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Jornal dos Seguros n.º 639/Ano XII Edição de 25/11/2013 Página Praça da República, 93-s/301 4050-497 Porto – Portugal Tel.: 351-222003000 / Fax: +351-223322519 www.aprose.pt - aprose@aprose.pt 1976 – 2013 37 ANOS ao serviço da mediação de seguros clipping semanal de notícias sobre seguros www.aprose.pt DOS SEGUROS AO RISCO DA CANDIDATURA NUNO CARVALHO - Casado e com duas filhas, o empresário de 37 anos tem camarote no estádio e é adepto do clube desde os tempos em que a onda benfiquista dominava a cidade de Braga. Quer provar que há vida para além de Salvador. Quem é Nuno Carvalho? De onde é que surgiu? Por que motivo decidiu avançar com uma candidatura à presidência do Braga? Estas e outras perguntas têm surgido nos últimos dias na cabeça dos adeptos arsenalistas, surpreendidos com o aparecimento de alguém com coragem para enfrentar António Salvador, líder incontestável do clube nos últimos dez anos. Nuno Carvalho é um empresário de 37 anos, casado e com duas filhas, residente na freguesia de Real, que trocou o conforto do camarote que possui no AXA pelo risco de avançar com uma candidatura à presidência de um clube que aprendeu a admirar desde pequeno. Com participações em duas empresas, uma das quais ligadas ao mundo dos seguros, Nuno Carvalho é um homem de negócios com um passado pouco relevante no desporto. Tudo o que praticou foi por carolice ou como forma de diverti- mento com os amigos, ainda que o futebol lhe tenha sempre despertado paixão, muito por culpa do Braga. Foram mui- tos os jogos a que assistiu nas bancadas de pedra do l9 de Maio, de onde saía triste sempre que o Benfica vencia. "O Nuno não conseguia perceber por que motivo os bracarenses apoiavam outro clube que não o da cidade", contou a O JOGO Nuno Ferreira, que é amigo pessoal e tem ajudado o candidato na corrida à presidência do emblema minhoto. A correr do Dragão até à Praça Velasquez Acompanhar o Braga é, de resto, um dos principais hóbis de Nuno Carvalho. Ainda recentemente esteve em Olhão, onde a equipa carimbou a passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal. Uma deslocação pacífica, muito diferente da que viveu há alguns anos no Porto. "Uma vez foi ver o Braga ao Dragão e teve de correr desde a zona do antigo Estádio das Antas até à Praça Velasquez, porque um grupo de adeptos exigiu-lhe que tirasse o cachecol que trazia ao pescoço em sinal de respeito e ele recusou-se", descreveu Nuno Ferreira, ressalvando, porém, que o empresário não é muito de exteriorizar o que sente nos estádios de futebol. "É dos que sofrem por dentro. Mas a filha mais chora quando o Braga perde”, garante. Desconhecido da maior fatia de adeptos do Braga, Nuno Carvalho decidiu avançar para provar que o clube não está refém da continuidade de António Salvador, como se julgava até meados de outubro. Segundo Nuno Ferreira, o empre- sário não gostou da ideia passada de que "não existia mais ninguém na cidade com capacidade para assumir os destinos de um clube em ascensão. "Ele é financeiramente estável e não precisa dos recursos do Braga para viver. O Nuno sem- pre disse que apoiaria António Salvador, mas depois do adiamento das eleições achou por bem que agora deveria ir até ao fim", esclareceu Nuno Ferreira. E o fim está marcado para o dia 13 de dezembro. Ou será o início? O Jogo 2013-11-16 ALLIANZ COM ESTRATÉGIA ASSENTE NO DIGITAL DIGITAL - A Allianz Portugal está a reforçar a sua estratégia de negócio com base num projeto digital inovador. O objetivo passa por acompanhar a evolução das tendências de comunicação entre mediadores, clientes e a própria segu- radora, apostando numa maior proximidade e mobilidade, características da área digital. A seguradora procura a virtualização dos processos, à semelhança de um homebanking, a fim de aumentar a eficácia, a comodidade e a proximidade em relação aos seus mediadores e clientes. Estas novas soluções digitais arrancaram em Fevereiro deste ano, com a adesão de clientes, particulares e empresas, ao sistema de envio de extratos de pagamento de prémios via correio eletrónico, estimando-se, atualmente, que perto de 9 mil clientes recebam informação da Allianz diretamente por esta via As três vertentes digitais incluem o "Cliente Digital" (comunicação por e-mail), o "eCliente" (aplicação) e ainda o "site do Mediador" (plataforma para mediadores. Mais informações em www.allianz.pt Diário de Viseu – 11/11/2013 PRIVATIZAÇÕES: CTT / CAIXA SEGUROS: “ O TRIGO E O JOIO”? De acordo com o Programa do Governo, deverão concluir-se até ao final do ano as suas duas privatizações acima. A dos CTT, mais recente, tem avançado rapidamente tendo o governo optado, com coragem, por uma introdução em bolsa de uma maioria do capital, desistindo de associações com várias empresas que manifestaram interesse na operação. A da Caixa Seguros está há muito agendada, sem que todavia os seus dirigentes e/ou o Governo consigam encontrar uma solução aceitável para a privatização de 30% do mercado segurador português, sector fundamental no financiamento do Estado. O "Expresso" de 26/10 noticiou com a assinatura de jornalistas de qualidade reconhecida, que dois fundos de "private equity", o americano Apollo e o chinês Fonsun estariam interessados em adquirir a Caixa Seguros. Com particularidade, surpreendente e suspeita, de o financiamento da operação ser assegurado no caso do Apollo, pela própria empresa, ou seja, como é conhecido na gíria, “com o pelo do próprio cão”.

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Jornal dos Seguros n.º 639/Ano XII Edição de 25/11/2013

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DOS SEGUROS AO RISCO DA CANDIDATURA NUNO CARVALHO - Casado e com duas filhas, o empresário de 37 anos tem camarote no estádio e é adepto do clube desde os tempos em que a onda benfiquista dominava a cidade de Braga. Quer provar que há vida para além de Salvador. Quem é Nuno Carvalho? De onde é que surgiu? Por que motivo decidiu avançar com uma candidatura à presidência do Braga? Estas e outras perguntas têm surgido nos últimos dias na cabeça dos adeptos arsenalistas, surpreendidos com o aparecimento de alguém com coragem para enfrentar António Salvador, líder incontestável do clube nos últimos dez anos. Nuno Carvalho é um empresário de 37 anos, casado e com duas filhas, residente na freguesia de Real, que trocou o conforto do camarote que possui no AXA pelo risco de avançar com uma candidatura à presidência de um clube que aprendeu a admirar desde pequeno. Com participações em duas empresas, uma das quais ligadas ao mundo dos seguros, Nuno Carvalho é um homem de negócios com um passado pouco relevante no desporto. Tudo o que praticou foi por carolice ou como forma de diverti-mento com os amigos, ainda que o futebol lhe tenha sempre despertado paixão, muito por culpa do Braga. Foram mui-tos os jogos a que assistiu nas bancadas de pedra do l9 de Maio, de onde saía triste sempre que o Benfica vencia. "O Nuno não conseguia perceber por que motivo os bracarenses apoiavam outro clube que não o da cidade", contou a O JOGO Nuno Ferreira, que é amigo pessoal e tem ajudado o candidato na corrida à presidência do emblema minhoto. A correr do Dragão até à Praça Velasquez Acompanhar o Braga é, de resto, um dos principais hóbis de Nuno Carvalho. Ainda recentemente esteve em Olhão, onde a equipa carimbou a passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal. Uma deslocação pacífica, muito diferente da que viveu há alguns anos no Porto. "Uma vez foi ver o Braga ao Dragão e teve de correr desde a zona do antigo Estádio das Antas até à Praça Velasquez, porque um grupo de adeptos exigiu-lhe que tirasse o cachecol que trazia ao pescoço em sinal de respeito e ele recusou-se", descreveu Nuno Ferreira, ressalvando, porém, que o empresário não é muito de exteriorizar o que sente nos estádios de futebol. "É dos que sofrem por dentro. Mas a filha mais chora quando o Braga perde”, garante. Desconhecido da maior fatia de adeptos do Braga, Nuno Carvalho decidiu avançar para provar que o clube não está refém da continuidade de António Salvador, como se julgava até meados de outubro. Segundo Nuno Ferreira, o empre-sário não gostou da ideia passada de que "não existia mais ninguém na cidade com capacidade para assumir os destinos de um clube em ascensão. "Ele é financeiramente estável e não precisa dos recursos do Braga para viver. O Nuno sem-pre disse que apoiaria António Salvador, mas depois do adiamento das eleições achou por bem que agora deveria ir até ao fim", esclareceu Nuno Ferreira. E o fim está marcado para o dia 13 de dezembro. Ou será o início? O Jogo 2013-11-16

ALLIANZ COM ESTRATÉGIA ASSENTE NO DIGITAL DIGITAL - A Allianz Portugal está a reforçar a sua estratégia de negócio com base num projeto digital inovador. O objetivo passa por acompanhar a evolução das tendências de comunicação entre mediadores, clientes e a própria segu-radora, apostando numa maior proximidade e mobilidade, características da área digital. A seguradora procura a virtualização dos processos, à semelhança de um homebanking, a fim de aumentar a eficácia, a comodidade e a proximidade em relação aos seus mediadores e clientes. Estas novas soluções digitais arrancaram em Fevereiro deste ano, com a adesão de clientes, particulares e empresas, ao sistema de envio de extratos de pagamento de prémios via correio eletrónico, estimando-se, atualmente, que perto de 9 mil clientes recebam informação da Allianz diretamente por esta via As três vertentes digitais incluem o "Cliente Digital" (comunicação por e-mail), o "eCliente" (aplicação) e ainda o "site do Mediador" (plataforma para mediadores. Mais informações em www.allianz.pt Diário de Viseu – 11/11/2013

PRIVATIZAÇÕES: CTT / CAIXA SEGUROS: “ O TRIGO E O JOIO”? De acordo com o Programa do Governo, deverão concluir-se até ao final do ano as suas duas privatizações acima. A dos CTT, mais recente, tem avançado rapidamente tendo o governo optado, com coragem, por uma introdução em bolsa de uma maioria do capital, desistindo de associações com várias empresas que manifestaram interesse na operação. A da Caixa Seguros está há muito agendada, sem que todavia os seus dirigentes e/ou o Governo consigam encontrar uma solução aceitável para a privatização de 30% do mercado segurador português, sector fundamental no financiamento do Estado. O "Expresso" de 26/10 noticiou com a assinatura de jornalistas de qualidade reconhecida, que dois fundos de "private equity", o americano Apollo e o chinês Fonsun estariam interessados em adquirir a Caixa Seguros. Com particularidade, surpreendente e suspeita, de o financiamento da operação ser assegurado no caso do Apollo, pela própria empresa, ou seja, como é conhecido na gíria, “com o pelo do próprio cão”.

