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Cascavel, 19 de abril de 2019 - Ano XXIII - Nº 2193 - R$ 12,00 Pitoco Cascavel, 19 de abril de 2019 - Ano XXIII - Nº 2193 - R$ 12,00 PINHÃO BILIONÁRIO 45 99921-0456 45 3333-9999 www.hyundaivetor.com.br DENI SCHWARTZ Deputado não apita nada, é meramente um estafeta de prefeito O protagonismo da araucária no ciclo da madeira em Cascavel. A saga de vorazes empreendedores capazes de pôr ao chão, em duas décadas, pinhais que habitavam a Capital do Oeste há 200 milhões de anos. TESTEMUNHA OCULAR Pinheiro gigante do Zoo viu floresta virar metrópole

PINHÃO - Pitoco · 46 3055-9900 Rua Campo Largo, 1250 Francisco Beltrão, PR 45 3218-8181 Av. Brasil, 2255 Cascavel, PR 45 3025-9000 Av. Costa e Silva, 2323 Foz do Iguaçu, PR 45

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Cascavel, 19 de abril de 2019 - Ano XXIII - Nº 2193 - R$ 12,00

PitocoCascavel, 19 de abril de 2019 - Ano XXIII - Nº 2193 - R$ 12,00

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45 99921-045645 3333-9999

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DENI SCHWARTZDeputado não apita nada, é meramente um estafeta de prefeito

O protagonismo da araucária no ciclo da madeira em Cascavel. A saga de vorazes empreendedores capazes de pôr ao chão, em duas décadas, pinhais que habitavam a Capital do Oeste há 200 milhões de anos.

TESTEMUNHA OCULARPinheiro gigante do Zoo viu floresta virar metrópole

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04 | www.pitoco.com.br Pitoco

Jairo EduardoEditor do Pitoco

Do topo do Everest, Renato Festugato enxergava as copadas de centenas de milhares de araucárias em Cascavel

Rua Duque Caxias, numeral 1357, centro histórico de Porto Alegre. O ano é 1967.

Tilintar de taças finas no 16º andar do hotel Everest. Os convivas, providos de vista panorâ-mica para o Guaíba, a 2 quilômetros de distân-cia, e para o Palácio Piratini, sede do governo do Estado, a 200 metros dali, assistem uma celebração que trouxe imenso impacto para uma poeirenta cidadezinha de 80 mil almas, distante quase 800 quilômetros dali, Cascavel, no sertão do bravio Oeste paranaense.

O filho do sapateiro ergue uma taça e anuncia o motivo de reunir a família naquela data: acabara de quitar a última parcela de uma longa transação imobiliária, que consumira as energias de seu grupo empresarial por 18 anos: a aquisição da maior floresta de araucária que já existiu sobre a Terra: 87 mil hectares entre Catanduvas e Santa Tereza do Oeste, incluin-do franjas de Guaraniaçu, Corbélia e a jóia da coroa, Cascavel.

Renato Festugato é o filho do sapateiro. A cena cinematográfica narrada aqui ficou esculpida na memória de uma testemunha incrédula, que somava sete anos de idade, e es-

PINHÃO DA FORTUNAREPORTAGEM DE CAPA

tava no cume do Everest naquele dia: Renato Festugato Neto. O menino tentava entender aquilo, puxando a saia da mãe, Helena Por-tugal, inquirindo o pai Sergio Mauro.

O sapateiro, Antonio Festugato, o To-nho, bisavô do menino que buscava decifrar aquele episódio do Everest, veio para o Brasil na primeira metade do século passado a convite da colônia italiana radicada na serra gaúcha. Tonho era algo mais que um sapateiro, diga-se. Ele era um fabricante de calçados.

Homem de poucas letras, mas ampla sa-bedoria, o imigrante italiano esmerou-se na

formação universitária dos filhos: um médico, um professor e um técnico em contabilidade que fugiu de casa. O contador rebelde em fuga era Renato Festu-gato. Antes de partir, por imposição do sapateiro, teve que se tornar fluente

em inglês.

O domínio do idioma da rainha lhe abriu portas: trabalhou na petroleira Standard Oil - a maior companhia de seu tempo e que produziu os primeiros bilionários do planeta, os irmãos norte-americanos Rockefeller. A multinacio-nal ficou mais conhecida no Brasil como Esso.

Com a aquisição da gigantesca floresta de araucária no sertão do Paraná, Renato Festu-gatto transformou-se também no maior nome família, o redentor. A partir dali, sua descen-dência não precisaria mais cheirar a cola na indústria do sapato.

n Esta é a vista para o Rio Guaíba, em Porto Alegre (RS), a partir do 16º andar do hotel Everest, onde Festugato celebrou

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Jairo

Edu

ardo

n Casa edificada em madeira de araucária pelos primeiros colonos, na região do bairro Tropical, em Cascavel

A transaçãoO latifúndio imenso de pi-

nheiros era terra de ninguém até o obrajero argentino Juan Domingos Barthe iniciar a exploração de erva mate aqui, no início do século 20.

Em seguida, aquela vastidão toda veio para a família Lupion, cujo “capo”, Moisés, viria a go-vernar o Paraná. Sob o mantra de desenvolver o Oeste profundo, Lupion repassaria grandes áreas de terra para colonizadoras. A oferta, de alguma forma, chegou a Caxias do Sul (RS), onde estavam as famílias Festugato, Marder e Galafassi. Os primeiros junta-ram cruzeiros, a moeda da época, e assumiram um amontoado de boletos de um carnê gigante.

Em 1948, Renato Festuga-to e Flavio Azanburjo Marder pagaram o primeiro boleto. Mon-taram a Industrial Madeireira do Paraná (Imapar) e trouxeram Florêncio e Emilia Galafassi para transformar araucárias na mobília em que o barnabé es-tafado apoiaria os cotovelos em Brasília (veja esses detalhes nas páginas seguintes).

A Imapar foi a grande estrela do ciclo da madeira em Cascavel. Nas margens da BR 277, saída para Curitiba, atrás do posto da Polícia Federal, havia a maior concentração de araucárias por metro quadrado de que se tinha notícia.

Não por acaso, o lugar passou a se chamar Tesouro, nome que mantém até hoje. Os Festugatto encontraram o pote de ouro ao fi-nal do arco-íris. Romanceando os fatos, é possível dizer que Renato, o filho rebelde do sapateiro, re-almente enxergava longe. Muito longe. Era capaz de ver as copadas dos pinheiros em Cascavel, lá do alto do Everest...

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06 | www.pitoco.com.br Pitoco

A febre da araucária

“Aquilo era escuro de pinheiro”. A frase foi ouvida muitas vezes por interlocutores do pioneiro Jairo Fabricio Lemos. Era assim que ele descrevia os pinheirais na região do Tesouro, área explorada pela Imapar, do “sni-per” posicionado no alto do Everest, Renato Festugato.

“É notável e mesmo impressionante a quantidade de pinheiros adultos em gran-de parte dos quinhões que percorri”, disse Benjamim Mourão, enviado à região de Cascavel na primeira metade dos anos 40 pelo grupo Lupion. A frase está no livro “Moisés Lupion - A Verdade“, do advogado Raul Vaz, que faz um desagravo ao ex-governador, seu cliente e amigo.

Benjamim Mourão estimou os pinheiros adultos em 1,3 milhão, além de 131 mil árvo-res como ipê e peroba. Há outros registros, na mesma obra, de 1,8 milhão de pinheiros. Impressiona aqui também a proporção neste recorte nobre da floresta: 10 araucárias para cada ipê e peroba somados.

Por essa razão a floresta era escura, mes-

mo com sol a pino, no relato do “seu” Jairo. O sombreado vinha do verde escuro do pinheiro, os tons madeirados dos belos troncos de até 40 metros e da soma disso tudo: o número de pinheiros por quilômetro, a “densidade demográfica”, que fazia roçar as copadas. “Foi tão impressionante a riqueza constatada por Benjamim Mourão, que em seu relatório chegou a desprezar o valor da erva-mate”, prossegue Vaz

Era muita árvore aguardando uma motos-serra. Somente o isolamento da região poderia explicar por que ainda havia tanta riqueza intacta no entorno do espigão de Cascavel. Na visita de Mourão, havia apenas uma estrada carroçável ligando Guarapuava a Cascavel e um caminho precário até Foz do Iguaçu.

Mesmo assim, os Lupion, depois os Festu-gato, mostraram que era possível. E que talvez Barthe, o argentino da erva-mate, tenha olha-do para a árvore e não para a floresta. Olhou para o mate, não enxergou o pinheiro.

Os Lupion vieram com outro apetite. Antes de se tornar governador, Moisés enviou para Cascavel, em 1942, seu irmão David Willi Lupion, homem sofisticado, que até então morava na civilizada São Paulo, onde traba-lhava, pasmem, para a indústria cinematográ-

Número são contraditórios, mas se pegar pelo meio, 1 milhão de araucáriasderrubadas, o setor movimentou no mínimo R$ 2 bilhões em 20 anos

fica, pago em dólares pela empresa 20th Century Fox.

David contou em en-trevista ao jornalista Emir Sfair (então na Gazeta do Povo) o que viu quando pôs os pés aqui, em 1942, após enfrentar a estrada carroçável dos Campos Gerais até o novo Oeste:“Cascavel ti-nha quatro casas. A área onde hoje está a Ave-nida Brasil nós abrimos no ano seguinte, 1943, com uma patrola que levamos de caminhão. Praticamente abrimos a estrada, a partir de Guarapuava, pois fomos obrigados a refazer o leito para passagem de nossos caminhões”.

Foi isso mesmo, a cobiça do pinheiro, a febre da araucária, abriu a principal artéria da bela Capital do Oeste paranaense, e na sequência ligou a rica floresta do espigão com

a fronteira. Homens e má-quinas da comitiva Lupion,

inebriados pelo cheiro de dinheiro do pinheiro, chegaram a Foz. O maquinário foi entregue à Cia. Mineira, de Belo Horizonte, que ajeitou a estrada ligando Foz do Iguaçu a Cascavel, onde seriam implantadas as três serrarias (Centra-lito, São Domingos e Piquiri) incumbidas de permitir os raios solares de dar fim ao cenário descrito como “escuro de pinheiro”.

Estava aberto o corredor pelo qual centenas de milhares de pinheiros viajariam nas carro-cerias de FNMs e outros modelos rústicos até as barrancas do Rio Paraná, via Porto Lupion, para o bilionário mercado das exportações.

n A serra americana, que antecedeu as motorosseras no auge do ciclo da madeira

n A “bitola” do pinheiro extraído aqui e as tábuas destinadas à exportação em 1947

REPORTAGEM DE CAPA

Arquivo da família Konolsaisen

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Pitoco08 | www.pitoco.com.br

n Festugato Neto com o filho, Sergio: lembranças do tilintar das taças no Everest.

