Perguntas e Respostas Direito

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  • 8/17/2019 Perguntas e Respostas Direito

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    PERGUNTAS E RESPOSTAS

    26º CONCURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: RESOLUÇÃO CSMPF Nº 116/2011

    GRUPO I

    DIREITO CONSTITUCIONAL E METODOLOGIA JURDICA

    1!

    "! C#$%&'&()'#$"*'%+#: ,'%&-.')#! M#*#% )')*#% )#$%&'&()'#$"'%!C#$%&'&()'#$"*'%+# .'$)''"*'%&" $##%'&''%+#! C#$%&'&('34#: )#$)35%!C*"%%'')"34#! S(.+")'"! L'7."*'%+# D'.'8'%+#!

    7! P#. L8'%*"&'#! O.8"$'9"34#! A&.'7('35% # C#$8.%%# N")'#$"*!C#+&$)'"% # S$"# " C;+"."! L8'%*"&'# %#7."$'" #(*".! A ).'% "..%$&"34# #*7*')#: ?'%&-.'" .'$)

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    Constituição5 *ipottica porue essa norma não posta pelo &stado apenas pressuposta. Não está a sua (ase no direito positi"o ou posto, já ue ela própria está notopo do ordenamento5 e (/ jurídico-positi"o: auela )eita pelo poder constituinte,constituição escrita, a norma ue )undamenta todo o ordenamento jurídico. No nossocaso seria a C677. 8 algo ue está no direito positi"o, no topo na pir9mide. $ normain)raconstitucional de"e o(ser"ar a norma superior e a Constituição, por conse%ncia.4essa concepção nasce a idia de supremacia )ormal constitucional e controle deconstitucionalidade, e de rigide; constitucional, ou seja, necessidade de proteger anorma ue dá "alidade a todo o ordenamento. Para ele nunca se pode entender o direitocomo )ato social, mas sim como norma, um sistema escalonado de normas estruturas edispostas *ieraruicamente, onde a norma )undamental )ec*a o ordenamento jurídicodando unidade ao direito.

    - Concepção Política: 4e)endida por Carl Sc*mitt no li"ro #3eoria da Constituição#.

    ? tra; as normasue decorrem da decisão política )undamental, normas estruturantes do &stado, uenunca poderão ser re)ormadas. $ @? será ue esti"er no te'to escrito, mas não )or decisão política )undamental, e': art. @A@, BB > e @, C - matria adstrita D lei, masue está na Constituição, podendo ser re)ormadas por processo de re)ormaconstitucional.

    - Concepção Cultural: $ Constituição produto da cultura +)ato cultural/. 3ra(al*a de)orma complementar todas as concepções descritas acima +sociológica, jurídica e

     política/ desen"ol"endo a lógica de ue a constituição possui )undamentos di"ersosarraigados em )atores de poder, decisões políticas do po"o e normas jurídicas de de"er ser "inculantes. Surge aui a ideia de uma constituição total.

     Na concepção moderna, temos as seguintes acepções do termo constituição: )orçanormati"a da constituição5 constitucionali;ação sim(ólica5 constituição a(erta5constituição dirigente.

    - orça Normati"a da Constituição 2onrad 1esse - critica e re(ate a concepção tratada por erdinand !assalle. $ Constituição possui uma )orça normati"a capa; de modi)icar a realidade, o(rigando as pessoas. Nem sempre cederia )rente aos )atores reais de poder,

     pois o(riga. 3anto pode a Constituição escrita sucum(ir, uanto pre"alecer, modi)icandoa sociedade. = S3 tem utili;ado (astante esse princípio da )orça normati"a daConstituição em suas decisões.

    - Constitucionali;ação Sim(ólica Earcelo Ne"es. Cita o autor ue a norma merosím(olo. = legislador não a teria criado para ser concreti;ada. Nen*um &stado

    4itatorial elimina da Constituição os direitos )undamentais, apenas os ignora. &':salário-mínimo ue #assegura# "ários direitos.

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    - Constituição $(erta Peter 1F(erle e Carlos $l(erto Siueira Castro. !e"a emconsideração ue a Constituição tem o(jeto din9mico e a(erto, para ue se adapte Dsno"as e'pectati"as e necessidades do cidadão. Se )or a(erta, admite emendas )ormais+&C/ e in)ormais +mutações constitucionais/, está repleta de conceitos jurídicosindeterminados. &': art. G, HI, C - no conceito de #casa# está incluso a casa e oescritório onde e'erce ati"idade pro)issional. $ ideia dele ue nós de"emosurgentemente recusar a ideia de ue a interpretação de"e ser monopoli;adae'clusi"amente pelos juristas. Para ue a Constituição se concreti;e necessário uetodos os cidadãos se en"ol"am num processo de interpretação e aplicação daconstituição. = titular do poder constituinte a sociedade, por isso ela de"e se en"ol"er no processo *ermen%utico de materiali;ação da constituição. &ssa idia a(re espaço paraue os cidadãos participem cada "e; mais nessa interpretação.

    - Constituição 4irigente. +a(ai'o e'plicitada/

    +3rec*o do Jesumo @K EP/.

    2 A C#$%&'&('34# )#+# #.3" $#.+"&'" %(% "(.%!

    R: - orça Normati"a da Constituição 2onrad 1esse - critica e re(ate a concepçãotratada por erdinand !assalle. $ Constituição possui uma )orça normati"a capa; demodi)icar a realidade, o(rigando as pessoas. Nem sempre cederia )rente aos )atores reaisde poder, pois o(riga. 3anto pode a Constituição escrita sucum(ir, uanto pre"alecer,

    modi)icando a sociedade. = S3 tem utili;ado (astante esse princípio da )orçanormati"a da Constituição em suas decisões.

    +3rec*o do Jesumo @K EP/.

    A C#$%&'&('34# '.'8$& " #%'34# "&("* C"$#&'*,#!

    R: 0.0. Canotil*o desen"ol"e a ideia de Constituição dirigente. Para o autor, aconstituição passa inter)erir de modo ati"o na sociedade, )ornecendo prestações e'igidas

     pelas demandas sociais ue clama"am por justiça social. Segue uma rota ideológicaoposta ao &stado li(eral. $ Constituição dirigente não pode ser compreendida como uminstituto jurídico-político estruturador do estado e de)inidor do sistema de compet%nciase atri(uições dos seus órgãos. &la tem )unção de organi;ação do plano normati"o-material glo(al, dotada de um caráter a(erto, cláusulas gerais, ue "incula os poderes

     pL(licos em (usca da concretude dos anseios populares. Isso signi)ica uma imposiçãoda ordem constitucional D ordem política, ue se sujeita aos postulados constitucionais.3al posicionamento aca(ou por ser re"isto pelo pro)essor, diante de alguns pro(lemasue )oi incapa; de solucionar: pro(lemas de inclusão, de re)er%ncia, de re)le'ão, de

    uni"ersali;ação, de materiali;ação do direito e de rein"enção do território estatal.$ssim, passou a seguir a ideia de constitucionalismo moralmente re)le'i"o, )ormulado

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     por Mlric* Preuss e seguido de perto por Canotil*o.

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    >. $tri(uições legislati"as

    @. $tri(uições meramente deli(erati"as

    . $tri(uições de )iscali;ação e controle

    A. $tri(uições de julgamento de crime de responsa(ilidade

    G. $tri(uições constituintes

    +3rec*o do Jesumo @G EP/.

    2!

    "! C#$%&'&('34# )#%+##*'&'%+#! O "* # '.' )#+"."# "% $#.+"%

     H(.'%.($)'" '$&.$")'#$"'% $" '$&..&"34# " C#$%&'&('34#!

    7! P#. E)(&'#! ?'%&-.')#! P.%'$)'"*'%+# P".*"+$&".'%+#! P.%'$& "R>7*')": %&"&(! C#+&$)'"%! P#. $#.+"&'# "(&$#+#K *8"# .8(*"+$&".! M'$'%&.#% E%&"#!

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    @R","*

    1 O ( = &."$%)#$%&'&()'#$"*'%+#

    R: = transconstitucionalismo o entrelaçamento de ordens jurídicas di"ersas, tantoestatais como transnacionais, internacionais e supranacionais, em torno dos mesmos

     pro(lemas de nature;a constitucional. =u seja, pro(lemas de direitos )undamentais elimitação de poder ue são discutidos ao mesmo tempo por tri(unais de ordens di"ersas.Por e'emplo, o comrcio de pneus usados, ue en"ol"e uestões am(ientais e deli(erdade econTmica. &ssas uestões são discutidas ao mesmo tempo pela =rgani;ação

    Eundial do Comrcio, pelo Eercosul e pelo Supremo 3ri(unal ederal no

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    ("* " '.$3" $&. .%'$)'"*'%+# ".*"+$&".'%+#

    R: Presidencialismo e parlamentarismo são sistemas de go"erno.

    = parlamentarismo caracteri;a-se pelo )ato de ue o C*e)e de Yo"erno, premier ou

     primeiro ministro, normalmente indicado pelo C*e)e de &stado e escol*ido pelosrepresentantes do po"o +não pelo po"o diretamente/. ica no cargo enuanto ti"er acon)iança do Parlamento. = poder &'ecuti"o no parlamentarismo e'ercido peloYa(inete dos Einistros. =s Einistros de &stado são indicados pelo premier e sãoapro"ados pelo parlamento. Sua responsa(ilidade solidária5 se um sair todos saem, emtese.

     No presidencialismo, por outro lado, o C*e)e de &stado e C*e)e de Yo"erno secon)undem em uma só )igura. $o contrário do ue ocorre no parlamentarismo, o C*e)ede &stado tem responsa(ilidade política. = c*e)e de go"erno o presidente eleito pelo

     po"o, direta ou indiretamente. ica no cargo por tempo determinado, pre"isto naConstituição.

    S- = #%%

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    R: - Segundo o art. >@ da Constituição, )unção institucional do Einistrio PL(lico,dentre outras, promo"er a ação de inconstitucionalidade ou representação para )ins deinter"enção da Mnião nos &stados.

    - Como regra, a Constituição esta(elece a autonomia na organi;ação político-administrati"a dos entes )ederados. No entanto, de )orma e'cepcional, poderá *a"er inter"enção )ederal ou estadual caso se con)igure situação de anormalidade,suprimindo-se, temporariamente, a autonomia do ente.

    - $ inter"enção )ederal pode "isar, por e'emplo, repelir in"asão de uma unidade daederação em outra, pTr termo a gra"e comprometimento da ordem pL(lica ou garantir o li"re e'ercício de ualuer dos Poderes, com a )inalidade maior de de)ender o

     princípio )ederati"o.

    - No caso de "iolação de princípios constitucionais sensí"eis +art. A, RII/, a inter"enção)ederal dependerá de pro"imento, pelo S3, de representação do Procurador-Yeral daJepL(lica.

    - Para o Einistro Celso de Eello, Oo mecanismo de inter"enção constitui instrumentoessencial D "ia(ili;ação do próprio sistema )ederati"o, e, não o(stante o caráter e'cepcional de sua utili;ação necessariamente limitada Ds *ipóteses ta'ati"amentede)inidas na Carta Política -, mostra-se impregnado de mLltiplas )unções de ordem

     político-jurídica, destinadas +a/ a tornar e)eti"a a intangi(ilidade do "ínculo )ederati"o5

    +(/ a )a;er respeitar a integridade territorial das unidades )ederadas5 +c/ a promo"er aunidade do &stado ederal e +d/ a preser"ar a incolumidade dos princípios )undamentais

     proclamados pela Constituição da JepL(lica.