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Parece que por vozes de algumas personalidades conhecidas na área seguradora e financeira já contactaram o governo para "chumbar" este "assalto" ao já de si escasso património financeiro nacional, e para uma venda da Caixa Seguros junto do público. O que certamente é também o desejo da administração da CGD/Fidelidade. Na qualidade de antigo segurador e de actor do mercado financeiro, queria só lamentar a atitude dos autores do projecto, como acrescentar: Comprar um grupo que parece valer cerca de 1,2 mil milhões de euros com financiamento interno (o tal pêlo do cão) de 700 a 800 milhões, é absolutamente “inadmissível”. Financiar tal compra com capitais portugueses em nada melhora o tão necessário "Investimento Directo Estrangeiro" logo a nossa balança de pagamentos. Pôr nas mãos de fundos "private equity" o futuro de grande parte da actividade seguradora nacional, e o futuro de inú-meros colaboradores é anormal. Não utilizar a Rede da CGD e outros bancos para uma OPV é “estranho”. Esperar pelos "últimos dias" para anunciar a operação parece tentativa de pôr o governo perante o "facto consumado" de ausência de outras soluções. Concluindo: A ser verdadeira a notícia do Expresso e a concretizar-se a operação prevista, parece indiciar o "maior escândalo" das privatizações em Portugal. Assim sugiro que a operação seja adiada para 2014 e que entretanto, se inves-tigue como é possível chegar, ao fim de vários anos, a este impasse, sem soluções alternativas. Que, certamente, exis-tem. Diário Económico 2013-11-15

OBAMA TEVE DE MUDAR LEI PARA QUE QUEM QUISER COM SEGU-RO ANTIGO Com a entrada em vigor do Obamacare, quem tinha seguros de saúde que não cumpriam mínimos de qualidade viu a sua apólice cancelada. Revolta levou a Casa Branca a agir Barack Obama tinha prometido que ninguém iria perder o seguro que tinha antes do arranque da reforma do sistema de saúde, mas muitos norte-americanos têm recebido cartas das suas seguradoras a cancelar as suas apólices, porque os seguros que contrataram não cumprem os requisitos mínimos estabelecidos pela nova lei. Sob pressão do país, dos re-publicanos e até de Bill Clinton, o Presidente viu-se obrigado a anunciar ontem novas regras, que permitirão aos ameri-canos manter os seus seguros de saúde de má qualidade, mas mais baratos, durante mais um ano, se assim desejarem. Em causa estão seguros que não têm, por exemplo, a possibilidade da inclusão dos filhos como beneficiários e a obriga-toriedade de as seguradoras disponibilizarem planos para pessoas com problemas de saúde pré-existentes. O Affordable Care Act, a reforma também conhecida como "Obamacare", tinha uma cláusula que permitia que os cidadãos mantives-sem um seguro feito antes de a lei ter sido aprovada. Mas os seguros contratados nos últimos três anos não estão já abrangidos. Foram essas pessoas que receberam cartas de cancelamento dos contratos. O problema é que, nos últimos três anos, Barack Obama repetiu várias vezes a promessa de que ninguém iria perder o seu seguro de saúde, algo que a realidade se encarregou de desmentir. "Assumimos que as pessoas encontrariam melho-res opções no mercado criado pelo Affordable Care Act, e que quem não encontrasse ficasse protegido pela cláusula de antiguidade. Mas isto não funcionou", reconheceu Obama, num discurso à nação. "Claro que, se não se estiver doente, as pessoas podem achar que têm um bom seguro de saúde. Quando se adoece é que se percebe que o seguro pode não cobrir os tratamentos de que precisa e acaba na ruína financeira, ou o prémio do seguro aumenta 15% ou 30%, explicou o Presidente. A adesão aos novos seguros de saúde, feita através de um site que tem tido imensos problemas, também tem sido fraca. A secretária de Estado da Saúde, Kathleen Sebelius, anunciou que no primeiro mês de inscrições, apenas 106.000 pes-soas manifestaram interesse em adquirir uma das modalidades de seguro criadas pelo Obamacare. Por outras palavras, apenas 1,3% do objetivo definido pela Casa Branca, que estimava receber sete milhões de inscrições até 31 de Março de 2014. O Presidente pediu desculpas, mas as palavras não são suficientes nem na sociedade, nem no Congresso, nem mesmo nos conselhos de Bill Clinton. Apesar de afirmar que "o país está melhor com o Affordable Care Act do que sem ele", o antigo Presidente dos EUA foi claro na reprimenda pública a Obama, em entrevista à revista online OZY: "Mesmo que seja necessário alterar a lei, o Presidente devia honrar o compromisso que o Governo federal fez com as pessoas e dei-xá-las ficar com o plano de saúde que têm.” Os congressistas democratas têm-se também sentido sob pressão. O democrata Mike Doyle não teve problemas em assumir as diferenças publicamente: "Disse à Administração [Obama] para não virem com essas histórias técnicas de que vão resolver o assunto de forma administrativa. Há uma lei que vai a votação já nesta sexta-feira”. A lei que Doyle se referia (para manter os seguros actuais sem penalizações) vai ser votada esta sexta-feira na Câmara dos Representantes e foi concebida pelo republicano Fred Upton, com o apoio de pelo menos dois democratas. John

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Boehner, o líder republicano da câmara, garantiu que a lei irá a votação, mesmo após o anúncio do Presidente. "A única maneira de proteger o povo americano é acabar com esta lei de uma vez por todas”, afirmou. Metade dos americanos considera que o Presidente americano não é honesto Cinco anos depois de ter arrebatado a política norte-americana e o imaginário 'de cidadãos um pouco por todo o mundo, a popularidade de Barack Obama chegou esta semana ao ponto mais baixo de sempre. Pior do que isso, pela primeira vez desde que chegou à Casa Branca o Presidente é visto pela maioria dos cidadãos como uma pessoa não honesta e não merecedora de confiança. Segundo uma sondagem da Universidade Quinnipiac, 52% dos inquiridos não acreditam em Barack Obama; outro in-quérito, relevado na quarta-feira pela Gallup, indica que a perda tem sido constante e significativa: menos cinco pontos percentuais desde Setembro e menos dez pontos percentuais desde meados de 2012. Não é apenas uma questão de po-pularidade. Como escrevia Washington Post, hoje em dia apenas metade dos norte-americanos considera Obama uma pessoa honesta. A queda é mais acentuada entre os eleitores independentes, o que pode ter reflexos nas eleições do próximo ano para o Congresso. Jornal Publico 2013-11-15

NAV NAVEGAÇÃO AÉREA FOI A QUE MAIS GASTOU. FIDELIDADE E CONSTRUTORAS AS QUE MAIS RECEBERAM A empresa que controla o tráfego aéreo em Portugal está em destaque no “Mercado da República” desta sema-na. Com um único contrato de 7,8 milhões e euros, a NAV foi o organismo público que mais encargos assumiu. A seguradora Fidelidade e as construtoras foram as que mais dinheiro receberam. Na lista dos contratos analisados salienta-se a compra de vestuário por parte das duas forças de segurança, da CP e do Instituto Nacional de Emergência Médica. 68 910 757,83 euros é o montante global dos 1496 contratos publicados no portal Base entre os dias 7 e 13 de Novem-bro. Deste total, só 190 foram celebrados após concurso público e um por concurso limitado por prévia qualificação. Os restantes foram todos por ajuste direto. Acima dos 75 mil euros, valor a partir do qual é suposto ser aberto um concurso no caso da aquisição e bens de serviços (nas empreitadas de obras públicas o valor sobe para 100 mil), foram celebrados 111 contratos, mais de metade dos quais (59) por ajuste direto. O contrato mais elevado (7,8 milhões) foi assinado pela NAV - Navegação Aérea de Portugal na compra de seguros. O mais baixo (7 euros) foi da ARS do Norte pela compra de 140 comprimidos de Zolpidem A NAV - Navegação Aérea de Portugal foi o organismo público que mais encargos assumiu na última semana. De acordo com os procedimentos publicados no portal Base dos contratos públicos (http://vvvvw.base.gov.pt/base2/), entre os dias 7 e 13 de Novembro, esta empresa celebrou cinco contratos por um valor global de 7 838 325,75 euros. Este montante é quase todo relativo à aquisição de seguros para o triénio 2013/2016.0 valor do contrato assinado com a Fidelidade, após concurso público, fez com que a seguradora tenha sido a empresa que mais dinheiro (contratualizado) recebeu no período em análise. A empresa de controlo do tráfego aéreo pagou ainda 8,2 mil euros pela reparação de peças de museu instaladas nos jardins envolventes ao edifício sede; 7,8 mil por um servidor HP; 7,7 mil por uma auditoria externa e 5,3 mil por mate-rial de economato. A análise do i permitiu concluir que foram publicados 1496 contratos de aquisição de bens e serviços neste período com um valor global de 68,9 milhões de euros. Do total de procedimentos, só 190 foram após concurso público e um através de concurso limitado por prévia qualificação. Os restantes foram todos por ajuste direto. Acima dos 75 mil euros, montante a partir do qual o Código dos Contratos Públicos determina a abertura de um concur-so público (nas empreitadas de construção civil o valor sobe para os 100 mil), foram publicados 111 contratos, mais de metade (59) dos quais após ajuste direto. O i concluiu ainda que 23 organismos assumiram encargos superiores a meio milhão de euros. Nesta lista encontramos seis empresas municipais e regionais, cinco municípios, duas empresas públi-cas, dois centros hospitalares e uma universidade. A Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural foi o segundo organismo que mais dinheiro contratualizou no período em análise e apenas com um único contrato. Pela cons-trução das "Redes Secundárias do Bloco de Maiorca do Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Mondego", esta Direc-ção-Geral vai pagar 4,6 milhões de euros. O terceiro lugar na lista dos mais gastadores é ocupado por uma empresa municipal. Aliás, e à semelhança das semanas anteriores, as empresas municipais voltam a estar em lugar de destaque no "Mercado da República". A AGERE - Empresa de Águas Efluentes e Resíduos de Braga vai despender 3,6 milhões na "remodelação do subsis-tema Montariol/Sete Fontes". O município de Chaves surge a seguir na tabela com 2,9 milhões de euros em 11 contra-tos. A associação de municípios algarvios, a Algar - Valorização e Tratamentos de Resíduos Sólidos, com 2,3 milhões em quatro contratos, a Estradas de Portugal (2,1 em seis); a Universidade do Minho (2,1 em três); a Inova - Empresa de

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Desenvolvimento Económico e Social de Cantanhede (2 em três); o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (2 em dois) e o Centro Hospitalar do Algarve (1,7 em 43) fecham o top ten do ranking. SEIS CONSTRUTORAS NO TOP TEN A análise do i permitiu concluir que 20 empresas arrecadaram mais de meio milhão de euros no período em análise. Destas, treze são construtoras. Olhando só para a lista das dez empresas que mais dinheiro receberam verificamos que as construtoras estão, mais uma vez, em destaque. Em segundo lugar na tabe-la, atrás da já referida Fidelidade, encontramos a Construções Pragosa devido ao contrato que assinou com a Direcção-Geral de Agricultura. A empresa de Porto de Mós tem integrado, aliás, habitualmente o ranking das empresas que mais verbas do Estado recebem. Os três lugares seguintes da tabela também são ocupados por construtoras. No terceiro está a Domingos da Silva Teixei-ra (DST), a empresa de Braga que ganhou o concurso público lançado pela AGERE. Em quarto surge a Arlindo Correia & Filhos, com dois contratos assinados por 2,6 milhões de euros, um com a empresa municipal de Cantanhede (1,7 milhões) e outro com uma empresa regional da Madeira, a Patriram - Titularidade e Gestão de Património Público Re-gional. Em quinto aparece a Norcep - Construções e Empreendimentos, que pela remodelação de alguns edifícios da antiga estação de Vidago vai receber 2,6 milhões da câmara de Chaves. A Efacec, com 2,3 milhões em cinco contratos, a Costa & Carvalho (2,1), a SEAR (1,1), a Merck Sharp & Domme (934,2 mil euros em oito), a Tecnovia Açores (889,8 mil em dois) e a Cerealis (882,1 mil) encerram a tabela das empre-sas que mais ganharam neste período. Números 23 É o número de organismos públicos com compras superiores a 500 mil euros no período em análise 20 É o número de empresas com contratos ganhos acima do meio milhão de euros ESTUDO DE MERCADO CUSTA 55,7 MIL EUROS COLÔMBIA A Câmara de Comércio e Indústria Luso Colombiana contratou a empresa Brandstory Unipessoal por 55,7 mil euros para identificar "os sectores/produtos/serviços com maior potencial de procura de produtos/serviços portugueses", no âmbito do projeto Prointer, financiado pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade. Jornal I – 18/11/2013 Oficinas vs Seguradoras: O que mudou nas relações e principais problemas detetados.

