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Técnico em Segurança do Trabalho

SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

SUMÁRIO

Introdução ....................................................................................................... 02

Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho - PCMAT ................. 03

Documentos e Aspectos Básicos do PCMAT ................................................... 08

Aspectos Legais do PCMAT ............................................................................ 10

Plano de Segurança do Trabalho ..................................................................... 14

Comunicação Prévia ....................................................................................... 18

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA .................................... 19

Medidas Preventivas de Higiene e Segurança do Trabalho ............................ 22

Canteiros de Obras – Fases da Obra .............................................................. 34

Ordem e Limpeza ............................................................................................ 62

Equipamentos de Proteção Individual - EPI .................................................... 62

Áreas de Vivência ............................................................................................ 78

Transporte de Trabalhadores .......................................................................... 86

Operações Manuais - Ferramentas ................................................................. 89

Estocagem de Materiais .................................................................................. 94

Pequenas Operações Mecânicas - Equipamentos ........................................ 107

Escadas – Rampas – Passarelas - Andaimes ............................................... 121

Instalações Elétricas – Medidas de Proteção e Emergência ......................... 139

Demolições – Tipos e Procedimentos - Normas ............................................ 156

Escavações e Desmontes – Túneis, Galerias e Poços .................................. 165

Explosivos ...................................................................................................... 189

Serviços em Telhados e Trabalhos em Alturas .............................................. 210

Espaços Confinados ....................................................................................... 206

Carpintaria ...................................................................................................... 217

Armações de Aço ........................................................................................... 218

Concreto Armado ........................................................................................... 219

Estruturas Metálicas e Pré-Moldadas ............................................................. 220

Soldagem ....................................................................................................... 222

Serviços Flutuantes ........................................................................................ 229

Máquinas e Equipamentos – Serra Circular – Betoneira - Dumper ................ 231

Elevadores - Gruas ......................................................................................... 240

Referências Bibliográficas .............................................................................. 260

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INTRODUÇÃO

A construção é um dos ramos mais antigos do mundo. Desde que o

homem vivia em cavernas até os dias de hoje, a indústria da construção civil

passou por um grande processo de transformação, seja na área de projetos, de

equipamentos seja na área pessoal.

Em decorrência da construção tivemos a perda de milhões de vidas,

provocadas por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, causadas

principalmente, pela falta de controle do meio ambiente de trabalho, do processo

produtivo e da orientação dos operários. Muitos destes acidentes poderiam ser

evitados se as empresas tivessem desenvolvido e implementado programas de

segurança e saúde no trabalho, além de dar uma maior atenção à educação e

treinamento de seus operários.

Estes programas visam a antecipação, avaliação e o controle de acidentes

de trabalho e riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente

de trabalho. A forma de atuação é desenvolvida em função dos riscos levantados

na fase de antecipação, dando-se prioridade às condições de trabalho que por

experiência de obras similares, são previstos.

Na fase de execução da obra na qual é realizado o levantamento,

reconhecimento e avaliação dos riscos, as medidas de proteção individual e

coletiva, após analisadas, serão colocadas em prática, sendo realizado sempre

que necessário, através de Levantamentos de Riscos Ambientais e de Acidentes,

avaliação qualitativas do ambiente e das condições de trabalho e avaliações

quantitativas para comprovação do controle de exposição ou a inexistência dos

riscos identificados na fase de antecipação.

Estas medidas de controle serão implementadas nas áreas administrativas,

médicas e produtivas, englobando o Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional – PCMSO, e onde ficar caracterizado o nexo causal entre os danos

observados na saúde do trabalhador e a situação a que eles ficam expostos,

serão adotadas medidas para o controle destes riscos ambientais ou acidentes.

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*Conteúdo disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/construcao%20civil/Seguranca

%20na%20 Construcao%20Civil.pdf, acesso em 29 set de 2014, às 20:07h.

PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – PCMAT

O objetivo fundamental do PCMAT é a prevenção do s riscos e a

informação e treinamento dos operários que ajudarão a reduzir a chance de

acidentes, assim como diminuir as suas consequências quando são produzidos.

Para tanto deverá ser colocado em prática um programa de segurança e saúde

que obedecerá, rigorosamente, às normas de segurança, principalmente a NR 18,

além de haver a integração entre a segurança, o projeto e a execução de obras.

Se, por qualquer razão, for necessária a realização de algumas alterações

na execução da obra, com relação ao que foi estabelecido anteriormente, terão

que ser estudados os aspectos de segurança e saúde, tomando as medidas

necessárias para que essas mudanças não gerem riscos imprevisíveis.

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Alguns objetivos do PCMAT:

Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores;

Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que

administra, desempenha e verifica atividades que influenciem na segurança

e que intervê m no processo produtivo;

Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução da s obra;

Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e

situações de risco;

Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível esses

riscos de acidentes e doenças;

De acordo com o item 18.3 da NR 18, o PCMAT:

É obrigatória sua elaboração e cumprimento nos estabelecimentos com

vinte trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros

dispositivos complementares de segurança;

Deverá contemplar as exigências contidas na NR 9 – Programa de

Prevenção e Riscos Ambientais – PPRA;

Deve ser mantido no estabelecimento a disposição d o órgão regional do

Ministério do Trabalho – TEM;

Deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na

área de Segurança no Trabalho;

Sua implementação é de responsabilidade do empregador ou condomínio;

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Sistemas Para Atendimento da NR 9

ETAPAS REQUISITOS

1. Análise de Projetos ( Antecipação ) Instalações;

Métodos;

Processos;

Modificações;

Interpretação / Conhecimento de

riscos dos processos das

atividades envolvidas

2. Reconhecimento dos Riscos Recursos humanos qualificados

Ambientais para avaliação quantitativa e

qualitativa.

3. Avaliação dos Riscos Avaliação do s riscos e comparação

com os limites previstos na NR 15

ou na ACGIH – American

Conference of Governmental

Industrial Higyenists.

4. Elaboração do Documento-Base Equipamentos de medição dos

riscos ambientais calibrados e

acessórios.

Conhecimento de Planejamento:

- Estabelecimento de metas e

prioridades;

- Desenvolvimento de estratégia;

- Metodologia da ação ;

- Forma de registro;

- Manutenção e divulgação de

dados;

- Elaboração de cronograma.

5. Implementação de Medidas de Desenvolvimento / aprimoramento

Controle de projetos e implementação de

medidas de proteção coletiva;

Adoção de medidas administrativas

ou de organização do trabalho;

Especificação de EPI adequado

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6. Avaliação Sistemática de Exposição Recursos humanos qualificados

ao Risco para a avaliação quantitativa;

Equipamentos de medição dos

riscos ambientais calibrados e

acessórios;

Ações preventivas para minimizar

probabilidade de que os riscos

ambientais ultrapassem limites de

exposição , considerando-se o nível

de ação .

7. Programa de Treinamento Recursos audiovisuais, material instrucional, Profissionais

habilitados e disponibilidade dos

que receberão o treinamento.

8. Avaliação e Desenvolvimento do Auditorias internas preventivas e

PPRA periódicas, observando-se, inclusive o PCMSO;

Controle sistemático da exposição

ao risco acima dos níveis de ação

Os objetivos básicos para implementação do PPRA são a preservação da

segurança e saúde do s trabalhadores e proteção ao meio ambiente e recursos

naturais e deve ser elaborado com a seguinte estrutura:

Planejamento

Estratégia

Metas

Metodologia

Prioridades

Cronograma

Levantamento de dados

Avaliação

Comunicação

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Para implantação do PPRA deve ser considerada sua relação com os

aspectos administrativos, técnicos e legais.

Aspectos Administrativos

Estruturação do PPRA considerando os requisitos da NR 9;

Envolvimento do SESMT e da CIPA;

Programas de treinamento;

Elaboração de registros de dados;

Assessoramento técnico de procedimentos administrativos

Aspectos Técnicos

Análise de projetos de novas instalações, métodos e processos;

Reconhecimento dos riscos ambientais e avaliação quantitativa;

Estabelecimento e assessoramento na implementação de medidas de

controle

Aspectos Legais

Interação com o PCMSO e com as NR;

Assessoramento técnico às questões jurídicas.

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Documentos e Aspectos Básicos que deve conter um PCMAT

Para elaboração do PCMAT, a Norma Regulamentadora 18 cita uma série de

documentos que devem compor um programa de segurança e procura fazer uma

conexão da segurança com a produção, criando documentos que antes eram

específicos da produção, tais como memorial descritivo, especificações técnicas,

cronograma, layout, etc.

Apesar de a norma indicar os documentos básicos que devem compor o

PCMAT, isso não impede que a empresa elabore outros para a implementação do

programa, visto que a norma não trata da parte estratégica de implantação e

somente cita alguns documentos, como:

Memorial sobre as condições e meio ambiente de trabalho nas

atividades e operações, levando em consideração o s riscos de

acidentes e de doenças de trabalho e suas respectivas medidas

preventivas;

Projeto de execução da s proteções coletivas em conformidade com as

etapas da execução da obra;

Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem

utilizadas;

Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no

PCMAT;

Layout inicial do canteiro de obra, contemplando, inclusive, previsão de

dimensionamento das áreas de vivência;

Programa educativo contemplando a temática de prevenção de

acidentes e doenças do trabalho, com carga horária.

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Memorial: É o documento que contém os dados da obra, as necessidades de

segurança para a sua execução, assim como a análise dos riscos provocados pela

materialização das premissas contidas no projeto da obra.

Planos: Com este documento pretende-se que todas as medidas da

segurança e higiene indicadas no memorial sejam realizados.

Riscos: Muitos acidentes fatais acontecem na construção. Ocorrências

muitas vezes superiores de outros ramos de atividades pelo de, em primeiro lugar,

ser o ramo que mais emprega pessoas no Brasil e em segundo, porque as

condições de execução de obra ainda são muito inseguras, somando-se a pouca

informação e treinamento dado aos operários. O risco é um perigo; a contingência

ou proximidade de um dano, que pode afetar a integridade física do trabalhador, ou

o processo de execução da obra. Durante o processo construtivo se destacam

claramente várias fases de maior ou menor importância, causando uma série de

riscos que poderão gerar acidentes.

De forma genérica, estas fases do processo são a s seguintes:

Movimentação de Terra;

Fundações e Estruturas;

Coberturas Fechamento e Alvenaria;

Instalações e Acabamentos Máquinas de elevação.

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A NR 18 em seu item 18.39 descreve a terminologia adotada nos documentos.

ASPECTOS LEGAIS

Normas Regulamentadoras

Portaria MTE 3214 de 08.06.78 – DOU 06.07.78

Esta portaria aprovou as 28 Normas Regulamentadoras (atualmente 36),

cada uma versa sobre um assunto de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.

O descumprimento destas normas já caracteriza a NEGLIGÊNCIA, portanto é um

ATO ILÍCITO.

O cumprimento destas normas depende em sua maioria da Empresa,

inúmeros itens dependem principalmente do pessoal em nível de supervisão e da

CIPA.

NOTA: Inicialmente com 28 Normas regulamentadoras, hoje

somam 36 NR, como veremos, a seguir, e a NR-37; Esta nova

Norma Regulamentadora - NR estabelece princípios e

requisitos para gestão da segurança e saúde no trabalho,

encontra-se em fase de análise e apreciação, deixando uma

clara demonstração do aspecto dinâmico das leis.

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VAMOS RELEMBRAR AS 36 NORMAS REGULAMENTADORAS

NR - 1 - Disposições Gerais

NR - 2 - Inspeção Prévia

NR - 3 - Embargo e Interdição

NR - 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT

NR - 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

NR - 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI

NR - 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

NR - 8 - Edificações

NR - 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

NR - 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

NR - 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

NR - 12 - Máquinas e Equipamentos

NR - 13 – Caldeiras e Vasos sob Pressão

NR - 14 - Fornos

NR - 15 - Atividades e Operações Insalubres

NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas

NR - 17 - Ergonomia

NR - 18 – Condições e Meio-ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

NR - 19 - Explosivos

NR - 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis

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NR - 21 - Trabalhos a Céu Aberto

NR - 22- Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

NR - 23 - Proteção Contra Incêndios

NR - 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

NR - 25 - Resíduos Industriais

NR - 26 - Sinalização de Segurança

NR - 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTb

NR - 28 - Fiscalização e Penalidades

NR - 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

NR - 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

NR - 31 - Segurança e Saúde na Agricultura, Pecuária, Silvicultura,

Exploração Florestal e Aquicultura

NR - 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde

NR - 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

NR – 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e

Reparação Naval.

NR – 35 – Trabalho em altura

NR – 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e

Processamento de Carnes e Derivados.

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Responsabilidade Civil e Criminal

do Acidente do Trabalho

Todos, indistintamente, têm responsabilidades legais quanto a Higiene e

Segurança no Trabalho. Assim, os empregadores, a CIPA, o SESMT, o pessoal em

nível de supervisão (Engenheiro, mestre, encarregado, administrativo, etc.) que são

prepostos do empregador, assim como o médico, enfermeiro, técnico e engenheiro

de segurança do trabalho, enfim todas as pessoas que tem poder de mando, de

comando da empresa.

Antes da Constituição Federal de 05/10/1988, quando acontecia um acidente

de trabalho era muito difícil provar a CULPA do empregador ou de seus prepostos,

isto porque estava em vigor a súmula n.º 229 do STJ – Supremo Tribunal de Justiça

e ela preceituava o seguinte:

“A INDENIZAÇÃO PAGA PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL NÃO EXCLUI A

INDENIZAÇÃO PAGA PELO DIREITO CÍVIL EM CASO DE DOLO OU CULPA

GRAVE DO EMPREGADOR”

Isto significava, portanto, que a vítima podia receber a dupla reparação: uma

a título acidentária (pago pela Previdência Social) e a outra por ATO ILICÍTO paga

pela empresa. Para receber a indenização p or ato ilícito, a vítima teria que se

desdobrar em fazer uma prova de que o acidente aconteceu por CULPA

GROTESCA, que é aquela culpa que extrapola a normalidade.

Isto era realmente muito difícil de se conseguir, daí inúmeros acidentes de

trabalho não causavam prejuízo de indenização para as empresas.

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Ocorre, que após a CF/88, o artigo 7, inciso XXVIII, aboliu a palavra

“GRAVE”, e com isto basta que a vítima ou seus dependentes provem a simples

CULPA. Por definição de CULPA entende-se:

CULPA: Deixar de prever aquilo que é perfeitamente previsível.

As modalidades de culpa são:

IMPRUDÊNCIA - NEGLIGÊNCIA – IMPERÍCIA

Sob o aspecto jurídico e legal, existem dois tipos de acidentes de trabalho:

ACIDENTE TIPO:

É o acidente que ocorre de maneira súbita, violenta, traumatizante.

DOENÇAS PROFISSIONAIS:

Podem ocorrer por risco normal da atividade laborativa ou por ato ilícito

do empregador e/ou prepostos.

Ato ilícito está previsto pela REGRA GERAL DE RESPONSABILIDADE

CIVIL, e que está escrito no Artigo 159 do Código Civil Brasileiro:

ART. 159: “AQUELE QUE POR AÇÃO OU OMISSÃO VOLUNTÁRIA,

NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA, VIOLAR DIREITO OU CAUSAR

PREJUÍZOS A OUTREM, FICA OBRIGADO A REPARAR O DANO”

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A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade, regulam-se

pelos artigos: 1518, 1532, 1537 e 1553 do mesmo artigo.

A lei 8213 de 24/07/91 estabelece em seu artigo 120 que:

Deixar de cumprir alguma Norma prevista na legislação (especialmente a

Portaria 3214/78 e suas NR), por si só já poderá ser caracterizado a NEGLIGÊ

NCIA, principalmente se levarmos em conta que a NR-1 no seu item 1.6 a 1.7,

específica:

1.6.1 – Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma

delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou

administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial, ou qualquer

outra atividade econômica, serão para efeito de aplicação da s Normas

Regulamentadoras – NR, solidariamente responsáveis a EMPRESA

PRINCIPAL e cada uma das subordinadas.

1.6.2 – Para efeito de aplicação da s Normas Regulamentadoras – NR, a

obra de Engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frente de

trabalho, será considerada como estabelecimento, a menos que se disponha,

de forma diferente, em NR específica.

1.7. – Cabe ao Empregador:

a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares

sobre Segurança e Medicina de Trabalho;

b) Elaborar ordens de serviços sobre Segurança e Medicina do

Trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes

objetivos:

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I – Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho

ART. 120: “NOS CASOS DE NEGLIGÊNCIA QUANTO ÀS NORMAS

PADRÃO DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO, INDICADOS PARA

PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL PROPORÁ

AÇÃO REGRESSIVA CONTRA OS RESPONSÁVEIS, PARALELA COM A

AÇÃO CRIMINAL”

II – Divulgar obrigações e proibições que os empregados devam

conhecer;

III – Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de

punição, pelo descumprimento das ordens de serviços expedidas;

IV – determinar os procedimentos que deverão ser adotadas em caso de

acidente e/ou doenças profissionais do trabalho;

V – Adotar medidas determinadas pelo Mtb (Ministério do Trabalho);

VI – Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e/ou

condições inseguras para o trabalho;

C) Informar aos trabalhadores:

I – Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

II – Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas

pela empresa;

III – Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a

fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança e medicina

do Trabalho;

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17

Portanto, devem-se acautelar todos os profissionais, empregadores,

porque a situação mudou radicalmente de 1988 para cá, inclusive já havendo

casos de condenação civil e criminal, envolvendo, presidentes de empresas,

gerentes, técnicos de segurança, mestres, engenheiros de obras e médicos.

Quanto ao aspecto Penal, o Código Penal previa aplicação d e dois tipos

penais:

Homicídio Culposo

Lesões Corporais Culposas

É a regra geral, mas existe um dispositivo no Código Penal, que

exatamente tem por objetivo prevenir que o dano aconteça. É o chamado

CRIME DE PERIGO. Basta a consciência de se expor alguém, a sua

integridade física, mental ou orgânica ou a sua saúde a um perigo direto e

eminente para que o crime se consume.

ART. 132: “EXPOR A VIDA OU A SAÚDE DE OUTREM A PERIGO

DIRETO E IMINENTE”

Pena: 3 (Três) meses a um ano de detenção. Se o fato constituir

desagravo a norma técnica de profissão a pena é aumentada de 1/3.

Para resumir, podemos dizer que após a CF/88, se um acidente do

trabalho que resulte em morte ou incapacidade permanente, a Empresa e/ou

seus Prepostos não puderem provar que se preocupavam com a saúde e

segurança do trabalho, as probabilidades de serem considerados CULPADOS

é sem dúvida nenhuma enorme.

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18

Está provado também que a maioria dos riscos existentes,

principalmente na Construção Civil, ocorrem porque o pessoal em nível de

supervisão não se preocupa em “Cumprir e fazer cumprir as normas as

necessárias para a prevenção de acidentes “, pensando apenas na produção e

economia de oferecer as devidas proteções coletivas e individuais, e talvez por

ainda continuarem pensando (erroneamente) que em caso de acidentes eles

nada sofrerão.

Comunicação Prévia

É obrigatória a comunicação à Superintendência Regional do Trabalho,

antes do início das atividades, das seguintes informações

Endereço correto da obra;

Endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante,

empregador ou condomínio;

Tipo de obra;

Datas previstas do início e conclusão da obra;

Número máximo previsto de trabalhadores na obra.

O engenheiro residente deve, antes de iniciar as atividades do

empreendimento, solicitar a aprovação de suas instalações ao Órgão Regional

do MTE, bem como comunicar ao mesmo quando ocorrer modificações

substanciais nas instalações e/ou equipamentos, conforme determinações da

NR 2 e 3, da Portaria n.º 3214/78 do MTE.

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O Órgão Regional do MTE, após realizar a inspeção prévia, emite o

Certificado de Aprovação de Instalações – CAI.

O Órgão Regional do MTE, pode interditar o empreendimento, setor de

serviço, máquina ou equipamento, ou embargar a obra, a partir de laudo

técnico do serviço competente que demonstrar grave e eminente risco para o

trabalhador.

Caso ocorra embargo ou interdição provocando a paralisação do s

serviços, os funcionários continuam recebendo os salários como se estivessem

trabalhando.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, é constituída

conforme a determinação da NR 5, da Portaria n.º 3214/78, do Ministério do

Trabalho, conforme quadro I, apresentado a seguir:

A CIPA tem por objetivos:

Observar e relatar as condições e meio ambiente de trabalho.

Grau de Nº Empregados 20 51 101 501 1001 2501 5001

Risco a a a a a A A

Técnicos 50 100 500 1000 2500 5000 10000

Representantes 1 3 4 6 9 12 15

4 Do Empregador

Representantes 1 3 4 6 9 12 15

Dos Empregados

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Solicitar medidas para reduzir, minimizar e eliminar os riscos existentes ou

neutralizar os mesmos.

Discutir, em conjunto com o SESMT, os acidentes ocorridos,

encaminhando para gerência do empreendimento o resultado da

discussão.

Solicitar medidas que previnam a ocorrência de acidentes semelhantes

Orientar os funcionários quanto à prevenção de acidentes.

A gerência do empreendimento deverá providenciar e encaminhar para o

SESMT a seguinte documentação:

Relação dos candidatos a membros representantes dos

empregados.

Relação dos membros representantes do empregador

Data e horário da votação

Com estes dados, o SESMT providenciará:

Cédula de eleição da CIPA

Efetuar a eleição da CIPA

Ata da eleição dos representantes dos empregados da CIPA

Ata de instalação e posse da CIPA Calendário anual de

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reuniões ordinárias

Requerimento de registro da CIPA a Delegacia Regional do

Trabalho.

A empresa que possuir na mesma cidade 01 (um) ou mais canteiros de

obra ou frentes de trabalho, com menos de 70 (setenta) empregados deve

organizar CIPA centralizada.

A CIPA centralizada será composta de representantes dos empregados

e do empregador, devendo ter pelo menos 01 (um) representante titular e 01

(um) suplente, por grupo de até 50 (cinquenta) empregados em cada canteiro

de obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5

A empresa que possuir 01 (um) ou mais canteiros de obra ou frente de

trabalho, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento.

Ficam desobrigados de constituir CIPA os canteiros de obra cuja

construção não exceda a 180 (cento e oitenta) dias, devendo, para atendimento

do disposto neste item, ser constituída comissão provisória de acidentes, com

eleição paritária de 01 (um) membro efetivo e 01 (um) membro suplente a cada

grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores.

As empresas que possuam equipes de trabalho itinerantes deverão

considerar como estabelecimento à sede da equipe.

As subempreiteiras que pelo número de empregados não se enquadrem

no disposto anteriormente, participarão com, no mínimo 01 (um) representante

das reuniões, do curso da CIPA e das inspeções realizadas pela CIPA da

contratante.

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Medidas Preventivas de Medicina e Segurança no Trabalho

Seleção de Pessoal

O processo de seleção e admissão de pessoal deve ser criterioso

objetivando o êxito da meta de produção com segurança.

Para admissão dos funcionários devem ser analisadas as condições de

experiências anteriores em serviços similares, bem como as condições de

saúde disciplinadas pela NR 7, da Portaria Nº 3214/78, do TEM.

Exames Médicos

Todos os funcionários devem ser submetidos aos exames médicos

admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho, por

conta da empresa, nas condições especificadas pela NR 7 da Portaria n.º

3214/78 do MTE.

Admissional: No ato da admissão do pessoal, deverá ser realizado o

Exame Médico Admissional.

Periódico: Os exames médicos devem ser renovados periodicamente,

considerando-se a natureza das atividades e/ou operações.

Mudança de função: O exame médico de mudança de função deverá

ser realizado antes da data de mudança de função do funcionário.

Retorno ao trabalho: O exame médico de retorno ao trabalho deverá

ser realizado no primeiro dia de volta ao trabalho de funcionário ausente por

período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente de

natureza ocupacional ou não.

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23

Demissional: Por ocasião da dispensa ou desligamento do funcionário,

deverá ser realizado o exame médico demissional.

A critério médico e em decorrência da investigação clínica, a fim de

investigar a capacidade ou aptidão física e mental do funcionário para a função

que deve exercer, serão realizados pela empresa, outros exames

complementares.

Os dados obtidos nos exames clínicos e complementares serão

registrados em uma ficha clínica individual, que fica sob responsabilidade do

Médico do Trabalho.

ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO:

Deverá ser emitido em duas vias pelo Médico do Trabalho, sendo uma

via entregue ao funcionário e outra deve ser arquivada junto ao prontuário do

empregado (Uma das vias deverá ficar na obra que o empregado se encontra,

a disposição da fiscalização).

Esta obrigatoriedade estende-se

inclusive aos empreiteiros e subempreiteiros

que deverá apresentar toda a documentação

referente ao PCMSO a contratante dos

serviços, após a assinatura do contrato de

prestação de serviços.

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Prevenção de Acidentes

Inspeções de Segurança no Trabalho: As inspeções de segurança no

trabalho têm um caráter eminentemente preventivo, tendo por objetivo detectar

condições inseguras e/ou atos inseguros, os quais indicam as providências

necessárias para o controle e eliminação das condições inseguras e a

necessidade de reciclagem de treinamento. São classificadas como:

Inspeção Diária de Segurança: É realizada diariamente pelo Técnico

de Segurança no Trabalho. A direção da obra tomará as medidas

necessárias para a eliminação de riscos apontados.

Inspeção Prévia de Novas Frentes de Serviço: É realizada pelo

SESMT e o responsável pela nova frente de serviço, analisando-se as

prováveis interferências, métodos e procedimentos a serem adotados

para eliminação ou neutralização dos riscos.

Inspeção Mensal de Segurança: É realizada mediante calendário

prévio, no interior das áreas de serviço, com a participação do

Engenheiro, SESMT e representante da CIPA.

Inspeção Técnica de Segurança: É realizado pelo SESMT, quando

serão inspecionados equipamentos, materiais e ferramentas recebidas

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25

pelo empreendimento, destacando-se: inspeção de veículos e

equipamentos, inspeção de extintores de incêndio, inspeção de EPI e

EPC.

Check-List de Segurança: É realizada pelo SESMT, trimestralmente,

uma avaliação geral das condições de segurança e qualidade de vida da

obra.

Riscos Ambientais

Como já vimos anteriormente em outras disciplinas, nos ambientes de

trabalho, os riscos ambientais existentes, capazes de causar danos à saúde do

trabalhador em função da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo

de exposição , são classificados em:

GRUPO I GRUPO I GRUPO III GRUPO IV GRUPO V

VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL

RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS

FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGI COS ERGONÔ MICOS ACIDENTES

Ruídos Poeiras Vírus

Esforço Físico Arranjo Físico

Intenso Inadequado

Levantamento e Máquinas ou

Vibrações Fumos Bactérias Transporte Equipamentos

Manual de Peso Sem Proteção

Radiações Exigência de Ferramentas

Névoas Protozoários Postura Inadequadas ou

Ionizantes

Inadequada Defeituosas

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26

Radiações Controle Rígido Iluminação

Não Neblina Fungos

de Produtividade Inadequada

Ionizantes

Imposição de

Eletricidade:

Frio Vapores Bacilos Gambiarras,

Ritmos

Choques

Excessivos

Elétricos

Substancia, Trabalhos em Probabilidades

Calor

Compostos ou

Turnos e de Incêndio ou

Produtos

Noturnos Explosão

Químicos

Pressões Jornadas de

Armazenamento

Trabalho

Anormais

Inadequado

Prolongadas

Iluminação Monotonia. Animais

deficiente Repetitividade Peçonhentos

Outras

Outras Situações

Situações de

Risco que

causadoras de

Umidade

Poderão

Stress Físico e/ou

Contribuir para a

Psíquico

Ocorrência de

Acidentes

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27

A CIPA, com o apoio do SESMT, elabora o Mapa de Riscos Ambientais

por etapa da construção.

As avaliações ambientais propostas em função dos riscos observados

são programadas e realizadas pelo SESMT, com o apoio de gerência da obra.

Primeiros Socorros

O empreendimento deverá ser equipado com material necessário para a

prestação de Primeiros Socorros, levando-se em conta as características das

atividades desenvolvidas.

O empreendimento deverá possuir uma maca para transporte de

acidentados, que deverá ficar situada em local próximo às frentes de trabalho.

MATERIAIS NECESSÁRIOS (Fundamento: NR 7, 7.5.3.1. – Redação da

portaria 24 / 94 de 29.12.1994)

Todo o estabelecimento deve ser equipado com material necessário à

prestação de primeiros socorros. Deverá possuir pessoa com treinamento e

conhecimento em Primeiros Socorros (ferimentos, queimaduras em geral,

intoxicação, envenenamento, desmaios, convulsões, males súbitos, etc.)

considerando-se as características próprias da atividade desenvolvida.

Esse material deve ser guardado em local adequado e de fácil acesso,

aos cuidados de pessoa treinada para este fim.

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Conteúdo:

Instrumentos

Termômetro

Tesoura

Pinça

Material Para Curativo

Luvas tipo cirúrgica (látex)

Algodão hidrófilo

Gaze esterilizada

Esparadrapo

Ataduras de crepe

Caixa de curativo adesivo

(band – aid)

Anti-séptico:

Solução de Iodo

Água oxigenada 10 volumes

Álcool

Éter

Água boricada

Medicamentos

Analgésico em gotas e

comprimidos

Antiespasmódicos em

gotas e comprimidos

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Colírio neutro

Sal de cozinha

Antídotos (contra venenos)

para substâncias químicas

utilizadas no canteiro.

Soro fisiológico

Outros

Conta gotas

Copos de plástico (café e

água) para remédios

líquidos

Filtros

Maca para transporte de

acidentados

Proteção e Combate a Incêndio

É obrigatória a adoção de medida que atendam, de forma eficaz, às

necessidades de prevenção e combate a incêndio para os diversos setores,

atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de obras.

Deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em

todos os locais da construção.

É proibida a execução de serviços de soldagem e corte a quente nos

locais onde estejam depositadas, ainda que temporariamente, substâncias

combustíveis, inflamáveis e explosivas.

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30

Nos locais confinados e onde são executadas pinturas, aplicação de

laminados, pisos, papéis de parede e similares, com o emprego de cola, bem

como nos locais de manipulação e emprego de tintas, solventes e outras

substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas, devem ser tomadas as

seguintes medidas de segurança:

Proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer

outro material que possa produzir faísca ou chama;

Evitar nas proximidades, a execução de operação com risco de

centelhamento, inclusive por impacto entre peças;

Utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão;

Instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de

gases, vapores inflamáveis ou explosivos do ambiente;

Colocar nos locais de acesso placas com a inscrição “Risco de Incêndio”

ou “Risco de Explosão”;

Manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros;

Quaisquer chamas; faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser

mantidos afastados de formas, restos de madeiras, tintas, vernizes ou

outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas.

Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e

especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o

primeiro combate ao fogo.

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31

Sinalização de Segurança

O canteiro de obras deverá ser sinalizado com o objetivo de:

Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;

Indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;

Manter comunicação a través de avisos, cartazes ou similares;

Advertir sobre perigo de contato ou acionamento acidental com

partes móveis das máquinas ou equipamentos;

Advertir quanto ao risco de queda;

Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para

atividade executada, com a devida sinalização e advertência

próximas ao posto de trabalho;

Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação

de materiais por grua, guincho e guindaste;

Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na

obra;

Advertir contra o risco de passagem de trabalhadores onde o pé

direito for inferior a 1,80 m;

Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis,

explosivas e radioativas.

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32

É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e

costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando o

acesso ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e

transporte vertical de materiais.

A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para

alertar os motoristas, pedestres e em conformidade com as determinações do

órgão competente.

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33

Treinamento

Todos os empregados devem receber treinamento admissional e

periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança.

O treinamento deve Ter carga horária mínima de 06 (seis) horas, ser

ministrado dentro do horário de trabalho, antes do trabalhador iniciar suas

atividades, constando de:

Informações sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho;

Riscos inerentes à função;

Uso adequado dos equipamentos de proteção individual – EPI;

Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva – EPC,

existentes no canteiro de obra.

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34

O treinamento periódico deve ser ministrado:

Sempre que se tornar necessário;

Ao início de cada fase da obra.

Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos

procedimentos e operações a serem realizados com segurança.

CANTEIRO DE OBRAS - FASES DA OBRA

INTRODUÇÃO:

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35

Segundo o subíten 18.3, da NR – 18, são obrigatórios a elaboração e o

cumprimento do PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de

Trabalho na Indústria da Construção, nos estabelecimentos com 20

trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos constantes da Norma e

outros dispositivos complementares de segurança.

O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento, à disposição do Órgão

Regional do Ministério do Trabalho – MTb.

O CANTEIRO DE OBRAS

A organização do canteiro de obra é fundamental para evitar desperdícios de tempo, perdas de materiais e mesmo defeitos de execução e falta de qualidade final dos serviços realizados. Apesar de existência da NR (Norma Regulamentadora) 18, elaborada em conjunto por construtoras, trabalhadores e governo, estabelecer diretrizes e exigências diversas, essas regras ainda são pouco adotadas. As principais etapas são:

PLANEJAMENTO DO CANTEIRO

Com a planta do terreno em mãos, demarca-se o local de implantação da casa. Com a ajuda do arquiteto e construtor, define-se onde devem ficar o barracão de alojamento e o depósito de materiais e ferramentas. Observar a melhor posição também para a chegada de caminhões, lembrando que o descarregamento de materiais pode ser feito por suas laterais ou por basculamento de caçamba. Para os materiais a granel, como areia e pedra, é preciso determinar um local (baia) que não atrapalhe o desenvolvimento do trabalho, mas que seja de fácil acesso e evite desperdícios.

ÁGUA À DISPOSIÇÃO

O uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene dos trabalhadores e deve estar disponível em abundância. Se a obra não contar com rede pública de abastecimento, que exigirá a instalação de um cavalete de entrada com registro, é preciso providenciar um poço, prevendo-se uma bomba ou somente um sarrilho para retirar a água. Lembrar ainda que o uso sanitário da água gera esgotos. Se não houver coleta de rede pública, será necessária uma fossa.

PREPARAÇÃO DA EXECUÇÃO

Quanto mais planejado, melhor será o desempenho dos serviços. Por isso, é importante definir com os construtores as estratégias para realizar os trabalhos no canteiro: se serão usadas ferramentas próprias ou se elas estão incluídas nos custos de execução; se haverá necessidade de alugar escoramentos ou

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36

comprar madeira para andaimes; se os trabalhadores precisarão de equipamentos de proteção individual obrigatórios por lei, além de várias outras providências.

ESPAÇOS ADEQUADOS E SEGUROS

Uma obra pode demorar mais de seis meses até ser capaz de abrigar dentro dela os alojamentos dos trabalhadores. Durante o período de construção, as únicas instalações fechadas serão a do barracão, geralmente construído de madeira. Ele deverá ter três divisões internas, sendo uma para alojamento de trabalhadores (alguns condomínios fechados não permitem que funcionários da obra durmam no local), outra para as instalações sanitárias e mais uma para guardar materiais e ferramentas. Não esquecer de deixar um espaço para guardar ferramentas de terceiros, pois, no caso de sumirem, o encargo da reposição é do proprietário da obra.

TRANSPORTE INTERNO

É preciso pensar no fluxo de materiais pela obra, prevendo os trajetos feitos pelos carrinhos de mão e giricas (espécie de carrinho que carrega mais material); quais os serviços que poderão causar conflitos quando excutados simultaneamente; e se o estoque de materiais de acabamento não será afetado pelo tráfego de pessoas e materiais.

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

É necessário esquecer as gambiarras e os fios elétricos pendurados no ambiente de trabalho, nada seguros. Não custa exigir cuidado nesse tipo de instalação, desde a entrada de energia no terreno até a sua distribuição e iluminação das frentes de trabalho. Deve-se procurar saber se existem equipamentos que exigem instalações elétricas mais sofisticadas.

TAPUMES

Algumas prefeituras e condomínios exigem que as obras sejam cercadas por tapumes, uma providência necessária, sobretudo se houver crianças perto da construção, e que sempre representa uma medida de prevenção contra roubos e depredações. Não se deve esquecer de considerar essa hipótese na discussão preliminar com seu construtor, incluindo os custos na planilha para não ser surpreendido com gastos extras.

Fonte: Revista Arquitetura & Construção - set/95.

IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS

Um projeto eficiente deve prever logística,

regulamentações obrigatórias e proporcionar acessibilidade

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37

Projeto

O planejamento do canteiro começa paralelamente ao projeto de

arquitetura, para assegurar que os trechos de periferia possam ser

eficientemente utilizados em todas as fases da obra. O plano deve prever um

ótimo dimensionamento de produção e flexibilidade para realocações.

Layout e proposição

Em cada fase da obra, o espaço

físico deve incentivar a produtividade e

deixar o material próximo da equipe da área

de execução. O layout pode ser útil tanto

para balizar a implementação do canteiro

quanto para discutir o próprio andamento da

construção.

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38

Sistemas de transporte

Elevadores e gruas devem ocupar

espaço específico que atendam todo o

canteiro. O ideal é que estejam próximos de

portões de entrada para facilitar o acesso aos

demais andares do empreendimento. É

importante também analisar a melhor solução

para equipamentos de menor expressão,

como carrinhos de mão.

Cronograma de obra

Como cada fase possui suas

particularidades, os engenheiros de obra

e de planejamento de canteiro definem

com mestres e equipe detalhes como

áreas de estoque e meios de transporte

para evitar grandes deslocamentos de

materiais. É importante calcular as áreas

de estocagem, processamento e vivência

que serão necessários ao longo da obra.

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39

Áreas de vivência

Refeitórios e vestiários geralmente são instalados no recuo do terreno,

mas essa posição pode eventualmente ser mudada de acordo com as entregas

e fases da obra. O ambiente deve ser limpo e propor integração entre a equipe.

Além disso, as áreas de vivência devem obedecer às prescrições da NR-18, a

norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho.

Estoque e áreas de produção

Entre as áreas de produção, o

projeto deve prever espaço para estoque

e locais para armazenagem de materiais

de uso imediato. Normalmente os de

menor volume e de valor unitário não

desprezível devem estar em almoxarifado.

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40

Acessos e segurança

Durante a fase de projetos e

planejamento, deve ser previsto o

acesso ao prédio para conferir

solicitação de rebaixamento de guia

junto à prefeitura. Alguns fatores como

a largura da rua devem ser verificados

para facilitar o recebimento de

material.

Quanto mais acessos, maior a chance de se ter uma ocupação mais

adequada das áreas disponíveis. No entanto, é preciso ter cuidado para não

comprometer a segurança ou criar estoques distantes da produção.

Estande de vendas

Definido pelos engenheiros de obra e de

planejamento de canteiro, juntamente com a

equipe de marketing da imobiliária, o espaço

será dimensionado com o intuito de garantir

que o acesso do cliente à obra para visitação

seja feito de forma rápida e segura e também

para que não prejudique a entrada e saída de

materiais.

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41

De acordo com os estudos dos professores Francisco Cardoso, Mércia

Barros e Ubiraci Sousa, do Depto. De Engenharia e Construção Civil da Escola

Politécnica da USP e em conformidade com a NR – 18, como vimos

anteriormente, podemos definir o CANTEIRO DE OBRAS, como sendo a área

de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e

execução de uma determinada obra.

Conforme preceitua a NBR – 12264 (áreas de vivência em canteiros de

obras – ABNT, 1999), CANTEIRO DE OBRAS, é o conjunto de áreas

destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção,

dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência.

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IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS

“ CANTEIRO DE OBRAS é a FÁBRICA que produz a edificação “

CANTEIRO DE OBRAS

X

INSTALAÇÃO FABRIL

Instalação fabril dinâmica;

Diferentes atividades ao longo do tempo;

O produto permanece e a “fábrica” sai.

FATORES CONDICIONANTES DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO

Processos e métodos construtivos empregados.

Exemplo: Pré-fabricação (possibilidade de pré-fabricação de

componentes no local da obra – necessidade de áreas para estoque de

materiais.

PENSAR

NA

SEGURANÇA

MINIMIZAR INTERFERÊNCIAS (LAYOUT)

IMPLEMENTAR MEDIDAS DE CONTROLE E

SISTEMAS PREVENTIVOS DE SEGURANÇA

MATERIAIS

MÃO-DE-OBRA

EQUIPAMENTOS

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43

Características dos Materiais (a granel, ensacados, enfardados,

etc.)

Prazo de execução (frequência e volume de materiais fornecidos,

necessidade de recursos humanos e materiais)

FASES DO CANTEIRO DE OBRAS

O Canteiro de Obras vai sendo modificado ao longo da execução da

obra em função:

1. Dos materiais presentes;

2. Dos serviços a serem executados;

3. Dos equipamentos disponíveis;

4. Da mão-de-obra alocada nos serviços.

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44

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

ÁGUA ESGOTO

HIGIENE E LIMPEZA

MATÉRIA PRIMA

EXISTÊNCIA REDE PÚBLICA

(quantidade e qualidade)

INEXISTÊNCIA REDE PÚBLICA

(perfurar poços ou comprar)

PROVIDENCIAR ARMAZENAMENTO

APÓS A OBRA PRONTA

(necessidade crítica de rede de esgoto)

DURANTE A OBRA

(construção de fossas sépticas e sumidouros)

OBS: existindo construção no local da obra,

as instalações ficam facilitadas

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45

Ainda na Fase Inicial do canteiro de obras, são executadas as

operações de MOVIMENTO DE TERRA (corte ou aterro), dependendo da

topografia do terreno, CONTENÇÕES (colocação ou construção de taludes ou

barreiras para evitar desmoronamentos) e as FUNDAÇÕES (construção dos

radier, sapatas e pilares), conforme o projeto da obra.

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46

Concluída a Fase Inicial, damos início a Fase Intermediária,

onde observamos um grande volume de produção e a “obra começa a

aparecer” com as etapas de: estrutura, alvenaria e instalações.

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48

Nas ilustrações acima podemos notar a colocação de escoras durante a fase

de concretagem das Lages a te à cura do concreto, o aparecimento das

alvenarias de elevação e preenchimento, e o estoque de componentes

necessários ao andamento dos serviços da construção.

Na Fase Final da obra, também observamos uma grande diversidade de

serviços entre os quais podemos destacar: os revestimentos externos e

internos e o acabamento.

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49

ARRANJO FÍSICO DO CANTEIRO

OBJETIVOS:

1. Organização e limpeza da “fábrica”;

2. Otimizar o fluxo de materiais e pessoas;

3. Evitar interferências com a vizinhança e com a própria obra;

4. Buscar a segurança pessoal, coletiva e patrimonial (identificar e

corrigir pontos de risco, prever equipamento de proteção coletiva

– EPC e individual - EPI);

5. Manter as condições de higiene

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50

a) LIGADOS À PRODUÇÃO

Central de concreto

Central de argamassa

Central de preparo de armaduras

Central de produção de fôrmas

Oficina de montagem de instalações e esquadrias

Central de pré-moldados

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51

b) APOIO À PRODUÇÃO

ESTOQUES

Materiais perecíveis e não perecíveis

As áreas destinadas ao estoque de materiais variam em área e forma de

construção, dependendo das quantidades, propriedades, valor,

forma e natureza dos materiais estocados

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52

c) SISTEMAS DE TRANSPORTE

d) APOIO ADMINISTRATIVO

Escritório Técnico e administrativo

Recepção da obra e controle de ponto dos empregados

Alojamento dos operários

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53

Cozinha e refeitório

Ambulatório

Sala de treinamento/alfabetização

Área de lazer

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57

e) OUTROS ELEMENTOS

Laboratório de ensaios

Entrada de água, luz e coleta de esgotos

Portões e estacionamento

Stand de vendas

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58

Como já vimos, o Canteiro de obras é o conjunto de "áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da

construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência ". (NBR - 12284)

Portanto é o local em que se dá a produção das obras de construção e, como tal, exige análise prévia e criteriosa de sua implantação, à luz dos conceitos de qualidade, produtividade e segurança.

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Seguem 11 "dicas" para sua reflexão ao projetar o canteiro de obras:

O canteiro é o cartão de visitas de toda obra, portanto vale a pena

projetá-lo em conformidade com a imagem de sua empresa.

O canteiro é a praça de relacionamento de sua empresa com

a vizinhança da obra, clientes, fornecedores e funcionários.

Projete as edificações sempre em conformidade com as normas, visando

estabilidade estrutural, conforto ambiental e segurança.

Implante o canteiro em local que permaneça o maior tempo possível,

pois desmobilizações durante a obra causam muito transtorno.

Encontre um local que não interfira com as movimentações horizontais e

verticais de material e pessoal, e que ao mesmo tempo lhe assegure

controle da obra e facilidade de acesso para funcionários e visitantes.

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60

Sempre que possível leve em consideração a insolação e ventilação

para contribuir com o conforto dos usuários.

Ao planejar as edificações de apoio, estabeleça um programa de

necessidades, com definições claras de tamanhos de salas, localização e

fluxos. Se possível, projete o mobiliário para evitar

falta ou excesso de espaço.

Ao planejar as instalações sanitárias, considere 01 chuveiro para cada

grupo de 10 trabalhadores e um conjunto de lavatório, vaso sanitário e

mictório para cada grupo de 20 trabalhadores.

Os alojamentos devem ter pé-direito de:

- 2,50m para cama simples;

- 3,00m para beliches.

É proibido instalá-los em subsolos ou porões.

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61

No refeitório,

calcule aproximadamente 1,00m2/trabalhador para o local de refeições.

O refeitório não pode estar situado em subsolos ou porões,

nem ter comunicação direta com as instalações sanitárias.

O pé-direito mínimo é de 2,80m,

ou conforme o código de obras do município da obra.

Sempre que houver trabalhadores alojados,

as áreas de vivência deverão dispor de alojamentos,

lavanderia e área de lazer.

Toda obra com 50 ou mais trabalhadores alojados deverá ter um

ambulatório.

Caros alunos, tudo o que vimos aqui são apenas orientações básicas

que devem ser complementadas com muito bom senso, organização e boa

vontade, além da natural experiência adquirida no dia-a-dia com os colegas de

trabalho, professores, orientadores e supervisores de estágio.

Portanto, “pense e realize, aprende-se a fazer, fazendo”. Mãos à obra.

Bons Estudos!

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62

Ordem e Limpeza

O canteiro de obra deve se apresentar organizado, limpo e

desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e

escadarias.

Entulho e quaisquer sobras de material devem ser regularmente

coletados e removidos. Por ocasião de sua remoção de vem ser

tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e

eventuais riscos.

Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou

sobras de materiais deve ser feito através de equipamentos

mecânicos ou calhas fechadas.

É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior

do canteiro de obra.

É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais

inadequados no canteiro de obra.

Equipamentos de Proteção Individual – EPI

O equipamento de proteção individual (EPI) é um instrumento de uso

pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes que poderiam

causar lesões ao trabalhador, e protegê-lo contra possíveis danos à saúde,

causados pelas condições de trabalho.

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63

O EPI deve ser usado como medida de proteção quando:

Não for possível eliminar o risco, como proteção coletiva;

For necessário complementar a proteção coletiva com a proteção

individual;

Em trabalhos eventuais e em exposição de curto período.

De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se

primeiro eliminar ou diminuir o risco, com a adoção de medidas de proteção

geral.

Os EPI necessários devem ser fornecidos gratuitamente pelo

empregador, e cabe ao funcionário cuidar da manutenção, limpeza e higiene de

seus próprios EPI.

A escolha do EPI a ser utilizado cabe ao Engenheiro de Segurança, que

deverá usar os seguintes critérios para a definir qual o tipo correto de

equipamento que poderá ser usado:

Os riscos que o serviço oferece;

Condições de trabalho;

Parte a ser protegida;

Qual o trabalhador que irá usar o EPI.

Definido o tipo de EPI a ser utilizado, o Engenheiro de Segurança deverá

fazer um trabalho de orientação e conscientização sobre a importância do uso

dos EPI.

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Proteção para a cabeça

Os protetores para a cabeça podem ser divididos em:

Protetores para a cabeça, propriamente ditos, que são protetores

usados para crânio e rosto (Ex.: capacetes, máscaras);

Protetores para os órgãos nelas localizados, que são os

protetores para os órgãos da visão e audição

Protetores para o crânio

Os capacetes de segurança são u sados para proteger o crânio

contra: quedas de objetos provenientes de níveis elevados;

impactos e partículas projetadas; projeção de produtos químicos;

fogo e calor; eletricidade; eletricidade.

Encontramos no mercado os capacetes com aba total, que é uma parte

integrante do casco e tem a função de proteger a face, o pescoço e os ombros.

O outro tipo de capacete comercial é o que tem aba frontal, também

chamado de boné, o mais utilizado na construção civil.

O casco do capacete é suportado por uma suspensão que compreende

todo o conjunto de tiras internas, mantendo o casco no mínimo 32mm acima do

contato direto com o crânio. Esta suspensão tem a função de amortecer

qualquer impacto e, para que isto ocorra, ela deve estar ajustada para cumprir

sua função.

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65

Protetores para o rosto

São conhecidos pelo nome genérico de "protetor fácil". Sua finalidade é

proteger o rosto contra o impacto de partículas, contra respingos de produtos

químicos e contra a ação de radiações nocivas e excesso de luminosidade.

De certa forma, também protegem os olhos, mas não servem como

único equipamento de proteção para o órgão da visão, como poderemos

observar adiante.

Os protetores para rosto podem ser divididos em:

Protetor com visor plástico: possui visor de acetato de

celulose ou acrílico; deve ser transparente e sem ondulações.

Se tiver função de proteção contra radiação luminosa, o visor

deverá ter a tonalidade adequada.

Protetor com anteparo aluminizado: dotado de visor de plástico,

aluminizado na face externa. Serve para proteger a face contra

impactos e diminui a ação da radiação luminosa.

Protetor com visor de tela: o visor é feiro de tela de malha

pequena, tornando-a transparente. Tem como função proteger o

funcionário contra riscos de impacto por estilhaços e diminui o

efeito do calor radiante.

Máscara para soldador: é de uso específico dos soldadores de

solda elétrica. Além de proteger contra a radiação calorífica e

luminosa produzidas durante a soldagem, protege também contra

respingos do metal fundente e das fagulhas da solda.

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Proteção para os olhos

A proteção dos olhos é um dos pontos mais importantes da prevenção

de acidentes; eles devem ser protegidos contra impactos de estilhaços,

partículas, fagulhas, respingos de produtos químicos e metais fundidos, assim

como, contra radiações e luminosidade. Para proteção dos olhos, normalmente,

são usados óculos que variam de forma e aplicação.

Óculos para soldador – solda a gás: tem como finalidade

proteger o trabalhador contra as radiações e luminosidade, e

contra os respingos e fagulhas de solda. Sua armação po ssui a

forma de duas conchas. As lentes são removíveis, possibilitando o

uso da tonalidade adequada de acordo com as necessidades do

serviço.

Óculos contra impactos: existem variados tipos e qualidades. A

principal característica desses óculos está na s lentes, que podem

ser de resina sintética, ou de cristal ótico endurecido por

tratamento térmico e resistente a impactos.

Proteção para membros inferiores

Os pés e pernas devem ser protegidos através de sapatos de

segurança, botas e perneiras, quando o trabalho exigir.

Sapatos de Segurança: Protegem os pés contra impactos,

principalmente contra queda de objetos pesados. O tipo de

calçado recomendado é o que possui biqueira de aço capaz de

resistir a fortes impactos, protegendo os dedos e evitando

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ferimentos. O calçado de segurança pode possuir, também,

solado antiderrapante e palmilha de aço para proteção contra

objetos perfurantes.

Botas de borracha ou plástico: Utilizada para trabalhos

realizados em locais úmidos ou quando em contato com produtos

químicos (ex.: concreto). Possui canos de comprimentos

variáveis.

Perneiras: São usadas para a proteção das pernas. De acordo

com o risco, as perneiras cobrem só a perna ou podem chegar até

a coxa. Perneiras de raspa de couro são usadas para soldadores

e fundidores.

Proteção para membros superiores: Nos membros superiores,

situam-se as partes do corpo onde, com maior frequência,

ocorrem lesões: as mãos. Grande parte dessas lesões pode ser

evitada através do uso de luvas. As luvas impedem, portanto, um

contato direto com materiais cortantes, abrasivos, aquecidos, ou

com substâncias corrosivas e irritantes da pele. Há luvas

especiais para os variados tipos de trabalho:

Para trabalhos com solda: O soldador deverá proteger-se com

luvas e mangas contra a agressividade do calor e contra

respingos incandescentes. São usadas, geralmente, luvas de

raspa de couro ou de outro material que apresente isolação

térmica.

Para trabalhos pesados e secos: Devem ser utilizadas luvas de

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couro, muito resistentes ao atrito. Vaqueta ou vaqueta bufalada

são usadas para confecção dessas luvas, normalmente com

reforço e palma dupla.

Para trabalhos pesados e úmidos: Devem utilizar luvas de lona,

desde que os líquidos manuseados não sejam nocivos à pele.

Para trabalhos com líquidos: Adotam-se luvas impermeáveis de

plástico ou borracha. Para manuseio de produtos derivados de

petróleo, devem ser usadas luvas de borracha sintética ou de

PVC.

Para trabalhos quentes (corpos aquecidos ou nos casos de

exposição à radiação térmica): Recomenda-se luvas de amianto

ou de fibra de vidro por serem materiais incombustíveis. Quando

as mãos são expostas a fortes radiações de calor, as luvas de

amianto e de fibra de vidro serão mais eficientes, se o dorso for

aluminizado.

Para trabalhos de alta tensão: Devem ser utilizadas luvas de

borracha especial, são a s que têm maior responsabilidade na

proteção do trabalhador, pois protegem a vida do indivíduo contra

eletrocução. Não de vem Ter quaisquer defeitos, arranhaduras,

perfurações ou desgastes. Para evitar tudo isso, elas devem ser

usadas, obrigatoriamente, com luvas de pelica ou outro couro

macio, sobrepostas, e examinadas toda vez que forrem utilizadas

(teste de sopro).

Mangotes: Proteção para os braços na realização de operações

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que possam causar alguma lesão como: raspões, queimaduras,

batidas, etc.

Proteção contra quedas com diferença de nível

Cintos de Segurança

Não têm a finalidade de proteger esta ou qualquer parte do corpo.

Destinam-se a proteger o homem que trabalha em lugares altos, prevenindo

quedas por desequilíbrio.

Cinto com Travessão

É um cinto largo e reforçado, de couro ou lona, com uma ou duas fivelas,

conforme o tipo. O travessão é preso por dois anéis colocados de maneira que

fique um de cada lado do corpo do usuário.

Cinto com Corda

Este tipo de cinto possui suspensórios e, em alguns casos, até tiras de

assento como os cintos de pá ra-quedistas.

Proteção Auditiva

Proteção auditiva só deve ser usada como último recurso. Apesar de

existir algum desacordo, a máxima intensidade de som ao qual o ouvido

humano pode estar sujeito sem dano à audição , considera-se estar na faixa de

90 a 100 decibéis. Se uma pessoa deve trabalhar por longos períodos exposto

a níveis (pressões) de som superiores a aproximadamente 85 decibéis (para

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cada oitava acima de 300 ciclos/segundo) deve usar alguma forma de proteção

auditiva.

Um simples decibel representa a menor troca de volume de som que

pode ser detectado pelo ouvido humano. Um som de 130 decibéis é tão intenso

que reproduz sensação de dor no ouvido.

É necessário equipamento especializado e homens treinados para

analisar uma exposição ao barulho. É necessário um médico ou departamento

médico da companhia para aprovar tipos de proteção ao ouvido que serão mais

efetivos.

Protetores de Inserção: Este tipo nos canais e varia

consideravelmente de desenho e material. Os materiais usados

são a borracha, plástico macio, cera e algodão. Os tipos de

borracha e plástico são populares porque são fáceis de se manter

limpos, são baratos e têm bom desempenho.

Protetores Tipo Concha: Este protetor deve cobrir o ouvido

externo para promover uma barreira acústica efetiva. É um dos

tipos mais completos. Pelo fato de abranger toda a concha

auditiva, deve ser feito em material macio, confortável e de fácil

higienização .

Proteção Respiratória

Sua finalidade é impedir que as vias respiratórias sejam atingidas por

gases ou outras substâncias nocivas ao organismo.

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71

A máscara é a peça básica do protetor respiratório. É chamada

semifacial quando cobre parcialmente o rosto, mais precisamente, nariz e

boca. É chamada facial quando cobre todo o rosto, havendo, nesse caso, um

visor. A máscara semifacial ou facial deve permitir vedação perfeita nas áreas

de contato com o rosto.

Máscaras com filtro

Esses filtros podem ser:

a) de material fibroso que retém partículas de poeira, fumos, névoas,

etc.;

b) compostos de um recipiente cheio de carvão ativo, absorvente de

determinados vapores, como os derivados de petróleo, de álcool,

etc.

Máscaras com suprimento de ar: Em lugares onde o ar está

altamente contaminado por gases nocivos, ou onde há defic6ncia

de oxigênio, não se usam máscaras com filtros, mas, sim,

máscaras com suprimentos de ar puro, autônomas. O ar poderá

ser fornecido por cilindros (de ar comprimido) ou por ventoinha

acionada à dist6ancia, sendo o ar levado através de mangueiras.

Máscaras contra gases: São dispositivos de proteção que

purificam o ar, fazendo-o passar através de uma caixa com

substâncias químicas que absorvem os contaminantes. É

necessário ter em mente que as máscaras deste tipo não

proporcionam proteção onde há deficiência de oxigênio.

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Proteção de tronco

Aventais e vestimentas especiais são empregados contra os mais

variados agentes agressivos.

Avental de raspa de couro: Normalmente usado por soldadores.

É usado também contra riscos de cortes e atritos que podem

ocorrer no manuseio de chapas grandes com arestas cortantes.

Avental de lona: Usado para trabalhos secos em que não haja

risco de pegar fogo e contra riscos leves de cortes e atritos.

Avental de amianto: Usado para trabalhos quentes. Não é

inflamável, mas oferece algumas desvantagens porque é pouco

resistente ao atrito e é muito pesado.

Avental de plástico: Para manuseio de ácidos ou outros produtos

químicos. Evita que os mesmos penetrem na roupa.

Proteção de corpo inteiro

A proteção de corpo inteiro é utilizada quando o funcionário tem que

trabalhar em locais que apresentem riscos de contaminação, como por

exemplo na limpeza de redes de esgoto. São encontrados macacões com

revestimento de laminado com polietileno, microperfurado e sem revestimento.

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73

Vejamos agora. Alguns exemplos desses equipamentos citados:

Óculos de segurança com armação de plástico

e haste de proteção lateral

Máscara para solda

em prolipropileno

com visor

Capacete com protetor

facial de acrílico c/

abafador de ruído

Capacetes tipo jóquei ou boné, com

aba frontal, três estrias reforçadas,

com calha semicircular.

Escudo para solda

em prolipropileno

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Luvas de raspa de couro, cano curto e cano

longo

Luvas de vaqueta

Protetor facial fabricado em material leve e resistente com

coroa plástica ajustável articulada e visor em acrílico incolor

Protetor facial fabricado em material leve e resistente com

coroa plástica ajustável articulada e visor em acrílico verde

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Acessórios de raspa de couro: avental, mangotes, blusão e perneiras

Protetor auditivo tipo concha

.Protetor auditivo de inserção tipo

plugue, confeccionado em silicone

e envolta por cápsula de silicone

com cordel.

Protetor auditivo em silicone

com três anéis de vedação, com

capacidade para atenuar

26decibéis

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Respirador descartável para

poeiras e névoas Respirador semifacial

com dois filtros

Respirador facial com 2 filtros com

possibilidade de ventilação forçada

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Cinto de segurança “paraquedista” com 1 ponto de ancoragem

Cinto de segurança “paraquedista” com 2 pontos de ancoragem

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ÁREAS DE VIVÊNCIA

Instalações Sanitárias

Instalação sanitária é o local destinado ao asseio corporal e/ou ao

atendimento das necessidades fisiológicas de excreção.

As instalações sanitárias devem:

ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;

ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser

construídas de modo a manter o resguardo conveniente;

ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de

madeira;

ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;

não pode ser próximo à área de refeição;

ser independentes para homens e mulheres, quando necessário;

ter ventilação e iluminação adequados;

ter instalações elétricas protegidas;

ter pé direito mínimo de 2,50 m.

A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e

mictório na proporção de I conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores, bem

como um chuveiro, na proporção de 1 unidade para cada grupo de 10

trabalhadores.

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Os lavatórios podem ser individuais ou coletivos; possuir torneira; Ter

revestimento interno impermeável; dispor de lixeiras.

Os vasos sanitários devem ficar em áreas com, no mínimo, 1m²; ser

provido de porta com trinco; lixeira; válvula de descarga (tipo caixa ou

automática); ser ligado à rede geral de esgotos.

Os mictórios podem ser individuais ou coletivos; ser providos de

descarga provocada ou automática; ser ligado à rede de esgoto.

Os chuveiros devem ter uma área mínima de utilização de 0,80m²; com

piso antiderrapante; com suporte para sabonete e cabide para toalha.

Vestiários

Todo canteiro deve possuir vestiário para troca de roupas dos

trabalhadores que não ficam alojados. Os vestiários devem ficar próximos aos

alojamentos e/ou entrada da obra.

