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VOLUME II PROPOSIÇÕES PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGIRS RIO NEGRO - PR RIO NEGRO - PR DEZEMBRO 2008

PGIRS - Prefeitura Municipal de Rio Negro - PRrionegro.pr.gov.br/downloads/documentos/pgrsmunvol02.pdf · 3.8.2 Estrutura de Fiscalização e de ... 3.11.3.4 Equipamentos de Proteção

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VOLUME IIPROPOSIÇÕES

PLANO DE GERENCIAMENTOINTEGRADO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS - PGIRS

RIO NEGRO - PRRIO NEGRO - PR

DEZEMBRO 2008

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SSUUPPEERRVVIISSÃÃOO//CCOOOORRDDEENNAAÇÇÃÃOO PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO Rua Juvenal Pereira Pinto nº 1070, Seminário. CEP: 83.880-000 – RIO NEGRO – PR Fone: (47) 3642-3280 Site: www.rionegro.gestour.com.br e www.prefeiturarionegro.com.br CNPJ: 76.002.641/0001-47 Prefeito Municipal............................................................................................................. Alceu Ricardo Swarowski Supervisão / Coordenação................................................................................................ Eng. Florestal Sidney Hirt

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EEXXEECCUUÇÇÃÃOO ECOTÉCNICA – TECNOLOGIA E CONSULTORIA LTDA. Rua José Fabiano Barcik, 406 Cajuru. CEP: 82.940-050 – Curitiba – Paraná

E-mail: [email protected] Fone/fax: (0*41) 3026-8639 / 3026-8641 / cel.: 8402-9521 CNPJ: 02.610.553/0001-91 CREA/PR: 15.549/F

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EEQQUUIIPPEE TTÉÉCCNNIICCAA Coordenação Geral Arquiteta e Urbanista Esp. Sandra Mayumi Nakamura CREA-PR 33.072/D Coordenação Adjunta Engenheiro Civil Esp. Nilo Aihara CREA-PR 8.040/D Coordenação Técnica Arquiteta e Urbanista Esp. Vanessa Boscaro Fernandes CREA-PR 70.332/D Arquiteta e Urbanista Esp. Débora Rocha Faria Jorge CREA-PR 89.820/d Engenheira Ambiental Lídia Sayoko Tanaka CREA-PR 87.131/D Engenheira Civil Camila Mileke Scucato CREA-PR 96.342/D Engenheira Civil Priscila Koga CREA-PR 98.487/D Zootecnista Milton Kentaro Nakamura CRMV-PR 0568/Z Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Nara Yumi Fujii Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Angelita Feitosa Rodrigues Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Karine Koga Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Érica Naomi Fukunishi

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AAAPPPRRREEESSSEEENNNTTTAAAÇÇÇÃÃÃOOO

Os resíduos sólidos, conhecidos como lixo, são resultantes das atividades do homem e dos animais. Os mesmos são descartados e considerados como imprestáveis e indesejáveis. A sua geração se dá, inicialmente, pelo aproveitamento das matérias-primas, durante a confecção de produtos (primários ou secundários) e no consumo e disposição final. O modo de produção do resíduo e suas características se modificam continuamente como conseqüência do desenvolvimento tecnológico e econômico. Assim, o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos tem que levar em consideração uma estimativa da variação qualitativa e quantitativa do resíduo produzido na cidade. Para a elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Rio Negro realizou-se levantamentos e análises dos diversos tipos de resíduos, do modo de geração, formas de acondicionamento na origem, coleta, transporte, processamento, recuperação e disposição final utilizado atualmente. O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Rio Negro foi elaborado por uma equipe multidisciplinar que realizou levantamentos em campo e considerou os estudos e programas existentes no próprio município. Com base na caracterização do município e a caracterização dos resíduos gerados pela população, estão apresentados neste Plano propostas adequadas à realidade de Rio Negro para promoção do gerenciamento integrado de cada tipo de resíduo.

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SSSUUUMMMÁÁÁRRRIIIOOO

 

1  INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1 2  CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................ 2 

2.1  POLÍTICA DE RESÍDUOS NO ESTADO DO PARANÁ – PROGRAMA DESPERDÍCIO ZERO ................................... 2 2.2  CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ......................................... 4 

3  PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................... 7 3.1  RESÍDUOS DOMÉSTICOS – COLETA CONVENCIONAL .................................................................................. 7 

3.1.1  Setores e Rotas da Coleta Convencional .......................................................................................... 8 3.1.2  Dimensionamento da Freqüência .................................................................................................... 11 3.1.3  Dimensionamento da Frota .............................................................................................................. 12 3.1.4  Dimensionamento da Equipe de Trabalho ....................................................................................... 13 3.1.5  Procedimentos de Controle e Fiscalização ...................................................................................... 13 3.1.6  Destinação Final .............................................................................................................................. 14 

3.1.6.1  Aterro Sanitário ....................................................................................................................... 15 3.1.6.2  Usina de Triagem e Compostagem ......................................................................................... 21 

3.1.7  Resumo das Proposições ................................................................................................................ 30 3.2  MATERIAIS RECICLÁVEIS – COLETA SELETIVA ......................................................................................... 31 

3.2.1.1  Centro de Valorização de Recicláveis ..................................................................................... 32 3.2.2  Setores de Coleta Seletiva ............................................................................................................... 32 3.2.3  Dimensionamento da Freqüência .................................................................................................... 33 3.2.4  Dimensionamento da Equipe de Trabalho ....................................................................................... 35 3.2.5  Procedimentos de Controle e Fiscalização ...................................................................................... 35 3.2.6  Educação Ambiental ........................................................................................................................ 36 

3.2.6.1  Coleta Seletiva em Órgãos e Entidades da Administração Pública ........................................ 37 3.2.7  Carrinheiros ..................................................................................................................................... 38 

3.2.7.1  Campanha ............................................................................................................................... 38 3.2.7.2  Cadastro .................................................................................................................................. 38 3.2.7.3  Capacitação ............................................................................................................................ 39 

3.2.8  Quadro das Proposições.................................................................................................................. 40 3.3  VARRIÇÃO, CAPINA E PODA .................................................................................................................... 41 

3.3.1  Varrição ............................................................................................................................................ 41 3.3.1.1  Dimensionamento da Freqüência ........................................................................................... 42 

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3.3.1.2  Máquinas e Equipamentos ...................................................................................................... 45 3.3.2  Capina e Poda – Coleta Verde ........................................................................................................ 47 

3.3.2.1  Máquinas e Equipamentos ...................................................................................................... 48 3.3.2.2  Destinação Final ...................................................................................................................... 50 

3.3.3  Resumo das Proposições ................................................................................................................ 51 3.4  RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE .......................................................................................................... 51 

3.4.1  Legislação ........................................................................................................................................ 52 3.4.2  Responsabilidades ........................................................................................................................... 52 

3.4.2.1  Responsabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro ........................................................ 52 3.4.2.2  Responsabilidade dos Órgãos Públicos .................................................................................. 53 3.4.2.3  Responsabilidade das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizados ............................. 53 3.4.2.4  Responsabilidade dos Fabricantes ......................................................................................... 53 

3.4.3  Geradores Públicos de RSS ............................................................................................................ 54 3.4.4  Geradores Particulares de RSS ....................................................................................................... 56 3.4.5  Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s ................................................................................. 56 3.4.6  Resumo das Proposições ................................................................................................................ 57 

3.5  RESÍDUOS ESPECIAIS ............................................................................................................................. 58 3.5.1  Legislação ........................................................................................................................................ 58 

3.5.1.1  Federal .................................................................................................................................... 58 3.5.1.2  Estadual .................................................................................................................................. 58 

3.5.2  Responsabilidades ........................................................................................................................... 59 3.5.2.1  Responsabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro ........................................................ 59 3.5.2.2  Responsabilidade das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizados ............................. 60 3.5.2.3  Responsabilidade dos Geradores e Fabricantes .................................................................... 60 

3.5.3  Pilhas e Baterias .............................................................................................................................. 61 3.5.3.1  Legislação ............................................................................................................................... 61 3.5.3.2  Acondicionamento e Armazenamento Temporário ................................................................. 61 3.5.3.3  Coleta ...................................................................................................................................... 66 3.5.3.4  Transporte ............................................................................................................................... 69 3.5.3.5  Destinação Final ...................................................................................................................... 70 

3.5.4  Lâmpadas Fluorescentes ................................................................................................................. 71 3.5.4.1  Legislação ............................................................................................................................... 71 3.5.4.2  Acondicionamento e Armazenamento Temporário ................................................................. 72 3.5.4.3  Coleta ...................................................................................................................................... 75 

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3.5.4.4  Transporte ............................................................................................................................... 76 3.5.4.5  Destinação Final ...................................................................................................................... 76 

3.5.5  Óleos e Graxas ................................................................................................................................ 77 3.5.5.1  Legislação ............................................................................................................................... 77 3.5.5.2  Óleo Vegetal pós-consumo ..................................................................................................... 77 3.5.5.3  Acondicionamento e Armazenamento Temporário ................................................................. 78 3.5.5.4  Coleta ...................................................................................................................................... 79 3.5.5.5  Transporte ............................................................................................................................... 81 3.5.5.6  Destinação Final ...................................................................................................................... 81 

3.5.6  Pneus ............................................................................................................................................... 82 3.5.6.1  Legislação ............................................................................................................................... 82 3.5.6.2  Acondicionamento e Armazenamento Temporário ................................................................. 83 3.5.6.3  Coleta ...................................................................................................................................... 84 3.5.6.4  Transporte ............................................................................................................................... 85 3.5.6.5  Destinação Final ...................................................................................................................... 85 

3.5.7  Embalagens de Agrotóxicos ............................................................................................................ 87 3.5.7.1  Legislação ............................................................................................................................... 87 3.5.7.2  Acondicionamento e Armazenamento Temporário ................................................................. 88 3.5.7.3  Coleta ...................................................................................................................................... 90 3.5.7.4  Transporte ............................................................................................................................... 95 3.5.7.5  Destinação Final ...................................................................................................................... 96 

3.5.8  Radioativos ...................................................................................................................................... 97 3.5.8.1  Acondicionamento e Armazenamento Temporário ................................................................. 97 3.5.8.2  Tratamento .............................................................................................................................. 98 3.5.8.3  Destinação Final ...................................................................................................................... 98 

3.5.9  Relação de Prestadores de Serviços para Resíduos Especiais ...................................................... 98 3.5.10  Resumo das Proposições ............................................................................................................ 99 

3.6  RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ........................................................................................................ 100 3.6.1  Legislação ...................................................................................................................................... 101 

3.6.1.1  Federal .................................................................................................................................. 101 3.6.1.2  Estadual ................................................................................................................................ 102 3.6.1.3  Municipal ............................................................................................................................... 103 

3.6.2  Responsabilidades ......................................................................................................................... 103 3.6.2.1  Responsabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro ...................................................... 103 

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3.6.2.2  Responsabilidade dos Órgãos Públicos ................................................................................ 104 3.6.2.3  Responsabilidade das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizados ........................... 104 3.6.2.4  Responsabilidade dos Geradores e Fabricantes .................................................................. 104 

3.6.3  Coleta e Transporte ....................................................................................................................... 104 3.6.4  Destinação Final ............................................................................................................................ 105 

3.6.4.1  Reutilização dos Entulhos ..................................................................................................... 105 3.6.4.2  Unidade de Reciclagem de Entulhos .................................................................................... 106 

3.6.5  Resumo das Proposições .............................................................................................................. 112 3.7  RESÍDUOS INDUSTRIAIS ........................................................................................................................ 113 

3.7.1  Acondicionamento e Armazenamento Temporário ........................................................................ 114 3.7.2  Tratamento e Destinação Final ...................................................................................................... 114 3.7.3  Resumo das Proposições .............................................................................................................. 115 

3.8  ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ............................................................................................................... 116 3.8.1  Definição da Forma de Gestão para Prestação dos Serviços ....................................................... 116 

3.8.1.1  Administração Direta ............................................................................................................. 116 3.8.1.2  Definição da Forma de Remuneração dos Serviços ............................................................. 117 3.8.1.3  Elaboração de Indicadores Operacionais, de Qualidade e de Produtividade; Avaliação e Monitoramento ........................................................................................................................................ 118 3.8.1.4  Estabelecimento da Sistemática de Acompanhamento e Controle de Custos ...................... 118 

3.8.2  Estrutura de Fiscalização e de Controle ........................................................................................ 119 3.8.2.1  Implantação do Sistema de Fiscalização dos Serviços Prestados ........................................ 119 3.8.2.2  Capacitação da equipe de fiscalização ................................................................................. 120 3.8.2.3  Estabelecimento do Sistema de Fiscalização da População Usuária ................................... 121 

3.8.3  Política de Recursos Humanos ...................................................................................................... 121 3.8.3.1  Concepção e Formulação do Plano de Carreira, Cargos e Salários ..................................... 121 3.8.3.2  Capacitação Profissional e Valorização Humana .................................................................. 122 

3.9  ESTRUTURA LEGISLATIVA ..................................................................................................................... 123 3.9.1  Proposições na Legislação Municipal ............................................................................................ 123 

3.9.1.1  Código de Posturas ............................................................................................................... 123 3.9.1.2  Código Tributário Municipal ................................................................................................... 123 3.9.1.3  Código Ambiental Municipal .................................................................................................. 124 3.9.1.4  Lei de Política Municipal de Resíduos Sólidos ...................................................................... 125 

3.10  IMPACTO FINANCEIRO........................................................................................................................... 126 3.10.1  Cobrança do Serviço de Limpeza Pública ................................................................................. 126 

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3.10.2  Fontes de Recursos Financeiros ............................................................................................... 127 3.11  CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................... 130 

3.11.1  Responsabilidade do Gerador: PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos ....................... 130 3.11.2  Licenciamento Ambiental ........................................................................................................... 132 

3.11.2.1  LP - Licença Prévia ............................................................................................................... 134 3.11.2.2  LI - Licença de Instalação ..................................................................................................... 134 3.11.2.3  LO - Licença de Operação .................................................................................................... 135 

3.11.3  Segurança do Trabalho na Limpeza Pública ............................................................................. 136 3.11.3.1  Principais Causas de Acidentes ............................................................................................ 136 3.11.3.2  Tipos de Acidentes na Limpeza Pública................................................................................ 137 3.11.3.3  Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s ....................................................................... 137 3.11.3.4  Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) .......................................................................... 138 3.11.3.5  Recomendações ................................................................................................................... 139 

3.11.4  Central de Atendimento e Informações ..................................................................................... 140 3.11.5  Síntese das Proposições ........................................................................................................... 140 

4  REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 143 

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LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE FFFIIIGGGUUURRRAAASSS

Figura 1: Consórcios Intermunicipais de Aterros Sanitários .................................................................................... 6 Figura 2: Infra-Estrutura de um Aterro Sanitário. ................................................................................................... 19 Figura 5: Fluxograma de uma Usina de Triagem e Compostagem ....................................................................... 22 Figura 6: Infra-Estrutura de uma Central de Triagem e Compostagem ................................................................. 24 Figura 7: Modelo de uma Central de Triagem e Compostagem ............................................................................ 25 Figura 8: Varredeira Mecânica – Pequeno Porte ................................................................................................... 47 Figura 9: Varredeira Mecânica – Médio Porte ....................................................................................................... 47 Figura 10: Varredeira Mecânica – Grande Porte ................................................................................................... 47 Figura 11: Foice fechada ....................................................................................................................................... 49 Figura 12: Alfanje ................................................................................................................................................... 49 Figura 13: Forcado 3 dentes .................................................................................................................................. 49 Figura 14: Forcado 4 dentes .................................................................................................................................. 49 Figura 15: Roçadeira ............................................................................................................................................. 50 Figura 16: Triturador de Galhos ............................................................................................................................. 50 Figura 17: Fluxograma de manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde .............................................................. 54 Figura 18: Exemplo de manuseio de resíduo potencialmente infectante com utilização de EPI ........................... 57 Figura 19: Estrutura para coleta de pilhas e baterias. ........................................................................................... 63 Figura 20: Saco para resíduo especial. ................................................................................................................. 65 Figura 21: Caixa de coleta para baterias usadas Chumbo-Ácido. ......................................................................... 65 Figura 22: Caixa de coleta para baterias usadas Ni-Cd – Sony. ........................................................................... 65 Figura 23: Caixa de coleta para baterias usadas Ni-Cd – Panasonic. ................................................................... 65 Figura 24: Lixeira para coleta de pilhas e baterias. ............................................................................................... 66 Figura 25: Coletor de parede para pilhas e baterias. ............................................................................................. 66 Figura 26: Folder/cartaz da ABINEE para coleta de baterias veiculares. .............................................................. 69 Figura 27: Estrutura para coleta de lâmpadas fluorescentes. ................................................................................ 73 Figura 28: Caixa de coleta para lâmpadas fluorescente. ....................................................................................... 75 Figura 29: Estrutura para coleta de óleos e graxas. .............................................................................................. 79 Figura 30: Modelo de alerta para as embalagens de óleo e pontos de revenda. .................................................. 80 Figura 31: Logomarca Oficial para alerta para as embalagens de óleo e pontos de revenda. .............................. 81 Figura 32: Estrutura para coleta de pneus. ............................................................................................................ 84 

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Figura 33: Logotipo do programa Rodando Limpo. ............................................................................................... 86 Figura 34: Estrutura para coleta de Agrotóxicos. ................................................................................................... 89 Figura 35: Tríplice lavagem e Lavagem pressão das embalagens de Agrotóxico. ................................................ 90 Figura 36: Postos e unidades regionais ou centrais de recolhimento de embalagens de agrotóxico no Paraná. . 92 Figura 37: Credenciamento na inpEV disponível por meio do site. ....................................................................... 95 Figura 38: Fluxo Logístico das embalagens vazias. .............................................................................................. 96 Figura 40: Representação Esquemática da Estação de reciclagem Oeste - Belo Horizonte .............................. 107 Figura 41: Estação de reciclagem de Entulhos - Belo Horizonte ......................................................................... 107 Figura 42: Croqui de uma Unidade de Reciclagem de entulho ........................................................................... 109 

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LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE TTTAAABBBEEELLLAAASSS

Tabela 1: Ações da Política de Resíduos Sólidos do Paraná/ Programa Desperdício Zero .................................... 3 Tabela 2: Modalidade de Aterro Sanitário ............................................................................................................... 5 Tabela 3: Geração Per Capita dos Resíduos Domésticos em rio negro, entre os anos de 2004 e 2008 ................ 7 Tabela 4: Composição dos Resíduos Sólidos Urbanos de Rio Negro ..................................................................... 7 Tabela 5: Tipos de frequência na semana ............................................................................................................. 11 Tabela 6: Horário de coleta .................................................................................................................................... 11 Tabela 7: Freqüência da Coleta dos Resíduos Domésticos .................................................................................. 12 Tabela 8: Propostas de Destinação Final dos Resíduos Sólidos Urbanos ............................................................ 15 Tabela 9: Requisitos mínimos conforme o Manual de Implantação e Operação de Aterros Sanitários. ............... 15 Tabela 10: Critérios para priorização das áreas para instalação de aterro sanitário (pré-seleção) ....................... 16 Tabela 11: Custo de implantação de um aterro sanitário ...................................................................................... 20 Tabela 12: Custo de operação de um aterro sanitário ........................................................................................... 20 Tabela 24: Equipamentos de uma Central de Triagem e Compostagem .............................................................. 24 Tabela 25: Custo de implantação de uma Usina de Triagem – curto prazo / temporário ...................................... 26 Tabela 26: Custo de operação da Usina de Triagem ............................................................................................ 26 Tabela 27: Custo de implantação de uma Usina de Triagem – médio prazo ........................................................ 27 Tabela 28: Custo de operação da Usina de Triagem ............................................................................................ 27 Tabela 19: Custo de implantação de uma Unidade de Compostagem .................................................................. 27 Tabela 20: Custo de operação de uma Unidade de compostagem: ...................................................................... 28 Tabela 21: Princípios e Objetivos da Educação Ambiental ................................................................................... 29 Tabela 22: Base para fazer Compostagem ........................................................................................................... 30 Tabela 23: Freqüência da Coleta dos Resíduos Recicláveis ................................................................................. 34 Tabela 29: Freqüência de varrição em determinadas áreas .................................................................................. 43 Tabela 30: Itens relevantes para melhoria de eficiência no serviço de Varrição. .................................................. 43 Tabela 31: Tipos de varrição. ................................................................................................................................ 44 Tabela 32: Freqüência da varrição. ....................................................................................................................... 45 Tabela 33: Equipamentos ...................................................................................................................................... 45 Tabela 34: Varredeiras Mecanizadas .................................................................................................................... 46 Tabela 35: Freqüência da Poda e Capina. ............................................................................................................ 48 Tabela 36: Ações para a implantação do PGRSS das Unidades de Saúde Pública ............................................. 54 

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Tabela 37: Modelo de Conteúdo exigido no PGRSS ............................................................................................. 55 Tabela 38: EPI para o Manuseio de Resíduos do Grupo A ................................................................................... 57 Tabela 39: Legislações Federais sobre resíduos especiais. ................................................................................. 58 Tabela 40: Responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos .......................................................................... 60 Tabela 41: Limites estabelecidos para o descarte de pilhas e baterias. ................................................................ 61 Tabela 42: Tabela resumo sobre Pilhas e Baterias. .............................................................................................. 62 Tabela 43: Formas de armazenamento das pilhas e baterias. .............................................................................. 64 Tabela 44: Condições de armazenamento segundo a NBR 12.235. ..................................................................... 64 Tabela 45: Redes técnicas autorizadas de recolhimento de pilhas e baterias. ..................................................... 66 Tabela 46: Sugestões de pontos de devolução de pilhas e baterias na área urbana. ........................................... 67 Tabela 47: Sugestões de pontos de devolução de pilhas e baterias na área rural. ............................................... 68 Tabela 48: Pilhas e baterias destinadas à coleta de resíduo doméstico ............................................................... 71 Tabela 49: Pilhas e baterias destinadas ao recolhimento ...................................................................................... 71 Tabela 50: Tabela resumo sobre Lâmpadas Fluorescentes. ................................................................................. 72 Tabela 51: Formas de armazenamento das lâmpadas fluorescentes. .................................................................. 74 Tabela 52: Condições de armazenamento segundo a NBR 12.235. ..................................................................... 74 Tabela 53: Tabela resumo sobre Óleos e Graxas. ................................................................................................ 78 Tabela 54: Sugestões de pontos de devolução óleos e graxas. ............................................................................ 80 Tabela 55: Prazos e quantidades para coleta e destinação final dos pneus. ........................................................ 82 Tabela 56: Tabela resumo sobre Pneus. ............................................................................................................... 83 Tabela 57: Sugestões de pontos de devolução de pneus. .................................................................................... 84 Tabela 58: Formas de reúso e reciclagem do pneu. .............................................................................................. 86 Tabela 59: Tabela resumo sobre Agrotóxicos. ...................................................................................................... 88 Tabela 60: Unidades de Recebimento por meio do inpEV. ................................................................................... 91 Tabela 61: Endereço das Centrais de Recebimento e Associações no Paraná. ................................................... 92 Tabela 62: Requisitos mínimos para a construção de Unidades de Recebimento. ............................................... 94 Tabela 63: Responsabilidades de cada agente atuante na produção agrícola ..................................................... 97 Tabela 64: Relação de Prestadoras de Serviço ..................................................................................................... 98 Tabela 65: Classificação e disposição final dos resíduos de construção civil. .................................................... 101 Tabela 66: Formas de Reuso dos Resíduos da Construção Civil ....................................................................... 105 Tabela 67: Exemplo de unidades de reciclagem de entulho e custos. ................................................................ 111 Tabela 68: Custo de implantação de uma pequena unidade de reciclagem de resíduos da construção civil ..... 111 Tabela 69: custo de operação da pequena unidade de reciclagem de resíduos da construção civil .................. 111 Tabela 70: Fonte de Financiamento – BID Banco Interamericano de Desenvolvimento ..................................... 127 

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Tabela 71: Fonte de Financiamento – Banco Mundial ......................................................................................... 127 Tabela 72: Fonte de Financiamento – BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social ........... 128 Tabela 73: Fonte de Financiamento – Caixa Econômica Federal ....................................................................... 128 Tabela 74: Fonte de Financiamento – FUNASA Fundação Nacional de Saúde .................................................. 129 Tabela 75: Fonte de Financiamento – FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente .............................................. 129 Tabela 76: Fonte de Financiamento – SEDU PARANACIDADE ......................................................................... 129 Tabela 77: Fonte de Financiamento – BRDE Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul ................. 130 Tabela 78: Responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos sólidos ............................................................ 130 Tabela 79: Diretrizes gerais para a elaboração do PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ...... 131 Tabela 80: Atividades Potencialmente impactantes. ........................................................................................... 132 Tabela 81: Tipologias de atividades potencialmente impactantes ....................................................................... 132 Tabela 82: Modalidades avaliadas pelo IAP referentes ao licenciamento ambiental .......................................... 133 Tabela 83: EPI para o Manuseio e a coleta de Resíduos domésticos ................................................................. 138 

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LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE GGGRRRÁÁÁFFFIIICCCOOOSSS

Gráfico 1: Destino do Resíduo coletado no Estado do Paraná – 2000 .................................................................... 2 

LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE MMMAAAPPPAAASSS

Mapa 1: Proposta – Setores de Coleta de Resíduos Domésticos ......................................................................... 10 Mapa 2: Estudo locacional para implantação do Aterro Sanitário em Rio Negro .................................................. 18 

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LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE QQQUUUAAADDDRRROOOSSS

Quadro 1: Propostas para o gerenciamento dos resíduos domésticos e comerciais ............................................ 30 Quadro 2: Propostas para o gerenciamento dos materiais recicláveis .................................................................. 40 Quadro 4: Propostas para o gerenciamento dos resíduos de varrição, poda e capina ......................................... 51 Quadro 5: Propostas para o gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde ................................................... 57 Quadro 6: Propostas para o gerenciamento dos resíduos especiais .................................................................... 99 Quadro 7: Propostas para o gerenciamento dos resíduos de construção civil .................................................... 112 Quadro 8: Propostas para o gerenciamento dos resíduos industriais ................................................................. 115 Quadro 9: Estrutura administrativa organizacional da secretaria de agricultura e meio ambiente ...................... 121 Quadro 10: Propostas para o gerenciamento dos resíduos domésticos e comerciais ........................................ 140 Quadro 11: Propostas para o gerenciamento dos materiais recicláveis .............................................................. 141 Quadro 12: Propostas para o gerenciamento dos resíduos de varrição, poda e capina ..................................... 141 Quadro 13: Propostas para o gerenciamento dos resíduos especiais ................................................................ 142 Quadro 14: Propostas para o gerenciamento dos resíduos de construção civil .................................................. 142 Quadro 15: Propostas para o gerenciamento dos resíduos industriais ............................................................... 142 

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111 IIINNNTTTRRROOODDDUUUÇÇÇÃÃÃOOO

O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos constitui-se essencialmente em um documento que visa à administração integrada dos resíduos por meio de um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento. O PGIRS leva em consideração aspectos referente à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos, priorizando atender requisitos ambientais e de saúde pública. Além da administração integrada dos resíduos, o PGIRS tem como base a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos gerados no município. Com relação à responsabilidade dos resíduos gerados, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº. 6.938/81) estabelece o princípio do “poluidor-pagador”, onde cada gerador é responsável pelo manuseio e destinação final do seu resíduo gerado. Sendo a responsabilidade do Poder Público Municipal a fiscalização do gerenciamento dos resíduos gerados por meio do seu órgão de controle ambiental. No Paraná, a Lei Estadual nº. 12.493/99 estabelece que as atividades geradoras de resíduos sólidos, de qualquer natureza, são responsáveis pelo seu gerenciamento (desde o acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, disposição final), pelo passivo ambiental oriundo da desativação de sua fonte geradora, bem como pela recuperação de áreas degradadas. A mesma Lei considera como responsabilidade das Prefeituras Municipais o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, bem como os de Limpeza Pública Urbana. O Programa Desperdício Zero, criado pelo Governo do Estado do Paraná, apresenta a Política Estadual de Resíduos, cuja principal meta é a “eliminação de 100% dos lixões no Estado do Paraná e a redução de 30% dos resíduos gerados, através da convocação de toda sociedade, objetivando: mudança de atitude, hábitos de consumo, combate ao desperdício, incentiva a reutilização, reaproveitamento dos materiais potencialmente recicláveis através da reciclagem." (SEMA, 2003). O Programa Desperdício Zero também aborda que aspectos fundamentais como acondicionamento, coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos urbanos, ligados diretamente ao saneamento ambiental, devem ser implementados para a obtenção de resultados positivos em termos de saúde pública e qualidade de vida por meio do Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos. Dentro deste enfoque o município de Rio Negro contratou a elaboração do PGIRS - Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos com o objetivo de estabelecer ações integradas e diretrizes quanto aos aspectos ambientais, sociais, econômicos, legais, administrativos e técnicos, para todas as fases da geração e dos geradores de resíduos sólidos.

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222 CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAAÇÇÇÕÕÕEEESSS GGGEEERRRAAAIIISSS

22..11 PPoollííttiiccaa ddee RReessíídduuooss nnoo EEssttaaddoo ddoo PPaarraannáá –– PPrrooggrraammaa

DDeessppeerrddíícciioo ZZeerroo

O Programa Desperdício Zero, realizado pelo Governo Estadual em 2003, estabeleceu a Política de Resíduos no Estado do Paraná. O Paraná possuía, em 2007, uma população extimada de 10.284.503 habitantes, onde 7.786.084 hab. são população urbana e, conforme a Política, a geração de resíduos urbanos é de aproximadamente 8.000 toneladas por dia (incluindo os resíduos de construção civil). Quanto o percentual de coleta, dados da Pesquisa Nacional de Saneamento (IBGE, 2000) mostram que 86% dos domicílios no Paraná apresentam algum tipo de coleta, sendo 82% do resíduo coletado por serviço de limpeza, 12% queimado na propriedade, e demais conforme demonstra o Gráfico 1 abaixo. Quanto à disposição final, conforme a SUDERHSA, atualmente 65% dos 399 municípios paranaenses dispõem seus resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários.

GRÁFICO 1: DESTINO DO RESÍDUO COLETADO NO ESTADO DO PARANÁ – 2000

82%

2%

12%2%

2%0%

0%

Coletado por serviço de limpezaColetado em caçamba de serviço de limpezaQueimado (na propriedade)Enterrado (na propriedade)Jogado em terreno baldio ou logradouroJogado em rio, lago ou marOutro destino

Fonte: IBGE, 2007.

Apesar do elevado percentual de coleta, muitos municípios ainda não possuem destino final adequado para os resíduos. A Política Estadual de Resíduos visa eliminar 100% dos lixões no estado e reduzir 30% dos resíduos gerados por meio da chamada de toda sociedade, incentivando a mudança de atitude e hábitos de consumo, combate ao desperdício, incentivos a reutilização e reciclagem. Outro item importante apontado pelo Programa refere-se que “para bem atuar sobre os problemas dos resíduos

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sólidos é necessário que, além da formulação da sua política, eles estejam alicerçados num programa de abordagem sistêmica, que contemplem ações que possibilitem a sua efetiva implementação no contexto da realidade do Estado, com a participação efetiva do município.” (SEMA, 2003, p. 11). Na Tabela 1 uma listagem mostra as principais ações a serem implementadas, conforme a Política de Resíduos Sólidos do Estado do Paraná – Programa Desperdício Zero:

TABELA 1: AÇÕES DA POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO PARANÁ/ PROGRAMA DESPERDÍCIO ZERO N° AÇÕES

01. Estimular o estabelecimento de parcerias entre o Poder Público, setor produtivo e a sociedade civil, através de iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável.

02. Implementar a gestão diferenciada para resíduos domésticos, comerciais, rurais, industriais, construção civil, de estabelecimentos de saúde, podas e similares e especiais.

03. Estimular a destinação final adequada dos resíduos sólidos urbanos de forma compatível com a saúde pública e conservação do meio ambiente.

04. Implementar programas de educação ambiental, em especial os relativos a padrões sustentáveis de consumo.

05. Adotar soluções regionais no encaminhamento de alternativas ao acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos.

06. Estimular a pesquisa, desenvolvimento, a apropriação, a adaptação, o aperfeiçoamento e o uso efetivo de tecnologias adequadas ao gerenciamento integrado de resíduos sólidos.

07. Capacitar gestores ambientais, envolvidos em atividades relacionadas no gerenciamento integrado dos resíduos sólidos.

08. Instalar grupos de trabalhos permanentes para acompanhamento sistemático das ações, projetos, regulamentações na área de resíduos.

09. Estimular, desenvolver e implementar programas municipais relativos ao gerenciamento integrado de resíduos. 10. Licenciar, fiscalizar e monitorar a destinação adequada dos resíduos sólidos, de acordo com as competências legais. 11. Promover a recuperação do passivo ambiental, oriundos da disposição inadequada dos resíduos sólidos.

12. Preservar a qualidade dos recursos hídricos pelo controle efetivo e pelo levantamento periódico dos descartes de resíduos em áreas de preservação ambiental.

13. Estimular a implantação de unidades de tratamento e destinação final de resíduos industriais.

14. Estimular o uso, reúso e reciclagem, com a implantação de Unidades, visando o reaproveitamento dos resíduos inertes da construção civil.

15. Estimular a implantação de programas de coleta seletiva e reciclagem, com o incentivo a segregação integral de resíduos sólidos na fonte geradora.

16. Estimular ações relacionadas aos resíduos gerados nas zonas rurais, priorizando o destino das embalagens vazias de agrotóxicos e a suinocultura.

Fonte: SEMA, 2003, p.13

É importante observar que ao adotar medidas para o Gerenciamento Municipal Integrado dos Resíduos Sólidos, é necessário ao Município visar à compatibilidade com políticas e programas do Estado, com respaldo nas legislações federais e estaduais existentes, adequando as condicionantes específicas do município por meio das legislações municipais. Outro ponto muito importante, é que mesmo com a necessidade de adequações e atualizações constantes dos Programas Socioambientais, os Municípios devem atrelar tais Programas às Campanhas de Educação Ambiental Continuada. Essa medida resolve a deficiência do acondicionamento e descarte inadequados por

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meio da mudança de comportamento da população. Contudo sabe-se que Campanhas de Educação Ambiental são medidas que alcançam resultados em longo prazo. Devido a isso é imprescindível que as Campanhas sejam contínuas, reforçadas e atualizadas em determinados períodos de tempo, acostumando a população com as simbologias e o hábito de acondicionamento e descarte adequados para a coleta.

22..22 CCoonnssóórrcciioo IInntteerrmmuunniicciippaall ppaarraa GGeessttããoo ddee RReessíídduuooss SSóólliiddooss

UUrrbbaannooss

Os Consórcios, segundo Lima (2002), constituem instrumentos que promovem a cooperação entre os governos municipais e objetiva resolver problemas buscando programar ações de interesse comum, isso é realizado por meio da articulação e racionalização dos recursos. Partindo desse contexto, no momento em que os limites territoriais deixam de predominar, o Consórcio Intermunicipal opera como uma unidade territorial, mantendo a autonomia administrativa, envolvendo todos os Municípios interessados para buscar e realizar os fins a que se propõe o Consórcio, contribuindo de forma financeira e legal de cada ente integrante deste instrumento. Segundo a Política de Resíduos no Estado do Paraná, “dentre as técnicas apresentadas para destinação final dos resíduos, a tecnologia mais econômica e que vem de encontro à Legislação e a realidade da situação sócio-econômica dos municípios paranaenses é a forma de aterro sanitário, sendo esta, a técnica mais recomendada atualmente no país.” Neste contexto, conforme afirma a SUDERHSA (2007), os aterros sanitários são apenas uma das iniciativas que contribuem para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, cujo êxito pode ser potencializado por meio da implantação conjunta de programas de reciclagem e compostagem. O Governo do Paraná, através da SUDERHSA, realiza convênios com os municípios a fim de desenvolver ações para contribuir na melhoria ambiental e sanitária da destinação adequada de resíduos sólidos, objetivando principalmente a eliminação de lixões existentes. Conforme informa o site da SUDERHSA, a atuação da Superintendência no Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos tem como principais atividades:

Coordenação e Supervisão da execução de projetos e obras de Aterros Sanitários; Coordenação e Supervisão dos estudos referentes à implantação dos Consórcios Intermunicipais de

Aterros Sanitários (CIAS), objetivando a melhoria da gestão dos RSU no Estado do Paraná; Coordenação e Supervisão do Gerenciamento de RSU no projeto Operação Viva o Verão; Coordenação e Supervisão do Programa Estadual de Recolhimento de Embalagens Vazias de

Agrotóxicos. Os projetos de aterros sanitários em desenvolvimento deverão levar em consideração a legislação técnica e ambiental vigentes, como a Resolução conjunta nº. 01/2006 SEMA/IAP/SUDERHSA que estabelece requisitos,

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critérios técnicos e procedimentos para seleção de áreas destinadas a implantação de Aterros Sanitários, elaboração do projeto executivo e operação do aterro, visando à proteção e conservação do solo e das águas subterrâneas. Com base nesta Resolução, as modalidades de aterros sanitários para implantação no Estado do Paraná são as seguintes:

TABELA 2: MODALIDADE DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO SANITÁRIO REQUISITOS

Modalidade Valas de Pequenas Dimensões Para solo argiloso e população urbana até 10.000 habitantes.

Modalidade de Trincheiras Para solo argiloso e população urbana de 10.001 até 30.000 habitantes ou solo arenoso e população urbana de 0 até 30.000 habitantes.

Modalidade de Células Para solo argiloso e população urbana acima de 30.001 habitantes Fonte: SUDERHSA, 2007.

Conforme análise realizada pela SUDERHSA, os municípios paranaenses com potencial para formação de Consórcios Intermunicipais para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e implantação de aterros estão distribuídos segundo o mapa representado na Figura 1, onde as manchas vermelhas representam consórcios com população entre 50.000 e 70.000 habitantes e as manchas azuis representam consórcios com população acima de 70.000 habitantes.

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FIGURA 1: CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS DE ATERROS SANITÁRIOS Fonte: SUDERHSA, 2007.

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333 PPPLLLAAANNNOOO DDDEEE GGGEEERRREEENNNCCCIIIAAAMMMEEENNNTTTOOO IIINNNTTTEEEGGGRRRAAADDDOOO DDDOOOSSS RRREEESSSÍÍÍDDDUUUOOOSSS SSSÓÓÓLLLIIIDDDOOOSSS

33..11 RReessíídduuooss DDoommééssttiiccooss –– CCoolleettaa CCoonnvveenncciioonnaall

A partir do cruzamento do conjunto de informações obtidas no diagnóstico do PGIRS (população urbana e rural; taxa de crescimento da população; características ambientais do município; caracterização física, estimativa da geração, composição dos resíduos sólidos coletados, entre outros, realizaram-se diversas análises e estudos para a avaliação e adequação dos setores e rotas de coleta, dimensionamento da frota, definição de turnos e equipes. Conforme pode ser visto no diagnóstico do PGIRS de Rio Negro, o município apresenta uma população urbana estimada em 30.985 habitantes para o ano de 2008, cerca de 90% da população total do município. Quanto à estimativa da geração de resíduos, o município apresentou uma média de geração em torno de 300 ton/mês de resíduos sólidos, ou seja, uma geração aproximada de 10 ton/dia resultando num per capita equivalente a 0,33 kg/hab.dia aproximadamente.

TABELA 3: GERAÇÃO PER CAPITA DOS RESÍDUOS DOMÉSTICOS EM RIO NEGRO, ENTRE OS ANOS DE 2004 E 2008

Ano População Urbana (hab)

Coleta Doméstica média (Kg/mês)

Coleta Doméstica (Kg/dia)

Per Capita (Kg/hab.dia)

2004 29.939 246.879,1 8.229,30 0,27 2005 30.210 253.913,3 8.463,77 0,28 2006 30.480 268.650 8.955 0,29 2007 29.862 294.178,2 9.805,93 0,33 2008 30.985 303.148,8 10.104,96 0,33

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

Os trabalhos de amostragem realizados a partir da caracterização dos resíduos domésticos coletados em Rio Negro apresentaram a seguinte composição do resíduo:

TABELA 4: COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE RIO NEGRO RESÍDUO PERCENTUAL (%)

RECICLÁVEL 20 % REJEITO 20 % MATERIA ORGÂNICA 60 % Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

Todos esses indicadores são fundamentais para direcionar no planejamento e gerenciamento integrado dos resíduos de todo o sistema de Limpeza Pública, principalmente no momento do dimensionamento de instalações e equipamentos (CEMPRE, 2000).

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3.1.1 Setores e Rotas da Coleta Convencional

Com base nos dados apresentados no Relatório de Diagnóstico, observou-se que, a coleta dos resíduos domésticos tem sido realizada com eficiência, não existindo reclamações por parte da população sobre pontos de acúmulo de resíduos. Na realização da coleta é utilizado apenas um caminhão por turno, o qual pode ser utilizado no turno seguinte, caso ainda tenha espaço disponível. Mediante esta situação, conclui-se que o sistema apresenta folga na operação, já que a capacidade do caminhão é a condicionante para a definição das áreas de coleta. As rotas percorridas foram definidas de acordo com a geração dos resíduos, sendo coletados de acordo com a demanda. O planejamento da coleta doméstica deve ser revisto a fim de compatibilizar a estrutura existente com a demanda e qualidade do serviço. Este planejamento consiste em agrupar informações sobre as condições de saúde pública, as possibilidades financeiras do Município, as características físicas do município e os hábitos da população, para então discutir a maneira de tratar tais fatores e definir os métodos que forem julgados mais adequados. Entre os levantamentos a serem executados, destacam-se: → As características topográficas e o sistema viário urbano. Registrados em mapas, deverão caracterizar o tipo de pavimentação das vias, declividade, sentido e intensidade de tráfego; → A definição das zonas de ocupação da cidade. As áreas delimitadas em mapas deverão indicar os usos predominantes, concentrações comerciais, setores industriais, áreas de difícil acesso e/ou de baixa renda;

• Os dados sobre população total, urbana, quantidade média de moradores por residência e, caso houver, o número expressivo de moradores temporários;

• A geração e a composição do lixo;

• Os costumes da população, onde deverão ser destacados os mercados e feiras livres, exposições permanentes ou em certas épocas do ano, festas religiosas e locais preferidos para a prática do lazer;

• A disposição final do lixo; Após estes levantamentos, a proposta é a definição de setores e a mudança na freqüência da Coleta Convencional. Estas medidas têm como principal finalidade equilibrar a quantidade de resíduos coletados nos bairros com as distâncias das rotas percorridas pelos caminhões compactadores, melhorando o tempo/quilometragem. Assim, a população em geral, que na sua maioria só tem a coleta convencional duas vezes por semana, passará a ter menos tempo de armazenamento dos resíduos dentro do domicílio já que a freqüência de coleta aumentaria para pelo menos 3 vezes por semana.

