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Operação na Bolsa de Valores A Petrobras concluiu, em maio, oferta de títulos no mercado internacional (Global Notes) no montante de US$ 11 bilhões. A captação constituiu-se de títulos com vencimentos em 2016, 2019, 2023 e 2043, com taxas fixas e flutuantes. Em apenas um dia a demanda superou US$ 42 bilhões, com mais de duas mil ordens de investidores. O custo e o prazo médios foram de 3,79% e 10,37 anos, respectivamente. Estes números conferem à operação o título de maior emissão de dívida corporativa em dólares de mercados emergentes e a quinta maior do mundo. Os títulos foram comprados por investidores dos EUA (73%), Europa (17%), Ásia (7%) e outros (3%). Os recursos captados serão utilizados para financiar os investimentos da companhia. O sucesso da transação aponta a confiança dos investidores nos fundamen- tos da empresa e no compromisso de manutenção do grau de investimento. A transação segue alinhada à estratégia da Petrobras de acessar o mercado de dívida em dólares uma vez ao ano. Por que as captações são importantes Com as oportunidades de crescimento advindas das últimas descobertas, em especial o pré-sal, temos pela frente uma série de projetos rentáveis a serem desenvolvidos. A principal fonte de recursos para estes investimentos é a gera- ção operacional de caixa, porém é necessário recorrer também a empréstimos, que figuram como a segunda maior fonte de recursos. Nosso atual Plano de Negócios e Gestão prevê a captação anual bruta de US$ 12,3 bilhões. Nos últimos anos, verificamos uma melhora em nos- sa avaliação de risco pelas agências de rating, acompanhada de uma redução do custo de captação. Captação de US$ 11 bilhões no mercado de capitais Setembro 2013 nº 39 www.petrobras.com.br/ri DESTAQUES Pagamento aos acionistas A terceira e última parcela da remuneração aos acionistas da Petrobras referente ao exercício de 2012 foi paga dia 30/08/2013. Os pagamentos foram efetuados sob a forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), com base na posição acionária de 29 de abril de 2013: R$ 0,13719 por ação ordinária (ON) e R$ 0,39443 por ação preferencial (PN). Programa para fornecedores atinge R$ 6 bi O Programa Progredir, criado pela Petrobras para agilizar e am- pliar a oferta e reduzir o custo de financiamento de capital de giro para seus fornecedores, completou dois anos de atividades. Foram realizadas 1.200 operações, destinando R$ 6 bilhões a 510 empre- sas. Na antecipação de faturas, o volume foi de R$ 400 milhões em 1.070 operações junto a 140 fornecedores. Novo navio O petroleiro Zumbi dos Palmares foi a quinta embarcação entregue pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, como parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). O navio, que teve viagem inaugural em maio, foi construído no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, e tem capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo, o equivalente a quase metade da produção diária nacional. Refinarias Premium A Petrobras assinou duas cartas de intenções para os projetos das refinarias Premium, com o objetivo de estudar a viabilidade de joint ventures. Com a empresa chinesa Sinopec o foco é a Refinaria Premium 1, no Maranhão, e com a coreana GSE é a Premium 2, no Ceará.

Petrobras em Ações 39

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Confira a edição do Jornal do Acionista - Petrobras em Ações Edição Nº 39 - Setembro de 2013

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Page 1: Petrobras em Ações 39

Operação na Bolsa de Valores

A Petrobras concluiu, em maio, oferta de títulos no mercado internacional (Global Notes) no montante de US$ 11 bilhões. A captação constituiu-se de títulos com vencimentos em 2016, 2019, 2023 e 2043, com taxas fixas e flutuantes.

Em apenas um dia a demanda superou US$ 42 bilhões, com mais de duas mil ordens de investidores. O custo e o prazo médios foram de 3,79% e 10,37 anos, respectivamente. Estes números conferem à operação o título de maior emissão de dívida corporativa em dólares de mercados emergentes e a quinta maior do mundo.

Os títulos foram comprados por investidores dos EUA (73%), Europa (17%), Ásia (7%) e outros (3%). Os recursos captados serão utilizados para financiar os investimentos da companhia. O sucesso da transação aponta a confiança dos investidores nos fundamen-tos da empresa e no compromisso de manutenção do grau de investimento. A transação segue alinhada à estratégia da Petrobras de acessar o mercado de dívida em dólares uma vez ao ano.