Os vestiários devem:

ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

ter pisos de concreto, cimentado ou madeira;

ter cobertura;

ter área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso;

ter iluminação natural e/ou artificial;

ter armários individuais com fechadura ou cadeado;

ter pé direito mínimo de 2,50m;

ter bancos em número suficiente para atender aos usuários.

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Alojamentos

Os alojamentos localizados nos canteiros devem:

ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

ter pisos de concreto, cimentado ou madeira;

ter área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso;

ter cobertura;

ter área mínima de 3m² por módulo cama armário, incluindo a

área de circulação ;

ter pé direito mínimo de 2,50m para camas simples e 3,00m para

camas duplas (beliches);

ter instalações elétricas protegidas;

ter armários duplos individuais de 1,20m de altura, 0,30m de

largura e 0,40cm de profundidade;

ser mantidos em perfeito estado de conservação , higiene e

limpeza;

fornecer água potável, filtrada e fresca através de bebedouros.

As camas ou beliches devem:

ter, no mínimo, uma altura livre de 1,20m entre as camas e entre

a cama e o teto;

ter proteções laterais para as beliches (cama superior);

ter dimensões mínimas de 0,80x1,90m, com colchões de

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densidade 26 e espessura 10cm;

dispor de lençol, fronha e travesseiro em condições adequadas de

higiene.

Os alojamentos não devem:

estar localizado em subsolos ou porões;

ter mais de 3 camas na mesma coluna vertical;

ter locais para refeições ou para aquecimento de alimentos;

abrigar trabalhadores com doenças infectocontagiosas

Local para refeições

É obrigatória a existência de um local próprio para as refeições.

Este local deve:

ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

ter pisos de concreto, cimentado ou madeira;

ter cobertura;

ter capacidade para garantir o atendimento de todos os funcionários;

ter iluminação e iluminação natural e/ou artificial;

ter lavatório instalado em suas proximidades ou interior;

ter mesas com tampos laváveis e lisos;

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82

Ter assentos suficientes para todos os funcionários;

ter lixeira com tampa;

não e star situado em porões ou subsolos;

não ter comunicação direta com os sanitários;

ter pé direito mínimo de 2,80m;

ter local para aquecimento de refeições;

fornecer água potável, filtrada e fresca através de bebedouros.

Cozinha

Quando houver cozinha no canteiro ela deve: ter pé

direito mínimo de 2,80m;

ter iluminação e iluminação natural e/ou artificial, que

permita boa exaustão;

ter paredes de alvenaria, madeira ou material

equivalente;

ter pisos de concreto, cimentado ou madeira;

ter cobertura de material resistente ao fogo;

ter pia para lavar os alimentos e utensílios;

possuir instalações sanitárias que não se comuniquem

com a cozinha;

ter lixeira tampada;

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possuir equipamento de refrigeração;

ficar adjacente ao refeitório;

ter instalações elétricas adequadas;

ter local fora da cozinha para armazenamento de gás

GLP;

fornecer gorros e aventais para os funcionários que

trabalham na cozinha.

Lavanderia

As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e

iluminado para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas

roupas pessoais.

Este local deverá ter tanques individuais ou coletivos em número

adequado.

A empresa poderá contratar serviços de terceiros para a execução deste

serviço caso o canteiro não possua um espaço específico para a instalação de

uma lavanderia.

Área de lazer

Nas áreas de vivência dever ser previstos locais para a recreação dos

trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o refeitório para este fim.

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Ambulatórios

Quando houver mais de 50 funcionários trabalhando no canteiro de obra,

deve-se Ter um ambulatório.

Instalações elétricas

Qualquer tipo de instalação elétrica, seja ela provisória ou definitiva

deverá sempre ser feita por profissionais qualificados e capacitados para a

execução destes serviços.

Deve-se procurar desligar todos os circuitos elétricos e caso isto não

seja possível, a instalação somente poderá ser feita após a adoção de medidas

de segurança complementares, como a utilização de ferramentas apropriadas e

EPI.

As instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser

constituídas de:

chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da

concessionária local, localizada no quadro principal de

distribuição;

chave individual para cada circuito de derivação;

chaves faca blindada em quadro de tomadas;

chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.

Alguns itens devem ser respeitados durante a execução de uma instalação

provisória:

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85

os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo

permitido obstruir a circulação de materiais e pessoas;

os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos,

umidade e agentes corrosivos;

as chaves blindadas devem ser convenientemente protegidas de

intempéries e instaladas em posição que impeça o fechamento

acidental do circuito;

não é permitido o uso de chaves blindadas como dispositivos de partida

e parada de máquinas;

é proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e

equipamentos elétricos;

as emendas e derivações devem ser executadas de modo que

assegurem a resistência mecânica e contato elétrico adequado;

o isolamento de emendas e derivações deve ter característica

equivalente à dos condutores utilizados;

os fusíveis e chaves blindadas devem ter capacidade compatível com o

circuito a proteger, não sendo permitida sua substituição p or

dispositivos improvisados ou por outro fusíveis de capacidade superior,

sem a correspondente troca da fiação ;

máquinas e equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por

intermédio de conjunto plugue e tomada.

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Transportes de Trabalhadores em Veículos Automotores

O transporte coletivo de trabalhadores deve se feito através de meios de

transportes normalizados e ter autorização prévia da autoridade competente.

A condução d o veículo deve ser feita por um profissional habilitado para

exercer tal função.

A utilização de veículos a título precário para transporte de passageiros

somente será permitida em vias que não apresentem condições de tráfego para

ônibus. Neste caso deve-se apresentar as seguintes normas de segurança:

carroceria em todo o perímetro do veículo, com guardas altas e

cobertura de altura livre de 2,10m em relação ao piso da carroceria;

assentos com espuma revestida de 0,45m de largura por 0,35m

de profundidade e 0,45m de altura com encosto e cinto de segurança

tipo 3 pontos;

barras de apoio para as mão s a 0,10m da cobertura e para os braços e

mãos entre os assentos;

a capacidade de transporte de trabalhadores será dimensionada em

função da área de assentos, acrescida do corredor de passagem de

pelo menos 0,80m de largura;

materiais e equipamentos devem estar acondicionados em

compartimentos separados dos trabalhadores, para que não haja risco

de lesões;

escada com corrimão de segurança para acesso pela traseira da

carroceria;

sistema de ventilação na s guardas altas e de comunicação entre

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a cobertura e a cabine do veículo;

só será permitido o transporte de trabalhadores acomodados nos

assentos acima dimensionados.

Ferramentas Manuais

A maioria dos acidentes que ocorrem envolvendo ferramentas manuais

são devidos ao mau estado de conservação da ferramenta; à utilização de

equipamentos impróprios para a execução dos serviços; a falta de uso de EPI.

A seguir veremos os principais tipos de ferramentas utilizadas em obras,

os acidentes que elas podem causar e as precauções a serem tomadas.

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88

Tipos de Ferramentas Lesões Provocados Precauções

De Corte

(talhadeiras,raspadeiras)

Perfurações e cortes

- Transportar as ferramentas protegidas por bainhas e dentro de sacolas, nunca em bolsos de calças ou camisas;

- Colocar as ferramentas em locais estáveis, onde não haja perigo de queda.

De Ponta

(pontas de traçar, compassos, limas);

De Percussão (talhadeiras,percursores, punções)

Calibradores

Perfurações e cortes

Projeção de estilhaços metálicos, batidas

- Proteger as pontas dos equipamentos por rolha de cortiça;

- Não utilizar limas como alavancas;

- Utilização de cabos para as limas;

- Conservar em bom estado a cabeça de talhadeiras, evitando-se rebarbas;

- Usar têmpera apropriada para o aço empregado;

- Cuidado com as projeções ao cortar ferros ou rebites

De Bater

(martelos, macetes)

Batidas

- Verificar a boa fixação dos cabos da ferramenta,

- Não molhar para evitar apodrecimento da madeira

- Evitar a utilização destes em ambientes explosivos

De Apertar

(chaves fixas, grifos, chaves inglesas, chaves de Fenda)

Perfurações, batidas

- Verificar o tamanho das chaves de acordo com a fenda do parafuso ou dimensão da porca;

- Não-aumentar o tamanho do cabo-para

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Serras para-madeiras

e metais (serrotes)

Diversas

(tesouras, escovas metálicas,colher de pedreiro)

Cortes, perfurações

Perfuração, corte

provocar o efeito alavanca;

- Não utilizar chaves para apertar ou soltar;

- Verificar a existência de fissuras no material;

- Transportar as ferramentas com proteção para os dentes;

- Verificar o estado dos dentes (devem estar afiados;

- Não alinhar a direção do corte com os dedos;

- Usar tesouras de braços abertos para evitar que os dedos fiquem presos;

- Manter as colheres de pedreiro em bom estado, evitando-se assim o corte por desgaste da lâmina;

- Manter certa distância para utilizar a escova de aço, evitando-se assim a projeção de partículas

Pistolas de Fixação

Ferimento por projéteis ou estilhaços

- Utilizar protetores apropriados contra estilhaços na ponta do cano, de acordo com o serviço a ser executado;

- Não apoie a pistola em suportes finos ou quebradiços;

- Localizar as instalações de hidráulica e elétrica antes do início dos serviços;

- Não usar as pistolas em locais com produtos inflamáveis ou vapores explosivos;

- Transportas as pistolas e cartuchos em caixas apropriadas

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90

Posição Errada

OPERAÇÕES MANUAIS

O Esforço - Levantamento de cargas

O importante é manter a coluna vertebral em posição reta e, tanto

quando possível, vertical.

A pressão exercida é repartida igualmente sobre cada disco.

Posição Correta

Levantar a carga como o faria um atleta:

dorso plano, coluna vertebral reta.

Busto erguido.

De cócoras

Apanhar a carga o mais perto possível do corpo, com pés debaixo

do objeto ou de cada lado do mesmo.

Quando a pressão é repartida de forma

desigual, os discos podem sofrer aperto e

deslocamento (hérnia discal).

A coluna vertebral encurvada (“dorso arredondado”) impõe esforços

suplementares durante o erguimento do corpo. Os acidentes lombares ou

vertebrais são devidos essencialmente à inobservância das regras aqui

indicadas.

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91

Carregamento no Ombro ou nas Costas

Aproveitar a velocidade ascensional pelo esforço de levantamento para

colocar-se rapidamente debaixo da carga. (1-2-3)

A elasticidade de uma carga (barra metálica, viga de madeira) pode ser

aproveitada para acelerar e minimizar o esforço.

Em regime de trabalho contínuo, o carregamento de fardos (sacos, por

exemplo), tornar-se-á mais fácil, se for efetuado a partir de uma plataforma

instalada à altura conveniente (A).

Para cargas colocadas no chã o, recomenda-se o auxílio de um ajudante

para evitar fadiga excessiva.

Levantar na frente à extremidade de uma carga comprida (viga, escada,

cano) carregada por um só trabalhador, para garantir uma altura livre da

capacidade de um homem. (B). Cuidado nas esquinas e cruzamentos.

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92

Deslocamento da Carga

Aproveitar tanto quanto

possível todas as forças que

agem sobre uma carga pesada

(desequilíbrio, balanço).

Aproveitar o impulso do

corpo e sua ação como

contrapeso da massa, para

deslocá-la por manobras sucessivas . (C).

Para manobrar uma peça por tombamento, tombá-la, empurrando na

parte superior do lado oposto à direção do tombamento. Não coloque os dedos

na face que ficará encostada no chão , empurre com as palmas das mãos.

Para deslocar uma peça comprida e pesada por meio de alavancas,

coloque corretamente as mesmas (D).

Rolagem

Quando rolar e dirigir barris, manilhas,

etc. tomar cuidado para não prensar as mãos

contra paredes, postes, passagens estreitas e

obstáculos diversos. Para evitar este acidente,

rolar o cilindro, colocando as palmas das mãos

sobre o mesmo.

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93

Se for preciso apanhá-lo depois pelos lados, use luvas grossas e muito

cuidado (E). Os mesmos cuidados convêm para cargas colocadas em roletes,

para evitar choques e pancadas.

Escolher os equipamentos leves de transporte os mais próprios para a

operação a ser executada, e não sobrecarregá-los.

Em certos casos convém utilizar equipamentos apropriados, por

exemplo: carrinho para transporte de um equipamento de solda oxi-acetilênica.

Um carrinho de mão carregado sempre

deve ser empurrado. A carga normal admitida é de

60 Kg. Em caso algum deve ultrapassar 100 Kg.

Instalar protetores de mão nos cabos de

carrinhos manuais e similares, como proteção

contra golpes.

No deslocamento de tonéis ou equipamentos com carga pesada,

recomenda-se a assistência de um ajudante munido de um calço com cabo,

para bloquear, em caso de necessidade, o objeto que pode tomar velocidade

excessiva nas descidas.

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94

Como depositar e apanhar Cargas Pesadas

Ao depositar uma carga pesada no chão, é absolutamente indispensável

o uso de calços de altura suficiente, para evitar o esmagamento dos pés ou

mão s colocados sob carga. Ademais, esta precaução facilitará um novo

levantamento da carga.

O uso de sapatos de segurança e luvas é particularmente recomendado.

Estocagem de Materiais

Dica : Depois de escolher cuidadosamente o local de estocagem:

Preparar uma base em nível, em solo resistente.

Construir um piso arejado, para isolar do solo os materiais

sensíveis à umidade.

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95

Tábuas e Caibros

Empilhar juntos somente tábuas ou

caibros da mesma bitola.

Fazer pilhas por camadas cruzadas e de

altura limitada.

Deixar passagens suficientes entre as

pilhas para facilitar a circulação .

Tijolos e Pedras Brutas

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96

Não ultrapassar a altura de 2 metros para pilhas de faces

verticais. Para maiores alturas, fazer pilhas em forma de pirâmide

pouco elevadas, embora suficiente para permitir as ligações

necessárias por cruzamento das camadas.

Para as pedras brutas, compor as faces da pilha com blocos

entrelaçados uns nos outros. Para evitar desabamentos, retirar

sempre os materiais do topo da pilha.

Tubos, Canos e Manilhas

Escolher um local apropriado

para a estocagem.

Armazenar os materiais por

categorias e de acordo com o

seu uso.

Segurar as camadas de base com calços, para impedir o material

de rolar e, se for preciso, colocar estacas de apoio com cabeça

arredondada.

Para retirar materiais, começar sempre pelo topo da pilha.

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97

Ferros, Perfis e Tubulações de Andaime

Classificá-los de acordo com

suas características.

Proibir o uso de estacas de

aço redondo, que representam um

sério perigo em caso de queda de

um trabalhador.

Instalar o estoque dos perfis de aço para concreto perto dos trabalhos de

modelagem.

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98

Sacos (cimento, gesso, etc.)

O empilhamento errado dos sacos provoca o risco de

desabamento, devido à compactação do conteúdo ou do

deslizamento das camadas.

Cruzar cuidadosamente as camadas sucessivas.

Havendo relação simples entre as dimensões dos sacos, diminuir

as camadas à altura do homem, para garantir as ligações

necessárias.

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99

Não empilhar sacos furados. Seu esvaziamento comprometerá o

equilíbrio da pilha.

CABOS, CORRENTES E CORDAS

São frequentemente usados para fins diversos:

Fixação d e partes de andaimes

Amarração

Levantamento

Cabos

São constituídos por um conjunto de fios de aço doce, trançados em

espiral e enrolados numa alma de material têxtil ou aço.

Possuem alta resistência e são relativamente leves.

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100

Resistência: Na ausência de dados mais exatos fornecidos pelo

fabricante, podemos admitir 110 a 130 Kg/mm2 de seção aparente.

Sua resistência, entretanto, está também em função de:

Sua composição

Da qualidade do aço

Do desgaste

Não de vem ser nunca submetidos a uma carga superior a 1/6 de sua

carga de ruptura.

Carga de ruptura / 6 = Carga de uso

Precauções Antes do Uso

Examinar cuidadosamente, e AFASTAR cabos que apresentem:

Uma hérnia

Ou um estrangulamento ou deformação

Ou um toro quebrado

Ou 1/20 do número total de fios quebrados, contados num

comprimento de 2 pessoas.

Não deve apresentar costura ou argola, salvo nas extremidades

Recomenda-se o uso de cabos em aço inoxidável (obrigatório

para a suspensão de andaime volantes)

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101

Princípios de enrolamento de Cabos

Precauções Durante o Uso

O manuseio deve ser realizado preferivelmente com utilização de luvas

de couro.

EVITAR

Arestas vivas

Sobrecargas

Abalos violentos

Formação de nós

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102

VERIFICAR

Amarras e pontos de amarras

O enrolamento regular no tambor

Um cabo solto repentinamente pode bater e causar ferimentos.

É preciso mantê-lo sempre sob uma certa tensão.

PROTEGER o cabo contra o fogo e produtos corrosivos.

Precauções depois do uso

Manutenção

A lubrificação (Preferivelmente a quente);

Facilita o deslocamento dos fios em relação de uns aos outros

Evita abrasão e corrosão;

Protege a alma de material têxtil;

Limpar antes de lubrificar;

Estocar num perfil devidamente arredondado;

Eliminar os cabos que não mais oferecem garantias de

segurança.

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103

Correntes

São principalmente usadas nas eslingas, ou para fixação de elementos

de andaime de madeira.

Possuem boa resistência e são muito elásticas.

Porém pesadas e sua resistência diminui com o tempo frio.

Resistência admitida (carga de ruptura) conforme categorias:

Existem 4 (quatro) categorias:

Correntes de estai = 18 Kg por mm2 de seção;

Correntes de elos calibrados e elos curtos = 14 Kg por mm2 de

seção;

Correntes retorcidas = 5 Kg por mm2 de seção.

Carga de uso = 1/5 da carga de ruptura

Carga de ruptura/5 = Carga de uso

Precauções antes do uso

Não usar uma corrente de carga quando um de seus elos estiver:

Deformado;

alongado achatado;

aberto;

gasto

Nestes casos, deve ser consertada pelo fabricante.

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104

A resistência de uma corrente é a de seu elo enfraquecido. Em tempo

frio, aquecer lentamente a corrente antes de usá-la.

Precauções durante o uso

Evitar :

arestas vivas (colocar

calços)

abalos violentos

sobrecargas

corrosivos (lubrificar)

atritos

Verificar a posição e m nível dos elos e se a corrente não está

enroscada.

Depois do uso

Estocar suspensa em local seco e livre de ácidos ou produtos corrosivos.

Cordas

São compostas de fio grossos (fios elásticos elementares) retorcidos em

conjunto para formar um toro.

Um conjunto de toros torcidos constitui uma corda.

Muito elásticas e relativamente leves. Possuem porém resistência

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105

menor do que cabos ou correntes.

Deterioração rápida.

Corte fácil sob cargas duras ou de densidade elevada.

Podem ser de:

Fibras vegetais

cânhamo

cânhamo de Manila

sisal

juta

Fibras artificiais

Nylon

Resistência

Além dos dados do quadro que segue, levar em conta também:

o tipo de tecedura

o número de toros

o desgaste

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106

Precauções antes do uso

Verificar :

Abrasão dos fios externos

Toros quebrados ou amassados

Controlar :

As faces internas dos toros

Uma corda enegrecida pode ser sinal de mofo

A queda de pó esbranquiçado é outro sinal que está deteriorado.

Sinais de mofo ou aquecimento podem também ser constatados

pelo cheiro.

Precauções durante o uso

Para os cabos e correntes, evitar:

arestas cortantes

atritos

nós

abalos violentos

corrosivos

objetos pontiagudos

sobrecargas

emplastro, salvo nas

extremidades

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107

Depois do uso

Secá-las

Guardá-las em local seco e ao abrigo do calor

Suspendê-las em perfil bastante arredondado

Protegê-las dos roedores (ratos) e produtos corrosivos (cal,

cimento etc.)

As cordas de nylon:

Resistência 2 vezes maior do que a do cânhamo de Manila.

Não apodrecem, nem mofam

Podem alongar-se de 30 a 40% sem romper-se, o que permite

absorver abalos violentos.

Uma longa estocagem no sol diminui sua resistência.

Usadas principalmente para cordas de segurança (cintos)

PEQUENAS OPERAÇÕES MECÂNICAS

A pequena operação mecânica pode substituir ou completar

vantajosamente a operação manual, empregando equipamentos de suspensão

relativamente simples, movidos à mão.

Para reduzir tanto a fadiga humana, quanto à frequência de acidentes,

recomenda-se, na medida do possível, o uso da operação mecânica.

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108

Nas grandes oficinas e nas obras de vulto, a mecanização da operação ,

organizada racionalmente e utilizando os equipamentos modernos hoje

disponíveis, garante a rentabilidade das operações e limita a participação do

trabalhador à direção dos equipamentos, ao controle das manobras e à

fiscalização das instalações.

Polias de Suspensão

Perfil da garganta das ranhuras

arredondado para polis de cordas ou cabos

de impressões ou ranhuras para as correntes

Regulamentação

Diâmetro das polias = 22 vezes o diâmetro do cabo Dispositivo para

impedir o escapamento do cabo da garganta.

Instalação de protetor, para permitir a manobra sem risco de prender a

mão entre a carcaça e a polia.

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109

Alternativa: montar a polia a 2,20 m do chão

Dispositivos permitindo o deslocamento de polias de cadernais sem

tocar aos cabos ou cordas.

Tomar as devidas precauções para evitar a torção da s correntes

durante o enrolamento das mesmas.

Manobra

Puxar o cabo no

alinhamento da polia, para evitar

atritos e desgaste. O ângulo

máximo admissível não pode

ultrapassar 5°.

Nunca ficar parado debaixo da carga. O manobrista deve ficar a

distância suficiente fora do eixo da carga.

É indispensável usar capacete.

Cadernais

Um cadernal é composto de determinado número de polias falsas

montadas num mesmo eixo.

Os cadernais simples possuem uma única corda (cabo ou corrente),

permitindo a montagem de aparelho de tração elementar: a talha

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110

Em tração direta (1 e 1 a), ponto fixo sustenta a carga menos o esforço

de tração. Em reação inversa (2 e 2 a), o ponto fixo sustenta a carga mais o

esforço de tração.

Princípio de funcionamento de cardenais simples

Cadernais compostos

Com vários moitões e uma única

extremidade livre.

Cadernais em paralelo

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111

Os cadernais compostos e em

paralelo são combinações de cadernais

simples. O cadernal é um meio para

reduzir o esforço de tração a ser exercido

para manobrar uma carga determinada,

modificando, se for preciso, a direção

deste esforço.

Armar uma polia, é equipá-la com roldanas de tração para o qual foi

prevista: corda, cabo ou corrente.

Bater uma polia num ponto fixo ou numa carga é fixa-la por seu gancho

neste ponto fixo ou carga.

Talhas de Corrente

Talha diferencial de corrente

A corrente passa numa

3a polia (de diâmetro

pouco menor das duas

primeiras), que leva o

gancho de suspensão

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112

Talhas de engrenagens

O volante de manobra é uma polia de impressões

acionada por uma corrente independente.

A polia de impressões de nós de suspensão arrasta a

corrente de suspensão .

O conjunto polias e sistema de multiplicador é protegido

por cárter.

Talhas de parafuso sem fim

O parafuso sem fim ataca uma engrenagem

helicoidal.

Não sendo acionada a corrente de manobra um

freio imobiliza a carga; o mesmo freio regulariza

ainda o movimento de descida.

Talhas Especiais

Talhas de corrente e roda de lingueta

Estas talhas são usadas principalmente para manobras de tração

auxiliares: tensão de um cabo etc.

A parte fixa do aparelho inclui:

um gancho de fixação

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113

um cárter protetor do mecanismo do equipamento e do sistema de

segurança.

Alavanca e cabo de manobra no espaço.

O dispositivo de mudança de marcha, localizado na alavanca (B

ponto morto – A, C marcha e inversão).

Uma corrente de roletes liga esta parte fixa a um gancho móvel,

diretamente ou por intermédio de outra polia.

Inclui duas polias de impressões, de diâmetros diferentes,

montadas no mesmo eixo.

Talhas de mordentes articulados (tipo TIRFOR)

Este aparelho é irreversível. Quando se larga a alavanca de manobra, o

cabo fica bloqueado e segura tanto mais quanto mais pesada for a carga.

Os aparelhos deste tipo, embora obedeçam a princípio diferente,

são u sados sob as mesmas condições das talhas especiais e

podem ser incluídos nesta categoria.

O aparelho TIRFOR compõe se essencialmente de dois

mordentes apertando alternativamente um cabo de tipo especial,

movimentando-o descontinuamente.

O mecanismo é embutido num cárter muito resistente, munido de

um gancho montado em pino, que permite a amarração num

ponto fixo.

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114

Quando o cabo é “batido” num ponto fixo, o TIRFOR se desloca

ao longo deste cabo juntamente com a carga, ligada então ao

gancho montado no aparelho.

Guinchos Movidos à Mão

Os guinchos são equipamentos de tração destinados, principalmente à

suspensão vertical de cargas.

Riscos: quebra de uma de suas peças queda da carga.

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115

Regras de segurança

Tomar as medidas necessárias para orientar as manobras, se a

área de movimento das cargas fica fora do campo visual do

operador.

Tomar medidas eficazes para evitar a queda de materiais, cabos

etc., e para garantir a movimentação certa de peças compridas.

Vedar circulação ou permanência debaixo das cargas.

Nas paradas, não d eixar cargas suspensas no gancho.

Os operadores de aparelhos de suspensão devem ser protegidos

contra a queda de objetos diversos e de materiais por teto de

segurança.

Este teto, de resistência suficiente, deve ser montado de maneira

a não impedir o controle das manobras da carga.

Instalações:

O equipamento de suspensão deve ser colocado em base

firme.

Sua fixação , ancoragem ou lastreamento (conforme os casos)

deve ser executada cuidadosamente, para evitar o eventual

deslocamento da carcaça em consequência do esforço de

tração e de outros esforços.

As instalações devem permitir operações de carga e descarga

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116

sem necessidade, para os trabalhadores encarregados das

mesmas, de se debruçarem sobre o espaço.

Cargas de, no máximo, 50 Kg podem, entretanto, ser levadas

do piso da instalação, a prumo, por um gancho de

comprimento suficiente. O trabalhador deverá garantir sua

segurança pelos meios apropriados para se segurar ou ficar

segurado, evitando a queda no espaço.

É indispensável recolocar peitoris porventura desmontados

para executar uma manobra.

Transporte ou levantamento de pessoal

Em locais de trabalho de acesso perigoso, equipamentos de

levantamento acionados à mão pode m ser utilizados para o

transporte ou levantamento de pessoal.

Os guinchos acionados a mão são utilizados esporadicamente

para a descida de trabalhadores nos poços.

Enquanto os trabalhadores permanecerem numa galeria

subterrânea ou no fundo de um poço, um elemento deve ficar

permanentemente destinado a acionar o guincho.

Para poços de mais de 6 metros de profundidade, o guincho

acionado à mão deve ser acionado, pelo menos, por dois

elementos.

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117

Macacos

Colocação

A – macaco de haste metálica fixa e

cremalheira móvel

B – macaco de haste metálica móvel e

cremalheira fixa.

Os macacos exercem esforços de empuxo idênticos e em sentidos

contrários, aplicados, por um lado, à carga a ser deslocada e, por outro lado, a

um ponto de apoio fixo.

Emprego errado do patim do macaco

Falta de contato entre macaco e carga

O conjunto macaco-carga carece de apoio

O contato entre peças metálicas facilita o deslizamento

Somente a ponta do patim foi colocada sobre a carga

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118

Emprego correto do patim do macaco

Escolher um ponto de apoio estável e não

escorregadio

Colocar o macaco em posição vertical

Calçar corretamente para manter equilibrada

a carga que se está levantando.

Macacos de parafusos

O parafuso é movimentado:

por rotação do parafuso em relação à porca fixa

por rotação da porca, com o parafuso imobilizado

O movimento rotatório é acionado por um eixo engatado na porca ou por

um dispositivo de roda de lingueta.

Existem ainda macacos de parafuso telescópico e macacos hidráulicos.

Precauções no uso

Não ultrapassar os esforços normais próprios a estes aparelhos.

Para o levantamento, utilizar a catraca de retenção d o macaco.

Para a descida, segurar bem nivelada, sem procurar pegá-la se ela

escapar (risco de fratura no braço)

Colocar a placa do macaco em base firme, ou calçar com sapata de

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119

madeira de dimensões suficientes para impedir o escorregamento do

apoio.

Se for preciso utilizar vá rios aparelhos simultaneamente, sincronizar

os movimentos e calçar frequentemente a carga.

Usar calços calibrados de madeira de lei; não ficar debaixo da carga

para colocá-los. Para serviços pesados, colocar os calços a

intervalos proporcionais à altura e cruzar o empilhamento dos calços.

Aviso importante!

Manter o equipamentos limpo e em bom estado

Lubrificar frequentemente eixos, engrenagens e parafusos

Cabrestante, Mastro e Tripé

Cabrestante

Um cabrestante se compõe de duas peças oblíquas, ligadas por certo

número de travessas. É equipado com guincho na base e uma polia na

cabeça.

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120

Mastro

Um mastro é equipado na maioria das vezes com talha ou aparelho

tipo “Tirfor”.

Possibilita o levantamento de peças do dobro do comprimento do

mastro.

Tripé

Quando a estabilidade de um cabrestante for assegurada por um

terceiro elemento rígido, teremos um tripé.

O deslizamento dos pés é impedido por placas de pontas, ou

munidas de fichas fincadas no solo. O afastamento é regulável e pode ser

mantido por correntes ligando os montantes.

O tripé é geralmente usado com uma talha de corrente ou um guincho.

Cabrestante Tripé Mastro

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121

ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS

A madeira a ser usada para construção de

escadas, rampas e passarelas deve ser de boa

qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que

comprometam a resistência, estar seca, sendo

proibido o uso de pintura que encubra

imperfeições.

As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de

pessoas e materiais devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e

rodapé.

A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40 m

(quarenta centímetros) deve ser feita por meio de escadas ou rampas.

É obrigatória a instalação de rampa ou escada provisória de uso coletivo

para transposição de níveis como meio de circulação de trabalhadores.

Escadas

As escadas são u m equipamento simples e prático, utilizado por todos

os profissionais da construção.

Mal construídas, mal conservadas ou mal utilizadas, podem representar

um perigo extremamente sério.

Os acidentes, devidos a seu uso, são quedas, frequentemente sérias,

devidas:

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122

mau estado da escada

escada mal construída

escada velha, precipitadamente consertada no local pelo usuário

ou a um uso errado, acarretando: oscilação ou escorregamento

do topo; escorregamento do pé; quebra de partes; desequilíbrio

do usuário, devida a posições erradas ou acrobacias.