RELAÇÕES DIFÍCEIS São mais os pontos que as unem do que os que as separam. Mas as relações são tudo menos fáceis. E já foram bem piores, dizem. Nesta edição, damos-lhe conta dos conflitos que existem entre oficinas e seguradoras, o que tem sido feito para resolvê-los e o que pensam alguns especialistas do sector sobre esta matéria. Não passam umas sem as outras. Contudo, nem sempre se dão bem. Embora sejam parceiras inevitáveis no setor da colisão, por vezes as relações entre elas azedam. Falta de seriedade, dirão uns. Obsessão com números, dirão outros. Histórias, há-as para todos os gostos. Muitas são verdadeiras. Como esta que o JORNAL DAS OFICINAS aqui traz. Passou-se entre uma oficina e uma seguradora. Não foi caso único. Bem pelo contrário. Acontece com muita frequên-cia. Era uma vez... um proprietário de um veículo lesado cuja direção da reparação lhe tinha sido atribuída. E recorreu a uma oficina da marca, que era quase o livre arbítrio do cliente que, por defeito, levava sempre o seu automóvel ao con-cessionário. Quem pagava a reparação era a seguradora. A oficina ficou nas suas "sete quintas" Fez o que quis e ganhou o dinheiro que conseguiu. Não havia ferramentas de controlo do processo nem de identificação de peças. Para a oficina, foi a galinha dos ovos de ouro. O orçamento, feito à mão, foi inflacionado. Não satisfeita, em vez de peças originais, a oficina ainda colocou peças de qualidade medíocre. A posição da seguradora era de fraqueza. FRAQUEZA VIRA FORÇA Anos mais tarde, o mundo mudou. O setor da colisão também. E a seguradora organizou-se. Com outras companhias de seguros. Passaram a existir ferramentas de orçamentação, tabelas de preços de peças disponibilizados pelos construtores e empresas que se especializaram em fornecer essas informações. A partir daqui, criou-se um critério de regularização para um orçamento de colisão. A oficina perdeu totalmente o seu poder negocial. Ficou limitada ao que era estipulado pelas ferramentas de orçamentação. E o que estas ferramentas indicavam, no que aos tempos de intervenção dizia res-peito, eram valores definidos pelos construtores, só possíveis de alcançar mediante condições ótimas. Que, na grande maioria das vezes, não acontecem. A oficina passou do 80 para o 8. A seguradora, que em tempos tinha sido prejudica-da, passou para a mó de cima. À semelhança de outras, a seguradora sobre a qual versa esta história utilizou, sempre que necessário, através do gabi-nete de peritagem, a sua posição de força para esmagar ainda mais as margens da oficina (mão-de-obra e peças), che-gando mesmo a ameaçar que não encaminharia nenhuma reparação se não fossem aplicados descontos. Os peritos nun-ca aceitavam o valor da mão-de-obra praticado pela oficina e chegavam até, imagine-se, a impor o fornecedor de peças. E se não chegasse a acordo com a oficina quanto ao valor da mão-de-obra, a seguradora indemnizava o cliente lesado sem IVA, tendo este, depois, que tomar uma de três atitudes, caso a direção efetiva da reparação lhe tivesse sido atri-

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buída: não efetuar a reparação; suportar o IVA na altura de pagar a reparação; procurar um biscateiro para despender menos dinheiro e "fugir" também ao IVA. A seguradora em questão, que dispunha de redes de oficinas recomendadas e elegia pontos de assistência, procurava, sempre que possível, através do call center, quando o cliente a contactava para que fosse efetuada a reparação do seu veículo, fazer um encaminhamento pró-ativo para as oficinas com as quais tinha acordo comercial quando a direção da reparação não era da sua responsabilidade. Uma situação que pode ser perigosa em função do grau de eficiência das oficinas e das condições acordadas entre estas e a seguradora. Como se tudo isto não bastasse, as oficinas ainda tinham de colocar à disposição do cliente segurado uma viatura de substituição durante o período de reparação do veículo, sendo este custo suportado, não pela seguradora, mas pelas oficinas. Estas, para entrarem no jogo, assumiam este custo. E só não perdiam dinheiro se tivessem um grande volume de reparações. Os clientes menos atentos e menos conhecedo-res sentiam-se quase obrigados a levaras suas viaturas até às oficinas que a seguradora estava a aconselhar. Mas são os clientes proprietários das viaturas lesadas quem deve escolher as oficinas, desde que lhes seja atribuída a direção efetiva da reparação. CONJUNTURA DIFÍCIL O setor automóvel atravessa, em todas as suas vertentes, uma conjuntura particularmente difícil. E, também por isso, os tempos que se vivem são propícios a conflitos. Se, por um lado, o facto de se venderem menos automóveis novos leva os consumidores a manterem as suas viaturas usadas por mais tempo, aumentando, pelo menos em teoria, o número de intervenções, por outro, a diminuição do número de veículos em circulação faz baixaras idas à oficina. E reduz, tam-bém, o número de sinistros. E há que ter em consideração a perda do poder de compra do consumidor. Quanto mais veículos usados circularem nas estradas (o parque automóvel português apresenta atualmente uma média de 11 anos por viatura...) mais aumentam as probabilidades de intervenções face ao desgaste dos componentes. E mais esses veículos estão sujeitos a acidentes. O problema é que a escassez de recursos financeiros potencia o desleixo nas idas à oficina e leva a que muitos condutores deixem de pagar a sua apólice de seguro. O que significa que quer oficinas quer segurado-ras passam a ter menos receita. As companhias de seguros reúnem a maior fatia das reparações relacionadas com colisão. Sem elas, muitas oficinas não conseguiriam fazer subsisti r o seu negócio. Mas havendo menos dinheiro a entrar nos cofres das seguradoras, uma vez que, como dissemos, o pagamento das apólices tem vindo a diminuir, os cortes nos orçamentos das reparações também se fazem sentir. Logo, quem sofre com esta situação são, também, as oficinas. Hoje, os critérios de reparação do Centro de Zaragoza são muito apreciados e valorizados. Quer por companhias de seguros quer por gestoras de frotas. Esse centro de investigação, cujos acionistas são seguradoras, é especialista nas áreas de carroçaria e gestão oficinal. O conjunto de critérios que regula o seu certificado serve de fonte de inspiração às oficinas. Estas, se os tiverem, serão reconhecidas pela qualidade do seu serviço na área da colisão. Mas os tempos de reparação estipulados nesses critérios não estão ajustados à realidade e a sua imposição prejudica seriamente o negócio das oficinas. São estas que o dizem. Por outro lado, o facto de as seguradoras, através dos seus peritos, que se deslocam às oficinas para avaliar os danos, não aceitarem muitas vezes o valor da mão-de-obra, impondo, para além disso, fornecedores de peças com os quais as oficinas nunca trabalharam, dá origem a situações de conflito. Importa aqui realçar, também, que os gabinetes de perita-gem são avaliados e premiados em função do custo médio de reparação. Quanto mais baixo for esse custo, mais eles ganham. E como as seguradoras têm o monopólio do negócio da colisão... LEGISLAÇÃO BEM DEFINIDA As regras e os procedimentos que regulam a atual atividade das seguradoras encontram-se consagradas no Decreto-Lei n.º 291/2007, de 21 de Agosto, que aprova o regime do sistema do seguro obrigatório de responsabilidade civil automó-vel. Transpõe, parcialmente, para a ordem jurídica nacional, a Diretiva n.º 2005/14/ CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Maio, que altera as Diretivas n.ºs 72/166/CEE, 84/5/CEE, 88/357/CEE e 90/232/CEE, do Conselho, e a Diretiva n.º 2000/26/CE, relativas ao seguro de responsabilidade civil resultante da circulação de veículos automó-veis ("5ª Diretiva sobre o Seguro Automóvel"). E fixa as regras e os procedimentos a observar pelas empresas de segu-ros, com vista a garantir a assunção da sua responsabilidade em caso de sinistro no âmbito do seguro automóvel. O Decreto-Lei n.º 291/2007 revogou o Decreto-Lei n.º 83/2006, de 3 de Maio, e procedeu ao alargamento do âmbito do referido regime às situações em que resultem danos corporais. Mas não só. Alargou os prazos concedidos à seguradora para efeitos de assunção de responsabilidade e de regularização dos sinistros em que ocorram danos corporais e proce-deu, ainda, à alteração dos critérios de definição de perda total. Das diversas alterações aprovadas, destacam-se várias: aumento da proteção dos lesados, ao nível de acidentes de viação; atualização de capitais mínimos do seguro obrigató-rio de responsabilidade civil automóvel; extensão do âmbito da cobertura dos danos materiais pelo FGA (Fundo de Garantia Automóvel) no caso de sinistro causado por responsável desconhecido. Outra das alterações trazidas pelo diploma atualmente em vigor face ao anterior diz respeito ao aumento da obrigação de informação relevante por parte da seguradora, relativamente aos procedimentos a adotar na regularização dos sinis-tros. Bem como a disponibilização para consulta pública, através do site do ISP (Instituto de Seguros de Portugal), da identificação das companhias de seguros que tenham cumprido com a sua obrigação de cobertura do risco de respon-

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sabilidade civil e, ainda, a identificação perante o lesado da seguradora, apólice, nome e endereço do proprietário ou condutor habitual do veículo causador do acidente. Mais três mudanças merecem igualmente destaque: a participação do sinistro deverá ser efetuada, através de impresso disponibilizado via Internet e aprovado pelo ISP ou por qualquer outro meio de comunicação que possa ser utilizado sem a presença física e simultânea das partes, desde que dela conste registo escrito ou gravado; os veículos sinistrados que não tenham seguro poderão ser objeto de cancelamento da matrícula e, consequentemente, apreendidos; impõe-se aos comerciantes de automóveis abrangidos pelo presente decreto-lei, que façam depender a entrega do veículo ao ad-quirente da apresentação prévia de documento da realização do seguro obrigatório. Protocolo ANECRA / APS - Principais problemas detetados Imposição de oficinas na reparação de veículos sinistrados por parte das seguradoras Imposição de fornecedores de peças às oficinas por parte das seguradoras Imposição de entrega de comprovati-vos/faturas da aquisição de peças Pagamento de indemnização ao segurado para que este pague a reparação à oficina Atribuição de veículo de substituição pela seguradora durante o exclusivo período de reparação Conflitualidade no relacionamento entre oficinas de reparação automóvel e seguradoras Regras consagradas no protocolo Respeito pela escolha de oficina por parte do segurado/lesado, quando lhe seja atribuída a direção efetiva da reparação Não imposição de fornecedores de peças às oficinas adequadas à reparação, com respeito pela relação qualidade/preço na escolha e aquisição Não imposição de entrega de comprovativos/faturas da aquisição de peças, dos quais conste a divulgação do respetivo preço Pagamento total e direto à oficina no prazo de trinta dias (incluindo taxas e impostos devidos no âmbito da prestação de serviços), desde a data de receção da fatura, sob pena de pagamento de juros de mora Assegurar veículo de substituição, incluindo fins-de-semana e feriados intercalares Criação de uma Comissão de Acompanhamento de Protocolo e recurso ao Centro de Arbitragem do Setor Automóvel (CASA) em caso de litígio "Temos resolvido quase todos os conflitos através do diálogo" - António Teixeira Lopes, presidente da ARAN As relações entre as oficinas e as seguradoras devem pautar-se pela transparência e correção. Quem o diz é António Teixeira Lopes, presidente da ARAN (Associação Nacional do Ramo Automóvel), que tem conseguido, através do diálogo, resolver quase todos os conflitos. Entrevistado pelo JORNAL DAS OFICINAS, este dirigente associativo afirmou mesmo que "se as relações entre as oficinas e as seguradoras têm melhorado muito, tal deve-se à ARAN." Em comunicado difundido no passado mês de Julho, a propósito da recomendação do projeto de resolução para o setor automóvel que a Comissão de Economia e Obras Públicas (CEOP) da Assembleia da República enviou ao Governo, esta associação fez saber que efetuou um pedido de diligências junto da Autoridade da Concorrência e do Instituto de Seguros de Portugal, para que fosse investigada a possibilidade de existência de abuso de posição dominante e de de-pendência económica por parte de algumas seguradoras face às oficinas. Convidado a pronunciar-se sobre esta matéria, o presidente da ARAN foi perentório: "Muitas seguradoras comportam-se bem e apresentam até uma vantagem face aos clientes "normais": pagam a tempo e horas. Outras, por saberem que estão na mó de cima, uma vez que asseguram a maior fatia do serviço de mão-de-obra e de faturação da oficina, abu-sam. Como, por exemplo, na discussão do preço da mão-de-obra. Existem seguradoras que aceitam a evolução natural do preço desta, outras há que não aceitam e existem ainda algumas que querem pagá-la abaixo até do valor do ano ante-rior. Mais: algumas seguradoras, de acordo com aquilo que nos é reportado pelos nossos associados, quando não che-gam a acordo com a oficina quanto ao valor da mão-de-obra, indemnizam o cliente lesado sem IVA. E o que sucede depois com o cliente, que recebe esse valor? Das duas, uma: ou manda reparar o veículo na oficina e paga posteriormente a esta quando receber o dinheiro da seguradora, faltando-lhe depois a diferença do imposto que terá de ser ele a suportar, ou manda reparar o veículo num biscateiro. Essa responsabilidade deve ser imputada às segu-radoras e/ou aos gabinetes de peritagem por estas contratados. Um dos grandes problemas do setor automóvel é preci-samente a economia paralela." Questionado sobre a existência de divergências relacionadas com peças e oficinas reco-mendadas, António Teixeira Lopes respondeu-nos com uma pergunta: "Será que algumas seguradoras e/ou os gabinetes de peritagem mandam colocar as peças adequadas?" E prosseguiu: "Se o proprietário do veículo ou da oficina tiver dúvidas, deverá exigir o certificado de qualidade da peça. Por outro lado, não me parece razoável que algumas segura-doras, através dos seus peritos, devam indicar o fornecedor de peças. Já no caso das oficinas recomendadas, o que se tem verificado, por vezes, é que algumas seguradoras fazem força para que os veículos sinistrados sejam reparados em oficinas por elas designadas. Porquê? Porque lhes oferecem condições mais vantajosas. É uma escolha meramente co-mercial. Nada tem que ver com qualidade." Através do Protocolo estabelecido com a APS resolvemos todos os problemas"- Isabel Figueira e Jorge Neves da Silva, da ANECRA A ANECRA (Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel) tem vindo a promover, desde 1995, a adoção de boas práticas para pôr termo aos conflitos existentes entre oficinas e seguradoras. Esta matéria