Por que as captações são importantes

Com as oportunidades de crescimento advindas das últimas descobertas, em especial o pré-sal, temos pela frente uma série de projetos rentáveis a serem

desenvolvidos. A principal fonte de recursos para estes investimentos é a gera-ção operacional de caixa, porém é necessário recorrer também a empréstimos,

que figuram como a segunda maior fonte de recursos.Nosso atual Plano de Negócios e Gestão prevê a captação anual bruta

de US$ 12,3 bilhões. Nos últimos anos, verificamos uma melhora em nos-sa avaliação de risco pelas agências de rating, acompanhada de uma

redução do custo de captação.

Captação de US$ 11 bilhões no mercado de capitais —

Setembro 2013 • nº 39www.petrobras.com.br/ri

DESTAQUES

Pagamento aos acionistasA terceira e última parcela da remuneração aos acionistas da Petrobras referente ao exercício de 2012 foi paga dia 30/08/2013. Os pagamentos foram efetuados sob a forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), com base na posição acionária de 29 de abril de 2013: R$ 0,13719 por ação ordinária (ON) e R$ 0,39443 por ação preferencial (PN).

Programa para fornecedores atinge R$ 6 biO Programa Progredir, criado pela Petrobras para agilizar e am-pliar a oferta e reduzir o custo de financiamento de capital de giro para seus fornecedores, completou dois anos de atividades. Foram realizadas 1.200 operações, destinando R$ 6 bilhões a 510 empre-sas. Na antecipação de faturas, o volume foi de R$ 400 milhões em 1.070 operações junto a 140 fornecedores.

Novo navioO petroleiro Zumbi dos Palmares foi a quinta embarcação entregue pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, como parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). O navio, que teve viagem inaugural em maio, foi construído no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, e tem capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo, o equivalente a quase metade da produção diária nacional.

Refinarias PremiumA Petrobras assinou duas cartas de intenções para os projetos das refinarias Premium, com o objetivo de estudar a viabilidade de joint ventures. Com a empresa chinesa Sinopec o foco é a Refinaria Premium 1, no Maranhão, e com a coreana GSE é a Premium 2, no Ceará.

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Resultados do 1º semestre de 2013—

Nosso lucro líquido, no 1º semestre de 2013, alcan-çou R$ 13,9 bilhões, um crescimento de 77% em relação ao mesmo período de 2012. Este aumen-

to se deveu ao maior lucro operacional (+23%) e à re-dução dos impactos cambiais no resultado financeiro. O maior resultado operacional foi em função, principal-mente, dos reajustes dos preços do diesel e da gasoli-na, aumento da produção de derivados, menores baixas de poços secos e subcomerciais e desinvestimentos.

No 2º trimestre, o lucro operacional foi 13% superior ao do 1º trimestre de 2013 refletindo, especialmente, os ganhos com a venda de ativos na África. O lucro líquido ficou 19% menor, principalmente em função do resulta-do financeiro negativo, impactado pela desvalorização do real frente ao dólar.

A produção de petróleo e gás natural totalizou 2,5 mil barris/dia no semestre, 3% menor que o ante-rior, consequência do declínio natural dos campos e da concentração de paradas programadas nesse período. No comparativo trimestral (2T13 vs 1T13), a produção ficou estável, de acordo com o planejado.

A produção de derivados no país aumentou 8% no semestre, resultante de melhor performance operacio-nal das refinarias, possibilitando atender ao crescimen-to da demanda interna de 6%, com redução de 19% na importação de derivados.

Obtivemos resultados positivos de nossos progra-mas estruturantes, como por exemplo, a economia de R$ 2,9 bilhões proporcionada pelo Programa de Oti-mização dos Custos Operacionais (PROCOP) e o incre-mento de R$ 1,9 bilhão no resultado e de R$ 3,4 bilhões no caixa, decorrentes da venda de ativos na África, no âmbito do Programa de Desinvestimentos (PRODESIN).