As escadas podem ser construídas em madeira, metálica (aço,

alumínio), materiais sintéticos, de corda.

Os tipos de escadas são:

simples

dupla

corrediça

articulada

plana (para telhados)

de corda

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123

Rampas e Passarelas

As rampas e passarelas

provisórias devem ser

construídas e mantidas em

perfeitas condições de uso e

segurança.

As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não

ultrapassando 30° (trinta graus) de inclinação em relação ao piso.

Nas rampas provisórias, com inclinação superior a 18° (dezoito graus),

devem ser fixadas peças transversais, espaçadas em 0,40 m (quarenta

centímetros), no máximo, para apoio nos pés.

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124

As rampas provisórias usadas para trânsito de caminhões devem ter

largura mínima de 4,00 m (quatro metros) e ser fixadas em suas extremidades.

Não devem existir ressaltos entre o piso da passarela e o piso do terreno.

Os apoios das extremidades das passarelas devem ser dimensionados

em função d o comprimento total das mesmas e das cargas a que estarão

submetidas.

ANDAIMES

O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura

de sustentação e fixação devem ser realizados por

profissional legalmente habilitado.

Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a

suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estão sujeitos.

O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa,

antiderrapante, ser nivelado e fixado de modo seguro e resistente.

Devem tomadas precauções especiais, quando da montagem,

desmontagem e movimentação de andaimes próximos às redes elétricas.

A madeira para confecção de andaimes deve ser de boa qualidade, seca,

sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a sua resistência, sendo

proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.

É proibido a utilização de aparas de madeira na confecção de andaimes.

Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive

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125

nas cabeceiras, em todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho.

É proibido retirar qualquer dispositivo de segurança dos andaimes ou

anular sua ação.

O acesso aos andaimes deve ser feito de maneira segura.

Andaime Simplesmente Apoiados

Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapata sobre

base sólida capaz de resistir aos esforços solicitantes e às cargas

transmitidas.

É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que

possuam altura superior a 2,00 m (dois metros) e largura inferior a

0,90 m (noventa centímetros).

É proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem

que haja proteção adequada fixada a estrutura da mesma.

É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com

trabalhadores sobre os mesmos.

Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de

1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) de altura devem ser

providos de escadas ou rampas.

O ponto de instalação de qualquer aparelho de içar materiais deve

ser escolhido de modo a não comprometer a estabilidade e

segurança do andaime.

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126

Os andaimes de madeira

não podem ser utilizados

em obras acima de 3 (três)

pavimentos ou altura

equivalente, podendo ter o

lado interno apoiado na

própria edificação.

A estrutura dos andaimes deve ser fixada à construção

por meio de amarração e entroncamento, de modo a

resistir aos esforços a que estará sujeita.

As torres de andaimes não podem exceder, em altura,

quatro vezes a menor dimensão da base de apoio,

quando não estaiadas.

Andaimes Fachadeiros

Os andaimes fachadeiros não

de vem receber cargas superiores

às especificadas pelo fabricante.

Sua carga deve ser distribuída de

modo uniforme, sem obstruir a

circulação de pessoas e ser limitada

pela resistência da forração da

plataforma de trabalho.

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127

Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser

feitos em escada incorporada à sua própria estrutura ou

por meio de torre de acesso.

A movimentação vertical de componentes e acessórios

para a montagem e/ou desmontagem de andaime

fachadeiro deve ser feita por meio de cordas ou por

sistema próprio de içamento.

Os montantes do andaime fachadeiro devem Ter seus

encaixes travados com parafusos, contrapinos,

braçadeiras ou similar.

Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a

suportar os pisos e/ou funcionar como travamento, após

encaixados nos montantes, devem ser contrapinados

ou travados com parafusos, braçadeiras ou similar.

As peças de contraventamento devem ser fixadas nos

montantes por meio de parafusos, braçadeiras ou por

encaixe em pino, devidamente travados ou

contrapinados, de modo que assegurem a estabilidade

e a rigidez necessárias ao andaime.

Os andaimes fachadeiros devem dispor de proteção

com tela de arame galvanizado ou material de

resistência e durabilidade equivalente, desde a primeira

plataforma de trabalho até pelo menos 2m (dois metros)

acima da última plataforma de trabalho.

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128

Andaimes Móveis

Os rodízios dos andaimes

devem ser providos de travas de modo

a evitar deslocamentos acidentais.

Os andaimes móveis somente

poderão ser utilizados em superfícies

planas.

Andaimes em Balanço

Os andaimes em balanço

devem ter sistema de fixação à

estrutura da edificação capaz de

suportar três vezes os esforços

solicitantes.

A estrutura do andaime deve ser convenientemente

contraventada e ancorada de tal forma a eliminar

quaisquer oscilações.

Andaimes Suspensos Mecânicos

A sustentação de andaimes suspensos mecânicos deve

ser feita por meio de vigas metálicas de resistência

equivalente a no mínimo, três vezes o maior esforço

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129

solicitante.

É proibida a fixação d e vigas de sustentação de vigas

de sustentação nos andaimes por meio de sacos de

areia, latas com concreto outros dispositivos similares.

É proibido o uso de cordas de fibras naturais ou

artificiais para sustentação dos andaimes suspensos

mecânicos.

Os cabos de suspensão devem trabalhar na vertical e o

estrado, na horizontal.

Os dispositivos de suspensão devem ser diariamente

verificados, pelos usuários e pelo responsável pela

obra, antes de iniciados os trabalhos.

Os cabos utilizados nos andaimes suspensos devem ter

comprimento tal que, para a posição mais baixa do

estrado, restem, pelo menos 6 (seis) voltas sobre cada

tambor.

A roldana do cabo de suspensão deve rodar livremente

e o respectivo sulco ser mantido em bom estado de

limpeza e conservação.

Os andaimes suspensos devem ser convenientemente

fixados à construção na posição de trabalho.

Os quadros dos guinchos de elevação devem ser

providos de dispositivos para fixação de sistema

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130

guarda-corpo e rodapé.

É proibido acrescentar trechos em balanço ao estrado

de andaimes suspensos mecânicos.

O estrado do andaime deve estar fixado aos estribos de

apoio e o guarda-corpo ao seu suporte.

Sobre os andaimes só é permitido depositar material

para uso imediato.

Os guinchos de elevação devem satisfazer os seguintes

requisitos:

Ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor

Ser acionado por meio das alavancas ou manivelas, ou

automaticamente, na subida e descida do andaime

Possuir Segunda trava de segurança

Ser dotado de capa de proteção de catraca.

Andaimes Suspensos

Mecânicos Pesados

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131

A largura mínima dos andaimes suspensos mecânicos

pesados deve ser de 1,50 m (um metro e cinquenta

centímetro.

Os estrados dos andaimes suspensos mecânicos

pesados podem ser interligados, até o comprimento

máximo de 8,00 m (oito metros)

A fixação do s guinchos aos estrados deve ser

executada por meio de armações de aço, havendo em

cada armação dois guinchos.

Andaimes Suspensos Mecânicos Leves

Os andaimes suspensos mecânicos leves somente

poderão ser utilizados em serviços de reparo, pintura,

limpeza e manutenção com a permanência de, no

máximo, 2 (dois) trabalhadores.

Deve ser garantida a estabilidade dos andaimes

suspensos mecânicos leves durante todo o período de

sua utilização, através de procedimentos operacionais e

de dispositivos ou equipamentos específicos.

Os guinchos dos andaimes suspensos mecânicos leves

devem ser fixados nas extremidades das plataformas

de trabalho, por meio de armações de aço, podendo

haver em cada armação um ou dois guinchos.

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132

Os andaimes suspensos mecânicos leves quando

montados com apenas um guincho em cada uma das

extremidades da plataforma de trabalho, deverão ser

dotados de cabo de segurança adicional, de aço, ligado

a dispositivo de bloqueio mecânico/automático.

É proibida a interligação de andaimes suspensos leves.

Cadeira Suspensa

Em quaisquer atividades em que não seja possível a

instalação de andaimes, é permitida a utilização de

cadeira suspensa (balancim individual)

A sustentação de cadeira deve ser feita por meio de

cabo de aço.

A cadeira suspensa deve dispor de:

sistema dotado de dispositivo de subida e descida com

dupla trava de segurança.

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133

Requisitos mínimos de conforto previstos na NB 17

– Ergonomia.

Sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto.

O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo

paraquedista, ligado ao trava-quedas em cabo-guia

independente.

A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura

em caracteres indeléveis e bem visíveis, a razão social

do fabricante o número de registro respectivo no

Cadastro Geral de Contribuintes-CGC.

É proibida a improvisação de cadeira suspensa.

O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser

independente do cabo-guia do trava-quedas

MEDIDAS DE PROTEÇÃO DE QUEDAS EM ALTURA

Causas principais das quedas:

Perda de equilíbrio do trabalhador à beira

do espaço, sem proteção (escorregão, passo em

falso, batida de objeto em movimento.)

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134

Falha de uma instalação ou de um dispositivo de proteção

(quebra, desabamento do suporte).

Aptidões para trabalhos em altura

Nas obras de

construção civil e nas obras

públicas, os trabalhadores

devem ser aptos para

trabalhos em altura, do ponto

de vista médico.

Exame médico na contratação

Exame depois de uma interrupção do trabalho (de mais

de 3 semanas)

Exames anuais

É proibido empregar menores de 18 anos em trabalhos em

altura de qualquer natureza, sem constatação médica de sua aptidão

para estes serviços.

As condições de emprego e fiscalização dos interessados serão

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135

determinadas por ordem escrita.

Todas as medidas de segurança antes do início destes

serviços e no decorrer dos mesmos.

O inspetor do trabalho, após parecer favorável do médico do

trabalho ou médico da empresa, pode autorizar aprendizes menores

de 18 anos a efetuar determinados serviços proibidos, desde que

sejam tomadas medidas para garantir um controle eficaz pelo

instrutor ou monitor de oficina.

Causas materiais das quedas

Princípios gerais de segurança

As medidas de prevenção coletiva merecem prioridade

absoluta.

Adotar dispositivos de proteção individual somente quando for

impossível assegurar uma proteção coletiva. Neste caso, o

trabalhador nunca permanecerá sozinho e a duração máxima

dos serviços será de um dia.

ESTUDAR OS MEIOS DE PREVENÇÃO DE QUEDAS

ANTES DO ÍNICIO DOS SERVIÇ OS.

NUNCA IMPROVISAR DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO.

OS DISPOSITIVOS DEVEM SER:

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136

Apropriados aos serviços a serem executados.

Ter bastante resistência para suportar os esforços aos

quais serão submetidos.

Mantidos em bom estado.

Utilizados corretamente.

Regulamentação

É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde

houver risco de queda de trabalhares ou de projeção de

materiais.

As aberturas no piso devem ter fechamento provisório

resistente.

As aberturas, em caso de serem utilizadas para o

transporte vertical de materiais e equipamentos, devem

ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de

entrada e saída de material, e por sistema de

fechamento do tipo cancela ou similar.

Os vãos de acesso às dos elevadores devem ter

fechamento provisório de, no mínimo, 1,20m (um metro

e vinte centímetros) de altura, constituídos de material

resistente e seguramente fixado à estrutura, até a

colocação de finitiva das portas.

É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de

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137

proteção contra queda de trabalhadores e proteção d e

materiais a partir do início dos serviços necessários a

concretagem da primeira laje.

A proteção contra quedas, quando constituída de

anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e

rodapé, deve atender aos seguintes requisitos.

Ser construídas com altura de 1,20m (um metro e vinte

centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta

centímetros) para o travessão intermediário.

Ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros)

Ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro

dispositivo que garanta o fechamento seguro da

abertura.

Em todo perímetro da construção de edifícios com mais

de 4 (quatro) pavimentos ou altura equivalente, é

obrigatória a instalação d e uma plataforma principal de

proteção na altura da primeira laje que esteja, no

mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno.

Esta plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros

e cinquenta centímetros) de proteção horizontal da face

externa da construção e 1 (um) complemento de 0,80m

(oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de

45° (quarenta cinco graus), a partir de sua extremidade.

A plataforma deve ser instalada logo após a

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138

concretagem da laje a que se refere, e retirada somente

quando o revestimento externo do prédio acima dessa

plataforma estiver concluído.

Acima e a partir da plataforma principal de proteção de

vem ser instaladas, também, plataformas secundárias

de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes.

Estas plataformas devem Ter, no mínimo, 1,40m de

balanço e um complemento de 0,80m de extensão, com

inclinação de 45°, a partir de sua extremidade.

Cada plataforma deve ser instalada logo após a

concretagem da laje a que se refere, e retirada somente

quando a vedação da periferia, até a plataforma

imediatamente superior, estiver concluída.

Na construção de edifícios com pavimentos no subsolo,

devem ser instaladas, ainda, plataformas terciárias de

proteção, de 2 em 2 lajes, contadas em direção ao

subsolo e a partir da laje referente à instalação da

plataforma principal de proteção. Estas plataformas

devem Ter, no mínimo, 2,20m de proteção horizontal da

face externa da construção e u m complemento de

0,80m de extensão, com inclinação de 45°, a partir de

sua extremidade.

O perímetro da construção de edifícios, deve ser

fechado com tela a partir da plataforma principal de

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139

proteção.

A tela deve constituir-se de uma barreira protetora

contra projeção de materiais e ferramentas.

A tela deve ser instalada entre as extremidades de 2

plataformas de proteção consecutivas, só podendo ser

retirada quando a vedação d a periferia, até a

plataforma imediatamente superior, estiver concluída.

Em construções em que os pavimentos mais altos forem

recuados, deve ser considerada a primeira laje do corpo

recuado para a instalação de plataforma principal de

proteção.

As plataformas de proteção devem ser construídas de

maneira resistente e mantidas sem sobrecarga que

prejudique a estabilidade de sua estrutura.

Instalações Elétricas

Todos os que trabalham em eletricidade, em qualquer

das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo

de energia elétrica devem seguir as seguintes restrições:

Nas instalações e serviços em eletricidade, devem ser observadas no

projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, as normas

técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as

normas internacionais vigentes.

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140

O Ministério do Trabalho dispõe sobre as condições de segurança e as

medidas especiais a serem observadas relativamente a instalações elétricas,

em qualquer das fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de

energia.

Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou

reparar instalações elétricas. Os que trabalharem em serviços de eletricidade

ou instalações elétricas devem estar familiarizados com os métodos de socorro

a acidentados por choque elétrico.

Instalações - Proteção contra o risco de contato.

Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e

executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos

de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.

As partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou

examinadas, devem ser dispostas de modo a permitir um espaço suficiente

para trabalho seguro.

As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante,

na impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos casuais,

devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam, de forma segura, resistência

a esforços mecânicos usuais.

Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos

elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada,

desde que esteja em local acessível a contatos. Aterramento das instalações

elétricas deve ser executado.

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141

As instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que

tecnicamente possível, devem ser providas de proteção complementar, através

de controle à distância, manual e/ou automático.

As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a

água e que possam permitir fuga de corrente devem ser projetadas e

executadas, em especial quanto à blindagem, estanqueidade, isolamento e

aterramento.

Proteção contra risco de incêndio e explosão.

Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas,

executadas e conservadas, para prevenir os riscos de incêndio e explosão.

As instalações elétricas sujeitas a maior risco de incêndio e explosão

devem ser projetadas e executadas com dispositivos automáticos de proteção

contra sobrecorrente e sobretensão, além de outras complementares.

Os ambientes das instalações elétricas, que contenham risco de

incêndio, devem ter proteção contra fogo.

As partes das instalações elétricas sujeitas à acumulação de eletricidade

estática devem ser aterradas.

Componentes das instalações.

Os transformadores e capacitores devem ser instalados, consideradas

as recomendações do fabricante e normas específicas, no que se refere à

localização, distância de isolamento e condições de operação.

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142

Os transformadores e capacitores, localizados no interior de edificações

destinadas a trabalho, deverão ser instalados em locais bem ventilados,

construídos de materiais incombustíveis e providos de portas corta-fogo, de

fechamento automático.

Os postos de proteção, transformação e medição de energia elétrica

devem obedecer todas as prescrições em especial àquelas referentes a espaço

de trabalho, iluminação e isolamento de ferramentas.

Os dispositivos de desligamento e manobra de circuitos elétricos devem

ser projetados e instalados, seguindo as prescrições referentes à localização,

sinalização, comando e identificação.

Todas as edificações devem ser protegidas contra descargas elétricas

atmosféricas, levando em consideração a sua localização, condições de ligação

a terra e zona de atuação do s para-raios.

Os condutores e suas conexões, condutos e suportes devem ser

projetados e instalados, conforme isolamento, dimensionamento, identificação

e aterramento.

Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como telefonia,

sinalização, controle e tração elétrica, devem ser instalados, observando-se os

cuidados especiais quanto à sua separação física e identificação.

Os Quadros de Distribuição e Painéis de Controle devem ser projetados,

instalados, mantidos e operados, considerando-se à localização, iluminação,

visibilidade, identificação dos circuitos e aterramento.

As baterias fixas de acumuladores devem ser instaladas em locais ou

compartimentos providos de piso de material resistente a ácidos e dotados de

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143

meios que permitam a exaustão dos gases.

Os locais ou compartimentos referidos devem estar situados à parte do

restante das instalações.

Equipamentos de utilização da energia elétrica.

As instalações elétricas, destinadas à utilização de eletrodomésticos, em

locais de trabalho e de ferramentas elétricas portáteis, quanto à tomada de

corrente, extensões de circuito, interruptores de correntes, especificação e

qualidade dos condutores.

É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma

tomada de corrente, com o emprego de acessórios que aumentem o nú mero

de saídas, salvo se a instalação for projetada com essa finalidade.

As máquinas elétricas girantes devem ser instaladas, obedecidas as

recomendações do fabricante, e seguir as normas específicas no que se refere

à localização e condições de operação.

Todo motor elétrico deve possuir dispositivo que o desligue

automaticamente toda vez que, por funcionamento irregular, represente risco

iminente de acidente.

Os equipamentos de iluminação de vem ser especificados e mantidos

durante sua vida ú til, de forma a garantir os níveis de iluminamento contidos na

Norma Regulamentadora - NR 15 e posicionados de forma a garantir condições

seguras de manutenção.

Os equipamentos de iluminação de vem ser de tipo adequado ao

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144

ambiente em que serão instalados e possuir proteção externa adequada.

As lâmpadas elétricas portáteis serão utilizadas unicamente onde não

possa ser conseguida uma iluminação direta dentro dos níveis de iluminamento

previstos na NR 15.

As tomadas de correntes para instalação no piso devem possuir caixa

protetora que impossibilite a entrada de á gua ou de objetos estranhos, estando

ou não o pino inserido na tomada.

Serviços - Proteção do trabalhador.

No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas devem ser

previstos Sistemas de Proteção Coletiva - SPC através de isolamento físico de

áreas, sinalização, aterramento provisório e outros similares, nos trechos onde

os serviços estão sendo desenvolvidos.

Quando, no desenvolvimento dos serviços, os sistemas de proteção

coletiva forem insuficientes para o controle de todos os riscos de acidentes

pessoais, devem ser utilizados Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e

Equipamentos de Proteção Individual - EPI, tais como varas de manobra,

escadas, detectores de tensão, cintos de segurança, capacetes e luvas.

As ferramentas manuais utilizadas nos serviços em instalações elétricas

devem ser eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as

ferramentas e outros equipamentos destinados a serviços em instalações

elétricas sob tensão.

Todo equipamento elétrico, tais como motores, transformadores,

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SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

145

capacitores, devem conter, nas suas especificações, o seu espectro sonoro em

faixas de oitava frequência, para controle do seu nível de pressão sonora.

Procedimentos.

Durante a construção ou reparo de instalações elétricas ou obras de

construção civil, próximas de instalações sob tensão, devem ser tomados

cuidados especiais quanto ao risco de contatos eventuais e de indução elétrica.

Quando forem necessários serviços de manutenção em instalações

elétricas sob tensão, estes deverão ser planejados e programados,

determinando-se todas as operações que envolvam riscos de acidente, para

que possam ser estabelecidas as medidas preventivas necessárias.

Toda ocorrência, não programada, em instalações elétricas sob tensão

deve ser comunicada ao responsável por essas instalações, para que sejam

tomadas as medidas cabíveis.

É proibido o acesso e permanência de pessoas não autorizadas em

ambientes próximos a partes das instalações elétricas que ofereçam riscos de

danos às pessoas e às próprias instalações.

Os serviços de manutenção ou reparo em partes de instalações elétricas

que não estejam sob tensão só podem ser realizados quando as mesmas

estiverem liberadas.

Entende-se por instalação elétrica liberada para estes serviços aquela

cuja ausência de tensão p ode ser constatada com dispositivos específicos

para esta finalidade.

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146

Para garantir a ausência de tensão no circuito elétrico, durante todo o

tempo necessário para o desenvolvimento destes serviços, os dispositivos de

comando devem estar sinalizados e bloqueados, bem como o circuito elétrico

aterrado.

Os serviços de manutenção e /ou reparos em partes de instalações

elétricas, sob tensão, só podem ser executados por profissionais qualificados,

devidamente treinados, em cursos especializados, com emprego de

ferramentas e equipamentos especiais.

As instalações elétricas devem ser inspecionadas por profissionais

qualificados, designados pelo responsável pelas instalações elétricas nas fases

de execução, operação, manutenção, reforma e ampliação.

Deve ser fornecido um laudo técnico ao final de trabalhos de execução,

reforma ou ampliação de instalações elétricas, elaborado por profissional

devidamente qualificado e que deverá ser apresentado, pela empresa, sempre

que solicitado pelas autoridades competentes.

Nas partes das instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de

contato durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado

necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de

advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a

atenção quanto ao risco.

Quando os dispositivos de interrupção ou de comando não puderem ser

manobrados, por questão de segurança, principalmente em casos de

manutenção , devem ser cobertos por uma placa indicando a proibição , com

letreiro visível a olho nu, a uma distância mínima de 5 (cinco) metros e uma

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147

etiqueta indicando o nome da pessoa encarregada de recolocação, em uso

normal, do referido dispositivo.

Os espaços dos locais de trabalho situados nas vizinhanças de partes

elétricas expostas não devem ser utilizados como passagem.

É proibido guardar objetos estranhos à instalação próximo das partes

condutoras da mesma.

Medidas especiais de segurança devem ser tomadas nos serviços em

circuitos próximos a outros circuitos com tensões diferentes.

Quando da realização de serviços em locais úmidos ou encharcados,

bem como quando o piso oferecer condições propícias para condução de

corrente elétrica, devem ser utilizados cordões elétricos alimentados por

transformador de segurança ou por tensão elétrica não superior a 24 volts.

Situações de emergência.

Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar

instalações elétricas, deve estar apto a prestar primeiros socorros a

acidentados, especialmente através das técnicas de reanimação

cardiorrespiratória.

Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalaçõe

s elétricas, deve estar apto a manusear e operar equipamentos de combate a

incêndios utilizados nessas instalações.

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Pessoal - Autorização para trabalhos em instalações elétricas.

Estão autorizados a instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações

elétricas, somente os profissionais qualificados que estiverem instruídos quanto

às precauções relativas ao seu trabalho e apresentarem estado de saúde

compatível com as atividades desenvolvidas no mesmo.

Cabe ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e

Medicina do Trabalho - SESMT o estabelecimento e avaliação dos

procedimentos a serem adotados pela empresa visando à autorização dos

empregados para trabalhos em instalações elétricas.

São considerados profissionais qualificados aqueles que comprovem,

perante o empregador, uma das seguintes condições:

a) Capacitação, através de curso específico do sistema oficial de

ensino;

b) Capacitação através de curso especializado ministrado por

centros de treinamento e reconhecido pelo sistema oficial de

ensino;

c) Capacitação através de treinamento na empresa, conduzido por

profissional autorizado.

Das instruções relativas às precauções do trabalho, devem constar

orientação quanto à identificação e controle dos riscos e quanto aos primeiros

socorros a serem prestados em casos de acidentes do trabalho.

Todo profissional qualificado, autorizado a trabalhar em instalações

elétricas, deve ter esta condição anotada no seu registro do empregado.

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Responsabilidade.

Todo responsável pelas instalações elétricas e os profissionais

qualificados e autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem zelar pelo

cumprimento da Norma Regulamentadora.

Prevenção de contatos diretos

Entende-se por contato direto um contato com condutor ou peça

habitualmente sob tensão. A menos que se observe as distâncias de segurança

(3 ou 5 metros), os serviços somente poderão ser executados depois do

desligamento da instalação elétrica e da aprovação da autorização de serviço.

Prever o travamento do dispositivo de corte e a sinalização do trecho desligado.

Se for impossível o desligamento, uma outra solução deve ser adotada com a

anuência da concessionária. Todos os condutores, inclusive o neutro, devem

ser isolados. Os próprios isoladores devem ser encapados. A colocação destas

capas deve ser executada somente por pessoal qualificado.

Montagem de obstáculos eficazes entre a linha e o pessoal,

equipamentos ou materiais. Desvio da linha, pessoal, ferramenta materiais ou

equipamentos não de vem se aproximar a menos de 3 metros se a linha for sob

tensão d e 57.000 volts e a menos de 5 metros se a tensão ultrapassar 57.000

volts.

Para determinar estas distâncias mínimas, levar em conta os

movimentos possíveis das peças condutoras, bem como a oscilação das

cargas e queda eventual de equipamentos.

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150

Linha Subterrânea

Depois de se informar junto às repartições interessadas, o encarregado

da obra somente poderá iniciar o serviço depois de desligada, deverá

determinar as medidas de segurança necessárias em colaboração com a

concessionária.

A localização das tubulações e instalações deve ser claramente

batizadas.

Os serviços devem ser fiscalizados por pessoa competente, que

advertirá os trabalhadores quando se aproximarem, ou aproximarem sua

ferramenta a menos de 1,50 m das tubulações ou instalações.

Contato de equipamentos com linha aérea ou subterrânea

Utilizando ou deslocando equipamentos de uma instalação elétrica, e

não podendo a concessionária desligá-la, o local de trabalho e os itinerários

devem ser escolhidos de modo a evitar que uma parte qualquer dos

equipamentos aproxime-se da linha a menos da distância de segurança.

Se isto for impossível, suspender os serviços e procurar uma solução em

colaboração com a concessionária.

Em caso de divergência entre o responsável da obra e a concessionária a

respeito das medidas a serem tomadas, pode ser solicitada à arbitragem do

inspetor do trabalho.

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151

Tomadas, Interruptores, corrente e conexões

As tomadas de corrente, extensões e conexões devem ser montadas de

modo a impedir o contato com suas peças nuas sob tensão.

O cabo de extensão, levando a um aparelho móvel deve ser ligado à rede

por intermédio de uma tomada de corrente.

Há a inda o plugue de trê s pinos, onde a vantagem de utiliza-lo é devido

ao terceiro pino que fornece um caminho da terra para a corrente elétrica que

está "escapando" do circuito elétrico normal por falha no isolamento do

equipamento. Isso ajuda a proteger o equipamento e, em alguns casos, a

prevenir o choque elétrico. Os plugues que tê m pinos de tamanho diferentes, sã

o plugues polarizados que tem um dos pinos mais largo ou maior do que o

outro. Essa característica garante que o plugue seja inserido na posiçã o

correta, isto é, os condutores fase e neutro da tomada ligados adequadamente

nos equipamentos. Isso ajuda a prevenir o choque elétrico.

Há também o interruptor de fuga, sua denominação completa é

dispositivo de proteção a corrente diferencial-residencial (dispositivo DR). É um

dispositivo de prevençã o de choques elétricos. Ele monitora constantemente o

fluxo da corrente elétrica de um circuito para detectar qualquer alteração. Se a

corrente apresentar um desequilíbrio, ou seja, valores diferentes na entrada e

saída do circuito, o dispositivo interrompe o circuito, prevenindo acidentes. A

vantagem de utilizá -lo é que ele pode detectar variaçõ es bem pequenas para

as quais os fusíveis e disjuntores comuns não a tuam. Se ele está instalado

corretamente, vai atuar rá pido e limitar o tempo de exposição ao choque. O

choque ainda pode existir mas suas conseqüên cias estão limitadas pelo tempo

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152

de exposição.

Segurança em Eletricidade

As pessoas podem se proteger dos acidentes relacionados com

Eletricidade usando os seguintes critérios:

Todos devem checar os sistemas elétricos de suas casas e locais de

trabalho, em especial as tomadas e as extensões para terem certeza de que

elas não estão sobrecarregadas.

Devem examinar a fiação elétrica para terem certeza que não há fios

desencapados, danificados ou colocados sob tapetes ou carpetes.

Se forem fazer pequenos reparos, como a troca de um fusível ou

disjuntor, devem seguir algumas precauções fundamentais: desligar a energia,

observar a capacidade adequada em amperes, estar com as mão s secas e

pisar sobre piso seco.

No caso de instalações elétricas antigas, é necessário uma reforma,

sistemas elétricos envelhecem e podem tornar-se sobrecarregados,

particularmente em casas ou edifícios antigos. Com o passar dos anos, mais

lâmpadas, dispositivos e equipamentos são acrescentados, o sistema elétrico

torna-se ultrapassado e os problemas se desenvolvem. Fusíveis ou disjuntores

podem queimar ou desarmar frequentemente. Interruptores e tomadas ficam

aquecidos. A intensidade das lâmpadas varia muito com o funcionamento de

outros aparelhos. Novos circuitos e outros reparos podem ser necessários.

Há vantagens de se utilizar disjuntores no lugar de fusíveis. Sob o

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153

aspecto de segurança elétrica não há qualquer diferença. Os disjuntores podem

ser religados depois que atuam enquanto os fusíveis operam apenas uma vez e

devem ser substituídos. Se os disjuntores ou fusíveis atuam repetidamente é

necessária à intervenção de um técnico pois deve haver algum problema na

instalação.

Os serviços nas Instalações Elétricas devem ser executados nas obras

de reforma ou ampliação e m instalações elétricas por profissionais ou

empresas registradas no CREA - Conselho Regional de Engenharia e

Arquitetura, com a exigência da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

Essa é uma garantia de um serviço realizado por profissionais habilitados.

Procure o CREA do seu Estado ou uma de suas Inspetorias Regionais.

Normas de Instalações Elétricas.

A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas

por trabalhador qualificado, e a supervisão por profissional legalmente

habilitado.

Somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito

elétrico não estiver energizado.

Quando não for possível desligar o circuito elétrico, o serviço somente

poderá ser executado após terem sido adotadas as medidas de proteção

complementares, sendo obrigatório o uso de ferramentas apropriadas e

equipamentos de proteção individual.

É proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e

equipamentos elétricos.