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consta, aliás, das medidas recomendadas ao Governo na Resolução da Assembleia da República n.º 128/2013, publicada em Diário da República, no passado dia 7 de Agosto. Nomeadamente, através dos pontos 4 ("Diligencie a intervenção aprofundada e célere das entidades reguladoras, designadamente AdC e ISP, sobre as diversas relações económicas sectoriais, que, manifestamente, violam as leis da concorrência (abuso de posição dominante e abuso de dependência económica), afetando a sobrevivência de inúmeras pequenas empresas, nomeadamente na reparação e desempanagem") e 7 ("Promova a adoção de boas práticas, no relacionamento entre os fornecedores/ vendedores do setor automóvel e os consumidores, e dinamize a implementação do Código de Conduta para divulgar as boas práticas na venda de veículos novos e usados em vigor, envolvendo, para o efeito, o Centro de Arbitragem do Setor Automóvel - CASA"). Em 1995, quando chegaram à ANECRA as primeiras denúncias, esta associação teve oportunidade de identificar o que esteve na origem desses conflitos. Disso mesmo deram-nos conta Isabel Figueira, do gabinete jurídico, e Jorge Neves da Silva, secretário-geral: "O que consta na Resolução está implícito no nosso Manifesto, embora não apareça nele redigi-do. E porquê? Porque, em 1995, a ANECRA teve a oportunidade, junto de quem de direito, de tentar esclarecer aquilo que é, agora, pedido na Resolução. Esta questão não vem de agora nem se trata de um estudo que pretenda aprofundar o que pensam os responsáveis sobre esta temática, porque já temos a resposta há muito tempo. As primeiras, aliás, que obtivemos foi no contexto daquilo que, na altura, se enquadrava no abuso de posição dominante. E que tinha a ver com uma prática que era mais ou menos recorrente: as reparações eram encaminhadas para oficinas designadas por algumas seguradoras, depois de as viaturas terem sido colocadas em oficinas eleitas pelos proprietários lesados. Na altura, apre-sentámos o caso às diversas entidades que tutelavam este tipo de problemas, de natureza económica, nomeadamente à Direção Geral da Concorrência e Preços, ao Conselho da Concorrência e ao Instituto de Defesa do Consumidor. O pro-blema foi muito debatido e muito ventilado. Apresentámos uma série de argumentos que demonstravam que esta situa-ção representava um atentado às leis da concorrência, mas obtivemos sempre uma resposta negativa dessas entidades, que entendiam que não havia nem abuso de posição dominante nem abuso de dependência económica. A situação era por nós classificada como uma recusa de reparação, violando, assim, o direito de escolha do cliente. Mas perdemos." Anos mais tarde, em 2009, corria o mês de Maio, a ANECRA assinou um protocolo com o Grupo Caixa Seguros (que integrava as companhias Fidelidade Mundial, Império Bonança e Via Direta). Segundo os nossos entrevistados, "na altura, foi "uma pedrada no charco", uma vez que permitiu desbloquear muita coisa e resolver os conflitos existentes entre oficinas e companhias do Grupo Caixa Seguros. Depois, a 13 de Janeiro de 2012, perante o avolumar de denún-cias quase diárias que nos chegavam através dos nossos associados, facto a que a difícil conjuntura económica que o país atravessava não era alheia, enviámos uma carta à AdC (Autoridade da Concorrência), ao ISP (Instituto de Seguros de Portugal), à Direção Geral do Consumidor, à DECO, ao Provedor de Justiça e à APS (Associação Portuguesa de Seguradores), de modo a clarificar, de viva voz, estas e outras situações que se entendessem abusivas na relação quoti-diana existente entre oficinas de reparação e seguradoras. Bem como contribuir para a procura das soluções mais ade-quadas para as questões em apreço." E foi precisamente graças a esta última carta, que a APS, embora discordando da perspetiva como foram apresentadas, pela ANECRA, as relações entre oficinas de reparação automóvel e seguradoras nos domínios exemplificados, conside-rou oportuno que houvesse uma aproximação entre as duas associações. Como tal, a 11 de Setembro de 2012 foi assina-do o Protocolo entre a ANECRA e a APS. Como fizeram questão de salientar Isabel Figueira e Jorge Neves da Silva, "foi um protocolo muito difícil de elaborar, implicou muitas reuniões, mas houve intenção por parte das duas associa-ções de chegarem a bom porto. Houve cedências de ambas as partes, todas as questões foram abordadas de forma séria, aberta, transparente e frontal. Para resolver qualquer conflito que possa surgir, mesmo até os que não estão consagrados no Protocolo, criámos uma Comissão de Acompanhamento do Protocolo composta por cinco pessoas (duas da ANE-CRA; duas da APS; outra independente que a preside). Em última instância, na eventualidade de esta comissão não ter sucesso na resolução do conflito, há ainda o recurso ao CASA (Centro de Arbitragem do Setor Automóvel). O anterior protocolo estabelecido com o Grupo Caixa Seguros foi integrado neste, que é mais abrangente, já que integra 90% das seguradoras representadas na APS." "Com as seguradoras, as coisas têm corrido bem" - Marco Silva, gestor da rede TOPCAR Sendo a opinião das oficinas sobre esta matéria fundamental, elegemos o gestor da rede TOPCAR, Marco Silva, para nos dar conta da relação que existe entre a rede que dirige e as seguradoras. Começou por dizer-nos que "a TOPCAR é uma rede multimarca que está fortemente vocacionada para a valência de colisão e que tem um conjunto de critérios internos que atestam a qualidade do seu serviço nesta área, como, por exemplo, a certificação do Centro de Zaragoza que todos os nossos aderentes têm de possuir. A rede TOPCAR tem muito interesse em trabalhar com players profissio-nais, como as seguradoras, porque dispomos de um nível de serviço muito forte, aplicamos peças originais e certificadas (plásticos; chapa; iluminação; refrigeração) e garantimos rapidez e redução dos custos médios de reparação." Segundo Marco Silva, "existe, por outro lado, uma lógica de proximidade em termos de mercado, porque dispomos de uma rede nacional e temos a capacidade de oferecer, para clientes profissionais, como as seguradoras, um serviço de faturação centralizada. Ou seja, a seguradora pode utilizar qualquer ponto da rede TOPCAR em Portugal, que todo o processo comercial e administrativo passa pela gestão da nossa rede. A seguradora ou os clientes profissionais podem usar uma das nossas mais de 40 oficinas com serviços de colisão e mecânica, e a sua relação só tem de ser feita com a

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gestão central. Portanto, há um conforto muito grande. Para além disso, existe um pacote de condições que passam, naturalmente, pela mão-de-obra, peças e veículo de substituição, que estão perfeitamente uniformizadas a nível nacio-nal." Questionado sobre se têm acordos com seguradoras, o gestor da rede TOPCAR respondeu: "Neste momento, te-mos acordos centralizados com a Generali e a Europ Assistance, além das gestoras de frotas ALD Automotive e Pluri-rent. No entanto, todas as oficinas têm acordos locais com diversas seguradoras, fazendo parte das suas redes recomen-dadas. E estamos a fazer o nosso percurso, a abordar diversas seguradoras no sentido de oferecer-lhes o nosso pacote de serviços integrados. A grande maioria já conhece o negócio de aftermarket do grupo, resultante dos acordos existentes de fornecimento de peças certificadas. Das relações que temos com clientes profissionais, como asseguradoras, as coi-sas têm corrido, felizmente, muito bem. Tal está diretamente relacionado, também, com o perfil das oficinas que inte-gram a nossa rede e com o facto de termos o nosso modelo de negócio perfeitamente estruturado e centralizado. Por outro lado, por sermos uma rede internacional, com um grupo forte e credível por trás, ajuda bastante. Mas o que queremos é estabelecer uma lógica de parceria em que todas as partes envolvidas saiam a ganhar. No caso das segura-doras, garantimos elevada qualidade, rapidez e redução dos custos médios de reparação. No segmento dos veículos pesados, a situação é um pouco diferente. O serviço de colisão é muito mais específico e requer condições técnicas e capacidade instalada muito próprias nas oficinas. Como tal, atualmente, as seguradoras ainda recorrem, na grande maio-ria, aos concessionários. Contudo, a médio prazo, estamos convictos que haverá uma tendência de procura por soluções multimarca na área de colisão para veículos pesados." As seguradoras representam cerca de 70 a 80% do setor da colisão" - Luís Soares de Albergaria, diretor coorde-nador da Fidelidade O JORNAL DAS OFICINAS foi ouvir também Luís Soares de Albergaria, diretor coordenador da Fidelidade, para saber o que pensa este responsável sobre esta temática. Começou por dizer-nos que "a conjuntura é difícil, mas continu-am a existir oportunidades para o setor. Temos é de saber criar mecanismos para aproveitá-las, nomeadamente fomen-tando economia de escala com o associativismo entre as oficinas independentes, com maior dificuldade no acesso à informação técnica e com meios operacionais mais limitados. Mas é aqui que a criatividade tem de entrar em cena. Hoje dizer-se que existe conflitualidade entre as seguradoras e os reparadores, não me parece correto. Porque é que não se fala de outros grandes operadores? Há negócios que gerem um grande número de veículos, quer em termos de manuten-ção, quer em termos de colisão, com volumes de intervenções significativos, para os quais exigem descontos elevados na mão-de-obra e, por vezes, até fornecem as peças. As oficinas com quem trabalham acedem e não se queixam, mas estas e as restantes oficinas normalmente apenas se referem ao setor segurador." Convidado a comentar o setor da colisão, o protocolo celebrado entre a ANECRA e a APS e os conflitos existentes entre oficinas e seguradoras, o nosso entrevistado deixou-nos o seu testemunho: "Resultante da atual crise e do cenário recessivo que atravessamos, o segmento particular da colisão decresceu muito e tem, hoje, uma quota inferior a 5%, que é dominado pelas oficinas independentes. A principal ameaça para as oficinas autorizadas são os centros de colisão multimarca (para além dos operadores de serviços rápidos na área da manutenção). Em termos de colisão a quota das seguradoras deverá situar-se entre os 70 e os 80%." Luís Soares de Albergaria acrescentou ainda que "as seguradoras podem diferenciar-se perante o mercado reparador, apoiando as oficinas que integram as suas redes convencionadas, contribuindo para a melhoria da sua produtividade, exigindo níveis de qualidade, de eficácia e de eficiência (para os quais muito contribui os processos de certificação que têm de efetuar), garantindo-lhes volumes de negócio e proporci-onando-lhes melhores condições operacionais." Quanto ao protocolo celebrado entre a ANECRA e a APS, comentou que "é, no fundo, um conjunto de boas práticas e de boas condutas que as seguradoras se comprometem a respeitar, de modo a que haja uma convivência sã. O que diferencia as seguradoras dos outros operadores é que nós, de acordo com a legislação em vigor, respeitamos o mercado e as decisões dos proprietários. Enquanto há outros que não, porque são proprietários dos veículos, compram as peças e esmagam os preços aos fornecedores." Luís Soares de Albergaria termi-nou o seu depoimento ao afirmar que "neste momento, há um grande apaziguamento no mercado. O setor vive uma certa acalmia, o número de reclamações na Fidelidade diminuiu. Também em termos de mercado esta diminuição será normal, uma vez que, ao existirem menos veículos a circular, o número de acidentes diminui. Além disso, as segurado-ras estão cada vez mais atentas aos problemas dos lesados e dos clientes, estão cada vez mais pró-ativas, mais céleres e prestam melhor informação aos lesados. Neste aspeto, o setor evoluiu positivamente e Portugal tem, hoje, uma das legislações mais exigentes do mundo em termos de regularização de sinistros automóveis." JORNAL DAS OFICINAS - 05/11/2013

