37
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS I (DEDC I) Programa de Apoio ao Desenvolvimento Político Pedagógico da Rede Estadual de Educação Profissional da Bahia CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DE ENSINO PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Tibério Morais Silva Júnior DOAÇÃO DE SANGUE: UMA INTERVEÇÃO SOCIAL REALIZADA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Vitória da Conquista BA Outubro de 2015

PI - DOAÇÃO.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PI - DOAÇÃO.pdf

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I (DEDC I)

Programa de Apoio ao Desenvolvimento Político Pedagógico da Rede Estadual de Educação Profissional da Bahia

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DE ENSINO PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Tibério Morais Silva Júnior

DOAÇÃO DE SANGUE: UMA INTERVEÇÃO SOCIAL REALIZADA

ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.

Vitória da Conquista – BA

Outubro de 2015

Page 2: PI - DOAÇÃO.pdf

Tibério Morais Silva Júnior

DOAÇÃO DE SANGUE: UMA INTERVEÇÃO SOCIAL REALIZADA

ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.

Projeto de Intervenção apresentado como requisito

parcial para obtenção do grau de especialista em

Metodologia do Ensino para a Educação

Profissional, pela Universidade do Estado da Bahia

(UNEB).

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rebeca Cerqueira Andrada

de Alcântara.

Vitória da Conquista – BA

Outubro de 2015

Page 3: PI - DOAÇÃO.pdf

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4

1.1 Problematização .................................................................................................................. 6

1.2 Objetivos .............................................................................................................................. 7

1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................... 7

1.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 7

1.3 Justificativa ........................................................................................................................... 9

2. Referencial Teórico ........................................................................................................... 11

2.1 A Educação Profissional no cenário brasileiro .................................................................. 11

2.2 A Educação a distância (Ead) ............................................................................................ 13

2.3 Doação de Sangue ............................................................................................................. 16

3. METODOLOGIA ................................................................................................................ 18

3.1 Coleta ................................................................................................................................ 18

3.2 Análise dos Dados.............................................................................................................. 19

3.2.1 Questionário .................................................................................................................... 19

3.2.2 Entrevista ......................................................................................................................... 24

3.3 Plano de Ação .................................................................................................................... 25

3.4. Principais ferramentas utilizadas ...................................................................................... 27

4. CRONOGRAMA ................................................................................................................ 28

5. RECURSOS ...................................................................................................................... 30

6. ORÇAMENTO ................................................................................................................... 31

7. RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 32

8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 33

ANEXO I ENTREVISTA ........................................................................................................... 35

ANEXO II – QUESTIONÁRIO .................................................................................................. 36

Page 4: PI - DOAÇÃO.pdf

4

1. INTRODUÇÃO

Os cursos técnicos profissionalizantes estão de volta ao cenário nacional,

principalmente no estado da Bahia. Há grande investimento e expectativa no que diz

respeito ao aproveitamento dos jovens concluintes destes cursos no mercado de

trabalho. Espera-se suprir a grande demanda de mão de obra especializada que há

no mercado, principalmente técnicos. Segundo pesquisas realizadas em 2010 e 2013

pela Fundação Dom Cabral1, as vagas no mercado para profissionais de nível técnico

estão entre as mais difíceis de serem preenchidas. Das 167 empresas utilizadas nesta

pesquisa, 43,71% estão localizadas na região nordeste, especificando mais a carência

de mão de obra nesta região. Abaixo, a figura 1 mostra a distribuição das empresas

pesquisadas em outras regiões do país.

O Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde Adélia (CEEPS) atua

na cidade de Vitória da Conquista, ofertando cursos técnicos de nível médio

profissional nas modalidades Integrada, PROEJA e PROSUB. Iniciou-se em 2008,

oferecendo o curso técnico em informática (ainda como Colégio Estadual Adélia

Teixeira – CEAT), inseriu a oferta do curso técnico em Enfermagem no próximo ano e

posteriormente tornou-se um Centro de Educação Profissional especializado em

1Para consultar as pesquisas na íntegra visite: http://acervo.ci.fdc.org.br/AcervoDigital/Relat%C3%B3rios%20de%20Pesquisa/Relat%C3%B3rios%20de%20pesquisa%202013/Pesquisa%20Carencia%20de%20Profissionais%20no%20Brasil.pdf

Fonte: RESENDE (2013)

Figura 1 Região de atuação das empresas

Page 5: PI - DOAÇÃO.pdf

5

saúde ofertando os cursos técnicos profissionais em Análises Clínicas, Enfermagem,

Nutrição e Segurança do Trabalho.

Tratando-se de um Centro de Educação Profissional com enfoque em saúde, é

notória a discussão dentro deste ambiente com problemas sociais vivenciados no dia-

dia de cada integrante deste meio. Dentre eles, está o tema Doação de Sangue,

questão de forte apelo social e que interessa a todos os cidadãos.

Apoiado nos problemas vivenciados pela disparidade entre a crescente

demanda de bolsas de sangue e o baixo número de doadores cadastrados nas

Unidades de Coleta de boa parte do Brasil, o Ministério da Saúde traçou uma meta

para que o país alcance o percentual de 3% da população. Atualmente este valor é

inferior a 2%. (Portal Brasil, 2015)

O CEEPS Adélia Teixeira, percebendo os avanços da Educação à Distância

(Ead) através de Tecnologias da Informação e comunicação (TICs) como os

Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), vem incentivando a utilização desta

modalidade de aprendizagem em alguns momentos de produção de conhecimento

nos cursos técnicos oferecidos. Diante, da potencialidade deste modelo educacional

e da oportunidade em tratar alguns problemas sociais como a doação de sangue, é

proposto um Projeto de Intervenção com a finalidade de utilizar esta ferramenta

pedagógica, atrativa aos alunos (TICs), para discutir o tema e promover um PIT STOP

no ambiente escolar para realizar o cadastramento e a doação de sangue por parte

dos professores, alunos e demais envolvidos.

Espera-se ao final deste projeto, conscientizar todos os indivíduos envolvidos

direta e indiretamente sobre a importância deste ato e aumentar o número de cidadãos

cadastrados como doadores de sangue na UCT-VC. Também é desejado fidelizar os

doadores que já são cadastrados e que por algum motivo não frequentam mais as

Unidades de Coleta para doar sangue.

Através dessa ação, a escola cumprirá com um dos princípios norteadores da

educação profissional da Bahia, alinhando os conhecimentos teóricos com a prática

em situações reais e fazendo com que o aluno compreenda o seu papel social através

da aplicação de seus conhecimentos no território onde ele vive. (Educação

Profissional).

Page 6: PI - DOAÇÃO.pdf

6

1.1 Problematização

É evidente o baixo nível de bolsas de sangue nos hospitais e hemocentros de

todo o país. Pacientes de doenças como câncer, anemia, outros que passaram por

cirurgias ou sofreram acidentes graves necessitam constantemente de bolsas de

sangue nos hospitais. Para tanto, não se consegue atender esta demanda,

proporcionando o agravamento do quadro clínico destes, em casos extremos levando-

os a óbito. Esta situação é vivenciada na Fundação de Hematologia e Hemoterapia

do Estado da Bahia (HEMOBA), especificamente na Unidade de Coleta e Transfusão

de Vitória da Conquista (UCT-VC) onde os níveis de sangue estão constantemente

baixos, fazendo com que os pacientes deixem de receber a quantidade de bolsas de

sangue necessária para o seu tratamento. Abaixo, a Figura 3 demonstra este

problema, exemplificando o nível do estoque de cada tipo sanguíneo.