REPORTAGEM DE CAPA

Entrevistado pelo Pitoco, Renato Festu-gato Neto, o menino lá do Hotel Everest,

hoje aos 50 (e tantos) anos), diz precisamente quantas araucárias a Imapar extraiu e benefi-ciou para exportação na área de 87 mil hecta-res: 387 mil pinheiros.

O avô dele era contabilista. Anotava tudo. “Tínhamos inúmeras caixas com registro con-tábeis guardados em uma residência que es-tava aos cuidados do meu primo João Arthur Festugato. Ali estavam todos os números. O João andava incomodado com aqueles papéis, e certo dia o lugar pegou fogo, perdemos todos os registros”, lamenta Neto.

Já Mourão, o ponta de lança dos Lupion aqui, relata uma estimativa entre 1,3 e 1,8 mi-lhão de pinheiros. Possivelmente incluiu nesta conta outras áreas da região de Cascavel, para além das posses que seriam adquiridas pelo consórcio Festugato/Marder em 1948.

O voo do CanhedoNão seria despropositado dizer que naquele

prédio erigido na rua Pio XII, esquina com Avenida Brasil (foto), onde por décadas funcio-nou a sede da Imapar, há dólares americanos investidos. E que, em determinada ocasião, Renato Festugatto tenha voltado a receber indiretamente o dinheiro dos Rockfeller, através dos impostos que o barões recolheram na Casa Branca.

Explica-se: ponderável fatia das exporta-ções de araucária foi para a Europa devastada pela segunda guerra. Então o pinheiro de 30 metros derrubado por uma serra americana no Tesouro, pode ter virado mesa e cadeiras no gabinete do primeiro ministro britânico Winston Churchill, em Londres.

E o dinheiro que bancou a madeira veio do Plano Marshall. “Foi o principal plano dos Estados Unidos para reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Se-gunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário de Estado americano, George Marshall”, relata a Wikipedia.

Ao todo, foram injetados na Europa, em dinheiro de hoje, 143 bilhões de dólares. Uma parte desse valor, possivelmente está ali, na Pio XII com Avenida Brasil, pois a Imapar e outros madeireiros de Cascavel foram grandes

O pinhão do bilhão

Se contar “apenas” os cerca de 400 mil pinheiros da Imapar, com árvores de 60 cen-tímetros de diâmetros por 20 metros de altura em média, a dinheirama envolvida após o bene-

ficiamento passaria fácil – em valores de hoje – de R$ 1,2 bilhão.

Juntando o entorno e outros es-pécies nobres, como o ipê e a peroba, certamente é possível dizer que o ciclo da madeira, na micro-região de Cas-cavel, movimentou alguns bilhões em duas décadas. Muito dinheiro? Pouco? Apenas uma cooperativa da região, a Coopavel, faturou R$ 2,5 bilhões ano passado. São tempos e operações incomparáveis. Certo mesmo é que o pinheiro impactou Cascavel com mais

força que erva. E as árvores que desenham no entorno do valioso tronco, taças, cones e candelabros estão na raiz de algumas fortunas acumuladas na região.

fornecedores de matéria prima na reconstrução europeia.

No auge da extração da madeira nos anos 50, houve um problema de demanda. A oferta ficou maior que a procura. Os pátios das ma-deireiras estavam abarrotados de pinheiros. Foi quando, não se sabe de onde, surgiu um homem na poeirenta Cascavel. “Ele foi che-gando e contratando tudo, comprando tudo,

A Imapar vendeu todo o pátio para ele”, relata Renato Festugato Neto. Eram contratos firmes. E com destino certo, a construção de Brasília.

O homem, possivelmente dotado de infor-mação privilegiada por proximidade com gente do poder – ou mesmo por incríveis poderes da antevisão de demanda – era Wagner Canhe-do, mais conhecido depois por pregar o último prego no caixão (de madeira) da Vasp.

Entenda como os dólares americanos do Plano Marshall, instituído para reconstruir a Europa pós-guerra, vieram parar na rua Pio XII, em Cascavel

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REPORTAGEM DE CAPA

O trágico acidente que vitimou a dona da floresta escura de pinheiro abalou a Cascavel nos estertores do ciclo da madeira

10 | www.pitoco.com.br

Morte no pinheiral

Pitoco

n Top 3 do Miss Brasil 1974: Janeta Hoeveler

Noivo de MissSergio Mauro Festugato é um nome associado

ao esporte em Cascavel. O ginásio de esportes no Centro Esportivo Ciro Nardi foi batizado com o nome do madeireiro.

Se digitar o nome dele no Google, só aparece o ginásio. Há muito pouco sobre esse gaúcho que perdeu a esposa sob a araucária no então distrito de Santa Tereza.

Ele também teve uma morte prematura. “Foi infarto, morreu de saudades de minha mãe, eu per-cebia a tristeza no olhar dele”, relata o filho Neto.

Viúvo, Sergio Mauro procurou retomar a rotina. Em um evento organizado por dois irmãos joalhei-ros judeus voltado para endinheirados, no meio dos anos 70, Sergio conheceu Janeta Hoeveler, apresentada no Wikipedia como “rainha da beleza”.

Ela era ninguém menos que a miss Rio Grande do Sul, que se sagrou miss Brasil em 1974. “Meu pai estava noivo da Janeta quando sofreu o infarto”, relata Neto.

Outros membros da família Festugato partiram precocemente, como o ex-vereador João Arthur. Ele faleceu aos 51 anos, rompido com seus ances-trais de tal forma a ocultar o sobrenome dos reis dos pinheirais. O ex-vereador passou a assinar apenas como João Arthur Horta.

A vida mudava rápido para os Festu-gato naquela segunda metade dos

anos 60, início dos anos 70. O núcleo familiar composto por Sergio Mauro e Helena Portugal,saiu de um aparta-mento de dois quartos em Porto Alegre para uma vasta residência.

“Me recordo do carro que meu pai comprou na época, era um Ford Corcel GT amarelo, com capota preta”, diz Renato Festugato Neto, o varão de Sergio Mauro. Note-se, a família nunca pertenceu à aristocracia gaúcha, mas os pinheiros de Cascavel começavam a constituir ali uma fortuna. “A vida mu-dou”, resume Neto.

A Imapar já empregava mais de 800 funcionários em suas três serrarias. A legislação herdada do getulismo exigia que a partir de determinado número, era preciso disponibilizar um médico do trabalho.

Então os empreendedores foram bus-car na capital gaúcha o diretor do Pronto Socorro Municipal, Ramão Beltrão Vaucher. Voaram até Cascavel para apresentar o local e convencer o doutor gaúcho a trocar de emprego.

Segundo Festugato Neto, os fatos se desdobraram da seguinte forma: após ser devidamente apresentado à cidade, o médico e a família Festugatto saíram de Cascavel com destino a Foz do Iguaçu e ao Paraguai, onde o grupo pretendia fazer compras.

Ao chegar em Santa Tereza do Oeste, decidiram entrar na fazenda da Imapar para mostrar ao médico a extração de pinheiro. Ali aconteceria o fato mais

trágico de toda uma geração Festugatto.

“Estavam olhando o corte de um pinheiro. De repente passou a ventar, e a árvore inclinou para cair sobre a área de segurança, onde estava a família. Minha mãe correu para onde estava programada a queda. E a árvore caiu exatamente onde ela tentou se abrigar”, relata Festugato Neto.

Morria ali, aos 32 anos, Helena Por-tugal, a esposa de Sergio Mauro. “Foi uma loucura na pequena cidade. Não se falava de outro assunto. O marido ficou desesperado, queria levá-la para os Estados Unidos, mas não havia mais o que fazer”, relata o pioneiro Dercio Galafassi.

O impacto da morte prematura de uma dama de Porto Alegre, sob os pinhei-rais de Cascavel, alongou-se por décadas. Claudia, uma das filhas, herdeira da área em que a mãe morreu, deixou intacto o capão de mato onde o pinheiro desesta-bilizado pela lufada inesperada driblou a sorte de Helena Portugal.

Certamente outros anônimos mor-reram esmagados sob troncos imensos naquele período em que as vozes roucas da floresta ecoavam a palavra “madeira!”. Certamente não faltou quem atribuísse os óbitos a uma espécie de vendita da natu-reza. Outros tantos restaram mutilados nas serras afiadas da indústria madeireira.

Mas nenhuma morte chamou mais atenção, na época, que o trágico acidente com Helena, nome recorrente nas novelas globais, cujo último capítulo se deu na “floresta escura de pinheiro”, no interior do interior profundo do Brasil.

“Meu avô tirou pinheiros, sim, mas também plantou. Ele sempre dizia: tenho trêsfilhos, vou semear três pinhões para cada árvore extraída. E o fez, plantou ao menos 1,2 milhão de árvores para reflorestamento. Ele chegou a fazer 270 voos em um único ano na ponte aérea Foz do Iguaçu/Buenos Aires/Londres, onde tratava pessoalmente com os importadores da madeira. Meu avô era outro tipo de gente. Nós, desta outra geração, somos mais cansados.”

Renato Festugato Neto, sobre o avô Renato Festugato, rei do pinheiro do Oeste paranaense

DEPOIMENTO Renato Festugato Neto

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Araucária imperialO que tem a dizer o pinheiro centenário de 30 metros que

caiu no Zoo de Cascavel com as águas de março?

DEPOIMENTO Dercio Galafassi

E agora? Em 1948 meu pai, Florêncio, estimou que havia entre 500 mil e 600 mil pinheiros na área, a maior quantidade em Cascavel. Mas já em 1965 o pinho começou a escassear. A conversa foi parar dentro da Acic, acabou a grande riqueza de cidade, a madeira, e agora?

Primeiro galho Havia muito pinheiro aqui, troncos de até dois metros de envergadura e 40 metros de altura. Retornando da serraria do Tesouro, meu pai exclamava: nunca tinha visto tamanha quantidade e dimensão de pinheiros. Do chão até o primeiro galho tinha mais valor comercial.

n O pinheiro do Zoo em pé e deitado: 134 anos e muita história para contar

Canetada do prefeitol O pinheiro do Zoo só obteve uma vida secular para testemunhar a transformação

de uma floresta em “Capital do Oeste” porque em 1977 o então prefeito Jacy Scanagatta deu-lhe uma canetada e criou ali uma área de preservação, a maior reserva ecológica urbana do Sul do Brasil, com quase 2 milhões de metros quadrados (incluindo a área aos cuidados do Exército).

l Segundo o Instituto de Estudos Florestais da USP, as florestas de araucária “es-cureceram” o espigão de Cascavel por 200 milhões de anos, “desde que continentes americanos e africano eram unidos”. Olhando assim, 134 anos são um piscar de olhos na sorte incerta dos tempos.

l Mais velozes ainda foram as serras e ambições. Em pouco mais duas décadas, a partir de 1947, mais meio milhão de pinheiros estava no chão em Cascavel e suas franjas. Sob esse olhar, sim, o pinheirão do Zoo era um sobrevivente.

