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SEGMENTO MESA 121PERIGOS DOS ALIM
ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
2 ALIMENTOSPERIGOS DOS
INTRODUÇÃO
A primeira etapa do Sistema APPCC é a análise de perigos. Essa análise e a identificação da
respectiva medida preventiva (de controle) são as bases do plano APPCC ou seu primeiro,
indispensável e fundamental princípio. Quando essa etapa não é compreendida ou bem conduzida
origina um Plano APPCC inadequado ou incorreto. É essencial a compreensão de que, para os fins
do APPCC, os perigos referem-se às condições e/ou contaminantes que podem causar injúria oudano ao consumidor, por meio de uma lesão ou enfermidade, de forma imediata ou tardia, por
uma única ingestão ou por ingestão reiterada. Todas as atividades que permitam caracterizar um
processo, ou fase de obtenção de um produto alimentício, seja de matéria-prima ou de produto
pronto para o consumo, devem obedecer às Boas Práticas. Não é possível estabelecer um Sistema
APPCC quando os pré-requisitos não estão sendo cumpridos.
Os perigos são classificados em biológicos, químicos e físicos.
a) Perigos biológicos são bactérias, vírus, parasitos, rickettsias e príons.
b) Perigos químicos são toxinas naturais (ciguatoxina, tetrodotoxina, toxina paralisante,
neurotóxica, amnésica e diarréica de moluscos, entre outras), toxinas fúngicas (micotoxinas),
metabólitos tóxicos de origem microbiana (histaminas e outras aminas tóxicas), pesticidas,
herbicidas, contaminantes inorgânicos tóxicos, antibióticos, anabolizantes, aditivos ecoadjuvantes alimentares tóxicos, lubrificantes, tintas e desinfetantes, entre outros.
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c) Perigos físicos são vidros, metais, madeira ou objetos que possam causar dano ao consumidor(ferimentos de boca, quebra de dente e outros).
PERIGOS BIOLÓGICOS EM ALIMENTOS
Bactérias patogênicas
Bactérias patogênicas e/ou suas toxinas causam a maioria dos surtos e casos de doenças deorigem alimentar notificados. Esses microrganismos podem ser encontrados, em um determinado
nível, em alimentos crus. Condições de estocagem e/ou manipulação impróprias desses alimentos
contribuem para um aumento significativo de sua quantidade. Alimentos processados, como por
exemplo os que sofreram cocção, podem ser contaminados (contaminação cruzada) com
microrganismos patogênicos que alcançam rapidamente uma dose infectante , se a temperatura
de armazenamento for favorável à sua multiplicação.
Nas Tabelas 1, 2 e 3, encontram-se descritos alguns dados relacionados a doenças de origem
alimentar causadas por bactérias.
TABELA 1: Estimativa dos custos das doenças de origem alimentar causadas por bactérias – EstadosUnidos, 1987
Fonte: Buzby and Roberts – 1995 – Food Safety (May – August)
Campylobacter jejuni/coli 1.375.000 – 1.750.000 110 - 511 0,6 - 1,0
Salmonella (não Typhi) 696.000 –3.840.000 696 - 3.840 0,6 - 3,5
Staphylococcus aureus 1.513.000 1210 1,2
Listeria monocytogenes 1.526 – 1.767 378 - 485 0.2 – 0,3
Escherichia coli O157:H7 8.000 – 16.000 160 - 400 0,2 – 0,6
Clostridium perfringens 10.000 100 0,1
Número demortes
Custos emU$ bilhões
Patógenos Número de casos Estimativa dasestimados toxinfecções
SEGMENTO MESA 123PERIGOS DOS ALIM
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TABELA 2: Surtos de doenças transmitidas por alimentos segundo o agente etiológico, Brasil1999
Salmonella sp. 53 20,1
Staphylococcus aureus 42 15,9
Salmonella Enteritidis 7 2,7
Bacillus cereus 4 1,5
Clostridium perfringens 4 1,5
Vibrio cholerae 4 1,5
Colformes fecais 4 1,5
Outros 9 4,1
Ignorado 137 51,9
Total 264 100
Agente Etiológico Número de surtos %
Quando o agente é uma toxina previamente elaborada por um determinado microrganismo no
alimento, a doença é denominada toxinose . Células viáveis não precisam estar presentes para
que a doença ocorra. Exemplos de toxinoses alimentares são: botulismo, toxinose estafilocócica
e quadro emético do Bacillus cereus.
Quando a doença envolve a ingestão de células viáveis do microrganismo patogênico, colonização
e/ou invasão, a doença é denominada “infecção alimentar”. São consideradas infecções as doenças:
salmonelose, shigelose, listeriose etc.
Quando ocorre colonização e ação de toxinas, a doença é denominada “toxinfecção alimentar”.São consideradas toxinfecções as doenças causadas por B. cereus e C. perfringens.
a) Salmonella sp
O gênero Salmonella pertence à família Enterobacteriaceae, sendo constituída de duas espécies:
S. entérica, com 6 subespécies e S. bongori (Tabela 3). Baseados nos antígenos O e H foram
descritos em torno de 2.375 sorovares.
Fonte: GT-VEDTHA/CENEPI/FUNASA/MS.
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TABELA 3: Espécies de Salmonella.
Fonte: Popff et al.,1994
Salmonella é encontrada no trato intestinal de mamíferos, pássaros, anfíbios e répteis. Pode ser
transferida aos frutos do mar devido à poluição das orlas litorâneas com dejetos humanos e de
animais, ou por contaminação pós-captura de peixes.
Salmonella é um dos enteropatógenos mais envolvidos em casos e surtos de origem alimentar
em diversos países, incluindo o Brasil. Surtos e casos esporádicos de infecção por Salmonella têmsido associados com uma variedade de alimentos, sendo ovos, carnes de aves, suínos, bovinos e
vegetais os mais freqüentes. Ostras cruas, salmão, salada de atum e coquetel de camarão foram
veículos de diversos surtos ocorridos em diversas partes do mundo. S. Typhimurium é um dos
sorovares também encontrados em alimentos. Recentemente, S. Enteritidis foi implicado em
vários surtos envolvendo ovos e seus produtos.
Infecção de origem alimentar causada por Salmonella spp. provoca náusea e vômito, dores
abdominais e febre. O período de incubação varia de 5 a 72 horas e, em média, de 12 a 24 horas.
Os sintomas persistem por 3 a 14 dias. A dose infectante é extremamente variável, sendorelativamente alta para indivíduos saudáveis e baixa para indivíduos de risco, como por exemplo
idosos e imunocomprometidos.
Espécies/subespécies Nº de sorovares
S.enterica
subsp enterica 1.405
subsp salamae 471
subsp arizonae 94
subsp diarizonae 311
subsp houtenae 65
subsp indica 10
S. bongori 19
Total 2375
SEGMENTO MESA 125PERIGOS DOS ALIM
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Medidas preventivas (de controle) de doenças advindas da Salmonella sp
Aquecimento dos alimentos (65ºC-74°C), manutenção dos mesmos a uma temperatura abaixo de
5°C; prevenção de contaminação cruzada pós-cocção e não permitindo que pessoas, apresentando
sintomas de enterite ou que sejam portadoras de Salmonella sp, trabalhem em operações queenvolvam manipulação de alimentos sem hábitos estritos de higiene. Nas tabelas 4 e 5, encontram-
se descritos os principais parâmetros que limitam a multiplicação de Salmonella em alimentos.
TABELA 4: Parâmetros que controlam o desenvolvimento de Salmonella
TABELA 5: Termorresistência
Fontes: Price,1997; ICMSF, 1996
b) Shigella sp
O gênero Shigella é constituído de quatro espécies designadas S. dysenteriae, S. flexneri, S. boydii
e S. sonnei. A shigelose pode se manifestar através de formas assintomáticas ou subclínicas, até
formas severas e tóxicas conhecidas como disenteria bacilar clássica.
Fonte: Price,1997
Parâmetros Valores
Temperatura mínima 5,2°C
Temperatura máxima 46,2 °C
pH mínimo 3,7
pH máximo 9,5
Aa mínima 0,94
% máximo de NaCl 8
Temperatura (°C) Valor D (minuto) Meios
57.2 9,5 Solução de sacarose.
60 7,5 0,5% NaCl
60 10,0 Sopa de ervilha
60 1,5 Ovos pH 8.0
60 9,5 Ovos pH 5.5
65,5 1,2 Leite desnatado
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Shigella é encontrada no trato intestinal de humanos. Na grande maioria dos casos a disseminaçãose dá pela transmissão pessoa a pessoa. No entanto, têm sido documentados surtos de infecção
causados pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Alimentos prontos para consumo
(saladas, leite etc.) são os principais veículos desse microrganismo. Os sintomas aparecem, em
geral, dentro de 4 a 7 dias. Na forma mais severa, o paciente apresenta desidratação, fezes
mucossanguinolentas com presença de pus, tenesmos, toxemia e febre. A doença persiste, em
geral, por 3 a 14 dias. A dose infectante é baixa: de 10 a 102 células.
Medidas preventivas (de controle) de doenças advindas de Shigella
Evitar a contaminação dos locais de abastecimento de água com dejetos humanos, e melhorando
a higiene pessoal dos indivíduos, em particular, dos que estão doentes ou são portadores de
Shigella. Boas práticas de higiene durante o processamento de alimentos são de extrema
importância para o controle de shigelose. Na tabela 6, encontram-se descritos os fatores que
controlam o desenvolvimento de Shigella nos alimentos.
TABELA 6: Parâmetros que influenciam no desenvolvimento de Shigella
c) Escherichia coli
Escherichia coli patogênica tem sido agrupada em cinco categorias, baseando-se nas características
de virulência, diferenças quanto à epidemiologia e composição antigênica O:H. São denominadas
de E. coli enteropatogênica (EPEC), E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteroinvasora (EIEC),E. coli enterohemorrágica (STEC-EHEC) e E. coli enteroagregativa (EAggEC) (Tabela 7).
Cepas de Escherichia coli são naturalmente encontradas nos tratos intestinais de todos os animais,inclusive de humanos. A maioria das cepas não é patogênica. Cepas patogênicas de E. coli, de
N/D = Não disponível
Fonte: Price,1997
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 6,1°C
Temperatura máxima 47,1°C
pH mínimo 4,8
pH máximo 9,34
Aa mínima N/D
% máximo de NaCl 6
SEGMENTO MESA 127PERIGOS DOS ALIM
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acordo com a categoria, possuem reservatórios específicos. O reservatório das cepas de EPEC ede EIEC é o próprio homem, sendo a transmissão pessoa a pessoa a forma mais comum de
disseminação. As ETEC e as STEC (EHEC) têm como reservatórios os animais.
