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Ciência Forense - Perito criminal Perito Criminal em local de crime PERITOS, em sentido amplo, são pessoas físicas entendidas e experimentadas em determinados assuntos e que, designadas pela Justiça, recebem a incumbência de ver e referir fatos de natureza permanente, cujo esclarecimento é de interesse no processo. A convocação para o papel de Perito é uma forma de reconhecimento de competências, decorrente em grande medida da autoridade científica do próprio Perito. PERITO CRIMINAL é o policial a serviço da justiça, especializado em encontrar ou proporcionar a chamada prova técnica ou prova pericial, mediante a análise científica de vestígios produzidos e deixados na prática de delitos. As atividades periciais são classificadas como de grande complexidade, em razão da responsabilidade e formação especializada revestidas no cargo. O Perito Criminal estuda o corpo (ou objeto envolvido no delito), refaz o mecanismo do crime (para saber o que ocorreu), examina o local onde ocorreu o delito e efetua exames laboratoriais, entre outras coisas. Nos estados onde a Polícia Científica é desvinculada da Polícia Civil, o Perito Criminal, na qualidade de detentor de autoridade científica, atua como Chefe de Polícia Científica. INGRESSO O ingresso na carreira é obtido obrigatoriamente por concurso público, que pode ser de provas ou de provas e títulos. Embora o Código de Processo Penal não faça diferenciações entre os tipos de Peritos, comumente nas Polícias Civis dos estados eles são divididos em Perito Criminal e Perito Legista. O cargo de Perito Criminal ou Criminalístico (podendo ser estadual ou federal) exige formação de nível superior em qualquer área do conhecimento, sendo que algumas Polícias exigem formação específica, como por exemplo, Biologia, Farmácia, Química, Biomedicina, Engenharias, Física, Matemática, dentre outras. Já o cargo de Perito Legista geralmente subdivide-se em Perito Médico-Legista (cargo privativo de médico) e Perito Odonto-Legista (cargo privativo de dentista). Os Peritos Criminais geralmente trabalham em locais de crime e nos Institutos de Criminalística, enquanto os Legistas geralmente trabalham nos Institutos Médicos Legais (IMLs).

Pericia Criminal Biologia Forense

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  • Cincia Forense - Perito criminal

    Perito Criminal em local de crime

    PERITOS, em sentido amplo, so pessoas fsicas entendidas e experimentadas emdeterminados assuntos e que, designadas pela Justia, recebem a incumbncia de ver ereferir fatos de natureza permanente, cujo esclarecimento de interesse no processo. Aconvocao para o papel de Perito uma forma de reconhecimento de competncias,decorrente em grande medida da autoridade cientfica do prprio Perito.

    PERITO CRIMINAL o policial a servio da justia, especializado em encontrar ouproporcionar a chamada prova tcnica ou prova pericial, mediante a anlise cientfica devestgios produzidos e deixados na prtica de delitos. As atividades periciais soclassificadas como de grande complexidade, em razo da responsabilidade e formaoespecializada revestidas no cargo.O Perito Criminal estuda o corpo (ou objeto envolvido no delito), refaz o mecanismo docrime (para saber o que ocorreu), examina o local onde ocorreu o delito e efetua exameslaboratoriais, entre outras coisas. Nos estados onde a Polcia Cientfica desvinculada daPolcia Civil, o Perito Criminal, na qualidade de detentor de autoridade cientfica, atuacomo Chefe de Polcia Cientfica.