Moldura Meu pai queria deixar os pinheiros as margens da rodovia, dentro faixa de domínio, para emoldurar e mostrar o que foi a floresta, mas o DNER (hoje DNIT) não permitiu. Não existia serra fita no Rio Grande, ele veio a conhecer aqui. Se ele não tirasse os pinheiros, outros tirariam.

Tarde demais A gralha azul aqui era diferente da gralha do Rio Grande. Lá, era toda azul com faixa preta. Aqui, azul com faixa amarela. Tudo que tinha aí foi a gralha que semeou. Quando surgiu o IBDF (hoje Ibama), para preservar já era tarde. (Nota da redação: a ave diferente daqui que o pioneiro reporta, é a

gralha-picaça).

Gafanhotos? Havia três fábricas de palmito dentro de Cascavel, mas a cidade não produzia palmitos. Era tudo assaltado do Parque Nacional do Iguaçu, de onde também

roubaram as araucárias que estavam na reserva no então distrito de Santa Tereza. Chegamos a ter 600 mil gaúchos aqui na região. Acabou a madeira, eles subiram para o Mato Grosso.

Dercio Galafassi é filho do diretor e sócio minoritário da Industrial Madeireira do Paraná, Florêncio Galafassi

9 de março de 2019. O temporal na noite escura do Parque Ecológico Paulo Gorski crispava a superfí-

cie do lago municipal. Um estrondo na mata acorda o notório macaco Ceará. As águas de março somadas a lufadas de vento acabam de derrubar um pinheiro no Zoológico de Cascavel.

Seria apenas mais uma árvore que um temporal der-rubou em uma cidade do planeta, notícia trivial que não mereceria nem rodapé de jornal. Só que não. Abnegados estudiosos, entre eles a bióloga Vanilse Pereira de Oliveira e o doutor Carlos Brocardo se debruçaram sobre a “falecida”.

A araucária tinha 30 metros de altura e 2,98 metros de diâmetro. Sua envergadura fez interditar o Zoo. Esta-va ali, na horizontal, diante dos biólogos algo muito pre-cioso, oportunidade rara de datar uma árvore centenária.

Cientificamente orientada, a dupla extraiu uma amostra. A técnica de datação consiste em contar os anéis do caule. O número surpreende, embora Vanilse faça uma ressalva: “Difícil precisar, pois os anéis estão muito irregulares, mas chegamos a um número: 134 anos”.

Ou seja, talvez uma gralha tenha enterrado um pinhão ali em 1.885, ano em que inventaram o carro no velho mundo. No Brasil, nem a República havia sido declarada. A araucária nasceu, portanto, monarquista.

E o pinheiro que só iria tombar em 2019 brotava no solo argiloso da floresta Cascavel. Certamente a conífera já tinha estatura suficiente para “enxergar” os primeiros homens que pisaram aqui, no início do século XX. Viu seus primos e irmãos espinhudos tombarem um a um, no ciclo da madeira.

Pitoco

REPORTAGEM DE CAPA

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PitocoPitoco 19 de abril de 2019 | 13

JAIROEDUARDO

Jornalista, editor do Pitoco e cronista nas Rádios Colméia e T. Interaja com o editor: [email protected]. WhatsApp: 991131313

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JAIROEDUARDO

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JAIROEDUARDO

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Cones, taças, candelabrosFiguras indissociáveis dos pinheirais,

onde foram parar as belas gralhas azuis?

DE RESULTADOS41% DISTRIBUÍDOSAOS ASSOCIADOS

JUNTOSCONQUISTAMOSJUNTOSCOMPARTILHAMOS

SICREDI.COM.BR/VANGUARDAVanguarda PR/SP/RJ

Embora Cascavel tenha sido a última fronteira dos pinheirais, há poucas

menções à estrela do ciclo da madeira, se comparado a Curitiba. A própria palavra que designa o nome da capital vem da araucária: kuri-tyba em guarani signifi-ca “muito pinhão” ou “muito pinheiro”.

A gralha-azul, figura indissociável dos pinheirais, é a ave símbolo do esta-do. O Paraná Clube estampou-a em seu escudo. Essas aves desapareceram daqui com o sumiço dos pinheiros, embora a região do Zoo seja visitada nesta época pela espécie gralha-picaça (foto).

A Wikipedia assinala a respeito: “No folclore do esta-do do Paraná atribui-se a formação e manutenção das florestas de araucária a este pássaro, como uma missão divina, razão por que as espingardas explodiriam ou negariam fogo quando para elas apontadas”.

Hoje, restam 4% da floresta original de araucárias, fator que coloca a espécie tecnicamente em risco de extin-

ção. Injusta retribuição. O pinhão – mais que a man-ga da ministra – saciou a fome dos primeiros oes-tinos. A iguaria era pre-parada sobre inflamáveis grimpas em combustão, as folhas secas da árvore, costume conhecido como “sapecada”.

No entanto, como se sabe, o dia do benefício pode ser a véspera da ingratidão. Inesquecível a madrugada em que – supostamente - o próprio poder público matou uma araucária que “atrapalhava” o design de paredes espe-lhadas em azul do novo Teatro de Cascavel. Da mesma forma, difícil entender a extração do pinheirinho ainda adolescente na obra de revitalização da Tancredo Neves.

As formas incontrastáveis das araucárias, desenhan-do taças, cones, candelabros, inspiram os artistas. Coube a eles imortalizar as florestas “escuras de pinheiro”, como descreveu o pioneiro.

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Talvez o papel do pinheiro como estrela na constelação de riquezas de Cascavel esteja

subestimado. Vamos unir algumas falas de quem testemunhou ou historiou o período que antecedeu a designação “Capital do Oeste” para colocar as coisas nos devidos lugares.

Segundo o pioneiro Alberto Rodrigues Pompeu, o Beto, houve um momento em que Toledo esteve adiante. Havia pelo menos meio corpo de um porco a frente da serpente na cancha reta que levaria a emancipação e a liderança econômica regional. Tanto assim, que Willy Barth, chefão político da cidade vizinha, articulou para transformar Cascavel em distrito de Toledo.

“Os colonizadores que traziam os agricul-tores de Santa Catarina para Toledo men-cionavam a presença de pinheiros. Mas não era bem assim. Havia poucos pinheiros em Toledo. Havia muita araucária em Cascavel”, destaca Beto.

Alceu Sperança, o historiador, não tem dúvida. Para ele a exploração dos pinheirais pela trinca Festugato/Marder/Galafassi foi determinante para a emancipação do município.

“Antes do ciclo da madeira isso aqui era apenas uma vila sem muitas perspectivas”, acrescenta ele. No livro em que relatou a his-tória da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), Sperança aprofundou a questão.

Pinho emancipou CascavelREPORTAGEM DE CAPA

A floresta em pé teve papel central na criação do município de Cascavel; deitada, a árvore deu origem ao associativismo, Acic à frente

Você sabia?l Que a principal dispersora do pinhão

não é a gralha azul, e sim a cutia, grande apreciadora da semente do pinheiro? E que a gralha-azul raramente vai ao solo da floresta, preferindo as copadas das árvores? E que na região de Cascavel a semeadora de pinheiros é a gralha-picaça, que tem por hábito esconder o pinhão para busca-lo mais tarde?

l Que os pinheiros oriundos da região da Catanduvas arrebentavam a serra fita das ma-deireiras em Cascavel com incalculáveis prejuí-zos? E que os danos eram causados por balas de fuzis Mauser (foto), cravadas nas árvores desde os históricos combates da revolução de 1924?

l Que havia madeira de várias categorias processadas aqui, em uma escala que ia de 1ª a 5ª? E que os lotes de primeira iam para expor-

tação e os lotes de quinta qualidade, o refugo (onde estava o nó do pinho), eram vendidos para o Governo JK construir Brasília? É, a corrupção não começou ontem...

l Que o pinheiro não era considerado madeira nobre, porém muito apreciado pelos imigrantes poloneses radicados em Cascavel, exímios carpinteiros, por ser macia na recepção aos pregos? E que, na outra ponta, a duríssima peroba tinha a fama de entortar pregos?

E trouxe também o pós-pinheiral. “Meu pai, Celso Sperança, lançou o alerta no início dos anos 60: o que será de Cascavel com o fim da madeira?”, relata o historiador. A

pergunta ecoou. E reuniu os empresários liderados pelos madeireiros (elite econômica da época). Do ponto de interrogação de Celso Sperança nasceu a Acic e toda uma cultura associativista que hoje está no DNA de Cascavel. Sperança chegou a sugerir a cafeicultura como su-cessora do pinheiro. Mas a “Geada Negra”, que as-solou os cafezais no meio dos anos 1970, queimou a iniciativa.

E o terceiro ciclo de desenvolvimento pedia passagem, mais uma vez baseado na exportação de

. Com a me-canização da agricultura e destoca do que restara

dos pinheiros, a nova estrela vinha esférica, miúda, amarelada, a prima do feijão, origi-nária da China: sua excelência, a soja, tema para outra reportagem especial desta revista.

n Celso Sperança (aqui retratado por Valdir Tolentino Rodrigues) criou caso nos anos 1960: o que será de Cascavel com o fim do ciclo da madeira?

l Que as primeiras edificações de Cascavel, incluindo o Fórum da Comarca e a Prefeitura eram feitos de madeira da araucária? E que ambos foram devorados pelas chamas em circunstâncias ainda mal explicadas?

l Que o sumiço da gralha não está associa-do à caça e sim ao desparecimento de seu habi-tat, pois a carne do pássaro não era apreciada pelos primeiros cascavelenses, que preferiam pombos, codornas e jacutingas?

l Que no auge da migração sulista para Cascavel e Toledo, os pioneiros daqui distin-guiam gaúchos de “catarinas” pela indumentá-ria e veículo de transporte? Se havia cavalo na carroceria do caminhão, a família era gaúcha. Se fosse bicicleta, era “barriga verde”.