Vários surtos causados por EHEC envolveram alimentos de origem bovina e maçã. Infecções
causadas por cepas pertencentes às demais categorias, com exceção das EaggEC, já foram
associadas à ingestão de alimentos.
A contaminação cruzada é muito comum. Infecção alimentar por E. coli pode causar dor abdominal,
diarréia aquosa ou sanguinolenta, febre, náusea e vômito. Os sintomas variam em função da
categoria a que pertence a cepa implicada assim como do período de incubação e da duração da
doença. Com exceção de STEC (EHEC), cujo período de incubação é longo (3 a 9 dias), as demaiscategorias provocam diarréia dentro de 8 a 24 horas após a ingestão do alimento contaminado.
A dose infectante para ETEC e EPEC é elevada, 105 a 108, ao passo que para EIEC é baixa, semelhanteà de Shigella; já para STEC (EHEC) e EAggEC não é conhecida.
TABELA 7: Características de infecção intestinal por Escherichia coli diarreiogênicas
EPEC - E. coli enteropatogênica clássica; ETEC - E. coli enterotoxigênica; EIEC - E. coli enteroin-vasora; STEC (EHEC) - E. colienterohemorrágica e EAggEC - E. coli enteroagregativa; ND - não documentado.
Fonte: Ryan & Falkow,1994.
EAggEC
aderênciaà mucosaintestinal
ND
ND
ND
ND
rara
aquosa
ausenteausente
ETEC
enterotoxinatermolábil (LT) e/ou termo-estável(ST)
intestino delgado
normal,hiperêmica
diarréia do viajan-te
água e alimentos
ausente
proeminente/aquosa
ausenteausente
Características
Patogenicidade
Sítio primário
Patologia damucosa
Epidemiologia
Veículos
Febre
FezesNatureza
SangueMuco
EIEC
invasão damucosaintestinal
intestino grosso
necrose, ulceraçãoe inflamação
esporádica, rara
queijos, saladas
comum
purulenta
comumproeminente
STEC(EHEC)
toxina deShiga
intestino delgado
lesão destrutiva -“effacement”
colite hemorrágica;síndrome urêmicahemolítica
alimentos de ori-gem bovina
ausente
proeminenteaquosa
comumpouco
EPEC
aderência àmucosaintestinal
intestino delgado
lesão destrutiva -“effacement
diarréia infantil
água e alimentos
comum
Proeminenteaquosa
ausentepouco
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Medidas preventivas (de controle) das doenças causadas por E. coli
Aquecimento dos alimentos (65ºC a 74 °C); manutenção dos alimentos a uma temperatura inferior
a 5°C; prevenção de contaminação cruzada pós-cocção e não permitindo que pessoas doentes
trabalhem em operações que envolvam alimentos. A dose infectante de E. coli, dependendo dacepa envolvida, varia desde algumas células a milhões. Por isso, tempo/temperatura inadequados
de produtos alimentícios podem ou não ser necessários para resultar em doença. Nas Tabelas 8,
9, 10, encontram-se descritos os fatores que controlam a multiplicação de E. coli em alimentos.
TABELA 8: Parâmetros que influenciam no desenvolvimento de E. coli
Fontes: Price, 1997; ICMSF, 1996
N/D = Não descrito
Fontes: Price, 1977; ICMSF, 1996
TABELA 9: Fatores que influenciam no desenvolvimento de E. coli O157:H7
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 2,5°C
Temperatura máxima 45,5°C
pH mínimo 4,0
pH máximo 9,0
Aa mínima 0,95
% máximo de NaCl 6-8%
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 8-10°C
Temperatura máxima. 45,5°C
pH mínimo 4,0
pH máximo 8,5
Aa mínima 0,95
% máximo de NaCl 6-8
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TABELA 10: Termorresistência de E. coli O157:H7
Fonte:Price,1997
d) Yersinia enterocolítica:
O gênero Yersinia, da família Enterobacteriaceae, inclui 11 espécies: Y. pestis, Y. enterocolitica, Y.
pseudotubeerculosis, Y. frederiksenii, Y. kristensenii, Y. intermedia, Y. aldovae, Y. rohdei, Y. beercovieri,
Y. mollaretti e Y. ruckeri, sendo as três primeiras patogênicas para os humanos. Uma das
características de Y. enterocolítica é a de se multiplicar bem à temperatura de refrigeração (0°C a
10°C), levando alguns pesquisadores a considerar esse enteropatógeno importante apenas paraos países de clima frio. No entanto, tem sido documentado o isolamento de espécimes clínicos
também em países de clima tropical, inclusive no Brasil. É importante ressaltar que apenas alguns
sorovares são patogênicos para os seres humanos.
Y. enterocolítica está associada a casos esporádicos de gastrenterites, especialmente em crianças
com menos de 5 anos de idade; pseudoapendicite e linfadenite mesentérica, em adultos e crianças
acima de 5 anos de idade. Casos de septicemia têm sido atribuídos a esse microrganismo,
especialmente em pacientes imunocomprometidos. A via oral é a forma mais freqüente de seadquirir a infecção; no entanto, recentemente, casos de septicemia vêm sendo relacionados também
à transfusão sangüínea. Pode ocorrer disseminação da infecção para diversos órgãos, podendo
provocar meningite, pneumonia e problema renal, entre outros. Seqüelas pós-infecção, como
artrites e miocardites, foram observadas.
Vários surtos têm indicado que esse microrganismo provoca enterite de origem alimentar, sendo
o leite cru, leite achocolatado, carne de suínos e seus derivados, ostras e pescados comumente
implicados como veículos da infecção. Encontra-se amplamente distribuído na natureza, sendo
os suínos os seus principais reservatórios. Foram isolados também de vacas, chinchilas, coelhos,aves, pescados e outros animais. Yersiniose provoca diarréia e vômito, dor abdominal e febre,
simulando freqüentemente uma apendicite. O período de incubação varia de 2 horas a 6 dias e,
em média, de 72 horas, com duração de 7 dias. Os sintomas podem desaparecer em 2 dias, como
também podem perdurar por 30 dias, dependendo da virulência da cepa, da faixa etária e do
grau de resistência do hospedeiro.
Temperatura ( °C) Valor D Meios(segundos)
57,2 270 carne moída de boi
60,0 45 carne moída de boi
62,8 24 carne moída de boi
64,3 9.6 carne moída de boi
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Medidas preventivas (de controle) das doenças causadas por Y. enterocolítica
Cocção dos alimentos para inativar as bactérias; manutenção de alimentos prontos para consumo
a temperaturas abaixo de 5º C e evitando-se a contaminação cruzada. Sendo os suínos o principal
reservatório do sorovar responsável pela maioria dos casos de yersiniose, é importante controlaros produtos de origem suína. Manipuladores de alimentos devem ser alertados quanto à
necessidade de práticas de higiene pessoal e durante o processamento de alimentos. Nas Tabelas
11 e 12, encontram-se descritos os parâmetros que controlam o desenvolvimento de Yersinia
enterocolítica em alimentos.
TABELA 11: Parâmetros que influenciam no desenvolvimento de Y. enterocolítica
TABELA 12: Termorresistência de Y. enterocolítica
Temperatura ( °C) Valor D Meios(minutos)
62,8 0,96 Leite
Parâmetro Valores
Temperatura mínima - 1,3°C
Temperatura máxima 44°C
pH mínimo 3,0
pH máximo 9,6
Aa mínima 0,95
% máximo de NaCl 5-6
Fonte:Price,1997
e) Campylobacter sp
Campylobacter jejuni subsp. jejuni constitui, dentro da família Campylobacteriaceae, a espécie
mais importante para a medicina humana.É uma das mais comuns e importantes causas de doenças
diarréicas em humanos, no Hemisfério Norte. É uma bactéria zoonótica, com muitos animais
servindo de reservatório. Encontra-se amplamente distribuída no trato intestinal de coelhos,
roedores, carneiros, cavalos, bovinos, suínos, aves como pássaros selvagens e galinhas e animais
domésticos de sangue quente.
Fonte:Price,1997
SEGMENTO MESA 131PERIGOS DOS ALIM
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Fonte:Price,1997
Gastrenterites por C. jejuni são provocadas por alimentos, em particular, leite cru. Outros alimentosenvolvidos em surtos são frangos, ovos, carne bovina, bolo gelado, moluscos crus, mexilhões e
ostras. Suprimentos de água contaminada têm sido responsáveis por surtos em várias cidades
nos Estados Unidos.
Contaminação cruzada de alimentos por superfícies de contato sujas, incluindo tábuas de cortar
e mãos, pode ser a rota mais freqüente. A transmissão também pode ser pelo contato pessoa a
pessoa. Os sintomas aparecem após dois a cinco dias e incluem diarréia profusa (às vezes
sanguinolenta), dores abdominais, cefaléia, fraqueza e febre. Muitas infecções são assintomáticas.
Como na yersiniose, a campylobacteriose persiste por 2 a 30 dias, sendo que a média é de 7 dias.
Medidas preventivas (de controle) de doenças provocadas por C. jejuni
Cocção de alimentos (temperatura suficiente), e não ingestão de leite cru. Tendo em conta que C.
jejuni faz parte da microbiota de frangos, medidas de controle envolvem a sua eliminação do
trato intestinal desse animal ou, pelo menos, a diminuição da contaminação das aves. Uma das
técnicas que vem sendo aplicada consiste no mecanismo de exclusão competitiva das aves de
criação. Pode-se prevenir a contaminação cruzada e a transmissão pessoa a pessoa, através da
higiene das mãos e equipamentos durante a manipulação de alimentos, em particular, de avescruas. Há evidências de que a dose infectante de C. jejuni é pequena. Nas Tabelas 13 e 14,
encontram-se descritos os parâmetros que controlam o desenvolvimento de Campylobacter em
alimentos.
TABELA 13: Desenvolvimento de Campylobacter jejuni.
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 30°C
Temperatura máxima 45°C
pH mínima 4,9
pH máxima 9,5
Aa mínima > 0,97
% máximo de NaCl 2
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TABELA 14: Termorresistência de C. jejuni
f) Listeria monocytogenes
O gênero Listeria constitui-se das seguintes espécies: Listeria monocytogenes, L. ivanovii, L. innocua,
L. seeligeri, L. denitrificans, L. murrayi, L. grayi e Listeria welshimeri. Todas são contaminantes de
alimentos, sendo que a Listeria ivanovii é responsável por aborto em bovinos e caprinos e a
Listeria monocytogenes constitui-se em importante patógeno para o homem e animais.
Com base nos 15 antígenos somáticos (O) e 5 antígenos flagelares (H) a Listeria monocytogenes
foi dividida em 13 sorovares, sendo que L1/2a, L1/2b e L4b são responsáveis por mais de 90%dos casos de listeriose humana.