Figura 2 - Nível de bolsas de sangue no HEMOBA

Fonte: Site da HEMOBA2

2 Disponível em:< http://www.saude.ba.gov.br/hemoba/index.php?option=com_content&view= frontpage&Itemid=34>. Acesso em: 30/09/2015

Page 7: PI - DOAÇÃO.pdf

7

Nota-se a necessidade de um projeto de intervenção visando conscientizar a

população a respeito da importância do ato de doar sangue e de sua posterior

continuidade. Pretende-se ainda, neste projeto, alcançar jovens com idade abaixo da

mínima exigida para ser doador, educando-os sobre a importância desse ato.

Este trabalho apoia-se nesta problematização, utilizando as ferramentas de um

AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) para reflexões e construções coletivas de

textos relacionados especificamente ao tema doação de sangue, previamente

abordados na sala de aula. Ainda neste ambiente, serão organizados grupos de

pesquisas que proporcionarão subdivisões das atividades e pesquisas a serem

realizadas para culminarem com a realização de uma ação comunitária a ser

realizada no espaço escolar, orientando e cadastrando a comunidade como doadores

de sangue. Aos já cadastros, deseja-se informa-los sobre a necessidade de continuar

fazendo parte desse processo.

Ao final, pretende-se responder ao questionamento: É possível utilizar a

educação à distância como espaço de interação para promover a conscientização de

pessoas a respeito do tema doação de sangue?

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Realizar um projeto de intervenção, utilizando a Ead para conscientizar os

alunos sobre a importância do ato de doar sangue.

1.2.2 Objetivos Específicos

Utilizar um AVA para troca de conhecimentos e experiências sobre o tema

doação de sangue.

Promover palestras no pátio escolar visando socializar a importância do ato de

doar sangue.

Cadastrar novos doadores de sangue e fidelizar ao já cadastrados.

Avaliar a funcionalidade da Ead nos cursos técnicos do CEEPS Adélia Teixeira,

de acordo com o nível de comprometimento e produção das atividades.

Page 8: PI - DOAÇÃO.pdf

8

Utilizar a Ead para promover a intervenção social (doação de sangue, definida

como um dos princípios pedagógicos da Educação Profissional do Estado da

Bahia.

Page 9: PI - DOAÇÃO.pdf

9

1.3 Justificativa

Este projeto foi idealizado pensando no grande impulso que as Tecnologias da

Informação e Comunicação proporcionaram para que os cursos de ensino à distância

se tornassem tão populares e eficientes como hoje e como esta tecnologia pode ajudar

em outras etapas da educação, especificamente, os cursos de níveis técnicos

profissionais integrados ao ensino médio, diante de questões sociais como a

importância do ato de doar sangue.

Para substanciar a necessidade deste projeto de intervenção, observou-se os

problemas relacionados aos níveis de estoque de bolsas de sangue na Unidade de

Coleta e Transfusão de Vitória da Conquista, localizada dentro do Hospital de Geral

de Vitória da Conquista (HGVC), pertencente ao HEMOBA. Junto a este problema,

percebe-se o grande potencial a ser explorado em prol desta causa através dos alunos

do CEEPS Adélia Teixeira. Estes além de doadores frequentes, poderão ser agentes

multiplicadores, fomentando para a comunidade a importância desta ação.

Durante uma visita diagnóstica3, com o apoio da assistente social do HEMOBA,

Elianna Tavares, percebeu-se a dificuldade que a UCT encontra para as solicitações

diárias de bolsas de sangue. Seja por acidentes graves, pacientes com câncer,

transfusões ou cirurgias. Somente esta unidade é responsável por atender as

demandas do próprio Hospital Geral de Vitória da Conquista, do Hospital Municipal

Esaú Matos (HMEM), dos municípios de Cândido Sales, Belo Campo, Barra do Choça

e da região norte do estado de Minas Gerais.

Percebeu-se também que a maior parte não são simples voluntários e sim,

possíveis doadores que naquele instante possuem algum amigo ou parente

necessitando do sangue que é compatível com o seu.

Diante desta demanda, há a necessidade de um projeto de intervenção que

atue efetivamente no processo de conscientização dos alunos e da comunidade

(cidadãos, empresas e demais instituições), utilizando do o grande alcance e potencial

3 A entrevista concedida por TAVARES, Elianna. Entrevista I. [ago.2015]. Entrevistador: Tibério Morais

Silva Júnior. Vitória da Conquista, 2015. As questões relativas utilizadas nessa entrevista estão no ANEXO I deste trabalho.

Page 10: PI - DOAÇÃO.pdf

10

educacional que a Ead proporciona para disseminar a importância de ser doador

voluntário, assíduo e comprometido com esta causa.

Para viabilizar este processo, será necessária a utilização de um Ambiente

Virtual de Aprendizagem (AVA) como plataforma de ensino-aprendizagem, mediando

as interações entre professores, alunos e demais participantes. Martins (2001) afirma

que:

O papel de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, diante de um cenário em

que se busca ampliar o espaço escolar no sentido de torná-lo mais

significativo e integrá-lo à realidade social do aluno a fim de que deixe o seu

mundo local e se torne um cidadão crítico, ético e capaz de exercer a sua

cidadania é, incrementar as práticas pedagógicas aproximando-as das

práticas sociais do século XXI.

Dentre os AVAs com versões disponibilizadas como softwares livres, pode-se

citar: TelEduc (Unicamp), AulaNet (PUC-Rio), ROODA (UFRGS), ATutor (ATRC),

Claroline (Bélgica), Dokeos (Bélgica), Ilias (Alemanha), LearnLoop (Suécia), .LRN

(MIT), Manhattan (WNEC), TidiaAe (USP/Unicamp) e Moodle (Martin Dougiamas).

Alguns, não foram desenvolvidos dentro das métricas de software livre, sendo

considerados como softwares proprietários e comerciais como por exemplo: ANGEL

(CyberLearningLabs), BalckBoard (BlackBoard, Inc) e Lotus LMS (IBM). (Pires, 2005).

Diante de inúmeras alternativas de AVAs, tanto proprietários quanto livres,

escolher corretamente qual ambiente virtual de aprendizagem é algo tão importante

quanto a aplicação da pedagogia educacional por meio destes. É de grande

importância, antes de definir que AVA será aplicado em um curso, elaborar estudos e

pesquisas sobre quais necessidades devem ser supridas e quais recursões são

ofertados por tal ambiente, pois a grande maioria dos ambientes são desenvolvidos

ou customizados visando atender a algumas necessidades que podem não ser as

mesmas do curso em que deseja-se construir com a ajuda do AVA.

