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uniso.br Publicação da Universidade de Sorocaba (Uniso) • Ano IX • Número 561 • Agosto 2011 Pág. 4 e 5 Assecoms Assecoms Assecoms P rimeira universidade da Região, a Uniso se diferen- cia pela inserção dos alu- nos em projetos de pesqui- sa e de extensão que, além de enrique- cerem a própria formação, contribuem com a transformação da sociedade. Além do Programa de Bolsas de Ex- tensão (Probex) e do Programa de Inicia- ção Científica, as iniciativas nessas áreas se estendem ao projeto político pedagó- gico de cada curso, que promove ações No laboratório, alunos fazem pesquisa Pesquisa e Extensão em evidência na Uniso na comunidade e outras propostas aliando ensino, pesquisa e extensão. Ações como essas ganham evidência, anualmente, no EPIC - Encontro de Pes- quisadores e de Iniciação Científica e En- contro de Extensão que será realizado de 23 a 25 de agosto, reunindo estudantes, professores e pesquisadores de Sorocaba e Região. As alunas de Farmácia, Bruna Ryzik Oliveira e Natália Tribuiani, do Programa de Iniciação Científica, por exemplo, ins- creveram suas pesquisas para apresenta- ção no encontro. Elas analisam os efeitos do cogumelo Agaricus blazei, conhecido como cogumelo do sol, no controle da an- siedade durante a gestação, por meio da experiência em ratos. Para as estudantes, a participação na Iniciação Científica e em encontros como o Epic permite aprofundar os conhecimen- tos, além de possibilitar o contato com profissionais e pesquisadores da área, o que resulta em um diferencial para a car- reira. Na área de Extensão, a aluna Kely Francine Hessel, de Terapia Ocupacional, inscreveu o projeto que desenvolve, por meio do Probex, com crianças no Núcleo de Terapia Ocupacional da Uniso. A estu- dante, que participará pela primeira vez do Epic - Encontro de Pesquisa e de Extensão Uso prolongado do computador requer cuidados Livros: estudantes mantêm acervos em casa Projeto auxilia no cultivo de plantas medicinais Pág. 5 Pág. 7 Epic, está na expectativa para saber o que outras pessoas comentarão do seu trabalho. “Com o Epic, a Uniso contribui de for- ma expressiva com a geração de conheci- mento”, destaca o Pró-Reitor Acadêmico, professor José Martins de Oliveira Júnior. Prova dessa contribuição, segundo Martins, são os ex-alunos que hoje atu- am em grandes corporações, se tornaram professores, concluíram seus Mestrados e Doutorados e creditam à Universidade o sucesso profissional. De 23 a 25 de agosto, será realizado na Ci- dade Universitária um dos mais importantes eventos cienficos da Região, o 14º Encontro de Pesquisadores e de Iniciação Cienfica e o 9º Encontro de Extensão da Uniso (Epic), com o tema “Inovação, tecnologia e susten- tabilidade”. O Epic reunirá mais de duzentos projetos, inclusive, premiando as melhores iniciavas. Realizado desde 1998, o encontro visa, entre outros objevos, difundir o conheci- mento cienfico e extensionista, socializan- do pesquisas, estudos, informações e expe- riências relacionadas às mais diversas áreas, produzidos por estudantes, professores e pesquisadores de Sorocaba e Região. Mais informações sobre o evento: www.uniso.br. Arquivo

Pesquisa e Extensão em evidência na Uniso P · diu Jairo Maurano Machado de conquistar seus objetivos. Recém-formado no curso de Direito, aos 23 anos, ele acaba de assumir seu

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Publicação da Universidade de Sorocaba (Uniso) • Ano IX • Número 561 • Agosto 2011

Pág. 4 e 5

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Primeira universidade da Região, a Uniso se diferen-cia pela inserção dos alu-nos em projetos de pesqui-

sa e de extensão que, além de enrique-cerem a própria formação, contribuem com a transformação da sociedade.

Além do Programa de Bolsas de Ex-tensão (Probex) e do Programa de Inicia-ção Científica, as iniciativas nessas áreas se estendem ao projeto político pedagó-gico de cada curso, que promove ações

No laboratório, alunos fazem pesquisa

Pesquisa e Extensãoem evidência na Uniso

na comunidade e outras propostas aliando ensino, pesquisa e extensão.