    - $ instauração do processo de controle de constitucionalidade, para )ins de inter"enção, pri"ati"a do Procurador-Yeral da JepL(lica, como representante judicial da Mnião+E&N4&S, 4IJ&I3= PZQ/.

    - Identi)ica-se aui, pois, nitidamente, o interesse jurídico +Jec*tssc*ut;(edr)nis/ daMnião, como guardiã dos postulados )ederati"os, na o(ser"9ncia dos princípios

    constitucionais sensí"eis. Eesmo a outorga da representação processual ao Procurador-Yeral da JepL(lica +C de >77, art. K, III/ acentue-se ue, tal como nos modelosconstitucionais de >AK e de >K[6>K, o Procurador-Yeral da JepL(lica atua nesse

     processo, *oje em caráter e'cepcionalíssimo, como representante judicial da Mnião  não se mostra *á(il a descaracteri;ar a representação inter"enti"a como peculiar modalidade de composição judicial de con)litos entre a Mnião e a unidade )ederada.

    - $inda, o controle de constitucionalidade para )ins de inter"enção poderá ter o(jeto por O+.../ e'ist%ncia de uma gra"e situação de )ato atentatória D e)eti"idade dos princípiosconstitucionais, particularmente, aos direitos *umanos )undamentais, con)orme "oto do

    Einistro Sepul"eda Pertence na Inter"enção ederal n. >>A +S3, I >>A, Jel. Ein. Nrida Sil"eira, 40M @[.Q.>K, J30 >KQ6>/.

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    - No entanto, o O+.../ grau de e'cepcionalidade ue a corte atri(uiu ao instrumentoterminou por in"ia(ili;á-lo +$J$Y\=, &ug%nio. $ sociedade ci"il no 7, @G e @7, C/. $auto-organi;ação se e'teriori;a no e'ercício do poder constituinte decorrente, naela(oração de sua própria estrutura e Constituição5 o autogo"erno, na atuação de seus

     próprios órgãos correspondentes aos poderes !egislati"o, &'ecuti"o e 0udiciário5 aautolegislação, na sua capacidade de criar leis, o(ser"adas compet%ncias atri(uídas pelaConstituição ederal5 e a auto-administração, no e'ercício das compet%ncias materiais

     pre"istas na C.

    F"* %#7. "% 8"."$&'"% ($)'#$"'% " +"8'%&."&(."K .*")'#$"$#"% )#+ "%8"."$&'"% # MP!

    R: - $ Constituição de >7 assegura aos magistrados as seguintes garantias: a/"italiciedade5 (/ inamo"i(ilidade5 c/ irreduti(ilidade de "encimentos.

    - $ "italiciedade assegura ue o magistrado somente perderá o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado. No primeiro grau a "italiciedade só será aduirida após

    dois anos de e'ercício, somente podendo o jui; perder o cargo, nesse período, mediantede deli(eração do tri(unal a ue o jui; esti"er "inculado.

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    - $ inamo"i(ilidade garante ue o jui; não seja remo"ido do cargo e' o))icio. Noentanto, a Constituição permite ato de remoção, disponi(ilidade e aposentadoria demagistrado, por interesse pL(lico, )undada em decisão corro(orada pelo "oto da maioriaa(soluta do respecti"o tri(unal ou do Consel*o Nacional de 0ustiça, assegurada amplade)esa.

    - $ irreduti(ilidade a)asta ualuer possi(ilidade de decisão legislati"a com o intuito dea)etar os su(sídios dos magistrados.

    - 3ais garantias prestam-se D de)esa do e'ercício da ati"idade jurisdicional de )ormaindependente e isenta de pressões, internas ou e'ternas. 4o mesmo modo, sãoe'tensí"eis aos mem(ros do Einistrio PL(lico +art. >@7, B G, C/.

    D'%)#.." %#7. #% *'+'&% '$$$)'" ($)'#$"*!R: - Eem(ros do EP agem com independ%ncia )uncional, sem o(edi%ncia *ieráruicauanto a suas atri(uições: o Einistrio PL(lico, depois da Constituição de >77, órgãoconstitucional independente, a ser"iço do cidadão. Se o constituinte l*e atri(uiu tantasincum(%ncias e l*e con)eriu poderes e prerrogati"as, )%-lo com a e'pectati"a de ue ainstituição seja realmente instrumento do po"o na de)esa de seus direitos, at mesmocontra o Poder PL(lico. Nesse conte'to, pois, a independ%ncia se insere para garantir aconsecução da )inalidade da instituição. = EP detm tam(m autonomia administrati"a+B @ do artigo >@[/ e autonomia )inanceira +B do artigo >K7, C/.

    - Ca(e destacar, contudo, algumas *ipóteses em ue a independ%ncia )uncional so)reuma certa mitigação, tais como: >/ na situação em ue o mem(ro do EP age, por determinação e de )orma delegada pelo PY0 +ou pela @? CCJ/, na *ipótese do art. >@7,CPP5 @/ uando já *ou"er mani)estação da @? CCJ so(re o tema5 em ue se de"e primar 

     por uma atuação integrada, prestigiando-se a "isão da instituição5 / ou, ainda, uando já *ou"er mani)estação tranuila do S3 so(re determinado tema, de modo ue aatuação Opor mero amor ao de(ate +para usar a (atida e'pressão/ resultaria inócua.

    6 ("'% %4# #% 7$% # E%&"#++7.# A% &.."% #*(&"% + .8'4# .#$&'." .&$)+ "#% E%&"#% T##% #% .'#% $"8'% .&$)+ "# E%&"#

    R: - Nos termos do artigo @K da Constituição ederal, incluem-se entre os (ens dos&stados: a/ as águas super)iciais ou su(terr9neas, )luentes, emergentes e em depósito,ressal"adas, neste caso, na )orma da lei, as decorrentes de o(ras da Mnião5 (/ as áreas,nas il*as oce9nicas e costeiras, ue esti"erem no seu domínio, e'cluídas auelas so(domínio da Mnião, Eunicípios ou terceiros5 c/ as il*as )lu"iais e lacustres não

     pertencentes D Mnião5 d/ as terras de"olutas não compreendidas entre as da Mnião.

    - Por outro lado, pertencem D Mnião, as terras de"olutas indispensá"eis D de)esa das

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    )ronteiras, das )orti)icações e construções militares, das "ias )ederais de comunicação eD preser"ação am(iental, de)inidas em lei +art. @Q, II/.

    - Pertencem D Mnião, os rios e uaisuer correntes de água em terrenos de seu domínio,ou ue (an*em mais de um &stado, sir"am de limites com outros países, ou se estendam

    a território estrangeiro ou dele pro"en*am, (em como os terrenos marginais e as praias)lu"iais +art. @Q, III/. Nas demais *ipóteses, os rios pertencem aos &stados-mem(ros.

    !

    "! D'.'% %#)'"'%: $($)'"34#K 8"."$&'"% &''"! P.'$)7*')"%!

    R: $ uestão gira em torno de pilares: a )undamentalidade dos direitos sociais, a possi(ilidade de controle jurisdicional das políticas pL(licas e a reser"a do possí"el.

    - 1á posições so(re a )undamentalidade dos direito sociais: a/ todos os direitos sociaissão )ormal e materialmente )undamentais: por isso a sua mera enunciação na C seriasu)iciente l*es atri(uir um regime di)erenciado de aplica(ilidade imediata +art. G, B >/e de limite material para a re)orma da constituição +art. KQ, B A, IR/5 (/ todos os direitossociais são apenas )ormalmente )undamentais, e, por isso, são normas programáticasue não geram direitos su(jeti"os e não limitam o constituinte deri"ado5 c/ direitossociais são apenas )ormalmente )undamentais, sendo materialmente )undamentaisapenas no ue tange ao seu nLcleo essencial +mínimo e'istencial/: posição amplamenteaceita pela maior parte da doutrina e jurisprud%ncia.

    - Com relação D possi(ilidade de controle jurisdicional, *á muito já se a(andonou aideia de ue o ato discricionário não admite e'ame pelo 0udiciário. = controle

     jurisdicional dos atos administrati"os, mesmo os discricionários, admitido, ca(endo ao

    0udiciário o seu ree'ame se irra;oá"eis, desproporcionais ou em descon)ormidade comos mandamentos constitucionais. Nesse sentido, 4aniel Sarmento +O$ ponderação de

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    interesses na Constituição, @QQQ, p. >>A/: O8 e"idente, porm, ue em uma democracia,a escol*a dos "alores e interesses pre"alecentes em cada caso de"e, a princípio, ser daresponsa(ilidade de autoridades cuja legitimidade repouse no "oto popular. Por isso, o0udiciário tem, em lin*a geral, de acatar as ponderações de interesses reali;adas pelolegislador, só as desconsiderando ou in"alidando uando elas se re"elaremmani)estamente desarra;oadas ou uando contrariarem a pauta a'iológica su(jacente aote'to constitucional.

    - Por )im, "em a lume a uestão da escasse; de recursos pL(licos ue e'põe o$dministrador Ds Oescol*as trágicas e )icou con*ecido como Oreser"a do possí"el. &mação na ual se discutia so(re a o(rigatoriedade de )ornecimento de crec*e a criançasmenores de K anos pelo município de São Paulo, o S3 consignou: O+.../ $ PJ=I

     princípio, o &stado, após *a"er recon*ecido os direitos prestacionais, assume o de"er não só de torná-los e)eti"os, mas, tam(m, se o(riga, so( pena de transgressão ao te'toconstitucional, a preser"á-los, a(stendo-se de )rustrar - mediante supressão total ou

     parcial - os direitos sociais já concreti;ados. +.../ +$J& K[ $gJ, Jel.: Ein.C&!S= 4& E&!!=, @? 3., 40e >G-Q-@Q>>/.

    - 8 de se destacar, ainda, a uestão de ue a garantia do mínimo e'istencial um )orteelemento +mas não o Lnico/ a ser considerado pelo 0udiciário para a determinação daaplicação dos recursos pL(licos, sem dei'ar de se atentar para o )ato de ue a$dministração tem um papel precípuo para a reali;ação dessa análise, por contar com

     pessoas uali)icadas e com um arsenal de dados dos uais não dispõe o jui;, uando

    reali;a o e'ame casuístico.

    2 "34# # .&.#)%%# #.3"+$!

    R: $ discussão so(re a "edação de retrocesso está diretamente relacionada com osdireitos sociais, mas não apenas com eles. &m ess%ncia tra; mais uma limitação Dli(erdade de con)ormação do legislador, de modo ue o nLcleo essencial dos direitossociais, e)eti"ados por medidas legislati"as, não mais poderia ser "iolado, sem oo)erecimento de medidas compensatórias. No S3, o princípio não gan*a )orça, tendo

    sido re)utado na $4I @.QKG64, na ual se uestiona"a a constitucionalidade de EP ue,dentre outras coisas, re"oga"a dispositi"os da lei de custeio de seguridade social +!ei

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    7.@>6>/, e'tinguindo o Consel*o &stadual e Eunicipal da pre"id%ncia social. Nas$4C_s @ e Q e $4I AG[7 )irmou-se o entendimento de ue a e'ig%ncia de O)ic*alimpa não implica em "iolação D "edação do retrocesso no tocante D garantia de

     presunção de inoc%ncia.