Mediante a necessidade de avaliar AVAs antes de escolher qual ambiente

utilizar, apoiou-se na avalição encontrada em MORAIS (2011), onde o ambiente

Page 11: PI - DOAÇÃO.pdf

11

TIDIA-Ae4 (Tecnologia da Informação e Comunicação no Desenvolvimento da Internet

Avançada – Aprendizado Eletrônico).

O ambiente TidiaAe, fortemente difundido nas universidades USP e

UNICAMP foi muito bem avaliado em nosso teste. Este AVA traz consigo as

novas possibilidades de Ead onde há uma tentativa de aumentar a sensação

de proximidade entre professor/aluno e de alguns aspectos como estar

literalmente dentro de ambiente de aprendizagem. Durante os estudos,

encontramos algumas ferramentas que estão sendo desenvolvidas, mas

ainda não foram integradas ao Ae, como o Audio3D que permite que o aluno,

ao participar de uma videoconferência, tenha a noção do posicionamento da

pessoa que com ele conversa numa sala virtual. (MORAIS, 2011)

2. Referencial Teórico

2.1 A Educação Profissional no cenário brasileiro

A educação profissional no Brasil tem sua história marcada a partir do século

XIX. Antes, predominava a educação propedêutica (para as elites), totalmente focada

na formação de futuros dirigentes. Desta forma, até então, esta educação totalmente

elitista cooperava com divisão de classes sociais, excluindo deste processo todos os

indivíduos que não pertenciam a esta classe social. (MOURA, 2007).

Conforme consta em CEFET-RN (2005) E NOS PARECER nº 19/99-

CEB/CNE, os primeiros indícios de que hoje se pode caracterizar como as

origens da educação profissional surgem a partir do século XIX, mais

precisamente 1809, com a promulgação de um Decreto do Príncipe Regente,

futuro D. João VI, criando o Colégio das Fábricas. (MOURA, 2007).

Neste mesmo cenário, pode-se dizer que a educação profissional no Brasil tem

a sua formação sob o aspecto assistencialista, onde esta modalidade educacional

vinha promover a “educação” das classes excluídas do modelo propedêutico,

objetivando amparar os órfãos e demais civis desfavorecidos. Segundo Manfredi

(2002), eles recebiam as instruções primárias de cada ofício e após concluído o

4 http://tidiaae.nied.unicamp.br

Page 12: PI - DOAÇÃO.pdf

12

processo, continuavam por um período de três anos nas oficinas para pagar a sua

aprendizagem e formar uma “economia” que recebia ao final deste período.

Foram criadas sociedades civis destinadas a amparar estas pessoas,

destacando os Liceus de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro (1858), de Salvador (1872),

do Recife (1880), de São Paulo (1882), de Maceió (1884) e de Ouro Preto (1886).

No século XX, a visão assistencialista da educação profissional começa a

desaparecer, dando lugar a preocupação em preparar os operários para a atividade

profissional. Em 1906, passou a ser do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio,

a competência do ensino e preparação profissional dentro destes três ramos da

economia.

Segundo Kuenzer (1997), no século XX, a educação básica brasileira estava

estruturada da seguinte forma: O ensino primário (04 anos) era destinado às classes

dirigentes, cuja formação visava alcançar o nível superior. Para os demais, restavam

os cursos rural ou profissional.

Através da Reforma Campanema (conjunto de decretos também conhecidos

com as Leis Orgânicas da Educação Nacional), a educação profissional passou a ser

regida por leis específicas para cada ramo da economia. Ainda assim, persistiu a

dualidade entre educação básica e profissional, pois a acesso ao ensino superior

(através do processo seletivo) só poderia ser alcançado por meio do conhecimento

dos conteúdos gerais, das letras, das ciências e das humanidades, conhecimentos

estes não reproduzidos na educação profissional daquela época. Após esta reforma,

iniciou-se uma nova etapa na educação básica, o surgimento do ensino médio,

alternando entre científico e o clássico. Ambos focados na preparação para o ensino

superior. Mais uma vez, os cursos profissionalizantes não habilitavam o indivíduo a

ingressar no ensino superior. Era dividido em normal, industrial técnico, comercial

técnico e agrotécnico. Neste cenário de dualidade e separação, surge pela primeira

vez a possibilidade de aproximação entre os cursos profissionalizantes e o ensino

médio, através de exames de adaptação. (MOURA, 2007)

Page 13: PI - DOAÇÃO.pdf

13

Neste período, é importante ressaltar a criação do sistema S. SENAI5 e

SENAC6, entre outros, expressando a opção do governo em delegar ao setor privado

a responsabilidade em conduzir o ensino profissional do país. Permanece a ideia

dualista onde ensino secundário e o normal são destinados a formação de dirigentes

e o profissional formador de mão de obra para servir ás necessidades elitista.

Na década de 1960, entra em vigor a primeira LDB (Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional), envolvendo todos os níveis e modalidades educacionais. Este

projeto começou a tramitar no Congresso Nacional em 1948 e apenas em 1961 entrou

em vigor. No que se refere ao ensino profissional, esta lei deu plena equivalência entre

todos os cursos de mesmo nível, extinguindo os exames de equiparação.

Teoricamente, parece-se ter encontrado uma solução para o “abismo” entre o ensino

propedêutico e o profissional. Isto porque, na prática, os currículos ainda

determinavam suas diferenças. Os conteúdos voltados para continuidade dos estudos

no ensino superior eram privilegiados pelos cursos voltados para este fim enquanto,

os cursos profissionais diminuíam estas disciplinas em detrimento da necessidade de

ensinar os conteúdos de cunho específico da educação profissional.

2.2 A Educação a distância (Ead)

A Ead surge no cenário mundial alguns séculos antes da educação profissional.

É importante salienta o seu contexto histórico para que se desvincule a ideia de que

a Ead é algo contemporâneo, que surgiu após a invenção dos computadores e da

disseminação da Internet.

Em 1453, se deu a invenção da imprensa. A partir de então, o conhecimento

pudera ser transmitido sem a presença física do professor. Tal acontecimento pode

ser avaliado como o precursor da Educação a Distância. (Pessoa, 2008)

Segundo Bordenave (1987), a primeira geração de Ensino a distância (Ead)

deu-se a partir da expansão dos correios, baseada na forma de ensino por

correspondência.

5 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 6 SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.

Page 14: PI - DOAÇÃO.pdf

14

Por intermédio de outros meios de comunicação como o rádio, surgiu a

segunda geração Ead. Inglaterra e Austrália fora países que fizeram uso dessa

plataforma de ensino para disponibilizar informação àquela parcela da população que

não tinha outra maneira de acesso ao conhecimento.

A terceira geração permitiu que o aluno estudasse em diferentes locais onde

os meios fossem acessíveis, como em casa ou no escritório. Já utilizava diversos

meios como materiais impressos, vídeos, multimídia e interação eletrônica através de

redes de computadores. Privilegiava, então, o modelo centrado no aluno e atribuía ao

professor o papel de orientador. Nesta geração ocorre o aparecimento de algumas

empresas voltadas na produção de aulas por meio de fitas de vídeo. No Brasil, são

encontrados exemplos como o Telecurso e o projeto TV Escola.