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154

As emendas e derivações dos condutores devem ser executadas de

modo que assegurem a resistência mecânica e contato elétrico adequado.

O isolamento de emendas e derivações deve ter característica

equivalente à dos condutores utilizados.

Os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo permitido

obstruir a circulação de materiais e pessoas.

Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos,

umidade e agentes corrosivos.

Sempre que a fiação de um circuito provisório se tornar inoperante ou

dispensável, deve ser retirada pelo eletricista responsável.

As chaves blindadas devem ser convenientemente protegidas de

intempéries e instaladas em posição que impeça o fechamento acidental do

circuito.

Os porta-fusíveis não de vem ficar sob tensão quando as chaves

blindadas estiverem na posição aberta.

As chaves blindadas somente devem ser utilizadas para circuitos de

distribuição , sendo proibido o seu uso como dispositivo de partida e parada de

máquinas.

As instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser

constituídas de:

a) chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da

concessionária local, localizada no quadro principal de distribuição;

b) chave individual para cada circuito de derivação ;

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155

c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;

d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.

Os fusíveis das chaves blindadas devem ter capacidade compatível com

o circuito a proteger, não sendo permitida sua substituição por dispositivos

improvisados ou por outros fusíveis de capacidade superior, sem a

correspondente troca da fiação.

Em todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos,

devem ser instalados disjuntores ou chaves magnéticas, independentes, que

possam ser acionados com facilidade e segurança.

As redes de alta-tensão de vem ser instaladas de modo a evitar contatos

acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores em circulação, só

podendo ser instaladas pela concessionária.

Os transformadores e estações abaixadoras de tensão de vem ser

instalados em local isolado, sendo permitido somente acesso do profissional

legalmente habilitado ou trabalhador qualificado.

As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser

eletricamente aterradas.

Nos casos em que haja possibilidade de contato acidental com qualquer

parte viva energizada, deve ser adotado isolamento adequado.

Os quadros gerais de distribuição de vem ser mantidos trancados, sendo

seus circuitos identificados.

Ao religar chaves blindadas no quadro geral de distribuição, todos os

equipamentos devem estar desligados.

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156

Máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por

intermédio de conjunto de plugue e tomada.

Demolições - Informações Gerais

Antes de se iniciar a demolição de

qualquer edifício, as linhas de abastecimento de

energia elétrica, água e gás, e as canalizações

de esgoto e escoamento de água deverão ser

retiradas e protegidas, respeitando-se normas e

determinações das empresas concessionárias e

repartições públicas competentes.

Contrariamente às aparências, a execução de serviços de demolição é

bastante complexa. Por este motivo, é mais importante do que em outros

serviços, chamar a atenção do s trabalhadores sobre a importância do método a

seguir. Uma vez definida a sequência dos serviços pelo chefe responsável, as

ordens devem ser seguidas sem improvisação, o que poderia prejudicar a

estabilidade do conjunto e a segurança da equipe toda.

Proteção Coletiva

Toda a equipe deve trabalhar ao mesmo tempo e ao mesmo nível. É

preciso um chefe de equipe para cada 10 trabalhadores. Andaimes, superfícies

de proteção, soalhos de vedação de aberturas horizontais, cercas limitando as

zonas perigosas, peitoris e outros dispositivos serão instalados e mantidos no

lugar até o fim da fase correspondente ao serviço.

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157

Proteção individual

Uso obrigatório de capacete

Recomenda-se o uso de sapatos de segurança

Luvas para proteger as mãos contra as pontas e metais ásperos.

Se a postura de trabalho for perigosa usar o cinto de segurança

limitando a queda a menos de um metro, salvo em caso de cinto

com amortecedor de queda.

Na impossibilidade de eliminar a poeira, recomenda-se o uso de

máscara.

Precauções gerais

Não demolir o apoio da peça na qual se trabalha (a multiplicidade

de materiais pode levar a confusões).

Cuidado com madeiras podres e ferros enferrujados. Seu colapso

inesperado pode provocar desequilíbrio.

É necessário retirar em primeiro lugar os elementos cuja quebra

desprende fragmentos causadores de ferimentos (janelas, portas,

vidraças, espelhos).

As peças compridas encaixadas devem ser retiradas antes da

demolição .

Desencaixá-las com cuidado; há risco de projeção se arrancadas

bruscamente.

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158

Não usar roupa larga, que pode prender em pontas, parafusos ou

ganchos salientes

Nunca pisar diretamente em forros, abóbadas ou forros falsos.

Sua boa aparência pode enganar. Colocar soalhos nas travessas

e fixá-los para evitar seu basculamento.

Indicar os elementos o equipamento de segurança individual em serviços

de demolição, explicando suas finalidades:

Capacete (queda de objetos e pancadas),

sapatos de segurança ( pontas, ferragens ),

luvas ( pontas, asperezas ),

cinto de segurança ( quedas ),

máscara ( poeiras nocivas ).

Execução de serviços usuais

Nunca pisar diretamente em materiais frágeis (cimento-amianto,

telhas etc). Colocar soalho móvel de tábuas.

Cuidado com o deslizamento e basculamento de chapas depois

de retirado o último gancho.

Não estocar telhas no telhado. Removê-las do local de trabalho.

Destelhar telhados de duas águas simetricamente de ambos os

lados, de cima para baixo.

Demolir a base de chaminés antes do telhado.

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159

Demolição de paredes

É proibido subir em paredes de grossura inferior a 35 cm. Não

trabalhar em paredes com altura de mais de 6 metros do chão

Para muros altos, recomenda-se a instalação de andaime em pé

do lado externo.

O assoalho deste andaime será composto de vigas bem juntas.

Riscos de desabamentos de pisos

Não sobrecarregar os pisos com escombros caídos dos níveis

mais altos.

Evacuar estes escombros

Não derrubar grandes blocos diretamente nos pisos.

Se for preciso, escorar os pisos de todos os andares.

Elementos de pedras

O equilíbrio de certas peças salientes (terraços etc) é assegurado por

carga de alvenaria colocada sobre a extremidade embutida na parede.

Retirando-se esta carga, a peça poderá bascular.

É preciso, portanto, escorar primeiro estas peças e retirá-las no

momento próprio por guindaste.

Do mesmo modo, travessas, panos e pés-direitos das lucarnas são

mantidos somente pelo lintel ou pelo madeiramento.

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160

Amarrar estas peças antes de retirar os elementos de sustentação

Concreto armado

Até o concreto armado pode desmoronar antes da hora. Por exemplo,

laje calculada para tomar apoio nas quatro bordas, uma das quais retiradas, ou

saliências diversas, como terraços, anteparos etc.

Demolindo a laje que as segurou na parte traseira, estas peças podem

bascular para frente.

Depois de um incêndio, o concreto pode Ter sido decomposto pelo fogo

e não mais adere às armações.

O mesmo ocorre com armações enferrujadas. Nestes casos, a

resistência do concreto é duvidosa.

Alguns concretos (de cavidades, celular) possuem resistência menor do

que os concretos comuns. Não se deixe surpreender. Medir o esforço e

proceder por pequenas etapas.

Concreto protendido

Demolição somente sob controle de técnicos especializados, e seguindo

um método previamente estudado.

Com efeito, a ruptura de um unido cabo de protensão pode modificar

totalmente as condições de estabilidade e resistência da construção .

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161

Cuidado com o vento

Pode derrubar uma divisória ou cumeeira que ficou sem ligação com o

restante da construção. A ligação entre os elementos do prédio deve ser

retirada somente na medida do adiantamento dos serviços. No caso de vento

forte, afastar-se da obra e interditar seu acesso e as imediações.

Gelo e degelo prejudicam a estabilidade de um imóvel em vias de

demolição.

As vibrações do solo (trânsito de caminhões, trens etc), podem levar ao

mesmo resultado.

Execução de Serviços Especiais - Uso de martelo pneumático

Seu peso deve ser apropriado ao serviço a executar.

Mesmo que se trabalhe num piso firme, instalar uma superfície de apoio

sólida (plataforma ou andaime).

Uma simples escada não proporciona apoio suficiente.

Para acertar as uniões de tubulação de ar comprimido, usar braçadeiras

especiais, e não arame.

Em caso de vazamento repentino, vedar mediante um laço no tubo

flexível, até que o ajudante feche o registro do compressor. Para mudar o

equipamento de lugar, largar a alavanca de admissão de ar.

À beira do espaço, o operador deve usar cinto de segurança.

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162

Demolição Com Bulldozer Ou Pá Mecânica.

Verificar se o compartimento do

motorista fica bastante afastado da construção

para que o desabamento das partes demolidas

não possa atingi-lo.

Cuidado com as paredes que resistiram

a tentativas prévias de demolição.

É recomendado abalar os laços de parede, começando pelo alto, e

utilizar equipamentos munido de um teto de proteção eficaz.

Demolição por Tração ou Cabo.

Verificar que a operação não prejudique a

estabilidade das partes vizinhas.

Verificar a evacuação do pessoal da zona

perigosa: (zona de desabamento e de projeções

eventuais, imediações do cabo que poderá

romper-se ou bater).

Nunca transpor um cabo tendido por equipamento.

Não puxar em diagonal em relação ao eixo do tambor do guincho. Bem

amarrar ou lastrear os guinchos independentes.

Proteger os cabos em contato com partes em ângulo ou cortantes.

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163

Demolição por derrubada da Construção

O conjunto da construção pode ser derrubado enfraquecendo os apoios

de base e usando tração por cabo.

Pode-se ainda abrir vão s escorados por madeiras e queimar as escoras.

Estes processos exigem estudo prévio e precauções a serem idealizadas pela

firma encarregada. Os trabalhadores não de vem tomar iniciativa particular.

Demolição de Estruturas Metálicas.

Para desmontar, procurar uma

superfície de apoio sólida (assoalho da

estrutura).

Senão, usar cinto de segurança

amarrado em parte sólida da construção.

Pensar nos choques e batidas transmitidos ao restante da estrutura

pelas partes destacadas.

Eventualmente, amarrar ou escorar.

Verificar que ninguém se encontre debaixo do local de trabalho.

Descer os elementos à medida que são demolidos.

Não permanecer numa peça em vias de movimentação por equipamento

de levantamento.

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164

Normas de Demolição.

Antes de se iniciar a demolição, as linhas de fornecimento de energia

elétrica, água, inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas,

canalizações de esgoto e de escoamento de água devem ser desligadas,

retiradas, protegidas ou isoladas, respeitando-se as normas e determinações

em vigor.

As construções vizinhas à obra de demolição de vem ser examinadas,

prévia e periodicamente, no sentido de ser preservada sua estabilidade e a

integridade física de terceiros.

Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional

legalmente habilitado.

Antes de se iniciar a demolição, devem ser removidos os vidros, ripados,

estuques e outros elementos frágeis.

Antes de se iniciar a demolição de um pavimento, devem ser fechadas

todas as aberturas existentes no piso, salvo as que forem utilizadas para

escoamento de materiais, ficando proibida a permanência de pessoas nos

pavimentos que possam ter sua estabilidade comprometida no processo de

demolição.

As escadas devem ser mantidas desimpedidas e livres para a circulação

de emergência e somente serão demolidas na medida em que forem sendo

retirados os materiais dos pavimentos superiores.

Objetos pesados ou volumosos devem ser removidos mediante o

emprego de dispositivos mecânicos, ficando proibido o lançamento em queda

livre de qualquer material.

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165

A remoção do s entulhos, por gravidade, deve ser feita em calhas

fechadas de material resistente, com inclinação máxima de 45º (quarenta e

cinco graus), fixadas à edificação e m todos os pavimentos.

No ponto de descarga da calha, deve existir dispositivo de fechamento.

Durante a execução de serviços de demolição, devem ser instaladas, no

máximo, a 2 (dois) pavimentos abaixo do que será demolido, plataformas de

retenção de entulhos, com dimensão mínima de 2,50m (dois metros e

cinquenta centímetros) e inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), em todo o

perímetro da obra.

Os elementos da construção em demolição não devem ser abandonados

em posição que torne possível o seu desabamento.

Os materiais das edificações, durante a demolição e remoção, devem

ser previamente umedecidos.

As paredes somente podem ser demolidas antes da estrutura, quando

esta for metálica ou de concreto armado.

Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas

Quanto à escavação, fundação e desmonte de rochas:

Antes de ser iniciada uma obra de escavação ou de fundação, o

responsável técnico deve procurar se informar a respeito da existência de

galerias, canalizações e cabos, na área onde serão realizados os trabalhos,

bem como estudar e avaliar os riscos de impregnação do subsolo por

emanação de produtos nocivos, insalubres e/ou perigosos, havendo a

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166

necessidade de se conhecer previamente o terreno quanto sua natureza

geológica e resistência; a área de trabalho deve ser previamente limpa e

devem ser retirados ou escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos

materiais e objetos de quaisquer natureza, quando houver riscos de

comprometimento de seu equilíbrio durante a execução de serviços;

Devem ser escorados muros e edificações vizinhas, redes de

abastecimento, tubulações, vias de acesso, vias públicas, e, de modo geral,

todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação;

Os escoramentos devem ser inspecionados diariamente;

Todo trabalhador em serviço de serviço de escavação dentro do tubulão

deverá, obrigatoriamente, usar cinto de segurança tipo paraquedista, ou

alpinista, ligado a um cabo de segurança, de modo que possa ser içado com

rapidez em uso de mal súbito ou de acidente.

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167

Normas de Escavações, fundações e desmonte de rochas.

Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter

responsável técnico legalmente habilitado.

Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades

das escavações, as mesas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver

desligado.

Na impossibilidade de desligar o cabo, devem ser tomadas medidas

especiais junto à concessionária.

Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m

(um metro e vinte e cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por

meio de estruturas dimensionadas para este fim.

Para elaboração do projeto e execução da s escavações a céu aberto,

serão observadas as condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de

Escavação a Céu Aberto da ABNT.

As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco

centímetros) de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, colocadas

próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de emergência, a

saída rápida dos trabalhadores.

Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma

distância superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do

talude.

Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco

centímetros) devem ter estabilidade garantida.

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168

O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe

treinada. Os cabos de sustentação do pilão devem ter comprimento para que

haja, em qualquer posição de trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o

tambor.

Na execução de tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento

(encamisamento) fica a critério do engenheiro especializado em fundações ou

solo, considerados os requisitos de segurança.

O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais

utilizado na execução de tubulõ s a céu aberto deve ser dotado de sistema de

segurança com travamento.

A escavação de tubulões a céu aberto, alargamento ou abertura manual

de base e execução de taludes, deve ser precedida de sondagem ou de estudo

geotécnico local.

Em caso específico de tubulões a céu aberto e abertura de base, o

estudo geotécnico será obrigatório para profundidade superior a 3 (três)

metros.

Movimento de Terra

Empreiteiros, mestre de obras, e chefe de equipe sã o os principais

responsáveis na execução de serviços de movimento de terra.

Mesmo assim, parece indispensável definir o papel dos aprendizes,

integrados em equipes trabalhando em escavações destinadas à colocação de

fundações comuns ou de canalizações, sem possuir grandes conhecimentos

teóricos e técnicos e sem ser especializados neste tipo de serviço.

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Procurar focalizar a importância, para os

executantes, da observância das ordens dadas pelos

chefes sob formas diversas, ou seja, ordens verbais e

escritas, materialização no solo do traçado de diversas

canalizações, observância do método de trabalho.

Natureza do terreno – Classificação - Categorias principais

Terrenos estáveis ou auto-estáveis

Entram nessa categoria os terrenos rochosos, margosos e argilas secas.

Apresentam às vezes fendas e cavernas. Por outro lado, tendo sofrido, durante

a escavação, vibrações, produzidas pelos equipamentos ou abalos por cargas

explosivas, seria temerá rio confiar totalmente na sua solidez.

Consequentemente, é aconselhado uma blindagem, até de tábua s

separadas, mesmo em terreno estratificado. Riscos de desabamentos de blocos

consideráveis.

Terrenos movediços

Vias de regra, esta categoria de terrenos é composta de um misto de

pedregulho, areia e argila. A primeira vista, apresenta boa estabilidade.

Entretanto, por tempo e seco, ocorrem contrações e rachaduras,

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especialmente se a proporção de argila for muito alta.

Sob o efeito de forte chuva ou águas de outra origem as paredes

desabam. Algumas categorias de terrenos areentos, por exemplo às areias de

Meudon ou Fontainebleau parecem oferecer boa estabilidade, a ponto de

aguentarem algum tempo em galeria de blindagem.

Entretanto, o conjunto pode desmoronar sem nenhum motivo aparente e

sem indício prévio.

Pertencem também a esta categoria os terrenos pulvulentos e flutuantes.

Enfim, podemos incluir ainda os terrenos apoiados, por camadas alternadas, em

massas aquíferas instáveis.

Terrenos arenosos

Os terrenos arenosos são compostos de areias ou misturas de areia e

cascalhos redondos, sem ligação entre si. Carecem de coesão.

Sua falta de poder de sustentação pode ser devido ao empuxo do

escoamento da água a través da areia em sentido ascendente, ou a falta de

estabilidade da própria estrutura da areia, sem que haja empuxo de escoamento

de água.

Estes terrenos exigem precauções especiais: blindagens particularmente

sólidas, de tábuas bem juntas, cuja instalação deve preceder as demais fases

de serviços.

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Análise de riscos

Investigação do terreno

O risco de desabamento é o que mais importante, mas pode ser

eliminado, observando-se os regulamentos de segurança em vigor e adotando

processos técnicos já provados.

Há, porém, muitos outros riscos menos prováveis, mas cujo efeito de

surpresa é sumamente perigoso e que exigem precauções sérias.

Os responsáveis da obra são o brigados, antes de iniciar a obra de

movimento de terra a se informarem, junto às repartições competentes (serviços

públicos, eletricidade, gás de rua, água e telefone) a respeito de eventuais

galerias, canalizações e cabos existentes na zona dos trabalhos. É ainda

preciso estudar o risco da impregnação do subsolo por emanações ou produtos

nocivos.

Completar a investigação por informações tomadas junto aos

proprietários do terreno e dos lotes vizinhos, para ter conhecimento de serviços

de movimento de terra porventura executados no passado, da natureza das

diversas camadas do terreno, da profundidade dos lençóis de gá s natural ou

produtos nocivos.

Em muitos casos, informações baseadas na memória ou em documentos

de arquivo duvidoso, é preciso proceder à investigação prática no local.

Limpeza da área de trabalho na qual a escavação será executada. Retirar

ou segurar solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de

qualquer natureza, se houver risco de comprometer seu equilíbrio durante a

execução dos serviços.

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Levar em conta cargas e sobrecargas ocasionais, bem como as

vibrações para determinar a inclinação da s paredes, a construção da

blindagem e o cálculo dos elementos da mesma.

Declive e cumes de paredes devem estar livres de objetos cuja queda

possa representar perigo para os trabalhadores. Derrubar as partes, em

desaprumo, escorá-las ou consolidá-las, para impedir seu desabamento.

Processos de estabilização ou sustentação

Na execução das escavações e nos trabalhos dentro delas, o principal

perigo, e o mais evidente, é aquele derivante dos movimentos acidentais do

terreno, ou seja falta de estabilização ou sustentação, que provocam

desmoronamentos, ruína das escoras e soterramento total ou parcial de

trabalhadores.

Os acidentes que se produzem nesses serviços mostram que a correta

apreciação da natureza do solo e de sua resistência mecânica, tem uma

importância relevante.

As principais causas produtoras de acidentes, durante os trabalhos de

movimento de terras e de escavações, são a s seguintes:

conhecimento insuficiente das características do solo;

apreciação demasiado otimista da estabilidade do solo;

desconhecimento das possíveis influências e perturbações.

Muitos especialistas subestimam os perigos desses trabalhos e, com

frequência, confiam cegamente na estabilidade do solo. Tem-se observado que

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os acidentes graves e mortais desse tipo produzem-se, principalmente, em

escavações de pequena e média profundidade, para as quais os encarregados

de acompanhar os serviços julgam desnecessário prever uma proteção

especial das paredes de terra. Para se evitar esse erro fundamental, devem-se

conhecer as propriedades especiais e o comportamento das diferentes

categorias de solos.

Principais Acidentes e Meios de Prevenção

A Construção civil, possui características próprias, o que torna difícil à

adoção d e soluções padrões para a organização e desenvolvimento de vá rias

atividades relativas à proteção da integridade física dos trabalhadores, em

função d e diversos aspectos que são peculiares a esse ramo da indústria.

Poucas indústrias apresentam a diversidade de riscos que a indústria da

construção apresenta. Esses riscos têm maior repercussão e m virtude das

condições de trabalho e dos aspectos específicos que apresenta a construção

civil.

Cabe destacar os principais aspectos que diferenciam o ramo da

construção dos demais:

Contamos com um número elevado de pequenas empresas, o que

dificulta sobremaneira a adoção pura e simples de preceitos sobre a prevenção

de acidentes. Muitas dessas empresas, que pelo porte pequeno, não dispõem

de recursos financeiros suficientes para a implantação d e um programa de

prevenção acidentes e, menos ainda, para a contratação de um especialista em

segurança e medicina do trabalho, já que seria um gasto excessivo, em

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comparação com o número de trabalhadores.

Devido à concorrência acirrada entre as empresas, elas se vêem

obrigadas a praticar preços baixos, muitas vezes abaixo do que seria um custo

razoável para a execução do s serviços, contando em obter lucro com a

economia em EPC, EPI, trabalhadores sem o devido registro e materiais de

qualidade inferior.

Muitas das obras em execução são de curta duração, o que é um

obstáculo para o trabalho efetivo de segurança e higiene em um canteiro.

Devido à alta rotatividade do setor, os trabalhadores estão

constantemente tendo que se adaptar a novos ambientes de trabalho,

companheiros e condições de trabalho.

As condições de trabalho quase nunca são idênticas em duas obras de

construção, o que tem efeito prejudicial sobre a prevenção de acidentes de

trabalho, ou seja, as obras necessitam de adaptações que se fazem em cada

local, em função de diversos fatores como topografia, trabalhos a serem

realizados, máquinas e ferramentas disponíveis, organização do serviço,

volume e composição da mão de obra.

Nas grandes obras de construção via de regra, temos vá rias empresas

dividindo o mesmo canteiro de serviços, devido à especialização dos serviços.

Esta situação, aliada a heterogeneidade de critérios próprios de cada

empresa dentro da obra, acarretam muitas vezes sérias consequências, como

falta de coordenação efetiva e delimitação de responsabilidade. Assim, tais

consequências se refletem, como é natural, na segurança e saúde do s

trabalhadores da indústria da construção.

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Os motivos acima expostos aliados a

um aumento das atividades de construção

têm conduzido, muitas vezes, a um

acréscimo da mão de obra, que não tem sido

condizente com as oportunidades que se

apresentam para formar os trabalhadores,

tanto no que se refere a novas técnicas,

como à Segurança e Saúde no Trabalho.

Queda de Rochas

Para a proteção contra a projeção ou queda de rochas, deve ser coberto

todo o setor (área entre as minas, carregadas) com malha de ferro de 1/4" a

3/16", de 0,15m (quinze centímetros) e ponteada de solda, devendo ser

arrumados sobre a malha pneus para formar uma camada amortecedora.

O desmonte de Rocha pode ser:

Desmonte de Rocha a Fogo - retirada de rochas com explosivos:

a) Fogo - detonação de explosivo para efetuar o desmonte;

b) Fogacho - detonação complementar ao fogo principal.

As normas de Segurança do Trabalho no Serviço de Exploração de

Pedreiras visam estabelecer medidas de proteção aos que trabalham nesse

ramo e atividade ou nos desmontes de pedras a céu aberto.

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Sua observância far-se-á sem prejuízo da legislação federal, estadual ou

municipal, bem como outras normas aqui estabelecidas.

Pedreira é toda a ocorrência de rocha, em estágio de exploração

industrial, sendo considerados os processos de extração: a frio, a fogo, a

fogacho e mista.

Entende-se por exploração de pedreiras, o conjunto de operações que

permita a extração d e pedras, ao natural, e a sua redução a formas e

dimensões indicadas a utilização.

Em toda a pedreira a extração a fogo, a fogacho e mista, haverá um

"blaster", responsável pela preparação das cargas, carregamento das minas,

ordem de fogo, detonação e retirada das que não explodiram. É igualmente, o

responsável pelas instalações elétricas necessárias as detonações.

São indispensáveis os abrigos a prova de sol e chuva para os serviços

de canteiro, maçariqueiro e ferreiro.

Quando a exploração se fizer a fogo haverá necessariamente um abrigo

apropriado para recolhimento quando da exploração das minas.

Para exploração torna-se obrigatório:

Remoção cuidadosa da "capa" de pedreira;

Teste comprovado das cordas usadas pelos cavouqueiros, com

capacidade e limite de segurança para suportar os pesos exigidos

pelo trabalhador e equipamento;

Ferramentas apropriadas ao uso a que se destinam, em perfeitas

condições;

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177

As ferramentas pneumáticas devem possuir dispositivos de

partida, capazes de impedir seu funcionamento acidental;

A cada operário será distribuído um capacete de segurança,

independente do tipo de operação que realiza;

O cinto de segurança fará p arte do equipamento do operário que

trabalhar em local sujeito a queda ou a grande altura;

Conforme o tipo de serviço farão parte do equipamento individual

um calçado de segurança, luvas de couro, para remoção de

pedras;

Para os que trabalham junto aos britadores e silos, do

equipamento constará, também, filtro protetor da respiração;

A estocagem dos explosivos deverá ser feita em local apropriado,

isolado, previamente, aprovado pela autoridade competente,

conforme Norma Regulamentadora (NR-16);

Em toda pedreira haverá u m local apropriado para prestação de

primeiros socorros, que deverá contar com padiola, para remoção de

acidentados e medicamentos de urgência, provido de utensílios e condições de

prestar o atendimento imediato.

Nas detonações, é obrigatória a permanência, em regime de "alerta",

neste local, de empregado treinado em atendimentos de primeiros socorros.

Em caso de risco grave e iminente, deverão ser aplicados os dispositivos

constantes na Norma Regulamentadora (NR-3).

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Desmonte de Rocha a Frio - retirada manual de rocha dos locais

com auxílio de equipamento mecânico.

Quaisquer um dos desmontes devem seguir normas e especificações

para não comprometer a segurança dos funcionários.

Desabamentos

O risco de desabamento é o que mais importante, mas pode ser

eliminado, observando-se os regulamentos de segurança em vigor e adotando

processos técnicos já provados. A empresa deverá impedir qualquer atividade,

salvo a reparação, no local em que for verificada ameaça de desmoronamento

ou outro perigo iminente.

Declives e cumes das paredes devem ser livres de objetos cuja queda

possa representar perigo para os trabalhadores. Derrubar as partes, em

desaprumo, escorá-las ou consolidá-las, para impedir se desabamento.

Ambiente Viciado

Deve-se evacuar o ar viciado:

respiração humana, motores térmicos,

detonação de minas. Aspiração

principal do ar viciado a 30 metros no

máximo da frente de trabalho.

Tubulação flexível auxiliar com ventoinha para impulsionar em direção

da frente de trabalhos poeiras, fumaças e gases nocivos produzidos pela

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detonação de explosivos. Manter a temperatura abaixo de 25º (temperatura

geofísica + motores + detonações, etc).

Emanação de Gases inflamáveis

A emanação de gases inflamáveis em ambientes fechados ou até

mesmo em locais abertos pode ser um dos mais perigosos riscos de acidentes

na construção civil, juntamente com os desabamentos. Quando houver

possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser devidamente

ventilado e monitorado. Os gases confinados são gases retidos em ambiente

com pouca ventilação. Um local de risco se denomina por atmosfera perigosa,

onde há presença de gases tóxicos, inflamáveis e explosivos no ambiente de

trabalho.

É proibido o trabalho sobre qualquer equipamento do qual haja risco da

emanação de gases provenientes de processos industriais, devendo o

equipamento ser previamente desligado, para a realização de quaisquer

serviços.

Os explosivos também são substâncias capazes de rapidamente se

transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas,

quando detonados.

O monitoramento deve ser efetivado enquanto o trabalho estiver sendo

realizado para, em caso de vazamento, ser acionado o sistema de alarme

sonoro e visual. No caso de trabalhos em Minas, a empresa responsá vel

deverá testar o ar e, se for verificada a presença de grisu (metano), o local

deverá ser imediatamente interditado, assim como outros locais que

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proporcionem o mesmo risco.

Proteção da s vias respiratórias.

Sua finalidade é impedir que as vias respiratórias sejam atingidas por

gases ou outras substâncias nocivas ao organismo. A máscara é a peça básica

do protetor respiratório, equipamento já descrito em equipamentos de proteção.

Inalação de pós nocivos

Antes de ser iniciada uma obra de escavação ou de fundação, o

responsável técnico deve procurar se informar e avaliar os riscos de

impregnação d o subsolo por emanação de produtos nocivos, insalubres e/ou

perigosos, havendo a necessidade de se conhecer previamente o terreno

quanto sua natureza geológica e resistência. Além disso deve completar a

investigação por informações tomadas junto aos proprietários do terreno e dos

lotes vizinhos, para ter conhecimento de serviços de movimento de terra

porventura executados no passado, da natureza das diversas camadas do

terreno, da profundidade dos lençóis de gás natural ou produtos nocivos.

A inalação de pós-nocivos à saúde é de muita importância, pois pode

levar a morte do funcionário por intoxicação.

Elementos de risco.

Presença de produtos nocivos no terreno, em regiões minerais, termais

ou vulcânicas. Emanações de equipamentos da obra podem poluir o ar: não

usar motores no fundo da escavação. Tubulações de gás furadas ou condutos

antigos, proximidade de depósitos de óleo combustível ou gasolina, bolsas de

gás, vazamentos de produtos corrosivos escapando de esgotos em mau

estado.

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Ventilar o fundo da escavação com ar fresco, mas nunca insuflar

oxigênio. Não acender bico de solda sem controle de ambiente. Não executar

operações de salvamento sem estar segurado por corda: um trabalhador

situado na berma fiscalizará a s operações.

Acidentes de trânsito

O tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua

impossibilidade, reduzida a velocidade dos veículos para que não o corram

acidentes devido a obras. Devem ser construídas passarelas de largura mínima

de 0,60m (sessenta centímetros), protegidas por guarda corpos, quando for

necessário o trânsito sobre a escavação.

As escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras devem

ter sinalização de advertência, cercas de proteção, além de guarda-corpo em

suas proximidades. Os acessos de veículos e equipamentos às áreas de

escavação devem ter sinalização de advertência permanente.

O tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua

impossibilidade, reduzida a velocidade dos veículos;

Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m (oitenta

centímetros), protegidas por guarda-corpo, quando for necessário o trânsito

sobre as escavações.

É proibido o acesso de pessoas não autorizadas à área de escavações.

As escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras devem

ter sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em

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todo o seu perímetro.

Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de

escavação devem ter sinalização de advertência permanente.

É proibido o acesso de pessoas não autorizadas às áreas de escavação

e cravação de estacas.

Riscos mecânicos e elétricos

A maior parte dos acidentes é de origem elétrica. É preciso verificar

cuidadosamente a ligação e sentido de rotação do s geradores e, se for

preciso, avisar o fabricante dos equipamentos.

Além do perigo oriundo de sua mobilidade e da ferramenta que se utiliza,

as máquinas operatrizes oferecem riscos comuns a todos os seus tipos : o

bloqueio repentino de uma ferramenta que pode provocar o arrastamento da

peça ( furadeira por exemplo ), desequilíbrio e queda do operador e ferimentos,

são o s risco mais comuns.

Estes riscos são oriundos dos seguintes equipamentos: Compressor:

perigo das correias, polias e conexões; tanque de ar: riscos de explosão,

corrosão, ausência de separador de óleo, defeitos nos aparelhos de segurança;

Ventiladores: perigo de pás de turbina e transmissões não protegidas;

Instalação elétrica: perigo de eletrocussão, devido ao mau estado da instalação

o u à proximidade das linhas de transmissão.

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Infiltrações de água

Em serviços à beira de um rio ou córrego, deve-se prevenir as

infiltrações. A perfuração de um esgoto ou canalização de grande diâmetro, a

presença de lençóis de água subterrâneas exigem medidas preventivas para a

evacuação das águas. Prever também meios de subida rápida para os

trabalhadores.

Pressões Anormais

Anormal é a pressão do ambiente de trabalho maior ou menor que a

pressão atmosférica.

O ambiente hipobárico ocorre nas atividades relacionadas com a

aviação civil ou militar, quando os aeroplanos estão a uma determinada

altitude.

O ambiente hiperbárico, que surge na construção civil, ocorre durante

trabalhos efetuados sob ar comprimido, onde os trabalhadores são obrigados a

suportar pressões maiores que a atmosférica.

Entre as principais atividades profissionais em que os trabalhadores

estão submetidos a pressões hiperbáricas, destacam-se: construção de pontes,

elevados, túneis, edifícios, fundações, operações de mergulho etc.

Uma estrutura utilizada é o tubulão de ar comprimido, no qual a

atmosfera pressurizada se opõe à pressão de água, permitindo que os homens

trabalhem no interior do tubulão.

Os trabalhos sob o ambiente hiperbárico apresentam vários riscos

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ocupacionais, podendo-se destacar:

Fase de compressão: Ocorrem, nesta fase principalmente, as

afaecções do ouvido, afetando o tímpano, membrana que separa o ouvido

médio do externo.

Fase de pressão constante: depois de estabilizada a pressão, isto é,

durante a fase de efetivo trabalho sob ar comprimido, os riscos provenientes da

pressão sã o menores, mas há outro ponto que deve ser observado, que é a

possibilidade de intoxicação por monóxido de carbono. Em trabalhos internos,

sob tubulões.

Fase descompressiva: é a fase que apresenta maiores riscos

ocupacionais aos trabalhadores.

Túneis, Galerias e Poços

Nas atividades da indústria da construção com mais de 2 (dois)

pavimentos a partir do nível do meio-fio, executadas no alinhamento do

logradouro, é obrigatória a construção de galerias sobre o passeio, com altura

interna livre de no mínimo 3,00m (três metros).

Em caso de necessidade de realização de serviços sobre o passeio, a

galeria deve ser executada na via pública, devendo neste caso ser sinalizada

em toda sua extensão , por meio de sinais de alerta aos motoristas nos 2 (dois)

extremos e iluminação durante a noite, respeitando-se à legislação do Código

de Obras Municipal e de trânsito em vigor.

As bordas da cobertura da galeria devem possuir tapumes fechados com

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altura mínima de 1,00m (um metro), com inclinação de aproximadamente 45º

(quarenta e cinco graus).

As galerias devem ser mantidas sem sobrecargas que prejudiquem a

estabilidade de suas estruturas.

Deve ser feita a verificação das condições de segurança das paredes e

do teto das galerias e examinar a estabilidade das rochas, fazendo abater,

remover ou escorar, por pessoal habilitado, as que não apresentarem

condições suficientes de segurança, assim como providenciar a desobstrução

das galerias, mantendo-as em boas condições de drenagem, corrigindo

possíveis soluções de continuidade do piso e evitando o acúmulo de água,

fragmentos de madeira e de minério, e outros projetos que possam causar

acidentes.

Quando, no trabalho de subsolo ocorrer fato que possa por em perigo a

vida ou a saúde do empregado, a empresa o comunicará, imediatamente, a

autoridade regional do Ministério do Trabalho cabendo ao Sindicato na

categoria profissional idêntica comunicação .

A empresa não permitirá ao empregado:

desacompanhado trabalhar no subsolo, em escavação ,

manutenção elétrica ou escoramento;

inexperiente, trabalhar no subsolo desacompanhado;

ainda que experiente, trabalhar em cabeceira perigosa, sem estar

sob a vigilância do feitor, capataz ou encarregado;

trabalhar com máquina ou outro equipamento de mineração, sem

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conhecer os riscos de seu manuseio ou operação ;

transportar, manusear, preparar ou utilizar explosivo sem ter sido

especialmente treinado para isso.

A distribuição de explosivos, detonadores e mechas será feita: nas

proximidades dos poços ou das galerias de acesso quando se tratar de

trabalhos no subsolo, na vizinhança do local onde serão empregados, quando

se tratar de trabalho a céu aberto.

Serão obrigatórios, a cada nível de irradiação de galerias, pilares que

garantam a segurança do poço.

O poço terá elevador ou gaiola iluminada, com entrada

convenientemente protegida e dispositivos, como freio, paraquedas, porta

automática e teto resistente, destinados a prevenir acidentes.

Cada elevador, gaiola ou carro de transporte terá limite máximo de

capacidade e de velocidade, que será a fixado em local visível.

O fio condutor de energia elétrica no teto da galeria será protegido por

calha de madeira ou de outro material isolante.

Sempre que se tornar necessária à interrupção de circuitos elétricos por

meio de chaves, estas, obrigatoriamente, serão blindadas.

O cabo, corrente e outros meios de suspensão ou conjugação de verão

estar de acordo com os seguintes requisitos: o cabo metálico empregado nos

aparelhos dos sistemas de transportes e nas vias de comunicação, cuja ruptura

possa ocasionar acidentes pessoais, terá u m coeficiente de segurança no

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mínimo igual a seis em relação à carga está tica máxima.

No poço, o coeficiente será no mínimo igual a oito. A corrente e outros

meios de suspensão ou de conjugação de veículos serão de metais de

qualidade e terão no mínimo resistência dez vezes a carga máxima.

O cabo vegetal não será submetido à tensão superior a um sexto da

carga de ruptura. No caso de ruptura que provoque acidente, o órgão fiscal fará

ensaio, a expensas da empresa, para determinar a carga máxima.

A empresa registrará e m livro especial, os seguintes dados relativos aos

cabos metálicos empregados nas vias principais de acesso à superfície

(galerias, poços e planos inclinados):

Composição e natureza;

Características mecânicas;

Nome e endereço do fornecedor;

Garantia do fabricante;

Data de instalação e de reparos ou substituições;

Natureza e consequências dos acidentes;

Quantidade da carga conduzida;

Datas de inspeções e nomes dos inspetores.

O feitor, capataz ou encarregado diligenciará no sentido de que o

trabalhador conheça todas as vias de acesso a superfície.

A circulação do pessoal e o transporte do material se farão a través de

galerias ou planos inclinados distintos.

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Na impossibilidade comprovada de cumprimento referente à circulação

do pessoal e o transporte do material se farão:

Pelas galerias, onde poderão ser concomitantes se elas tiverem,

de cada lado, em toda a sua extensão, uma faixa mínima de

sessenta centímetros de largura livre de qualquer obstáculo;

Pelos planos inclinados, assim como pelas galerias que não

disponham de faixa prevista no item a, alternativamente.

É proibido o trânsito pelos planos inclinados, a menos que o trabalho

assim exija e que seja paralisado o transporte. No subsolo, a locomotiva terá

sinal sonoro e farol dianteiro potente, e a composição terá luz vermelha na

cauda. A mudança de via será feita pelo sistema de desvio. Os atuais sistemas

de placas fixas ou giratórias serão substituídos. Na galeria onde for utilizado

transporte manual, a rampa será no máximo de cinco por cento.

Quando for necessário rebaixar o lençol d’água (freático), os serviços

devem ser executados por pessoas ou empresas qualificadas;

Cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações,

devem ser levadas em consideração para determinar a inclinação das paredes

do talude, a construção do escoramento e o cálculo dos elementos

necessários;

A localização das tubulações deve ter sinalização adequada; as

escavações devem ser realizadas por pessoal qualificado, que orientará o s

operários, quando se aproximarem das tubulações até a distância mínima de

1,50m (um metro e cinquenta centímetros);

Quando o bate-estacas não estiver em operação, o pilão deve

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permanecer em repouso sobre o solo ou no fim da guia de seu curso;

Para pilões a vapor, devem ser dispensados cuidados especiais às

mangueiras e conexões, devendo o controle de manobras das válvulas estar

sempre ao alcance do operador;

Para trabalhar nas proximidades da rede elétrica, a altura e/ou distância

dos bate-estacas deve atender à distância mínima exigida pela concessionária;

o escoramento deve ser prolongado, no mínimo, por 0,15 (quinze centímetros),

acima do nível do terreno e os materiais retirados da escavação deverão ser

depositados a uma distância superior a metade da profundidade da mesma;

sendo utilizado explosivo na escavação , a descida do operário no tubulão só

será permitida após a injeção de ar comprimido no fundo do tubulão e m

quantidade suficiente que assegure a remoção de todos os gases gerados na

explosão , comprovados por monitoramento;

Nas escavações de tubulões em terrenos com possibilidade de

infiltração o u geração de gases, deverão ser tomadas medidas de segurança

para evitar acidentes típicos; as aberturas dos tubulões devem ser protegidas

(assoalhadas) de modo seguro, até que todos estejam completamente

concretados.

Uso de Explosivos

Fornecer explosivos, acessórios e serviços de desmonte, com alto

padrão de qualidade, segurança e eficiência, de modo a atender as

necessidades do mercado, visando retorno econômico e social.

Ao homem, deve ser defendida sempre sua integridade física, qualidade

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de vida e qualificação profissional. A segurança do trabalho é fundamental.

Todo acidente pode e deve ser evitado, sendo responsabilidade de todos a

plena e correta utilização do s recursos disponíveis para sua prevenção.

Do trabalho, deve-se buscar primordialmente a qualidade e a

produtividade que levará ao crescimento possibilitando uma atividade segura,

satisfatória e duradoura. Com o meio ambiente, deve-se manter uma perfeita

harmonia, que leva ao crescimento sustentável.

O conhecimento e cumprimento da "Declaração dos Princípios de

Segurança e Qualidade Total" é a primeira regra a seguir no caso de

explosivos.

Depósito, Manuseio e Armazenagem de explosivos.

Explosivos são substâncias capazes de rapidamente se transformarem

em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas, subdividindo em:

Explosivos iniciadores: aqueles que são empregados para excitação

de cargas explosivas, sensível ao atrito, calor e choque. Sob efeito do calor

explodem sem se incendiar;

Explosivos reforçadores: os que servem como intermediário entre o

iniciador e a carga explosiva propriamente dita;

Explosivos de rupturas: são os chamados altos explosivos, geralmente

tóxico;

Pólvoras: que são utilizadas para propulsão ou projeção.

A construção do s depósitos de explosivos devem obedecer aos

seguintes requisitos:

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a) Construído em terreno firme, seco, a salvo de inundações e não

sujeito à mudança frequente de temperatura ou ventos fortes e não

deverá ser constituído de extrato de rocha contínua;

b) Afastada de centros povoados, rodovias, ferrovias, obras de arte

importantes, habitações isoladas, óleo dutos, linha-tronco de

distribuição de energia elétrica, água e gás;

c) Os distanciamentos mínimos para a construção do depósito conforme

as tabelas específicas.

Principais normas para utilização de explosivos:

Nos locais de armazenagem e na sua área de segurança constarão

placas com dizeres "É PROIBIDO FUMAR" e "EXPLOSIVO" que possam

ser observados por todos que tenham acesso;

Material incombustível, impermeável, mau condutor de calor e

eletricidade, e as partes metálicas usadas no seu interior deverão ser de

latão, bronze ou outro material que não produza centelha quando

atritado ou sofrer choque;

Piso impermeabilizado com material apropriado e acabamento liso para

evitar centelhamento, por atrito ou choques e facilitar a limpeza;

As partes abrindo para fora, e com bom isolamento térmico e proteção

às intempéries;

As áreas dos depósitos devem ser protegidas por pararaios;

Os depósitos têm que ser dotados de sistema eficiente e adequado para

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o combate a incêndio;

Será obrigatória a existência física de delimitação d a área de risco,

assim entendido qualquer obstáculo que impeça o ingresso de pessoas

não autorizadas.

No manuseio de explosivos devem ser observadas as seguintes normas de

segurança quanto ao grupo de trabalho:

Pessoal devidamente treinado para tal finalidade;

No local das aplicações indicadas deve haver pelo menos um supervisor,

devidamente treinado para exercer tal função;

Proibido fumar, acender isqueiro, fósforo ou qualquer tipo de chama ou

centelha nas áreas em que se manipule ou armazene explosivos;

Vedar a entrada de pessoas com cigarros, cachimbo, charuto, isqueiro

ou fósforo;

Remover toda lama ou areia dos calçados, antes de se entrar em locais

onde se armazena ou se manuseia explosivos;

Proibido o manuseio de explosivos com ferramentas de metal que

possam produzir faíscas;

Uso obrigatório de calçado apropriado;

Proibir o transporte de explosivo exposto com equipamento movido a

motor de combustão interna;

Não permitir o transporte e armazenagem, conjunto de explosivo de

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ruptura e de outros tipos, especialmente os iniciadores;

Admitir no interior de depósito para armazenagem de explosivo as

seguintes temperaturas máximas;

27 ºC para nitrocelulose, nitromido e pólvora química de base dupla;

30 ºC para ácido picrico e pólvora química de base simples;

35 ºC para pólvora mecânica;

40 ºC para trotil, picrato de amônio e outros explosivos não

especificados;

Arejar obrigatoriamente, em período não superior a 3 (três) meses os

depósitos de armazenagem de explosivos, mediante aberturas das

portas ou por sistema de exaustão;

molhar as paredes externas e as imediações dos depósitos de

explosivos, tendo-se o cuidado para que a mesma não penetre no local

de armazenagem.

Inspecionar os explosivos armazenados para verificar as suas condições de

uso, dentro dos seguintes períodos:

DINAMITE - trimestralmente, não sendo aconselhável armazená-lo por

mais de 2 (dois) anos.

NITROCELULOSE - semestralmente a partir do 2º (segundo) ano de

fabricação.

ALTOS EXPLOSIVOS - primeiro exame 5 (cinco) anos a após a

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fabricação e depois de 2 (dois) em 2 (dois) anos.

ACIONADORES, REFORÇADORES, ESPOLETAS - primeiro exame 10

(dez) anos após a fabricação e depois de 5 (cinco) em 5 (cinco) anos.

Nos transportes explosivos observar as seguintes normas de segurança:

a) O material deverá estar em bom estado e acondicionado em embalagem

regulamentar;

b) Por ocasião de embarque ou desembarque, verificar se o material

confere com a guia de expedição correspondente;

c) Prévia verificação, quanto às condições adequadas de segurança, de

todos os equipamentos empregados nos serviços de carga, transporte e

descarga;

d) Utilizar sinalização adequada, tais como bandeirolas vermelhas ou

tabuletas de aviso, afixadas em lugares visíveis; disposição do material

de maneira a facilitar a inspeção e a segurança; as munições explosivas

e artifícios serão transportados separadamente; em caso de

necessidade, proteger o material contra a umidade e incidência direta

dos raios solares, cobrindo-o com uma lona apropriada; antes da

descarga de munições ou explosivos, examinar-se-á o local previsto

para armazená-los; proibir a utilização de luzes não protegidas, fósforos,

isqueiros, dispositivos ou ferramentas capazes de produzir chama ou

centelha nos locais de embarque, desembarque e nos transportes; salvo

casos especiais, os serviços de carga e descarga de munições e

explosivos serão feitos durante o período das 7 às 17 horas; quando

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houver necessidade de carregar ou descarregar munições e explosivos

durante a noite, somente admitir iluminação com lanternas e holofotes

elétricos.

Além das prescrições gerais aplicáveis aos transportes de munições e

explosivos por via férrea vigorarão os seguintes preceitos:

a) Os vagões que transportarem munições ou explosivos deverão ficar

separados da locomotiva ou de vagões de passageiro no mínimo por 3

carros;

b) Os vagões serão limpos, inspecionados antes do carregamento e depois

da descarga do material, removendo qualquer material que possa causar

centelha por atrito e destruindo-se a varredura;

c) Os vagões devem ser travados e calçados durante a carga e a descarga

do material; será proibida qualquer reparação em avarias dos vagões

depois de iniciado o carregamento dos mesmos; os vagões carregados

com explosivos não deverão permanecer nas áreas dos paióis ou de

depósitos para evitar que eles sirvam como intermediários na

propagação das explosões; as portas dos vagões carregadas deverão

ser fechadas, lacradas e nelas colocadas tabuletas visíveis, com os

dizeres "cuidado - explosivo": as portas dos paióis serão conservadas

fechadas ao se aproximar à composição e só depois de retirada a

locomotiva poderão ser abertas; as manobras para engatar e desengatar

os vagões deverão ser feitas sem choque; quando, durante a carga ou

descarga, for derramado qualquer explosivo, o trabalho será

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interrompido e só recomeçado depois de limpo o local; o trem especial

carregado de munições ou explosivos não poderá parar ou permanecer

em plataforma de estações, e, sim, em desvios afastados dos locais

povoados.

As regras a observar no transporte rodoviário, além das prescrições

gerais cabíveis no caso, serão a s seguintes:

Os caminhões destinados ao transporte de munições e explosivos, antes

de sua utilização, serão vistoriados para exame de seus circuitos

elétricos, freios, tanques de combustível, estado da carroçaria e dos

extintores de incêndio, assim como verificação da existência de quebra-

chama no tubo de descarga e ligação metálica da carroçaria com a terra;

os motoristas deverão ser instruídos quanto aos cuidados a serem

observados, bem como sobre o manejo dos extintores de incêndio;

A estopa a ser levada no caminhão será indispensável e a que for usada

deverá ser jogada fora;

A carga explosiva deverá ser fixada, firmemente, no caminhão e coberta

com lona impermeável, não podendo ultrapassar a altura da carroceria;

será proibida a presença de estranhos nos caminhões que

transportarem explosivos ou munições;

Durante a carga e descarga, os caminhões serão freados, calçados e

seus motores desligados;

Quando em comboios, os caminhões manterão , entre si, uma distância

de aproximadamente 80 (oitenta) metros;

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A velocidade de um caminhão não poderá ultrapassar 40 (quarenta) Km

por hora;

As cargas e as próprias viaturas serão inspecionadas durante as

paradas horárias, previstas para os comboios ou viaturas isoladas, as

quais se farão e m local afastado de habitações;

Para viagens longas, os caminhões terão dois motoristas que se

revezarão;

Nos casos de desarranjo nos caminhões, estes não poderão ser

rebocados. A carga será b aldeada e durante esta operação colocar-se-á

sinalização na estrada;

No desembarque, os explosivos e munições não poderão ser

empilhados nas proximidades dos canos de descarga dos caminhões;

Durante o abastecimento de combustível, os circuitos elétricos de

ignição deverão e star desligados;

Tabuletas visíveis serão a fixadas nos lados e atrás dos caminhões, com

os dizeres: "cuidado = explosivo" e serão colocadas bandeirolas

vermelhas;

Os caminhões carregados não poderão estacionar em garagens, postos

de serviço, depósitos ou lugares onde haja probabilidade maiores de

risco de incêndio;

Os caminhões, depois de carregados, não ficarão nas áreas ou

proximidades dos paióis e depósitos;

Em caso de acidentes no caminhão ou colisões com edifícios e viaturas,

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a primeira providência será retirar a carga explosiva, a qual deverá ser

colocada a uma distância mínima de 60 metros do veículo ou

habitações;

Em casos de incêndio em caminhão que transporte explosivos, procurar-

se-á interromper o trânsito e isolar o local.

Além das prescrições gerais aplicáveis aos transportes marítimos ou

fluviais, cumprir-se-á o seguinte:

Os explosivos e munições só poderão ser deixados no cais, sob

vigilância de guarda especial, capaz de fazer a sua remoção, em caso

de emergência;

Antes do embarque e após o desembarque de munições e explosivos,

os passadiços, corredores, porta-los e docas deverão ser limpos e as

varreduras retiradas para posterior destruição;

Toda embarcação que transportar explosivos e munições deverá manter

içada uma bandeira vermelha, a partir do início do embarque ao fim do

desembarque;

No caso de carregamentos mistos, as munições e explosivos só serão

embarcados como última carga;

O porão ou local designado na embarcação para o explosivo ou munição

deverá ser forrado com tábua s de 2,5 cm de espessura, no mínimo,

com parafusos embutidos;

Os locais da embarcação por onde tiver que passar a munição ou

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explosivo, tais como convés, corredores, porta-los, deverão e star

desimpedidos e suas partes metálicas que não puderem ser removidas,

deverão ser protegidas com material apropriado;

Os locais reservados aos explosivos serão afastados o mais possível da

casa de máquinas;

As embarcações destinadas ao transporte de munições ou explosivos

devem estar com os fundos devidamente forrados com tábuas e a carga

coberta com lona impermeável.

Apetrechos

Sua finalidade é transmitir a distância à chama ou o choque necessários

para desencadear a explosão da mina.

Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve

haver um blaster, responsável pelo armazenamento, preparação das cargas,

carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada das que não

explodiram, destinação adequada das sobras de explosivos e pelos

dispositivos elétricos necessários às detonações.

A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando

expuser a risco trabalhadores e terceiros.

Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro.

Mecha lenta (ou mecha de segurança) é usado para detonação de

explosivos deflagrantes. Conforme o material empregado na capa, a mecha é

mais ou menos impermeável à umidade.

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O detonador comum é usado para a inflamação de explosivos brisantes,

e pode ser comum ou elétrico.

Tiros de Minas

A empresa que explore mina adotará métodos e manterá locais de

trabalho que proporcionem a seus empregados condições satisfatórias de

segurança e medicina do trabalho.

O trabalho no subsolo somente será permitido a homens - com idade

entre vinte e um e cinquenta anos, assegurada, quando indicada por motivo de

idade ou de saúde, a transferência para a superfície.

É obrigatório o exame médico para admissão de candidatos a trabalhos

em minas.

O aprendizado em mina de subsolo obedecerá as seguintes normas:

a) o candidato deverá ter, no mínimo, dezoito anos de idade e ser

aprovado em exame médico clínico radiológico; o primeiro ano de aprendizado

será de aulas teóricas, na superfície; o segundo e o terceiro anos serão de

aulas teóricas e práticas, na superfície e no subsolo, durando cada turma três

horas diárias; do currículo constarão ensinamentos sobre segurança e

medicina do trabalho em mina; o aprendiz receberá da empresa equipamento

de proteção individual. A duração normal do trabalho efetivo para o empregado

em mina no subsolo não excederá de seis horas diárias e trinta e seis horas

semanais.

A duração normal do trabalho no subsolo poderá ser inferior a seis horas

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diárias por determinação da autoridade competente tendo em vista as

condições de segurança e medicina do trabalho bem como os métodos e

processos do trabalho.

Em cada período de três horas de trabalho haverá uma pausa de quinze

minutos para repouso, que será computada na duração do trabalho efetivo.

Quando a jornada de trabalho compreender a parte no subsolo e parte

na superfície, a duração da parte complementar será calculada tendo-se em

vista a proporção de seis horas no subsolo, para oito horas na superfície e vice-

versa.

O tempo de trajeto entre a boca da mina e o local de trabalho e, vice-

versa, será computado apenas para efeito de salário, duração normal efetiva no

subsolo poderá , com permissão prévia da autoridade competente em matéria

de segurança e medicina do trabalho ser elevada para até oito horas diárias ou

quarenta e oito horas semanais mediante acordo escrito entre o empregado e a

empresa, ou contrato coletivo de trabalho.

A prorrogação, em caso de força maior, ou para a realização ou

conclusão d e serviço inadiável, ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo

manifesto, poderá ser exigida independentemente de acordo ou contrato

coletivo de trabalho, devendo ser comunicada, dentro de dez dias, a autoridade

competente.

A remuneração da h ora prorrogada será no mínimo vinte e cinco por

cento superior a da hora normal e constará de acordo coletivo de trabalho.

Próximo aos locais de acesso ao subsolo e aos de mineração de

superfície, a empresa manterá chuveiros e instalações sanitárias adequadas,

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202

bem como dependência apropriada para refeições, ao abrigo de poeira, odores,

umidade e fumaças e condições satisfatórias de conforto, inclusive água

potável. Nas explorações de subsolo haverá instalações móveis dotadas de

recipientes portáteis destinados a satisfação de necessidades fisiológicas.

Os recipientes de que trata o item 22.1.7.1 receberão no subsolo

tratamento adequado, empregando-se cal como anti-séptico, e serão

removidos, ao final da jornada de trabalho de cada equipe, para a superfície,

onde será da do destino conveniente ao seu conteúdo.

No subsolo e próximo às frentes de trabalho será facilitada ao

empregado à obtenção de água potável, proibidos copos de uso coletivo e

torneira sem proteção.

Na mina de subsolo será instalado sistema de ventilação eficaz e

permanente, que garanta a renovação contínua do ar, sua pureza e condições

satisfatórias de temperatura e umidade.

A quantidade de ar puro posta em circulação será proporcional ao

número de trabalhadores e ao de lâmpadas, motores, animais e outros agentes

que consumam oxigênio.

No subsolo haverá suficiente circulação de ar, não devendo sua

velocidade ser inferior a dois decímetros por segundo, nem superior a cinco

metros por segundo.

Os locais de trabalho onde houver exposições ao calor, a poeira de sílica

livre cristalizada (Si02), ou a outros riscos ambientais, deverão ser observadas

as disposições constantes na Norma Regulamentadora (NR-15).

As percentagens máximas de outros gases serão fixadas em cada caso

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pela autoridade competente, segundo a Norma Regulamentadora (NR-15).

É obrigatória na empresa de mineração a existência de equipes de

combate a incêndio e de prestação de assistência de urgência, com pessoal

adequadamente treinado e dispondo de material necessário.

A galeria deverá ter altura que permita ao mineiro posição satisfatória

para o trabalho.

As instalações e os equipamentos de segurança e medicina do trabalho

serão mantidos em bom estado de conservação e funcionamento.

Antes do início e no decorrer da jornada de trabalho, o feitor, capataz ou

encarregado: verificará a s condições de segurança das paredes e do teto das

galerias e examinará a estabilidade das rochas, fazendo abater, remover ou

escorar, por pessoal habilitado, as que não apresentarem condições suficientes

de segurança; providenciará a desobstrução das galerias, mantendo-as em

boas condições de drenagem, corrigindo possíveis soluções de continuidade do

piso e evitando o acúmulo de água, fragmentos de madeira e de minério, e

outros projetos que possam causar acidentes; impedirá qualquer atividade,

salvo a reparação, no local em que for verificada ameaça de desmoronamento

ou outro perigo iminente; testará o ar e, se for verificada a presença de grisu

(metano), interditará o local; adotará precauções especiais destinadas a evitar

que material explosivo seja colocado ou abandonado em local inadequado.

Nos casos de que tratam os itens anteriores, o responsável pelo

impedimento do trabalho ou pela interdição d o local comunicará o fato,

imediatamente, ao engenheiro da mina.

O mineiro que verificar a existência do perigo comunicará o fato ao feitor,

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capataz ou encarregado, executando, se tiver condições, as medidas que o

caso exigir.

Cada equipe, ao retirar-se do local de trabalho prevenirá a que Ihe

suceder dos perigos nele existentes, competindo a seu encarregado, quando a

sucessão não for imediata, aguardar a equipe seguinte para fazer a

comunicação.

Deverão ser usadas lanternas elétricas de segurança em substituição à s

lamparinas a carbureto ("gasogênio").

Onde for comprovada a existência de grisu/metano serão usadas

lanternas elétricas de segurança.

Sempre que a natureza da atividade exigir, a empresa fornecerá,

gratuitamente, o equipamento individual de proteção, que será de uso

obrigatório.

Quando, no trabalho de subsolo ocorrer fato que possa por em perigo a

vida ou a saúde do empregado, a empresa o comunicará, imediatamente, a

autoridade regional do Ministério do Trabalho cabendo ao Sindicato na

categoria profissional idêntica comunicação.

A empresa não permitirá ao empregado:

desacompanhado trabalhar no subsolo, em escavação, manutenção

elétrica ou escoramento;

inexperiente, trabalhar no subsolo desacompanhado;

ainda que experiente, trabalhar em cabeceira perigosa, sem estar sob a

vigilância do feitor, capataz ou encarregado;

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trabalhar com máquina ou outro equipamento de mineração, sem

conhecer os riscos de seu manuseio ou operação;

transportar, manusear, preparar ou utilizar explosivo sem ter sido

especialmente treinado para isso.

O mineiro é obrigado a observar os regulamentos da empresa

pertinentes a aplicação destas normas.

A distribuição d e explosivos, detonadores e mechas será feita: nas

proximidades dos poços ou das galerias de acesso quando se tratar de

trabalhos no subsolo; na vizinhança do local onde serão empregados, quando

se tratar de trabalho a céu aberto.

O tiro será dado em hora que, respeitado, quando no subsolo, o disposto

nos itens 22.1.8 e 22.1.9, as poeiras, gases e fumaças dela resultantes não

prejudiquem os empregados em serviço ou em trânsito.

A torre ou o edifício à boca de via principal de acesso à superfície: serão

construídos com material resistente a combustão; não poderão servir de

depósito a material combustível.

Serão obrigatórios, a cada nível de irradiação de galerias, pilares que

garantam a segurança do poço.

O poço terá elevador ou gaiola iluminada, com entrada

convenientemente protegida e dispositivos, como freio, paraquedas, porta

automática e teto resistente, destinados a prevenir acidentes.

Cada elevador, gaiola ou carro de transporte terá limite máximo de

capacidade e de velocidade, que será a fixado em local visível.

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O fio condutor de energia elétrica no teto da galeria será protegido por

calha de madeira ou de outro material isolante.