(Fontes: Dércio Galafassi, Beto Pompeu e Wikipedia)

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Disrupção na pautaASSOCIATIVISMO

Acic celebra 55 anos com sequência memorável de eventos, incluindo o debate da Previdência e inauguração da aceleradora de startups

O escritor norte-americano Aldous Hux-ley conquistou um lugar na história ao

escrever, em 1932, um livro que abalaria os alicerces de um mundo ainda traumatizado pelos devastadores efeitos do crash da Bolsa de Nova York. Um dos mais influentes títulos da literatura dispótica, “Admirável Mundo Novo”, transportava o leitor para um cenário futurista que, além de fascínio, provocava dú-vidas, receios e reflexões. Talvez essas sejam as primeiras sensações dos empresários que, a partir de agora, passem a frequentar o Acic Labs, aceleradora e hub de inovação que tem por missão aproximar empresas do pensar inovador e das oportunidades que esse novo mundo abre.

Em atividade há quase dois anos, o Acic Labs conta desde quinta-feira, 4 de abril, com um ambiente físico de mais de 150 metros qua-drados cuidadosamente preparado e projetado para transportar seus frequentadores a uma viagem pelas possibilidades da disrupção, da mudança e do fazer diferente.

A inauguração da aceleradora foi o auge do programa dos 59 anos da associação comercial, uma das mais antigas entidades empresariais do Paraná. “Os empresários, dos mais diversos portes e segmentos de atuação, encontrarão nesse espaço um novo mundo de oportunida-des”, diz o presidente da Acic, o engenheiro Edson José de Vasconcelos.

Construído em parceria com o Sicoob, o hub de inovação foi estruturado para receber hackathons (maratona de tecnologia), apresen-tação de startups (empresas inovadoras em fase inicial de atividades), palestras e outros eventos ligados à inovação. “A tecnologia está em todos os lugares e cria novas formas de consumir, de interagir e de prospectar”, disse o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Cre-dicapital, Guido Bresolin Júnior. “É uma satisfação enorme poder fazer parte e estar ao lado da associação comercial em um projeto que poderá abrir novas e numerosas portas às empresas associadas”, ressaltou Guido.

Ato de ousadiaUm ato de visão, coragem e ousadia. As-

sim o gerente da regional Oeste do Sebrae, Augusto Stein, definiu o Acic Labs, uma estrutura que, mais uma vez, coloca a Asso-ciação Comercial e Industrial de Cascavel na

Jean Paterno

vanguarda do agir associativista. “Essa é uma clara demonstração que o futuro já chegou, que precisamos rapidamente nos adaptar a um novo momento e compreender a função e o alcance dos novos ecossistemas gerados pela tecnologia”. O diretor-presidente da Agência Paraná de Desenvolvimento, José Eduardo Bekin, falou das ações do governo Ratinho Júnior para modernizar o Paraná. “Estamos em um processo de quebra de paradigmas, e mudar e inovar são o presente para conduzir a um futuro melhor. A Acic está de parabéns e seremos parceiros em tudo o que for preciso e possível fazer”.

Filho de ex-presidente da Acic e atual diretor geral da Cohapar, Jorge Lange pa-rabenizou a associação comercial pelos seus 59 anos e destacou a disposição da entidade de acompanhar o movimento do mundo. “O governo também inova ao enxugar gastos, ao buscar a eficiência de seus atos e ao empregar a tecnologia como ferramentas para avanços nas mais diversas áreas”. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, João Alberto Andrade, a Acic cria um ambiente com as condições ideais para as empresas entraram na era da disrupção. “Estamos em um novo momento, de tecnologias surpreendentes sim, mas também de expectativas, esperança

e renovação na política”, destacou o prefeito Leonaldo Paranhos.

Olhos no futuroA concepção do projeto do Acic Labs ocor-

reu durante a gestão do ex-presidente Alci Rotta Júnior. A proposta foi apresentada pelos diretores Siro Canabarro e Carlos Guedes e aprovada pela diretoria. Siro e Carlos acompanham dedicada e atentamente cada passo da aceleradora, que surge com a função de instigar os empresários a repensar seus negócios, a inovar e a navegar por um novo mundo, totalmente desconectado do conven-cional. A atmosfera gerada pela tecnologia e inovação é, além de fascinante, um ambiente fértil a novas e surpreendentes ideias e opor-tunidades. O design e o projeto do Acic Labs é assinado pela arquiteta Cristiane Rossini.

n Inauguração da aceleradora e hub de tecnologia, que marca oficialmente o início de uma nova era na Acic

OUTROS EVENTOS - Os 55 anos da entidade também foram marcados pela palestra com o jornalista Erich Decat, da XP Investimentos, abordando as perspectivas do mercado a partir da reforma da Previdência. Em paralelo, houve também o lançamento do Acic Mais, um conjunto de workshops que detalhou temas pertinentes a atualidade das empresas.

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O que o mercado financeiro-securitário tem a ver com filosofia e história? Você já teve

a impressão de ter cursado algo “nada a ver” com o “canudo” espetado na parede do escri-tório? São questões que o comandante para a região Sul da maior seguradora da América Latina contorna com a fluidez de quem foi para além dos números frios que cercam o ofício, lembrando que o próprio presidente do banco também é graduado em filosofia. Altevir Pra-do, principal executivo da Bradesco Seguros para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, graduou-se em Ciências Econômicas e em História, para depois concluir o doutorado na área de Desenvolvimento Econômico em reputada instituição espanhola.

Com 20 anos de estrada no Bradesco e passagem por Cascavel, o executivo entende que o olhar sobre a trajetória humana, lançado pelos principais pensadores da história e do pensamento econômico, asseguram uma visão global, do todo - fator que se se aplica a toda e qualquer profissão, enquanto, em paralelo, o conhecimento como economista lhe impulsio-na nas estratégias empresariais.

Ao longo de duas décadas em um setor extremamente competitivo, Prado enfileirou oito promoções relevantes antes de assumir a superintendência para a região Sul, cargo que o mercado denomina de diretor regional. Como na Bradesco Seguros só existe diretor na matriz, a denominação aplicada é superin-tendente executivo, do conglomerado sediado em Osasco e que emprega 90 mil funcionários. “O Bradesco me capacitou para o mercado securitário. Cabia a mim, às minhas expensas, buscar a formação global, o enriquecimento do capital humano”, comenta.

SerenidadeAos jovens que se espelham em sua tra-

jetória vitoriosa, Altevir Prado, com origem em família humilde, aconselha: velocidade e pressa são parecidas, mas essencialmente dife-rentes. O senso de urgência, a pressa das novas gerações, podem gerar frustrações: “Não é possível requerer promoção antes de entregar resultados. O tempo da empresa nem sempre é o nosso tempo. Perseverar sempre, aceitar desafios ter serenidade e preparo continuo, são requisitos necessários para avançar. E jamais fugir dos desafios”.

Prado nunca recusou um chamado da or-ganização: atuou nas cidades de Pato Branco,

Doutor do seguroECONOMIA

Executivo cascavelense vai ao cume da Bradesco Seguros no Sul do País estudando filosofia, economia e história

Cascavel, Curitiba, Porta Grossa, Maringá, Goiânia e Porto Alegre. Antes de assumir a executiva do Sul, comandou o rico interior paulista a partir de Campinas.

Segue o conselho aos jovens:

.

ProximidadeO superintendente centrou sua atuação

em uma palavrinha muito em voga no mundo corporativo, mas desafiante: proximidade e cumplicidade substituindo o termo desgastado de “parceria”. Ele quer sua equipe mais perto dos corretores que já distribuem os produtos da seguradora e reconstruir pontes com os demais operadores do mercado. E para tanto, atua para desburocratizar, agilizar, desobstruir canais. “Atuamos em uma empresa que investiu alto para oferecer tecnologia de ponta, estamos na fronteira do conhecimento em TI com a inteligência artificial, é um diferencial que precisamos aplicar. Para tanto é preciso har-monizar tecnologia com capital humano”, diz.

CascavelPrado tem boas lembranças de Cascavel,

e recorda-se de características peculiares do mercado local. Segundo ele, a região está avançada em setores como seguro patrimo-nial, frigoríficos, agronegócio e automotivo, mas tem potencial para crescer no seguro de saúde e previdência privada. “Impressionante enxergar a previdência pública próxima do

colapso e apenas 1% dos brasileiros cobertos pela previdência privada”, avalia. A cultura do seguro, enfatiza ele, é consolidada nos países desenvolvidos por embutir uma visão de longo prazo. E que essa característica, em regra, não está presente nos países pobres.

Estudioso do setor, o executivo também se impressiona com a cultura de curto prazo predominante. ‘Nosso presidente, Luiz Carlos Trabuco, disse em certa ocasião que se todos os brasileiros tivessem um seguro de vida, não haveria miseráveis na próxima geração. Porém, existem seguros de vida de R$ 9,00 com indenização por morte e preferimos jogar os R$ 9,00 no bilhete da loteria”.

Quem é ele?Altevir Dias do Prado, nascido em Cascavel,

iniciou sua carreira no mercado de seguros em 1999. Antes disso havia estudo filosofia quando foi seminarista e posteriormente graduou-se e Ciências Econômicas pela Unioeste. Após o ingresso na Bradesco Seguros, prosseguiu a carreira acadêmica, graduando-se em História.

Na sequência concluiu a pós-graduação em Economia do Agronegócio. Já em posições de destaque dentro da organização Bradesco, avançou com os estudos de economia e tornou--se mestre em teoria econômica em 2014 e em 2018 concluiu o doutorado, com parte da pesquisa de sua tese realizada em Madri, na Espanha.

n Altevir Prado, principal executivo da Bradesco Seguros para o PR, SC e RS

Fazendo a diferença“Acompanho a carreira do Altevir

desde o início. Sou testemunha da sua coragem e determinação. Altevir tem uma bela história, veio do interior, família humilde e com muita luta conseguiu algo que poucos obtiveram, pois além de ser um dos executivos mais importantes de um dos maiores conglomerados da Amé-rica Latina, ainda está em plena ascensão. Doutor em economia,

Altevir é um obstinado, é mais que um workaholic, pois além de ser um grande executivo e estudioso que busca constan-temente a alta performance, ele ousa fa-zer diferente. Antes de tudo, é um grande pai de família e um grande amigo de um coração gigante. Altevir é um daqueles poucos que fazem diferença no mundo” .