L. monocytogenes encontra-se difundida na natureza, sendo isolada do solo, vegetação, sedimentosmarinhos e água. Durante muito tempo, era reconhecida apenas como patógeno de animais.
Posteriormente, foi descrita como a causa de listeriose em humanos. Recentemente, devido aos
inúmeros surtos envolvendo o consumo de alimentos contaminados com L. monocytogenes, ficou
comprovado que a via de contaminação é por ingestão de alimentos contaminados, sendo que os
mais comumente envolvidos são: queijos, produtos cárneos, pescados e vegetais.
A maioria dos indivíduos saudáveis não é vulnerável à L. monocytogenes, ou só apresenta sintomas
de um leve resfriado. As vítimas de listeriose severa normalmente são indivíduos
imunocomprometidos, sendo por isso considerados de alto risco e incluem: pacientes com câncer,indivíduos recebendo tratamento com imunosupressores, alcoólatras, mulheres grávidas, pessoas
com baixa acidez estomacal, idosos e indivíduos portadores da síndrome de imunodeficiência
Fonte:Price,1997
Temperatura ( °C) Valor D Meios(minutos)
48 1,8 Leite desnatado
50 4,4 Leite desnatado
50 6,28 Carne moída de boi
50 13,3 Carne de cordeiro
53 1,56 Leite desnatado
55 1,00 Leite desnatado
55 1,23 Carne de cordeiro
56 0,96 Carne moída de boi
58 0,35 Carne moída de boi
60 0,26 Carne de cordeiro
SEGMENTO MESA 133PERIGOS DOS ALIM
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adquirida (AIDS). Dependendo da gravidade da infecção, pode haver meningite, aborto, septicemiae vários outros quadros, podendo, em alguns casos, levar à morte. No início da infecção, quando
o microrganismo invade e multiplica-se na mucosa intestinal, aparecem sintomas muito parecidos
com os da gripe, sendo acompanhados de diarréia, febre, fadiga, mal-estar. Esses sintomas podem
ser inaparentes. Não se conhece a dose infectante desse microrganismo, porém dados de literatura
indicam que ela deve ser baixa.
Não são motivo de preocupação os alimentos crus que irão passar por processo de cocção antes
de serem consumidos, pois as cepas de L. monocytogenes são, em geral, sensíveis ao calor. Os
produtos prontos para consumo que não requerem posterior cocção constituem as maiores ameaçasde listeriose. L. monocytogenes tem sido isolada de queijos, produtos cárneos, pescados frescos
e preservados e vegetais.
Medidas preventivas (de controle) das doenças causadas por L. monocytogenes
Cozinhar bem os alimentos, aplicando-se as Boas Práticas de Higiene durante o processamento,
prevenindo recontaminação de produtos já prontos para consumo e evitando contaminação
cruzada. Recomendar às mulheres grávidas e pessoas imunocomprometidas que não consumam
alguns tipos de queijos, pescados e moluscos crus ou mal cozidos.
Nas tabelas 15 e 16, encontram-se descritos os parâmetros que controlam o desenvolvimento de
L. monocytogenes em alimentos.
TABELA 15: Parâmetros que controlam o desenvolvimento de L. monocytogenes
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 0°C
Temperatura máxima 45,0°C
pH mínima 4,3
pH máxima 9,6
Aa mínima 0,83
% máximo de NaCl 20
Fontes: Price,1997; ICMSF, 1996
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Fonte:Price,1997
TABELA 16: Termorresistência de L. monocytogenes
g) Bacillus cereus
Encontra-se largamente distribuído na natureza, sendo o solo o seu resevatório natural.
Comumente contamina vegetais, cereais, condimentos, além de muitos outros alimentos crus e
processados.
Têm sido atribuídos ao B. cereus duas formas de gastrenterite: a síndrome diarréica e a síndrome
emética. A primeira é caracterizada por dor abdominal e diarréia. O período de incubação é de 4-16 horas e os sintomas duram cerca de 12 a 24 horas. Os alimentos comumente envolvidos
nesse tipo de gastrenterite são produtos cárneos, pescado, leite, produtos amiláceos e vegetais
cozidos ou brotos de vegetais crus. A segunda é caracterizada por um ataque agudo de náusea e
vômito. Diarréia não é comum. O período de incubação é de 1 a 5 horas. O alimento comumente
envolvido em surtos e casos esporádicos de síndrome emética é o arroz cozido a vapor ou frito.
Toxinfecção causada por Bacillus cereus ocorre, em geral, quando os alimentos, após a sua
cocção, são mantidos sem refrigeração apropriada durante poucas horas (2h a 3h) antes de
serem servidos. Muitas vezes, o aquecimento não é suficiente para destruir os esporos, freqüentesnos cereais e vegetais. O calor favorece a germinação dos esporos e a manutenção a uma
temperatura propícia favorece a multiplicação das formas vegetativas, podendo alcançar a dose
infectante ou produzir toxinas no alimento.
Temperatura ( °C) Valor D Alimentos(minutos)
50 34,48 Carne de caranguejo
50 40,43 Carne de caranguejo
51,6 97,0 Lagosta
54,4 55,0 Lagosta
55 9,18 Carne de caranguejo
55 12,00 Carne de caranguejo
57,2 8,3 Lagosta
60 2,39 Lagosta
60 2,61 Carne de caranguejo
62,7 1,06 Lagosta
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Medidas preventivas (de controle) de doenças provocadas por B.cereus
Como o B.cereus é um contaminante comum de alimentos, as medidas de controle efetivas
dependem da destruição dos esporos pelo processamento térmico e do controle de temperatura
para prevenir a sua germinação e a multiplicação das células vegetativas em alimentos cozidos,prontos para consumo. Essas medidas incluem: evitar preparar alimentos com muita antecedência,
evitar manter alimentos cozidos à temperatura ambiente, utilizar métodos de resfriamento rápido
a temperaturas abaixo de 0°C; manter alimentos quentes, acima de 60°C, até o momento de
servir, e reaquecer os alimentos rapidamente a 74°C ou acima. Nas tabelas 17 e 18, encontram-
se os parâmetros que controlam o desenvolvimento de B.cereus em alimentos.
Importante ressaltar que a temperatura de cocção utilizada para o preparo da maioria de alimentos
prontos para o consumo não elimina completamente os esporos de Bacillus cereus.
TABELA 17: Parâmetros que controlam o desenvolvimento de B.cereus
TABELA 18: Resistência do esporo de B. cereus ao calor
Temperatura ( °C) Valor D Meios(minutos)
90 21-137 Água
95 5-36 Água
100 6.7-8.3 Água
Fonte:Price,1997
Fonte:Price,1997
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 4°C
Temperatura máxima 50°C
pH mínimo 4,3
pH máximo 9,3
Aa mínima 0,91
% máximo de NaCl 18
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h) Clostridium botulinum
São agrupados sete tipos de C. botulinum, de A a G, baseado na especificidade sorológica das
neurotoxinas que produzem as doenças. O botulismo humano, toxinose de origem alimentar,
ferida e botulismo infantil estão associados aos tipos A , B, E e, muito raramente, F. Os tipos C eD causam botulismo em animais. Até o presente, não há nenhuma evidência do envolvimento do
tipo G com doenças.
C. botulinum encontra-se dividido em quatro grupos, baseado em diferenças fisiológicas (Tabela
19). O grupo I inclui todas as cepas do tipo A e as proteolíticas dos tipos B e F; o grupo II, todas
as cepas de E e as não proteolíticas de B e F; o grupo III, cepas dos tipos C e D e o Grupo IV, as
cepas do tipo G.
As cepas do grupo II de C. botulinum, produtoras de toxina tipo E, muito comuns em peixe e
produtos de pescados, são particularmente preocupantes porque podem se multiplicar em
temperaturas tão baixas quanto 3,3 °C e não provocam deterioração evidente. C. botulinum do
grupo I inclui cepas produtoras de toxina tipo A, que são mais freqüentemente isoladas dosvegetais. É um contaminante comum em equipamentos de planta de processamento. Pode se
multiplicar em temperaturas superiores a 10°C e pode produzir odor pútrido nos produtos.
Porém seus esporos são muito mais termorresistentes que os produzidos pelas cepas que formam
toxina do tipo E.
TABELA 19: Características fisiológicas de C. botulinum
ND - não determinado
Fontes: Doyle & Beuchat, 1997; Price, 1997
Grupos - Características I II III IVTipo de neurotoxina A, B e F B, E, F C, D G
Temp. (multiplicação)
Mínima (°C) 10 3,3 15 ND
Máxima (°C) 50 45
Ótima (°C) 35-40 18-25 40 ND
pH mínimo (multiplicação) 4,6 5,0 ND ND
pH máximo (multiplicação) 9,0 9,0 ND ND
% NaCl (inibitório) 10 5 ND ND
Aa mínima (crescimento) 0,94 0,97 ND ND
D100ºC esporos (min) 25 < 0,1 0,1-0,9 0,8-1,12
D121ºC esporos (min) 0,1-0,2 < 0,001 ND ND
SEGMENTO MESA 137PERIGOS DOS ALIM
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São reconhecidas quatro categorias de botulismo humano. O botulismo de origem alimentarocorre ao se ingerir alimentos contaminados com toxina botulínica pré-formada. O botulismo
infantil é provocado pela ingestão de esporos viáveis que germinam, colonizam e produzem
neurotoxina no trato intestinal de crianças com menos de seis meses de idade, quando da ausência
da microbiota intestinal de proteção. O botulismo por ferimento aparece quando os esporos de
Clostridium botulinum contaminam lesões semelhantes a casos de tétano, produzindo toxina no
local.
O botulismo de origem alimentar varia desde um quadro benigno até uma doença grave, que
pode levar à morte em menos de 24 horas. Os sintomas aparecem em média entre 12 a 36 horasapós a ingestão, podendo ocorrer após poucas horas, ou em até 14 dias. Os primeiros sintomas
a aparecer são: náusea, vômito (mais raro) seguido de distúrbios neurológicos, como visão
dupla, pupilas fixas e dilatadas, dificuldade de falar e de engolir, boca, garganta e língua secas,
dor na garganta, cansaço, perda de coordenação muscular e falência respiratória. Outros sintomas
gastrointestinais podem incluir dores abdominais, diarréia ou constipação. Esses sintomas
aparecem em função do tipo de neurotoxina envolvida. Incapacidade respiratória e obstruçãoà entrada de ar são as principais causas de morte.
Os esporos de C. botulinum são, comumente, encontrados no solo sedimentoso. Têm sido isolados
de carnes, mel, vegetais, produtos de laticínios, pescados, tratos intestinais de peixe e vísceras
de caranguejos e outros frutos do mar.
