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Fundação SEADE www.seade.gov.br Av. Cásper Líbero, 464 – CEP 01033-000 – São Paulo/SP – PABX (11) 3324-7200 Atendimento ao Usuário (11) 3313-5777 – [email protected] BS Publicado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Junho 2014 Ano 4 N o 46 BOLETIM SEADE Sistemas Municipais de Acesso à Informação Informação a serviço da cidadania As três edições mais recentes do boletim Primeira Análise tratam questões bem distintas: oferta de creches no Estado de São Paulo; a importância da presença de sedes de grandes grupos empresariais para a dinâmica econômica das metrópoles brasileiras; e a evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012. Pesquisas abordam metas de atendimento em creches, localização das sedes de grandes empresas e evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012 O boletim Primeira Análise n. 11 realiza diagnóstico da situação atual do aten- dimento em creche e apresenta proje- ções de números de vagas e de profis- sionais necessários para o cumprimento da meta recomendada pelo anteprojeto de lei do Plano Nacional de Educação – PNE. Pelo PNE, todos os municípios brasileiros serão obrigados a oferecer, até 2020, vagas para pelo menos 50% das crian- ças de 0 a 3 anos de idade. Em 2012, no Estado de São Paulo, 12.236 estabelecimentos de ensino pú- blicos e privados atendiam a 837.453 crianças em creche. A participação pú- blica era majoritária (81,8%), sendo Pesquisas abordam metas de atendimento em creches, localização das sedes de grandes empresas e evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012 As três edições mais recentes do boletim Primeira Análise tratam questões bem distintas: oferta de creches no Estado de São Paulo; a importância da presença de sedes de grandes grupos empresariais para a dinâmica econômica das metró- poles brasileiras; e a evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012. Economia paulista cresceu 1,3% no 1 o trimestre de 2014 No acumulado dos últimos quatro trimestres, o Produto Interno Bruto – PIB paulista elevou-se em 2,1%. 53,3% em rede própria e 28,5% por meio de convênio com a rede privada. Em relação a 2009, observou-se aumen- to de 50,6% no número de matrículas, com a rede conveniada registrando o maior crescimento relativo (74,0%). Pelo estudo deverão ser geradas, no mínimo, 284.845 vagas entre 2013 e 2020, totalizando 1.122.298 matrículas no final desse período. Das 284.845 va- gas a serem criadas, 117.905 (41,4%) deveriam ser ofertadas nos 21 muni- cípios do Estado que têm pelo menos 300.000 habitantes. Entre os 518 muni- cípios com menos de 50.000 habitantes, haveria a necessidade de pelo menos 63.772 novas vagas. Já a edição n. 12 do boletim Primeira Aná- lise examinou a importância da presença de sedes de grandes grupos empresariais para a dinâmica econômica das metró- poles brasileiras, em particular a Região Metropolitana de São Paulo – RMSP. A sede de uma organização, além de ser uma figura jurídica, caracterizada for- malmente para fins tributários e legais, é também o local onde usualmente está localizado o centro de comando da or- ganização, assim como o eixo daquelas unidades corporativas que precisam es- tar próximas a esse comando: finanças; jurídico; marketing; vendas; compras; pesquisa e desenvolvimento; e tecnolo- gia de informação.

Pesquisas abordam metas de atendimento em creches ......empresas e evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012 O boletim Primeira Análise n. 11 realiza diagnóstico

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Page 1: Pesquisas abordam metas de atendimento em creches ......empresas e evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012 O boletim Primeira Análise n. 11 realiza diagnóstico

Fundação SEADEwww.seade.gov.brAv. Cásper Líbero, 464 – CEP 01033-000 – São Paulo/SP – PABX (11) 3324-7200Atendimento ao Usuário (11) 3313-5777 – [email protected]

BSPublicado pela

Fundação Sistema Estadual de

Análise de Dados

Junho 2014Ano 4 No 46

BOLETIM SEADE

• Sistemas Municipais de Acesso à Informação• Informação a serviço da cidadania

As três edições mais recentes do boletim Primeira Análise tratam questões bem distintas: oferta de creches no Estado de São Paulo; a importância da presença de sedes de grandes grupos

empresariais para a dinâmica econômica das metrópoles brasileiras; e a evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012.