    E+ ("* "% '+$%5% %&4# '$%.'#% #% '.'% %#)'"'%

    R: - 1istoricamente, os direitos sociais se inserem entre aueles de segunda dimensão+direitos de igualdade/, cujo marco *istórico a constituição me'icana de >>[ e a de`eimar de >>. $ construção mostra-se (astante arti)icial e merece críticas. +o mel*or argumento nesse sentido )oi o surgimento de tratados e instituições internacionais de

     proteção dos direitos sociais dos tra(al*adores =I3 antes de ualuer preocupaçãointernacional com a enunciação de direitos (ásicos de li(erdade/. &m nosso *istórico

    constitucional, apenas a Constituição de >7> não declarou nen*um direito social. $Constituição de >A inaugurou entre nós o constitucionalismo social, associando-o aoautoritarismo e ao populismo da &ra Rargas. $ C )oi pródiga na declaração de direitossociais, elencando-os )ormalmente dentre as G espcies de direitos e garantias)undamentais do 3ítulo II da C +Capítulo I 4ireitos e de"eres indi"iduais e coleti"os5Capítulo II 4ireitos sociais5 Capítulo III 4ireitos de nacionalidade5 Capítulo IR  4ireitos políticos e Capítulo R Partidos políticos/. 3am(m tratou *eterotopicamentede alguns direitos sociais especí)icos no 3ítulo RIII, ue cuida da ordem social,destacando-se o trato da seguridade e da educação.

    !

    "! M("$3"% .+"$$)'" )#$%&'&()'#$"'%! P#. C#$%&'&('$& #.'8'$.'# P#.C#$%&'&('$& .'"#! L'+'&"35% .%%"% '+*

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    o con"%nio. Por meio dele esta(elecem-se a"enças com particulares e órgãos pL(licos,com o intuito de )omentar ati"idades. Suas principais características são: +i/nature;anão-contratual, pela aus%ncia de interesses contrapostos5 +ii/ os partícipes t%m o(jeti"ose6ou compet%ncias institucionais comuns5 +iii/ não se cogita de preço ou remuneração5+i"/ possi(ilidade de denLncia a ualuer momento, sem multa rescisória.

    =s con"%nios não se prestam a instrumentali;ar a delegação de ser"iços pL(licos a particulares: na delegação ocorre a trans)er%ncia do e'ercício de uma ati"idade de uma pessoa a outra5 no con"%nio, as duas pessoas possuem a mesma titularidade da ati"idadecon"eniada, "indo a prestar o ser"iço em cola(oração +e'. saLde, educação etc./

    = art. >>K da lei 7.KKK6 disciplina alguns aspectos dos con"%nios, especialmenteaueles em ue *á repasse de "er(as entre órgãos pL(licos. =s "alores repassados, por não serem preços ou remuneração, estão sujeitos a controle pelo ente ue os repassa,

     pois não se integram ao patrimTnio do órgão6ente con"eniado, possuindo "inculação nouso.

    &m regra, não se e'ige licitação, pois não *á "ia(ilidade de competição uando se tratade mLtua cola(oração, sal"o se *ou"er o(rigações recíprocas, com a )ormação de"ínculo contratual.

    &m ní"el constitucional, e'istem duas disposições ue tratam dos con"%nios: +i/ art. @, par. Ln. e art. @A>. Na matria de compet%ncias concorrentes, possí"el a edição de leicomplementar disciplinando as tare)as de cada ente )ederado. $lm disso, aConstituição determina a edição de lei ordinária para disciplinar essas cooperações, por 

    meio de con"%nio, em(ora não seja condição de e)icácia da norma constitucional.

    =utra )orma de cooperação, só ue restrita a entes )ederados, o consórcio, introdu;ido pela &C >67 +art. @A>/. $ lei >>.>Q[6QG esta(elece normas gerais so(re o pactocooperati"o, porm não e'clui a possi(ilidade de os &stados e Eunicípios editarem leisespecí)icas so(re o tema, complementando a lei )ederal e esta(elecendo critrios decon"eni%ncia em se associarem ou não.

    = o(jeto dos consórcios pL(licos a gestão associada de ser"iços pL(licos, com atrans)er%ncia total ou parcial de encargos, ser"iços, pessoal e (ens essenciais D prestação

    dos ser"iços trans)eridos. &ssa )orma de gerir os ser"iços pL(licos típica do)ederalismo cooperati"o, ao esta(elecer uma gestão conjunta de atri(uições comuns,sem mitigar a autonomia dos entes )ederados. Para tanto, o art. @ permite, entre outras,a contratação sem licitação dos consórcios, promoção de desapropriações e instituiçãode ser"idões e con"%nios, contratos e acordos de ualuer nature;a e a arrecadação detari)as e preços pL(licos.

    $ lei se re)ere a contrato, porm a sua nature;a de con"%nio +negócio jurídico plurilateral de direito pL(lico/. Não e'istem interesses contrapostos, mas con"erg%nciade interesses na consecução de ati"idades constitucionalmente permitidas +compet%nciasconcorrentes/.

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    4i Pietro critica di;endo ue não de"eria *a"er a criação de uma personalidade jurídica própria nos Consórcios, sendo su)iciente a criação de uma Comissão. 3am(m se criticao )ato de uma mesma pessoa jurídica pertencer D $dministração Indireta de di"ersosentes, estando su(metido ao controle de todos.

    2 T#.'" " (*" .'%4#!

    R: 3oda re"isão de"e respeitar os limites materiais, so( pena de in"alidade. 3oda"ia,esses limites só serão respeitados enuanto e'istirem, podendo-se assim )a;er umare"isão desses limites e'istentes, para depois, em re"isão posterior, modi)icar asmatrias cuja alteração eles agora "edam. &sta justamente a teoria da dupla re"isão,)eita em duas etapas: a primeira etapa consiste em a)astar o limite de re"isão. Nasegunda, ocorre a re"isão da matria anteriormente protegida. Nesse sentido, o

    entendimento dominante ue não possí"el ao constituinte deri"ado utili;ar-se dadupla re"isão, por se con)igurar uma )raude aos limites ao poder de re)orma impostos

     pelo constituinte originário.

    ("'% %4# "% *'+'&"35% '+*7, BA, da C +lei complementar )ederal, estudo de "ia(ilidade

    municipal, ple(iscito ++ condição de procedi(ilidade// e lei estadual/. 3rata, ainda, daincorporação, )usão e desmem(ramento. 3rata-se de procedimento administrati"o"inculado pode ser al"o de controle pelo 0udiciário.

    $ !ei &stadual ue cria o Eunicípio pode ser o(jeto de $4I O$inda ue não seja em simesma uma norma jurídica, mas ato com )orma de lei, ue outorga status municipal auma comunidade territorial, a criação de Eunicípio, pela generalidade dos e)eitos ueirradia, um dado ino"ador, com )orça prospecti"a, do comple'o normati"o em ue seinsere a no"a entidade política: por isso, a "alidade da lei criadora, em )ace da !eiundamental, pode ser uestionada por ação direta de inconstitucionalidade +EC na

    $4I @.7>-JS, rel. Ein. Sepul"eda Pertence, j. @Q6QK6@QQ>/. &C G[6Q7 +art.K dos

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    $4C3/ con"alidou os Eunicípios +criados at >6>@6QK/, em(ora ine'istente a leicomplementar )ederal regulamentadora +$4I @7> $gJ6JS/. !ei ue altera limitesgeográ)icos do município tam(m tem ue se su(meter ao ple(iscito +$4I >@K@/.

    6!

    "! E%&"# F."*! C#$)35%! C*"%%'')"35%! S'%&+"% .".&'34# )#+&$)'"! D'.' )#+"."#!

    7! P#*

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    autoridades: a/ Yo"ernadores5 (/ 4esem(argadores +30, 3J, 3J3, 3J&/5 c/ mem(rosdos 3ri(unais de Contas &staduais e Eunicipais5 d/ mem(ros do EPM ue o)iciem

     perante tri(unais. 3ais autoridades +D e'ceção dos Yo"ernadores/ tam(m são julgados pelo S30 nos casos de crimes de responsa(ilidade.

    =utras *ipóteses: habeas corpus, sendo coator ou paciente as autoridades acimaenumeradas5 habeas corpus, sendo coator tri(unal sujeito D sua jurisdição, Einistro de&stado ou Comandante das orças $rmadas5 recurso ordinário em habeas corpus+decisão denegatória, pro)erida por 3J ou 30/5 re"isões criminais dos seus julgados.

    ? )#$*' )#+&$)'" $&. STJ STFK $# ( % .. "# H(*8"+$ )#$*' $&. *' +($')'"* *' ."*

    R: Não. = re)erido con)lito de"e ser resol"ido pelo S3, pois, com o ad"ento da &C6AG,admitiu-se esta no"a *ipótese de ca(imento de recurso e'traordinário +art. >Q@, III, Od,CJ7*')"! C#+($'&".'%+#! ?'%&-.'" #% '.'% ($"+$&"'% $#B."%'*!

    @R$"&"

    1 D'$" %." >7*')"! A% )'%5% +""% $" %." >7*')" %4# '$)(*"$&%

    R: 4e acordo com o Pro). Jodol)o Riana +aula/, es)era pL(lica um conceito essencialdo constitucionalismo democrático. 8 a es)era o)icial de reali;ação democrática.Consiste nas es)eras estatais tradicionais.

    $s decisões tomadas na es)era pL(lica são "inculantes, justamente por se tratar da es)erao)icial. &ntretanto, 1a(ermas aponta para outras es)eras de reali;ação democrática, paraalm das es)eras estatais tradicionais, a sa(er:

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    - &s)era semi-o)icial consiste nos meios de representação política *a(ilitados pelases)eras o)iciais, mas em ue, de algum modo, *á a inclusão do mecanismo participati"o.&': orçamento participati"o, audi%ncias pL(licas o(rigatórias em alguns tipos delicitação, amicus curiae.

    - &s)eras in)ormais apesar de suas decisões não serem "inculantes, in)luenciam muitonas tomadas de decisão. &': ruas, internet.

    &m suma, *á no"os )oros de decisão com no"os atores +no"os sujeitos constitucionais*a(ilitados D democracia/. &': Setor5 a(ertura da legitimidade ati"a para a tutela dedireitos coleti"os.

    3rec*o do Jesumo do @G EP: &s)era pL(lica e discursi"idade: O= regimedemocrático uma garantia geral D reali;ação dos direitos *umanos )undamentais+$)onso da Sil"a:@QQ>, p. @[/, inclusi"e a li(erdade de e'pressão, mas esta tam(m

    ao mesmo tempo uma garantia recíproca da democracia: OW...X a locução li(erdade dee'pressão e comunicação denota um direito )undamental de dimensões su(jeti"a+garante a auto-reali;ação da dignidade da pessoa *umana/ e institucional +assegura a)ormação da opinião pL(lica independente, o pluralismo político e o (om)uncionamento do regime democrático/ +arias:@QQA, p. >[->7/5 O con"icção comumW...X ue esse papel Wpapel político da imprensaX tem duas "ertentes principais: de umlado, su(ministrar auele conjunto de in)ormações acerca da coisa pL(lica, em todos osseus aspectos, necessárias para um responsá"el e'ercício dos direitos de cidadania,muito especialmente o de "oto5 e de outro, e'ercer constante monitoramente do poder,

    isto , atuar como )iscal permanente do go"erno +Pereira:@QQ@, p. A@/.

    D'.$)' %#)'" )#+($'"!