Valdinei Antonio da Silva,diretor da Dinâmica Seguros

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ENTREVISTA

Trajetória Iguaçu“Recluso” em sua fazenda às margens do reservatório de Salto Caxias, o ex-ministro Deni Schwartz, em finas ironias, desnuda o mundo da política sem meias palavras

Havia uma gestante no navio que trouxe a família Schwartz da Alemanha para

o Brasil, no início do século passado. O bebê nasceria logo após a extenuante viagem, em Curitiba, nas nascentes do rio Iguaçu. A criança em questão era o avô do ex-ministro Deni Li-neu Schwartz, homem que liga sua trajetória ao rio serpenteante que faz o caminho inverso, do mar para o Oeste bravio.

Deni também nasceu às margens do rio, mas em União da Vitória, município parana-ense dividido de Santa Catarina pelo Iguaçu. Após uma longa passagem pelo serviço público – deputado três vezes, prefeito de Francisco Beltrão, secretário de Estado, ministro, Deni

Schwartz escolheu a beira do rio para viver. Qual rio? O Iguaçu.

“Chego a ficar quatro meses aqui na fazen-da, sem ir a cidade”, disse ele nesta entrevista concedida ao Pitoco no final de fevereiro úl-timo. A cidade que ele reporta é Nova Prata do Iguaçu, município que, na morada de Deni,

divide o Iguaçu com Capitão Leonidas Marques e Boa Vista da Aparecida.

Não é de estranhar esse apego. Do Recanto Schwartz, a fazenda de 200 alqueires da família (60 de mata), é possível visualizar o reservató-rio formado pelo Iguaçu e a barragem de Salto Caxias. Uma visão deslumbrante.

Casado com Elair há mais de meio século, com quem teve quatro filhos, o homem que deu as cartas em áreas estratégicas do país recolheu-se ao Brasil profundo, ao “interior do interior”, mas mantém-se informado: assina os principais jornais e revistas, os quais lê na tela do computador.

Conheça aqui a trajetória do engenheiro que “desmontou” o Estado do Iguaçu, colocou

Jairo EduardoEditor do Pitoco

“O Estado do Iguaçu acabou quando brigaram para definir a capital. O Iguaçu era uma imposição dos madeireiros

gaúchos para o Getúlio. Eles queriam abocanhar os

pinheirais do Paraná”

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n Deni Schwartz no escritório de sua na fazenda de 200 alqueires: “O sujeito tem que saber a hora de sair da política”

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em ordem 40 mil títulos de terras em disputa no Sudoeste, desenhou com Jaime Lerner o Anel de Integração e poderia ser nominado como “pai do catalisador”.

OrigensMeu avô implantou o primeiro sistema de

transporte coletivo entre União da Vitória e Palmas. Era um caminhão adaptado que depois virou a empresa Reunidas. Nasci às margens do Rio Iguaçu, minha trajetória está ligada a ele. Todos têm um rio na vida, eu tenho o Iguaçu.

InversoA trajetória do Rio Iguaçu é inversa. Nasce

perto do oceano e corre para o interior. É o mesmo problema de outros rios importantes, como o Tietê. Isso inviabilizou as hidrovias.

Jaime LernerGraduei-me em engenharia no ano de

1960. Estudei com o Jaime Lerner desde o tempo do ensino médio, no Colégio Estadual do Paraná. Fui diplomado no ensino superior com ele. É uma amizade que perdura até hoje.

José RichaConvivi bem de perto com outros dois

governadores, José Richa e Ney Braga. O Ri-cha pai não tem nada a ver com o Richa filho. Infelizmente para o Beto, pois o pai dele foi um grande homem. Hoje, curiosamente, moro ao lado da Hidrelétrica José Richa.

Ney BragaPara surpresa de muitos, Ney Braga que-

brou a hegemonia do Lupion no início dos anos 1960. Mas não tinha com quem governar. Ele então procurou nomes novos. Eu, recém formado, fui para o governo que se iniciava.

A missãoUma de minhas primeiras missões era em

Laranjeiras do Sul, que na década de 1940 ser-vira de capital do Território Federal do Iguaçu. Conduzi o acervo do Iguaçu para o Paraná e para a Prefeitura. Era um tempo de transição.

Estado do IguaçuO movimento pró-criação do Estado do

Iguaçu, em época mais recente, acabou quando começou a briga para definir qual seria a ca-pital. A criação do Território do Iguaçu havia sido uma imposição de madeireiros gaúchos para Getúlio Vargas. O presidente cedeu. Os gaúchos queriam abocanhar os pinheirais do Paraná, interesse econômico.

Peroba e pinheiroSou paranista convicto. O Paraná é o esta-

do do encontro das estações, das civilizações, das diferentes etnias. Aqui estão as divisas de biomas, como este fenômeno raro que temos em Santa Tereza do Oeste, onde a flora do alto (araucária) se mistura com a árvore de terras baixas, a peroba.

Beltrão IVim para a região Sudoeste regularizar áre-

as, nomeado pelo primeiro ministro Tancredo Neves. Eu integrava uma comissão para tal. Eram mais de 40 mil títulos com problemas. Insegurança jurídica completa.

Beltrão IIVeio o movimento de 1964, e um coronel

foi nomeado para meu lugar. Ele pediu: “Fique mais três meses, preciso me inteirar a res-peito”. Aqueles 90 dias viraram anos e anos. Depois fui eleito prefeito de Francisco Beltrão, deputado, estadual, federal...

Jacu ecológico ITanto cara virou ministro no Brasil, que

não é de estranhar que um jacu de Beltrão, no caso eu, também tenha virado um. Fui titular da pasta que hoje é conhecida como Ministério das Cidades e também no Meio Ambiente.

Jacu ecológico IITeve um dia que o ministro, eu, preci-

sou dar um soco na mesa para implementar

medidas que tornaram nossos carros menos poluentes. Foi ali que surgiu a obrigatoriedade do catalisador. Lá no início, aquilo exalava um cheiro forte pelo escapamento, fedia muito...

GiseleEnfrentei também a indústria do amianto

e acho graça quando vejo a Gisele Bündchen falando em meio ambiente e desfilando como garota propaganda das jóias em ouro, cujo custo ambiental para extração, utilizando mercúrio, é trágico para a ecologia.

PolíticaO parlamentarismo é o único sistema em

que um deputado tem razão de ser e de existir. Ratinho pai disse certa vez que entre ser depu-tado ou voltar a ser vendedor de espetinho na rodoviária, ele ficaria com a segunda opção.

EstafetasDeputado não apita nada. É um grupinho

que manda e um baixo clero que obedece e faz figuração. Deputado é meramente um es-tafeta de prefeito, quase um chantagista. São eternamente reeleitos fazendo quatro anos de campanha com o dinheiro do povo através das emendas.

TucanosEm 1988 fundamos o PSDB. Do Paraná,

estávamos no ato da fundação eu, o Nelton Friedrich, Euclides Scalco e sua esposa, e o José Richa. A ideia era muito boa, mas nos tempos

“Em 1988 fundamos o PSDB. A ideia era boa, mas nos tempos bicudos que se

seguiram, a vaidade de alguns predominou e viramos um MDB de salto alto”

n Deni: “Deputado não apita nada, é meramente um estafeta de prefeito, quase um chantagista”

Pitoco 19 de abril de 2019 | 19

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Pitoco20 | www.pitoco.com.br

Eventualmente passeio de barco pelo lago. Meu barco é

pequeno. Aí vem aquele pessoal de Cascavel com aqueles

barcões, o meu pifa...

Declaração

IRPF 2018Chegou a hora de

prestar conta ao fisco!Nossa equipe

está preparada para atendê-lo.

bicudos que se seguiram, a vaidade de alguns predominou e viramos um MDB de salto alto.

Pedágio IEu era o secretário de Transportes quando

começamos a desenhar a concessão de rodovias no Paraná com o governador Jaime Lerner. Na hora de assinar os contratos, pedi o chapéu e fui embora. Eu não assinaria aquilo.

Pedágio IINão que fosse incorreto conceder ou cobrar

o pedágio. A questão era o momento. Estáva-mos as vésperas de uma eleição e o Jaime iria disputar a reeleição. Avisei que o tema ia ser politizado, que fariam politicagem. Deu no que deu.

Pedágio IIITodos sabemos que o buraco é mais caro

que o pedágio. Mas se há um culpado pelos erros foi a desorganização pública, a falta de uma fiscalização séria, a politicagem da turma do “abaixo ou acaba” e os governantes que se acovardaram.

RemendosVale lembrar a pré-história do pedágio. No

governo Sarney, comprava-se um selo para ins-

talar no para-brisa e poder usar a rodovia. Era o pedágio em selo. A estradas eram horríveis, remendadas por empreiteiros que pagavam propinas para fazer seus remendos. Eles foram os primeiros adversários das concessões.

O pagadorA duplicação da 101 entre São Paulo e Flo-

rianópolis teria o financiamento calçado no pedágio. FHC, o presidente da época, ouviu os reclames e decidiu fazer sem pedágio. Gastou bilhões. Depois veio o Lula e concedeu por R$ 1,80 de tarifa e virou “herói”. Resumo: a conta do bilhão foi paga por quem não usa a rodovia.

DesapegoPor que moro aqui na fazenda? Sempre fui

caipira, sou de União da Vitória. Vivemos fases em nossas vidas. O sujeito tem que se tocar e perceber a hora de sair da política. A maioria dos políticos ficaria lá o resto da vida, só sai

mesmo quando é tirado pelas urnas.

BarquinhoEventualmente passeio pelo lago de Salto

Caxias. Meu barco é pequeno. Aí vem aquele pessoal de Cascavel com aqueles barcões... quando meu barco vê aquilo, pifa, não anda mais (risos). Mas tenho uma vantagem. Os cascavelenses gastam um dinheirão para fazer casas aqui e visitam uma vez por semana ou por mês. Eu já moro aqui...

MordidasA política se tornou muito cara. Lembro

que no passado os companheiros voluntários disputavam para hospedar a gente em casa. Hoje chamam o deputado para uma home-nagem e ao final da festança apresentam a fatura. Assim fazem o homenageado pagar a homenagem.