    INGRESSOO ingresso na carreira obtido obrigatoriamente por concurso pblico, que pode ser deprovas ou de provas e ttulos. Embora o Cdigo de Processo Penal no faadiferenciaes entre os tipos de Peritos, comumente nas Polcias Civis dos estados elesso divididos em Perito Criminal e Perito Legista.O cargo de Perito Criminal ou Criminalstico (podendo ser estadual ou federal) exigeformao de nvel superior em qualquer rea do conhecimento, sendo que algumasPolcias exigem formao especfica, como por exemplo, Biologia, Farmcia, Qumica,Biomedicina, Engenharias, Fsica, Matemtica, dentre outras. J o cargo de Perito Legistageralmente subdivide-se em Perito Mdico-Legista (cargo privativo de mdico) e PeritoOdonto-Legista (cargo privativo de dentista). Os Peritos Criminais geralmente trabalhamem locais de crime e nos Institutos de Criminalstica, enquanto os Legistas geralmentetrabalham nos Institutos Mdicos Legais (IMLs).

  • PROVA PERICIAL

    A PERCIA CRIMINAL, requisitada pela Autoridade Policial, Ministrio Pblico eJudicirio, a base decisria que direciona a investigao policial e o processo criminal. Aprova pericial indispensvel nos crimes que deixam vestgio, no podendo serdispensada sequer quando o criminoso confessa a prtica do delito.A percia uma modalidade de prova que requer conhecimentos especializados para asua produo, relativamente pessoa fsica, viva ou morta, implicando na apreciao,interpretao e descrio escrita de fatos ou de circunstncias, de presumvel ou deevidente interesse judicirio.O conjunto dos elementos materiais relacionados com a infrao penal, devidamenteestudados por profissionais especializados, permite provar a ocorrncia de um crime,determinando de que forma este ocorreu e, quando possvel e necessrio, identificandotodas as partes envolvidas, tais como a vtima, o criminoso e outras pessoas que possamde alguma forma ter relao com o crime, assim como o meio pelo qual se perpetrou ocrime, com a determinao do tipo de ferramenta ou arma utilizada no delito.Apesar de o laudo pericial no ser a nica prova, e entre as provas no haver hierarquia,ocorre que, na prtica, a prova pericial acaba tendo prevalncia sobre as demais. Istose d pela imparcialidade e objetividade da prova tcnico-cientfica enquanto que aschamadas provas subjetivas dependam do testemunho ou interpretao de pessoas,podendo ocorrer uma srie de erros, desde a simples falta de capacidade da pessoa emrelatar determinado fato, at o emprego de m f, onde exista a inteno de distorcer osfatos.A percia criminal encontra-se atualmente em processo de expanso no Brasil, com inciode valorizao por parte das autoridades, mas em curso demasiadamente lento, o que fazcom que o Perito Criminal ainda seja visto atravs de uma fachada de filmes deHollywood, o que no se aplica realidade brasileira.A execuo das percias criminais de competncia exclusiva dos Peritos Criminais.Essa afirmao reforada pelo Art. 25 da Lei Geral da Polcia Civil (Projeto de Lei1949/07), que caracteriza a figura do Perito Criminal como essencial para ofuncionamento da Polcia Judiciria ou da Polcia Cientfica, nos estados onde esta estiverem operao.

    CARACTERSTICAS PROCESSUAIS DOS PERITOS So rgos estticos, semelhana dos Juzes; So rgos dotados de formao universitria plena; So rgos vinculados a entidades de classe (CRQ, CREAA, CRP, CRM), ao

    contrrio dos Juzes que no esto filiados OAB; Transformam-se em rgos dinmicos, quando regularmente requisitados por

    autoridade competente (policial, policial militar, judiciria penal, judiciria militar),como os Juzes, ao receberem a denncia ou a queixa.

