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A Telemedicina a favor da saúde pág. 27 Os impactos da reforma trabalhista para o médico - pág. 6 Revista do SIMESC - Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina Edição nº 156 - mai/jun/jul/ago 2017 - www.simesc.org.br - [email protected] Rua Coronel Lopes Vieira, 90 - Centro - Florianópolis - SC - CEP: 88015-260 FILIADO À FEDERAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA Médico filiado é Sindicato fortalecido Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT. SIMESC Plus Mais benefícios e vantagens para os associados e familiares! – pág 05 Problemas diários no sistema são resultado do subfinanciamento e má gestão de recursos O DESCONTROLE NA GESTÃO EM SAÚDE INTERESSA A QUEM? O DESCONTROLE NA GESTÃO EM SAÚDE INTERESSA A QUEM?

pág 05 pág. 6 O DESCONTROLE NA GESTÃO EM SAÚDE … · A Assessoria Previdenciária, aten - dida por um escritório especiali-zado na área, realizou 1.215 aten-dimentos e atuou

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A Telemedicina a favor da saúde pág. 27

Os impactos da reforma trabalhista para o médico - pág. 6

Revista do SIMESC - Sindicato dos Médicos do Estado de Santa CatarinaEdição nº 156 - mai/jun/jul/ago 2017 - www.simesc.org.br - [email protected] Coronel Lopes Vieira, 90 - Centro - Florianópolis - SC - CEP: 88015-260

FILIADO À FEDERAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA

Médico filiado é Sindicato fortalecido

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SIMESC PlusMais benefícios e vantagens para os associados e familiares! – pág 05

Problemas diários no sistema são resultado do subfinanciamento e má gestão de recursos

O DESCONTROLENA GESTÃO EM SAÚDE INTERESSA A QUEM?

O DESCONTROLENA GESTÃO EM SAÚDE INTERESSA A QUEM?

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SIMESC SINDICATO DOS MÉDICOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Rua Coronel Lopes Vieira, 90 | Florianópolis | SC

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Pág Revista.indd 1 12/09/2017 14:12:51

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EDITORIAL

SIMESC

Conselhos, Associações, Acade-mias, Sociedades de Especialidades e Sindicatos têm papel importantís-simo para que possamos praticar a medicina. Apesar de informações disponibilizadas com grande fre-quência pelas entidades médicas nacionais e locais, muitos médicos desconhecem o papel de cada insti-tuição na representatividade e defe-sa profissionais. No que se refere ao compromisso do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina, somos um grupo de mais de 100 dirigentes médicos em todas as regiões do Estado que têm como propósito primordial a defe-sa dos interesses da categoria, que abrange a busca por melhores con-dições de trabalho e remuneração em todas as relações de trabalho do médico, ou seja, nas esferas pública e privada. O SIMESC é uma entidade diferen-ciada de outros sindicatos. Nossos dirigentes não são remunerados e a manutenção da entidade é feita em quase que sua totalidade, pela con-

tribuição dos médicos associados. Para disponibilizarmos aos médicos serviços de qualidade, buscamos no mercado os profissionais mais bem preparados e especializados para nos assessorem nas áreas da previdência, defesa médica pro-fissional, direito trabalhista, direi-to coletivo do trabalho, assessoria contábil (responsável por folha de pagamento, declaração de imposto de renda, livro caixa, contabilidade de empregados, entre outros benefí-cios) e assessoria de comunicação e imprensa (responsável pela assesso-ria do Sindicato, elaboração de con-teúdo como revista, boletins e site, apoio às demandas da Assessoria Jurídica em atendimento a médicos filiados, entre outras atividades). Nesses mais de 35 anos de atuação, conseguimos solidificar o nome da entidade, o que nos permite assegu-rar aos médicos a retaguarda neces-sária para lidar com as negociações que nem sempre são fáceis e rápidas como gostaríamos. Mas precisamos de mais. Precisa-

mos reforçar o grupo de médicos li-gados ao SIMESC e principalmente, precisamos que os médicos compre-endam que o nosso Sindicato nunca esteve atrelado a politicagens. Tra-balhamos em defesa de toda a ca-tegoria profissional. Uma situação resolvida nos credencia para conti-nuarmos nossa missão. Somos defensores dos médicos e da boa prática médica. No atual e inse-guro sistema de trabalho, não pode-mos fazer nada sozinhos. O SIMESC é uma maneira de unirmos forças e reforçarmos a imagem da nossa ca-tegoria. Mesmo que você, colega médico, não consiga observar o Sindicato como uma entidade que vai lhe be-neficiar, lembre-se que somos mais de 13 mil médicos em atuação em todo o Estado e que a nossa força será do tamanho da nossa represen-tação. Ampliemos o espírito de grupo. Va-mos nos alinhar e aliar. O SIMESC está te esperando!

A Diretoria

uma representatividade diferenciada

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03 – Editorial

05 – SIMESC Plus | Assessorais SIMESC prestam contas

06 – Os impactos da Reforma Trabalhis-ta para o médico08 – Artigo Jurídico Trabalhista

09 – Regionais SIMESC

11 – Centro cirúrgico concluído com ajuda da comunidade

12 – Acadêmicos

13 – Residência Médica

14 – FEMESC reúne médicos e estudantes em Blumenau

16 – O descontrole na gestão em saúde interessa a quem?20 – Artigo Médico: Sífilis

21 – Artigo Comunicação

22 – Artigo Previdência

24 – Artigo Jurídico

26 – Artigo Economia

27 – Artigo Médico: Telemedicina28 – Pelo Brasil

30 – Obituário | Endereço sedes

31 – SIMESC Presente

32 – SIMESC Recomenda

33 – Ficha de filiação

35 – Além da medicina

ÍNDICE

Revista do SIMESC nº 156 - publicação quadrimestral do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina - maio | junho | julho | agosto– 2017CNPJ: 838637887/0001-42Jornalistas responsáveis: Camila Spolti Pereira e Carla Cavalheiro Estagiário de Jornalismo: Afonso Bueno JúniorMatéria de capa: Fabrício Escandiuzzi – apoio de reportagem: Carla CavalheiroEdição: Carla Cavalheiro Colaboração: diretoria executiva, diretorias regionais, coordenação, assessorias e servidores SIMESC, fotojornalista Rubens Flôres, Vanessa Martins (Dieese)Revisão: Giane Jacques Antunes SeveroDiagramação: Júlia SonciniTiragem: 6.500 mil exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Vânio Cardoso Lisboa Vice-presidente: Leopoldo Alberto Back Secretária Geral: Zulma Sueli Carpes da Natividade 1ª Secretária: Vanessa Andrea de Souza Baulé 2ª Secretária: Giovana Gomes Ribeiro Tesoureiro Geral: Gilberto Digiácomo da Veiga 1º Tesoureiro: Fábio Alves Schneider Dir. de Com. e Imprensa: César Augusto Ferraresi Dir. de Relações Intersindicais: Fabrizio Prazeres Liberato Dir. Ass. Sociais e Culturais: Nadja Aline Volkmann Dir. de Ass. Jurídicos: Renato José Alves de Figueiredo Dir. Adj. de Ass. Jurídicos: João Batista Bonnassis Junior Dir. Form. Sind. e Sócio Econ.: Fernão Bittencourt Cardozo Dir. Saúde do Trabalhador: Aury Jorge Faresin Dir. Patrimônio: Flávio Luiz Vieira Dir. Informática: Marcelo Rogelin Dir. Apoio ao Graduando Medicina: Oscar Cardoso Dimatos Dir. Apoio ao Pós-graduando em Medicina: Daniel Holthausen Nunes Dir. Previdência e Seguros: Person Antunes de Souza Cons. Fiscal Titular: Marilia Susane Birck e : Maria Manoela Wartha de Paiva Estrella Cons Fiscal Suplente: Evaldo dos Santos; Cor Mariae Lima e Daniel Petkov

EXPEDIENTE

DIRETORIAS REGIONAIS

REGIONAL AraranguáPresidente: Stefânio Napoli Oliveira Secretário: Alexandre Duarte de Godoi Tesoureiro: Andrea Souto Silva Aguiar REGIONAL Balneário CamboriúPresidente: Delmo Dumke Secretário: Pedro Alves Cabral Filho Tesoureiro: Renato Chaves Vargas Dir. Apoio Graduando em Medicina: Abel Fernando Rech REGIONAL BlumenauPresidente: Carlos Roberto Seara Filho Secretário: Jaime Celso Gonçalves Tesoureiro: Alberto Pereira de Carvalho Dir. Apoio ao Graduando em Medicina: Cleomar Orlando Aigner Dir. Apoio ao Pós-graduando em Medici-na: Gilberto Nicocelli REGIONAL BrusquePresidente: Laércio Cadore Secretário: Charles Machado Tesoureiro: André Karnikowski REGIONAL CaçadorPresidente: Cláudio Rogério Araldi Secretário: Eduardo Barbosa Lopes Tesoureiro: Jose Roberto Queiroz REGIONAL Canoinhas

Presidente: Juliano Brasil Secretário: Ricardo de Oliveira Dreweck Tesoureiro: Edson Flavio Colla REGIONAL Centro OestePresidente: Gilmar Kruker Secretário: Marcos Antônio Machado de Farias Tesoureiro: Auredy Antonio Sella Aguiar REGIONAL ChapecóPresidente: Fabiano Winckeler Tesoureiro: Jackson Bossoni Mendes Dir. Apoio ao Graduando em Medicina: Arlete Ferrari Rech Medeiros REGIONAL Extremo OestePresidente: Romar Virgílio Pagliarin Júnior Secretário: Antonio Marcos W. Duarte Tesoureiro: Cláudio Demetro Graciolli REGIONAL ItajaíPresidente: Mauro Cesar A. Machado Secretário: Daniel Buchatsky Tesoureiro: Marcio Azevedo Moraes Dir. Apoio ao Graduando em Medicina: Miriam de Sousa F. A. Machado REGIONAL Jaraguá do SulPresidente: Jonas Clair Vavassori Secretário: João Constâncio de Albu-querque Filho Tesoureiro: Maxwell Jorge de Oliveira

REGIONAL JoaçabaPresidente: Marcos André Walter Franca Secretário: Francisco Otavio Alves Loraschi Tesoureiro: Agamenon Hulse de Bittencourt Dir. Apoio ao Graduando em Medicina: Roberto Zilio REGIONAL JoinvillePresidente: Tanise Balvedi Damas Secretário: Carlos Augusto Fischer Tesoureiro: Suzana Maria Menezes de Almeida Dir. Apoio ao Graduando em Medicina: Cassiano Goncalves Ucker Dir. Apoio Pós-graduando em Medicina: Douglas Muniz Barbosa REGIONAL LagesPresidente: Aureo Renato Matias de Souza Tesoureiro: Murilo Dalponte REGIONAL LagunaPresidente: Odimar Pires Pacheco Secretário: Garibaldi Monteiro Bastos Tesoureiro: Odilon Gomes de Assump-ção Filho REGIONAL MafraPresidente: Denis Griep Carvalho Secretário: Gabriel Kubis

Tesoureiro: Alexandre Schuster Neumann REGIONAL Médio ValePresidente: Roberto Amorim Moreira Secretário: Lothar Stange Tesoureiro: Alfredo Nagel REGIONAL Rio do SulPresidente: Alexandre de Castro Robles Secretário: Janine Allassia Drebes Melo Tesoureiro: Roberto Coppi REGIONAL São Bento do SulPresidente: Jackson Goto Secretário: Hoiti Okamoto Tesoureiro: Antonio Joaquim Tomazini Filho REGIONAL Tubarão Presidente: Cleberson Jose Garcia Secretário: José Antônio Rosso Tesoureiro: Vicente Corrêa Costa Dir. Apoio ao Graduando em Medicina: José Nixon Batista REGIONAL VideiraPresidente: Carlos Eduardo Waltrick Secretário: Agostinho Julio Bernardi Tesoureiro: Lúcio Mauro de Souza REGIONAL XanxerêPresidente: Edmar Romano Secretário: Luiz Carlos Schaedler Tesoureiro: Flávio Filappi

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SIMESC PLUS

Com o objetivo de oferecer um atendimento completo ao filiado, o SIMESC conta com diversos ser-viços de assessoria que apresen-tam o relatório de atividades do primeiro semestre.Integrada por advogados espe-cializados em Direito Médico, a Assessoria Jurídica fez 4.865 atendimentos incluindo defesas, audiências e perícias. Em relação aos processos, o sucesso foi de 85% dos atendimentos. As especialida-

des mais defendidas nesse período foram obstetrícia e ortopedia.“Poder contar com a expertise de quem só atua na área do Direito Médico é um fator muito impor-tante e que o médico que ainda não é filiado deve levar em con-sideração”, comenta o diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Renato Figueiredo.A Assessoria Previdenciária, aten-dida por um escritório especiali-zado na área, realizou 1.215 aten-

dimentos e atuou em 160 casos de pedido de benefícios e administra-tivos. Atualmente conta com 60 novos casos em andamento.A Assessoria Contábil produziu 25 folhas de pagamentos para os mé-dicos e 27 homologações de reci-sões de contrato de trabalho.“Temos uma equipe muito capaci-tada e os filiados devem aproveitar estes serviços”, declara o tesourei-ro geral, Gilberto Digiácomo da Veiga. •

Assessorias do SIMESC prestam contas de suas atividades

Mais benefícios e vantagens para os associados e familiares!