IGUAIS MAS DIFERENTES, BICICLETAS, SEGURO RECOMENDA-SE Mais direitos, maior responsabilidade. As novas regras do CE colocam os ciclistas em pede igualdade face a ou-tros condutores. Mas não acautelou um ponto-chave: um seguro que proteja os ciclistas Mais direitos equivalem a mais responsabilidades. É com base nesta premissa que o ACP propõe a obrigatoriedade de um seguro para bicicletas, pois a recente revisão do Código da Estrada equipara os velocípedes sem motor aos automó-veis em várias situações, como, por exemplo, na cedência de prioridade às bicicletas que se apresentam pela direita, o

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que antes não acontecia. Mas há mais: os ciclistas também passam a ser equiparados aos peões nalgumas ocasiões, o que obriga os automóveis a ceder passagem às bicicletas que circulem, por exemplo, numa ciclovia que atravessa uma faixa de rodagem. UM SEGURO PARA ACIDENTES "Dado que os ciclistas estão em igualdade de circunstâncias em relação a um veículo a motor e têm um determinado número de regalias novas, a partir daí é fundamental que também tenham um seguro de responsabilidade civil contra terceiros, como têm os carros, os motociclos e tudo o que circula na via pública", contextualizou o presidente do ACP, Carlos Barbosa. Sendo certo que a relação entre ciclistas e automobilistas nem sempre é pacífica, o presidente do ACP prevê até um eventual aumento da conflitualidade, sobretudo na fase de adaptação ao novo código, que poderá resultar em mais aci-dentes: " tenho receio que, ao aprenderem a conviver, haja vários acidentes e problemas. Acho que é fundamental todos os ciclistas, até para sua própria proteção, terem um seguro de responsabilidade civil". APOIO A MEDIDA As reações à sugestão do presidente do maior clube português não se fizeram esperar. Na página de Facebook do ACP, foram muitas a manifestações de apoio à obrigatoriedade de um seguro de responsabilidade civil para os ciclistas. O sócio João Venda, no seu comentário, resumiu a questão da seguinte forma: " Querem ter o mesmo estatuto que (basi-camente) tem um ciclomotor de 50cc (por exemplo), então as normas têm de ser as mesmas: Licença, capacete, seguro, e respeitar o código da ESTRADA (que tem esse nome por um motivo, note-se que não se chama "código dos automo-bilistas", especifica estrada no sentido lato)". Já Ricardo Roberto confessou o seguinte: " Tenho vários carros e bicicle-tas e sim, seguro para ambos os casos. Mas não é por obrigatoriedade, é mesmo por medo". Novas regras para os ciclistas Os automóveis passam a ceder prioridade aos ciclistas, como por exemplo no Marquês de Pombal. Os ciclistas deixam de circular o mais a direita possível e podem circular lado a lado; os automobilistas têm de dar uma distância mínima lateral de 1,5 metros. O que é o seguro de responsabilidade civil? Segundo o Instituto de Seguros de Portugal, "No seguro de responsabilidade civil, o segurador cobre o risco de o segu-rado ter de vir a indemnizar terceiros por danos que lhes cause". Há dezenas de seguros obrigatórios por lei. Bicicleta em contramão Um acidente entre uma bicicleta e um automóvel de matrícula espanhola provocou confusão numa das laterais da Ave-nida da Liberdade, em meados de setembro. O velocípede vinha lançado, a descer a lateral em contramão, quando em-bateu num carro que estava a sair de uma garagem. Por sorte, não houve danos físicos nem materiais a registar (tirando uns pequenos riscos no carro e um susto pelo aparato da queda), mas noutra situação ficava a pergunta: quem pagava os danos provocados? ACP 2013-10-05

SEGUROS À BORLA Se vai viajar e precisa de um seguro de acidentes pessoais e responsabilidade civil ou internamento hospitalar, não tem de gastar um tostão. Basta-lhe já ser titular de um dos cartões de crédito que recomendamos. Vai para o estrangeiro e está interessado num seguro de viagem com um bom pacote de acidentes pessoais, assistência em viagem e responsabilidade civil? Pretende uma cobertura de internamento para acautelar uma cirurgia imprevista ou complementar o seguro de saúde? Se respondeu positivamente, dirija-se ao balcão de um banco. Analisámos a qualida-de dos seguros associados a 68 cartões de crédito e concluímos que, por 35 a 60 euros anuais, pode obter apólices que, pela seguradora, lhe custariam dezenas de euros a mais. Anuidade dá direito a seguros Há muito que os cartões de crédito se banalizaram como meio de pagamento, permitindo fazer compras a crédito por um período até 50 dias sem juros. Muitos não têm anuidade e preveem até programas de cash-back, em que o cliente recebe uma percentagem das despesas feitas. Mas as vantagens não se esgotam aqui. A maioria inclui um pacote de seguros, em regra, tanto maior quanto mais elevado o plafond. Porém, muitos consumidores desconhecem os seguros do seu cartão, não tirando deles qualquer proveito. Em parte, a responsabilidade é dos bancos, que na altura da subscrição do cartão não disponibilizam as condições dos seguros associados. Em sua substituição, entregam um resumo das co-berturas, claramente insuficiente para o consumidor perceber quando e como ativá-las. Contra fraude, roubo e tempestade O pacote de seguros dos cartões de crédito é extenso. Por ser um meio de pagamento sujeito a fraudes e, nalguns casos, não ser sequer preciso digitar o código para fazer uma compra, quase todos os cartões incluem coberturas relacionadas com a sua utilização. Contudo, o capital seguro e as exclusões limitam bastante o interesse destas coberturas. A de uso fraudulento, também designada "gastos abusivos", suporta as despesas que resultam do uso indevido do cartão na sequência de perda, extravio, furto ou roubo. Por lei, o titular não pode ser responsabilizado pelas despesas feitas

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com o cartão depois de ter comunicado ao banco a sua perda, roubo ou apropriação abusiva; apenas por aquelas que tenham ocorrido antes da comunicação, e até um limite de 150 euros. Já a cobertura de roubo, por exemplo, em caixas Multibanco paga o valor correspondente ao levantado, desde que participe a ocorrência à polícia no prazo de 24 horas. A proteção às compras cobre riscos que podem afetar os bens comprados com o cartão, como incêndio ou roubo. Con-tudo, não abrange joias, animais, peles, relógios, aparelhos de som e de imagem, bicicletas ou automóveis. Já a proteção ao crédito paga a dívida no cartão, em caso de morte do titular ou perda de rendimentos devido a invalidez ou incapaci-dade para o trabalho, em consequência de doença ou acidente. A seguradora paga a dívida do cartão, até ao valor do plafond. O NOSSO ESTUDO - ANALISAMOS 68 CARTÕES DE CRÉDITO Em julho, consultámos o pacote de seguros de 68 cartões classic, gold e premier e centrámo-nos nos três seguros que consideramos mais interessantes para a maioria dos consumidores: acidentes pessoais e responsabilidade civil em via-gem, e saúde. Analisámos as coberturas, limites de indemnização, franquias, exclusões, pessoas cobertas, âmbito territo-rial e condições de ativação. Objetivo: aferir a qualidade dos seguros e saber se substituem as apólices contratadas diretamente ao balcão da segura-dora ou num mediador. Indicamos, para cada seguro, o cartão de crédito com a cobertura mais vantajosa, bem como uma alternativa ainda com qualidade, mas mais barata. Acidentes Pessoais e assistência em viagem - 54 cartões com esta cobertura COBERTURA Morte ou invalidez permanente. Alguns cartões incluem despesas de tratamento ou um subsídio por incapacidade. Em caso de acidente ou doença, dá assistência ao agregado - transporte ou repatriamento, despesas médi-cas e alojamento. Se viajar de carro, paga o reboque e o transporte dos passageiros. Com os Barclayscard, mesmo que não compre o bilhete com os cartões, pode ativar a cobertura se os tiver usado para pagar mais de metade do valor do hotel. CAPITAL E FRANQUIA 25 mil a 600 mil euros (consoante o cartão); abaixo dos 14 anos só paga as despesas de fune-ral. Nos cartões da Unibanco, os capitais variam consoante o acidente ocorra no percurso ou durante a estadia. Alguns cartões impõem um limite de 60 ou 90 dias para a viagem e esta tem de distar mais 20 ou 60 quilómetros de casa. PESSOAS SEGURAS Titular e agregado. PONTOS POSITIVOS É vantajoso se viajar de avião ou comboio e adquirir os bilhetes com o cartão. Tem capitais bastante superiores aos dos seguros de viagem tradicionais, inclui todo o agregado e o preço não varia com o destino. A maioria dos cartões cobre imprevistos, como o atraso de bagagem ou do voo, ou a perda de ligações aéreas. PONTOS NEGATIVOS Assistência em viagem só pode ser acionada se comprar o bilhete com cartão. Santander Totta Titanium Gratuito. Desde que a viagem tenha sido comprada com o cartão, paga 375 mil euros por morte ou invalidez de qualquer elemento do agregado em viagens até 180 dias. Sem franquia quilométrica. Visa Gold, do Banco Popular Grátis no primeiro ano; 60 euros nos seguintes. Paga até 600 mil euros por morte ou inva-lidez permanente, em caso de acidente que vitime um membro do agregado com idade entre os 14 e os 70 anos, durante uma viagem comprada com o cartão. Responsabilidade civil em viagem - 24 cartões com esta cobertura COBERTURA Paga danos involuntariamente causados a terceiros pelo agregado. Por vezes, só é válida em viagem se comprar o bilhete com o cartão. CAPITAL E FRANQUIA 5 mil a 200 mil euros. Nos cartões do Banif há uma franquia de 10% em danos materiais, com um mínimo de 50 euros. Os do BBVA e o Santander Totta Classic só pagam danos acima de 75 euros. A cobertura da Caixa Geral de Depósitos só pode ser ativada em viagens superiores a 50 quilómetros da residência. PESSOAS SEGURAS Titular do cartão e agregado familiar. PONTOS POSITIVOS Capitais superiores aos de um seguro de viagem, cobre todo o agregado e o preço (a anuidade do cartão) não depende da duração nem do destino. Um seguro de viagem com capital de 100 mil euros, cobertura de morte ou invalidez permanente, e 50 mil euros para responsabilidade civil, além das coberturas de assistência, pode custar 65 a 95 euros anuais por pessoa - mais do que a anuidade dos cartões que recomendamos. PONTOS NEGATIVOS Não substitui um bom seguro para a família, empregados ao seu serviço e animais de estima-ção. Para isso, recomendamos uma apólice específica, mas veja se já não tem esta cobertura através do multirriscos-habitação. BPI Gold Anuidade de 50 euros. Cobre os danos causados a terceiros, até 200 mil euros e sem franquia. Em caso de acidente em viagem superior a 60 quilómetros, indemniza até 325 mil euros por morte ou invalidez permanente. A in-demnização baixa para 25 mil se não comprar a viagem com o cartão. Santander Totta Classic Anuidade de 20 euros. Cobre danos causados a terceiros por um elemento do agregado até 125 mil euros, com franquia de 75 euros. Pode ativar o seguro mesmo que não tenha usado o cartão. Internamento Hospitalar - 13 cartões com esta cobertura

