Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
02-12-2018
Margarida Alvarinhas
No princípio foi a Economia.Agregada ao Direito mas quedepois se soltou. Libertou-sede uma das faculdades maisantigas da Universidade deCoimbra (UC), procurou umanova localização que não osclaustros da Faculdade de Di-reito, e buscou novos saberes.À Economia, criada em 1972,juntaram-se as licenciaturasem Sociologia, em 1988, emGestão, em 1989, e, mais re-centemente, em 1995, as Rela-ções Internacionais. Assim fi-cou, pelo menos até à actuali-dade, a Faculdade de Econo-
mia da Universidade de Coim-bra, que hoje assinala 46 anos.Não está entre as mais antigasnuma universidade que tem728 anos, mas está entre asmais importantes. Pelo menospara a directora, Teresa Pe-droso de Lima, que não temdúvidas em afirmar que aFEUC funciona como «labora-tório de ensaio de toda a uni-versidade». «Congrega áreasdas humanidades e das ciên-cias exactas», justifica a direc-tora, convicta que isso lhe«confere um estatuto muito in-teressante na universidade emuitíssimo interessante entreas concorrentes».
Pessoas e instalações são prioridades
A Casa dos Limas, na Ave-nida Dr. Dias da Silva, seria des-tino definitivo da FEUC, já de-pois de uma intensa discussãoque colocou em cima da mesaoutras localizações, como oColégio dos Órfãos, actual-mente da Faculdade de Psico-logia, ou mesmo o Pólo II,junto da Faculdade de Ciênciasde Tecnologia da Universidadede Coimbra. Acabaria por ven-cer o edifício da Dias da Silva,
na malha urbana da cidade, ea FEUC passaria a ser a facul-dade que não está em pólo ne-nhum da UC. É apenas a Fa-culdade de Economia. «Digosempre ao senhor reitor: PóloI, Pólo II, Pólo III e a Faculdadede Economia», salienta TeresaPedroso de Lima.
A Casa dos Limas foi cres-cendo e ganhou, em 1990, umbloco de ensino, e em 1994 umbloco de investigação. Hoje,contudo, não chega e a questãodas instalações é uma daspreocupações da directora euma das fragilidades da FEUC.
Há várias possibilidades paracrescimento, mas a verdade éque nenhuma está em vias deconcretização, apenas e só por«questões burocráticas».
Na mesma rua há um edifí-cio cuja aquisição está apro-vada, mas falta tudo o resto,«aquela via sacra do tribunalde contas e etc», frisa a direc-tora, explicando que tambémhá um terreno anexo à FEUCcujos herdeiros propuseram acompra mas, também aqui,«há burocracias». E há aindaas instalações do Instituto Geo-físico da UC, que se mudou
para o Observatório Geofísico,em Santa Clara, que a FEUCdeseja ocupar com uma escolade formação de executivos,mas também esta aguarda pornovos desenvolvimentos.
A FEUC, ainda assim, vai vi-vendo com o espaço que temacomodando os seus mais de2.500 alunos. Um problemaque Teresa Pedroso de Limatenta resolver, ainda que a suaprioridade sejam «as pessoas».Ou melhor, esclarece, «a faltade pessoas». Os cerca de 100professores «não chegam», atéporque muitos estão como
convidados e esse é um regimeque só é permitido por quatroanos. Mas é sobretudo o «pes-soal técnico» que a preocupa.«Temos cerca de 30 pessoasnão docentes e um terço sãoprecários», revela, alertandoque a UC tem vindo a abrirconcursos para pessoal do-cente, «mas para pessoal téc-nico não». «As instituições de-pendem das pessoas», defendea directora, que admite que oseu maior desejo até final domandato seria «concretizar osconcursos para o corpo téc-nico». |
2.681Alunos, dos quais 1651 no 1.ºciclo, 544 no 2.º ciclo, 375 no3.º ciclo e 111 em cursos nãoconferentes de grau.
1.342Alunos na internacionaliza-ção: mobilidades outgoing eincoming, nacionalidade es-trangeira e internacionais.
146Recursos humanos, dos quais115 são docentes e 31 são pes-soal técnico, não docentes oubolseiros.