A partir de setembro, os médi-cos filiados ao Sindicato passam a contar com um novo serviço. O SIMESC Plus é um clube de bene-fícios com empresas parceiras para que os médicos tenham acesso a serviços e produtos variados. O benefício poderá ser desfruta-do pelos médicos filiados e em dia com a contribuição e também pelos recém-formados em medicina, até 90 dias após a formatura. Os só-cios vitalícios também têm direito

a usufruir dos benefícios promo-vidos pelos parceiros do SIMESC Plus.Um diferencial do SIMESC Plus é que esposos(as) ou companheiros(as), filhos de qualquer idade e menores que são de guarda do associado ao sindicato, têm direito a usufruir do programa. Faça contato com a entidade pelo E-mail [email protected] ou pelo telefone 0800 644 1060 em horário comercial, de segunda a

sexta-feira para solicitar a emis-são de sua identificação e imedia-tamente, comece a usar o serviço. Caso em sua cidade tenha alguma empresa que seja de interesse para firmar parceria com o sindicato, faça contato também. Informações sobre os parceiros SIMESC Plus na página 2 desta revista e também no site www.si-mesc.org.br. Atualize seu e-mail para que você receba informações sobre esse benefício. •

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ESPECIAL

Os impactos da reforma trabalhista para o médico Sancionada pelo presidente Michel Te-mer em julho, a Lei nº 13.467/17 (Re-forma Trabalhista) entra em vigor em meados de novembro. As mudanças irão interferir na vida dos mais de 30 milhões de trabalhadores brasileiros contratados pelo regime  de  Consoli-dação de Leis Trabalhistas (CLT), in-cluindo os médicos.  De acordo com o diretor de Assuntos

Jurídicos do SIMESC, Renato Figuei-redo, algumas alterações regularizam atividades vivenciadas pela categoria médica. "Para aqueles médicos que exercem  sua profissão de forma au-tônoma, em clínicas e consultórios particulares,  em que provavelmente terão  uma  relação  de empregador, também é importante estarem alertas à  nova legislação. Em caso de dúvi-

das os filiados devem procurar a nossa Assessoria Jurídica  que  é capacitada para orientações" acrescenta.A Revista SIMESC selecionou as prin-cipais mudanças que devem impactar na profissão do médico. Confira: 

Vanessa de Almeida: o teletrabalho é uma realidade (foto: Afonso Bueno Júnior)

O artigo 59 prevê a jornada limite de até 8 horas/dia ou 44 horas/semana e 220 horas/mês. Possibilita acordos individuais de 12 horas/dia, desde que haja descanso ininterrupto de 36 horas, respeitando o limite de 44 horas/semana e 220 horas/mês.  Esta jornada é rotina na vida do médico, mas agora passa a ser regularizada. Caso o intervalo interjornada (o intervalo de des-canso de 36 horas) não seja respeitado, bem como o intervalo de almoço in-trajornada (durante a jornada de 12 horas), cabe ao médico receber indeni-zação. Com relação aos plantões em feriados e fins de semana, não poderão ser cobrados em dobro, sendo computado como um dia normal de trabalho. 

Foi acrescido na CLT o novo modelo de contrato de trabalho. Antes eram previstos apenas os com prazo de-terminado (aquele que tem data para findar prevista na contratação) e por prazo  indeterminado  (o contrato mais comum, que inicia e não tem uma data específica para seu fim). Agora o novo modelo de contrato de trabalho intermitente prevê  a prestação de serviço, com subordi-nação,  onerosidade  e pessoalidade, porém difere a forma de  habituali-dade  (elementos necessários para caracterização do vínculo emprega-tício).“Esse novo modelo de contratação é muito aplicado aos médicos que

trabalham em plantões avulsos, em que o responsável pela escala – na sua maioria os diretores técnicos, contratam o médico para apenas um plantão, e após um período de tem-po, o chamam novamente para mais um plantão, e assim sucessivamente. Muitas vezes em empresas médicas que fazem eventos, ou até mesmo para poder fechar a escala em um hospital”, explica a advogada da As-sessoria Jurídica do SIMESC, Vanes-sa de Almeida.Na nova legislação, quando o mé-dico é chamado, ele pode ou não aceitar o encargo, e a não aceitação não quebra o vínculo empregatício. As verbas trabalhistas são pagas em

sua totalidade após a realização de cada plantão. O médico também terá direito a férias proporcionais acres-cidas de um terço, 13º salário pro-porcional, recolhimento de INSS e FGTS. Cabe a assinatura da carteira de trabalho profissional e formaliza-ção por escrito, prevendo a forma de contrato de trabalho intermitente.A nova lei garante ao médico o di-reito a usufruir as férias pagas em cada plantão realizado, pois durante um mês por ano o empregador não poderá chamar  o profissional para plantão. O direito a aviso prévio quando uma das partes não mais de-sejar a prestação do plantão avulso habitual é outra garantia prevista.

Contrato de trabalho intermitente

Jornada 12x36

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ESPECIAL

Insalubridade para gestante

Terceirização

Sindicatos

O Teletrabalho  (trabalho a distân-cia)  é uma realidade na medicina, especialmente para a telemedicina em especialidades como radiologia e a dermatologia. Com nova lei, essa prática foi  regularizada.  Entretanto, para que se configure teletrabalho, o médico deve exercer a atividade em local  adverso das dependências do seu empregador, seja em sua residên-cia, consultório particular, ou outro de sua preferência. O fato de o profissio-nal precisar ir algumas horas, ou dias por semana/mês à sede da empresa empregadora, não descaracteriza o te-letrabalho. O teletrabalho é diferente de teleme-

dicina. Este segundo é o exercício da medicina à distância e o primeiro, como citado é o exercício da atividade fora da sede da empresa. A telemedi-cina pode ser ou não na modalidade teletrabalho.“No teletrabalho  são  necessários, além da assinatura da carteira profis-sional, um contrato de emprego, que fará a previsão da forma de trabalho em teletrabalho, especificando as ati-vidades que o médico irá exercer  e quem será responsável pelo equipa-mento profissional a ser utilizado, tais como computadores, impresso-ras, scanners, entre outros”,  orienta a advogada Vanessa. 

O artigo 394 da nova lei diz que a em-pregada gestante ou lactante somente poderá trabalhar em ambiente in-salubre mediante a apresentação de atestado médico que comprove que o ambiente não afetará a saúde ou

oferecerá algum risco à gestação ou à lactação.  Esse ponto impacta tanto as médicas gestantes, quanto todos os profissionais médicos que são em-pregadores. A maioria dos ambientes de exercício da medicina é classifica-

do  como insalubre em grau médio, pela Norma Regulamentadora 15. A alteração torna legal o exercício da profissão na condição em questão, desde que autorizado pelo médico de confiança da gestante. 

Com a reforma da legislação ficou au-torizada a terceirização de atividades fins. Desta maneira hospitais, prefei-turas, por exemplo, podem contratar uma empresa privada para adminis-tração, contratação de pessoal e geren-ciamento da atividade de saúde.  Na

terceirização, o contratante não mais será responsabilizado pelo vínculo, cabendo  a  empresa contratada toda a administração. Caso esteja previsto em contrato, pode haver a ‘quarteiri-zação’.A terceirização é diferente da ‘pejoti-

zação’, muito comum no meio médico, em que  se exige que o profissional te-nha uma pessoa jurídica.  O problema neste caso é que na grande maioria das vezes o  ‘pejotizado’ é contratado por um ente público, em que o vínculo deveria ser por concurso público.

Alguns pontos da reforma excluem os sindicatos de negociações, como é o caso do banco de horas que estava previsto na CLT, porém precisava da autorização dos sindicatos para sua aplicação. Com as mudanças, empre-gadores e empregados podem praticar o banco de horas, desde que respeita-das as regras de sua implantação.A dispensa coletiva que teria que ser antecipada pelo acordo de trabalho e com a nova legislação pode ser re-

alizada  sem a intermediação do re-presentante dos trabalhadores e nem homologação no sindicato é outro ponto visto com preocupação.“Como  os empregados vão  fazer a conferência de créditos e débitos? Ao meu ver este ponto pode ser uma perda para o trabalhador”,  avalia o advogado da Assessoria Jurídica do SIMESC, Alberto Gonçalves. Para ele a extinção da obrigatoriedade do im-posto sindical, pago uma vez ao ano

e equivalente a um dia de trabalho, é mais um fator que poderá prejudicar o celetista. “Os sindicatos têm grande importân-cia na representação dos trabalha-dores e a partir do momento que são excluídos dos processos de negocia-ções pode ocasionar danos aos profis-sionais. Orientamos que mesmo não sendo exigência legal que o médico não deixe de buscar a orientação do sindicato” afirma o advogado. •

Nota da redação: Esta reportagem foi concluída em 20 de agosto e algumas mudanças podem ocorrer por medida provisória antes da Lei entrar em vigor.

Renato Figueiredo: médicos devem estar atentos à nova legislação (foto: Rubens Flôres)

Teletrabalho

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ARTIGO JURÍDICO

A Reforma Trabalhista e o trabalho médico

Polêmica, a reforma trabalhista, tão esperada e também tão temi-da, foi aprovada em todas as casas legislativas do Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da Re-pública, sendo publicada no Diário Oficial da União em 13 de julho de 2017, tornando-se a Lei 13.467, que entrará em vigor após 120 dias, mu-dando definitivamente a realida-de do trabalho no Brasil, trazendo inovações e transformando em lei muito do que era decidido pelos tri-bunais trabalhistas superiores.Para o bem ou para o mal, somen-te os anos vindouros poderão de-monstrar de forma efetiva se as mu-danças aprovadas irão efetivamente impactar a sociedade como vem sendo vendida a ideia pelos mais variados setores políticos de nosso país.Ao médico trabalhador, resta en-tender alguns pontos que podemos elencar como importantes no trato dos contratos regidos pela Consoli-dação das Leis do Trabalho (CLT).

Dentre as principais mudanças es-tão:- O tempo em que o empregado está na empresa, mas não trabalhando (por exemplo aguardando trans-porte, estudando, trocando de uni-forme) não será mais considerado como tempo de trabalho. O tempo utilizado no transporte fornecido pelo empregador também não.- O acordo de compensação e para banco de horas poderá ser feito por acordo individual, sem participação do sindicato.- O sistema de 12 horas de traba-lho, por 36 de descanso, poderá ser combinado sem a participação do sindicato, e o pagamento já abrange-rá domingos e feriados trabalhados, e o trabalho noturno após às 5 horas da manhã.- Os empregados que trabalham a distância, fora da empresa (teletra-balho) não terão direito a horas ex-tras.- Caso o intervalo para refeições de uma hora não seja cumprido, o empregado terá direito apenas ao pagamento da parte que faltou, com acréscimo de 50%, de forma indeni-zatória, sem reflexo em outras par-celas.- As férias poderão ser divididas em até três vezes.- As gestantes poderão trabalhar em atividade insalubre mínima ou média, desde que o médico de con-fiança autorize. Quando não puder atuar, permanecerá recebendo o adicional.- Haverá uma nova modalidade de contratação dos trabalhadores que não atuam continuamente na mesma empresa (trabalho intermi-tente), que serão considerados em-pregados e receberão seus direitos trabalhistas a cada término de ciclo de trabalho.- Não haverá restrições e formalida-des para a empresa criar planos de

cargos e salários ou quadro de car-reira.- Prêmios, abonos, assistência médi-ca não farão parte do salário.-A gratificação de função (por exemplo, diretor técnico) não in-corpora ao salário e poderá deixar de ser paga se o funcionário perder o cargo de chefia.- Haverá uma nova forma de resci-são do contrato, por acordo das par-tes, com pagamento de metade do aviso-prévio e da multa do FGTS, integralmente às demais verbas rescisórias, saque de 80% do FGTS, mas sem seguro-desemprego.- As convenções e os acordos coleti-vos (inclusive sobre jornada a inter-valo) valerão mesmo se houver pre-visão diversa da lei geral, salvo nos casos em que a norma especifica.- Os empregados que recebem mais de R$11 mil/mês poderão assinar documento que transfira a solução do conflito com o empregador da Justiça do Trabalho para algum tri-bunal arbitral.- Haverá critérios específicos para aplicar multas às partes que atua-rem no processo com má-fé e tam-bém às testemunhas mentirosas.- As partes poderão pedir que o juiz homologue acordos realizados fora do processo.Diante da ênfase dada ao negociado na nova legislação, hoje mais do que nunca o papel do Sindicato na pres-tação de assessoramento jurídico ao trabalhador, encontra seu momento mais importante, já que o negocia-do prevalecerá sobre o legislado, sendo imprescindível a busca pelo médico, ao melhor conhecimento de seus direitos como trabalhador.Esperamos que na construção de um País melhor e mais humano, todos os trabalhadores possam en-contrar nesta reforma benefícios, adaptando, mantendo ou negocian-do, melhores condições de trabalho.

Para mais informações e esclarecimentos, procure a Assessoria Jurídica. Agende atendimento pelos telefones (48) 3223 1060 ou 0800 644 1060 e pelo E-mail [email protected].

