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PERSECUÇÃO PENAL

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PERSECUÇÃO PENAL. Fases da Persecução penal. O Estado como titular do direito de punir, quando alguém infringe a norma penal, deverá o Estado, para valer o seu direito, procurar os elementos comprobatórios do fato infringente da norma e os de quem tenha sido o seu autor. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: PERSECUÇÃO PENAL

PERSECUÇÃO PENAL

Page 2: PERSECUÇÃO PENAL

FASES DA PERSECUÇÃO PENAL

O Estado como titular do direito de punir, quando alguém infringe a norma penal, deverá o

Estado, para valer o seu direito, procurar os elementos comprobatórios do fato infringente

da norma e os de quem tenha sido o seu autor.

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Cabe ao Ministério Público, conforme disposto no art. 125, I, CF,

ajuizar a ação penal.

A investigação policial cabe à Polícia Judiciária (art. 144, § 1º, I e § 4º CF).

Finalidade da Polícia Judiciária é investigar o fato infringente da norma e quem tenha sido o seu autor, colhendo os necessários

elementos probatórios a respeito (materialidade e autoria)

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A Persecutio Criminis apresenta dois momentos distintos:

a) O da Investigação (Polícia Judiciária)b) O da Ação Penal (Ministério Público)

Frederico Marques

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POLÍCIA

Origem da palavra Divisão das Políciasa) Polícia Administrativa, Preventiva ou

de Segurançab) Polícia Judiciária ou Repressiva

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POLÍCIA PREVENTIVA

Tem por objetivo as medidas preventivas visando à não a alteração da ordem pública.

A sua função exterioriza-se em meios preventivos que se realizam para evitar toda

possível causa de turbação da ordem pública, ou de dano, ou de perigo às pessoas

ou às coisas.

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POLÍCIA JUDICIÁRIA

Consiste na apuração das infrações penais e de sua autoria.

Indaga todos os suspeitos, recebe os avisos, as notícias, forma os corpos de

delitos para comprovar a existência dos atos criminosos, sequestra os

instrumentos dos crimes, colige todos os indícios e provas que pode conseguir, rastreia os delinquentes, captura-os nos

termos da legislação vigente.

Page 8: PERSECUÇÃO PENAL

FUNÇÃO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA

Investigar as infrações penais, exceto as militares;

Fornecer às Autoridades Judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento do processo;

Realizar as diligências necessárias requisitadas pela autoridade judiciária e/ou Ministério Público;

Cumprir os mandados de prisão expedidos;

Page 9: PERSECUÇÃO PENAL

Representar ao juiz no sentido de ser decretada prisão preventiva ou temporária;

Representar ao juiz quanto ao exame de insanidade mental do acusado;

Cumprir cartas precatórias expedidas na área da investigação criminal;

Colher a vida pregressa do indiciado; Proceder à restituição de coisas

apreendidas; Realizar as interceptações telefônicas,

nos termos da lei.

Page 10: PERSECUÇÃO PENAL

NOTICIA CRIMINIS

É a ciência da ocorrência de uma infração penal, em que a Polícia Judiciária dá início

às investigações.Pode ser:a) De Cognição Imediatab) De Cognição Mediatac) De Cognição Coercitiva

Page 11: PERSECUÇÃO PENAL

Cognição imediata – autoridade policial toma conhecimento do fato por meio de suas atividades rotineiras ou pelos seus agentes ou policiais militares ou ainda pela notícia da vítima

Cognição mediata – requerimento da vítima, requisição do juiz ou do MP e mediante representação

Cognição coercitiva – no caso da prisão em flagrante

Page 12: PERSECUÇÃO PENAL

DELATIO CRIMINIS

Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de

infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por

escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a

procedência das informações, mandará instaurar inquérito. (art. 5º, §

3º, CPP)

Page 13: PERSECUÇÃO PENAL

DELATIO CRIMINIS OBRIGATÓRIA

Agente público de toma conhecimento de crime de ação pública em razão do cargo (art. 66, LCP)

Médico ou outra profissão sanitária no exercício de sua função tome conhecimento de um crime (art. 66, LCP)

Médico que deixar de comunicar doença de notificação compulsória (art. 269, CP)

Médico, professor ou responsável por estabelecimento de Saúde ou de ensino casos envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente (art. 245, ECA)

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INQUÉRITO POLICIAL

Origem: Lei nº 2.033, de 20.09.1871, em seu art. 42 definia:

“O inquérito policial consiste em todas as diligências necessárias para o descobrimento dos fatos criminosos, de suas circunstâncias e de seus autores, cúmplices , devendo ser

reduzido a instrumento escrito.”

Page 15: PERSECUÇÃO PENAL

CONCEITO

É o conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma

infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em

juízo.Tourinho Filho

Page 16: PERSECUÇÃO PENAL

INSTAURAÇÃO NOS CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA

De ofício Requisição do Juiz Requisição do MP

Page 17: PERSECUÇÃO PENAL

DE OFÍCIO

Ao verificar tratar-se de crime de ação penal pública incondicionada (art. 100 CP), a autoridade policial terá o dever

de instaurar o inquérito policial, por intermédio da Portaria, ou seja,

proceder as investigações no sentido de buscar elementos de prova da

materialidade e da autoria do delito. Independe de provocação.

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REQUISIÇÃO

É uma ordem emanada pelo Juiz ou MP em que a autoridade não poderá deixar de cumpri-la.

Na requisição constará informações sobre o fato e o autor.

A autoridade não precisará abrir Portaria, mas autuará e despachará determinando diligências.