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No estudo da definição dos setores de coletas, e posteriormente das rotas a serem seguidas pelo caminhão compactador, deverá ser considerada a minimização de manobras e eliminação dos percursos mortos (sem coleta) desnecessários, reduzindo desta forma o tempo e quilometragens excessivas. É importante mencionar que a priorização do melhor percurso bem como da rota mais segura para a equipe de coleta, nem sempre implica no menor trajeto. Portanto, em alguns trechos, o caminhão necessitará transitar por locais onde não há lixeiras/residências, ora priorizando a segurança do trabalho, ora priorizando o percurso mais adequado. No caso de ruas estreitas a coleta deve ser realizada pelos coletores a pé, de preferência utilizando as Lixeiras Comunitárias. No caso das ruas íngremes, a coleta deverá ser realizada por meio de manobras do caminhão em marcha-a-ré ou pelos coletores a pé. Tendo em vista que o peso do caminhão intensifica a dificuldade de coleta nos locais íngremes, na elaboração das rotas, deverá ser dada prioridade aos lugares íngremes no início da coleta. Estas medidas apesar de em parte aumentar o desgaste dos funcionários, evitam riscos e acidentes de trabalho diminuindo ainda conflitos com o trânsito local. É importante lembrar que os roteiros são processos dinâmicos, e precisam de reavaliações constantes durante as fases de implantação e operação, no mínimo num intervalo de três meses, a fim de verificar e monitorar a adesão, praticabilidade e melhora da eficiência. Na seqüência é apresentado o mapa com estudo preliminar dos setores a serem percorridas pelo veículo de coleta em cada setor. A definição oficial deve ser feita após discussão entre a Prefeitura Municipal, a população e a empresa que executa o serviço. Quanto ao horário de coleta, a proposta para a área central, contemplada seis vezes por semana, é a mudança de turno, passando de diurna para noturna, preferencialmente após as 19hrs. Esta medida visa evitar o trafego do caminhão compactador na região central no horário comercial. Assim, ao final do expediente comercial, o lixo depositado é imediatamente coletado, evitando também a circulação da população juntamente com o lixo. Juntamente com as proposições anteriormente descritas, a fim de facilitar a coleta domestica e comercial, a Prefeitura deve disponibilizar locais corretos para a disposição do lixo, que facilitem a remoção dos resíduos, bem como fazer um trabalho com a população, no sentido de informar os dias e horários preestabelecidos para coleta.

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3.1.2 Dimensionamento da Freqüência

A freqüência de coleta é o número de vezes na semana em que é feita a remoção do resíduo num determinado local da cidade. Dentre alguns fatores que influenciam são: tipo e quantidade de resíduo gerado, condições físico-ambientais (clima, topografia, etc.), limite necessário ao armazenamento dos sacos de lixo, entre outros.

TABELA 5: TIPOS DE FREQUÊNCIA NA SEMANA FREQÜÊNCIA OBSERVAÇÕES

Diária (exceto domingo) Ideal para o usuário, principalmente no que diz respeito à saúde pública. O usuário não precisa guardar o lixo por mais de um dia.

Três vezes O mínimo admissível sob o ponto de vista sanitário, para países de clima tropical. Duas vezes O mínimo admissível sob o ponto de vista sanitário, para países de clima tropical. Fonte: WEBRESOL, 2008.

Quanto ao horário da coleta uma regra fundamental para definição do horário de coleta consiste em evitar ao máximo perturbar a população. Para decidir se a coleta será diurna ou noturna é preciso avaliar as vantagens e desvantagens com as condicionantes do município, conforme demonstra a tabela a seguir:

TABELA 6: HORÁRIO DE COLETA HORÁRIO VANTAGENS DESVANTAGENS

Diurno Possibilita melhor fiscalização do serviço Mais econômica

Interfere muitas vezes no trânsito de veículos Maior desgaste dos trabalhadores em regiões de climas quentes, com a conseqüente redução de produtividade

Noturno

Indicada para áreas comerciais e turísticas Não interfere no trânsito em áreas de tráfego muito intenso durante o dia O resíduo não fica à vista das pessoas durante o dia

Causa incômodo pelo excesso de ruído provocado pela manipulação dos recipientes de lixo e pelos veículos coletores Dificulta a fiscalização Aumenta o custo de mão-de-obra (há um adicional pelo trabalho noturno)

Fonte: WEBRESOL, 2008.

Para definir a freqüência de coleta em cada setor, deve-se levar em consideração: densidade populacional da área; tipos de recipientes (lixeiras) utilizados pela população no acondicionamento dos sacos de lixo; mão-de-obra utilizada; condições e acessos existentes. Juntamente com estas condicionantes, é necessário ponderar a geração total média que é, atualmente, de aproximadamente 10,0 ton/dia, com os totais da coleta em todos os setores, obtidos por meio do quarteamento, e todos com freqüência alternada. A cada equipe ou guarnição de coleta (o motorista e os coletores) cabe a responsabilidade pela execução do serviço de coleta nas determinadas freqüências e setores da cidade. Operacionalmente cada setor corresponde a um roteiro de coleta, isto é, o itinerário de uma jornada normal de trabalho por onde trafega o veículo coletor para que os coletores possam efetuar a remoção dos sacos de lixo.

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Neste contexto, propõe-se que a coleta dos resíduos domésticos altere somente os dias da semana do Setor 04, ficando da seguinte forma (Tabela 7):

TABELA 7: FREQÜÊNCIA DA COLETA DOS RESÍDUOS DOMÉSTICOS

SETOR TURNO DIAS DA SEMANA

2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado

01 Vespertino x x x x x x

02 Manhã x x x Tarde

03 Manhã Tarde x x x

04 Manhã Tarde x x x

05 Manhã x x x Tarde

06 Manhã x x x Tarde

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

Nas ruas com trânsito de maior intensidade a coleta deve começar em um dos lados da via pública e depois serem recolhidos os recipientes do outro lado.

3.1.3 Dimensionamento da Frota

Conforme descrito no diagnóstico da situação atual dos serviços, atualmente a coleta dos resíduos domésticos é realizada por 01 (um) caminhão coletor do tipo compactador. A coleta atende diariamente a área urbana, e a cada quinze dias a zona rural. Conforme verificado em campo, as coletas não apresentam extrapolações quanto à capacidade máxima do caminhão coletor (capacidade máxima de 15 m3) demonstrando que não há uma situação crítica em relação à necessidade de aumento da frota. No processo licitatório nº 003/2007, o Município solicitou “03 (três) caminhões, modelo para 17 (dezessete)

toneladas, equipados com compactador de lixo de carregamento traseiro, capacidade mínima de 15 m3, sendo

01 (um) para reserva. A idade admitida para os veículos será igual ou inferior a 3 (três) anos”. Entende-se que, provavelmente, com o aumento da freqüência de coleta os dois caminhões solicitados para a coleta convencional serão utilizados em alguns dias, e isto não mudará em nada o contrato entre a Prefeitura e a empresa Serrana, já que o numero de caminhões foi previamente solicitado.

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3.1.4 Dimensionamento da Equipe de Trabalho

A Equipe de Trabalho ou Guarnição da Coleta de Resíduos Domésticos pode ser considerada como o conjunto de trabalhadores lotados num veículo coletor, envolvidos na atividade de coleta dos resíduos. Existe uma variação no número de componentes da guarnição de coleta, dependendo da velocidade que se pretende imprimir na atividade. A guarnição comumente é composta por três coletores e o 'puxador', que vai à frente juntando os sacos de resíduo para facilitar o serviço. Na coleta de resíduos domésticos de Rio Negro, por meio de contrato com a Prefeitura Municipal, a equipe de trabalho ou guarnição é organizada pela própria empresa terceirizada SERRANA, composta por:

1 (um) motorista 3 (três) coletores

Os uniformes da guarnição também são fornecidos pela empresa SERRANA. Recomenda-se que se mantenha a uniformização da equipe e o vestuário utilizado é composto por: calça, blusão, borzeguim e boné. Lembrando que o uso dos EPI’s é de uso obrigatório conforme pode ser verificado em item anterior deste Plano, ficando a responsabilidade da própria empresa terceirizada em munir a guarnição com os equipamentos de proteção devidamente adequados, além de realizar treinamentos regularmente, onde cabe a Prefeitura em certificar e fiscalizar a realização adequada dos treinamentos. É recomendável também que este treinamento seja realizado no início da implantação do PGIRS com atualização a cada seis meses. No caso de um funcionário novo ou remanejado, deverá ser previsto um treinamento rápido abrangendo questões como: direção defensiva, segurança no trabalho, primeiros socorros, etc.

3.1.5 Procedimentos de Controle e Fiscalização

Para o momento, sugere-se a adoção de controle como apresentado abaixo: Peso do resíduo sólido coletado por setor; Distribuição e verificação dos serviços por horários e freqüências; Otimização do trajeto e horários de transferência visando à minimização dos problemas de trânsito; Quantitativo e tipo dos veículos e equipamentos envolvidos; Condições da frota utilizada (idade e estado geral); Condição de estanqueidade dos veículos quanto ao chorume armazenado nas bacias de carga; Condições de segurança no transporte dos coletores (garis) no caminhão de coleta; Adequação da frota aos padrões de emissão de fumaça negra e de ruídos; Produtividade da frota coletora; Padrão de qualidade dos serviços; Controle de absenteísmo;

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Condições de trabalho dos empregados (higiene e segurança do trabalho); Quantidade e capacitação profissional do pessoal empregado; Aferição do volume de serviços extraordinários/emergenciais; Quilometragem produtiva e improdutiva da frota; Consumo de combustíveis/lubrificantes; Manutenção dos veículos e equipamentos (sistemáticas e custos); Estado de conservação/limpeza da frota; Vida útil de pneus e câmaras; Uniformes e EPI's; Pontos críticos (locais de lançamento freqüente de resíduos pela população).

Alguns destes itens devem ser acompanhados e conhecidos apenas para determinação dos parâmetros das planilhas que formam os preços de coleta.

3.1.6 Destinação Final

O crescimento populacional e as transformações no desenvolvimento da cidade acarretam diretamente na mudança qualitativa e quantitativa de geração dos resíduos per capita. Tal situação implica necessariamente em atualizações do gerenciamento dos resíduos sólidos, podendo apresentar variações de custos, na quantidade e qualidade de resíduos gerados, inclusive na diminuição das áreas potenciais adequadas para a disposição final. Para maximizar a vida útil dos aterros sanitários, alternativas como redução na fonte, reutilização e reciclagem dos materiais recicláveis são ações que contribuem para reduzir a extração de recursos naturais. Entretanto, sabe-se que a implantação bem sucedida de um programa de coleta seletiva depende de um nível de conscientização da população que envolve desde a conscientização, mudança de comportamento e aspectos culturais, considerado, portanto uma medida que apresenta resultados a longo prazo. Devido a isso, Centro de Valorização de Recicláveis surge como uma alternativa eficiente para um resultado imediato/ curto ou médio prazo. A decisão da Prefeitura em terceirizar a destinação dos resíduos domésticos e comerciais resolveu a questão da disposição no lixão, situação anterior à contratação da SERRANA. Contudo, é necessário antever situações futuras e prepar o município para contemplar um novo aterro sanitário, caso o contrato com a SERRANA não se renove, ou na ocasião do esgotamento do aterro atualmente utilizado pela empresa. Na seqüência, a Tabela 8 demonstra as principais propostas para destinação final no município, posteriormente melhor detalhadas no Plano.

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TABELA 8: PROPOSTAS DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Destinação Final Aterro de Sanitário/ Rejeitos Privado ou Aterro Municipal de Rejeitos Rio Negro ou Usina de Triagem e compostagem com rejeito em aterro sanitário Unidade de Reciclagem de Resíduo de Construção Civil Fonte: ECOTECNICA, 2008

3.1.6.1 Aterro Sanitário

É um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo, particularmente, resíduo doméstico que fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, permite a confinação segura em termos de controle de poluição ambiental, proteção à saúde pública; ou, forma de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, através de confinamento em camadas cobertas com material inerte, geralmente, solo, de acordo com normas operacionais específicas, e de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais (CEMPRE, 2000). No Paraná, a Resolução Conjunta nº. 01/2006 SEMA/IAP/SUDERHSA estabelece requisitos, critérios técnicos e procedimentos para seleção de áreas destinadas a implantação de Aterros Sanitários, elaboração do projeto executivo e operação do aterro, visando à proteção e conservação do solo e das águas subterrâneas. Constituindo-se num manual para implantação de aterros sanitários em valas de pequenas dimensões, trincheiras e em células. Conforme esta Resolução, Aterro Sanitário “é uma técnica para a viabilização da disposição de resíduos sólidos urbanos, sem causar danos à saúde pública e a sua segurança minimizando os impactos ambientais, técnica esta que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos na menor área possível e reduzi-los ao menos volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou intervalos menores, se necessário”. A tabela a seguir demonstra alguns requisitos mínimos segundo o tipo de solo e número de habitantes.

TABELA 9: REQUISITOS MÍNIMOS CONFORME O MANUAL DE IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS. SOLO HABITANTES MODELO

Solo Argiloso

Municípios com população urbana de até 10.000 habitantes* Valas de Pequenas Dimensões.

Municípios com população urbana acima de 10.001 habitantes*

Aterro Sanitário em Trincheiras, impermeabilizado com Geomembrana.

Municípios com população urbana de até 30.001 habitantes*

Aterro Sanitário em Células, impermeabilizado com Geomembrana.

Solo Arenoso

Municípios com população urbana de até 30.000 habitantes*

O Aterro Sanitário em Trincheiras, impermeabilizado com Geomembrana.

Municípios com população urbana acima de 30.001 habitantes*

Aterro Sanitário em Trincheiras, impermeabilizado com Geomembrana.

Fonte: Resolução Conjunta nº. 01/2006 SEMA/IAP/SUDERHSA

* Conforme dados do último censo do IBGE.

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OBS.: Todos os Aterros Sanitários executados em trincheiras, após a conclusão de sua vida útil, deverão ser adequados para operarem em sistemas de células, na mesma área, minimizando o custo de aquisição de nova área, eliminando os impactos ambientais em outras áreas. Essa adequação deverá ser licenciada pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

Art. 7º Os Aterros Sanitários projetados para atendimento de população acima de 30.001 habitantes, em sistemas de células, devem contemplar plano de aproveitamento dos efluentes gasosos.

Conforme o Art. 4º da mesma Resolução, a projeção do aterro deverá ser para “uma vida útil de no mínimo 10 (dez) anos, devendo-se, paralelamente, viabilizar a implantação e aprimoramento do programa de Coleta Seletiva Municipal visando o aumento considerável da vida útil desta área, bem como, incentivo total de parcerias a Associações e/ou Cooperativas de Agentes Ambientais de Coleta Seletiva (catadores), focando sua inserção social através de projetos sócio-ambiental-econômicos”. A resolução complementa que para o licenciamento ambiental ou renovação da licença deverá ser apresentado o PGIRS – Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos com a contemplação de projetos sócio-ambiental-econômicos voltados aos Agentes Ambientais de Coleta Seletiva (catadores). Outro requisito da Resolução Conjunta, segundo o Art. 5º é referente ao Efluente Final gerado, onde “deverá ser adotado, independentemente do sistema de tratamento proposto, processo de recirculação de 100 (cem) por cento do efluente gerado para a massa de resíduo já existente, mantendo-se um sistema em circuito fechado”.

3.1.6.1.1 Estudo Locacional

A escolha de uma área para instalação de um Aterro Sanitário é um estudo que envolve uma série de análises, já que é uma atividade onde pode trazer transtornos à vizinhança e que, do ponto de vista ambiental, implica em medidas específicas para a sua implantação, portanto, sendo sujeito a estudos sobre a sua viabilidade. Na tabela a seguir podem ser observados alguns critérios mínimos na escolha da área.

TABELA 10: CRITÉRIOS PARA PRIORIZAÇÃO DAS ÁREAS PARA INSTALAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO (PRÉ-SELEÇÃO) DADOS NECESSÁRIOS ADEQUADA POSSÍVEL NÃO-RECOMENDADA

VIDA ÚTIL Maio que 10 anos Menor que 10 anos (a critério do órgão ambiental) DISTÂNCIA DO CENTRO ATENDIDO 5-20 km Menor que 5 km

Maior que 20 km

ZONEAMENTO AMBIENTAL Áreas se restrições no zoneamento ambiental Unidade de conservação ambiental e correlata

ZONEAMENTO URBANO Vetor de crescimento mínimo

Vetor de crescimento intermediário Vetor de crescimento principal

DENSIDADE POPULACIONAL Baixa Média Alta USO E OCUPAÇÃO DAS TERRAS Áreas devolutas ou pouco utilizadas Ocupação Intensa

VALOR DA TERRA Baixo Médio Alto ACEITAÇÃO DA POPULAÇÃO E DE ENTIDADES AMBIENTAIS NÃO GOVERNAMENTAIS

Boa Razoável Oposição severa

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DADOS NECESSÁRIOS ADEQUADA POSSÍVEL NÃO-RECOMENDADA DECLIVIDADE DO TERRENO (%) 3 ≤ declividade ≤ 20 20 ≤ declividade ≤ 30 Declividade < 3 ou declividade > 30

DISTÂNCIA AOS CURSOS D’ÁGUA (CÓRREGOS NASCENTES, ETC.).

Maior que 200m Menor que 200m, com aprovação do órgão ambiental responsável.

Fonte: CEMPRE, 2000

No caso de Rio Negro, como já exposto no Volume I deste Plano, a antiga área utilizada como lixão, atualmente desativada, será passível de recuperação após a aprovação do Projeto de Recuperação da Área do Lixão de Rio Negro. Após a recuperação da área, não aconselha-se implantar neste local um aterro sanitário, tendo em vista os problemas ambientais. Considerando que a terceirização dos serviços de limpeza urbana tem estimativa de aproximadamente 15 anos, tempo de vida útil restante do aterro sanitário em uso, propõe-se que o municipio tenha alternativas para a destinação dos resíduos, sem depender exclusivamente de outros. Por isto, é necessário apontar locais onde futuramente possam ser utilizados para a implantação de um aterro sanitário. ÁREAS ESCOLHIDAS As áreas escolhidas como alternativas para implantação de aterro sanitário dentro do municipio de Rio Negro, foram apontadas segundo os critérios de localização, acessos e geologia, conforme Mapa 2 a seguir. Primeiramente, as áreas indicadas localizam-se 5 km livre dos núcleos urbanos do município, além de possuirem vias de acesso, sendo estas municipais principais ou secundárias. As três áreas assinaladas fazem parte da bacia do Rio Passa Três, portanto, não representando risco para o rio negro, o qual é o manancial de captação de água bruta do Município. Como a região é composta por vários rios secundários, é preciso observar as faixas de preservação de manancial, embora as áreas não estejam dentro de áreas de proteção permanente. A geologia local é identificada como PCI, a qual se caracteriza por associação de rochas sedimentares, predominante em todo município. Quando a decisão de implantação do aterro for tomada, um estudo geotécnico detalhado será pertinente para avaliar se o solo do local escolhido comporta este tipo de empreendimento.

É importante considerar que a situação que está sendo trabalha tem horizonte de 15 a 20 anos. Portanto, na ocasião será necessário contemplar na legislação municipal a implantação do aterro dentro do município, já que a revisão do Plano Diretor em 2007 não previu este tipo de empreendimento no municipio. Atualmente, as áreas alternativas encontram-se em Área de Atividade Agrossilvipastoril I (AAA I), a qual não permite atividades que envolvam resíduos sólidos urbanos.

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3.1.6.1.2 Infra-Estrutura

De acordo com BARROS (1995), aterro sanitário consiste em uma técnica da compactação dos resíduos no solo, dispondo-os em camadas que são periodicamente cobertas com terra ou outro material inerte, formando células, de modo a se ter uma alternância entre os resíduos e o material de cobertura. A Figura 2 a seguir ilustra a infra-estrutura de um Aterro Sanitário.

FIGURA 2: INFRA-ESTRUTURA DE UM ATERRO SANITÁRIO. Fonte: ENGEPASA, 2007.

Um aterro sanitário exige cuidados e técnicas específicas, que visam inclusive ao uso futuro da área, e que incluem a seleção e o preparo da área, sua operação e monitoramento. Contém necessariamente:

Instalações de apoio; Sistema de drenagem de águas pluviais; Sistema de coleta e tratamento de líquidos percolados e de drenagem de gases, formados a partir da

decomposição da matéria orgânica presente no resíduo; Impermeabilização lateral e inferior, de modo a evitar a contaminação do solo e lençol freático.

A quantidade de resíduos depositada é controlada na entrada do aterro através de balança. Deverá ser proibido o acesso de pessoas estranhas no local. Os gases liberados durante a decomposição podem ser captados e serem queimados como sistema de purificação de ar ou ainda utilizados como fonte de energia (aterros energéticos).

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3.1.6.1.3 Distância Limite ao Centro de Massa de Geração de Resíduos

Conforme a Resolução Conjunta nº. 01/2006 SEMA/IAP/SUDERHSA como critério ambiental para escolha da área, é necessário que a atividade apresente os seguintes requisitos:

Fora da área de influência direta do manancial de abastecimento; 200m distante de rios e nascentes do perímetro da área; 1.500m de distancia de núcleos populacionais, a partir do perímetro da área; Deve ser observada a profundidade do nível freático e tipologia do solo; 300m de distância do perímetro da área de residências isoladas.

No estudo de viabilidade para instalação de um Aterro Sanitário no município, considerou-se como o centro de massa de geração de resíduos sólidos, para este estudo, a porção central urbanizada do Município de Rio Negro.

3.1.6.1.4 Estudo de Viabilidade Financeira

O custo estimado para a implantação de um aterro sanitário é apresentado na Tabela 11 abaixo:

TABELA 11: CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO DISCRIMINAÇÃO Custo Total (R$)

Mobilização 5.000,00 Serviços preliminares 12.000,00 Proteção da área 20.000,00 Proteção do solo 1.000,00 Movimentação de solos 3.000,00 Acessos 3.600,00 Sistema de drenagem pluvial 10.000,00 Sistema de Drenagem de chorume 20.500,00 Sistema de recirculação de chorume 5.000,00 Sistema de drenagem de gases 3.000,00 Monitoramento ambiental 4.320,00 Infra-estrutura administrativa 87.000,00 TOTAL 164.000,00 *O valor do trator de esteira não foi computado neste custo, podendo ser disponibilizado o equipamento pela prefeitura. Nota: Considerado per capita igual a 0,50 kg/ hab.dia Peso específico do resíduo compactado 0,80 t /m3. Material de cobertura 15% do volume total do aterro. População média de 30.000 hab, Fonte: ECOTÉCNICA, 2008. Para a operação de um aterro sanitário, o custo mensal é apresentado na Tabela 12 abaixo:

TABELA 12: CUSTO DE OPERAÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO DISCRIMINAÇÃO Custo Unitário

(R$) Custo mensal

(R$) Recurso humano Quantidade Administrativo 03 1.200,00 3.600,00 Supervisor* 02 2.200,00 4.400,00

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DISCRIMINAÇÃO Custo Unitário (R$)

Custo mensal (R$) Recurso humano Quantidade

Operador de balança* 01 1.000,00 1.000,00 Segurança* 01 800,00 800,00 Operador de trator esteira* 01 1.000,00 1.000,00 Outros 2.400,00 Energia elétrica, Água, Material Administrativo, Manutenção (material de limpeza, telefone e outros). 1.000,00

EPI’s 10 30,00 300,00 TOTAL 14.400,00

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

* levando em conta que serão realizados 01 turno

3.1.6.1.5 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL

O Projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), em Aterros Sanitários, tem por objetivo a busca de alternativas de tecnologias limpas (não-poluidoras) para a captação e utilização, por exemplo, para geração de energia, reduzindo as emissões dos Gases do Efeito Estufa (GEE) na atmosfera. É objetivo primordial a comercialização de créditos de carbono para os países desenvolvidos que necessitam se enquadrar nos termos do Protocolo de Quioto (1997). Este Protocolo estabeleceu metas para aqueles países, de reduzir os GEEs em torno de 5% no período entre 2008 e 2012. Assim, a alternativa de um aterro sanitário próprio, se torna interessante à aplicação de um projeto de MDL. O projeto é uma forte contribuição ao desenvolvimento sustentável, pois além de reduzir os gases poluidores viabiliza tornar o Aterro uma fonte de energia renovável. E ainda, através do MDL poderá ser vendida essa redução dos GEE a países que necessitem se enquadrar nos termos do protocolo de Quioto, trazendo rendas e benefícios ao município.

3.1.6.2 Usina de Triagem e Compostagem

Os materiais coletados precisam de uma seleção minuciosa antes de ser encaminhada às indústrias de reciclagem ou sucateiros, tarefa desempenhada pelas centrais de triagem1. Analisando o município, a implantação da Usina de Triagem junto a Usina de Compostagem e o Aterro Sanitário contribuirá para a redução das distâncias percorridas e, conseqüentemente, o custo da coleta. Entretanto, esta opção só será viável quando os programas de separação de recicláveis estiver consolidado, uma vez que a implantação da Usina de Triagem não deverá substituir a separação domiciliar. Com a adesão da população à campanha de separação de recicláveis, a tendência é que o volume de reciláveis aumente, e o destino destes continuará sendo o Centro de

1 Os termos mais adequados a este tipo de instalação são unidades ou centrais de triagem, e não usinas, para facilitar a distinção entre aquelas, que recebem materiais pré-selecionados e coletados seletivamente, dos locais que recebem lixo propriamente dito, exigindo mais maquinário.

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Valorização de Recicláveis. A Usina de Triagem só se encarregará dos recicláveis que forem misturados com o lixo doméstico. A Usina de Triagem poderá ser dotada de trituradores para vidros, re-selecionados por cor (verde, âmbar e branco), e de prensas para papéis, plásticos e latas. Também poderão ser instalados lavadores para o pré-beneficiamento de plásticos, apesar da lavagem dos recicláveis ser geralmente de responsabilidade do comprador, sucateiro ou indústria. Será interessante a parceria com sucateiros ou a própria indústria interessada na reciclagem de determinado material, ceder equipamentos para o beneficiamento dos recicláveis, já que a redução no volume destes materiais reduz as despesas com seu transporte.

FIGURA 3: FLUXOGRAMA DE UMA USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM Fonte: IGUAÇUMEC, 2007

Na Usina de Triagem também deverão ser re-selecionados aqueles materiais que não são recuperáveis ou recicláveis, como isopor, couro, tecidos, fitas adesivas, espelhos, vidro plano, lâmpadas, celofane, madeira, cerâmica, peças mistas, etc., descartados indevidamente, e resíduos orgânicos, coletivamente denominados rejeitos. Estes materiais serão posteriormente levados ao aterro sanitário. Outro equipamento que deverá compor a Usina de Triagem é uma esteira de catação mecanizada, contudo a triagem dos materiais propriamente dita é feita manualmente.

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Em relação aos recursos humanos será necessária a contratação de novos funcionários e a designação de um supervisor na Usina de Triagem. Alternativamente pode-se optar por “terceirizar” a triagem e o beneficiamento dos materiais, através de parcerias com diversas entidades, tal como a associação ou cooperativa de carrinheiros. Estas parcerias propiciam, inclusive, a reintegração social de pessoas que estavam relativamente marginalizadas, resgatando nelas o sentido de dignidade. Considerando que o rendimento da triagem, ou a produtividade funcionário/hora, varia de acordo com a capacidade física dos envolvidos, cabe a cada programa avaliar as vantagens e limitações deste tipo de terceirização.

3.1.6.2.1 Estudo Locacional

A implantação da Usina de Triagem e Compostagem só será viável caso o municipio venha a decidir por implementar um aterro sanitário dentro dos limites municipais. Faz-se necessário lembrar que, devido às questões de custos de área, distância de transporte dos resíduos e eficiência do tratamento de resíduos, indica-se que a área potencial seja utilizada para instalação de um sistema acoplado de Unidade de Compostagem e Central de Triagem próximo ao Aterro Sanitário. Na ocasião, a legislação municipal deverá ser revista, prevendo a compatibilidade desta atividade com a lei de zoneamento.

3.1.6.2.2 Infra-Estrutura

No planejamento da infra-estrutura para coleta e triagem é fundamental lembrar que a quantidade de resíduo gerado vem aumentando por pessoa, basicamente em decorrência do fortalecimento no poder aquisitivo da população. Isto significa que uma estrutura adequada para coleta e triagem num município que atende hoje 100% de sua população, pode, muito em breve, ser insuficiente mesmo que esta população e a abrangência do

serviço de coleta não aumentem. Em Porto Alegre, a produção de resíduo vem crescendo 5% ao ano. Em Curitiba, a coleta (de resíduo, como um todo) envolvia 40 caminhões em 1995, passando a exigir 51 caminhões em 1997 (CEMPRE, 1997). Daí, novamente, a importância de um programa de coleta seletiva também discutir mecanismos para incentivar a redução na produção de resíduos.

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FIGURA 4: INFRA-ESTRUTURA DE UMA CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM Fonte: IGUAÇUMEC, 2007 (modificado).

TABELA 13: EQUIPAMENTOS DE UMA CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM Nº. EQUIPAMENTO UTM - 05 UTM - 10 01 Moega de Alimentação 1,1 m³ 15 m³ 02 Rastelo Manual 01 pç. 01 pç. 03 Esteira de Triagem de Materiais 07 m 10 m 04 Contêiner 10 pç. 16 pç. 05 Carrinho porta-conteiner 02 pç. 02 pç. 06 Sistema de Trituração - 01 cj. 07 Carrinho de distribuição 250L - 01 pç. 08 Cobertura Metálica * 04 pç. 04 pç. 09 Prensa enfardadeira p/ papel * 104 m² 120 m² 10 Prensa enfardadeira p/ lata * 01 pç. 01pç 11 Peneira rotativa * 01 pç. 01 pç.

Fonte: IGUAÇUMEC, 2007 (modificado).

* Equipamentos Opcionais

As centrais de triagem, além de abrigar os equipamentos e mão-de-obra mencionada, devem destinar uma área ao armazenamento dos materiais selecionados, considerando que muitos compradores exigem, para retirada, cargas mínimas de duas a três toneladas de recicláveis – no caso do vidro, como já citado, 10 toneladas. Devem contar, ainda, com instalações sanitárias adequadas e equipamentos de segurança (como extintores de incêndio) e de proteção individual (como máscaras e luvas) para todos os triadores.

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FIGURA 5: MODELO DE UMA CENTRAL DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM Fonte: IGUAÇUMEC, 2007

Sugere-se que na legislação municipal sejam incluídos os seguintes itens:

Que a presença de crianças em espaços utilizados para separação, armazenamento, comercialização e beneficiamento de resíduos sejam proibidos, casos em que se incluem associações e cooperativa de catadores, depósitos e usinas de reciclagem.

Que os catadores sejam proibidos de retirar das indústrias, comércio ou qualquer outro gerador, resíduos classificados como perigosos.

Que o armazenamento de resíduos nas residências seja proibido. Sugere-se a realização de um levantamento dos depósitos existentes em Rio Negro, para obtenção dos seguintes dados:

Número e localização Se a região onde estão localizados permite a presença destes estabelecimentos; Se estão regulares, inclusive, com alvará de funcionamento; Se recebem material de catadores e quanto pagam; E se fornecem moradia e carrinho para catadores e em que condições;

Com base nas informações levantadas, elaborar um plano de ação visando a regularização dos mesmos, bem como o respeito às normas ambientais e sociais. Para finalizar, sugere-se uma fiscalização efetiva e permanente para garantir o cumprimento da legislação, bem como das proposições sugeridas.

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3.1.6.2.3 Estudo de Viabilidade Financeira

Analisando a quantidade potencial de materiais recicláveis no município de Rio Negro, seria interessante uma Usina de Triagem com 460 m² de área coberta, onde seriam instalados os equipamentos para enfardamento e acondicionamento dos recicláveis por categoria. Para a implantação de uma Usina de Triagem foram estimados dois custos: um que se refere em curto prazo/ temporário (imediato) e outro em médio prazo (18 meses). As Tabela 14 apresenta os custos estimados relativos à implantação de uma Usina de Triagem. E a Tabela 15 seus respectivos custos de operação:

TABELA 14: CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA USINA DE TRIAGEM – CURTO PRAZO / TEMPORÁRIO USINA DE TRIAGEM (20 m x 23 m) 460 m² Discriminação Unidade Quantidade Custo Unitário (R$) Custo Total (R$) Licenciamento Ambiental gb 01 10.000,00 10.000,00 Obras civis gb 1,00 10.000,00 10.000,00 Esteira de catação mecanizada un 1,00 26.200,00 26.200,00 Montagem eletromecânica dos equipamentos gb 1,00 8.000,00 8.000,00 Prensa hidráulica para papel, papelão, plástico e PET un 1,00 15.000,00 15.000,00

Prensa hidráulica para latas e alumínios un 1,00 15.000,00 15.000,00 Containeres (100 litros) un 24,00 100,00 2.400,00 Container (5000 litros) un 2,00 2.000,00 4.000,00 Carrinho porta-container un 6,00 350,00 2.100,00 Balança un 2,00 1.000,00 2.000,00

TOTAL 94.700,00 Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

TABELA 15: CUSTO DE OPERAÇÃO DA USINA DE TRIAGEM DISCRIMINAÇÃO Custo Unitário (R$) Custo mensal

(R$) Recurso humano* Quantidade Administrativo 02 1.200,00 2.400,00 Operador de máquina 02 1.000,00 2.000,00 Supervisor 02 2.200,00 4.400,00 Catador 20 475,00 9.500,00 Outros 6.686,40 Aluguel 2.000,00 Energia elétrica, Água, Material Administrativo, Manutenção (material de limpeza, telefone e outros) 4.000,00

EPI’s 24 28,60 686,40 TOTAL 24.986,40

* levando em conta que serão realizados 02 turnos

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

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As Tabela 16 abaixo, apresenta os custos estimados relativos à implantação de uma Central de Triagem em médio prazo. E a Tabela 17 seus respectivos custos de operação:

TABELA 16: CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA USINA DE TRIAGEM – MÉDIO PRAZO USINA DE TRIAGEM (20 m x 23 m) 460 m²

Discriminação Unidade Quantidade Custo Unitário (R$) Custo Total (R$) Licenciamento Ambiental gb 01 10.000,00 10.000,00 Terreno m2 25.000,00 6,00 150.000,00 Barracão pré-fabricado m2 460,00 350,00 161.000,00 Obras civis gb 1,00 60.000,00 60.000,00 Esteira de catação mecanizada un 1,00 26.200,00 26.200,00 Montagem eletromecânica dos equipamentos gb 1,00 8.000,00 8.000,00 Prensa hidráulica para papel, papelão, plástico e PET un 2,00 15.000,00 30.000,00

Prensa hidráulica para latas e alumínios un 1,00 15.000,00 15.000,00 Triturador para vidros un 1,00 10.000,00 10.000,00 Containeres (100 litros) un 24,00 100,00 2.400,00 Container (5000 litros) un 2,00 2.000,00 4.000,00 Carrinho porta-container un 6,00 350,00 2.100,00 Balança un 2,00 1.000,00 2.000,00 Lavadora para pré-beneficiamento de plástico* un 1,00 20.000,00 20.000,00 Execução da rede elétrica de alimentação da Central gb 1,00 20.000,00 20.000,00

TOTAL 520.700,00 Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

TABELA 17: CUSTO DE OPERAÇÃO DA USINA DE TRIAGEM DISCRIMINAÇÃO Custo Unitário (R$) Custo mensal (R$) Recurso humano* Quantidade Administrativo 02 1.200,00 2.400,00 Operador de máquina 02 1.000,00 2.000,00 Supervisor 02 2.200,00 4.400,00 Catador 20 475,00 9.500,00 Outros 1.186,40 Energia elétrica, Água, Material Administrativo, Manutenção (material de limpeza, telefone e outros) 5.000,00

EPI’s 24 28,60 686,40 TOTAL 23.986,40

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

* levando em conta que serão realizados 02 turnos

3.1.6.2.4 Estudo de Viabilidade Financeira

Para uma Unidade de Compostagem, o custo estimado de implantação é apresentado na Tabela 18 abaixo:

TABELA 18: CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE COMPOSTAGEM

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DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE CUSTO UNITÁRIO (R$)

CUSTO TOTAL (R$)

Estrutura metálica de cobertura da unidade m2 350,00 200,00 70.000,00

Obras civis gb 1,00 20.000,00 20.000,00 Balança rodoviária 30 t un 1,00 60.000,00 60.000,00 Moinho triturador para resíduo un 1,00 10.000,00 10.000,00 Retroescavadeira un 1,00 * Pás un 6,00 100,00 600,00 Embaladora de sacos un 2,00 5.000,00 5.000,00 Peneira rotativa un 1,00 15.000,00 15.000,00 Balança gb 1,00 1.000,00 1.000,00 Drenagem gb 1,00 20.000,00 20.000,00 Caçamba (5m3) un 4,00 5.000,00 20.000,00 Caminhão poliguindaste un 1,00 150.000,00 150.000,00

TOTAL 211.600,00 *O valor da retroescavadeira não foi computada neste custo, podendo ser disponibilizado o equipamento da prefeitura.

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

Para a operação de uma Unidade de compostagem, o custo estimado mensal é apresentado na abaixo:

TABELA 19: CUSTO DE OPERAÇÃO DE UMA UNIDADE DE COMPOSTAGEM: DISCRIMINAÇÃO Custo Unitário (R$) Custo mensal (R$) Recurso humano Quantidade

Operador da retroescavadeira 01 1.000,00 1.000,00 Motorista de caminhão 01 800,00 800,00 servente 03 475,00 1.425,00 EPI’s 04 28,60 114,40

TOTAL 3.339,00 Obs.: Unidade operando em conjunto com a Central de Triagem

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

3.1.6.2.5 Educação Ambiental

Conforme a Lei Federal n° 9.795, de 27 de abril de 1999 que dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental, entende-se por educação ambiental os processos por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A mesma Lei afirma que a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. A tabela a seguir demonstra os princípios e objetivos da Educação Ambiental conforme a Lei Federal nº. 9.795/99.

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TABELA 20: PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Princípios básicos da Educação Ambiental Objetivos fundamentais da Educação Ambiental

I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.

I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II – a garantia de democratização das informações ambientais; III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; IV – o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V – o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; VI – o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; VII – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.

Fonte: Lei Federal nº. 9.795/99

A fim de vingar o Programa de Educação Ambiental recomenda-se que o programa tenha abordagem e linguagem específicas para os diversos agentes integrantes:

Tomadores de decisão de entidades públicas e privadas (políticos, executivos, secretários e dirigentes). Servidores e funcionários de entidades públicas e privadas Professores de todos os níveis e modalidades de ensino Educadores/animadores/editores ambientais Técnicos extensionistas, agentes comunitários, etc. Grupos sociais em condições de vulnerabilidade ambiental (catadores) Estudantes e Voluntários População em geral

Em primeiro lugar, deve ser realizada a chamada para a formação e capacitação de todos agentes responsáveis pela execução e realização dos Programas de Educação Ambiental no município, a fim de canalizar os objetivos e metas do programa evitando a difusão de fundamentos diferentes. Programas como Feira Orgânica e Horta Orgânica e outras iniciativas, podem ser associadas a Programas de Compostagem Caseira/ Rural e Merenda Orgânica orientando a população dos benefícios das atividades e consumo desses produtos. Programas como estes devem ser contínuos, pois são excelentes veículos de comunicação com a população para promoção, por meio da Educação Ambiental, da sensibilização da população referente a diversos assuntos

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que podem ser abordados durante o evento, como a problemática dos resíduos, a importância e benefícios da compostagem, desenvolvimento sustentável, consumo consciente, saúde publica, etc. Como exemplo de aplicabilidade da Compostagem Caseira/ Rural, a seguir alguns sites bastante explicativos que servem como respaldo para elaboração de um bom manual.

TABELA 21: BASE PARA FAZER COMPOSTAGEM NOME DO SITE SITE

A Horta da Formiga http://www.hortadaformiga.com/compostagem.cfm Como tudo Funciona http://casa.hsw.uol.com.br/compostagem.htm Uso da Compostagem em Sistemas Agrícolas Orgânicos http://www.cnpat.embrapa.br/publica/pub/SerDoc/doc_89.pdf Fonte: ECOTÉCNICA, 2008

3.1.7 Resumo das Proposições

O Quadro 1 a seguir, apresenta as principais propostas referentes ao adequado gerenciamento dos Resíduos Domésticos e Comerciais.