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REGIONAIS

Lages: SIMESC intermedia negociação e médicos recebem atrasados

Os mais de 80 médicos da emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP), em Lages que estavam há cinco meses recebendo 60% dos vencimentos, tiveram o impasse resolvido após inter-médio do SIMESC. Foram várias tenta-tivas de negociação antes da entidade re-

correr à justiça a fim de garantir o direito dos profissionais, que eram os únicos da unidade hospi-talar que não recebiam a integra-lidade da remuneração.Em audiência de conciliação na 1ª Vara do Trabalho, em julho, re-presentantes da Sociedade Mãe Divina Providência - adminis-tradora do hospital - que alegava não pagar os médicos por atraso de repasse do Estado, se compro-meteram em honrar o compro-misso assim que os valores fos-sem liberados. O financiamento

do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres é divido entre governo federal (50%), Es-tado (32%) e município (18%).“É uma pena que as negociações que de-veriam ser realizadas de maneira privada tenham que vir ao público para que o go-

verno e os administradores do hospital cumpram a sua parte. Vamos continuar alertas ao caso, inclusive acompanhando a renovação do convênio que está encer-rando“, diz o presidente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa.Os médicos participaram de assembleia geral para deliberar sobre greve, mas com o compromisso de pagamento deci-diram manter os serviços.O secretário do SIMESC Regional Lages, Murilo Dalponte, destaca que o HNSP é referência na região, responsável pelo atendimento de 80 municípios, e o enca-minhamento das negociações é uma vitó-ria para médicos e população. “O médico não quer parar de trabalhar e deixar de atender a comunidade. Ele quer é receber os atrasados e diante de um acordo, com data marcada para receber, resolveram dar um voto de confiança aos gestores”. •

Joinville: MP solicita revisão de recomendação sobre teto remuneratórioO Ministério Público de Santa Catarina revogou recomendação de 2014, expe-dida pela 13ª Promotoria de Justiça de Joinville, que visava a redução dos va-lores das remunerações pagas aos servi-dores públicos da cidade que recebiam acima do teto constitucional, indepen-dendo da quantidade de vínculos com a administração pública municipal. Para o SIMESC, a medida é um avanço, tendo em vista que há três anos busca reverter

a situação que atinge os médicos com mais de um vínculo e que não recebiam o valor total por causa do teto remune-ratório. “O promotor felizmente entendeu a si-tuação. Cabe a prefeitura acatar e tomar as providências”, afirma o advogado do SIMESC, Rodrigo Machado Leal que acrescenta que a entidade ingressou com novo pedido liminar em sede re-cursal no mandado de segurança que

tramita no tribunal catarinense.“Recentemente o Supremo Tribunal Fe-deral (STF) definiu que será aplicado o teto de forma isolada em cada um dos vínculos e não somando os dois contra-tos, o que fortalece os argumentos do sindicato. Estamos otimistas e espera-mos que esta questão seja resolvida o quanto antes”, declara a presidente do SIMESC Regional Joinville, Tanise Balvedi Damas. •

Brusque: Secretário do SIMESC assume diretoria clínica do AzambujaO anestesiologista Charles Machado, secretário do SIMESC Regional Brusque, assumiu em maio - para o segundo mandado seguido - o comando do cor-po clínico do Hospital Azambuja. Tem como vice-diretor clínico o radiologista Gustavo Gumz Correia. Sobre o primei-ro mandato, Charles destaca o incenti-

vo à atividade acadêmica no ambiente intra-hospitalar, a abertura de espaços para médicos de outras instituições e a parceria com entidades representativas da área médica. O primeiro Congresso Brusquense de Medicina (2016), com a participação da maioria dos profissio-nais da cidade e palestrantes nacionais,

também é visto como um case de suces-so. “Contamos com uma administração voltada para o futuro que vai ocorrer no hospital e o nosso corpo clínico tam-bém está voltado para isso. Tenho certe-za de que nossa unidade terá resultados brilhantes. Vamos ter muito o que co-mentar do nosso Azambuja”, salienta.•

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REGIONAIS

Mafra: SIMESC protocola Ação Civil Pública contra Estado e SPDMPor meio da Assessoria Jurídica do SIMESC foi protocolado em agosto uma Ação Civil Pública para apura-ção de improbidade administrativa e responsabilização do governador Raimundo Colombo e Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), administra-dora do SAMU, em razão dos fatos

ocorridos em junho, no município de Mafra, quando uma criança mor-reu após aguardar 15 horas para ser transportada por ambulância que estava sem combustível. O governo tentou por intermédio dos órgãos de impressa, responsabilizar os médicos pelo ocorrido.Além disso, está sendo pleiteada in-

denização por danos morais coleti-vos a todos os médicos do Estado que, em razão de informações equivoca-das, acabam por ter sua credibilidade profissional e pessoal colocada em cheque, ao não terem as ferramentas mínimas para o exercício profissio-nal, arcando com responsabilidades que não lhes competem. •

Médicos de Jaraguá decidem aguardar por remuneraçãoMédicos do Hospital e Maternidade Jaraguá, reunidos em assembleia geral convocada pelo SIMESC, de-cidiram dar mais um voto de con-fiança à administração do hospital para que as parcelas referentes à produção médica sejam pagas inte-gralmente sem atrasos a partir de agosto. Entenderam também espe-

rar até final de outubro para uma definição e proposta do hospital em relação ao pagamento dos valores pendentes. Há sete meses o hospi-tal retém uma parcela do pró-labo-re dos médicos para auto custeio o que é uma apropriação de uma verba de caráter alimentar que de-veria ser paga aos médicos. “Com-

preendemos a dificuldade finan-ceira que os hospitais filantrópicos enfrentam, mas não pode ser o mé-dico que está cumprindo com o seu trabalho o responsável a arcar com esta conta”, declara o presidente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa. O hospital é referência na região no atendimento materno-infantil. •

Médicos do HU/UFSC: flexibilização mais próxima de ser resolvidaPode estar próxima do desfecho a flexibilização da jornada de tra-balho dos médicos do hospital da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC). Há mais de um ano o SIMESC e a comissão no-meada para encaminhar esse caso trabalha arduamente para resolver essa questão. Em uma nova reunião o procu-rador da UFSC, Juliano Scherner Rossi, que assessora a Reitoria na análise da autorização da flexibi-lização, explicou que permanece estudando o caso. O diretor de Apoio ao  Graduando em Medici-na do Sindicato e médico do HU,

Oscar Cardoso Dimatos, informou ao procurador que na Universida-de Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, os médicos atuam de forma flexibilizada. Ele entregou a cópia da portaria e uma resolução que a regulamenta como forma de contribuir com os argu-mentos de que é possível implan-tar o mesmo formato em Santa Catarina."Todas as partes envolvidas estão cientes da importância dessa ques-tão para a instituição e estamos otimistas quanto à decisão que deverá ser tomada em breve por parte da reitoria", afirma Oscar. •

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SOCIEDADE EM AÇÃO

Centro cirúrgico é concluído com ajuda da comunidade

Referência no atendimento pediá-trico no Estado, o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis ganhou um novo centro cirúrgico em julho, graças ao empenho de funcionários, comunidade e da As-sociação dos Voluntários do Hospi-tal Infantil (AVOS) que ajudaram fi-nanceiramente. A obra física estava concluída desde 2014, mas faltava estrutura para o centro funcionar e proporcionar que mais cirurgias de pequena, média e alta complexi-dade, além de endoscopias e outros procedimentos fossem realizados. Somados aos recursos do Estado, fo-ram investidos R$ 70 mil arrecada-dos por meio de campanhas e even-tos beneficentes. "Este montante foi utilizado no paga-

mento a empresas para adequações no sistema de ar-condicionado, no-vos circuitos elétricos, adequações de rede lógica e instalação acústica", explica o gerente administrativo do hospital, José Romeu Becker.O Joana de Gusmão passa a ter nove salas e com equipamentos novos, que proporcionam maior segurança na realização dos procedimentos, tanto para o paciente quanto para os profissionais envolvidos. A média de atendimento atual é de 40 pacien-tes/mês e a expectativa é de dobrar este número gradativamente. Um dos fatores para isso é a contratação de novos profissionais para o centro cirúrgico, UTI neonatal e geral.“A ação da comunidade é importan-tíssima quando o Estado não conse-

gue dar uma resposta rápida para as demandas. Agradecemos a todos os envolvidos na realização desta obra, em especial à população catarinen-se por nos apoiar em nossas campa-nhas e à AVOS por sua parceria ao longo de todos estes anos”, encerra José Becker. •

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ACADÊMICOS

A falta de conhecimento sobre as atribuições das entidades médicas é muito comum, especialmente para

o recém-formado. Compreender as diferenças de sindicato, conselho e associação pode contribuir na hora

de buscar a entidade mais adequada para atender a demanda do profissio-nal sem desperdiçar tempo.

Para que servem as entidades médicas?

Quando se trata de defender os interesses trabalhistas dos médicos, buscar melhor remuneração e condições dignas de trabalho o assunto é com o SIMESC, representante legal da categoria, conforme o artigo 8º da Constituição Federal.Em Santa Catarina a entidade, com 35 anos de atuação, conta com 19 diretores executivos, seis conselheiros fis-cais e 75 diretores regionais, que representam cinco mil filiados em todo o Estado. “É no sindicato que o médico encontrará orientações sobre contrato de trabalho, apoio em negociações com gestores públicos, privados e planos de saúde, apuração de denún-cias sobre abusos contra o trabalho médico, além de asses-soria jurídica, contábil, previdenciária e de direito sindical especializadas na área da saúde”, afirma o diretor de Apoio ao Graduando em Medicina, Oscar Cardoso Dimatos.Os médicos recém-formados, após registro no Conselho, tornam-se automaticamente filiados ao sindicato e podem usufruir dos serviços da entidade gratuitamente por 90 dias. Após este período, recebem o boleto para pagamento e decidem se mantêm a  filiação ou não.Nacionalmente os médicos são representados pela Fede-ração Médica Brasileira (FMB) integrada por 16 sindicatos em todas as regiões do país.

Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC)

Associação Catarinense de Medicina (ACM)Promove o desenvolvimento científico e sociocultural. Tem a função de auxiliar os profissionais com atividades que agreguem valor aos seus currículos, como cursos, palestras, congressos e demais eventos científicos. A associação do médico é opcional. No âmbito nacional esta atividade é desenvolvida pela Associação Médica Brasileira (AMB). •

Conselho Regional de Medicina (CRM-SC)Regulamenta e fiscaliza a prática médica, de forma a garan-tir saúde de qualidade à sociedade. Suas funções são: regu-lamentadoras, com a formulação de resoluções e pareceres; fiscalizadoras das condições de trabalho médico em insti-tuições de saúde; judicantes, no recebimento de denúncias e apuração dos casos e abertura de sindicâncias e processos ético-profissionais; cartoriais, com o registro dos profissio-nais e empresas;  ações educacionais com estímulo à educa-ção continuada e políticas para a promoção da saúde.Todo médico que deseja trabalhar no Brasil precisa regis-trar-se no Conselho Regional de Medicina de seu Estado de atuação, exceto os intercambistas que não revalidaram seus diplomas e atuam no programa Mais Médicos. Os CRMs es-tão ligados ao Conselho Federal de Medicina (CFM).

Conselho Superior das Entidades Médicas (Cosemesc)

Em Santa Catarina as entidades médicas há 21 anos criaram o Cosemesc com o objetivo de atuar, em con-junto, em prol da categoria. As entidades que com-põem o Conselho são: SIMESC, ACM, CRM, Sindica-to dos Médicos da Região Sul (Simersul) e a Academia de Medicina de Santa Catarina (Acamesc).

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RESIDÊNCIA MÉDICA

Residência médica x lato sensu: em qual pós-graduação investir?Após a conclusão da graduação o mé-dico que tem interesse em investir em especialização tem as opções da residência médica ou pós-graduação lato sensu. Embora ambas sejam re-conhecidas pelo Ministério da Edu-cação (MEC), apresentam diferenças que devem ser avaliadas de acordo com o objetivo do médico. A residência médica ainda é consi-derada a especialização modelo no Brasil e por meio dela o título de es-pecialista é fornecido ao completar o programa em uma unidade de saúde reconhecida pela Comissão Nacio-nal de Residência Médica (CNRM). “Mesmo com os déficits de vagas e as dificuldades de ingressar na residên-cia essa opção é a escolha da maioria dos graduandos, pela credibilidade e garantia de registro de especialista”, afirma o diretor de apoio ao Médico Pós-graduando em Medicina do SI-MESC, Daniel Holthausen Nunes. Do outro lado, a pós-graduação lato sensu qualifica os conhecimentos teóricos e auxilia para a atuação aca-dêmica, como pesquisadores e pro-fessores, mas não concede o título de especialista. No entanto, de acordo com a Associação de Médicos Pós--graduados do Brasil (AMPOS) nada impede o médico de utilizar as ativi-dades da especialização como pré--requisitos exigidos para a realização da prova de títulos de sociedades li-gadas à Associação Médica Brasilei-ra (AMB). O teste é a outra maneira, além da residência, de conseguir o registro de especialista.Cada sociedade de especialidade de-termina em seus editais as exigên-cias para a realização da prova de

título. Normalmente é exigido um tempo de treinamento e de exercício da profissão, que somados chegam ao dobro do tempo da residência. “O médico que optar pela dermato-logia, por exemplo, levará três anos na residência para receber o título de especialista, mas na pós-graduação terá que realizar durante dois ou três anos o curso e mais três anos de exercício da profissão para então re-alizar a prova de título, o que pode não ser tão vantajoso para o médico”, explica Daniel ao acrescentar que o médico só poderá anunciar especia-lidade quando o título estiver regis-trado no CRM.Risco à vidaPelo menos 12 mil médicos reali-zam cirurgias plásticas no Brasil sem nenhum título de especialização, é o que estima a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Segun-do a entidade, muitos destes usam certificados emitidos por faculdades credenciadas no Ministério da Edu-cação, mas sem validade alguma. No ano passado a atividade destes pro-fissionais sem especialização resul-tou na morte de quatro pessoas no Brasil e 18 na Colômbia, com certifi-cados retirados por médicos colom-bianos no Brasil.A Associação Brasileira de Médicos Pós-graduandos ou Pós-graduados em cursos reconhecidos pelo go-verno federal (ABM-PÓS), enviou ao Ministério da Educação uma lista com sete instituições de ensino que oferecem cursos irregulares na área de medicina. O Ministério da Edu-cação informou que, de fato, esses cursos em questão não são reconhe-

cidos e transferiu a responsabilidade de supervisionar essas instituições para o Ministério Público Federal (MPF).Existe um inquérito aberto no MPF, a pedido da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Inicialmente, o do-cumento foi arquivado pela procura-dora responsável, mas o pedido de arquivamento ainda está em análise pela Câmara de Coordenação e Re-visão, do Ministério Público Federal.Aproximadamente 700 estudantes formam-se por ano em Santa Catari-na. O Estado disponibiliza atualmen-te 850 vagas de residência médica, sendo nas áreas básicas (630) e espe-cialidades (220). No site emec.mec.gov.br são dispo-nibilizadas informações sobre as instituições credenciadas e os cursos superiores autorizados. •

Fonte: Globo CBN e Portal Terra

SIMESC apoia residentesAlém de fortalecer a categoria médica, o médico filiado conta com os serviços de Defensoria Médica 24 horas, as-sessorias jurídica, contábil e previdenciária. Para se filiar ao SIMESC é necessário acessar o site www.simesc.org.br e preencher a ficha de filiação. Médicos residentes têm valor especial na contribuição (R$ 102). Informações pelo E-mail [email protected] ou pelo telefone (48) 3223-1030 / 1060.