Ações como essas ganham evidência, anualmente, no EPIC - Encontro de Pes-quisadores e de Iniciação Científica e En-contro de Extensão que será realizado de 23 a 25 de agosto, reunindo estudantes, professores e pesquisadores de Sorocaba e Região.

As alunas de Farmácia, Bruna Ryzik Oliveira e Natália Tribuiani, do Programa de Iniciação Científica, por exemplo, ins-creveram suas pesquisas para apresenta-ção no encontro. Elas analisam os efeitos do cogumelo Agaricus blazei, conhecido como cogumelo do sol, no controle da an-siedade durante a gestação, por meio da experiência em ratos.

Para as estudantes, a participação na Iniciação Científica e em encontros como o Epic permite aprofundar os conhecimen-tos, além de possibilitar o contato com profissionais e pesquisadores da área, o que resulta em um diferencial para a car-reira.

Na área de Extensão, a aluna Kely Francine Hessel, de Terapia Ocupacional, inscreveu o projeto que desenvolve, por meio do Probex, com crianças no Núcleo de Terapia Ocupacional da Uniso. A estu-dante, que participará pela primeira vez do

Epic - Encontro de Pesquisa e de Extensão

Uso prolongadodo computadorrequer cuidados

Livros: estudantesmantêm acervos em casa

Projeto auxilia no cultivo de plantas medicinais

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Epic, está na expectativa para saber o que outras pessoas comentarão do seu trabalho.

“Com o Epic, a Uniso contribui de for-ma expressiva com a geração de conheci-mento”, destaca o Pró-Reitor Acadêmico, professor José Martins de Oliveira Júnior.

Prova dessa contribuição, segundo Martins, são os ex-alunos que hoje atu-am em grandes corporações, se tornaram professores, concluíram seus Mestrados e Doutorados e creditam à Universidade o sucesso profissional.

De 23 a 25 de agosto, será realizado na Ci-dade Universitária um dos mais importantes eventos científicos da Região, o 14º Encontro de Pesquisadores e de Iniciação Científica e o 9º Encontro de Extensão da Uniso (Epic), com o tema “Inovação, tecnologia e susten-tabilidade”. O Epic reunirá mais de duzentos projetos, inclusive, premiando as melhores iniciativas.

Realizado desde 1998, o encontro visa, entre outros objetivos, difundir o conheci-mento científico e extensionista, socializan-do pesquisas, estudos, informações e expe-riências relacionadas às mais diversas áreas, produzidos por estudantes, professores e pesquisadores de Sorocaba e Região. Mais informações sobre o evento: www.uniso.br.

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Reitor da UnisoProf. Dr. Fernando de Sá Del [email protected]

Pró-Reitor AdministrativoProf. Dr. Rogério Augusto [email protected]

Pró-Reitor Acadêmico Prof. Dr. José Martins de Oliveira [email protected]

O Uniso Notícias é uma publicação mensal produzida pela Assessoria de Comunicação Social da Uniso - Assecoms.

Cidade Universitária Rod. Raposo Tavares, km 92.5uniso [email protected]|(15) 2101-7006 ou 2101•7007|0800•702•7005

Editora Responsável:Mônica Ribeiro (MTB 27.877)

Equipe: Mônica Ribeiro e Vivian Marques (Jornalismo), Maria Lígia Conti (Revisão Ortográfica) e Jéssica de Almeida Bas-tida Raszl (diagramação e arte).

Impressão: ArtemidiaTiragem: 3 mil exemplares

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Se você tem fotos produzidas na

Uniso, mande para a gente! As

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a cada edição, para este quadro.

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Não é possível discutir o tema Saú-de Mental no Brasil sem contextualizar os aspectos históricos e políticos da saúde. A Reforma Psiquiátrica está engajada no movimento da Reforma Sanitária, que vai acontecer a partir dos anos 70.

Segundo Paulo Amarante, um dos fun-dadores do Movimento da Reforma Psiqui-átrica no país, a política de saúde mental no Brasil sempre foi a do asilamento. Desde a vinda da Família Real para o Rio de Janeiro (1808), a Sociedade de Medicina voltou-se para o controle das pessoas e dos lugares que pudessem provocar doenças.