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REQUERIMENTO DO OFENDIDO

Solicitação à autoridade policial, indicando: a narração do fato, com todas as

circunstâncias; individualização do indiciado ou seus

sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração;

testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.

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HIPÓTESES DE INDEFERIMENTO

Extinta a punibilidade (art. 107 CP) Não fornecer elementos mínimos necessários Autoridade policial não tiver atribuição Fato narrado for atípico Requerente incapaz

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INSTAURAÇÃO NOS CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA

Representação do ofendido (art. 5º, § 4º, CPP)

Requisição do juiz ou MP, juntamente com a representação

Flagrante delito, juntamente com a representação

Page 22: PERSECUÇÃO PENAL

REPRESENTAÇÃO Simples manifestação no sentido de permitir que

o Estado desenvolva as necessárias atividades tendentes às investigações da infração penal

Oferecida pelo ofendido ou seu procurador com poderes especiais, ou de seu representante legal (art. 39, §1º, CPP)

Prazo de 6 meses a contar do conhecimento da autoria do delito (art. 38 CPP)

Pode ser formulada, por escrito ou verbal, perante o juiz, MP e Autoridade Policial (art. 39, § 1º, CPP)

Informações sobre o fato e sua autoria

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INSTAURAÇÃO NOS CRIMES DE AÇÃO PRIVADA

Requerimento do ofendido ou de seus representante legal (art. 5, § 5º, CPP) ou CADI (art. 31, CPP)

Page 24: PERSECUÇÃO PENAL

REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA

Crimes praticados por estrangeiros contra brasileiro no estrangeiro (art. 7, § 3º, alínea “b”, CP)

Crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da República (exceto os crimes contra a Segurança Nacional – Lei nº 7.170/83)

Crimes contra a honra cometidos contra Chefes de Governo estrangeiro (art. 145, CP)

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AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO

Hipóteses de flagrante: Está cometendo o crime Acabou de cometer É perseguido, logo após,

ininterruptamente É encontrado, logo depois, com

instrumentos ou objeto do delito.Art. 302 CPP

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PEÇA INAUGURAL DO INQUÉRITO POLICIAL

Portaria Requisição do juiz Requisição do MP Requerimento do ofendido Representação do ofendido Requisição do Ministro da Justiça Auto de prisão em flagrante delito

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CARACTERÍSTICAS

Discricionário (art. 14, CPP) Escrito (art. 9º, CPP) Sigiloso (art. 20, CPP)

Exceções:a) MP - art. 15, III, LOMPb) Advogado – art. 7º, XII e XIV do EOAB

e art. 5º, LVIII da CF

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DISPENSABILIDADE

Qualquer pessoa do povo poderá fornecer por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção (art. 27 e 46, § 1º, CPP)

Representação suficientemente instruída (art. 39, § 5º, CPP)

Remessa de documentos pelo Poder Judiciário (art. 40, CPP)

Nos delitos de menor potencial ofensivo (art. 77§ 1º, da LF 9.099/95 – JECrim)

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DILIGÊNCIAS

Preservação do estado das coisas Apreensão dos instrumentos e outros objetos Oitiva da vítima e testemunhas Oitiva do acusado e sua identificação Exames periciais Reconhecimento e acareações

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PRAZOS Regra:a) 10 dias – acusado presob) 30 dias – acusado solto Lei de Tóxicos (LF 11.343/06- art. 51)a) 30 dias – acusado presob) 90 dias - acusado solto Delitos atribuídos à Polícia Federal (LF

5010/66)15 dias + 15 dias Inquéritos Policiais Militares a) 20 dias – acusado presob) 40 dias + 20 dias – acusado solto

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CONCLUSÃO

Minucioso relatório, sem qualquer consideração de mérito ou análise valorativa das provas

Indicação de testemunhas que não foram ouvidas

Encaminhamento dos instrumentos e objetos de prova

Remessa ao Poder Judiciário

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ARQUIVAMENTO

É uma decisão judicial , acolhendo as razões do MP, encerrando as

investigações do fato delituoso. A autoridade policial não poderá arquivar

(art. 17, CPP) Arquivamento somente a pedido do MP e

com a concordância do Juiz (art. 28, CPP) Devolução do IP pelo MP (art. 16 e 47, CPP)

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DESARQUIVAMENTO

A autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

(art. 18, CPP)As provas devem ser substancialmente

inovadoras e não apenas formalmente novas (RT 540/417)

São as provas que produzem alteração no panorama probatório dentro do qual fora

concebido e acolhido o arquivamento. (Damásio)

Súmula STF 524 – ... Não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas

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VALOR PROBANTE

Tem valor informativo para a instauração da competente ação penal.

O juiz tem livre apreciação quanto as provas apresentadas, no entanto não pode fundamentar-se em provas colidas no inquérito policial, exceto as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas (art. 155, CPP)

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INQUÉRITO POLICIAL X TERMO CIRCUNSTANCIADO

Nos delitos de menor potencial ofensivo (crimes com pena máxima até 2 anos e as contravenções penais) não será

realizado o Inquérito Policial se:a) não houver complexidade do delitob) forem apresentados todos os

elementos do fato criminoso (acusado, vítima, testemunha, descrição dos fatos etc)

Page 36: PERSECUÇÃO PENAL

TERMO CIRCUNSTANCIADO

Registro da ocorrência Elementos indicativos do fato típico e da

autoria Indicação da vítima e das testemunhas Compromisso do acusado em comparecer

perante o JECrim Providenciar a realização de exames periciais