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FEMESC

20º FEMESC reúne médicos e estudantes em Blumenau

Aproximadamente 120 médicos e es-tudantes de Medicina participaram nos dias 24 e 25 de agosto do 20º Fórum das Entidades Médicas de Santa Cata-rina (FEMESC). O evento organizado anualmente pelo Conselho Superior das Entidades Médicas (COSEMESC) foi realizado em Blumenau.No primeiro dia de Fórum, na mesa-re-donda ‘Formação Médica’, o presiden-te do Conselho Regional de Medicina (CRM-SC), Nelson Grisard, falou sobre a Avaliação Nacional Seriada dos Estu-dantes de Medicina (Anasem) aplicada desde 2016 aos estudantes do segundo, quarto e sexto ano de medicina.“Além das tradicionais provas curricu-lares e do Enade, agora os estudantes vão passar por esta prova que, a nosso ver, é interessante por ser aplicada de forma progressiva", destaca.Ele apontou que os encaminhamentos com os alunos reprovados no sexto ano ainda não foram definidos e apre-sentou uma pesquisa divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que revela que 91% da população bra-sileira defende que os acadêmicos com mau desempenho no último ano não devem receber diploma e que as insti-tuições que não atingirem parâmetros de qualidade sejam punidas. "A escola tem que ser penalizada, mas o aluno que não tiver capacidade não pode seguir em frente. Não adianta ter a melhor escola do mundo se não tem

o melhor aluno. O aluno faz a escola e é quem deve procurar estudar", defende.O diretor de Apoio ao Pós-graduando em Medicina, do SIMESC, Daniel Hol-tahusen Nunes, abordou sobre as No-vas Regras na Residência Médica. “A Lei do Programa Mais Médicos não se restringiu apenas a trazer intercambis-tas para o país, mas implantou mudan-ças no programa da residência. Entre elas a necessidade de realizar dois anos de treinamento em uma residência da atenção básica", comentou.Outras mudanças são o  cumprimento de pelo menos 30% da carga horária do curso de Medicina no SUS - algo amplamente feito pelas escolas tradi-cionais que têm a prática direta com o paciente desde o início do terceiro ano

do curso e a  equivalência do número de vagas ofertadas em programas de residência com o número de egressos por ano. O diretor da Associação Médica Brasi-leira (AMB) José Luiz Bonamigo Filho acrescentou que, em 2016, foram auto-rizadas mais de 58 mil vagas de resi-dência médica e que destas, 39,5% es-tão ociosas. Na Medicina de Família e Comunidade foram 5.892 vagas no ano passado e 73% ociosas.  "Muitas vezes os programas são muito ruins e os can-didatos não têm interesse. Não adianta abrir as vagas sem qualidade" afirma.Abertura oficialA cerimônia de abertura foi marcada pela presença de lideranças médicas estaduais e nacionais, e autoridades

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FEMESC

políticas. "O FEMESC vem crescendo e estamos cada vez mais discutindo a política médica. O meu sonho é que nos congressos de especialidade te-nham mesas para discutir os proble-mas que envolvam a profissão. Falar de condições de trabalho, remunera-ção e assuntos do dia a dia como estes encontros que estamos fazendo", citou o coordenador do COSEMESC e pre-sidente do SIMESC, Vânio Cardoso LisboaCyro Soncini, secretário de Comuni-cação da Federação Médica Brasileira (FMB), citou que “tivemos momentos difíceis, mas o Brasil está mudando e por isso a importância de médicos e entidades preservarem a união. Juntos estaremos construindo um país me-lhor", declarou.O anfitrião do FEMESC e presidente do SIMESC Blumenau, Carlos Roberto

Seara Filho, enfatizou a importância do médico humano e respeitoso com os pacientes.  "Não precisamos das melhores tecnologias para ser um bom médico e sim respeito e comprometi-mento".Redes SociaisAs ‘Reações e Relações do Mundo Digital às Posturas e Condutas Pro-fissionais dos Médicos’, foi o tema da conferência ministrada pela jornalis-ta Carla Cavalheiro, que entre outras formações, tem MBA em Marketing e Gestão de Redes Sociais. “A ideia não é ensinar ao médico como usar as redes sociais, mas sim, apresentar, por meio de dados, a visibilidade da profissão e o quanto ela repercute e tem alcance em tempos de vivência digital. O médico não pode esquecer da sua responsabili-dade e da regulamentação profissional. Um mau posicionamento afetar em

muito a credibilidade" afirmou.       Carreira Médica No segundo dia do FEMESC, os mé-dicos participaram da mesa-redonda ‘Carreira Médica’. A advogada da As-sessoria Jurídica do SIMESC, Vanessa de Almeida explanou sobre os tipos de contratos médicos. "São várias as possibilidades de contratação e acon-selhamos que os médicos não pensem somente no imediato, mas fiquem atentos às garantias futuras. É preciso planejar a carreira", acredita.Rodrigo Bertoncini, do CRM-SC, co-mentou sobre quatro propostas que tramitam no Congresso Nacional para a implantação da Carreira de Estado para o médico. A mais avançada é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 454/09, de autoria do senador Ronaldo Caiado, que deste agosto de 2016 está pronta para votação em ple-nário.O tema ‘Empreendedorismo na Car-reira Médica’ foi abordado pelo  pre-sidente da Associação Brusquense de Medicina (ABM), Jonas Sebastiany, que citou que a carreira médica pre-cisa ser gratificante. "Reconhecer as limitações e trabalhar em cima delas. Enfrentar e superar", foram as suges-tões do médico que orienta que seja elaborado um planejamento estratégi-co para o sucesso profissional.Coordenação No encerramento do evento os médi-cos fizeram suas contribuições para a elaboração da Carta de Blumenau e Vânio Lisboa passou a coordenação do COSEMESC para Rafael Klee Vas-conscellos, presidente da ACM. O 21º FEMESC será na cidade de Imbituba em 2018. •

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CAPA

O descontrole na gestão em saúde interessa a quem?Problemas diários no sistema são resultado do subfinanciamento e má gestão de recursos

Fabrício Escandiuzzi, especial para a Revista SIMESC Apoio de reportagem e edição: Carla Cavalheiro

Os números são alarmantes e ajudam a explicar o cenário problemático que assistimos quando se fala em saúde pública no Brasil. Levantamen-to do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que entre 2003 e 2016, o Ministério da Saúde (MS) deixou de aplicar cerca de R$ 155 bilhões no Sistema Único de Saúde (SUS). Como comparação, o valor equivale a 147 vezes o que foi gasto na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. O resultado é que o noticiário está repleto de casos de hospitais onde faltam leitos e equipamentos e so-bram histórias angustiantes como a de Rogério Berneau Calixto, morador de Florianópolis que após dois meses de luta, conseguiu marcar um exame oftalmológico para a mãe de 71 anos, que é portadora de diabetes e Mal de Alzheimer. A data da consulta? Junho de 2018. “Realmente não sei mais se ela estará enxergando até lá”, desabafa. Outro termômetro do mau desempe-nho no uso dos recursos disponíveis está nos investimentos. Ou melhor, na falta deles! Os dados apurados pelo CFM junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira (SIA-FI) mostram que, dos recursos au-torizados no orçamento do MS nos

últimos 14 anos, cerca de R$ 113 bi-lhões deveriam ter sido destinados à realização de obras e à aquisição de equipamentos de saúde. No entanto, apenas R$ 46,5 bilhões (41%) foram efetivamente gastos.A falta de investimentos, somada à desvalorização dos funcionários e desatualização da tabela dos procedi-mentos do SUS acabaram por causar essa sequência de problemas no sis-tema de saúde. E estando na ‘linha de frente’, ou seja, no contato direto com o paciente, muitas vezes é o pró-prio médico quem tem que lutar para conseguir as mínimas condições de trabalho para o atendimento. São problemas que vão desde instalações precárias até discrepâncias gigantes-cas da remuneração. "O subfinanciamento é flagrante, mas a má gestão dos recursos em saú-de é um outro ponto que agrava essa situação. Pessoas em cargos públicos precisam ter competência para iden-tificar onde os recursos devem ser aplicados em detrimento do uso polí-tico do cargo”, afirma o presidente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa.Sem estruturaOutro recente estudo do CFM é ain-da mais estarrecedor: das 2.936 uni-dades avaliadas pelo Sistema Nacio-nal de Fiscalização dos Conselhos de

Medicina entre janeiro de 2015 e ju-nho de 2017, 768 apresentam mais de 50 itens em desconformidade com o estabelecido pelas normas sanitárias.“A falta de estrutura é sim um proble-ma grave para a boa prática médica. Está faltando o mínimo necessário. Não são os médicos que não querem trabalhar. São as autoridades sanitá-rias que não permitem. A saída para essa situação passa necessariamen-te pelo financiamento adequado do SUS”, destaca Carlos Vital, presidente do CFM.

36% das unidades não tinham sanitário adaptado para deficientes 15% não tinham sala de expurgo ou esterilização10% não contavam com instalações elétricas e hidráulicas adequadas 18% sem toalhas descartáveis17% sem sabonete líquido8% sem pia ou lavabo276 unidades não tinham sala de espera ou mesmo bancos para os pacientes8% dos locais não existia termômetro57% dos locais sem oftalmoscópio38% sem negatoscópio31% sem otoscópio19% sem estetoscópio

As fiscalizações foram realizadas em 2.007 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 569 ambulatórios, 254 centros de saúde e 106 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

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Histórico: contas reprovadas pela primeira vez! Em 27 anos, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) reprovou pela primeira vez as contas do MS. A entidade afir-ma que a atual gestão não cumpriu em 2016 a aplicação mínima de 15% das receitas no serviço público de saúde. O Relatório Anual de Gestão (RAG) do MS demonstra que o valor gasto em ações e serviços públicos de saúde foi de R$ 106,2 bilhões, o que correspondente a 14,96% do total da Receita Corrente Líquida (RCL) - R$ 253 milhões não foram aplicados. “O SUS está sendo desmontado há pelo menos 15 anos. Os investimen-tos são realizados de maneira equi-vocada. Constroem-se UPAs mas não há dotação orçamentária para a contratação de recursos humanos. Os gestores públicos ‘terceirizam’ e depois não conseguem bancar os

contratos. É uma sequência de equí-vocos e incompetência graves. Não é aceitável faltar, sobrar e nem a má aplicação de recursos na saúde”, des-taca o presidente da Federação Médi-ca Brasileira (FMB), Waldir Araújo Cardoso. Pior do que constatar que o gover-no federal não investiu, é perceber que a burocracia e o despreparo de governantes estaduais e municipais também têm dificultado o funciona-mento do SUS. Bilhões de reais ficam parados e retornam sem a devida uti-lização. Dos R$ 64,3 bilhões repassa-dos pelo MS aos estados e municípios em 2016, cerca de R$ 6,7 bilhões fi-caram parados nos fundos de saúde.Deste total, R$ 4,9 bilhões (73%) es-tavam sob a responsabilidade das prefeituras e não chegaram a ser uti-

lizados. De acordo com o MS esses recursos deveriam ter sido aplicados em ações da atenção básica, como o Saúde da Família (ESF) e Atenção de Média e Alta Complexidade Ambula-torial e Hospitalar (MAC). O MS tenta reverter a situação com o projeto SUS Legal que, desde feverei-ro quando foi implantado, se arrasta para sair do papel. A primeira medi-da foi a redução das modalidades de repasses, que antes eram realizados em seis blocos temáticos. Agora, são feitos em apenas duas: custeio e in-vestimento. Segundo o MS, o novo formato permitirá maior eficiência na destinação dos recursos. Em casos de obras e reformas, por exemplo, a transferência de verbas ocorrerá de forma única e não por etapas como ocorre atualmente.