    R: O$s principais di)erenças entre sociedade e comunidade são: a/ a sociedade )ormada com a )inalidade de perseguir um o(jeti"o comum a seus mem(ros5 acomunidade pree'iste D consci%ncia de seus mem(ros de ue e'iste, e tem por )inalidade a própria preser"ação5 (/ as relações entre os mem(ros da sociedade sãoregidas por "ínculos jurídicos5 as relações entre os mem(ros da comunidade não são

    regidas por normas jurídicas5 c/ na sociedade, as mani)estações de seus mem(rosocorrem de modo juridicamente ordenado5 na comunidade, os comportamentos doconjunto de seus mem(ros guiam se pelos sentimentos comuns entre eles5 e d/ nasociedade, e'iste um poder central de comando, esta(elecido e recon*ecido pela ordem

     jurídica5 na comunidade, ine'iste poder central de comando, *a"endo somente, emalguns casos, centros de in)lu%ncia so(re os demais mem(ros. +)onte: 3eoria Yeral do&stado: >QQQ perguntas e respostas/

    C#+$& " *8'&'+"34# *# '%)(.%#!

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    R: $ legitimação pelo discurso entende ue o ue legitima as normas constitucionais o procedimento para a sua ela(oração e não o seu conteLdo, sendo, pois, o cerne do pensamento procedimentalista.

    &'poentes do Procedimentalismo +legitimação pelo discurso/: 0rgen 1a(ermas, 0o*n

    1art &lb. &'poentes do Su(stancialismo +análise "alorati"a da norma/: Jonald4orin, 0o*n Jals.

    Segue trec*o da aula do Pro). 0oão Eendes +curso n)ase/ so(re o pensamento de1a(ermas:

    1a(ermas não concorda com o pensamento de 4orin, no sentido de ue a moralantecede ao direito, de)endendo, então, ue am(os são cooriginários, uma "e; ue oPrincípio do 4iscurso os legitima. Por isso ue alguns c*amam sua teoria de 3eoria4iscursi"a do 4ireito ou 3eoria 4ialógica do 4ireito. = discurso, então, o de(ate

    a(erto, plural, de pessoas li"res e iguais para de)inição dos mel*ores argumentos uelegitimam uma decisão, em sentido lato, não se restringindo a decisões judiciais. Se odiscurso o ue legitima o 4ireito, a legitimidade da atuação da jurisdiçãoconstitucional está na "eri)icação do discurso, ou seja, na o(ser"9ncia do processodeli(erati"o em ue *á comunicação plena para de)inição dos mel*ores argumentos. 4aí)alar-se em democracia deli(erati"a ou democracia discursi"a.

    Jessalta-se, pois, a rele"9ncia ue 1a(ermas con)ere D comunicação na construção deseu pensamento. &ssa teoria tam(m uma teoria procedimentalista, em ue oindi"íduo aparece não apenas como destinatário do 4ireito, mas tam(m como autor do

    4ireito. Com e)eito, o indi"íduo destinatário e autor dos direitos )undamentais. 8, pois, autor e destinatário do próprio direito. Nesse sentido, os direitos )undamentaisapresentam-se como condições procedimentais da plena democracia deli(erati"a. !ogo,não se admite ue os direitos )undamentais sejam direitos morais, mas sim ue o direito legitimado pelo discurso. 4essa )orma, ao atuar na de)esa dos direitos )undamentais,contra as maiorias legislati"as ocasionais, a jurisdição constitucional )ortalece ademocracia. Por esse raciocínio, o eu-indi"íduo pode ser pensado de duas maneiras:como eu-indi"íduo propriamente dito e como eu-indi"íduo mem(ro da coleti"idade.

     Nesta )orma de mani)estação ue se pode, li"remente e de )orma igual, participar do

     processo deli(erati"o.

    alar em li(erdade como tal garantia implicar pensar em autonomia pL(lica. $autonomia pL(lica a li(erdade do indi"íduo de participação no processo deli(erati"o,o ue não e'clui a autonomia pri"ada +li(erdade indi"idual para de)inir o curso da

     própria "ida/, sendo, pois, elementos interdependentes, coe'istentes e cooriginários. Por isso, c*ama-se a tese de 1a(ermas de 3eoria 4ialógica do 4ireito, segundo a ual aautonomia pL(lica e a pri"ada se interligam.

    &ntão, a legitimidade da jurisdição constitucional está na possi(ilidade de se "eri)icar se

    o processo deli(erati"o, por meio da ra;ão comunicati"a, )oi respeitado. &m Lltimaanálise, pode-se considerar ue a legitimidade da jurisdição constitucional está em

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     proteger os direitos )undamentais, entendidos como possi(ilitadores da autonomia pL(lica e da autonomia pri"ada, as uais são as condições de g%nese democrática dasleis.

    Segue a comparação entre 1a(ermas e 4orin: +i/ Con"erg%ncia: a jurisdição

    constitucional de"e resguardar as condições democráticas do processo legislati"o e nãoa"aliar os seus resultados5 +ii/ 4i"erg%ncia: )undamentação )ilosó)ica. Para 1a(ermas,os direitos )undamentais são condições procedimentais do )uncionamento dademocracia discursi"a, enuanto para 4orin, são princípios moraisgenerali;adamente aceitos e essenciais para a democracia constitucional.

    Com relação ao assunto a(ordado, "ale a leitura do ensinamento de Earcelo Cattoni:Ocomo a atuação da jurisdição constitucional de"e re)erir-se Ds condições

     procedimentais do processo legislati"o constitucionalmente estruturado, de acordo como ual os cidadãos, no e'ercício de seu direito de autodeterminação, possam reali;ar o

     projeto cooperati"o de esta(elecer condições recorrentemente mais justas de "ida, essaatuação de"e justamente assegurar o sistema de direito ue apresenta tais condições

     procedimentais e ue, assim, garantem as autonomias pL(lica e pri"ada dos cidadãos,não somente perante o poder administrati"o do &stado, mas tam(m em )ace do poder social e econTmico.

    10!

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    $demais, são especi)icidades da norma constitucional: +a/superioridade *ieráruica: i/ o resultado da rigide; constitucional +cláusula de proteção e de maior esta(ilidade,oriunda do procedimento mais di)icultoso para sua alteração5 e as cláusulas ptreas/ e ii/ a norma ue esta(elece o )undamento de "alidade das demais normas +normanormarum de 2elsen/, não e'istindo )onte ou )enTmeno normati"o autTnomo para almdos autori;ados pela C5 +(/nature;a da linguagem: distinta da linguagemin)raconstitucional, porue a C tem uma linguagem mais a(erta, mais principiológica,mais a(strata e pouco densi)icada5 +c/conteLdo especí)ico: a C teria um conjunto denormas especí)icas, c*amadas normas programáticas, ue traçam planos de ação do&stado5 +d/caráter político: trans)ormaria em 4ireito os temas políticos +!u*man:acoplamento entre o plano político-social e o plano jurídico/.

    2 D'.$3"% %(7%&"$)'"'%!

    R: E83=4=S 4& IN3&JPJ&3$]\= C=NS3I3MCI=N$!: +a/mtodo jurídico ou*ermen%utico-clássico: preconi;a ue a Constituição seja interpretada com os mesmorecursos interpretati"os das demais leis +regras *ermen%uticas tradicionais/:interpretação sistemática, *istórica, lógica e gramatical +Rer ponto @>.(.: Critrios deinterpretação da norma jurídica/. = mtodo *ermen%utico-clássico tem aplica(ilidade Dsnormas constitucionais de alto grau de densidade normati"a, com estrutura normati"aassemel*ada Ds leis, já ue ele não )oi conce(ido para os dispositi"os constitucionaiscom alto grau de a(stração ue estipulam par9metros e procedimentos para a ação

     política5 +(/mtodo da tópica ou tópico-pro(lemático: toma a Constituição como umconjunto a(erto de regras e princípios, dos uais o aplicador de"e escol*er auele maisadeuado para a promoção de uma solução justa ao pro(lema ue se analisa. Parte-se deum pro(lema concreto para a norma, atri(uindo-se D interpretação um caráter prático na

     (usca da solução dos pro(lemas concreti;ados5 +c/mtodo *ermen%utico-concreti;ador:de)erentemente do mtodo tópico-pro(lemático, ue parte do caso concreto para anorma, o mtodo *ermen%utico-concreti;ador parte da Constituição para o pro(lema. Naati"idade interpretati"a o intrprete "ale-se de suas pr-compreensões, situadas numadada situação *istórica e realidade social, para o(ter o sentido da norma, alm de atuar como mediador +tendo como pano de )undo essa situação *istórica e a realidade social/

    entre o te'to e a situação em ue ele se aplica +conte'to/. &ssa constante relação entre ote'to e o conte'to com a mediação criadora do intrprete trans)orma a interpretação emum mo"imento de ir e "ir +círculo *ermen%utico/5 +d/mtodo cientí)ico-espiritual: aConstituição um sistema cultural e de "alores de um po"o, ca(endo D interpretaçãoapro'imar-se desses "alores su(jacentes D Constituição. 3ais "alores, entretanto, estãosujeitos a )lutuações, tornando a interpretação da Constituição )undamentalmenteelástica e )le'í"el, )a;endo com ue a )orça de decisões )undamentais su(meta-se Ds"icissitudes da realidade cam(iante5 +e/ mtodo jurídico-estruturante: a norma não secon)unde com o seu te'to, mas tem a sua estrutura composta tam(m pelo trec*o da

    realidade social em ue incide, sendo esse elemento indispensá"el para a e'tração dosigni)icado da norma. Não o teor literal da norma +seu te'to/ ue e)eti"amente

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    regulamenta um caso concreto, mas sim o órgão legislati"o, o órgão go"ernamental, o)uncionário da administração pL(lica, os juí;es e todos aueles ue ela(oram, decidem e)undamentam a decisão reguladora do caso concreto.

    PJINCPI=S 4& IN3&JPJ&3$]\= C=NS3I3MCI=N$!. Não *á *ieraruia entre

    os princípios de interpretação constitucional, de"endo se aplicados conjuntamente:+a/princípio da unidade da Constituição: as normas constitucionais de"em ser "istas nãocomo normas isoladas, mas como preceitos integrados num sistema unitário de regras e

     princípios, ue instituído na e pela própria Constituição. Não se pode separar umanorma constitucional do conjunto em ue ela se integra. &ros Yrau: Onão se interpreta odireito em tiras, aos pedaços. = intrprete de"e encontrar soluções ue *armoni;em astensões e'istentes entre as "árias normas constitucionais5 +(/princípio da concord9ncia

     prática ou da *armoni;ação: o aplicador das normas constitucionais, em se deparandocom situações de concorr%ncia entre (ens constitucionalmente protegidos +normalmente

    direitos )undamentais/, de"e adotar a solução ue otimi;e a reali;ação de todos eles,mas, ao mesmo tempo, não acarrete a negação de nen*um. &ssa a"aliação nunca )eitaa priori, mas apenas no momento da aplicação do te'to, uando se pode coordenar,

     ponderar e, ao )inal, conciliar os (ens e "alores constitucionais em con)lito. $concord9ncia prática *á de ser encontrada em cada caso concreto, segundo os