A termorresistência dos esporos possibilita a sua sobrevivência em temperaturas normais de
cocção e, por serem anaeróbios, se desenvolvem em condições de anaerobiose, comum em
embalagens a vácuo ou com atmosfera modificada. Assim, o botulismo tem sido comumente
associado aos alimentos envasados (normalmente conservas caseiras). Frutos do mar
semipreservados, incluindo peixe defumado, salgado e fermentado, têm sido, também,identificados como causas de botulismo.
Medidas preventivas (de controle)de doenças provocadas por C. botulinum
O C. botulinum pode ser controlado inibindo-se a germinação dos esporos e a proliferação das
formas vegetativas, com conseqüente produção de toxina. Processamento térmico apropriado
dos alimentos enlatados comumente inativam os esporos. Outros meios efetivos de prevenir a
multiplicação de C. botulinum seriam a salga ou secagem, para reduzir a atividade de água (abaixo
de 0,93), e a fermentação ou acidificação, para reduzir o pH (abaixo de 4,5). A manutençãoapropriada da temperatura de estocagem superior a 3,3°C não é considerada uma medida de
controle adequada para as cepas de C. botulinum produtoras de toxina do tipo E, por causa da
sua capacidade de multiplicação a baixas temperaturas e pela gravidade da doença que causa.
Todavia, em muitos produtos, e para os demais tipos, é uma segunda barreira importante para
inibir a multiplicação dessa bactéria.
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i) Clostridium perfringens tipo A
C. perfringens provoca doenças tanto em humanos como em animais. A sua patogenicidade está
associada à capacidade de produzir toxinas. O tempo de geração de 10 minutos permite sua
multiplicação acelerada no alimento, atingindo a dose infectante em tempo bastante curto. Osesporos de C. perfringens são extremamente resistentes ao ambiente, como à radiação gama, à
dessecação e ao calor.
C. perfringens causa dois tipos de doenças que podem ser transmitidas por alimentos: toxinfecção
alimentar (C. perfringens A) e enterite necrótica (C. perfringens C), sendo esta última bastante
rara.
C. perfringens é comumente encontrado no solo, poeira e trato intestinal de animais. Toxinfecção
de origem alimentar causada por Clostridium perfringens é muito freqüente em locais onde se
preparam grandes quantidades de alimentos à base de carnes. O fator que contribui para esse
perfil epidemiológico é a necessidade de preparar os alimentos com muita antecedência para
serem servidos posteriormente, permitindo a multiplicação desse microrganismo quando mantidoem temperatura inadequada.
A doença caracteriza-se por uma gastrenterite autolimitante com um período de incubação de 8
a 15 horas e duração de 12 a 24 horas. Os sintomas, que incluem intensas dores abdominais,
formação de gases e diarréia, têm sido atribuídos a uma enterotoxina, produzida durante a
esporulação da bactéria no intestino. Ocorre com mais freqüência nos meses de verão, quando a
temperatura ambiental está elevada. Quase sempre sua atuação é devida à temperatura inadequada
durante o resfriamento ou armazenagem dos alimentos. Outros fatores envolvidos são:contaminação dos equipamentos e falhas na higiene pessoal.
Alimentos como carne e frangos cozidos e mantidos sem aquecimento ou refrigeração adequadosantes de servir são os principais veículos desse microrganismo.
A presença de pequeno número de C. perfringens não é incomum em carnes cruas, frangos, sopasdesidratadas, molhos, legumes crus e especiarias. Pelo fato dos esporos de algumas cepas serem
resistentes a temperaturas tão altas quanto 100°C por mais de uma hora, sua presença em pratos
pontos é praticamente inevitável. Além disso, o nível de oxigênio durante a cocção encontra-se
bastante reduzido, permitindo a multiplicação dos clostrídios. Esporos que sobrevivem à cocção
podem germinar e as células vegetativas desenvolvem-se rapidamente em alimentos não
refrigerados adequadamente. Assim, quando evidências clínicas e epidemiológicas sugerem queC. perfringens é a causa de um surto alimentar, a presença de centenas de milhares ou mais destes
organismos por grama de alimento consubstancia o diagnóstico. Porém, as formas vegetativas
que são responsáveis pela doença são mortas quando conservadas em temperaturas baixas; as
formas esporuladas se mantêm viáveis.
SEGMENTO MESA 139PERIGOS DOS ALIM
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Fonte: Price,1997
Medidas preventivas (de controle) de doenças provocadas pelo C. perfringens
Cuidados na preparação e armazenamento de alimentos, incluindo: resfriamento rápido e uniforme
de alimentos cozidos para menos de 10°C dentro de 2 a 3 horas; manutenção da temperatura, a
60°C ou acima, dos alimentos cozidos; reaquecimento de alimentos frios ou refrigerados demodo a atingir uma temperatura interna mínima de 75°C, imediatamente antes de servir, evitando
a manutenção dos alimentos à temperatura ambiente ou não descongelando alimentos à
temperatura ambiente; prevenção de contaminação cruzada, utilizando diferentes utensílios de
cozinha para preparar alimentos crus e cozidos, ou higienizando completamente as superfícies
de contato com alimentos depois de serem usados com produtos crus; manutenção das áreas de
preparação de alimentos livres de terra e poeira, higienizando equipamentos, superfícies decontato com alimentos e utilizando bons métodos de higiene pessoal. Na Tabela 20, encontram-
se descritos os parâmetros que controlam o desenvolvimento de C. perfringens em alimentos. As
formas vegetativas (infectantes) são menos resistentes a refrigeração/congelamento.
TABELA 20: Parâmetros que controlam o desenvolvimento das células vegetativas de C. perfringens
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 10°C
Temperatura máxima. 52°C
pH mínimo 5,0
pH máximo 9,0
Aa mínima 0,93
% máximo de NaCl 7
j) Staphylococcus aureus
O gênero Staphylococcus pertence à família Microccocaceae, que inclui dois outros, Micrococcus ePlanococcus. É dividido em mais de 23 espécies e subespécies, muitas delas encontradas em
alimentos como resultado de contaminação de humanos, animais ou ambiente. Seis espécies são
isoladas com maior frequência: S. aureus, S. chromogenes, S. hyicus, S. intermedius, S. epidermidis
e S. saprophyticus, as três primeiras de grande relevância para a Microbiologia de Alimentos.
S. aureus é a espécie que apresenta maior potencial patogênico para o ser humano e é
extremamente importante para a Microbiologia de Alimentos, por ser uma das mais freqüentes
causas de gastrenterite de origem alimentar em todo o mundo. Cepas de S. aureus produzem
várias enzimas e toxinas que participam no seu mecanismo de patogenicidade. As enterotoxinassão particularmente importantes no processo de gastrenterite de origem alimentar. A toxinose
estafilocócica é provocada pela ingestão de alimentos contendo enterotoxina pré-formada, não
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havendo participação direta das células vegetativas. São vários os tipos de enterotoxina envolvidosem toxinoses alimentares por S. aureus: A, B, C1, C2, C3, D e E. Apesar de haver outras espécies com
capacidade para produzir enterotoxina, a maioria das toxinoses têm sido causadas por S. aureus.
A doença é autolimitante, começando com um quadro emético após um curto período de incubação,
usualmente dentro de 4 horas após a ingestão do alimento. Períodos mais curtos, cerca de 30
minutos a 3 horas, assim como mais longos, até 10 horas, já foram observados, sendo a média
de 4 horas. Além de vômitos, sintomas como náusea, dor abdominal, diarréia, dor de cabeça, dor
muscular e prostração, são comumente observados. Algumas pessoas podem não apresentar
vômitos. A diarréia é, em geral, aquosa, podendo conter sangue. As toxinoses geralmente produzemquadros clínicos afebris.
É difícil estabelecer a dose infectante, pois vários parâmetros podem afetar a produção de
enterotoxinas. De acordo com a “Food and Drug Admnistration”, a dose de enterotoxina
estafilocócica poderá ser atingida quando a população de S. aureus for maior que 105 UFC por
grama do alimento contaminado. Outros estudos mostram que 105 a 108 UFC por grama seria a
faixa típica, apesar de níveis mais baixos também terem sido observados. Embora a enterotoxina
estafilocócica seja muito potente, a quantidade necessária para induzir os sintomas é relativamentegrande. Níveis de 1 a 5 mg têm sido associados em muitos surtos. No entanto, 1 mg de enterotoxina
por grama do alimento contaminado já é suficiente para provocar os sintomas.
Os seres humanos são os principais reservatórios para os estafilococos, incluindo S.aureus. Apesar
de pertencer à microbiota normal das mucosas e pele, S. aureus é um dos mais importantes
patógenos para a espécie humana. Coloniza principalmente as mucosas nasais e oral (garganta),
podendo estar presente em outros locais como períneo, pele e cabelo de indivíduos saudáveis.
Indivíduos portadores são os principais disseminadores desse microrganismo. A disseminação
do S. aureus entre os seres humanos e destes para os alimentos pode ocorrer por contato diretoou indireto, através de fragmentos de pele ou por secreções do trato respiratório. Além da
contaminação através dos manipuladores de alimentos, portadores de S. aureus, essa bactéria
pode ser introduzida no alimento a partir de equipamentos e utensílios usados no processamento
de alimentos, como moedores de carne, facas, tábuas de cortar e serras.
Os animais constituem uma outra importante fonte de S. aureus, pois são freqüentemente
colonizados por esse microrganismo. Isso se torna um problema de saúde pública pois resulta na
contaminação de alimentos, principalmente do leite obtido de animais com mastite.
A peculiar resistência do S. aureus ao ambiente facilita a contaminação e a multiplicação em
alimentos. É um dos patógenos mais resistentes, podendo sobreviver por muito tempo emambientes hostis, além de apresentar multirresistência a quimioterápicos e metais pesados. São
halófilos, multiplicando-se em meios com elevada concentração (18%) de NaCl e sobrevivem em
baixa atividade de água (Aa 0,86). Isso se torna problemático no momento em que os outros
microrganismos, com os quais o S. aureus não consegue competir, passam a ser inibidos.
SEGMENTO MESA 141PERIGOS DOS ALIM
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As condições que favorecem o aparecimento de surtos de toxinose de origem alimentar são:refrigeração inadequada; preparo de alimentos com muita antecedência; higiene pessoal precária;
cocção ou aquecimento insuficiente do alimento; manutenção prolongada de pratos quentes à
temperatura inferior à necessária antes de servi-los, pois propicia a multiplicação do S. aureus e
conseqüente produção da enterotoxina.
A enterotoxina estafilocócica, ao contrário do que ocorre com a neurotoxina botulínica, é
termorresistente, não sendo destruída pelo calor mesmo por 30 minutos a 100 °C .
Medidas preventivas (de controle) de toxinoses por S. aureus
Minimização de abusos de tempo/temperatura, especialmente depois da cocção, e exigência de
que os manipuladores de alimentos sigam as Boas Práticas de Higiene (higiene pessoal) paraevitar contaminação do alimento já pronto para consumo. Nas Tabelas 21, 22 e 23, encontram-se
descritos os parâmetros que controlam o desenvolvimento de S. aureus em alimentos.