A quarta geração é influenciada pelos aspectos interativos dos softwares e pelo

alto nível de interação entre homem e máquina. Esta geração inicialmente baseou-se

na comunicação assíncrona entre os usuários, e com os avanços da rede mundial de

computadores, está possibilitando a comunicação síncrona entre os usuários, mesmo

estes situados geograficamente no mesmo local ou não. (Pessoa, 2008).

Sendo uma ferramenta que contribui em grande parcela para a difusão da Ead,

proporcionado troca de informações, comunicação, interação e colaboração entre os

usuários, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) apresentam-se como

alternativas para viabilizar a aprendizagem em diferentes aspectos, como geográficos

(flexibilizando locais e horários) e financeiros, já que está forma de ensino apresenta

um custo menor do que o modelo de ensino presencial. (Pessoa, 2008).

Utilizando-se dos inúmeros recursos tecnológicos disponibilizados pelos

Ambientes Virtuais de Aprendizagem em suas ferramentas, como Fórum, Chat, Wiki,

Agenda e Repositório, a Ead acena como um mediador da educação que abre novas

alternativas para a produção do conhecimento. (Pessoa, 2008).

Ferramentas de comunicação síncrona como Bate-Papo e Chat (entre outras)

garantem a interatividade nos AVAs, contribuindo para a rapidez na troca de

informações. Outras, como Wiki, permitem a construção do conhecimento de forma

colaborativa, onde pessoas (mesmo que situadas em diferentes lugares) podem

trabalhar em conjunto em prol de um único problema.

Page 15: PI - DOAÇÃO.pdf

15

Consolidado o estilo de ensino e aprendizagem a distância resta aos

professores a obrigação de atualizar os meios de ensino para garantir uma boa

aplicação dessas tecnologias voltadas para o ensino a distância. Várias são as

possibilidades e recursos a serem explorados. Entre eles pode-se citar: áudio, vídeo,

áudio-vídeo, textos e animações. Inserido nesse contexto, o professor deixa de ser o

centro de todo o processo de ensino e passa a atuar como o agente (indispensável e

insubstituível) que irá guiar o aluno em sua jornada em busca do conhecimento.

Tal forma de aprender e produzir conhecimento relaciona-se com a pedagogia

do aprender a aprender, muito defendido por Philippe Perrenoud. Isto porque tanto os

aspectos pedagógicos da Ead quantos os do aprender a aprender focam o aluno como

o principal agente na construção do conhecimento. Em seu livro Construir as

competências desde a escola, Perrenoud afirma que “a abordagem por competências

junta-se às exigências da focalização sobre o aluno, da pedagogia diferenciada e dos

métodos ativos” (1999, p.53). Para ele, é necessário uma revolução cultural sobre os

meios educacionais para que se estabeleça a mudança de uma lógica de ensino para

uma lógica de treinamento. “Constroem-se as competências exercitando-se em

situações complexas” (idem, p.54).

Com a ajuda do professor, também denominado cyberprofessor, a Ead se

assemelha os princípios de Perrenoud ao definir a sua pedagogia centrada no aluno.

Este é o maior responsável pela busca e aquisição do conhecimento, mesmo que este

processo seja mediado por um professor. O aluno desta modalidade educacional

constrói o seu conhecimento de maneira progressiva a cada passo que aumenta a

sua procura por este. Neste percurso, são levados em conta todos os tipos de

experiências (positivas e negativas). Isto torna a Ead muito próxima dos princípios

defendidos por Perrenoud.

César Coll, construtivista espanhol, define o aprender a aprender como

finalidade última da educação.

Numa perspectiva construtivista, a finalidade última da intervenção

pedagógica é contribuir para que o aluno desenvolva a capacidade de realizar

aprendizagens significativas por si mesmo numa ampla gama de situações e

circunstâncias, que o aluno “aprenda a aprender”. (Coll, 1994, p.136).

Page 16: PI - DOAÇÃO.pdf

16

Na educação à distância, o professor (ciberprofessor) tem o importantíssimo

papel de prover a passagem entre os espaços virtual e o espaço físico concreto,

proporcionando a extração do que há de melhor nesses dois ambientes para promover

um alto nível de aprendizado. (MARTINS, 2001).

Com isso, desmistifica a falsa ideia de que a Ead conduzirá o processo de

ensino de maneira que promova a extinção da figura do professor.

2.3 Doação de Sangue

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendável que o

percentual ideal de doadores em um país esteja num intervalo entre 3,5% e 5% de

sua população. Isto deixa o Brasil em uma situação desconfortável, revelando o

porquê da falta de sangue nos leitos hospitalares e hemocentros de todo o país. Entre

2013 e 2014, houve um aumento de 4,5% nas coletas de bolsa de sangue, passando

de 3,5 milhões para 3,7 milhões de doadores. Apesar desse aumento, esta parcela de

pessoas corresponde apenas a 1,8% da população, percentual abaixo do

recomendado pela OMS. Esta quantidade ainda sobre uma queda considerável

durante os períodos de inverno e férias. (Portal Brasil, 2015).

Segundo o Ministério da Saúde, a meta do Brasil é alcançar os 3% da

população. Para isto, algumas medidas já foram tomadas como por exemplo:

Redução da idade mínima para doação de 18 anos para 16 anos (com

autorização do responsável).

Ampliação da idade máxima para 69 anos.

Esta alteração corresponde a um ganho de 8,7 milhões de voluntários com reais

chances de serem doadores de sangue. (HEMOBRÁS, 2015).

Na Bahia, este tema começou a ser discutido a partir de 19817. Neste ano, um

grupo de técnicos do Ministério da Saúde, liderado pelo 1º Coordenador da Política

Nacional de Sangue - Pró-Sangue, Profº Luís Gonzaga dos Santos, médico

hematologista que fundou o 1º Hemocentro do Brasil em Pernambuco, juntamente

com Norma Gouveia, pedagoga, e Antônio Brasileiro, arquiteto, identificaram dois

7 Dados extraídos do site da HEMOBA, disponível em:< http://www.saude.ba.gov.br/hemoba/#>, acesso em 10/08/2015.

Page 17: PI - DOAÇÃO.pdf

17

médicos: Dr. Aurelino Santana, hematologista, na época prof. da UFBA e médico do

Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), e Dra. Maria Conceição Barbosa Coelho,

chefe do Banco de Sangue do HGRS, para fazerem parte do grupo de trabalho com

a finalidade de implantar o Hemocentro Coordenador do Estado da Bahia, unidade

que seria executora da política de sangue no Estado.

.

A HEMOBA surgiu como Centro de Hematologia e Hemoterapia da Bahia,

iniciando suas atividades em janeiro de 1983. Em 26 de julho de 1989, foi alterada a

personalidade jurídica da instituição, criando-se a Fundação de Hematologia e

Hemoterapia da Bahia – a HEMOBA, com a finalidade de exercer as atividades de

Hematologia e Hemoterapia em todo Estado da Bahia. Assim houve o crescimento de

ações, universalizando, gradativamente, a assistência hematológica, a qualidade do

sangue coletado e dos hemocomponentes transfundidos no Estado da Bahia. Em

relação a estrutura organizacional, a HEMOBA está estruturada de acordo com a

Figura 3.