O nascimento da “indústria da loucura” se deu na década de 1960, quando o Estado, por intermédio da Previdência Social, optou pela compra de serviços psiquiátricos do se-tor privado hospitalar, ao invés de investir na rede pública, o que trouxe expressivo au-mento do número de leitos e de internações.

Na década de 70, a Previdência Social chegou a destinar 97% dos recursos da as-sistência psiquiátrica para o pagamento das

internações na rede conveniada, consagran-do-se o modelo da hospitalização. Em 1978, com o início do Movimento da Reforma Psiquiátrica esse panorama começa a mudar.

Hoje, o Movimento da Luta Antimani-comial visa não somente à reorganização dos modelos assistenciais, mas propõe, SO-BRETUDO, mudanças sociais, culturais e políticas.

Assim, esse Movimento defende os di-reitos humanos e luta pela desconstrução do asilamento, por uma sociedade mais justa e pela ampliação e fortalecimento da rede de atenção em saúde mental SUBSTITUTIVA ao hospital psiquiátrico.

Em Sorocaba, o Movimento da Luta An-timanicomial, denominado FLAMAS, vem fazendo enfrentamentos e propondo mudan-ças, face ao descaso da política pública que legitima a hospitalização e a privatização da saúde no município.

Professora Soraya Diniz Rosa, do curso de Terapia Ocupacional

A luta Anti manicomial

Fotografi a produzida pela aluna de Jornalismo, Aline Fonseca, na Cidade Universitária

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Uniso e eu

Como citar um documento con-sultado em meio eletrônico em um trabalho acadêmico? De que forma expressões latinas como “apud” e “et al” devem ser empregadas? Quais os critérios para a confecção do sumário?

Estas e tantas outras dúvidas costu-mam acometer os estudantes que estão às voltas com a produção de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), disser-tação, tese ou artigo. “E o pior, quando o prazo para a entrega já está terminan-do e eles estão esgotados”, afirma Ma-ria Carla Pascotte F. Gonçalves, uma das bibliotecárias da Uniso que orienta os alunos sobre a normalização dos trabalhos

Maria Carla lembra que um proble-ma frequente é deixar de anotar ante-cipada e corretamente as informações relativas às referências (como nome da obra e autor, ano e local de publicação) que devem ser apresentadas ao final do trabalho, em um campo próprio. Quando isso acontece, o aluno acaba tendo que consultar novamente os li-vros e outros documentos utilizados, em busca desses dados.

Para evitar esses e outros “furos”, o ideal é se inteirar desde o início dos critérios da ABNT (Associação Brasi-leira de Normas Técnicas), que estabe-lece os princípios gerais para a elabo-ração de trabalhos acadêmicos no País.

Em abril passado, a ABNT publi-cou novas recomendações sobre im-pressão, paginação, espaçamento e uso de ilustrações.

Com base na ABNT, a Uniso pos-sui um manual de normalização, que pode ser consultado ou emprestado na Biblioteca e que também está disponí-vel para download no site, no endereço www.uniso.br/publicacoes/manuais/manu_norma.asp

O manual oferece orientação com-pleta sobre a estrutura formal dos textos e apresentação gráfica, com exemplos.

A deficiência visual não impe-diu Jairo Maurano Machado de conquistar seus objetivos.

Recém-formado no curso de Direito, aos 23 anos, ele acaba de assumir seu primeiro emprego, de técnico judiciário na Vara do Trabalho na cidade de Tietê.

Os cinco anos dedicados ao curso de Direito foram imprescindíveis para o re-sultado, segundo Jairo. Além do estágio no Ministério Público do Trabalho, o ex-aluno se empenhava em transcrever as aulas que gravava no curso e em cumprir com outras atividades acadêmicas.

“O curso é enriquecedor para a forma-ção profissional e também cultural e me deu base para o concurso”, destaca Jairo, que sonha com a magistratura e em voltar um dia à Uniso como professor. Para isso, já está se preparando: começou a Pós-Gra-duação em Direito do Trabalho e pretende fazer Mestrado e Doutorado.

