. Espíndola 1; Evaldo L. G. Espíndola 1; Bruno P. Jacobsem 1;; Neuza F. Bernardino 1;Paula V. G.Monzane 1
1.Universidade de São Paulo(USP)[email protected]
Palavras-chave: Rio Paraguai; Exercito Brasileiro: Meio AmbienteTitulo Abreviado: Perfil socioeconômico de Forte Coimbra
ABSTRACT
Fort Coimbra, at the margins of Paraguay river, at Brazil’s border with Bolivia and
Paraguay, is placed in the city of Corumbá, and was built in 1775. In the same place
(which can be reached only by water or by air) is found this fort with the same name,
built in 18th century and owned by the Brazilian Army’s 3 rd Border Company. The 38
students of the Environmental Engineering course from USP spent 4 days (June 29 th to
July 3rd) in Fort Coimbra and developed activities in General and Applied Ecology
subject. During the visit, the students were divided in three groups that analyzed the
local vegetation, limnological and socioeconomic aspects. The small village, with
approximately 300 inhabitants, is constituted by military people with their relatives (the
majority) and civilian people. Every support and help to the area, which is about 4 Km2,
are Brazilian Army’s responsibility, which includes orientation and collection of the
recyclable trash, house repairs, treatment and distribution of water, and medical and
dental care for everyone. Water samples were collected in many sampling places (to
parameter and toxicological analysis in laboratory), collection and observation of native
vegetation, and questionnaires concerning socioeconomic situation and environmental
perception of the inhabitants were made. Preliminary environmental results can be
emphasized, like the urgent need of sewage treatment, since it is currently thrown into
the river without going through any process. The surrounding vegetation is fairly
preserved, and presents native species like the “caradazais”. In the interviews with the
1
residents, it is noticed that they are grateful to the army for the support they receive.
Besides, they can notice the periods of floods and the reduction of fish and hunting,
which is almost extinct.
Key-words - Fort Coimbra; Socioeconomic situation; Environmental perception
RESUMO Forte Coimbra, as margens do rio Paraguai, fronteira com Bolívia e Paraguai,
localiza-se no município de Corumbá sendo fundado em 1775. No mesmo local (com
acesso apenas por água ou ar) encontra-se o Forte de mesmo nome, construído no séc.
XVIII e pertencente a 3º Companhia de Fronteira do Exército Brasileiro. A visita pelos
38 alunos do curso de Engenharia Ambiental/USP constituiu-se de 4 dias ( 29 de Junho
a 3 de Julho) e fez parte de atividades desenvolvidas na disciplina Ecologia Geral e
Aplicada. Durante a visita, os alunos subdividiram-se em três grupos onde analizou-se
aspectos da vegetação local, limnológicos e socioeconômicos. O pequeno vilarejo com
cerca de 300 pessoas, é constituído em sua maioria de militares, seus familiares e
também população civil. Toda a manutenção e atendimento a área que é de cerca de 4
km está a cargo do Exército Brasileiro, que entre outras coisas realiza um trabalho de
orientação e recolhimento do lixo reciclável, reparos das residências, tratamento e
distribuição de água e atendimento médico odontológico a todos. Foram feitas coletas
de água em vários pontos (para análises de parâmetros e toxicológicas em laboratório),
coletas e observação da vegetação nativa, bem como preenchimento de formulario
socioeconômico e de percepção ambiental da população local. Resultados ambientais
preliminares podem ser destacados como a necessidade urgente do tratamento de esgoto
que é jogado in natura no rio. A vegetação, relativamente preservada, apresenta
espécies nativas destacando-se os carandazais. Nas entrevistas com os moradores, entre
outros resultados, percebe-se o sentimento topofilico em grande parte destes, o
2
sentimento de gratidão ao exército (principalmente pelos civis) pelos auxílios que
recebem e a observação de mudanças nos ciclos das cheias do rio Paraguai, e
diminuição do pescado e da caça quase extinta.
Palavras chaves – Forte Coimbra; Perfil socioeconômico; Percepção ambiental.