O Hemocentro Coordenador está localizado em Salvador. Na cidade de

Eunápolis, está localizado o Hemocentro Regional. As demais unidades do estado

são denominadas Unidades de Coleta e Transfusão (UCT). Vitória da Conquista conta

com uma UCT dentro do espaço físico do Hospital Geral de Vitória da Conquista,

conhecido com Hospital de Base.

Figura 3 - Estrutura da HEMOBA

Fonte: TIBERIO (2015)

Page 18: PI - DOAÇÃO.pdf

18

De acordo com Helianna Tavares (informação verbal), assistente social da UCT

de Vitória da Conquista, aí se encontra uma das maiores dificuldades encontradas por

esta Unidade para a realização do seu trabalho. Segundo ela, um dos desafios da

UCT de Vitória da Conquista está relacionado a questões estruturais como: Salas

adequadas, meios de transporte, produção de material informativo e quadro de

funcionários.

3. METODOLOGIA

Como fundamentação para a realizar este projeto de intervenção, foi realizado

uma entrevista com Elianna Tavares, assistente social da UCT de Vitória da

Conquista, e a aplicação de um questionário pré-teste8 com 112 alunos dos cursos de

Análises Clínicas, Enfermagem, Nutrição e Segurança do Trabalho, todos inseridos

na modalidade de Educação Profissional Integrada (EPI), do CEEPS Adélia Teixeira.

3.1 Coleta

O questionário aplicado aos alunos do CEEPS Adélia Teixeira foi o primeiro

instrumento de coleta utilizado neste projeto de intervenção. Para tanto, foi necessário

um estudo sobre quais escalas poderiam ser utilizadas na aplicação deste.

Dentre as principais escalas utilizadas para aplicação de questionários como:

Likert, VAS (Visual Analogue Scales), Numérica e a escala Guttman, optou-se pela

primeira, já que esta garante um alto grau de confiabilidade, validade e sensibilidade.

Cummins e Gullone (2000 apud MENDES 2008).

Para MENDES (2008), alguns fatores podem ser definitivos para a ocorrência

de falhas na medição de informações por meio de escalas. A disposição dos itens, o

uso de ancoras verbais (terrível) e a escala de mensuração utilizada, como por

exemplo a quantidade de pontos, qualificam o primeiro fator. O segundo aspecto foca-

se no entrevistado e suas características como: necessidade de cognição,

8 O Questionário Pré-teste está disponível no Anexo II deste trabalho.

Page 19: PI - DOAÇÃO.pdf

19

envolvimento e conhecimento. Por isso, para a coleta de resultados consistentes,

além da escolha utilizada (Likert), é de suma importância a definição do método

correto de aplicação.

Todos os itens do questionário foram construídos utilizando a escala Likert com

cinco pontos, obtendo respostas através de ancoras verbais em todos eles, como

mostra a Figura 5. Estas foram dispostas em ordem crescente de potencialização.

Realizado o pré-teste, haverá a apropriação de informações mais precisas a respeito

da importância e viabilização desta intervenção.

O segundo instrumento de coleta foi uma entrevista com Elianna Tavares,

realizada no ambiente de trabalho9 da assistente social. Para a coleta de respostas

mais subjetivas, foi utilizado um questionário impresso com respostas abertas para

cada item. A assistente social solicitou uma alteração no método, preferindo comentar

cada ponto verbalmente e que eles fossem devidamente transcritos pelo

entrevistador. Aceito esta solicitação, deu-se início à coleta das informações.

3.2 Análise dos Dados

3.2.1 Questionário

De acordo com os entrevistados, 46% responderam que a realização de um

projeto de intervenção fomentando a importância do ato de dor sangue seria algo

muito importante a ser tratado no ambiente escolar. 39% julgaram importante esta

iniciativa e apenas 1% acham que este projeto não é importante, como mostra o

9 Esta entrevista foi realizada em pé no corredor do hospital depois de inúmeras tentativas sem sucesso da assistente social em conseguir um local adequado e disponível para a execução da atividade.

Figura 4 - Exemplo Escala Likert

Fonte: TIBÉRIO (2015)

Page 20: PI - DOAÇÃO.pdf

20

Gráfico 1. A partir destes dados, infere-se que há o conhecimento do problema e o

desejo dos alunos em realizar uma intervenção social para alcançar novos doadores.

Gráfico 1 – IMPORTANCIA DE REALIÇÃO DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO

Em relação ao nível de conhecimento a respeito do tema, o gráfico 2 mostra

que 43% dos alunos acreditam possuir conhecimentos medianos sobre doação de

sangue. Apenas 7% definiram o seu nível como conhecimento pleno. Isto evidencia

que hoje, não se consegue utilizar estudantes nas ruas e feiras para fomentar a

importância da participação da sociedade em campanhas de doação de sangue,

correndo o risco de terem abordagens vazias e discursos sem conteúdo. Para

alcançar novos doadores e ter um poder de convencimento em bom nível, é primordial

que haja a capacitação dos estudantes elevando o seu nível de conhecimento sobre

o tema, como é proposto neste projeto de intervenção.

Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.

1% 3%12%

39%46%

NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO

NÃO É IMPORTANTE POUCO IMPORTANTE MEDIANO

É IMPORTANTE MUITO IMPORTANTE

Page 21: PI - DOAÇÃO.pdf

21

Gráfico 2 - NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE O TEMA

Questionados sobre o nível de abordagem deste tema durante as aulas

realizadas, 43% dos discentes responderam que este tema é abordado “as vezes” ou

“esporadicamente” pelos professores. O Gráfico 3 evidencia ainda que apenas 3%

opinaram que o tema é abordado de maneira plenamente satisfatória durante as

aulas. Daí, entende-se a necessidade da efetiva realização de um projeto de

intervenção, bem estruturado, que gere o entendimento de professores e alunos da

necessidade de aumentar as discussões em sala de aula sobre este tema o maior

número de vezes possível.

0%

21%

43%

29%

7%

NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE O TEMA DOAÇÃO DE SANGUE

NENHUM POUCO MEDIANO BOM PLENO

Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.

Page 22: PI - DOAÇÃO.pdf

22

Gráfico 3 - NÍVEL DE ABORDAGEM DO TEMA EM SALA DE AULA

Sobre o conhecimento a respeito da existência e localização de alguma

Unidade de Coleta situada nesta cidade, o Gráfico 4 mostra que 6% dos entrevistados

responderam que conhecem todas e 30% já ouviram falar da existência dessas

Unidades, mas não fazem ideia onde podem estar localizadas. Percebe-se com estes

dados a necessidade de alinhamento, principalmente dos cursos técnicos, com as

instituições presentes na cidade que de alguma forma se relacionam com a proposta

do curso. Quando 30% dos alunos de um Centro de Educação Profissional em Saúde

não conhecem e apenas ouviram falar que em sua cidade existe alguma unidade de

coleta de sangue, infere-se que algo pode não estar indo tão bem. Talvez o Gráfico 3

também explique os resultados do Gráfico 4 (parcialmente), mas neste caso,

claramente é exposta a necessidade de ampliar as formas de aprendizagem para

além do ambiente escolar.