    ATRIBUIES LEGAISSo atribuies legais dos Peritos Criminais:

    Supervisionar, coordenar, controlar, orientar e executar percias criminais em geral; Planejar, dirigir e coordenar as atividades cientficas; Fornecer elementos esclarecedores para a instruo de inquritos policiais e

    processos criminais; Promover o trabalho especializado de investigao e pesquisa policial; Executar atividades tcnico-cientficas de nvel superior de anlises e pesquisas na

    rea forense;

  • Proceder a levantamentos topogrficos e fotogrficos e a exames periciais,laboratoriais, odonto-legais, qumico-legais e microbalsticos;

    Emitir parecer sobre trabalhos criminalsticos; Produzir laudos periciais; Elaborar estudos estatsticos dos crimes em relao criminalstica; Praticar atos necessrios aos procedimentos das percias policiais criminais; Executar as atividades de identificao humana, relevantes para os procedimentos

    pr-processuais judiciais; Desempenhar atividades periciais relacionadas s atribuies legalmente

    reservadas s classes profissionais a que pertencem.

    ATIVIDADES DESENVOLVIDASAs atividades desenvolvidas pelos Peritos so de grande complexidade e de naturezaespecializada, tendo por objeto executar com exclusividade os exames de corpo de delitoe todas as percias criminais necessrias instruo processual penal, nos termos dasnormas constitucionais e legais em vigor, exercendo suas atribuies nos setores periciaisde: Acidentes de Trnsito, Auditoria Forense, Balstica Forense, Documentoscopia,Engenharia Legal, Percias Especiais, Fontica Forense, Identificao Veicular,Informtica, Local de Crime Contra a Pessoa, Local de Crime Contra o Patrimnio, MeioAmbiente, Multimdia, Papiloscopia, dentre outros.

    REMUNERAOO salrio mdio de um Perito Criminal em incio de carreira no Brasil de R$ 4492,52 -sendo o menor salrio o pago pelo Estado do Esprito Santo (R$ 2363,11) e o maiorsalrio o pago pela Polcia Federal (R$ 12992,70).Por ser uma carreira de nvel superior tanto quanto a de Delegado de Polcia, h temposos Peritos Criminais defendem a isonomia salarial e funcional entre as carreiras.Atualmente quatro Polcias brasileiras possuem o mesmo salrio para as carreiras dePerito e Delegado: a Polcia Federal, a Polcia Civil do Distrito Federal, a Polcia Civil deRondnia e a Polcia Civil de So Paulo.

    ES - R$ 2363,11 (referncia: 12/2005) MS - R$ 2580,08 (referncia: 01/2008) MA - R$ 2608,94 (referncia: 07/2006) RS - R$ 2771,96 (referncia: 07/2008) PE - R$ 2806,73 (referncia: 08/2006) PA - R$ 2965,88 (referncia: 04/2007) RJ - R$ 3026,84 (referncia: 11/2008) RR - R$ 3243,00 (referncia: 03/2003) AM - R$ 3290,00 (referncia: 09/2005) PI - R$ 3380,00 (referncia: 04/2006) SC - R$ 3683,28 (referncia: 06/2008) CE - R$ 3787,55 (referncia: 03/2006) PB - R$ 3839,64 (referncia: 10/2008) PR - R$ 3986,38 (referncia: 05/2007) TO - R$ 4011,17 (referncia: 11/2007) MT - R$ 4042,09 (referncia: 01/2008) RN - R$ 4500,00 (referncia: 10/2007) AC - R$ 4620,00 (referncia: 11/2007) SP - R$ 4635,52 (referncia: 11/2008) MG - R$ 4892,92 (referncia: 07/2008)

  • GO - R$ 5200,00 (referncia: 05/2008) RO - R$ 5600,00 (referncia: 11/2003) DF - R$ 12992,70 (referncia: 12/2008) PF - R$ 12992,70 (referncia: 12/2008)