Pesquisas abordam metas de atendimento em creches, localização das sedes de grandes empresas e evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012

O boletim Primeira Análise n. 11 realiza diagnóstico da situação atual do aten-dimento em creche e apresenta proje-ções de números de vagas e de profis-sionais necessários para o cumprimento da meta recomendada pelo anteprojeto de lei do Plano Nacional de Educação – PNE.Pelo PNE, todos os municípios brasileiros serão obrigados a oferecer, até 2020, vagas para pelo menos 50% das crian-ças de 0 a 3 anos de idade. Em 2012, no Estado de São Paulo, 12.236 estabelecimentos de ensino pú-blicos e privados atendiam a 837.453 crianças em creche. A participação pú-blica era majoritária (81,8%), sendo

Pesquisas abordam metas de atendimento em creches, localização das sedes de grandes empresas e evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012 As três edições mais recentes do boletim Primeira Análise tratam questões bem distintas: oferta de creches no Estado de São Paulo; a importância da presença de sedes de grandes grupos empresariais para a dinâmica econômica das metró-poles brasileiras; e a evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012.

Economia paulista cresceu 1,3% no 1o trimestre de 2014No acumulado dos últimos quatro trimestres, o Produto Interno Bruto – PIB paulista elevou-se em 2,1%.

53,3% em rede própria e 28,5% por meio de convênio com a rede privada. Em relação a 2009, observou-se aumen-to de 50,6% no número de matrículas, com a rede conveniada registrando o maior crescimento relativo (74,0%).Pelo estudo deverão ser geradas, no mínimo, 284.845 vagas entre 2013 e 2020, totalizando 1.122.298 matrículas no final desse período. Das 284.845 va-gas a serem criadas, 117.905 (41,4%) deveriam ser ofertadas nos 21 muni-cípios do Estado que têm pelo menos 300.000 habitantes. Entre os 518 muni-cípios com menos de 50.000 habitantes, haveria a necessidade de pelo menos 63.772 novas vagas.

Já a edição n. 12 do boletim Primeira Aná-lise examinou a importância da presença de sedes de grandes grupos empresariais para a dinâmica econômica das metró-poles brasileiras, em particular a Região Metropolitana de São Paulo – RMSP.A sede de uma organização, além de ser uma figura jurídica, caracterizada for-malmente para fins tributários e legais, é também o local onde usualmente está localizado o centro de comando da or-ganização, assim como o eixo daquelas unidades corporativas que precisam es-tar próximas a esse comando: finanças; jurídico; marketing; vendas; compras; pesquisa e desenvolvimento; e tecnolo-gia de informação.

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BS

Ano 4

n. 46

Fundação SEADEwww.seade.gov.brAv. Cásper Líbero, 464 – CEP 01033-000 – São Paulo/SP – PABX (11) 3324-7200Atendimento ao Usuário (11) 3313-5777 – [email protected]

BSBS

O impacto da localização das sedes de grandes grupos econômicos do ponto de vista metropolitano pode ser mais bem compreendido por meio de dois ar-gumentos principais:• a presença, em determinada metró-

pole, de um número substancial de sedes de grandes empresas ensejaria a concentração nesse local de eleva-do número de profissionais com alto nível técnico e salários muito maiores do que a média, permitindo o desen-volvimento e a sofisticação do setor de serviços pessoais dessas localida-des (hospitais e clínicas; escolas e uni-versidades; restaurantes; academias e clubes; shopping centers, etc.). Quan-do essa metrópole é também a sede de governos (federal ou estadual) – como é comum no caso do Brasil –, tal efeito tende a ser ampliado;

• a existência de sedes de grupos eco-nômicos também implicaria maior aglomeração dos chamados serviços de apoio à gestão e produção. Nesse caso, destacam-se as empresas vol-tadas para serviços financeiros, que precisam interagir cotidianamente com a área financeira das grandes organizações, os grandes escritórios de advocacia, que representam legal-