1. INTRODUÇÃO
Construído no final do séc. XVIII, Forte Coimbra é um dos mais importantes pontos
de defesa do território Brasileiro, constituindo-se também de importante fonte histórica
(envolvendo heroísmo e fé) e de turismo(Figura 1). Assim como sua existência, sua
manutenção está a cargo do Exército Brasileiro, estando aberto a visitação, desde que
previamente agendadas. De acordo com Andrade (2009) o Forte teve toda sua estrutura
reformada em 2008 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -
IPHAN sendo ainda encontrados peças, documentos e informações sobre o local em um
pequeno museu. Ainda segundo Andrade (opus. cit.) as visitas foram abertas na
tentativa de se criar um roteiro turístico para ajudar na manutenção do local, uma vez
que esta é feita apenas pelo exercito.O acesso ao local dá-se apenas via aérea ou fluvial,
esse último através de embarcações, muitas vezes do próprio exército.
Figuras 1– Forte Coimbra(foto: Evaldo Espíndola, 2009).
3
De acordo com o atual comando, por conta da ausência de políticas públicas aos
civis , existe um projeto em estudo, para retirada dos mesmos da área. Fato esse que a
população nativa não aceita, mas concorda com o comando no que se refere a
necessidade de uma maior assistência do município de Corumbá, a qual o Forte
pertence.
2. OBJETIVOS
A presente pesquisa constituiu-se da visita pelos 38 alunos do curso de Engenharia
Ambiental/USP e fez parte de atividades desenvolvidas na disciplina Ecologia Geral e
Aplicada, tendo por objetivo conhecer o ecossistema do pantanal, bem como a
percepção ambiental dos moradores da Vila de Coimbra.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para desenvolvimento da presente pesquisa, o grupo de alunos subdividiu-se em
três grupos para análise da água, da vegetação e do perfil social do local. As coletas de
água foram feitas em diferentes pontos, tanto no Rio Paraguai quanto nos corixos
(pequenos cursos fluviais perenes), analisando-se as variáveis temperatura, oxigênio
dissolvido, pH e condutividade.As análise toxicológicas foram feitas em laboratório.
Foram feitos levantamentos da vegetação nativa e seu estado de preservação através da
visita in loco e coleta de material. Para análise do perfil socioeconômico utilizou-se a
técnica da observação, entrevista e preenchimento de formulários semi-estruturado
(perguntas abertas e fechadas). O resultado deste último, objetivo deste trabalho estão
expressos a seguir:
4. RESULTADOS
4.1.Identificação dos entrevistados
Dos quase 380 moradores da Vila de Coimbra, foram entrevistadas 36 famílias,
sendo 24 militares e 12 civis, o que reforça informações anteriores de que militares
4
seriam a maioria no vilarejo. Deste número, 25% eram homens e 75% eram mulheres,
fato este que evidencia o período de trabalho dos chefes de família em maior parte,
militares. Em relação à origem dos entrevistados, observa-se que 47% são nativos da
região, entre nascidos em Coimbra e em Corumbá. A maior parte (53%) são de famílias
de militares, provenientes de outros estados ou regiões do Mato Grosso do Sul. Com
relação à origem das famílias, apenas duas (6%) são de origem paraguaia, o restante
(94%) é de origem brasileira (Figura 2).
Origem dos entrevistados
47%
53%
Nativos da região Não-nativos da região
Figura 2 – Origem dos entrevistados
Em relação à faixa etária dos entrevistados, há uma predominância na
faixa de 31 a 40 anos (34%), confirmando informações anteriores dadas pelos
comandantes de que a idade média dos moradores é de 40 anos, já que os mais novos
vão embora da região ou vão trabalhar em fazendas próximas. Verificou-se que aqueles
que têm idade acima de 50 anos (19% dos entrevistados) são os nascidos em Coimbra.
Esse número reflete também a pequena porcentagem de aposentados (14%).
O tempo de residência em Coimbra está relacionado à maior porcentagem de
militares, que, em sua maioria, permanecem na região, por no mínimo 2 e no máximo
20 anos quando entram para a reserva. Aqueles que estão em Coimbra há mais de 50
anos são os que pertencem a famílias que sempre viveram na região (Figura 3).