QUADRO 1: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DOMÉSTICOS E COMERCIAIS Definição de setores de Coleta Depois de analisar as informações características físicas do município, condições financeiras e os hábitos da população (geração de resíduos), a Prefeitura juntamente com a empresa contratada para limpeza urbana deve dividir o município em setores de coleta, afim de otimizar a operação do sistema de coleta, com a diminuição dos percursos e adequação das rotas; Aumento da Freqüência de Coleta de Resíduos Domésticos e Comerciais O aumento de freqüência de coleta nas áreas onde atualmente são coletadas duas vezes por semana, para pelo menos três vezes. Esta medida visa o melhor aproveitamento da estrutura de coleta (caminhão e funcionários), atrelado à diminuição do tempo de armazenamento dos resíduos dentro dos domicílios. Mudança de horário de coleta na área central Mudança de turno da coleta na área central, passando de diurna para noturna, preferencialmente após as 19hrs, a fim de evitar o tráfego do caminhão compactador no horário comercial além do convívio da população com o lixo a ser coletado. Campanha para divulgação Para informar a população sobre as alterações na coleta de resíduos domésticos, uma campanha de divulgação deverá ser realizada pela Prefeitura Municipal e a SERRANA (ou empresa responsável). Os moradores das localidades onde ocorrerá os ajustamentos das novas freqüências deverão receber um comunicado oficial e um material (ex: um imã de geladeira) com as informações sobre os dias e horários de coleta. Escolha de área para implantação de aterro sanitário em Rio Negro Como medida de precaução, é necessário deixar uma área pré-estabelecida para a implantação de um aterro sanitário dentro do município de Rio Negro, caso o contrato com a SERRANA não seja renovado, ou na ocasião do esgotamento do aterro utilizado por esta empresa. Usina de Triagem e Compostagem O sistema de compostagem de residuos juntamente com o processo de triagem é uma alternativa de reduzir em até 50% o volume dos residuos destinados ao aterro, gerando economia nos custos de destinação final além de poder reverter renda, já que a fração orgânica pode ser vendida como adubo. Apresentação do PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

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Exigência da apresentação do PGRS para novos empreendimentos como: Indústrias em geral, Supermercados e mercados, Estabelecimentos de Ensino, Portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários, Empreendimentos particulares prestadores de Serviço de Saúde e Hospitalar, Empreendimentos geradores de resíduos agrícolas, resíduos da construção civil e resíduos Especiais (pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, óleos e graxas, pneus). Busca de Parcerias Busca de parceria para obtenção de fomento e recursos a fim de dar um respaldo às campanhas e iniciativas da Prefeitura. Como por exemplo, parcerias para obtenção de Lixeiras Urbanas para instalar nos locais de maior movimento; “Latões Lixeiras” para serem instalados em frente a grandes geradores como supermercados e mercearias, etc. Código Ambiental e/ou de Posturas Inserir no Código Ambiental (se elaborado) e/ou Posturas que em todas as moradias localizadas nos setores centrais do muinicípio, cujo volume de geração do resíduo é maior, apresentem lixeiras na frente de suas casas a fim de que os sacos de lixo fiquem fora do alcance de animais, preservando a saúde pública. Nos setores mais afastados a população poderá utilizar as lixeiras comunitárias. Alternativa de destinação final Para o município, até a renovação ou licitação, o Aterro de Mafra ou outro particular poderá ser utilizado para destinação final dos resíduos domésticos. Porém é fundamental a realização de estudos o qual tem por objetivo a busca de novas alternativas de destinação final dos resíduos, seja a construção de um aterro sanitário ou a busca de novas tecnologias para o tratamento dos resíduos (incineração, plasma, etc.), obtendo no mínimo o Licenciamento Ambiental Prévio. Indicadores Buscar e implantar um sistema de Indicadores Operacionais, de Qualidade e de Produtividade objetivando o aprimoramento de Pesquisas, bem como da Avaliação e Monitoramento dos Serviços de Limpeza Pública Fiscalização Melhoria da fiscalização ambiental na questão do manejo, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos, com objetivo de diminuir os conflitos. Em vistas de inconformidades, deverá ser estabelecido prazo para adequação destas e um alerta sujeito à multa em caso de não cumprimento das obrigações. Em caso de não regularização poderá resultar em suspensão da coleta até que sejam obedecidas as normas contidas nas leis municipais. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

33..22 MMaatteerriiaaiiss RReecciicclláávveeiiss –– CCoolleettaa SSeelleettiivvaa

O cenário atual da coleta dos materiais recicláveis se resume a pequenas iniciativas domésticas de separação destes resíduos, os quais são coletados por carrinheiros ou quando são em grande quantidade, as coletas são solicitadas por telefone, e realizadas pelo caminhão da Fundir ou Associação de Catadores. Onde não há separação, os recicláveis vão misturados com os resíduos sólidos, e destinados ao aterro sanitário. Conforme diagnosticado anteriormente, o material reciclável corresponde à aproximadamente 50% da composição do lixo depositado no aterro. A primeira estratégia para a destinação correta dos resíduos recicláveis é a implementação de campanhas de separação de recicláveis. Com isto, será possivel obter estes residuos separados dos residuos sólidos orgânicos e rejeitos diretamente na fonte. Isto facilita a correta destinação dos recicláveis, além de diminuir o volume de residuo depositado no aterro. A coleta dos recicláveis deverá ser feita com caminhão especifico, cabendo a execução à Prefeitura ou à empresa terceizada. Os recicláveis coletados devem ser encaminhados para o barracão da ACMRRN. Com isto,

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a função dos catadores se transformaria, ao invés de coletarem os recicláveis de casa em casa, passariam a trabalhar na classificação, separação, pesagem, enfardamento, prensagem e armazenamento dentro do Centro de Valorização de Recicláveis. Os carrinheiros passarão a ser funcionários da ACMRRN, a qual através de sistema de cooperativa, os remuneraria com valor fixo + porcentagem de participação no valor de arrecadado com a venda dos residuos recicláveis. O Centro de Valorização de Recicláveis inicialmente funcionará no barracão da ACMRRN, e posteriormente, com o sucesso do programa, em área a ser definida. O ideal é que esta área seja dentro do perímetro urbano, por questões de acesso e facilidade na mobilidade do romaneio dos materiais. A Lei Municipal n° 1767/2007 de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, permite a implantação dos usos Industrias tipo 3 (Reciclágem de Plástico, de Sucatas Metálicas, não Metálicas e Resíduos Texteis) e Comércio e Serviço Geral (Serviços e coleta de lixo) no Setor Especial de Serviços 2. É necessário ressaltar que a sobreposição de atividades da Fundir e da ACMRRN deve ser resolvido. Para isto, é preciso definir a verdadeira vocação de cada entidade. A ACMRRN foi especificada como receptora única dos recicláveis a fim de continuar cumprindo a função social, para a qual foi criada. Com isto, existirá melhora na qualidade das condições de trabalho dos carrinheiros, além da remuneração que provavelmente melhorará. Para o cumprimento do decreto 045/2008, o qual obriga as indústrias rio negrenses a destinarem os residuos recicláveis para a ACMRRN, é necessário que a referida instituição dê entrada dos documentos necessários para obter as licenças ambientais que ainda não possui.

3.2.1.1 Centro de Valorização de Recicláveis

Um Centro de Valorização de Recicláveis de maneira análoga a uma Usina de Triagem (encarregada de separardos recicláveis que forem misturados com o lixo doméstico) deverá ser dotada de trituradores para vidros, re-selecionados por cor (verde, âmbar e branco), e de prensas para papéis, plásticos e latas. Também poderão ser instalados lavadores para o pré-beneficiamento de plásticos, apesar da lavagem dos recicláveis ser geralmente de responsabilidade do comprador, sucateiro ou indústria. O objetivo é agregar valor aos materiais recicláveis da coleta seletiva sejam elas de origem expontânea, doação ou compra inclusive de carrinheiros através de procedimentos padronizados. Em Rio Negro esta configuração pode ser aplicada nas instalações da Fundir e/ou Associação de Catadores.

3.2.2 Setores de Coleta Seletiva

A elaboração dos setores de coleta seletiva para o município de Rio Negro teve como objetivo oferecer ao munícipe a praticidade no momento da familiarização com a coleta doméstica e seletiva bem como de fornecer

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ao executor da coleta (motorista e coletores) a praticidade na realização dos roteiros. Neste contexto, os setores da coleta seletiva devem seguir o mesmo padrão da coleta realizada para os resíduos domésticos em dias não coincidentes (ver mapas e roteiros conforme o item Setores e Rotas da Coleta Convencional). Esta medida facilita a compreensão e melhoria da participação da população com a coleta seletiva municipal. Outra medida importante a ser implantada é a coleta seletiva em escolas rurais e inserção de Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s) no roteiro da coleta seletiva.

3.2.3 Dimensionamento da Freqüência

Os programas de coleta seletiva exigem infra-estrutura específica, e o item coleta, propriamente, merece atenção especial. A infra-estrutura para a coleta muitas vezes pode ser providenciada remanejando-se recursos já existentes da municipalidade, nem sempre exigindo uma injeção grande de capital no programa. Os veículos coletores devem ser preferencialmente caminhões tipo baú ou carroceria adaptado com as laterais elevadas para otimizar sua capacidade volumétrica e permanentemente cobertas com lona. No caso dos PEV’s com subdivisões para cada tipo de material, é importante que a coleta não cause uma re-mistura dos materiais, desprezando o esforço da população em separá-los2. Nestes casos, um veículo menor (camionete, por exemplo), também subdividido, facilita esta coleta. É interessante, contudo, que esta compartimentação não seja fixa. Se os espaços reservados para cada material forem rigidamente definidos, estes não poderão atender às flutuações na composição dos resíduos coletados. Considerando que os carrinheiros de rua são responsáveis, há muito tempo, por parte substancial do que é reciclado, valorizar sua atividade como profissão, fornecendo infra-estrutura física, capacitação e assessoria no fortalecimento da atividade da Associação dos Carrinheiros, contribuem para a geração de emprego e renda, e para a redução nas despesas com o programa. O baixo valor de mercado de alguns recicláveis, associado a sua relação peso/volume (como no caso dos plásticos), torna alguns materiais desinteressantes para a coleta por parte dos carrinheiros. Com a coleta seletiva pelos caminhoes da Prefeitura ou da empresa terceirizada, estaria-se evitando um programa informal de coleta seletiva parcial visto que não existe discriminação dos materiais para coleta. Assim, o envolvimento dos carrinheiros será melhor estruturado nos programas de coleta seletiva, e deverá ser complementado com orientação profissional da prefeitura. Também deverá ser considerado o cadastramento, identificação dos seus carrinhos e assistência à saúde.

2 Essa queixa é freqüente em programas municipais, levando muitas pessoas a abandonarem o hábito de separar os recicláveis em várias categorias, ao vê-los sendo retirados dos PEV’s "todos (re) misturados" no veículo coletor. Ainda fica o lembrete, contudo, que esta re-mistura (seguida de re-triagem numa central) é melhor do que o simples descarte destes materiais como lixo para um aterro ou lixão.

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É interessante lembrar que um programa de coleta seletiva exige uma reformulação nos horários de coleta de resíduo como um todo. Se a quantidade total de resíduo não aumenta, a separação de materiais para coleta seletiva deve ser acompanhada de uma diminuição na freqüência da coleta regular de resíduo. Nos casos em que a coleta de resíduo é diária, pode-se determinar que os recicláveis serão coletados três vezes. Onde a coleta doméstica já ocorre três vezes por semana, enquanto os recicláveis serão coletados duas vezes. A coleta seletiva de entulho e de grandes volumes (mobiliário, utensílios, etc.), por exemplo, pode ocorrer com menos freqüência. Este planejamento obviamente é bastante flexível, e deve levar em conta todas as categorias de materiais pré-selecionados pela comunidade. Em qualquer caso, os roteiros e horários de coleta devem ficar claros para a comunidade e ser rigorosamente cumpridos, para não comprometer a credibilidade do programa. Outra questão relevante é que não se pode discriminar do Programa de Coleta Seletiva, a coleta realizada pelos carrinheiros não cessará totalmente após a implantacao do programa, mas a quantidade coletada deve reduzir. Desta forma, somente após a implantação do programa e das coletas pelo caminhao é que o sistema poderá ser avaliado para confirmar se é suficiente 01 caminhão ou não. Com todas estas variáveis fica impraticável prever o comportamento do sistema, desta forma, propõem-se uma maneira de iniciar as coletas e com o andamento e controle dos resultados na seqüência do Programa é que poderão ser feitos ajustes para corrigir ou adequar o inicialmente proposto. Com base no conjunto de informações adotou-se a seguinte freqüência conforme apresenta a tabela abaixo.

TABELA 22: FREQÜÊNCIA DA COLETA DOS RESÍDUOS RECICLÁVEIS

SETOR PERÍODO DIAS DA SEMANA 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado

01 Manhã x x x Tarde

02 Manhã Tarde x x

03 Manhã x x Tarde

04 Manhã x x Tarde

05 Manhã Tarde x x

06 Manhã Tarde x x

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

Lembrando que deve ser proibida a disposição de resíduos recicláveis (papel, papelão, vidro, plástico, madeira, metais) e vegetais misturados com os resíduos de coleta pública, ou seja, aqueles recolhidos pela SERRANA. Além disso, deverá ser proibida também a disposição desses resíduos em vias públicas nos finais de semana,

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pelo fato de que os resíduos podem permanecer até 72 horas dentro do estabelecimento ou residência sem causar problemas.

3.2.4 Dimensionamento da Equipe de Trabalho

A equipe de trabalho ou guarnição da coleta seletiva de Rio Negro, organizada pela própria prefeitura, deve utilizar a estrutura já existente para coleta de outros residuos, como os entulhos, para a qual recomenda-se a seguinte composição:

1 (um) motorista 2 (dois) coletores

Os funcionarios deverão usar uniformes com identificacao da Prefeitura, com o vestuário utilizado composto por: calça, blusão, borzeguim e boné. O uso de EPI’s deverá ser obrigatório. A prefeitura deverá certificar-se de que a guarnição além de devidamente equipada apresente treinamentos. Caso contrário recomenda-se que o treinamento seja realizado no início da implantação do PGIRS com atualização a cada seis meses, no caso de um funcionário novo ou remanejado, deverá ser previsto um treinamento rápido abrangendo questões como: direção defensiva, segurança no trabalho, primeiros socorros.

3.2.5 Procedimentos de Controle e Fiscalização

Para o momento, sugere-se a adoção de controle como apresentado abaixo: Peso do material reciclável coletado por setor; Distribuição e verificação dos serviços por horários e freqüências; Otimização do trajeto e horários de transferência visando à minimização dos problemas de trânsito; Quantitativo e tipo dos veículos e equipamentos envolvidos; Condições da frota utilizada (idade e estado geral); Condição de estanqueidade dos veículos quanto ao chorume armazenado nas bacias de carga; Condições de segurança no transporte dos coletores (garis) no caminhão de coleta; Adequação da frota aos padrões de emissão de fumaça negra, de ruídos e ao PROCONVE; Produtividade da frota coletora; Padrão de qualidade dos serviços; Controle de absenteísmo; Condições de trabalho dos empregados (higiene e segurança do trabalho); Quantidade e capacitação profissional do pessoal empregado Aferição do volume de serviços extraordinários/emergenciais;

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Quilometragem produtiva e improdutiva da frota; Consumo de combustíveis/lubrificantes; Manutenção dos veículos e equipamentos (sistemáticas e custos); Estado de conservação/limpeza da frota; Vida útil de pneus e câmaras; Uniformes e EPI's; Pontos de retirada de contêineres; Pontos críticos (locais de lançamento freqüente de resíduos pela população).

Alguns destes itens devem ser acompanhados e conhecidos apenas para determinação dos parâmetros das planilhas que formam os preços de coleta.

3.2.6 Educação Ambiental

A Educação Ambiental, por meio de programas, é um instrumento integrante e muito importante das propostas e recomendações do PGIRS, devendo objetivar a chamada do público-alvo para uma mudança de posição e atitude frente às questões dos resíduos e da coleta seletiva. Recomenda-se que o Sistema de Coleta Seletiva seja criado, bem como o Programa de Educação Ambiental. Ambos devem andar em paralelo e objetivar a continuidade englobando todas as Secretarias (Agricultura e Meio Ambiente, Abastecimento, Educação, Cultura e Esporte, Promoção Social, Trabalho e Emprego, Saúde) para a chamada da população, buscando inclusive parcerias de empresários e entidades afins. Para divulgação do programa podem ser utilizados materiais como: outdoors, banners e cartazes, folders e folhetos, canecos, sacolas retornáveis para compras em geral, sacos de resíduos para carros, sacos plásticos para separação dos recicláveis, busdoors, bonés e camisetas, adesivos, ímãs de geladeira, selo de parcerias, etc. Além da criação de um mascote e materiais didáticos e pedagógicos como cartilhas e jogos educativos para escolas. O objetivo geral deve buscar a conscientização da população sobre a importância de sua participação e responsabilidade na gestão dos materiais recicláveis e orgânicos produzidos no Município, promovendo ações conscientes fundamentadas na gestão compartilhada relativas às questões ambientais, por meio da sensibilização e da difusão de conhecimentos. Segregando objetivos específicos:

Mudar hábitos e atitudes de consumo da população; Reduzir a geração de resíduos sólidos e separarem orgânicos e recicláveis; Separar os resíduos sólidos recicláveis e orgânicos dos não recicláveis; Reduzir a poluição e aumentar a vida de aterros sanitários; Orientar quanto ao desperdício dos recursos naturais: água, luz;

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Preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida da população; Reunir subsídios para a organização da gestão integrada dos resíduos sólidos – PGIRS.

O público-alvo da campanha deve atingir funcionários da Prefeitura, professores e funcionários das escolas, alunos das escolas públicas e privadas, donas de casa, coletores de materiais recicláveis, movimentos sociais, comunidades religiosas, associações e clubes de serviços, empresas, gestores e formadores de opinião, geradores de resíduos tóxicos, artesões e outros que trabalham com resíduos, etc. É recomendável que todos os programas e ações da Prefeitura estejam amarrados a um Programa central, abordando o gerenciamento de todos os resíduos de forma específica, mas costurados de uma forma integrada por uma linhagem central. Esta medida proporciona a população o reconhecimento de um único Programa em todas as ações realizadas, facilitando a absorção da mesma dos objetivos e metas do Programa, consequentemente melhorando o nível participação e conscientização.

3.2.6.1 Coleta Seletiva em Órgãos e Entidades da Administração Pública

O Decreto Federal nº. 5.940, de 25 de outubro de 2006, institui a separação dos materiais recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos carrinheiros de materiais recicláveis, e dá outras providências. O Art. 3° do decreto estabelece que os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta poderão destinar os materiais recicláveis às associações de carrinheiros de materiais recicláveis que atenderem aos seguintes requisitos:

Estejam formais e exclusivamente constituídas por carrinheiros de materiais recicláveis que tenham a catação como única fonte de renda;

Não possuam fins lucrativos; Possuam infra-estrutura para realizar a triagem e a classificação dos resíduos recicláveis descartados; Apresentem o sistema de rateio entre os associados e cooperados;

No âmbito de cada órgão e entidade da administração pública federal direta e indireta será constituída uma Comissão para a Coleta Seletiva Solidária, sendo composta por, no mínimo, três servidores designados pelos respectivos titulares de órgãos e entidades públicas. A Comissão de cada órgão ou entidade da administração pública federal direta e indireta deverá implantar e supervisionar a separação dos resíduos recicláveis descartados, na fonte geradora, bem como a sua destinação para as associações de carrinheiros de materiais recicláveis. Devendo ainda apresentar semestralmente ao Comitê Interministerial da Inclusão Social de Carrinheiros de Lixo3 uma avaliação do processo de separação dos

3 Criado pelo Decreto de 11 de setembro de 2003.

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resíduos recicláveis descartados, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos carrinheiros de materiais recicláveis. Com o alicerce da Legislação Federal, a Prefeitura deve buscar parcerias em realizar um trabalho orientando os Bancos, independentes de serem órgãos/entidades da administração pública federal ou não, em colaborar com o programa da coleta seletiva e separação dos materiais recicláveis, de maneira que atue ainda como um incentivo para que os catadores/carrinheiros do município possam receber o material reciclável.

3.2.7 Carrinheiros

Para solucionar as deficiências apuradas pelo PGIRS relacionadas ao trabalho dos carrinheiros de materiais recicláveis no município de Rio Negro, sugerem-se algumas proposições descritas a seguir:

3.2.7.1 Campanha

Para o envolvimento de toda comunidade no projeto e para que melhores resultados sejam obtidos, torna-se indispensável à realização de Campanhas de Educação Ambiental, com o intuito de gerar na população consciência da sua responsabilidade na separação do lixo e destinação adequada, obtendo-se com isso a segregação correta dos resíduos recicláveis na fonte geradora. É importante também a realização de treinamentos e palestras de educação ambiental para multiplicadores (professores, lideranças comunitárias, técnicos da prefeitura, dentre outros). A ação deve ser contínua. Também é necessário o envolvimento dos carrinheiros de materiais recicláveis nas ações educativas, com o objetivo de:

Valorizar a figura do carrinheiro, acabando com o preconceito em relação a esses profissionais, mostrando para a sociedade a importância do trabalho realizado em prol do meio ambiente.

Usar o conhecimento adquirido pelos catrrinheiros na prática diária com resíduos sólidos, maximizando as ações pretendidas pelo município.

3.2.7.2 Cadastro

Sugere-se a elaboração de um cadastramento, por parte da Secretaria de Assistência Social, dos carrinheiros que tem nos recicláveis sua única ou principal fonte de renda, seguindo-se os seguintes critérios: elaboração de um formulário padronizado contendo, além dos dados de identificação, questões sócio-econômicas dos carrinheiros e suas famílias, entre quais, documentação (quais possui), escolaridade, situação de moradia, situação de trabalho, participação da família, em especial, crianças, na coleta, pontos de coleta, comercialização

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(para quem vende e renda), participação e/ou interesse em participar de uma entidade representativa (associação ou cooperativa), dificuldades, sugestões, e participação nos programas sociais existentes na cidade; Definição dos pesquisadores e treinamento dos mesmos através de curso de capacitação visando o correto preenchimento dos cadastros, garantindo com isso que o formulário será preenchido corretamente, com letra legível e que nenhum campo ficará em aberto. Os pesquisadores também devem ser treinados em relação à abordagem do público pesquisado, a fim de informar da importância desse trabalho e da necessidade de participação. Também devem receber informações de como agir em casos em que os carrinheiros não querem ser identificados, situação em que se sugere passar segurança em relação à confiabilidade das informações e do bom uso das mesmas. Com base nas informações apuradas, deve-se realizar uma análise social, com as devidas providências, entre os quais, encaminhamento para inclusão no Cadastro Único do Governo Federal; emissão de documentação; e mobilização para participação na associação de carrinheiros existente no município. Celebrar convênio com a ACMRRN com o objetivo de compartilhar a gestão de resíduos sólidos e promover a inclusão social destes trabalhadores no programa de coleta seletiva do município.

3.2.7.3 Capacitação

Recomenda-se a criação de uma entidade organizada através de uma associação cooperativa ou uma ONG, bem como a busca de ajuda financeira ou de parcerias que viabilizem a constituição de capital de giro para pagamento das despesas do administrativas e dos carrinheiros, bem como para a aquisição e manutenção de carrinhos e equipamentos (prensa, balança, mesa de separação, etc.). Também se recomenda que os carrinheiros tenham acompanhamento e orientação de técnicos capacitados na área administrativa, financeira e social tanto no barracão quanto nos entrepostos até que os mesmos sintam-se capazes de administrar sozinhos as atividades do barracão. O objetivo é que os catadores detenham, com o devido tempo e preparo, conhecimentos em gestão, necessários para administrar a Associação, bem como em comercialização, meio ambiente, saúde, segurança no trabalho, trânsito, separação e classificação dos recicláveis, e agregação de valores dos mesmos. Recomenda-se também a elaboração do Regimento Interno do barracão, instrumento que irá estabelecer as rotinas de trabalho, responsabilidades, normas, entre as quais, o uso de EPIs, e proibições, entre as quais, fumar no interior do barracão. Fazem-se necessário capacitar os carrinheiros para que adquiram a cultura do associativismo e assim possam trabalhar em grupo de forma harmoniosa e unida. Os carrinheiros também devem receber capacitação em relação ao manuseio de resíduos perigosos e formas de agir em relação aos geradores desses resíduos (Exemplo: estipular um preço diferenciado para tais produtos,

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recusa na coleta, etc.). Para a efetivação do processo de coleta seletiva com participação dos carrinheiros, faz-se necessário a participação de técnicos da área social em todo processo de desenvolvimento da proposta, desde a análise dos dados dos cadastros até as atividades no barracão, visando motivar a participação dos catadores neste novo contexto; no barracão, o acompanhamento de técnicos da área financeira, administrativa e social é indispensável por tratar-se de um trabalho novo onde será preciso exercitar diariamente o convívio do grupo e a responsabilidade de cada um.

3.2.8 Quadro das Proposições

Os quadros a seguir apresentam as principais propostas referentes ao adequado gerenciamento dos Materiais Recicláveis.

QUADRO 2: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS Campanhas oficiais de separação de recicláveis. Com isto, será possivel obter estes residuos separados dos residuos sólidos orgânicos e rejeitos na fonte. Isto facilita a correta destinação dos recicláveis, além de diminuir o volume de residuo depositado no aterro. Coleta dos Recicláveis com caminhão especifico Após a implantação dos programas de separação de recicláveis, e consequente aumento no volumes deles, a coleta será feita por cminhões tipo baú ou carroceria, de responsabilidade da Prefeitura ou empresa terceirizada responsável pela coleta dos resíduos domésticos. Centro de Valorização de Recicláveis A separação e seleção dos materiais recicláveis oriundos da coleta seletiva serao feitos no Centro de Valorização de Recicláveis, o qual utilizará a mão de obra dos carrinheiros. Resolver a sobreposição de atividades da Fundir e da ACMRRN É necessário definir a verdadeira vocação das duas entidades a fim de regulamentar o funcionamento do programa de coleta seletiva, dando a destinação final correta dos resíduos. Definir setores e frequencia da Coleta Seletiva Os setores da coleta seletiva devem seguir o mesmo padrão da coleta realizada para os resíduos domésticos em dias não coincidentes para facilitar a compreensão e melhoria da participação da população com a coleta seletiva municipal. PEV´s na área rural Outra medida importante a ser implantada é a coleta seletiva em escolas rurais e inserção de Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s) no roteiro da coleta seletiva. Educação Ambiental O objetivo geral deve buscar a conscientização da população sobre a importância de sua participação e responsabilidade na gestão dos materiais recicláveis, promovendo ações conscientes fundamentadas na gestão compartilhada relativas às questões ambientais, por meio da sensibilização e da difusão de conhecimentos. Implementar a coleta seletiva de materiais recicláveis nas unidades públicas de saúde Tendo em vista que as unidades de serviço de saúde também geram materiais recicláveis do grupo D (ex: caixa de remédios, embalagens de papelão e plásticos, etc.) recomenda-se que seja ‘implantado a coleta seletiva nas Unidades Públicas de Saúde, para que entreguem corretamente segregados para coleta. Órgãos de administração pública federal destinar os materiais recicláveis à ACMRRN A partir do Decreto Federal nº. 5.940/2006, estabelece que os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta poderão destinar os materiais recicláveis às associações de carrinheiros de materiais recicláveis. ACMRRN obter a licença ambiental Para receber os recicláveis oriundos dos orgãos públicos e particulares de Rio Negro, é necessário obter as licenças

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ambientais de implantação e operaçao. Implantar e padronizar as Lixeiras públicas Implantar e padronizar as lixeiras públicas da Coleta Seletiva, principalmente nas ruas principais onde o acesso de pessoas e a geração de resíduos são volumosos. Cadastro e Capacitação de Carrinheiros Realizar um cadastro dos carrinheiros residentes e atuantes no município. Após esta etapa, fazer utilizar técnicos capacitados na área administrativa, financeira e social tanto no barracão quanto nos entrepostos, até que os carrinheiros sintam-se capazes de administrar sozinhos as atividades do barracão. Fiscalização Melhoria da fiscalização ambiental na questão do manejo, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos, com objetivo de diminuir os conflitos. Em vistas de inconformidades, deverá ser estabelecido prazo para adequação destas e um alerta a sujeito à multa em caso de não cumprimento das obrigações. Em caso de não regularização poderá resultar em suspensão da coleta até que sejam obedecidas as normas contidas nas leis municipais. Campanhas Contínuas Campanhas de Educação Ambiental são consideradas medidas com resultados a longo prazo, devido a isso é aconselhável que as campanhas tenham continuidade, sendo reforçadas com o tempo, acostumando a população com as simbologias e dando continuidade no hábito do descarte adequadamente o material que não mais será utilizado. Participação de técnicos Para a efetivação do processo de coleta seletiva com participação dos catadores, faz-se necessário a participação de técnicos da área social em todo processo de desenvolvimento da proposta, desde a análise dos dados dos cadastros até as atividades no barracão, visando motivar a participação dos catadores neste novo contexto; no barracão, o acompanhamento de técnicos da área financeira, administrativa e social é indispensável por tratar-se de um trabalho novo onde será preciso exercitar diariamente o convívio do grupo e a responsabilidade de cada um. Palestras e treinamentos A fim de evitar a proliferação de vetores e possíveis doenças é indicado que os catadores levem os materiais coletados diretamente para onde farão à separação e correta destinação dos rejeitos e que sejam realizadas palestras para os catadores e suas famílias a fim de preveni-los quanto às conseqüências do armazenamento do lixo em suas casas e a correta manipulação dos mesmos com utilização de equipamentos adequados (luvas, máscaras, mesas de separação para que trabalhem de forma mais confortável). Integração nos Serviços Sociais Orientações sobre os programas sociais existentes e inclusão de todos os carrinheiros do município. Orientação quanto ao tipo de materiais Orientação através de cursos, palestras e acompanhamento técnico com relação aos materiais que podem ser reciclados e reaproveitados e como agregar valor a esses materiais. Legislação Sugere-se que na legislação municipal sejam incluídos os seguintes itens: - que a presença de crianças em espaços utilizados para separação, armazenamento, comercialização e beneficiamento de resíduos seja proibida, casos em que se incluem associações e cooperativa de catadores, depósitos e usinas de reciclagem. - que os catadores sejam proibidos de retirar das indústrias, comércio ou qualquer outro gerador, resíduos classificados como perigosos. - que o armazenamento de resíduos nas residências seja proibido. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008

33..33 VVaarrrriiççããoo,, CCaappiinnaa ee PPooddaa

3.3.1 Varrição

O serviço de varrição realizado no município de Rio Negro tem sido realizado de forma satisfatória pela empresa

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terceirizada, conforme diagnosticado anteriormente. Caso a administração resolva aprimorar ainda mais, seguem algumas informaçoes sobre este importante serviço de limpeza urbana. O principal serviço do sistema de limpeza é o de varrição, que deve ocorrer regularmente nos logradouros públicos, podendo ser executado manualmente, com emprego de mão-de-obra munida do ferramental e carrinhos auxiliares para recolhimento dos resíduos, ou mecanicamente com emprego de equipamentos móveis especiais de porte variado. O serviço de varrição manual de vias e logradouros públicos pode ser executado por equipe ou individualmente, e deve obedecer a roteiros previamente elaborados, com itinerários, horários e freqüências definidas em função da importância de cada área na malha urbana do Município, do tipo de ocupação/uso e grau de urbanização do logradouro. Além disso, deve haver serviços de varrição nos canteiros e áreas gramadas, que deverão ser executados de maneira análoga ao serviço de varrição de vias. O serviço de limpeza de logradouros públicos tem por objetivo evitar:

Problemas sanitários para a comunidade; Interferências perigosas no trânsito de veículos; Riscos de acidentes para pedestres; Prejuízos ao turismo; Inundações das ruas pelo entupimento dos ralos.

Complementando a atividade de varrição, e inseridos no sistema de limpeza, estão normalmente associados os serviços de:

Capinação, Roçada e Poda; Lavagem de vias e logradouros; Pintura de meio fio; Raspagem de terra/areia; Limpeza e desobstrução de caixas de ralos; e Limpeza de feiras-livres.

3.3.1.1 Dimensionamento da Freqüência

Uma das regras básicas para o traçado de itinerários de varrição por quadras é que ele seja em função da via principal. Desta forma, num dado momento, todos os trabalhadores da área estão varrendo a via principal, sendo a atuação da limpeza urbana mais efetiva. Tais procedimentos somente serão possíveis em áreas onde o traçado viário for favorável. Caso contrário deve-se optar por uma varrição contínua. Algumas informações são importantes para avaliação da eficiência do serviço, bem como para estimar os tempos produtivos e improdutivos dentro da jornada de trabalho, tais como:

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Tempo real de varredura; Tempo gasto no deslocamento do servidor até o local de início do serviço; Tempo gasto nos deslocamentos até os pontos de acumulação do resíduo; Intervalo necessário ao almoço dos trabalhadores; Tempo que o trabalhador leva para se deslocar do local de término do serviço até o lugar de guarda dos

equipamentos e ferramentas. A Tabela 23 demonstra como deve ser realizada a freqüência de varrição em determinadas áreas da cidade.

TABELA 23: FREQÜÊNCIA DE VARRIÇÃO EM DETERMINADAS ÁREAS ÁREAS PERÍODO FREQÜÊNCIA OBSERVAÇÃO

Local com grande fluxo de pedestres Diurno 2 vezes por semana Repasse nas vias de maior

movimentação Locais próximos a áreas comerciais Diurno 3 vezes por semana

(alternado) -

Locais com baixa densidade de ocupação Diurno semanal -

Centrais, Comerciais, Industriais, turísticas e principais vias de acesso

Noturno diária Um repasse nas vias de maior movimentação

Feiras e Eventos Após a realização do evento eventual

Após as vendas de pescados as vias devem ser lavadas e desinfetadas

Praias e sítios históricos ou paisagísticos Diurno e noturno

Antes e depois de feriados e finais de semana

Com periodicidade e freqüência definidas de acordo com o afluxo de turistas

Fonte: ECOTECNICA, 2008

Referente aos métodos de Varrição pode ser consultada na Tabela 24 alguns itens que ajudam na melhoria da eficiência dos serviços de varrição.

TABELA 24: ITENS RELEVANTES PARA MELHORIA DE EFICIÊNCIA NO SERVIÇO DE VARRIÇÃO. Métodos de Varrição Apenas em algumas situações particulares recomenda-se o uso de máquinas. A limpeza por meio de jatos de água, pelo seu alto custo, deve ser restrita a situações especiais. Normalmente não é preciso varrer a faixa mais central de uma via, o trânsito de veículos basta para empurrar a sujeira para as sarjetas e estas, sim, deverão ser varridas. A limpeza das calçadas fica por conta dos moradores, podendo inclusive constar no Código de Posturas ou outra legislação pertinente. Mão-de-obra Direta para Varredura Estudos comparativos efetuados em algumas cidades comprovaram que o serviço executado por um só varredor é geralmente mais produtivo. - Um só gari varrendo, recolhendo e vazando os resíduos no ponto de acumulação; - Dois homens, sendo um varrendo e juntando os resíduos, enquanto outro gari coleta e vaza o material no ponto de remoção. Limpeza de Feiras

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Após o término da feira, a retirada do resíduo deve ser rápida. É preciso desobstruir logo o trânsito no logradouro e, acima de tudo, evitar a fermentação da matéria orgânica (geralmente é acelerada devido ao clima). Para diminuir os problemas, deve ser estabelecido um horário rígido para término da feira livre. Além disso, os feirantes terão de manter, ao lado dos pontos de venda, recipientes para resíduo. Para executar uma limpeza eficiente é recomendado: - Iniciar o serviço tão logo à feira termine; - Varrer toda a área utilizada, e não, como freqüentemente ocorre apenas a faixa das sarjetas; - Varrer o resíduo do passeio e do centro da rua para as sarjetas, de onde será removido (feiras instaladas em ruas); - Recolher o resíduo, à medida que for varrendo, através de equipamento adequado (caminhão compactador, por exemplo); - Lavar o logradouro após a varredura e remoção utilizando, de preferência, equipamentos do tipo pipa d’água (quando o piso for pavimentado); - Aplicar desodorizante no setor de venda de peixe. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

Quanto aos tipo de varrição podem ser definidos como varrição normal ou de conservação, conforme demonstra a Tabela 25.

TABELA 25: TIPOS DE VARRIÇÃO. TIPO DE VARRIÇÃO DEFINIÇÃO

Normal ou corrida Pode ser executada diariamente, duas ou três vezes por semana, ou em intervalos maiores. Tudo irá depender da mão-de-obra existente, da disponibilidade de equipamentos e das características do logradouro, ou seja, da sua importância para o município.

Conservação É uma atividade em geral implantada nos locais com grande circulação de pedestres: áreas centrais das cidades; setores de comércio mais intenso, pontos turísticos, etc. Neste caso, os garis terão de efetuar tantas varrições (repasses) quantas sejam exigidas para que o logradouro se mantenha limpo.

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

Definido o tipo de serviço ideal para cada logradouro, deve-se então, indicar em um mapa o nível de freqüências da varrição adotado. Conforme já diagnosticado, o município apresenta uma freqüência da varrição e mapa plausíveis, portanto, devendo ser mantidos. Outro item importante é a velocidade da varrição é expressa em metros lineares de sarjeta por homem/dia, referente a uma jornada de trabalho. Antes de determinar a velocidade, é preciso classificar os logradouros de acordo com suas características que influenciam na produtividade do varredor, como:

Tipo de pavimentação das vias e passeios; Existência ou não de estacionamentos; Circulação de pedestres; Fluxo de veículos no local a ser prestado o serviço.

A velocidade varia também de cidade para cidade, tendo uma média para a varrição de meio fio de vias pavimentadas entre 180 metros / homem / hora a 350 metros / homem / hora. Onde a extensão de sarjeta a ser varrida deve ser levantada a extensão de todas as ruas atendidas pelo serviço de varrição. A extensão das sarjetas irá corresponder às extensões de ruas multiplicadas por dois. Considerando-se as freqüências, será possível definir a extensão linear a ser varrida por dia.

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TABELA 26: FREQÜÊNCIA DA VARRIÇÃO.

SETOR TURNO DIAS DA SEMANA 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado

1 Diurno x x x x x x Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

3.3.1.2 Máquinas e Equipamentos

As máquinas e equipamentos auxiliam na remoção são utilizados para evitar que o resíduo varrido fique à espera da passagem do veículo coletor, amontoado ao longo dos logradouros e sujeito ao espalhamento pelo vento, pela água das chuvas, etc. Quando a coleta é efetuada pelos mesmos varredores, são utilizados latões transportados por carrinhos com rodas de borracha e outros equipamentos assemelhados. As ferramentas e utensílios manuais de varrição são os seguintes:

Vassoura grande – tipo "madeira" e tipo "vassourão"; Vassoura pequena e pá quadrada, usadas para recolherem resíduos e varrer o local; Chaves de abertura de ralos; Enxada para limpeza de ralos; Varredeira Mecânica.

As cestas coletoras são equipamentos fundamentais auxiliares no serviço de varrição. Recomenda-se que as cestas sejam instaladas em geral a cada 20 metros, de preferência em esquinas e locais onde haja maior concentração de pessoas (pontos de ônibus, cinemas, lanchonetes, bares, etc.). Uma boa cesta deve ser:

Pequena, para não atrapalhar o trânsito de pedestres pelas calçadas; Durável e visual integrada com os equipamentos urbanos já existentes (orelhão, caixa de correio, etc.); Sem tampa ou com abertura superior suficiente para colocação dos detritos sem que o usuário precise

tocá-la; Fácil de esvaziar diretamente nos equipamentos auxiliares dos varredores.

Em Rio Negro não existem cestos de coleta seletiva nos prédios públicos, e devem ser previstos nos próximos projetos de melhoria de urbanização e/ou execução de calçamento e pavimentação os cestos devem ser itens contemplados. A maneira de varrer vias e logradouros dependerá basicamente dos utensílios e equipamentos auxiliares usados pelos trabalhadores.

TABELA 27: EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS QUANTIDADE VIDA ÚTIL DO EQUIPAMENTO

Vassourão** 13 unidades 15 dias Vassourinha* 26 unidades 30 dias Lutocar – 100 L** 13 unidades 720 dias Pazinha** 13 unidades 90 dias Rastelo** 13 unidades 360 dias

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Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

* 1 por varredor

** 1 por equipe

Conforme o Manual de Gerenciamento Integrado (RESOL, 2007) uma varredeira mecânica de grande porte pode varrer, em média, cerca de 30km de sarjeta por turno. Considerando-se que um trabalhador varre em média 2km de sarjeta por turno, a varredeira substituiria cerca de 15 varredores manuais. O manual fornece dados ainda referentes ao custo: “o custo do aluguel de uma varredeira mecânica de grande porte é de cerca de R$13.000,00/mês, enquanto o custo com um varredor (salários mais encargos sociais) é de aproximadamente R$730,00/mês (dados relativos ao Rio de Janeiro no mês de setembro de 2001).” Portanto, verifica-se, que a relação de custos entre uma varredeira equivale a R$13.000,00/mês (varredeira) = 17,8 varredores e R$730,00/mês (varredor). Considerando-se que é importante gerar emprego no país para o imenso contingente de cidadãos com pouca ou nenhuma especialização, é mais conveniente utilizar-se a varrição normal. Mas, há exceções: vias com grande movimento de trânsito rápido, túneis e viadutos apresentam grande perigo para varrição manual. Nestes casos, é aconselhável a varrição mecanizada. (RESOL, 2007). Em locais turísticos e centrais podem ser utilizadas varredeiras de pequeno porte, que causam impacto positivo ao público, chamando a atenção pelo esforço e recursos despendidos pela prefeitura com a limpeza urbana. É preciso lembrar que as varredeiras de grande porte só varrem sarjetas, devendo ser utilizadas em vias de grande fluxo de veículos, mas de pequeno movimento de pedestres.

TABELA 28: VARREDEIRAS MECANIZADAS EQUIPAMENTOS DESCRIÇÃO UTILIZAÇÃO

MINI VARREDEIRA

Equipamento autopropelido, com aspiração, dotado de duas vassouras frontais e bicos aspersores de água para minimizar a ação da poeira.

Trata-se de equipamento utilizado na varrição mecanizada de logradouros. Em geral, esses equipamentos despertam a curiosidade pública, chamando atenção da população para os cuidados e a modernização do sistema de limpeza urbana da cidade implantado pela prefeitura.

VARREDEIRA MECÂNICA

Equipamento de porte médio, autopropelido, sem aspiração, com recipiente de 2,3m³, dotado de duas vassouras frontais e uma central, com bicos aspersores para minimizar a suspensão de poeira durante a operação.

Como todas as demais varredeiras autopropelidas, este equipamento também não tem fabricantes no Brasil. É utilizado na varrição de logradouros por onde trafegam veículos em alta velocidade, tornando-se um bom substituto para a varrição manual nos locais que apresentam risco de atropelamento para os varredores.

VARREDEIRA MECÂNICA SOBRE CHASSI

Equipamento com capacidade para 6m³, dotado de aspiração por meio de ventoinha e motor auxiliar, montado sobre chassi com capacidade para transportar 14t de PBT.

Essa máquina possui uma vassoura lateral e outra central, acionadas por motores hidráulicos, incluindo bicos aspersores para evitar a suspensão de poeira.

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EQUIPAMENTOS DESCRIÇÃO UTILIZAÇÃO

VARREDEIRA MECÂNICA DE GRANDE PORTE

Equipamento autopropelido, com aspiração. Possui recipiente com 2,5m³ de capacidade e é dotado de duas vassouras laterais e uma central, com bicos aspersores para minimizar a suspensão de poeira.

Esse equipamento também é utilizado na varrição mecanizada de túneis, viadutos, vias públicas extensas, com alto tráfego. O recipiente de detritos, quando cheio, pode ser despejado diretamente na carroceria de um caminhão basculante operando em comboio, evitando assim o deslocamento da própria varredeira para despejar sua carga no local de transbordo.

Fonte: RESOL, 2007

FIGURA 6: VARREDEIRA MECÂNICA – PEQUENO PORTE Fonte: RESOL, 2007.

FIGURA 7: VARREDEIRA MECÂNICA – MÉDIO PORTE Fonte: RESOL, 2007.

FIGURA 8: VARREDEIRA MECÂNICA – GRANDE PORTE Fonte: RESOL, 2007.

3.3.2 Capina e Poda – Coleta Verde

Os serviços de poda e capina, bem como o serviço de roçada no município são de pouca freqüência, sendo realizados conforme a demanda. Os resíduos resultantes desse serviço são enviados para decomposição em terrenos baldios.