Orçamento em SC é “interrogação”, confirma secretárioSe no cenário nacional a situação bei-ra o caos, em Santa Catarina não há do que se vangloriar, sendo constran-gedor para esta pujança econômica de destaque nacional. E quem conta detalhes sobre o assunto é o próprio secretário de Estado da Saúde, Vi-cente Caropreso, que afirmou publi-camente que o orçamento da pasta é uma “interrogação” e que as dívidas acumuladas passam dos R$ 700 mi-lhões. Em audiência pública na As-sembleia Legislativa em julho, Caro-preso destacou que R$ 165 milhões referem-se a dívidas contraídas em 2017 com prestadores de serviços. Para saldar os principais compromis-sos e para quitar parte da dívida com os hospitais filantrópicos, seriam ne-cessários pelo menos R$ 200 milhões a mais em caixa.O governo culpa o excesso de de-mandas judiciais e os bloqueios de recursos como grandes vilões das contas públicas. Em 2016 foram R$ 39 milhões em recursos da pasta re-tidos para cumprimento de decisões judiciais. Este ano, o bloqueio chega a R$ 16 milhões. O custo anual da judi-

cialização, no entanto, é em torno de R$ 160 milhões. “As entidades médicas estão a postos para colocar em prática a câmara téc-nica para auxiliar o judiciário e o Es-tado nas questões de judicialização. Os médicos têm mais conhecimento sobre a área e assim, podem avaliar e elaborar protocolos para que esses processos sejam reduzidos, os custos caiam substancialmente e os pacien-tes parem de enfrentar esse proble-ma que por vezes agravam seu estado de saúde e por consequência, geram custos para o Estado tendo em vista que a falta de medicamento agrava a doença. O Estado espera judicializar para pagar mais caro por quê? Para culpar a judicialização pela dívida na saúde? ”, destaca o vice-presidente do SIMESC, Leopoldo Alberto Back. Nos últimos dias de agosto e início de setembro, a redução do horário de funcionamento da emergência do Cepon somada à realização de ci-rurgias eletivas no Hospital Infantil Joana de Gusmão, ambos em Floria-nópolis, tumultuaram mais o cená-rio deste ano, que pode ter somado

também os problemas de repasse aos hospitais filantrópicos, falta de insumos, medicamentos, redução de serviços e outras ações influenciadas por problemas de financiamento em todas as partes do Estado.

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CAPA

Reflete na remuneração? Sim! Os pedidos judiciais e a má gerência de recursos não são os únicos pro-blemas na saúde. O limite de 12% da arrecadação, somando os recursos da União e subtraindo o que é destinado aos municípios, não foi cumprido de forma contínua - desde 2008 - pelo governo catarinense. De acordo com o relatório do Dieese entregue ao SIMESC em agosto, existe uma “ins-tabilidade histórica”: embora esteja numa linha crescente, o Estado fe-chou três anos sem a aplicação míni-ma exigida, o que também reflete na situação atual.O Dieese aponta outro problema: 76% dos médicos ativos e inativos (356) não recebem sequer o piso nacional proposto pelas entidades médicas

(R$ 13.847,93 - 20 horas/semana). A disparidade é tamanha que a média no Estado para quem ganha abaixo deste piso é de R$ 9 mil. Outro grupo, formado por 109 profissionais recebe em média R$ 5 mil acima do piso su-gerido (R$ 18.888,82).“Trabalhar em estrutura precária, com falta de medicamentos, equi-pamentos quebrados, com exames laboratoriais cada vez mais mingua-dos, sob forte pressão, com equipe insuficiente e com grande deman-da, faz o profissional avaliar se vale a pena o desgaste ou se deve investir na medicina privada onde pode ter uma rotina de trabalho sob seu con-trole. Não podemos nos enganar. O médico é um trabalhador e tem o di-

reito de ir atrás do que é melhor para ele. Nos sentimos enxugando gelo”, acrescenta Vânio. De acordo com o Dieese a imple-mentação do piso nacional do mé-dico reduziria as disparidades. Isso poderia ser feito de forma gradativa, por exemplo, ao longo de três anos. O custo mensal adicional para todos os profissionais que recebem abaixo totaliza R$ 1,6 milhão, mais 11,11% referentes a 13º salário, 1/3 de férias e 27,8% de encargos sociais sobre a remuneração, totalizando R$ 2.3 mi-lhões. Anualmente o valor é de R$ 28 milhões. A nova situação representa-ria um acréscimo de 2,61% das des-pesas de pessoal da SES.

Capital investe menor valor em saúde nos últimos seis anosE se no Estado a situação é vexatória com tudo que vem ocorrendo nos últimos tempos, o caminho a ser tri-lhado parece ser o mesmo em alguns municípios catarinenses, principal-mente se for levado em conta o que vem sendo investido na Capital.Florianópolis caminha na contramão em relação à maioria dos municípios e registrou em 2016 o menor volu-me de investimentos no setor desde 2011: R$ 209 milhões. Para efeito de comparação, Chapecó investiu mais de R$ 246 milhões no mesmo perío-do, mesmo com uma população que não chega à metade da que reside na Capital catarinense (Chapecó: 209 mil habitantes – Florianópolis 477 mil habitantes | fonte: IBGE agosto 2017).O principal reflexo disso é observado nas unidades de saúde dos bairros da Capital. Falta de profissionais e de in-sumos e em alguns casos problemas estruturais, comprometem a segu-rança de profissionais e população. No início de 2017, com a intenção

de ‘cortar gastos’, a prefeitura admi-tiu a possibilidade de reorganizar o atendimento em postos de saúde, desativando unidades e centralizan-do o serviço por macrorregiões. Isso significaria maior deslocamento dos moradores para obter auxílio mé-dico. A proposta não avançou pela pressão popular.“A situação na Capital não difere do que é verificado nos outros níveis: nacional, estaduais e municipais. É um processo em cadeia, e que igual-mente sobre pela falta de financia-mento e tem gerenciamento falho. Além das questões de remuneração, a falta de condições de trabalho e a falta de profissionais na escala desa-nimam os médicos da rede, que aca-bam procurando outros locais para trabalhar”, destaca o 2º tesoureiro do SIMESC, Fábio Schneider, médico da rede municipal da Capital. Sobre o que fazer para amenizar a situação, Fábio reforça o discurso citado anteriormente. “É necessário melhorar o financiamento em saúde.

E enquanto isso não ocorre de ma-neira efetiva - porque também sabe-mos que há uma crise e não somen-te a área da saúde está sendo muito afetada -, precisamos ao menos ter pessoas competentes para gerir o que temos”.

Fábio Schneider: Pessoas mais competentes para gerir o sistema enquanto não é resolvida a questão do financiamento em saúde (foto: Carla Cavalheiro)

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CAPA

Os investimentos dos municípios em saúdeSobre os problemas da saúde no Estado, o presidente do  Tribunal de Contas (TCE/SC), conselhei-ro  Dado Cherem, nomeou uma comissão, presidida por Munique Portela, com dois auditores e dois economistas para levantar as dí-vidas da  SES, em atendimento a pedido do procurador-geral de Jus-tiça,  Sandro Neis, formulada após decisão do Conselho Superior do Ministério Público, que sugeriu pro-vidências sobre o setor saúde no Es-tado. O compromisso é de que em

até seis meses esse levantamento esteja concluído. Um dos pontos é que desde o Plano Real, o reajuste da tarifa da água no país foi de 900% contra 90% na tabela de serviços do SUS. Outro dado é que a média das prefeituras destina 24% da receita líquida para o setor, índice muito acima do percentual definido pela Constituição.  Joinville é a cidade com o maior índice: aplicou em mé-dia 41% da arrecadação tributária em 2016 (R$ 623,5milhões), o triplo do que foi desembolsado na Capital.

Mas isso só ocorreu porque a ges-tão municipal precisou apresentar um plano de ação para atender 17 recomendações do TCE/SC como oferta de cursos de formação e cap-tação continuada para os gestores e profissionais da Atenção Básica, inclusão de incentivos à produtivi-dade no Plano de Carreira, Cargos e Salários e a garantia de estrutura física e de que materiais para fun-cionamento das unidades de saúde -, justamente o que não ocorreu na esfera estadual. •

Gastos de saúde por município em SCLAGES2013 102.727.410,912014 110.466.540,352015 115.133.770,492016 119.113.331,33

CHAPECÓ2013 161.781.587,492014 192.975.475,462015 216.256.752,552016 246.392.424,55

FLORIANÓPOLIS2013 235.056.075,052014 254.214.205,692015 286.783.600,642016 209.498.817,56

JOINVILLE2013 462.550.757,722014 529.935.492,402015 583.860.507,692016 623.584.046,85

BLUMENAU2013 257.929.845,422014 335.179.950,122015 334.286.048,902016 350.311.123,04

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ARTIGO MÉDICO

Sífilis, a epidemia silenciosa que desafia a todos

Conhecida desde o final do século XV, a sífilis é uma doença infeccio-sa causada pelo Treponema pallidum, transmite-se durante a relação sexu-al, por transfusão sanguínea ou da mãe para o bebê na gestação ou no parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais, o controle rigoro-so da qualidade do sangue para trans-fusão e o adequado acompanhamen-to pré-natal a partir do 1º trimestre, são meios simples e confiáveis para o seu controle.A Organização Mundial de Saúde es-tima a ocorrência de 12 milhões de casos novos por ano em todo mundo. Segundo dados da Secretaria de Vi-gilância em Saúde, do Ministério da Saúde, em 2015, o número total de casos notificados no Brasil foi de 65.878, dos quais 37.056 (56,2%) eram residentes na região Sudeste, 17.042 (25,9%) na região Sul, 6.332 (9,6%) na região Nordeste, 3.350 (5,1%) na região Centro-Oeste e 2.098 (3,2%) na região Norte.Em Santa Catarina, ocorreu um au-mento significativo do número de casos de sífilis adquirida que saltou de 600 ocorridos em 2010, para 5.706 casos em 2015, sendo 15.797 o total de casos de 2010 a 2015. Uma curva ascendente que pode estar relaciona-da a uma melhoria das notificações, mas sobretudo, a um aumento im-portante da circulação do Treponema pallidum na população. A maior inci-dência está entre 15 e 34 anos, 55% do total de casos, o que justifica ofe-recer sistematicamente testes soroló-gicos para este grupo.Na sífilis em gestante, houve um salto de 209 casos em 2010 para 1.254 em 2015, sendo um total de 3.339 casos durante os seis anos analisados.A sífilis congênita é 100% prevenível se realizados diagnóstico e tratamen-to durante a gestação. Ela aumentou de 76 para 475casos, comparando as

ocorrências de 2010 e 2015, sendo um total 1.248 casos, com ocorrência de 41 abortamentos e 58 natimortos no mesmo período, dados extrema-mente preocupantes.Considerando o percentual de au-mento de casos, Santa Catarina está em 3º lugar (61,1%) perdendo ape-nas para os estados do Piauí (75,9%) e Goiás (64,2%) e amarga o primei-ro lugar com a maior proporção de não tratamento das gestantes (14,1%) apesar do diagnóstico realizado. Sen-do assim, não podemos fechar os olhos a esta desconfortável realidade.E se estamos convencidos de que há uma grande epidemia de sífilis em curso, o que podemos fazer para mu-dar esta situação? Realizar preven-ção e promoção em saúde, realizar o diagnóstico e o tratamento corretos da sífilis, fazer o acompanhamento dos casos, realizar a abordagem da parceria sexual, notificar os casos, os 6 passos mais importantes para o controle da sífilis.Por ser conhecida, semiologicamen-te, como uma entidade ‘grande simu-ladora’, torna-se fundamental saber de todas as apresentações clínicas, suspeitar sempre, solicitar os testes sorológicos e saber interpretá-los.Prescrever a penicilina benzatina de acordo com a fase clínica e disponi-bilizar sua aplicação nas unidades de saúde são fatores fundamentais para garantir o tratamento eficaz. A penicilina benzatina, por atravessar a barreira placentária, é o único me-dicamento que trata a mãe e o feto. Desde 2014, o Brasil tem enfrenta-do o desabastecimento de penicilina benzatina na rede pública de saú-de, argumenta-se a falta mundial de matéria-prima para a sua produção. Outro fator apurado pelo Progra-ma Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) em 2013/2014, é que

apenas 55% das equipes de saúde da família aplicam penicilina benzatina na atenção básica. Aventa-se que uma causa para isto seria o mito do risco aumentado de anafilaxia da aplicação da penicilina. Durante muito tempo adotou-se a conduta de realizar o tes-te prévio, o que ficou demonstrado ser desnecessário.Fica clara, portanto, a responsabili-dade médica: diagnosticar, tratar e notificar os casos de sífilis adquirida, em gestante ou congênita, não só por ser obrigação legal, mas também para que se conheça o comportamento da doença e sejam tomadas e planejadas as ações necessárias para o seu ade-quado controle. •

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ARTIGO COMUNICAÇÃO

Assessoria de imprensa em medicina: vale a pena!