     par9metros o)erecidos pelo princípio da proporcionalidade, (uscando sempre ue amedida de sacri)ício de um dos (ens em colisão, para a solução justa e proporcional docaso concreto, não e'ceda o estritamente necessário5 +c/princípio da correção )uncional:tendo a Constituição instituído um sistema coerente e pre"iamente ponderado derepartição de compet%ncias, não se pode atra"s da interpretação de algum preceito,deturpar esse sistema de repartição de )unções entre órgãos e pessoas designados pelaConstituição +entre as es)eras da ederação ou entre os Poderes constituídos/5+d/princípio da e)icácia integradora: ao construir soluções para os pro(lemas jurídico-constitucionais, o intrprete de"e dar pre)er%ncia Dueles critrios ou pontos de "istaue )a"oreçam a integração social e a unidade política, já ue toda Constituiçãonecessita produ;ir e manter a coesão sociopolítica, enuanto pr-reuisito ou condiçãode "ia(ilidade de ualuer sistema político5 +e/ princípio da má'ima e)eti"idade: a umanorma constitucional de"e ser atri(uído o sentido ue l*e con)ira maior e)icácia, maior aptidão para produ;ir os e)eitos ue l*e são próprios. &m(ora se trate de um princípio

    aplicá"el a toda norma constitucional, tem espaço de maior realce no campo das normas programáticas e dos direitos )undamentais +art. G, B> da C/5 +)/ princípio da )orçanormati"a da Constituição: toda norma constitucional necessita e um mínimo dee)icácia. 4e"e-se dar pre"al%ncia aos pontos de "ista ue tornem a norma constitucionalmais a)eita aos condicionamentos *istóricos do momento, garantindo-l*e interesse atuale con)erindo-l*es maior e)icácia5 +g/princípio da proporcionalidade ou da ra;oa(ilidade:Proporcionalidade: juí;o de adeuação, necessidade e de proporcionalidade em sentidoestrito. = S3 não distingue a ra;oa(ilidade da proporcionalidade, em(ora ara;oa(ilidade esteja mais pró'ima da doutrina anglo-sa'ã e a proporcionalidade mais

     pró'ima da doutrina alemã. &sse princípio precede e condiciona a positi"ação jurídica,inclusi"e a de ní"el constitucional5 ser"e de interpretação para todo o ordenamento

  • 8/17/2019 Perguntas e Respostas Direito

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     jurídico. &m ess%ncia, consu(stancia uma pauta de nature;a a'iológica ue emanadiretamente das ideias de justiça, euidade, (em sendo, prud%ncia, moderação,

     proi(ição de e'cesso, direito justo e "alores a)ins. Sua o(edi%ncia, no 9m(ito do direitoconstitucional, implica restrição D li(erdade de con)ormação do legislador e, por estar intimamente relacionado com os direitos )undamentais e suas restrições, tornou-seconsu(stancial D própria ideia de &stado de 4ireito5 +*/princípio da interpretaçãocon)orme a Constituição: não se de"e pressupor ue o legislador *aja uerido dispor emsentido contrário D Constituição +presunção de constitucionalidade/, de modo ue, seuma norma in)raconstitucional, pelas peculiaridades de sua te'tura sem9ntica, admitemais de um signi)icado, sendo um deles *armTnico com a Constituição e os demaisincompatí"eis, de"e-se entender ue auele o sentido próprio da regra em e'ame.$demais, modernamente se tem dito ue esse princípio consu(stancia um mandato deotimi;ação do uerer constitucional, signi)icando ue, entre di"ersas e'egesesigualmente compatí"eis com a Constituição de uma mesma norma, de"e-se escol*er a

    ue mais se orienta para a Constituição ou a ue mel*or corresponde Ds decisões doconstituinte.

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  • 8/17/2019 Perguntas e Respostas Direito

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  • 8/17/2019 Perguntas e Respostas Direito

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    R*")'#$ # E%&"# P#*')'"*"7%#*(&'%&" " *'7." .%%4# '+.$%"

    R: Como dito, o &stado de Policial um tipo de organi;ação (aseada no controle rígido

    e repressi"o da população, notadamente por meio de policia política. !imitação deli(erdades indi"iduais.

    Mma das li(erdades indi"iduais limitadas justamente a li(erdade de e'pressão. $imprensa a e'pressão má'ima da li(erdade de e'pressão, moti"o pelo ual a uemais so)re inter"enção do &stado Policial. $ imprensa normalmente associada com atranspar%ncia, a in)ormação, direitos inerentes não a um &stado Policial, mas a um&stado 4emocrático de 4ireito.

    O ( = "+'$'%&."34# >7*')" '"*-8')"

    R: Com a ascensão de )enTmenos como o &stado em rede e a Yo"ernança PL(lica,emerge uma no"a )orma de administrar, cujas re)er%ncias são o diálogo, a negociação, oacordo, a coordenação, a descentrali;ação, a cooperação e a cola(oração. $ssim, o

     processo de determinação do interesse pL(lico passa a ser desen"ol"ido a partir de uma perspecti"a consensual e dialógica, a ual contrasta com a dominante perspecti"aimperati"a e monológica, a"essa D utili;ação de mecanismos comunicacionais internos ee'ternos D organi;ação administrati"a.

    3rata-se da $dministração Consensual, a ual marca a e"olução de um modelo centradono ato administrati"o +unilateralidade/ para um modelo ue passa a contemplar osacordos administrati"os +(ilateralidade e multilateralidade/. Sua disseminação tem por )im nortear a transição de um modelo de gestão pL(lica )ec*ado e autoritário para ummodelo a(erto e democrático, *a(ilitando o &stado contempor9neo a (em desempen*ar suas tare)as e atingir os seus o(jeti"os, pre)erencialmente, de modo compartil*ado comos cidadãos.

    ("'% %4# #% .'$)

  • 8/17/2019 Perguntas e Respostas Direito

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    12!

    "! C#$&.#* )#$%&'&()'#$"*'": #*(34# ,'%&-.')" # %'%&+" 7."%'*'.#!

    L8'&'+'"!7! N")'#$"*'" 7."%'*'."! C#$'34# H(.7*')#%: .'$)[ rompeu com a tradição, ao

     permitir ue o Presidente da JepL(lica, em caso de interesse pL(lico, su(metesseno"amente ao !egislati"o uma lei declarada inconstitucional pelo Supremo.

    Com a Constituição de >AK, )oi restaurada a normalidade5 sendo introdu;ido atra"s da&C >K6KG o controle concentrado.

    Com a Constituição de >77, o controle concentrado gan*a maior )orça, com aampliação das ações constitucionais +$4P e $4C esta por &C/ e do rol doslegitimados +antes era apenas o PYJ/. =(ser"a-se, ainda, a partir da &C AG6@QQA, umatend%ncia D o(jeti"ação do controle di)uso, com a criação da sLmula "inculante, darepercussão geral e tam(m com a aplicação do art. [A> do CPC e com a tese do Ein.Yilmar Eendes acerca da mutação constitucional so)rida pelo art. G@, H, da C.

    2 E'%& '.$3" # )#$&.#* ."*'9"# #. H('9 #. )#*8'"#

    R: - = controle reali;ado por juí;es e tri(unais no caso concreto, se dá por "ia incidental+segundo

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    superpõem/. $ di)erença ue, por )orça do art. [ da C, os tri(unais de"em apreciar auestão pela maioria dos seus mem(ros +plenário/ ou de seu órgão especial. No caso de

     já ter sido a uestão apreciada pelo plenário ou pelo próprio S3, dispensá"el oincidente de inconstitucionalidade.

    É .)#..

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    '$.")#$%&'&()'#$"*! A %8(.'" %#)'"* )#+# +)"$'%+# '8("*" %#)'"* )#+# .#7*+" #.3"+$&.'#!

    )! A R>7*')": .%)&'" ,'%&-.')" )#$)35%! R(7*')"$'%+#!

    @P"(*#

    1 R*")'#$ +#).")'" $#)#$%&'&()'#$"*'%+#!

    R: = conceito de democracia e"oluiu com o passar da *istória. $tualmente, juntamentecom o neoconstitucionalismo, a democracia possui dois aspectos )undamentais: a

     participação popular e a proteção das minorias.

    $ democracia participati"a tra; a ideia de ue o po"o não somente escol*e por uem

    será go"ernado +democracia representati"a/, mas tam(m como será go"ernado. =sinstrumentos da democracia participati"a, no 6 dos parlamentares art. G7, Bo, C/. 0rgen 1a(ermas e riedric* Euller ensinam ue a democracia e'ige mais doue eleições li"res, com su)rágio uni"ersal e possi(ilidade de altern9ncia do poder,

     pressupondo, outrossim, a )ruição de direitos (ásicos por todos os cidadãos, de molde agarantir ue cada um )orme li"remente sua con"icção e participe li"remente dosdiálogos políticos.

    = pluralismo indica o direito D di)erença como inerente D própria dignidade da pessoa*umana, assinalando ue o indi"íduo li"re para se autodeterminar, imune aintromissões de terceiros.

    2 R*")'#$ +#).")'" '%)(.%''" @.#)'+$&"*'%+#/?"7.+"%!

    R: Segundo 1a(ermas, ca(e D es)era pL(lica, con)orme modelo teórico-discursi"o,atuar como inst9ncia intermediadora entre impulsos comunicati"os gerados no mundoda "ida e os colegiados competentes ue articulam institucionalmente o processo de)ormação da "ontade política +parlamento, consel*os etc./. fuando os )lu'oscomunicati"os gerados nos Omicrodomínios da prática cotidianae'trapolam as

    )ronteiras das es)eras pL(licas autTnomas, eles podem ter acesso Ds inst9nciasdeli(erati"as pre"istas na ordem democrática e, )inalmente, in)luir nas decisões aí

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    tomadas. = gluido poder comunicati"o e'ercido, portanto, con)orme a lógica doassdio: Oele atua so(re as premissas dos processos de julgamento e decisão do sitema

     político, sem a intenção de conuista +1a(ermas, >@a: @Q7/.

    =s procedimentos democráticos institucionali;ados de"em assegurar ue os processos

    espont9neos de )ormação de opinião sejam considerados nas inst9ncias decisórias.4essa )orma procura-se assegurar, de )orma procedimental, ue a )orça sócio-interati"ada solidariedade, imanente aos impulsos comunicati"os do mundo da "ida,contra(alance os outros dois recursos ue suprem a Ocar%ncia de integração e direçãodas sociedades modernas, a sa(er, o din*eiro e o poder +1a(ermas, >@(: @/.

    +trec*o da aula do Pro). Jodol)o Riana no curso $lcance/

    Constituição pós-ordenante

    $ partir da dcada de Q, di"ersos autores passaram a uestionar esse par9metro, a partir de uma "isão pluralista. Numa sociedade di"ersi)icada, pluralista, ac%ntrica ou polic%ntrica, não se recon*ece a "alidade de determinados "alores concretos pre)erenciais a outros.

    &sses autores passaram a uestionar a "alidade de certos "alores, tais como Ojusto,Otico, como conceitos ue, na teoria anterior, )i'a"am "alores )undamentais e)undamenta"am a "alidade da lei.

    = ue "álido como modelo de "ida (oa para a maioria H, não o para a minoria .

    Mma sociedade polic%ntrica tem (ai'os ní"eis de acordo consensual, de critrios pr"ios, para de)inir o ue (om, justo, tico ou "álido. &ssa uma decisãometajurídica, não "ale como critrio de legitimação do direito.

    &sses autores "ão (uscar um no"o critrio democrático, ue legitime as decisões"inculantes na sociedade contempor9nea.

    $s decisões "inculantes, numa sociedade democrática, só são "álidas após o discurso,"alidada pelo procedimento.

    Passa-se a um modelo da Constituição pós-ordenante, ela não "álida pelos "aloresticos-materiais, mas ela de"e traçar os modelos, os par9metros para a tomada dasdecisões, as condições procedimentais de tomada de decisões, ue esta(elecerão a"alidade e a legitimidade dessas decisões.