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A proposta é que o serviço de capina seja realizado, além da demanda por meio das solicitações com o canal de comunicação com a prefeitura, nos diferentes setores (quatro setores da coleta doméstica) da cidade com uma freqüência mensal determinada, conforme demonstrado na tabela a seguir.

TABELA 29: FREQÜÊNCIA DA PODA E CAPINA.

ÁREA TURNO SEMANAS NO MÊS 1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana

1 Diurno x 2 Diurno x 3 Diurno x 4 Diurno x

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

O serviço de Poda, devido à pequena demanda, poderá ser realizado por meio das solicitações com o canal de comunicação com a prefeitura, ou em casos necessários como, por exemplo, em árvores antigas que demonstram com riscos de tombar.

3.3.2.1 Máquinas e Equipamentos

Os equipamentos mais utilizados para os serviços de roçagem quando o capim e o mato estão altos, são as foices do tipo roçadeira ou gavião, que também são úteis para cortar galhos. Para a roçagem da grama, utilizam-se alfanjes que podem ser utilizados ancinhos para o acabamento da capina. O corte do mato e ervas daninhas pode ser feito manualmente com foices ou alfanjes, porém com resultados medíocres em relação à qualidade e produtividade (apenas cerca de 100m² trabalhador/dia). Existem atualmente ceifadeiras mecânicas portáteis (carregadas nas costas dos operadores) e ceifadeiras montadas em tratores de pequeno, médio e grande porte, que possuem elevada qualidade e produtividade no corte da vegetação. As ceifadeiras portáteis são mais indicadas para terrenos acidentados e para locais de difícil acesso para ceifadeiras maiores. Possuem rendimento aproximado de 800m² /máquina/dia. As ceifadeiras acopladas a tratores são indicadas para terrenos relativamente planos, possuindo rendimento de 2.000 a 3.000m² /máquina/dia. Para acostamentos de estradas podem ser utilizadas ceifadeiras com braços articulados, montadas lateralmente em tratores agrícolas.

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FIGURA 9: FOICE FECHADA Fonte: BRASTEK, 2007.

FIGURA 10: ALFANJE Fonte: BRASTEK, 2007.

FIGURA 11: FORCADO 3 DENTES Fonte: BRASTEK, 2007.

FIGURA 12: FORCADO 4 DENTES Fonte: BRASTEK, 2007.

É sempre conveniente ajuntar, no mesmo dia, o mato cortado e o resíduo de varrição (que invariavelmente fica exposto), utilizando-se vassouras de aço ou ancinhos. O resíduo de varrição deve ser ensacado e o mato cortado pode ser amontoado, à espera de remoção, que não deve demorar mais que um a dois dias, para evitar queima ou espalhamento dos resíduos. Para ajuntamento e remoção dos resíduos devem-se utilizar os forcados de quatro a 10 dentes e vassouras de mato. Equipamentos mecânicos para roçagem de mato:

Roçadeira Motosserra Braço roçador Microtrator aparador de grama Roçadeira rebocada Triturador de galhos estacionário ou rebocado

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A Roçadeira é acionada por motor a gasolina, a rotação é transmitida ao cabeçote de corte por um cabo flexível. O corte pode ser feito com o emprego de lâmina, disco ou fio de nylon, conforme o tipo de vegetação a ser roçada. O fio de nylon é mais indicado para vegetação leve, grama e áreas de arremate, enquanto o disco serrilhado e a lâmina são apropriados para pequenos arbustos em crescimento, como o capim colonião. Sua vida útil é reduzida e estimada em apenas duas mil horas, ao fim da qual o custo de manutenção é muito alto. Seu peso é de aproximadamente 11 kg e devem ser tomadas precauções quanto ao isolamento da área próxima ao local de trabalho, pois as lâminas em alta rotação podem lançar objetos tais como pequenas pedras existentes sob a vegetação, com risco de ferir pessoas ou animais. O Triturador de galhos estacionário ou rebocado trata-se de equipamento acionado por motor diesel. Os galhos e folhas, após serem picados, são conduzidos por um tubo para uma carroceria de caminhão basculante ou contêiner. Sua utilização é indicada para locais de grande concentração de áreas verdes em que a população com grande freqüência faz poda na vegetação.

FIGURA 13: ROÇADEIRA Fonte: BRASTEK, 2007.

FIGURA 14: TRITURADOR DE GALHOS Fonte: BRASTEK, 2007.

3.3.2.2 Destinação Final

Todos os resíduos de poda e capina coletado deverá ser encaminhado para um viveiro municipal. Entretanto deverá ser definido um local específico para realização do correto gerenciamento dos mesmos. Devendo passar por triturador e depois reutilizado num sistema de compostagem ou até mesmo poderá ser utilizado para manutenção do viveiro municipal na produção de mudas de espécies florestais e nativas, nos programas de florestas municipais e matas ciliares; produção de espécies exóticas para arborização urbana; entre outras utilidades.

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3.3.3 Resumo das Proposições

O Quadro 3 a seguir, apresenta as principais propostas referentes ao adequado gerenciamento dos Resíduos de Varrição, Poda e Capina.

QUADRO 3: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE VARRIÇÃO, PODA E CAPINA Compra de Triturador Com finalidade de diminuir o volume dos resíduos da poda, corte de árvores e grandes galhadas recomenda-se que seja realizada a compra de um Triturador para um aproveitamento do material de origem vegetal. Compra de Equipamento para varrição Com finalidade de melhorar serviço de varrição, oriundo do aumento de ruas pavimentadas no município, recomenda-se que seja realizada a compra de uma varredeira mecanizada. Serviço de 0800 O serviço de solicitação por meio do telefone 0800 (Horários de atendimento 08:30 às 16:00 horas) deverá ser mantido com divulgação à população. Fiscalização Melhoria da fiscalização ambiental na questão do manejo, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos, com objetivo de diminuir os conflitos. Em vistas de inconformidades, deverá ser estabelecido prazo para adequação destas e um alerta a sujeito à multa em caso de não cumprimento das obrigações. Em caso de não regularização poderá resultar em suspensão da coleta até que sejam obedecidas as normas contidas nas leis municipais. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

33..44 RReessíídduuooss ddee SSeerrvviiççoo ddee SSaaúúddee

Da mesma forma que o Decreto Municipal 045/2008 apresentou falhas na descrição das informações que deveriam estar contidas no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos solicitado às empresas de Rio Negro, os PGRSS entregues anteriormente para a Prefeitura, não apresentam um padrão, bem como não existe fiscalização se estão sendo exercidos ou não. Como proposto anteriormente, que este decreto seja reeditado, sugerimos também que o PGIRSS seja solicitado novamente aos estabelecimentos de serviços de saude, publicos e privados.. Com isto, será possível padronizar as informações solicitadas e consequentemente, a análise facilitada. Propõem-se, a adequação do acondicionamento, da coleta e da destinação dos resíduos funerários, somando-se às medidas atuais de destinação dos serviços públicos de saúde, possibilitando a minimização da contaminação de lençóis freáticos, de pessoas e de animais devido à diminuição da exposição aos agentes contaminantes veiculados por tais resíduos. Essas medidas devem estar em consonância com a legislação aplicável, notadamente o PGRSS, que deve compor o cenário de adequações previstas para a administração municipal.

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3.4.1 Legislação

Na Legislação Federal, tanto a RDC nº. 306/04 da ANVISA quanto o CONAMA nº. 358/05 determinam que todos os estabelecimentos geradores de resíduos de saúde devem apresentar um Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde - PGRSS, em atendimento ao Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre o Instituto Ambiental do Paraná - IAP, o Ministério Público e os municípios da Região Metropolitana de Curitiba, objetivo de minimizar a geração deste tipo de resíduo através da separação organizada de acordo com as características físicas, químicas e biológicas, proporcionando um encaminhamento seguro, protegendo os trabalhadores, a saúde pública, os recursos naturais e o meio ambiente. Sendo que a cobrança da elaboração e implantação do PGRSS, dos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde do município, será feita pela prefeitura Municipal (vigilância Sanitaria Municipal e Secretaria Municipal do Meio Ambiente).

3.4.2 Responsabilidades

3.4.2.1 Responsabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro

É de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro através das Secretarias de Saúde e do Meio Ambiente:

A definição do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS referente às Unidades de Saúde existentes no município, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental e outras orientações regulamentares.

A designação de profissional, para exercer a função de Responsável pela implantação e fiscalização do PGRSS em todas as Unidades de Saúde.

A capacitação, o treinamento e a manutenção de programa de educação continuada para o pessoal envolvido em todas as Unidades de Saúde na gestão e manejo dos resíduos.

Fazer constar nos termos de licitação e de contratação sobre os serviços de coleta e destinação de resíduos de saúde, as exigências de comprovação de capacitação e treinamento dos funcionários das firmas prestadoras de serviço de limpeza e conservação que pretendam atuar no transporte, tratamento e destinação final destes resíduos.

Requerer das empresas prestadoras de serviços terceirizados de coleta, transporte ou destinação final dos resíduos de serviços de saúde, a documentação definida no Regulamento Técnico da RDC 306 da ANVISA (licenças).

Requerer dos órgãos públicos responsáveis pelo gerenciamento de resíduos, a documentação estabelecida no Regulamento Técnico da RDC 306 da ANVISA.

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Manter registro de operação de venda ou de doação dos resíduos destinados à reciclagem ou compostagem, obedecendo também o Regulamento Técnico da RDC 306 da ANVISA.

Manter cópia do PGRSS disponível em Cada Unidade de Saúde para consulta sob solicitação da autoridade sanitária ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e do público em geral.

Os serviços novos ou submetidos a reformas ou ampliação devem encaminhar o PGRSS juntamente com o Projeto Básico de Arquitetura para a vigilância sanitária local, quando da solicitação do alvará sanitário.

A responsabilidade, por parte dos detentores de registro de produto que gere resíduo classificado no Grupo B, de fornecer informações documentadas referentes ao risco inerente do manejo e disposição final do produto ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar o produto até o gerador do resíduo.

3.4.2.2 Responsabilidade dos Órgãos Públicos

É de responsabilidade dos órgãos públicos responsáveis pelo gerenciamento de resíduos, a apresentação de documento aos geradores de resíduos de serviços de saúde, certificando a responsabilidade pela coleta, transporte e destinação final dos resíduos de serviços de saúde, de acordo com as orientações dos órgãos de fiscalização ambiental.

3.4.2.3 Responsabilidade das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizados

É de responsabilidade das empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para as operações de coleta, transporte ou destinação final dos resíduos de serviços de saúde, ou de licença de operação fornecida pelo órgão público responsável pela limpeza urbana para os casos de operação exclusiva de coleta.

3.4.2.4 Responsabilidade dos Fabricantes

É de responsabilidade do fabricante e do importador de produto que gere resíduo classificado fornecer informação documentada referente ao risco inerente ao manejo e destinação final do produto ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar o produto até o gerador do resíduo.

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3.4.3 Geradores Públicos de RSS

A Figura 15 a seguir, apresenta o fluxograma onde estão descritas todas as etapas de manejo dos resíduos de serviços de saúde, seguindo as diretrizes que compõem o PGRSS, determinadas pela ANVISA/RDC 306, CONAMA 358/05 e NBR 12807, 12808, 12809, 12810. Diretrizes estas, a serem aplicadas nas Unidades de Saúde Pública do Município de Rio Negro. Já a Tabela 30 apresenta algumas ações e recomendações sobre o PGRSS das unidades de saúde e outras ações necessárias a serem implantadas.

FIGURA 15: FLUXOGRAMA DE MANEJO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

TABELA 30: AÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO PGRSS DAS UNIDADES DE SAÚDE PÚBLICA Coleta, transporte e destinação final A coleta, transporte e destinação final dos resíduos de serviços de saúde deverão ser realizados por empresa especializada. A empresa contratada deverá ter licença emitida pelo órgão ambiental para a coleta, transporte de cargas perigosas, tratamento ou destinação final e possuir os equipamentos necessários e em condições de transporte que minimizem qualquer impacto ao meio ambiente. Construir ou adequar os armazenamentos externos dos postos de saúde. O armazenamento externo corresponde a um depósito final onde os resíduos permanecerão até o momento da coleta externa. Este depósito deverá ser exclusivo para esta finalidade e deverá ser construído com acesso facilitado para os veículos coletores. Seu acesso deve ser restrito a funcionários da coleta.

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Adquirir lixeiras, contentores e materiais para o adequado manejo dos resíduos A obtenção de novas lixeiras e contentores fazem-se necessária para atender a segregação, manejo e armazenamento adequados para todos os tipos de resíduos gerados nas unidades de saúde. Ressalta a importância do fornecimento constante de embalagens apropriadas para acondicionamento de resíduos. Monitoramento Devido à quantidade de resíduos de serviços de saúde gerados, deverá reduzir com a implantação do PGRSS, o responsável por cada unidade deverá elaborar um banco de dados próprio onde estarão listados os tipos e quantidades de resíduos gerados. Através deste banco de dados será possível determinar a quantidade de resíduos que está sendo gerada no local. Poderá ser adotada a metodologia da contagem dos sacos de resíduos e das caixas de perfurocortantes antes de cada coleta e o período que foram coletados. Realizar treinamentos para todos os funcionários Deverão ser realizados treinamentos com o objetivo de capacitar todos os envolvidos no gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde, levando em consideração as características de todos os tipos de resíduos gerados nas Unidades de Saúde. Segurança do trabalhador Todas as pessoas envolvidas diretamente com o manuseio dos resíduos, devem submeter-se a exame médico admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional conforme legislações específicas para o serviço público. E ainda, todos os trabalhadores devem ser imunizados conforme o Programa Nacional de Imunização (PNI) que visa contribuir o controle de doenças infecto-contagiosas e imunopreviníveis. Todo funcionário que manusear resíduos infectantes deve sempre utilizar EPI, incluindo: gorro, óculos, máscaras, uniforme, luvas e botas. Criar pontos de recepção Propor nas Unidades de Saúde da Prefeitura pontos de recepção de resíduos de serviço de saúde gerados pela população como: remédios vencidos, agulhas utilizados pelos diabéticos, frasco de insulina, entre outros. Criar legislações específicas Criar uma Legislação específica referente à restrição de resíduos contaminantes na coleta convencional. Ampliar a coleta seletiva Ampliação da coleta seletiva de materiais recicláveis do Grupo D corretamente segregados, nos locais de prestação de serviços de saúde. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

Como exemplo de um conteúdo mínimo a ser exigido na apresentação dos PGRSS de todos os estabelecimentos particulares pode ser observada a tabela a seguir:

TABELA 31: MODELO DE CONTEÚDO EXIGIDO NO PGRSS ITENS CONTEÚDO

1. Identificação do estabelecimento:

- Razão Social - Nome de fantasia - Endereço, fone, fax e e-mail. - Área total construída (m) - Especialidade - Número de leitos, cadeiras (odonto), consultórios. - Nome dos profissionais que atuam no local, número do registro profissional. - Responsável Técnico pelo estabelecimento (Nome, RG, Profissão, Registro Profissional, fone, e-mail.). - Responsável técnico pelo plano (execução e elaboração) (Nome, RG, Profissão, Registro Profissional, fone, e-mail.).

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ITENS CONTEÚDO

2. Definição dos objetivos:

2.1. Descrever os resíduos gerados (Classificação) 2.2. Quantificar os resíduos gerados por Kg/mês, por grupo 2.3. Local de geração e fluxo dos resíduos, usar planta baixa ou layout (geradores acima de 120 l/mensais). 2.4. Manuseio, acondicionamento e identificação (Descrever como são acondicionados por grupo; Descrever como são os recipientes para acondic.) 2.5. Coleta interna (Materiais usados, freqüência e horário de coleta). 2.6. Triagem de material reciclável 2.7. Tratamento Intra-unidade (Descrever o tipo de tratamento, local e eficácia do mesmo). 2.8. Armazenamento Intermediário e Externo (Usar planta baixa para especificar a sala de resíduos, abrigos internos e externos, especificado por grupo os resíduos que serão armazenados). (geradores acima de 120lts/mês) 2.9. Coleta externa (Descrever por grupo o tratamento, coleta e empresa responsável, de acordo com cada grupo; Licenciamento ambiental). 2.10. Tratamento externo e destino final (Descrever o tratamento de cada grupo, técnica e empresa responsável, com endereço, CGC, responsável técnico, licença ambiental e outros dados importantes). 2.11. Higienização e Limpeza (Rotina, com procedimentos e materiais. Do local de geração ao abrigo externo).

3. Saúde e segurança do trabalho

3.1. Atuação da CIPA 3.2. Atuação do CCIH 3.3. Programa de capacitação e educação continuada (para todos os tipos geradores)

4. Equipe de trabalho PGRSS

4.1. Definição da equipe do PGRSS. 4.2. Coleta interna e disposição intermediária. 4.3. Atribuições e responsabilidades da equipe.

5. Implementação do PGRSS:

5.1. Avaliação da atuação do plano 5.2. Programa de impacto ambiental (geradores acima de 120lts/mensais) 5.3. Fluxograma PGRSS

Fonte: ECOTECNICA, 2008

3.4.4 Geradores Particulares de RSS

Em relação às unidades de saúde particulares, sugere-se que a Prefeitura Municipal de Rio Negro faça um cadastramento desses estabelecimentos de acordo com a quantidade de resíduos por elas gerada classificando-as de acordo com seu porte: grandes ou pequenas geradoras. Este cadastramento e classificação subsidiarão o tipo de PGRSS a ser elaborado e implantado pelos prestadores particulares de serviços de saúde, possibilitando para os pequenos geradores a elaboração de um plano simplificado, através do preenchimento de formulários. Ressalta a importância da efetivação de uma fiscalização por parte da vigilância sanitária, perante a elaboração dos PGRSS e de sua respectiva implantação.

3.4.5 Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s

Atendendo as exigências da Norma Brasileira NBR 12809 – Manuseio de resíduos de serviços de saúde, os funcionários envolvidos no manuseio dos resíduos infectantes deverão utilizar equipamentos de proteção

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individual, incluindo: gorro, óculos, máscaras, uniforme, luvas e botas. A Tabela 32, a seguir, descreve as principais características dos equipamentos de segurança individual.

TABELA 32: EPI PARA O MANUSEIO DE RESÍDUOS DO GRUPO A EPI CARACTERÍSTICAS

Uniforme Calça comprida e camisa com manga, de no mínimo ¾, de tecido resistente e de cor clara específico para o uso do funcionário do serviço de forma a identificá-lo de acordo com a sua função.

Luvas Serão de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara, preferencialmente branca, antiderrapante e de cano longo.

Botas Serão de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara, preferencialmente branca, com cano ¾ e solado antiderrapante.

Gorro De cor branca, e de forma a proteger os cabelos. Máscara Deve ser respiratória, tipo semifacial e impermeável.

Óculos Com lente panorâmica, incolor, ser de plástico resistente, com armação em plástico flexível, com proteção lateral e válvulas para ventilação.

Avental PVC, impermeável e de médio comprimento. Fonte: NBR 12809

FIGURA 16: EXEMPLO DE MANUSEIO DE RESÍDUO POTENCIALMENTE INFECTANTE COM UTILIZAÇÃO DE EPI Fonte: ECOTÉCNICA, 2004

3.4.6 Resumo das Proposições

O Quadro 4 a seguir, apresenta as principais propostas referentes ao adequado gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde.

QUADRO 4: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE PGRSS – Planos de Gerenciamento de Resíduos Serviço de Saúde em estabelecimentos de saúde públicos Revisão e implementação do PGRSS das Unidades de saúde Públicas. Pontos (postos) de Recepção Estimular a criação de pontos (postos) de recepção para coleta dos resíduos gerados (remédios vencidos, frascos de

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insulinas, etc.) pela população. Coleta Seletiva nas Unidades Públicas de Saúde Visto que nas unidades de serviço de saúde também há a geração de materiais recicláveis (ex: caixa de remédios, embalagens de papelão e plásticos, etc.) recomenda-se que o Programa de Coleta Seletiva seja implantado nas Unidades Públicas de Saúde. Elaborar um Folder Folder com orientações e instruções para que as unidades de saúde particulares possam ter fundamentos na elaboração dos seus PGRSS – Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde Treinamento Recomenda-se que seja realizado treinamento dos funcionários com o objetivo de capacitar todos os envolvidos no gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde, levando em consideração as características de todos os tipos de resíduos gerados nas Unidades de Saúde. Cadastramento das Unidades de Saúde Particulares Cadastramento de todas as Unidades de Saúde Particulares existentes no município PGRSS – Planos de Gerenciamento de Resíduos Serviço de Saúde em estabelecimentos de saúde particulares Exigência da apresentação do PGRSS para Empreendimentos particulares prestadores de Serviço de Saúde e Hospitalar Fiscalização Melhoria da fiscalização ambiental na questão do manejo, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos, com objetivo de diminuir os conflitos. Em vistas de inconformidades, deverá ser estabelecido prazo para adequação destas e um alerta a sujeito à multa em caso de não cumprimento das obrigações. Em caso de não regularização poderá resultar em suspensão da coleta até que sejam obedecidas as normas contidas nas leis municipais. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

33..55 RReessíídduuooss EEssppeecciiaaiiss

3.5.1 Legislação

3.5.1.1 Federal

As legislações federais referentes aos resíduos especiais podem ser consultadas na Tabela 33 abaixo, sendo mais comentadas nos itens a seguir referentes a cada tipo de resíduo especial.

TABELA 33: LEGISLAÇÕES FEDERAIS SOBRE RESÍDUOS ESPECIAIS. RESÍDUO ESPECIAL LEGISLAÇÃO

PILHAS E BATERIAS Resolução CONAMA nº. 257, de 30 de junho de 1.999 Resolução CONAMA n°. 263 de 12 de novembro de 1999

LÂMPADAS FLUORESCENTES Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981 Lei nº. 10.165, de 27 de dezembro de 2000

ÓLEOS E GRAXAS Resolução CONAMA n° 362 de 23 de junho de 2005 PNEUS Resolução CONAMA nº. 258, de 26 de agosto de 1999

AGROTÓXICOS Lei n°. 7.802, de 11 de julho de 1989 Lei n°. 9.974 de 6 de junho de 2000 Resolução CONAMA nº. 334 de 3 de abril de 2003

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

3.5.1.2 Estadual

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No Paraná a Lei Estadual nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1999, estabelece os princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e outras providências. Ficam definidos pela legislação que: Art. 4º As atividades geradoras de resíduos sólidos, de qualquer natureza, são responsáveis pelo seu acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, disposição final, pelo passivo ambiental oriundo da desativação de sua fonte geradora, bem como pela recuperação de áreas degradadas. Art. 5º Os resíduos sólidos deverão sofrer acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final adequados, atendendo as normas aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e as condições estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, respeitadas as demais normas legais vigentes. O Art. 6º desta Lei complementa ainda que o acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final os resíduos sólidos classificados em Classe 1 - Perigosos, Classe 2 - Não Inertes e Classe 3 - Inertes, deverão estar conforme estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e pelas normas do Instituto Ambiental do Paraná - IAP.

3.5.2 Responsabilidades

3.5.2.1 Responsabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro

É de responsabilidade da responsabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente:

A definição do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos referente aos resíduos especiais em estudo, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental e outras orientações regulamentares.

A designação de profissional, para exercer a função de Responsável pela implantação e fiscalização do PGIRS em todos os pontos de devolução, estabelecimentos comerciais que comercializam o produto e redes de assistência técnica autorizadas.

A capacitação, o treinamento e a manutenção de programa de educação continuada para o pessoal envolvido na gestão e manejo dos resíduos.

Fazer constar nos termos de licitação e de contratação sobre os serviços referentes à coleta, ao transporte e à destinação de resíduos especiais, as exigências de comprovação de capacitação e treinamento dos funcionários das firmas prestadoras de serviço de limpeza e conservação que pretendam atuar nos transporte, tratamento e destinação final destes resíduos.

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Requerer das empresas prestadoras de serviços terceirizados a Licença Ambiental do IAP de coleta, transporte e destinação final dos resíduos.

Manter cópia do PGIRS disponível em cada ponto ou estabelecimento de coleta para consulta sob solicitação da autoridade sanitária ou ambiental competente, dos empresários, funcionários e ao público em geral.

A responsabilidade, por parte dos detentores de registro de produto que gere resíduo classificados na Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96), de fornecer informações documentadas referentes ao risco e disposição final do produto ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar o produto até o gerador do resíduo.

3.5.2.2 Responsabilidade das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizados

É de responsabilidade das empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para as operações de coleta, transporte ou destinação final dos resíduos, ou de licença de operação fornecida pelo órgão público responsável pela limpeza urbana para os casos de operação exclusiva de coleta.

TABELA 34: RESPONSABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS ETAPAS RESPONSABILIDADE

Coleta Prefeitura; Empresas terceirizadas.

Armazenamento Pontos de devolução; Estabelecimentos comerciais que comercializam o produto; Redes de assistência técnica autorizadas.

Transporte Prefeitura; Empresas terceirizadas

Destinação final Responsabilidade do fabricante* Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

* Apesar de ainda não existir uma legislação que regulamente a destinação final de lâmpadas fluorescentes, pode ser enquadrado conforme as legislações de pilhas e baterias, pneumáticos e óleos e graxas cujos fabricantes são responsabilizados pela destinação final do resíduo.

3.5.2.3 Responsabilidade dos Geradores e Fabricantes

É de responsabilidade do fabricante e do importador de produtos que gere resíduos classificados na Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96) fornecer informação documentada referente ao risco inerente ao manejo e destinação final do produto ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar o produto até o gerador do resíduo. É de responsabilidade dos fabricantes a apresentação de documento aos geradores de resíduos especiais, certificando a responsabilidade pela destinação final dos resíduos especiais, de acordo com as orientações dos órgãos de meio ambiente.

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3.5.3 Pilhas e Baterias

3.5.3.1 Legislação

3.5.3.1.1 Federal

A Resolução CONAMA nº. 257, de 30 de junho de 1.999, estabelece procedimentos especiais ou diferenciados para destinação adequada quando do descarte de pilhas e baterias usadas, para evitar impactos negativos ao meio ambiente. Com base nesta Resolução e ainda na Resolução CONAMA n°. 263 de 12 de novembro de 1999, que regulamentam a destinação final dos resíduos de pilhas e baterias4, recomenda-se que a devolução das pilhas e baterias, após seu esgotamento energético, seja realizada pelo próprio cidadão nos locais devidamente autorizados5 pela prefeitura como pontos de devolução ou nas redes técnicas autorizadas pelos fabricantes e importadores de pilhas e baterias. As pilhas e baterias que atendem aos limites previstos pela Resolução CONAMA nº. 257, poderão ser dispostas juntamente com os resíduos domésticos em aterros sanitários licenciados, conforme demonstrado na Tabela 35 a seguir:

TABELA 35: LIMITES ESTABELECIDOS PARA O DESCARTE DE PILHAS E BATERIAS.

FABRICAÇÃO TIPO DE PILHA/ BATERIA

Zinco-Manganês Alcalina-Manganês Pilhas Miniatura e Botão

A partir de 1° de janeiro de 2000 0,025% em peso de mercúrio 25 mg de mercúrio por elemento 0,025% em peso de cádmio 0,400% em peso de chumbo,

A partir de 1° de janeiro de 2001 0,010% em peso de mercúrio 25 mg de mercúrio por elemento 0,015% em peso de cádmio 0,200% em peso de chumbo

Fonte: Resolução CONAMA nº. 257, de 30 de junho de 1999 e Resolução CONAMA n°. 263 de 12 de novembro de 1999.

3.5.3.2 Acondicionamento e Armazenamento Temporário

Cada cidadão tem como responsabilidade identificar e realizar a triagem das pilhas e baterias dos demais resíduos domésticos e encaminhá-los aos postos de coleta autorizados.

4 Art. 1°. As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. 5 Art. 3°. Os estabelecimentos que comercializam os produtos descritos no art.1°, bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos, ficam obrigados a aceitar dos usuários a devolução das unidades usadas, cujas características sejam similares àquelas comercializadas, com vistas aos procedimentos referidos no art.1°.

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Em cada posto de coleta deverá haver uma estrutura mínima para receber os resíduos, sendo que o estabelecimento deverá tomar todas as precauções necessárias em todas as etapas do manejo do resíduo (coleta, armazenamento e manuseio) conforme especifica as normas e legislações vigentes. Antes dos resíduos serem dispostos, as lixeiras deverão estar corretamente acondicionadas e identificadas com simbologias, assim como os tipos de armazenamento e transportes para resíduos perigosos, no caso as pilhas e baterias, deverão estar em conformidade com as normas técnicas da ABNT, como pode ser visto na Tabela 36.

TABELA 36: TABELA RESUMO SOBRE PILHAS E BATERIAS.

CLASSIFICAÇÃO Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96) Classe I – Perigosos (Resolução CONAMA 275 de 25/04/2001)

ARMAZENAMENTO Armazenamento de resíduos: NBR 12.235/88 Procedimento para resíduos: Classe I

TRANSPORTE Transporte de resíduos: NBR 13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

DESTINAÇÃO Reciclagem por empresas produtoras/importadores ou terceiros prestadores de serviço. Fonte: FIESP/CIESP, 2003.

Na Figura 17 abaixo, pode ser observada o fluxograma das etapas e estruturas mínimas necessárias.

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FIGURA 17: ESTRUTURA PARA COLETA DE PILHAS E BATERIAS. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

As pilhas e baterias deverão ser recebidas, acondicionadas e armazenadas adequadamente de forma segregada, obedecendo às normas ambientais e de saúde públicas pertinentes, bem como as recomendações definidas pelos fabricantes ou importadores, até o seu repasse a estes últimos. O armazenamento deverá ser como forma temporária de espera para reciclagem, recuperação, tratamento e/ou disposição final, pode ser realizado em bombonas, tambores, própria embalagem original e em caixas de papelão próprias para o recolhimento de vários tipos de resíduos, devendo também ser observada a periculosidade de cada resíduo.

ESTRUTURA PARA COLETA DE PILHAS E BATERIAS

EMPRESA TERCEIRIZADA

PONTOS DE DEVOLUÇÃO COM IDENTIFICAÇÃO (cartaz/adesivo)

LIXEIRAS DA COLETA DE PILHAS E BATERIAS COM SIMBOLOGIA PARA

RESÍDUO PERIGOSO

CONTAINER COM SIMBOLOGIA PARA RESÍDUO PERIGOSO

CAIXAS, TAMBORES, BOMBONAS COM SIMBOLOGIA PARA

RESÍDUO PERIGOSO

LOCAL ADEQUADO PARA O ARMAZENAMENTO

COLETA

ARMAZENAMENTO

TRANSPORTE

DESTINAÇÃO FINAL

EMPRESA TERCEIRIZADA

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TABELA 37: FORMAS DE ARMAZENAMENTO DAS PILHAS E BATERIAS. TIPOS DE BATERIAS ARMAZENAMENTO

Baterias automotivas (Bateria de Chumbo-Ácido) Container Baterias Industriais (Bateria de Chumbo-Ácido) Baterias de aparelhos celulares e outros aparelhos que utilizam pilhas e baterias recarregáveis (Pilhas e Baterias de Níquel-Cádmio)

Caixa Tambor Bombona

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

A Tabela 38 lista as condições de armazenamento segundo a NBR 12.235 que regulamenta sobre o armazenamento de resíduos sólidos perigosos.

TABELA 38: CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO SEGUNDO A NBR 12.235. CONDIÇÕES

Os contêineres e/ou tambores devem ser armazenados, preferencialmente, em áreas cobertas e bem ventiladas. Os recipientes são colocados sobre base de concreto ou outro material que impeça a lixiviação e percolação de substâncias para o solo e águas subterrâneas. A área deve possuir ainda um sistema de drenagem e captação de líquidos contaminados para que sejam posteriormente tratados. Os contêineres e/ou tambores devem ser devidamente rotulados de modo a possibilitar uma rápida identificação dos resíduos armazenados. A disposição dos recipientes na área de armazenamento deve seguir as recomendações para a segregação de resíduos de forma a prevenir reações violentas por ocasião de vazamentos ou, ainda, que substâncias corrosivas possam atingir recipientes íntegros. Em alguns casos é necessário o revestimento dos recipientes de forma a torná-los mais resistentes ao ataque dos resíduos armazenados. Fonte: NBR 12.235.

As baterias que não estiverem totalmente descarregadas devem ser estocadas de forma que seus eletrodos não entrem em contato com os eletrodos das outras baterias ou com um objeto de metal, por exemplo, a parte de dentro de um tambor de metal. As baterias de níquel-cádmio que não estiverem totalmente descarregadas deverão ser colocadas, individualmente em sacos plásticos (Figura 18), bem como para baterias chumbo-ácido deverão ser colocadas em caixas de papelão (Figura 19) pode inclusive ser a própria caixa de embalagem do produto antes de serem colocadas junto com outras baterias.

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FIGURA 18: SACO PARA RESÍDUO ESPECIAL. Fonte: DIX HIGIENE, 2006.

FIGURA 19: CAIXA DE COLETA PARA BATERIAS USADAS CHUMBO-ÁCIDO. Fonte: SEMA, 2005.

Na Figura 20 e Figura 21 podem ser observados alguns tipos de coletores encontrados nas redes técnicas autorizadas.

FIGURA 20: CAIXA DE COLETA PARA BATERIAS USADAS NI-CD – SONY. Fonte: SONY, 2006.

FIGURA 21: CAIXA DE COLETA PARA BATERIAS USADAS NI-CD – PANASONIC. Fonte: SEMA, 2005.

Nas figuras abaixo podem ser observados modelos a serem colocados nos pontos de devolução de pilhas e baterias do município. Nas lixeiras poderá ser adicionado um adesivo representativo com o símbolo da campanha de coleta do município para melhorar a identificação da população com o programa de forma integrada.

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FIGURA 22: LIXEIRA PARA COLETA DE PILHAS E BATERIAS. Fonte: NATURALLIMP, 2006.

FIGURA 23: COLETOR DE PAREDE PARA PILHAS E BATERIAS. Fonte: NATURALLIMP, 2006.

3.5.3.3 Coleta

3.5.3.3.1 Redes Técnicas autorizadas pelos fabricantes e importadores de pilhas e baterias

O recolhimento de baterias de telefones celulares já é um procedimento relativamente comum no Brasil. Pode ser consultada uma listagem de Redes Técnicas autorizadas de recolhimento disponíveis no site do MMA - Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br). Na Tabela 39 abaixo pode ser observada algumas Redes Técnicas autorizadas segundo o tipo da marca do produto.

TABELA 39: REDES TÉCNICAS AUTORIZADAS DE RECOLHIMENTO DE PILHAS E BATERIAS. PILHAS/

BATERIAS MARCAS LOCALIZAÇÃO DAS REDES TÉCNICAS AUTORIZADAS

BATERIAS AUTOMOTIVAS

Delphi

http://www.mma.gov.br/port/sqa/prorisc/pilhasba/coletas/automoti/corpo.html

Enertec-Durex Enertec-Heliar Moura RDM Moura RDZ Randopar Cral TUDOR

PILHAS E BATERIAS

Siemens

http://www.mma.gov.br/port/sqa/prorisc/pilhasba/coletas/baterias/corpo.html Phillips Braun/Gillette do Brasil Panasonic Sony

BATERIAS INDUSTRIAIS

Fulguris - NEWPOWER Newpower Sistemas de Energia Ltda.

http://www.mma.gov.br/port/sqa/prorisc/pilhasba/coletas/industriais.html Saft Nife - SAFT NIFE Sistemas Elétricos Ltda. Yuasa (Narvit) - Acumuladores Narvit Ltda.

Fonte: MMA, 2006.

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3.5.3.3.2 Pontos de Devolução

ÁREA URBANA Na área urbana, recomenda-se que o recebimento dos resíduos de pilhas e baterias seja realizado por meio dos próprios estabelecimentos que comercializam tais produtos, assim como das redes de assistência técnica autorizadas pelos fabricantes e importadores de pilhas e baterias. Tendo em vista que farmácias, escolas e clínicas são locais que devem ser higienizados, limpos e de máximo asseio, objetivando assim evitar que se junte qualquer tipo de resíduo nesses locais, principalmente aqueles considerados potencialmente perigosos ou agressivos, como é o caso das pilhas e baterias, recomenda-se que sejam focados na área urbana como pontos de devolução das pilhas e baterias, locais principalmente como supermercados, postos de venda de celulares, distribuidores de peças elétricas, autopeças, entre outros. Na Tabela 40 abaixo pode ser visto algumas sugestões de pontos de devolução segundo o tipo de bateria.

TABELA 40: SUGESTÕES DE PONTOS DE DEVOLUÇÃO DE PILHAS E BATERIAS NA ÁREA URBANA.

TIPOS DE BATERIAS SUGESTÕES DE PONTOS DE DEVOLUÇÃO

Baterias automotivas (Bateria de Chumbo-Ácido)

Distribuidores ou locais de revenda de baterias automotivas, comércio de acumuladores, mecânicas e autopeças que trocam e/ou vendem baterias automotivas, entre outros.

Baterias Industriais (Bateria de Chumbo-Ácido)

Distribuidores ou locais de revenda de baterias industriais, comércio de acumuladores industriais, etc.

Baterias de aparelhos celulares e outros aparelhos que utilizam pilhas e baterias recarregáveis (Pilhas e Baterias de Níquel-Cádmio)

Postos de venda ou revenda de celulares, mercados, supermercados, comércio de pilhas e baterias.

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

A prefeitura deverá identificar e convocar os estabelecimentos julgados adequados para ajustamento como pontos de devolução dos resíduos de pilhas e baterias. Além disso, a prefeitura deverá realizar orientar tais estabelecimentos sobre o resíduo a ser coletado como formas de manuseio, armazenamento, legislações pertinentes, responsabilidades etc. ÁREA RURAL Visando à participação da população rural com o programa, considerando ainda a distância das residências aos pontos de devolução bem como das redes autorizadas futuramente localizados na área urbana, recomenda-se que sejam focados na área rural como pontos de devolução e coleta das pilhas e baterias alguns postos de saúde localizados na região rural. Lembrando que além das farmácias, escolas e clínicas, os postos de saúde também são locais que devem ser limpos, higienizados e de máximo asseio, sendo assim, algumas precauções deverão ser tomadas nesses estabelecimentos como:

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Treinamento de todos os funcionários para recebimento, armazenamento e manuseio adequado dos resíduos.

Os produtos deverão ser entregues pela população rural aos funcionários do posto de saúde que se encarregarão de armazenar devidamente o resíduo.

A armazenagem de baterias usadas de chumbo-ácido deverá ser feita em local coberto, com piso apropriado (concreto), com muretas, canaletas ou recipiente tal que se possa ser usado como contenção. Em caso de vazamento, devem ser mantidas separadas de baterias novas e de outros produtos.

O local de armazenamento deverá estar fora do alcance das pessoas que utilizam o serviço dos postos de saúde, bem como não deverá estar em nenhuma área de serviço do posto de saúde.

TABELA 41: SUGESTÕES DE PONTOS DE DEVOLUÇÃO DE PILHAS E BATERIAS NA ÁREA RURAL.

TIPOS DE BATERIAS SUGESTÕES DE PONTOS DE DEVOLUÇÃO Baterias automotivas (Bateria de Chumbo-Ácido)

Postos de Saúde localizados na área rural Baterias Industriais (Bateria de Chumbo-Ácido) Baterias de aparelhos celulares e outros aparelhos que utilizam pilhas e baterias recarregáveis (Pilhas e Baterias de Níquel-Cádmio) Fonte: FIESP/CIESP, 2003.

A prefeitura deverá identificar e convocar os postos de saúde mais adequados para ajustamento como pontos de devolução e devolução dos resíduos de pilhas e baterias, bem como dar orientação e material sobre o resíduo a ser coletado.

3.5.3.3.3 Identificação dos Pontos de devolução

Recomenda-se que para identificação dos pontos de devolução seja elaborado um adesivo ou cartaz com a identificação do local como ponto de coleta e distribuído aos devidos estabelecimentos autorizados pela prefeitura. O adesivo/cartaz deverá ser elaborado com simbologia e/ou conteúdo fácil cuja função principal é facilitar a identificação dos pontos de devolução pela população. Além disso, o adesivo/cartaz deve ser colocado ou posicionado num local visível a todos. Como por exemplo, na Figura 24 pode ser visto o cartaz da ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, chamando a responsabilidade do consumidor e revendedor na preservação do meio ambiente, bem como para indicar um ponto de devolução e coleta das baterias veiculares.

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FIGURA 24: FOLDER/CARTAZ DA ABINEE PARA COLETA DE BATERIAS VEICULARES. Fonte: ABINEE, 2006.

Neste item é importante que a prefeitura, em suas campanhas, esclareça quais os tipos de pilhas e baterias que podem ou não ser descartadas na coleta de resíduo doméstico. A prefeitura deverá realizar a divulgação dos pontos de devolução de pilhas e baterias de maneira que aborde toda a população das áreas urbana e rural.

3.5.3.4 Transporte

Recomenda-se que transporte seja realizado por uma prestadora de serviço terceirizado, conforme as indicações que seguem nos itens adiante. Caso seja de interesse da prefeitura em assumir a coleta e transporte dos resíduos de pilhas e baterias, a mesma deverá assumir e seguir as condutas de procedimento e segurança segundo as legislações vigentes. O transporte, procedimento simbologia deverá estar de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e legislações referentes, como o Decreto Lei nº. 96.044 de 18 de maio de 1988, que trata do transporte rodoviário de produtos perigosos, legislação e normas técnicas complementares. Seguem abaixo algumas recomendações:

Os veículos deverão ter afixados painéis de segurança (placas), contendo número de identificação do risco do produto e número produto: 88/2794, e rótulos de risco (placa de corrosivo) conforme NBR 8.500, com motorista credenciado e carga lonada ou caminhão furgão.

O veículo deverá ter “kit de emergência” e EPI. O motorista deve manter envelope com ficha de emergência com instruções para acidentes, incêndio,

ingestão, inalação, fone de contato etc.

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3.5.3.5 Destinação Final

Conforme o Art. 14. da Lei Estadual nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1999 é proibido, em todo o território do Estado do Paraná, as seguintes formas de destinação final de resíduos sólidos:

Lançamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais; Queima a céu aberto; Lançamento em corpos d’água, manguezais, terrenos baldios, redes públicas, poços e cacimbas,

mesmo que abandonados; Lançamento em redes de drenagem de águas pluviais, de esgotos, de eletricidade, e de telefone.