Jairo é apenas um dos exemplos de uni-versitários com deficiência que ultrapassa-ram seus limites, aprenderam a encarar o mundo de outra forma e conquistaram es-paço no mercado de trabalho.

Alexandre Dorelli Gonzales, deficien-te visual, é outro exemplo de superação. Formado em Educação Física, o aluno de Nutrição da Uniso é proprietário de uma loja de suplementos alimentares e artigos esportivos em Sorocaba, e está planejando

Exemplos de superação

a implantação de um consultório no espa-ço, além da inauguração de uma franquia de brinquedos em Itu.

“As dificuldades não podem nos impe-dir de lutar pelos sonhos, tem que se enca-rar a vida e se espelhar em pessoas que ob-tiveram sucesso”, destaca Alexandre, que também é atleta patrocinado pela Probió-tica, uma das maiores empresas brasileiras de suplementos alimentares. Ele ainda ar-ranja tempo para a prática esportiva e para aulas de inglês e guitarra.

Como Alexandre, o jornalista e fotó-grafo Antonio Walter Barbero, o “Teco Barbero”, formado na Uniso, também sou-be enfrentar os desafios. Inclusive, teve sua história contada por veículos de comunica-ção de todo o País.

Teco foi o primeiro deficiente visual a clicar uma campanha publicitária no Brasil e, neste ano, fotografou os cinco melhores medalhistas paraatletas brasileiros para a revista especial 2016 das Olimpíadas do Rio de Janeiro, da Revista IstoÉ.

Além dos trabalhos fotográficos, entre as atividades, Teco é editor de textos do jornal interno de uma faculdade de Soro-caba e ministra curso de fotografia para a inclusão, em São Paulo, além de dominar cinco idiomas e ter a experiência de inú-meras viagens internacionais. Para quem quiser conhecer seus trabalhos: tecobarbe-ro.blogspot.com.

Teco Barbero (centro) fotografou paraatletas brasileiros para edição especial da Revista IstoÉ

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Textos científicosdevem seguir padrões da ABNT

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O brasileiro ainda lê poucos li-vros: são 4,7 títulos por ano, em média, segundo a pesqui-

sa “Retratos da Leitura no Brasil”, realiza-da pelo Instituto Pró-Livro (IPL).

Esse índice, somado a outros resulta-dos do estudo, que apontam a baixa fre-quência semanal de leitura e a falta de incentivo na infância, indica a formação de uma categoria de leitores pouco afeita aos livros.

Isso sem contar a parcela classificada como não-leitora: 45% dos entrevistados, que declararam não ter lido nenhum livro nos três meses anteriores à pesquisa.

Na contramão dessa realidade, há aqueles que descobriram na leitura uma atividade prazerosa e fizeram dela um hábito. Tanto, que dispõem de um acervo próprio de livros, como três alunos que

Livros para poucos

contaram um pouco de sua história com os livros para o Uniso Notícias.

Em comum, esses estudantes foram, desde cedo, estimulados à leitura, por ini-ciativa dos pais ou de professores.

“Quando criança, meus pais compra-vam muitos gibis, que eu lia e relia muitas vezes. Aí começou meu gosto pela leitu-ra”, conta Sabrina Aires Pereira, aluna de Hotelaria.

Aficionada por narrativas fantásticas como as da série Harry Potter, Crônicas de Nárnia e as histórias de vampiro da escritora Anne Rice, Sabrina começou a comprar seus próprios livros e hoje possui 50 títulos dos seus preferidos.

Igual número figura na estante particu-lar do recém-formado em Jornalismo, Gui-lherme Profeta, formada basicamente por obras acadêmicas e da literatura inglesa.

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Extensão

Cerca de 70 espécies de plantas e árvores medicinais cultivadas no Nú-cleo de Estudos Ambientais da Uniso (NEAS) fornecem material para pes-quisas científicas e estudos realizados na área de Ciências Biológicas e Saú-de.

Dois estudantes acompanham bem de perto esse processo: Ana Cláudia da Silva e Júlio César Vieira, alunos de Farmácia, participantes de um projeto extensionista voltado ao desenvolvi-mento de ações, a partir dos canteiros de plantas medicinais da Uniso.