TABELA 21: Parâmetros que controlam o desenvolvimento de S. aureus em alimentos
TABELA 22: Fatores que limitam a produção de enterotoxina estafilocócica
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 5,6°C
Temperatura máxima 50°C
pH mínimo 4,3
pH máximo 10
Aa mínima 0,83
% máximo de NaCl 20
Parâmetro Valores
Temperatura mínima 10°C
Temperatura máxima 48°C
pH mínimo 4,76
pH máximo 9,02
Aa mínima 0,87
% máximo de NaCl 12
Fontes: Price, 1997; ICMSF, 1996
Fontes: Price, 1997; ICMSF, 1996
SEGMENTO MESA142PE
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TABELA 23: Termorresistência de Enterotoxina B de S. aureus
Temperatura ( °C) Valor D Meios(minutos)
98,9 68,5 Leite
104,4 46,2 Leite
110,0 26,1 Leite
115,6 16,6 Leite
121,1 9,4 Leite
126,7 6,2 Leite
155 3,0 Leite
O valor D (valor de redução decimal) é o tempo exigido para destruir 90% da toxina a uma temperatura
específica em um meio específico.
Fonte:Price,1997
l) Vibrio spp
O gênero Vibrio pertence à família Vibrionaceae. Possui várias espécies patogênicas para o homem,
destacando-se V. cholerae, V. parahaemolyticus e V. vulnificus, pela sua importância na Microbiologiade Alimentos.
Vibrio cholerae: até o presente, foram descritos mais de 130 sorovares de V. cholerae. As epidemiasde cólera foram sempre associadas às cepas produtoras de toxina termolábil pertencentes ao
sorogrupo 01. Por isso, são descritas como V.cholerae 01, para indicar o agente da cólera e V.
cholerae não 01, para designar cepas pertencentes aos demais sorovares (sorotipos) não
relacionados à colera. Recentemente surgiu na Índia, em Bangladesh, uma doença muito
semelhante à cólera, porém mais grave, que, no entanto, não era causada pelo sorogrupo 01,
mas sim 0139.
A cólera pode ser causada por dois biotipos de V. cholerae; o clássico e o El Tor. Cada biotipo é
classificado em 3 sorovares; Inaba, Ogawa e Hikojima. A atual pandemia que atingiu a Américado Sul, em 1991, teve início no Peru e se estendeu para outros países, inclusive o Brasil. Ela é
causada pelo V. cholerae 01, biotipo El Tor.
V. cholerae é encontrado em estuários, baías e águas salgadas. Aparentemente, o homem é o seu
reservatório. No entanto, há evidências de que plantas aquáticas e frutos do mar possam ser
reservatórios dessa bactéria. Ocorre naturalmente na água e tende a ser mais numeroso no
ambiente durante os meses mais quentes.
SEGMENTO MESA 143PERIGOS DOS ALIM
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V. cholerae sorotipo 01, inicialmente, provoca desconforto abdominal e diarréia moderada. Coma evolução da doença, os sintomas podem incluir diarréia aquosa, dores abdominais, vômito e
desidratação, podendo levar à morte. Susceptibilidade à cólera é maior em pessoas que sofreram
cirurgia gástrica, fazem uso de antiácidos ou pertencem ao tipo sanguíneo O.
Medidas preventivas (de controle) de epidemias de cólera
Estão associadas a: saneamento básico, boas práticas de higiene pessoal, produção primária de
verduras e preceitos de higiene alimentar. O controle também pode ser feito através do uso
adequado do calor, promovendo a cocção adequada de pescados e prevenindo a contaminaçãocruzada. Congelamento é ineficaz para matar essa bactéria. Não consumir alimentos marinhos
crus, principalmente durante a epidemia. Nas Tabelas 24 e 25, encontram-se descritos os parâmetros
que controlam o desenvolvimento de V. cholerae em alimentos.
Vibrio parahaemolyticus: ocorre naturalmente em estuários marinhos e ao longo de outras áreas
litorâneas na maior parte do mundo. Na maioria das áreas, V. parahaemolyticus é mais numeroso
no ambiente durante os meses mais quentes; assim, a maioria dos surtos ocorre nesse período.
Os sintomas mais comuns de doença provocada por V. parahaemolyticus são: diarréia, dores
abdominais, náusea, vômito e enxaqueca. Febre e calafrios não são freqüentes. O período de
incubação varia de 2 a 48 horas, de média de 12 horas. Os sintomas podem persistir por 2 a 10
dias; no entanto, costumam desaparecer em 3 dias. A doença tem sido associada ao consumo decaranguejos contaminados, ostras, camarão, lagosta e peixe cru. Ocorre com grande freqüência
no Japão, por causa do hábito alimentar de ingerir peixes crus (sashimi e sushi).
Medidas preventivas (de controle) do V. parahaemolyticus
Pode ser controlado cozinhando-se os frutos do mar completamente e prevenindo contaminação
cruzada depois da cocção. Pelo fato da dose infectante ser alta, o controle de tempo/temperatura
também é uma medida preventiva importante. O controle envolve também práticas de higiene
pessoal e alimentar adequadas. Evitar ingerir pescados crus. Nas Tabelas 24 e 26, encontram-sedescritos os parâmetros que controlam o desenvolvimento de V. parahaemolyticus em alimentos.
São pouco resistentes ao resfriamento/congelamento.
Vibrio vulnificus: é uma bactéria que ocorre naturalmente em ambiente marinho, requerendo sal
para sobrevivência. Ocorre principalmente no Golfo do México, mas também foi isolada dos oceanos
Atlântico e Pacífico. Os níveis dessa bactéria no ambiente são mais elevados durante os meses
mais quentes.
Os sintomas mais comuns incluem: lesões de pele, choque séptico, febre, calafrios e náusea. Dor
abdominal, vômito e diarréia são pouco freqüentes. A morte ocorre em aproximadamente 50%
dos casos. Várias condições médicas tornam os indivíduos mais suscetíveis aos efeitos maléficos
dessa bactéria, incluindo: doença hepática, alcoolismo, câncer, diabete, doença renal crônica,
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uso de drogas imunossupressoras ou uso de esteróides, baixa acidez de estômago, síndrome deimunodeficiência adquirida (AIDS) e faixas etárias altas (acima de 60 anos). Infecções por V.
vulnificus têm sido associadas ao consumo de ostras, moluscos e caranguejos.
Medidas preventivas (de controle) do V. vulnificus
Pode ser controlado com a completa cocção de moluscos e prevenindo contaminação cruzada. O
risco de infecção também pode ser reduzido refrigerando-se rapidamente as ostras durante os
meses mais quentes e realizando-se depuração de ostras. Indivíduos que pertencem aos grupos
de “alto risco” não deveriam consumir moluscos crus. Na Tabela 24, encontram-se descritos osparâmetros que limitam a multiplicação de V. cholerae, V. parahaemolyticus e V. vulnificus.
TABELA 24: Parâmetros que limitam a multiplicação de V. cholerae, V. parahaemolyticus e V. vulnificus
ND - Não disponível
Fontes: Price,1997; ICMSF, 1996
TABELA 25: Termorresistência de V. cholerae
Temperatura ( °C) Valor D Meios(minuto)
48,9 9,17 Homogeneizado de camarão
49 8,15 Carne de caranguejo
71 0,31 Homogeneizado de camarão
76,7 0,30 Homogeneizado de camarão
Parâmetro V. cholerae V. parahaemolyticus V. vulnificus
Temperatura mínima ND 5 °C 8° C
Temperatura máxima 45°C 44 °C 43 °C
pH mínimo 5,0 4,5 5,0
pH máximo 9,6 11 10
Aa mínima 0,97 0,94 0,98
%máximo de NaCl 6 10 6-5
Fonte: Price, 1997
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TABELA 26: Termorresistência de V. parahaemolyticus
TABELA 27: Termorresistência de V. vulnificus
Temperatura ( °C) Valor D Meio(minuto)
47 65,1 7,5% NaCl
49 0,82 Homogeneizado de molusco
51 0,66 Homogeneizado de molusco
53 0,40 Homogeneizado de molusco
55 0,29 Homogeneizado de molusco
m) Plesiomonas shigelloides
O gênero Plesiomonas pertence à família Vibrionaceae, sendo constituído por bacilos Gram-
negativos, anaeróbios facultativos, citocromooxidase positiva e fermentadores de carboidratos.
São diferenciados dos Vibrios e Aeromonas, que também pertencem a essa família, principalmente
pela fermentação do inositol. Plesiomonas shigelloides, a única espécie do gênero, tem sido,recentemente, indicada como agente de diarréia. Os reservatórios desse microrganismo incluem
aves, peixes, crustáceos, mamíferos (cães, gatos, ovelhas), répteis e os seres humanos.
Surtos de gastrenterites têm sido documentados incriminando alimentos e água como veículos.
Os alimentos comumente associados aos surtos foram: pescados, como caranguejos, ostras (cruas
ou cozidas) e peixe. Pouco se conhece, ainda, sobre a epidemiologia e biologia desse
microrganismo. A sua importância advém do fato de se encontrar disseminado no ambiente
contaminado com dejetos humanos e de animais e por produzir toxinas, possivelmente
responsáveis pela diarréia. Os sintomas clínicos, além da diarréia, são: dores abdominais, náuseas,vômitos, febre e cefaléia. O período de incubação varia de 24 a 48 horas.
Medidas preventivas (de controle) da Plesiomonas shigelloides
O controle de doenças causadas por P. shigelloides é feito da mesma forma que o de Vibrios e
Aeromonas: saneamento básico adequado, cocção dos alimentos a uma temperatura adequada,
particularmente os de origem marinha, prevenção de contaminação cruzada, boas práticas de
higiene ambiental e pessoal.
Temperatura ( °C) Valor D Meio(minuto)
47 2,40 Salina tamponada
50 1,15 Salina tamponada
Fonte: Price, 1997
Fonte: Price, 1997
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n) Aeromonas
O gênero Aeromonas pertence à família Vibrionaceae. As espécies comumente associadas a doenças
são móveis e incluem A. hydrophila, A. veronii biotipo sobria (V. sobria) e A. caviae. Investigações
epidemiológica, microbiológica, clínica e imunológica confirmam a sua relevância como agentesde gastrenterites. Acometem principalmente crianças com menos de 2 anos e adultos com mais
de 50 anos e pacientes imunocomprometidos. Essas cepas possuem propriedades de virulência,
como capacidade de produzir enterotoxinas, citotoxinas, hemolisinas e/ou invadir células
epiteliais. A. hydrophila e A. sobria causam dois tipos de diarréias, uma semelhante à cólera,
caracterizada por diarréia aquosa e febre moderada, e outra do tipo disenteriforme, muito
semelhante à diarréia provocada por Shigella, apresentando muco e sangue nas fezes. Sãocomumente isoladas da água para consumo e de uma variedade de alimentos, como mariscos,
carnes de aves e bovinos, vegetais e leite cru. Os reservatórios desses microrganismos são água
doce, águas residuais e água marinha.