40Cursos, dos quais 4 de 1.ºciclo, 12 de 2.º ciclo, 13 de 3.ºciclo e 11 cursos não confe-rentes de grau
FERREIRA SANTOS
Faculdade de Economia está hoje de portas abertas para celebrar os seus 46 anos ao serviço do ensino superior
Concretizar concursospara o corpo técnico éo desejo da directorada FEUC que quertambém resolver o problema da falta de instalações
Números (referentes a 2017)
Dois momentosassinalam 46anos da FEUC
É com dois momentosdistintos que a Faculdadede Economia da Universi-dade de Coimbra (FEUC)assinala hoje, no auditó-rio, os seus 46 anos. Oprimeiro momento, apartir das 14h30, é espe-cialmente dedicado à en-trega dos diplomas aosestudantes que concluí-ram os mestrados e pós-graduações da FEUC noano lectivo 2017/2018. Se-rão ainda partilhados tes-temunhos de alunos demestrado: Ana CarolinaXavier (Economia), Mar-celo Duarte (Gestão),Paulo Faustino (RelaçõesInternacionais) e AnaLuísa Sousa (Sociologia).Num segundo momento,a partir das 17h00, serãohomenageados os me-lhores estudantes doscursos da FEUC e apre-sentados os prémios daFundação Eng. Antóniode Almeida para melhortese de doutoramento,Associação de JovensEmpresários Portugal-China, FEUC Exemplar 1.ºCiclo e 2.º Ciclo, FEUCCiência e FEUC Ensino.Será também apresen-tada a 6.ª edição dasOlimpíadas da Economiae entregues simbolica-mente as obras “Geadaatormentando as raízesmais profundas” e “Eu-ropa raptando”, de MárioVitória. A directora TeresaPedroso de Lima e o rei-tor João Gabriel Silva,respectivamente, abrem efecham a sessão. |
Pessoas e instalações são debilidadeda faculdade que é “laboratório” da UCAfirmação Começou com Economia, juntou-lhe a Sociologia, a Gestão e as Relações Internacionais e ganhou “estatutointeressante” na Universidade, mesmo sendo aquela que não está em nenhum Pólo e é apenas a Faculdade de Economia
Prova Açores e Madeira entram pela primeira vez nacompetição promovida por estudantes
O que as Olimpíadas de Eco-nomia (OE) têm de especial éque são um evento organizadoexclusivamente por estudantesda Faculdade de Economia daUniversidade de Coimbra(FEUC). E esta sexta edição,hoje apresentada durante ascomemorações do Dia da Fa-culdade, sabe ainda melhor
porque os primeiros classifi-cados da fase final vão partici-par nas II Olimpíadas Interna-cionais da Economia, na Rús-sia, no Verão de 2019.
As OE nasceram em 2013por iniciativa do então alunoda FEUC João Pedro Santos.Depois de cinco edições pelasquais já passaram mais de4.000 participantes de 135 es-colas do país, a iniciativa re-gressa este ano com o alicianteda viagem à Rússia e pela pri-meira vez alargando as provasàs regiões autónomas dos Aço-
res e da Madeira. Novidadetambém é a campanha decrowdfunding com o objectivode financiar o crescimento dainiciativa (https://ppl.pt/cau-sas/olimpiadas-da-economia).
«Construímos um projectoque difundiu o ensino da eco-nomia por mais de 4.000 jo-vens estudantes e me levoudos corredores da FEUC parao Comité Executivo das Olim-píadas Internacionais da Eco-nomia. A maior vitória ao longodeste percurso serão todas asmensagens de agradecimento
de jovens dos quatro cantos dePortugal por os ter feito des-cobrir a magia da economia»,resume João Pedro Santos.
Destinadas a todas as escolasdo ensino secundário e profis-sional do país, as VI Olimpía-das da Economia têm comotema “Economia da Felici-dade”, procurando abordaruma área de investigação daciência económica pouco ex-plorada em Portugal. A 16 deJaneiro de 2019 realiza-se a pri-meira fase das Olimpíadas, anível regional, de onde saemos mais bem classificados paraa fase final, a ter lugar na FEUC,de 26 a 28 de Abril. M.A.
Margarida Alvarinhas
Há quem diga que é uma«aposta arriscada» mas a di-rectora da Faculdade de Eco-nomia da Universidade deCoimbra (FEUC), Teresa Pe-droso de Lima, acredita no su-cesso da nova licenciatura e crêtambém que é possível, nopróximo ano lectivo, que já es-teja a funcionar, assim seja bre-vemente acreditada pela Agên-cia de Avaliação e Acreditaçãodo Ensino Superior (A3ES). Aconcretizar-se o desejo da di-rectora, a FEUC ganha maisum curso de 1.º ciclo, que sejuntará à Economia, à Gestão,à Sociologia e às Relações In-ternacionais. É a licenciaturaem Gestão Autárquica que tema particularidade de ser em re-gime e-learning. E neste pontodo ensino à distância reside,admite Teresa Pedroso deLima, o que alguns dizem serum risco nesta formação queresulta de um consórcio entrea FEUC e a UniversidadeAberta.