5
Dos entrevistados, a maioria (69%) alegou ser casada, tendo em média 2
filhos, fato surpreendente por não haver campanhas ou fornecimento gratuito de
anticoncepcionais, entre outros métodos contraceptivos. Acredita-se, portanto, que a
população esteja conscientizada da importância do planejamento familiar, até mesmo
pelas dificuldades impostas na região, como a dos atendimentos médicos, que são feitos
também aos civis pelo médico do exército. Os atendimentos odontológicos também são
estendidos a comunidade e de acordo com o Cap. Eduardo, atual comandante do Forte,
muitas vezes até mesmo pessoas residentes nas fazendas próximas recebem
atendimento.
0
24
68
10
12
14
Nº de entrevistados
acima de50 anos
de 30 a 40anos
de 20 a 30anos
de 10 a 20anos
de 1 a 10anos
menos de1 ano
Tempo de residência em Coimbra
Figura 3– Tempo de residência dos entrevistados em Coimbra
Em relação ao grau de instrução dos entrevistados (Figura 4),
observa-se concentração em dois extremos. De um lado nenhuma instrução (14%) e
ensino fundamental incompleto (25%) e, em outro, ensino médio completo (31%) e
graduação (14%). O segundo evidencia a presença maior de famílias de militares vindas
de outras regiões com acesso maior à educação. O ensino médio passou a ser oferecido
recentemente em Coimbra, porém este fato não altera a ocupação principal dos
entrevistados (Figura 5), o que, devido à falta de oferta de trabalho no local, pode ter
influenciado os 44% que disseram ser donas de casa. Quanto à renda familiar,
6
novamente uma porcentagem maior revela a presença grande de militares (39% têm
renda acima de 1000 reais).
0
2
4
6
8
10
12
Nº de entrevistados
Nenhum Ensinofundamentalincompleto
Ensinofundamental
completo
Ensino médioincompleto
Ensino médiocompleto
Graduação
Graus de instrução
Figura 4 – Grau de instrução dos entrevistados
02468
10121416
Nº de pessoas
Dona decasa
Pescador Servidorpúblico
Trabalhoinformal
Comerciante Aposentado Estudante
Ocupação
Figura 5 – Ocupação principal dos entrevistados
4.2. Características domiciliares e da área de entorno
Todas as habitações da vila são casas construídas em áreas cedidas pela União,
ou seja, não existe propriedade do local por parte dos moradores, que em sua maioria,
são em 4 por habitação. As construções são básicas, sendo que o tipo predominante é o
de alvenaria (72%), com predominância de telhados (55%) e de pisos (83%). Foi
encontrada apenas uma casa de construção em taipa onde os moradores são nativos e a
família está em Coimbra a gerações.
7
O abastecimento de água (com 44% dos entrevistados referindo-se a tratamento
convencional) e energia elétrica é de 100%, sendo que o primeiro é de responsabilidade
do exército e exige pagamento de taxa (tratamento e abastecimento), e o segundo fica a
cargo da Empresa de Energia do Estado de MS - ENERSUL, sendo que o consumo é
pago via boleto na cidade de Corumbá. O esgoto doméstico é lançado diretamente no
rio (Figura 6) sendo observado que, durante as entrevistas, as pessoas se sentiram
constrangidas com o fato.O lixo gerado é coletado três vezes por semana. A coleta
seletiva ocorre duas vezes por semana, sendo orientada, coordenada e realizada também
pelo exército, e acontece em 69% das residências O lixo orgânico é disposto em lixão e
o reciclável é armazenado pelo exército e, posteriormente, vendido para conversão em
melhorias para a comunidade(Figuras 7 e 8).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Nº de pessoas
Fossa Negra Escoamentoa céu aberto
Fossaséptica
Diretamenteno rio
Outros Semresposta
Sistema de esgoto
Figura 6 – Sistema de esgoto segundo os entrevistados
8
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Nº de pessoas
Céu aberto Queimado Enterrado Coleta pública Sem resposta
Sistema de disposição de lixo
Figura 7 – Sistema de disposição de lixo segundo os entrevistos
Separação de lixo na residência
69%
14%
17%
Sim Não Sem resposta
Figura 8 – Separação de lixo nas residências
Em relação à situação da vegetação nativa, as opiniões são divididas entre os
entrevistados. Metade diz que a lei é respeitada e a outra metade diz que, de alguma
maneira, não é. Em se tratando de pesca, as principais espécies encontradas segundo os
entrevistados são pacu, piranha, jaú, pintado e bagre, e a oferta maior ocorre de julho a
setembro, sendo respeitada a época da piracema. Aqueles que vivem da pesca (14% das
famílias dos entrevistados) vendem seu pescado na comunidade e em hotéis (Figura 9).