    AUTONOMIA HIERRQUICAComo conseqncia dos protestos, bem como da supracitada valorizao das carreirasenvolvidas na percia criminal, muitos estados separaram suas Polcias Cientficas dasPolcias Civis, resultando em autonomia funcional e hierrquica para os Peritos e seussubordinados.Exemplificando-se, no Instituto de Polcia Cientfica da Paraba, cabe aos Peritos executaratividades tcnico-cientficas de nvel superior, de direo, coordenao, planejamentoe de controle tcnico-administrativo, em conformidade com o Artigo 236 da LeiComplementar n. 85 de 12/08/2008, publicada no Dirio Oficial do Estado em 13/08/2008(Lei Orgnica da Polcia Civil da Paraba)."Ao delegado de polcia de carreira compete a direo da polcia judiciria, a ele ficandosubordinados hierarquicamente os escrives e os agentes de polcia"." polcia tcnico-cientfica compete auxiliar a polcia judiciria, realizando as percias edemais providncias probatrias por esta requisitadas, mas sem vnculo desubordinao hierrquica em relao aos seus integrantes".Assim, a subordinao hierrquica entre o Perito Criminal e a Autoridade Policial(Delegado de Polcia) invivel, j que diversos estados adotam uma instituio distintada Polcia Judiciria para a realizao das percias (as chamadas Polcias Cientficas) enoutros, onde no h Peritos Oficiais suficientes, estes devem ser nomeados "ad hoc"(Peritos Louvados).A ausncia de hierarquia no significa que os Peritos no devem respeitar seus deveresfuncionais, assim elaboraes de laudos periciais requisitados pela Autoridade Policialdevem ser prontamente atendidas, sob o risco de responsabilidade administrativa (nocaso de Perito Oficial) e criminal. O mesmo serve aos Delegados de Polcia, por exemplo,quanto preservao de locais de crime, j que o Perito tem a possibilidade de lanar nolaudo qualquer alterao na cena do crime, trazendo isto responsabilidade criminal eadministrativa ao responsvel, ou seja, ao Delegado de Polcia.Uma observao importante que o Perito considerado pela Justia como uma figuradetentora de autoridade cientfica, mas essa autoridade no tem qualquer semelhanacom a autoridade de funes tpicas de estado, como o Delegado de Polcia (AutoridadePolicial) e o Juiz de Direito (Autoridade Judiciria). O termo autoridade denota diversossentidos, tendo como principais a demonstrao de poder e a especializao em umadeterminada rea, sendo pertinente ao Perito Criminal a segunda definio.

    GENTICA E BIOLOGIA FORENSEO que ?A gentica e biologia forense uma das reas da cinciaforense, que utiliza os conhecimentos e as tcnicas degentica e de biologia molecular, para apoiar e auxiliar ajustia, a deslindar casos sob investigao policial e/ou doMinistrio Pblico. Esta rea tambm conhecida com DNAForense.

    Para que serve?Francisco Corte-Real, vice-presidente do INML (Instituto deMedicina Legal) e especialista em gentica e biologia forense afirma que, esta rea do

  • saber " muitssimo importante para ajudar a deslindar casos que, de outro modo, jamaisseriam resolvidos".No caso de um homicdio, por exemplo, equipas de especialistas do INML deslocam-seao local do crime, recolhem vestgios considerados importantes, como fragmentos de peledo agressor, plos, cabelos, manchas de sangue, entre outros, protegendo tudo o quepossa ser passvel de destruio.O papel do INML , lembra Francisco Corte-Real, "no o de acusar criminosos ou atribuirresponsabilidades por quaisquer atos praticados". Os tcnicos da gentica e biologiaforense "limitam-se a analisar fatos, com base nos conhecimentos e rigor cientfico, e aelaborar relatrios para apreciao dos tribunais, que decidiro depois de confrontadosoutros meios de prova.Ao servio de gentica e biologia forense compete-lhe a realizao de percias e exameslaboratoriais de:

    hematologia forense; vestgios orgnicos como manchas de sangue encontradas nos locais dos crimes,

    de smen deixado nas vtimas de crimes de natureza sexual, de plos ou cabelossuspeitos de pertencerem a criminosos);

    identificao biolgica de parentesco(identificao de paternidade ou maternidade,entre outros);

    identificao gentica individual (identificao de um corpo ou fragmentos de umcorpo);

    Histria...