Sempre que se tornar necessária à interrupção de circuitos elétricos por

meio de chaves, estas, obrigatoriamente, serão blindadas.

O cabo, corrente e outros meios de suspensão ou conjugação de verão

estar de acordo com os seguintes requisitos:

O cabo metálico empregado nos aparelhos dos sistemas de transportes

e nas vias de comunicação, cuja ruptura possa ocasionar acidentes pessoais,

terá u m coeficiente de segurança no mínimo igual a seis em relação à carga

está tica máxima.

No poço, o coeficiente será no mínimo igual a oito. A corrente e outros

meios de suspensão ou de conjugação de veículos serão de metais de

qualidade e terão no mínimo resistência dez vezes a carga máxima.

O cabo vegetal não será submetido à tensão superior a um sexto da

carga de ruptura. No caso de ruptura que provoque acidente, o órgão fiscal fará

ensaio, a expensas da empresa, para determinar a carga máxima.

A empresa registrará e m livro especial, os seguintes dados relativos aos

cabos metálicos empregados nas vias principais de acesso à superfície

(galerias, poços e planos inclinados):

Composição e natureza;

Características mecânicas;

Nome e endereço do fornecedor;

Garantia do fabricante;

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Data de instalação e de reparos ou substituições;

Natureza e consequências dos acidentes; Quantidade da carga

conduzida;

Datas de inspeções e nomes dos inspetores.

Nas vias principais de acesso a superfície, todo aparelho de transporte,

de pessoal ou de carga, será inspecionado diariamente, anotando-se, no livro

de que trata o item 22.1.25, as observações colhidas.

A mina em lavra terá no mínimo duas vias principais de acesso à

superfície, separadas por terreno maciço e comunicando-se entre si e com as

vias secundárias, de forma que a interrupção de uma delas não afete o trânsito

pela outra.

As vias de acesso à superfície serão providas de sistemas de

comunicação e de sinalização, para trânsito do pessoal e para advertência em

caso de emergência.

Nas instalações já existentes que não satisfaçam às prescrições do item

22.1.27, serão tomadas precauções para evitar propagação de incêndio e efeito

nocivo da fumaça.

O feitor, capataz ou encarregado diligenciará no sentido de que o

trabalhador conheça todas as vias de acesso a superfície.

A circulação do pessoal e o transporte do material se farão a través de

galerias ou planos inclinados distintos.

Na impossibilidade comprovada de cumprimento do disposto no item

22.128, a circulação do pessoal e o transporte do material se farão:

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a) pelas galerias, onde poderão ser concomitantes se elas tiverem,

de cada lado, em toda a sua extensão , uma faixa mínima de

sessenta centímetros de largura livre de qualquer obstáculo;

b) pelos planos inclinados, assim como pelas galerias que não

disponham de faixa prevista no item a, alternativamente.

É proibido o trânsito pelos planos inclinados, a menos que o trabalho

assim exija e que seja paralisado o transporte.

No subsolo, a locomotiva terá sinal sonoro e farol dianteiro potente, e a

composição terá luz vermelha na cauda.

A mudança de via será feita pelo sistema de desvio. Os atuais sistemas

de placas fixas ou giratórias serão substituídos.

Na galeria onde for utilizado transporte manual, a rampa será no máximo

de cinco por cento.

Instruções de Segurança na Obra

Para que não o corram acidentes com o uso de explosivos, devem ser

seguidas normas de segurança, tanto no preparo das detonações, como na

espera do tiro, como é visto a seguir.

Preparação das detonações

Deve-se evacuar o pessoal não participante na operação da zona

perigosa quando o foguista carregar as minas. Tomar a mesma precaução

quando da conexão da s hastes de detonadores elétricos e da ligação de uma

série de tiros, ou durante o controle de resistência a partir do posto de tiro.

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Aviso de Tiro – Abrigos

O mestre de obra ou foguista avisará o tiro por sinal estabelecido nas

instruções da operação (geralmente por trombeta).

É preciso verificar que todo o pessoal se refugiou no abrigo indicado, ou

se afastou à distância suficiente para evitar as projeções causadas pela

explosão.

Manter vigias nos locais previamente escolhidos, para interditar as

imediações do perímetro perigoso e interromper o trânsito nas vias de acesso

da obra, devidamente sinalizadas.

Detonação

As mechas de segurança são colocadas diretamente nos explosivos

deflagrantes ou para deflagrar detonadores comuns.

O foguista dever retirar-se ao abrigo imediatamente após a inflamação.

O tempo disponível depende do comprimento da mecha.

Com detonadores elétricos, deflagrando diretamente a carga explosiva

ou usados em conjunto com cordões detonantes:

Afastar suficientemente ou proteger o local do posto de tiro.

A manobra do foguista será obrigatoriamente executada sob as

condições definida em detonadores elétricos.

Tempo de Espera após o tiro

Qualquer que seja a modalidade de deflagração, esperar pelo menos

cinco minutos. Este prazo deve chegar à pelo menos trinta minutos para tiros

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com mecha:

Em caso de uso de caixas de relê.

Em séries de mais de 8 detonações.

Na impossibilidade de contar seguramente o número previsto de

explosões.

De qualquer maneira, voltar ao local de trabalho somente depois da

dispersão da s fumaças, poeiras, etc, e com visibilidade suficiente.

Antes de prosseguirem os trabalhos, o mestre de obra e foguista devem

procurar as cargas porventura “pifadas”. Neste caso, tomar medidas especiais

para retirar e inutilizar detonadores e cargas não deflagradas.

Serviços em Telhados

Para trabalhos em telhados, devem ser usados dispositivos que

permitam a movimentação segura dos trabalhadores, sendo obrigatória à

instalação d e cabo-guia de aço, para fixação do cinto de segurança tipo

paraquedista.

Os cabos-guias devem ter suas extremidades fixadas à estrutura

definitiva da edificação por meio de suporte de aço inoxidável ou outro material

de resistência e durabilidade equivalentes.

Nos locais onde se desenvolvem trabalhos em telhados, devem existir

sinalização e isolamento de forma a evitar que os trabalhadores no piso inferior

sejam atingidos por eventual de materiais e equipamentos. É proibido o

trabalho em telhados sobre fornos ou qualquer outro equipamento do qual haja

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211

emanação de gases provenientes de processos industriais, devendo o

equipamento ser previamente desligado, para a realização desses serviços.

É proibido o trabalho em telhado com chuva ou vento, bem como

concentrar cargas num mesmo ponto.

Condições

Todo serviço em telhado deve ser planejado com antecedência,

verificando-se prioritariamente os seguintes itens:

Situação de resistência do telhado;

Local para fixação do s suporte e moitões (trava queda);

Local de sinalização da área de içamento e descida de telhas e

materiais de trabalho;

Trajeto, visando reduzir ao máximo caminhadas sobre o telhado;

Necessidade de montagem de andaimes sobre o telhado.

A locomoção sobre telhados deve ser feita somente com a utilização de

tábua s por onde os trabalhadores farão os deslocamentos pelo telhado.

As tábuas para locomoção sobre telhados devem ser de boa qualidade,

planas, isentas de nós, rachaduras ou defeitos que sua resistência, ser

sobrepostas em 0,20 m (vinte centímetros), devendo a sobreposição coincidir

com as terças, bem como possuírem ripas pregadas transversalmente ao eixo

longitudinal das tábuas, com espaçamento de 0,40 m (quarenta centímetros).

Os trabalhadores em telhados fixação de cabos de aço, que deverão

fixados em local resistente, devem ser dotados de suportes para ser

adequados à estrutura do prédio e sempre que possível, os prédios devem ser

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212

dotados de suportes para fixação de cabos de aço, que deverão ser adequados

à estrutura do prédio e fixados em local resistente.

Todo local onde se desenvolvem trabalhos em telhados deve ser

sinalizado e isolado, de forma a evitar que os operários sejam atingidos por

eventual queda de materiais e equipamentos.

O acesso ao telhado deve ser feito por meio de escadas fixas.

O acesso e a permanência em telhados somente poderá o correr em

dias não chuvosos.

Nos locais onde houver impedimento de fixação do suporte, o SESMT,

em conjunto com o responsável pelos serviços deverá estabelecer os

procedimentos seguros para a execução da s tarefas.

Para serviços em telhados especialmente no caso de telhas de

fibrocimento (cimento amianto), recomenda-se usar os seguintes acessórios:

Escadas de ripas ou escada plana para telhados;

Tábua s para circulação transversal.

Escada de acesso amarrada ou fixada.

Evitar o uso de sapatos escorregadios e duros;

Não trabalhar em telhados úmidos ou molhados;

Evitar concentração de carga;

Não pisar nos vão s entre os apoios das telhas (evitar o apoio

direto em materiais frágeis);

Usar cinturão de Segurança modelo paraquedista, alpinista e

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213

dispositivos de proteção coletiva.

Risco Principal

A execução de serviços em telhados exige dos trabalhadores aptidões

físicas apropriadas.

Em particular não de vem estar sujeitos à vertigem, a crises de

epilepsias, Ter uso normal de braços e pernas e Ter uma boa visão. Convém

lembrar que os trabalhadores menores de 18 anos não podem ser empregados

em serviços de altura, de qualquer natureza, salvo autorização da inspetoria do

trabalho, ouvido o médico do trabalho.

O risco principal que enfrenta o trabalhador é o risco de queda. Quedas

de materiais também podem causar acidentes.

A prevenção do risco de queda deve ser assegurada por um dos meios

seguintes:

Andaimes

Os andaimes utilizados para estes serviços devem ser munidos de

peitoris compostos de elementos juntos ou afastados de modo a não permitir a

passagem do corpo humano.

Estes peitoris devem ser bastante resistentes para impedir com

eficiência a queda no espaço do trabalhador que perdeu o equilíbrio.

Dispositivos de Proteção Coletiva

Na ausência de andaimes, dispositivos de proteção coletiva, de eficácia

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214

equivalente, devem ser colocados para impedir a queda de pessoas e objetos.

Em particular, é preciso:

Colocar elementos bem unidos ao longo da parte baixa do telhado, ou

painéis de tá buas, ou escada revestida de tábua s, colocada de quina e

solidamente fixada ao madeiramento, ou qualquer outro dispositivo impedindo a

passagem de um corpo humano.

Dispositivos Permanentes de Proteção

Ganchos de serviço podem servir também em telhados de chapas de

cimento-amianto. A fixação obedecerá ao s princípios acima expostos.

Antes de usar ganchos, examiná-los cuidadosamente e verificar sua

resistência.

Telhados em materiais Frágeis

Os trabalhadores devem executar o serviço em andaimes, plataformas,

tábua s ou escadas, evitando o apoio direto em materiais frágeis. Na

impossibilidade de assim proceder, usar cintos de segurança ou colocar soalho

ou rede de proteção.

Não se deve usar sapatos escorregadios ou duros, evitar concentrações

de carga, trabalhadores e peso em geral e usar dispositivos de proteção

coletiva ou cintos de segurança.

Serviços em conservação

Mesmo para serviços de pouca monta, nunca confiá-los a um homem

trabalhando sozinho.

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215

O equipamento indispensável inclui:

Escada de acesso ao telhado, colocada externa ou internamente.

Em caso de acesso por alçapão, retirar a tampa do mesmo e

guardá-la no sótão.

Escada plana para se deslocar no declive do telhado. Deverá ser

fixada de modo a não poder deslizar ou balançar.

Cordas para amarrar o cinto de segurança. Cinto de segurança.

Medidas Diversas

Antenas de rádio ou televisão e demais obstáculos existentes no

telhado devem ser sinalizados de maneira visível durante a

execução do s serviços.

Em serviços de vidraceiro, retirar imediatamente os cacos de

vidro.

É proibido o trabalho em telhados escorregadios em

consequência de condições atmosféricas, salvo instalação de

dispositivos especiais.

Recomenda-se o uso, em telhados, de alpargatas ou sapatos

apropriados.

Nunca fechar condutos de fumaça ou bocas de ventilação sem

avisar previamente o usuário

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216

LOCAIS CONFINADOS

Nas atividades que exponham os trabalhadores a riscos de asfixia,

explosão , intoxicação e doenças do trabalho devem ser adotadas medidas

especiais de proteção, a saber:

a) treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que

estão submetidos, a forma de preveni-los e o procedimento a ser

adotado em situação de risco;

b) nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores

não poderão realizar suas atividades sem a utilização de EPI adequado;

c) a realização d e trabalho em recintos confinados deve ser precedida de

inspeção prévia e elaboração de ordem de serviço com os

procedimentos a serem adotados;

d) monitoramento permanente de substância que cause asfixia, explosão e

intoxicação no interior de locais confinados realizado por trabalhador

qualificado sob supervisão de responsável técnico;

e) proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;

f) ventilação local exaustora eficaz que faça a extração do s contaminantes

e ventilação geral que execute a insuflação de ar para o interior do

ambiente, garantindo de forma permanente a renovação contínua do ar;

g) sinalização com informação clara e permanente durante a realização de

trabalhos no interior de espaços confinados;

h) uso de cordas ou cabos de segurança e armaduras para amarração que

possibilitem meios seguros de resgate;

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217

i) acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis

utilizadas na aplicação d e laminados, pisos, papéis de parede ou

similares;

j) a cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, 2 (dois) deles devem ser

treinados para resgate;

k) manter ao alcance dos trabalhadores ar mandado e/ou equipamento

autônomo para resgate;

l) no caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação prévia

antes da execução do trabalho.

CARPINTARIA

As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da

atividade de carpintaria somente podem ser realizados por trabalhador

qualificado nos termos da NR 18.

Serra circular deve atender às disposições a seguir:

Ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces

inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente e

de primeira qualidade, material metálico ou similar de resistência

equivalente, sem irregularidades, com dimensionamento

suficiente para a execução da s tarefas.

Ter a carcaça do motor aterrada eletricamente

O disco deve ser mantido afiado e travado, devendo substituído

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218

quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos

As transmissões de força mecânica devem estar protegidas

obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo

ser removidos, em hipótese alguma, durante a execução dos

trabalhos.

Ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com

identificação do fabricante e ainda coletor de serragem.

Nas operações de corte de madeira devem ser utilizados dispositivo

empurrador e guia de alinhamento.

As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem estar protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas.

A carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e antiderrapante, com

cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra quedas de materiais e

intempéries.

ARMAÇÕES EM AÇO

A dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos

sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre

superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias, afastadas da área de

circulação d e trabalhadores.

As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser

apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento.

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219

A área de trabalho onde está situada à bancada de armação deve ter

cobertura resistente para proteção do s trabalhadores contra a queda de

materiais e intempéries.

As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço

devem estar protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas

ou de vergalhões.

É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas

sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de operários.

É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas.

Durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada. ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO

As fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às

cargas máximas de serviço.

O uso de fôrmas deslizantes deve ser supervisionado por profissional

legalmente habilitado.

Os suportes e escoras de fôrmas devem ser inspecionados antes e

durante a concretagem por trabalhador qualificado.

Durante a desforma devem ser viabilizados meios que impeçam a queda

livre de seções de fôrmas e escoramentos, sendo obrigatórios à amarração das

peças e o isolamento e sinalização ao nível do terreno.

As amarrações de pilares devem ser estaiadas ou escoradas antes do

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220

cimbramento.

Durante as operações de protensão de cabos de aço é proibida a

permanência de trabalhadores atrás dos macacos ou sobre estes, ou outros

dispositivos de protensão, devendo a área ser isolada e sinalizada.

Os dispositivos e equipamentos usados em protensão devem ser

inspecionados por profissional legalmente habilitado, antes de serem iniciados

os trabalhos e durante os mesmos.

As conexões dos dutos transportadores de concreto devem possuir

dispositivos de segurança para impedir a separação da s partes, quando o

sistema estiver sobre pressão.

As peças e máquinas do sistema transportador de concreto devem ser

inspecionados por trabalhador qualificado, antes do início dos trabalhos.

No local onde se executa a concretagem, somente deve permanecer a

equipe indispensável para a execução desta tarefa.

Os vibradores de imersão e d e placas devem ter dupla isolação e os

cabos de ligação ser protegidos contra choques mecânicos e cortes pela

ferragem, devendo ser inspecionados antes e durante a utilização.

As caçambas transportadoras de concreto devem ter dispositivos de

segurança que impeçam o seu descarregamento acidental.

ESTRUTURAS METÁLICAS

As peças devem estar previamente fixadas antes de serem soldadas,

rebitadas ou parafusadas.

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221

Na edificação de estrutura metálica, abaixo dos serviços de rebitagem,

parafusagem ou soldagem, deve ser mantido piso provisório, abrangendo toda

a área de trabalho situada no piso imediatamente inferior.

O piso provisório deve ser montado sem frestas, a fim de se evitar queda

de materiais ou equipamentos.

Quando necessária à complementação do piso provisório, devem ser

instaladas redes de proteção junto às colunas.

Deve ficar à disposição do trabalhador, em seu posto de trabalho,

recipiente adequado para depositar pinos, rebites, parafusos e ferramentas.

As peças estruturais pré-fabricadas devem ter pesos e dimensões

compatíveis com os equipamentos de transportar e guindar.

Os elementos componentes da estrutura metálica não devem possuir

rebarbas.

Quando for necessária a montagem, próximo às linhas elétricas

energizadas, deve-se proceder ao desligamento da rede, afastamento dos

locais energizadas, proteção das linhas, além do aterramento da estrutura e

equipamentos que estão sendo utilizados.

A colocação de pilares e vigas deve ser feita de maneira que, ainda

suspensos pelo equipamento de guindar, se executem a prumagem, marcação

e fixação das peças.

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222

OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE A QUENTE

As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser

realizadas por trabalhadores qualificados.

Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em

chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção,

por ventilação local exaustora, dos fumos originados no processo de solda e

corte, bem como na utilização d e eletrodos revestidos.

O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento

adequado à corrente usada, fim de se evitar a formação de arco elétrico ou

choques no operador.

Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização

de anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O

material utilizado nesta proteção de ve ser do tipo incombustível.

Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente,

tanque ou similar, que se envolva geração de gases confinados ou

semiconfinados, é obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para

eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador, já mencionado no

item (Locais Confinados).

As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das

chamas na saída do cilindro e chegada do maçarico.

È proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas

próximos às garrafas de O2 (oxigênio).

Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados.

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223

Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de

soldagem devem ser mantidos longe de locais com óleo graxa ou umidade, e

devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes.

ALVENARIA, REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS

Objetivo:

Estabelecer medidas de Engenharia de segurança do Trabalho nos

SERVIÇ OS DE ALVENARIA, REVESTIMENTO E ACABAMENTOS.

Documentos a consultar: NBR-7678 e a NR-18, da Portaria 3214/78, do

Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

Condições:

As proteções de aberturas no piso devem ser recolocados

imediatamente após a marcação da alvenaria nas proximidades de cada uma

delas. Em cada pavimento, a alvenaria deve ser iniciada pelas caixas de

elevadores, câmaras de exaustão, escadas, prismas de ventilação e

iluminação, fachadas e empenas, de madeira a reduzir de imediato os riscos de

queda com diferença de nível.

Após término da jornada de trabalho, deve ser feito o asseio corporal

com água em abundância e posterior trocado vestuário, devido ao contato com

o cimento.

É necessário precaver-se quanto à queda de materiais, principalmente

para o exterior da edificação, durante o levantamento de paredes ou de

execução de acabamentos, especialmente na colocação de vergas de portas

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224

ou janelas e caixilhos de ar condicionado.

Ao assentar peitoris de janela ou varandas, é recomendável amarrar

estas peças até a secagem da massa de assentamento, pois nestes casos,

geralmente, nenhum material é superposto à peça, de imediato, como no

assentamento de vergas.

Todas as paredes de tijolos em beiradas de laje devem Ter travamento

provisório.

Não é permitida a improvisação de andaimes para a execução de

arremates de paredes de alvenaria.

Não é permitida a improvisação de andaimes (caixotes e pilotis) para a

execução de arremates de paredes de alvenaria. Os andaimes, quando de

madeira, devem ser confeccionados somente por carpinteiros.

Na execução de muretas em beiradas de laje (cobertura e pilotis), os

serviços de alvenaria e concretagem de pilares devem ser feitos

simultaneamente, a fim de diminuir o risco de desabamento.

As sobras de tijolos, massa ou entulho que caírem nos degraus das

escadas e nas áreas de circulação, devem ser retirados, para evitar riscos de

queda por quem transita no local.

Quando da realização de trabalhos em caixas de elevadores, deve-se

evitar a execução de qualquer outro serviço na casa de máquina ou junto às

portas do elevador (alvenaria), a fim de evitar o risco de queda de material para

o interior da caixa.

É recomendável realizar uma programação adequada para a execução

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225

de alvenaria de cada pavimento logo após a conclusão d e sua desforma.

As passagens provisórias através de paredes de alvenaria devem Ter

vão s com altura mínima de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros) e largura

mínima de 0,60 m (sessenta centímetros).

Nos revestimentos executados sobre andaimes em varandas ou junto

aos vãos de janelas, poços de elevador, etc., não sendo possível à instalação

de guarda-corpo provisório, é necessário o uso de cinto de segurança tipo

paraquedista, fixado à estrutura em local firme.

Os quadros fixos de tomadas devem ser protegidos (cobertos), sempre

que, nas proximidades, onde forem executados serviços de revestimento com

massa.

É necessário tomar precauções com a movimentação de réguas de

alumínio próximo de fiações ou chaves elétricas. Em andaimes, recomenda-se

amarrar uma corda a uma das extremidades da régua e o cabo detração do

guincho, de maneira a evitar a sua queda acidental.

As caixas de papelão (azulejos, cerâmicas, etc.) ou sacos (cimento,

gesso, etc.) vazios não de vem ficar espalhados ou amontoados. É necessário

juntá-los, amarrá-los e colocá-los em local isolado, providenciando-se a sua

imediata retirada da obra.

Cuidados especiais devem ser tomados com a limpeza de pastilhas ou

cerâmica, principalmente em fachadas, quando as misturas ácidas puderem

atingir trabalhadores em pavimentos inferiores e, até mesmo, com vizinhos da

obra.

Nos revestimentos com chapisco, reboco ou emboço, jateamento,

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226

limpeza de pastilhas (ácidos), etc. é obrigatório o uso de óculos de segurança.

As paredes de granito ou mármore, quando transportadas para

andaimes suspensos, devem ser previamente amarrados.

Na execução de pinturas, aplicação de vernizes ou colas ou ainda nos

serviços com uso de solventes inflamáveis ou tóxicos, e em ventilação

insuficiente, deve-se tomar as seguintes medidas de segurança:

Instalar sistema de ventilação forçada e fornecer equipamento de

proteção respiratória apropriado;

Colocar, nos acessos, placas com inscrição "Risco de Incêndio,

Explosão ou Intoxicação , Proibido Fumar" e extintores de CO2 ou PQS;

Evitar instalação de iluminação provisória, com fios desempregados ou

conexões por pressão;

Utilizar somente luminárias a prova de explosão;

Utilizar somente roupa de algodão;

É proibido fumar ou portar cigarro aceso;

Manter colas e solventes em recipientes fechados;

Evitar, nas proximidades, qualquer risco de centelhamento, inclusive por

impacto.

É aconselhável retirar a folha da porta de acesso ao cômodo onde será

aplicado o material, a fim de evitar o seu fechamento acidental.

Quando se recortar concreto em vigas de beiradas de laje, é

aconselhável não bater no sentido de dentro para fora, devendo-se faze-lo

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227

paralelamente a fachada, reduzindo-se dessa forma a projeção de fragmentos

para o exterior da construção. Nesses casos, o uso do cinto de segurança tipo

pá ra-quedista fiado à estrutura e óculos de segurança são obrigatórios.

Os trabalhos com a execução de forro falso de gesso exigem cuidados

especiais quanto à execução de andaimes. É recomendável que o andaime

ocupe todo o cômodo onde serão executados os trabalhos.

Deve-se evitar os riscos de incêndio e explosão, principalmente dos

solventes e diluentes. A grande volatilidade destes produtos determina a

produção, em grande escala, de vapores inflamáveis.

Deve-se fazer a avaliação das concentrações de vapores tóxicos

periodicamente nos ambientes de trabalho suspeitos de contaminação.

Nos casos de trabalhos em compartimentos fechados deveremos:

Instalação de sistema de exaustão para captar os vapores dos

solventes;

Ter ventilação intensa durante a secagem;

Ter locais adequados para despejar solventes e diluentes; Captar os

vapores em seu ponto de origem;

Proibir chama aberta;

Não provocar faíscas por impactos entre objetos metálicos ou contra o

piso de cimento;

Fazer instalação elétrica estanque, com equipamentos aterrados

eletricamente;

Colocar o compressor fora do local de pintura, pois poderá atingir o

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228

ponto de inflamação por compressão anormal;

Estocar materiais inflamáveis fora do local da pintura;

Eliminar detritos (panos, embalagens, etc.) colocando-os em recipientes

metálicos e queimando-os em local apropriado;

Instalar nas proximidades extintores portáteis de espuma.

Quanto à proteção do s trabalhadores, devemos adotar os seguintes

procedimentos:

Usar roupa fechada, incluindo punhos e tornozelos, bem como o uso de

capacetes;

Não lavar as mãos com Benzol ou outros solventes orgânicos;

Proteger as mãos com luvas especiais, usando cremes a base de

glicerina e sabão especial, quando necessário;

Lavar-se cuidadosamente e trocar de roupa ao término da jornada de

trabalho.

Usar máscara com cartucho de carvão filtrante, que absorve vapores

tóxicos e poeira proveniente do lixamento de massa de pintor

regulizadora da base;

Cuidados especiais devem ser tomados com ferramentas de corte, tais

como martelo de vidraceiro (cabo de lâmina) raspadeiras triangulares,

etc;

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229

O local de estocagem do material para serviços de pintura de um

prédio em construção deve ser amplo, bem ventilado e isolado de qualquer

outro material.

As medidas de segurança a serem tomadas são a s mesmas

determinadas para depósito de combustíveis e inflamáveis.

Não deixar sobre o piso fragmentos de cerâmica azulejos ou vidro.

Os locais abaixo das áreas de colocação de vidros (fachadas) devem

ser interditados ou isolados.

Após a colocação, os vidros devem ser marcados de maneira visível,

para evitar que sua transparência possa levar a ocorrência de acidentes.

Os sacos de vidro devem ser imediatamente retirados e todos os

cuidados devem ser tomados nos serviços realizados no alto.

Próximo ao local derretimento de piche, é necessário armazenar

areia e algumas pás, para eventual princípio de incêndio. O SESMT deve

orientar a escolha do local para este tipo de serviço.

SERVIÇOS EM FLUTUANTES

Objetivo:

Estabelecer medidas de Engenharia de segurança do Trabalho nos

SERVIÇ OS EM FLUANTES.

Documentos a consultar: NR-18, da Portaria 3214/78, do MTE.

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230

Condições:

Na execução de trabalhos com riscos de queda n'água devem ser

usados coletes salva-vidas ou outros equipamentos de flutuação.

As plataformas de trabalho devem ser providas de linhas de

segurança ancoradas em terra firme, que possam ser usadas quando as

condições meteorológicas não permitirem a utilização de embarcações.

Na execução de trabalho noturno sobre a água, toda a sinalização d

e segurança da plataforma e o equipamento de salvamento devem ser

iluminados com lâmpadas à prova d'água.

O sistema de iluminação deve ser estanque.

As superfícies de sustentação das plataformas de trabalho devem ser

antiderrapantes.

É proibido deixar materiais e ferramentas soltos sobre as plataformas

de trabalho.

Ao redor das plataformas de trabalho devem ser instalados guarda-

corpos, firmemente fixados à estrutura.

Em quaisquer atividades é obrigatória à presença permanente de

profissional em salvamento, primeiros socorros e ressuscitação

cardiorrespiratória.

Os serviços em flutuantes devem atender às disposições constantes

no Regulamento para o Tráfego Marítimo e no Regulamento Internacional

para Evitar Abalroamentos no Mar (RIPEAM - 72), do Ministério da Marinha.

Os coletes salva-vidas devem ser de cor laranja, conter o nome da

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SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

231

empresa e a capacidade máxima representada em kg (quilograma).

Os coletes salva-vidas devem ser em número idêntico ao de

trabalhadores e tripulantes.

É proibido conversar a bordo trapos embebidos em óleo ou qualquer

outra substância volátil.

Obrigatória a instalação de extintores de incêndio em número e

capacidade adequados.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO CANTEIRO DE OBRAS

Serra Circular

A carcaça da serra

circular deve ser construída de

maneira a evitar vibrações e

jogo nos acoplamentos.

A lâmina. Para corte

longitudinal e transversal com

a mesma lâmina, escolher

dentes com ângulo de avanço

entre 6 e 10 graus.

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232

O diâmetro dos flanges deve ser suficiente para manter corretamente a

lâmina no eixo.

Ø 150 mm para uma lâ mina de 500 mm.

Ø 130 mm para uma lâ mina de 400 mm.

Ø 120 mm para uma lâ mina de 300 mm.

Manter a lâmina sempre bem afiada e travada.

A tampa da bancada deve ser de chapa grossa plana e lisa ou madeira

de lei cuidadosamente aplainada. Deve ter comprimento suficiente para o corte

de peças de comprimento médio sem risco da peça cortada bascular.

Para o corte de peças de grande comprimento, e não dispondo de

ajudante, prever cavaletes de rolos com extremidade superior no nível da

bancada.

A coifa deve cobrir a parte não operacional da lâmina acima da bancada.

Para poder cortar peças largas, é preferível fixara coifa ao madeiramento

do teto do barracão que abriga a máquina e o operador.

A coifa deve ser simples e de regulagem em altura fácil e rápida.

A faca divisora: de aço duro ou semiduro, tem grossura ligeiramente

menor do que a largura do corte de serra com lâmina bem travada.

Borda da frente e parte superior da faca levemente arredondadas.

Colocada no plano da lâmina, é regulada a 2 mm dos dentes traseiros.

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233

Cuidado: uma faca grossa demais age como cunha e racha a madeira

no fim do corte. Fina demais, não impede que a madeira volte a se fechar com

risco de projeção violenta da mesma contra o operador.

O fundo da bancada deve ser completamente fechado por tábuas ou

tela, para isolar a parte não operacional da lâmina.

Não havendo dispositivo aspirador da serragem, deve haver tela ou

abertura permitindo verificar o acúmulo de serragem.

Um painel móvel possibilitará a remoção da serragem. Evidentemente, a

limpeza deve ser efetuada com a máquina parada.

Polias, correias e motores devem ter guarnições. A guarnição protetora

deve ser fixada um pouco mais abaixo do nível da bancada, para permitir o

corte sem risco de contato com o revestimento.