Além de extrair e preparar o mate-rial para uso laboratorial, os estudantes auxiliam no cultivo e na manutenção das espécies.

“Também ajudamos a preparar uma apresentação sobre plantas tóxi-cas para os calouros de Farmácia, no primeiro semestre”, conta Ana. A aluna é voluntária nesse projeto e também na Iniciação Científica.

A dedicação a atividades extraor-dinárias, porém complementares ao curso de Graduação, abre outras vias de conhecimento e também direciona afinidades. “Estamos descobrindo pos-sibilidades na área”, destaca Júlio.

Os alunos também participaram de um mutirão que reuniu colegas e professores de Farmácia, em junho passado, para iniciar um trabalho de revitalização dos canteiros. A mentora da iniciativa, professora Magali Glau-zer Silva, explica que o objetivo é criar condições para o desenvolvimento de projetos educativos sobre plantas me-dicinais, voltados a crianças.

Biblioteca da Uniso:mais de 200 mil volumes

O acervo da Biblioteca “Aluísio de Almeida” é disponibilizado à co-munidade acadêmica e pode ser utili-zado também pela comunidade exter-na para consulta local, nas unidades da Cidade Universitária e do Câmpus Trujillo.

São cerca de 207 mil volumes en-tre material bibliográfico (livros, peri-ódicos, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de cursos, entre outros) e audiovisual (fitas de vídeo, DVDs, CD-ROMs e mapas).

Informações: www.uniso.br/vida_academica/biblioteca

Os livros pessoais, boa parte presente-ada, são uma fatia das centenas de obras que formam a biblioteca da família. O gosto literário de Guilherme passeia por vários gêneros, desde a literatura fantás-tica, passando por romances históricos à religião budista.

“Gosto de estar sempre lendo pelo menos um livro. Há também alguns blogs que acompanho diariamente”, afirma.

A aluna de Letras, Samanta Hollan-ders de Sousa, tem atualmente 120 li-vros em casa, a maior parte de literatura infanto-juvenil. Ela diz que só encontrou prazer na leitura espontânea e acabou não gostando de nenhum livro indicado para fazer trabalhos na escola.

Samanta contou com o estímulo dos pais. “No começo, me ofereciam prê-mios para cada capítulo lido, depois a cada livro e no fim eu não precisava mais desse tipo de incentivo”. O fato de a famí-lia ter o hábito de leitura também influen-ciou a estudante, que cresceu em contato com vários leitores.

Entre esses apreciadores de livros, os ebooks não fazem sucesso. Para eles, o contato com o suporte físico faz parte do prazer da leitura. “Gosto de carregar livros, virar a página, de ver alguém lendo e pensar ‘será que aquele livro é bom?’”, afirma Samanta. Se for, provavelmente ganhará um lugar na prateleira, em casa.

Projeto auxiliacultivo de plantas para uso em pesquisa

Os alunos Ana e Júlio executam o projeto

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Educação acima da tecnologia

O que ensinar e para que en-sinar? É essa reflexão que deve pautar o trabalho do

educador diante da possibilidade do uso das tecnologias na escola. A afirmação é do professor Luiz Fernando Gomes, da Uniso, que preside a Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologias Educacionais (ABEHTE) e lançou, recentemente, o livro “Hiper-textos multimodais: leitura e escrita na era digital”.

Na entrevista a seguir, ele fala sobre os principais desafios na relação Edu-cação e Tecnologia, que também serão abordados no IV Encontro Nacional sobre Hipertexto e Tecnologias Educa-cionais, que acontecerá em setembro, na Uniso. Com o tema “Hipercomu-nidade, Escola e Tecnologias Digitais: entre o não ainda e o já passou”, o en-contro debaterá hipertexto, práticas de letramento e usos das redes sociais na educação. Saiba mais no site: hipertex-to2011.com.br.

Confira a íntegra da entrevista no blog da Uniso (www.uniso.br/blog).

A cada dia, cresce o número de tecnolo-gias disponíveis e o acesso à internet, prin-cipalmente, às redes sociais. Por outro lado, uma recente pesquisa do Pisa (Programa In-ternacional de Avaliação de Alunos) aponta que metade dos estudantes brasileiros está

De que maneira a internet pode influen-ciar na educação formal e não-formal?