    A Gentica e biologia Forense teve origem aquando dasprimeiras utilizaes das caractersticas genticas para fazertestes de paternidade, ajudando a justia.A fase moderna da Gentica Forense d-se na dcada de 1980quando investigadores descobrirem regies altamente variveisdo ADN, capazes de individualizar uma pessoa.

    Em 1985, Sir Alec Jeffreys apelida as caractersticas nicas doDNA de uma pessoa de "impresses digitais do DNA".

    No decorrer da dcada de 1990, com a popularizao da PCR, desenvolvem-se tcnicascada vez mais sensveis, capazes de identificar a origem de amostras biolgicas commuito pouco DNA.Graas aos avanos da tecnologia, esta rea da cincia forense tem-se desenvolvidobastante, em todo o mundo. Isso verifica-se pela abundncia de laboratrios, que existemEM PORTUGAL e no s, que realizam exames de paternidade e maternidade, examesde identificao gentica individual entre outros; mostrando grande aderncia por partedas pessoas.

    GENTICA E BIOLOGIA FORENSEO que ? a rea cientfica em que atravs de tcnicas e de conhecimentos sobre gentica ebiologia molecular se auxilia a justia e se desvendam crimes. Tambm conhecida porDNA Forense.O DNA como instrumento de identificao humana pode ser utilizado em diversassituaes, tais como:

    Na identificao e vinculao de suspeitos ao crime; Na distino de crimes isolados de crimes em srie; Para inocentar pessoas falsamente acusadas;

  • Na identificao de restos mortais.

    Em que consiste?A atividade desta rea consiste:Na recolha de vestgios orgnicos encontrados no local do crime como: fragmentos depele, plos e cabelos do agressor, manchas de sangue, smen, dentes, ossos, saliva eurina (que podem ser recolhidos nos mais diversos tipos de substratos como roupas,garrafas, talheres, pontas de cigarro, selos e preservativos.Na anlise dos mesmos, elaborando-se relatrios para apreciao dos tribunais.

    OBJETIVOS-Identificao gentica no mbito da criminalstica biolgica.-Identificao biolgica de parentesco (casos de filiao);-Identificao gentica individual (identificao de um corpo ou fragmentos de um corpo);VANTAGENS DA ANLISE FORENSE POR DNA-Pode ser feita em qualquer fonte de material biolgico.-Sensibilidade do exame.-Estabilidade perante aos factores ambientais devido robustez da molcula de DNA e sua resistncia a cidos e bases.-Possibilidade de separar o DNA de uma clula espermtica de qualquer outro DNAcelular, o que acontece nos casos de violao onde h presena de smen e outroslquidos corporais.

    FACTOS HISTRICOS:A Gentica e Biologia Forense nasce quando se comeam a realizar testes depaternidade em visa de apoiar a justia.-Em 1980 descobrem-se regies do DNA, capazes de individualizar uma pessoa.-Depois da descoberta dos grupos sanguneos, este fator foi utilizado em exames depaternidade. (exemplo: um pai O no poderia ter um filho AB)-Em 1984,na Inglaterra, o mdico Alec Jeffreys, elaborou um mtodo de identificar aspessoas por meio de fragmentos do seu material gentico.-Em 1985, no Reino Unido, foi pela primeira vez efetuada a anlise do DNA com aplicaomdico -legal.-Em 1988 o FBI realiza casos atravs do DNA.-Na dcada de 90,houve uma grande a evoluo tecnolgica e cientfica que levou popularizao da tcnica da PCR e um desenvolvimento de tcnicas cada vez maissensveis, capazes de identificar a origem de amostras biolgicas com pouco DNA.Dentro de poucos anos, os cientistas esperam obter a partir do material gentico dadossobre a aparncia de um suspeito que permitam montar um retrato fiel.

    EM PORTUGAL:Devido aos avanos cientficos, esta rea tem-se desenvolvido bastante em todo omundo. Em Portugal h inmeros laboratrios que realizam testes de paternidade,exames de identificao gentica, etc.