3%

24%

46%

24%

3%0%5%

10%15%20%25%30%35%40%45%50%

NÍVEL DE ABORDAGEM DO TEMA DOAÇÃO DE SANGUE NO CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA

Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.

Page 23: PI - DOAÇÃO.pdf

23

Gráfico 4 - CONHECIMENTO A RESPEITO DAS UNIDADES DE COLETA

Questionados sobre a quantidade de pessoas cadastradas como doadores em

sua família e rol de amigos, 59% dos alunos disseram não ter nenhum parente ou

amigo cadastrado como doador de sangue. O Gráfico 5 mostra ainda que 16%

responderam que têm 1 pessoa em sua família ou amigo que é doador. Talvez, estes

sejam os dados que maior expressem a necessidade e o imediatismo da realização

de um projeto de intervenção para este fim. 59% corresponde a uma imensa parcela

dos estudantes que não tem contato com um doador. Este dado explica o caos

existente nos bancos de sangue de Vitória da Conquista para atender a grande

demanda bolsas de sangue.

0%

30%

30%

34%

6%

CONHECIMENTO A RESPEITO DE ALGUMA UNIDADE DE COLETA DE SANGUE

NÃO EXISTE

JÁ OUVI FALAR

EXISTE MAS NÃO FAÇO IDEIAONDE ESTA LOCALIZADA

CONHEÇO ALGUMAS

CONHEÇO TODAS

Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.

Page 24: PI - DOAÇÃO.pdf

24

Gráfico 5 - QUANTIDADE DE DOADOR ENTRE AMIGOS E PARENTES

3.2.2 Entrevista

A entrevista foi realizada com Elianna Tavares, no dia 10 de agosto de 2015,

no setor destinado a Unidade de Coleta e Transfusão, dentro das instalações do

Hospital Geral de Vitória da Conquista. Inicialmente arguida sobre a atual situação da

UCT de Vitória da Conquista, a assistente social disse que hoje eles trabalham no

intuito de mudar a cultura da população conquistense. Segundo ela, são raros os

casos de doadores espontâneos e que, na maioria das vezes, os doadores são amigos

ou familiares de pacientes que estão internados precisando urgentemente de bolsas

de sangue. Ainda assim, conseguindo doar sangue naquela ocasião, eles não

retornam para repetir esta ação e ajudar outras pessoas. Sobre o nível do estoque

das bolsas de sangue, Elianna comentou que é muito difícil acompanhar a demanda

de bolsas que continua crescendo a cada dia, e aumentando ainda mais em algumas

situações como feriados e dias festivos. Perguntada como melhorar esta situação e a

entrevistada respondeu novamente que a melhor medida é tentar mudar a cultura da

população através de campanhas nas escolas e instituições de ensino de nível

superior (realizando palestras educativas e feiras), igrejas e empresas. Para Elianna,

as escolas de Vitória da Conquista têm um importante papel neste contexto.

Inicialmente é necessário que a instituição compre esta ideia através do

direção, professores e funcionários, numa gestão participativa. A partir daí

59%16%

8%5% 12%

QUANTIDADE DE DOADORES ENTRE AMIGOS E PARENTES

NENHUM 1 2 3 ACIMA DE 3

Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.

Page 25: PI - DOAÇÃO.pdf

25

será dado início ao processo de formação multiplicadores para atingir outras

pessoas em seu meio social. (Informação verbal)

A respeito das dificuldades e obstáculos enfrentados pela UCT, foi relatado que

um dos grandes problemas é de ordem estrutural. Situada em algumas salas dentro

do Hospital Geral de Vitória da Conquista, a UCT não dispõe de quantidade de salas

suficiente e adequadas para atender os doadores, meios transportes para

deslocamento da equipe para divulgação e realização de atividades fora do hospital,

material impresso e informativo como fichas para cadastramento, folders, cartazes e

panfletos, e quadro pequeno de funcionários. Isto torna-se observável quando, um

dos alunos, ao responder o questionário, toma a iniciativa utilizar o verso da folha para

relatar o seu ponto de vista diante de uma situação ocorrida, como mostra a figura 5.

Percebe-se como é árduo o trabalho da equipe da UCT de Vitória da Conquista,

ao mesmo tempo em que tentam conscientizar e educar a população para o ato de

doar sangue, também se veem diante de situações em que não conseguem sequer

dispor de uma ficha para cadastrar um doador.

3.3 Plano de Ação

Para a devida realização, esse projeto de intervenção será dividido em quatro

etapas: Divulgação e cadastro no AVA, Treinamento, Desenvolvimento e Finalização.

Na primeira etapa, os alunos serão instruídos sobre a importância social do

tema e convidados a participarem do projeto. Aí inicia-se o processo de

conscientização dos alunos em relação a sua participação e função social

neste contexto. Em seguida, será feita a coleta de dados (nome e e-mail) de

Figura 5 - DEPOIMENTO DE UM ALUNO

Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.

Page 26: PI - DOAÇÃO.pdf

26

cada um para serem cadastrados no ambiente virtual de aprendizagem pelo

professor.

A fase de treinamento será realizada no laboratório de informática da escola,

onde o professor irá conduzir os alunos em seus primeiros passos de

navegação num AVA. Neste momento, serão realizadas algumas atividades,

testando a utilização de ferramentas como: Fórum, Atividades, Wiki, E-mail

e o envio de arquivos pelo professor e seu devido acesso pelos alunos.

Deve-se aproveitar este momento para tentar prever algumas

eventualidades como: recuperar login e senha, dificuldade em localizar

ferramentas, ler/enviar e-mails e envio de atividades. Caso necessário, esta

fase poderá ocorrer mais de uma vez no decorrer do projeto.

A terceira etapa será caracterizada pela execução das atividades. O

Professor deverá disponibilizar arquivos de consulta como: textos e vídeos

para elevar o nível de conhecimento dos alunos e também fomentar um

maior envolvimento e participação dos estudantes com o tema proposto. Em

seguida, será proposta uma atividade na ferramenta Fórum, onde o

professor lançará uma situação/problema relacionada a doação de sangue

e os alunos obrigatoriamente deverão participar analisando a sugestão do

professor e/ou avaliando as contribuições dos demais colegas. Tal atividade

deverá ser repetida com enfoque no tema importância do cadastro como

doador de medula óssea. Assim como a participação do aluno, é de suma

importância a participação do professor, analisando e gerenciando o

andamento das postagens. A partir daí, deve-se iniciar um maior

aprofundamento no tema, com atividades mais elaboradas a serem

desenvolvidas e enviadas pelos alunos dentro dos prazos previamente

determinados pelo professor. Atividades síncronas, como chat e vídeo

conferência, devem ser marcadas com prazo mínimo de três dias,

observando o horário que se adequa a maioria dos participantes. Nelas,

dúvidas e sugestões devem ser lançadas, assim como orientações para o

desenvolvimento de futuras atividades. Sugere-se em alguns desses

encontros, a participação de convidados, oriundos de organizações

relacionadas a doação de sangue, como por exemplo, a Unidade de Coleta

e Transfusão de Vitória da Conquista, órgão representante da HEMOBA

Page 27: PI - DOAÇÃO.pdf

27

nesta cidade. Neste caso, há uma grande facilidade neste processo em

razão da parceria existente entre o CEEPS Adélia Teixeira a UCT de Vitória

da Conquista. Devem ser estabelecidos os critérios para o mesmo, assim

como o tempo destinado a cada subtema. Em todas as atividades, a turma

poderá ser subdividida em grupos menores para a execução de diferentes

tarefas. Esta funcionalidade é oferecida pelo AVA. Neste espaço será

iniciada a organização de algumas palestras educativas no pátio da escola

afim de iniciar o processo de multiplicação das ideias a respeito da doação

de sangue e medula óssea.