A área da saúde é ainda uma das principais pautas para jornalistas em todos os veículos de comunicação, e os médicos são a principal fonte de informação. Mas para ser este porta voz da informação, há algumas re-gras a serem seguidas como forma de evitar que o médico faça de sua profissão uma atividade panfletária durante uma entrevista. Para isso, o médico precisa estar bem orientado. Jornalistas especializados em as-

sessoria de imprensa na área médica têm um diferencial, que é a habilidade de orientar o mé-dico para entrevistas e também orientar o entrevistador sobre as restrições impostas pela regula-mentação médica, evitando des-sa maneira, que o médico seja induzido a divulgar o número de seu telefone, por exemplo, o que contraria as orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM). Mas até chegar na entrevista, há um trabalho de planejamento para incluir a pauta em foco. E o que é a pauta? Vamos à prática: a pauta pode ser uma nova clínica, um novo consultório, a mudança de en-dereço, a chegada de mais pro-fissionais ao corpo clínico, um novo equipamento, exames diferenciados, premiações dos profissionais, temas que esti-verem em alta na mídia no mo-

mento. Toda a rotina do médico, de seu consultório ou clínica podem ser pauta para a imprensa, basta que ela gere curiosidade, seja novidade e principalmente, tenha relevância. Definida a pauta, a assessoria de im-prensa estabelece com o cliente em quais veículos de comunicação ele pode estar presente e em que níveis: local, estadual, regional e nacional. Para cada um dos veículos é feito um tipo de abordagem e conforme a si-

tuação, um texto diferenciado sobre o mesmo assunto! O contato é feito separadamente com os jornalistas nos veículos defi-nidos e depois é enviado o material para melhor avaliação do profissio-nal de comunicação.Enviada a pauta e acertada a publi-cação, são utilizadas ferramentas de monitoramento de notícias - plata-formas que se encarregam de reunir o que foi veiculado em rádios, televi-sões, jornais e internete, diariamen-te ou, conforme a demanda, a cada hora. Essas informações são inse-ridas em uma plataforma de geren-ciamento de comunicação, que gera o Relatório de Clipagem, quando é informado ao cliente o resultado de seu investimento em assessoria de imprensa, bem como, todas as ati-vidades realizadas para que a pauta virasse notícia. É um trabalho árduo, principalmen-te o de follow up, que é a conversa individualizada com os jornalistas. Mas o resultado compensa porque o médico estará contribuindo com in-formação relevante à sociedade sem que esteja confrontando o Código de Ética Médica. Assim como na medicina, a área da comunicação está cada vez mais seg-mentada e especializada. Lembre-se que estar associado a bons profissio-nais deve ser conduta para todas as profissões e serviços a serem con-tratados. •

Saiba mais sobre o serviço de assessoria de imprensa entrando em contato pelo E-mail [email protected] SIMESC Plus é um serviço do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina que disponibiliza o serviço de Assessoriade Imprensa com valores especiais para os médicos associados. Informe-se pelo [email protected].

O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio das Resoluções CFM 1.974/2011 e 2.126/2015 estabelece sobre a publicidade médica e também trata sobre os médicos em entrevistas à imprensa. Esteja atento às normas profissionais para evitar notificações ou até mesmo processos no Conselho Regional de Medicina. Consulte os profissionais do

SIMESC para tirar todas as dúvidas a respeito desse assunto.

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ARTIGO PREVIDÊNCIA

Abono de Permanência e Adicional de PermanênciaSabem os servidores públicos, de modo geral, que tão logo tenham completado os requisitos para apo-sentadoria integral, devem ser benefi-ciados com o abono de permanência, que é um benefício previsto no texto constitucional, a fim de desonerar do servidor ativo os descontos referen-tes à contribuição previdenciária. Ou seja, o Abono de Permanência é a su-pressão do desconto previdenciário em folha de pagamento, do servidor ativo que atingiu os requisitos para concessão da aposentadoria integral.Além do Abono de Permanência, também chamado de Gratificação de Permanência, existe o Adicional de Permanência, ou Incentivo de Per-manência em Atividade, para algu-mas categorias profissionais, sendo elas o Magistério, as carreiras mili-tares e as carreiras na área da saúde, esta última, porém, apenas para ser-vidores vinculados ao Estado de San-ta Catarina. O Adicional de Permanência dos profissionais da área da saúde é cal-culado acrescentando-se 5% dos vencimentos à remuneração do ser-vidor, a cada ano completo, posterior ao cumprimento dos requisitos para aposentadoria integral no cargo. Esse acréscimo é limitado a 25% dos ven-cimentos, ou o equivalente a 5 anos de serviço a contar da data que im-plementou o direito de aposentadoria integral. Explicando, a partir do dia em que o servidor estadual da área da saúde implementa os requisitos para apo-sentadoria integral, inicia-se o perí-odo de cômputo para o Adicional de Permanência. É importante distinguir que o concei-to de aposentadoria integral é oposto ao de aposentadoria proporcional, pois as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição podem

ser concedidas de forma integral ou de forma proporcional. Neste sentido, como a aposentadoria especial é concedida apenas de for-ma integral, pois nesta modalidade de aposentadoria não existe o requi-sito de idade mínima, nem a incidên-cia de coeficientes que reduzem a re-muneração inicial, podemos afirmar que os profissionais da saúde que completarem período de 25 anos de tempo de serviço trabalhado ex-postos aos agentes nocivos à saúde, têm direito ao recebimento dos be-nefícios de adicional de permanên-cia e abono de permanência. Para elucidar vamos usar dois exem-plos: Drª Marcia e Dr. Pedro, ambos médicos do Estado de Santa Cata-rina. No dia 01/09/2017, Drª Mar-cia completará 25 anos de tempo de contribuição em atividade especial – considerando que sempre tenha trabalhado exposta a agentes nocivos –, e Dr. Pedro completa 60 anos de idade, 35 anos de contribuição, com mais de 10 anos de efetivo serviço público e 5 anos no cargo. Logo, os doutores Marcia e Pedro possuem di-reito à aposentadoria integral. Seguindo o raciocínio, podemos afir-mar que ambos terão direito a reque-rer os dois institutos, tanto o Abono, quanto o Adicional de Permanência.Na prática, o direito ao Abono de Per-manência inicia-se de imediato. Já o Adicional de Permanência só será acrescido à remuneração um ano após a implementação dos requisitos ao benefício, sejam eles para a moda-lidade de aposentadoria por tempo de contribuição, ou sejam para a apo-sentadoria especial.Mas atenção: esses procedimentos não ocorrem de forma automática. Para ser beneficiado o servidor deve buscar orientação previdenciária ou protocolizar requerimento formal no

órgão de lotação.Em se tratando dos casos de preen-chimento dos requisitos para o direi-to à aposentadoria especial com 25 anos, muito provavelmente terão os adicionais negados administrativa-mente e, inevitavelmente, vão neces-sitar demandar judicialmente para verem garantidos o direito aos mes-mos, valendo dizer que a justiça tem reconhecido o direito do servidor em demandas desta natureza.Neste contexto, reafirma-se que os hábitos previdentes garantem um futuro mais tranquilo e menos re-fém da burocracia, pois o servidor/segurado que conhece seus deveres e prerrogativas de antemão consegue eliminar os entraves antes mesmo que ocorram, fato que corrobora com a importância de buscar, o quanto antes, orientação especializada em Direito Previdenciário. •

Samuel Meienberger Bombach é advogado da Assessoria Previdenciária do SIMESC

Para mais informações e esclarecimentos, procure a Assessoria Previdenciária. Consulte o regulamento da Previdência e agende atendimento pelos telefones (48) 3223 1060 ou 0800 644 1060 e pelo E-mail [email protected].

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CORRIGIDOIMPRESSOAPROVADO CORRIGIDOIMPRESSOAPROVADO

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Carreira Médica – Atendimento médico em domicílioA arte de exercer a medicina é, sem sombra de dúvidas, o mister mais antigo que perpetua até a atualidade. Inicialmente, dependia dos elemen-tos disponíveis na natureza - ervas, caules, raízes, fungos místicos - para tratar os enfermos. Com o avanço da civilização, um olhar científico e experimental aplicou-se à essa arte, utilizando o progresso também nas técnicas para alcançar a cura do pa-ciente.Esse progresso alterou inclusive a forma de exercer a medicina. Inicial-mente, os médicos atuavam nos hos-pitais, nos seus consultórios particu-lares e de uma forma bem peculiar e corriqueira, na casa dos pacientes. Quando um enfermo necessitava do auxílio médico, solicitava que um criado, ou um familiar fosse à resi-dência do médico buscá-lo. O profis-sional então adentrava na charrete ou montava em seu próprio cavalo e ia ao encontro do seu paciente, portan-to uma maleta de médico, contendo essencialmente um tensiômetro, um estetoscópio, um termômetro, mar-telo, lanterna, abaixadores de língua e alguns medicamentos para uma urgência clínica. Com o avanço tec-nológico e a modernização dos cen-tros médicos, a busca pela saúde no ambiente hospitalar ou consultório médico equipado tornou-se a regra enquanto o atendimento domiciliar ficou voltado para os serviços espe-cializados, como home care, regula-mentados pela resolução 1668/2003 do Conselho Federal de Medicina (CFM). Entretanto, a prática médica na re-sidência do paciente, de forma autô-noma, sendo chamado diretamente pelo paciente durante o dia, a noite, fins de semana, feriados, é permitida pelo CFM e não tem qualquer reso-lução que regulamente essa prática, por se tratar do exercício da medici-na desde sempre, cabendo ao profis-

sional que desejar atuar de forma au-tônoma em atendimento domiciliar o cumprimento das normas éticas emanadas pelo órgão fiscalizador da profissão.De acordo com Nemésio Tomasella de Oliveira, conselheiro do CFM e re-lator do parecer CFM 13/2017, o pro-fissional médico precisa, “dominar a arte de ser médico, utilizar receituá-rio dentro do que prevê a legislação vigente e resoluções do CFM, abrir ficha clínica para cada paciente, re-gistrar evoluções e prescrições, ten-do elaborado a anamnese e realizado o exame físico e registrado. Deverá ser arquivado em seu consultório ou em lugar seguro, podendo ser em sua própria casa, desde que preservado o sigilo que se impõe a consulta médi-ca”.Neste sentido, o conselheiro escla-rece que, ao atender um paciente em domicílio o médico deve “abrir a fi-cha clínica/prontuário do paciente e prescrever (em seu receituário pa-dronizado de acordo com as resolu-ções CFM nº 2.056/2013, 1.974/2011 e 1.639/02) do mesmo modo que faria no consultório/ambulatório, de-vendo arquivá-las”. Importante, contudo, que o médico oriente seu paciente acerca da contra-tação de um serviço móvel de urgên-cia, ou a utilização do serviço público oferecido SAMU, para suporte em casos específicos. Neste modelo de exercício da profis-são, o médico tem uma redução de custos expressiva, visto não preci-sar arcar com despesas fixas para a manutenção de uma estrutura física, devendo preocupar-se, contudo, com despesas de deslocamento. Neste sentido, além da economia que este modelo de carreira proporciona, o preço a ser cobrado do paciente, que é de livre escolha do médico, pode ser balizado pelo preço da consulta acrescido com deslocamento e con-

forto do paciente, de receber em sua casa o médico.Assim, todo médico devidamente inscrito no CRM pode pautar sua carreira autônoma no atendimento domiciliar de seus pacientes, inde-pendente de possuir especialidade médica, realizando procedimentos que não coloquem em risco a vida do paciente. Obriga-se ainda, a ter um local seguro para a guarda do pron-tuário que deve ser construído com as informações da consulta, avalição médica, diagnóstico, resultados dos exames clínicos, exames laborato-riais que por ventura sejam solicita-dos, prescrições e evolução do doen-te assistido. Permanece o veto ao exercício de práticas não reconhecidas pelo CRM e o cuidado ao profissional de não realizar procedimentos de comple-xidade que requeiram retaguarda tecnológica ou de pessoal auxiliar, observadas as resoluções CFM nº 2056/2013, 1974/2011 e 1639/2002, respondendo sempre, por seus atos praticados. •

Para mais informações e esclarecimentos, procure a Assessoria Jurídica. Agende atendimento pelos telefones (48) 3223 1060 ou 0800 644 1060 e pelo E-mail [email protected].