O armazenamento é feito por salgamento ou congelamento. No entanto, eles alegam a
9
diminuição do estoque em relação a anos anteriores, à medida em que se observa
diferença no ciclo das cheias, com secas mais intensas (Figuras 10 e11). No entanto,
apesar da percepção de mudanças, 82% dos entrevistados não souberam explicar o
porque delas (Figura 12).
Segundo os entrevistados há mais tempo na comunidade, a caça (antigamente
mais abundante), é constituída, em sua maioria, de porco-do-mato, tatu e cervo, não
havendo elevado consumo. Quanto à agricultura, a maioria não exerce tal atividade,
nem mesmo em hortas de quintal.
0
5
10
15
20
25
Nº de entrevistados
Pecuária Pesca Agricultura(horta)
Outro Sem resposta
Atividades desenvolvidas
Figura 9 – Atividades desenvolvidas pelas famílias de moradores entrevistados
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Nº de entrevistados
Intensidade dascheias
diminuindo
Intensidade dascheias
aumentando
Sem alteração Sem resposta
Observação de diferença no ciclo de cheias
Figura 10 – Observação de diferença no ciclo de cheias pelos entrevistados
10
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Nº de entrevistados
Razoável Mais forte Mais forte econstante
Semalteração
Sem resposta
Observação da intensidade da seca
Figura 11– Observação da intensidade da seca pelos entrevistados
Fatores que influenciam nas mudanças no período de seca
6% 3% 3% 3%
3%
82%
Clima Homem Criação de gado Poluição Queimadas Não souberam informar
Figura 12 – Fatores que, segundo os entrevistados, influenciam nas secas
4.3. Informações sobre saúde, educação, lazer, relações familiares e vínculo com o local.
Com relação à saúde dos entrevistados, 33% dizem ter algum tipo de problema e
59% disseram que seus familiares já tiveram ou ainda enfrentam problemas. Como
observado anteriormente, todos os moradores recebem atendimentos médico e
odontológico gratuitos, fornecidos pelo exército, incluindo medicação. Problemas mais
graves exigem transferência para Corumbá ou Campo Grande. Em caso de gestação, as
mulheres são transferidas para Corumbá quando completam o sétimo mês, onde
permanecem até o parto. Os movimentos sociais (associações de moradores, ONGs, etc)
11
são inexistentes no local. A participação da comunidade está restrita à igreja e ao salão
da escola (67% dos entrevistados). As atividades de lazer e recreação são demonstradas
na Figura 13. Os conflitos entre vizinhos e autoridades locais não foram citados pelos
entrevistados.
Figura 13 – Principais atividades de lazer dos entrevistados
Quando perguntados sobre o vínculo com o local, a grande maioria (86%) dos
entrevistados afirmou gostar da tranquilidade, do sossego e da segurança. Quanto ao que
poderia ser melhorado, foram citados transporte, asfalto, maior número casas, estradas,
pet shop, lanchonete, quadras, cursos, retorno da urna eleitoral, coberturas para conforto
térmico, creche, banco, correio, etc.
Sobre o projeto de retirada dos civis da área, apenas 7% foram a favor da
medida. A maior parte (93%) representa os que não são a favor ou que não acreditam
que isso ocorrerá.
12
5. CONCLUSÕES
Uma das dificuldades encontradas durante a pesquisa foi a quase ausência de
bibliografia e estudos sobre a área. Dificuldade também encontrada por Sinigáglia
(1998) médico do exercito quando de sua passagem por duas semanas pelo Forte.
Através do site deste, várias informações foram colhidas para realização desta pesquisa.
Toda informação coletada, como dito, foi feita através da internet, da história oral da
população de Coimbra, e principalmente do comando local. Segundo informação, existe
uma obra bibliográfica sobre a região, composta por dois volumes, escrita por um antigo
comandante nos anos 60 e que infelizmente não foi acessada.