A culminância deste projeto, tentará atender aos itens relacionados nos

Objetivos Específicos, promovendo uma Intervenção Social (PIT STOP

ADÉLIA TEIXEIRA) envolvendo professores, alunos, funcionários,

representantes da UCT-VC e comunidade local visando discutir a

importância do ato de doar sangue. Para isso, deverão ser realizadas

palestras e atividades culturas como peças e dramatizações. Neste evento,

os participantes poderão ser cadastrados como doadores e os que se

interessarem e atenderem os requisitos necessários poderão doar sangue

naquele momento. Para viabilizar o processo de doação de sangue neste

evento, será utilizado o laboratório de análises clínicas e seus equipamentos,

juntamente com o restante dos equipamentos trazidos pela equipe da UCT.

3.4. Principais ferramentas utilizadas

Serão utilizados alguns recursos tecnológicos encontrados no AVA Tidia Ae.

Ferramentas como: Repositório, Portfólio e Material de Apoio serão utilizadas para o

armazenamento de arquivos. As atividades realizadas em cada acesso serão

inseridas na ferramenta Diário de Bordo. Em determinados instantes, os alunos serão

alocados em pequenos grupos, podendo ao professor escolher quais ferramentas

estão disponíveis para cada grupo, a depender da sua necessidade. Wiki será a

ferramenta utilizada para a produção colaborativa de um glossário de palavras

relacionadas ao tema doação de sangue e medula óssea. Fórum será o meio

tecnológico assíncrono utilizado para debates e socialização de opiniões a respeito

de alguns temas disponibilizados pelo professor. Os envolvidos nesta atividade

Page 28: PI - DOAÇÃO.pdf

28

contarão com um e-mail interno fornecido pelo AVA servindo como mais uma forma

de contato entre os participantes.

Avaliações serão realizadas por meio da ferramenta Atividades, solicitando aos

alunos a apropriação dos conhecimentos gerados através da utilização das atividades

anteriores. Dentre as opções oferecidas por esta ferramenta, será utilizada a nota

pontos, já bastante utilizada no cotidiano escolar. Ainda em Atividades, os estudantes

deverão postar os materiais a serem utilizados na Feira de Saúde como: banners,

textos e outros. Em todo processo, os alunos poderão contar com o feedback do

professor. Os acessos ao sistema e os níveis de participação poderão ser consultados

individualmente pelo professor através da ferramenta Participação. Todo esse

processo será realizado mediante um cronograma definido na funcionalidade

Cronograma.

4. CRONOGRAMA

Abaixo segue o cronograma de atividades a serem desenvolvidas durante toda

a fase do projeto. Como este projeto não foi implementado em sua totalidade, as

etapas concluídas estão preenchidas com a cor azul. As etapas a serem aplicadas na

execução do projeto estão preenchidas com a cor verde.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO ETAPAS IMPLEMENTADAS

ETAPAS MESES

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Revisão da Bibliografia

Reunião com Direção

Definição metodologia do questionário

Revisão literária da metodologia do questionário

Page 29: PI - DOAÇÃO.pdf

29

Aplicação questionário pré-teste

Análise dos dados Análise de AVAs Escolha do AVA. Entrevista com a assistente social da UCT-VC

ETAPAS A SEREM IMPLEMENTADAS ETAPAS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Cadastro dos alunos no AVA

I Encontro presencial – Treinamento

Desenvolvimento de atividades no ambiente

II Encontro Presencial

Palestra Educativa –HEMOBA

Ação Comunitária – PIT STOP DOAÇÃO DE SANGUE

Page 30: PI - DOAÇÃO.pdf

30

5. RECURSOS

RECURSOS A SEREM UTILIZADOS PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO

TIPO DE RECURSO DESCRIÇÃO

Recu

rso

s H

um

an

os

O proponente deste projeto se enquadra como

professor/coordenador ou tutor de outras aplicações.

Coordenador de Ead – Professor especialista em

educação a distância.

Tutor – Professor com domínio das Tecnologias da

Informação e Comunicação (TICs) aplicadas à

educação e conhecimento na área do tema proposto.

Alunos e professores do CEEPS ADÉLIA Teixeira.

Representantes da UCT-VC (HEMOBA).

População de Vitória da Conquista.

Recu

rso

s M

ate

riais

e T

ecn

oló

gic

os

31 computadores, Processador Core i5, 8GB RAM,

HD de 1T, equipados com placas de vídeo off board.

31 Web Cam para vídeo conferencias.

Impressora conectada em rede com todos os

computadores.

Link de Internet >= 20 MB.

Data Show conectado ao computador do professor.

Equipamentos de áudio: 02 Caixas de som ativas.

Carro de som para divulgação da ação comunitária.

Materiais a serem utilizados na ação comunitária:

Banners, folders, faixas.

Materiais de decoração: Malhas, cola, tesoura, fita

adesiva, cartolinas, barbante, papel madeira.

Page 31: PI - DOAÇÃO.pdf

31

6. ORÇAMENTO

A tabela abaixo exibe o custo de aplicação do projeto, desconsiderando a

existência de qualquer um dos itens exigidos na tabela de recursos. No caso

específico do CEEPS, não seria necessário efetuar a compra de alguns itens como

computadores, impressoras, data show, e equipamentos de áudio.

Recu

rso

s d

e

Infra

estru

tura

Laboratório de informática do CEEPS.

Auditório do CEEPS (palestras).

Espaço escolar do CEEPS para realização da ação

comunitária.

CUSTO DE APLICAÇÃO DO PROJETO

QUANT. DESCRIÇÃO PREÇO RS

31 Computadores equipados com placa

de vídeo.

RS 46.500,00

31 Web Cam R$ 3.100,00

01 Impressora R$ 700,00

01 Link Internet 35 MB R$ 89,90 / mês

01 Data Show R$ 1.500,00

20 h Carro de som R$ 400,00

02 Caixas de som ativas R$ 3.000,00

01 Impressão banners, folders e faixas R$ 500,00

01 Kit de materiais para decoração R$ 600,00

TOTAL R$ 56.389,90

Page 32: PI - DOAÇÃO.pdf

32

7. RESULTADOS ESPERADOS

Através desse projeto, espera-se encontrar um resultado satisfatório através da

utilização das TICs dentro de um Ambiente Virtual de Aprendizagem para promover

aprendizagens significativas visando o aumento e a fidelização de pessoas

cadastradas como doadores de sangue na UCT de Vitória da Conquista. Utilizando a

Ead, os alunos deverão ganhar mais tempo e mais autonomia para realizar suas

atividades e se envolverem neste projeto.