ARTIGO JURÍDICO

Vanessa de Almeida é advogada da Assessoria Jurídica do SIMESC (foto: Rubens Flôres / Arquivo)

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ARTIGO ECONOMIA

Propostas para uma tributação mais justa Um dos instrumentos de alocação dos recursos e distribuição de renda mais eficientes em qualquer socie-dade é uma adequada política tribu-tária. Esta deve ter várias virtudes, sendo que uma das mais importan-tes é a progressividade, ou seja, o princípio que define que deve pagar mais impostos aqueles que dispõem de mais recursos ou seja, os mais ricos. Segundo definição da carti-lha A Progressividade na Tributação Brasileira: por maior justiça tributária e fiscal, elaborada pelo DIEESE em parceria com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Fe-deral do Brasil (Sindifisco Nacional) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um tributo é pro-gressivo quando tem mais de uma alíquota e elas incidem de forma crescente, conforme aumenta a base de cálculo ou faixa de renda. Impostos indiretos, como o Im-posto sobre Circulação de Mercado-rias e Prestação de Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços de Qual-quer Natureza (ISS), ao não conside-rarem as diferenças de renda entre os cidadãos, são menos eficientes em realizar o princípio da progressi-vidade, uma vez que incidem sobre o consumo. Já os impostos diretos - ou seja, os tributos cujos contri-buintes são os mesmos indivíduos que arcam com o ônus da respecti-va contribuição - tendem a alcançar níveis de progressividade maiores, como é o caso do Imposto de Renda das Pessoas Físicas. Nesse contexto, o debate sobre o Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), em especial sobre a forma de correção da tabela de in-cidência do imposto, é de suma im-portância para a reorganização do

sistema tributário brasileiro em ba-ses mais justas. Na medida em que a tabela do imposto de renda sempre tem variado em proporção inferior ao verificado nos salários ou mesmo da inflação, ocorre uma corrosão dos rendimentos dos trabalhadores em termos reais, já que o imposto de renda aumenta cada vez mais sua tributação nos salários devido à de-fasagem da correção das faixas. Em trabalho recente, o DIEESE cons-tatou que a defasagem acumulada na tabela de cálculo do Imposto de Renda é de 83,10% (a referência uti-lizada foi o IPCA-IBGE), entre janei-ro de 1996 e dezembro de 2016. Se o período considerado for de janeiro de 2003 a dezembro de 2016, a de-fasagem é de 31,24%. Isso significa que o trabalhador assalariado, além de pagar muito imposto indireto em decorrência do aspecto regressivo do sistema, paga também montan-tes elevados de imposto de renda em função da defasagem da tabela. A correção da tabela do IRPF é fundamental para garantir maior justiça tributária, porém ela não é suficiente. O princípio da capacidade contributiva estabelece a isonomia entre os diferentes rendimentos, tratando diferentemente os desi-guais, portanto, além da correção da tabela, esse princípio também deve estar representado em uma estrutu-ra de alíquotas mais adequada. Entre 1976 e 1978, o Brasil tinha 16 faixas, garantindo maior progressividade e maior justiça tributária. Em um pe-ríodo mais recente, de 1983 a 1985, a tabela era composta por 13 faixas. Somente em 2009 a tabela apre-sentou nova mudança, com cinco faixas. Tais mudanças significaram uma grande injustiça tributária,

pois, além de reduzir o número de faixas, reduziu a alíquota máxima (de 60% para 27,5%) que incidia sobre aqueles que possuem maior capacidade contributiva, ou seja, os mais ricos. Nesse sentido, a reivindicação mais premente dos trabalhadores assalariados, no que se refere ao pa-gamento do imposto de renda é a correção anual da tabela atual pela inflação, como forma de manter a estrutura de contribuição dos assa-lariados para o fisco e, em seguida, a criação de uma nova estrutura de tributação que contemple novas fai-xas de rendimentos. Obviamente as mudanças visando uma maior jus-tiça tributária no Brasil passam por outras propostas, cuja abordagem não poderemos fazer neste artigo, por absoluta falta de espaço. •

José Álvaro de Lima Cardoso, economista e supervisor técnico do DIEESE em SC(foto: Rubens Flôres/arquivo)

Bibliografia principal utilizada neste artigo: Nota Técnica 169, do DIEESE, de janeiro/17, intitulada Imposto de renda pessoa física: propostas para uma tributação mais justa.

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ARTIGO MÉDICO

A Telemedicina a favor da saúde

Criada em 2005, por meio de uma cooperação tecnológica entre a Uni-versidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Rede Catarinense de Telemedicina (RCTM) inicialmente oferecia telediagnósticos de eletro-cardiografia, melhorando a acessibi-lidade tecnológica por meio do uso de redes na área da saúde. Em 2010, a RCTM e o Portal do Telessaúde fo-ram unificados, formando o Sistema Catarinense de Telemedicina e Teles-saúde (STT). Em mais de 10 anos de atuação, o STT, entre outras funções, tem promovido acesso faci-litado a exames e laudos em unidades de saúde do Estado. Telerradiologia: Unidades de saúde, que utilizam equipa-mentos de radiologia e estão integradas ao STT, realizam telediagnóstico em radiolo-gia, de diversas modalidades, por intermédio do sistema. Análises Clínicas: Com o for-necimento de tecnologia e suporte ao Laboratório Cen-tral de Saúde Pública (LA-CEN), as análises clínicas são armazenadas e disponi-bilizadas em sistema on-line. Telediagnóstico em ECG e Dermatologia: Os eletrocar-diogramas (ECG) e exames dermatológicos são realiza-dos nas Unidades Avançadas de Telemedicina (UNATs) e enviados para o portal on-li-ne do STT, onde os médicos especialistas emitem o laudo.Em Santa Catarina o tele-diagnóstico em dermatologia foi implantado em 2011, com protocolos específicos para os cânce-res da pele (melanoma e não melano-ma), psoríase (grave) e hanseníase, com intuito de facilitar o acesso des-tes pacientes aos ambulatórios espe-cializados mais precocemente. Em 2013, por meio da deliberação 366/CIB/13 da SES/SC foi aprovada

a utilização do telediagnóstico em dermatologia para classificação de risco e regulação dos pacientes, e os instrumentos para regulação da der-matologia via telemedicina. A rede hoje está instalada em aproxi-madamente 250 pontos de unidades básicas de saúde (UBS) do Estado. O fluxo começa na atenção básica, quando o médico assistente suspei-ta de alguma lesão, em que haveria necessidade de encaminhamento, ele solicita o exame de Teledermato-logia. Isso consiste em tirar fotos, de acordo com um protocolo pré-esta-

belecido, das lesões e encami-nhá-las via portal de Telemedi-cina, ou seja, depois da coleta, os dados são transmitidos por intermédio de um ambiente desenvolvido na internete ex-clusivamente para o envio de dados correspondentes a cada

paciente. Sempre que um novo caso é carregado no portal, os exames ficam disponíveis para o médico laudador (dermatolo-gista) e pode ser acessado por meio de um sítio restrito para serem analisadas por ele, que emite o laudo em até 72 horas.O número de exames laudados vem aumentando exponencial-mente desde a implantação. Em 2013 foram 938, no ano seguinte 4.221, em 2015 foram realizados 9.359 e no ano passado, mais de 23 mil exames. Consequente-mente a economia de dinheiro público, visto que em média, o Estado economiza R$ 106 por exame laudado, somente em termos de deslocamento e diá-ria (gastos diretos), sem contar a economia indireta envolvida no processo. Em 2014, a econo-mia calculada foi de mais de R$ 350 mil e projetada em 2015 e 2016 de aproximadamente R$ 2 milhões. •

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PELO BRASIL

Câmara analisa PL sobre regras mais rígidas para escolas médicas

A Câmara dos Deputados analisa proposta que altera a lei do Programa Mais Médicos e a do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Si-naes) para definir novas regras para a formação médica e para a inserção do médico no mercado de trabalho. O texto será analisado pelas comis-sões de Educação, de Cidadania e de Constituição e Justiça, e depois se-guirá para o plenário.Pelo Projeto de Lei (PL) 5778/16 a criação de novos cursos de Medicina será submetida à análise do Conse-lho Nacional de Saúde (CNS) e não apenas à autorização do Ministério da Educação (MEC). Na ausência de parecer favorável do CNS, a decisão de criar cursos de Medicina levará em conta: a relevância social, com base na demanda e observando pa-râmetros de qualidade; a integração do curso com a gestão local do SUS, a comprovação da disponibilidade de hospital de ensino, próprio ou con-

veniado, por período mínimo de 10 anos; e a existência de um núcleo de professores responsável por todas as etapas do projeto pedagógico.O texto também endurece as re-gras de avaliação dos cursos de graduação em Medicina, prevendo punições para instituições que não cumprirem os protocolos de com-promisso. Segundo essas regras, a avaliação dos cursos de graduação deverá incluir, obrigatoriamente, visita de uma comissão de especia-listas a todos os cursos, com perio-dicidade trienal.Outra alteração estabelece que, no caso de medicina, a aplicação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) deverá ocor-rer anualmente para todos os alunos ao final do segundo, do quarto e do último ano de curso. Neste caso, o curso de Medicina será diferenciado dos demais, pois o Enade só é aplica-do ao final do primeiro e do último

ano.Os cursos deverão seguir o protocolo de compromissos previsto no Sinaes. Não sanadas as insuficiências detec-tadas, a autorização de funcionamen-to ou a renovação de reconhecimento será automaticamente cassada, sendo assegurado aos alunos matriculados o direito de transferência para cur-so em outra instituição. Nesse caso, a faculdade fica proibida de realizar processo seletivo para admissão de novos alunos.Em relação à residência médica, o PL repassa à Comissão Nacional de Re-sidência Médica a competência para normatizar, regular e implementar vagas de residência médica no país. Atualmente, isso é feito pelo MEC.Além disso, prevê o aumento das es-pecialidades em residência médica, incluindo medicina interna (clínica médica), pediatria, ginecologia e obs-tetrícia, cirurgia geral, psiquiatria, medicina preventiva e social, neu-

rocirurgia, ortopedia, anestesiologia, medicina de urgência, geriatria, of-talmologia e infectologia.O texto modifica o modelo de ava-liação dos programas de residência médica para prever a participação de pelo menos um médico da respectiva especialidade em todos os progra-mas. A participação do especialista, entretanto, é preferencial e não obri-gatória, porque algumas sociedades de especialidades não têm estrutura ou disponibilidade para acompanhar a avaliação e programas de residên-cia na área.Para o diretor de Apoio ao Graduan-do em Medicina do SIMESC, Oscar Cardoso Dimatos, o projeto que im-põe regras mais rígidas tanto para a abertura quanto para a manutenção do funcionamento dos cursos de Medicina poderá melhorar a forma-ção médica. Entretanto, ele acredita que dificilmente um texto como esse se tornará lei ou que mesmo sendo, não será devidamente aplicado. “Há aproximadamente três anos, exis-tiam 257 escolas médicas, muitas instituídas sem critérios técnicos e demográficos. No período de julho de 2015 a fevereiro de 2017, outras 14 unidades foram autorizadas, com o aumento de 1.110 vagas. Destas 14 escolas distribuídas em 12 municí-pios, 11 não têm hospital de ensino, e 10 delas estão em localidades que não atendem a exigência de um míni-mo de cinco leitos no SUS para cada aluno. Em agosto de 2017, o Ministé-rio da Educação autorizou a abertura de mais 11 cursos de Medicina, que ofertarão 710 novas vagas. As graves consequências na assistência à saúde pública em face dessa política serão arcadas pela sociedade. Ao mesmo tempo, que criam mais escolas médi-cas, difícil crer que um projeto de lei que torna mais rígida a autorização das escolas médicas seja viabilizado", declara. •

Fonte: Câmara dos Deputados

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PELO BRASIL

Portal reúne informações para embasar juízes nas demandas de saúde

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério Público do Dis-trito Federal e Territórios (MPDFT) firmaram uma parceria para aprimo-rar a interface entre a medicina e o sistema de justiça. O objetivo é pro-mover o intercâmbio de informações técnico-científicas ligadas à área da saúde e disponibilizá-las no portal Direito e Saúde do MPDFT (http://www.mpdft.mp.br/saude).Esse repositório servirá tanto para embasar os juízes nas demandas de saúde que lhes são apresentadas como para a população que busca conhecer seus direitos em relação à assistência em saúde. Pesquisas cien-tíficas, textos acadêmicos, vídeos, artigos, estatísticas, jurisprudências, análises de políticas públicas e ou-tros conteúdos, fornecidos pelo CFM e por signatários da iniciativa, como Cochrane Brasil, Fiocruz e Ministé-rio da Saúde, estarão acessíveis."Como o CFM é um órgão fiscalizador e o MPDFT também, foi importante nos unirmos para disponibilizar não só informações técnico-científicas

como também diretrizes e leis para ajudar na tomada de decisões em saúde. O MPDFT é o primeiro a fazer esse tipo de cooperação, e é impor-tante fomentarmos iniciativas seme-lhantes em todo o país", avalia a pro-curadora de Justiça do MPDFT, Tânia Marchewka.Judicialização A parceria é uma resposta interinsti-tucional para o fenômeno chamado de judicialização da saúde, vincula-do ao crescimento de ações judiciais que buscam deferir pedidos como disponibilização de medicamentos e exames, e a cobertura de tratamen-tos para doenças. Segundo dados do Ministério da Saúde, essas ações cus-tam cerca de R$ 7 bilhões por ano para prefeituras, governos estaduais e União, valor que corresponde a 6% do orçamento federal para a área da saúde em 2017. Somente os gastos da pasta para atendimento dessas deter-minações judiciais aumentaram mais de 1000% entre 2010 e 2016.Para o presidente do CFM, Carlos Vital, apesar do expresso direito de

buscar o poder Judiciário, o acúmulo e as impropriedades de tais deman-das podem causar desequilíbrio nas contas públicas e prejudicar a exe-cução de políticas e programas. "Em muitas situações, o Judiciário auto-riza demandas sem considerar, em tese, a globalidade de políticas públi-cas, levando o Executivo a concreti-zar direitos que, na realidade, exigem esforços materiais e/ou financeiros desproporcionais e sem configuração dos parâmetros da razoabilidade e do princípio constitucional do mínimo existencial", apontou em editorial so-bre o tema. O dirigente do CFM des-taca ainda o papel das entidades mé-dicas diante desse cenário. "Apenas um médico pode dizer se o paciente necessita de determinado medica-mento ou não, devendo orientar o juiz nesse sentido com base científica para sua decisão. Assim, contribuirá para diminuir a pressão dos lobbies farmacêuticos e ajudará a oferecer parâmetros e diretrizes para a atua-ção judicial criteriosa em saúde", en-fatiza. •

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OBITUÁRIO

ENDEREÇOS

SIMESC FlorianópolisRua Cel. Lopes Vieira, 90 – Centro - 88015-260Telefones: (48) 32231030 / 3223 1060 / 0800 644 1060 | Horário de atendimento: 2ª a 5ª feira das 9 às 19h e 6ª feira das 9 às 18h | [email protected]