Os parágrafos seguintes do mesmo artigo complementam que: § 1º O solo e o subsolo somente poderão ser utilizados para armazenamento, acumulação ou disposição final de resíduos sólidos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma tecnicamente adequada, estabelecida em projetos específicos, obedecidas às condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP. § 2º A queima de resíduos sólidos a céu aberto poderá ser autorizada, pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, somente em caso de emergência sanitária, reconhecida pela Secretaria de Estado da Saúde ou pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. § 3º O lançamento de resíduos sólidos em poços desativados poderá ser autorizado mediante as condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP. O Art. 15. Estabelece também que os depósitos de resíduos sólidos a céu aberto existentes são brigados a se adequarem ao disposto na presente Lei, e às normas aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e condições estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, num prazo de um (1) ano, a contar da data da publicação da Lei. Além da legislação estadual, o art. 8° da Resolução CONAMA nº. 257 de 30 de junho de 1999, proíbe as seguintes destinações finais de pilhas e baterias usadas de quaisquer tipos:

Lançamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais; Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não adequados, conforme

legislação vigente; Lançamento em corpos d'água, praias, manguezais, terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades

subterrâneas, em redes de drenagem de águas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação.

A Tabela 42 abaixo demonstra os tipos de pilhas e baterias que podem ter como destinação final o resíduo doméstico.

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TABELA 42: PILHAS E BATERIAS DESTINADAS À COLETA DE RESÍDUO DOMÉSTICO TIPO / SISTEMA APLICAÇÃO MAIS USUAL DESTINAÇÃO FINAL Comuns e Alcalinas: Zinco/Manganês Alcalina/Manganês

Brinquedo, lanterna, rádio, controle remoto, rádio-relógio, equipamento fotográfico, pager, walkman Resíduo doméstico

Especial: Níquel-metal-hidreto (NiMH)

Telefone celular, telefone sem fio, filmadora, notebook Resíduo doméstico

Especial: Íons de lítio Telefone celular e notebook Resíduo doméstico

Especial: Zinco-Ar Aparelhos auditivos Resíduo doméstico

Especial: Lítio

Equip. fotográfico, relógio, agenda eletrônica, calculadora, filmadora, note book, computador, videocassete

Resíduo doméstico

Especial: Tipo botão e miniatura, de vários sistemas

Equipamento fotográfico, agenda eletrônica, calculadora, relógio, sistema de segurança e alarme. Resíduo doméstico

Fonte: AMBIENTEBRASIL, 2006.

A Tabela 43 mostra os tipos de pilhas e baterias que possuem a destinação final do produto ou do resíduo de responsabilidade do fabricante e/ou do importador de produto, e que deverão estar em acordo com as legislações vigentes.

TABELA 43: PILHAS E BATERIAS DESTINADAS AO RECOLHIMENTO TIPO / SISTEMA APLICAÇÃO MAIS USUAL DESTINAÇÃO FINAL

Bateria de chumbo ácido Indústrias, automóveis, filmadoras. Devolver ao fabricante ou importador Pilhas e Baterias de níquel cádmio

Telefone celular, telefone sem fio, barbeador e outros aparelhos que usam pilhas e baterias recarregáveis. Devolver ao fabricante ou importador

Pilhas e Baterias de óxido de mercúrio

Instrumentos de navegação e aparelhos de instrumentação e controle Devolver ao fabricante ou importador

Fonte: AMBIENTEBRASIL, 2006.

3.5.4 Lâmpadas Fluorescentes

3.5.4.1 Legislação

3.5.4.1.1 Federal

Ainda não há uma legislação específica que regulamente o descarte de lâmpadas fluorescentes. O CONAMA também não apresenta resoluções referentes às lâmpadas, o Ministério do Meio Ambiente aguarda aprovação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Mesmo que deficiente no embasamento legal, é sabido quanto aos impactos negativos do descarte de lâmpadas fluorescentes devendo, portanto, adotar os mesmos princípios das legislações existentes para pilhas e baterias (resolução 257 e 263 do CONAMA – Conselho nacional do Meio Ambiente) e/ou pneus (resolução 258 do

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CONAMA), onde cabe aos revendedores a coletar e destinar os resíduos aos fabricantes, para dar o tratamento e a destinação mais adequada. Existem requisitos legais exigidos às empresas que realizam atividades de tratamento e recuperação do mercúrio por meio das lâmpadas fluorescentes. Conforme estipulado pela Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pela Lei nº. 10.165, de 27 de dezembro de 2000, as empresas que realizam a recuperação de mercúrio deverão fazer parte do "Cadastro Técnico Federal - Atividades Potencialmente Poluidoras", emitido anualmente pelo IBAMA. Com base no Decreto Federal n°. 97.634, de 10 de abril de 1989, bem como nas Portarias do IBAMA nº. 32, de 12 de maio de 1995 e nº. 46, de 06 de maio de 1996, que dispõem sobre o controle da produção e da comercialização de substância que comporta risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, em específico para o Mercúrio Metálico, as empresas que realizam o tratamento e recuperação de mercúrio a partir de lâmpadas são obrigadas a possuir o Cadastro Técnico Federal. Além disso, para as atividades acima descritas é realizado o recolhimento das taxas: "Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA", "Taxa de produção de Mercúrio", e "Taxa de comercialização de Mercúrio". Devendo apresentar ao IBAMA relatórios periódicos das quantidades de mercúrio produzidos e comercializados.

3.5.4.2 Acondicionamento e Armazenamento Temporário

Cada cidadão tem como responsabilidade realizar a triagem das lâmpadas fluorescentes dos demais resíduos domésticos e encaminhá-los aos postos de coleta autorizados. Em cada posto de coleta deverá haver uma estrutura mínima para o recebimento e armazenamento dos resíduos, sendo que todas as precauções necessárias deverão ser tomadas em todas as etapas de manejo do resíduo, conforme especificam as normas e legislações vigentes. Antes dos resíduos serem dispostos para a coleta, as lixeiras deverão estar corretamente acondicionadas e identificadas conforme as normas técnicas da ABNT que regulamentam as formas de armazenamento, transporte e simbologias para resíduos de lâmpadas fluorescentes, como pode ser visto na Tabela 44.

TABELA 44: TABELA RESUMO SOBRE LÂMPADAS FLUORESCENTES. CLASSIFICAÇÃO Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96)

ARMAZENAMENTO Armazenamento de resíduos: NBR 12.235/88 Procedimento para resíduos: Classe I

TRANSPORTE Transporte de resíduos: NBR 13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

DESTINAÇÃO Reciclagem por empresas de recuperação de lâmpadas fluorescentes. Fonte: FIESP/CIESP, 2003.

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Na Figura 25 a seguir, pode ser observado um fluxograma das etapas e estruturas mínimas necessárias.

FIGURA 25: ESTRUTURA PARA COLETA DE LÂMPADAS FLUORESCENTES. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

As lâmpadas fluorescentes deverão ser recebidas, acondicionadas e armazenadas adequadamente de forma segregada, obedecendo às normas ambientais e de saúde públicas pertinentes, bem como as recomendações definidas pelos fabricantes ou importadores, até o seu repasse a estes últimos. O armazenamento deverá ser como forma temporária de espera para reciclagem, recuperação, tratamento e/ou disposição final, pode ser realizado em bombonas, tambores, própria embalagem original e em caixas de papelão próprias para o recolhimento de vários tipos de resíduos. Devendo ser observada a periculosidade de cada resíduo.

DESTINAÇÃO FINAL

ESTRUTURA PARA COLETA DE LÂMPADA FLUORESCENTE

EMPRESA TERCEIRIZADA

PONTOS DE DEVOLUÇÃO COM IDENTIFICAÇÃO (cartaz/adesivo)

LIXEIRAS DA COLETA DE LÂMPADA FLUORESCENTE COM SIMBOLOGIA

EMPRESA TERCEIRIZADA

CAIXAS DE PAPELÃO SIMBOLOGIA PARA RESÍDUO PERIGOSO

LOCAL ADEQUADO PARA O ARMAZENAMENTO

COLETA

ARMAZENAMENTO

TRANSPORTE

CONTAINER COM SIMBOLOGIA PARA RESÍDUO PERIGOSO

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TABELA 45: FORMAS DE ARMAZENAMENTO DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES. RESÍDUO ARMAZENAMENTO

Lâmpadas fluorescentes Caixas de papelão e Container Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

A Tabela 46 lista as condições de armazenamento segundo a NBR 12.235 que regulamenta sobre Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.

TABELA 46: CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO SEGUNDO A NBR 12.235. CONDIÇÕES

Os contêineres e/ou tambores devem ser armazenados, preferencialmente, em áreas cobertas e bem ventiladas. Os recipientes são colocados sobre base de concreto ou outro material que impeça a lixiviação e percolação de substâncias para o solo e águas subterrâneas. A área deve possuir ainda um sistema de drenagem e captação de líquidos contaminados para que sejam posteriormente tratados. Os contêineres e/ou tambores devem ser devidamente rotulados de modo a possibilitar uma rápida identificação dos resíduos armazenados. A disposição dos recipientes na área de armazenamento deve seguir as recomendações para a segregação de resíduos de forma a prevenir reações violentas por ocasião de vazamentos ou, ainda, que substâncias corrosivas possam atingir recipientes íntegros. Em alguns casos é necessário o revestimento dos recipientes de forma a torná-los mais resistentes ao ataque dos resíduos armazenados. Fonte: NBR 12.235

As lâmpadas fluorescentes podem ser acondicionadas nas caixas de papelão de embalagem originais, essa providência, além de reduzir o risco de quebra de lâmpadas, melhora a operação de descarga em nossa fábrica. Se possível, acomodar essas caixas dentro de um contêiner adequado (metálico ou de madeira). Devem-se evitar choques no carregamento, manuseio e transporte do contêiner. Se for utilizada empilhadeira, posicionar corretamente seus garfos não permitindo que eles forcem a chapa da base do contêiner. O envio de lâmpadas tipo bulbo (de vapor de mercúrio, vapor de sódio, luz mista ou similares) pode ser também feito em tambores fechados, tomando-se a precaução de acondicioná-las, de preferência em suas embalagens originais, para não se quebrarem no transporte. O acondicionamento em tambores não é recomendado para lâmpadas fluorescentes tipo tubo, que requerem acondicionamento especial, tal como citados acima. Na Figura 26 pode ser observada uma caixa de papelão como tipo de coletor para lâmpadas fluorescentes.

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FIGURA 26: CAIXA DE COLETA PARA LÂMPADAS FLUORESCENTE. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

3.5.4.3 Coleta

A prefeitura deverá identificar e convocar os estabelecimentos adequados para ajustamento como pontos de devolução dos resíduos, bem como dar orientação e material sobre o resíduo a ser coletado. Neste caso indica-se que seja realizado em conjunto com a coleta de pilhas e baterias.

3.5.4.3.1 Pontos de devolução

Os pontos de recebimento dos resíduos de lâmpadas fluorescentes poderá ser realizado por meio do próprio estabelecimento que comercializa os produtos de lâmpadas fluorescentes, devendo o estabelecimento tomar todas as precauções necessárias para o manejo do resíduo (coleta, armazenamento e manuseio) conforme especifica as normas e legislações vigentes. Recomenda-se a alternativa de realizar a coleta de lâmpadas fluorescentes em conjunto com a coleta de pilhas e baterias podendo inclusive compatibilizar os pontos de devolução para ambos resíduos: pilhas/baterias e lâmpadas fluorescentes.

3.5.4.3.2 Identificação dos Pontos de devolução

Recomenda-se que para identificação dos pontos de devolução seja elaborado e distribuído aos estabelecimentos autorizados pela prefeitura, um adesivo ou cartaz para identificação os locais de pontos de devolução. O adesivo/cartaz deverá ser elaborado com simbologia e/ou conteúdo fácil cuja função principal é facilitar a identificação dos pontos de devolução pela população. Além disso, o adesivo/cartaz deve ser distribuído nos devidos estabelecimentos e colocados em um local visível a todos.

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3.5.4.4 Transporte

Recomenda-se que transporte seja realizado por serviço terceirizado, conforme as indicações que seguem no item adiante. Contudo, a prefeitura poderá assumir a coleta e transporte dos resíduos de lâmpadas fluorescentes, desde que siga as condutas de procedimento e segurança segundo as legislações vigentes. O transporte deverá ser feito por caminhão contendo tarjas e simbologia referente ao material tóxico sendo transportado. Deve conter MTR, Ficha de Emergência e EPI’s de segurança. O procedimento e simbologia deverão estar de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e legislações referentes para resíduos perigosos como já citados anteriormente.

3.5.4.5 Destinação Final

Conforme o Art. 14. da Lei Estadual nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1999 é proibido, em todo o território do Estado do Paraná, as seguintes formas de destinação final de resíduos sólidos:

Lançamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais; Queima a céu aberto; Lançamento em corpos d' água, manguezais, terrenos baldios, redes públicas, poços e cacimbas,

mesmo que abandonados; Lançamento em redes de drenagem de águas pluviais, de esgotos, de eletricidade, e de telefone.

Os parágrafos seguintes do mesmo artigo complementa que: § 1º O solo e o subsolo somente poderão ser utilizados para armazenamento, acumulação ou disposição final de resíduos sólidos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma tecnicamente adequada, estabelecida em projetos específicos, obedecidas às condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP. § 2º A queima de resíduos sólidos a céu aberto poderá ser autorizada, pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, somente em caso de emergência sanitária, reconhecida pela Secretaria de Estado da Saúde ou pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. § 3º O lançamento de resíduos sólidos em poços desativados poderá ser autorizado mediante as condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP. O Art. 15. estabelece também que os depósitos de resíduos sólidos a céu aberto existentes são brigados a se adequarem ao disposto na presente Lei, e às normas aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e condições estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, num prazo de um (1) ano, a contar da data da publicação da Lei.

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3.5.5 Óleos e Graxas

3.5.5.1 Legislação

3.5.5.1.1 Federal

Na legislação federal, a Resolução CONAMA n° 362 de 23 de junho de 2005, dispõe sobre o Rerrefino de Óleo Lubrificante e estabelece algumas diretrizes. Conforme o Art. 1° da Resolução todo óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes nele contidos. O Art. 3° e Art. 4° da resolução definem que os óleos lubrificantes utilizados no Brasil devem observar obrigatoriamente o princípio da reciclabilidade, e todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá ser destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino, sendo que os processos utilizados para a reciclagem do óleo lubrificante deverão estar devidamente licenciados pelo órgão ambiental competente. O Art. 5° e Art. 6° da mesma resolução dispõem sobre as responsabilidades dos produtores, importadores e revendedores pelo recolhimento do óleo lubrificante usado ou contaminado. Os mesmos deverão coletar ou garantir a coleta e dar a destinação final ao óleo lubrificante usado ou contaminado, de forma proporcional em relação ao volume total de óleo lubrificante acabado que tenham comercializado.

3.5.5.2 Óleo Vegetal pós-consumo

Todos os dias milhões de litros de óleos vegetais são consumidos por restaurantes, lanchonetes, comércio e nas residências para a preparação de alimentos através da fritura. O óleo de cozinha lançado diretamente na pia pode prejudicar o meio ambiente, provocando problemas de poluição das águas e do solo. O óleo vegetal pode-se tornar uma grande fonte de reutilização do produto pós-consumo para a produção do biodiesel, sendo um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos. Outra maneira de contribuir para a não degradação do meio ambiente é a reciclagem do óleo vegetal pós-consumo. De acordo com o Programa Desperdício Zero a Empresa Ambiental Santos, localizada no município de Itaperuçu-PR, licenciada pelo IAP, é especializada na separação física dos contaminantes dos óleos vegetais pós-consumo. Depois de um rigoroso processo de limpeza e separação do óleo, o produto é recolocado no mercado para uso em motosserra ou para fertilizantes. O óleo vegetal pós-consumo é coletado em 1.300 locais, situados no Estado do Paraná e Santa Catarina. Como forma de incentivar os fornecedores a contribuírem para a separação, a Ambiental Santos produz detergente e sabão em pó, esses produtos são oferecidos em troca pelo óleo usado.

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O óleo vegetal pós-consumo também pode ser utilizado como: óleo para motosserra, óleo para asfalto, óleo desmoldante para compensados, óleo para fertilizante, adubo, sabão entre outros. É de grande importância que empresários tomem o conhecimento sobre a reciclagem de óleo vegetal e realizem investimento de coleta, transporte e reciclagem neste novo ramo de atividade.

3.5.5.3 Acondicionamento e Armazenamento Temporário

Cada cidadão tem como responsabilidade realizar a triagem dos óleos e graxas incluindo das embalagens, dos demais resíduos domésticos e encaminhá-los aos postos de coleta autorizados. Em cada posto de combustível ou nos locais de troca e venda de óleos lubrificantes, deverá apresentar uma estrutura mínima para o recebimento e armazenamento dos resíduos, sendo que todas as precauções necessárias deverão ser tomadas em todas as etapas de manejo do resíduo, conforme especificam as normas e legislações vigentes. Antes dos resíduos serem dispostos para a coleta, os locais de armazenamento de óleos e graxas deverão estar corretamente acondicionados e identificados conforme as normas técnicas da ABNT que regulamentam as formas de armazenamento, transporte e simbologias para resíduos de óleos e graxas, como pode ser visto Tabela 47.

TABELA 47: TABELA RESUMO SOBRE ÓLEOS E GRAXAS.

CLASSIFICAÇÃO Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96) Classe I – Perigosos (Resolução CONAMA 362 de 23/06/2005)

ARMAZENAMENTO Armazenamento de resíduos: NBR 12.235/88 Procedimento para resíduos: Classe I

TRANSPORTE Transporte de resíduos: NBR 13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

DESTINAÇÃO Recuperação por empresas de reprocessamento de óleo. Fonte: FIESP/CIESP, 2003.

Na Figura 27 abaixo, pode ser observado um fluxograma das etapas e estruturas mínimas necessárias.

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FIGURA 27: ESTRUTURA PARA COLETA DE ÓLEOS E GRAXAS. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

3.5.5.4 Coleta

A prefeitura deverá identificar e notificar os postos de combustíveis bem como os locais de troca e venda de óleos lubrificantes deverão ser identificados adequados para ajustamento como postos de coleta e armazenamento dos resíduos de óleo lubrificantes, bem como dar ajudar na orientação e procedimentos sobre o resíduo a ser coletado.

3.5.5.4.1 Pontos de devolução

ESTRUTURA PARA COLETA DE ÓLEOS E GRAXAS

EMPRESA TERCEIRIZADA

POSTOS COMBUSTÍVEIS

LOCAIS DE TROCA E VENDA DE ÓLEOS LUBRIFICANTES

EMPRESA TERCEIRIZADA

TANQUES COM SIMBOLOGIA PARA RESÍDUO PERIGOSO

TAMBORES ou BOMBONAS COM SIMBOLOGIA PARA RESÍDUO

PERIGOSO

LOCAL ADEQUADO PARA O ARMAZENAMENTO

COLETA

ARMAZENAMENTO

TRANSPORTE

DESTINAÇÃO FINAL

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Com respaldo na resolução CONAMA n° 362/05, cujos produtores, importadores e revendedores de óleos lubrificantes são responsáveis pela coleta e destinação final do resíduo, recomenda-se que o recebimento dos resíduos de óleos e graxas seja realizado nos postos de combustíveis ou locais devidamente autorizados onde são realizadas as trocas e vendas de óleo lubrificante. Os moradores na região rural deverão encaminhar seus resíduos de óleos e graxas aos postos de combustíveis mais próximos às suas residências.

TABELA 48: SUGESTÕES DE PONTOS DE DEVOLUÇÃO ÓLEOS E GRAXAS. RESÍDUO SUGESTÕES DE PONTOS DE DEVOLUÇÃO

Óleos e Graxas Postos de Combustíveis Locais de troca e venda de óleos lubrificantes.

Fonte: ECOTÉCNICA, 2007.

Segundo a Resolução CONAMA nº. 362/05 o produtor, importador e revendedor do óleo lubrificante são responsáveis pelo recolhimento e destinação final, conforme pode ser observado no modelo indicado pela resolução para alertar a situação das embalagens e pontos de revenda.

FIGURA 28: MODELO DE ALERTA PARA AS EMBALAGENS DE ÓLEO E PONTOS DE REVENDA. Fonte: Anexo III da Resolução CONAMA nº. 362, de 23 de junho de 2005.

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FIGURA 29: LOGOMARCA OFICIAL PARA ALERTA PARA AS EMBALAGENS DE ÓLEO E PONTOS DE REVENDA. Fonte: SEMA, 2005.

3.5.5.5 Transporte

O transporte deverá ser realizado segundo a Portaria n° 125, de 30 de julho de 1999, que regulamenta a atividade de recolhimento, coleta e destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado, cujo produtor e o importador de óleo lubrificante acabado ficam obrigados a garantir a coleta e a destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado, na proporção relativa ao volume total de óleo lubrificante acabado por eles comercializado. Para cumprimento da obrigação prevista na portaria, o produtor e o importador poderão:

Contratar empresa coletora regularmente cadastrada junto a ANP; Cadastrar-se junto a ANP como empresa coletora, cumprindo as obrigações previstas no art. 4º da

Portaria nº. 127, de 30 de julho de 1999. No endereço www.anp.gov.br da ANP – Agência Nacional do Petróleo publica mensalmente uma listagem de empresas cadastradas para executar a coleta e transporte do óleo lubrificante usado ou contaminado.

3.5.5.6 Destinação Final

Conforme o Art. 14. da Lei Estadual nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1999 é proibido, em todo o território do Estado do Paraná, as seguintes formas de destinação final de resíduos sólidos:

Lançamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais; Queima a céu aberto; Lançamento em corpos d’água, manguezais, terrenos baldios, redes públicas, poços e cacimbas,

mesmo que abandonados;

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Lançamento em redes de drenagem de águas pluviais, de esgotos, de eletricidade, e de telefone. Complementados pelos parágrafos § 1º, § 2º e § 3º do mesmo artigo já citados anteriormente.

3.5.6 Pneus

3.5.6.1 Legislação

3.5.6.1.1 Federal

A Resolução CONAMA nº. 258, de 26 de agosto de 1999, dispõe sobre os pneumáticos inservíveis abandonados ou dispostos inadequadamente constituem passivo ambiental, que resulta em sério risco ao meio ambiente e à saúde pública. Esta Resolução determina que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis. O Art. 3° define os seguintes prazos e quantidades para coleta e destinação final, de forma ambientalmente adequada, dos pneumáticos inservíveis de que trata esta Resolução, são os seguintes mostrados na Tabela 49

TABELA 49: PRAZOS E QUANTIDADES PARA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS PNEUS. A PARTIR DE 1° DE JANEIRO DE:

AS EMPRESAS FABRICANTES E AS EMPRESAS IMPORTADORAS* DEVERÃO DAR DESTINAÇÃO FINAL:

2002 A cada 4 pneus novos 1 pneu inservível 2003 A cada 2 pneus novos 1 pneu inservível

2004 a) A cada 1 pneu novo b) A cada 4 pneus reformados importados, de qualquer tipo (empresas importadoras)

a) 1 pneu inservível; b) 5 pneus inservíveis

2005 a) A cada 4 pneus novos fabricados no País ou pneus novos importados b) A cada 3 pneus reformados importados, de qualquer tipo (empresas importadoras)

a) 5 pneus inservíveis b) 4 pneus insersíveis

Fonte: Art. 3° da Resolução CONAMA n°. 258 de agosto de 1999.

* Pneus fabricados no País ou pneus importados, inclusive aqueles que acompanham os veículos importados

OBS.: Não se aplica aos pneumáticos exportados ou aos que equipam veículos exportados pelo País.

A resolução resolve ainda que os distribuidores, revendedores e consumidores finais de pneus, em articulação com os fabricantes, importadores e Poder Público, deverão colaborar na adoção de procedimentos, visando implementar a coleta dos pneus inservíveis existentes no País.

3.5.6.1.2 Estadual

O Art. 11 da Lei Estadual nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1999, determina que as empresas fabricantes e/ou

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importadoras de pneus são responsáveis pela coleta e reciclagem dos produtos inservíveis, obedecidas às condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP.

3.5.6.2 Acondicionamento e Armazenamento Temporário

Cada cidadão tem como responsabilidade realizar a triagem dos pneumáticos dos demais resíduos domésticos e encaminhá-los aos postos de coleta autorizados. Nos locais de troca e venda de pneus, deverá haver uma estrutura mínima para o recebimento e armazenamento dos resíduos, sendo que todas as precauções necessárias deverão ser tomadas em todas as etapas de manejo do resíduo, conforme especificam as normas e legislações vigentes. Antes dos resíduos serem dispostos para a coleta, os locais de armazenamento deverão estar corretamente acondicionados e identificados conforme as normas técnicas da ABNT que regulamentam as formas de armazenamento, transporte e simbologias para resíduos de pneus, como pode ser visto Tabela 50.

TABELA 50: TABELA RESUMO SOBRE PNEUS. CLASSIFICAÇÃO Classe II – Não Inertes (NBR 10.004/96)

ARMAZENAMENTO Armazenamento de resíduos: NBR 11.174/89 Procedimento para resíduos: Classes II – Não Inertes e Classe III – Inertes

TRANSPORTE Transporte de resíduos: NBR 13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

DESTINAÇÃO Reciclagem por empresas de recauchutagem, produtores importadores. Fonte: FIESP/CIESP, 2003.

Na Figura 30 abaixo, pode ser observado um fluxograma das etapas e estruturas mínimas necessárias.

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FIGURA 30: ESTRUTURA PARA COLETA DE PNEUS. Fonte: ECOTÉCNICA, 2007.

3.5.6.3 Coleta

3.5.6.3.1 Pontos de devolução

Com respaldo na Resolução CONAMA n°. 258/99, cujas empresas fabricantes e importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final aos pneus insersíveis, recomenda-se que o recebimento dos resíduos de pneus seja realizado no comércio de distribuidores e revendedores de pneumáticos. Os moradores na região rural deverão encaminhar os resíduos de pneus no comércio de distribuidores e revendedores de pneumáticos mais próximos às suas residências.

TABELA 51: SUGESTÕES DE PONTOS DE DEVOLUÇÃO DE PNEUS. RESÍDUO SUGESTÕES DE PONTOS DE DEVOLUÇÃO

Pneus Comércio de distribuidores e revendedores de pneumáticos Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

ESTRUTURA PARA COLETA DE PNEUS

EMPRESA TERCEIRIZADA

COMÉRCIO DE DISTRIBUIDORES E REVENDEDORES DE PNEUS

LOCAL ADEQUADO PARA O ARMAZENAMENTO

COLETA

ARMAZENAMENTO

TRANSPORTE

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A prefeitura deverá identificar e convocar os estabelecimentos adequados para ajustamento como pontos de devolução dos resíduos, bem como dar orientação e material sobre o resíduo a ser coletado.

3.5.6.4 Transporte

Um dos maiores problemas encontrados no armazenamento de pneus para a coleta ou reciclagem está no fato de propiciar o acúmulo de água quando estocado em áreas sujeitas a intempéries. Este cenário facilita a criação de diversos vetores causadores de doenças. Nesse sentido, recomenda-se que o acondicionamento de pneus para a coleta siga as seguintes recomendações:

Nunca acumular pneus, dispondo-os para a coleta assim que se tornem sucata; Se precisar guardá-los faça-o em ambientes cobertos e protegidos das intempéries; Jamais os queime.

Por causa dos problemas relacionados à destinação inadequada dos pneus, e a exemplo do que foi feito para as pilhas e baterias, o CONAMA publicou a Resolução nº. 258/99, onde "as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território nacional".

3.5.6.5 Destinação Final

Conforme o Art. 14. da Lei Estadual nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1999 é proibido, em todo o território do Estado do Paraná, as seguintes formas de destinação final de resíduos sólidos:

Lançamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais; Queima a céu aberto; Lançamento em corpos d'água, manguezais, terrenos baldios, redes públicas, poços e cacimbas,

mesmo que abandonados; Lançamento em redes de drenagem de águas pluviais, de esgotos, de eletricidade, e de telefone.

Complementados pelos parágrafos § 1º, § 2º e § 3º do mesmo artigo já citados anteriormente.

3.5.6.5.1 Reciclagem

O pneu pode ser reutilizado ou reciclado na forma inteira ou picada. Quando picado, apenas a banda de rodagem é reciclada e quando inteiro, há inclusão do aro de aço. Na Tabela 52 pode ser observada algumas formas de reuso e reciclagem dos pneus insersíveis no Brasil.

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TABELA 52: FORMAS DE REÚSO E RECICLAGEM DO PNEU. FORMAS DE UTILIZAÇÃO DESCRIÇÃO

Pavimentos para estradas Pó gerado pela recauchutagem e os restos de pneus moídos podem ser misturados ao asfalto aumentando sua elasticidade e durabilidade.

Contenção de erosão do solo Pneus inteiros associados a plantas de raízes grandes, podem ser utilizados para ajudar na contenção da erosão do solo.

Combustível de forno para produção de cimento, cal, papel e celulose

O pneu é muito combustível, um grande gerador de energia, seu poder calorífico é de 12 mil a 16 mil BTUs por quilo, superior ao do carvão.

Pisos industriais, Sola de Sapato, Tapetes de automóveis, Tapetes para banheiros e Borracha de vedação

Depois do processo de desvulcanização e adição de óleos aromáticos resulta uma pasta, a qual pode ser usada para produzir estes produtos entre outros.

Equipamentos para Playground Obstáculos ou balança, em baixo dos brinquedos ou nas madeiras para amenizar as quedas e evitar acidentes.

Esportes Usado em corridas de cavalo, ou eventos que necessitem de uma limitação do território á percorrer.

Recauchutagem ou fabricação de novos pneus

Reciclado ou reusado na fabricação de novos pneus. A recauchutagem dos pneus é vastamente utilizada no Brasil, atinge 70% da frota de transporte de carga e passageiros.

Sinalização rodoviária e Para choques de carros

Algo vantajoso é reciclar pneus inteiros fazendo postes para sinalização rodoviária e para choques, por que diminuem os gastos com manutenção e soluciona o problema de armazenagem de pneus usados.

Compostagem O pneu não pode ser transformado em adubo, mas, sua borracha cortada em pedaços de 5 cm pode servir para aeração de compostos orgânicos.

Reprodução de animais marinhos No Brasil é utilizado como estruturas de recifes artificiais no mar para criar ambiente adequado para reprodução de animais marinhos.

Fonte: RECICLAR, 2006.

3.5.6.5.2 Programa Paraná Rodando Limpo

Recomenda-se que a prefeitura participe do Programa Paraná Rodando Limpo (mais informações disponíveis no site www.paranarodandolimpo.com.br). O Programa Paraná Rodando Limpo foi criado pela BS Colway Pneus, integrando a Secretaria de Estado da Saúde e outros órgãos do Governo do Paraná, com custo zero.

FIGURA 31: LOGOTIPO DO PROGRAMA RODANDO LIMPO. Fonte: RODANDO LIMPO, 2008

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3.5.7 Embalagens de Agrotóxicos

3.5.7.1 Legislação

3.5.7.1.1 Federal

A Lei n°. 9.974 de 6 de junho de 2000, altera a Lei n°. 7.802, de 11 de julho de 1989 e dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Esta lei determina que os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou prazo superior, se autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente. As embalagens rígidas que contiverem formulações miscíveis ou dispersáveis em água deverão ser submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme normas técnicas oriundas dos órgãos competentes e orientação constante de seus rótulos e bulas. As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas às normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes." (AC) Além desta legislação, a Resolução CONAMA nº. 334 de 3 de abril de 2003, dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Os Decretos Federais n°. 3.694 de 21 de dezembro de 2000 e n°. 3.828 de 31 de maio de 2001, ambos alteram e incluem dispositivos ao Decreto nº. 98.816, que dispõe sobre o controle e a fiscalização de agrotóxicos. (Revogado pelo Decreto 4.074/02).

3.5.7.1.2 Estadual

O Art. 12 da Lei Estadual nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1999, define que as empresas produtoras e/ou comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, em todo o território do Estado do Paraná, são responsáveis pelo estabelecimento de mecanismos de coleta e recebimento e pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e/ou comercializados, bem como pelos produtos apreendidos pela ação

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fiscalizatória e pelos tomados impróprios para utilização, obedecidas às condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP. A Lei Estadual n° 7.827 de 29 de dezembro de 1983, dispõe que a distribuição e comercialização no território do Estado do Paraná, de produtos agrotóxicos e outros biocidas, ficam condicionados ao prévio cadastramento perante a Secretaria de Agricultura e Secretaria do Interior e adota outras providências.

3.5.7.2 Acondicionamento e Armazenamento Temporário

O usuário do produto de agrotóxicos tem como responsabilidade realizar os procedimentos de lavagens das embalagens bem como de efetuar a devolução das embalagens vazias aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos. Os locais de venda dos agrotóxicos deverão apresentar uma estrutura mínima para o recebimento e armazenamento dos resíduos, sendo que todas as precauções necessárias deverão ser tomadas em todas as etapas de manejo do resíduo, conforme especificam as normas e legislações vigentes. Antes dos resíduos serem dispostos para a coleta, os locais de armazenamento deverão estar corretamente acondicionados e identificados conforme as normas técnicas da ABNT que regulamentam as formas de armazenamento, transporte e simbologias para resíduos perigosos, como pode ser visto Tabela 53.

TABELA 53: TABELA RESUMO SOBRE AGROTÓXICOS. CLASSIFICAÇÃO Classe I – Perigosos (NBR 10.004/96)

ARMAZENAMENTO Armazenamento de resíduos: NBR 12.235/88 Procedimento para resíduos: Classe I Procedimento de lavagem - Embalagem rígida vazia de agrotóxico: NBR 13.968

TRANSPORTE Transporte de resíduos: NBR 13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.

DESTINAÇÃO Reciclagem e/ou Incineração. Fonte: FIESP/CIESP, 2003.

Na Figura 32 abaixo, pode ser observado um fluxograma das etapas e estruturas mínimas necessárias.

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FIGURA 32: ESTRUTURA PARA COLETA DE AGROTÓXICOS. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

O armazenamento deverá ocorrer temporariamente na propriedade em recinto coberto, ao abrigo da chuva, ventilado, semi-aberto ou no próprio depósito das embalagens cheias. Antes do armazenamento o agricultor ou usuário do produto deverá realizar a tríplice lavagem ou lavagem sob pressão da embalagem vazia de agrotóxico e inutilizá-la evitando o reaproveitamento, conforme ilustra a Figura 33 a seguir. Após acumulado uma quantidade de embalagens que justifique o seu transporte de uma forma economicamente viável, os agricultores deverão devolvê-las nas unidades de recebimentos indicada na nota fiscal do produto em até um ano após a compra. As embalagens podem ser armazenadas com ou sem suas tampas, lembrando que as tampas também deverão ser armazenadas e entregues, podendo ser acondicionadas separadamente em sacos plásticos novos e resistentes.

ESTRUTURA PARA COLETA DE AGROTÓXICOS

EMPRESA TERCEIRIZADA

LOCAIS QUE COMERCIALIZAM OS AGRÓTOXICOS

LOCAL ADEQUADO PARA O ARMAZENAMENTO

COLETA

ARMAZENAMENTO

TRANSPORTE

DESTINAÇÃO FINAL

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TRÍPLICE LAVAGEM 1. Esvaziar totalmente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador;

2. Adicionar água limpa à embalagem até 1/4 do seu volume;

3. Tampar bem a embalagem e agitar por 30 segundos;

4. Despejar a água da lavagem no tanque do pulverizador.

5. Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo;

6. Armazenar em local apropriado até o momento da devolução.

LAVAGEM PRESSÃO 1. Após o esvaziamento, encaixar a embalagem no local apropriado do funil instalado no pulverizador;

2. Aclopar o mecanismo para liberar o jato de água limpa;

3. Direcionar o jato de água para todas as paredes internas da embalagem por 30 segundos;

4. A água de lavagem dever ser transferida para o interior do tanque do pulverizador;

5. Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo;

6. Armazenar em local apropriado até o momento da devolução.

FIGURA 33: TRÍPLICE LAVAGEM E LAVAGEM PRESSÃO DAS EMBALAGENS DE AGROTÓXICO. Fonte: inpEV, 2006.

3.5.7.3 Coleta

As indústrias fabricantes de agrotóxicos, estão representadas pelo inpEV, cuja instituição realiza o devido destino a todas as embalagens de agrotóxicos que estarão sendo devolvidas e estocadas nos postos e unidades regionais ou centrais. Recomenda-se que a coleta seja realiza por meio de cadastramento com o inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Todos os postos e unidades regionais terão de estarem devidamente certificados pela SUDERHSA e licenciados pelo IAP, para poderem operar neste sistema. Todo comerciante deve obrigatoriamente ser cadastrado nesta Secretaria da Agricultura, disponível no site da SEAB – Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná: www.pr.gov.br/seab. Quanto ao recolhimento e entrega de embalagens de agrotóxicos, orientamos a:

Entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente e com a SUDERSHA - Superintendência de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos e Saneamento através do telefone 041-3213-4766 na pessoa do Engenheiro Rui Leão Muller

ou, através do site de agrotóxicos, no link do site da SEMA - Secretaria do Meio Ambiente que é a responsável pelo programa de recolhimento das embalagens ou ainda, através do mesmo site de agrotóxicos (www.pr.gov.br/agrotoxico) nos links interessantes, no site do INPEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias.

O inpEV recomenda que a coleta seja realizada por meio de Unidades de recebimento, cujas mesmas deverão estar ambientalmente licenciadas para o recebimento das embalagens. As Unidades de recebimento podem ser classificadas em Postos ou Centrais de acordo com o tipo de serviço efetuado, conforme explicado na No município de Rio Negro a coleta de embalagens de agrotóxicos é realizada pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e pelas empresas fumageiras, anualmente, entre os meses de agosto e setembro, desde o ano de 2002. A divulgação é feita através de meios de comunicação como o rádio e também por panfletos. Quanto à destinação todas as embalagens lavadas, que não estejam contaminadas, metálicas,

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alumínio e papelão seguem para reciclagem, enquanto as embalagens vazias que não foram tríplice lavadas ou as embalagens não-laváveis (flexíveis ou aluminizadas) seguem para incineração. Tabela 54. As fichas e condições de cadastramento das Unidades de recebimento podem ser consultadas no site do instituto http://www.inpev.org.br. No município de Rio Negro a coleta de embalagens de agrotóxicos é realizada pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e pelas empresas fumageiras, anualmente, entre os meses de agosto e setembro, desde o ano de 2002. A divulgação é feita através de meios de comunicação como o rádio e também por panfletos. Quanto à destinação todas as embalagens lavadas, que não estejam contaminadas, metálicas, alumínio e papelão seguem para reciclagem, enquanto as embalagens vazias que não foram tríplice lavadas ou as embalagens não-laváveis (flexíveis ou aluminizadas) seguem para incineração.

TABELA 54: UNIDADES DE RECEBIMENTO POR MEIO DO INPEV. UNIDADES DEFINIÇÃ0 SERVIÇOS REALIZADOS

Postos de Recebimento

São unidades de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos licenciadas ambientalmente com no mínimo 80m² de área construída (Resolução 334 do CONAMA), são geridas por uma Associação de Distribuidores/Cooperativas.

- Recebimento de embalagens lavadas e não lavadas; - Inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas; - Emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens; - Encaminhamento das embalagens às centrais de recebimento.

Centrais de Recebimento

São unidades de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos licenciadas ambientalmente com no mínimo 160 m² de área construída (Resolução 334 do CONAMA), geridas usualmente por uma Associação de Distribuidores/Cooperativas com o co-gerenciamento do inpEV.

- Recebimento de embalagens lavadas e não lavadas (de agricultores, postos e estabelecimentos comerciais licenciados); - Inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas; - Emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens; - Separação das embalagens por tipo (PET, COEX, PEAD MONO, Metálica, papelão); - Compactação das embalagens por tipo de material; - Emissão de ordem de coleta para que o inpEV providencie o transporte para o destino final (reciclagem ou incineração).

Fonte: INPEV, 2006.

3.5.7.3.1 Centrais e Postos de Coleta existentes

Na Figura 34 abaixo pode ser observada as Unidades de recebimento no estado do Paraná.

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FIGURA 34: POSTOS E UNIDADES REGIONAIS OU CENTRAIS DE RECOLHIMENTO DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICO NO PARANÁ. Fonte: SEMA, 2003.

A Tabela 55 lista os endereços das centrais de recebimentos localizados no Paraná, bem como o endereço das respectivas Associações.

TABELA 55: ENDEREÇO DAS CENTRAIS DE RECEBIMENTO E ASSOCIAÇÕES NO PARANÁ. NOME DA CENTRAL

(MUNICÍPIO) ENDEREÇO CENTRAL GERENCIADOR

(NOME DA ASSOCIAÇÃO) ENDEREÇO ASSOCIAÇÃO

Campo Mourão Estrada São Benedito, km 2,2 - CEP 87300-000 Campo Mourão/PR

ADITA - Associação dos Distribuidores de Insumos e Tecnologia Agropecuária

Avenida Humaitá, nº. 452, sala 102, zona 04 - CEP 87013-430 - Maringá/PR

Cascavel PR 486, km 11 - Lote Rural 51 - gleba 01 - Espigão Azul - CEP: 85806-970 - Cascavel/PR

ADDAV - Associação dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas e Veterinários do Oeste

Rua Carlos de Carvalho, 3543 - sala 08 - CEP 85.801-130 Cascavel/PR

Colombo Rua João Gusso, 05 - Bairro Poço Negro - CEP 83415-060 - Colombo/PR

ASSIPAR - Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários da Região Metropolitana de Curitiba

Rua Eloy de Assis Sabris, nº. 571 - Novo Mundo - CEP 81030-420 Curitiba/PR

Cornélio Procópio Anexo Pedreira Municipal Murilo Cassiano, s/nº - Catupiri - CEP 86.300-000 - Cx. Postal 95 - Cornélio Procópio/PR

ADAN - Associação dos Distribuidores de Agroquímicos Norte Paranaense

Anexo Pedreira Municipal Murilo Cassiano, s/nº - Catupiri - CEP 86.300-000 - Cx. Postal 95 - Cornélio Procópio/PR

Francisco Beltrão Linha Vilas Lobos - Lote Rural 55 A - CEP 85.601-970 - Francisco Beltrão/PR

ARIAS - Associação de Revendas de Insumos do Sudoeste do Paraná

Rua Guarani, nº. 1120 - Centro - 85501-050 - Pato Branco/PR.

Guarapuava BR 277 km 348,5 - Estrada ADDCS - Associação dos BR 277 km 348,5 - Estrada

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NOME DA CENTRAL

(MUNICÍPIO) ENDEREÇO CENTRAL GERENCIADOR

(NOME DA ASSOCIAÇÃO) ENDEREÇO ASSOCIAÇÃO

São Sebastião, s/nº - Jd. Aeroporto - CEP 85.100-970 - Cx. Postal 3035 - Guarapuava/PR.

Distribuidores de Defensivos do Centro Sul

São Sebastião, s/nº - Jd. Aeroporto - CEP 85.100-970 - Cx. Postal 3035 - Guarapuava/PR.