    1á uma dessu(stanciali;ação da Constituição. São concepções ue camin*am nosentido do procedimentalismo democrático +!u*man, 1a(ermas, hagre(elsi, uma

     primeira "ersão de Peter 1F(erle/.

    &la menos O*ard la e mais Oso)t la.

    Como não *á um lastro tico, necessário (uscar um critrio para se e"itar a destruiçãodo procedimento pelo procedimento.

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    ("'% %4# #% .'$)7*')"%! C#$)'! O7H&'#% ;+7'%! I$%&.(+$%! M'$'%&=.'#P>7*')#K J(')'.'# #*

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    7! S'*#8'%+# H(.7Q so(re o aspecto ci"il do seuestro internacional de crianças, ue tomacomo o(jeti"o concreti;ador do mel*or interesse da criança o retorno imediato dacriança ilicitamente trans)erida para ualuer estado contratante. +art. >/. $ autoridadecentral (rasileira para o tema a Secretaria &special de 4ireitos 1umanos daPresid%ncia.

    2 F"* %#7. " )*"%%'')"34# '$')"&'" #% .#8."+"% &*'%4#!

    R:  = art. @GA do &C$, ue dispõe so(re a in)ração administrati"a de transmitir espetáculos )ora do *orário indicado pelo Einistrio da 0ustiça, está sendo consideradoconstitucional pelo S3, matria ainda pendente de julgamento com o Ein. 0oauim

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    "! O.3"+$ >7*')# #*&"# % #*

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    "! F'$"$3"% >7*')"%! T+"% %(H'% .%." *' )#+*+$&".! E+'%%4# +#"! N#.+"% %#7. # B"$)# C$&."*! O.3"+$% >7*')#%: *"$# *(.'"$("*K'.&.'9% #.3"+$&.'"% #.3"+$%

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     H(.

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     Nesse sentido, $4I >A>[:

    O= princípio da interpretação con)orme a Constituição +verfassungskonformeauslegung / princípio ue se situa no 9m(ito do controle de constitucionalidade, e nãoapenas como regra de interpretação. $ aplicação desse princípio so)re, porm,

    restrições, uma "e; ue, ao declarar a inconstitucionalidade de uma lei em tese, o S3  em sua )unção de corte constitucional atua como legislador negati"o, mas não tem o

     poder de agir como legislador positi"o, para criar uma norma jurídica di"ersa dainstituída pelo legislati"o. Por isso, se a Lnica interpretação possí"el para compati(ili;ar a norma com a Constituição contrariar sentido ineuí"oco ue o Poder !egislati"o l*e

     pretendeu dar, não se pode aplicar o princípio da interpretação con)orme, ueimplicaria, em "erdade, criação de norma jurídica, o ue pri"ati"o do legislador 

     positi"o +Jel. Ein. Eoreira $l"es, 40: >G.QA.>7/.

    2 F"* %#7. " ,'%&-.'" # CNMP! O CNMP # "*')". $" +'%%4# E $#)"%# ++7.# $4#'&"* '$

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    1 ("$# #' .'% # )#$&.#* )#$%&'&()'#$"*'" $# B."%'*

    R: $ in)lu%ncia do direito norte-americano parece ter sido decisi"a para a consolidaçãodo modelo di)uso, consagrado já na c*amada Constituição pro"isória de >7Q +4ecreton. 7A7, de >>->Q->7Q/, e incorporado na Constituição de >7>. Consolidou- se amplo

    sistema de controle di)uso no 4ireito (rasileiro, sendo ineuí"oca, D poca, aconsci%ncia de ue esse e'ame não se *a"ia de )a;er in a(stracto.

    2 ("* # .#)'+$ " ..)(%%4# 8."* $# STF

    R: $ arguição de repercussão geral um reuisito de admissi(ilidade do J&, ue de"econstar em tópico especí)ico da petição, sendo, portanto, Tnus do recorrente. $ presençada arguição de repercussão geral nas ra;ões recursais pode ser analisada na origem. =

    ue o 3ri(unal de origem não pode )a;er entrar no mrito da repercussão.Somente o S3 pode analisar a repercussão geral. 1á uma presunção em )a"or dae'ist%ncia de repercussão geral ue somente pode ser a)astada por @6 do Pleno do S3,cuja análise )eita atra"s do c*amado plenário "irtual. Jessal"a-se ue se e'istir na3urma +a uem compete D apreciação do recurso e'traordinário/ no mínimo uatro"otos pela presença da repercussão geral, o recurso será admitido, dispensando-se aremesa do caso ao Plenário.

    $ decisão contrária D sLmula ou jurisprud%ncia dominante do S3 tem presunção

    a(soluta de repercussão geral.$ repercussão geral de uestões econTmicas, políticas, sociais e jurídicas um conceitoa(erto e ser"e como )iltro recursal para re)orçar a )orça "inculati"a das decisões do S3,resultando numa o(jeti"ação do controle di)uso, sendo admitida a participação deamicus curiae na discussão so(re a e'ist%ncia da repercussão geral.

     No tri(unal de origem )eita uma análise por amostragem, encamin*ando-se ao S3 osrecursos e'traordinários escol*idos e so(restando-se os demais. Com a decisão so(re oJ& paradigmático *á um e)eito regressi"o, pois o 3ri(unal de origem pode retratar-se dadecisão contrária ao S3 ou, então, encamin*ar o J&. Neste Lltimo caso, o S3 podere)ormar liminarmente o acórdão contrário D decisão paradigmática.

    $ repercussão geral somente passou a ser aplicada após a alteração do JIS3, em maiode @QQ[. No início os tri(unais dei'a"am de e'ercer o 0uí;o de retratação eencamin*a"am os recursos so(restados sem ualuer decisão. = S3 não aceita maisisso. = 3ri(unal de"e )undamentar o moti"o de não *a"er e'ercido o juí;o de retratação.

    F"* %#7. " )*(%(*" .%." *$.'#!

    R: Cláusula de reser"a de plenário. $rt. [ CJ677: OSomente pelo "oto da maioria

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    a(soluta de seus mem(ros ou dos mem(ros do respecti"o órgão especial poderão ostri(unais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normati"o do Poder PL(lico.Procedimento regulado pelos arts. A7Q a A7@ do CPC.

     SLmula "inculante >Q: ORiola a cláusula de reser"a de plenário +C, art. [/ a decisão

    de órgão )racionário de tri(unal ue, em(ora não declare e'pressamente ainconstitucionalidade de lei ou ato normati"o do poder pL(lico, a)asta sua incid%ncia, notodo ou em parte#.

    8 dispensada a remessa ao órgão especial ou pleno se já *ou"er pronunciamento destesou do S3 +art. A7>, PM, CPC/. 1á precedente do no sentido de ue a ele não se aplica oart. [: O= S3 e'erce, por e'cel%ncia, o controle di)uso de constitucionalidade uandodo julgamento do recurso e'traordinário, tendo os seus colegiados )racionárioscompet%ncia regimental para )a;%-lo sem o)ensa ao art. [ da C. +J& K>.7@-&4,Jel. Ein. &llen Yracie, Segunda 3urma, 40& de >--@Q>Q/. Yilmar Eendes +@QQ[, p.>Q[K/ entende de )orma di"ersa: com (ase no regimento interno do S3, a)irma ue nos

     processos de compet%ncia das 3urmas, será )eita remessa ao Plenário, em caso derele"ante arguição de inconstitucionalidade.

    S"> '$

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    distri(uição demográ)ica, ue não coincide com os limites dos &stados6Eunicípios ondeestão locali;adas as terras indígenas.

    =s 4S&Is de"em prestar atenção (ásica D população indígena aldeada, mediante atuaçãode &uipes Eultidisciplinares de SaLde Indígena +&ESI/, nos moldes do Programa

    SaLde da amília +PS/, compostas por mdicos, en)ermeiros, odontólogos, au'iliaresde en)ermagem, agentes indígenas de saLde, etc.

    = EP possui como missão rele"ante nessa área a (usca pela autonomia do 4S&I,recomendando D unasa ue )orneça as condições para ue isso aconteça. = PJ de"econ*ecer a estrutura do 4S&I e dos recursos *umanos e )inanceiros necessários para ae'ecução dos ser"iços.

    = 3CM permite, temporariamente, ue a unasa )aça con"%nios com =NYs,&stados6Eunicípios para composição das &ESI, de"endo reali;ar concurso para

    e'ecução direta, no pra;o do art. A, I, da !ei 7.[AG6.

    Cada 4S&I tem um C4SI +Consel*o 4istrital de SaLde Indígena/, ue integrado por Consel*os !ocais +C!/: órgão de controle social ue ela(ora o Plano de SaLde 4istritale )iscali;a a prestação de contas. = EP de"e )iscali;ar se os recursos estão sendoempregados em con)ormidade com o plano distrital.

    =s C! são paritários, com representantes dos usuários +escol*idos pelas comunidadesindígenas/6go"erno6prestadores de ser"iços6tra(al*adores do setor de saLde.

    EP de"e impedir ue a inter)er%ncia do &stado na escol*a dos mem(ros do C4SI odeslegitime ou reprodu;a práticas tutelares5 pressionar para a instalação dos C4SI6C!5 (uscar a representati"idade de todos os grupos tnicos a(rangidos5 )iscali;ar areali;ação das suas reuniões, a e)eti"ação das deli(erações e capacitação dosconsel*eiros.

    . Polos-(ase

    Primeira re)er%ncia para os agentes indígenas de saLde das aldeias. =s polos-(ase podem estar locali;ados em comunidade ou em Eunicípios de re)er%ncia, a depender de"ários )atores, entre eles condições estruturais para mant%-lo, (em como e, so(retudo,mani)estação da comunidade indígena so(re a sua locali;ação mais adeuada. CadaPolo-

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    encamin*ados pela aldeia6polo-(ase, e acompan*antes, prestam assist%ncia deen)ermaria @A*, marcam consultas, e'ames ou internações.

    Cada aldeia6comunidade de"e ter um $gente Indígena de SaLde "inculado a um Postode SaLde, alm de $gentes Indígenas de Saneamento. EP de"e garantir ue o agente

    ten*a capacidade e legitimação +índio da comunidade especí)ica, )ale sua língua, >Kanos/.

    A.Compromisso com a di"ersidade cultural na saLde indígena:

    Cada po"o assume di)erentes )ormas de representação do processo saLde-doença e dasinter"enções terap%uticas. =s sistemas tradicionais de saLde são o principal recurso deatenção D saLde da população indígena, apesar da presença das estruturas Oocidentais,condicionam a relação dos indi"íduos com a saLde e a doença e in)luem na relação comos ser"iços de saLde +procura ou não dos ser"iços, aceita(ilidade das ações,

    compreensão das mensagens/ e na interpretação dos casos de doença. = recon*ecimentoda di"ersidade cultural e o respeito aos seus sistemas tradicionais de saLde sãoimprescindí"eis. 1á de"er de prestar políticas pL(licas adeuadas D di"ersidade cultural.4e"e ser estimulada a articulação entre os sa(eres tradicionais e a medicina cientí)ica.Con"enção >K da =I3: os ser"iços de saLde de"em ser planejados e administrados emcooperação com os po"os e le"ar em conta as suas condições econTmicas, geográ)icas,sociais e culturais, (em como seus mtodos de pre"enção, práticas curati"as emedicamentos tradicionais. 4eclaração da =NM: =s po"os indígenas t%m direitos Dssuas próprias medicinas tradicionais e a manter suas práticas de saLde. !ei .7K6:

    de"er-se-á le"ar em consideração a realidade local e as especi)icidades da cultura dos po"os indígenas. = Einistrio da SaLde de"e, situados os po"os em áreas regulari;adasou não, adotar todas as medidas possí"eis "isando ao seu pleno atendimento, no campoda saLde e do saneamento (ásico, inclusi"e com a e'ecução de o(ras de caráter 

     permanente ou temporário. 8 ine'igí"el a autori;ação da MN$I, pr"ia ou posterior, para su(meter índios ou comunidades indígenas a procedimentos mdicos, inclusi"ecirLrgicos.