    Cincia forense e probabilidadeA cincia forense uma rea de estudo que se ocupa da anlise cientfica das evidnciasde um crime. Em geral, um estudo forense envolve reas do conhecimento como a fsica(balstica de projteis), a qumica (anlise de sangue, gota de saliva, fio de cabelo etc), abiologia (anlise de DNA) e at a matemtica.

  • Apesar de a nossa impresso digital ser nica, uma digital achada no local de um crimepode no ser suficientemente clara para identificar a pessoa de forma nica. Imagine umasituao em que o confronto da digital encontrada no local do crime com 1 milho dedigitais do banco de dados da polcia indique trs suspeitos. Qual a probabilidade decoincidncia da digital encontrada com a de algum que inocente?Dos trs suspeitos, dois so inocentes e um culpado, o que indica que a probabilidadede coincidncia da digital encontrada com a de uma pessoa inocente 2/1.000.000, ouseja, 0,0002%. Ser que essa probabilidade baixa constitui uma prova convincente paraincriminar uma pessoa que tenha digital igual encontrada?A resposta no. Do ponto de vista do direito de cada cidado, a probabilidadecondicional relevante no a de coincidncia da digital com a de um inocente, mas sim ade uma pessoa ser inocente, dado que a digital encontrada tenha coincidido com a sua.Nesse caso, duas em trs pessoas so inocentes, o que representa uma probabilidade decerca de 67%.Ou seja, na ausncia de outras evidncias, a coincidncia de digitais pode no constituirprova de acusao. O exemplo evidencia a importncia de uma anlise criteriosa do quese pode concluir, de fato, a partir do clculo de uma probabilidade condicional.Se voc gostou do campo de atuao da cincia forense, fique atento, porque qumicaforense um dos cursos abertos pela USP, com 20 vagas, em Ribeiro Preto.

    Primeiro contato com a Cincia ForenseNovas profisses e nichos de mercado surgem em funo de novas necessidades,enquanto outras profisses simplesmente se renovam.Novas profisses e nichos de mercado surgem em funo de novas necessidades,enquanto outras profisses simplesmente se renovam. Isso vem ocorrendo com osprofissionais de percia tcnica, o que tm despertado enorme interesse dos jovensestudantes e tambm dos experientes profissionais de tecnologia da informao.Entretanto, antes de falar mais diretamente sobre Prtica Forense preciso entender oconceito e o contexto em que o termo se aplica.Cincia Forense uma rea interdisciplinar que aplica um amplo espectro de cinciascom o objetivo de dar suporte - respondendo perguntas - s investigaes relativas aosistema legal, mais precisamente ligadas justia civil e criminal. Entre seus desafiosest a identificao do crime, o rastreamento das etapas que o precederam, a localizaoe preservao de evidncias e a gerao de documento de suporte legal.Dentro do contexto eletrnico, tambm chamada de Forense Digital ou ComputerForensics, podemos descrev-la como a cincia que realiza inspees sistemticas emsistemas de computador e suas informaes para evidenciar ou suportar a evidncia decrime. Forense Digital requer conhecimento especializado passando pela simples coletade dados e a preservao de provas. Estamos necessariamente falando de ambienteseletrnicos, redes de computadores, sistemas operacionais e aplicaes que exigem doperito, alm de conhecimento especializado, ferramentas que o auxilie nas diferentesetapas da investigao, assim como o que ocorre com a percia criminal tradicional, quelana mo de luvas, lupas, microscpios e demais aparatos para identificar trajetrias,digitais e outros elementos de investigao.Alguns dos cenrios comuns onde se aplica a prtica forense digital:

    Abuso de Internet por funcionrios Acesso no autorizado a dados e informaes sigilosas Dano a ativos Espionagem industrial Crime de fraude Roubo de identidade