Através do estudo feito pode-se perceber que os militares são os que têm grau de
instrução mais elevado.Apenas os civis que possuem condições de transitar de Coimbra
para outras cidades maiores (e vice-versa) alcançam um nível de instrução mais alto.
O lixo coletado é levado para um lixão a céu aberto, onde é disposto
separadamente: garrafas pet, latas, papelão e lixo orgânico. Os três primeiros são
compactados e vendidos como material reciclável e o lixo orgânico é geralmente
queimado. Os restos de alimentos do quartel são encaminhados à pocilga para servir de
alimento aos porcos. Como alternativa para uma disposição de lixo orgânico menos
impactante, poderia ser utilizado o sistema de compostagem, rentável economicamente
e simples de ser implantado. Alguns entrevistados alegam não ter consciência da coleta
seletiva, enquanto que a grande parte deles diz que os militares os conscientizam
fortemente, organizando coletas e disposição de resíduos. Entretanto, alguns dos que
estão cientes de tais atividades não realizam a devida separação do lixo.
A água é tratada pelo próprio exercito, através de um sistema simples de
filtração, coagulação com sulfato de alumínio e cloração. Depois, é fornecida à
população, e os resíduos do processo são lançados de volta ao rio. O sistema de
13
tratamento é ineficiente: muitos moradores alegaram já ter tido problemas de saúde
devido ao consumo da água. Para um tratamento mais eficiente, é necessário um estudo
aprofundado do caso, adequando o tratamento às características do afluente da pequena
estação.
O esgoto é totalmente lançado no rio in natura, sem nenhum tratamento, o que
não chega a ser um problema grave, por se tratar de uma população pequena, sem
resíduos industrias ou químicos, mas deve-se atentar para o futuro. Devido ao fato do
tipo de dejeto de esgoto ser somente domiciliar e de quantidade reduzida, somado ainda
ao grande volume do rio, não há um impacto significativo. Ainda assim, um tratamento
dos efluentes domésticos seria interessante para a manutenção do equilíbrio ecológico
local.
No que diz respeito à educação é necessária uma reavaliação do método de
ensino, já que a demanda de alunos é pequena e há possibilidade de aprendizado
temático do meio socioeconômico local e do meio ambiente. A criação de uma horta
comunitária, compostagem e separação do lixo podem ser introduzidas desde o nível
escolar, envolvendo a comunidade como um todo, aproveitando melhor o meio em que
vivem e aumentando as possibilidades de ocupação e aprendizagem.
A tecnologia recém chegada, como a energia elétrica na década de 90 e a
Internet, exige o pagamento de altas taxas, por vezes inadequadas às condições da
comunidade. Ao mesmo tempo, possibilita o acesso a outros meios de entretenimento,
como televisão, computador e rádio. Sendo assim, os valores pagos deveriam ser
reavaliados juntamente com a companhia fornecedora.
Pode-se constatar também a grande gratidão que a população nativa/civil tem
com os militares, uma vez que estes a auxiliam na segurança e em manutenções e
necessidades básicas. No entanto verificou-se a ausência de maior intervenção de
14
poderes ou amparos públicos do município a qual pertence a região, ficando a
população civil a cargo do exército sendo esse o fato a desencadear um projeto (em
estudo) de retirada das famílias do local.
6.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE,S. (2009) www.capitaldopantanal.com.br Acesso em Julho de 2009
SINIGÁGLIA ,I. (1998) www.ivan.med.br/fortecoimbra Acesso em Julho de 2009
www.portalms.com.br Acesso em Julho de 2009
www.exercito.gov.br/060Ms/Infantr/Cia/Fronteir/.../Indice.htm Acesso em Julho
de 2009
AGRADECIMENTOS
A 3º Companhia de Fronteira do Exército Brasileiro
A comunidade de civis e militares de Forte Coimbra
Ao Prof. Dr. Evaldo L.G. Espíndola por proporcionar a atividade
A todos os alunos que auxiliaram nos trabalhos e posteriormente na redação deste artigo
A Ana Elisa F. Carvalho pelo auxilio no abstract
15