Economicamente, este projeto de intervenção torna-se viável para os alunos,

já que poucas vezes precisarão ir à escola para realização das etapas desta ação, já

que a maioria serão realizadas no AVA, reduzindo consideravelmente as despesas

com transporte e alimentação.

Do ponto de vista tecnológico, pretende-se que a utilização de meios

tecnológicos como computadores e Internet possam incentivar o empenho e

compromisso dos alunos no desenvolvimento de sua aprendizagem. Ainda sob esse

olhar, espera-se romper com a desconfiança e despreparo tecnológico de alguns

professores em relação à utilização das TICs na educação, especificamente na Ead.

Sob o aspecto social, acredita-se que os alunos aproveitarão a tecnologia

aplicada neste projeto para cumprirem um grande papel social, aprendendo e

multiplicando a necessidade de envolvimento da população com o tema doação de

sangue e medula óssea.

Sob o olhar pedagógico, tem-se a ambição de elevar o CEEPS Adélia Teixeira

ao pioneirismo no Estado da Bahia no que se refere à oferta de cursos técnicos

profissionalizantes integrados ao ensino médio sob a modalidade B-Learning, isto é,

com a possibilidade de parte da carga horária de algumas disciplinas serem oferecidas

à distância.

Page 33: PI - DOAÇÃO.pdf

33

8. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. (2004). Tecnologia e educação a distância: abordagens e contribuições dos ambientes digitais e interativos de aprendizagem. Disponível em:<http://www.anped.org.br/reunoes/26/trabalhos/mariaelizabethalmeida.rtf>.Acesso em 22 nov. 2014.

BORDENAVE, J. E. D. O que é participação. São Paulo: Brasiliense (1987).

BRASIL, P. Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado neste domingo. Disponível em:< http://www.brasil.gov.br/saude/2015/06/dia-mundial-do-doador-de-sangue-e-celebrado-neste-domingo>. Acesso em 15 set. 2015.

COLL, C. S., (1994). Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre. Artes Médicas.

CUMMINS, Robert A. e GULLONE, Eleonora. Why we should not use 5-point Likert scales: the case for subjective quality of life measurement, 2000. In: MENDES, K.V. e DALMORO, M.(2008). Dilemas na Construção de Escalas Tipo Likert: O número de itens e a Disposição Influenciam nos Resultados? Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EPQ-A1615.pdf>. Acesso: 01 set. 2015.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. Intervenção social como princípio pedagógico. Disponível em:< http://escolas.educacao.ba.gov.br/educacaoprofissional/ principiosdiretrizes/intervencaosocialpedagogica> Acesso: 05 set.2015.

HEMOBRÁS. Ministério da Saúde amplia para 69 anos a idade máxima para doação. Disponível em:<

http://www.hemobras.gov.br/site/conteudo/noticia.asp?EditeCodigoDaPagina=648>. Acesso: 18 set. 2015.

KUENZER, A. Z. Ensino médio e profissional: as políticas do Estado neoliberal. São Paulo: Cortez, 1997, 104p.

MARTINS, F. C.; SILVA, R. G.; BARROS, R. M. Tecnologias para ambientescolaborativos de ensino.

MENDES, K.V. e DALMORO, M.(2008). Dilemas na Construção de Escalas Tipo Likert: O número de itens e a Disposição Influenciam nos Resultados? Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EPQ-A1615.pdf>. Acesso: 01 set. 2015.

MORAIS, T.M.S.(2011). Avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem.

Page 34: PI - DOAÇÃO.pdf

34

MOURA, D. H. (2007). Educação básica e educação profissional e tecnologia: Dualidade histórica e perspectivas integração.

PERRENOUD, P., (1999).Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas.

PESSOA, G.A. (2008). Ensino A Distância: Uma realidade?. Disponível em

:<http://www.artigonal.com/educacao-online-artigos/ensino-a-distancia-uma-realidade-508811.html>. Acesso: 01 abr. 2014.

PIRES, H.M.S.(2005). Ambiente Virtual de Aprendizagem para Ensino a Distância – VLE.Lavras:UFL.

RESENDE, P. Dificuldade em contratar mão de obra qualificada afeta 90% das empresas: entrevista [15 de janeiro, 2014]. Belo Horizonte. Entrevista concedida a Pedro Rocha Franco. Disponível em:<

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/01/15/internas_economia,487990/dificuldade-de-contratar-mao-de-obra-qualificada-afeta-90-das-empresas.shtml>. Acesso: 15 dez. 2014

RESENDE, Paulo; SOUSA, Paulo Renato de; ELIAS, André Felipe Dutra Martins Rocha; SANTOS, Bárbara de Oliveira Marques dos; SCOTT, Francisco Albert; CAETANO, Gustavo Alves; AZEVEDO, Tiago Grant Magalhães de. Carência de Profissionais. FUNDAÇÃO DOM CABRAL Núcleo de logística, 2013. Disponível em:< http://acervo.ci.fdc.org.br/AcervoDigital/Relat% C3%B3rios%20de%20Pesquisa /Relat%C3%B3rios%20de%20pesquisa%202013/Pesquisa%20Carencia%20de% 20Profissionais%20no%20Brasil.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2015.

Page 35: PI - DOAÇÃO.pdf

ANEXO I ENTREVISTA

1. Como está a real situação da HEMOBA?

2. Como está o estoque?

3. Quais as dificuldades encontradas pela Equipe para garantir a frequência de

doação de sangue e que este chegue com qualidade aos seus receptores?

4. Como melhorar esta situação?

5. Quem são os doadores da HEMOBA?

6. Como as escolas de Vitória da Conquista podem contribuir para aumentar o

número de doadores de sangue?

Page 36: PI - DOAÇÃO.pdf

ANEXO II – QUESTIONÁRIO

QUESTIONÁRIO

Idade: ____________________

Sexo: _____________________

1. Como avalia seus conhecimentos em relação ao tema DOAÇÃO DE SANGUE?

Nenhumconhecimento

Pouco Mediano Bom ConhecimentoTotal sobre o tema

2. Como avalia a necessidade em sua escola a realização de um Projeto de

Intervenção visando conscientizar as pessoas sobre a importância do ato de

doar sengue?

Não éimportante

Poucoimportante

Mediano É importante Muitoimportante

3. Na sua opinião, como é a relação da sociedade com este tema?

Descasocom o tema

Desinformação Mediana Boa TotalmenteParticipativa

4. Este tema é abordado em sua escola:

Nunca foi

abordadoRaramente As vezes De forma

satisfatóriaPlenamentesatisfatória

5. Você conhece alguma Unidade de Coleta em Vitória da Conquista?

Não existe Existe masnão faço ideia

onde esta localizada

Já ouvi falar Conheço

algumas

Conheçotodas

Page 37: PI - DOAÇÃO.pdf

6. Em sua família (rol de amigos), qual a quantidade de pessoas cadastradas como

doadores de sangue?

Nenhuma 1 2 3 Acima de 3

7. Você se acha capaz de alcançar possíveis doadores?

Incapaz Acho difícil Talvez É possível

um ou 2

Plenamente

capaz deconseguir mais de 2