Consumo de água contaminada, especialmente no verão, é o maior fator de risco para a
gastrenterite por Aeromonas. Alimentos contaminados podem ser veículos da infecção. As
características apresentadas pelas cepas de Aeromonas hydrophila relacionadas à tolerância a
concentrações elevadas de sais (menos de 4%), capacidade de desenvolver numa faixa ampla de
pH (4,0 a 10,0) e a baixas temperaturas, influenciam o seu desenvolvimento e sobrevivência emuma grande variedade de alimentos. Além disso, espécies de Aeromonas parecem contribuir para
a deterioração de uma variedade de alimentos.
Medidas preventivas (de controle) de infecções causadas por Aeromonas
A prevenção de infecções causadas por Aeromonas é feita de maneira muito semelhante à indicada
para as espécies patogênicas de Vibrios e Plesiomonas .
Vírus em alimentos
Vírus entéricos podem ser de origem fecal, aquática ou transmitidos aos alimentos por contato
humano ou animal. Diferente das bactérias, os vírus não podem se multiplicar fora das células
vivas (hospedeiras), ou seja, nos alimentos. Vírus patogênicos como os da hepatite A, dapoliomelite e aqueles causadores de gastrenterites (rotavírus e vírus Norwalk) podem ser veiculados
por água e alimentos.
Medidas preventivas (de controle) de vírus em alimentos
O controle na origem, evitando o contato de produtos que serão consumidos crus (verduras,
frutas do tipo morango, ostras) com material contaminado por fezes humanas; cocção que assegure
a inativação do vírus; manipuladores portadores ou doentes sem contato com os alimentos;
higiene pessoal e ambiental satisfatórias são as medidas mais comuns.
SEGMENTO MESA 147PERIGOS DOS ALIM
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Parasitos patogênicos em alimentos
Parasitos são, freqüentemente, hospedeiros específicos, podendo incluir os seres humanos no
seu ciclo de vida. Infecções parasitárias são comumente associadas ao consumo de carnes malcozidas, pescados crus, vegetais crus (saladas) ou de alimentos prontos para o consumo
recontaminados (contaminação cruzada).
Dentre os protozoários mais importantes em medicina humana, comumente veiculados por
alimentos e água, destacam-se: Cryptosporidium parvum, Toxoplasma gondii, Giardia intestinalis e
Entamoeba histolytica. Os oocistos de Cryptosporidium parvum têm sido encontrados com freqüência
em rios e lagos nos Estados Unidos. Vários surtos vêm sendo relatados na década de 90,
envolvendo água de abastecimento municipal contaminada com oocistos desse protozoário, nosEstados Unidos. Os cistos de Giardia intestinalis e de Entamoeba histolytica comumente contaminam
as verduras, frutas e água. Consultar apêndices do Guia de Elaboração do Plano APPCC.
Medidas preventivas (de controle) de parasitos patogênicos em alimentos
Os parasitos podem ser controlados por tratamento térmico. Entretanto, o congelamento é outra
medida de controle importante (Tabela 28). Parasitos de pescados presentes em produtos
consumidos crus, marinados ou praticamente cozidos podem ser mortos através da técnica do
congelamento.
TABELA 28: Inativação de alguns parasitos pelo efeito do congelamento
Outros Agentes
Outros parasitos e infectantes prejudiciais à saúde humana e que podem ser controlados através
das Boas Práticas estão descritos detalhadamente no capítulo 1 deste manual. Entre eles, as
miíases e os príons.
Parasito Tempo e temperatura de inativação
Trichinella spiralis (larva) 20 dias a menos 15ºC
Taenia saginata (cisticerco) 6 dias a menos 9,5º C
Anisakis (Adultos) 1 dia a menos 9,5º C
Toxoplasma gondii Poucos dias a menos 20º C
Fonte: Escartin, 2000
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PERIGOS QUÍMICOS
Perigos químicos são resíduos ou produtos de degradação em níveis inaceitáveis nos alimentos.
A contaminação química dos alimentos pode ocorrer em qualquer momento da sua fabricação,
desde a produção de matérias-primas, até o consumo do produto final. Os efeitos dos
contaminantes químicos no consumidor podem ser a longo prazo (crônicos), como os produzidos
por produtos químicos carcinogênicos, cumulativos (por exemplo micotoxinas), que podem se
acumular no organismo durante muitos anos; ou podem ser a curto prazo (agudos), como osproduzidos por alimentos alergênicos.
Toxinas naturais
a) Toxinas marinhas têm sido associadas a inúmeras síndromes, destacando-se a Ciguatera
(ciguatoxinas) e os envenenamentos por toxinas paralisante, diarréica, neurotóxica e amnésica.
Essas toxinas são produzidas por algas, principalmente do grupo dos dinoflagelados. O
aparecimento dos sintomas está, em geral, associado ao consumo de peixes (barracuda), em
especial capturados na região do Caribe, no caso da Ciguatera, e de frutos do mar nas demais
síndromes. A tetrodotoxina é uma toxina associada com peixes tipo baiacu. Os sintomas daparestesia (oral e geral) – náusea, vômito diarréia, paralisia muscular e respiratória – podem
aparecer em 10 minutos a quatro horas após a ingestão do peixe. Morte pode ocorrer dentro de
6 horas. As tetrodotoxinas são produzidas por alguns grupos de bactérias (Vibrio sp, Pseudomonas
sp, Shwanella sp e Alteromonas sp) presentes nos baiacus, ficando acumuladas em suas vísceras.
b) Metabólitos tóxicos de origem microbiana, entre os quais destacam-se as aminas tóxicas (tipo
histamina). A intoxicação causada por histamina resulta do consumo de peixes, principalmente
da família Scombrideae (atum e bonito). Incidentes têm ocorrido, também, com outros tiposde peixes como arenque, sardinha e anchova. A amina tóxica tipo histamina é produzida pela
conversão da histidina na presença de histidina descarboxilase produzida por algumas
bactérias deteriorantes (Morganella morganii, Hafnia, Klebsiella, entre outras). Essas bactérias
fazem parte da microbiota do ambiente marinho e do peixe ou podem ser introduzidas após
captura ou em qualquer fase de processamento. A produção de aminas (histamina) ocorre
em temperaturas superiores a 4°C, sendo importante destacar a sua termorresistência.Os sintomas – vermelhidão na face, pescoço e peito, seguida de diarréia, vômito, sudorese,
dor de cabeça e dor abdominal – aparecem em pouco tempo, dentro de alguns minutos a duas
horas após a ingestão do peixe contaminado.
Micotoxinas
As micotoxinas, metabólitos tóxicos produzidos pelos bolores, encontram-se bastante
disseminadas nos alimentos ou nas matérias-primas utilizadas na sua produção, sendo que algumas
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delas podem passar para os utensílios utilizados na preparação de alimentos , anteriormente nãocontaminados com bolores. As micotoxinas nem sempre apresentam toxicidade aguda como ocorre
com as toxinas bacterianas; as mais potentes são milhões de vezes menos tóxicas que a toxina
botulínica. Sua importância advém do fato de que algumas encontram-se freqüentemente
associadas às síndromes crônicas de carcinogenese e de imunossupressão. Centenas de micotoxinas
já foram descritas até o presente, sendo de importância em alimentos as aflatoxinas, as patulinas,
as ocratoxinas e as fumosinas, entre outras.
As aflatoxinas são produzidas por algumas espécies do gênero Aspergillus, como o A. flavus e A.
parasiticus, sendo bastante freqüentes em milho e amendoins, estando presentes em outrostipos de cereais, em sementes e especiarias.
As patulinas são produzidas por várias espécies dos gêneros Penicillium, Aspergillus e
Byssochlamys, sendo importante em alimentos a espécie P. expansum, que se desenvolve em
maçãs, pêras e outras frutas. A presença de patulina em maçãs está comumente associada com
sinais de emboloramento, e a simples retirada das partes pode, praticamente, eliminar toda a
toxina.
As ocratoxinas são produzidas principalmente pelo A.ochraceus e P. verrucosum, sendo encontradas
em nozes, castanhas, grãos de cereais, frutas cítricas, pimenta-do-reino, café e alguns produtos
fermentados à base de peixe. A ocratoxina A causa lesões renais e hepáticas em animais.
As fumosinas produzidas por Fusarium moniliforme encontram-se associadas a doenças em eqüinos
e suínos. Do ponto de vista de saúde pública, pouco se conhece em relação ao papel desempenhadopor esse tipo de micotoxina. Tem sido associada, epidemiologicamente, com câncer esofagiano,
por consumo de milho e seus produtos contaminados.
Substâncias químicas introduzidas durante a obtenção dematéria-prima e/ou produção de alimentos
Uma grande variedade de substâncias químicas é rotineiramente usada na produção e no
processamento de alimentos. A seguir, são descritos os tipos de substâncias químicas mais
comumente associadas aos alimentos: produtos de limpeza; pesticidas; alérgenos; metais tóxicos;nitratos, nitritos e nitrosaminas; bifenilos policlorados; plastificantes e migrações a partir da
embalagem; resíduos veterinários; aditivos químicos; drogas para aquacultura.
Produtos de limpeza
Os produtos de limpeza são um dos perigos químicos mais comuns em qualquer operação de
preparação ou produção de alimentos. Os resíduos dos produtos de limpeza podem permanecer
nos utensílios, tubulações e equipamentos, sendo transferidos diretamente aos alimentos, ou
por respingos durante a limpeza de zonas adjacentes.
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Medidas preventivas (de controle)
a) utilizando, quando for possível, produtos de limpeza não tóxicos;
b) mediante desenho e gestão adequados dos sistemas de limpeza;
c) através de um adequado treinamento dos funcionários;
d) realizando inspeções dos equipamentos após a limpeza;
e) utilizando materiais apropriados (por exemplo, aço inoxdável)
f) identificando os produtos e estocando-os adequadamente.
Pesticidas
Os pesticidas são produtos químicos utilizados para controlar ou acabar com pragas. Podem ser:
inseticidas; herbicidas; fungicidas; conservantes de madeira; repelentes de aves e animais;
protetores para o armazenamento de alimentos; raticidas; pinturas marinhas anti-fouling (paraevitar o aparecimento de microrganismos); produtos higiênicos de uso doméstico/industrial.