Formar gestores autárquicostinha mesmo de ser em regimede e-learning porque, analisaTeresa Pedroso de Lima, seriacomplicado pedir a quem jáexerce funções autárquicasque se deslocasse proposita-damente a Coimbra e à FEUCpara assistir às aulas. «Há pro-cura de formação, mas as pes-
soas no nosso país estão muitodispersas», constata.
A licenciatura em Gestão Au-tárquica resulta de um desafiolançado pela Associação Na-cional de Freguesias (ANAFRE)e pela Associação Nacional deMunicípios Portugueses(ANMP) e pretende «formarpessoas no âmbito do poderlocal». Para garantir a quali-dade do curso, cada uma dasdisciplinas será leccionada por
um professor da FEUC e umprofessor da UniversidadeAberta. Além disso, a avaliaçãoserá sempre presencial, es-tando também prevista a rea-lização de dois momentos du-rante o ano para que as pes-soas se conheçam.
«É um desafio», assume a di-rectora, convicta que vai serum sucesso, até porque há po-tenciais alunos nos países delíngua oficial portuguesa que
«replicaram o nosso modelodo poder local».
Entre as novidades, TeresaPedroso de Lima destaca tam-bém o recente curso de forma-ção avançada “A China e osPaíses de Língua Portuguesana Economia Mundial: Comér-cio, Turismo, Cooperação e De-senvolvimento”. Trata-se deum curso que oferece um me-lhor entendimento da estru-tura institucional e do am-
biente comercial e de negócios,altamente complexo e incerto,da China e dos Países de Lín-gua Portuguesa. Na sessão so-lene comemorativa do Dia daFaculdade vai ser anunciado ovencedor do Prémio Associa-ção de Jovens EmpresáriosPortugal-China que distingueo estudante da FEUC que sedestaque pelo mérito no curso.O prémio consiste numa via-gem à China.|
Nova licenciatura em e-learningvai formar gestores autárquicos Formação Curso de 1.º ciclo foi desafio da ANAFRE e da ANMP e resulta de consórcioentre a FEUC e a Universidade Aberta. Só falta a acreditação para poder começar
Teresa Pedroso de Lima aguarda pela acreditação do novo curso para poder aumentar a oferta da FEUC
Nova licenciatura daFEUC e UniversidadeAberta vai formar gestores autárquicosatravés de e-learning. Avaliação vai ser presencial
Olimpíadas da Economia viajam até à Rússia
Inovação foi o tema da edição do ano passado
O recente CeBER e o famoso CES
O CeBER (Centre for Bu-siness and Economics Re-search) funciona desde2016 mas ainda aguardapela avaliação da Funda-ção para a Ciência e Tec-nologia (FCT) que estavaprevista para o primeirosemestre do ano. «Aindanão temos a “etiqueta” daFCT e é muito importantetermos esse reconheci-mento», afirma Teresa Pe-droso de Lima sobre umcentro de investigaçãoque é a mais recente cria-ção da FEUC, a faculdadeque também esteve naorigem do famoso CES(Centro de Estudos So-ciais) que entretanto pas-sou a ser laboratório as-sociado, sem nunca dei-xar de fazer parte do«ADN da faculdade». |
DiáriodeCoimbraFundador Adriano Lucas (1883-1950) | Director “in memoriam” Adriano Lucas (1925-2011) | Director Adriano Callé Lucas
2 DE DEZEMBRO DE 2018 DOMINGO N.º 30.116 DIÁRIO JORNAL REPUBLICANO ÓRGÃO REGIONALISTA DAS BEIRAS HÁ 88 ANOS A INFORMAR 0,90 €
17
Nestaedição
EspecialDomingo
Académicavence e
já convence
O presépio animado de Penela foi ontem inaugurado e até 6 de Janeiro espera a visita de cerca de 50 mil pessoas.Em Montemor-o-Velho, o Castelo Mágico promove uma viagem ao sonho de Natal Páginas 12 e 13
Briosa venceu (2-0) o Arouca com exibição bem conseguida Páginas 22 e 23
Novo quartel dosbombeiros prontono Verão de 2020Condeixa-a-Nova | P16
Três pescadoresmorrem apanhadospor uma ondaS. Jacinto | P28
Homem desalojadoapós o incêndio quelhe destruiu telhadoFigueira da Foz| P28
MAGIA DO NATAL JÁ ESTÁEM PENELA E MONTEMOR
Faculdade deEconomia aguardapor mais um cursoFaz hoje 46 anos | P4 e 5
Mira avança comcontrato de recolhade resíduosRegião das Beiras | P17
Orquestra Clássicado Centro vai actuarem Cabo VerdeDia da Morna | P8
FERREIRA SANTOS
Bruno deAlmeidavenceGrande Prémio dosCaminhos doCinema Coimbra | P2