Em maio, adotamos a contabilidade de hedge, a fim de tornar o resultado financeiro menos volátil e o lucro líquido mais representativo do efetivo desempenho operacional, através da relação de hedge entre as expor-tações futuras e o endividamento exposto ao câmbio. A extensão desta norma permitiu que perdas cambiais de R$ 8 bilhões, relativas a cerca de 70% do endivida-mento líquido exposto à variação cambial, fossem con-tabilizadas no Patrimônio Líquido neste trimestre.

Os investimentos no semestre totalizaram R$ 44,1 bi-lhões, sendo 54% em Exploração e Produção.

Em mil barris de óleo equivalente/dia 2T 13 1T 13 Variação

Produção total de petróleo, LGN e gás natural 2.555 2.552 0%

Produção de petróleo e LGN no Brasil 1.931 1.910 1%

Produção total de derivados 2.138 2.127 1%

Exportação líquida de petróleo e derivados -349 -454 -23%

Utilização da capacidade nominal das refinarias (Brasil) 99% 98% 1%

Participação do óleo nacional na carga processada 79% 83% -5%

Resultados Operacionais

Em R$ Milhões 2T 13 1T 13 Variação

Vendas líquidas 73.627 72.535 2%

Lucro bruto 18.708 18.856 -1%

Lucro operacional* 11.107 9.849 13%

Lucro líquido 6.201 7.693 -19%

Lucro líquido por ação (R$) 0,48 0,59 -19%

EBITDA ajustado 18.091 16.231 11%

Valor de mercado (controladora) 200.864 228.203 -12%

Total de investimentos 24.344 19.769 23%

Endividamento líquido 176.280 150.673 17%

Dívida líquida/EBITDA ajustado 2,57 2,32 11%

Dívida líquida/Capitalização líquida 34,0% 31,0% 10%

* Lucro antes do resultado financeiro, das participações e impostos.

Dados Econômico-Financeiros

PERÍODOPETROBRAS ON

(PETR3)PETROBRAS PN

(PETR4)IBOVESPA

Nos últimos 10 anos(30/06/03 a 30/06/13)

113,09% 154,28% 265,83%

No último ano(30/06/12 a 30/06/13)

-21,64% -11,34% -12,69%

Variação Nominal das Ações (BM&F Bovespa)

PETR3 PETR4 IBOVESPA

113,09% 154,28% 265,83%

0

200

400

600

800

1000

Jun-03 Jun-05 Jun-07 Jun-09 Jun-11 Jun-13

(Número índice = 100 em 30/06/2003)

Evolução das Ações (BM&F Bovespa): PETR3 e PETR4

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Plataforma P-63

A plataforma P-61, do tipo TLWP (Ten-sion Leg Wellhead Plataform) ou ‘pla-

taforma de pernas tensionadas’, a primeira construída no país e a ser utilizada pela Petrobras, está em fase de finalização em Angra dos Reis (RJ). A previsão é de entrar em operação no final do ano. A plataforma será instalada no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, e atuará junto à pla-taforma P-63, com capacidade para pro-cessar 140 mil barris/dia de óleo e com-primir 1 milhão de m3/dia de gás.

O projeto prevê perfuração, completa-ção e interligação destas plataformas a 30 poços produtores de petróleo. Toda a pro-dução da P-61 será transferida para a P-63, responsável pelo processamento, armaze-namento e transferência do óleo extraído.

O uso deste novo tipo de plataforma permitirá que o controle dos poços de petróleo, a cerca de mil metros de lâmina d’água, se desenvolva na superfície, não precisando da intervenção de robô subma-rino, de custo mais alto.

Plataforma P-61

Na 11ª Rodada de Licitações promovida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás

Natural e Biocombustíveis (ANP), em maio, arrematamos, integralmente ou em parce-ria, 34 dos 289 blocos leiloados. Além dis-so, oferecemos a maior parcela de bônus de assinatura, sendo o total investido pela Petrobras e parceiros de R$ 1,5 bilhão.

Na avaliação de nossos técnicos, adqui-rimos os blocos marítimos de maior poten-cial exploratório, localizados nas bacias da

Foz do Amazonas, Espírito Santo e Barrei-rinhas. Na aquisição de blocos terrestres investimos, prioritariamente, na Bacia do Parnaíba, buscando acumulações de gás natural. Nossa estratégia está alinhada aos objetivos definidos no Plano de Negócios e Gestão de incorporar novas áreas explo-ratórias para recomposição contínua do portfólio, de forma a garantir os volumes necessários para a sustentabilidade de nossa curva de produção futura.