Maringá Lote nº. 177-A, km 07 - CEP 87.013-430 Maringá/PR.

ADITA - Associação dos Distribuidores de Insumos e Tecnologia Agropecuária

Avenida Humaitá, nº. 452, sala 102, zona 04 - CEP 87013-430 - Maringá/PR.

Palotina Rod. PR, 364, km 07, Lote Rural 65, Gleba 10, Linha Alvorada - CEP 85950-000 - Palotina /PR.

ARDEFA - Associação Regional Oeste Paranaense de Distribuidores Defensivos Agrícolas

Avenida Presidente Kennedy, 181 sala 3 - CEP 85950-000.

Ponta Grossa Rua Três, s/nº - Distrito Industrial Ciro Martins - CEP 84043-006 - Ponta Grossa/PR.

ASSOCAMPOS - Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários dos Campos Gerais

Rua Marcilio Dias 267 – Centro Comercial Salim – Sala 10

Prudentópolis Rod. BR 373 km 271, Linha Barra Grande - CEP 84400-000 - Prudentópolis/PR.

ACESA - Associação Centro Sul de Revendedores Agroquímicos

Rua São Josafat, nº. 933 sala 05 - CEP 84.400-000 - Prudentópolis/PR.

Santa Terezinha Itaipú

Estrada p/ Escola Agrícola Meu Cantinho s/n - Linha Três Fazendas - CEP 85.875-000 - Santa Terezinha Itaipú/PR

ACCO - Associação de Comerciantes de Agroquímicos da Costa Oeste

Avenida Adolfo Lollato, 2760 - Centro - CEP 85875-000 - Santa Terezinha do Itaípu/PR.

São Mateus do Sul

Rua Antônio Macuco, 3090 - Paiol Grande - CEP 83.900-000 - São Mateus do Sul/PR.

ACODEVALI - Associação dos Comerciantes de Defensivos do Vale do Iguaçu

Rua 13 de Maio, 790 - Centro -CEP 83900-000 - São Mateus do Sul/PR.

Umuarama

Rod. PR 480 (Umuarama/Maria Helena, Lote 22 - s/n) Aterro Sanitário de Umuarama - 87502-970 - Umuarama/PR.

ADITA - Associação dos Distribuidores de Insumos e Tecnologia Agropecuária

Avenida Humaitá, nº. 452, sala 102, zona 04 - CEP 87013-430 - Maringá/PR.

Cambé Estrada da Prata, km 6 - Zona Rural - CEP 86.180-000 - Cambé/PR.

ANPARA - Associação Norte Paranaense de Revendedores de Agroquímicos

Rua José Maria da Silva Paranhos, nº. 181 - Jd. Itamarati - CEP 86061-270 - Londrina/PR.

Fonte: INPEV, 2006.

A Prefeitura de Rio Negro deverá identificar a Associação, bem como as centrais de recebimentos das embalagens de agrotóxicos mais próximos e adequados para o município, realizando todos os procedimentos necessários para que os agricultores possam enviar suas embalagens de agrotóxicos. Lembrando que o armazenamento temporário e transporte das embalagens às centrais são de responsabilidade dos agricultores e a fiscalização sobre os estabelecimentos e procedimento corretos do armazenamento, transporte e envio das embalagens são de responsabilidade da prefeitura ou secretaria responsável.

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A prefeitura pode ainda realizar em conjunto com a coleta dos resíduos especiais (pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, óleos e graxas, pneus) um programa paralelo para conscientização e orientação da população, direcionado principalmente aos agricultores quanto às responsabilidades (agricultores, atividades comerciais e fabricantes), potenciais riscos ambientais e à saúde humana em que são expostos no manuseio e descarte incorretos dos agrotóxicos e embalagens, bem como orientar sobre as formas corretas de realizar o manuseio, transporte, localização das unidades de recebimento, e todos demais aspectos importantes e pertinentes relacionados ao tema.

3.5.7.3.2 Criação de uma Central / Posto de Recebimento

A implantação de Unidades de Recebimento (Centrais e Postos) é de responsabilidade dos comerciantes de defensivos agrícolas, conforme legislação federal (Lei 9.974). Todos os custos de construção, manutenção, licenciamento e responsabilidade ambiental também são dos comerciantes (indústria, revendedores e cooperativas). As Unidades Centrais de Recebimento de Embalagens são gerenciadas por associações de comerciantes (revendedores e cooperativas) por meio de convênio de cooperação mútua com o inpEV. Lembrando que a inpEV não realiza credenciamento nem convênio com Unidades de Recebimento que não pertençam a revendedores e/ou Cooperativas. Para otimizar recursos, normalmente os estabelecimentos comerciais de uma mesma região se organizam em associações e viabilizam a construção de uma única unidade de recebimento para uso e gerenciamento compartilhado. Os requisitos mínimos para a construção de Unidades de Recebimento podem ser observados na Tabela 56.

TABELA 56: REQUISITOS MÍNIMOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UNIDADES DE RECEBIMENTO. NECESSIDADES UNIDADES DE RECEBIMENTO

Localização Zona rural ou industrial em terreno preferencialmente plano, não sujeito a inundação e distante de corpos hídricos

Área necessária Além da área necessária para o galpão, observar mais 10 metros para movimentação de caminhões

Área cercada A área deve ser toda cercada com altura mínima de 2 metros Portão de duas folhas 2 metros cada folha Área para movimentação de veículos Com brita, outro material similar ou impermeabilizada Área total do galpão (mínimo) p/ lavadas Posto 80 m2 - Central 160 m2 Área para embalagens não laváveis Sim (80 m2 mínimo) Caixa de contenção Sim Pé direito Posto 3,5 a 4 metros - Central 4,5 a 5 metros Fundações A critério Estrutura A critério (definição regional) Ex: metálico, alvenaria Cobertura A critério, com beiral de 1 metro e lanternim lateral Piso do galpão Piso cimentado (mínimo de 5cm com malha de ferro) Mureta lateral 2 metros Telado acima da mureta Sim

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Calçada lateral 1 metro de largura Instalação elétrica Sim Instalação hidráulica Sim EPI (Equipamento de Proteção Individual) Sim Instalações sanitárias Sim (com vestiário e chuveiro) Sinalização de toda a área Sim Gerenciamento Sim Licença ambiental Sim Fonte: INPEV, 2006.

As Unidades de Recebimento necessitam de licenciamento ambiental (LP – Licença Prévia, LI – Licença de Instalação e LO – Licença de Operação) para poderem ser implantadas. Após tomados todos os requisitos e procedimentos, com toda a documentação aprovada, a Unidade de Recebimento de Embalagens deve solicitar seu credenciamento junto ao inpEV, cujo objetivo é a inclusão da Unidade no sistema de logística do inpEV para o recolhimento das embalagens vazias recebidas e encaminhamento ao destino final. Toda a documentação e procedimentos para o credenciamento são disponíveis no site da inpEV, conforme demonstra a figura abaixo.

FIGURA 35: CREDENCIAMENTO NA INPEV DISPONÍVEL POR MEIO DO SITE. Fonte: http://www.inpev.org.br/destino_embalagens/gerenciamento_unidades/instalacao/instalacao.asp

3.5.7.4 Transporte

Transporte apropriado das embalagens vazias até a unidade de recebimento indicada na nota fiscal de compra é de responsabilidade do usuário, lembrando que o prazo é de um ano da data da compra. Após o prazo remanescente do produto na embalagem, é facultada sua devolução em até seis meses após o término do prazo

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de validade. Esse transporte não pode ser realizado junto com pessoas, animal, alimento, medicamento ou ração animal, como também não deve ser transportado dentro das cabines dos veículos automotores. Com toda a documentação aprovada, a Unidade de Recebimento de Embalagens solicita seu credenciamento junto ao inpEV, objetivando a inclusão da Unidade no sistema de logística do inpEV para o recolhimento das embalagens vazias recebidas e encaminhamento ao destino final. Realizado os procedimentos6, o inpEV torna-se responsável pelo transporte adequado, inclusive dos custos do transporte, das embalagens devolvidas de Postos para Centrais e das Centrais de Recebimento para destino final (Recicladoras ou incineradoras) conforme determinação legal (Lei 9.974 / 2000 e Decreto 4.074 / 2002). Todo o transporte, dos postos às unidades regionais ou centrais, como também, das unidades regionais ou centrais aos seus destinos, como reciclagem ou destruição, estarão a cargo e custeados pelo INPEV.

FIGURA 36: FLUXO LOGÍSTICO DAS EMBALAGENS VAZIAS. Fonte: INPEV, 2006.

3.5.7.5 Destinação Final

A indústria ou fabricante dos agrotóxicos têm a responsabilidade de recolher as embalagens vazias devolvidas às unidades de recebimento e dar a destinação final correta (reciclagem ou incineração). Também devem colaborar com o Poder Público difundido programas educativos de orientação e conscientização do agricultor. A Lei Federal nº. 9974/2000 disciplina a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos determinando responsabilidades para o agricultor, o canal de distribuição, o fabricante e o poder público. A Tabela 57 abaixo, apresenta as responsabilidades de cada agente atuante na produção agrícola.

6 Os procedimentos, documentos e solicitações para o credenciamento estão disponíveis no site da inpEV (http://www.inpev.org.br.)

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TABELA 57: RESPONSABILIDADES DE CADA AGENTE ATUANTE NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA RESPONSABILIDADES

Agricultor

Realizar a tríplice lavagem e a lavagem sob pressão nas embalagens vazias; Não reaproveitar as embalagens vazias; Armazenar temporariamente as embalagens vazias na propriedade; Entregar as embalagens vazias na unidade de recebimento indicada na nota fiscal (prazo de 1 ano); Manter os comprovantes de entregas das embalagens vazias por 1 ano.

Canal de Distribuição Informar na nota fiscal o local de entrega das embalagens vazias; Disponibilizar e gerenciar o local de recebimento das embalagens vazias; Fornecer o comprovante de entrega das embalagens vazias; Orientar e conscientizar os agricultores.

Fabricante Recolher as embalagens vazias entregue nos locais de recebimento; Destinar corretamente as embalagens vazias (reciclagem e incineração); Orientar e conscientizar os agricultores.

Poder Público Fiscalizar o funcionamento do sistema de destinação final; Emitir as licenças de funcionamento para as unidades de recebimento das embalagens vazias; Criar programas de educação e conscientização do agricultor quanto à suas responsabilidades dentro do processo.

Fonte: INPEV, 2006.

A seguir propõem-se ações a serem implantadas para uma correta destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos, com base nas responsabilidades estipuladas pela legislação vigente e as necessidades constadas no município de Rio Negro.

Analisar um local para a Unidade de Recebimento das embalagens vazias Criar programas de educação e conscientização do agricultor quanto à suas responsabilidades dentro

do processo Divulgar para todos os agentes atuantes no processo de produção agrícola as suas responsabilidades. Fiscalizar o funcionamento do sistema de destinação final As embalagens de agrotóxicos poderão ser coletadas pela empresa Assipar (ocorre atualmente), desde

que esteja licenciada a prestar o serviço.

3.5.8 Radioativos

Em relação aos resíduos radioativos, no Brasil, o manuseio, acondicionamento e destinação final do resíduo estão a cargo da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

3.5.8.1 Acondicionamento e Armazenamento Temporário

O manuseio e acondicionamento dos resíduos nucleares devem atender às seguintes características: O manuseio deve ser feito somente com o uso dos EPI’s mínimos exigidos, aventais de chumbo,

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sapatos, luvas e óculos adequados; Os recipientes devem ser confeccionados com material a prova de radiação (chumbo, concreto e

outros).

3.5.8.2 Tratamento

Ainda não existem processos de tratamento economicamente viáveis para o resíduo radioativo. Os processos pesquisados, envolvendo a estabilização atômica dos materiais radioativos ainda não podem ser utilizados em escala industrial.

3.5.8.3 Destinação Final

São três os processos de disposição final do resíduo nuclear, todos eles extremamente caros e sofisticados: Construção de abrigos especiais, com paredes duplas de concreto de alta resistência (fck>240) e

preferencialmente enterradas; Encapsulamento em invólucros impermeáveis de concreto seguido de disposição marinha em alto mar,

processo muito criticado por ambientalistas e proibido em alguns países; Destinação final em cavernas subterrâneas salinas, seladas em relação à biosfera.

3.5.9 Relação de Prestadores de Serviços para Resíduos Especiais

Para o transporte terceirizado dos resíduos especiais a prefeitura deverá ser contratada uma empresa especializada para realizar o encaminhamento dos resíduos até o local de destino final. Esta empresa deverá ter licença emitida pelo órgão ambiental para a coleta, transporte de cargas perigosas, tratamento ou destinação final e possuir os equipamentos necessários e em condições de transporte que minimizem qualquer impacto ao meio ambiente. A seguir é apresentada na Tabela 58 uma relação de empresas prestadoras de serviços relacionados aos tratamentos e destinação final de todos os tipos de resíduos. Nessa tabela também estão citados alguns serviços de destinação final de resíduos.

TABELA 58: RELAÇÃO DE PRESTADORAS DE SERVIÇO TIPO DE

RESÍDUOS SERVIÇO

PRESTADO EMPRESA CONTATO

PILHAS E BATERIAS Coleta e transporte

AFF Transportes – transporte de RSS, do gerador ao destino final. (Curitiba, PR) Fone: (41) 3376-3778

Transportec – Coleta e Remoção de Resíduos (Curitiba, PR) Fone: (41) 3376-2333

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TIPO DE RESÍDUOS

SERVIÇO PRESTADO EMPRESA CONTATO

Transresíduos Transporte de Resíduos Industriais Ltda. (Curitiba, PR) Fone: (41) 3332-2224

Coleta, transporte e tratamento final

Essencis S/A - Aterro Industrial (Curitiba, PR) Fone: (41) 3614-3035

LÂMPADAS FLUORESCEN

TES

Coleta e transporte

AFF Transportes – Transporte de RSS, do gerador ao destino final. (Curitiba, PR) Fone: (41) 3376-3778

Transportec – Coleta e Remoção de Resíduos (Curitiba, PR) Fone: (41) 3376-2333

Transresíduos Transporte de Resíduos Industriais Ltda. (Curitiba, PR) Fone: (41) 3332-2224

Tratamento final

Apliquim (Paulínia, SP) Fone: (19) 3884-8140/3884-8141 Brasil Recicle (Indaial, SC) Fone: (47) 333-5055

Hg Descontaminação (Nova Lima, MG) Fone: (31) 3581-8725 ou 3541-8696

Mega Reciclagem (Curitiba, PR) Fone: (41) 268-6030 ou 268-6031

Recitec (Pedro Leopoldo. MG) Fone: (31) 3213-0898 ou 3274-5614

ÓLEOS E GRAXAS

Coleta, transporte e tratamento final

Listagem da ANP – Agencia Nacional do Petróleo Fone: 0800-9700267

PNEUS Coleta, transporte e tratamento final

Programa Rodando Limpo/ Instituto BS Colway Social Fone: (41) 3034-8450

AGROTÓXICOS

Transporte e tratamento final inpEV Fone: (55) 3069-4400

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

3.5.10 Resumo das Proposições

O Quadro 5 a seguir, apresenta as principais propostas referentes ao adequado gerenciamento dos Resíduos Especiais.

QUADRO 5: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS ESPECIAIS Cadastramento de estabelecimentos que comercializam ou geram de Resíduos Especiais Cadastramento de todos os estabelecimentos comerciais que geram ou vendem Resíduos Especiais como pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, óleos e graxas, pneus, agrotóxicos, radioativos. De preferência separar por tipo de resíduo especial. Elaborar campanha Elaborar uma campanha que envolva todos os comerciantes e fabricantes de resíduos especiais, população e interessados a fim de orientar as formas corretas no manuseio, armazenamento, coleta, transporte e destinação final, bem como na chamada das responsabilidades dos cidadãos, comércio e fabricantes, e indicar a inclusão de determinados estabelecimentos a programas estaduais existentes para a coleta de certos resíduos especiais. Elaborar um Folder Folder com orientações e instruções para que os empreendimentos que trabalham com resíduos especiais possam obter fundamentos das legislações vigentes, responsabilidade, e formas adequadas no manuseio, armazenamento, coleta, transporte e destinação final. Pontos de devolução Estabelecer pontos de recepção (PEVs) dos resíduos especiais.

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Criar Parcerias Criar parcerias com comerciantes e fabricantes dos resíduos especiais, podendo inclusive conciliar com os parceiros os pontos de devolução, divulgação, etc. Criação de Legislações Criação de Leis específicas para dar respaldo às ações e programas da Prefeitura, principalmente referente ao PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde. Criar uma Central de Atendimento e Informações A criação de uma Central de Atendimento e Informações com o objetivo de viabilizar um sistema de comunicação ágil e eficiente entre o cidadão e a Prefeitura, permitindo o atendimento da demanda de informações e solicitações da população, e esclarecimento de eventuais dúvidas da população. Por exemplo, uma Central de Atendimento que atenda a população por meio de telefone e internet. O cidadão pode solicitar qualquer informação e serviço pertinente ao âmbito administrativo municipal, facilitando o acesso, atendimento e conhecimento das ações e dos serviços públicos municipais por meio da utilização destes meios de comunicação com a Prefeitura. Criar o disk-denúncia O disque denúncia tem como objetivo diminuir os despejos indiscriminados de resíduos. Ao ligar para a prefeitura, o denunciante passa o número da placa do veículo usado no transporte e o horário do despejo do resíduos. Com as informações, os fiscais vão atrás do infrator, que tem por obrigação a pagar multa ou retirar o resíduo para um destino final adequado. As reclamações feitas fora do horário comercial são registradas em uma secretaria eletrônica, e apuradas pelos fiscais do setor durante a semana. Fiscalização Melhoria da fiscalização ambiental na questão do manejo, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos, com objetivo de diminuir os conflitos. Em vistas de inconformidades, deverá ser estabelecido prazo para adequação destas e um alerta a sujeito à multa em caso de não cumprimento das obrigações. Em caso de não regularização poderá resultar em suspensão da coleta até que sejam obedecidas as normas contidas nas leis municipais. Coleta de óleo vegetal pós-consumo Para contribuir com o meio ambiente, propõe-se a coleta de óleo vegetal pós-consumo nas residências dos moradores de Rio Negro, através da coleta seletiva ou em pontos específicos de entrega do óleo. A coleta dos resíduos de óleo vegetal pós-consumo das residências de Rio Negro, será coletado junto à coleta seletiva de materiais recicláveis. Recomenda-se que o munícipe de Rio Negro armazene os resíduos de óleo vegetal pós-consumo em garrafas plásticas, conservando em local arejado e sem exposição ao calor. As garrafas contendo óleo vegetal devem ser colocadas nos cestos de resíduo de acordo com a freqüência e horários da coleta seletiva, não sendo recomendado depositá-las depois do horário do caminhão da coleta seletiva. Estabelecimentos comerciais de serviços como shoppings, restaurantes, bares, lanchonetes indústrias alimentícias entre outras, são responsável pela destinação correta dos seus resíduos de óleo vegetal pós-consumo. Recomenda-se que o armazenamento do óleo nestes locais, seja através de bombonas de 100 l, devidamente identificada como o nome do empreendimento, hora da coleta e data, assim permitindo que a indústria recicladora tenha um melhor controle dos resíduos coletados. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

33..66 RReessíídduuooss ddee CCoonnssttrruuççããoo CCiivviill

Conforme diagnosticado anteriormente, a política de coleta de entulhos no municipio apresenta falhas que acabam refletindo nas fincanças municipais. Primeiramente, o municipio não possui legislacao especifica quanto à coleta e destinação dos entulhos. Além disto, a postura de coletar até 1m³ de entulho, quando solicitado pelo municipe, na realidade não acontece pois o caminhão acaba coletando quantidades maiores que esta. Com isto, a quantidade de destinação contratada com a SERRANA é insuficiente, sendo que os residuos sobresalentes são destinados para locais irregulares.

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Recomenda-se que a Prefeitura assuma uma postura sobre a coleta dos entulhos, em assumir totalmente ou terceirizar como nos outros serviços de limpeza urbana.

3.6.1 Legislação

3.6.1.1 Federal

A Resolução CONAMA n°. 307 de 5 de julho de 2002, estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Esta legislação define que os geradores de resíduos da construção civil7 deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final. Sendo que os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domésticos, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei. Segundo o Art. 10 desta lei os resíduos deverão ser destinados conforme demonstra a Tabela 59.

TABELA 59: CLASSIFICAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. CLASSE CLASSIFICAÇÃO DISPOSIÇÃO FINAL

Classe A

São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

Classe B São os materiais recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

Classe C São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;

Deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

Classe D São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais, etc.

Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

7 Art. 2º Para efeito desta Resolução, são adotadas as seguintes definições: I - Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltica, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha; II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução; III - Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;

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Fonte: Resolução CONAMA n°. 307 de 5 de julho de 2002.

3.6.1.2 Estadual

No Paraná a Lei Estadual nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1999, estabelece os princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e outras providências. Ficam definidos pela legislação que: Art. 4º As atividades geradoras de resíduos sólidos, de qualquer natureza, são responsáveis pelo seu acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, disposição final, pelo passivo ambiental oriundo da desativação de sua fonte geradora, bem como pela recuperação de áreas degradadas. Art. 5º Os resíduos sólidos deverão sofrer acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final adequados, atendendo as normas aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e as condições estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, respeitadas as demais normas legais vigentes. O Art. 6º desta Lei complementa ainda que o acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final os resíduos sólidos classificados em Classe 1 - Perigosos, Classe 2 - Não Inertes e Classe 3 - Inertes, deverão estar conforme estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e pelas normas do Instituto Ambiental do Paraná - IAP. O Art. 14. da mesma lei define que é proibido, em todo o território do Estado do Paraná, as seguintes formas de destinação final de resíduos sólidos8, inclusive de pneus usados: I - lançamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais; II - queima a céu aberto; III - lançamento em corpos d' água, manguezais, terrenos baldios, redes públicas, poços e cacimbas, mesmo que abandonados; IV - lançamento em redes de drenagem de águas pluviais, de esgotos, de eletricidade, e de telefone. O Art. 15. complementa que os depósitos de resíduos sólidos a céu aberto existentes ficam obrigados a se adequarem ao disposto na presente Lei, e às normas aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e condições estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

8 § 1º O solo e o subsolo somente poderão ser utilizados para armazenamento, acumulação ou disposição final de resíduos sólidos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma tecnicamente adequada, estabelecida em projetos específicos, obedecidas as condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP. § 2º A queima de resíduos sólidos a céu aberto poderá ser autorizada, pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, somente em caso de emergência sanitária, reconhecida pela Secretaria de Estado da Saúde ou pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. § 3º O lançamento de resíduos sólidos em poços desativados poderá ser autorizado mediante as condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP.

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3.6.1.3 Municipal

A classificação dos resíduos de construção civil quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente é considerado resíduo de Classe II B – Inertes, contudo ainda assim devido a sua periculosidade deverão ter uma coleta diferenciada das coletas convencionais9 (coleta seletiva de materiais recicláveis e coleta de resíduos domésticos). Para o respaldo do gerenciamento dos resíduos da construção civil, recomenda-se que seja elaborada uma Lei Municipal que disponha sobre o descarte e destinação final. Deverá ser abordada a questão da responsabilidade dos estabelecimentos que trabalham com a coleta e destinação final dos entulhos proibindo o descarte na coleta doméstica ou seletiva do município. Recomenda-se que a legislação aborde a realização de um cadastro dos estabelecimentos que trabalham com a coleta e destinação final dos entulhos localizados no município a fim de melhorar a fiscalização. Os possíveis locais de recebimento e coleta desses resíduos bem como as formas de armazenamento e acondicionamento podem ser elaboradas segundo as orientações e recomendações apresentadas neste PGIRS → Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, frisando que a(s) Legislação Municipal a ser elaborada deverá estar em conformidade com as legislações estaduais e federais vigentes, não devendo ser menos restritivas que as mesmas.

3.6.2 Responsabilidades

3.6.2.1 Responsabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro

É de responsabilidade da Prefeitura Municipal através das Secretarias: A definição do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos referente aos resíduos de

construção civil em estudo, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental e outras orientações contidas neste Regulamento.

A designação de profissional, para exercer a função de Responsável pela implantação e fiscalização do PGIRS em todas as fontes geradoras, estabelecimentos comerciais que trabalham com caçambas estacionárias e estabelecimentos que coleta, transportam e destinam esses resíduos.

A capacitação, o treinamento e a manutenção de programa de educação continuada para o pessoal envolvido na gestão e manejo dos resíduos da construção civil.

Fazer constar nos termos de licitação e de contratação sobre os serviços referentes ao tema desta Resolução e seu Regulamento Técnico, as exigências de comprovação de capacitação e treinamento

9 Referente às pilhas e baterias que não podem ser dispostas junto à coleta convencional de resíduos domésticos, ou seja, pilhas e baterias compostas com mercúrio, chumbo e cádmio com limites acima dos estabelecidos pelo CONAMA n°. 27/99.

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dos funcionários das firmas prestadoras de serviço de limpeza e conservação que pretendam atuar nos transporte, tratamento e destinação final destes resíduos.

Requerer das empresas prestadoras de serviços terceirizados a Licença Ambiental do IAP de coleta, transporte e destinação final dos resíduos.

Manter cópia do PGIRS disponível em cada ponto ou estabelecimento de coleta para consulta sob solicitação da autoridade sanitária ou ambiental competente, dos empresários, funcionários e ao público em geral.

3.6.2.2 Responsabilidade dos Órgãos Públicos

É de responsabilidade dos órgãos públicos responsáveis pelo gerenciamento de resíduos, a apresentação de documento aos geradores de resíduos de construção civil, certificando a responsabilidade pela coleta, transporte e destinação final dos resíduos, de acordo com as orientações dos órgãos de meio ambiente.

3.6.2.3 Responsabilidade das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizados

É de responsabilidade das empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para as operações de coleta, transporte ou destinação final dos resíduos, ou de licença de operação fornecida pelo órgão público responsável pela limpeza urbana para os casos de operação exclusiva de coleta.

3.6.2.4 Responsabilidade dos Geradores e Fabricantes

É de responsabilidade do gerador deste produto fornecer informação documentada referente ao risco inerente ao manejo e destinação final do produto ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar o produto até o gerador do resíduo. Elaborar os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil segundo as diretrizes elaboradas pelo PGIRS do município referentes aos resíduos de construção civil, conforme estabelecido pela Resolução CONAMA n°. 307/02.

3.6.3 Coleta e Transporte

Para a coleta e transporte dos entulhos, recomenda-se que a Prefeitura por meio das Secretarias realize o cadastramento de estabelecimento que trabalham com a coleta e transporte (caçambas) dos resíduos de construção civil, assim como das empresas geradoras de resíduos de construção civil existentes no município (empreiteiras, construtoras, etc.). Após o cadastro a Prefeitura poderá buscar parcerias com a iniciativa privada a

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fim de gerenciar o destino final desses resíduos.

3.6.4 Destinação Final

3.6.4.1 Reutilização dos Entulhos

O reuso dos resíduos da construção civil, independente do uso que a ele for dado, representa vantagens econômicas, sociais e ambientais, na economia na aquisição de matéria-prima, substituição de materiais convencionais, pelo entulho, diminuição da poluição gerada pelo entulho e de suas conseqüências negativas como enchentes e assoreamento de rios e córregos, e preservação das reservas naturais de matéria-prima. A seguir são citadas algumas possibilidades de reuso para estes resíduos e as vantagens específicas de cada uma.

TABELA 60: FORMAS DE REUSO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL FORMAS DE

REUSO DESCRIÇÃO VANTAGEM

Utilização em pavimentação

A forma mais simples de reuso do entulho é a sua utilização em pavimentação (base, sub-base ou revestimento primário) na forma de brita corrida ou ainda em misturas do resíduo com solo.

O entulho pode ou não ser utilizado com mistura do solo. O entulho utilizado com mistura do solo deve ser processado por equipamentos de britagem e/ou trituração até alcançar a granulometria desejada, neste processo pode apresentar uma contaminação prévia por solo, devido a isso, recomenda-se que a proporção não superior a 50% em peso. O resíduo ou a mistura podem ser utilizados como reforço de subleito, sub-base ou base de pavimentação, considerando-se as seguintes etapas: abertura e preparação da caixa ou regularização mecânica da rua, para o uso como revestimento primário, corte e/ou escarificação e destorroamento do solo local para misturas, umedecimento ou secagem da camada, homogeneização e compactação.

Utilização como Agregado para

o Concreto

O entulho processado pelas centrais de reciclagem pode ser utilizado como agregado para concreto não estrutural, a partir da substituição dos agregados convencionais (areia e brita).

O entulho processado pelas Centrais de Reciclagem, cuja fração mineral é britada em britadores de impacto, é utilizado como agregado no concreto, em substituição simultânea à areia e à brita convencionalmente utilizadas. A mistura é considerada tradicional, geralmente misturado com cimento e água, esta em quantidade bastante superior devido à grande absorção do entulho.

Utilização como agregado para a confecção de

argamassas

Após ser processado por equipamentos denominados "argamasseiras", que moem o entulho, na própria obra, em granulometrias semelhantes as da areia, ele pode ser utilizado como agregado para argamassas de assentamento e revestimento.

A partir da mistura de cimento, areia e água, a fração mineral do entulho é adicionada a uma caçamba de piso horizontal, onde dois rolos moedores girando em torno de um eixo central vertical, proporciona a moagem e homogeneização da mistura que sai do equipamento pronta para ser usada.

Outros usos do entulho

Utilização de concreto reciclado como agregado; Cascalhamento de estradas; Preenchimento de vazios em construções; Preenchimento de valas de instalações; Reforço de aterros (taludes).

Fonte: ZORDAN, 2008.

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3.6.4.2 Unidade de Reciclagem de Entulhos

As Unidades de Reciclagem de Resíduo de Construção Civil são constituídas basicamente por um espaço para deposição do resíduo, uma linha de separação (onde a fração não mineral é separada), um britador, que processa o resíduo na granulometria desejada e um local de armazenamento, onde o entulho já processado aguarda para ser utilizado. As projeções comprovam que cem viagens de entulho de 6 m3 geram 300 m3 de reciclados, os quais permitem produzir blocos para construir 50 casas populares de 40 m² ou agregado para execução de sub-base de 2.000 m2 de ruas. Também o produto reciclado pode ser utilizado em contrapisos, blocos e tijolos para construção de muros, aplicação em serviços como calçadas, guias, sarjetas bocas de lobo e tubos de drenagem, além de rip-rap (sacos) para canalização de córregos e contenção de encostas. O processo de reciclagem consiste, basicamente, na seleção preliminar, limpeza, moagem e classificação granulométrica dos materiais moídos, para a seguir serem utilizados em aplicações específicas. A seleção preliminar se deve em função da composição e proporção do concreto, blocos, cerâmica, tijolos, argamassa, terra e a limpeza consiste na retirada de materiais inconvenientes, como madeira, plásticos, papel, metais, entre outros.

3.6.4.2.1 Estudo Locacional

Por meio de análise de compatibilidade da localização da Unidade de Reciclagem de Entulhos com a Lei Municipal n°. 002/2006, que dispõe sobre o Código de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de Rio Negro, uma Unidade de Reciclagem de Entulhos pode ser enquadrada como atividade de Comércio e Serviço Geral. Com base no uso e ocupação do solo, bem como das condicionantes ambientais do município, a área mais indicada para instalação é a ZI 3 – Zona Industrial. Considerando que a necessidade da instalação de uma usina desta natureza dar-se-ia na eventualidade da indisponibilidade de destinos particulares, sugere-se a inclusão juntamente com os estudos para implantação de um aterro sanitário municipal nas mesmas áreas.

3.6.4.2.2 Infra-Estrutura

A instalação de equipamentos de reciclagem (Figura 37) se faz de forma simples, sendo importantes os cuidados a serem tomados tanto na organização de layouts operacionais eficientes, como na prevenção da geração de resíduos e de material particulado durante o processo de reciclagem.

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FIGURA 37: REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA ESTAÇÃO DE RECICLAGEM OESTE - BELO HORIZONTE Fonte: IBAM, 2001.

FIGURA 38: ESTAÇÃO DE RECICLAGEM DE ENTULHOS - BELO HORIZONTE

FONTE: IBAM, 2001. O equipamento mais flexível em termos operacionais para a moagem é o britador de impacto, constituído por um rotor de eixo horizontal com martelos tipo barras horizontais que proporciona impactos do material contra os próprios martelos e as placas de impacto internas. A granulometria de saída dos materiais pode ser controlada pela regulagem da aproximação das placas de impacto junto aos martelos. E a alimentação do britador pode ser feita por um alimentador dosador tipo vibratório, sendo o material moído recolhido e, por meio de um transportador de correia móvel, empilhado. No caso de se executar o peneiramento, o transportador de correia deve alimentar uma peneira do tipo vibratória, e os materiais já classificados devem ser empilhados até posterior utilização.

3.6.4.2.3 Estudo de Viabilidade Financeira

A forma de tratamento dos resíduos da construção civil mais difundida é a segregação (ou "limpeza"), seguida de trituração e reutilização na própria indústria da construção civil.

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O entulho reciclado pode ser usado como base e sub-base de rodovias, agregado graúdo na execução de estruturas de edifícios, em obras de arte de concreto armado e em peças pré-moldadas. No Brasil, existe em operação cerca de nove unidades de beneficiamento de resíduos de construção, implantadas a partir de 1991, sendo a experiência mais significativa a da Prefeitura de Belo Horizonte, que dispõe de duas Centrais de reciclagem de entulho com capacidade para processar até 400 toneladas diárias. A reciclagem dos resíduos da construção civil apresenta as seguintes vantagens:

Redução de volume de extração de matérias-primas; Conservação de matérias-primas não-renováveis; Correção dos problemas ambientais urbanos gerados pela deposição indiscriminada de resíduos de

construção na malha urbana; Colocação no mercado de materiais de construção de custo mais baixo; Criação de novos postos de trabalho para mão-de-obra com baixa qualificação.

Por essas razões, a implantação de novas Centrais de reciclagem para esses materiais deve ser incentivada, mesmo que sua viabilidade econômica seja alcançada através da cobrança de taxas específicas. Três fatores devem ser considerados quando se está avaliando a implantação de um processo de reciclagem de entulho em uma determinada região. Em ordem de importância, os três fatores são:

Densidade populacional: é necessária uma alta densidade populacional de forma a assegurar um constante suprimento de resíduos que servirão de matéria-prima para a indústria de reciclagem.

Obtenção de agregados naturais: escassez ou dificuldade de acesso a jazidas naturais favorece a reciclagem de entulho, desde que um alto nível de tecnologia seja empregado. Abundância e fácil acesso a jazidas não inviabilizam a reciclagem do entulho de obra por si só, mas, por razões econômicas, normalmente induzem à aplicação de baixos níveis de tecnologia ao processo.

Nível de industrialização: afeta diretamente a necessidade e a conscientização de uma sociedade em reciclar o entulho. Em áreas densamente povoadas, razões de ordem social e sanitária estimulam a redução do volume de resíduos que devam ser levados aos aterros.

É fundamental a instalação da estação de reciclagem em uma posição central do perímetro urbano com vistas à redução do custo final do produto reciclado. Além destes fatores, devem ser observadas as condições a seguir. Com relação ao recebimento:

Características dos resíduos sólidos: a quantidade, o lugar de origem, o responsável, a legislação existente, tipos e qualidade;

Demolição e reformas: técnicas aplicadas, transporte do entulho, equipamentos para reciclagem; Possibilidades de remoção e disposição final: preços, distâncias, áreas já regularizadas; Desenvolvimento do processo: possibilidade efetiva, corpo técnico, organização e equipamentos.

Com relação à comercialização:

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Matéria-prima natural (qualidade, preços, reservas); Comercialização (tipos, consumo atual, padrões); Matéria-prima reciclada (qualidade técnica, quantidades, preços).

Existem duas formas de processamento: a automática e a semi-automática. A forma totalmente automática consiste num equipamento robusto, de grande potência, capaz de receber e triturar o entulho de obras sem uma separação prévia das ferragens que ficam retidas nos blocos de concreto. Posteriormente, o material triturado passa por um separador magnético que retira o material ferroso, deixando somente o material inerte triturado. O material ferroso vai para uma prensa e posterior comercialização dos fardos, enquanto o material inerte cai numa peneira giratória que efetua a segregação do material nas suas várias porções granulométricas. No modo semi-automático (ver Figura 39), o mais utilizado no Brasil, o material a ser processado deve sofrer uma segregação prévia das ferragens, não sendo recomendável a trituração conjunta dos materiais.

1 Administração 2 Cabine de comando 3 Guarita de entrada 4 Calha de alimentação 5 Britador 6 Correia transportadora 7 Entulho a ser reciclado 8 Pátio de estocagem 9 Pátio de recepção 10 Cinturão verde 11 Jardim

FIGURA 39: CROQUI DE UMA UNIDADE DE RECICLAGEM DE ENTULHO Fonte: IBAM, 2001.

A unidade deve receber somente resíduos inertes, não existindo, portanto, a possibilidade de este material liberar poluentes. O alimentador do britador deve estar equipado com aspersores de água, visando a minimizar a emissão de poeira, e revestimento de borracha, de forma a reduzir o nível de ruído, respeitando assim os limites estabelecidos pelos órgãos de controle ambiental. Seqüência de operação:

O entulho trazido pelos caminhões de coleta é pesado na balança da unidade de reciclagem, de onde é encaminhado para o pátio de recepção; No pátio de recepção ele é vistoriado superficialmente por um encarregado para verificar se a carga é compatível com o equipamento de trituração. Caso esteja fora dos padrões, não se permite a descarga do veículo, que é encaminhado para um aterro;

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Caso seja compatível com o equipamento, o veículo faz a descarga no pátio, onde também se processa a separação manual dos materiais inservíveis, como plásticos, metais e pequenas quantidades de matéria orgânica;

A separação, apesar de manual, é feita com o auxílio de uma pá carregadeira que revira o material descarregado de modo a facilitar a segregação dos inservíveis pela equipe de serventes;

Os materiais segregados são classificados em comercializáveis (sucata ferrosa) e inservíveis (material restante), sendo depositados em locais separados para armazenamento e destinação futura;

Não são aceitos materiais de grande porte, com dimensões maiores que a boca do alimentador, assim como blocos de concreto com ferragem embutida que podem prejudicar a operação do moinho e quebrar os martelos. Eventualmente, se a quantidade de blocos for pequena, os serventes alocados no pátio de recepção podem efetuar a quebra e separação dos mesmos;

Em nenhuma hipótese devem ser admitidos materiais contaminados por grande quantidade de plásticos, que podem danificar os equipamentos;

Entulho de pequenas obras, que normalmente vem ensacado, é desensacado manualmente, prosseguindo-se com a operação de alimentação e trituração;

Livre dos inservíveis, o entulho é levemente umedecido através de um sistema de aspersão, de forma a minimizar a quantidade de poeira gerada pela trituração. Em seguida, é colocado pela pá carregadeira no alimentador, que faz a dosagem correta do material; passando pelo alimentador, o material segue para o moinho, onde é triturado. Do triturador o material segue numa pequena esteira rolante equipada com separador magnético, onde é feita a separação de resíduos de ferro que escaparam da triagem e foram introduzidos no moinho de impacto;

Após esta separação inicial, o material é encaminhado à peneira vibratória, que faz a separação do material nas granulometrias selecionadas;

Da peneira, cada uma das frações é transportada para o seu respectivo pátio de estocagem por meio de uma esteira transportadora, convencional, de velocidade constante.

As esteiras transportadoras são montadas sobre rodízios, de forma a permitir o seu deslocamento lateral em semicírculo no pátio de estocagem. Essa providência evita que se tenha que efetuar a remoção das pilhas de material triturado com pá mecânica, permitindo a estocagem contínua de material, sem paralisar a operação. O deslocamento dos rodízios se faz sobre piso cimentado, dimensionado para suportar os esforços da correia. A operação de deslocamento da correia é feita manualmente pelos serventes alocados no pátio de estocagem e realizada toda vez que a pilha de entulho triturado atinge a altura máxima permitida pela declividade da esteira. O material estocado deve ser mantido permanentemente úmido para evitar a dispersão de poeiras e para impedir seu carreamento pelo vento. A carga dos veículos que levam o entulho triturado para aproveitamento é feita por uma pá carregadeira similar à do pátio de recepção.

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Os produtos fabricados em uma unidade de reciclagem são: Briquetes para calçada; Sub-base e base de rodovias; Blocos para muros e alvenaria de casas populares; Agregado miúdo para revestimento; Agregados para a construção de meios-fios, bocas-de-lobo, sarjetas.

Os custos apresentados a seguir foram baseados na implantação e operação da unidade de reciclagem de entulho, automatizada, com capacidade produtiva de 100t/h e localizada a uma distância de 10km do perímetro urbano.

Valor da unidade (obras civis + equipamentos) = US$1.091.274,33 Custo unitário de produção = US$10,30/t

Já os custos envolvidos na implantação e manutenção das unidades semi-automáticas de Belo Horizonte são os seguintes demonstrados na Tabela 61.

TABELA 61: EXEMPLO DE UNIDADES DE RECICLAGEM DE ENTULHO E CUSTOS. Unidade de Reciclagem de Entulho DADOS VALORES*

Unidade Estoril

Capacidade 120 t/dia Custo de investimento R$65.000,00 Obras civis R$36.000,00 Manutenção/operação R$18,00/t

Unidade Pampulha

Capacidade 240 t/dia Custo de investimento R$130.000,00 Obras civis R$50.000,00 Manutenção/operação R$22,00/t

Fonte: IBAM, 2001.

* Valores levantados no ano de 2001.

TABELA 62: CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA PEQUENA UNIDADE DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL UNIDADE DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Discriminação Unidade Quantidade Custo Unitário (R$) Custo Total (R$) Terreno m2 - - - Obras civis gb 1,00 20.000,00 20.000,00 Britador / usado (elétrico) un 1,00 75.000,00 75.000,00 Martelo demolidor (elétrico) un 1,00 6.500,00 6.500,00 Martelo rompedor (elétrico) un 1,00 3.400,00 3.400,00 Execução da rede elétrica de alimentação da unidade gb 1,00 2.000,00 2.000,00

TOTAL 106.900 Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

TABELA 63: CUSTO DE OPERAÇÃO DA PEQUENA UNIDADE DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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DISCRIMINAÇÃO CUSTO UNITÁRIO (R$)

CUSTO MENSAL (R$) Recurso humano* Quantidade

Fiscal 01 1.200,00 1.200,00 Operário 02 503,21 1.006,42 EPI’s 02 28,60 57,20

TOTAL R$2.263,62 Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

As melhores alternativas para um destino adequado aos resíduos da construção civil e demolições estão voltadas ao reúso. Verifica-se que a produção de resíduos de construção civil, disponibilidade de agregados e baixa industrialização pode ser um fator que inviabilize a instalação de uma unidade de reciclagem exclusiva para o município. Entretanto esta situação se modifica quando se considera uma solução consorciada com outros municípios.