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COBERTURA Despesas com internamento superiora 24 horas: diária hospitalar, exames e cirurgia. Também cobre despesas médicas no estrangeiro se ocorrer um acidente durante a viagem. O titular paga as despesas e, depois de des-contada a franquia, a seguradora devolve 90 a 100% do valor gasto. Alguns cartões impedem o uso da cobertura nos primeiros 180 dias (Santander Totta) ou 365 dias (Banco BPI) para familiares do titular. À exceção do Gold Free for Life, do Barclays, pode ativar a cobertura mesmo que não tenha utilizado o cartão de crédito. CAPITAL E FRANQUIA 15 mil a 50 mil euros. Franquia elevada: 2500 euros na maioria dos casos; 3750 euros no BES Gold, BPI Gold e American Express Gold (Millennium bcp). PESSOAS SEGURAS Titular do cartão até aos 65 ou 70 anos. Santander e Barclays abrangem todo o agregado famili-ar. PONTOS POSITIVOS É um bom complemento a um seguro de saúde que já tenha, (por exemplo, pela empresa), pois reforça os capitais. Em termos de preço, é tanto mais interessante quanto mais velho for o titular: enquanto o preço dos planos privados de saúde aumenta com a idade, o custo desta cobertura (corresponde à anuidade do cartão) não varia com a idade. Um plano de saúde só com cobertura de internamento e capital entre 40 e 60 mil euros custa cerca de 130 euros anuais a um consumidor com 30 anos e 400 euros a um de 60 anos - muito acima da anuidade dos cartões de crédito que recomendamos. Nas seguradoras que cobram franquia, esta é de 250 euros. Pontos negativos Não substitui um bom plano de saúde privado, pois só cobre despesas de hospitalização (a cobertura mais usada pelos consumidores é o acesso a consultas no setor privado) e tem franquias muito elevadas. BES Gold e BPI Gold Anuidade de 35 e 50 euros, respetivamente. Oferecem a cobertura até o cliente fazer 70 anos. Reembolsam a totalidade das despesas de internamento até 50 mil euros, pagando o cliente os primeiros 3750 euros. Não há período de carência e a ativação da cobertura não depende da utilização do cartão. No caso do BPI, pode incluir outros membros do agregado por 34,15 euros anuais cada, mas tem um período de carência de 365 dias. BPI Anuidade de 15 euros. Reembolsa 90% das despesas hospitalares até 25 mil euros, ficando a cargo do segurado uma franquia de 2500 euros. Sem período de carência, é válido até aos 70 anos do titular. Pode incluir o restante agre-gado mediante o pagamento de 29,19 euros por pessoa e com um período de carência de 365 dias. A ativação do seguro não depende da utilização do cartão. D&D ACONSELHA Escolha o cartão de crédito pelo valor da anuidade e taxa de juro, mas informe-se do pacote de seguros associado. Peça ao banco as condições gerais e verifique as situações cobertas, exclusões, limites de capital, franquias, validade territo-rial, pessoas cobertas e condições de ativação. Descobrimos cartões com coberturas melhores do que as contratadas nas seguradoras. Se é titular de um destes cartões, pode prescindir das apólices contratadas na seguradora. É o caso do Visa Gold, do Banco Popular, que oferece um segu-ro de acidentes pessoais em viagem com capitais superiores e a metade do preço. Poupa cerca de 35 euros em relação ao que pagaria por um seguro de viagem com as mesmas coberturas, mas com indemnizações inferiores. Já o BPI Gold é um bom aliado se um membro da família causar um "estrago" e é válido no estrangeiro se comprar a viagem com o cartão. Caso lhe interesse acautelar uma cirurgia imprevista e esteja disposto a suportar uma franquia elevada, o BES Gold dá uma boa cobertura de internamento a troco de 35 euros anuais. É tão mais vantajoso quanto mais velho for o titular: enquanto o preço dos planos de saúde aumenta com a idade, o custo do cartão não vária com este fator. Nos restantes casos, os seguros do cartão não substituem os contratados na seguradora, mas pode ativá-los em caso de necessidade ou para complementar outros seguros que já tenha, por exemplo, caso o capital daqueles se esgote. Jornal de Negócios de 18/11/2013

GERIR O RISCO DEVE SER PRIORITÁRIO PARA AS EMPRESAS O sucesso dos Prémios Risk Management e o impacto que superou expectativas marcaram os discursos da gala Não há nenhuma reunião no grupo Saint-Gobain que comece sem ser pelo tema da segurança." A frase de Célia Carras-queiro, directora de Recursos Humanos e Comunicação de uma das empresas da noite, ouvida no pequeno filme institu-cional realizado sobre cada vencedor e transmitido na noite de terça-feira, é a melhor síntese dos Prémios Açoreana Risk Management Diário Económico e da gala que os celebrou. Em todos os seus participantes, a convicção da singula-ridade, da importância e do sucesso da iniciativa, e, naturalmente, também da emergência do tem a que a originou: a gestão do risco. A gala dos Prémios Risk Management Açoreana Diário Económico, realizada em Lisboa, foi marcada pelo suspense, quiçá alguma surpresa nos resultados, pelas reflexões dos organizadores e elementos do júri, pelos discursos dos vence-dores e, ainda, bom fado. A notabilidade dos prémios foi igualmente visível nos agentes económicos de importantes empresas e instituições nacionais que conseguiu juntar. Na intervenção com maior impacto na audiência, Diogo da Silveira, presidente da Comissão Executiva da Açoreana Seguros, sublinhou que a gestão de risco nas organizações deve ser uma "prioridade" e ancorou estes prémios a dois pilares: responsabilidade social e inovação.

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No balanço que faz do concurso e do que o respectivo processo lhe permitiu conhecer, o responsável da seguradora do Grupo Banif garante que "Portugal é um país com um tecido empresarial consciente e maduro, no que diz respeito à protecção dos seus bens e dos seus colaboradores". Diogo da Silveira considera mesmo que a preparação das empresas "não diz respeito a nichos fechados da economia, mas sim a sectores alargados de actividade" e conclui que "os portu-gueses estão à altura das melhores práticas internacionais". A gestão do risco, afirmou ainda o responsável da Açoreana, é de especial importância no actual momento económico-financeiro: "Uma empresa que melhor acautela a sua segurança e a dos seus colaboradores estará garantidamente a evitar custos desnecessários no futuro. Ao fazê-lo, estará também a garantir uma melhor qualidade de vida aos seus colaboradores. O que os motivará e levará a potenciar a eficácia da organização, com todas as vantagens inerentes." António Costa, director do Diário Económico e membro do júri deste concurso, afirmou que os Prémios Risk Manage-ment foram uma "lição" para si e para o jornal, no sentido de avaliar e sistematizar a forma como é gerido o próprio risco, também ele elevado na área dos 'media'. Expressou ainda a vontade de o Económico manter a sua parceria nesta iniciativa. O presidente do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), Manuel Cruz, classificou o concurso de "acontecimento no-tável" e evidenciou a dupla matriz da gestão de risco: individual (acidentes) e organizacional (negócios). O presidente salientou ainda a grande potencialidade da gestão do risco: "Mitigar tudo o que é desperdício; desperdício no sentido dramático do termo, ou seja, acidentes, circunstâncias não planeadas." António Gomes Mota, presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa, referiu-se a todos os finalistas do Risk Management como "campeões escondidos", pessoas e empresas que começam agora a ter "o devido reconheci-mento pelas magníficas práticas que seguem." O responsável por um desses campeões anónimos, Ricardo Madruga da Costa, director de projectos corporativos do Grupo SATA, não fez cerimónias e quis desde logo reservar presença para aquela que já é uma certeza: a realização da segunda edição dos Prémios Risk Management Açoreana Diário Económico. "Para o ano quero cá estar, ainda me-lhor!", assegurou. A gala terminou com a actuação da fadista Gisela João, um exemplo de talento seguro numa noite em que o risco foi o vocábulo mais usado. Diário Económico 2013-11-14

INICIATIVA INÉDITA NA GESTÃO DE RISCO DISTINGUE CINCO EM-PRESAS A avaliação das melhores práticas iniciou-se há um ano. A originalidade do concurso recebeu aplauso unânime Pela primeira vez em Portugal, foram premiadas as melhores gestões do risco. A consagração aconteceu em Lisboa, nos Montes Claros, na passada terça-feira, com a gala de entrega dos Prémios Açoreana Risk Management Diário Económi-co. A iniciativa conjunta da seguradora do Grupo Banif e do Diário Económico distinguiu as melhores práticas em atividades de risco em cinco categorias: Prémio Risk Management Grandes Empresas; Prémio Risk Management PME; Menção Honrosa Risk Management Prevenção; Menção Honrosa Risk Management Inovação e Menção Honrosa Risk Management Especial Confiança. Diogo da Silveira, presidente da Comissão Executiva da Açoreana Seguros, classificou esta iniciativa como "disruptiva" e que " marca uma referência inédita em Portugal". Para chegarem à etapa final dos Prémios Risk Management, os concorrentes foram submetidos a uma avaliação rigoro-sa, num processo que se iniciou há um ano, aquando do lançamento do concurso, e que seguiu um formato original. Desde logo, pelo facto de as candidaturas não serem autopropostas, mas sim indicadas por corretores da Açoreana. Por outro lado, a participação no concurso estendeu-se a todas as empresas e instituições, não se restringindo a clientes da seguradora. Os vencedores dos prémios passaram por duas fases de triagem. A primeira para a habilitação aos Prémios Risk Mana-gement (que apurou cem empresas) e a segunda, posteriormente e numa malha mais apertada, para integrar a lista dos 14 finalistas - todos eles presentes na gala desta semana, sem que tivessem conhecimento do resultado da avaliação. Para superintender este formato inovador, a Açoreana e o Diário Económico apostaram num júri prestigiado, que refor-çasse ainda mais a credibilidade da iniciativa. Desta forma, foram convidados António Saraiva, presidente da CIP (Con-federação Empresarial de Portugal), Andrea Bertoldi, CEO da consultora de gestão de riscos AON Benfield, António Gomes Mota, presidente do Conselho de Administração da construtora Soares da Costa e professor catedrático no ISC-TE, e Manuel Cruz, presidente do ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade. Deste grupo de jurados fizeram também parte o responsável máximo da seguradora, Diogo da Silveira, e António Costa, director do Diário Económico. Os prémios contemplaram cinco vencedores: Galp Energia - CLC, TJ Moldes, Saint-Gobain Mondego, SATA Air Aço-res e SUMA. A reportagem da gala, o retrato dos vencedores e a opinião do júri nas páginas seguintes. Diário ECONÓMICO 2013-11-14

