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PERÍODO DEMOCRÁTICO 1946 A 1964 www.facebook.com/ tati.hist

Período democrático

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PERÍODO DEMOCRÁTICO 1946 A 1964

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ANTECEDENTES Surge a União Democrática Nacional

(UDN), partido de oposição a Getúlio Vargas.

Getúlio convoca eleições depois de pressões internas e externas.

Surge o movimento “Queremos Getúlio” que levou o nome de Queremismo.

Getúlio não consegue se manter no poder.

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GOVERNO DUTRA 1946 - 1951 Principais Candidatos: Eurico Gaspar Dutra, do PSD; e

Juaréz Távora, da UDN. (os dois militares)

O povo foi às urnas e deu a vitória a Dutra, que governou o Brasil de 1946 a 1951.

Em plena Guerra Fria, o presidente Dutra rompeu relações com a União Soviética, fechou o Partido Comunista Brasileiro (PCB)

Para dar um melhor preparo aos oficiais superiores das Forças Armadas, criou a Escola Superior de Guerra.

Dutra convocou as grandes empresas americanas a se instalarem no Brasil, dando-lhes todas as facilidades (terrenos, baixos impostos, etc.)

Durante o seu governo, foi criada a Constituição de 1946.

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CONSTITUIÇÃO DE 1946 A Constituição de 1946 foi a quarta do período

republicano.

A Constituição restabeleceu as eleições diretas para a escolha dos governantes em todos os níveis: presidente, governadores e prefeitos.

Além disso, foram mantidas as eleições para senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores.

Ela consagrou as liberdades já expressas na Constituição de 1934, mas anuladas em 1937, como a liberdade de expressão, de pensamento, de crença religiosa, entre outras.

Garantia também a igualdade de todos perante a lei.

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GOVERNO VARGAS 1951 - 1954 Nas eleições de 1950, Getúlio Vargas concorreu à presidência

pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)

Desde o início de seu mandato, em 1951, começou a colocar em prática a sua política popular e nacionalista.

Esta medidas visavam beneficiar os trabalhadores e favorecer as empresas nacionais. A principal delas foi o aumento de 100% do salário mínimo.

Os privilégios que Getúlio estava concedendo aos trabalhadores deixou muita gente descontente, como os grandes empresários, alguns chefes militares e a classe média alta.

A política nacionalista de Getúlio ficou evidente principalmente a partir de outubro de 1953, quando criou a Petrobrás com a campanha: “o petróleo é nosso”.

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CRISE DE VARGAS Oposição forte ao governo. O jornalista Carlos Lacerda, deputado

pela UDN, foi um dos seus principais opositores.

Carlos Lacerda atacava o presidente com denúncias de corrupção. O principal veículo destes ataques era o jornal “A Tribuna da Imprensa”

Carlos Lacerda sofreu um atentado, no qual morreu seu guarda-costas, o major Rubem Vaz, da Aeronáutica. O principal suspeito do atentado foi Getúlio.

As pressões contra o presidente aumentaram: os grandes empresários, as multinacionais, a embaixada dos Estados Unidos, os grandes jornais, alguns chefes militares, todos estavam contra ele.

Os chefes militares se reuniram com Vargas para obrigá-lo a renunciar.

Getúlio cometeu suicídio em 24 de agosto de 1954. As razões do ato foram registradas em uma carta-testamento.

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TRECHO FINAL DA CARTA “E aos que pensam que me derrotaram

respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte.

Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”

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GOVERNO JK 1956 - 1961

A presidência foi assumida pelo vice-presidente Café Filho. Nas eleições de 1955, saíram vencedores Juscelino Kubitschek e João Goulart, como vice.

Ao assumir, Juscelino apresentou ao país um ousado plano de desenvolvimento. O Plano de Metas, tinha como slogan fazer o país crescer “cinquenta anos em cinco”.

A construção de hidrelétricas, de estradas e a fabricação de veículos eram as três metas mais importantes do governo.

Em 1959, criou a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), para integrar a região ao mercado nacional.