REGIONAL BLUMENAURua Dr. Luiz de Freitas Melro, 231 – CentroTelefone: (47) 3041 9575 | Horário de atendi-mento: 2ª a 6ª feira das 13 às 18h | [email protected]

REGIONAL BRUSQUERua Padre Werner, 180 | Telefone: (47) 3351 3726 | Horário de atendimento: 2ª a 6ª feira das 8 às 12h | [email protected] REGIONAL CHAPECÓRua Mal Deodoro da Fonseca, 400, sala 405, Edifício Piemonte Executivo – Centro | Telefo-ne: (49) 3322 3066 | Horário de atendimento: 2ª

a 6ª feira das 8 às 12 e das 13 às 17h | [email protected]

REGIONAL ITAJAÍRua Samuel Heusi, 463, sala 201 – Ed. The Offi-ce – Centro | Telefone: (47) 2125 1970 | Horário de atendimento: 2ª a 5ª feira das 8 às 11h30 | [email protected] REGIONAL JOAÇABAAv. XV de Novembro, 340 sala 205 – Centro | Telefone: (49) 3522 7042 | Horário de atendi-mento: 2ª a 6ª feira das 13 às 19h | [email protected]

REGIONAL JOINVILLERua: Dona Francisca, 260 – Centro Empresarial Deville | Telefone: (47) 3432 3279 | Horário de atendimento: 2ª a 6ª feira das 9 às 15h | [email protected]

REGIONAL LAGES

Rua João Castro, 68, sala 1002 – Shopping Gemini – Centro | Telefone: (49) 3223 7620 | Horário de atendimento 2ª a 6ª feira das 13 às 19h | [email protected]

REGIONAL MÉDIO VALE (INDAIAL)Rua dos Atiradores, 66 – Centro – IndaialTelefone: (47) 3394 7253 | Horário de atendi-mento: 2ª a 6ª feira das 7 às 13h | [email protected]

REGIONAL RIO DO SULRua: Humaitá, 19 – Ed. Coimbra | Telefone: (47) 3522 0277 | Horário de atendimento: 2ª a 6ª feira das 7h30 às 13h30 | [email protected]

REGIONAL TUBARÃORua Padre Bernardo Freuser, 306, sala 103 – Ed. Centro Médico – Centro | Telefone: (48) 3052 3443 | Horário de atendimento: 2ª a 6ª fei-ra das 13 às 19h | [email protected]

SIMESC lamenta falecimento de colegas médicos

Dr. Hans Hyperides Jakobi, 63 anos, faleceu no dia 3 de maio, em União da Vitória (PR) Paraná, onde resi-dia. Psiquiatra e médico do trabalho, atuava também na cidade de Porto União. Natural de Curitiba, era for-mado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR/1976), fundador da Clínica Comunidade Terapêutica Dr. Warrib Motta e irmão dos médi-cos Paul Robert Joseph Jakobi (der-matologista e nutrólogo) e Heinz Ro-land Jakobi (ginecologista e obstetra, e médico do trabalho).No dia 6 de maio, em Blumenau, foi registrado o falecimento do médio dermatologista Dr. Nilton Nasser Fi-lho, 39 anos, vítima de infarto fulmi-nante. Dr. Niltinho trabalhava com seu pai, o também dermatologista

Nilton Nasser, na Clínica Nasser, es-pecializada em dermatologia clínica e estética.No dia 12 de junho foi verificado o falecimento do ginecologista e obs-tetra Dr. Adroaldo Wladimir Loren-zzoni, 56 anos. Natural de Joaçaba, o médico atuou em Videira por mais de 30 anos. Dr. Adroaldo cursou medicina na Universidade Católica de Pelotas, no Rio Grande do Sul, foi diretor da Unimed de Santa Catarina e o primeiro presidente da entidade em Videira. Em 14 de junho, faleceu em Joinvil-le, o cirurgião plástico Dr. Leandro Adão de Oliveira, 63 anos. No dia 15 de junho, em Florianópo-lis, faleceu o cirurgião vascular Dr. Edson José Cardoso. Dedicava-se há mais de 40 anos à medicina e era re-ferência em sua especialidade. No dia 17 de julho, faleceu o gineco-logista e obstetra Dr. Walmor Zomer Garcia, 90 anos. Professor aposenta-do da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tinha como regis-tro profissional o CRM/SC 3. Tam-bém foi presidente do departamento

de Ginecologia e Obstetrícia da As-sociação Catarinense de Medicina, era membro titular da Academia de Medicina e diretor da maternidade Carmela Dutra. Era torcedor do Avaí.Faleceu no dia 16 de agosto o médi-co Dr. Flamarion Porto e Souza, 57 anos. Natural de Santa Maria (RS), Dr. Flamarion, operava no hospital São José, em Tijucas e prestava aten-dimento no Centro de Referência Es-pecializada em Itapema. Às famílias, amigos e pacientes, o SIMESC deixa um fraternal abraço pela passagem desses colegas. •

Walmor Zomer Garcia foi um dos fundadores do CRM/SC

Nilton Nasser era médico em Blumenau

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SIMESC PRESENTE

03 Reunião Diretoria Executiva 03 Entrevista RBS TV – Samu Mafra Vânio03 Entrevista RIC Record – Samu Mafra César04 Entrevista CBN Diário e RBS TV – Samu: novo gerente Vânio05 Reunião Lages Vânio, Fabrizio, adv. Rodrigo, jorn. Camila, coord. Terezinha10 Reunião Diretoria Executiva – gerente SAMU 11 Inauguração Unicred Biguaçu Vânio, Leopoldo, Peterson, Renato, Fabrizio e Vanessa14 Formatura Medicina – UFSC Oscar14 Entrevista RIC Record – falta de leitos pediatria Fábio17 Reunião Diretoria Executiva 20 Entrevista Rádio Clube Lages – médicos Hospital N.Sra. Prazeres Vânio20 Assembleia ACMR Daniel, Gilberto, adv. Vanessa21 Entrevista Rádio Clube Lages – médicos Hospital N.Sra. Prazeres Vânio24 Reunião Diretoria Executiva 28 Formatura Unisul Gilberto25 Assembleia Lages Vânio, Zulma, adv. Rodrigo, jorn. Camila, coord. Terezinha, estagiário Afonso25 Entrevista Rádio Clube Lages – médicos Hospital N.Sra. Prazeres Vânio

02 Reunião SES SAMU Vânio, jorn. Camila08 Reunião Diretoria Executiva 10 Reunião Cosemesc Femesc Vânio, Zulma, Fabrizio, Carlos Seara, coord. Terezinha, jorn. Camila10 Reunião Simesc Plus César, Gilberto, Fabrizio, adv. Vanessa, jorn. Carla e Camila, coord. Terezinha12 Posse Acamesc Vânio e Fabrizio12 e 13 Fórum de Ética Médica CRM SC Vânio, Leopoldo, Fabrizio, Daniel P, Gilberto, adv. Vanessa, Thayanne e Mayara15 Reunião Diretoria Executiva 16Reunião médicos HU Vânio, Oscar, Fabrizio, adv. Erial18 Reunião reitor UFSC Vânio, Oscar, ADV. Rodrigo, jorn. Camila18 Reunião SImesc Plus Gilberto, Fabrizio, jorn. Carla e Camila, adv. Vanessa, coord. Terezinha19 Reunião procurador UFSC Vânio22 Reunião Diretoria Executiva 29 Reunião Diretoria Executiva

01 Reunião SMS Florianópolis Vânio, Vanessa, Renato, Fábio e jorn. Camila05 Reunião Diretoria Executiva 07 CBN Diário – Formação Médica Vânio, César12 Reunião Diretor geral Ric Record Vânio, César, Gilberto, Fabrizio, jorn. Camila e Carla, coord Terezinha12 Reunião Diretoria Executiva Vânio, Vanessa, Renato e Fábio19 Entrevista RBS TV – Samu Mafra Vânio19 Reunião Diretoria Executiva 20 Inauguração Unicred Garopaba Vânio, Renato, Vanessa e Fabrizio21 Reunião SMS Florianópolis Vânio21 Reunião Cosemesc Vânio, Leopoldo, Fabrizio, jorn. Camila22 Entrevista SBT SC – Samu Mafra Vânio26 Reunião Diretoria Executiva 29 Reunião Jaraguá do Sul Vânio

01 Reunião SC Saúde Fabrízio, Zulma, adv. Rodrigo, adv. Vanessa, jorn. Camila, estagiário Afonso03 Reunião Unimed Joinville Gilberto, Fabrizio, Person04 Reunião HU UFSC Oscar, Vânio, adv. Rodrigo e jorn. Camila07 Reunião Diretoria Executiva 07 Entrevista Rede Acaert – falta medicamentos Vânio08 Entrevista RIC Record – falta medicamentos Vânio14 Reunião Diretoria Executiva 15 Audiência Pública Samu Zulma19 Plenária Federação Internacional Estudantes de Medicina Gilberto21 Reunião Diretoria Executiva 23 Entrevista Rádio Guarujá – FEMESC Vânio e adv. Vanessa25 Entrevista RIC Record – FEMESC Leopoldo25 FEMESC – Blumenau 26 FEMESC – Blumenau 30 Entrevista CBN/Diário - crise na saúde Oscar

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SIMESC RECOMENDA

Se você está sempre sem tempo, se você anda desmotivado no cotidiano... então aqui pode estar o melhor livro, aquele que vai fazer você refletir sobre sua vida profissional. Nas pá-ginas desse livro, o filósofo Mario Sergio Cortella mostra que é importante viver com um propósito. Se você está sempre pensando no seu presente e no seu futuro profissional, esse livro é como um guia, com vários ensinamentos como “paciência na turbulência, sa-bedoria na travessia”.

Por que fazemos o que fazemos

O ator, escritor e diretor, Lázaro Ramos, decide dar voz à questão racial em uma (quase) autobiografia. Com o sonho de viver em um mundo sem diferenças, em que a pluralidade racial seja vista como algo positivo, Lázaro compartilha, descobertas, dúvidas e conquis-tas ao longo da sua trajetória, até o momento. Para ele, é muito importante o diálogo, para gerar a aceitação das diferenças em um mundo ainda cheio de preconceitos. O livro é sin-cero e cheio de revelações sobre questões que ainda não são muito abordadas, que nos convida a sermos mais atentos a tudo a nossa volta.

Na minha pele

Tudo está indo muito bem para Adrian Doria. Seu negócio é um sucesso e trouxe-lhe riqueza, sua bela esposa teve a criança perfeita, e sua amante está bem com o caso dos dois. Tudo está ótimo até que Doria desperta num quarto de hotel, depois de ser atingido na cabeça, e encontra sua amante morta no banheiro, coberta com um monte de notas de euros. Pior, o quarto é trancado por dentro e não tem nenhuma maneira de entrar ou sair. Com tudo o que construiu desmoronando aos seus pés, Doria recorre a melhor advogada de defesa da Espa-nha, Virginia Goodman, e eles tentam descobrir o que realmente aconteceu na noite anterior. Direção e roteiro: Oriol Paulo – 106 minutos, Espanha, 2016 – produção: Netflix

Um contratempo

Rosa é uma mulher que almeja a perfeição como profissional, mãe, fi-lha, esposa e amante. Filha de intelectuais e mãe de duas meninas pré--adolescentes, ela se vê pressionada pelas duas gerações que exigem que ela seja engajada, moderna e onipresente. A produção da Globo Fil-mes tem direção de Laís Bodanzky e recebeu seis Kikitos no Festival de Cinema de Gramado 2017.

Como nossos pais

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ALÉM DA MEDICINA

Médico de Joinville adota cultivo de bonsai como estilo de vida

Além de muito estudo e cuidados como poda e adubação, o cultivo de bonsai exi-ge muita paciência e habilidade artística. E foi nessa arte que o anestesiologista Tomio Tomita, de Joinville, descobriu um estilo de vida.Tomio conta que após concluir sua jor-nada acadêmica, procurou por um ho-bby que sempre lhe chamou a atenção.“Na minha vida acadêmica sempre tive interesse em botânica. O que me deixa-va extremamente satisfeito era o con-tato com a natureza, mas não foi esta a escolha que tive para a minha formação universitária. Assim, após a minha con-clusão da faculdade, escolhi a Arte do Bonsai principalmente devido à influ-ência dos meus ancestrais e também a

curiosidade de como se poderia colocar uma grande arvore dentro de um peque-no vaso”, comenta o médico.Fez muitas pesquisas sobre o bonsai no Japão, participou de vários cursos, perí-odo em que observou a dificuldade em conseguir os materiais para a atividade.Tomio começou a ministrar cursos bá-sicos em sua casa e a participar de ex-posições tal qual a Festa das Flores, de Joinville. Com o tempo, o espaço tornou-se pequeno, e em meados de 2000 inaugurou sua loja, a Nipon Bonsai, que hoje é uma das maiores em-presas do ramo no país. O médico também realiza

anualmente em Joinville o Encontro Nipon Bonsai, quando são realizados workshops, demonstrações de técnicas, concursos e aulas teóricas. “Foi desta maneira que consegui ex-travasar todo o stress desta nossa vida médica”, afirma o proprietário da Nipon Bonsai.Tomio Tomita mora e atua em Joinville e é médico filiado ao SIMESC. •

Quer indicar uma médica ou médico que tenha destaque em outra área além da saúde? Envie um e-mail para [email protected]

Tomio Tomita é proprietário de uma das maiores empresas de bonsai do país

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