3.6.5 Resumo das Proposições

O Quadro 6 a seguir, apresenta as principais propostas referentes ao adequado gerenciamento dos Resíduos de Construção Civil.

QUADRO 6: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL Cadastramento de geradores dos resíduos de construção civil Realizar o cadastro das empresas geradoras de resíduos de construção civil existentes no município Determinar áreas aptas para recebimento dos resíduos de construção civil Determinar em várias localidades do município áreas erosionadas ou com depressões que passam ser recuperadas ou aterradas com entulhos. Na falta destes locais deverá ser criados bolsões com equipamentos propriamente idealizados para reciclagem de entulhos. Elaborar critérios de cadastramento das empresas prestadoras de serviços Cadastro das empresas prestadoras de serviço de coleta e destinação final de resíduos de construção civil existentes no município. Todavia, há necessidade do poder público disciplinar o uso de contêineres (caçambas metálicas) e sistema poliguindaste (caminhão com guinchos) para a coleta de entulho em obras de construção, demolição, reformas ou limpeza geral. As empresas prestadoras desse tipo de serviço devem ser credenciadas pela área responsável da limpeza pública ou obras do município. Fiscalizar os despejos dos entulhos em locais inadequados Atualmente, algumas municipalidades não fornecem o alvará para reforma ou construção de edificações sem que exista um contrato com um particular autorizado para coleta e transporte de entulhos. Existem várias empresas particulares trabalhando no ramo com autorizações municipais. Deste modo o poder público possui mais condições de fiscalizar e controlar os despejos indiscriminados destes materiais. Tais descargas vêm se tornando verdadeiros transtornos na maioria das cidades brasileiras de médio e grande porte. Atualizar o Código de Postura e Obras com regulamentações referentes o uso de caçambas A legislação que regulamenta o uso destas caçambas deve exigir dimensões adequadas, pintura, sinalização e sistema de cobertura adequadas. O equipamento deve ser colocado no recuo frontal ou lateral da testada do imóvel do proprietário que contratou os serviços. Se isso não for possível, o contêiner poderá ser colocado na via pública com largura mínima de oito metros e estacionamento permitido para veículo. Deve ficar a uma distância de 30 cm das guias para não obstruir a passagem das águas pluviais. Não poderá ser colocada em ruas com curvas ou lombadas. Armazenagem e transporte de materiais considerados perigosos ou nocivos a saúde ficarão proibidos. Criar parcerias

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Parceria com iniciativa privada para instalação de uma Unidade de Reciclagem de resíduos da construção civil. Podendo ser referência na Região Metropolitana de Curitiba. Elaborar campanhas Elaborar campanhas acostumando a população a descartar adequadamente o material que não mais será utilizado. Unidade de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil Para redução dos resíduos da Construção Civil gerados no município deverão ser adotados os princípios da reciclagem e reuso com a implantação de uma Unidade de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil. Criar uma Central de Atendimento e Informações A criação de uma Central de Atendimento e Informações com o objetivo de viabilizar um sistema de comunicação ágil e eficiente entre o cidadão e a Prefeitura, permitindo o atendimento da demanda de informações e solicitações da população, e esclarecimento de eventuais dúvidas da população. Por exemplo, uma Central de Atendimento que atenda a população por meio de telefone e internet. O cidadão pode solicitar qualquer informação e serviço pertinente ao âmbito administrativo municipal, facilitando o acesso, atendimento e conhecimento das ações e dos serviços públicos municipais por meio da utilização destes meios de comunicação com a Prefeitura. Criar o disk-denúncia Algumas cidades tais como Maringá instituiu o disque denúncia para diminuir os despejos indiscriminados de entulhos. Dados demonstram que caiu aproximadamente em 40% o número de pessoas que jogam entulhos de construção em áreas públicas graças ao disque denúncia que trabalha 24 horas por dia inclusive aos sábados, domingos e feriados. Ao ligar para a prefeitura, o denunciante passa o número da placa do veículo usado no transporte e o horário do despejo dos resíduos sólidos. Com as informações, os fiscais vão atrás do infrator, que é obrigado a pagar multa ou retirar o entulho para um destino final adequado. Segundo informações 70% dos casos são resolvidos, com os infratores retirando o entulho. As reclamações feitas fora do horário comercial são registradas em uma secretaria eletrônica, e apuradas pelos fiscais do setor durante a semana. Fiscalização Melhoria da fiscalização ambiental na questão do manejo, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos, com objetivo de diminuir os conflitos. Em vistas de inconformidades, deverá ser estabelecido prazo para adequação destas e um alerta a sujeito à multa em caso de não cumprimento das obrigações. Em caso de não regularização poderá resultar em suspensão da coleta até que sejam obedecidas as normas contidas nas leis municipais. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

33..77 RReessíídduuooss IInndduussttrriiaaiiss

Como o Decreto Municipal 045/2008 apresentou falhas na descrição das informações que deveriam estar contidas no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos solicitado às empresas de Rio Negro, sugere-se que este decreto seja reeditado. Com isto, será possível estabelecer os parâmetros que todos deverão contemplar em seus planos. Exigir o PGIRS dos grandes geradores, convencionando que estes sejam empresas que possuem mais de 15 funcionários. Das industrias de pequeno e médio porte, a solicitação será do mesmo plano, porém na forma simplificada. Para todas, independente do porte, é interessante para a Prefeitura solicitar o protocolo no IAP do PGIRS de cada indústria, assim como uma cópia do Plano, e das licenças dos receptores dos resíduos. Caberá a Prefeitura denunciar ao orgao ambiental as irregularidades, porém isentando-se da fiscalização tendo em vista o quadro reduzido de funcionários. Os resíduos sólidos industriais, por definição, são os mais variados possíveis, devendo ser estudados caso a caso em função da diversidade de suas características. Ressaltando que a coleta, o armazenamento, o acondicionamento, o transporte e a destinação final dos resíduos industriais são de responsabilidades dos

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geradores, obedecendo às normas e legislações vigentes. Entretanto, de uma forma ampla podem ser considerados como padrão as especificações apresentadas nos tópicos seguintes.

3.7.1 Acondicionamento e Armazenamento Temporário

As formas mais usuais de se acondicionar os resíduos industriais são: Tambores metálicos de 200 litros para resíduos sólidos sem características corrosivas; Bombonas plásticas de 200 ou 300 litros para resíduos sólidos com características corrosivas ou semi-

sólidos em geral; “Big-bags” plásticos, que são sacos, normalmente de polipropileno trançado, de grande capacidade de

armazenamento, quase sempre superior a 1 m³; Contêineres plásticos, padronizados, para resíduos que permitem o retorno da embalagem; Caixas de papelão, de porte médio, até 50 litros, para resíduos a serem incinerados.

3.7.2 Tratamento e Destinação Final

É comum se proceder ao tratamento de resíduos industriais com vistas à sua reutilização ou à sua inertização, entretanto, dada à diversidade dos mesmos, não existe um processo pré-estabelecido, havendo sempre a necessidade de realizar uma pesquisa e o desenvolvimento de processos economicamente viáveis. Em termos práticos, os processos de tratamento mais comum são:

Neutralização, para resíduos com características ácidas ou alcalinas; Secagem ou mescla, para resíduos com alto teor de umidade; Encapsulamento, que consiste em se revestir os resíduos com uma camada de resina sintética

impermeável e de baixíssimo índice de lixiviação; Incorporação, para resíduos que podem ser agregados à massa de concreto ou de cerâmica, ou ainda

que possam ser acrescentados a materiais combustíveis. Normalmente a destinação final dos resíduos industriais é feita em aterros especiais, Classe I, ou através de processos de destruição térmica, como incineração ou pirólise, na dependência do grau de periculosidade apresentado pelo resíduo e de seu poder calorífico. Os Aterros Especiais - Classe I são aterros similares a um aterro sanitário, apresentando as seguintes diferenças:

Obrigatoriedade de dupla camada de impermeabilização inferior com manta sintética; Obrigatoriedade de camada de detecção de vazamento entre as camadas de impermeabilização

inferior; Obrigatoriedade de camada de impermeabilização superior com manta sintética;

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Obrigatoriedade de camada de drenagem acima da camada de impermeabilização superior; Maior distância da camada de impermeabilização inferior ao nível máximo do lençol freático (mínimo de

3,0 metros); Obrigatoriedade de coleta e tratamento dos líquidos percolados.

Além do aterro e dos processos térmicos, a destinação final de resíduos considerados como de alta periculosidade pode ser feita pela disposição dos resíduos em cavernas subterrâneas (calcárias ou, preferencialmente, salinas) ou pela injeção dos mesmos em poços de petróleo esgotados. A seguir são apresentadas as principais proposições referentes ao gerenciamento dos resíduos industriais gerados no município de Rio Negro:

Determinar que as indústrias geradoras de resíduos devessem apresentar ao órgão ambiental (IAP) informações referentes à geração, as características e destino final de seus resíduos – Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais (CONAMA 313/02 e Lei Estadual 12.493/99), exigindo comprovação;

Fiscalização e exigência de Planos de Gerenciamento de Resíduos para todas as indústrias de Rio Negro;

As atividades referentes ao armazenamento, coleta, transporte e disposição final dos resíduos, deverão ser realizadas por iniciativas das próprias indústrias, sempre que necessário por intermédio de empresas terceirizadas devidamente licenciadas;

Inserir os princípios dos 4 R's - recuperar, reduzir, reutilizar, reciclar - de valorização e disposição final adequada, incluindo prazos e conteúdos mínimos.

3.7.3 Resumo das Proposições

O Quadro 7 a seguir, apresenta as principais propostas referentes ao adequado gerenciamento dos Resíduos industriais.

QUADRO 7: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS Cadastramento das Indústrias no município Promover o Cadastro das indústrias situadas no município de Rio Negro. Inventário de Resíduos Industriais Realizar o inventário municipal de resíduos industriais Elaborar um Folder Folder com orientações e instruções para que as indústrias possam tomar conhecimento e obter fundamento na elaboração de seus PGRS – Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tendo em vista a reciclagem e reutilização dos resíduos. Exigência de apresentação dos PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Determinar um prazo para elaboração e apresentação dos Planos, fiscalizar a execução dos mesmos nas indústrias. Parceria com a Prefeitura Incentivar e promover parcerias entre indústrias e prefeitura inserindo-as nos programas municipais existentes de coleta seletiva etc.

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Criação e Revisão de Legislações Criação de Leis específicas para dar respaldo às ações e programas da Prefeitura, principalmente referente ao PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos. Revisão da legislação de Licença Sanitário de Indústrias de Risco 3. Criar uma Central de Atendimento e Informações A criação de uma Central de Atendimento e Informações com o objetivo de viabilizar um sistema de comunicação ágil e eficiente entre o cidadão e a Prefeitura, permitindo o atendimento da demanda de informações e solicitações da população, e esclarecimento de eventuais dúvidas da população. Por exemplo, uma Central de Atendimento que atenda a população por meio de telefone e internet. O cidadão pode solicitar qualquer informação e serviço pertinente ao âmbito administrativo municipal, facilitando o acesso, atendimento e conhecimento das ações e dos serviços públicos municipais por meio da utilização destes meios de comunicação com a Prefeitura. Criar o disk-denúncia O disque denúncia tem como objetivo diminuir os despejos indiscriminados de resíduos. Ao ligar para a prefeitura, o denunciante passa o número da placa do veículo usado no transporte e o horário do despejo do resíduos. Com as informações, os fiscais vão atrás do infrator, que tem por obrigação a pagar multa ou retirar o resíduo para um destino final adequado. As reclamações feitas fora do horário comercial são registradas em uma secretaria eletrônica, e apuradas pelos fiscais do setor durante a semana. Fiscalização Melhoria da fiscalização ambiental na questão do manejo, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos, com objetivo de diminuir os conflitos. Em vistas de inconformidades, deverá ser estabelecido prazo para adequação destas e um alerta a sujeito à multa em caso de não cumprimento das obrigações. Em caso de não regularização poderá resultar em suspensão da coleta até que sejam obedecidas as normas contidas nas leis municipais. Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

33..88 EEssttrruuttuurraa AAddmmiinniissttrraattiivvaa

3.8.1 Definição da Forma de Gestão para Prestação dos Serviços

3.8.1.1 Administração Direta

Deverá ser feito um estudo minucioso sobre possibilidade de contratação de mão-de-obra própria para realização dos serviços de coleta de resíduos doméstico e comercial, varrição, roçagem, poda de árvores, corte de árvores e capina, verificando se o custo gerado pelas contratações não extrapola os custos com os contratos das empresas terceirizadas. Caso a opção seja a da continuidade de utilização de empresas terceirizadas para o desenvolvimento dessas atividades, cogitar a renegociação dos valores dos contratos, e estas atividades deverão ser fiscalizados pela Administração Direta da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos, com assessoria da Secretaria Municipal do Planejamento. A outra opção seria a descontinuidade da terceirização, porém ressalta-se que estas contratações podem ser declaradas rescindidas estas contratações independentes de interpelação ou de procedimento jurídico, somente nas seguintes condições:

No caso de dolo, culpa, simulação ou fraude na execução do Contrato; Se a contratada transferir o contrato ou a execução no todo ou em parte sem prévia autorização da

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Prefeitura; Se a contratada falir, entrar em concordata, em liquidação ou dissolução ou ainda ocorrer alteração em

sua estrutura social que impossibilite ou prejudique a execução dos serviços. Caso a opção escolhida seja a manutenção da terceirização, a Prefeitura deverá reestruturar a Secretaria Municipal do Obras e Serviços Urbanos, ampliando sua estrutura com equipe de fiscais qualificados para o acompanhamento e fiscalização destas contratações, identificação de desvios, apuração das causas, aplicações de ações corretivas e sanções. Esta reestruturação deverá contemplar também uma equipe exclusiva para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos. Exclusivamente para os serviços de coleta, remoção, transporte e destinação final de entulhos provenientes da Construção Civil, dos Resíduos Industriais e de Serviços de Saúde, estes deverão ser realizados pelos geradores ou por empresas contratadas para realizarem a atividade, devendo neste caso submeter previamente ao município os Planos de Gerenciamento dos Resíduos, bem como, obter junto aos órgãos de fiscalização ambiental competente as devidas licenças para operação e destinação final dos mesmos. A critério exclusivo do município, este poderá a qualquer tempo, mediante cobrança, realizar qualquer uma das etapas dos resíduos (coleta, remoção, transporte e destinação final) de responsabilidade dos geradores, desde que esta tarefa seja de interesse público do ponto de vista econômico, ambiental, legal e social.

3.8.1.2 Definição da Forma de Remuneração dos Serviços

No Município de Rio Negro, a receita para dar sustentabilidade aos serviços de limpeza urbana, nas categorias de resíduos de responsabilidade da Prefeitura feita sob a forma de cobrança da Taxa de Coleta Lixo, cobrada através da fatura da SANEPAR poderá ser mantida desta forma, se a Prefeitura assim perceber interessante o recebimento regular das referidas taxas. No município de Rio Negro, o déficit existente entre arrecadação e custos para a promoção da prestação dos serviços de limpeza urbana, no período de 2007, foi na ordem de 50%. Deverá ser realizado um estudo minucioso pela equipe da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, sobre a possibilidade de implantação da Taxa de Limpeza Pública e Taxa da Coleta Seletiva de Resíduos, contando assim com mais formas de arrecadação e aumento de receitas, buscando assim o equilíbrio financeiro. Os serviços de responsabilidade dos geradores de resíduos, que a critério do município vierem a ser executados pelo mesmo, serão cobrados com base na quantidade gerada, pelo controle de volume ou massa, inclusive o uso do aterro sanitário do município para a destinação final do lixo. Independentemente destas propostas é necessária à manutenção da limitação em 100 (cem) litros a coleta por domicílio e somente de resíduos de características domésticas.

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3.8.1.3 Elaboração de Indicadores Operacionais, de Qualidade e de Produtividade; Avaliação e Monitoramento

Deverão ser incluídas, no Orçamento Anual do Município, as Receitas referentes à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos, estipulando-se assim metas para serem atingidas conforme as receitas estabelecidas e que essas sirvam como indicadores de produtividade e desempenho da referida Secretaria. Buscando avaliar as atividades de limpeza urbana da cidade de Rio Negro, serão estabelecidos alguns parâmetros de monitoramento que servirão para a tomada de decisão sobre as atividades a serem desenvolvidas, com os seguintes itens a serem constantemente avaliados:

Volume diário coletado; Custo operacional dos serviços de limpeza urbana (combustível, manutenção, mão de obra, contratos

terceirizados, etc.) Eficiência nos serviços de coleta e de limpeza, mensurados em relação queda do número de

denúncias; Grau de satisfação da população, que deverá ser verificado por pesquisas de opinião executadas

periodicamente, com distribuição proporcional à atividade demandada, com alcance em toda a cidade e em todas as classes sociais;

Custos de realização dos serviços em relação ao valor arrecadado para os mesmos (taxas de limpeza urbana e coleta de resíduo).

3.8.1.4 Estabelecimento da Sistemática de Acompanhamento e Controle de Custos

Planilhas de apuração de custos dos serviços de limpeza pública deverão ser elaboradas em conjunto entre a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos e as Empresas Terceirizadas, com o objetivo de se obter parâmetros estatísticos que permitam a avaliação das atividades desenvolvidas, a simulação de resultados e, por conseguinte a tomada de decisões sobre investimentos e a operacionalização do sistema, com o objetivo de racionalizar gastos e otimizar serviços, com conseqüente aumento da produtividade. Deverão ser elaboradas planilhas individuais e específicas para cada serviço (coleta de resíduos doméstico e comercial, varrição, roçagem, poda de árvores, corte de árvores e capina) contemplando todos os custos envolvidos na realização destes, não esquecendo, principalmente da inclusão dos custos administrativos, que, por sua vez, deverão ser rateados proporcionalmente aos custos diretos observados, de forma a manter o equilíbrio de custos sem sobrecarregar serviços de menor custo operacional. O controle de custos, além de proporcionar uma organização da gestão dos serviços de limpeza pública e uma melhor visão gerencial de todo o processo, servirá como elemento de transparência para os valores cobrados pelos serviços, destacando o seguinte:

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Controle de gastos por atividade da limpeza; Distribuição dos gastos com Limpeza Pública; Planejamento de investimentos de curto, médio e longo prazo; Acompanhamento e verificação de custo realizado x orçado; Identificação do custo real dos serviços.

Controles como estes servem como ferramentas para monitoramento através de indicadores e são de suma importância para elaboração de planos de ações imediatas e tomadas de decisões referentes a redução e controle de custos.

3.8.2 Estrutura de Fiscalização e de Controle

O Municipio de Rio Negro, atualmente, não possui uma estrutura responsável pela fiscalização e controle das atividades relativas à Limpeza Pública e Meio Ambiente. Nos itens que se seguem, são feitas recomendações quanto à Implantação, Capacitação e Estabelecimento do Sistema de Fiscalização da População Usuária.

3.8.2.1 Implantação do Sistema de Fiscalização dos Serviços Prestados

A Implantação do Sistema de Fiscalização tem como objetivo estabelecer a disciplina das atividades de limpeza urbana do município, e deve atuar diretamente nas ações prejudiciais à limpeza pública, reprimindo qualquer ação ou atitude em desconformidade com a Política de Meio Ambiente e deverá estar vinculado à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos e à Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, que orientará o trabalho de fiscalização da limpeza urbana, intervindo quando necessário no processo operacional das próprias Secretarias, buscando a eficiência e eficácia dos serviços. Além disso, parcerias com o IAP, SEMA e outros organismos de atuação na área ambiental, com o objetivo de atuação nas ações de fiscalização. Parcelas dos recursos arrecadados, com aplicação de multas, preferencialmente serão aplicadas em programas educativos e de educação ambiental. Esta primeira etapa deverá ter enfoque na parte informativa, para posteriormente se por em prática a fiscalização repressiva para os atos abusivos. Dentre as atividades do Sistema de Fiscalização, podemos citar:

A notificação será feita com o estabelecimento de um período para que seja corrigida a irregularidade cometida;

O auto de infração poderá ser aplicado imediatamente, uma vez constatado uma infração de natureza grave ou gravíssima, infração de caráter irreparável ou quando tratar-se de infrator reincidente em infrações leves;

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As multas serão aplicadas conforme os graus de infração: leves, médios, graves e gravíssimos; A emissão do auto de infração é de competência da fiscalização, ou àquelas delegadas por convênios

ou outras formas de atuação, e devem conter: nome e endereço do infrator, local, data, horário, descrição da infração e prazo para o recolhimento da multa, devendo o autuado dar ciência apondo a assinatura;

O infrator será notificado para ciência da infração pessoalmente. Caso se recuse a se manifestar, será feito pelo correio ou via postal, ou ainda por edital, se estiver em lugar incerto e não sabido.

O infrator, dentro do prazo estabelecido, poderá oferecer defesa ou impugnação do auto; Os policiais militares, IAP, SEMA, fiscais de posturas do município, e outros elementos conveniados

para a atividade de fiscalização serão equiparados a agentes públicos a serviço da vigilância ambiental, podendo desta forma exercer o papel de fiscais aplicando inclusive as multas cabíveis;

Para facilitar o trabalho de fiscalização por parte da população, todos os veículos envolvidos na limpeza urbana deverão apresentar estampados de forma destacada, os números de telefone do setor de limpeza urbana do município;

A coordenação das ações de fiscalização ficará a cargo da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos.

3.8.2.2 Capacitação da equipe de fiscalização

A capacitação da equipe de fiscalização é um item de extrema importância e fundamental para o exercício das atividades de fiscalização. Os agentes deverão estar aptos para o exercício, recebendo o devido treinamento e capacitação, visando a disciplinar e dinamizar as ações de limpeza urbana do Município. Os principais pontos a serem tratados na capacitação da equipe de fiscalização:

Conhecimento da legislação ambiental vigente; Conhecimento dos atos lesivos à limpeza urbana; Tipos de resíduos gerados no município e sua classificação; Formas de acondicionamento dos resíduos, para destinação em aterro ou para a reciclagem; Coleta regular, transporte e destinação final do lixo doméstico e comercial; Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de origem industrial; Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de serviços de saúde; Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de construção civil; Conhecimento da legislação existente e das competências nas esferas estadual e federal; Conhecimento dos atos e competências do poder municipal; Conhecimento dos atos e responsabilidades da fiscalização;

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Materiais e equipamentos utilizados nos serviços de limpeza; Educação ambiental.

3.8.2.3 Estabelecimento do Sistema de Fiscalização da População Usuária

A etapa inicial de implantação deste plano prevê a realização de um trabalho conjunto da Prefeitura Municipal, IAP, Universidades, Núcleo de Ensino, Associação de Bairros e outras entidades representativas, com o objetivo da sensibilização da população do município com vistas à sua atuação como fiscais no trato da limpeza urbana e na implantação do sistema de gerenciamento integrado dos resíduos sólidos.

3.8.3 Política de Recursos Humanos

3.8.3.1 Concepção e Formulação do Plano de Carreira, Cargos e Salários

Como já apontado no capítulo 3.8.2, o município não apresenta responsáveis pela fiscalização de Limpeza Pública e Meio Ambiente. Na concepção e formulação do Plano de Carreira, Cargos e Salários é importante que sejam contemplados profissionais responsáveis por esta fiscalização. Atualmente, o funcionario responsável pela fiscalização do Meio Ambiente também presta serviço à Secretaria de Saúde. O uso compartilhado do mesmo profissional para as duas secretarias é insuficiente para a fiscalização do município todo. É importante também que as diretrizes estabelecidas no Plano de Carreira, Cargos e Salários sejam cumpridas, ou seja, que as pessoas designadas para determinado cargo exerçam plenamente essas funções e que também sejam remuneradas de acordo com o cargo que exercem.

QUADRO 8: ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE Reinaldo Herbst Junior

Chefes do departamento de meio ambiente Sidney Hirt Claudinéia Radunz

Diretora do departamento de agricultura Sônia Mara Wolf Admnistrador do Parque Tarcísio Schelbauer Assistentes administrativos Neiva Maria C. B. Marques

Biólogas Lenita Kozak Walquíria Brusamolin

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

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3.8.3.2 Capacitação Profissional e Valorização Humana

Elaborar um programa de recursos humanos, visando à conscientização e valorização dos trabalhadores envolvidos no gerenciamento da importância da segurança e de proteção coletiva e individual no trato com os resíduos (lixo). O programa deverá contemplar ações de capacitação, treinamentos, reciclagens dos gestores e trabalhadores do PGIRS. A educação ambiental terá como objetivo conscientizar todos os trabalhadores da necessidade de cooperação de todos para a manutenção de um ambiente limpo e saudável. Deverão ser promovidas campanhas educativas de divulgação utilizando folhetos, cartilhas informando os cuidados com o trato com os resíduos, o desperdício e a vantagem de minimizar, reduzir, reciclar e reutilizar, além dos custos dos serviços e os aspectos ambiental sanitário. Promover programas de alfabetização e de valorização humana, através de cursos e palestras, de forma a inserir os trabalhadores no contexto da participação na construção do modelo adequado para a limpeza urbana do município.

3.8.3.2.1 Alfabetização

Realizar cursos de alfabetização dirigidos àqueles não alfabetizados ou pouco alfabetizados, de forma a proporcionar a escolaridade mínima necessária para uma boa assimilação nos cursos de treinamento e a capacitação para o entendimento e controle de tarefas que dependam de leitura e escrita.

3.8.3.2.2 Treinamento Técnico

O treinamento técnico tem por objetivo a capacitação do corpo gerencial que atue nas atividades de planejamento técnico-operacional, e que deverão estar incluídos: o secretário, o chefe de divisão, os chefes de setores, assessores, auxiliares administrativos, e todos aqueles que estejam em condição de comando de equipes cujas tarefas necessitam de técnicas de execução. Dentre os temas que necessitam de treinamento técnico, citamos:

O Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos; Origem e composição dos resíduos gerados; Atividades do serviço de limpeza urbana (acondicionamento, coleta, transporte, armazenagem,

tratamento e destinação final); Dimensionamento dos serviços de limpeza urbana; Custos das atividades de limpeza urbana;

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Custos dos serviços de limpeza urbana; Controle de custos; Avaliação de desempenho; Reciclagem e compostagem; Legislação; Estudos mercadológicos sobre materiais recicláveis.

33..99 EEssttrruuttuurraa LLeeggiissllaattiivvaa

3.9.1 Proposições na Legislação Municipal

No sentido de viabilizar um gerenciamento de resíduos adequado ao Município e atendendo as diretrizes nacionais no que diz respeito a resíduos sólidos, faz-se necessária algumas alterações no Código de Posturas do Município e Código Tributário Municipal, bem como a adoção de uma Política Municipal de Resíduos Sólidos. Neste sentido, apresentam-se as seguintes proposições para a Legislação Municipal.

3.9.1.1 Código de Posturas

Previsão de um mecanismo de inter-relação dos PGIRS e as diversas licenças municipais, tais como emissão ou renovação de alvarás de funcionamento do Estabelecimento comercial ou industrial, vistorias da Vigilância Sanitária, vistorias de Bombeiros e Licença Ambiental. Esta alternativa proporciona um controle e fiscalização sobre os geradores que devem elaborar seus Planos de Gerenciamento de Resíduos.

3.9.1.2 Código Tributário Municipal

Promover adequação no sentido de se: a) Instituir normas mais claras a respeito da cobrança de taxas de serviços de coleta e limpeza pública, visando o equilíbrio econômico-financeiro e segurança jurídica nos contratos de concessão destes serviços, e fazer revisões periódicas anuais dos valores referentes à taxa de limpeza pública; b) Fazer a previsão de taxas diferenciadas para os grandes geradores; c) Fazer a previsão de incentivos fiscais financeiros ou creditícios, respeitadas as limitações da Lei de Responsabilidade Fiscal, para as indústrias e entidades dedicadas à reutilização e ao tratamento de resíduos sólidos produzidos no território municipal, bem como para o desenvolvimento de programas voltados à logística

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reversa, privilegiando parceria com associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis reconhecidas pelo poder público e formada exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda.

3.9.1.3 Código Ambiental Municipal

Sugere-se a criação do Código Ambiental municipal, que tem primordial importância quanto à aplicação de sanções administrativas mais adequadas à realidade local. Neste código deve estar disciplinada também a Política Ambiental do Município com as suas diretrizes e forma de aplicação, a qual deve abranger todas as ações possíveis de competência municipal na área da preservação da qualidade ambiental, bem como deve ser divulgado amplamente aos munícipes conjuntamente com um programa de educação ambiental. Dentro da Política Ambiental poderão ser instituídos incentivos fiscais à preservação ambiental. A Política Ambiental Municipal deverá ser executada com medidas administrativas e leis específicas que complementarão as suas diretrizes. Abaixo, estão relacionadas algumas recomendações à respeito dos resíduos para que conste no Código Ambiental Municipal.

3.9.1.3.1 Dos Resíduos

Adequados à Lei de Saneamento Básico e Política Nacional de Resíduos Sólidos.

3.9.1.3.2 Dos Resíduos Domésticos

Caracterização dos resíduos domésticos bem como destinação adequada para os orgânicos, recicláveis, e demais materiais.

3.9.1.3.3 Dos Resíduos de Serviço de Saúde

Caracterização dos Resíduos de Serviço de Saúde, obrigatoriedade do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Saúde, e definição da responsabilidade pela coleta, transporte, tratamento e destinação final.

3.9.1.3.4 Dos Resíduos Industriais

Caracterização dos Resíduos Industriais e definição da responsabilidade pela coleta, transporte, tratamento e destinação final, de acordo com o volume de resíduos gerados.

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3.9.1.3.5 Dos Resíduos da Construção Civil

Caracterização dos Resíduos da Construção Civil, sugerindo-se um Plano de Gerenciamento dos Resíduos e definição da responsabilidade pela coleta, transporte, tratamento e destinação final. Definição em conjunto com o setor, de área adequada para a disposição final destes resíduos.

3.9.1.3.6 Dos Resíduos Vegetais (Poda e capina)

Previsão no Código de coleta, transporte e disposição final destes resíduos. (Viabilizar área de compostagem).

3.9.1.3.7 Dos Resíduos Perigosos

a) Obrigatoriedade de elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos a postos de combustíveis e oficinas mecânicas e similares. b) Previsão para resíduos perigosos estabelecendo prazos para adequação, fiscalização e cobrança para coleta de materiais perigosos tais como lâmpadas, pilhas, baterias, pneus, em consonância com normas de órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional de Meio Ambiente.

3.9.1.4 Lei de Política Municipal de Resíduos Sólidos

Sugere-se a edição de lei municipal instituindo uma política municipal de resíduos sólidos, considerando no mínimo, os seguintes quesitos: 1) Elaborada em consonância com a Política Nacional e Estadual; 2) Contemplar a inserção socioeconômica dos Catadores; 3) Proibição de presença de crianças em espaços utilizados para separação, armazenamento, comercialização e beneficiamento de resíduos; 4) A previsão de viabilização de espaços apropriados: creches e escolas para os filhos dos Catadores; 5) Proibição dos catadores retirarem resíduos classificados como perigosos das indústrias, comércio ou qualquer outro gerador; 6) Proibição aos catadores de levarem os materiais coletados para suas casas, por questões de saúde pública, proliferação de vetores e doenças; 7) O levantamento dos depósitos existentes no Município, com as seguintes informações:

Número (quantidade) e localização; Se a região onde estão localizados permite a presença destes estabelecimentos; Se estão regulares, inclusive, com alvará de funcionamento;

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Se recebem material de catadores e quanto pagam; Se fornecem moradia e carrinho para catadores e em que condições;

8) A elaboração um Plano de Ação para a regularização dos depósitos irregulares e ilegais; 9) Capacitação de catadores; 10) O acompanhamento de técnicos da área financeira e administrativa para a capacitação dos catadores ( Associação de Catadores; 11) Estudos para a criação de entrepostos de coleta de materiais em bairros distantes e de difícil acesso aos catadores; 12) A previsão de Compostagem; 13) A previsão de Reciclagem e Reuso; 14) A responsabilidade na logística reversa; 15) Normas específicas para os diferentes tipos de geradores de resíduos – tais como AREA DE SAÚDE (SETOR PÚBLICO E SETOR PRIVADO/ PARTICULARES); CONSTRUCAO CIVIL; GRANDES GERADORES (restaurantes/ hotéis e similares); 16) Critérios de definição de grandes geradores e responsabilidades; 17) A previsão de recursos para manutenção de fiscalização; 18) A previsão de programas e campanhas específicas de Educação Ambiental Permanente;

33..1100 IImmppaaccttoo FFiinnaanncceeiirroo

3.10.1 Cobrança do Serviço de Limpeza Pública

Conforme estudos apresentados no diagnóstico, a média do Déficit mensal no custeio da limpeza pública no período compreendido entre Julho de 2007 a Agosto de 2008 foi de R$52.318,54. Deverá ser realizado reajuste na Taxa de Coleta de Lixo, assim como a implantação da Taxa de Limpeza Pública, seguindo os preceitos do §2, artigo 145 da Constituição Federal: “As taxas não poderão ter base de

cálculo própria de impostos”.

Poderão ser consideradas como serviços de limpeza pública as seguintes atividades realizadas pelo município: Coleta, transporte e disposição final do lixo público; Prestação previamente dos serviços de varrição, lavagem e capinação de logradouros públicos, bem

como de limpeza de praias, valas, canais, galerias pluviais, Bueiros e caixas de ralo; Coleta periódica e o transporte de lixo doméstico; Destinação sanitária dada ao lixo coletado.

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Poderá ser estudada, a viabilidade de implementação da Taxa de Conservação de Vias e Limpeza Urbana ou Taxa de Limpeza Urbana, onde poderão ser embutidos os seguintes serviços: coleta de lixo, limpeza pública e conservação de vias. Deverá ser incluso no Orçamento do Município de Rio Negro a previsão de receitas detalhadas para a Taxa de Coleta de Lixo e Taxa de Limpeza Pública, para que possa ser possível um acompanhamento eficaz do orçamento, servindo de ferramenta para tomada de decisões e elaborações de planos de ação imediata. Sugere-se a transferência da cobrança da taxa de limpeza pública e coleta de lixo do IPTU para a conta de água, através de convênio com a Sanepar. Esta prática foi implantada em vários municípios do Estado, e tem obtido sucesso na diminuição da inadimplência da arrecadação.

3.10.2 Fontes de Recursos Financeiros

A indisponibilidade de recursos financeiros para investimento no município de Rio Negro, enseja a necessidade de se buscar convênios/financiamentos nas esferas estadual e federal, através da SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente, dos Ministérios, BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e parcerias com a iniciativa privada. Para adquirir recursos de equipamentos relacionados a resíduos sólidos como, centrais de triagem e compostagem a seguir são descritos algumas possíveis fontes de financiamento disponibilizadas por bancos oficiais ou privados e organismos internacionais para projetos tecnológicos e científicos.

TABELA 64: FONTE DE FINANCIAMENTO – BID BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO Nome da Instituição: BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento Cidade: Brasília Endereço: Setor de Embaixadas Norte, Quadra 802, Conjunto F - Lote 39, Asa Norte - CEP 70.800-400 Tel.: (061) 317-4000 Fax: (061) 321-3112

Objetivos:

O Banco Interamericano de Desenvolvimento ajuda a promover o desenvolvimento econômico e social sustentável na América Latina e no Caribe mediante suas operações de crédito, liderança em iniciativas regionais, pesquisa e atividades, institutos e programas de disseminação de conhecimentos. O Banco apóia os países membros mutuários da América Latina e do Caribe na formulação de políticas de desenvolvimento, além de oferecer financiamento e assistência técnica visando ao crescimento econômico sustentável do ponto de vista ecológico e maior competitividade, à maior igualdade social e redução da pobreza, à modernização do estado e à promoção do livre comércio e da integração regional.

Site http://www.iadb.org Fonte: ECOTECNICA, 2008

TABELA 65: FONTE DE FINANCIAMENTO – BANCO MUNDIAL Nome da Instituição: Banco Mundial

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Cidade: Brasília

Endereço: Setor Comercial Norte, Quadra 2, Lote A, Edifício Corporate Financial Center Salas 303/4 - CEP 70712-900

Tel.: (061) 329-1000 Fax: (061) 329-1010

Objetivos:

O Banco Mundial é a maior fonte mundial de assistência para o desenvolvimento, proporcionando cerca de US$30 bilhões anuais em empréstimos para os seus países clientes. O Banco usa os seus recursos financeiros, o seu pessoal altamente treinado e a sua ampla base de conhecimentos para ajudar cada país em desenvolvimento numa trilha de crescimento estável, sustentável e eqüitativo. O objetivo principal é ajudar as pessoas mais pobres e os países mais pobres. O Banco também ajuda os países a atrair e reter investimento privado. Com o apoio do Banco - tanto empréstimos quanto assessoramento - os governos estão reformando as suas economias, fortalecendo sistemas bancários, e investindo em recursos humanos, infra-estrutura e proteção do meio ambiente, o que realça a atração e produtividade dos investimentos privados.

Site http://www.worldbank.org Fonte: ECOTECNICA, 2008

TABELA 66: FONTE DE FINANCIAMENTO – BNDES BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOCIAL Nome da Instituição: BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social Cidade: Rio de Janeiro Endereço: Av. República do Chile, 100 Tel.: (021) 277-7447 / 277-6978 Fax: (021) 262-7202

Objetivos:

O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população. O BNDES vem financiando os grandes empreendimentos industriais e de infra-estrutura tendo marcante posição no apoio aos investimentos na agricultura, no comércio e serviço e nas micro, pequenas e médias empresas, e aos investimentos sociais, direcionados para a educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e ambiental e transporte coletivo de massa. Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais.

Site http://www.bndes.gov.br Fonte: ECOTECNICA, 2008

TABELA 67: FONTE DE FINANCIAMENTO – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Nome da Instituição: Caixa Econômica Federal Cidade: Rio de Janeiro Endereço: Av. Rio Branco, 174 Tel.: Capital - (021) 532-2728 / Interior - 0800.22.2728

Objetivos: Através do programa Saneamento para Todos, que utiliza recursos do FGTS, a linha de financiamento para resíduos sólidos permite ao município propor projetos nesta área.

Site http://www.cef.gov.br/index.htm Fonte: ECOTECNICA, 2008

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TABELA 68: FONTE DE FINANCIAMENTO – FUNASA FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE Nome da Instituição: Fundação Nacional de Saúde - FUNASA Tipo da Instituição: pública País: Brasil Cidade: Brasília Endereço: SAS - Quadra 4 - Bloco n - 5º andar CEP 70070-040 Tel.: (061)314-6336 314-6288 321-4013 Fax: (061) 224-1987

Objetivos:

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, é uma das instituições do Governo Federal responsável em promover a inclusão social por meio de ações de saneamento. A Funasa é também a instituição responsável pela promoção e proteção à saúde dos povos indígenas. Presta apoio técnico e/ou financeiro no combate, controle e redução da mortalidade infantil e da incidência de doenças de veiculação hídrica ou causadas pela falta de saneamento básico e ambiental.

Site http://www.funasa.gov.br Fonte: ECOTECNICA, 2008

TABELA 69: FONTE DE FINANCIAMENTO – FNMA FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Nome da Instituição: Ministério do Meio Ambiente - Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA Tipo da Instituição: Fundo País: Brasil Cidade: Brasília Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 7º andar - CEP 70.068-900 - Brasília - DF Tel.: (061) 317-1035 ou 317-1193 Fax: (061) 224-0879

Objetivos:

Tem por missão contribuir, como agente financiador e por meio da participação social, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). A obtenção de recursos financeiros do FNMA está condicionada à apresentação de projetos que delineie ações que contribuam para solucionar problemas ambientais ou para utilização sustentável dos recursos naturais.

Site http://www.mma.gov.br Fonte: ECOTECNICA, 2008

TABELA 70: FONTE DE FINANCIAMENTO – SEDU PARANACIDADE Nome da Instituição: Secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano – SEDU - PARANACIDADE Tipo da Instituição: pública País: Brasil Cidade: Curitiba Endereço: Rua Dep. Mário de Barros, 1290 - 2º andar, CEP 80530-913 Tel.: (041) 3254-7244 Fax: (041) 3254-8985

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Objetivos: O objetivo do PARANACIDADE é prestar assistência institucional e técnica aos municípios, desenvolver atividades dirigidas à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico e social; captar e aplicar recursos financeiros para o processo de desenvolvimento urbano e regional do Estado do Paraná.

Site http://www.pr.gov.br/sedu/index.html Fonte: ECOTECNICA, 2008

TABELA 71: FONTE DE FINANCIAMENTO – BRDE BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL Nome da Instituição: Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE País: Brasil Cidade: Curitiba Endereço: Av. João Gualberto, 530/570 - Alto da Glória, CEP 80030-900 Tel.: (041) 3219-8000 Fax: (041) 3219-8020 Objetivos: Financiar recurso para gestão ambiental e tratamento de resíduos. Site http://www.brde.com.br/ Fonte: ECOTECNICA, 2008

33..1111 CCoonnssiiddeerraaççõõeess FFiinnaaiiss

3.11.1 Responsabilidade do Gerador: PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos

Conforme o Art. 4º da Lei Estadual nº. 12.493/99, as atividades geradoras de resíduos sólidos, de qualquer natureza, são responsáveis pelo gerenciamento do resíduo (desde o acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, disposição final), e pelo passivo ambiental oriundo da desativação de sua fonte geradora bem como pela recuperação de áreas degradadas. Segundo a mesma Lei, a responsabilidade do Município no gerenciamento dos resíduos sólidos deverá somente daqueles provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, e de limpeza pública urbana. Na Tabela 72 abaixo, apresenta-se um esquema com a origem e a responsabilidade pelo gerenciamento do resíduo gerado, devendo ser adotado no município de Rio Negro.

TABELA 72: RESPONSABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ORIGEM DO RESÍDUO RESPONSÁVEL

Domésticos Prefeitura Comercial Prefeitura* Público (saúde, construção civil, especiais, agrícolas, etc.). Prefeitura Serviço de saúde e hospitalar Gerador (hospitais, clínicas, etc.) Portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários Gerador (portos, etc.) Industrial Gerador (indústrias) Agrícola Gerador (agricultor) Resíduos da construção civil Gerador

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Resíduos especiais Gerador Varrição Prefeitura Poda, capina e roçagem Prefeitura Fonte: CEMPRE/IPT, 2000.

(*) A prefeitura deve se responsabilizar por quantidades pequenas de resíduo, recomendado até no máximo 100 Litros/dia. As quantidades superiores deverão ser de responsabilidade do gerador.