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A GESTÃO DE RISCO PASSOU A ESTAR NA AGENDA A Açoreana Seguros promoveu em conjunto com o Económico uma iniciativa inédita sobre a gestão de risco nas em-presas. Este não é um tema que domine as primeiras páginas dos jornais e, por isso, o desafio que nos foi colocado por Diogo da Silveira tinha desde logo este objectivo. Num mundo de crescentes incertezas, era necessário dar visibilidade à gestão de risco. Foi esse o nosso trabalho nos últimos meses e, após a conclusão do primeiro ano deste projecto, o objetivo foi amplamente atingido. Foram mais de cem as empresas que se disponibilizaram a ser avaliadas por uma comissão técnica, em que também participou o ISQ, sobre a forma como gerem os riscos. Os riscos de acidentes de trabalho, claro, mas sobretudo, e aqui está outra inovação deste prémio, o risco do negócio nas suas várias dimensões. Chegaram 14 à 'short-list', cinco empresas foram distinguidas, mas todas merecem uma distinção. Este primeiro ano - outros se seguirão - serviu para criar uma referência, um nível de exigência, um 'benchmark'. O Económico cá estará, nos próximos meses, a dar visibilidade aos que hoje ganharam e abrir espaço para este tema. Diário Económico 2013-11-14

TRÊS DISTINÇÕES PARA ÁREAS ESPECÍFICAS Empresas dos setores do vidro, do transporte aéreo e dos resíduos em destaque Além dos galardões atribuídos nas categorias de Grandes Empresas e PME, os Prémios Açoreana Risk Management Diário Económico distinguiram, com menção honrosa, três empresas que se notabilizaram em áreas específicas. Risk Management Prevenção: Saint-Gobain Mondego Trabalhar num "teatro" de operações de alto risco não é sinónimo de um 'curriculum' de acidentes de trabalho. Quem pode confirmá-lo é a Saint-Gobain Mondego, SA, que há mais de dois milhões de horas, quatro anos, não regista qual-quer acidente na sua fábrica, apesar de aqui se manusear vidros e de se laborar com fornos a temperaturas que variam entre 1500 e 1600 graus. Criada em 1987, a Saint-Gobain Mondego tem a sua actividade centrada no vidro de embalagem - produção de garrafas, garrafões, frascos - e pertence à multinacional francesa Saint-Gobain Glass. Risk Management Inovação: SATA Air Açores Operar no transporte aéreo e nas áreas de negócio adjacentes, designadamente o turismo e a gestão de aeródromos, é ter no risco o ingrediente principal da actividade profissional. Consciente disso, a SATA lançou em 2012 o seu próprio modelo de gestão de risco, no fundo, a formalização em documento de um conjunto de boas práticas que já fazia parte do quotidiano de todos os trabalhadores do grupo, acrescido de metodologias que permitem medir concretamente a respectiva eficácia. Na concepção deste programa - Modelo de Gestão de Risco SATA - e na forma como é aplicado transversalmente na empresa está a explicação para a Menção Honrosa atribuída à SATA Air Açores, SA. Risk Management Especial Confiança: SUMA O tratamento e gestão dos resíduos sólidos urbanos implicam uma exposição permanente ao risco. Pela complexidade dos materiais recolhidos e processos de tratamento, mas também pela recolha em si, efectuada na rua, e por isso sujeita a inúmeros acidentes de trabalho. A SUMA - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA consegue minimizar estes perigos há 20 anos. A aposta forte do Grupo que tem como accionistas de referência a Mota Engil e a Urbaser recai sobre os planos de formação dos trabalhadores (e nestes, a prevenção da sinistralidade) e a maturação cívica das populações (pedagogia ambiental/comportamental). Os resultados atingidos mereceram a Menção Honrosa Especial Confiança, a única distinção dirigida exclusivamente a clientes da Açoreana Seguros. Diário Económico 2013-11-14

A OPINIÃO DE QUEM ELEGEU OS MELHORES O júri “não residente” explicou a importância dos prémios e os critérios de seleção Um júri de peso para decisões consistentes e credíveis. A aposta da Açoreana Seguros e do Diário Económico relativa-mente a quem caberia escolher os vencedores dos Prémios Risk Management também revela o investimento simbólico que a seguradora e o jornal colocaram nestes prémios. Além de Diogo da Silveira e António Costa, o júri é composto por outros quatro membros: António Gomes da Costa, António Saraiva, Andrea Bertoldi e Maria Manuel Farinha. An-tónio Gomes Mota - professor catedrático no ISCTE, instituição onde tem desenvolvido programas e cadeiras na área da gestão do risco - explica que os "vencedores foram as empresas que apresentaram uma melhor 'performance' global nas diferentes dimensões da gestão de risco, desde o seu planeamento e avaliação, à gestão de emergências, a formação interna consagrada à prevenção e actuação, a cultura de risco impregnada na organização", entre outras. Sobre a meto-dologia de avaliação, o também presidente do conselho de administração do Grupo Soares da Costa revelou que não foi utilizado apenas um questionário detalhado a que as empresas responderam, como depois foi efectuada uma visita para aferir e validar a informação prestada e "colher uma impressão mais viva e directa da realidade de cada empresa em matéria de gestão de risco". O presidente da CIP, António Saraiva, sublinha a dupla função dos prémios: "Chamar a atenção para quem não está desperto para as questões da gestão de risco e estimular ainda mais o conceito para quem já

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o está." O patrão dos patrões revela a surpresa agradável causada por alguns "excelentes casos", designadamente na organização e detalhe colocados na prevenção do risco. O CEO da multinacional AON Benfield, Andrea Bertoldi, alerta para o perigo do descuidar do risco num momento em que outros problemas aparecem como mais visíveis: "Existe o perigo de, num entorno económico complicado como o actual, o capítulo da prevenção e gestão do risco ser um pouco esquecido, quando deveria justamente acontecer o con-trário. Estes prémios vêm claramente dar visibilidade à necessidade de continuar com uma gestão sã, o que passa tam-bém por uma gestão de risco activa. Este especialista na área do resseguro considera particularmente pertinente a existência de um prémio específico para as PME, já que "permite divulgar a ideia de que a prevenção e a gestão de risco não é terreno exclusivo das grandes em-presas". Maria Manuel Farinha, responsável de segurança industrial no Instituto de Soldadura e Qualidade - ISQ (o parceiro técnico escolhido para esta iniciativa), considera que nos últimos dez anos "tem-se verificado um maior reconhecimento da importância da gestão do risco, apesar de existirem ainda muitas assimetrias". Esta consultora de gestão do risco em várias actividades elencou cinco critérios genéricos decisivos para a escolha dos vencedores: o cumprimento dos requi-sitos gerais dos sistemas integrados de gestão de risco; o grau de implementação da gestão de risco; as boas práticas; a cultura de risco evidenciada por cada empresa interveniente; e, finalmente, a inovação. Diário Económico 2013-11-14

ACESSO A DADOS DE SAÚDE DE DOENTE FALECIDO POR PARTE DE COMPANHIA SEGURADORA Divulgamos em seguida o parecer do Departamento Jurídico da Ordem dos Médicos sobre um pedido de levan-tamento de sigilo profissional feito pelo cônjuge de um doente falecido com o objetivo de entregar o relatório da doença do marido a uma seguradora de forma a acionar um seguro de vida, o qual conclui de forma fundamen-tada pela não permissão de revelação dos dados de saúde e explica as situações diversas. «Foi remetido a este Departamento Jurídico um pedido de levantamento de sigilo profissional, tendo em conta que o cônjuge de um doente falecido solicitou à médica de família um relatório sobre a doença do marido para que o mesmo seja entregue a uma seguradora a fim de ser accionado um seguro de vida. A familiar solicita à médica que da informa-ção conste a data do início dos sintomas e a evolução do quadro clínico que levou o paciente à morte. Desde logo, importa delimitar o quadro legal com aplicação no presente caso. Dado que a seguradora pretende obter certos dados de saúde de um seu segurado já falecido, tem lugar a aplicação da Lei da Protecção de dados pessoais, consagrada na Lei nº 67/98, de 26 de Outubro. A referida lei tem como objecto, nos termos do artigo 1º, a protecção das pessoas singulares no que diz respeito ao tra-tamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados. Para efeitos do mencionado diploma, considera-se dado pessoal qualquer informação, de qualquer natureza, e independentemente do respectivo suporte, incluindo som e ima-gem, relativa a uma pessoa singular identificada ou identificável ("titular dos dados"), abrangendo a designação "trata-mento de dados pessoais", entre outros, os actos de consulta e de comunicação. Ora, nos termos da referida Lei é proibido o tratamento de dados relativos à saúde3, sendo necessário existir disposição legal ou autorização da CNPD para ser possível o tratamento dos dados de saúde, ou ainda quando o titular dos dados tiver dado o seu consentimento expresso para esse tratamento. Importa também, neste contexto, atentar nas disposições do Capítulo XI do CDOM - "Segredo Médico" - nas quais é afirmado que o sigilo médico é condição essencial ao relacionamento médico-doente, impondo-se em todas as circuns-tâncias dado que resulta de um direito inalienável de todos os doentes, mantendo-se mesmo após a sua morte. Tendo embora o CDOM estabelecido um conjunto restrito de circunstâncias em que é possível a exclusão do dever de segredo médico, o facto é que nenhuma delas se verifica no caso concreto. Feito o enquadramento legal da questão vejamos o que a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), enquanto entidade controladora do cumprimento das dispo-sições legais em matéria da protecção de dados pessoais, tem afirmado sobre o acesso à informação de saúde em poder de serviços de saúde. Na Deliberação nº. 51/2001, confirmada pela Deliberação nº. 72/2006, a CNPD considerou, no que concerne ao direito genérico a dados de saúde, que: a)O artigo 268º nº 2 da Constituição da República dispõe os que os cidadãos têm direito de acesso "aos arquivos e regis-tos administrativos, sem prejuízo do disposto na lei em matérias relativas à intimidade das pessoas"; b)Por sua vez, o artigo 26" nº 1 da CRP reconhece o direito à identidade pessoal e à reservada intimidade da vida priva-da. c)O artigo 18º nº 2 da Constituição da República Portuguesa (CRP) dispõe que a lei só pode restringir os direitos liber-dades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição, devendo as restrições «limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos».