Ligar a terra os motores elétricos.

Em todos os casos, nunca se afastar da máquina antes de sua parada

completa. Terminando o serviço de serra, o trabalhador encarregado do

mesmo deverá fechar com cadeado a caixa do interruptor do motor elétrico ou

retirar a manivela do motor a gasolina, para evitar o acesso ao motor.

É preciso evitar que qualquer um possa utilizar a serra.

Dispositivo de empurrar a madeira é indispensável em fim de passagem.

Permite o corte fácil de cunhas ou calços, já que sua parte dianteira

reproduz às avessas a forma da cunha a ser cortada. Basta usar guia bem

paralelo à lâmina, e manter a madeira a ser cortada com segundo dispositivo

de empurrar, que servirá a inda para afastar da lâmina a cunha cortada.

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234

BETONEIRA

A portaria de 9/8/57 contém os dispositivos gerais aplicáveis a

betoneiras com caçamba acionada por mecanismo de levantar.

Com efeito, ocorreram numerosos acidentes no uso de betoneiras,

devido à queda repentina da caçamba. As causas desta queda são as

seguintes:

Interrupção acidental da ação do freio ou trave em consequência de

choques ou vibrações.

Ruptura do cabo ou amarra.

Distração do operador que esqueceu, antes de acionar a descida, de

verificar a presença de pessoas sob a caçamba.

Remoção da máquina por pessoas não qualificadas na ausência do

manobrista.

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235

DUPLA SEGURANÇA:

O dispositivo comum de parada da caçamba, agindo sobre o cabo de

manobra, deve ser completado por outro dispositivo de imobilização,

independente do mecanismo de manobra, fixado no chassis e utilizável em

qualquer tempo.

Seu funcionamento será, de preferência, automático. Na falta de

dispositivo previsto pelo fabricante, é sempre possível adaptar uma dupla

segurança simples e eficiente em equipamentos antigos.

Adicionalmente, calçar a caçamba com madeira redonda ou viga para

garantir provisoriamente a segurança de quem trabalha sob a máquina.

Verificações

Toda semana, deverá ser feita uma verificação completa do

funcionamento dos dispositivos do cascalho da caçamba, assim como dos

cabos, alavancas e acessórios de segurança.

Ordens de serviço

O responsável da obra emitirá ordens de serviço, especificando as

condições de uso, mudança de local e manutenção da betoneira.

Estas ordens incluirão, em particular, os seguintes itens:

Verificação do s dispositivos de segurança.

Controle do afastamento de pessoal da zona de manobras da caçamba.

Quando a betoneira estiver parada, obrigação de encostar a caçamba no chão

ou de bloqueá-la em posição levantada pelo dispositivo adicional de

segurança.

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236

Proibição de limpar a fossa durante o funcionamento normal da máquina.

Controle por trabalhador qualificado da mudança de local da betoneira e,

em particular, de bloqueio do dispositivo e da amarração apropriada.

DUMPER

Qualificação do operador

Não é indispensável possuir carteira de

motorista para manobrar a máquina dentro

dos limites da obra.

É permitido, inclusive, dirigir sem

carteira em estradas (a caminho de uma obra

para outra) se a velocidade não ultrapassar 25

km/h, obedecendo, evidentemente, aos

regulamentos de trânsito.

A portaria de 26/07/61 esclarece porém que a direção de dumpers

somente deve ser confiada a operadores cuidadosamente treinados e

aprovados em exame organizado pelo empregador.

Ordens de serviços, manutenção .

A empresa deve estabelecer normas de circulação e uso. Em todo caso,

incluirão a proibição de transportar pessoas não autorizadas.

Deverão ser tomadas medidas para impedir o uso do veículo por pessoal

não autorizado, na ausência do operador.

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237

Verificação semanal dos elementos do dumper, e vistoria semestral,

efetuadas por pessoas especialmente indicadas pelo responsável da obra.

O resultado das vistorias será anotado num registro de segurança.

Manobras

Manobrar a caçamba somente com máquina complemente parada e o

freio de mão apertado.

Em certos modelos, o freio de pé não imobiliza a máquina no momento

da manobra da caçamba.

Nos dumpers de dois sentidos de marcha e assento rotativo, nunca

manobrar o assento com a máquina em movimento, o que neutralizaria os

comandos do freio e da embreagem.

Colocar a alavanca de câmbio em ponto morto e apertar o freio de mão.

Não acionar os pedais durante a rotação do assento. Em estrada ou

pista, não dirigir com a caçamba para frente.

Cuidado com os ângulos mortos sem visibilidade. Quando dirigir na obra,

com a caçamba para frente, localizar de longe os obstáculos.

Havendo pessoas na proximidade da máquina, buzinar e seguir as

indicações de um ajudante a pé.

O dumper tende a bascular durante a descarga da caçamba,

especialmente em terrenos em declive e descargas na direção do declive.

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238

MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E CARGAS

Os equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas

devem ser dimensionados por profissional legalmente habilitado.

A montagem e desmontagem devem ser realizadas por trabalhador e

qualificado.

A manutenção de ve ser executada por trabalhador qualificado, sob

supervisão de profissional legalmente habilitado.

Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e

pessoas só devem ser operados por trabalhador qualificado, o qual terá sua

função a notada em Carteira de Trabalho.

No transporte vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros

materiais, é proibida a circulação ou permanência de pessoas sob área de

movimentação da carga, sendo a mesma isolada e sinalizada.

Quando o local de lançamento de concreto não for visível pelo operador

do equipamento de transporte ou bomba de concreto, deve ser utilizado um

sistema de sinalização, sonoro ou visual e, quando isso não for possível, deve

haver comunicação por telefone ou rádio para determinar o início e o fim do

transporte.

No transporte de cargas dos perfis, vigas e elementos estruturais devem

ser adotados medidas preventivas quanto à sinalização e isolamento da área.

Os acessos da obra devem estar desimpedidos, possibilitando a

movimentação do s equipamentos de guindar e transportar.

Antes do início dos serviços, os equipamentos de guindar e transportar

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239

devem ser vistoriados por trabalhador qualificado, com relação à capacidade de

carga, altura de elevação e estado geral do equipamento.

Estruturas ou perfis de grande superfície somente devem ser içados com

total precaução contra rajadas de vento.

Todas as manobras de movimentação de vem ser executadas por

trabalhador qualificado e por meio de código de sinais convencionados.

Devem ser tomadas precauções especiais quando da movimentação de

máquinas e equipamentos próximo a redes elétricas.

O levantamento manual ou semimecanizado descargas deve ser

executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja

compatível com sua capacidade de força, conforme a NR-17 - Ergonomia.

Os guinchos de coluna ou similar (tipo "VELOX") devem ser providos de

dispositivos próprios para sua fixação.

O tambor do guincho de coluna deve estar nivelado para garantir o

enrolamento adequado do cabo.

A distância entre a roldana livre e o tambor do guincho do elevador deve

estar compreendida entre 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) e 3,00

m (três metros), de eixo a eixo.

O cabo de aço situado entre o tambor de rolamento e a roldana livre

deve ser isolado por barreira segura, de forma que se evitem a circulação e o

contato acidental de trabalhadores com o mesmo.

O guincho do elevador ser dotado de chave de partida e bloqueio que

impeça o seu acionamento por pessoa não autorizada.

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240

Em qualquer posição do guincho do elevador, o cabo de tração deve

dispor, no mínimo, de 6 (seis) voltas enroladas no tambor.

Os elevadores de caçamba devem ser utilizados apenas para o

transporte de material a granel.

É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar.

Os equipamentos de transportes de materiais devem possuir dispositivos

que impeçam a descarga acidental do material transportado.

TORRES DE ELEVADORES

As torres de elevadores devem ser

dimensionadas em função das cargas a que

estarão sujeitas.

Na utilização de torres de madeira devem

ser atendidas as seguintes exigências adicionais:

Permanência, na obra, do projeto e da Anotação de Responsabilidade

Técnica (ART) de projeto e execução d a torre; A madeira deve ser boa

qualidade e tratada.

As torres devem ser montadas e desmontadas por trabalhadores

qualificados.

As torres devem estar afastadas das redes elétricas ou estar isoladas

conforme normas específicas da concessionária local.

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241

As torres devem ser montadas o mais próximo possível da edificação.

A base onde se instalada a torre e o guincho deve ser única, de

concreto, nivelada e rígida.

Os elementos estruturais (laterais e contraventos) componentes da torre

devem estar em perfeito estado, sem deformações que possam comprometer

sua estabilidade.

As torres para elevadores de caçamba devem ser dotadas de

dispositivos que mantenha a caçamba em equilíbrio.

Os parafusos depressão dos painéis devem ser apertados e os

contraventos contrapinados.

Os estaiamento ou fixação da s torres à estrutura da edificação, deve ser

a cada laje ou pavimento.

A distância entre a viga superior da cabina e o topo da torre, após a

última parada, deve ser de 4,00 m (quatro metros).

As torres devem ter os montantes posteriores estaiados a cada 6,00 m

(seis metros) por meio de cabos de aço; quando a estrutura for tubular ou

rígida, a fixação por meio de cabo de aço é dispensável.

O trecho da torre acima da última laje deve ser mantido estaiado pelos

montantes posteriores, para evitar o tombamento da torre no sentido contrário à

edificação.

As torres montadas externamente às construções devem ser estaiadas

através dos montantes posteriores.

A torre e o guincho do elevador devem ser aterrados eletricamente.

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242

Em todos os acessos de entrada à torre do elevador deve ser instalada

uma barreira que tenha, no mínimo 1,80m (um metro e oitenta centímetros) de

altura, impedindo que pessoas exponham alguma parte de seu corpo no interior

da mesma.

A torre do elevador deve ser dotada de proteção e sinalização, de forma

a proibir a circulação de trabalhadores através da mesma.

As torres de elevadores de materiais devem ter suas faces revestidas

com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade

equivalentes.

Nos elevadores de materiais, onde a cabina for fechada por painéis fixos

de, no mínimo 2 (dois) metros de altura, e dotada de um único acesso, o

entelamento da torre é dispensável.

As torres do elevador de material e do elevador de passageiros devem

ser equipadas com dispositivo de segurança que impeça a abertura da barreira

(cancela), quando o elevador não estiver no nível do pavimento.

As rampas de acesso à torre do elevador devem:

Ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé;

Ter pisos de material resistente, sem apresentar aberturas;

Ser fixadas à estrutura do prédio e da torre;

Não Ter inclinação descendente no sentido da torre.

Deve haver altura livre de no mínimo 2,00 m (dois metros) sobre a

rampa.

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243

ELEVADORES DE TRANSPORTE DE MATERIAIS

É proibido o transporte de

pessoas nos elevadores de materiais.

Deve ser fixada uma placa no

interior do elevador de material,

contendo a indicação de carga

máxima e a proibição de transporte de

pessoas.

O posto de trabalho do guincheiro deve ser isolado, dispor de proteção

segura contra queda de materiais, e os assentos utilizados devem atender ao

disposto na NR-17 - Ergonomia.

Os elevadores de materiais devem dispor de:

Sistema de frenagem automática;

Sistema de segurança eletromecânica no limite superior, instalado a 2,00

m (dois metros) abaixo da viga superior da torre;

Sistema de trava de segurança para mant -lo parado em altura, além do

freio do motor;

Interruptor de corrente para que só se movimente com portas ou painéis

fechados.

Quando houver irregularidades no elevador de materiais quanto ao

funcionamento e manutenção do mesmo, estas serão a notadas pelo operador

em livro próprio e comunicadas, por escrito, ao responsável pela obra.

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244

O elevador deve contar com dispositivo de tração na subida e descida,

de modo a impedir a descida da cabina em queda livre (banguela).

Os elevadores de materiais devem ser dotados de botão, em cada

pavimento, para acionar lâmpada ou campainha junto ao guincheiro, a fim de

garantir comunicação única.

Os elevadores de materiais devem ser providos, nas laterais, de painéis

fixos de contenção com altura em torno de 1,00m (um metro) e, nas demais

faces, de portas ou painéis removíveis.

Os elevadores de materiais devem ser dotados de cobertura fixa,

basculável ou removível.

ELEVADORES DE PASSAGEIROS

Nos edifícios em construção com 12(doze) ou mais pavimentos, ou

altura equivalente é obrigatória à instalação de, pelo menos, um elevador de

passageiros, devendo o seu percurso alcançar toda a extensão vertical da

obra.

O elevador de passageiros deve ser instalado, ainda, a partir da

execução da 7ª laje dos edifícios em construção com 08 (oito) ou mais

pavimentos, ou altura equivalente, cujo canteiro possua, pelo menos, 30 (trinta)

trabalhadores.

Fica proibido o transporte simultâneo de carga e passageiros no

elevador de passageiros.

Quando ocorrer o transporte de carga, o comando do elevador deve ser

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245

externo.

Em caso de utilização do elevador de passageiros para transporte de

cargas ou materiais, não simultâneo , deverá haver sinalização por meio de

cartazes em seu interior, onde conste de forma visível, os seguintes dizeres, ou

outros que traduzam a mesma mensagem: "É PERMITIDO O USO DESTE

ELEVADOR PARA TRANPORTE DE MATERIAL, DESDE QUE NÃ O

REALIZADO SIMULTÂNEO COM O TRANSPORTE DE PESSOAS".

Quando o elevador de passageiros for utilizado para o transporte de

cargas e materiais, não simultaneamente, e for o ú nico da obra, será instalado

a partir do pavimento térreo.

O transporte de passageiros terá prioridade sobre o de carga ou de

materiais.

O elevador de passageiros deve dispor de:

Interruptor nos fins de curso superior e inferior, conjugado com freio

automático eletromecânico;

Sistema de frenagem automática, a ser acionado em caso de ruptura do

cabo de tração ou, em outras situações que possam provocar a queda

livre da cabina;

Sistema de segurança eletromecânico situado a 2,00 m (dois metros)

abaixo da viga superior da torre, ou outro sistema que impeça o choque

da cabina com esta viga;

Interruptor de corrente, para que se movimente apenas com as portas

fechadas;

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246

Cabina metálica com porta;

Freio manual situado na cabina, interligado ao interruptor de corrente

que quando acionado desligue o motor.

O elevador de passageiros deve ter um livro de inspeção, no qual o

operador anotará, diariamente, as condições de funcionamento e de

manutenção do mesmo. Este livro deve ser visto e assinado, semanalmente,

pelo responsável pela obra.

A cabina do elevador automático de passageiros deve Ter iluminação e

ventilação natural ou artificial durante o uso e indicação do número máximo de

passageiros e peso máximo equivalente (kg).

GRUAS

Objetivo:

Estabelecer medidas de

Engenharia de Segurança do

Trabalho nos Serviços de Grua.

Documentos consultar: NBR-7678

e NR-18,da Portaria 3214/78, do

MTb

Condições: A grua é um guindaste de lança horizontal, que é suportada

por uma estrutura metálica vertical, denominada "TORRE" em torno da qual,

seu braço rotativo, denominado "LANÇ A", pode girar.

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247

Suportado pela lança, corre um pequeno "TROLEY" onde esta

pendurado um "GANCHO", na extremidade da lança é instalado um "pára-

choque" para impedir a queda do Troley.

Nas edificações, as torres das gruas são normalmente fixas, instaladas

no seu interior (caixa do elevador) ou externamente próximo a uma das

fachadas e montadas sobre blocos de fundação.

A resistência do solo e da base (bloco de ancoragem), deve suportar o

peso da estrutura de grua e as forças adicionais, tais como: Toque de giro,

carga do vento, cargas dinâmicas etc...

A ponta da lança deve ficar, no mínimo, a 3,00 metros de distância de

qualquer obstáculos e a 6,00 metros, quando se tratar de rede elétrica.

Quando da instalação de uma grua inteiramente de uma edificação, é

necessário verificar como Engenheiro Residente ou responsável, se a estrutura

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248

está calculada para resistir a esta sobre carga.

É proibido a montagem de estruturas com defeitos que possam

comprometer seu funcionamento.

Quando da instalação externa, o primeiro estaiamento da torre, deve

se dar necessariamente no 8° (oitavo) elemento e a partir daí, de 5 (cinco) em

5 (cinco) elementos.

Quando o equipamento de guindar não estiver em operação, a lança

deve ser colocado em posição de descanso.

A operação da grua deve ser de conformidade com as recomendações

do fabricante.

É proibido qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições

desfavoráveis, que exponham a risco os trabalhadores da área.

A grua deve ser devidamente aterrada, e quando necessário, dispor de

pára-raios situados a 2,00m (dois metros acima da ponta mais elevada da

torre).

É obrigatório existir trava de segurança no gancho do moitão.

É proibida a utilização d a grua para arrastar peças.

É proibido a utilização d e travas de segurança para bloqueio de

movimentação da lança quando a grua não estiver em movimento.

É obrigatório a instalação de dispositivo de Segurança ou fins de curso

automático como limitadores de carga ou movimentos, ao longo da

lança.

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249

É obrigatório a instalação de alarme sonoro que será acionado pelo

operador sempre que houver movimentação de carga.

Principais Cuidados:

Os principais cuidados a serem tomados com as gruas são:

Diariamente:

Verificar o enrolamento do cabo de levantamento do gancho;

Verificar se o lastro não se desloca;

Por a lança em giro livre ou ancorá-la o trabalho;

Semanalmente:

Conferir o nível de óleo de todos os redutores;

Lubrificar os seguintes locais:

Rodar do "Trucks", pinhõe s e coroas; Ponto fixo do cabo, no pé

da lança;

Mola de segurança de carga;

Dispositivo de tensão do carrinho; Pinhão e coroa de giro;

Mancal do tambor e corrente do guincho de levantamento;

Verificar:

Estado dos cabos e suas fixações;

Tensão do cabo de translação do carrinho na lança

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250

Mensalmente:

Apertar todos os parafusos;

Lubrificar pinos horizontais e verticais dos "trucks"; Roda guia da

coroa;

Mancal de escora do gancho;

Verificar o dispositivo limitador de momento, procedendo da

seguinte maneira:

Suspender a carga máxima autorizada na extremidade da

lança "DEVE SUBIR";

Suspender a carga máxima autorizada, mais 10% -"NÃO

DEVE SUBIR".

Verificar a instalação elétrica, em todos os pontos (terminais de

armários, escovas do coletores, limpar os contatos principais e

auxiliares, funcionamento do relés etc).

Segurança:

O operador da grua deverá ser habilitado, devendo ser fichado

como tal;

O acesso para a torre, deverá ao lado da escada, correr cabo guia

de segurança com trava queda, para fixação do cinto de

segurança, mesmo havendo a gaiola de proteção;

Deverá existir na obra, livro ata de inspeção e manutenção da

grua, assinado pelo engenheiro mecânico responsável, inclusive

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251

quando da operação de telescopagem (subida da grua);

Quando do trabalho do operador fora da cabina, o mesmo deverá

seguir as normas interna de Segurança da Obra;

É aconselhável quando do trabalho do operador da grua na laje,

por meios de sinal convencionado com outra pessoa, o uso de

rádios transmissores para maior segurança da operação;

A área de carga e descarga de uma grua, bem como trajeto

percorrido em seu movimento, deve ser isolado, para que em

momento algum, trabalhadores possam ficar sob a carga;

Em hipótese nenhuma, a grua poderá trabalhar com ventos

ou chuva fortes.

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MÁQUINAS OPERATRIZES

A variedade das máquinas operatrizes e dos perigos que oferecem

conforme sua categoria, leva a classificá-las por grupos, em função de seu modo

de funcionamento.

Destacamos aqui três grupos especiais:

1. As máquinas operatrizes para trabalhar madeira;

2. As máquinas operatrizes de esmerilar;

3. E os rebolos, as máquinas operatrizes para trabalhar metais.

Maquinas de Trabalhar Madeira

Estas máquinas, de uso cada vez mais difundido na indústria da madeira,

ainda são consideradas muito perigosas, apesar dos aperfeiçoamentos

introduzidos pelas técnicas modernas.

O perigo se deve a alta rotação da ferramenta de corte destas máquinas,

que pode causar amputações graves nas mãos ou outros ferimentos graves em

caso de proteção insuficiente ou uso por pessoas não qualificadas.

Segurança e técnica devem ser observadas no uso das máquinas de

trabalhar madeira. Independentemente dos riscos mecânicos, da afiação, da

velocidade de rotação da ferramenta e do avanço, há riscos que dependem da

sua dureza das madeiras, de sua textura (a presença de nós e fibras contrárias

pode causar resistência e o retorno da peça).

Portanto, é importante que o usuário conheça perfeitamente a natureza das

madeiras a serem trabalhadas e as características de cada máquina e seja ciente

dos perigos que o ameaçam.

O usuário deve submeter-se ainda a uma certa disciplina (vestuário,

óculos), ser cuidadoso e consciente dos riscos que corre e dos acidentes que

pode provocar.

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253

Serra de Fita

Permite todos os tipos de corte, reto, encurvado, oblíquo ou torto.

Apesar de sua aparência inócua esta máquina, se não for suficientemente

protegida, ainda é causa de numerosos acidentes.

Causas de acidentes:

Contato com os volantes.

Contato com a parte operacional da lâmina.

Contato com o lado ascendente ou parte não operacional da lâmina.

Projeção da fita em consequência de ruptura

Por em funcionamento a máquina com a fita de serra sem tensão também

provoca acidentes, embora menos frequentes. Para evitá-los,

colocar aviso bem visível.

Desempenadeira

Munida de um eixo porta-ferramenta rotativo e de duas mesas reguláveis

com bordas de aço, esta máquina permite aparelhar a face de uma peça de

madeira. Um guia lateral permite aplainar as partes mais estreitas, mantendo-as

na perpendicular. Embora de aparência pouco perigosa, é uma das máquinas que

causa graves amputações nos dedos ou ferimentos nas mão s, se não for

convenientemente protegida.

Causas de acidentes:

O risco principal é o contato da mão com as faces no decorrer do trabalho

e, frequentemente, no fim da operação quando se trata de peças finas. As causas

de acidentes podem ser múltiplas:

má regulagem da mesa.

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254

madeira com nós ou fibras cruzadas.

roupa larga.

mesa mal regulada.

escorregar.

Plaina Mecânica

Inclui um eixo porta-ferramenta rotativo, localizado debaixo da mesa e

permite levar peças de madeira previamente desempenadas a uma grossura

constante.

Causas de acidentes:

Frequentemente, o retorno da peça que está sendo trabalhada, e a

presença de nó ou outro defeito na madeira.

Contato imprevisto com as facas, nas manobras de peças de

madeira por cima do capô.

Arrastamento da mão pelo cilindro de alimentação. Projeção de ferro

mal fixado ou ruptura do mesmo.

Prender roupa larga, se o capô de proteção estiver aberto.

Serra Circular (corrupio)

Composta de chassis e mesa, possui eixo horizontal no qual é montada

uma lâmina dentada circular, possibilitando todos os serviços de serrar em linha

reta.

Embora muito simples, esta máquina é causa de numerosos e

lastimáveis acidentes.

Causas de acidentes:

Rejeição da madeira, devida a:

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255

velocidade tangencial insuficiente: máximo 55m/sec e mínimo

40m/sec

mau estado da lâmina (torta, tensão ou travação falhas) madeira

presa à lâmina

Contatos fortuitos com a parte operacional da lâmina (ausência de

coifa protetora) ou com a faca divisora, ou má regulagem de uma ou

outra. Contatos fortuitos com a parte inferior da lâmina (ausência de

cárter de proteção).

Entalhedeira

Nesta, que inclui interruptor de corrente elétrica, a corrente é posta em

movimento, abaixando-se a alavanca de comando com a mão direita. É essencial

que o sentido de rotação seja o dos ponteiros do relógio.

O maior risco é o contato das mãos com a corrente em movimento.

Causas de acidentes, são múltiplas e devidas:

Ao contato fortuito da mão com a corrente em movimento.

Por basculamento de uma peça longa no momento de soltá-la.

Durante o trabalho ou no início do mesmo, se a peça for mal fixada.

Durante as operações de montagem ou desmontagem, se a

máquina permanece ligada à eletricidade.

Por falta de protetor de mão s ou anteparo.

Por ruptura da corrente, devida a seu mau estado. Há ainda risco de

ruptura ao pôr em movimento a corrente frouxa ou com tensão

exagerada.

Com menor frequência, a projeção da peça mal fixada que pode

atingir terceiros na oficina.

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256

Ocasionalmente, ao afiar as correntes da máquina com o dispositivo

especial da mesma, por projeções no contato com o esmeril.

Entalhadeira de Broca

Constantemente usada, esta máquina é menos perigosa do que a

entalhadeira de corrente, mas comporta os seus riscos:

contato com a broca em movimento

prender cabelo ou roupa larga na broca mandril ou chave esquecida

cortes na mão no de correr de manobras (mesmo com a máquina

parada) devido à proximidade do bedame escoriador.

Tupia

Composta de uma carcaça de ferro fundido e mesa horizontal, inclui um

eixo vertical permitindo a montagem da ferramenta. Esta máquina serve para

todos os trabalhos de formação e moldura da madeira. Apesar de princípios de

construção bastante simples e diversos aperfeiçoamentos, é causa de

amputações graves.

O risco mais sério e frequente é, evidentemente, o contato das mãos com a

ferramenta, que pode ser provocado por causas diversas.

Causas de acidentes mais comuns são a rejeição da peça, devido:

má colocação da ferramenta

velocidade de corte insuficiente (menos de 40m/s) a defeitos da

madeira (nós, fibras tortas, etc.)

falta de batentes, prensadores, protetores das mãos falta de

proteção

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posição errada das mãos

regulagem com a máquina em movimento e sem proteção projeções

de nós, estilhaços de madeira ou da própria peça.

Máquinas Operatrizes Portáteis

A evolução dos métodos de trabalho na indústria torna o uso destas

máquinas cada vez mais difundido. São pouco dispendiosas e fáceis de

transportar e sua grande diversidade permite atender aos requisitos das mais

variadas profissões.

Diversos tipos de máquinas:

Para trabalhar a madeira: serra circulares e planais mecânicas

entelhadeiras e cortadeiras de corrente, máquinas de cavar, máquina de polir de

fita ou disco, ou vibratórias.

Para trabalhar metais: furadeiras, utilizadas também para trabalhar a

madeira, serras para metais, circulares ou de fita, cortadeiras de disco, chaves

defenda mecânicas, máquinas de tirar rebarbas, de esmerilar, etc.

Para serviços de pedreiro: serras de uso múltiplo para materiais,

máquinas de facear e regras vibratórias, etc.

RISCOS MAIS COMUNS:

Além do perigo oriundo de sua mobilidade e da ferramenta que utilizam, as

máquinas operatrizes portáteis oferecem riscos comuns a todos os seus tipos: o

bloqueio repentino da ferramenta que pode provocar o arrastamento da peça

(furadeira), desequilíbrio e queda do operador e ferimento.

Serras Circulares

A coifa protetora dotada de mola de retorno e

batente volta automaticamente no lugar depois da

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operação d e serrar, protegendo assim os dentes da serra.

Manter limpo, pois os pós de serragem de madeiras resinosas podem

prejudicar seu funcionamento.

Neste caso, haveria perigo no momento de depositar a máquina no chão

ou no plano de trabalho, com a ferramenta ainda em rotação, embora toda

máquina operatriz portátil deva ser dotada obrigatoriamente de interruptor

embutido no cabo de mão, funcionando somente quando acionado pelo usuário.

Furadeiras

Além do risco elétrico, as furadeiras

portáteis oferecem riscos resultantes da

quebra da broca: estilhações, choque,

queda por desequilíbrio.

Por este motivo, recomenda-se

usar brocas curtas de aço com encaixe

de carbureto de tungstênio para as

furadeiras de percussão.

Os perigos devidos à blocagem da

broca. Devido de girar neste caso, a máquina poderá escapar das mãos.

Usar brocas bem afiadas. O risco de arrastamento da peça, se for pequena

que poderá então ser projetada.

Usar fixação:

O risco de projeção da chave de aperto, esquecida na broca.

Não d eixar a chave na broca.

O risco de prender roupas largas na broca.

Usar roupas justas (nem gravata, nem cachecol).

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Máquinas de Esmerilar

O uso de rebolos de diâmetro máximo

de 254mm respeitadas as velocidades

previstas.

Um espessura de 50mm dos rebolos

e um diâmetro dos flanges igual a, pelo

menos, a metade do diâmetro do rebolo.

Os rebolos usados para tirar rebarbas terão diâmetro máximo de 155mm e

velocidade periférica de 20 metros.

Capôs ou cárters ou protetores resistentes (chapa de aço de pelo menos

três milímetros de grossura), podendo servir de dispositivo de descanso se a

máquina não possuir gancho de suspensão. O rebolo é frágil: protege-lo de

choques. Com o motor desligado, o rebolo continua a girar. Evitar contatos

violentos com o chão, que poderão provocar quebra do rebolo.

Não usar meios improvisados para limpar ou retificar. Mandar recortar por

pessoa competente que poderá usar aparelho especial equipado de protetor

contra estilhaços. Um retificador de rolete poderá servir, e até um tijolo, para

operações mais grosseiras.

Usar luvas para esmerilar peças de arestas vivas, ou peças capazes de

esquentar durante o trabalho.

O uso de óculos de proteção é obrigatório.

Colocar telas de proteção para proteger terceiros, se a operação provocar

copiosa projeção de partículas.

Na montagem, não usar chave grande demais ou longa. Não bloquear a

porca de fixação com martelo. Atarraxar sem exagero.

Colocar e regular o capô de proteção antes de pôr em movimento.

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LTr, 2002. 178p.

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Hino do Estado do Ceará

Poesia de Thomaz LopesMúsica de Alberto NepomucenoTerra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que tua glória conta!Terra, o teu nome a fama aos céus remontaEm clarão que seduz!Nome que brilha esplêndido luzeiroNos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!Chuvas de prata rolem das estrelas...E despertando, deslumbrada, ao vê-lasRessoa a voz dos ninhos...Há de florar nas rosas e nos cravosRubros o sangue ardente dos escravos.Seja teu verbo a voz do coração,Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!Ruja teu peito em luta contra a morte,Acordando a amplidão.Peito que deu alívio a quem sofriaE foi o sol iluminando o dia!

Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousada!Que importa que no seu barco seja um nadaNa vastidão do oceano,Se à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?

Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!Porque esse chão que embebe a água dos riosHá de florar em meses, nos estiosE bosques, pelas águas!Selvas e rios, serras e florestasBrotem no solo em rumorosas festas!Abra-se ao vento o teu pendão natalSobre as revoltas águas dos teus mares!E desfraldado diga aos céus e aos maresA vitória imortal!Que foi de sangue, em guerras leais e francas,E foi na paz da cor das hóstias brancas!

Hino Nacional

Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada, Brasil!

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