Observou-se que, apesar da grande maioria das empresas apresentarem o PGRS, conforme solicitado pela Prefeitura, não existe fiscalização ou verificação do cumprimento adequado dos Planos apresentados. A Tabela 73 a seguir lista, a título de exemplo, algumas diretrizes mínimas devem ser exigidas na elaboração dos PGRS pelos empreendimentos geradores.

TABELA 73: DIRETRIZES GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DO PGRS - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ITENS CONTEÚDO MÍNIMO A SER EXIGIDO

Dados e identificação da empresa

- Empresa/ Nome fantasia - CNPJ - Produtos/ Setor de Atividade/ n° de Empregados - Endereço (Bairro, município, CEP) - Tel./ Fax - E-mail/ Home page

Informações gerais do empreendimento

- Planta baixa de localização e implantação da área física e circunvizinhança, indicando área construída e total do terreno. - Tipo/Ramo da empresa - Horário de funcionamento - Informações sobre perspectivas de reformas e ampliações

Diagnóstico da situação atual

- Caracterização e quantificação dos resíduos gerados - Identificação dos pontos de geração de resíduos

Proposta de Gerenciamento dos

Resíduos

- Diretrizes gerais para implementação do PGRS - Estrutura organizacional - Técnicas e procedimentos adequados a serem adotados - Caracterização, identificação e distribuição dos equipamentos adequados para o acondicionamento, coleta e armazenamento dos resíduos. - Unidades intermediárias - Forma e freqüência da coleta - Forma de destinação final (se terceirizada, indicar empresa responsável)

Proposta de Manejo dos Resíduos

- Descrição de recursos necessários - Elaboração de programas de treinamento e capacitação - Elaboração de instrumentos de análise, controle e avaliação periódica de tipos específicos de resíduos e do PGRS. - Cronograma físico de implantação, execução e manutenção do PGRS - Cronograma de revisão e atualização do PGRS

Plano de Monitoramento - Deverão ser disponibilizadas informações acerca do acompanhamento da evolução do sistema de gerenciamento implantado - Deverão ser elaborados relatórios (mensal, trimensal ou anual) de avaliação do PGRS

Fonte: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Unidade de Curitiba, 2004.

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3.11.2 Licenciamento Ambiental

Conforme o IAP - Instituto Ambiental do Paraná 237 tipologias de atividades classificam-se como potencialmente impactantes:

TABELA 74: ATIVIDADES POTENCIALMENTE IMPACTANTES. N°. ATIVIDADE POTENCIALMENTE IMPACTANTE N°. ATIVIDADE POTENCIALMENTE IMPACTANTE 01. AÇÚCAR E ÁLCOOL 23. FUNDIÇÃO DE METAIS 02. ACUMULADORES 24. GRÁFICA 03. AGROPECUÁRIA 25. LATICÍNIOS 04. AGROTÓXICOS 26. LAVANDERIA 05. ALIMENTOS 27. LINHAS DE TRANSMISSÃO 06. BEBIDAS 28. METALÚRGICA 07. ENEFICIAMENTO DE MADEIRA 29. OBRAS VIÁRIAS 08. BENEFICIAMENTO DE MANDIOCA 30. PAPEL E CELULOSE 09. BENEFICIAMENTO DE MINERAIS 31. PARCELAMENTO DE GLEBA RURAL 10. BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS 32. PETROQUÍMICA 11. BORRACHA 33. PLÁSTICOS 12. EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS 34. PORTOS 13. CERÂMICA 35. QUÍMICA 14 CURTUME 36. SANEAMENTO BÁSICO E DRENAGEM

15. DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS, URBANOS E DE SERVIÇOS DE SAÚDE

37. SERVIÇOS DE SAÚDE

16. DUTOS 38. TÊXTIL 17. ELETRO-ELETRÔNICOS 39. USINA DE ASFALTO 18. ERVATEIRA 40. USINAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA 19. EXTRAÇÃO MINERAL 41. INDÚSTRIA DE MATERIAL DE TRANSPORTE 20. FÁBRICA DE RAÇÃO 42. ÓLEOS VEGETAIS 21. FARMACÊUTICA 43. TURISMO E LAZER 22. FRIGORÍFICOS 44. EXPLORAÇÃO FLORESTAL

Fonte: IAP, 2008

Dentre essas atividades, aparece na listagem atividades de Disposição de Resíduos Sólidos Industriais, Urbanos e de Serviços de Saúde, incluindo a coleta, transporte, tratamento e destinação final como potencialmente impactantes, portanto, sendo necessário o Licenciamento Ambiental do empreendimento.

TABELA 75: TIPOLOGIAS DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE IMPACTANTES 15. DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS, URBANOS E DE SERVIÇOS DE SAÚDE.

15.001 Empreendimento de Tratamento e Disposição Final de Resíduos 15.002 Empreendimento de Transporte de Resíduos 15.003 Empreendimento de Armazenamento de Resíduos 15.004 Empreendimento de Aterros Industriais e Landfarming 15.005 Empreendimento de Outros Sistemas de Disposição Final

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15. DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS, URBANOS E DE SERVIÇOS DE SAÚDE. 15.006 Transporte de Resíduo 15.007 Tratamento do Resíduo 15.008 Disposição Final do Resíduo 15.009 Incineração do Resíduo 15.010 Co-processamento do Resíduo 15.011 Armazenamento do Resíduo 15.012 Aterro do Resíduo 15.013 Outros Sistemas de Disposição Final do Resíduo

Fonte: IAP, 2008

Dependendo do tamanho e do tipo do empreendimento, o IAP pode requisitar mais documentos nas três fases do licenciamento. Conforme o IAP, para a solicitação de licenciamento de qualquer modalidade de atividade poluidora degradante e/ou modificadora do meio ambiente, será exigida ao requerente a apresentação do "RLA - Requerimento de Licenciamento Ambiental", contendo o detalhamento de sua pretensão. Este documento representa a formalização legal e legítima da solicitação junto ao IAP. Quando solicitado, é obrigatória, por parte do solicitante, a apresentação de Plano/Projeto de Sistema de Controle Ambiental, elaborado e a ser executado por profissional habilitado, acompanhado de Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica - ART (quando exigível ao profissional/técnico elaborador ou executor do plano/projeto), na forma da Lei e em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo IAP de acordo com a modalidade de licenciamento ambiental requerida. Na Tabela 76 podem ser observados os procedimentos relativos ao licenciamento ambiental, que em qualquer de suas modalidades, o IAP observará.

TABELA 76: MODALIDADES AVALIADAS PELO IAP REFERENTES AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL MODALIDADES AVALIADAS NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Utilizará sua estrutura organizacional descentralizada nos Escritórios Regionais - ESREG, coordenados pela Diretoria de Controle de Recursos Ambientais - DIRAM e, somente em casos especiais, a seu critério, decidirá pela concessão do licenciamento na sede do IAP; Utilizará critérios diferenciados para licenciamento, em função das características, do porte, da localização e do potencial poluidor e/ou degradante dos empreendimentos, atividades ou obras; além de considerar os níveis de tolerância para carga poluidora na região solicitada para sua instalação; Realizará as vistorias técnicas para avaliação da eficiência da implantação dos sistemas de controle ambiental através de técnicos habilitados lotados nos Escritórios Regionais e/ou da DIRAM, no caso de necessidade de apoio técnico; Encaminhará as licenças concedidas, cadastros e anexos, através de via postal ou aguardará que sejam retiradas pelo requerente no Escritório Regional mais próximo da localização do empreendimento, conforme opção no momento do requerimento do licenciamento; Emitirá parecer negativo quanto à localização, nos casos em que não for possível a concessão de licença prévia, considerando, inclusive, a possibilidade de acidentes ecológicos mesmo com a existência de sistemas de controle ambiental adequado à fonte de poluição; Considerará critérios de densidade demográfica para o licenciamento prévio de empreendimentos como loteamentos, edificações pluri-domiciliares, restaurantes, hospedarias, escolas, empreendimentos comerciais e outras empreendimentos de prestação de serviços. Fonte: IAP, 2008

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Os trâmites para o licenciamento ambiental da área da Central de Triagem e Compostagem deve iniciar-se tão logo seja assinado o contrato para a execução dos serviços e compreendem as seguintes etapas:

3.11.2.1 LP - Licença Prévia

Segundo o Instituto Ambiental do Paraná, a Licença Prévia tem como principal objetivo de atestar a viabilidade de localização do empreendimento. A LP estabelece condicionantes para a elaboração dos projetos e planos de controle ambiental e para sua operação, lembrando que esta licença não oferece o direito de início às obras para instalação da infra-estrutura do empreendimento. A licença prévia deve ser requerida na fase preliminar do planejamento do empreendimento. Para a formalização do processo são exigidos os seguintes documentos:

a. Requerimento de Licenciamento Ambiental; b. Cadastro para Tratamento e Disposição Final de Resíduos; c. Anuência Prévia do Município em relação ao empreendimento, declarando expressamente a

inexistência de óbices quanto à lei de uso e ocupação do solo urbano e a legislação de proteção do meio ambiente municipal;

d. Prova de Publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86;

e. Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental de acordo com a Tabela I (Licença Prévia) da Lei Estadual no 10.233/92.

3.11.2.2 LI - Licença de Instalação

Conforme o IAP (2007) a licença de instalação só é concedida se o mesmo aprovar os planos e projetos de controle ambiental. A licença de instalação dá direito à implantação do empreendimento na área aprovada, assim, pode ser realizada a terraplenagem, cercamento, construção de instalações (exemplo: barracões) e implantação dos sistemas de controle dos impactos ambientais. Os documentos bem como os formulários necessários para a solicitação variam de acordo com o tipo do empreendimento. A licença de instalação deve ser solicitada quando a elaboração do projeto do empreendimento apresentar as medidas de controle ambiental, a concessão da LI se dá em um prazo de 1 a 5 anos a critério do IAP, podendo ser renovada. Para a emissão da licença, o solicitante deverá apresentar as seguintes documentações:

a. Requerimento de Licenciamento Ambiental; b. Cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social;

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c. Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis atualizada, no máximo 90 dias; d. Documentação complementar do imóvel se a situação imobiliária estiver irregular ou comprometida,

conforme exigências para casos imobiliários excepcionais, previstas nesta Resolução; e. Cadastro para Tratamento e Disposição Final de Resíduos; f. Cópia da Licença Prévia e de sua respectiva publicação em jornal de circulação regional e no Diário

Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86; g. Prova de publicação de súmula do pedido de Licença de Instalação em jornal de circulação regional e

no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86; h. Projeto relativo ao Sistema de Controle Ambiental exigido na concessão da Licença Prévia, em 3 vias,

elaborado por técnico habilitado segundo as diretrizes do IAP para apresentação de projetos e das respectivas Normas da ABNT, acompanhado de ART - anotação ou registro de responsabilidade técnica;

i. Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental de acordo com as tabelas I (taxa de licenciamento) e III (análise de projeto) da Lei Estadual no 10.233/92.

3.11.2.3 LO - Licença de Operação

A LO corresponde à fase final do licenciamento ambiental. Aprovada a licença de instalação, a etapa seguinte é obtenção da autorização para que o empreendimento possa operar. Para tanto, deve ser protocolar nos estabelecimentos do IAP um novo requerimento, um novo cadastro com atividade da empresa, cópia da licença de instalação (LI) e da publicação no Diário Oficial e na imprensa da LI e da solicitação de LO. Esse procedimento é importante para tornar público que a empresa está finalmente instalada no local licenciado pelo IAP. Para emitir a LO, o IAP realizará vistoria para verificar se todas as condicionantes contidas nos licenciamentos anteriores foram atendidas. A licença de operação deve ser solicitada antes do inicio das operações, e se destina a autorizar o funcionamento do empreendimento. Sua concessão se dará em um prazo de 2 a 10 anos, a critério do IAP, sujeita à renovação. Para a emissão da licença de operação ou para sua renovação, o solicitante deverá apresentar as seguintes documentações:

a. Requerimento de Licenciamento Ambiental; b. Cadastro para Tratamento e Disposição Final de Resíduos; c. Cópia da Licença de Instalação ou de Operação (no caso de renovação) e de sua respectiva publicação

em jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86;

d. Prova de publicação de súmula do pedido de Licença de Operação ou de sua respectiva renovação em

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jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86;

e. Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental de acordo com a Tabela I (taxa de licenciamento) da Lei Estadual no 10.233/92.

3.11.3 Segurança do Trabalho na Limpeza Pública

As estatísticas mais recentes mostram que os acidentes de trabalho no Brasil, além de representarem vultosos prejuízos econômicos à nação, constituem também, e principalmente, um mal social inaceitável que deve ser extinto, ou pelo menos minimizado, através de todos os meios possíveis. A exemplo do que acontece em outros tipos de atividades, a exposição ao risco de acidentes do trabalho é uma constante na limpeza pública, uma vez que esta atividade se desenvolve predominantemente em vias e logradouros públicos, estando sujeito a toda espécie de causas externas de acidentes. As causas dos acidentes de trabalho na limpeza pública são, portanto, extremamente diversificadas. Não obstante, é preciso compreendê-las perfeitamente, pois, sobre esta compreensão é que deverá estar apoiado qualquer plano de ação, visando à minimização da ocorrência de acidentes nesta área.

3.11.3.1 Principais Causas de Acidentes

Dentre os Serviços de Limpeza Pública, a coleta e transporte dos resíduos sólidos fazem parte das atividades que registram maiores números de acidentes. As razões para explicação deste fenômeno estão na própria natureza da atividade que é bastante exposta aos riscos de acidentes do que as demais atividade na Limpeza Pública. As principais causas de acidentes na coleta e transporte dos resíduos, são oriundas de:

Desgaste físico dos trabalhadores (as jornadas diárias de trabalho são muitas vezes, extenuantes, agravadas, freqüentemente, pelo clima, condições topográficas, e condições de pavimentação das ruas.);

Não utilização do EPI - Equipamento de Proteção Individual (queixas sobre a utilização de tais equipamentos, pois tira-lhes a liberdade de movimentos);

Velocidade excessiva de coleta; Falta de atenção no desempenho da tarefa (esta causa é às vezes, um simples corolário da fadiga, e/ou

do uso de bebidas alcoólicas durante o trabalho); Uso de bebidas alcoólicas durante o trabalho.

Nas atividades de varrição e manutenção de equipamentos, também há registros de um número relativamente grande de acidentes. Dentre as principais causas de acidentes nas atividades de varrição, são a:

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Falta de atenção no desempenho da tarefa e, Não cumprimento das recomendações gerais de segurança (trabalhadores de varrição desempenhando

sua tarefa, de costas para o fluxo de trânsito, favorecendo assim a ocorrência de atropelamentos).

3.11.3.2 Tipos de Acidentes na Limpeza Pública

Os acidentes mais freqüentes ocorridos durante a coleta e transporte da Limpeza Pública são: Cortes:

Uso de sacos plásticos contendo em seu interior objetos cortantes e/ou contundentes, sem nenhum acondicionamento especial;

Uso de recipientes metálicos, com bordas cortantes, para acondicionamento de resíduos sólidos e, Não utilização de luvas protetoras pelo pessoal de coleta.

Contusões: Forma indevida de levantamento de peso; (responsável pela grande maioria das entorses na coluna

vertebral); Falta de atenção no desenvolvimento das tarefas e, Não utilização de calçados apropriados (responsável por um grande número de quedas)

Atropelamentos: Falta de atenção do trabalhador; Falta de atenção e irresponsabilidade dos motoristas no tráfego e, Inexistência de sinalização adequada (os trabalhadores deviriam usar, especialmente durante as

tarefas noturnas, coletes auto reflexivos).

3.11.3.3 Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s

De acordo com Normas Brasileiras para o manuseio e a coleta dos resíduos domésticos se faz necessário a utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s para garantir as condições de segurança, saúde e higiene dos trabalhadores envolvidos. Conforme a Norma Regulamentadora “NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI” considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

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3.11.3.4 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

Para a preservação da saúde dos trabalhadores de limpeza urbana, além de serem disponibilizados os EPIs, deve-se implantar instrumentos que objetivem a eliminação ou redução dos fatores nocivos no trabalho, no que se refere aos ambientes e a organização e relação dos trabalhos, dentro dos preceitos estabelecidos, e em vigor, das NRs. Programas de caráter preventivo para a melhoria da vida do trabalhador também devem ser implementados, como:

Programas de combate ao alcoolismo e uso de drogas. Deverão ser capacitadas as chefias para a detecção de problemas relacionados ao uso de álcool e drogas, através de análise de indicadores como, pontualidade, assiduidade, produtividade, e outros. Deverão ser capacitados agentes de assistência social, para no caso de ocorrência destes casos, atuarem diretamente com os familiares, orientando sobre o combate e o tratamento;

Programas de diagnóstico e análises nas relações de trabalho, propondo, quando for o caso, um re-estudo das divisões das tarefas, turnos de trabalho, escalas, etc., que poderão gerar conflitos intersubjetivos que aumentem os riscos de acidentes e a diminuição da produtividade;

Programas de saúde, com vistas a detectar o aparecimento de doenças ocupacionais, e também a de prevenção de doenças transmissíveis. Promoção de ações visando o acompanhamento regular do estado de saúde física e mental, com enfoque na prevenção de aparecimento de doenças que podem ser evitadas.

Para o manuseio e a coleta dos resíduos domésticos, os funcionários envolvidos no trabalho deverão utilizar equipamentos de proteção individual, incluindo: uniformes, bonés, luvas, botas e capas de chuva. A Tabela 77 a seguir, descreve as principais características dos equipamentos de segurança individual.

TABELA 77: EPI PARA O MANUSEIO E A COLETA DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS EPI CARACTERÍSTICAS ILUSTRAÇÃO*

Botina As Botinas deverão ser de couro com biqueira de aço para a proteção de risco de queda de Materiais, Equipamentos, Acessórios ou objetos pesados sobre os pés, impermeável, resistentes, preferencialmente na cor preta e solado antiderrapante.

Luva Luvas confeccionadas em malha de algodão com banho de borracha látex na palma, resistentes e antiderrapantes. Proteção das mãos do usuário contra abrasão, corte e perfuração.

Boné Boné para a proteção da cabeça contra raios solares e outros objetos, com protetor de nuca entre 20 a 30 cm.

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EPI CARACTERÍSTICAS ILUSTRAÇÃO*

Capa de chuva Capa de chuva confeccionada em tecido forrado de PVC, proteção dos funcionários em dias de chuva.

Uniforme

Com base nos uniformes já utilizados, o modelo deve ser de calça comprida e camisa com manga, de no mínimo ¾, de tecido resistente e de cor específica para o uso do funcionário do serviço de forma a identificá-lo de acordo com a sua função. O uniforme também deve conter algumas faixas refletivas, no caso de coleta noturna.

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

(*) Ilustração retiradas do site http://www.tecmater.com.br

3.11.3.5 Recomendações

Como medidas possivelmente eficazes para evitar os atos inseguros destacam-se: Elaboração das normas internas de segurança do trabalho, bem como a definição precisa dos EPI’S,

para cada tipo de atividade da limpeza pública, Instituição de programas de treinamento, especificamente na área de segurança do trabalho; Instalação de tacógrafos nos caminhões coletores, destinados a registrar a velocidade de coleta e, Instalação de sistema de comunicação nos caminhões coletores do sistema.

Uma vez tomadas essas providencias, o passo seguinte, e geralmente mais difícil, é o monitoramento continuo. Em outras palavras, um esquema de fiscalização e controle deve ser estudado. A experiência das empresas que têm buscado esforços para melhorar a segurança de seus trabalhadores indica que algumas medidas, algumas delas relativamente simples, podem contribuir significativamente para o cumprimento das recomendações de segurança. Essas medidas incluem:

Criação da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), em cujas reuniões mensais são estudados todos os acidentes havidos, bem como propostas soluções práticas, que são imediatamente transmitidas aos trabalhadores por encarregados de equipes devidamente treinados;

Instituição de prêmios de assiduidade; Instituição de punições; Criação do serviço de assistência social através do qual pode ser melhorado o moral dos trabalhadores,

e conseqüentemente, fazê-los colaborar com as medidas propostas e, melhoria da política salarial (por motivos óbvios).

As seguintes recomendações podem ser feitas para a redução das condições inseguras do trabalho:

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Previsão no refinamento de limpeza urbana do município, de disposições visando todas as formas corretas de acondicionamento de resíduos sólidos, com multas para os infratores;

Distribuição domiciliar de impressos contendo instruções sobre acondicionamento adequado de resíduos sólidos;

Veiculação destas mesmas instituições através dos fabricantes de sacos plásticos para acondicionamento de resíduos sólidos;

Caracterização de insalubridade nas atividades de limpeza pública, de forma a definir o seu grau respectivo, e o limite máximo de exposição aos riscos, por tipo de atividade;

Melhoria dos equipamentos de proteção individual fornecidos aos trabalhadores e, Pedidos de medidas punitivas às autoridades competentes para coibir os excessos dos motoristas de

trânsito.

3.11.4 Central de Atendimento e Informações

A criação de uma Central de Atendimento e Informações tem como objetivo viabilizar um sistema de comunicação ágil e eficiente entre o cidadão e a Prefeitura, permitindo o atendimento da demanda de informações e solicitações da população, e esclarecimento de eventuais dúvidas da população. A Central de Atendimento pode oferecer o serviço à população por meio de telefone e internet. Onde o cidadão pode solicitar qualquer informação e serviço pertinente ao âmbito administrativo municipal, facilitando o acesso, atendimento e conhecimento das ações e dos serviços públicos municipais por meio da utilização destes meios de comunicação com a Prefeitura. Além disso, a Central pode atuar como um disk-denúncia, cujo cidadão atua como um agente de fiscalização. Esta medida engloba o cidadão e contribui para diminuição de irregularizadades ambientais do ponto de vista do cidadão, despejos inadequados e indiscriminados de resíduos ou insatisfação com serviços de coleta e transporte. Ao ligar para a prefeitura, o denunciante fornece dados que possam identificar o local da irregularidade, por exemplo: o nome do logradouro, horário do despejo dos resíduos, número da placa do veículo usado no transporte, etc. Com as informações fornecidas, os fiscais vão atrás do local/infrator, que tem por obrigação a pagar multa ou retirar o resíduo para um destino final adequado. As reclamações feitas fora do horário comercial são registradas em uma secretaria eletrônica, e apuradas pelos fiscais do setor durante a semana. Estas ações colaboram também na melhoria da fiscalização ambiental.

3.11.5 Síntese das Proposições

QUADRO 9: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DOMÉSTICOS E COMERCIAIS 1 Definição de setores de Coleta

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2 Aumento da Freqüência de Coleta de Resíduos Domésticos e Comerciais 3 Mudança de horário de coleta na área central 4 Campanha para divulgação 5 Escolha de área para implantação de aterro sanitário em Rio Negro 6 Usina de Triagem e Compostagem 7 Apresentação do PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 8 Busca de Parcerias 9 Código Ambiental e/ou de Posturas 10 Alternativa de destinação final 11 Indicadores 12 Fiscalização Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

QUADRO 10: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS 1 Campanhas oficiais de separação de recicláveis. 2 Coleta dos Recicláveis com caminhão especifico 3 Centro de Valorização de Recicláveis 4 Resolver a sobreposição de atividades da Fundir e da ACMRRN 5 Definir setores e frequencia da Coleta Seletiva 6 PEV´s na área rural 7 Educação Ambiental 8 Implementar a coleta seletiva de materiais recicláveis nas unidades públicas de saúde 9 Órgãos de administração pública federal destinar os materiais recicláveis à ACMRRN 10 ACMRRN obter a licença ambiental 11 Implantar e padronizar as Lixeiras públicas 12 Cadastro e Capacitação de Carrinheiros 13 Fiscalização 14 Campanhas Contínuas 15 Participação de técnicos 16 Palestras e treinamentos 17 Integração nos Serviços Sociais 18 Orientação quanto ao tipo de materiais 19 Legislação Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

QUADRO 11: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE VARRIÇÃO, PODA E CAPINA 1 Compra de Triturador 2 Compra de Equipamento para varrição 3 Serviço de 0800 4 Fiscalização

5 PGRSS – Planos de Gerenciamento de Resíduos Serviço de Saúde em estabelecimentos de saúde públicos

6 Pontos (postos) de Recepção 7 Coleta Seletiva nas Unidades Públicas de Saúde 8 Elaborar um Folder 9 Treinamento

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10 Cadastramento das Unidades de Saúde Particulares

11 PGRSS – Planos de Gerenciamento de Resíduos Serviço de Saúde em estabelecimentos de saúde particulares

12 Fiscalização Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

QUADRO 12: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS ESPECIAIS 1 Cadastramento de estabelecimentos que comercializam ou geram de Resíduos Especiais 2 Elaborar campanha 3 Elaborar um Folder 4 Pontos de devolução 5 Criar Parcerias 6 Criação de Legislações 7 Criar uma Central de Atendimento e Informações 8 Criar o disk-denúncia 9 Fiscalização 10 Coleta de óleo vegetal pós-consumo Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

QUADRO 13: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 1 Cadastramento de geradores dos resíduos de construção civil 2 Determinar áreas aptas para recebimento dos resíduos de construção civil 3 Elaborar critérios de cadastramento das empresas prestadoras de serviços 4 Fiscalizar os despejos dos entulhos em locais inadequados 5 Atualizar o Código de Postura e Obras com regulamentações referentes o uso de caçambas 6 Criar parcerias 7 Elaborar campanhas 8 Unidade de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil 9 Criar uma Central de Atendimento e Informações 10 Criar o disk-denúncia 11 Fiscalização Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

QUADRO 14: PROPOSTAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS 1 Cadastramento das Indústrias no município 2 Inventário de Resíduos Industriais 3 Elaborar um Folder 4 Exigência de apresentação dos PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 5 Parceria com a Prefeitura 6 Criação e Revisão de Legislações 7 Criar uma Central de Atendimento e Informações 8 Criar o disk-denúncia 9 Fiscalização Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

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444 RRREEEFFFEEERRRÊÊÊNNNCCCIIIAAASSS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NB 1.183. Armazenamento de resíduos sólidos perigosos. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004 – Resíduos Sólidos, de 31 de maio de 2004. Classificar os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. ABNT, 2004. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.005/2004: Lixiviação de Resíduos: O ensaio de lixiviação referente a NBR 10.005 é utilizado para a classificação de resíduos industriais, pela simulação das condições encontradas em aterros. A lixiviação classifica um resíduo como tóxico ou não, seja classe I ou não. ABNT, 2004. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.006/2004. Solubilização de Resíduos: O ensaio de solubilização previsto na Norma NBR 10.006 é um parâmetro complementar ao ensaio de lixiviação, na classificação de resíduos industriais. Este ensaio tem por objetivo, a classificação dos resíduos como inerte ou não, isto é, classe III ou não. ABNT, 2004. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.007/2004. Amostragem de Resíduos: Esta norma é referente à coleta de resíduos e estabelece as linhas básicas que devem ser observadas, antes de se retirar qualquer amostra, com o objetivo de definir o plano de amostragem (objetivo de amostragem, número e tipo de amostras, local de amostragem, frascos e preservação da amostra). ABNT, 2004. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.157/ 1987. Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação – Procedimento. ABNT, 1987. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.703/1989. Degradação do solo: Terminologia. ABNT, 1989.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11.174/NB1264 de 1990. Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e III – inertes. ABNT, 2004.

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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11.175/NB 1.265 de 1990. Incineração de resíduos sólidos perigosos. Padrões de desempenho – Procedimento. ABNT, 1990. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.235/ 1992. Procedimentos o armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos. ABNT, 1992. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.807/ 1993. Resíduos de serviços de saúde – Terminologia. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.808/ 1993. Resíduos de serviços de saúde – Classificação. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.809/1993. Manuseio de resíduos de serviços de saúde – Procedimento. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.810/ 1993. Coleta de resíduos de serviços de saúde – Procedimento. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.221/1995. Transporte de resíduos. ABNT, 1995. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.894, de 16 de março de 2006. TRATAMENTO NO SOLO (landfarming). Esta técnica é apropriada para dispor óleo não passível de recuperação como materiais absorventes impregnados (palha, serragem e turfa), e as emulsões água em óleo. ABNT, 2006.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.895/ 1997. Construção de poços de monitoramento e amostragem – Procedimento. ABNT, 1997. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.896/ 1997. Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação – Procedimento. ABNT, 1997. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.968/ 2007. Embalagem rígida vazia de agrotóxico Procedimento de lavagem. ABNT, 2007. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.283/1999. Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método respirométrico – Procedimento. ABNT, 1999.

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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.719 de julho de 2001. Embalagem rígida vazia de agrotóxico – Destinação Final da Embalagem lavada – Procedimento. ABNT, 2001. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.418/NB 842 de dezembro de 1983. Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos – Procedimento. ABNT, 1983. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.419/NB 843 de abril de 1992. Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos – Procedimento. ABNT, 1992. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.843/1996. Tratamento do resíduo em aeroportos – Procedimento. ABNT, 1996. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.849/1985. Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos – Procedimento. ABNT, 1985. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9.190/ 1993. Classificação de sacos plásticos para acondicionamento do lixo. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9.191/ 2002. Especificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo. ABNT, 2002. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria ANVISA nº. 802 de 08 de outubro de 1998. Institui o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos. ANVISA, 1998. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº. 342, de 13 de dezembro de 2002. Institui e aprova o Termo de Referência para a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos a serem apresentados a ANVISA para análise e aprovação relativos à Gestão de resíduos sólidos em Portos, Aeroportos e Fronteiras. ANVISA, 2002. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução ANVISA RDC nº. 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. ANVISA, 2004. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução ANVISA RDC nº. 33, de 25 de fevereiro de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. ANVISA, 2003.

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BRASIL Lei Federal n°11.107/2005 de 06 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. Brasília 2005. BRASIL Lei Federal n°9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Brasília 1998. BRASIL, Lei Federal Nº6. 938, de 31 de agosto de 1981. Esta Lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 225 da Constituição Federal, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, cria o Conselho Superior do Meio Ambiente – CSMA, e institui o Cadastro de Defesa Ambiental. Brasil, 1981. BRASIL, Lei Federal Nº7. 802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Brasil, 1989.

BRASIL, Lei nº. 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nº. 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Brasil 2007.

BRASIL. Decreto Federal Nº. 4.074, de 04 de janeiro de 2002. Regulamenta a Lei nº. 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Brasil, 2002. BRASIL. Decreto Federal Nº6. 017/2007 – de 17 de janeiro de 2007. Regulamenta a Lei no 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. Brasil, 2007. BRASIL. Decreto Federal Nº875, de 19 de julho de 1993. Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito. Brasil, 1993.

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BRASIL. Lei Federal nº. 8.666/93, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Alterada pela Lei 8.883, de 8 de junho de 1993 e pela lei 8.987, de 12 de fevereiro de 1995, esta ultima dispondo sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art.l 175 da Constituição Federal. BRASIL, 1993. BRASIL. Lei Federal Nº5. 764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Brasil, 1971. BRASIL. Portaria MS 344, de 12 de maio 1998. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasil, 1998. BRASIL. Resolução CNEN – NE – 6.05. Gerência de rejeitos radioativos em instalações radioativas. Brasil. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 283, de 12 de julho de 2001. Complementa os procedimentos do gerenciamento, estabelecendo as diretrizes para o tratamento e disposição dos resíduos de serviços de saúde. CONAMA, 2001. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 001, de 23 de janeiro de 1986. Estabelece critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. CONAMA, 1986. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 05, de 05 de agosto de 1993. Dispõe sobre os resíduos sólidos gerados em Portos, aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários e estabelecimentos prestadores de Serviços de Saúde. CONAMA, 1993. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 09, de 31 de agosto de 1993. Recolhimento e destinação adequada de óleos lubrificantes. CONAMA, 1993. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro de 1997. Define procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente. CONAMA, 1997. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 257, de 30 de junho de 1999. Dispõe sobre

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procedimentos especiais ou diferenciados para destinação adequada quando do descarte de pilhas e baterias usadas, para evitar impactos negativos ao meio ambiente. CONAMA, 1999. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 258, de 26 de agosto de 1999. Alterada pela Resolução 301/02, dispõe da coleta e destinação final adequada aos pneus inservíveis. CONAMA, 1999. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 263, de 12 de novembro de 1999. Inclui o inciso IV no Artigo 6º da Resolução CONAMA 257 de 30 de junho de 1999. CONAMA, 1999. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 264, de 26 de agosto de 1999. Define procedimentos, critérios e aspectos técnicos específicos de licenciamento ambiental para o co-processamento de resíduos em fornos rotativos de clínquer, para a fabricação de cimento. CONAMA, 1999. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o código de cores para diferentes tipos de resíduos. CONAMA, 2001. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 301, de 21 de março de 2002. Altera dispositivos da Resolução n. 258, de 26 de agosto de 1999, sobre pneumáticos. CONAMA, 2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 301, de 28 de Agosto de 2003. Altera dispositivos da Resolução CONAMA 258, relativo a passivo pneumático. CONAMA, 2003. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. CONAMA, 2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 308, de 21 de março de 2002. Licenciamento Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte. CONAMA, 2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 313, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. CONAMA, 2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 314, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre o registro de produtos destinados à remediação. CONAMA, 2002.

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CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. CONAMA ,2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 330, de 25 de Abril de 2003. Institui a Câmara Técnica de Saúde, Saneamento, Ambiental e Gestão de Resíduos. CONAMA, 2003. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 334, de 3 de abril de 2003. Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. CONAMA, 2003. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. CONAMA, 2005. CONSTIRUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Fundamenta-se na Constituição Estadual a Organização dos Municípios, alcançando matéria da política urbana e políticas agrícola e agrária. IAP, Instituto Ambiental do Paraná. Instrução Normativa DIRAM 103.002: Estabelece os critérios, procedimentos, níveis de competência, aspectos técnicos e premissas para a concessão de Licenciamento Ambiental para Empreendimentos/Atividades de Gerenciamento (armazenamento, transporte, tratamento, e disposição final) de Resíduos Sólidos (industriais, de unidades e serviços de saúde e urbanos), bem como sistematiza o trâmite administrativo necessário. IBAM, Instituto Brasileiro de Administração Municipal 2001. Definição e caracterização de interesse local. IBAM, 2001. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2000. Dados sobre a taxa de crescimento urbano cidade de Rio Negro – PR. IBGE, 2007. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2007. Dados populacionais da cidade de Rio Negro – PR. IBGE, 2007. IPARDES, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social 2005. Dados sobre a densidade demográfica da cidade de Rio Negro – PR. IPARDES, 2005. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Instrução Normativa Nº. 23, de 31 de

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agosto de 2005. Aprova as Definições e Normas Sobre as Especificações e as Garantias, as Tolerâncias, o Registro, a Embalagem e a Rotulagem dos Fertilizantes Orgânicos Simples, Mistos, Compostos, Organominerais e Biofertilizantes destinados à Agricultura. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2005. PARANÁ - Lei Estadual nº. 210 de 01 de dezembro de 1896. Rio Negro passou a ser sede de Comarca. Paraná, 1896. PARANÁ - Lei providencial n. 219 de 02 de abril de 1870. Desmembrou o município de Rio Negro do município de Lapa. Paraná, 1870. PARANÁ. Decreto Estadual Nº. 3.876, de 20 de setembro de 1984. Regulamentação da situação dos agrotóxicos. Paraná, 1984. PARANÁ. Decreto Estadual Nº. 6.674, de 03 de dezembro de 2002. Aprova o Regulamento da Lei nº. 12.493, de 1999, que dispõe sobre princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos Resíduos Sólidos no Estado do Paraná, visando o controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e adota outras providências. Paraná, 2002. PARANÁ. Lei Estadual Nº. 12.726/1999. Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, em conformidade com a Lei Federal 9.433/97(Política Nacional de Recursos Hídricos). Os municípios devem estar atentos aos princípios e diretrizes das políticas de Recursos Hídricos, sejam elas federais ou estaduais. Paraná, 1999. PARANÁ. Lei Estadual Nº. 13.039, de 11 de janeiro de 2001. Dispõe sobre a responsabilidade das indústrias farmacêuticas e das empresas de distribuição de medicamentos, dar destinação adequada a medicamentos com prazos de validade vencidos. Rio Negro, 2001. PARANÁ. Lei Estadual Nº. 7.827/1983. Regulamentam a questão dos agrotóxicos e destino das respectivas embalagens, que devem ser observadas pelas autoridades municipais, particulares, proprietários rurais, enfim, todos envolvidos. Paraná, 1983. PARANÁ. Lei Estadual Nº12. 493, de 22 de janeiro 1999. Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação

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final dos resíduos sólidos. Paraná, 1999. PATZSCH, L. Cidades encaram o desafio do lixo – Bomba Relógio. Revista CREA/PR, Curitiba, Ano 9 n°. 43, p.18 – 21, Jan. e Fev. 2007. PMRN, Prefeitura Municipal de Rio Negro 2008. Dados de geração de resíduos domésticos. PMRN, 2008. PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 1991/2000. Dados sobre a taxa de urbanização da cidade de Rio Negro – PR. PNUD, 1991/2000. PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2000. Dados sobre o índice de desenvolvimento humano da cidade de Rio Negro – PR. PNUD, 2000. RIO NEGRO, Decreto de Rio Negro – PR, Nº045, de 26 de junho de 2008. Determina que os grandes geradores de resíduos sólidos do município de Rio Negro apresentem plano de gerenciamento de resíduos sólidos – PGRS. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei n° 1139, de 24 de dezembro de 1998. Código tributário municipal. Rio Negro, 1998. RIO NEGRO, Lei n° 1200, de 5 de junho de 2000. Normatiza a coleta seletiva de materiais recicláveis por catador carrinheiro no período urbano e dá outras providências. Rio Negro, 2000. RIO NEGRO, Lei n° 1491/2005, de 28 de janeiro de 2005. Institui o conselho municipal de administração, desenvolvimento urbano e meio ambiente de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 2005. RIO NEGRO, Lei n° 1764, de 21 de dezembro de 2007. Dispõe da revisão plano diretor municipal, estabelece objetivos, diretrizes e instrumentos para as ações de planejamento no município de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei n° 1811, de 06 de junho de 2008. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006, nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006, nº. 1711 – PPA, de 23/05/2007, nº1750 – PPA, de 14/11/2007, nº. 1802 – PPA, de 25/04/2008 e nº. 1805 - PPA, de 16/05/2008. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei n° 1826, de 17 de julho de 2008. Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o ano de 2009

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e da outras providências. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei n°1753, de 14 de novembro de 2007. Cria o conselho municipal de meio ambiente - CMMA, o fundo municipal de meio ambiente e da outras providências. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei n°915/1995, de 22 de setembro de 1995. Dispõe sobre o meio ambiente do perímetro urbano da sede do município de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 1995. RIO NEGRO, Lei nº. 1139, de 24 de dezembro de 1998. Institui o código tributário do município de Rio Negro. Rio Negro, 1998. RIO NEGRO, Lei nº. 1572, de 01 de dezembro de 2005. Dispõe sobre o plano plurianual de governo do município de Rio Negro, para o período de 2006 a 2009. Rio Negro, 2005. RIO NEGRO, Lei nº. 1627, de 19 de junho de 2006. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005. Rio Negro, 2006. RIO NEGRO, Lei nº. 1630, de 05 de julho de 2006. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pela lei nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006. Rio Negro, 2006. RIO NEGRO, Lei nº. 1643, de 31 de agosto de 2006. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006 e nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006. Rio Negro, 2006. RIO NEGRO, Lei nº. 1750, de 14 de novembro de 2007. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006, nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006 e nº. 1711 – PPA, de 23/05/2007. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei nº. 1770, de 21 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o novo código de obras do município de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei nº. 1802, de 25 de abril de 2008. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006, nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006, nº. 1711 – PPA, de 23/05/2007 e nº1750 – PPA, de 14/11/2007. Rio Negro, 2008.

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RIO NEGRO, Lei nº. 1805, de 16 de maio de 2008. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006, nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006, nº. 1711 – PPA, de 23/05/2007, nº1750 – PPA, de 14/11/2007 e nº. 1802 – PPA, de 25/04/2008. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei nº1711, de 23 de maio de 2007. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº 1630 – PPA, de 05/07/2006 e nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006. Rio Negro, 2006. RIO NEGRO, Lei nº903, de 19 de junho de 1995. Dispõe sobre a estrutura administrativa da prefeitura de Rio Negro e da outras providências. Rio Negro, 1995. RIO NEGRO, Lei Ordinária de Rio Negro – PR, Nº. 1771, de 21 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o código de posturas do município de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei Ordinária de Rio Negro – PR, Nº1800, de 03 de abril de 2008. Regulamenta o programa social de incentivo as famílias de baixa renda e aos catadores de materiais recicláveis, programa este já em execução orçamentária nos exercícios de 2005, 2006, e 2007, e dá outras providências. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei Orgânica, de 09 de dezembro de 2002. Institui o ordenamento jurídico básico do município. Rio Negro, 2002. SEMA, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. Resolução Conjunta N° 031, de 24 de agosto de 1998. Estabelecem requisitos, critérios e procedimentos administrativos referentes ao licenciamento ambiental, autorizações ambientais, autorizações florestais e anuência prévia para desmembramento e parcelamento de gleba rural, a serem cumpridos no território do Estado do Paraná. SEMA, 1998. SEMA, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. Resolução Conjunta N° 006, de 02 de maio de 2001. Dispõe sobre a importação e exportação de resíduos no território do Estado do Paraná. SEMA, 2001. SEMA/SESA, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná/ Secretaria de Saúde do Estado do

Paraná. Resolução Conjunta N° 001, de 28 de março de 1994. Regulamenta a geração, o acondicionamento, o armazenamento, a coleta, o transporte, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos visando ao

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controle da poluição, da contaminação e à minimização dos impactos ambientais no território do Estado do Paraná, regidos em estrito atendimento ao disposto na Lei nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1.999. SEMA/SESA, 1994. SEMA/SESA, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná/ Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Resolução SEMA/PR Nº. 027, de 05 de agosto de 2003. Estabelece requisitos e condições técnicas para a implantação de cemitérios destinados ao sepultamento, no que tange à proteção e à preservação do ambiente, em particular do solo e das águas subterrâneas. SEMA/SESA, 2003. TRATADOS INTERNACIONAIS. Agenda 21 Brasileira: tem por objetivo definir uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o País a partir de um processo de articulação e parceria entre o governo e a sociedade. TRATADOS INTERNACIONAIS. Agenda 21 Global: estabelece diretrizes para a obtenção do desenvolvimento sustentável e para a proteção do meio ambiente. Os capítulos 19,20,21 e 22 tratam especificamente de resíduos sólidos. TRATADOS INTERNACIONAIS. Carta da Terra. TRATADOS INTERNACIONAIS. Protocolo de Kyoto, 10 de dezembro de 1997.