Na educação formal pode contribuir muito, mas acredito que ainda esteja aquém do desejá-vel. Enquanto os meios escolares refletem, criam leis e normas, escrevem documentos, as comuni-dades se organizam. Pessoas abrem blogs, sites e formam comunidades virtuais de prática. Apren-dem um currículo extraescolar riquíssimo, des-misitificam a necessidade de um mestre detentor de saber e de poder - aprendem nas comunidades - e vivenciam um currículo que é construído na interação do mundo do saber com o mundo em que se vive. Não há distinção entre eles, não há tempo, não há lugar e também não há um “melhor método” de ensino ou de aprendizagem. A escola está fora da escola.

O professor está preparado para lidar com essa realidade?

Os professores têm genealogia, têm histó-ria e têm suas histórias de vida. Não são cur-sos de capacitação, reciclagem ou de formação que irão alterar o cenário educacional. A inter-net e o computador são tanto artefatos culturais como também são a própria cultura. E cada vez mais as culturas são fluidas, são “trans” e são “multi”.

Professores e alunos apropriam-se dos ar-tefatos de sua cultura (as linguagens - verbal, visual, corporal e espacial -, que são também produtos da cultura) e os utilizam de acordo com suas genealogias e não necessariamente obedecendo a manuais, normas, etc. São apro-priações transgressoras. Não são “erradas”, nem são inferiores ou superiores às apropria-ções indicadas nos manuais de uso...

desconectada e o País é o último na lista de 38 sistemas de ensino avaliados, quando o assunto é o número de computadores em es-colas por alunos. Como avalia este cenário?

A questão do acesso ao computador co-nectado é ampla, no Brasil, país de dimen-sões continentais e com pouca capilaridade. Existem programas governamentais, mas isso ainda é pouco e não se estendem a to-dos os estados brasileiros.

Por outro lado, sabemos que não basta ter computadores nas escolas. Há que ha-ver uma reforma pedagógica que inclua os novos usos da escrita no ambiente digital. E também não se pode dizer que há uma relação direta entre o uso dos computadores e uma melhora na aprendizagem. Existem, claro, outros fatores que contribuem para um bom aproveitamento escolar, dentre os quais, uma educação para a compreensão ética da desigualdade e da diferença e para a convivência pacífica dos homens no mun-do.

Quais os desafios para a Educação?A tecnologia que inclui é a mesma que

exclui. Então, estamos falando não apenas de exclusão digital, mas de exclusão social, já que a inserção do sujeito na sociedade

se faz por meio da lin-guagem e da comuni-cação.

Assim, além do acesso - que é, antes de mais nada, um pro-blema governamental, existem as questões das práticas pedagógicas, dos novos letramentos e do entendimento da ex-pectativa da sociedade com relação ao mundo da cibercultura. Às ve-zes parece que estamos formando alunos para o nosso passado e não para o futuro deles.

O desafio é esse: re-fletir sobre o futuro que

queremos ter e preparar nossos alunos para ele. Voltamos, então, às questões éticas menciona-das anteriormente e a uma reflexão sobre não apenas a forma (com ou sem tecnologia), mas ao conteúdo, sobre o que ensinar e para que ensinar.

Professor Luiz Fernando: “Não basta ter computador na escola”

Livro aborda a relação entre educação e novas tecnologias

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AnoteNota máxima O curso de Hotelaria acaba de obter

nota máxima, 5, na avaliação de renova-ção de reconhecimento do Ministério da Educação, que considerou três dimensões: organização didático-pedagógica, corpo docente e instalações físicas.

Segundo relatório emitido pela comis-são avaliadora, o curso apresenta um cur-rículo adequado em termos de ementas, programas e bibliografias, e laboratórios estruturados com adequado padrão de tec-nologia, além de manter convênios com empresas que favorecem o aprendizado do aluno, a atualização docente e a em-pregabilidade do egresso.

Há sete anos consecutivos, Hotelaria também é destaque na Avaliação de Cur-sos Superiores, do Guia do Estudante Pro-fissões, da Editora Abril. Implantado em 1998, o curso está focado em três verten-tes: Gestão, Alimentos e Bebidas e Hos-pedagem. Quer saber mais: www.uniso.br.