Os pesticidas são aplicados na agricultura, indústria, indústria naval e nos domicílios. Apesar deaqueles utilizados na agricultura serem de maior importância para a segurança do alimento, deve
ser considerada a contaminação proveniente de outras fontes.
Esses contaminantes, quando presentes na água, podem se acumular nos peixes em níveis que
podem causar doenças.
Os pesticidas são utilizados na agricultura durante a produção, para proteger as colheitas e
aumentar o rendimento e, após a colheita, são novamente utilizados para proteção durante o
armazenamento. Entretanto, nem todos os pesticidas são seguros na hora de produzir os alimentos
(por exemplo, os que são utilizados no tratamento da madeira) e mesmo aqueles que são seguros
para o uso alimentar às vezes deixam resíduos que podem ser perigosos em altas concentrações.
Visando à segurança dos alimentos, deve-se conhecer quais são os pesticidas utilizados em todas
as matérias-primas em qualquer momento durante a preparação e quais são os pesticidas permitidose, em cada caso, o limite máximo de seguridade dos resíduos.
Além das matérias-primas que tenham contato direto com os pesticidas, deve-se considerar,também, a possibilidade de contaminação cruzada com pesticidas em qualquer etapa da produção,
transporte e estocagem de alimentos.
Medidas preventivas (de controle)
a) em nível de produção primária, utilização adequada de defensivos agrícolas em produtos
vegetais;
b) determinar a utilização dos produtos vegetais para outros fins que não alimentícios (como
sementes) e/ou sua destruição sumária. Não há outra forma segura de controle. A mistura de
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grãos de trigo, por exemplo, com e sem resíduo de pesticidas para a obtenção de farinha comníveis baixos desse contaminante químico não é uma forma segura de controle;
c) evitar a captura de pescados em regiões onde haja possibilidade de contaminantes químicosou pesticidas na água e receber certificado do fornecedor com o laudo de que a água onde foi
efetuada a pesca não está contaminada;
d) realizar análises para determinar contaminantes químicos ou pesticidas na recepção do produto.
Alérgenos
Alguns componentes dos alimentos podem produzir alergias ou reações de intolerância em
indivíduos sensíveis. Essas reações variam de leves a extremamente sérias, dependendo da dose
e da sensibilidade do consumidor ao componente em questão.
Medidas preventivas (de controle)
As possibilidades de controle disponíveis para o produtor de alimentos com componentes
alergênicos são:
a) rótulo eficaz, que mostre com precisão a composição do produto, ressaltando qualquer
componente potencialmente alergênico. Por exemplo, no caso de camarão descascado edescabeçado, congelado, que contenha sulfito, este deve estar explicitamente declarado no
rótulo. O fato de conter sulfito e não estar declarado pode significar um risco para os
consumidores. Deve-se ter um cuidado especial quando se declara a presença de uma categoria
genérica como “pescado” ou “frutos secos”, já que determinadas pessoas podem ser alérgicas
a determinados tipos de pescado ou frutos secos;
b) higiene eficaz do equipamento;
c) cuidado na manipulação para evitar incluir um componente alergênico num produto
equivocado que, portanto, não o incluirá no rótulo.
Metais tóxicos
Outros contaminantes possíveis na produção primária são os metais pesados que podem ser
motivo de preocupação em níveis altos. Podem estar presentes ou agregados no ambiente deprocedência das matérias-primas, como é o caso de compostos mercuriais, que alcançam rios e
mares via descarga de indústrias, ou como conseqüência de atividades de garimpo, ou ainda por
estarem presentes em determinados pesticidas, entre outros.
As fontes mais importantes de metais tóxicos na produção de alimentos são:
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a) a contaminação ambiental;
b) o solo onde crescem os alimentos;
c) os equipamentos, utensílios e envases utilizados no cozimento, processamento e
armazenamento;
d) a água utilizada no processamento;
e) os produtos químicos utilizados na agricultura.
De particular interesse são (a partir do envase de folha-de-flandres) o mercúrio em pescado, o
cádmio e o chumbo, a partir da contaminação ambiental. Também são importantes arsênio,
cobre, alumínio, zinco, antimônio e flúor.
Medidas preventivas (de controle) - aconselha-se evitar matérias-primas originárias de locais
com histórico de possuírem metais pesados.
Nitratos, nitritos e nitrosaminas
Os nitratos estão presentes, de modo natural, no meio ambiente e em plantas comestíveis.
Constituem, também, parte da formulação de muitos fertilizantes, explicando assim sua presença
no solo e na água.
A adição de nitratos e nitritos está regulada estritamente pela legislação, já que a presença nosalimentos de altas concentrações de nitratos, nitritos e nitrosaminas pode ter efeitos tóxicos,
tais como metahemoglobinemia infantil e efeitos carcinogênicos.
As nitrosaminas podem se formar nos alimentos através da reação de nitratos e nitritos entre
eles, ou com outros produtos. Em determinadas ocasiões, também pode formar-se in vivo, quando
se ingerem, na dieta, grandes quantidades de nitratos e nitritos. Nos alimentos enlatados, os
nitratos podem produzir problemas adicionais ao deteriorar o verniz de recobrimento, permitindo
ao estanho atingir o produto.
Medidas preventivas (de controle)
- Evitar o uso de matérias-primas suspeitas de possuírem altas concentrações destas substâncias.
- No caso de adição, trabalhar com níveis permitidos pela legislação.
Bifenilos policlorados (PCBs)
Os PCBs constituem parte de um grupo de compostos orgânicos utilizados em numerosas aplicações
industriais. Devido à toxidade destes produtos, seu uso torna-se limitado a sistemas fechados,
sendo que sua produção foi proibida em diversos países. A absorção, por parte do pescado, dos
PCBs presentes no ambiente é a fonte mais importante de PCBs nos alimentos. A partir desta
absorção, os PCBs se acumulam ao longo da cadeia alimentar e podem encontrar-se em altasconcentrações nos tecidos gordurosos.
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Medidas preventivas (de controle)
a) evitar o uso de matérias-primas suspeitas de possuírem altas concentrações destas substâncias;
b) no caso de adição, trabalhar com níveis permitidos pela legislação.
Plastificantes e migrações a partir da embalagem
Certos plastificantes e outros aditivos para plásticos podem ser capazes de migrar para osalimentos. Essa migração depende das substâncias presentes e também do tipo de alimento; por
exemplo, os alimentos gordurosos favorecem a migração em maior quantidade que os outros.
Os constituintes dos plásticos em contato com os alimentos, bem como das embalagens encontram-
se estritamente regulados pela legislação, e também as migrações máximas permitidas em uma
série de alimentos-modelo.
Medidas preventivas (de controle)
a) o estudo da migração no momento de selecionar um tipo de embalagem;
b) trabalhar com embalagens aprovadas pelos órgãos competentes.
Resíduos veterinários
Os hormônios, promotores de crescimento, e os antibióticos, utilizados nos tratamentos dosanimais, podem passar para os alimentos. Os hormônios e os promotores de crescimento utilizados
na produção animal estão proibidos em muitos países, e a utilização de antibióticos e outros
remédios é estritamente controlada.
Os alimentos portadores de antibiótico podem causar problemas graves devido à sua capacidade
de produzir reações alérgicas em pessoas suscetíveis, e os hormônios e os promotores de
crescimento podem ter efeitos tóxicos ao serem consumidos.
Medidas preventivas (de controle) devem serfeitas:
a) sobre o produtor primário;
b) através da vigilância na recepção das matérias-primas;
c) realizando-se visitas nas fazendas para verificar as drogas usadas antes de receber o produto;
d) obtendo do fornecedor o certificado de uso adequado da droga, juntamente com o laudo de
análises.
Aditivos químicos
Outros perigos, em especial os que estão relacionados com a formulação do produto, têm outras
etapas para o seu controle, ou seja, a própria formulação e o respectivo cumprimento da
quantidade de cada um deles.
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Os aditivos são usados para produzir alimentos seguros e higiênicos, e também como coadjuvanteda produção e para melhorar o aspecto de alimentos que são nutritivos, porém pouco atrativos.
Também podem ser benéficos, como o caso das vitaminas.
Apesar dos limites constantes na legislação serem considerados seguros, a adição de aditivos
químicos é um perigo a ser considerado durante o processamento. A adição de determinados
conservantes, como o nitrato (nitrito) e agentes de sulfitação, pode representar um perigo,
dependendo da quantidade adicionada. A alguns corantes sintéticos, como a tartracina, foi
atribuída, mas não provada, a produção de hiperatividade em crianças.
Portanto, os aditivos podem ser benéficos; no entanto, se mal utilizados, podem se tornar
prejudiciais.
Como medidas preventivas (nos fornecedores/indústrias) para esse perigo, deve-se:
a) evitar o uso de nitrito quando existirem outras fontes alternativas possíveis que não
comprometam a segurança e a qualidade do produto;
b) controlar o uso de substâncias e/ou ingredientes que possam causar injúria, e os dizeres de
rotulagem, no caso de produtos destinados a classes especiais de consumidores;
c) evitar o uso excessivo de metabissulfito de sódio em alimento ácido, já que o anidrido sulfuroso
resultante pode ser prejudicial para os asmáticos (manipuladores e consumidores);
d) utilizar outras alternativas mais naturais do que a tartracina, caso o produto seja destinado a
consumidores jovens;
e) calibrar e ajustar o equipamento de dosagem para esses aditivos;
f) treinar o pessoal envolvido.
Drogas para aquacultura
O uso irregular de drogas na aquacultura apresenta um perigo potencial para a saúde humana.
Essas substâncias podem ser carcinogênicas, alergênicas e/ou causar resistência a antibióticosem microrganismos.
São utilizados em animais aquáticos para tratar doenças, controlar parasitas, afetar reprodução ecrescimento, e como tranqüilizante (durante o transporte).
As medidas preventivas para o controle destes perigos incluem:
a) utilização de rótulos com lista das drogas aprovadas com o tempo de afastamento;
b) visitas às fazendas para verificar o uso de drogas, anteriormente à recepção do produto;
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c) no caso de drogas ainda não aprovadas que podem ser usadas de acordo com os termos doInternational New Animal Drug (INAD), obter o laudo por lote do fornecedor, para verificar seo produto foi usado de acordo com os requerimentos de aplicação;
d) recepção do certificado do fornecedor comprovando a utilização apropriada da droga,juntamente com a verificação apropriada;
e) análise para verificar o resíduo das drogas.
Para mais informações sobre concentrações de uso permitidas para essas substâncias, consultara legislação vigente (ABIA, CNNPA).
PERIGOS FÍSICOS
Perigos físicos são corpos estranhos, em níveis e dimensões inaceitáveis. Os perigos físicos sãorepresentados por objetos ou matérias estranhas que são capazes de, fisicamente, injuriar umconsumidor, incluindo os que são antiestéticos e desagradáveis.