Boi e genteSou criador de angus. Fundamos a Coo-

peraliança. Entre os associados estão Jorge Samek e o Galassini, da Coamo. Lidar com boi é melhor que lidar com gente. Quando o boi é bravo, pega no laço. Quando foge, solta o cachorro. Se não tem jeito, dá um tiro e come a carne. Com gente não dá para fazer isso.

n No Recanto Schwartz: a jacutinga no viveiro e a ode ao Paraná em versos na parede (presente com dedicatória de José Richa)

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22 | www.pitoco.com.br Pitoco

CAFÉ COM PITOCO

n Andre Schmohl, Clau Aguiar, Ivan Lacerda e Silvino

“Dimensão de Itaipu foi erro”Gerador de energia sustenta que potencial energético do Rio Iguaçu foi melhor aproveitado que o do Rio Paraná

n Meire Cristiane, Silvino e Rafael

n Vander Nicolau, Sergio Mauro e Jeferson Miranda

n Assinantes do Pitoco

n Nelso Padovani, Rafael Brugnerotto, Maria Izabel e Reinald Armstrong

n Odenésio Frazon, Leandro Lima, Claudinei Ozelame e Enor Masonni

O empresário Nelson Fernando Pado-vani, mais conhecido no mundo corpora-

tivo como loteador e revendedor de máquinas, também atua na produção de energia. Ele mantém uma pequena central hidrelétrica no São Francisco Falso, rio que serpenteia em uma das fazendas do grupo em Vera Cruz do Oeste e serve águas para o rio Paraná.

Padovani não delegou para ninguém. Pes-soalmente empenhou-se em vencer o cipoal burocrático para gerar energia. “Visitei a Copel em Curitiba. Era o ano de 2004, período do apagão, no governo FHC. Tínhamos uma roda dágua na fazenda, enxerguei ali um potencial”, relatou ele no Café com Pitoco, evento mensal realizado no Bourbon.

O empresário pontuou os processos, que vão do estudo energético e hidrológico do rio, dimensionamento cúbico a licenças ambientais. E se apaixonou pela causa. “Vendo máquinas e loteamentos, planto soja, mas gosto mesmo é de hidrelétrica”, disse. Para Padovani, o Brasil estaria melhor servido com pequenas e médias hidrelétricas. “A dimensão de Itaipu foi um erro, basta olhar para a água do reservatório e o processo de assoreamento. Os reservatórios do Rio Iguaçu são bem mais limpos e a médio e longo prazo serão mais produtivos, pois terão a vida útil alongada”, pontuou.

Energia solarParticipou também do evento o coordena-

dor da CooperOeste, a pioneira cooperativa de produtores de energia solar fotovoltaica. Rafael Ghellere disse que a primeira usina com 20 sócios e 160 placas está em fase de im-plantação. “Para ser um cooperado e usufruir dos benefícios basta ter uma fatura da Copel em seu nome”, explicou Ghellere.

O Café com Pitoco é difusor de informa-ções relevantes do cenário local e regional. Tem o apoio institucional do Sicoob Credicapital, Vila Firenze e hotel Bourbon.

n Padovani: “Gosto mesmo é de hidrelétrica”

n Rafael Ghellere

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SAÚDE

* A autora é mestre em Engenharia da Produção do Conhecimento, especialista em Mídias Integradas na Educação, Informática na Educação, EaD e Ciências ExatasGraduada em Ciências/Matemática, Practitioner em PNL com formação em Inteligência Espiritual e Reiki, Psicodrama Interno Familiar e Nova Medicina Germânica.(45) 999269946 - Atendimento em Sessões, Workshop e Palestras.

Como são as consultas?PSYCH-K® transforma a crença limitante que impede o índividuo de alcançar suas

metas, de forma simples, rápida e eficaz através do equilíbrio dos hemisférios cerebrais

Janice Parizotto*Facilitadora PSYCH-K® e Barra de ACCESS

O método PSYCH-K® possui ferramentas

que proporcionam uma co-municação ente a mente consciente e inconsciente, fazendo com que se identifi-quem as crenças limitantes e transforme-as em poderosas, libertando o índivíduo das barreiras que impedem suas conquistas. Ou seja, busca equilibrar os hemisférios cerebrais, direto e esquerdo para que a energia despen-dida para um determinado resultado proporcione tanto para mente cons-ciente quanto para a inconsciente o desejado.

A neurociência mostra que a mente cons-ciente é volitiva - estabelece os objetivos, julga os resultados, toma as decisões, pensa em modo abstrato, está ligada ao tempo passado e futuro sempre voltada aos projetos de vida com uma capacidade de elaboração limitada chegando a gerenciar de um três eventos si-multaneamente. Comparativamente, processa 40 bits de informação por segundo.

Já a mente subconsciente é habitudinária: monitora e controla as funções do corpo (por exemplo, funções motoras, batimentos cardía-cos, digestão etc.); pensa em modo literal e em relação ao tempo é totalmente voltada para o presente; tem elevada capacidade de proces-samento; pode lidar com milhares de eventos simultaneamente; processa 40 milhões de bits de informações por segundo.

O que é um equilíbrio PSYCH-K®?

Um equilíbrio PSYCH-K® é um pro-cesso destinado a criar uma comunicação

equilibrada com os dois hemisférios do córtex cerebral. Esse estado de “cérebro integral” é ideal para a reprogramação da mente subconsciente com novas crenças de auto-aprimoramento que apoiam seus ob-jetivos na vida.

Como é feitoo equilibrioPSYCH-K®?

O processo en-volve técnicas rápidas, diretas e verificáveis. A interação mente-corpo é conseguida a partir de testes musculares da cinesiologia aplicada para a comunicação com a mente subconsciente, acessando-se, assim, “arquivos” limitadores que estão programados.

Também utiliza técnicas de integração dos hemisférios cerebrais direito e esquerdo, atra-vés de posturas especificas e movimentos do corpo que irão causar descargas neuronais nos dois hemisférios cerebrais, resultando num estado de “cérebro-integral”, mais suscetível a efetuar mudanças rápidas e de longa duração em programas subconscientes obsoletos.

O aspecto espiritual também é levado em conta em todos os processos do PSYCH-K®. Robert Williams afirma que é possível, através de um teste muscular, acessar a mente “su-perconsciente” da pessoa e verificar se suas metas são seguras e apropriadas. Importante ressaltar que o processo não envolve religião.

É uma mistura de várias ferramentas para a mudança, como a Cinesiologia Educacional; Programação Neurolinguística (PNL), Acu-pressão, Hipnoterapia Erickssoniana… entre vários outros sistemas de cura derivados de

investigação científica no domínio: teorias do cérebro, neurociência e sistema milenar de integração mente/corpo.

Criando um potencial máximo

O equilíbrio entre os hemisférios cerebrais cria potencial e baseado nisso você cria re-sultados através de suas ações! Por exemplo: você faz um equilíbrio para se tornar um atleta olímpico, você ainda precisa treinar e adquirir um condicionamento fisico necessario para alcançar a sua meta. O equilíbrio transformará qualquer resistência subconsciente que possa tentar impedir de você atingir sua meta, de modo que os esforços que você colocar nos treinos produzirá resultados máximos.

Quanto tempo leva para umequilibrio começar a funcionar?

Os resultados do equilíbrio podem ser sen-tidos instantaneamente ou podem evoluir ao longo do tempo (horas, dias, semanas ou mais). Por exemplo, se sua meta é encontrar um novo emprego, a liberação do medo da mudança pode ser sentido no momento do equilíbrio. No entanto conseguir um novo emprego pode re-querer tempo e ações adicionais, por exemplo, na procura de novas oportunidades.

Quanto tempo dura um equilibrio?

Acompanhe na próxima edição da revista Pitoco.

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CARTÃO

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Tecnologia a serviço de uma saúde mais acessível

Em Cascavel, Instituto Iguaçu inova ao oferecer um Convênio Saúde com formato mais simples e tecnológico

Quando sua saúde acende um sinal de alerta, a quem você recorre? Você está

dependente da demora do sistema público ou dos preços nem sempre camaradas da rede particular? E se existisse um “meio termo”, capaz de equilibrar essa equação, oferecendo a mesma qualidade dos atendimentos parti-culares, com valores muito mais acessíveis? Existe e está bem perto, mais especificamente na palma da sua mão, caso precise.

Desde outubro de 2018, Cascavel possui uma nova alternativa nessa área: é o Convênio Saúde do Instituto Iguaçu, uma entidade criada há 21 anos que é administrada e mantida por lideranças de entidades e organizações comu-nitárias, sindicais e sociais.

O convênio foi criado para oferecer preços populares para a realização de consultas médi-cas nas mais variadas especialidades, exames laboratoriais, atendimento odontológico e compra de medicamentos em farmácias. A rede credenciada conta com mais de 60 estabeleci-mentos, inclusive com atendimento emergen-cial 24 horas e possibilidade de várias micro-cirurgias, com descontos bem significativos.

A ideia surgiu com a mesma essência do Instituto: o olhar social. “O SUS não atende mais a necessidade das famílias. Acontece muito de uma criança ficar doente, os pais ficarem na fila e não conseguirem atendi-mento. E assim vão medicando em casa até a criança parar em um hospital, quando já é tarde. Como nós atendemos muitos trabalha-

dores, desenvolvemos um produto alternativo para essas emergências da família”, diz o presi-

dente do Instituto Iguaçu, Elemar Adams.

Na práticaA proposta até já existe em outros convê-

nios conhecidos da cidade. Mas a diferença está na logística de funcionamento adotada pelo Instituto Iguaçu que torna tudo mais prático e seguro para todas as pontas envolvidas. O prestador de serviço conveniado precisa apenas credenciar-se junto ao Instituto Iguaçu. E para a empresa e seus trabalhadores, o processo de escolha dos locais e da cobrança pelas consultas e procedimentos acontece de forma informati-zada, online e por meio de ferramentas simples e funcionais.

O cartão-convênio Abrapetite, da adminis-tradora de cartões parceira do Instituto Iguaçu, é o caminho para isso. “Ele é uma espécie de car-tão de crédito vinculado a desconto na folha de pagamento através do CNPJ da empresa”, ex-plica Adynam Cavallari Adams, coordena-dor do Convênio Saúde. Ou seja, a empresa é a n Elemar Adams: produto alternativo

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ponte entre o paciente e o estabelecimento de saúde. A Abrapetite fornece para cada traba-lhador um limite de até 30% do seu salário. Quando precisar de algum atendimento, o trabalhador escolhe o estabelecimento, agenda, executa e paga por meio do cartão e o valor será descontado do próximo pagamento salarial.

“A grande diferença é que nós possuímos um sistema de cobrança por trás. O cartão não é só um plástico. A pessoa faz a transação fi-nanceira efetivamente com a senha, vai a hora que desejar, não precisa pedir autorização”, ressalta Adynam, acrescentando que o cartão pode ser compartilhado por dependentes e familiares do trabalhador, desde que seja res-peitado o limite de 30% do salário.