Programas de Pós-GraduaçãoOs Mestrados em Ciências Farmacêu-

ticas, em Comunicação e Cultura e em Educação, e o Doutorado em Educação, farão a matrícula de alunos especiais de 8 a 12 de agosto.

O candidato participará de entrevista, realizada por ordem de chegada, das 9h às 11h e das 13h às 16h, na Coordenação de Pós-Graduação, na Cidade Universitária.

Já os alunos regulares deverão efetuar a rematrícula de 1º a 5 de agosto. Infor-mações no site da Uniso (www.uniso.br) ou pelos telefones (15) 2101-7101 / 7102 / 7104 na Coordenação de Pós-Graduação ou (15) 2101.7008 / 7165 na Secretaria de Pós-Graduação.

Cursos de curta duraçãoA Escola de Negócios Uniso está ofere-

cendo mais de dez cursos de extensão, com inscrições abertas na Pró-Reitoria Acadê-mica ou na Secretaria de Pós-Graduação, pelos telefones (15) 2101.7072 / 7008. Confira os cursos e outras informações no site: www.escoladenegociosuniso.com.br.

II Corrida da PrimaveraAté 20 de agosto, estão abertas as ins-

crições para a II Corrida da Primavera, promovida pelo Núcleo de Esportes e Re-creação da Uniso (Nerus), que vai aconte-cer no dia 18 de setembro, na Cidade Uni-versitária, com 5 Km de caminhada e 10 Km de corrida. Inscrições e informações no site da Uniso: www.uniso.br.

Ficar longe do computador, do celular e

de outras tecnologias, para alguns é uma mis-são quase impossível.

O aluno Taylor Fer-nando Costa Romão, de Sistemas de Informa-ção, por exemplo, passa 14 horas por dia à frente do computador, de se-gunda a sexta, fora do período de férias, numa rotina que o acompanha desde que ganhou o seu primeiro equipamento, há dez anos.

Taylor não está sozinho: ele faz parte de um grupo cada vez maior de brasileiros que passa muito tempo à frente do com-putador, especialmente para o acesso à internet.

De acordo com levantamento do Ibo-pe Nielsen Online, o internauta brasileiro fica em média 48 horas por mês navegan-do pela internet e, ao incluir os programas online, 66 horas, liderando o tempo de permanência na rede no mundo, seguido de países como Japão e Estados Unidos.

Para o aluno de Design, Rubens Cas-tro, até mesmo pela profissão de webde-signer, os números não surpreendem. Ele chega a passar mais de sessenta horas, ou seja, cerca de três dias, semanalmente, co-nectado à internet no trabalho, em casa e, inclusive, pelo celular.

Passar o dia em frente ao computador, para Hugo Leonardo Alves, do curso de Letras, também é bastante comum. “Acor-do para estar em frente a ele e só durmo após desligá-lo”, conta Hugo, que é assis-tente de vendas em uma loja de celulares.

Muito mais que uma ferramenta de tra-balho e de estudo, o computador também é utilizado para o entretenimento. Baixar músicas, se comunicar com os amigos e até ler livros, são algumas das atividades escolhidas por esses três universitários. Hugo e Taylor, inclusive, aproveitam para assistir à televisão, se alimentar e realizar outras tarefas à frente do monitor.

Apesar dos prazeres, tanto tempo de-dicado a uma vida conectada pode causar uma série de problemas à saúde, como do-enças osteomusculares.

Do trabalho à diversão

A terapeuta ocupacional Lilian Zano-ni Nogueira, especialista em qualidade de vida na empresa, que coordena o Programa Unisaúde da Uniso, dá algumas dicas para a prevenção do agravamento dos sintomas, como tensão no pescoço, dores no punho, ombros e coluna. Confira o quadro.

Faça uma pausaPrevina futuros problemas osteomuscu-

lares com as dicas da terapeuta ocupacional Lilian Zanoni Nogueira.

Pare: durante a rotina faça pequenas pausas para sair do computador.

Transforme seu espaço: pense em pequenas modificações no seu local de tra-balho ou estudo.

