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A intriga gira em torno do percurso da personagem central Alferes. Preocupado em chegar a uma misteriosa festa de fantasia para a qual é convidado, ele não consegue mais se desvencilhar dela, nem achar o seu caminho de volta. A festa apresenta-se como uma verdadeira encenação, onde um grupo social espera por alguém que, além de não se saber quem é, também não aparece. O conto apresenta epígrafes do livro Apocalipse e tem temas como zoomorfismo, metamorfose, policromia e magia. José Alferes mora na cidade há apenas quatro meses, seus laços de amizades eram muito curtos, limitando-se aos funcionários do hotel onde morava e a outra pensionista que morava no mesmo andar - Débora. Naquele dia chegou para ele um convite para uma festa. Nada estava mencionado: data, horário e local. Achou estranho. Pensou que era um trote; depois, pela caligrafia feminina, atribuiu a Débora. O fato é que, sem os referenciais de festa, decide-se por averiguar isto. Inicialmente, procura na loja de aluguel de roupas, onde lhe dão uma resposta evasiva. À noite, vestido para a tal festa, procura por Faetonte (taxista que sabia de toda a vida noturna da cidade), para o levar. Ao chegar, três senhores afirmam que o verdadeiro convidado ainda não tinha chegado, podendo José provocar certa confusão nas pessoas presentes, achando que era ele. Daí a necessidade de se desfazer possíveis equívocos. Embora todos tenham sido cordiais com José Alferes, este se sente meio isolado, pois em todas as rodas de conversa o assunto é único: "a criação e corridas de cavalo". Encontra-se com uma linda mulher - Astérope. Saem dali e ele não consegue entender o porquê daquela mulher estar esperando “o convidado" para deitar com ele. Não suportando mais nada disso, retorna ao táxi para ir embora. O motorista se recusa, alegando estar à disposição dos organizadores da festa. José tenta ir só, retorna machucado de alguns tombos que levara. Implora,

Personagem Alferes

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Descrição do personagem Alfredes.

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Page 1: Personagem Alferes

A intriga gira em torno do percurso da personagem central Alferes. Preocupado em chegar a uma misteriosa festa de fantasia para a qual é convidado, ele não consegue mais se desvencilhar dela, nem achar o seu caminho de volta. A festa apresenta-se como uma verdadeira encenação, onde um grupo social espera por alguém que, além de não se saber quem é, também não aparece. O conto apresenta epígrafes do livro Apocalipse e tem temas como zoomorfismo, metamorfose, policromia e magia.

José Alferes mora na cidade há apenas quatro meses, seus laços de amizades eram muito curtos, limitando-se aos funcionários do hotel onde morava e a outra pensionista que morava no mesmo andar - Débora.

Naquele dia chegou para ele um convite para uma festa. Nada estava mencionado: data, horário e local. Achou estranho. Pensou que era um trote; depois, pela caligrafia feminina, atribuiu a Débora. O fato é que, sem os referenciais de festa, decide-se por averiguar isto. Inicialmente, procura na loja de aluguel de roupas, onde lhe dão uma resposta evasiva.

À noite, vestido para a tal festa, procura por Faetonte (taxista que sabia de toda a vida noturna da cidade), para o levar. Ao chegar, três senhores afirmam que o verdadeiro convidado ainda não tinha chegado, podendo José provocar certa confusão nas pessoas presentes, achando que era ele. Daí a necessidade de se desfazer possíveis equívocos.

Embora todos tenham sido cordiais com José Alferes, este se sente meio isolado, pois em todas as rodas de conversa o assunto é único: "a criação e corridas de cavalo". Encontra-se com uma linda mulher - Astérope. Saem dali e ele não consegue entender o porquê daquela mulher estar esperando “o convidado" para deitar com ele.

Não suportando mais nada disso, retorna ao táxi para ir embora. O motorista se recusa, alegando estar à disposição dos organizadores da festa. José tenta ir só, retorna machucado de alguns tombos que levara. Implora, tenta o suborno, mas nada disso motiva o taxista, até surgir Astérope e conduzi-lo para a festa.