Para conseguir atingir as metas, Juscelino recorreu à tecnologia e ao capital estrangeiro. Foi neste contexto que se instalaram no Brasil diversas multinacionais de veículos, como a Ford, General Motors (GM), Willys e Volkswagen.

No entanto, a maior obra durante o governo de Juscelino Kubitscheck foi a construção de Brasília, que viria ser a nova capital do país.

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CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA A transferência da capital da República para o Planalto

Central já estava prevista na Constituição de 1891.

Na verdade, desde o século XIX, líderes como José Bonifácio já destacavam a importância de mudar a capital para o interior do país.

Mas foi Juscelino Kubitscheck que tomou a iniciativa. Convocou os arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer e buscou trabalhadores nordestinos, denominados candangos.

Juscelino queria inaugurar a nova capital antes de deixar o governo. E cumpriu a promessa. No dia 21 de abril de 1960, o Brasil passou a ter uma nova capital: Brasília.

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GOVERNO JÂNIO QUADROS 1961 Jânio Quadros foi eleito e como vice-presidente foi eleito

novamente João Goulart.

O símbolo de sua campanha era a vassoura, com a qual dizia pretender “varrer” a corrupção do país.

Jânio dizia ser católico, anticomunista, a favor da família e da propriedade, pretendendo moralizar a sociedade. Assim, conquistou o mandato. (Se candidatou pela coligação da UDN)

Assume a presidência em janeiro de1961.Jânio ameaçou controlar os lucros que as grandes empresas mandavam para fora do país e falava em reforma agrária.

Na política externa, assumiu uma posição independente e progressista. Restabeleceu relações com a União Soviética e foi contra a expulsão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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RENÚNCIA DE JÂNIO Em agosto de 1961, Jânio condecorou com a Ordem do

Cruzeiro do Sul – a mais alta condecoração brasileira – o médico argentino e guerrilheiro Che Guevara, um dos comandantes da Revolução Cubana.

O udenista Carlos Lacerda começou a esbravejar, acusando Jânio de abrir as portas ao comunismo. Da mesma forma, os chefes militares se inquietaram com a atitude de Jânio.

As pressões contra Jânio aumentaram, manifestando-se principalmente no Congresso Nacional. No dia 25 de agosto de 1961, menos de sete meses após assumir a presidência, Jânio renunciou.

Jânio acusou “forças terríveis” de serem responsáveis pela sua renúncia. Alguns historiadores dizem que Jânio teatralizou sua saída, buscando apoio dos políticos, militares e da população. Em vão.

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CAMPANHA DA LEGALIDADE Quando Jânio renunciou, o vice-presidente João Goulart estava

fazendo uma visita oficial à China, um país comunista.

Os opositores de João Goulart acusavam-no de ser a favor do comunismo. Os chefes militares tentaram um golpe de estado.

Porém, houve uma forte reação do Rio Grande do Sul. O governador Leonel Brizola liderou a Campanha da Legalidade, com apoio da população e dos militares daquele estado.

Os legalistas defendiam o cumprimento da Constituição, a qual afirmava que, com a renúncia do presidente, quem deveria assumir o governo era o vice.

Os golpistas logo viram que, se insistissem em impedir a posse de João Goulart, o país poderia mergulhar numa guerra civil. Recuaram, mas exigiram que fosse adotado o sistema parlamentarista, ou seja, quem governaria seria o primeiro-ministro.

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GOVERNO JANGO 1961 - 1964 João Goulart aceitou e, no dia 7 de setembro de 1961, tomou posse como

presidente.

Em janeiro de 1963, João Goulart promoveu um plebiscito, pedindo que os eleitores escolhessem entre o parlamentarismo e o presidencialismo.

A maioria da população optou pelo presidencialismo. Com os poderes de volta, João Goulart estabeleceu, em dezembro de 1963, o monopólio estatal sobre a importação de petróleo.

Em janeiro de 1964, estabeleceu o controle sobre os lucros que as multinacionais mandavam para fora do país. Em 13 de março daquele ano, participou de um grande comício, chamado Comício das Reformas de Base, realizado na Central do Brasil, Rio de Janeiro.