    G.Jecursos )inanceiros:

    4uas )ontes +a/ repasse mensal de recursos orçamentários do 3esouro Nacional aos4S&Is para e'ecução direta ou mediante cele(ração de con"%nios para as açõescomplementares na saLde indígena5 e +(/ repasse )undo a )undo pela Secretaria de$tenção D SaLde do Einistrio da SaLde +Incenti"os D $tenção

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    Sistema de In)ormações de SaLde Indígena +SI$SI/: atendem cada ní"el gerencial comindicadores.

    2!"! D'.'% ($"+$&"'% )(*&(."'%! M(*&')(*&(."*'%+# '$&.)(*&(."*'"! D'.' '.$3" "# .)#$,)'+$!

    7! S>+(*" '$)(*"$&! L8'&'+'" ).

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    interação ue não dei'a de ser con)lituosa, mas regulada. fue não dei'a de ser tensa,mas controlada. &sse um conceito ue "ai alm de uma Ocerta *armonia uesupun*a a noção de multiculturalidade.

    - Para $lain 3ouraine, sociólogo )ranc%s, a comunicação intercultural com(ina

    igualdade e di)erença e pode acontecer: a/ pelo encontro entre culturas +luta contra oentocentrismo e recon*ecimento da di"ersidade cultural/5 (/ pelo parentesco dase'peri%ncias culturais +não recon*ece a alteridade completa, mas sim parentescos maisou menos distantes entre as culturas5 perce(e tam(m ue as culturas não são entidadesseparadas e )ec*adas em si mesmas/5 c/ pela reordenação do mundo +entende ue asculturas não são uma mani)estação particular de uma cultura uni"ersal, mas ue o Lnicouni"ersalismo possí"el o do Sujeito. $ssim, reordenar o mundo signi)ica reordenar oSujeito com(inando ação instrumental e identidade cultural/5

    2 F"* %#7. " #.'8+ ,'%&-.')" " "34# '.&" )#$%&'&()'#$"*'"!

    R: 4e inspiração )rancesa, a primeira Constituição Nacional >7@A +dois anos após aindepend%ncia do A, tra;endo grandes a"anços e ino"ações D justiça (rasileira, comoa instauração da 0ustiça do 3ra(al*o e o surgimento do mandado de segurança e da ação

     popular. &sta carta constitucional tam(m inclui mudanças no sistema de )iscali;açãodas leis, como a criação do sistema de controle denominado reser"a de plenário, ue)ortalece o princípio de presunção de constitucionalidade das leis e atos normati"os, nomomento em ue se e'ige a maioria a(soluta dos tri(unais para a decretação dainconstitucionalidade5 e ainda, tra; a possi(ilidade de se atri(uir e)eito erga omnes Ddeclaração de inconstitucionalidade pro)erida por um tri(unal em determinado casoconcreto , con)erindo, assim, poder ao Senado ederal para suspender a aplicação da leiimpugnada.

    - Com a implantação do &stado No"o e so( a in)lu%ncia do modelo político )ascistaimplanta-se, atra"s da Constituição de >[, um &stado a(solutista, considerado por muitos como uma ditadura pura e simples, especialmente porue essa constituição

    alarga os poderes do e'ecuti"o e o coloca em posição pri"ilegiada em relação aos outros poderes, daí a conclusão de ue a constituição polaca cria um )ederalismo e uma

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    tripartição dos poderes apenas de maneira )ormal, ocorrendo, de )ato, a centrali;ação econcentração dos poderes nas mãos do presidente. &liminam-se direitos indi"iduaiscomo o mandado de segurança e a ação popular e, no ue concerne ao controle deconstitucionalidade, tam(m lesado pelo e'cesso de poderes do Presidente ue, deacordo com o $rt. K, parágra)o Lnico, tem a prerrogati"a de su(meter no"amente ote'to impugnado ao parlamento.

    - $ Constituição de >AK re)lete o momento de redemocrati;ação por ue passa o AK surge a $ção 4ireta deInconstitucionalidade $4In, por meio da &menda Constitucional n. >K, de >KG5 )atode rele"ante import9ncia para o direito (rasileiro, pois somente a partir desta data pTde-se admitir discussão judicial, acerca da constitucionalidade em tese de lei ou atonormati"o. $ declaração da inconstitucionalidade em tese dos atos normati"os do poder 

     pL(lico, mediante controle concentrado, pela "ia direta - e não mais somente diante decasos concretos, pela "ia incidental. +P$M!=, @QQ[, p. @G/. Importa ressaltar ue, nãoo(stante os a"anços e'plicitados, somente possuía legitimidade para propor a $4In oProcurador-Yeral da JepL(lica.

    - Com o Yolpe militar de KA +ueda de 0oão Youlart, assume Castelo K[ +encamin*ada pelo Presidente Sarneb aoCongresso Nacional/ con"oca uma no"a $ssem(leia Nacional Constituinte, )orameleitos Senadores e 4eputados, em >7K, com a missão de ela(orar nossa atual C677.

    - $ Constituição de >77 mantm as )ormas de controle de constitucionalidade, a(stratoe incidental, mas tra; algumas ino"ações 5 a citar a ampla legitimidade no controlea(strato +não mais apenas o PYJ competente para propor $4In/, criação da $4InP=,da $4P, da $4C=N, do mandado de injunção +re)erente D aplica(ilidade e garantia doe'ercício de direitos constitucionais impossí"eis de e)eti"ação por car%ncia de norma

    regulamentadora/ e do controle a(strato nos estados e no 4. +&'traído:*ttp:66i(iapinajus.(logspot.com.(r6p6adin-(re"e-*istorico.*tml com adaptações/.

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    ("* ." # #7H " "34# '.&" '$&.$&'" $" CR/1

    R: $ ação direta inter"enti"a, de compet%ncia do S3 e cuja legitimação ati"a ca(e ao

    PYJ, surgiu na CJ6>A, ue autori;a"a a Mnião a inter"ir nos &stados mediante lei,desde ue declarada sua constitucionalidade pelo Supremo 3ri(unal ederal, pro"ocado pelo Procurador Yeral da JepL(lica. $ declaração de constitucionalidade da leiinter"enti"a importa"a, em conseu%ncia, na declaração de inconstitucionalidade da leiou ato estadual.

    - $ Constituição de >AK in"erteu o processo inter"enti"o, e'igindo ue )osse ainter"enção precedida de declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo 3ri(unalederal do ato estadual in)ringente a princípio constitucional sensí"el, medianterepresentação do Procurador Yeral da JepL(lica. = Congresso Nacional, nesse caso,

     poderia limitar-se a suspender a e'ecução do ato, se essa medida (astasse para oresta(elecimento da normalidade +art. >/ e de"eria ser decretada mediante lei +art. 7/.

    - $ representação inter"enti"a )oi amplamente utili;ada no regime das constituições de>A e >AK at o ad"ento da &C >K6KG, ue instituiu a ação direta deinconstitucionalidade, em especial para a anulação de leis in)ringentes do princípio dainiciati"a das leis, ue tem conotação direta com o princípio da independ%ncia dos

     poderes. Nos dias atuais esse controle de constitucionalidade su(siste, mas poucoaplicado diante da e'ist%ncia da ação direta de inconstitucionalidade.

    2!

    "! A&$'+$ # M'$'%&=.'# P>7*')# )#+($'"! E%&."&=8'"% )#+($')"34#"% "35% # M'$'%&=.'# P>7*')#!

    7! E%&"&( )#$%&'&()'#$"* #% "8$&% #*7*')"! R.%$&"34# H(')'"* )#$%(*.'" H(.

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    R: $ Con"enção de No"a Iorue aplica-se D *omologação de uma sentença estrangeirare)erente a alimentos, sua e'ecução ou, ainda, D a(ertura de processo judicial ue "iseao pagamento de pensão alimentícia.

     No

    $ Procuradoria Yeral da JepL(lica )unciona como $utoridade Jemetente uandoencamin*a documentos para co(rança de alimentos no e'terior e atua como InstituiçãoIntermediária uando rece(e os documentos do e'terior para )a;er a co(rança no , inciso RI, do re)erido ato administrati"o, de)inecomo atri(uição da $SC0I atuar em apoio ao PYJ, como autoridade central, para en"ioe rece(imento de pedidos ue digam respeito D Con"enção de No"a or.

    $ compet%ncia interna para julgamento das ações judiciais amparadas pela Con"enção da 0MS3I]$ &4&J$!. Eas importante salientar ue o credor pode ajui;ar umaação de alimentos diretamente no

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    de"idamente instruído em )ace dos reuisitos esta(elecidos pela lei do &stado rece(edor.$ssim, se, por e'emplo, determinado país e'ige pro"a do parentesco, *á de ser encamin*ado com o pedido, instrumento *á(il a compro"ar o parentesco e, ainda,instrumento aceito pela legislação local.

    =s documentos de"em ser acompan*ados da respecti"a tradução e caso o demandantenão possua condições )inanceiras de arcar como as despesas da tradução, segundoorientação da PYJ, o Procurador da JepL(lica solicitará D unidade administrati"a noestado para ue sejapro"idenciado o custeio. 4e posse dos documentos, a PYJ, "ia$SC0I, após análise criteriosa, transmitirá D Instituição Intermediária designada pelo&stado do demandado.

    0á os pedidos de co(rança de alimentos com )undamento na Con"enção de No"a or oriundos do e'terior são encamin*ados diretamente D PYJ, atra"s da $utoridadeJemetente do país de origem da parte demandante, ou "ia diplomática, atra"s doEinistrio das Jelações &'teriores +EJ&/. $ $SC0I analisará os documentos a )im decerti)icar ue estão na con)ormidade da Con"enção, (em como adeuados D legislação

     (rasileira, após o ue serão remetidos D respecti"a Procuradoria da JepL(lica comatri(uição para atuar no )eito, o(ser"ando-se o local de domicílio do de"edor. 8importante salientar ue tais pedidos possuem prioridade em seu processamento, tendoem "ista seu caráter alimentar. $ PYJ recomenda ue, antes da propositura da ação, sejareali;ada uma tentati"a de acordo e'trajudicial, como disposto no art. G7G, inciso II, doCódigo de Processo Ci"il e art. G[, parágra)o Lnico, da !ei .Q6G +0ui;ados&speciais/. = Procurador da JepL(lica, como instituição intermediária, representa o

    demandante na ação, tendo inclusi"e poderes para transigir, mas a $utoridadeJemetente de"e ser sempre in)ormada.

    2 F"* %#7. #% ).'+% .%#$%"7'*'"!

    R: Crimes de responsa(ilidade são in)rações político-administrati"as de)inidas nalegislação )ederal, cometidas no desempen*o da )unção, ue atentam contra a e'ist%nciada Mnião, o li"re e'ercício dos Poderes do &stado, a segurança interna do país, a

     pro(idade na $dministração, a lei orçamentária, o e'ercício dos direitos políticos,indi"iduais e sociais e o cumprimento das leis e das decisões judiciais. = rol do art. 7Gda C meramente e'empli)icati"o.