  • Investigao de PedofiliaEm geral os trabalhos se iniciam com a identificao de acessos no autorizados,atividades proibidas ou reguladas, uso ilegal de sistemas e informaes, e para isso,realizam inspees em discos rgidos, mdias removveis, bancos de dados e qualqueroutra potencial fonte de informao pericial.Podemos dividir as etapas da Forense Digital da seguinte forma:

    Identificao de fontes de informao e evidncia/prova Preservao da evidncia/prova Anlise da evidncia/prova Documentao de atividades de descobertas e concluses

    O exerccio desta prtica precisa encontrar o equilbrio entre a abordagem puramentetcnica e a abordagem puramente legal, pois precisa estar aderente aos padres deevidncia reconhecidos pela lei usando a tcnica como instrumento.Muitas so as ferramentas utilizadas na prtica forense digital, onde se destacam asseguintes categorias:

    Duplicadores de mdia Coletores de log Identificadores de configurao Rastreadores de dados e strings Copiadores de memria Duplicadores de sistema operacional Mapeadores de rota de conexo Extratores de inventrio Recuperadores de dados Decriptadores ou decifradores de cdigo Analisadores de esteganografia Testadores de sistema

    O famoso detetive Sherlock Homes que nos perdoe, pois diante da criatividade doscriminosos e da necessidade de tantos aparatos, j no se consegue fazer praticamentenada com a velha dupla: cachimbo e lupa.Este tema tem consumido ultimamente boa parte das minhas horas de estudo e pesquisa,mais precisamente focadas nos campos de fraude eletrnica e contra-espionagem. ,sem dvida, um nicho de grande potencial profissional, motivado pelo frtil momento emque os setores pblico e privado discutem os riscos da informao de forma integrada,colocando os aspectos legais e tcnicos em igual condio de importncia.Marcos Smola ([email protected]) Diretor de Operaes de Information Risk daAtos Origin em Londres, CISM, BS7799 Lead Auditor, PCI Qualified Security Assessor;Membro fundador do Institute of Information Security Professionals of London. Professorda FGV com especializao em Negociao e Estratgia pela London School, autor delivros sobre gesto da segurana da informao e inteligncia competitiva.Visite www.semola.com.br.

    Bibliografia:http://jn.sapo.pt/2005/09/07/sociedade/genetica_forense_servico_justica.htmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_forensehttp://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2774u40.jhtmhttp://medicina.med.up.pt/legal/IntroducaoML.pdf

  • Anexo:ESPECIALIZAO EM CINCIA FORENSEAPRESENTAO

    O Curso de Ps-Graduao Lato Sensu em Cincia Forense, na modalidade deEducao a Distncia pela Internet, tem como objetivo principal oferecer uma visoterico-prtica sobre a aplicao das cincias na produo de provas materiais quepodero ser utilizadas em investigaes cveis e criminais.

    O curso inicia-se com uma abordagem sobre a cena do crime, descrevendo ocomportamento adotado por um perito criminal no levantamento dos vestgios, oscuidados com sua coleta, identificao e transporte. Sempre contextualizando oconhecimento apresentado com situaes reais, as grandes reas de conhecimento dacincia forense so abordadas de modo multidisciplinar, desenvolvendo um raciocniocrtico e habilidades para solucionar problemas, juntamente com a oferta de uma slidafundamentao terica em biologia, qumica, documentoscopia e balstica aplicadas.

    Associada teoria, prticas simulando casos forenses reais sero oferecidas ao final dealgumas disciplinas. Nas aulas prticas o estudante utilizar os conhecimentosconstrudos para solucionar litgios cveis e crimes simulados.

    Alm da abordagem multidisciplinar contextualizada na cena do crime, o cursoapresenta os seguintes diferenciais:

    1. Seu quadro de professores-tutores formado por peritos criminais expoentes nas suasrespectivas reas de atuao, com pelo menos quatorze anos de experincia.