O programa de reformas de João Goulart previa a nacionalização de refinarias, um plano de reforma agrária e concessão de 13º salário aos trabalhadores. Pretendia, também, fazer reformas políticas, educacionais e urbanas.

Porém, o presidente não teve tempo de realizar todos os programas. No dia 1º de abril de 1964, João Goulart foi derrubado por um golpe de estado.

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ENEM 2011Questão 42 A consolidação do regime democrático no Brasil contra os extremismos da

esquerda e da direita exige ação energética e permanece no sentido do aprimoramento das instituições políticas e da realização de reformas corajosas no terreno econômico, financeiro e social.Mensagem programática da União Democrática Nacional (UDN) – 1957

Os trabalhadores deverão exigir a constituição de um governo nacionalista e democrático, com participação dos trabalhadores para a realização das seguintes medidas: a) Reforma bancária progressista; b) Reforma agrária que extinga o latifúndio; c) Regulamentação da Lei de Remessas de Lucro.Manifesto do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) – 1962.(BONAVIDES, P.; AMARAL, R. Textos políticos da história do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2002).

Nos anos 1960 eram comuns as disputas pelo significado de termos usados no debate político, como democracia e reforma. Se, para os setores aglutinados em torno da UDN, as reformas deveriam assegurar o livre mercado, para aqueles organizados no CGT, elas deveriam resultar em

a) fim da intervenção estatal na economia.b) crescimento do setor de bens de consumo.c) controle do desenvolvimento industrial.d) atração de investimentos estrangeiros.e) limitação da propriedade privada.

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ENEM 2010Questão 33 Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos

imediatamente anteriores ao golpe militar de 1964. A diminuição da oferta de empregos e a desvalorização dos salários, provocadas pela inflação, levaram a uma intensa mobilização política popular, marcada por sucessivas ondas grevistas de várias categorias profissionais, o que aprofundou as tensões sociais. Dessa vez, as classes trabalhadoras se recusaram a pagar o pato pelas “sobras” do modelo econômico juscelinista.(MENDONÇA, S. R. A industrialização Brasileira. São Paulo: Moderna, 2002 (adaptado)

Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no início dos anos 1960 decorreram principalmente

a) da manipulação política empreendida pelo governo João Goulart.b) das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista.c) do poder político adquirido pelos sindicatos populistas.d) da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço das greves.e) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação trabalhista.

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ENEM 2003 Questão 50: A seguir são apresentadas declarações de duas personalidades da História do Brasil a

respeito da localização da capital do país, respectivamente um século e uma década antes da proposta de construção de Brasília como novo Distrito Federal.

Declaração I: José Bonifácio Com a mudança da capital para o interior, fica a Corte livre de qualquer assalto de

surpresa externa, e se chama para as províncias centrais o excesso de população vadia das cidades marítimas. Desta Corte central dever-se-ão logo abrir estradas para as diversas províncias e portos de mar.(Carlos de Meira Matos. Geopolítica e modernidade: geopolítica brasileira.)

Declaração II: Eurico Gaspar Dutra Na América do Sul, o Brasil possui uma grande área que se pode chamar também de

Terra Central. Do ponto de vista da geopolítica sul-americana, sob a qual devemos encarar a segurança do Estado brasileiro, o que precisamos fazer quanto antes é realizar a ocupação da nossa Terra Central, mediante a interiorização da Capital.(Adaptado de José W. Vesentini. A Capital da geopolítica.)

Considerando o contexto histórico que envolve as duas declarações e comparando as idéias nelas contidas, podemos dizer que:

a) ambas limitam as vantagens estratégicas da definição de uma nova capital a

questões econômicas.b) apenas a segunda considera a mudança da capital importante do ponto de vista da estratégia militar.c) ambas consideram militar e economicamente importante a localização da capital no interior do país.d) apenas a segunda considera a mudança da capital uma estratégia importante para a economia do país.e) nenhuma delas acredita na possibilidade real de desenvolver a região central do país a partir da mudança da capital.

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GABARITO Enem 2011: E Enem 2010: B Enem 2003: C

DUVAJUQUAJAN (Ma7?)