Inovação: Plataforma de Pernas Tensionadas no Brasil—

Óleo leve na Bacia de Sergipe

Anunciamos, em agosto, duas descobertas de óleo leve (de melhor qualidade) em águas profundas da Bacia de Sergipe. As comprovações foram feitas através dos resultados

da perfuração do primeiro poço de extensão ‘Farfan 1’, em parceria com a IBV-BRASIL, e do poço de extensão ‘Muriú 1’, na qual a Petrobras é detentora de 100%.

PRÉ-SAL MAIS ECONÔMICO

Um estudo inédito realizado pelo Cenpes (o Centro de Pes-

quisas da Petrobras) verificou que a água produzida nos campos do pré-sal da Bacia de Santos será menos ácida que o previsto e, por-tanto, a corrosão será menor. Com isso, a companhia poderá selecio-nar metalurgia mais adequada à construção dos próximos poços não-injetores.

Estima-se uma economia de cerca de R$ 500 milhões com a tro-ca de materiais. Além da redução de custos, a substituição permitirá menor prazo de fornecimento e aumento do conteúdo local.

Petrobras arremata o maior número de blocos em leilão da ANP

Page 4: Petrobras em Ações 39

Graça Foster, presidente da Petrobras

Mais investimentos em capacitação e infraestrutura

A Petrobras e a FIRJAN/SENAI assinaram convênio para o desenvolvimento de simuladores e ambientes virtuais

para capacitação de profissionais em atividades da indústria de óleo e gás. Serão 14 novos equipamentos nos próximos cinco anos, que ficarão no Rio de Janeiro, num investimento de R$ 83,6 milhões.

Em outra frente, a companhia e a UFRJ/Coppe inaugura-ram, também no Rio, um conjunto de três laboratórios, cujo investimento foi de cerca de R$ 17 milhões. O objetivo é buscar soluções para a exploração no pré-sal.

PAINEL DE NOTÍCIAS

Graça Foster é destaque na revista Forbes

A presidente Graça Foster foi apontada pela Forbes como a mulher mais poderosa no setor de negócios

do Brasil, ficando em terceiro lugar no ranking mundial. A classificação teve como base a receita da empresa, valor de mercado, presença na mídia e impacto na área de atuação. A revista destacou que Graça Foster “desempenha um papel central” no desenvolvimento da

Petrobras e afirmou que ela “deve trazer bons resultados este ano”.

Além disso, a presidente tam-bém já foi citada como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela Time e eleita uma das mais poderosas do

mundo dos negócios pela Fortune, ficando em

primeiro entre as exe-cutivas que atuam fora dos EUA.

Informativo publicado pela Gerência Executiva de Relacionamento com Investidores da Petrobras • Gerente executivo: Theodore Helms • Jornalista responsável: Orlando Gonçalves Jr.MTb-MA 993 • Colaboração: Izabel Ramos, Fernanda Bianchini, Daniela Ultra, José Roberto Darbilly e Luan Barbosa (estagiário) • Projeto gráfico e diagramação: Estúdio Matiz.

Atendimento ao Acionista:Av. República do Chile, 65/Sala 1002 – Centro • Rio de Janeiro – RJ – Brasil • CEP 20031-912 Telefones: 0800 282 1540 e (21) 3224-1540 • Fax: (21) 2262-3678 • E-mail: [email protected] • Site: www.petrobras.com.br/ri

Etanol de segunda geração a caminho

A Petrobras pretende lançar um novo combustível renovável no mercado, em 2015: o etanol de segunda geração, feito

a partir do aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar. Essa tecnologia, desenvolvida pela própria companhia, foi testada com sucesso durante a Conferência Rio+20 e já recebeu uma premiação da Câmara de Comércio Americana (Amcham).

O Brasil é um grande produtor de etanol e possui disponibi-lidade de bagaço, isto é, tem potencial para a produção comer-cial do novo combustível. Essa tecnologia permite aumento de até 40% da produção na mesma área de plantio, reduzindo a necessidade de ampliação dos canaviais. O modelo de negó-cio será implantado nas usinas de primeira geração, buscando sinergia no processo produtivo.