Pés apoiados: Se a cadeira não per-mitir os pés no chão, a solução é adotar um apoio que serve para relaxar a musculatura e melhorar a circulação sanguínea.

Conforto visual: mantenha seu mo-nitor entre 45 e 70 cm de distância e regule sua altura no máximo até sua linha de visão. Isto pode ser feito através de um suporte de monitor ou pela utilização de mesas dinâ-micas. E, para descansar a visão, olhe para objetos e paisagens a mais de 6 metros.

Iluminação: para evitar reflexos, posicione o computador longe de janelas, use luminárias com proteção adequada e tela anti-reflexiva no monitor. Além disso, as superfícies de trabalho, paredes e pisos devem ser foscas.

E, por fim, o corpo sempre dá sinais de quais partes estão tensas e precisam ser re-laxadas. Fique atento!

Hugo passa o dia inteiro em frente ao computador

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Curtas

Mande sua dica para esta página: [email protected]

eurecomendo!

Um passeio ao Parque das Águas, no domingo. Faço isso toda semana com meu marido, fi lhos e nossos três cachorros. É muito gostoso caminhar, encontrar pessoas e, nesta época de inverno, poder curti r o sol.

Denise Tavares Garcia, aluna de Estéti ca e Cosméti ca

O autor desses versos é Patativa do Assaré (1909-2002), um dos maiores poetas da literatura popular de cordel, gênero escolhido para o 30º Concurso Literário da Uniso.

Concurso Literário da Uniso aborda o cordel

Prêmio Jovem Cientista“Cidades sustentáveis” é o tema

do XXV Prêmio Jovem Cientista, que premiará os melhores trabalhos nas categorias “Graduado”, “Estudante do Ensino Superior”, “Estudante do En-sino Médio” e “Mérito Institucional”. Informações no site www.jovemcien-tista.cnpq.br . O prêmio é promovido pelo CNPq, Fundação Roberto Mari-nho, Gerdau e GE. As inscrições esta-rão abertas até 31 de agosto.

Grupos de estudos

“Esta terra é como o Só

Que nace todos os dia

Briando o grande, o menó

E tudo que a terra cria.”

(Trecho do poema “A Terra é Naturá”)

Os poemas de cordel geralmente têm origem na tradição oral, abordam através de uma linguagem simples os anseios do homem e tradicionalmente eram impressos em folhetos, pendura-dos em cordões, para a venda nas feiras.

O Concurso Literário da Uniso está aberto a participantes de todo o Brasil. As inscrições podem ser feitas gratuita-mente no site www.uniso.br, até 12 de agosto. A realização é do curso de Letras.

Arq

uivo

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soal

O livro “1808 - Como uma rainha louca, um prín-cipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”, de Laurenti no Gomes.Também estou lendo outra obra do autor, “1822”, sobre a proclamação da Independência, uma lei-tura agradável e interessante, para entendermos nossa história.

Lúcia Szkura Seabra, aluna da Terceira Idade

A práti ca de vôlei. Sou adepta desse esporte e treino quatro vezes por semana, com um grupo. É um excelente exercício, além de proporcionar óti mos momentos de convivência. Recomendo a todos, pois não há idade que limite a práti ca de esportes. Mesmo sendo “amadora”, vale a pena.

Caroline Isabel Bergamo Pitoli, estudante de MBA em Gestão Estratégica

Transmissor de rádio O primeiro transmissor FM do In-

terior Paulista, adquirido em 1976 pelo empresário Salomão Pavlovsky para a implantação da Rádio Vanguarda, foi doado à Uniso, e está instalado desde ju-nho na Cidade Universitária, próximo ao Laboratório de Comunicação.

Aparelho chega à Cidade Universitária

Neste mês, os grupos de estudos, mantidos pelo curso de Letras, reto-mam as atividades.

Os encontros acontecem regu-larmente, no câmpus Trujillo, e são abertos ao público em geral.

Não há custo para participar e as vagas são limitadas. Informações:

GRUPO DE ESTUDOS DE INGLÊ[email protected]

GRUPO DE ESTUDOS DE FRANCÊ[email protected]

GRUPO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO BILÍ[email protected]

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