Saúde no bolsoPara saber onde, com quem vai fazer e

quanto vai custar o atendimento que ele ne-cessita, o trabalhador não precisa mais do que alguns cliques no celular. Em um aplicativo para smartphone, ele consegue ter acesso a tudo isso. “Dá para consultar por tipo de esta-belecimento, pela especialidade, ou visualizar a rede inteira e fazer buscas. E ainda ter acesso ao valor exato daquilo que ele vai pagar para o médico”, comenta Luciano Langner, diretor do Sindereparação. “Isso vai servir até como educação financeira para o empregado, que vai ter controle do seu saldo, além de garantir

um preço mais justo e tabelado para os proce-dimentos”, complementa o presidente Elemar.

O controle das empresasUm sistema informatizado de gestão é

disponibilizado para as empresas e por meio dele é possível ter controle de todo o pro-cesso online, com o relatório das transações financeiras feitas pelo trabalhador por meio do cartão. Isso também facilita o envio dos

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O poder da escolha“Nosso maior benefício é o poderde escolha e sendo assim o cartão convênio Abrapetite tem como forte característica a liberdade de escolha dispensando processos burocráticos e utilizando apenas um meio de paga-mento. A parceria Abrapetite e Insti-tuto Iguaçu possibilitou não apenas um cartão, mas um acesso a saúde de forma diferenciada através da utili-zação em consultas médicas, exames e farmácias e o apoio significativo ao usuário do cartão. O Instituto Iguaçu tem um papel fundamental na promoção e expansão do cartão e seus benefícios a toda comunidade de Cascavel.”

Valdemar José Cequinelpresidente da Abrapetite

dados para a contabilidade. E o custo para possuir esse benefício é praticamente simbólico. Sem contar que ainda é possível fazer um cartão corporativo para custear a saúde ocupacional da empresa. “Para as empresas, o principal benefício é a segurança jurídica de um sistema garantido. Muitos empresários reclamam que já sofreram muito com convênios de saúde mal negociados. Com esse cartão, a empresa evita que o trabalhador precise pedir um ‘vale’ no meio do mês, por exemplo”, detalha Elemar Adams.

Clínica odontológicaPara facilitar ainda mais, um atendimento odontológi-

co especial foi planejado. Ele acontece dentro da própria sede do Instituto, em um consultório com profissionais contratados para atendimento com horário marcado, a princípio uma vez por semana, às quintas-feiras. Conforme a demanda vai surgindo, a capacidade e os horários de atendimento vão sendo ajustados.

O futuro A ferramenta deve se espalhar por toda área de abrangência do Instituto Iguaçu.

“Vamos fazer credenciamento das clínicas e hospitais em Toledo, Medianeira, Foz do Iguaçu e região. Estamos nos preparando com muita solidez e organi-zação para atuar em outros polos médicos importantes”, finaliza o presidente.

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Pitoco 19 de abril de 2019 | 29

FC CASCAVEL

Técnicos Jean Pereira e Sidiclei de Souza têm a missão de preparar os grupos para as competições do ano, além de serem “paizões” da garotada

Categorias de base em preparação

Enquanto o time profissional finalizou sua participação no Campeonato Paranaense

2019, as categorias de base seguem em ritmo intenso de treinamento em preparação para as competições do ano. No início de março, os atletas das categorias Sub-17 e Sub-19 foram apresentados.

“Iniciamos os trabalhos com as duas cate-gorias juntas. Nessa fase inicial, trabalhamos mais com a parte física, mas já dividimos as equipes e iniciamos o trabalho com bola... Quando chegam meninos novos que vêm dos testes, temos uma troca de informações entre técnicos, que também nos ajuda a montar grupos competitivos”, comenta o técnico da categoria Sub-17, Jean Pereira.

A Federação Paranaense de Futebol já definiu como vai funcionar a competição da categoria Sub-17: o início do campeonato será em 27 de abril, com término previsto para 23 de novembro. O FC Cascavel está no Grupo B, devendo jogar turno e returno contra AA Iguaçu, Cascavel CR, FC Verê e Prudentópolis FC na primeira fase.

“O que mais queremos é que o FC Cascavel se consagre campeão e temos total condição para isso. Essa primeira etapa é uma fase de montagem, visando muito a parte física dos atletas, com cautela, colocando mais intensi-dade gradativamente, passando condiciona-mento físico. Depois entram as partes técnica e tática, e por fim alinhamos alguns amistosos, jogos-treino”, planeja Jean.

Raquel PrattiContelle Assessoria de Comunicação

n Sidiclei de Souza comanda os trabalhos do elenco Sub-19

Agende seu test drive e surpreenda-se.(45) 9 8401 2417

Três coisas que amamos: futebol e nossos dois SUVs.Com esses dois nosso time está completo.

Paralelamente, Sidiclei de Souza coman-da os trabalhos do elenco Sub-19, focando tam-bém no Campeonato Paranaense da categoria que acontece de 4 de maio a 16 de novembro. “O campeonato às vezes te engana. No ano pas-sado, na primeira fase, o Sub-19 não perdeu nenhum jogo, então às vezes você se engana achando que seu time está bem. Mas passou para segunda fase, teve algumas dificuldades e não conseguiu chegar lá, faltaram algumas peças. Estou levando isso como aprendizado”, detalha Sidiclei.

Nesta competição, o FC Cascavel está no Grupo C e deve jogar turno e returno com Foz do Iguaçu FC, Toledo EC, Verê FC e AA Batel. Desde já, os técnicos pedem o apoio do torcedor

aurinegro para incentivar os garotos da base. “O torcedor aurinegro está apoiando mesmo as categorias de base e com isso os meninos se empolgam, ficam felizes. É uma força a mais. Gosto de dizer que o torcedor é o nosso ‘12º jogador’”, agradece e convida Jean, lembran-do que, a princípio, no Sub-17 o FC Cascavel mandará os jogos no CT do clube e no Sub-19 será na Associação Atlética Coopavel.

Bons jogadores, bons cidadãosl Quando se trata da categoria de base,

os técnicos se transformam quase que em pais ou irmãos dos atletas. A postura, os ensinamentos e conselhos vão além das jogadas nos gramados. “Trabalhamos para aumentar a qualidade deles como jogado-res, formando bons profissionais e também como homens. Eles estão longe dos seus pais e cabe a gente ajudá-los também nessa parte fora de campo”, conta Sidiclei.

l Para Jean Pereira, essa relação fica ainda mais próxima, já que a diferença de idade entre ele e os jogadores é pequena. “Tenho apenas 21 anos, tive que acelerar esse processo de responsabilidade e ama-durecimento. Às vezes tenho que dar uma ‘dura’ nos meninos que têm uma idade muito próxima da minha. E temos que ser exemplo também! É muito bom quando você consegue introduzir o espírito de fa-mília no grupo, um torcendo pelo outro. Nós chegamos no CT cedo e só saímos no fim de tarde. É difícil, mas é prazeroso. É grati-ficante quando os meninos despontam em times grandes e continuam agradecendo a gente por isso”, comemora Jean.

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ESTRELA PET DO MÊS

NINALIONHEADJosiane

Abril

Apoio:

A Granja São Pedro, localizada em São Mi-guel do Iguaçu, no Paraná, já entrou para

a história do desenvolvimento de novas fontes de energia no País há cerca de dez anos, como pioneira na produção de eletricidade a partir do biogás gerado com resíduos da criação de suínos. Agora, ela volta a figurar na vanguarda das energias renováveis, com a implantação de uma microgrid integrada à rede de distribuição da Copel.

As microgrids (ou microrredes), são pe-quenas redes de produção e distribuição de energia, compostas por cargas, geradores, dispositivos de armazenamento (baterias) e outros elementos, que podem ser operadas de forma isolada ou integradas ao sistema de distribuição local.

Conforme explica o superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Paulo Afonso Schmidt, as microgrids constituem um dos campos mais promissores no desenvolvimento

Parceria inédita no OesteITAIPU E COPEL

Iniciativa é pioneira no País e irá contribuir para a segurança energética, garantindo o suprimento de energia em situações em que a rede pública não pode atender

tecnológico nos próximos anos, por sua impor-tância estratégica e por viabilizar o aproveita-mento de diferentes fontes renováveis (como biogás, solar e eólica), como alternativas para garantir segurança energética associada ao conceito de geração distribuída ou descentra-lizada (a produção energética realizada junto às unidades consumidoras).

No Oeste do Paraná, a adoção de micror-

redes pode se converter em uma importante fer-ramenta para consolidar a região como principal polo de produção de pro-teína animal no País. Segundo diagnóstico con-tratado pelo Programa Oeste em Desenvolvi-

mento (POD) junto ao CIBiogás e patrocinado pela Itaipu, estima-se um crescimento de quase 90% no consumo da energia elétrica da região na próxima década.

“Na área rural, as microrredes contribuem para a segurança energética e melhoram a competitividade das propriedades rurais, reduzindo custos com energia, um dos princi-pais insumos para a produção agropecuária

n Granja Colombari: pioneira na utilização de biogás para a geração de energia

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vestimento previsto de 15 milhões de reais no prazo de 48 meses. A parceria também prevê, para o futuro, investimentos em laboratórios e pesquisas em microrredes, a implantação de unidades-piloto de geração de energia elétrica em diferentes escalas e a participação de municípios da região.

A escolha desses municípios levou em conta a grande concentração de rebanhos (principalmente suínos) e a sua localiza-ção às margens do reservatório de Itaipu, reduzindo-se assim o potencial poluente dessas atividades. “Como a principal ati-vidade econômica do Oeste paranaense se

concentra na produção de proteína animal, a partir da criação de aves, suínos, peixes e lati-cínios, a região tem na oferta de energia elétri-ca, confiável e de qualidade, um dos insumos mais importantes ao seu desenvolvimento”, completou Schmidt. (Assessoria Itaipu)

Pitoco

Cascavel (PR), sexta-feira, 19 de abril de 2019

Ano XXIII - Nº 2193 | Clipping News Agência de Notícias

Fones: 45 3037-5020 - 45 99113-1313 | www.pitoco.com.br

Editor: Jairo Eduardo | e-mail: [email protected] |

Comercial: Reginald Armstrong | 45 99972 7845 | e-mail:

[email protected] | Editoração: HDS

29 de abril de 2019 | 31

n Pedro Antônio Colombari: grandes benefícios para o campo

e, principalmente, garantindo segurança energética”, afirmou Schmidt.

E a Granja São Pedro, de propriedade da família Colombari, comprova isso. Ali, a microrrede constitui a primeira fase de um projeto em parceria entre a Itaipu e a Copel. A iniciativa lança mão da experiência da Copel Distribuição, eleita a melhor empresa nacional do segmento e pioneira na área da eletrificação rural, e da Itaipu, a maior produtora de energia do mundo a partir de uma fonte sustentável.