Número de municípios, matrículas em creche, taxas de crescimento, vagas projetadas e taxas de atendimento, segundo porte populacional e localização do municípioEstado de São Paulo – 2009-2020

Porte populacional e localização do município

No demunicípios

No de matrículasem 2012

Taxas de crescimento no período 2009 a

2012 (%)

No de vagasprojetadas para 2020

(1)

Taxas de atendimento em 2020(2) (%)

Total 645 837.453 50,6 1.598.344 71,2Até 50 mil habitantes 518 118.478 45,1 219.374 60,2De 50 mil a 300 mil habitantes 106 246.841 39,0 437.772 62,5Acima de 300 mil habitantes 21 472.134 59,2 941.198 79,8 Em região metropolitana (3) 14 404.932 59,9 810.663 78,8 Fora de região metropolitana 7 67.202 54,7 130.535 86,0Fonte: MEC/Inep – Censo Escolar; Fundação Seade.(1) Vagas projetadas utilizando incremento de vagas constantes no período 2009 a 2012 para o ano de 2020.(2) Razão entre o total de vagas projetadas e a projeção de população de 0 a 3 anos para 1o de julho de 2020.(3) Refere-se às quatro regiões metropolitanas do Estado de São Paulo: São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba e Litoral Norte.

mente tais organizações e necessitam interagir de modo recorrente com a alta administração e a área jurídica, as agências de publicidade e outras em-presas desse segmento (como as de pesquisa de mercado e produtoras de vídeo), que prestam serviços regulares para os departamentos de marketing e comunicação, e as empresas de tec-nologia da informação, que têm papel crescente na provisão de serviços para organizações de grande porte, cada vez mais dependentes desses serviços, devido tanto à difusão das tecnolo-gias de comunicação e informação, quanto à maior dispersão espacial dessas organizações. Finalmente, vale também mencionar o crescente papel das empresas de consultoria, que co-brem diferentes áreas da gestão em-presarial (estratégia, contabilidade, logística, etc.).

Em geral, as maiores organizações estão localizadas nas capitais brasileiras do Sul e Sudeste, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. O Distrito Federal é a única localidade que se destaca fora dessas re-giões, por concentrar empresas estatais. Existem também algumas poucas sedes situadas em outros centros regionais no

Sul e Sudeste do país (como Caxias, Join-ville, Campinas e Uberlândia), bem como dispersas por capitais (e poucas cidades do interior) do Nordeste e Centro-Oeste. Não foram registradas sedes de grandes grupos econômicos na Região Norte.A edição n. 13 do Primeira Análise abor-dou a evolução dos indicadores sociais paulistas entre 1993 e 2012.Nesse período, o Estado passou por transformações que se refletiram em di-versas dimensões da vida dos cidadãos, tais como renda, trabalho, educação, habitação, condições de saúde e acesso a bens de consumo. Essa coleção de in-dicadores, analisada em relação aos na-cionais, possibilita uma visão ampla nes-ses diversos campos e serve de subsídio inicial para estudos específicos.Na área de educação, por exemplo, a ampliação do acesso por nível de ensino pode ser observada pela evolução das ta-xas de atendimento escolar. Praticamen-te a totalidade de crianças de 6 a 14 anos estava frequentando escola (98,7%), em 2012. No mesmo ano, 82,3% das crianças de 4 a 5 anos frequentavam um estabelecimento escolar, quase o dobro do valor registrado em 1993 (43,4%). A taxa de atendimento dos adolescentes de 15 a 17 anos aumentou 16,3 pontos

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n. 46

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Economia paulista cresceu 1,3% no 1o trimestre de 2014No acumulado dos últimos quatro trimestres, o Produto Interno Bruto – PIB paulista elevou-se em 2,1%.

A atividade econômica do Estado cres-ceu 1,3% no 1o trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013, considerando a série livre dos efeitos sazonais.

Na comparação com o último trimes-tre de 2013, o PIB paulista ficou está-vel (0,0%), com ampliação de 0,3% em serviços e quedas na indústria (1,7%) e na agropecuária (1,2%).