Os perigos físicos podem contaminar o alimento em qualquer fase de sua produção. É importantesalientar que qualquer substância estranha pode ser um perigo para a saúde se puder produzirdano ao consumidor. Isso é de especial importância nos alimentos produzidos para crianças, nosquais pequenos pedaços de papel, proveniente dos envoltórios da embalagem, podem significarum risco de vida.
São perigos físicos mais comumente associados aos alimentos: vidros, metais, pedras, madeiras,plásticos e pragas.
Vidros
Os fragmentos de vidro podem provocar cortes na boca dos consumidores e, se engolidos, causamsérias conseqüências (pode ocorrer perfurações do trato digestivo). As peças lisas de cristal,como as de relógios, podem também causar problemas de engasgamento, ou quebrar emfragmentos afiados ao serem mordidos pelo consumidor.
O vidro pode estar presente nas matérias-primas, como uma matéria estranha proveniente de umponto de produção, ou a partir da embalagem das matérias-primas.
O controle desses perigos deve ser feito de diversas maneiras:
a) mantendo as embalagens de vidro fora da área de produção. No caso de o produto final serenvasado em recipientes de vidro, essas embalagens não são mantidas fora da área de produção,mas devem ser gerenciadas apropriadamente;
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b) tendo em funcionamento controles rigorosos de ruptura, no caso de produto final envasadoem recipientes de vidro;
c) evitando a introdução de objetos de vidro por pessoas na área de produção;
d) eliminando visores e manômetros (nas caldeiras) de vidro nos equipamentos;
e) recobrindo as lâmpadas com proteções à prova de explosão que impeçam a contaminação doproduto com fragmentos desta;
Metais
Os metais podem ser introduzidos nos produtos a partir das matérias-primas, ou durante a
produção, podendo causar engasgamentos ou, se as peças forem afiadas, ferimentos.
Como medidas preventivas para esse perigo, deve-se:
a) verificar se o equipamento está sem corrosões ou partes soltas, de modo que partes do mesmo
não caiam nos produtos;
b) realizar adequadamente os trabalhos de manutenção, mantendo vigilância em peças comoparafusos, porcas etc que podem se desprender do equipamento;
c) quando se manuseia matérias-primas envasadas em embalagens metálicas, as mesmas devem ser
abertas cuidadosamente, com o objetivo de minimizar a contaminação a partir de fragmentos metálicos.
Obs.: Nas indústrias, usam-se detectores de metais.
Pedras
As pedras são fáceis de serem encontradas nas matérias-primas de origem vegetal, podendo ser
recolhidas juntamente com a colheita. Podem provocar danos nos dentes do consumidor ou
engasgamento; as pedras afiadas podem causar os mesmos problemas que o cristal e o metal. Um
exemplo comum é a presença de pedras no feijão.
As medidas de prevenção para esse perigo incluem:
a) a seleção adequada dos fornecedores de matérias-primas;
b) a eliminação através de inspeção;
c) catação e peneiramento.
Madeiras
Os fragmentos afiados de madeira podem ser um perigo para o consumidor, produzindo, porexemplo, cortes na língua e garganta. Os pedaços de madeira podem, também, permanecer nagarganta do consumidor, provocando engasgamento.
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A madeira pode chegar ao produto e à área de produção por várias vias. Podem estar presentesnas matérias-primas; por exemplo, em vegetais provenientes diretamente do campo e podem serprovenientes do material de embalagem (caixas e similares).
As possibilidades de controle disponíveis são:
a) evitar caixas e pallets de madeira, não sendo permitida a entrada na área de produção. Nocaso em que se deve utilizar caixas e pallets de madeira, estes devem ser manuseadoscuidadosamente e não se deve permitir a entrada nas áreas de produção em que os produtosse encontram expostos;
b) armazenar a madeira em uma área separada da manipulação e embalagem;
c) advertir o pessoal da produção para que não traga artigos de madeira para as zonas de produção.Isso deve fazer parte das Boas Práticas e do plano de formação de pessoal;
d) seleção, peneiramento e catação;
e) avaliar os riscos de pedaços de madeira se misturarem ao produto, no caso de instalaçõesantigas onde existem elementos de madeira formando parte da área de produção. Entretanto,do ponto de vista higiênico, deve-se realizar um plano para eliminar ou substituir a madeira(colheres de pau, rolos de massa, toco de moedores, tábuas de corte etc.).
Plásticos
O plástico é utilizado freqüentemente para substituir outros perigos físicos, como a madeira e ovidro; porém, é necessário ressaltar que os pedaços de plástico duro podem ser perigosos. Oplástico brando é usado nos envoltório e como parte do vestuário de proteção, como luvas eaventais.
As medidas de prevenção incluem:
a) implantação de sistemas de controle de rupturas, no caso dos plásticos duros;
b) inspeção visual, no caso de plásticos brando, delgado, de cor brilhante (normalmente azul)
que facilite sua identificação;
c) conservação de cepos, como os de polipropileno, com raspagem periódica da superfície;
d) catação e peneiramento.
Pragas
As pragas são consideradas carreadoras de perigos biológicos mediante a introdução demicrorganismos patogênicos nos alimentos. Também podem ser consideradas produtoras deperigos físicos, uma vez que sua presença no alimento pode provocar engasgamentos. As pragas
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mais importantes são insetos, parte de roedores ou pássaros. Elas também podem carrear perigosquímicos, como a ingestão de iscas tóxicas de roedores e conseqüente liberação de toxinas.
O controle desses perigos deve ser feito através de:
a) programa de controle de pragas eficaz em todos os locais de produção, armazenamento e
preparação de alimentos;
b) programa integrado de combate às pragas;
c) catação e peneiramento.
Ossos
Os fragmentos de ossos podem provocar engasgamento, perfurações, cortes na boca e/ou danosnos dentes do consumidor,
Ossos podem ser incorporados às carnes industriais durante etapas de separação de partes, cortese retirada de carne mecanicamente separada (CMS) na formação dos blocos, por fornecedoresinidôneos.
As medidas de prevenção incluem:
a) seleção adequada de fornecedores de matérias-primas;
b) eliminação através da inspeção na recepção;
c) inspeção visual durante a manipulação, trituração etc.;
d) orientação dos magarefes e dos manipuladores para o adequado processamento da desossae corte da carne.
Espinha/ossos de pescado
Os fragmentos de ossos e, especialmente, de espinhas de pescados podem provocar engasgamentoou perfurações na boca do consumidor.
As medidas preventivas incluem:
a)treinamento;
b)adequada evisceração e filetagem do pescado;
c) inspeção pós-filetagem;
d) eliminação, através do uso de centrífuga ou peneiramento considerando o produto final.
Atenção: A seguir encontram-se quadros adaptados do Guia Veta, referentes aos perigos de
contaminação dos alimentos.
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com
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Edem
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ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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ENTOS
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SEGMENTO MESA 165PERIGOS DOS ALIM
ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
Tom
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SEGMENTO MESA166PE
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ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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SEGMENTO MESA 167PERIGOS DOS ALIM
ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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ção
inad
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dos;
cont
amin
ação
cru
zada
;in
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amin
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SEGMENTO MESA168PE
RIGO
S DO
S AL
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TOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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s,si
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, vô
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dor
abdo
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me,
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crua
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e pe
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Falt
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iene
pess
oal;
trab
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sin
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que
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usei
am o
sal
imen
tos;
coz
imen
to e
reaq
ueci
men
toin
adeq
uado
s
Disp
osiç
ão i
nade
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ade
exc
reçõ
es h
uman
as e
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Inge
stão
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peix
e cr
uou
com
coz
imen
toin
sufici
ente
Falta
de
insp
eção
da
carn
e;co
zim
ento
ina
dequ
ado;
dren
agem
ina
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agen
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uas
resi
duai
s
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s
Feze
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Feze
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Feze
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ia d
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s
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s
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s
Perí
odo
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ncub
ação
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algu
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ias
até
vári
as s
eman
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Agen
tes
para
sitá
rios
Agen
tes
vira
is
SEGMENTO MESA 169PERIGOS DOS ALIM
ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
Feze
s
Feze
s; b
ióps
iain
test
inal
Feze
s
Feze
s
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s
Fram
boes
a, a
lfac
e,al
fava
ca,
água
Cidr
a de
maç
ã, á
gua
Peix
e de
águ
a do
ce c
ruou
com
coz
imen
toin
sufici
ente
Hor
taliç
as e
fru
tas
crua
s, á
gua
Carn
e su
ína
crua
ou
com
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imen
toin
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ente
Cycl
ospo
ra c
ayet
anen
sis
Cryp
tosp
orid
ium
par
vum
Diph
yllo
both
rium
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stad
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Giár
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ospo
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tosp
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ia d
ope
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tría
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días
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Infe
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opo
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diga
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Diar
réia
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exia
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os,
febr
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tina
lin
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Dore
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inai
s,di
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uco,
feze
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Mal
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o,fo
me,
per
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gaçã
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m á
gua
cont
amin
ada;
lav
agem
de f
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s co
m á
gua
cont
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ada;
pos
síve
lm
anus
eio
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limen
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já p
ront
os p
ara
cons
umo
Disp
osiç
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nade
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íduo
s de
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mai
s,co
ntam
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mei
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trag
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adeq
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água
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amin
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água
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oal;
trab
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sin
fest
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imen
toin
adeq
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enag
emin
adeq
uada
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água
sre
sidu
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Falt
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peçã
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carn
e; c
ozim
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inad
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agem
inad
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da d
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uas
resi
duai
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asta
gens
cont
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por
água
s re
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De 1
a 1
1 di
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emge
ral,
7 di
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De 1
a 1
2 di
as;
emge
ral,
7 di
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De 5
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De 1
a 6
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anas
De 3
a 6
sem
anas
SEGMENTO MESA170PE
RIGO
S DO
S AL
IMEN
TOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
Sina
is e
sin
tom
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lógi
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túrb
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visu
ais,
for
mig
amen
to,
para
lisia
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Perí
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ncub
ação
, em
ger
al, m
enor
que
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s fú
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Enfe
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Into
xica
ção
por
cogu
mel
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ém á
cido
ibot
ênic
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Into
xica
ção
por
cogu
mel
os d
o gr
upo
Mus
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na
Into
xica
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nofo
sfor
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Into
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cuba
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De 3
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SEGMENTO MESA 171PERIGOS DOS ALIM
ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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ica
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Sang
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De 2
hor
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ias;
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6ho
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SEGMENTO MESA 173PERIGOS DOS ALIM
ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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SEGMENTO MESA 175PERIGOS DOS ALIM
ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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SEGMENTO MESA176PE
RIGO
S DO
S AL
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TOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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lite
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SEGMENTO MESA 177PERIGOS DOS ALIM
ENTOS
ELEMENTOS DE APOIO DO SISTEMA APPCC
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éia,
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