    2. A carga horria para atividades prticas superior a dos demais cursos oferecidos namodalidade de educao distncia.

    3. Seu formato tem potencial de atrair profissionais da rea que desejam aprimorar seusconhecimentos.

    4.PBLICO-ALVO

    O curso destinado, principalmente, a profissionais graduados nas reas de biologia,qumica, farmcia, biomedicina, medicina, odontologia e afins.

    Para um bom aproveitamento do curso, recomenda-se como pr-requisitoconhecimento em gentica, biologia molecular, qumica analtica e estatstica em nvel degraduao.

    Profissionais de outras reas podem participar do processo seletivo e uma vezselecionados tero indicaes de referncias bibliogrficas contemplando o conhecimentoconsiderado pr-requisito.

    CARGA HORRIAO curso tem carga horria total de 436h, assim distribudas:

    360 horas correspondentes s disciplinas, das quais 312 horas sero realizadas adistncia e 48 horas realizadas presencialmente por meio de atividades prticas emlaboratrio;

    60 horas voltadas elaborao do Trabalho de Concluso de Curso; 16 horas referentes aos encontros presenciais de abertura e de encerramento.

    ENCONTROS PRESENCIAIS E ATIVIDADES PRTICASEm virtude do carter terico-prtico do curso, so realizados quatro encontros

    presenciais, com finalidades especficas, a saber:

  • Encontro presencial de abertura do curso: tem como objetivo preparar os estudantes parao incio do curso. Inclui a apresentao institucional, levantamento do perfil e dasexpectativas dos estudantes em relao ao curso, apresentao da metodologia e docontedo do curso, apresentao de informaes sobre os servios da SecretariaAcadmica e treinamento no ambiente virtual de aprendizagem. Este encontro poder serrealizado na Universidade Catlica de Braslia ou nos Plos de Educao a Distncia, deacordo com a escolha do estudante no ato da inscrio.

    Segundo encontro presencial (carga horria de 24h distribudas em trs dias): visa realizao de atividades prticas e aplicao de avaliaes da disciplina Biologia e DNAForense. Este encontro ser realizado na Universidade Catlica de Braslia.

    Terceiro encontro presencial (carga horria de 24h distribudas em trs dias): visa realizao de atividades prticas e aplicao de avaliaes da disciplina QumicaForense. Este encontro ser realizado na Universidade Catlica de Braslia.

    Encontro presencial de encerramento: realizado aps a concluso do estudo dasUnidades de Estudo Autnomo, para que os estudantes possam apresentar o Trabalho deConcluso de Curso banca examinadora e realizar a Avaliao Final Supervisionada.Este encontro poder ser realizado na Universidade Catlica de Braslia ou no respectivoPlo de Educao a Distncia.

    importante destacar que o segundo e o terceiro encontros sero realizados somentena Universidade Catlica de Braslia. Portanto, os estudantes devero se organizar parase deslocarem para Braslia nas datas a serem informadas no incio do curso. Todas asdespesas de deslocamento, hospedagem, alimentao e transporte so deresponsabilidade dos estudantes.

    PROGRAMAO material didtico do curso organizado em seis Unidades de Estudo Autnomo

    (UEAs), que so as disciplinas, constitudas de hipertexto e disponibilizadas por meio dainternet.

    A Cena de Crime 30h Documentoscopia Forense 60h Biologia e DNA Forense 90h (66h a distncia e 24h presenciais para prticas) Balstica Forense 90h Qumica Forense 90h (66h a distncia e 24h presenciais para prticas) Metodologia da Pesquisa Cientfica 60h voltadas elaborao da monografia.

    Alm das disciplinas do curso, o estudante tem a possibilidade de cursar uma disciplinaoptativa: Metodologia do Ensino Superior. Para curs-la, o aluno dever arcar com o nusfinanceiro equivalente a uma disciplina regular do curso, de acordo com os valoresvigentes poca da solicitao de matrcula.