Em março, no entanto, o PIB paulista registrou redução atípica de 5,7% na comparação com fevereiro. Esse resul-tado deve-se, sobretudo, ao feriado de Carnaval no mês, o que compromete a comparabilidade mensal.

porcentuais no período estudado, cor-respondendo a 85,8% desse segmento populacional em 2012. Consideran-do toda a faixa etária de escolaridade obrigatória, de 4 a 17 anos (estabeleci-da na Emenda Constitucional n. 59 de 2009), o Estado de São Paulo alcançou uma taxa de atendimento de 92,8% em

2012. Trata-se de um valor bastante ex-pressivo, uma vez que o novo Plano Na-cional de Educação (PNE), que tramita no Congresso Nacional, prevê para até 2016 a universalização da escolarização para este grupo etário. Tendo em vista que o acesso à escola já é universal para as crianças paulistas de 6 a 14 anos, o

desafio da inclusão para os próximos anos está no ensino infantil, cuja oferta é municipal, e no ensino médio, de res-ponsabilidade estadual.

Conheça o conteúdo completo das três pesquisas no endereço <www.seade.gov.br/produtos/primeira_analise/>

Taxas de crescimento do PIB acumuladas nos últimos quatro trimestres em relação aos quatro trimestres imediatamente anterioresEstado de São Paulo – 1o trimestre/2013-1o trimestre/2014

Fonte: Fundação Seade.

1,3

2,12,3

2,02,1

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

2013.1 2013.2 2013.3 2013.4 2014.1

Em %

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n. 46

Fundação SEADEwww.seade.gov.brAv. Cásper Líbero, 464 – CEP 01033-000 – São Paulo/SP – PABX (11) 3324-7200Atendimento ao Usuário (11) 3313-5777 – [email protected]

A informação a serviço da cidadania: O Seade é uma fundação vinculada à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Governo do Estado de São Paulo.Utilizando metodologias inovadoras e tecnologias modernas, o Seade coleta, organiza, analisa, divulga e disponibiliza informações prove-nientes de diversas instituições, além daquelas que resultam de suas próprias pesquisas.Ao longo de mais de 30 anos de atuação, o Seade tem se constituído em uma segura e sempre atualizada fonte de dados sobre o Estado de São Paulo.Os dados estatísticos, os indicadores e os estudos elaborados pelo Seade abrangem largo espectro temático: caracterização do território, comunicações, condições de vida, economia, educação, energia, estatísticas vitais, finanças públicas, habitação, instituições financeiras, justiça e segurança, meio ambiente, movimento eleitoral, população, produto interno e renda, saneamento, saúde, serviços, trabalho, transporte, turismo, entre outros.Essas informações – disponibilizadas pelo Seade em seu sítio na Internet – auxiliam cidadãos, gestores públicos, empresários e jornalistas a compreender melhor as características específicas da realidade paulista, as mudanças sociais, as transformações econômicas e os impactos das políticas públicas nos 645 municípios do Estado.

Boletim SEADE é um informativo eletrônico mensal editado pela Coordenadoria de Comunicação da Fundação Seade.

Jornalista Responsável: Patrícia Queiroz – MTb 26.471

Mais informações: [email protected] www.seade.gov.br Tel.: (11) 3324-7263

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Sistemas Municipais de Acesso à Informação

Este trabalho, produzido conjuntamente pela Fundação Seade, Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal – Cepam e Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap, trata da organização e situação dos sistemas de infor-mação ao cidadão e portais da transparência nos municípios paulistas.Foram elaborados manual, voltado às prefeituras municipais, sobre a organização de sistemas municipais de acesso à infor-mação e levantamento que visa aferir em que medida as prefeituras do Estado de São Paulo estão cumprindo o disposto na Lei de Acesso à Informação – LAI, de 18 de novembro de 2011, e na Lei Complementar 131, de 27 de maio de 2009, que deu origem aos Portais da Transparência, no tocante, especificamente, à disponibilização de informações à sociedade.Conheça o trabalho no endereço <www.seade.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1218&Itemid=67>