    $s sanções estão pre"istas no art. G@, p. Lnico: perda do cargo e ina(ilitação, por oitoanos, para o e'ercício de ualuer )unção pL(lica +inclusi"e cargos de nature;a política:S3, J& @A.@@/.

    $ representação por crime de responsa(ilidade pode ser )ormulada por ualuer cidadão. Para apuração dos crimes de responsa(ilidade do Presidente da JepL(lica, o

     processo di"ide-se em duas partes: a/ juí;o de admissi(ilidade, na C9mara dos4eputados +em "otação nominal, ostensi"a/ e5 (/ processo e julgamento, no Senado

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    ederal +a comissão processante será constituída de >6A da composição do Senado/.$rts. > a 7, !ei n >.Q[6GQ. $rt. G>, I5 art. G@, I e II5 e art. 7K, todos da C +comissão

     processante proced%ncia da imputação li(elo acusatório contestação  julgamento, presidido pelo Presidente do S3/. $ condenação e'ige uórum de @6+"otação nominal/.

    = Poder 0udiciário não pode alterar a decisão política do Congresso Nacional. = mritoda decisão inatacá"el. = 0udiciário pode anular o julgamento por o)ensa a princípiosconstitucionais, mas não pode modi)icar o mrito da decisão.

    3am(m são julgados pelo Senado ederal em caso de crime de responsa(ilidade:Einistros do S3, mem(ros do CN0 e do CNEP, o Procurador-Yeral da JepL(lica e o$d"ogado-Yeral da Mnião. Einistros de &stado e os comandantes das orças $rmadassão julgados pelo Senado nos crimes de responsa(ilidade, uando estes )orem cone'osaos praticados pelo Presidente. Caso contrário, serão julgados pelo S3.

    $ !ei n >.Q[6GQ pre"% os tipos criminais de responsa(ilidade e o procedimento para o julgamento, ue de"e ser analisado D lu; da C677 +"er S3, ES @Q.A> e /.

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    R:  Não *á incompati(ilidade, eis ue ca(e ao EP agir em proteção aos interessesdi)usos e coleti"os, como consta no art. >@ da CJ> e seguintes da constituição, ue trata da ad"ocacia pL(lica,representando a Mnião, judicial e e'trajudicialmente. = ue se pode e'trair das normasconstitucionais ue o EP age nos interesses da sociedade, e a ad"ocacia pL(lica, nointeresse da $dministração PL(lica, ocupando, portanto, es)era de tutela distintas. 3anto assim ue *á a sLmula n @ do S30, com o seguinte teor: O= Einistrio PL(lico temlegitimidade para propor ação ci"il pL(lica em de)esa do patrimTnio pL(lico.

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    PROTEÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS ?UMANOS

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    inseridos nas de;enas de con"enções internacionais rati)icadas pelos &stados. 0á oresultado lesi"o toda a gama de prejuí;os materiais e morais causados D "ítima e)amiliares e, uanto ao terceiro elemento, o(ser"amos ue a imputa(ilidade consiste no"ínculo entre a conduta do agente e o &stado responsá"el.

    É #%%

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    de >@: O$inda ue o respeito D so(erania e integridade do &stado seja uma uestãocentral, inegá"el ue a antiga doutrina da so(erania e'clusi"a e a(soluta não mais seaplica e ue esta so(erania jamais )oi a(soluta, como era então conce(ida teoricamente.Mma das maiores e'ig%ncias intelectuais de nosso tempo a de repensar a uestão daso(erania +.../. &n)ati;ar os direitos dos indi"íduos e os direitos dos po"os umadimensão da so(erania uni"ersal, ue reside em toda a *umanidade e ue permite aos

     po"os um en"ol"imento legítimo em uestões ue a)etam o mundo como um todo. 8um mo"imento ue, cada "e; mais, encontra e'pressão na gradual e'pansão do 4ireitoInternacional. +pg. K@, PI=R&S$N/.

    Cumpre destacar ue em seu artigo @, parágra)o [, encontra-se pre"isto ue: $=rgani;ação e seus Eem(ros, para a reali;ação dos propósitos mencionados no $rtigo>, agirão de acordo com os seguintes Princípios: +.../. [.Nen*um dispositi"o da presenteCarta autori;ará as Nações Mnidas a inter"irem em assuntos ue dependam

    essencialmente da jurisdição de ualuer &stado ou o(rigará os Eem(ros a su(meteremtais assuntos a uma solução, nos termos da presente Carta5 este princípio, porm, não prejudicará a aplicação das medidas coerciti"as constantes do Capitulo RII , ou seja, o princípio da não inter"enção não o(sta ue a =NM adote medidas coerciti"as contra&stados ue pratiuem atos de ameaça D pa;, D ruptura da pa; e atos de agressão.

    $ssim, in)ere-se do supracitado dispositi"o da Carta da =NM ue o princípio daso(erania ainda possui e'trema import9ncia nas relações internacionais. Isso porue setrata de um princípio (asilar do 4ireito Internacional PL(lico. Nessa medida, a regra anão inter"enção internacional em assuntos decorrentes de )atos internos ocorridos no

    9m(ito de um &stado. &ntretanto, sa(e-se ue o 4ireito Internacional PL(lico "i"e naatualidade uma "erdadeira e'pansão dos direitos *umanos. Nesse sentido, e'ist%ncia deius cogens e'plicitamente recon*ecida pelos &stados na Con"enção de Riena so(re3ratados Internacionais , (em como pela jurisprud%ncia internacional. Mmacaracterística do ius cogens sua capacidade de limitar o tradicional principio do4ireito Internacional PL(lico denominado pacta sunt ser"anda alm de )le'i(ili;ar anoção tradicional de so(erania.

    $ Carta da =rgani;ação das Nações Mnidas, entre outros o(jeti"os, pretendeu sanar as)al*as do Pacto

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    ilícito internacional e a Carta da =NM te"e a oportuna cautela de não se re)erir nominalmente D guerra, mas D ameaça ou utili;ação da )orça, algo (em mais e'tenso ea(rangente. Segundo o art. @, BA, ualuer uso da )orça no cenário internacionalempreendido pelos &stados-mem(ros, independente da ra;ão, "edado, a menos uee'pressamente permitido pela Carta. 8 com a redação dele ue se cristali;a o princípioda resolução pací)ica das contro"rsias, ue complementado pelo princípio da nãointer"enção, consolidado no art. @, n. [ da Carta. Mma "e; proscrita a guerra, emergeeste princípio como e'pressão da autonomia estatal e para impossi(ilitar ue grandes

     pot%ncias, so( a alegação da de)esa de ualuer interesse, inter"iessem por ameaça ouutili;ação da )orça nos assuntos domsticos ou e'ternos de outro &stado de )ormaar(itrária e prejudicial D li(erdade e independ%ncia das nações. = princípio da nãointer"enção considerado corolário lógico da proi(ição do uso da )orça e conuistados países de 3erceiro Eundo, *aja "ista ue estes )oram os principais al"os deinter"enções por parte das grandes pot%ncias. &ntende-se inter"enção como a ação de

    um &stado ou grupo de &stados ue inter)ere em outro &stado so(erano ouindependente, para impor a sua "ontade nos assuntos internos e e'ternos, sem orespecti"o consentimento, a )im de manter ou alterar um estado de coisas. 8, portanto,uma prática ilícita, pois contraria o consagrado princípio da não-inter"enção. Contudo, a

     própria Carta da =NM só proí(e a inter"enção nos assuntos internos e a =NM uemdecide se a matria pertence ou não D jurisdição domstica dos &stados . Ca(e destacar,ainda, ue as pressões políticas, econTmicas e diplomáticas "iolam tam(m o art. @, n.[, uando ti"erem o sentido de "erdadeiro ultimato, isto , sempre ue puderem ser comparadas ao uso da )orça de"ido D e)eti"a imposição da "ontade de um &stado so(re

    outro para ue este )aça ou dei'e de )a;er algo, por meio da eliminação ou restrição dasopções ue se o)erecem ao go"erno estrangeiro numa conjuntura particular *istórica.Pode-se a)irmar, portanto, ue se a(ster de medidas coerciti"as elemento essencial

     para de)inir o de"er de não-inter"enção ue se impõe aos &stados.

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    R: $ 4M41 não um tratado, sendo adotada so( a )orma de Jesolução +Jesol.6=NM@>[ $ III/ não possuindo )orça de lei +PI=R&S$N, p. >AK/. &la )oi adotada por unanimidade, )ato ue re)orça sua )orça política. Seu te'to com(inou, de )orma indita,o discurso li(eral com o discurso social contemplando tantos os direitos ci"is e políticos+at o artigo @>/, uanto os direitos econTmicos, sociais e culturais +dos artigos @@ emdiante/. $ 4eclaração cria um padrão mínimo para proteção dos direitos *umanos no

    9m(ito mundial. $ declaração tem ualidade de )onte jurídica +inspiração/ dos tratadosinternacionais de direitos *umanos. $lm dessa repercussão no 9m(ito internacional, *átam(m, nos te'tos das constituições dos países com a incorporação D !ei Eaior dosdireitos proclamados na 4M41. Segundo &duardo $ntunes +apud  PI=R&S$N, @QQ, p.>/, #a Declaração consolida a afirmação de uma ética universal  ao consagrar umconsenso sobre os valores de cunho universal a serem seguidos pelos Estados#.

     Na Comissão de 4ireitos 1umanos, *ou"e acalorado de(ate para de)inir se aO International Bill of Human Rights teria a )orma de tratado +"inculante/ ou de

    declaração ue e'plicitaria o conceito de Odireitos *umanos contido na Carta da =NM.$o pre"alecer a )orma de declaração, )icou clara a opção por um documento#.+"*+$& não "inculante. VD%&" #.+"K " )*"."34#K "# % .%&'. " #.+" (+" .%#*(34# " A%%+7*'" G."* " ONUK % )#$%#*'#( )#+# .)#+$"34#K'.&.'9 #*

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    "inculante, 4r. $ragão ponti)ica: E+ .%(+#K = #%%)*# '.'% " D)*"."34# U$'.%"* #% D'.'% ?(+"$#% &+ ($"+$'$)(*"$& $# '.' '$&.$")'#$"* )#%&(+'.#! J )#+ .*"34# " #(&.#%   Wp.e'.direitos iguais no matrimTnio e possi(ilidade de mudança de religião em paísesisl9micosXK = "K #.=+K ( # )#$%$%# %#7. %(" ")'&"34# )#+# $#.+" H(.

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    Reit* 1arlan, ue produ;ira )ilmes anti-semitas. 1arlan ajui;ou uma ação para impedir o (oicote, a ual )oi julgada procedente em >? inst9ncia. !ut* recorreu, argindo ue o

     (oicote esta"a a(arcado por sua li(erdade de e'pressão. = 3ri(unal Constitucional$lemão entendeu ue, apesar de não *a"er aplica(ilidade direta dos direitos)undamentais nas relações entre particulares, os direitos )undamentais "inculam os Poderes do &stado, inclusi"e o 0udiciário, na sua tare)a de interpretar o direito. &ntão,de"e *a"er a aplicação indireta dos direitos )undamentais nas relações entre particulares.= 3ri(unal Constitucional entendeu ue, ao se interpretar os (ons costumes emconson9ncia com a li(erdade de e'pressão, concluía-se ue o (oicote n