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d)A restrição desses direitos terá que ser feita numa ponderação de interesses conflituantes e através da "avaliação comparativa dos interesses ligados à confidencialidade e á divulgação. e)A circulação da informação deverá obedecer a um princípio de «confidência necessária» em que serão determinantes para definir o "âmbito do segredo" o interesse do doente, a natureza da informação e os reflexos que a sua divulgação traz para a sua privacidade. f)Uma banalização do segredo médico e um acesso generalizado à informação de saúde por parte das seguradoras para além de consubstanciar uma intromissão indevida na esfera privada dos cidadãos gera, necessariamente, uma grande desconfiança em todo o sistema. g)Assim, só em casos muito excecionais o direito à reserva deverá ser sacrificado. A doutrina defende que a obrigação de segredo só não deve ser mantida quando razões superiores àquelas que determinaram a sua criação imponham a revelação dos factos conhecidos durante as relações profissionais”. Quanto ao acesso de dados de saúde pelas companhias de seguros, a CNPD, por via da deliberação 72/2006 foi do en-tendimento que: a)O actual contexto jurídico é igual àquele que se verificava quando a CNPD elaborou a Deliberação 51/2001. b)As normas constitucionais e os diplomas legais em vigor proíbem o acesso das Seguradoras aos dados pessoais de saúde dos titulares segurados já falecidos, sem o consentimento expresso destes para esse efeito. c)Quanto aos familiares, gozam estes de um certo " direito à curiosidade ", o que lhes permite aceder apenas ao relatório da autópsia ou à causa de morte, mas não lhes abre a faculdade de aceder a mais informação de saúde nem a dados pessoais que se encontram na esfera mais íntima do titular falecido. Só em casos concretos em que haja direitos e inte-resses ponderosos, tais como o exercício de direitos por via da responsabilização civil e/ou disciplinar ou penal dos prestadores de cuidados de saúde, e exclusivamente com esta finalidade, podem os familiares aceder aos dados pessoais de saúde dos titulares falecidos. d)No entanto, "não parece haver qualquer fundamento legal, na Lei 67/98, que permita o fornecimento da documenta-ção clínica aos beneficiários de um seguro de vida para, depois, entregarem essa informação à seguradora". e)Em condições de normalidade na execução do contrato de seguro do ramo Vida, os beneficiários das compensações devidas pelos seguros do ramo VIDA, a partir do facto relevante MORTE do segurado, têm, na sua esfera jurídica, um direito subjetivo à compensação. Por sua vez, na esfera jurídica das Seguradoras existe 1 - É o disposto na al. a) do artigo 3º da Lei nº 67/98. 2 - Nos termos da al. b) do artigo 3º tratamento de dados pessoais é qualquer operação ou conjunto de operações sobre dados pessoais, efectuadas com ou sem meios automatizados, tais como a recolha, o registo, a organização, a conserva-ção, a adaptação ou alteração, a recuperação, a consulta, a utilização, a comunicação por transmissão, por difusão ou por qualquer outra forma de colocação à disposição, com comparação ou interconexão, bem como o bloqueio, apaga-mento ou destruição. 3 - Nos termos do nº 1 do artigo 7º do diploma em análise é proibido o tratamento de dados pessoais referentes a con-vicções filosóficas ou políticas, filiação partidária ou sindical, fé religiosa, vida privada e origem racial ou étnica, bem como o tratamento de dados relativos à saúde e à vida sexual, incluindo os dados genéticos. 4 - E o disposto no nº 2 do artigo 7°, nos termos do qual mediante disposição legal ou autorização da CNPD, pode ser permitido o tratamento dos dados referidos no número anterior quando por motivos de interesse público importante esse tratamento for indispensável ao exercício das atribuições legais ou estatutárias do seu responsável, ou quando o titular dos dados tiver dado o seu consentimento expresso para esse tratamento, em ambos os casos com garantias de não dis-criminação e com medidas de segurança previstas no artigo 15º. 5 - Nos termos do disposto no artigo 85º o segredo médico é condição essencial ao relacionamento médico-doente, assenta no interesse moral, social, profissional e ético, que pressupõe e permite uma base de verdade e de mútua confi-ança. 6 - E o disposto no artigo 86.° n.º 1 do CDOM. 7 - Corresponde ao n. 4 do referido artigo 86º do CDOM. 8 - O artigo 88º do CDOM estabelece que: Excluem o dever de segredo médico: a) O consentimento do doente ou, em caso de impedimento, do seu representante legal, quando a revelação não prejudi-que terceiras pessoas com interesse na manutenção do segredo médico; b) O que for absolutamente necessário à defesa da dignidade, da honra e dos legítimos interesses do médico ou do doen-te, não podendo em qualquer destes casos o médico revelar mais do que o necessário, nem o podendo fazer sem prévia autorização do Presidente da Ordem; c) O que revele um nascimento ou um óbito; d) As doenças de declaração obrigatória, uma obrigação de pagar a compensação. f) A posição processual mais onerada de qualquer das partes, seja a das Seguradoras, não pode ser aliviada à custa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

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g) A contracção dos direitos fundamentais à privacidade e à protecção dos dados pessoais dos titulares falecidos não se apresenta como necessária ao não desaparecimento ou inviabilidade da actividade económica das Companhias de Segu-ros na contratação do ramo Vida. h) Não havendo lei com regime habilitante ao acesso aos dados pessoais dos segurados falecidos, as Companhias de Seguros e os familiares destes titulares, para efeitos de pagamento/recebimento de indemnização decorrente da morte do segurado em virtude de contrato de seguro do ramo Vida, só podem aceder aos dados pessoais de saúde dos titulares se estes tiverem dado o seu consentimento informado, livre, específico e expresso para esse acesso, conforme atrás se explicitou. i) O consentimento para o tratamento - acesso - dos dados pessoais deve ser autónomo das restantes cláusulas contratu-ais, mormente quando estas são pré-definidas pelas Companhias de Seguros. j) Os dados pessoais necessários e suficientes para essa finalidade são os que respeitam exclusivamente à origem, cau-sas e evolução da doença que provocou a morte dos titulares segurados. Em conclusão: Para que seja facultada a informação solicitada é necessário que a família demonstre que a autorização de acesso aos elementos clínicos do doente foi por este dada de forma expressa e autónoma. Perante essa informação e a confirmação da dita autorização o clínico deverá remeter o relatório clínico ao médico da própria seguradora. Não havendo o consentimento expresso do titular da informação autorizando o acesso à mesma depois da sua morte, e não existindo na Lei de Protecção de Dados Pessoais ou noutro diploma qualquer preceito que autorize a companhia de seguros, nestas circunstâncias, a aceder à informação clínica em poder dos hospitais ou centros de saúde, não é permiti-da a revelação dos dados de saúde, sob pena de violação das disposições legais sobre confidencialidade e reserva da intimidade da vida privada acima enunciadas, as quais em conjugação com as referidas disposições do CDOM sobre segredo médico necessariamente, a proibição quanto ao acesso à informação. Face ao que fica dito não releva a apreciação da escusa de segredo por parte do Sr. Presidente da Ordem dos Médicos. O Consultor Jurídico Paulo Sancho 2013-10-03» Revista da Ordem dos Médicos 5/10/25013

PPR SUPER PLANO A DA MAPFRE OFERECE TAXA DE 3,8% NO PRI-MEIRO NÃO E 2,5% NOS SEGUINTES A pensar no longo prazo, a Mapfre lançou o PPR Super Plano A. A sugestão é pensar diferente nos produtos financeiros e entrar no risco. O objetivo é obter rendibilidades mais atrativas no longo prazo. A seguradora ga-rante 3,8% no primeiro ano e 2,5% nos seguintes. Depois do Banco Central Europeu ter optado por uma política monetária agressiva, com o corte da taxa de juro de refe-rência para os 0,25%, o mínimo histórico, há que pensar em alternativas para quem investe e para quem poupa. Ao longo destes dias, os bancos têm acertado as suas ofertas a nível dos depósitos a prazo convencionais para valores mais baixos. Os aforradores procuram alternativas de valor. Entre as várias ofertas escolhemos esta semana a terceira série do PPR Super Plano A da seguradora Mapfre. Um pro-duto do ramo Vida, sendo esta uma opção de poupança para quem pretende realizar uma única entrega de capital. A companhia propõe uma remuneração de 3,8% no primeiro ano e 2,5% nos anos seguintes. A seguradora indica como pontos fortes do produto a garantia do reembolso do valor da entrega, deduzido de eventuais reembolsos e transferências parciais efetuados e respetivas comissões; a par de juros acumulados, correspondentes à capitalização das taxas de juro técnicas garantidas até ao momento do reembolso/vencimento; e ainda eventuais partici-pações nos resultados em caso de reembolsos antecipado, morre ou vencimento. Para o investidor no produto segurador há que ter em consideração a reduzida liquidez do mesmo, para além de ter em atenção que os benefícios fiscais existem depois de uma permanência mínima de cinco anos. Há ainda que ter em con-sideração o risco associado aos investimentos. A garantia de reembolso é da companhia. Neste ponto, o subscritor deve olhar para o rating e o histórico da empresa antes de avançar. Campanha Natal V+ O momento é de alternativas. Para quem insiste no DP o Banif aproveita a época natalícia para com a Campanha Natal V+ oferecer a possibilidade de ganhar um iPad Mini, uma Nintendo 3Ds ou um Smartphone Galaxy Fresh. Para aceder à campanha basta escolher o Depósito Natal V+ ou domiciliar uma remuneração mensal no Banif. O Depósito Natal V+ é um depósito a prazo a 18 meses, com uma taxa de juro de 3% (TANB), não mobilizável, com um montante mínimo de constituição de 25 mil euros e pagamento trimestral de juros. As ofertas desta Campanha serão atribuídas em função do montante depositado no Depósito Natal V+, ou pela domiciliação do ordenado ou pensão, durante 18 meses, por trans-ferência bancária, com um montante mínimo líquido de 2.250 euros/mês. A Campanha Natal V+ estará em vigor até ao dia 31 de janeiro de 2014. Depósito Reis Magos

Jornal dos Seguros n.º 639/Ano XII Edição de 25/11/2013

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Outra opção do Banif é o Depósito Reis Magos com uma taxa de juro e oferta de Cabaz de Natal, destinado a todos os clientes particulares maiores de 18 anos. O Depósito Reis Magos é um depósito a prazo a um ano, não renovável, com uma taxa de juro até 3,2% (TANB), para um montante mínimo de 10 mil euros com recurso a novos fundos e que pode-rá ser constituído em várias moedas: euros, dólares americanos ou canadianos ou libras estrelinas. Consoante o montan-te deste Depósito o Banif oferece um Cabaz de Natal. Esta campanha estará em vigor até ao dia 17 de janeiro de 2014. Vida Económica 2013-11-15

JOSÉ LUÍS GONÇALVES - RECUPERAÇÃO Transferido para uma clínica privada Três meses e meio depois da violenta queda nos ensaios do programa 'Dança com as Estrelas' (TVI), José Luís Gonçal-ves deixou o Hospital de Santa Maria, Lisboa - onde esteve internado na sequência de um traumatismo cranioencefálico grave -, e está agora numa clínica privada. O toureiro, de 44 anos, encontra-se a recuperar do acidente mas, de acordo com a irmã Carla Gonçalves, os progressos são lentos. "Diz algumas palavras, mas ainda não tem um discurso normal. O que os médicos nos têm transmitido é que acreditam numa recuperação total, mas não sabem quanto tempo vai demorar", afirma. Os custos da clínica, em Cascais, estão a ser suportados pela seguradora da Endemol - produtora de 'Dança com as Es-trelas'. "Nesse sentido, as coisas correm bem. A seguradora suporta os custos e continuam a acompanhar o caso. O Sr. Luís Cunha Velho [diretor da TVI] visita o meu irmão com frequência", refere Carla. Submetido a três operações Desde que foi internado no Hospital de Santa Maria, José Luís Gonçalves teve de ser três vezes operado. Depois de, numa fase inicial, ter apresentado melhorias, o estado de saúde do toureiro chegou a agravar-se, levando-o ao bloco operatório. Agora, encontra-se estável. Correio da Manhã 2013-11-12

AXA ADQUIRE 51% DA COLOMBIANA COLPATRIA A francesa Axa anunciou a assinatura de um acordo com o grupo Mercantil Colpatria para adquirir a participação de 51% das operações de seguros na Colômbia, denominadas Colpatria Seguros, por um total de 672 mil milhões de pesos colombianos (259 milhões de euros). O grupo AXA informa em comunicado que vai incorporar as operações adquiridas na região do Mediterrâneo e Améri-ca Latina. A Colpatria Seguros ocupa a quarta posição no mercado colombiano (com uma quota de 7%), detendo operações tanto no ramo não-vida como nos de vida e poupança, acrescenta a companhia francesa na nota. A Colpatria lidera os seg-mentos de seguro automóvel obrigatório contra terceiros e seguro de acidentes de trabalho, permitindo que a Axa entre na Colômbia e "alavanque as fortes perspetivas de crescimento através das operações em desenvolvimento e rentáveis de uma joint venture com um parceiro local consolidado". De acordo com a seguradora francesa, o mercado colombiano de seguros é o quinto maior da América Latina, com aproximadamente 8 mil milhões de euros em receitas. A Axa acrescenta que o "crescimento da atividade económica e da classe média impulsionaram o forte desenvolvimento do seguro automóvel obrigatório contra terceiros, os de com-pensação laboral e os seguros de saúde". O segmento de seguros não-vida representa cerca de 50% do mercado, seguido pelo ramo vida. Oje – 2013-11-12