A granja foi escolhida pelo seu pionei-rismo na utilização do biogás para a geração de energia, além de ser uma das unidades de demonstração apoiadas pelo CIBiogás e Parque Tecnológico Itaipu, instituições que detêm larga experiência na pesquisa e no desenvol-vimento das renováveis na região.

Vantagens para apropriedade rural

Pedro Antônio Colombari explica que a participação no projeto vai trazer grandes benefícios à propriedade, como a atualização de algumas partes do sistema de geração de energia, além da oportunidade de prestar um novo tipo de serviço, que é atender 15 unidades consumidoras (a maioria aviários), localizadas nas proximidades, em situações de interrupção no fornecimento da rede pública. “Hoje, nas atividades pecuárias na região, a energia é um insumo essencial, tanto para o abasteci-

mento de eletricidade como na climatização dos aviários. Os prejuízos com uma eventual falta de energia são grandes”, explicou.

De acordo com Schmidt, a viabilização do projeto se deve a novas tecnologias que vêm permitindo a adoção de sistemas inteligentes, que possibilitam integrar de forma eficiente as diferentes fontes renováveis em microgrids, além de conectar estas à rede de distribuição, permitindo aos produtores vender o excedente de energia à distribuidora, segundo o modelo vigente criado pela Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel). Em uma próxima etapa, o projeto prevê uma unidade de maior porte (500 kW), em Marechal Cândido Rondon, com in-

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Referência familiar

“Falamos do destino como se fosse algo exterior a nós; esquecemos contudo que criamos nosso destino dia após dia..”

Henry Miller

Transpoeste veio para ficarl Uma feira segmentada com o objetivo de gerar negócios e oportunidades foi o norte do Sindicato de Transporte do Oeste do Paraná (Sintropar), que tem na presidência o dinâmico empresário Wagner Luzza.

l Realizada entre 20 e 22 de março, no Centro de Convenções e Eventos de Cas-cavel, a feira mostrou seu potencial já na estreia, atraindo os grandes players na-cionais e internacionais do setor, incluindo aí todas as marcas líderes do segmento de caminhões e veículos pesados. O vice--governador Darcy Piana, e o prefeito Le-onaldo Paranhos, além de inúmeras outras lideranças, prestigiaram a feira.

n Ao pensar em comprometimento, leal-dade, competência, ética, profissionalismo e dedicação, confesso que sou obrigado a ren-der homenagem a Valdinei Bobato, ao lado de sua família - Victor, Andrea e Arthur. Além das características mencionadas, boa praça, boa prosa, bom companheiro. Saúde, paz e sucesso sempre!

Automóvel Clube de Cascavell Por aclamação, Orlei Silva foi ree-leito presidente do Automóvel Clube de Cascavel, em pleito realizado no dia 26 de março, no Hotel Caiuá. Orlei enca-beçava a Chapa Unidos pelo Automobi-lismo e continuará à frente do clube por mais dois anos.

l A nova diretoria é composta ainda por Carlos Henrique Ramalho de Meneses, Juliano Julio Fermino de Paz, Cláudio José Marqueti Deitos, Silvia Regina Mascarello Massaro, Roger Silvestro, Paulo Henrique Nazari, e João Carlos Engremonn Júnior. O Conselho Fiscal tem Juraci Massoni, Leônidas Fagundes Júnior, Renato César Pompeu, Roberto Tavares, Fernando Felipe Batista e Jorge Toshihiko Myasava.

Reeleito por aclamação, o presidente Orlei Silva e diretoria do Automóvel Clube de Cascavel para o biênio 2019/2022

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Junior preside Amopl Em solenidade realizada na manhã no último dia 29 de março, em Cascavel, o prefeito de Je-suítas, Aparecido José Weiller Junior, assumiu pela segunda vez a presidenência da Amop, pelo voto de consenso dos colegas..

l Junior substitui, para mandato de um ano, o prefeito de Maripá, Anderson Bento Maria. A solenidade de eleição e posse reuniu 39 prefeitos. Também estiveram presentes o deputado federal Sérgio Souza e o estaduais Marcel Micheletto e Coronel Lee.

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Pitoco 22 de março de 2019 | 33

Gol de Cascavel!l Durante encontro realizado no ultimo dia

11, na sede da Acic, com a presença de diretores da companhia Gol e expressivo número de empre-sários de Cascavel, principalmente do segmento de turismo, a empresa aérea anunciou para dia 5 de agosto o seu primeiro voo da frequência Guarulhos-Cascavel-Guarulhos. Claudio Neves Borges, diretor da Gol, enfatizou que serão dois voos diários. A aeronave é um Boeing 737-700 com capacidade para mais de 140 passageiros. Será possível, por exemplo, viajar de Cascavel a Tóquio com apenas duas conexões, divulgaram.

Cooperativa Lar, 55 anosl Para marcar os seus 55 anos de existência, a Cooperativa Lar, que tem como presidente Irineu da Costa Rodrigues (foto), realizou no último dia 19 de março, em seu centro de convenções um grande evento. Houve homenagem especial aos 55 agricultores que fundaram a cooperativa no ano de 1964 com entrega de troféus em prata com o número 55.

l Em seu pronunciamento, Irineu destacou que a Lar vive o seu melhor momento e que terá um ano muito especial. Na sequência foi servido um jantar aos associados e convidados. O evento fechou em alto estilo com show de Sérgio Reis. Sucesso absoluto.

n Pioneiros da cooperativa fundada em 1964 foram homenageados

Sicredi sempre perto lCom o objetivo de sempre aproximar dos par-ceiros e valorizar o jornalismo, no último dia 11 o Sicredi Vanguarda PR/SP/RJ realizou um jantar para homenagear os comunicadores de Cascavel. O evento fez alusão a 7 de abril, data que celebra o Dia do Jornalista. O evento contou com as pre-senças do presidente do Sicredi Luiz Hoflinger (foto) e de Rodrigo Vendrame, da gerência de Relacionamento, entre outros profissionais da cooperativa. Na oportunidade, o presidente apresentou os resultados da Sicredi e os planos de novos investimentos.

Acic e GPTW certificam dez empresas lEm evento realizado no último dia 12, dez empresas filiadas à Acic receberam certificado da Great Place To Work por disseminar entre seus colaboradores um ambiente saudável e respeitoso de trabalho, em evento que reuniu cerca de 300 pessoas no Auditório Cascavel.

l As empresas certificadas são: AlfaCom Con-cursos Públicos, Datacoper, Ghelere Transportes, Saraiva de Rezende Construtora, Sicoob Credicapi-tal, Funcional Consultoria, Moinho Iguaçu, Sovis, Wealthsystems e Escola Passo Certo. Para obter o selo, a avaliação feita com os colaboradores precisa ser superior a sete e o índice médio alcançado pelas associadas da Acic foi 8,1.

l O embaixador do Great Place To Work, Hilgo Gonçalvez, diz que cultivar um saudável ambien-te de trabalho traz inúmeros benefícios, tanto à empresa quanto ao colaborador. “Esse é um mar-co, porque integra essas empresas a um conceito de avaliação difundido e altamente valorizado em mais de 50 países”, salienta o presidente da Asso-ciação Comercial, Edson José de Vasconcelos.

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1º DE MAIO

Valor arrecadado será destinado ao Seminário, casa de formação dos futuros padres da Arquidiocese de Cascavel, que hoje conta com 36 jovens no internato

Festa do Trabalhador

O Seminário São José completou, no mês de fevereiro, 53 anos de fundação. Em 1o de maio realiza a festa do costelão para celebrar o

santo padroeiro, homenagear o Dia do Trabalhador e angariar recursos para a formação dos seminaristas no intuito de formá-los sacerdotes e homens de valores para a sociedade cascavelense e de toda a região.

Nestes últimos anos, o Seminário viveu uma alegre mudança. Tornou-se casa de todas as etapas de formação de um seminarista: propedeutas, estudante de filosofia e de teologia moram juntos, ainda que possuam atividades e formações apropriadas para cada etapa.

Atualmente, 36 rapazes de 18 a 33 anos moram nas dependências do Seminário. As vocações desejadas pela Igreja devem possuir quatro “s”: santas, sadias, sábias e servidoras. Homens com essas qualidades tornar-se-ão excelentes padres e serão motivo de santo orgulho para os católicos. Para isto é necessário o seminário.

Formar sacerdotes exige recursos financeiros também. Por isso,

toda a arrecadação da festa é destinada à formação humana, espiritual, intelectual e pastoral dos seminaristas, futuros padres que pregarão a palavra de Deus e administrarão os sacramentos para nós e para as gerações futuras.

Esta edição da festa será a 53a Festa do Trabalhador e 24a Festa do Costelão. A festa é realizada desde 1966, quando foi fundado o Semi-nário. O intuito é homenagear São José, padroeiro do Seminário e dos trabalhadores, os quais aproveitam o feriado para unir a família, os amigos e a comunidade para desfrutar de boa companhia, horas alegres e um delicioso almoço.

Os organizadores esperam receber aproximadamente 25 mil pesso-as. Em vista desse público, mais de 500 voluntários das paróquias da Arquidiocese de Cascavel trabalharão no preparo dos alimentos. Serão assados cerca de 500 costelões (pesando entre 18 e 20 quilos) e 2.000 espetos de costelas de aproximadamente 3 quilos, que somam algo em torno de 16 toneladas de carne bovina.

O costelão custará 400 reais, o churrasco 70 reais, e a buchada, para comer ou para levar em marmitas de cerca de 800 gramas, 35 reais. Serão servidos ainda pães, cucas, bolos, refrigerantes, cervejas, chopp, saladas diversas, maionese e mandioca.

Dia 1º de maio, a partir das 9h, haverá procissão com desfile de grupos de motociclistas saindo da Catedral em direção ao Seminário, às 10:00h haverá Santa Missa Solene na Capela do Seminário celebrada pelo Arcebispo Dom Mauro Aparecido dos Santos. Durante todo o dia ocorrerá nos campos de futebol do Seminário a 7ª exposição de carros antigos, parceira realizada entre o Seminário São José e a Associação de Veículos Antigos de Cascavel (AVAC).

Padre Jorge Ricardo LindnerReitor do Seminário São José

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Dra. Selma Miyazaki - CRM-PR: 12511

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Momentos que você deixa de ver e viver.

O que isso te faz sentir?

Um filho subindo ao palco na formatura, o primeiro

passo de uma netinha, um capítulo importante da

sua série preferida, uma foto no álbum da família.

Como seria se na sua história, alguns momentos

importantes parecessem embaçados ou sem cor?

Não deixe nada para trás.

Cuide bem da saúde dos seus

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completo cada instante

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